imóveis & decor - 17 de janeiro de 2016

8
3090-1017 1 MANAUS, DOMINGO, 17 DE JANEIRO DE 2016 SEU DIREITO Não tenha prejuízo na hora do distrato. Página 8 DIVULGAÇÃO Atenção para as rachaduras em paredes Entenda as diferenças entre as fissuras e tome os cuidados necessários para evitar problemas C onhecidas por muitos, as fissu- ras em paredes, popularmen- te chamadas de rachaduras, aparecem com frequência em imóveis e precisam ser tratadas com atenção e cautela. O primeiro passo, segundo engenheiros especialistas, é a identificação do tipo de rachadura e qual a sua origem. De acordo com o engenheiro e pre- sidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas (Ademi-AM), Romero Reis, é impor- tante que o diagnóstico seja realizado previamente por profissionais da área. “O primeiro passo é a identificação. A pessoa prejudicada deve procu- rar orientação profissional, para que seja identificado o tipo de fissura. Existem dois tipos: as fissuras por conta de variação térmica, e a que acontece por conta da deformação de estrutura. Então, quando aparece algo dessa natureza, é preciso que um profissional apropriado avalie para os procedimentos corretos que devem ser adotados”, orientou. Vítima desse problema, o empresário Antônio Salgado, 32, explicou que o a fissura surgida em sua residência se tratava de revestimento. O problema só aumentava e, segundo ele, a parede chegou a ficar infiltrada, por conta da passagem de água das chuvas. “Tinha umas rachaduras em uma parede da minha casa, que foram aparecendo lentamente. Um dia era apenas um risco pequeno, dias depois já estavam maiores. A preocupação veio quando já estava entrando água e a parede estava infiltrando. Então, resolvi chamar um engenheiro que avaliou o estado da parede e informou que era apenas por conta do revestimento que deveria ser trocado. Mudei o material e nunca mais apareceu nenhuma marca na minha casa”, explicou. Tipos A fissura é uma abertura fina, geral- mente superficial e atinge, geralmente, apenas o revestimento de parede. Já as trincas, geralmente são mais profundas e chegam a atingir a alvenaria, podendo afetar a segurança dos componentes da estrutura de uma construção. No entanto, algumas fissuras podem aumentar e acabar afetando a estrutura do prédio. Em Manaus, por exemplo, é co- mum o surgimento desse problema, uma vez que a variação climática é constante. “Digamos que está fazendo quase 40°C e, de repente, temos uma chuva, diminuindo o clima para 20°C. Caso o revestimento da casa não seja apro- priado e não possua uma junta de dilatação correta, as fissuras podem surgir”, explicou. Dependendo do tamanho da racha- dura, pode até ocorrer a passagem de água, ventilação, a entrada de bichos e ainda de iluminação solar. O contato constante com água, tam- bém pode facilitar o aumento das marcas de fissuras. Cheia traz problemas No Amazonas, a população sofre durante o período da cheia dos rios. Diversas ruas e avenidas do Centro de Manaus ficam fechadas. Durante a última cheia, registrada no fim do primeiro semestre do ano passado, alguns moradores informaram que as rachaduras em suas casas apareceram após o contato com a água. “Eu fiquei com a metade da minha casa debaixo d’água. Quando a água desceu, apareceram as rachaduras. Fi- quei com medo de desabar e tratei logo de mandar arrumar. Graças a Deus não aconteceu o pior. Tenho netos peque- nos, imagina se desabasse”, indagou a dona de casa Maria do Carmo, 45. DIVULGAÇÃO LUIS HENRIQUE OLIVEIRA

Upload: amazonas-em-tempo

Post on 25-Jul-2016

216 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Imóveis & Decor - Caderno de imóveis do jornal Amazonas EM TEMPO

TRANSCRIPT

Page 1: Imóveis & Decor - 17 de janeiro de 2016

3090-1017

1

MANAUS, DOMINGO, 17 DE JANEIRO DE 2016

SEU DIREITO

Não tenha prejuízo na hora do distrato.

Página 8

DIVULGAÇÃO

Atenção para as rachaduras em paredesEntenda as diferenças entre as fi ssuras e tome os cuidados necessários para evitar problemas

Conhecidas por muitos, as fi ssu-ras em paredes, popularmen-te chamadas de rachaduras, aparecem com frequência em

imóveis e precisam ser tratadas com atenção e cautela. O primeiro passo, segundo engenheiros especialistas, é a identifi cação do tipo de rachadura e qual a sua origem.

De acordo com o engenheiro e pre-sidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas (Ademi-AM), Romero Reis, é impor-tante que o diagnóstico seja realizado previamente por profi ssionais da área.

“O primeiro passo é a identifi cação. A pessoa prejudicada deve procu-rar orientação profi ssional, para que seja identifi cado o tipo de fi ssura. Existem dois tipos: as fi ssuras por conta de variação térmica, e a que acontece por conta da deformação

de estrutura. Então, quando aparece algo dessa natureza, é preciso que um profi ssional apropriado avalie para os procedimentos corretos que devem ser adotados”, orientou.

Vítima desse problema, o empresário Antônio Salgado, 32, explicou que o a fi ssura surgida em sua residência se tratava de revestimento. O problema só aumentava e, segundo ele, a parede chegou a fi car infi ltrada, por conta da passagem de água das chuvas.

“Tinha umas rachaduras em uma parede da minha casa, que foram aparecendo lentamente. Um dia era apenas um risco pequeno, dias depois já estavam maiores. A preocupação veio quando já estava entrando água e a parede estava infi ltrando. Então, resolvi chamar um engenheiro que avaliou o estado da parede e informou que era apenas por conta do revestimento que deveria ser trocado. Mudei o material e nunca mais apareceu nenhuma marca

na minha casa”, explicou.

TiposA fi ssura é uma abertura fi na, geral-

mente superfi cial e atinge, geralmente, apenas o revestimento de parede. Já as trincas, geralmente são mais profundas e chegam a atingir a alvenaria, podendo afetar a segurança dos componentes da estrutura de uma construção.

No entanto, algumas fi ssuras podem aumentar e acabar afetando a estrutura do prédio. Em Manaus, por exemplo, é co-mum o surgimento desse problema, uma vez que a variação climática é constante.

