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Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

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Relatorio de Gestão e Prestação de Contas referente ao ano de 2009

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Relatório de Gestão e

Prestação de Contas|2009

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Relatório de Gestão e

Prestação de Contas|2009

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ÍndiceNota Introdutória 7

1 Mensagem do Conselho de Administração 9

2 Hospital de Faro, E.P.E. 11

2.1 Breve Apresentação 11

2.2 Missão, Objectivos e Estrutura 16

2.3 Caracterização do Dispositivo Assistencial 17

3 Órgãos Sociais 23

4 Estrutura Organizacional 24

5 Actividade Global 27

5.1 Actividade Assistencial 27

Internamento 28

Actividade de Ambulatório 32

Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental 38

Outras Actividades 39

Cumprimento do Plano de Desempenho 40

5.2 Evolução dos Indicadores de Recursos

Humanos/Formação 43

Recursos Humanos 43

Formação 49

5.3 Análise dos Indicadores

Económico-Financeiros 54

Análise Económica 54

Estrutura de Custos 56

Estrutura dos Proveitos 63

Análise Financeira e Patrimonial 65

Indicadores Económico Financeiros 67

5.4 Investimentos 71

6 Desenvolvimento Estratégico e

Actividades para 2010 73

Linhas Estratégicas 73

Plano de Investimentos 2010 75

7 Governo da Sociedade 77

7.1 Missão, Objectivos e Políticas da Empresa 77

7.2 Regulamentos Internos e Externos a que a

Empresa está Sujeita 77

7.3 Informação sobre as Transacções Relevantes

com Entidades Relacionadas. 78

7.4 Informação sobre Outras Transacções 79

7.5 Indicação do Modelo de Governo e Identificação

dos Membros dos Orgãos Socais 81

7.6 Remunerações dos Membros dos

Órgãos Sociais 82

7.7 Análise da Sustentabilidade da Empresa nos Domínios Económico, Social e Ambiental 85

7.8 Avaliação sobre o Grau de Cumprimento dos Princípios de Bom Governo 94

7.9 Apresentação do Código de Ética 97

7.10 Identificação dos Mecanismos Adoptados com

vista à Prevenção de Conflitos de Interesses 97

8 Proposta de Aplicação de Resultados 99

Nota Introdutória 99

a. Balanço Analítico 100

b. Demonstração de Resultados 103

c. Demonstração de Fluxos de Caixa 105

d. Activo Imobilizado 106

e. Descontos e Retenções 107

f. Demonstração do Custo das Mercadorias

Vendidas e Matérias Consumidas 111

g. Demonstração de Resultados Financeiros 112

h. Demonstração de Resultados Extraordinários 113

i. Mapa do Desenvolvimento das Despesas

com Pessoal 114

j. Mapa de Controlo do Orçamento de Compras 116

k. Mapa de Controlo do Orçamento

de Investimentos 117

l. Mapa de Controlo do Orçamento

Económico – Custos e Perdas/Proveitos e Ganhos 118

9 Certificação Legal de Contas 133

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7Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Nota Introdutória

Em cumprimento do estabelecido no ponto 13 da Portaria n.º 898/2000, de 28 de Setembro, que aprovou o Plano Oficial de Con-tabilidade do Ministério da Saúde (POCMS), o Conselho de Admi-nistração do Hospital de Faro, E.P.E., apresenta o Relatório e Contas, relativo ao período de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2009, do qual o presente Relatório de Gestão e Prestação de Contas de 2009 faz parte integrante, como instrumento de apoio no âmbito da Ges-tão Hospitalar.

Este Relatório está estruturado da seguinte forma:

1. Mensagem do Conselho de Administração

2. O Hospital de Faro

3. Orgãos Sociais

4. Estrutura Organizacional

5. Actividade Global de 2009

6. Desenvolvimento Estratégico e Actividade para 2010

7. Governo e Sociedade

8. Proposta de Aplicação de Resultados

9. Demonstrações Financeiras

10. Anexos ao Balanço e à Demonstração de Resultados

11. Certificação Legal de Contas.

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9Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

2009, foi o 1º ano completo de gestão deste Hospital como E.P.E. Esta tran-sição pressupôs a apresentação de um plano de negócios para o período 2008-2013, no âmbito do qual foi definida uma estratégia de renovação e desenvolvimento da infra-estrutura e dos serviços prestados aos utentes, com vista à melhoria da qualidade e da satisfação das necessidades em saúde da população da nossa área de referência (o Algarve) e a implementação de sistemas que nos permitam atingir os objectivos estratégicos definidos para o período acima mencionado.

Ao longo do ano (2009) registaram-se diversas condicionantes, algumas já constatadas em anos anteriores, as quais acabaram por influenciar o desem-penho global desta Instituição. Em termos genéricos, as seguintes situações vêm penalizando a eficiência do Hospital há já vários anos, pelo que também neste exercício, foram considerados objectivos de melhoria:

• Diminuir a pressão das urgências, que continua a ser elevada;

• Diminuir o peso da actividade cirúrgica originada no Serviço de Urgência em comparação com a produção cirúrgica programada;

• Aumentar a acessibilidade dos utentes da nossa área de influência, aos cui-dados de saúde programados;

• Moderar o aumento dos custos, que continuam a apresentar taxas de cres-cimento acima da média dos hospitais do mesmo grupo;

• Melhorar a capacidade de facturação das nossas actividades, quer em tem-po, quer em valor.

Porque queremos ser um Hospital de qualidade excelente, em permanente aperfeiçoamento profissional e técnico, capaz de lograr um alto grau de sa-tisfação dos agentes sociais, dos profissionais que nele trabalham e, especial-mente, dos seus utentes, trabalhámos na prossecução destes macro-objecti-vos, desenvolvendo actividades nas seguintes áreas:

• Continuação do trabalho de desenvolvimento da Instituição, quer em ter-mos do meio envolvente em que está inserida, quer em termos dos recursos internos de que dispõe;

• Continuação das acções previstas nas linhas estratégicas de desenvolvimento;

• Acompanhamento da produção, tendo em conta as metas assistenciais a atingir e o necessário equilíbrio económico-financeiro.

1 MENSAGEM do CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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É neste sentido que deve ser realçado o papel fundamental de todos os cola-boradores do Hospital, consubstanciado na grande dedicação e no abnegado esforço, determinantes para os êxitos que todos queremos alcançar e da mis-são que queremos continuar a cumprir.

A crescente exigência associada à acessibilidade e à qualidade na prestação dos cuidados de saúde dão origem a novos desafios, aos quais importa res-ponder rapidamente e com sucesso, pelo que, na definição das actividades a desenvolver em próximos exercícios, os esforços para melhorar a qualidade da prestação de serviços e para minimizar o risco, serão colocados no topo das prioridades.

Temos consciência das dificuldades resultantes da eleição destas prioridades, mas é um desafio que muito nos entusiasma e para o qual procuraremos dar uma resposta eficiente.

A falta de sustentabilidade económico-financeira verificada nos últimos anos, é para nós, não só uma grande preocupação, mas também um desafio que nos obriga a procurar um rigoroso equilíbrio entre a definição dos objectivos estratégicos na vertente assistencial, com a necessária racionalização dos re-cursos humanos e materiais, sem negligenciar o investimento indispensável à progressiva diferenciação e aquisição de meios técnicos.

Apesar deste cenário, o Hospital de Faro não deixará de dar resposta aos no-vos desafios definidos pela Tutela, prevendo-se, para 2010, o reforço da sua capacidade de resposta nas seguintes áreas:

• Tratamento da Infertilidade;

• Combate à Obesidade.

Encontra-se também previsto o alargamento do protocolo celebrado com a Rede de Cuidados Continuados Integrados para as áreas de Convalescença, com 30 camas e a dos Cuidados Paliativos, com 10 camas.

Como perspectivas de actividade para 2010, espera-se um ligeiro crescimento das actividades programadas (internamento, consulta externa e cirurgia) ao passo que em algumas actividades de ambulatório se esperam taxas de cres-cimento mais elevadas, como é o caso da Cirurgia de Ambulatório e de alguns Hospitais de Dia.

Para terminar, deixamos uma palavra de confiança e de agradecimento a to-dos os colaboradores, salientando que os êxitos que queremos atingir depen-dem da forma como cada um abraça a missão e aplica os seus valores, em prol dos altos desígnios exigidos pela Comunidade.

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11Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

2.1 BREVE APRESENTAÇÃO

Situado numa zona central da cidade de Faro e de fácil acessibilidade, o Hos-pital de Faro, E.P.E. foi programado para substituir o antigo Hospital da Santa Casa da Misericórdia. O actual empreendimento hospitalar viu iniciada a sua construção em 1977, a qual foi concluída em 1979, tendo oficialmente inicia-do a sua actividade a 4 de Dezembro desse mesmo ano, após publicação do respectivo Quadro Orgânico de Pessoal.

Desde a sua criação, e até à actualidade, são atribuições legais desta Insti-tuição a prestação global de cuidados de saúde à população da sua área de influência, directamente através dos seus serviços ou indirectamente através da contratação com outras Entidades, bem como assegurar as actividades de saúde e os meios necessários ao exercício das suas competências na área ge-ográfica abrangida.

Ao longo dos anos, muitas foram as adaptações de estrutura e de organização que sofreu, mudanças que alteraram a sua capacidade de resposta assistencial, com acréscimo significativo dos níveis de complexidade, diferenciação técni-ca e de especialização nos Serviços.

Actualmente, com uma área total de 46.500 m2, o Conjunto Hospitalar é composto por um bloco principal, orientado a Sul, com 8 pisos, divididos em área poente e nascente. Nele estão situados a maior parte dos Serviços de Internamento de agudos.

Estão ainda localizados neste edifício os Serviços de Urgência, os Blocos Ope-ratório Convencional e de Partos, a Medicina Física e Reabilitação, a Anato-mia Patológica, a Imagiologia, a Esterilização Central, o Serviço de Imuno-hemoterapia, o Laboratório de Análises Clínicas, o Serviço de Alimentação e Dietética, o Serviço Social, os serviços Farmacêuticos assim como diversos serviços de apoio.

As Consultas Externas e a Unidade de Cirurgia Ambulatório estão localizadas num edifício separado, a funcionar desde 2004, numa posição paralela ao edifício principal, encontrando-se no topo o heliporto.

Num outro edifício do complexo hospitalar, encontra-se instalado o Conselho de Administração e diversos Serviços Administrativos.

2 HOSPITAL DE FARO, E.P.E.

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Num edifício independente, a cerca de 1 km do Complexo Hospitalar encon-tram-se instalados o Departamento de Psiquiatria e a área do internamento do serviço de Pneumologia.

No que diz respeito à assistência, o Hospital de Faro dispõe de um Serviço de Urgência Polivalente que engloba a Urgência Geral, a Urgência de Ginecolo-gia e Obstetrícia e a Urgência Pediátrica.

O Internamento está organizado por Especialidades Clínicas, corresponden-do as respectivas lotações aos rácios definidos pelas Redes de Referenciação Hospitalar. Dispõe ainda de Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátricos, de Cuidados Intensivos Polivalentes e de Cuidados Intensivos Co-ronários.

No âmbito do tratamento das doenças cardiovasculares, o Hospital de Faro encontra-se apetrechado com uma moderna Unidade de Hemodinâmica e uma Unidade de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC).

No início do ano de 2007, através da celebração de protocolo com a ARS Algarve, o Hospital de Faro assumiu, no âmbito da Rede de Cuidados Conti-nuados, a gestão de uma Unidade de Convalescença. Esta Unidade tem como objectivo o tratamento e supervisão clínicas e de enfermagem, de forma con-tinuada e intensiva, bem como de cuidados de reabilitação, na sequência do internamento hospitalar. A duração prevista de internamento não deverá ali exceder os 30 dias. Esta Unidade funciona nas Instalações do Centro de Saúde de Loulé e tem uma capacidade máxima 20 camas.

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13Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

ENQUADRAMENTO DO HOSPITAL NA REGIÃO E COM AS RESTANTES ENTIDADES DE SAÚDE

O grupo de Hospitais Públicos da Região do Algarve é composto pelo Hospital de Faro, E.P.E. e pelo Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA, E.P.E.), que integra o antigo Hospital Distrital de Lagos (HDL) e o Hospital do Barlavento Algarvio (HBA).

No início de 2007, entrou em funcionamento o Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul (Hospital especializado do SNS), situado no Município de São Brás de Alportel, que dispõe de 54 camas de internamento.

O Hospital do Barlavento Algarvio (HBA) está localizado em Portimão e é de construção recente (1999). Em 2002, foi transformado em Sociedade Anónima e, em Agosto de 2004, deu-se a criação do Centro Hospitalar, passando nessa altura a designar-se CHBA, SA. Em Dezembro de 2005, ocorreu nova transfor-mação, já que o CHBA passou a Entidade Pública Empresarial (E.P.E.).

