atps-contabilidade intermediaria

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ANHANGUERA EDUCACIONAL-UNIDERP PÓLO BELÉM 23201 BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS - 4º SEMESTRE CONTABILIDADE INTERMEDIARIA Augusto Ilson Pedrosa – RA: 385445 Adiel de Lima Souza – RA: 386307 Edinaldo Souza dos Santos - RA: 405034 Elaine Patricia Araújo de Macêdo – RA – 389568

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Page 1: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

ANHANGUERA EDUCACIONAL-UNIDERP

PÓLO BELÉM 23201

BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS - 4º SEMESTRE

CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

Augusto Ilson Pedrosa – RA: 385445

Adiel de Lima Souza – RA: 386307

Edinaldo Souza dos Santos - RA: 405034

Elaine Patricia Araújo de Macêdo – RA – 389568

BELÉM – PARÁ

2013

Page 2: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

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ANHANGUERA EDUCACIONAL-UNIDERP

PÓLO BELÉM 23201

BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS - 4º SEMESTRE

CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

Atividade Prática Supervisionada do Curso de

Bacharelado em Ciências Contábeis da UNIDERP

Interativa, disciplina Contabilidade Intermediaria, sob

orientação do Professora Gisely Zanardi e da Tutora

Presencial IndiraPinheiro Palheta.

BELÉM – PARÁ

2013

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Page 3: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

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SUMÁRIO

1.0 – INTRODUÇÃO..........................................................................................................04

2.0 - BALANCETE DE VERIFICAÇÃO DA COMPANHIA BETA............................05

2.1 – Cálculo do Lucro apurado................................................................................06 2.2 - Cálculo do ativo circulante ...............................................................................06

3.0 – REGIME DE CAIXA E REGIME DE COMPETÊNCIA........................................07 3.1.1 - Regime de Caixa................................................................................................07

3.1.2 – Regime de Competência.....................................................................................07

3.2 – Regime de competência: Companhia Beta.........................................................09

4.0 – CONTAS RETIFICADORAS NO PASSIVO..........................................................09 4.1.0 - Calculo da exaustão, amortização e depreciação.............................................10 4.1.1 - Calculo de Exaustão............................................................................................10 4.1.2 - Depreciação Acumulada.....................................................................................11 4.1.3 - Amortização Acumulada.....................................................................................11 4.1.4 - Exaustão Acumulada...........................................................................................11 4.2 – Contabilização no livro razão...............................................................................12

5.0 – FOLHA DE PAGAMENTO E CÁLCULOS TRABALHISTAS..............................15

5.1 –Insalubridade.........................................................................................................155.2 –Periculosidade........................................................................................................165.3.0 - Horas Extras......................................................................................................165.3.1 - Adicional Noturno..............................................................................................175.3.2- Vale-Transporte..................................................................................................17

5.3.3 - Salário-família.....................................................................................................18 5.4.1 - Previdência Social ..............................................................................................19

5.4.2 - Imposto de Renda..............................................................................................205.4.3 - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).........................................21

5.5.0 - Folha de pagamento: Aliança Ltda..................................................................225.5.1 – Resultado total da folha de pagamento............................................................24

5.6 - Fraudes Contábeis................................................................................................26

CONCLUSÃO.......................................................................................................................28

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................29

3

Page 4: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

4

1.0 - INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é a construção de conceitos contábeis, estudo e pesquisa dos

principais assuntos aplicados à contabilidade intermediária, tais como despesas, custos, folha

de pagamento, entre outros.Com este desafio, vamos atuar como analistas, montando

uma analise diagnóstica num caso de fraude apontada erros que repercutiram

significativamente na mídia.Com este trabalho, vocêadquirirá competências e habilidades de

participação em grupo, responsabilidade e espírito científico, necessários para a formação

profissional do Administrador, aprimorando conhecimentos sobre apuração do resultado

econômico da atividade, proporcionando mais clareza e transparência aos relatórios contábeis,

além de estabelecer relações entre as diferentes disciplinas do curso.

4

Page 5: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

5

2.0 - BALANCETE DE VERIFICAÇÃO DA COMPANHIA BETA

Elaboramos o balancete de verificação da Companhia Beta, empresa prestadora de

serviços, de acordo com as informações constantes na Tabela 1, a seguir.

Companhia Beta

Balancete de Verificação -  31/12/2010-Saldo em Reais

Contas Debito CreditoReceita de Serviços 477.000,00 477.000,00Duplicatas Descontadas (Curto Prazo) 57.000,00 57.000,00Fornecedores (Curto Prazo) 90.000,00 90.000,00Duplicatas a Receber (Curto Prazo) 180.000,00 180.000,00Veículos 45.000,00 45.000,00Provisão para Crédito de Liquidação

Duvidosa33.000,00 33.000,00

Despesas com Vendas 27.000,00 27.000,00Duplicatas a Pagar (Curto Prazo) 54.000,00 54.000,00Empréstimos (Longo Prazo) 45.000,00 45.000,00Reserva de Lucros 60.000,00 60.000,00Despesas de Depreciação 37.500,00 37.500,00Despesas com Salários 189.000,00 189.000,00Despesas com Impostos 52.500,00 52.500,00Capital Social 294.000,00 294.000,00Dividendos a Pagar (Curto Prazo) 6.000,00 6.000,00Móveis e Utensílios 285.000,00 285.000,00Equipamentos’ 270.000,00 270.000,00Disponível 30.000,00 30.000,00Total 2.232.000,00 2.232.000,00

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Page 6: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

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2.1 – Cálculo do Lucro apurado

Apresentamos o lucro apurado pela Companhia Beta, antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro.

Demonstração do Resultado do Exercício.