“Digamos que está fazendo quase 40°C e, de repente, temos uma chuva, diminuindo o clima para 20°C. Caso o revestimento da casa não seja apro-priado e não possua uma junta de dilatação correta, as fi ssuras podem surgir”, explicou.

Dependendo do tamanho da racha-dura, pode até ocorrer a passagem

de água, ventilação, a entrada de bichos e ainda de iluminação solar. O contato constante com água, tam-bém pode facilitar o aumento das marcas de fissuras.

Cheia traz problemasNo Amazonas, a população sofre

durante o período da cheia dos rios. Diversas ruas e avenidas do Centro de Manaus fi cam fechadas. Durante a última cheia, registrada no fi m do primeiro semestre do ano passado, alguns moradores informaram que as rachaduras em suas casas apareceram após o contato com a água.

“Eu fi quei com a metade da minha casa debaixo d’água. Quando a água desceu, apareceram as rachaduras. Fi-quei com medo de desabar e tratei logo de mandar arrumar. Graças a Deus não aconteceu o pior. Tenho netos peque-nos, imagina se desabasse”, indagou a dona de casa Maria do Carmo, 45.

DIV

ULG

AÇÃO

LUIS HENRIQUE OLIVEIRA

01 - IMÓVEIS&DECOR.indd 1 15/01/2016 20:36:05

Page 2: Imóveis & Decor - 17 de janeiro de 2016

MANAUS, DOMINGO, 17 DE JANEIRO DE 20162

EXPEDIENTEEDIÇÃO Mellanie [email protected]

REPORTAGEMLuis Henrique Oliveira

FOTOSArquivo EM TEMPO

REVISÃODernando Monteiro eJoão Alves

DIAGRAMAÇÃOAdyel Vieira

TRATAMENTO DE FOTOSKleuton Silva

Caixa confi rma intenção de reajustar prestaçõesAumento no programa Minha Casa, Minha Vida é necessário, pois não há reajuste desde 2009, diz presidente da CEF

BRASÍLIA, DF (FOLHA-PRESS) - A presidente da Caixa Econômica, Miriam Belchior, con-

fi rmou esta semana a intenção do governo de elevar as presta-ções mínimas do Minha Casa, Minha Vida para benefi ciários da primeira faixa do programa, que ganham até R$ 1.800 por mês. A informação foi ante-cipada pela Folha de S.Paulo.

Miriam defendeu que não haverá “penalização” dos be-nefi ciários nem diminuição de subsídios. “O aumento da prestação está em linha com o aumento da renda e do valor dos imóveis”, afi rmou. Segundo ela, o aumento é necessário, pois não há reajuste deste 2009.

Juros maioresDesde o dia 4 de janeiro, a

Caixa está contratando imó-veis para o Minha Casa, Minha Vida com os juros maiores

anunciados no ano passado para o programa habitacional. Para famílias com renda a partir de R$ 2.350 (faixas 2 e 3 do programa), as taxas variam agora entre 6% e 8% ao ano. Anteriormente, fi cavam entre 5% e 7,16% ao ano.

O Ministério das Cidades in-formou que a fase 3 do progra-

ma ainda não foi lançada, mas que a Caixa tem autonomia para liberar fi nanciamentos nessas duas faixas, que contam com recursos do FGTS, sem uso de dinheiro do governo.

Para o lançamento da fase 3 do programa, faltam defi -nir as novas regras para uso dos recursos do Orçamento, que bancam parte dos imó-veis para famílias com renda inferior a R$ 2.350.

Caixa seguridadeQuestionada sobre a aber-

tura de capital da Caixa Se-guridade, processo que está suspenso, Miriam disse que a operação vai acontecer quando a situação do mer-cado “desanuviar”.

Segundo ela, a primeira janela possível, mas não provável, para a oferta inicial de ações do braço da Caixa no ramo de seguros e previdência será em abril.

CRÉDITO

Apesar da crise no setor imobiliário, a Caixa prevê que os fi nanciamentos para imóveis de até R$ 225 mil devem cres-cer 30% em 2016. A expansão é a mesma registrada em 2015 nesse segmento, clas-sifi cado pelo banco como habitação social

DIV

ULG

AÇÃO

A Caixa está contratando imóveis para o programa com os juros maiores anunciados no ano passado

02 - IMÓVEIS&DECOR.indd 2 15/01/2016 20:38:46

Page 3: Imóveis & Decor - 17 de janeiro de 2016

MANAUS, DOMINGO, 17 DE JANEIRO DE 20163

Organizando o closet para as estações mais quentesProcure manter o armário sempre limpo e organizado, pois assim fica bem mais fácil encontrar suas roupas

Com a chegada das es-tações mais quentes do ano, temos o mo-mento ideal para orga-

nizarmos nossos armários e, enfi m, abrirmos espaço para roupas mais leves e coloridas. O ProCompra, junto com a or-ganizadora profi ssional Louis Mesquita, dão dicas de como renovar os armários para o verão, possibilitando, assim, localizar facilmente as peças mais usadas, por exemplo, o que também otimiza o tempo no dia a dia.

Espaço para o novoO primeiro passo é analisar

tudo que foi usado durante o inverno e verifi car o que precisa ser consertado ou reformado para abrir espaço para as peças de primavera/verão. Outro pon-to importante e, muitas vezes difícil para algumas pessoas é fazer o descarte de peças esquecidas no armário. “Que tal doar ou quem sabe fazer um bazar entre amigas com as peças que não usa mais?”, recomenda Louis.

Como conservarEm seguida, é ideal que as

roupas de inverno que serão guardadas sejam lavadas e higienizadas para evitar mau cheiro, bolor ou manchas. “O uso de capas protetoras em organza ou tnt conservam as peças guardadas”, indica a pro-fi ssional. Não esqueça de inserir produtos anti-mofo em malas ou caixas organizadoras.

PraticidadeNo momento de organizar as

roupas no armário, passe as pe-ças de inverno para a parte su-perior do armário e deixe à mão as peças de verão, organizadas em prateleiras mais baixas, ga-veteiros e cabides. Para Louis Mesquita, é importante seguir um critério lógico facilmente entendido (frequência de uso, estilo, material, cor, etc).