O Hospital de Faro está localizado no Concelho com o mesmo nome. A sua construção ficou concluída em 1979 tendo-se, entretanto, procedido a diversas obras de melhoria, requalificação e ampliação das instalações. De acordo com o papel que lhe é conferido pelas Redes de Referenciação Hospitalar é Unidade de fim de linha nas seguintes áreas:

• Apoio Perinatal Diferenciado

• Anatomia Patológica

• Cardiologia de Intervenção

• Cirurgia Vascular

• Genética Médica

• Medicina Física Reabilitação

• Nefrologia

• Neurocirurgia

• Neurologia

• Psiquiatria e Saúde Mental – Infantil e Adolescência

• Reumatologia

• Urgência/Emergência

Na Região do Algarve, existem também quatro Hospitais privados, com um total de 210 camas.

O rácio de camas do sector público na Região, por 1.000 habitantes, é de 1,95. O rácio no Algarve (sector público mais sector privado) é de 2,48, sendo inferior à média Nacional, que se fixa nos 3,75.

Recentemente, e na sequência de estudos desenvolvidos por iniciativa da Tutela, não só foi decidida a construção do Novo Hospital Central do Algarve, como a substituição do actual Hospital de Faro por aquela futura Unidade, perspectivan-do-se que os respectivos trabalhos estejam concluídos em meados de 2013.

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EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE NA ÁREA DE ATRACÇÃO

A Região do Algarve destaca-se pelo dinamismo demográfico apresentado nas últimas décadas. Esta Região registou um forte crescimento populacional a partir dos anos 90 (13,6% entre 1991 e 2001).

No Algarve, podem definir-se duas áreas bastante diferenciadas, a saber: uma de baixa densidade populacional (com menos de 100 hab./Km2, que abrange uma superfície superior a 70% do território) e uma outra, de alta densidade po-pulacional (mais de 100 hab./Km2) concentrada na faixa central do litoral Sul.

Devido ao crescimento da população entre 1991 e 2001, verificaram-se alte-rações na sua pirâmide etária que se traduzem na diminuição da população jovem e no aumento da população com mais de 65 anos. Em 2001, 73.613 habitantes do Algarve tinham uma idade igual ou superior a 65 anos, o que significa uma percentagem de 18,6% sobre o total de habitantes da Região. O índice de envelhecimento da Região (128) em 2001 era, segundo dados do INE, superior ao da média Nacional (105).

Os dados indicam a existência de uma modificação na estrutura familiar clás-sica. O Algarve apresenta valores superiores aos registados em Portugal rela-tivamente à proporção de idosos com mais de 75 anos que vivem sós (2% da população com mais de 75 anos), a par dum menor número médio de mem-bros por família (2,6).

A taxa global de fecundidade na Região diminuiu, entre 1990 e 2004 de 48,8 para 47,4 observando-se, em simultâneo, que a fecundidade se verifica numa idade cada vez mais avançada. Não obstante, o índice de fecundidade na Região é, ainda assim, superior ao de Portugal Continental (42,2)1 e o mesmo ocorre com a taxa de natalidade: 11,7% no Algarve e 11,0% no Continente (INE, Estimativas 2004).

A taxa de mortalidade no Algarve (11,0%) é também superior à apresentada no Continente (9,7% em 2004), segundo as estimativas do INE para esse ano.

Ainda que a esperança média de vida à nascença tenha sofrido um crescimen-to positivo na Região do Algarve entre 1990 e 2004, de aproximadamente três anos (de 73,8 para 76,9, respectivamente) esta é, ainda, a região que apresenta a esperança média de vida mais baixa em Portugal Continental, onde a média é de 77,7 anos2 .

O forte crescimento populacional que se registou na Região do Algarve duran-te os últimos 25 anos não se realizou de maneira uniforme em todo o territó-rio. Entre 1991 e 2001, os Concelhos de Alcoutim, Castro Marim, Monchique e Vila do Bispo experimentaram um crescimento negativo (INE, Censo 1991 e 2001), superior a 10% da população e são estes os Concelhos que simulta-neamente apresentam a maior percentagem de população idosa, com valores superiores a 25% 3.

Dois dos factores que contribuem para o forte dinamismo demográfico apre-sentado na Região são o seu forte poder de atracção de imigrantes e turistas.

1 Projecções de população residente por sexos e grupos etários quinquenais, 2005-2040, Estrutura de Missão Parcerias da Saúde, 2006.

2 Ibidem.

3 A percentagem de população com idade igual ou superior a 65 anos na Região é de 18,9% (INE, Censo 2001).

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15Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

O movimento de entrada de imigrantes (oriundos, na sua maioria, da Ucrânia, Grã-Bretanha e Brasil) efectivava-se num total de 62.877 emigrantes residentes no Algarve em 20054. Do total de nados vivos na Região em 2005, 19% eram de mãe Estrangeira5.

Por outro lado, o Algarve é a Região com maior poder de atracção de turistas em Portugal Continental, o qual se regista fundamentalmente na faixa central do litoral Sul da Região e durante os meses de Verão. A população presente no Algarve, em épocas normais, era de 825.518 pessoas em 2006, o que repre-senta mais do dobro da população residente no Algarve (ARS Algarve, 2006). Em época alta, a população presente ascendeu a 1.567.610 pessoas em 2006 e prevê-se que, em 2031 seja de 1.736.840 pessoas .

Finalmente, e segundo as estimativas realizadas pelo INE (hipótese média), a população algarvia crescerá consideravelmente até 2025, chegando, nesse ano, aos 502.936 habitantes. De novo, este crescimento ocorrerá nas fregue-sias situadas no litoral, enquanto as freguesias da Serra e Barrocal registarão um crescimento negativo.

Em suma, os diferentes vectores que caracterizam a dinâmica demográfica da Região do Algarve, referidos ao longo deste capítulo, colocam desafios ao nível das necessidades de saúde existentes e da oferta de serviços de saúde.

A forte concentração populacional registada na faixa litoral da Região, a sazo-nalidade, o aumento da população imigrante e o reforço e diversificação da oferta turística no Algarve são outros factores que exigem a revisão do actual modelo de prestação de cuidados de forma a responder às necessidades emer-gentes, garantido simultaneamente a sustentabilidade e equidade na prestação dos serviços de saúde, ao mesmo tempo que se persegue o desideratum de aumento da qualidade dos serviços prestados.

O Hospital de Faro é o hospital de referência em várias especialidades para a região do Algarve, que segundo o Anuário Estatístico da Região do Algarve 2008, tem 430.084 habitantes residentes e é, simultaneamente, um hospital geral para a população da sua área de influência directa, que é de cerca de 250.000 habitantes. No que se refere à referência regional, presta assistência em áreas de maior complexidade donde se destacam:

• Unidades de Cuidados Intensivos: Unidade de Cuidados Intensivos Geral; Unidade de Cuidados Intensivos Coronários e Unidade de Cuidados Intensi-vos Neonatais e Pediátricos;

• As especialidades de Nefrologia, Neurocirurgia e Cirurgia Plástica;

• Unidade de Cardiologia de Intervenção – Hemodinâmica e Pacing;

• Unidade de AVC e Unidade de Cuidados Intermédios na Urgência;

• Centro de Diagnóstico Pré Natal.

4 SEF, Nacionalidades mais representativas no Algarve 2005.

5 ARS Algarve, 2006, Nados vivos 2000/2005 nos Hospitais da Região de Saúde do Algarve.

6 ARS Algarve, 2006. Dinâmicas demográficas e turísticas no Algarve, 1986-2031.

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2.2 MISSÃO, OBJECTIVOS E ESTRUTURA

VISÃO

O Hospital de Faro quer ser um hospital de qualidade excelente, em perma-nente aperfeiçoamento profissional e técnico, capaz de lograr um alto grau de satisfação dos agentes sociais, dos profissionais que nele trabalham e, espe-cialmente, dos seus utentes.

MISSÃO

O Hospital de Faro é um hospital público, com características de hospital central, cuja finalidade é elevar a qualidade dos cuidados de saúde prestados à população, e satisfazer as necessidades e expectativas dos seus utentes me-diante a prestação de serviços de saúde especializados.

Para isso, assume como vectores principais de actuação o desenvolvimento da melhoria contínua nos seguintes domínios:

• A motivação e o desenvolvimento profissional das pessoas que trabalham no Hospital;

• A eficiência e o equilíbrio financeiro da gestão;

• A contribuição para a melhoria do Sistema Nacional de Saúde, pela coope-ração e coordenação com outras organizações deste sistema.

VALORES

O Hospital de Faro e os seus Colaboradores desenvolvem a sua actividade no respeito pelo valor fundamental que é o Trabalho em prol dos Utentes, pois o Doente/Utente é o protagonista essencial dos Cuidados Assistenciais pres-tados, constituindo, por isso, o centro de toda a atenção dos Profissionais de Saúde da Instituição.

Para além desse valor fundamental, outros há que são igualmente prossegui-dos, a saber:

• Trabalho de Equipa;

• Orientação para os resultados (ganhos em saúde);

• Aposta na inovação;

• Sentido de pertença;

• Gestão participativa.

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17Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

2.3 - CARACTERIZAÇÃO DO DISPOSITIVO ASSISTENCIAL

O Hospital dispõe actualmente, nas áreas assistenciais, de um conjunto de recursos humanos de elevada qualidade e um conjunto de recursos técni-cos altamente sofisticados do ponto de vista técnico científico, que conferem uma melhoria, facilitação e agilização dos procedimentos quer no âmbito da gestão clínica quer no que se refere às áreas se apoio, os quais se reputam de essenciais, tendo em conta o papel que lhe é concedido pelas diferentes Redes de Referenciação Hospitalar, o actual nível das listas de espera, os desafios que lhe são colocados pelo facto de ter que criar condições internas que per-mitam garantir uma eficiência económico-financeira.

Neste quadro de exigências, o Hospital possui de um vasto conjunto de recur-sos os quais podem ser agrupados em três grandes áreas:

• Serviços de Prestação de cuidados de Saúde;

• Serviços de Apoio à Prestação de Cuidados de Saúde;

• Serviços de Apoio à Gestão e à Logística Geral.

Os serviços de prestação de cuidados de saúde são compostos conforme a tabela “Dispositivo Assitencial” (pág.18).

À semelhança dos anos anteriores, durante o ano de 2009 o Hospital tem de-senvolvido um conjunto de iniciativas no sentido de aumentar as competências destas valências, apostando fortemente em políticas de qualidade e investigação.

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DISPOSITIVO ASSISTENCIAL

SERVIÇOS DE PRESTAÇÃO DE CUIDADOS SAÚDE

Interna-mento

UCI'sHospital

DiaUrgências

Consulta Externa

Cir. Ambul.

MCDT’s Outros

Anestesiologia

Cardiologia Hemodinámica

Cirurgia Geral

Cirurgia Plástica

Dermatologia

Doeças Infecciosas

Estomatologia

Gastrenterologia

Ginecologia/Obstetrícia

Hamatologia Clinica

Imagiologia

Imunoalergologia

Imuno-Hemoterapia

Medicina Física e Reabilitação

Medicina

Nefrologia

Neurocirurgia

Neurologia

Oftalmologia

Oncologia

Ortopedia

Otorrinolaringologia

Patologia Clínica

Pediatria (1)Inclui o Centro de Desenvolvimento

Pneumologia

PsiquiatriaServiço domiciliário à comunidade/ Residentes

Reumatologia

Senologia

Unidade Cuidados Intermédios (2)

Inclui a Unidade AVC

Unidade Cuidados Intensivos

Urgência Geral

Urologia

Existe 24 Horas 12 Horas ou menos

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19Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

QUALIDADE

É sabido que a qualidade em cuidados de saúde pode significar um diagnóstico adequado no momento certo, uma escolha terapêutica correcta efectuada no instante idóneo, e um tratamento eficaz administrado na ocasião certa, elimi-nando-se ou reduzindo-se, ao máximo, todos os efeitos secundários. Ora, tendo em conta que o tempo do pessoal e os recursos são deveras valiosos, a qualida-de também poderá traduzir-se numa gestão eficiente de recursos limitados, com o objectivo de melhorar sempre a cura, os cuidados e a consolação.

Por outro lado, não se ignora que um modelo de qualidade contribui para a gestão eficiente dos recursos, melhora os tempos de espera e a satisfação dos utentes, favorece a competência e a motivação do pessoal, e garante a seguran-ça e a eficácia do tratamento.

Assim, e pese embora, se reconheça que em Portugal não existe, ainda, um pla-no de qualidade de aplicação de carácter geral e obrigatório para os hospitais públicos, a verdade é que esta Instituição prestou, já no ano de 2009, uma aten-ção à qualidade como um elemento primordial dos Objectivos Institucionais.

Assim sendo, na actividade assistencial pretendeu-se assegurar, permanente-mente, a prestação de cuidados de saúde de qualidade, acessíveis e em tempo oportuno e, concomitantemente, procurando também garantir a maior seguran-ça dos utentes, em todo o processo assistencial.