Empresa: Companhia Beta Data: 31/12/2010

Receita de Serviços R$ 477.000,00(-) Despesas com Impostos R$52.500,00(=) Receita Liquida R$ 424.500,00Lucro Bruto R$ 424.500,00Despesas OperacionaisDespesas de depreciação R$ 37.500,00Despesas c/ Salários R$ 189.000,00Despesas c/ Vendas R$ 27.000,00

Total R$ 171.000,00

2.2 - Cálculo do ativo circulante

Ativo CirculanteDisponível R$ 30.000,00Duplicatas Receber (Curto Prazo) R$ 180.000,00(-) Duplicatas Descontadas (Curto Prazo) R$ 57.000,00(-) Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa R$ 33.000,00

Total do Ativo Circulante R$ 120.000,00

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Page 7: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

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3.0 – REGIME DE CAIXA E REGIME DE COMPETÊNCIA

3.1.1 - Regime de Caixa

Regime de caixa considera os registros na data que os documentos movimentam o

caixa, ou seja, no recebimento, no pagamento ou na liquidação.

Sob o regime de caixa, os recebimentos e os pagamentos são reconhecidos

unicamente quando se recebe ou se paga mediante dinheiro ou equivalente.

Este método é frequentemente usado para a preparação de demonstrações financeiras de

entidades públicas. Isto é devido ao fato de que o objetivo principal da contabilidade

governamental é identificar os propósitos e fins para os quais se tenham recebido e utilizados

os recursos, e para manter o controle orçamentário da citada atividade.

Alguns aspectos da legislação fiscal permitem a utilização do regime de caixa, para

fins tributários. Porém, de modo algum o regime de competência pode ser substituído pelo

regime de caixa numa entidade empresarial, pois se estaria violando um princípio contábil.

Se a legislação fiscal permite que determinadas operações sejam tributadas pelo regime de

caixa, isto não significa que a contabilidade deva, obrigatoriamente, seguir seus ditames.

Existem livros fiscais (como o Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR), que permitem os

ajustes necessários e controles de tal tributação, à margem da contabilidade.

O que não se pode nem se deve é submeter a contabilidade a uma distorção, apenas

para cumprir a necessidade de informação de um único organismo, como é o caso do fisco.

3.1.2 – Regime de Competência

Regime de competência considera os registros na data do fato gerador, ou seja, na

data de emissão dos documentos, independente de quando irei pagar ou receber por ele.

O reconhecimento das receitas e gastos é um dos aspectos básicos da contabilidade que

devem ser conhecidos para poder avaliar adequadamente as informações financeiras.

O regime de competência é um princípio contábil, que deve ser, na prática, estendido a

qualquer alteração patrimonial, independentemente de sua natureza e origem.

Sob o método de competência, os efeitos financeiros das transações e eventos são

reconhecidos nos períodos nos quais ocorrem, independentemente de terem sido recebidos ou

pagos. Isto permite que as transações sejam registradas nos livros contábeis e sejam

apresentadas nas demonstrações financeiras do período no qual os bens (ou serviços) foram 7

Page 8: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

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entregues ou executados (ou recebidos). É apresentada assim uma associação entre as receitas

e os gastos necessários para gerá-las.

As demonstrações financeiras preparadas sob o método de competência informam aos 

usuários  não somente a respeito das  transações  passadas,  que envolvem pagamentos e

recebimentos de dinheiro, mas  também  das  obrigações    a serem pagas no futuro e dos

recursos que representam dinheiro a ser  recebido no futuro.

Portanto, proporcionam o tipo de informações sobre transações passadas e outros eventos, 

que  são  de  grande relevância aos  usuários  na tomada de decisões econômicas.

As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que

ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de

recebimento ou pagamento.

O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, é

consequência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração.

Para todos os efeitos, as Normas Brasileiras de Contabilidade elegem o regime de

competência como único parâmetro válido, portanto, de utilização compulsória no meio

empresarial.

Sobra de dinheiro em caixa não é sinônimo da obtenção de lucro!

Exemplo de casos que retratam esta situação:

• venda a vista de itens comprados a prazo

• venda de itens disponíveis em estoque e que já tenham sido pagos em períodos anteriores

• recebimentos em datas inferiores aos pagamentos (quando o prazo para pagamento da

compra é superior ao do recebimento das vendas) • entrada de dinheiro originada em outras

fontes que não seja a venda (venda de um bem imobilizado, empréstimos, …)

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Page 9: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

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3.2 – Regime de competência: Companhia Beta

A Companhia Beta contratou, em 01/08/2010, um seguro contra incêndio para sua fábrica, com prazo de cobertura de três anos e vigência imediata. O prêmio foi de R$ 27.000,00, pago em3 parcelas iguais mensais, sem juros, sendo a última paga em 01/11/ 2010.

De acordo com o regime de competência, ao final do exercício em 31/12/2010, a empresa BETA deverá ter lançado como despesa de seguro o valor de R$ 3.750,00, que é referente à R$ 750,00 lançados mensalmente de Agosto á Dezembro de 2010.

a) Pelo registro do seguro (em 01/08/2010).

Apólice seguro.

CONTA DEBITO CREDITOSEGUROS A

PAGAR27.000,00 27.000,00

SEGURO A VENCER

27.000,00 27.000,00

b) Pagamento da primeira parcela (01/09/2010).

Seguros à pagar

CONTA DEBITO CREDITOSEGUROS A

PAGAR9.000,00 9.000,00

BANCOS 9.000,00 9.000,00

c) Apropriação como despesa da primeira parcela (31/08/2010).

Despesas com Seguros.

CONTA DEBITO CREDITODESPESA SEGURO 750,00 750,00SEGURO A

VENCER750,00 750,00

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Page 10: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

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4.0 – CONTAS RETIFICADORAS NO PASSIVO

As contas redutoras ou retificadoras são contas que reduzem o saldo de outra conta,

logo se forem do Ativo devem ter saldo credor e se forem do Passivo ou Patrimônio Líquido

devem ter saldos devedores. A conta redutora ou retificadora do ativo é de natureza credora, e

uma conta redutora ou retificadora do passivo é de natureza devedora. As contas retificadoras

reduzem o saldo total do grupo ao qual pertencem.