CamisetasQuando há espaço, podem

ser guardadas uma em cada cabide. Outra opção é colocá-las em gavetas ou prateleiras (dobradas em forma de enve-lope, por cores e em cascata).

Saias Para não amassá-las ou dei-

xar vincos, a melhor opção é utilizar cabides com presilhas.

Shorts e bermudasPodem ser guardados em

cabides com presilhas ou dobrados e guardados em gaveteiro ou prateleira.

VestidosDevem ser guardados um

em cada cabide, separados por categorias: estilo, cor, material.

Pijamas e camisolasOs de seda ou cetim costu-

mam ser escorregadios e des-dobram com facilidade. Caso haja espaço nos cabideiros, organize-os em cabides fl o-cados, emborrachados ou com cavas. As peças em outros materiais podem ser dobra-das e colocados em gavetas ou prateleiras. Já os conjuntos são dobrados juntos para que formem uma unidade.

ÓculosPodem ser guardados em

caixas organizadoras com divisórias ou gavetas com

divisórias. Assim, evita-se o acúmulo de poeira ou riscos. Como alternativa, também é possível pendurar os óculos em cabides ou ganchos.

ChapéusÉ ideal que sejam coloca-

dos em caixas apropriadas ou empilhadinhos no armário ou prateleira. Podem ser guarda-dos em cabideiros, ganchos ou em suporte específi co.

Biquínis e maiôsMuito utilizados nas esta-

ções mais quentes, todas as peças de praia podem ser guardadas em colmeias ou saquinhos organizadores den-tro das gavetas. A calcinha do biquíni deve ser guardada em forma envelopada. Caso o sutiã tenha bojo, arrume-os um sobre o outro, mas com cuidado para não amassar e danifi cá-lo. Quem opta por maiôs pode dobrá-los como o padrão das camisetas.

SapatosOs de uso frequente devem

fi car expostos na parte de baixo do armário, sempre à mostra e ventilados. Quando a sapateira tem uma boa pro-fundidade, arrume-os um pé atrás do outro, facilitando a visualização. Outra maneira é colocar em caixas transparen-tes, saquinhos organizadores, bandejas ou corrediças.

O jeito ideal de arrumar o armário

As colmeias são ideais para organizar biquínis, maiôs e roupas íntimas dentro de gaveteiros

FOTO

S: D

IVU

LGAÇ

ÃO

03 - IMÓVEIS&DECOR.indd 3 15/01/2016 20:39:31

Page 4: Imóveis & Decor - 17 de janeiro de 2016

MANAUS, DOMINGO, 17 DE JANEIRO DE 20164

MANAUS, DOMINGO, 17 DE JANEIRO DE 20165

XA

A entusiasmada e criativa arquiteta Cristiane Sotto Maior

PauloRicardo

Sachs

Atuante no mercado

nacional e internacional de mobiliário e alta deco-

ração

Arquitetando

Quando falamos em tendência a ser utilizada, penso também em estilo, ou seja, o estilo do meu cliente, preciso entendê-lo para só depois associá-lo ao que é contemporâneo. E, hoje podemos brincar na arquitetura com mistura de estilos, podemos ousar nas cores, na variação de materiais.

[email protected]

MANAUS, DOMINGO, 17 DE JANEIRO DE 20164

Construção imobiliária fecha ano com retraçãoA retração do IACI em 2015 foi mais intensa no Norte, de acordo com os dados do Monitor da Construção Civil

O índice de ativida-de da construção imobiliária (IACI) encerrou 2015 com

retração de 13,2%, após ter registrado quedas de 8,7% e 5,2% em 2014 e 2013, res-pectivamente, de acordo com dados do Monitor da Cons-trução Civil (MCI), composto por um conjunto de índices elaborado em parceria entre a Tendências e a Criactive.

O IACI mede a área em construção (em fase de fun-dação, estrutura ou acaba-mento) de obras imobiliá-rias residenciais, comerciais, de turismo e outros, com abrangência nacional. Entre os tipos de obra, o IACI re-sidencial registrou queda de 12,4% em 2015. A atividade no segmento comercial teve retração ainda mais intensa, no patamar de 18,6%.

“Considerando que o ar-refecimento das obras resi-denciais remonta ao início de 2013, o indicador já acu-mula três anos consecuti-vos de quedas, enquanto as obras comerciais registram dois anos seguidos de queda”,

disse o MCI, em relatório. O IACI turismo, que apresentou enfraquecimento apenas nos meses mais recentes, encer-rou o ano com retração menos acentuada, de 1,2%.

Desconfi ançaDiante do cenário de crise

de confi ança e piora nos mer-cados de trabalho e crédito, a forte retração registrada dos lançamentos em todas as regiões do Brasil, conside-rando a média 12 meses até outubro de 2015, impõe uma perspectiva pessimista para a atividade da construção imobiliária em 2016 e nos anos seguintes, disse o MCI.

A retração do IACI em 2015 foi mais intensa no Norte, com baixa de 38,5%, onde o índice já acumula quatro anos seguidos de queda.

A região Centro-Oeste também encerrou o ano com retração do IACI acima da média registrada no Brasil, de -28,4%. As regiões Nordeste, Sudeste e Sul apresentaram quedas de, respectivamente, 12,9%, 10,4% e 8,6%.

Na composição do índice, os

indicadores de fundação (IA-CI-F) e estrutura mostraram alta na margem, enquanto o da fase de acabamento caiu na mesma base de compa-ração.

Nos próximos anosApesar do crescimento na

margem do IACI-F, o nível do indicador encerrou 2015 com forte queda de -26,6%. Adicionalmente, o índice de lançamentos (IACI-L) regis-trou alta de 4,9% na margem, em outubro, após apresentar fortes quedas nos últimos meses, acumulando retração de 38,3% em 12 meses.

A dinâmica desses indica-dores, associada à conjuntura bastante desfavorável, tende a limitar a atividade da cons-trução imobiliária em todas as suas fases nos próximos anos, disse.

Considerando apenas o mês de dezembro, o IACI mostrou queda de 2,3% ante novembro, de acordo com dados livres de efeitos sa-zonais. Na comparação com dezembro de 2014, o índice recuou 10,7%.