Foi precisamente neste contexto, que se começou a desenhar uma política for-mal de qualidade, consubstanciada numa melhoria contínua, quer dos cuidados de saúde, quer dos serviços de gestão e apoio, de acordo com as necessidades e as legítimas expectativas dos utentes/doentes. Aliás, o cumprimento dos objecti-vos assumidos nos próprios contratos-programa e nos planos de acção têm sido impreterivelmente objecto de uma avaliação constante e de uma monitorização rigorosa para assegurar, justamente, a concretização das metas estabelecidas e o sucesso do Hospital de Faro, enquanto prestador de cuidados de saúde diferen-ciados e de excelência.

Constituiu, igualmente, um desígnio do Hospital de Faro promover a melhoria contínua de todos os níveis das suas estruturas de gestão, de forma a dotar a Unidade Hospitalar de um modelo de gestão ainda mais competente, efectivo, participado e motivado, no quadro de uma política de permanente desenvol-vimento organizacional. Evidentemente que, para alcançar estes ambiciosos desideratos, muito tem contribuído o envolvimento de todos os profissionais do Hospital.

De facto, sendo que a qualidade é uma condição sine qua non para que seja possível atingir os objectivos propostos, o Hospital de Faro tem trilhado um caminho já relevante neste domínio. Além disso, a política de qualidade cons-titui, por si só, um verdadeiro imperativo ético que ajuda a obter os melhores resultados de saúde esperados para o utente/doente e também a redução de eventuais desperdícios.

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20 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Posto isto, é forçoso assinalar que no Hospital de Faro funcionam, em perma-nência, diversas Comissões Técnicas, tais como: a Comissão de Controlo de Infecção, a Comissão de Farmácia e Terapêutica, a Comissão de Altas, a Comis-são de Feridas, a Comissão de Coordenação Oncológica, a Comissão de Ética, a Comissão Técnica de Certificado de Interrupção da Gravidez, que acabam por ser Grupos de Trabalho que têm como intuito a melhoria da qualidade das nossas actividades de promoção, de prevenção e de prestação de cuidados, com base numa avaliação contínua e sistemática. Estas Comissões apoiam os Órgãos de Administração do Hospital no acompanhamento e na tomada de decisões relativas a aspectos gerais ou específicos de actuação, segundo as suas atribuições e obrigações.

Finalmente, note-se que no ano de 2009 o Hospital de Faro, E.P.E. diligenciou no sentido de se discutirem diversos modelos de qualidade, de concepção e de desenvolvimento de protocolos clínicos e avançou, inclusivamente, com diver-sas actividades nesta matéria. Neste sentido, e a título meramente exemplificati-vo pode-se referir o processo de certificação do Serviço de Imuno-hemoterapia, a monitorização de segurança do sistema de distribuição individual em dose unitária, a monitorização da segurança do Sistema de Distribuição Tradicional, o melhoramento e a avaliação constante dos serviços de limpeza e a introdu-ção de novas funcionalidades do sistema de pesagem de resíduos Hospitalares perigosos, entre outros.

INVESTIGAÇÃO

A Investigação é um dos pilares estruturais do Centro de Formação, Investi-gação e Conhecimento (CFIC) do Hospital de Faro, E.P.E., justificando-se, por isso, a constituição formal de uma Unidade de Investigação.

Esta Unidade de Investigação, surgiu em Janeiro de 2009, com o intuito de estimular o crescimento da vertente da investigação no Hospital, e tornou-se fundamental poder contar com o contributo e com os conhecimentos de todos os profissionais, na prossecução dos seguintes objectivos:

• Contribuir para o desenvolvimento da investigação na área da saúde;

• Fomentar a criação de uma cultura científica guiada por objectivos e crité-rios de avaliação mensuráveis;

• Estimular a cooperação científica inter-institucional Nacional e Estrangeira;

• Identificar áreas prioritárias de investigação;

• Apoiar a acção dos investigadores;

• Recolher, organizar, divulgar e disponibilizar informação necessária para fins de investigação, docência, tutoria ou prestação de serviços, através de meios próprios ou de recursos partilhados do CFIC.

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21Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Para além da organização de várias acções formativas na área de Investigação Clínica, a constituição de uma comunidade de prática baseada na plataforma de e-learning do Hospital é outra das actividades actualmente em desenvolvimento.

A criação desta comunidade de prática possibilitou a promoção e uma maior notoriedade da Investigação junto dos colaboradores do Hospital e a dinami-zação da sua actuação. Aqui, para além da compilação e permanente actu-alização de informações relacionadas com a Investigação, é prestado apoio aos investigadores ou pessoas que pretendam desenvolver investigação no/ou sobre o Hospital.

Este apoio à distância foi reforçado, através da disponibilização de ferramentas de conferência e “chat”, mediante as quais todos os interessados podem esclare-cer dúvidas, em directo, com um elemento da Unidade de Investigação, que se disponibiliza para esses fins, de acordo com um calendário estabelecido.

Relativamente aos Projectos de Investigação e Ensaios Clínicos, é de referir que todos são apoiados e dinamizados pela Unidade de Investigação, encon-trando-se a decorrer permanentemente várias actividades.

Por outro lado, o Hospital de Faro E.P.E., há já alguns anos, que mantém relações cordiais com a Universidade do Algarve e, em conjunto, têm apresentado temas de interesse para as duas Instituições. Já foram convidados Professores Universi-tários e Investigadores a mostrar os seus trabalhos, o que posteriormente, serviu de motivação aos Médicos Internos e responsáveis pela Formação.

Actualmente, com a implantação do Curso de Medicina PBL na Universidade do Algarve, esta interligação tem sido ainda mais produtiva. Já foram convi-dados alguns responsáveis de Formação e Internos para conhecer o funciona-mento deste novo sistema de aprendizagem e alguns Médicos já tiveram hipó-tese de participar na formação destes futuros colegas, mediante a realização de seminários PBL.

De referir também que existe uma Comissão Intra-Hospitalar que tem reuniões bi ou trimestrais com os responsáveis do Curso, para elaborar os objectivos e planos de formação para os alunos.

Assim, são planificadas as visitas periódicas pelos diferentes Serviços do Hospital, com a finalidade de aprender com a prática, o que foi explicado nas aulas teóricas.

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23Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Os elementos que compõem o Conselho de Administração foram nomeados através do Despacho nº 28327/2008, de 05 de Novembro, do Ministro de Es-tado e das Finanças e da Ministra da Saúde, sendo este Órgão constituído por cinco elementos, sendo um o Presidente, dois os Vogais Executivos e dois os Vogais Não Executivos, respectivamente:

• Presidente - Dra. Ana Paula Pereira Gonçalves;

• Vogal Executivo (1) - Prof. Doutor Francisco Manuel Dionísio Serra;

• Vogal Executivo (2) - Dr. António Miguel Ventura Pina;

• Directora Clínica - Dra. Maria Helena Marques Pereira Branco Gomes;

• Enfermeira Directora - Enf.ª Maria Filomena do Rosário Rafael Martins.

Fazendo parte dos Órgãos Sociais, o Fiscal Único é o responsável pelo con-trolo de legalidade, da regularidade e da boa gestão financeira e patrimonial da Instituição. Foi nomeado pelo Despacho nº 11123/2009, de 05 de Maio, do Ministro das Finanças e é constituído por um Fiscal Único efectivo e um suplente, respectivamente:

Efectivo - Sociedade Grant Thornton & Associados, SROC;

Suplente - Sociedade Alves da Cunha, A. Dias & Associados, SROC.

Com os Órgãos Sociais, atrás mencionados, encontram-se criadas condições para a efectiva segregação de funções de Administração, Execução e de Fiscalização.

3 ÓRGÃOS SOCIAIS

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4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

4 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

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25Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Conselho de Administração

Conselho Consultivo

Gabinetes de Apoio

Órgãos de Apoio Técnico

Suporte à Prestação de Cuidados Prestação de Cuidados Apoio Geral e Logística

Anatomia Patológica

Bloco Operatório

Cirurgia Ambulatória

Dietética e Nutrição

Esterilização

Farmácia

Imagiologia

Imuno-Hemoterapia

Patologia Clínica

Psicologia

Apoio Espiritual e Religioso

Serviço Social

Gabinete do Utente

Anestesiologia

Cardiologia

Cirurgia Geral

Cirurgia Plástica

Dermatologia

Diabetologia

Gastrenterologia

Ginecologia e Obstetrícia

Medicina Física e Reabilitação

Medicina I

Medicina II

Nefrologia

Neurocirurgia

Neurologia

Oftalmologia

Oncologia

Ortopedia

Otorrinolaringologia

Pediatria

Pneumologia

Psiquiatria

Senologia

Urgência

Unidade de AVC

Unidade de Cuidados Coronários

Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente

Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátricos

Urologia

Serviço de Gestão de Doentes

Serviço de Aprovisionamento

Serviço de Instalações e Equipamentos

Serviços Gerais

Serviço de Gestão Financeira

Serviço de Informática

Serviço de Recursos Humanos

Centro de Formação, Investigação e Desenvolvimento

Gabinete de Comunicação

Gabinete de Estatística

Gabinete de Auditoria, Plane-amento e Controlo de Gestão

Gabinete Jurídico e Contencioso

Comissão de Controlo de Infecção

Comissão de Coordenação Oncológica

Comissão de Ética

Comissão de Farmácia e Terapêutica

Comissão de Feridas

Comissão Técnica de Certificação da IVG

Equipa de Gestão de Altas

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27Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

5 ACTIVIDADE GLOBAL

5.1 ACTIVIDADE ASSISTENCIAL

O movimento assistencial de 2009 reflecte o compromisso do Hospital em melhorar e garantir a acessibilidade aos cuidados de saúde, com maior enfo-que no ambulatório e na actividade cirúrgica.

Movimento assistencial do triénio de 2007 a 2009

Indicadores Globais 2007 2008 2009 Δ% 08/07 Δ% 09/08

Internamento

Doentes Saídos 19.801 19.641 20.011 -0,80% 1,90%

Dias Internamento 154.718 153.048 160.669 -1,10% 5,00%

Hospital de Dia

Total Sessões 28.735 31.640 31.516 10,10% -0,40%

Urgência

Total Doentes Assistidos 134.557 136.195 145.462 1,20% 6,80%

Consultas Externas Médicas

Total Consultas 169.578 200.216 200.967 18,07% 0,40%

Serviço Domiciliário

Total Domicílios 4.439 4.584 4.683 3,30% 2,20%

Actividade Cirúrgica

Bloco Operatório Convencial 7.836 8.303 8.637 6,00% 4,00%

Cirurgia do Ambulatório 219 3.401 5.912 1453,00% 73,80%

Análises/Exames

Total Análises e Exames 2.398.026 2.647.634 2.387.083 10,40% -9,80%

nota: Estão incluídos os doentes crónicosTabela: 1

Os resultados apresentados no quadro anterior demonstram que existiu, durante o ano 2009, um aumento da procura de cuidados de saúde, com reflexo nas várias linhas de actividade do Hospital, nomeadamente no internamento e na urgência.

O aumento verificado pode ser explicado pela conjugação de vários factores, entre os quais, o progressivo envelhecimento da população, as condições climatéricas rigorosas, o surto da Gripe H1N1 ou mesmo, o agravamento da crise económica.

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28 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

INTERNAMENTO

Durante o ano de 2009, esta linha de actividade sofreu varias reestruturações, que passou pelo redimensionamento da lotação de serviços; criação de unidades novas para dar uma resposta mais eficiente aos doentes que entram pela urgência, assim como promovendo a substituição dos episódios de internamento de curta duração, por episódios de ambulatório.

Apesar do crescimento significativo da actividade de ambulatório, a verdade é que não se verificou grande impacto na actividade do internamento, uma vez que houve um acréscimo quer do nº de doentes saídos quer do nº de dias de internamento, de 1,9% e de 3,5% face a 2008, respectivamente.

A demora média sofreu um ligeiro aumento de 1,4%, situando-se nos 7,92 dias, apesar do Hospital durante o ano de 2009 ter desenvolvido uma politica de gestão de altas proactiva no sentido de obter uma redução dos tempos de internamento inapropriados.

A taxa de Reinternamento nas primeiras 72 horas após alta foi de 0,69%, representado um decréscimo de 0,09% face ao ano 2008.

Merece ainda destaque, a particularidade de o ano em análise ficar caracterizado pela Gripe H1N1, o que forçou o Hospital a criar condições para tratar os potenciais portadores desta patologia, criando-se assim ao nível do internamento o serviço de Doenças Infecciosas com a lotação de 15 camas.