No passivo (Patrimônio Líquido) podemos dizer que o Capital a integralizar e as ações em

tesouraria são contas redutoras do passivo. O Capital a Integralizar/Realizar é redutor do

passivo (Patrimônio Líquido) porque os sócios da empresa têm o dever de integralizá-lo

totalmente. No caso das Ações em Tesouraria a Lei 6404/76 no artigo 182 diz que:

§ 5º As Ações em Tesouraria deverão ser destacadas no balanço como deduções da conta do

patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

Sendo assim as Ações em Tesouraria no passivo (Patrimônio Líquido) retrata recursos que a

empresa deve para os seus acionistas, retificando assim o Patrimônio Líquido.

4.1.0 - Calculo da exaustão, amortização e depreciação

Fazer o cálculo e contabilização da exaustão, amortização e depreciação acumuladas

no final de 2010(com base no que foi lido no Passo1), seguindo o roteiro indicado: “A

Mineração do Brasil iniciou suas atividades de exploração em janeiro de 2010”. No fim do

ano, seu contador apresentou, conforme abaixo, os seguintes custos de mineração (não

incluem custo de depreciação, amortização e exaustão):

Material ......................................................................122.500,00

Mão de Obra ............................................................1.190.000,00

Diversos ......................................................................269.640,00

Os dados referentes ao Ativo usados na mineração de ouro são os seguintes:

Custo de aquisição da mina (o valor residual da mina é estimado em R$ 210.000,00 e a

capacidade estimada da jazida é de 5 mil toneladas); R$ 1.050.000,00.

Equipamento (o valor residual estimado em R$ 21.000,00, vida útil estimada:6 anos)

R$ 168.000,00.

Benfeitorias (sem nenhum valor residual; vida útil estimada: 15 anos) –R$ 92.400,00

Durante o ano de 2010, foram extraídas 400 toneladas (8%), das quais 300 toneladas foram

vendidas.

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Page 11: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

11

4.1.1 - Calculo de Exaustão

Custo de aquisição da mina (o valor residual da mina é estimado em R$ 210.000,00 e a

capacidade estimada da jazida é de 5 mil toneladas;)...............................R$ 1.050.000,00

Valor da aquisição - Valor residual = Valor exaurido

R$ 1.050.000,00 - R$ 210.000,00 = R$ 840.000,00

Qtd. Extraída = 5.000/840.000 = 0,005952 x 100 = 0,60%

Valor do Custo R$ 840.000,00

Taxa de Exaustão: 0,60%

Exaustão = Custo X Taxa de Exaustão

Exaustão = 840.000,00 X 0,60% =R$ 5.040,00

Exaustão do Período

|Exaustão acumulada | Despesa com exaustão |

| R$ 5.040,00 C | R$ 5.040,00 D |

4.1.2 - Depreciação Acumulada

Cálculos e contabilização da Depreciação:

Equipamento o valor residual estimado em R$ 21.000,00, vida útil estimada:

6 anos…. R$ 168.000,00

Valor da aquisição - Valor residual = Valor Depreciado

R$ 168.000,00 - R$ 21.000,00 = R$ 147.000,00

R$ 147.000,00/6 = R$ 24.500,00 (Depreciação anual) Depreciação Anual

|Depreciação acumulada | | Despesa com Depreciação

| R$ 24.500,00 C | | R$ 24.500,00 D

4.1.3 - Amortização Acumulada

Cálculos e contabilização da Amortização:

Benfeitorias (sem nenhum valor residual; vida útil estimada: 15 anos) – R$ 92.400,00

Valor da aquisição - Valor residual = Valor Amortizado

R$ 92.400,00 - R$ 0 = R$ 92.400,00

R$ 92.400,00/15 = R$ 6.160,00 (Amortização anual)

Amortização Anual

|Amortização acumulada | Despesa com Amortização

| R$ 6.160,00 C | R$ 6.160,00 D |11

Page 12: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

12

4.1.4 - Exaustão Acumulada

Cálculos e contabilização da exaustão:

Durante o ano de 2010, foram extraídas 400 toneladas (8%), das quais 300 toneladas foram

vendidas:

Valor da aquisição - Valor residual = Valor exaurido

R$ 1.050.000,00 - R$ 210.000,00 = R$ 840.000,00

Taxa de Exaustão: 8%

Exaustão = Custo X Taxa de Exaustão

Exaustão = 840.000,00 X 8% = R$ 67.200,00 (Ano de 2010) Exaustão do Período

| Exaustão acumulada | Despesa com exaustão |

| R$ 67.200,00 | R$ 67.200,00 |

4.2 – Contabilização no livro razão

Utilizando o quadro a seguir, vamos desenvolver a contabilização no Livro-Razão:

Quadro 1 – Carteira de Contas a Receber

Classe de

Devedor

A Receber PCLD Liquido % de PCLD

Classe A 110.000 550 109.450 0,50%

Classe B 93.000 930 92.070 1,00%

Classe C 145.000 4.350 140.650 3,00%

Classe D 80.000 8.000 72.000 10%

TOTAL 428.000 13.830 414.170 3,34%

Fonte: Autor da atps

a) Os clientes da Classe A pagaram R$ 109.450 dos R$ 110.000 que deviam;

Lançamento:

D – Caixa R$ 109.450,00

C – Contas a Receber Classe A R$ 109.450,00

D – PCLD Classe A R$ 550,00

C – Contas a Receber Classe A R$ 550,00

b) Os clientes da Classe B pagaram integralmente o valor devido, sem perda com a

PCLD;

12

Page 13: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

13

b) Lançamento:

D – Caixa R$ 93.000,00

C – Contas a Receber Classe B R$ 93.000,00

D – PCLD da Classe B R$ 930,00

C – Outras receitas operacionais R$ 930,00

(ou recuperação de despesa)

c) Os Clientes da Classe C pagaram R$ 130.000, portanto PCLD foi insuficiente;