A forte retração registrada dos lançamentos em todas as regiões do Brasil impõe perspectiva pessimista

FFO

TOS:

DIV

ULG

AÇÃ

O

O faturamento das empre-sas que produzem material de construção caiu 12,6% ao lon-go de 2015, segundo levan-tamento da Fundação Getulio Vargas (FGV) feito a pedido da Associação Brasileira da Indústria dos Materiais de Construção (Abramat). Entre novembro e dezembro houve recuo de 13,7% e, na compa-ração com o mesmo mês de

2014, a queda chegou a 16%. A pesquisa indica que o

setor enxugou vagas no mercado de trabalho redu-zindo a oferta de emprego em 8,8% em dezembro, na comparação com igual mês do ano anterior.

Entre novembro e dezem-bro últimos, o saldo entre contratações e demissões foi negativo em 2,4%. No

acumulado do ano, houve retração de 5,5%.

O presidente da Abramat, Walter Cover, afi rmou que “o mercado das construtoras foi abalado pela falta de confi ança na economia tanto pelas famílias que prorroga-ram a compra do imóvel pró-prio, como pelos empresários que adiaram a construção de empreendimentos”.

Setor de materiais também sofre

Por que você escolheu arquitetura? Venho de uma família cria-tiva, tenho avó, mãe

e irmãs que pintam quadros, porcelana, paredes, bordam, desenham e admiram arte e música. Que família viaja a Europa e se esbalda em mu-seus, sebos e se emociona ao ouvir um simples violino fren-te a Plaza de La Armeria em Madrid? Juntando tudo isso, coube a mim através da arqui-tetura e urbanismo dar pros-seguimento a essa explosão criativa familiar. Como anda o mercado de Manaus para os especifi cadores? Manaus não perde para nenhum mercado do país quando o assunto é especifi cação de materiais, apesar da distância para o sul e sudeste, estamos muito mais próximos dos grandes exportadores, facilitando es-pecifi cações inclusive do ex-terior. Fazemos parte de um ciclo maior de profi ssionais que não pode parar e não vai parar, cabendo a todos, indústrias, lojas, distribuido-res e profi ssionais estar mais integrados e agindo em prol de um mesmo objetivo, que é a manutenção das possibili-dades de construir o belo de forma possível e mais próxi-ma das atuais possibilidades, incluindo o custo. Qual a tua formação? Tenho 16 anos de formada em arquitetura e urbanismo, fi z especialização em gerenciamento urbano na ULBRA e nesta época fi z um curso de aperfeiçoamento na FAU-USP de Urbanização de Favelas e simplesmente me encantei pelo tema. Em 2001 tive a oportunidade de participar do Plano Diretor de Manaus já trabalhando na Gestão Pública e me encontrei no urbanismo de vez. Queria

saber mais e mais, busquei outra especialização em Di-reito e Política Ambiental e Urbana, e achei meu lugar no Cosmos... (risos) como diria o Professor Clóvis de Barros Filho, mas isso é burocrá-tico demais, tenho que ter a leveza da criação, então me especializei também em arquitetura de Interiores que é, digamos assim, meu mo-mento narcótico, da sensação total de felicidade, bem es-tar e euforia, adoro criar. E, em 2014 volto a participar do Plano Diretor de Manaus como Coordenadora do Gru-po Executivo da Prefeitura de Manaus e decido então cursar Direito, hoje faço o 5o. período do curso e só me arrependo de não ter feito isso antes. Mas já antecipo que serei uma Urbanista com conhecimento em Direito e não uma Advogada Criativa. Qual a tua referencia na ar-quitetura, quem você consi-dera como teu ou tua mentora em termos de arquitetura? Essa é uma pergunta difícil pois não tenho uma perso-nalidade em especial para ser minha total referência. O que percebo é que diante do que estou trabalhando posso lembrar de grandes ícones da arquitetura, como também de grandes colegas de profi s-são que estão bem próximos. Mas já fi z projetos em que minha referência transcen-deu totalmente a arquitetura chegando a Piet Mondrian, Gabrielle Chanel, Tom Jobim ou mesmo uma banda de rock. Sobre sua carrei-ra, qual tipo de projeto você mais se identifi ca, interiores ou exteriores, conte para nós. Tenho feito vários trabalhos de interiores e as pessoas

fi cam bem impressionadas com o que vêem, entendo que isso se deve a seleção natu-ral que faço para conseguir esses serviços. Sempre digo que meu forte é arquitetura temática. Fiz o projeto do Parque Cidade da Criança e sempre me emociono ao ver a capacidade de alegria que esse projeto pode absorver. Qual a feira internacional mais importante para pesqui-sa de tendencias? Vou contar um segredo, a primeira vez que fui ao Salão de Móvel de Milão, eu não fui... explico... preferi andar, olhar a cidade, olhar obras de arte, conhecer lugares e edifi cações ícones da arquitetura porque essa sensação é impossível de ser transmitida por catálogo ou revis-ta. Quem são as tuas referên-cias e ins-p i rações? Sem dúvida a frase de Mies Van der Rohe: “Menos é mais”. Pra mim sutileza é tudo. O que pode compro-meter um pro-jeto? O exagero e uma execução desastrosa. O que não pode faltar em u m

projeto? Nos meus, arte, ar-tesanato e uma pitada de poesia. Qual sua fonte de evolução profi ssional? Co-nhecimento geral constante. Falando em estilos e van-guarda, onde você Cris Sotto Mayor se posiciona? Gosto de sofi sticação, da poesia da cor na medida certa, do artesanal, de fl ores e de uma boa pitada de psicologia para entender o que o cliente quer observando seus próprios limites. O que é bom gosto para vc? Já me perguntei isso... Já tentei res-ponder isso de forma lógica e cheguei a seguinte conclusão, que bom gosto está intima-mente ligado a cultura do lugar. Portanto, bom gosto

é saber dosar os detalhes necessários com perfeição. O que você pensa sobre a classe de arquitetura, decoração e design, atualmente, já que existem grupos distintos de profi ssionais. Nossa, isso gera uma tese. Me preocupa um pouco a nítida confusão entre Arquitetura de Interiores e a decoração e/ou design de inte-riores. Vejo um campo extrema-mente fértil para ambos, cada um na sua área. O arquiteto de interiores possui atribuição para ser responsável técnico capaz de alterar a estrutura de um determinado espaço, de demolir partes de paredes ou paredes inteiras, mudar por-tas ou mesmo ampliar uma

carga elétrica, ciente do que está sendo realizado. Com o espaço acabado, pode o de-signer de interiores contribuir nas diferentes soluções para o ambiente, na defi nição de cores, mobiliários, luminárias, texturas, dentre tantos outros arranjos. Simplicidade? Último degrau da elegância. Luxo? O que enobrece a alma. Um ar-quiteto(a)? Diria uma escola: a Bauhaus. Uma obra? A que mais impressiona: a Sagrada família de Gaudi. Um artista? da Vinci. Um mobiliário? Poltrona Mole de Sérgio Rodrigues. Um país? França. Cris por Cris? Mente criativa mais inquieta e jovem que conheço. Fones: 981-237002 e 35841039.