Total do Internamento 2007 2008 2009 Δ 09/08 Δ% 09/08

Lotação Praticada 488 478 501 23 4,80%

Doentes Saídos 19.801 19.641 20.011 370 1,90%

Dias Internamento 154.718 153.048 158.479 5.431 3,50%

Demora Média 7,81 7,79 7,92 0,13 1,60%

Doente/cama 40,58 41,09 39,94 -1,15 -2,80%

Taxa de Ocupação 86,86 87,48 86,66 -0,82 ---

Taxa de Reinternamento -72 horas 0,75 0,78 0,69 -0,09 ---

Tabela: 2

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29Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

ESPECIALIDADES MÉDICAS

Como se pode constatar no quadro seguinte, verificou-se um aumento de 5,7% de doentes saídos nas Especialidades Médicas. Este acréscimo reflectiu-se especialmente nos Serviços de Medicina, representado um aumento de 3.967 doentes saídos de internamento.

Movimento assistencial do triénio de 2007 a 2009:

Tabela: 3

Especialidades Médicas 2007 2008 2009 Δ 09/08 Δ% 09/08

Lotação Praticada 161 161 179 18 11,20%

Doentes Saídos 7.279 6.393 6.755 362 5,70%

Dias Internamento 60.620 56.747 62.370 5.623 9,90%

Demora Média 8,33 8,88 9,23 0,35 4,00%

Doente/cama 45,21 39,71 37,74 -1,97 -5,00%

Taxa de Ocupação 103,16 96,3 95,46 -0,84 ---

Taxa de Reinternamento -72 horas 0,77 0,99 0,73 -0,26 ---

A taxa de ocupação foi de 95,46%, sendo a rotatividade de doente por cama de 37,74 doentes.

A taxa de reinternamento nas primeiras 72 horas após alta, decresceu em -0,26% comparativamente com o ocorrido em 2008.

ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

O quadro em baixo, representa o movimento assistencial verificado no triénio de 2007 a 2009.

Movimento assistencial do triénio de 2007 a 2009. 

Tabela: 4

Especialidades Cirúrgicas 2007 2008 2009 Δ 09/08 Δ% 09/08

Lotação Praticada 154 147 147 0 0,00%

Doentes Saídos 5.394 5.882 5.997 115 2,00%

Dias Internamento 45.883 48.913 48.126 -787 -1,60%

Demora Média 8,51 8,32 8,03 -0,29 -3,50%

Doente/cama 35,03 40,01 40,8 0,79 2,00%

Taxa de Ocupação 81,63 90,91 89,7 -1,21 ---

Taxa de Reinternamento -72 horas 0,74 0,61 0,72 0,11 ---

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30 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Na análise dos dados apresentados, pode-se verificar que a lotação dos Serviços das Especialidades Cirúrgicas não sofreu alteração comparativamente com o ano anterior (147 camas).

Por outro lado, constata-se que houve um aumento de 2,0% de doentes saídos das Especialidades cirúrgicas, observando-se, simultaneamente, uma diminuição dos dias de internamento (-0,6%). Este facto está relacionado com o aumento das cirurgias realizadas no ano de 2009.

A demora média reduziu-se em -3,5%, em comparação com o ano de 2008, enquanto a taxa de ocupação sofreu uma pequena descida (de 90,91% para 89,70%).

OBSTETRÍCIA/GINECOLOGIA

Os Serviços de Obstetrícia e Ginecologia mantiveram a mesma lotação.

Movimento assistencial do triénio de 2007 a 2009.

Verificou-se, contudo, uma diminuição comparativamente com o ano de 2008, quer em relação ao número de doentes saídos de internamento (- 6,6%), quer em relação aos dias de internamento (- 5,5%),

Em consequência, a taxa de ocupação e o indicador doente por cama, com valores 68,21% e 64,92 doente/cama respectivamente, foram inferiores aos do ano transacto.

A demora média revelou um ligeiro aumento, na ordem de 1,3%.

PEDIATRIA

A lotação do Serviço de Pediatria não sofreu alteração.

Movimento assistencial do triénio de 2007 a 2009

Obstetrícia/Ginecologia 2007 2008 2009 Δ 09/08 Δ% 09/08

Lotação Praticada 68 71 71 0 0,00%

Doentes Saídos 4.719 4.935 4.609 -326 -6,60%

Dias Internamento 18.336 18.707 17.677 -1.030 -5,50%

Demora Média 3,89 3,79 3,84 0,05 1,30%

Doente/cama 69,4 69,51 64,92 -4,59 -6,60%

Taxa de Ocupação 73,88 71,99 68,21 -3,78 ---

Taxa de Reinternamento - 72 horas 0,87 0,77 0,65 -0,12 ---

Tabela: 5

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31Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Verificou-se um aumento de 2,3% de doentes saídos, comparativamente com o ano de 2008, correspondendo a 26 doentes saídos de internamento.

Os dias de internamento revelaram uma diminuição na ordem dos 6%, com impacto na demora média, registando um decréscimo de 8,7%.

UCI’S UC INTERMÉDIOS

Em 2009, o Hospital dispunha de três Unidade de Cuidados Intensivos, (Poliva-lente, Cardiologia e Pediatria/ Neonatologia), e mais duas Unidades de Cuida-dos Intermédios (AVC e Polivalente), com uma lotação total de 47 camas.

A Unidade de Cuidados Intermédios Polivalente foi criada com a finalidade de absorver os utentes provenientes do Serviço de Urgência que careciam de cuidados de saúde de maior complexidade.

Movimento assistencial do triénio de 2007 a 2009.

Tabela: 7

UCI`s, UC Intermédios e UAVC 2007 2008 2009 Δ 09/08 Δ% 09/08

Lotação Praticada 42 42 47 5 11,90%

Doentes Saídos 781 782 878 96 12,30%

Dias Internamento 11.795 11.639 12.817 1.178 10,10%

Demora Média 15,1 14,88 14,6 -0,28 -1,90%

Doente/cama 18,6 18,62 18,68 0,06 0,30%

Taxa de Ocupação 76,94 75,72 74,71 -1,01 ---

Taxa de Reinternamento - 72 horas 0,26 0,38 0,34 -0,04 ---

Estas UCI’s e UC Intermédios comportaram 878 doentes saídos, para 12.817 dias de internamento, correspondendo a um aumento superior a 10%, comparativamente com o ano de 2008.

A demora média foi de 14,6 dias, correspondendo a um decréscimo de 1,9%, consequência da criação da nova Unidade de Cuidados Intermédios Polivalente do Serviço de Urgência.

Pediatria 2007 2008 2009 Δ 09/08 Δ% 09/08

Lotação Praticada 28 28 28 0 0,00%

Doentes Saídos 1.171 1.140 1.166 26 2,30%

Dias Internamento 5.603 5.758 5.413 -345 -6,00%

Demora Média 4,67 4,97 4,54 -0,43 -8,70%

Doente/cama 42,82 41,36 42,61 1,25 3,00%

Taxa de Ocupação 54,82 56,19 52,96 -3,23 ---

Taxa de Reinternamento -72 horas 0,51 0,96 0,86 -0,1 ---

Tabela: 6

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32 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

ACTIVIDADE DE AMBULATÓRIO

CONSULTA EXTERNA

O que caracterizou esta linha de actividade no ano de 2009, foi o elevado crescimento verificado nas primeiras consultas externas, facto que demonstra os esforços desenvolvidos pelo Hospital, no sentido de optimizar a acessibilidade por parte dos utentes à consulta externa.

Em 2009, o Hospital obteve uma taxa de acessibilidade de 32,1%, quando em 2008 era de 26,1%, assumindo-se, assim, uma taxa de acessibilidade superior ao valor de referência nacional para os Hospitais Centrais que é de 30%. Esta situação só foi possível com a conjugação de factores como a eficiência na gestão dos recursos humanos com o aumento do n.º de consultas referenciadas.

Indicadores de Qualidade e Eficiência 2007 2008 2009 Δ 09/08 % 09/08

Taxa de Acesso 22.5% 26,1% 32,1% 5,9%

Consultas por dia útil 678 801 804 3 0,4%

Tabela 8nota: estes dados da tabela 1 contemplam a Psiquiatria

No total das consultas externas, o Hospital de Faro realizou mais 752 consultas (550 da psiquiatria e 202 da soma das restantes especialidades), quando comparado com o período homólogo. O comportamento verificado resulta, exclusivamente, do aumento significativo do nível das primeiras consultas (mais 11.781). Em contrapartida, ao nível das consultas subsequentes, houve uma redução na ordem dos 8,1%, facto que se ficou a dever, exclusivamente, a uma correcção no registo das consultas da especialidade de oncologia (sub-consulta de avaliação de quimioterapia), na ordem das 16.166 consultas, por questões relacionadas com os critérios de aceitação/recusa, pelas entidades externas, dos actos clínicos praticados.

Indicadores de Actividade (sem psiquia-tria)

2007 2008 2009 Δ 09/08 % 09/08

Primeiras 37,303 51,599 63,380 11,781 22,8%

Seguintes 125,656 143,434 131,855 -11,579 -8,1%

Total 162,959 195,033 195,033 202 0,1%

Tabela 9

Na generalidade, todas as especialidades produziram mais consultas, destacando-se a Oftalmologia, a Gastrenterologia a Dermatologia e a Ortopedia onde se realizaram mais 6.182; 3.677; 2.089 e 1.521 consultas, respectivamente. Contudo, apesar de na generalidade das especialidades se verificar um aumento de produção, não houve impacto ao nível total das consultas realizadas, quando comparado com 2008, o que se deve, mais uma vez, à especialidade de Oncologia, pelas razões já identificadas.

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33Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Especialidades 2007 2008 2009 Δ 09/08 % 09/08

ANESTESIOLOGIA 1.800 4.186 5.648 1.462 34,9%

CARDIOLOGIA 4.014 4.283 4.669 386 9,0%

CIRURGIA GERAL 9.997 11.115 12.572 1.457 13,1%

CIR. PLÁSTICA 2.415 2.486 2.256 -230 -9,3%

SENOLOGIA 5.151 6.778 5.349 -1.429 -21,1%

DERMATOLOGIA 6.367 6.547 8.636 2.089 31,9%

ESTOMATOLOGIA 2.104 2.145 1.757 -388 -18,1%

FISIATRIA 5.704 7.010 6.771 -239 -3,4%

GASTRENTEROLOGIA 6.940 7.693 11.370 3.677 47,8%

GINECOLOGIA 5.705 5.889 7.084 1.195 20,3%

MEDICINA INTERNA 10.801 10.392 10.954 562 5,4%

MEDICINA DO TRABALHO 1.675 1.796 1.163 -633 -35,2%

NEFROLOGIA 5.002 5.319 5.834 515 9,7%

NEUROCIRURGIA 1.518 1.574 1.881 307 19,5%

NEUROLOGIA 2.758 2.751 2.434 -317 -11,5%

OBSTETRÍCIA 5.415 9.723 9.893 170 1,7%

OFTALMOLOGIA 4.629 14.972 21.154 6.182 41,3%

ORTOPEDIA 12.277 14.168 14.793 625 4,4%

OTORRINOLARINGOLOGIA 3.361 4.374 5.895 1.521 34,8%

PNEUMOLOGIA 4.260 4.393 4.407 14 0,3%

UROLOGIA 3.631 4.489 5.087 598 13,3%

PEDIATRIA 7.791 8.781 9.792 1.011 11,5%

IMUNODEFICIÊNCIA 3.678 3.774 3.827 53 1,4%

ONCOLOGIA 18.594 23.133 7.347 -15.786 -68,2%

REUMATOLOGIA 1.231 2.516 2.688 172 6,8%

IMUNO-HEMOTERAPIA 8.728 9.393 8.695 -698 -7,4%

IMUNOALERGOLOGIA 1.034 998 1.236 238 23,8%

CONS. HIPOCOAGULAÇÃO 14.372 12.347 10.034 -2.313 -18,7%

Total Consultas Médicas 162.959 195.033 195.235 202 0,1%

Tabela 10

Com o objectivo claro de se atingir uma maior eficiência nesta linha de actividade, dando uma resposta eficiente e em tempo útil nos tratamentos dos utentes, o Hospital tem vindo a criar consultas multidisciplinares, sendo que em 2010 novas especialidades realizarão este tipo de consultas. Assim, em 2009, o Hospital já realizou uma consulta multidisciplinar na especialidade de Gastrenterologia (consulta do Pólipos, Cólon e Recto, onde se realizaram 538 consultas) e outra ao nível da Senologia (consulta de Senologia CDT, no âmbito da qual se realizaram 330 consultas).

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34 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

HOSPITAL DE DIA

No Hospital de Dia, e ao nível da actividade global (sessões), a mesma mantém-se idêntica à do ano de 2008. No entanto, verificou-se um aumento do número de doentes tratados, uma vez que em 2009 foram tratados mais 850 doentes que em 2008, ou seja, em média, o número de sessões por doentes tratados diminuiu, o que poderá dever-se a uma maior eficiência das terapêuticas realizadas em Hospital de Dia.

Indicadores de Actividade (sem psiquiatria) 2007 2008 2009 Δ 09/08 % 09/08

Sessões 26.588 28.925 29.162 237 0,8%

Doentes Tratados 5.114 4.937 5.787 850 17,2%

N.º Sessões por doente 5 6 5 -1 -14,0%

Tabela 11

Dos tratamentos realizados ao nível desta linha de actividade, destaque-se a Hemodiálise e a Quimioterapia, onde o n.º de sessões aumentou, verificando-se o mesmo ao nível do número de doentes tratados em Quimioterapia.