Lançamento:

D – Caixa R$ 130.000,00

C – Contas a Receber Classe C R$ 130.000,00

D – PCLD a receber Classe C R$ 4.350,00

C – Contas a Receber Classe C R$ 4.350,00

D – Perdas Incobráveis R$ 10.650,00

C – Contas a Receber Classe C R$ 10.650,00

d) Os Clientes da Classe D entrou em processo de falência, portanto não há

expectativa de recebimento do Valor de R$ 80.000;

Lançamento:

D – Despesas com Exaustão R$ 67.200,00

C – Exaustão Acumulada R$ 67.200,00

Livro Razão

|Conta |Caixa/Banco |Débito |Crédito

Evento |Histórico |$Débitos |$Créditos |Saldo Anterior 0,00|

|01 |Recebimento Carteira de Cliente Classe A |109.450 |0,00 |109.450 |

|02 | Recebimento Carteira de Cliente Classe B |93.000 |0,00 |202.450|

|03 |Recebimento Carteira de Cliente Classe C |130.000 |0,00 |332.450 |

|04|Recebimento Carteira de Cliente Classe D |0,0 |0,00 |332.450 |

|Total |332.450

|Conta |A Receber |Débito |Crédito

|Evento |Histórico |$ Débitos |$ Créditos |Saldo

|01|Duplicatas a Receber - Cliente Classe A |110.000,00 |109.450,00 |550,00

|02 Duplicatas a Receber - Cliente Classe B |93.000,00 |93.000,00 |550,00

|03 |Duplicatas a Receber - Cliente Classe C |145.000,00 |130.000,00 |15.550,00

|03 |Duplicatas a Receber - Cliente Classe C |0,00 |4.350,00 |11.200,0013

Page 14: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

14

|03 |Duplicatas a Receber - Cliente Classe C |0,00 |10.650,00 |550,00

|04 |Duplicatas a Receber - Cliente Classe D |80.000,00 |8.000,00 |72.550,00

|04|Duplicatas a Receber - Cliente Classe D |0,00 |72.000,00 |550,00

|Total |428.000,00 |428.000,00 |0,00

|Conta |Provisão de Crédito de Líq. Duvidosa (Ativo Circulante)|Débito Credito

|Evento |Histórico |$ Débitos |$ Créditos |$ Saldo ||Saldo Anterior

|01 |PCLD - Cliente Classe | 550,00 | 550,00 |0,00 |

|02 |PCLD - Cliente Classe B | 930,00 | 930,00 |0,00 |

|03 |PCLD - Cliente Classe C | 4.350,00 | 4.350,00 |0,00 |

|04 |PCLD - Cliente Classe D | 8.000,00 | 8.000,00 |0,00 |

|Total | 13.830,00 | 13.830,00 |0,00 |

|Conta |Reversão de PCLD |Débito |Crédito

|Evento |Histórico |$ Débitos |$ Créditos |$ Saldo

|01 |PCLD - Cliente Classe B |0,00 | 930,00 |930,00 |

|Total | 0,00 | 930,00 |930,00 |

|Conta |Perdas com Incobráveis (PCLD)- Despesas |Débito |Crédito

|Evento |Histórico |$ Débitos |$ Créditos |$ Saldo

|03 |PCLD - Cliente Classe C | 10.650,00 | 0,00 |10.650,00

|04 |PCLD - Cliente Classe D | 72.000,00 | 0,00 |82.650,00

|Total | | 82.650,00 | 0,00 | 82.650,00

5.0 – FOLHA DE PAGAMENTO E CÁLCULOS TRABALHISTAS

5.1 -Insalubridade

Art. 189 da CLT - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas

que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes

nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da

intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.

14

Page 15: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

15

Art. 190 da CLT - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e

operações insalubres e adotarão normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade,

os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de

exposição do empregado a esses agentes.

Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medidas de proteção do

organismo do trabalhador nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos, irritantes,

alérgicos ou incômodos.

Art. 191 da CLT- A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:

I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites

de tolerância;

II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que

diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância.

Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a

insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização,

na forma deste artigo.

Art. 192 da CLT - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites

de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional

respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do

salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximos, médio e mínimo.

5.2 –Periculosidade

Recentemente, a normatização sobre o adicional de periculosidade foi alterada em

razão da Lei n.º 12740/2012, a qual, relativamente aoart. 193 da Consolidação das Leis do

Trabalho, inovou a redação do capute introduziu os incisos I e II e o § 3º, além de revogara

Lei n.º 7369/1985.

A atual redação do aludido preceito consolidado, pois, é a seguinte:

“Art. 193”. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da

regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua

15

Page 16: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

16

natureza ou métodos de trabalho, impliquem riscoacentuado em virtude de exposição

permanente do trabalhador a:

(Redação dada pela Lei nº 12.740, de 2012).

I - inflamáveis explosivos ou energia elétrica; (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012);

II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de

segurança pessoal ou patrimonial. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012).

§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional

de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações,

prêmios ou participações nos lucros da empresa. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

§ 2º -O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe

seja devido.

(Incluídopela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza

eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo.

(Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012).

5.3.0 - Horas Extras

A legislação trabalhista vigente estabelece que a duração normal do trabalho, salvo os

casos especiais, é de 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais, no máximo.