Suíte de um casal: equilíbrio nos elementos

Barbearia Don Valiante: um show de bom gosto

Estande de vendas Everest: um toque futurista

Living no Cond. Renaissen-ce: visita ao clássico com acentos contemporâneos O fraldário do Manauara Shopping

Estar e jantar

Angel Hair: con-traste de bom gosto é uma constante

A arquiteta Cristiane Sotto Maior

A elegância do couro do Ches-

terfi eld, na Don Valiante

04 e 05 IMÓVEIS&DECOR.indd Todas as páginas 15/01/2016 20:42:23

Page 5: Imóveis & Decor - 17 de janeiro de 2016

MANAUS, DOMINGO, 17 DE JANEIRO DE 20164

MANAUS, DOMINGO, 17 DE JANEIRO DE 20165

XA

A entusiasmada e criativa arquiteta Cristiane Sotto Maior

PauloRicardo

Sachs

Atuante no mercado

nacional e internacional de mobiliário e alta deco-

ração

Arquitetando

Quando falamos em tendência a ser utilizada, penso também em estilo, ou seja, o estilo do meu cliente, preciso entendê-lo para só depois associá-lo ao que é contemporâneo. E, hoje podemos brincar na arquitetura com mistura de estilos, podemos ousar nas cores, na variação de materiais.

[email protected]

MANAUS, DOMINGO, 17 DE JANEIRO DE 20164

Construção imobiliária fecha ano com retraçãoA retração do IACI em 2015 foi mais intensa no Norte, de acordo com os dados do Monitor da Construção Civil

O índice de ativida-de da construção imobiliária (IACI) encerrou 2015 com

retração de 13,2%, após ter registrado quedas de 8,7% e 5,2% em 2014 e 2013, res-pectivamente, de acordo com dados do Monitor da Cons-trução Civil (MCI), composto por um conjunto de índices elaborado em parceria entre a Tendências e a Criactive.

O IACI mede a área em construção (em fase de fun-dação, estrutura ou acaba-mento) de obras imobiliá-rias residenciais, comerciais, de turismo e outros, com abrangência nacional. Entre os tipos de obra, o IACI re-sidencial registrou queda de 12,4% em 2015. A atividade no segmento comercial teve retração ainda mais intensa, no patamar de 18,6%.

“Considerando que o ar-refecimento das obras resi-denciais remonta ao início de 2013, o indicador já acu-mula três anos consecuti-vos de quedas, enquanto as obras comerciais registram dois anos seguidos de queda”,

disse o MCI, em relatório. O IACI turismo, que apresentou enfraquecimento apenas nos meses mais recentes, encer-rou o ano com retração menos acentuada, de 1,2%.

Desconfi ançaDiante do cenário de crise

de confi ança e piora nos mer-cados de trabalho e crédito, a forte retração registrada dos lançamentos em todas as regiões do Brasil, conside-rando a média 12 meses até outubro de 2015, impõe uma perspectiva pessimista para a atividade da construção imobiliária em 2016 e nos anos seguintes, disse o MCI.

A retração do IACI em 2015 foi mais intensa no Norte, com baixa de 38,5%, onde o índice já acumula quatro anos seguidos de queda.

A região Centro-Oeste também encerrou o ano com retração do IACI acima da média registrada no Brasil, de -28,4%. As regiões Nordeste, Sudeste e Sul apresentaram quedas de, respectivamente, 12,9%, 10,4% e 8,6%.

Na composição do índice, os

indicadores de fundação (IA-CI-F) e estrutura mostraram alta na margem, enquanto o da fase de acabamento caiu na mesma base de compa-ração.

Nos próximos anosApesar do crescimento na

margem do IACI-F, o nível do indicador encerrou 2015 com forte queda de -26,6%. Adicionalmente, o índice de lançamentos (IACI-L) regis-trou alta de 4,9% na margem, em outubro, após apresentar fortes quedas nos últimos meses, acumulando retração de 38,3% em 12 meses.

A dinâmica desses indica-dores, associada à conjuntura bastante desfavorável, tende a limitar a atividade da cons-trução imobiliária em todas as suas fases nos próximos anos, disse.

Considerando apenas o mês de dezembro, o IACI mostrou queda de 2,3% ante novembro, de acordo com dados livres de efeitos sa-zonais. Na comparação com dezembro de 2014, o índice recuou 10,7%.

A forte retração registrada dos lançamentos em todas as regiões do Brasil impõe perspectiva pessimista

FFO

TOS:

DIV

ULG

AÇÃO

O faturamento das empre-sas que produzem material de construção caiu 12,6% ao lon-go de 2015, segundo levan-tamento da Fundação Getulio Vargas (FGV) feito a pedido da Associação Brasileira da Indústria dos Materiais de Construção (Abramat). Entre novembro e dezembro houve recuo de 13,7% e, na compa-ração com o mesmo mês de

2014, a queda chegou a 16%. A pesquisa indica que o

setor enxugou vagas no mercado de trabalho redu-zindo a oferta de emprego em 8,8% em dezembro, na comparação com igual mês do ano anterior.

Entre novembro e dezem-bro últimos, o saldo entre contratações e demissões foi negativo em 2,4%. No

acumulado do ano, houve retração de 5,5%.

O presidente da Abramat, Walter Cover, afi rmou que “o mercado das construtoras foi abalado pela falta de confi ança na economia tanto pelas famílias que prorroga-ram a compra do imóvel pró-prio, como pelos empresários que adiaram a construção de empreendimentos”.