N.º Sessões por Serviço 2007 2008 2009 Δ 09/08 % 09/08

Hemodialise 2.558 2.126 2.377 251 11,8%

Quimioterapia 5.835 7.149 7.433 284 4,0%

Doenças Infecciosas 2.498 2.684 4.579 1.895 70,6%

Pediatria 2.346 2.193 1.733 -460 -21,0%

Pneumologia 642 931 942 11 1,2%

Oncologia (S/ Quimioterapia) 8.142 10.040 6.437 -3.603 -35,9%

Outras 4.567 3.802 5.661 1.859 48,9%

Tabela 12

SERVIÇO DE URGÊNCIA

A urgência é uma actividade onde o Hospital tem pouca capacidade de intervenção, o que limita logo à partida o seu planeamento. Contudo, tratando-se de uma urgência polivalente, tem que estar preparada para dar resposta eficiente e em tempo oportuno, a todas os doentes que a ela recorram, sobretudo nas Especialidades em que o Hospital é fim de linha.

Como podemos analisar pelo quadro que se segue, em 2009, o número de utentes que recorreu às urgências aumentou significativamente, sendo ao nível da Urgência Geral e da Urgência Pediátrica que se registaram os maiores aumentos, mais 6.099 e 2.952 episódios de urgência, respectivamente.

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35Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Actividade das Urgências 2007 2008 2009 Δ 09/08 % 09/08

Geral 82.929 81.060 87.159 6.099 7,5%

Pediátrica 41.604 43.781 46.733 2.952 6,7%

Obstetrícia/Ginecologia 10.024 11.354 11.570 216 1,9%

Total 134.557 136.195 145.462 9.267 6,8%

Tabela 13

Apesar de se tratar de uma urgência polivalente, que tem como objectivo último dar uma resposta eficiente aos casos urgentes, ou seja a tempo de evitar que a evolução da doença coloque em risco a qualidade de vida do utente ou provoque a morte, verifica-se que o n.º de urgências com internamento não acompanhou o crescimento confirmado no atendimento da urgência, notando-se mesmo uma pequena redução do n.º de utentes que foram internados. Como causa para este paradigma, esteve o facto do aumento das urgências se apurar no motivo de doença, com destaque para o surto da Gripe H1N1, sendo que esta causa tem como destino principal o exterior não referenciado.

Destino das Urgências 2007 2008 2009 Δ 09/08 % 09/08

Altas 116.056 117.509 127.099 9.590 8,2%

Internamentos 16.818 16.694 16.611 -83 -0,5%

Transferencias 1.433 1.733 1.480 -253 -14,6%

Óbitos 250 259 272 13 5,0%

Tabela 14

Conclui-se que o aumento do número de episódios resultou, ainda, de utentes da área de influência directa do Hospital e que é na faixa etária da população activa, que se verificaram os maiores aumentos do número de episódios.

Conselho de Residência 2007 2008 2009 Δ 09/08 % 09/08

Faro 44.138 45.068 47.872 2.804 6,2%

Loulé 23.984 24.814 25.953 1.139 4,6%

Olhão 23.693 24.511 27.877 3.366 13,7%

Albufeira 11.007 9.870 9.974 104 1,1%

Tavira 7.785 8.155 8.415 260 3,2%

Outros Distritos de Faro 13.765 13.977 14.809 832 6,0%

Outros Distritos de Portugal 7.491 7.191 7.647 456 6,3%

Sem Indicação Distrito 2.694 2.609 2.915 306 11,7%

Tabela 15

Page 36: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

36 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Faixa etária 2007 2008 2009 Δ 09/08 % 09/08

Menos 1 7505 7987 7768 -219 -2,7%

[1-5[ 22013 21650 21638 -12 -0,1%

[5-10[ 9601 11179 11740 561 5,0%

[10-15[ 4678 5159 6306 1.147 22,2%

[15-25[ 12760 12400 14071 1.671 13,5%

[25-45[ 33483 32958 35153 2.195 6,7%

[45-65[ 20346 20561 22519 1.958 9,5%

[65-75[ 10178 9688 10560 872 9,0%

[75-85[ 9822 10137 10677 540 5,3%

>=85 4171 4491 5019 528 11,8%

Tabela 16

ACTIVIDADE CIRÚRGICA

No ano em análise, houve um aumento significativo desta linha de actividade, com especial destaque para a cirurgia de ambulatório, onde se realizaram mais 2.361 cirurgias. Este aumento significativo da actividade cirúrgica de ambulatório fez com que o Hospital superasse os parâmetros definidos pela Tutela em que a actividade cirúrgica programada realizada em ambulatório deveria ser 46,2%, e no Hospital de Faro foi 53,3%.

Indicadores Actividade Cirúrgica Base 2007 2008 2009 Δ 09/08 % 09/08

Total Cirurgias 7.480 11.009 13.319 2.310 21,0%

Cirurgia Programada 4.002 4.371 3.978 -393 -9,0%

Cirurgia Urgência 3.259 3.237 3.462 225 7,0%

Cirurgia Ambulatório 219 3.401 5.879 2.478 72,9%

Total Doentes 5.399 9.638 11.906 2.268 23,5%

Cirurgia Programada 2.434 3.486 3.272 -214 -6,1%

Cirurgia Urgência 2.746 2.931 3.097 166 5,7%

Cirurgia Ambulatório 219 3.221 5.537 2.316 71,9%

Tabela 17

Indicadores Actividade Cirúrgica Adicional 2007 2008 2009 Δ 09/08 % 09/08

Total Cirurgias 575 695 1.230 535 72,2%

Cirurgia Programada 575 695 1.197 502 72,2%

Cirurgia Ambulatório 0 0 33 33

Total Doentes 436 564 938 374

Cirurgia Programada 436 564 907 343 60,8%

Cirurgia Ambulatório 0 0 31 31

Tabela 18

Page 37: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

37Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Este aumento da produção cirúrgica permitiu uma redução dos doentes em lista de espera para cirurgia, passando de 4.608 para 4.342 doentes (redução de 10%) a 31 de Dezembro de 2008 e 2009, respectivamente. Em simultâneo, verificou-se uma redução do tempo médio de espera, uma vez que no final do ano de 2008 o doente esperava, em média, 6,2 meses pela cirurgia enquanto, no final de 2009, o doente esperava 5,7 meses pela cirurgia.

Programada Convencional (base; urgente e adicional)

2007 2008 2009 Δ 09/08 % 09/08

Cirurgia Geral 2.038 2.268 2.458 190 8,4%

Cirurgia Plástica e Reconstrutiva 341 371 259 -112 -30,2%

Estomatologia 33 0 0 0

Ginecologia 1.063 1.095 1.021 -74 -6,8%

Neuro-Cirurgia 372 255 206 -49 -19,2%

Obstetrícia 1.035 988 1.148 160 16,2%

Oftalmologia 331 109 1 -108 -99,1%

Ortopedia 1.582 1.935 2.033 98 5,1%

Otorrinolaringologia 417 238 188 -50 -21,0%

Urologia 412 687 1.046 359 52,3%

Senologia 212 357 277 -80 -22,4%

Total 7.836 8.303 8.637 334 4,0%

Tabela 19

Ao nível da actividade convencional realizaram-se mais 334 cirurgias, sendo que o grande aumento foi verificado na especialidade de Urologia, onde se realizaram mais 359 cirurgias.

Ao nível da actividade de ambulatório, todas as especialidades aumentaram a sua produção, mas o destaque vai para as especialidades que durante o ano de 2009 começaram a desenvolver esta linha de actividade, como é o caso da Otorrinolaringologia e da Urologia.

Cirurgia do Ambulatório (base e adicional) 2007 2008 2009 Δ 09/08 % 09/08

Cirurgia Geral 295 566 271 91,9%

Cirurgia Plástica e Reconstrutiva 72 133 61 84,7%

Estomatologia 11 11

Ginecologia 50 202 152 304,0%

Oftalmologia 219 2.544 3.821 1.277 50,2%

Otorrinolaringologia 66 66

Urologia 46 46

Senologia 3 60 57 1900,0%

Pneumologia 12 12

Dermatologia Cirúrgica 437 995 558 127,7%

TOTAL 219 3.401 5.912 2.511 -26,2%

Tabela 20

Page 38: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

38 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

DEPARTAMENTO DE PSIQUIATRIA E SAÚDE MENTAL

O Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental localizado em Faro, em instalações exteriores à área física do Hospital de Faro, abarca as linhas de actividade de Internamento, Consulta Externa, Hospital de Dia e Serviço Domiciliário.

A sua área de influência corresponde a toda a região do Sotavento Algarvio.

A estratégia desenvolvida pelo Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental visou o estreitamento da relação de proximidade com o utente, a família e a comunidade, implementando medidas no âmbito de intervenção comunitária, contribuindo, assim, para o reforço da melhoria das linhas de actividade.

Movimento assistencial do triénio de 2007 a 2009.

Departamento de Psíquiatria 2007 2008 2009 Δ 09/08 Δ% 09/08

Internamento

Lotação Praticada 35 35 35 0 0,00%

Doentes Saídos 457 509 606 97 19,10%

Dias Internamento 12.481 13.480 14.266 786 5,80%

Demora Média 26,11 25,34 22,5 -2,84 -11,20%

Doente/cama 13,66 15,2 18,11 2,91 19,10%

Taxa de Ocupação 97,7 105,23 111,67 6,44 ---

Taxa de Reinternamento - 72 horas 0,66 0,39 0,66 0,27 ---

Consulta Externa

Primeira 774 677 1.040 363 53,62%

Seguintes 7.852 6.514 6.701 187 2,87%

Total 8.626 7.191 7.741 550 7,65%

Hospital-de-Dia

N.º de Sessões 2.147 2.715 2.954 239 8,80%

N.º de Doentes 317 373 347 -26 -6,97%

Serviço Domiciliário

N.º de Consultas 1.423 1.520 1.498 -22 -1,45%

N.º de Visitas 3.016 3.064 3.185 121 3,95%

Total 4.439 4.584 4.683 99 2,16%

Tabela 21

O internamento é dotado por uma lotação de 35 camas, sendo 5 destas de doentes crónicos. No quadro acima, verifica-se que em 2009 se registou um aumento de 97 doentes saídos, correspondendo a um acréscimo de 19,1%. Embora se tenha registado um aumento dos dias de internamento (+ 5,8%), a demora média baixou 11,2% comparativamente com o ano anterior.

Nas consultas externas o aumento significativo de mais de 50% nas primeiras consultas, reforçou a taxa de acesso em 13,4%, facto que consubstancia o esforço do Hospital na melhoria da acessibilidade dos utentes à consulta externa.

Page 39: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

39Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

A actividade do Hospital de Dia cresceu em 8,8% nas sessões, o que representou mais 239 sessões. No entanto, houve uma diminuição de menos 26 doentes tratados que no ano anterior (-7%). Em 2009, foram realizadas 2.954 sessões de Hospital de Dia.

Tendo como objectivo o incremento da relação de proximidade com o utente e família, o total de visitas domiciliárias realizadas em 2009 cresceu 2,2%, correspondendo a 4.683 visitas.

MEIOS COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA

A actividade de MCDT’s é essencial no suporte de toda a actividade desenvolvida no Hospital, para se conseguir um diagnóstico e uma terapêutica mais adequada a cada doente, em tempo útil. Contudo, no ano de 2009, verifica-se uma redução dos exames/análises realizados no Hospital, facto que em muito se deve à convenção realizada para que muitas das análises realizadas ao sangue fossem para uma Entidade externa, de natureza pública. Daí a forte quebra verificada produção do laboratório de Imunohemoterapia.

Tabela 22

Cirurgia do Ambulatório (base e adicional) 2007 2008 2009 Δ 09/08 % 09/08

Patologia Clínica 1.398.139 1.373.973 1.282.154 -91.819 -6,7%

Anatomia Patológica 13.502 8.135 9.955 1.820 22,4%

Imagiologia 166.285 170.181 193.353 23.172 13,6%

Imunohemoterapia 275.471 313.673 125.788 -187.885 -59,9%

Cardiologia 36.042 39.392 31.072 -8.320 -21,1%

Medicina Física e Reabilitação 382.019 453.139 458.353 5.214 1,2%

Outros Exames 126.568 289.141 286.408 -2.733 -0,9%

OUTRAS ACTIVIDADES

No desenvolvimento das actividades clínicas exercidas no Hospital, existem diversas áreas que contribuem também, de maneira decisiva, para complementar a qualidade dos serviços prestados aos doentes, nomeadamente através da actividade de consultas não médicas. Por esta razão, mencionam-se aqui algumas dessas actividades, que contribuíram directamente para a qualidade dos serviços prestados: Psicologia, Dietética e Enfermagem.