Todavia, poderá a jornada diária de trabalho dos empregados maiores ser acrescida de horas

suplementares, em número não excedentes a duas, no máximo, para efeito de serviço

extraordinário, mediante acordo individual, acordo coletivo, convenção coletiva ou sentença

normativa. Excepcionalmente, ocorrendo necessidade imperiosa, poderá ser prorrogada além

do limite legalmente permitido. Obs. CLT art. 58 § 1º “Não serão descontadas nem

computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não

excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. (Parágrafo

acrescentado)”. A remuneração do serviço extraordinário, desde a promulgação da

Constituição Federal/1988, que deverá constar, obrigatoriamente, do acordo, convenção ou

sentença normativa, será, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal. A

Lei 7.415/1985 e o Enunciado TST 172 determinam que as horas extraordinárias

habitualmente prestadas devem ser computadas no cálculo do Descanso Semanal Remunerado

- DSR.16

Page 17: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

17

A integração das horas extras no descanso semanal remunerado, calcula-se da seguinte forma:

- somam-se as horas extras do mês; - divide-se o total de horas pelo número de dias úteis do

mês; - multiplica-se pelo número de domingos e feriados do mês; - multiplica-se pelo valor da

hora extra com acréscimo.

5.3.1 - Adicional Noturno

Considera-se noturno, nas atividades urbanas, o trabalho realizado entre as 22h00min

horas de um dia às 05h00min horas do dia seguinte. A hora normal tem a duração de 60

(sessenta) minutos e a hora noturna, por disposição legal, nas atividades urbanas, é computada

como sendo de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. Ou seja, cada hora

noturna sofre a redução de 7 minutos e 30 segundos ou ainda 12,5% sobre o valor da hora

diurna.

A hora noturna, nas atividades urbanas, deve ser paga com um acréscimo de no mínimo 20%

(vinte por cento) sobre o valor da hora diurna, exceto condições mais benéficas previstas em

acordo, convenção coletiva ou sentença normativa.

5.3.2 - Vale-Transporte

O Vale-Transporte constitui benefício que o empregador antecipará ao trabalhador

para utilização efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa.

Entende-se como deslocamento a soma dos segmentos componentes da viagem do

beneficiário, por um ou mais meios de transporte, entre sua residência e o local de trabalho.

Não existe determinação legal de distância mínima para que seja obrigatório o fornecimento

do Vale-Transporte, então, o empregado utilizando-se de transporte coletivo por mínima que

seja à distância, o empregador é obrigado a fornecê-los. 

O empregado para passar a receber o Vale-Transporte deverá informar ao empregador, por

escrito:

- seu endereço residencial;

- os serviços e meios de transporte mais adequados ao seu deslocamento residência-trabalho e

vice-versa;

- número de vezes utilizados no dia para o deslocamento residência/trabalho/residência.

O Vale-Transporte será custeado:17

Page 18: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

18

- pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% (seis por cento) de seu salário básico ou

vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens; - pelo empregador, no que exceder

à parcela referida no item anterior.

5.3.3 - Salário-família

Benefício pago aos segurados empregados, exceto os domésticos, e aos trabalhadores

avulsos com salário mensal de até R$ 862,11, para auxiliar no sustento dos filhos de até 14

anos de idade ou inválidos de qualquer idade. (Observação: São equiparados aos filhos os

enteados e os tutelados, estes desde que não possuam bens suficientes para o próprio sustento,

devendo a dependência econômica de ambos os seres comprovada). Para a concessão do

salário-família, a Previdência Social não exige tempo mínimo de contribuição. De acordo com

a Portaria Interministerial nº 407, de 14 de julho de 2011, o valor do salário-família será de

R$ 29,41, por filho de até 14 anos incompletos ou inválido, para quem ganhar até R$

573,58. Para o trabalhador que receber de R$ 573,59 até R$ 862,11, o valor do

salário-família por filho de até 14 anos de idade ou inválido de qualquer idade será de R$

20,73.

Quem tem direito ao benefício:

* o empregado e o trabalhador avulso que estejam em atividade; * o empregado e o

trabalhador avulso aposentado por invalidez, por idade ou em gozo de auxílio doença; * o

trabalhador rural (empregado rural ou trabalhador avulso) que tenha se aposentado por idade

aos 60 anos, se homem, ou 55 anos, se mulher; * os demais aposentados, desde que

empregados ou trabalhadores avulsos, quando completarem 65 anos (homem) ou 60 anos

(mulher).

Os desempregados não têm direito ao benefício. Quando o pai e a mãe são segurados

empregados ou trabalhadores avulsos, ambos têm direito ao salário-família. Atenção O

benefício será encerrado quando o (a) filho (a) completar 14 anos, em caso de falecimento do

filho, por ocasião de desemprego do segurado e, no caso do filho inválido, quando da

cessação da incapacidade.

18

Page 19: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

19

5.4.1 - Previdência Social

A Previdência Social é o seguro social para a pessoa que contribui. É uma instituição

pública que tem como objetivo reconhecer e conceder direitos aos seus segurados. A renda

transferida pela Previdência Social é utilizada para substituir a renda do trabalhador

contribuinte, quando ele perde a capacidade de trabalho, seja pela doença, invalidez, idade

avançada, morte e desemprego involuntário, ou mesmo a maternidade e a reclusão.

TABELA VIGENTE

Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador

avulso, para pagamento de remuneração

a partir de 1º de Janeiro de 2013

Salário-de-contribuição (R$)Alíquota para fins de recolhimento

ao INSS (%)

Até 1.247,70 8,00

De 1.247,71 até 2.079,50 9,00

De 2.079,51 até 4.159,00 11,00

Portaria Interministerial MPS/MF   nº 15, de 10 de janeiro de 2013

5.4.2 - Imposto de Renda.

É um imposto existente em vários países, onde pessoas ou empresas são obrigadas a

deduzir uma certa percentagem de sua renda média anual para o governo. Esta percentagem

pode variar de acordo com a renda média anual, ou pode ser fixa em uma dada percentagem.

No Brasil, o Imposto de Renda é cobrado mensalmente e no ano seguinte o contribuinte

prepara uma declaração de ajuste anual de quanto deve do imposto, sendo que esses valores

deverão ser homologados pelas autoridades tributárias. Os contribuintes se dividem em:

1. Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF)

2. Imposto sobre Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ)

A declaração de ajuste anual é obrigatoriamente feita através de um software próprio que

pode ser obtido no site da Receita Federal. A transmissão das informações é obrigatoriamente

feita pela internet.