Setor de materiais também sofre

Por que você escolheu arquitetura? Venho de uma família cria-tiva, tenho avó, mãe

e irmãs que pintam quadros, porcelana, paredes, bordam, desenham e admiram arte e música. Que família viaja a Europa e se esbalda em mu-seus, sebos e se emociona ao ouvir um simples violino fren-te a Plaza de La Armeria em Madrid? Juntando tudo isso, coube a mim através da arqui-tetura e urbanismo dar pros-seguimento a essa explosão criativa familiar. Como anda o mercado de Manaus para os especifi cadores? Manaus não perde para nenhum mercado do país quando o assunto é especifi cação de materiais, apesar da distância para o sul e sudeste, estamos muito mais próximos dos grandes exportadores, facilitando es-pecifi cações inclusive do ex-terior. Fazemos parte de um ciclo maior de profi ssionais que não pode parar e não vai parar, cabendo a todos, indústrias, lojas, distribuido-res e profi ssionais estar mais integrados e agindo em prol de um mesmo objetivo, que é a manutenção das possibili-dades de construir o belo de forma possível e mais próxi-ma das atuais possibilidades, incluindo o custo. Qual a tua formação? Tenho 16 anos de formada em arquitetura e urbanismo, fi z especialização em gerenciamento urbano na ULBRA e nesta época fi z um curso de aperfeiçoamento na FAU-USP de Urbanização de Favelas e simplesmente me encantei pelo tema. Em 2001 tive a oportunidade de participar do Plano Diretor de Manaus já trabalhando na Gestão Pública e me encontrei no urbanismo de vez. Queria

saber mais e mais, busquei outra especialização em Di-reito e Política Ambiental e Urbana, e achei meu lugar no Cosmos... (risos) como diria o Professor Clóvis de Barros Filho, mas isso é burocrá-tico demais, tenho que ter a leveza da criação, então me especializei também em arquitetura de Interiores que é, digamos assim, meu mo-mento narcótico, da sensação total de felicidade, bem es-tar e euforia, adoro criar. E, em 2014 volto a participar do Plano Diretor de Manaus como Coordenadora do Gru-po Executivo da Prefeitura de Manaus e decido então cursar Direito, hoje faço o 5o. período do curso e só me arrependo de não ter feito isso antes. Mas já antecipo que serei uma Urbanista com conhecimento em Direito e não uma Advogada Criativa. Qual a tua referencia na ar-quitetura, quem você consi-dera como teu ou tua mentora em termos de arquitetura? Essa é uma pergunta difícil pois não tenho uma perso-nalidade em especial para ser minha total referência. O que percebo é que diante do que estou trabalhando posso lembrar de grandes ícones da arquitetura, como também de grandes colegas de profi s-são que estão bem próximos. Mas já fi z projetos em que minha referência transcen-deu totalmente a arquitetura chegando a Piet Mondrian, Gabrielle Chanel, Tom Jobim ou mesmo uma banda de rock. Sobre sua carrei-ra, qual tipo de projeto você mais se identifi ca, interiores ou exteriores, conte para nós. Tenho feito vários trabalhos de interiores e as pessoas

fi cam bem impressionadas com o que vêem, entendo que isso se deve a seleção natu-ral que faço para conseguir esses serviços. Sempre digo que meu forte é arquitetura temática. Fiz o projeto do Parque Cidade da Criança e sempre me emociono ao ver a capacidade de alegria que esse projeto pode absorver. Qual a feira internacional mais importante para pesqui-sa de tendencias? Vou contar um segredo, a primeira vez que fui ao Salão de Móvel de Milão, eu não fui... explico... preferi andar, olhar a cidade, olhar obras de arte, conhecer lugares e edifi cações ícones da arquitetura porque essa sensação é impossível de ser transmitida por catálogo ou revis-ta. Quem são as tuas referên-cias e ins-p i rações? Sem dúvida a frase de Mies Van der Rohe: “Menos é mais”. Pra mim sutileza é tudo. O que pode compro-meter um pro-jeto? O exagero e uma execução desastrosa. O que não pode faltar em u m

projeto? Nos meus, arte, ar-tesanato e uma pitada de poesia. Qual sua fonte de evolução profi ssional? Co-nhecimento geral constante. Falando em estilos e van-guarda, onde você Cris Sotto Mayor se posiciona? Gosto de sofi sticação, da poesia da cor na medida certa, do artesanal, de fl ores e de uma boa pitada de psicologia para entender o que o cliente quer observando seus próprios limites. O que é bom gosto para vc? Já me perguntei isso... Já tentei res-ponder isso de forma lógica e cheguei a seguinte conclusão, que bom gosto está intima-mente ligado a cultura do lugar. Portanto, bom gosto

é saber dosar os detalhes necessários com perfeição. O que você pensa sobre a classe de arquitetura, decoração e design, atualmente, já que existem grupos distintos de profi ssionais. Nossa, isso gera uma tese. Me preocupa um pouco a nítida confusão entre Arquitetura de Interiores e a decoração e/ou design de inte-riores. Vejo um campo extrema-mente fértil para ambos, cada um na sua área. O arquiteto de interiores possui atribuição para ser responsável técnico capaz de alterar a estrutura de um determinado espaço, de demolir partes de paredes ou paredes inteiras, mudar por-tas ou mesmo ampliar uma

carga elétrica, ciente do que está sendo realizado. Com o espaço acabado, pode o de-signer de interiores contribuir nas diferentes soluções para o ambiente, na defi nição de cores, mobiliários, luminárias, texturas, dentre tantos outros arranjos. Simplicidade? Último degrau da elegância. Luxo? O que enobrece a alma. Um ar-quiteto(a)? Diria uma escola: a Bauhaus. Uma obra? A que mais impressiona: a Sagrada família de Gaudi. Um artista? da Vinci. Um mobiliário? Poltrona Mole de Sérgio Rodrigues. Um país? França. Cris por Cris? Mente criativa mais inquieta e jovem que conheço. Fones: 981-237002 e 35841039.