Consultas não médicas 2007 2008 2009 Δ 09/08 % 09/08

Psicologia 5.232 6.484 6.570 86 1,3%

Dietética 2.466 2.467 2.808 341 13,8%

Enfermagem 2.026 598 1.244 646 108,0%

Total 9.724 9.549 10.622 1.073 11,2%

Tabela 23

Page 40: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

40 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

CUMPRIMENTO DO PLANO DE DESEMPENHO

No desenvolvimento do planeamento anual da actividade global do Hospital de Faro é elaborado um Plano de Desempenho, onde se regista toda a informação relevante para a análise de gestão e onde são estabelecidas metas e objectivos que deveriam ser atingidos no decorrer do ano que está a ser planeado.

É deste documento que resultam os compromissos entre o Hospital e a Tutela, sendo simultaneamente a ferramenta de suporte à negociação com o Departamento da Contratualização, sobre qual a actividade que o Hospital realizará para o Serviço Nacional de Saúde e qual o correspondente financiamento.

Tendo presente o objectivo deste relatório, que é avaliar a actividade global exercida pelo Hospital de Faro, durante o ano de 2009, neste capítulo é feita uma breve análise sobre o cumprimento da actividade assistencial definida no Plano de Desempenho, independentemente de qual a Entidade responsável pelo doente tratado.

Apresenta-se, de seguida, um quadro resumo onde se demonstra a taxa de execução do Plano de Desempenho definido para 2009.

Page 41: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

41Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Cumprimento Plano Desempenho

RÚBRICASPlano Desempe-

nho 2009Ano 2009 Desvio (Unid.) Taxa Execução (%)

CONSULTA EXTERNA

Total Consultas Externas 216.444 200.967 -15.477 92,85%

1as Consultas 68.000 64.420 -3.580 94,74%

Consultas Subsequentes 148.444 136.547 -11.897 91,99%

GDH INTERNAMENTO

Total GDH's de Internamento 23.113 23.736 623 102,70%

GDH Médicos 16.519 16.878 359 102,17%

GDH Cirurgicos Programados 3.226 2.976 -250 92,25%

GDH Cirurgicos Urgentes 3.368 3.882 514 115,26%

GDH AMBULATÓRIO

Total GDH's Ambulatório 22.723 24.143 1.420 106,25%

GDH Médicos 18.030 18.680 650 103,61%

GDH Cirurgicos 4.693 5.463 770 116,41%

GDH PRODUÇÃO ADICIONAL

Total GDH's Ambulatório 200 927 727 463,50%

GDH Internamento 200 898 698 449,00%

GDH Anbulatório 0 29 29

URGÊNCIAS

Total Atendimentos 137.500 145.462 7.962 105,79%

Urgências S\ Internamento 120.694 128.851 8.157 106,76%

HOSPITAL DE DIA

N.º Sessões Total 18.483 21.830 3.347 118,11%

Oncologia (S/ Quimioterapia) 6.290 6.437 147 102,34%

Outras 12.193 15.393 3.200 126,24%

SERVIÇO DOMICILIÁRIO

Total Visitas 4.542 4.683 141 103,10%

Pela análise do quadro anterior, verifica-se que em todas as linhas de actividade, o Hospital superou as metas do Plano de Desempenho, com a excepção das consultas externas onde apenas se conseguiu uma taxa de execução de 92,85%.

Tabela 24

Page 42: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

42 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Este desvio deve-se, essencialmente, ao facto de durante o ano de 2009 se terem desenvolvido vários esforços com o objectivo de melhorar o registo da actividade desenvolvida, para que os registos sejam coerentes com a actividade efectivamente exercida e que simultaneamente cumpram todos os requisitos para que o Hospital consiga facturar eficientemente. No caso particular da consulta externa, o facto da taxa de execução ser inferior a 100%, tal como já foi referido, fica a dever-se a uma correcção no registo das consultas de Oncologia, mais concretamente na sub-consulta de Avaliação da Quimioterapia.

Merece especial destaque a actividade exercida ao nível de Cirurgia de Ambulatório, onde o Hospital obteve uma taxa de execução de 116%, indo ao encontro de um objectivo da Tutela que pretende o crescimento da actividade assistencial assente nos cuidados de ambulatório.

Page 43: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

43Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

27%

12%

0%

16%1%0%

33%

0%

7%4%

Assistente Operacional

Assistente Técnico

Dirigente

Médico

Pessoal de Informática

Pessoal Docente

Pessoal Enfermagem

Pessoal Religioso

Técnicos Diagnóstico e TerapêuticaTécnicos Superiores (1)

5.2 EVOLUÇÃO DOS INDICADORES DE RECURSOS HUMANOS/FORMAÇÃO

RECURSOS HUMANOS

EVOLUÇÃO/DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS POR GRUPOS PROFISSIONAIS

Em 31 de Dezembro de 2009, o Hospital de Faro contava com um total de 2.328 trabalhadores, repartindo-se estes por 24% de Homens e 76% de Mulheres.

Quanto à repartição por grupo profissional, constata-se que é no grupo profissional de Enfermagem que se concentra o maior número de efectivos (771), seguindo-se os Assistentes Operacionais (618), Pessoal da Carreira Médica (374), Assistentes Técnicos (276) e Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica (161). Os restantes grupos profissionais reuniam, em conjunto, um total de 128 trabalhadores.

Gráfico 1

Masculino Feminino

551 1.777

24%

76%

Masculino

Feminino

Masculino Feminino

551 1.777

24%

76%

Masculino

Feminino

Trabalhadores por Género

27%

12%

0%

16%1%0%

33%

0%

7%4%

Assistente Operacional

Assistente Técnico

Dirigente

Médico

Pessoal de Informática

Pessoal Docente

Pessoal Enfermagem

Pessoal Religioso

Técnicos Diagnóstico e TerapêuticaTécnicos Superiores (1)

Distribuição dos Recursos Humanos em 2009 por Grupos Profissionais

Gráfico 2

Page 44: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

44 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

0

100

200

300

400

500

600

700

800

2006 2007 2008 2009

Em termos de evolução do número de trabalhadores, verifica-se, que houve um acréscimo de 118 efectivos, o que significa um aumento de 5,34% em relação a 2008. Os grupos que mais contribuíram para este aumento foram Enfermagem com mais 31 Enfermeiros, Assistentes Operacionais com mais 22 elementos, Médicos com mais 26 e Técnicos Superiores com mais 16 trabalhadores.

Grupo Profissional 2006 2007 2008 2009

Dirigente 13 12 9 9

Médico 326 336 348 374

Técnicos Superiores (1) 69 61 85 101

Pessoal Enfermagem 616 673 740 771

Técnicos Diagnóstico e Terapêutica 126 145 152 161

Assistente Técnico 251 241 267 276

Assistente Operacional 560 468 596 618

Pessoal Docente 2 2 2 2

Pessoal de Informática 6 7 9 14

Pessoal Religioso 2 2 2 2

Total 1.971 1.947 2.210 2.328

Gráfico 3: Evolução dos Principais Grupos Profissionais

Tabela 25 - Evolução da Distribuição de Trabalhadores por Grupo Profissional(1) Inclui o Pessoal Técnico Superior de Saúde

Page 45: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

45Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

ABSENTISMO

Durante o ano de 2009 houve um total de 42.919 ausências verificadas. Como se pode conferir pelo gráfico acima, o tipo de ausência com maior destaque é a ausência por doença (38%), sendo logo seguida pela falta por acidente em serviço ou doença profissional (18%) e protecção na parentalidade (10%).

1%10%

1%

38%

18%

4%

1%

1%

1%

0%

3%

0%

22% Casamento

Protecção na parentalidade

Falecimento de familiar

Doença

Por acidente em serviço ou doença profissionalAssistência a familiares

Trabalhador-estudante

Por conta do período de férias

Com perda de vencimento

Cumprimento de pena disciplinar

Greve

1%10%

1%

38%

18%

4%

1%

1%

1%

0%

3%

0%

22% Casamento

Protecção na parentalidade

Falecimento de familiar

Doença

Por acidente em serviço ou doença profissionalAssistência a familiares

Trabalhador-estudante

Por conta do período de férias

Com perda de vencimento

Cumprimento de pena disciplinar

Greve

Ausências ao trabalho por MotivoGráfico 4

Tabela 26 - Total de Ausências por Motivo

Motivo da Ausência TOTAL %

Casamento 440 1,03%

Protecção na parentalidade 4.131 9,63%

Falecimento de familiar 516 1,20%

Doença 16.217 37,79%

Por acidente em serviço ou doença profissional 7.863 18,32%

Assistência a familiares 1.862 4,34%

Trabalhador-estudante 369 0,86%

Por conta do período de férias 530 1,23%

Com perda de vencimento 578 1,35%

Cumprimento de pena disciplinar 0 0,00%

Greve 1.224 2,85%

Injustificadas 27 0,06%

Outros 9.162 21,35%

TOTAL 42.919 100,00%

Page 46: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

46 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

ESTRUTURA ETÁRIA

Em termos da distribuição de idades entre os trabalhadores, pode-se constatar que, no final de 2009, 1.789 trabalhadores encontravam-se entre os 18 e os 49 anos de idade, o que representa 76,85% do total de efectivos. Enquanto que os restantes 539 tinham mais de 50 anos, o que representa 23,15% do total de trabalhadores. Como se pode verificar através da tabela,

Escalão etário e género Masculino Feminino TOTAL % Acumulado

Menos de 20 anos 2 0 2 0,09% 0,09%

20-24 31 153 184 7,90% 7,99%

25-29 77 292 369 15,85% 23,84%

30-34 81 236 317 13,62% 37,46%

35-39 74 233 307 13,19% 50,64%

40-44 64 240 304 13,06% 63,70%

45-49 82 224 306 13,14% 76,85%

50-54 71 190 261 11,21% 88,06%

55-59 48 137 185 7,95% 96,01%

60-64 19 56 75 3,22% 99,23%

65-69 2 16 18 0,77% 100,00%

70 e mais 0 0 0 0,00%

TOTAL 551 1.777 2.328 100,00%

Tabela 27 - Distribuição de efectivos por escalão etário e género

a maioria dos trabalhadores do Hospital têm idade compreendida entre os 25 e 49 anos, uma situação estável a médio prazo, tendo em conta que neste momento o quadro do Hospital se encontra estabilizado.

A média de idades de 2009 foi de 39,81 anos, um número que tem vindo a decrescer nos últimos anos, fruto do número de aposentados e novas contratações, tendo sido de 41,05 e 40,23 em 2007 e 2008, respectivamente. Verifica-se, deste modo, uma tendência de rejuvenescimento da Organização.

DISTRIBUIÇÃO DE EFECTIVOS POR TIPO DE VÍNCULO

O ano de 2009, foi um ano de alteração da legislação do trabalho, restruturação dos vinculos, carreiras e remunerações no Sector Público. O Hospital de Faro, enquanto Entidade Pública Empresarial, tem ainda mais de metade dos trabalhadores em Regime de Contrato em Funções Públicas, uma situação que com o decorrer dos anos se irá alterar, já que todas as novas contratações, por força da lei, têm que ser efectuadas no âmbito do Código do Trabalho. O Hospital de Faro, tem vindo a seguir uma política de estabilização dos seus Recursos Humanos, no entanto, como se pode verificar pela tabela inferior, tem ainda uma taxa de contratação a termo de 32,56%.

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47Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Vinculo Total %

Regime de Contrato em Funções Publicas

Contrato por Tempo Indeterminado 1.248 53,61%

Contrato a Termo Resolutivo 121 5,20%

Cedência de Interesse Público 19 0,82%

Comissão de Serviço 2 0,09%

Regime de Contrato no âmbito do Código do Trabalho

Contrato Individual Trabalho Lei 7/2009, C/Termo 625 26,85%

Contrato Individual Trabalho Lei 7/2009, S/Termo 301 12,93%

Contrato de Prestação de Serviços 12 0,52%

Total Geral 2.328 100,00%

Tabela 28 - Distribuição de trabalhadores por vínculo

HABILITAÇÕES LITERÁRIAS

Relativamente às habilitações literárias dos trabalhadores do Hospital de Faro, pode-se concluir que 50% têm o nível de Ensino Superior e que apenas 16% têm menos do que o 9º Ano. Para este facto contribui, em muito, os grupos de Enfermagem, Médico, Técnico Superior e Técnico de Diagnóstico e Terapêutica, que pela especificidade da carreira, apenas permitem que possam ingressar indivíduos com formação a nível do Ensino Superior.