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Page 20: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

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Medida Provisória nº 528, de 25 de março de 2011.

DOU de 28.3.2011

Altera os valores constantes da tabela do Imposto sobre a Renda da

Pessoa Física.

Prorrogação de Vigência pelo Ato do Pres. da Mesa do CN nº 20, de 17 de

maio de 2011.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 62

da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

Art. 1 o O art. 1 o da Lei n o 11.482, de 31 de maio de 2007, passa a vigorar com a

seguinte redação: 

V - para o ano-calendário de 2011:

Tabela Progressiva Mensal

Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do

IR (R$)

Até 1.566,61 - -

De 1.566,62 até 2.347,85 7,5 117,49

De 2.347,86 até 3.130,51 15 293,58

De 3.130,52 até 3.911,63 22,5 528,37

Acima de 3.911,63 27,5 723,95

*Dedução de 157,47 por dependente.

5.4.3 - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi criado na década de 60 para

proteger o trabalhador demitido sem justa causa. Sendo assim, no início de cada mês, os

empregadores depositam, em contas abertas na CAIXA, em nome dos seus empregados e

vinculadas ao contrato de trabalho, o valor correspondente a 8% do salário de cada

funcionário.

É depositado até o dia 7 do mês subsequente ao mês trabalhado

20

Page 21: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

21

Valor: 8% (Oito por cento) do salário pago ao trabalhador. No caso de contrato de trabalho

firmado nos termos da Lei n.º 11.180/05 (Contrato de Aprendizagem), o percentual é reduzido

para 2%. O FGTS não é descontado do salário, é uma obrigação do empregador, exceto em

caso de trabalhador doméstico.

5.4.4 - Contribuição Confederativa

A Contribuição Confederativa, cujo objetivo é o custeio do sistema confederativo,

poderá ser fixada em assembleia geral do sindicato, conforme prevê o artigo 8º inciso IV da

Constituição Federal, independentemente da contribuição sindical citada acima.

Art., 8º - É livre a associação profissional ou sindical, observando o seguinte:

IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional,

será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical

respectiva, independentemente da contribuição prevista por lei; ”

5.4.5 - Contribuição Sindical

A Contribuição Sindical dos empregados, devida e obrigatória, será descontada em

folha de pagamento de uma só vez no mês de março de cada ano e corresponderá à

remuneração de um dia de trabalho. O artigo 149 da Constituição Federal prevê a contribuição

sindical, concomitantemente com os artigos 578 e 579 da CLT, os quais preveem tal

contribuição a todos que participem das categorias econômicas ou profissionais ou das

profissões liberais.

5.4.6 - Faltas

As faltas não justificadas por lei não dão direito a salários e demais consequências

legais, e podem resultar em falta leve ou grave, conforme as circunstâncias ou repetição; mas

podem ter justificativa imperiosa que, se seriamente considerada, vedará a punição. É o caso

de doença grave em pessoa da família, amigo íntimo, ou outra hipótese de força maior.

O empregado perde a remuneração do dia de repouso quando não tiver cumprido

integralmente a jornada de trabalho da semana, salvo se as faltas forem consideradas

justificadas. Se na semana em que houve a falta injustificada, ocorrer feriado, este perderá o

direito à remuneração do dia respectivo.

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Page 22: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

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 O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário:

- até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente,

irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, viva sob

sua dependência econômica; - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; -

por 5 (cinco) dias, em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana; 4.4.7 -

Pensão Alimentícia

A pensão alimentícia é a "quantia fixada pelo juiz e a ser atendida pelo responsável

(pensioneiro), para manutenção dos filhos e ou do outro cônjuge" O valor dessa contribuição

é variável a cada família e não existe uma tabela padrão que indique o quanto é justo ou não.

Se o contribuinte da pensão tem emprego fixo (com carteira assinada ou funcionário público),

o valor deverá ser estipulado em percentual da sua renda. Para cálculo da alíquota, influirá o

número total de filhos menores que ele possui e o quanto esse percentual representa em valor

real. Secundariamente, também afetará se ele possui outros dependentes (esposa, pais,

enteados, etc), se tem moradia própria, o estado de saúde dos envolvidos, se oferece

dependência no plano de saúde, além da existência de outras despesas excepcionais.

Normalmente, a pensão é fixada em 20% da renda do pai quando tem apenas um filho.

O percentual de 30% é usual quando existem dois ou mais filhos, podendo ser superior no

caso de prole numerosa. Se forem dois filhos de mães diferentes, costuma ser em 15% para

cada um. Se forem três, 10% cada; porém, percentual inferior a esse somente tem sido

admitido quando o valor representa quantia razoável.

Caso o pagador de pensão seja profissional liberal ou autônomo ou caso tenha renda informal

ou extra-salarial, a pensão costuma ser estabelecida em valores certos. É prevista correção

anual dos valores pelo salário mínimo ou outro índice econômico. Irá influenciar no valor da

pensão a média de ganhos do pai, o padrão de vida que ele leva e os sinais de "riqueza" que

ele apresenta. Os filhos têm direito de usufruir do mesmo padrão de vida do pai, mas a pensão

não deve servir para fazer poupança.

5.5.0 - Folha de pagamento: Aliança Ltda.

Desenvolvemos um modelo de folha de pagamento para implantação na empresaAliança Ltda.