Suíte de um casal: equilíbrio nos elementos

Barbearia Don Valiante: um show de bom gosto

Estande de vendas Everest: um toque futurista

Living no Cond. Renaissen-ce: visita ao clássico com acentos contemporâneos O fraldário do Manauara Shopping

Estar e jantar

Angel Hair: con-traste de bom gosto é uma constante

A arquiteta Cristiane Sotto Maior

A elegância do couro do Ches-

terfi eld, na Don Valiante

04 e 05 IMÓVEIS&DECOR.indd Todas as páginas 15/01/2016 20:42:23

Page 6: Imóveis & Decor - 17 de janeiro de 2016

MANAUS, DOMINGO, 17 DE JANEIRO DE 20166

Onde o preço das casas vai crescer este ano

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Londres, Reino Unido A previsão da Knight Frank é de um aumento de 2% no preço das residências em

Londres, o dobro do registrado em 2015. Os riscos envolvem a eleição de um novo prefeito em maio, aumento dos custos de transação, como o imposto de 3% para compra da segunda casa.

O mercado da cidade tem fi cado totalmente fora do padrão nos últimos anos. De acordo com a consultoria Zoopla, as casas de 75.796 britânicos ultrapassaram o valor de 1 milhão de libras em 2015. Ou seja, 200 britânicos por dia se tornaram “milionários imobiliários” no período.

Miami, Estados UnidosQueridinha dos brasileiros e latino-americanos em geral, Miami verá o

preço de suas casas subir 2% em 2016, metade da taxa do ano passado, diz a consultoria.

O risco para a cidade é que os investidores adotem uma postura de “es-perar para ver” diante dos fatores como a eleição presidencial americana e a valorização do dólar em relação às moedas de países emergentes.

De acordo com a Faccin Investments, a alta do dólar causou uma redução de quase 85% dos brasileiros que desejam comprar uma segunda residência em Miami.

MônacoO estreito principado de Mônaco tem a oferta de residências natural-mente restrita pelo seu tamanho e deve ver o preço delas crescer 5%

em 2016, segundo a Knight Frank.É o mesmo número do ano passado: “No clima atual de crescente

tensão política e fl utuações de impostos, o status de Mônaco como um refúgio privado e seguro continua a ter apelo sobre os ricos do mundo”, diz a consultoria.

Praticamente um em cada três habitantes da cidade tem patrimônio acima de US$ 1 milhão, e isso sem contar o valor da sua moradia principal, segundo a Wealth Insight.

Nova York, Estados Unidos De acordo com a consultoria, Nova York deve manter em

2016 a mesma taxa de crescimento de 5% observada em 2015.A mediana do preço de venda de um apartamento em

Manhattan atingiu US$ 999.000 (o equivalente a R$ 3,95 milhões) no 3º trimestre, de acordo com o Corcoran e outros grupos imobiliários, diz o New York Times.

E isso porque estamos falando da mediana, que suaviza os extremos. O preço médio é bem maior: US$ 1,7 milhão (ou R$ 6,7 milhões).

Xangai, ChinaXangai garante o segundo lugar na lista apesar da taxa de

crescimento esperada, de 4%, ser menos da metade dos 10% estimados em 2015.

Investidores temem que a economia da China esteja de-sacelerando perigosamente, o que vem sendo sinalizado por uma série de dados fracos.

A China precisa reformar seu modelo de crescimento para depender mais do consumo e menos do investimento, mas ninguém sabe se ela terá sucesso. É esta incerteza que deve dominar o ano.

Sydney, AustráliaA liderança na lista da Knight Frank fi ca com Sydney, na

Austrália, com previsão de crescimento de 10% em 2016 após os 15% estimados em 2015.

“A desaceleração da economia, a fraqueza da performance do mercado de ações em meses recentes e a introdução de taxas para o investimento externo explicam a performance mais baixa em 2016”, diz a consultoria.

Ainda assim, a Austrália tem poucos motivos para reclamar: é um caso único no mundo desenvolvido ao caminhar para seu 25º ano seguido sem recessão.

Em que lugar do mundo você gostaria de ter uma casa?Independentemente da sua resposta, com certeza um

fator que deve ser levado em conta é o preço e sua trajetória ao longo dos anos. Em um relatório recente, a consultoria imobiliária Knight Frank lançou suas previsões sobre o comportamento do preço de moradias em várias cidades globais em 2016.Eles identifi cam dois fatores explicativos centrais - o

ritmo do aumento dos juros nos Estados Unidos e da desaceleração da economia da China - e esperam ganhos menores que aqueles verifi cados nos últimos anos.“No fi nal de 2015, esperamos que os mercados mais

fortes e mais fracos fossem separados por 20 pontos percentuais. Em 2016 projetamos que esse dado caia para 15 pontos na medida que o crescimento de preços converge”, diz o texto.Veja a seguir quais são as seis cidades analisadas que

se destacam pela previsão de forte crescimento.

06 - IMÓVEIS&DECOR.indd 6 15/01/2016 20:46:56

Page 7: Imóveis & Decor - 17 de janeiro de 2016

MANAUS, DOMINGO, 17 DE JANEIRO DE 20167

Estudo aponta que funcionários fi cam mais felizes quando há plantas por perto

Os benefícios do verde no ambiente corporativo

Pensar e manter a de-coração no ambiente corporativo é um gran-de desafi o. Não deve

servir apenas para “tapar um buraco” na decoração. “Se for um prédio fechado com ar condicionado, às espécies em vasos vão ter sérios problemas para se desenvolverem. Planta não gosta de ar condicionado - ele altera a umidade relativa do ar, além da temperatura”, comenta a arquiteta e paisa-gista Lucia Manzano.

Cada pedacinho verde pode ser considerado um refúgio da correria do tra-

balho, até mesmo aquele simples vaso de violeta que fica no cantinho da mesa ou atrás da pilha de papéis.

De acordo com Ruth K. Raanaas da Universidade Norueguesa de Ciências da Vida, o simples fato de se ter plantas no escritório é uma solução simples e barata para manter os funcionários mais felizes e mais focados.

Uma das opções é o uso de plantas de corte – flo-res que são encontradas nas floriculturas.

Existem alguns segredinhos para prolongar o tempo de

vida dos arranjos, tais como: escolher fl ores vistosas e sem machucados; há forte tendên-cia das fl ores mais escuras terem maior durabilidade; espécies tropicais podem ser compostas com folhagens grandes como as dos fi lo-dendros, ou mesmo com as próprias folhas das alpinias e helicônicas, para aquele toque especial. Elas têm maior to-lerância em relação ao nosso clima – resistindo de 10 a 15 dias após o corte.