Habilitação Literária Total %

Menos de 4 anos de escolaridade 18 0,77%

4 anos de escolaridade 203 8,72%

6 anos de escolaridade 148 6,36%

9.º ano ou equivalente 269 11,55%

11.º ano 116 4,98%

12.º ano ou equivalente 416 17,87%

Bacharelato 118 5,07%

Licenciatura 1.019 43,77%

Mestrado 19 0,82%

Doutoramento 2 0,09%

Total 2.328 100,00%

Injustificadas 27 0,06%

Outros 9.162 21,35%

TOTAL 42.919 100,00%

Tabela 29 - Distribuição de efectivos por Habilitação Literária

Page 48: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

48 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO

No ano 2009, foram registados 71 acidentes de trabalho, tendo-se perdido um total de 2087 dias de trabalho. Destes, foram contabilizados 44 acidentes sem ocorrência de baixa, 15 com menos de 30 dias de baixa e 12 com mais de 30 dias de baixa.

Acidentes de trabalho

No local de trabalho In itinere

Total1 a 3

dias de baixa

4 a 30 dias de baixa

Superior a 30 diasde baixa

Mortal Total1 a 3

dias de baixa

4 a 30 dias de baixa

Superior a 30 diasde baixa

Mortal

Nº total de acidentesM 10 0 0 0

F 58 0 3 0

Nº de acidentes com baixaM 4 0 3 1 0 0 0

F 21 0 12 9 2 0 0 2

Nº de dias de trabalho perdidos por acidentes ocorridos no ano

M 176 0 23 153 0 0 0 0

F 816 0 192 624 261 0 0 261

Nº de dias de trabalho perdidos por acidentes ocorridos em anos anteriores

M 31 0 0 31 0 0 0 0

F 803 0 0 803 0 0 0 0

Tabela 30 - Distribuição de Acidentes de Trabalho

INDICADORES DE RECURSOS HUMANOS

De acordo com a tabela abaixo apresentada, verifica-se, em pormenor, quais os Indicadores de Recursos Humanos do Hospital de Faro, E.P.E., durante o ano 2009.

Tabela 31 – Indicadores de Recursos Humanos

Indicador Valor

Nível etário 39,81

Leque etário 3,83

Índice de envelhecimento 11,94

Leque salarial ilíquido 25,42

Índice de Tecnicidade 60,91

Taxa de contratação a termo 32,56

Índice de trabalhadores Estrangeiros 5,2

Taxa de Incidência de acidentes no local de trabalho 2,92

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49Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

FORMAÇÃO

O Centro de Formação, Investigação e Conhecimento (CFIC) tem como ob-jectivo principal tornar-se numa Unidade Formativa de referência, através da formação que proporciona aos profissionais da Instituição. Pretende-se apostar numa linha de formação que promova a actualização e a optimiza-ção das competências próprias dos profissionais do Hospital de Faro, E.P.E. seguindo, ao mesmo tempo, as linhas de orientação definidas pelo POPH.

O Centro de Formação, Investigação e Conhecimento do Hospital de Faro, E.P.E., desenvolveu em 2009, em conformidade com anos anteriores, um plano de formação abrangente, procurando dar resposta às áreas definidas internamente como estratégicas e de forma a complementar as necessidades expressas pelas várias áreas, especialidades e/ou unidades funcionais e gru-pos profissionais específicos.

A metodologia utilizada na planificação e realização da formação procurou garantir uma articulação estreita e flexível com as áreas e profissionais, con-jugando-se as prioridades e disponibilidades dos sectores envolvidos, dos formadores e das capacidades humanas e materiais do CFIC.

A FORMAÇÃO NO HOSPITAL DE FARO

Acompanhando as evoluções que se registam a nível das novas tecnologias e procedimentos que são necessários para o desenvolvimento das activida-des profissionais, também, o sector da saúde não é excepção. Para que a adaptação seja viável, o Hospital de Faro, E.P.E. aposta num método para aumentar as competências dos seus profissionais de reduzida escolarida-de, proporcionando-lhes formação com base no desenvolvimento de um novo projecto, denominado RVCC – Reconhecimento, Validação e Certifi-cação de Competências, ainda que abrangendo um grupo pouco alargado de profissionais (sendo exemplo os Assistentes Operacionais, entre outros). A formação constitui, igualmente, um compromisso assumido por parte das Chefias e Responsáveis junto dos seus Colaboradores, não obstante as limi-tações inerentes à sua dispensa para participação em actividades formativas.

Desta forma, o processo RVCC no Hospital de Faro, E.P.E., em parceria com a Associação IN LOCO, promoveu, nos últimos anos, o campo da educação de adultos, que fez surgir a criação de ofertas formativas dirigidas a adultos com baixos níveis de escolaridade, partindo do reconhecimento de saberes e de competências adquiridas em contextos não formais, o que tem consti-tuído um novo e aliciante campo de trabalho e reflexão.

Nesta perspectiva, o Hospital de Faro, E.P.E. continua a colaborar com a Associação IN LOCO, no sentido de dotar os profissionais com novas com-petências e aumentar os seus níveis de escolaridade. Este procedimento foi reconhecido e muito bem aceite pelos profissionais envolvidos, resultando numa enorme adesão a esta iniciativa conjunta.

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50 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

O processo de RVCC teve início em 2004 e tem vindo a progredir e a man-ter-se até à presente data, registando-se uma forte motivação e elevado nível de empenho por parte da generalidade dos adultos envolvidos. Em regra, este processo é realizado em horário pós-laboral e nas instalações do Centro de Formação, Investigação e Conhecimento.

Os profissionais do Hospital de Faro devem desenvolver competências para fazer face a uma diversidade de situações subjacentes, tanto à sua realidade profissional, como aos objectivos que se pretendem atingir, sendo a forma-ção dos Recursos Humanos uma grande aposta para o desenvolvimento das organizações e da sociedade em geral.

Neste sentido, o Hospital de Faro, E.P.E. à semelhança de outras Organiza-ções/Empresas pretende ir mais além, colaborando na implementação do RVCC profissional aos seus colaboradores.

O Hospital de Faro, E.P.E. pretende elevar e valorizar as competências dos seus profissionais da saúde, estando o Centro de Formação, Investigação e Conhecimento disponível para colaborar na implementação e desenvolvi-mento formativo do processo de RVCC profissional.

ANÁLISE DA FORMAÇÃO DESENVOLVIDA

O ano 2009 ficou marcado por uma intensa actividade formativa. Foram realizadas cerca de 84 acções de formação cujas temáticas se relacionaram, fundamentalmente, com conteúdos ligados às áreas da saúde, tendo como principais destinatários Médicos, Enfermeiros, Técnicos Superiores de Saú-de, Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, Assistentes Operacionais, entre outros profissionais ligados directamente à prestação de cuidados de saúde. A par destas formações foram, igualmente, realizadas outras formações, de carácter mais transversal, destinadas a todos os Profissionais, mas com es-pecial preponderância dos profissionais da Carreira Administrativa, Técnicos Superiores, Assistentes Técnicos, Assistentes Operacionais, entre outros.

Grande parte das acções de formação foi realizada com recurso a formado-res internos. No entanto, havendo temáticas que pela sua especificidade e complexidade necessitavam de formadores mais experientes e conceituados, foi necessário recorrer à colaboração de formadores externos. Foi, igualmen-te, necessário proceder à contratação de algumas Entidades externas, con-cretamente: ALENTO, UALG, HM Consultores, INA, ARS Algarve e o CHBA.

Saliente-se que as formações realizadas enquadraram-se em três vertentes de financiamento:

• Cursos com recurso a financiamento do Programa Operacional de Saúde – Saúde XXI;

• Cursos suportados pelo Hospital de Faro, E.P.E.;

• Cursos relativos ao Projecto de Intervenção Integrada em Violência Do-méstica na região do Algarve – POPH – Tipologia 8.7.7.

Page 51: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

51Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Desta forma, o Centro de Formação, Investigação e Conhecimento estimu-lou uma diversidade de formações, de acordo com o plano previamente elaborado, em função das necessidades formativas dos mais variados grupos profissionais, tentando melhorar ou aperfeiçoar, de uma ou de outra forma, as suas qualificações.

Para o desenvolvimento das várias acções de formação, o Hospital de Faro, E.P.E. recorreu ao financiamento quer interno, quer externo, nomeadamente às verbas disponíveis nos quadros comunitários de apoio.

Formação Obrigatória

No ano de 2009, o Hospital de Faro, E.P.E. só realizou formação obrigatória na área da infecção hospitalar e que será abordada no ponto seguinte.

Formação na Área de Controlo de Infecção

O corrente ano reflectiu uma forte execução de acções de formação na área da Prevenção e Controlo da Infecção Associada aos Cuidados de Saúde (PIACS). Esta temática está relacionada com os objectivos do Plano Nacional de Saúde e do Programa Nacional de Prevenção das Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS), constituindo uma problemática que é una-nimemente considerada como geradora de grande prejuízo e condicionante do nível de qualidade na prestação de diversos serviços hospitalares. Neste âmbito, foram realizadas 34 acções, abrangendo um grupo de 573 profis-sionais: Médicos, Enfermeiros, Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, Assis-tentes Técnicos e Assistentes Operacionais, o que constituiu um volume de formação considerável, num total de 7697 horas.

INDICADORES DE FORMAÇÃO

Uma das prioridades do Hospital de Faro, E.P.E. é a ampliação no âmbito da formação a todos os grupos profissionais. Analisando a participação em 2009, verifica-se uma evolução significativa no prosseguimento desta prioridade.

Como se pode verificar na tabela 1, a participação em actividades formati-vas repartiu-se pelos vários grupos profissionais com maior destaque para os Enfermeiros (48%) e Médicos (17%). No mesmo contexto, é de referir o volume da formação, sendo os valores mais relevantes igualmente para Enfermeiros e Médicos, respectivamente, 54% e 17%. Contudo, é de realçar que estes dois grupos profissionais constituem, também, os efectivos com maior relevância.

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52 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Grupo Profissional N.º Formandos %Volume de For-

mação%

Dirigente 2 0% 33,5 0%

Médico 263 17% 3673,5 17%

Técnico Superior de Saúde 10 1% 145 1%

Técnico Superior 50 3% 833 4%

Informática 7 0% 146,5 1%

Docente 2 0% 24 0%

Enfermagem 739 48% 11982 54%

Técnico Diag. Terapêutica 173 11% 1490 7%

Asistente Técnico 87 6% 1959 9%

Assistente Operacional 192 13% 1926,5 9%

Total 1525 100% 22213 100%

Tabela 32

Com vista à análise das áreas temáticas através da tabela 2, pode constatar-se que, das 84 acções de formação realizadas, 34 enquadram-se na área temática de “Formação de Prevenção e Controlo IACS”, envolvendo 573 participantes. Este é um projecto de intervenção formativa dirigido a todos os profissionais, para desenvolver os conhecimentos no âmbito das Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde, que pretende assim, transmitir infor-mação necessária ao desenvolvimento dos procedimentos que cumpram as recomendações da Comissão do Controlo da Infecção e do desempenho das actividades inerentes às funções.

A área que envolve a temática “Prevenção das Úlceras de Pressão/Feridas” é igualmente uma das mais contempladas. Em termos de número de acções não é tão significativo como a anterior, mas em número de formandos e volume de formação é ainda assim algo significativo, já que é necessário dar uma continuidade no combate à infecção, para que a cultura de qualidade, a nível operacional, possa obter um valor de apreciação cada vez mais elevado.

A tabela (Tabela 33) que se segue comprova o movimento associado à For-mação, nos âmbitos supra mencionados:

Page 53: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

TEMÁTICA N.º DE ACÇÕES

N.º DEFORMANDOS

VOLUME DE FORMAÇÃO DESTINATÁRIOS

Formação de Promotoras do Aleitamento Materno

6 111 1940

Enfermeiros, Técnicos Superiores, Docentes, Técnicos Diagnóstico e Terapêutica, Técnicos Superiores de Saúde, Assistentes Operacionais

Higiene e Limpeza nos Serviços de Interna-mento

1 12 80,5 Assistentes Operacionais

SIADAP para "Avaliador"/ Como prepa-rar-se para a avaliação de desempenho na qualidade de avaliado

2 50 682,5

Dirigentes, Médicos, Técnicos Superiores de Saúde, Técnicos Superiores, Informática, Docentes, Enfermeiros, Técnicos de Diag-nóstico e Terapêutica, Assistentes Técnicos, Assistentes Operacionais

Seminário: Tendências, Cenários e Estratégias

1 20 515Dirigentes, Médicos, Técnicos Superiores de Saúde

Triagem de Manchester 1 19 125 Médicos e Enfermeiros

Prevenção das Úlceras de Pressão / Feridas

8 134 1876 Enfermeiros

Qualidade / Gestão do Risco em Saúde 1 18 378 Enfermeiros

CIPE/ SAPE 2 26 693 Enfermeiros

Sistema de Classificação Doentes por Graus de Dependência

1 21 294 Enfermeiros

Formação de Prevenção e Controlo IACS 34 573 7697Médicos, Enfermeiros, Técnicos de Diagnós-tico e Terapêutica, Assistentes Operacionais

Ensino à distância com a plataforma de aprendizagem Dokeos

3 57 1257,5Médicos, Técnicos Superiores, Informática, Enfermeiros, Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, Assistentes Técnicos, Assistentes Operacionais

O Novo Regime dos Contratos de Traba-lho da Função Pública

1 14 402Técnicos Superiores, Enfermeiros, Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, Assistentes Técnicos

O Novo Regime dos Vínculos, Carreiras e Remunerações

1 15 225Técnicos Superiores, Técnicos de Diagnósti-co e Terapêutica, Assistentes Técnicos

O Novo Estatuto Disciplinar dos Traba-lhadores da Função Pública

1 15 525Médicos, Enfermeiros, Técnicos de Diagnós-tico e Terapêutica, Assistentes Técnicos

Investigação 1 15 613Técnicos Superiores, Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica

Radiologia Dentária 1 16 64 Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica

Profissionais de Saúde vs Familiares dos seus Pacientes! O que fazer?