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Page 23: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

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Quadro 2 – Folha de Pagamento

Funcionário 000001

Resolução: Salário R$ 3.500,00 Hora Extra (50%) R$ 238,64 DSR= R$43,38Adicional de Insalubridade (Base de calculo R$ 545,00) R$ 218,00FGTS R$ 320,00INSS=R$ 440,00IR R$ 188,27TOTAL DE PROVENTOS= R$ 4.000,02TOTAL DE DESCONTOS= R$ 628,27 TOTAL LIQUIDO R$ 3.371,75

Funcionário 000002

Resolução: Salário R$ 2.850,00 Hora Extra (50%) R$ 97,16 DSR= R$ 17,66Adicional de Periculosidade 30% R$ 855,00 FGTS R$ 305,59 INSS= R$ 420,18PENSÃO ALIMENTICIA 25% R$ 712,50 IR R$ 79,08TOTAL DE PROVENTOS= R$ 3.819,82TOTAL DE DESCONTOS= R$ 1.242,98 TOTAL LÍQUIDO R$ 2.576,84

Funcionário 000003

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Page 24: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

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Resolução: Salário R$ 800,00 Hora Extra (50%) R$ 81,82 DSR= R$ 14,86SALARIO FAMILIA=R$ 20,73FGTS R$ 71,73INSS=R$ 71,73VALE TRANSPORTE R$ 48,00 TOTAL DE PROVENTOS= R$ 917,41TOTAL DE DESCONTOS= R$ 119,73 TOTAL LÍQUIDO R$ 797,68

Funcionário 000004 Resolução: Salário R$ 4500,00 Hora Extra (50%) R$ 306,82 DSR=R$ 55,78Adicional de Periculosidade 30% R$ 1.350,00 FALTAS 03 R$ 450,00 FGTS R$ 461,01INSS=R$ 457,49PENSÃO ALIMENTICIA 30% R$ 1.350,00 IR R$ 420,01TOTAL DE PROVENTOS= R$ 6.212,60TOTAL DE DESCONTOS= R$ 2.684,43 TOTAL LIQUIDO R$ 3.528,17

Funcionário 000005

Resolução: Salário R$ 2.350,00 Hora Extra (50%) R$ 96,14DSR=R$ 17,48INSS=R$ 262,38FALTA 1 R$ 78,33 IR R$ 46,95FGTS R$ 190,82TOTAL DE PROVENTOS= R$ 2.463,62TOTAL DE DESCONTOS= R$ 387,66TOTAL LIQUIDO= R$ 2.075,96

Funcionário 000006

Resolução: Salário R$ 5.350,00INSS=R$ 457,49IR R$ 621,49

24

Page 25: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

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FGTS R$ 428,00 TOTAL DE PROVENTOS= R$ 5.350,00TOTAL DE DESCONTOS=R$ 1078,98 TOTAL LÍQUIDO= R$ 4.271,02

Funcionário 000007Resolução: Salário R$ 510,00 Hora Extra (50%) R$ 52,16DSR=R$ 9,49INSS=R$45,73SALARIO FAMILIA=R$ 29,41 FGTS R$ 45,73 VALE TRANSPORTE R$ 30,60 TOTAL DE PROVENTOS= R$ 601,06TOTAL DE DESCONTOS =R$ 76,33 TOTAL LÍQUIDO= R$ 524,73

5.5.1 – Resultado total da folha de pagamento – Empresa aliança Ltda.

|Salários a pagar | R$ 17.146,15 | |INSS parte empresa | R$ 5.240,79 | |Encargos de terceiros | R$ 1.321,59 | |FGTS a recolher | R$ 1.822,88 | |INSS a recolher | R$ 2.155,00 | |IR a recolher | R$ 1.355,80 | |Pensão a recolher | R$ 2.062,50 | |TOTAL |R$ 31.104,71 |

Conforme dispõe o § 1º do art. 193 da CLT:Caso, por meio de perícia, se constate que a atividade exercida seja,

concomitantemente,   insalubre e perigosa , será facultado aos empregados que estão sujeitos à

estas condições, optar pelo adicional que lhe for mais favorável, não podendo perceber,

cumulativamente, ambos os adicionais.

Portanto, se em determinada atividade o perito indicar que há insalubridade em grau

médio (20%) e periculosidade (30%), o empregado não terá direito a perceber,

cumulativamente, (50%) de adicional, já que a legislação trabalhista faculta ao empregado o

direito de optar pelo mais favorável, ou seja, o de periculosidade.

 Esta opção, embora pareça ser óbvia quanto ao mais favorável (analisando os

percentuais), não espelha a verdade quando analisamos a base de cálculo para a apuração do

referido adicional. É o caso, por exemplo, de se dizer que o empregado que exerça a atividade

em que há, simultaneamente, a insalubridade em grau máximo (40%) e a periculosidade, opte

pelo adicional de insalubridade, por ter um percentual maior. Considerando que a base de

cálculo do adicional de insalubridade (frente) a toda controvérsia gerada pela súmula 25

Page 26: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

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vinculante nº 4 do STF ainda é o salário mínimo, salvo disposição em contrário prevista em

acordo ou convenção coletiva, e que a base de cálculo do adicional de periculosidade é o

salário do empregado, a condição mais favorável poderá ser o de periculosidade, caso o

salário do trabalhador seja consideravelmente superior ao salário mínimo.

5.6 - Fraudes Contábeis

As fraudes contábeis passaram a ganhar importância e atenção da mídia após os

escândalos de empresas estrangeiras como a WorldCom, Tyco e Enron. A transferência de

despesas para os dispêndios com ativos fixos é, sem dúvida, ato fraudulento. O pagamento de

tarifa para arrendamento de linhas locais é evidentemente uma despesa, contabilizada de

maneira irregular pela Enron para inflar o balanço.

No Brasil, temos exemplos de empresas como a Encol, diversos bancos, Parmalat e,

atualmente, a EMI-Odeon brasileira, que exagerou receitas e lucros operacionais fazendo com

que as ações da companhia caíssem cerca de 8% na Bolsa em Londres.

Encol - Para fechar negócio, seus corretores aceitavam até produtos e bens diversos como

parte dos pagamentos. As receitas dos lançamentos bancavam as construções vendidas

anteriormente, até que um dia as fontes financeiras secaram e a Encol protagonizou a quebra

mais dramática vivida por uma grande empresa brasileira até então.