Plantas preservadas vêm ganhando cada vez mais es-paço no mundo da arquitetura

e decoração. Esse tipo de plan-ta passa por um tratamento químico em suas folhagens. O resultado é incrível: natura-lidade e durabilidade, sem a necessidade de luz, ar e água. É ideal para hall de entrada, recepções, salas de espera - o limite é a imaginação.

Uma alternativa bacana para quem gosta de diversi-fi car é contratar um serviço de assinatura mensal de entrega de fl ores. Isso mesmo! Em dias determinados lindos arranjos são entregues nos mais dife-rentes locais: casas, escritó-rios, lojas e restaurantes.

BOX

Sistema inovador de abertura de portas

Com um exclusivo de-sign que permite a aber-tura das portas em 180º, o Box Certo chega ao mer-cado com a fi nalidade de oferecer praticidade ao consumidor e otimização de espaço. Além de box de banheiro, o sistema também pode ser aplicado em portas de passagem.

A Ideia Glass acaba de lançar no mercado o Box Certo com inovadoras so-luções para projetos re-quintados de banheiros e salas de banho.

A novidade chega com a proposta de trazer ao ambiente uma inédita economia de espaço, que é conquistada graças ao exclusivo formato que per-mite abertura das portas em 180º.

Com uma instalação prática em que a única furação feita no vidro é a do puxador, o Box Cer-to oferece um excelente

acabamento ao espaço com o seu design leve e moderno. Além disso, o lançamento é adaptável a todos os tipos de am-bientes e pode ser insta-lado em cantos, espaços frontais ou até mesmo em cima de banheiras.

Um dos grandes dife-rencias do produto é pos-sibilitar a utilização do vidro laminado 4+4, um vidro de segurança que, ao se quebrar, continua fi xo a estrutura do box.

Especifi cações:

PORTA: Máximo de 1,05 m de largura e 40 kg

VIDRO: Temperado ou laminado – 8 mm

VÃO: Mínimo de 50 cm e máximo de 1,10 m

ALTURA: Máximo de 1,90 e mínimo 2,20 m

A novidade é a solução ideal para salas de banho e banheiros

DIV

ULG

AÇÃO

DIV

ULG

AÇÃO

07 - IMÓVEIS&DECOR.indd 7 15/01/2016 20:49:12

Page 8: Imóveis & Decor - 17 de janeiro de 2016

MANAUS, DOMINGO, 17 DE JANEIRO DE 20168

Como não perder tudo o que pagou no ‘distrato’ Associação orienta como agir para não perder o que já foi pago caso o cliente resolva pelo cancelamento do contrato

Se o setor imobiliário tivesse de escolher uma palavra para se lembrar de 2015, ela

certamente seria “distrato” - jargão usado pelas empresas, e agora também conhecido dos consumidores, para devo-lução de imóveis comprados na planta. Esse foi o pesadelo de incorporadoras e proprie-tários de imóveis novos no ano passado, quando o setor registrou recordes históricos no volume de devoluções.

“Historicamente, o percen-tual de distratos girava em torno de 10%, um patamar saudável para a indústria”, diz Meyer Nigri, fundador da Tecnisa e vice-presidente da Abrainc, associação que reúne as 18 maiores com-panhias do setor.

InstabilidadeCom a crise econômica e

o aperto no crédito, o con-sumidor que comprou imóvel na planta com perspectivas de emprego estável, infl ação contida e juros baixos, hoje enfrenta difi culdades e mui-tas vezes tem que recorrer ao cancelamento do contrato por não obter o fi nancia-mento ou não ter recursos

próprios para quitar o saldo na entrega do imóvel.

A Associação de Consumi-dores orienta sobre o que fazer na hora de pedir o cancela-mento do contrato, processo conhecido como distrato.

Como agirMesmo estando inadimplen-

te é possível pedir o distrato, que deve ser formalizado por escrito. Caso não consiga o distrato, o consumidor deve pedir ajuda nas entidades de defesa do consumidor, como a Proteste, se for associado, ou entrar na Justiça.

Ao desistir da compra, o

consumidor não pode perder todo o dinheiro que pagou. A construtora recebe o imóvel de volta e deve devolver no mínimo 75% do que foi pago pelo comprador, no caso de a culpa do distrato ser dele, por não conseguir o fi nanciamen-to, por exemplo.

O valor retido pela constru-tora leva em conta a multa e despesas administrativas. Mas se a empresa quiser reter mais do que 25% do valor pago, deve-se recor-rer à Justiça e não assinar nenhum acordo.

Quando o cancelamento for por culpa da construtora, no caso de atraso na entrega do imóvel, por exemplo, a devolução do valor deve ser de 100% e com atualização monetária. Pela lei, a construtora pode atrasar a entrega em até 180 dias.

PlanejamentoImóveis lançados há cer-

ca de quatro anos, quando o mercado imobiliário estava aquecido, estão sendo entre-gues agora e o consumidor que não se planejou bem pode perder a casa própria. Em muitos casos, a prestação do imóvel na planta é baixa, mas, na hora de fi nanciar, o consu-

DIVULGAÇÃO

Quando a culpa for da construtora, o cliente tem direito a ter 100% do valor pago devolvido com correção

PREJUÍZO

O levantamento da agência de classi-fi cação de riscos Fitch mostra que, de cada cem imóveis vendidos, 41 foram devolvidos de janeiro a setembro de 2015. Isso signifi ca quase R$ 5 bilhões de volta na prateleira de venda das grandes empresas

midor descobre que não tem a renda necessária e acaba tendo de entregar o imóvel. Há também fatores alheios à vontade do comprador, como o desemprego.

Fazer uma simulação de fi nanciamento antes de com-

prar o imóvel na planta ajuda a evitar estas situações de ter que desistir do sonho da casa própria.

O distrato para extinguir as obrigações estabelecidas em um contrato anterior deve ser solicitado até a entrega das

chaves. Depois desse momen-to, o comprador toma posse do imóvel e não é mais possível devolver o bem à construtora. A devolução do valor pago a título de distrato deve ser feita em uma única parcela pela construtora.

08 - IMÓVEIS&DECOR.indd 8 15/01/2016 20:51:09