Ao ter a falência decretada, em 1999, a companhia goiana deixou como legado 710

esqueletos de concreto espalhados pelo Brasil, 23 mil funcionários desempregados e 42 mil

clientes sem dinheiro e sem os imóveis que haviam comprado. Entrou para a história como

uma empresa mal administrada, adepta de práticas fraudulentas de gestão e de relações

promíscuas com o poder público. Parmalat -  Inicialmente, parecia que o

propósito das manobras contábeis era o de manter a empresa solvente depois que perdeu

fortunas na América Latina, mais do que enriquecer diretamente Tanzi e sua família – embora

eles certamente tivessem interesse financeiro em ver a empresa sobreviver. O colapso da

Parmalat teve início quando seu auditor levantou dúvidas sobre um lucro de derivativos de

US$ 135 milhões. Depois de outras evidências de falsificações contábeis, o diretor executivo

e fundador da empresa, Calisto Tanzi, renunciou. Quatro dias depois, a empresa divulgou a

carta falsa do Bank of America, os investigadores italianos informaram que a empresa havia

26

Page 27: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

27

utilizado dezenas de empresas do exterior para comunicar ativos não existentes com o intuito

de compensar cerca de US$ 11 bilhões em passivos, acrescentando que a Parmalat poderia

estar falsificando sua contabilidade há cerca de 15 anos. Entre as alegações mais bizarras: um

telefonista da Parmalat foi inadvertidamente listado como diretor executivo de mais de 25

empresas afiliadas utilizadas para mascarar os problemas financeiros da empresa.

EMI- A gravadora EMI revelou que descobriu uma fraude contábil em sua subsidiária

brasileira que inflou as receitas e os ganhos da empresa.

A avaliação da companhia é de que a fraude tenha exagerado as receitas em cerca de 12

milhões de libras (aproximadamente R$ 48 milhões) e os lucros operacionais em cerca de

nove milhões de libras (cerca de R$ 36 milhões), afirmou um porta-voz da gravadora inglesa

em um comunicado oficial. A descoberta foi feita por meio de auditorias internas.

A companhia anunciou que o impacto contábil deve se refletir nos resultados financeiros do

semestre. O comunicado da EMI também diz que uma investigação completa está sendo feita

e que membros da diretoria da companhia no Brasil foram suspensos.

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Page 28: ATPS-CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

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CONCLUSÃO

Diante do exposto, o objetivo precípuo é o de identificar, através de análises de

processos de empresas brasileiras que cometeram fraude contábil, se há condenação por

fraude contábil no Brasil e os fatores determinantes ao convencimento dos juízes quanto à

ocorrência de fraude contábil diante de um balanço contábil fraudulento.

A literatura de gerenciamento da informação contábil não é uniforme com relação ao conceito

de fraude nem quanto à distinção entre fraude e gerenciamento de resultados. Dechow e

Skinner (2000) dizem que a fraude ocorre quando as práticas contábeis adotadas não estão em

conformidade com os princípios contábeis geralmente aceitos (within GAAP).

Segundo Ijiri (1975, p.51) o Statement n° 4 de outubro de 1970, desenvolvido pelo

AccountingPrinciplesBoard (APB) e publicado pelo American

InstituteofCertifiedPublicAccountants (AICPA), recomenda que a Contabilidade deve dar

sempre preferência à essência econômica dos eventos, mesmo nos casos em que a legislação

determine tratamento diferente em relação ao valor a ser contabilizado. Por outro lado, ao

tratar da percepção que deveriam ter os intérpretes dos relatórios contábeis, denota-se

claramente a interface histórica que sempre ocorreu e que ocorre ainda atualmente entre a

Contabilidade e o Direito em termos de vinculação entre a verdade contábil com base na

fidelidade de mensuração em relação ao fenômeno a que se refere e a eqüidade das

ações dos agentes econômicos, em termos de justiça distributiva e responsabilidade social.

Pelo CFC (Conselho Federal de Contabilidade), a Contabilidade possui princípios

fundamentais como o da Entidade, da Continuidade, da Oportunidade, do Registro pelo Valor

Original, da Competência e da Prudência. Com relação às características da Informação

contábil, objeto do nosso estudo, os princípios do Conceito e Conteúdo, dos Usuários, dos

Atributos da Informação Contábil, da Confiabilidade, da Tempestividade, da

Compreensibilidade e o da Comparabilidade são levados em consideração quando há

divergências de informações indicando possíveis fraudes contábeis.

O principal objetivo relacionado a este estudo é a fidedignidade das contas anuais em

relação ao patrimônio, a situação financeira e aos resultados da empresa, em caso de conflito

entre princípios contábeis obrigatórios. “A informação contábil, em especial aquelas contidas

nas demonstrações contábeis, notadamente as previstas em legislação, deve propiciar

revelação suficiente sobre a entidade, de modo a facilitar a concretização dos propósitos do

usuário, revestindo-se de atributos, entre os quais, são indispensáveis os seguintes:

confiabilidade, tempestividade, compreensibilidade e comparabilidade”.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FAHL, Alessandra Cristina; MARION, José Carlos. Contabilidade Financeira. 2. ed. Valinhos :Anhanguera Publicações, 2013. PLT 707.

UDÍCIBUS, Sérgio. Análise de balanços.10.ed.São Paulo.Atlas,2009.

MARION, José Carlos. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Alínea, 2010.

Referências de pesquisas da internet:

Conselho Federal de Contabilidade.Diponível em: <http://www.cfc.org.br> Acesso

em: 08 de setembro de 2013.

Planalto.Diponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6514.htm>

Acesso em: 08 de setembro de 2013.

Previdência Social. Disponível em: <25 > Acesso em : 09 de setembro de 2013.

Portal de Contabilidade.Disponível em: <http://www.portaldecon tabilidade.com.br/ guia /regcompetencia.htm>Acesso em: 10 de Setembro de 2012.

Receita Federal. Disponível em:<http://www.receita.fazenda. gov.br/aliquotas/co

ntribf ont.htm> Acesso em : 09 de setembro de 2013.

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