1 23 294

Técnicos Superiores de Saúde, Técnicos Superiores, Enfermeiros, Técnicos de Diag-nóstico e Terapêutica, Assistentes Técnicos e Assistentes Operacionais

Ética - Uma Questão de Atitude 1 19 133Médicos, Técnicos Superiores, Enfermeiros, Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, As-sistentes Técnicos

Atendimento ao Público 2 39 1448Técnicos Superiores, Assistentes Técnicos, Assitentes Operacionais

3º Curso de Diabetologia - Actualização 1 13 34,5 Médicos e Técnicos Superiores de Saúde

Antibioterapia na Prática Clínica 1 21 117 Médicos

Fast para Médicos 1 16 64 Médicos

Ventilação Não Invasiva 1 40 240 Médicos e Enfermeiros

Cuidados Continuados - Dor Crónica / Pé diabético

2 51 559 Enfermeiros

Suporte Imediato de Vida 3 55 440 Médicos e Enfermeiros

Intervenção Integrada em Violência Do-méstica na Região do Algarve

2 54 318Técnicos Superiores, Docente, Enfermeiros, Assistentes Técnicos, Assistentes Operacionais

Suporte Avançado de Vida 2 38 684 Médicos e Enfermeiros

2º Curso de Electrocardiografia 1 29 250 Médicos

Curso de ATLS 1 11 264 Médicos

TOTAL 84 1525 22213

Tabela 33

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54 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

INTERNATO MÉDICO

Uma formação de qualidade produzirá benefícios para os Formandos, para quem os recebe (a Instituição Hospitalar) e para quem deles precisa (os Doentes).

No ano 2009, o número de Médicos Internos que estava a estagiar nas diferentes áreas do Hospital era de 113, considerando 19 do ano comum e 94 dos diferentes anos de formação específica. Dos Internos do Hospital de Faro E.P.E., 42 solicitaram e realizaram estágios em outras Instituições Nacionais e 4 em Instituições Internacionais. Este pedido de realização de estágios noutras Instituições, deve-se, principalmente, ao facto do Hospital de Faro não possuir nalgumas áreas capacidade formativa total, daí que os Internos tenham que complementar a sua formação noutros Hospitais. São também autorizados estágios no Estrangeiro, pela importância que revela na formação do Interno, no contacto com outras realidades, sendo também uma mais-valia na qualidade da prestação dos cuidados de saúde no Hospital de Faro.

De salientar que existe uma relação de um Orientador de formação para cada 2 Internos, embora em serviços como os de Medicina Interna existam Orientadores com 3 Internos.

O tempo disponibilizado pelos responsáveis de formação com os Internos, para que estes possam desfrutar de uma boa formação, poderá ser, algumas vezes, superior a 3 horas por semana.

Alunos de outras Universidades também são recebidos no Hospital de Faro, no âmbito de colaboração existente, de forma a completarem a realização de estudos de pré-graduação, através de estágios em alguns Serviços.

5.3 ANÁLISE DOS INDICADORES ECONÓMICO-FINANCEIROS

ANÁLISE ECONÓMICA

Poder-se-á dizer que o Hospital de Faro encerrou com um resultado líquido negativo relativamente ao período de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2009 no valor de -15.636.204,83€. Esta situação é, essencialmente, provocada pelo crescimento dos custos no ano de 2009, resultante do crescimento da actividade hospitalar. Para além disso são de acrescentar, igualmente, as consequências do agravamento da situação desfavorável da economia mundial, a que a economia portuguesa não é alheia.

De realçar que o resultado líquido do Hospital de Faro, no exercício em análise, embora negativo, a exemplo já verificado em períodos anteriores, melhorou substancialmente em relação ao ano de 2008, (47,85%).

Page 55: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

55Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Resultados 2007 ∆ 2008 ∆ 2009

Resultados Operacionais: ( B ) - ( A ) = -5.631.612,37 -438,10% -30.303.567,74 38,76% -18.558.470,58

Resultados Financeiros: ( D - B ) - ( C - A ) = 16.559,81 731,77% 137.740,32 -668,39% -782.896,01

Resultados Correntes: ( D ) - ( C ) = -5.615.052,56 -437,23% -30.165.827,42 35,88% -19.341.366,59

Resultados Antes de Impostos: ( F ) - ( E ) = -6.607.151,17 -353,78% -29.982.256,26 47,86% -15.633.263,45

Resultado Líquido do Exercício: ( F ) - ( G ) = -6.607.151,17 -353,80% -29.983.476,74 47,85% -15.636.204,83

Tabela 34

Tabela 35

Demonstração Comparativa de Resultados por Naturezas

Conta Designação 2007 ∆ 2008 ∆ 2009

CUSTOS E PERDAS

61 Custo das merc. vendidas e das mat. consumidas 36.472.166,67 5,68% 38.545.043,56 7,52% 41.445.192,36

62 Fornecimentos e serviços externos 18.321.633,25 38,42% 25.361.658,41 10,38% 27.993.478,93

Sub-Total 54.793.799,92 16,63% 63.906.701,97 8,66% 69.438.671,29

Custos com pessoal

641+642 Remunerações 49.377.831,14 2,78% 50.749.779,98 11,10% 56.380.711,11

643/4/5/6/7/8 Encargos Sociais 8.735.176,87 4,91% 9.163.646,06 14,81% 10.521.138,44

Sub-Total 58.113.008,01 3,10% 59.913.426,04 11,66% 66.901.849,55

66 Amortizações e ajustamentos do exercício 3.356.707,53 17,65% 3.949.279,85 3,27% 4.078.597,65

65 Outros custos e perdas operacionais 188.617,53 -3,75% 181.546,52 44,60% 262.524,10

(A) ..................................... 116.452.132,99 9,87% 127.950.954,38 9,95% 140.681.642,59

68 Juros e custos similares: 20.140,80 162,10% 52.788,85 1570,13% 881.644,89

(C) ..................................... 116.472.273,79 9,90% 128.003.743,23 10,59% 141.563.287,48

69 Custos e perdas extraordinários 1.437.301,58 -39,96% 862.959,59 181,63% 2.430.377,86

(E) ..................................... 117.909.575,37 9,29% 128.866.702,82 11,74% 143.993.665,34

86 Imposto sobre o rendimento do exercício 0,00 0,00% 1.220,48 141,00% 2.941,38

(G) ..................................... 117.909.575,37 9,29% 128.867.923,30 11,74% 143.996.606,72

88 Resultado líquido do exercício -6.607.151,17 -353,80% -29.983.476,74 47,85% -15.636.204,83

Total Geral 111.302.424,20 -11,16% 98.884.446,56 29,81% 128.360.401,89

PROVEITOS E GANHOS

71 + 72 Vendas e Prestações de serviços 11.973.456,43 269,32% 44.220.610,85 162,33% 116.002.166,57

74 Transf. e Subs. Correntes Obtidos 94.256.207,50 -48,26% 48.766.113,57 -99,99% 3.455,92

73 + 76 Outros proveitos e ganhos operacionais 4.590.856,69 1,52% 4.660.662,22 31,26% 6.117.549,52

(B) ..................................... 110.820.520,62 -11,89% 97.647.386,64 25,07% 122.123.172,01

78 Juros e proveitos similares 36.700,61 419,14% 190.529,17 -48,17% 98.748,88

(D) ..................................... 110.857.221,23 -11,74% 97.837.915,81 24,92% 122.221.920,89

79 Proveitos e ganhos extraordinários 445.202,97 135,07% 1.046.530,75 486,56% 6.138.481,00

(F) ..................................... 111.302.424,20 -11,16% 98.884.446,56 29,81% 128.360.401,89

Page 56: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

56 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

-60.000.000,00

-50.000.000,00

-40.000.000,00

-30.000.000,00

-20.000.000,00

-10.000.000,00

0,00

10.000.000,00

Resultados 2007 2008 2009

Resultados Operacionais

Resultados Financeiros

Resultados Correntes

Resultado Líquido do Exercicio

Resultados Antes de Impostos

Gráfico 5 - Resultados

Pela análise dos dados apresentados nos quadros anteriores pode verificar-se que o Hospital de Faro tem tido, aos longos dos anos, dificuldades em libertar meios suficientes para o seu auto-financiamento. Esta situação é essencialmente justificada pelo facto da receita operacional, necessária para que o mesmo exerça a sua actividade básica regular, ser sistematicamente inferior à respectiva despesa, também por força de um considerável atraso nos acertos entre a produção realizada e a respectiva facturação, previstos em sede de contratualização, a efectuar com as entidades com as quais o Hospital mantém o maior volume de facturação.

ESTRUTURA DE CUSTOS

Os custos de 2009 foram no montante de 143.993.665,34€, valor este superior ao verificado em anos anteriores, embora seja de salientar que existe uma constante preocupação do Conselho Administração do Hospital de Faro na contenção dos mesmos.

Pode dizer-se que, em termos homólogos, a estrutura de custos evoluiu de forma negativa, como se pode analisar no quadro apresentado na página seguinte.

Page 57: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

57Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Mapa Comparativo de Custos

Designação 2007 ∆ 2008 ∆ 2009

Custo das Merc. Vendidas e das Mat. Consumidas

36.472.166,67 5,68% 38.545.043,56 7,52% 41.445.192,36

Fornecimentos e Serviços Externos 18.321.633,25 38,42% 25.361.658,41 10,38% 27.993.478,93

Subcontratos 7.979.667,59 9,42% 8.731.559,25 18,35% 10.333.602,29

Electricidade 485.883,34 23,33% 599.236,64 16,20% 696.329,06

Combustiveis 11.103,71 25,63% 13.949,19 2,22% 14.258,97

Água 312.423,96 11,79% 349.264,78 2,59% 358.294,11

Outros fluidos 0,00 0,00% 0,00 0,00% 0,00

Ferramentas e utensílios de des-gaste rápido

1.022,44 -37,60% 638,03 75,31% 1.118,50

Livros e documentação técnica 9.570,77 15,68% 11.071,03 50,80% 16.695,07

Material de escritório 801,23 136,22% 1.892,66 12,39% 2.127,18

Artigos para oferta 617,10 -8,81% 562,73 -98,68% 7,43

Rendas e alugueres 85.208,48 97,45% 168.241,77 4,35% 175.558,18

Despesas de representação 283,20 212,13% 883,95 81,51% 1.604,45

Comunicação 288.900,39 1,01% 291.825,40 5,78% 308.688,23

Seguros 6.280,72 -2,46% 6.126,14 14,73% 7.028,64

Royalties 0,00 0,00% 0,00 0,00% 0,00

Transportes de mercadorias 12.506,33 -61,41% 4.826,16 74,48% 8.420,90

Transportes de pessoal 0,00 0,00% 6,95 -100,00% 0,00

Deslocações e estadias 84.763,69 -9,97% 76.311,61 -14,45% 65.288,36

Comissões 0,00 0,00% 0,00 0,00% 0,00

Honorários 872.434,18 24,74% 1.088.297,77 -11,33% 964.958,34

Contencioso e notariado 8.073,80 -62,91% 2.994,73 65,19% 4.947,05

Conservação e reparação 1.501.698,95 11,49% 1.674.200,17 15,28% 1.930.082,44

Publicidade e propaganda 56.662,49 -25,87% 42.002,23 -66,50% 14.069,09

Limpeza, higiene e conforto 419.282,98 9,32% 458.362,86 -1,31% 452.356,60

Vigilância e segurança 591.098,21 -0,51% 588.064,48 13,57% 667.849,18

Trabalhos especializados 5.587.014,81 100,94% 11.226.683,58 6,21% 11.924.347,45

Outros fornecimentos e serviços 6.334,88 289,21% 24.656,30 85,95% 45.847,41

Custos com Pessoal 58.113.008,01 3,10% 59.913.426,04 11,66% 66.901.849,55

Amortizações do Imob. Corpóreo e Incorpóreo

3.356.707,53 17,65% 3.949.279,85 3,27% 4.078.597,65

Outros Custos e Perdas Operacionais

188.617,53 -3,75% 181.546,52 44,60% 262.524,10

Juros e Custos Similares 20.140,80 162,10% 52.788,85 1570,13% 881.644,89

Custos e Perdas Extraordinários 1.437.301,58 -39,96% 862.959,59 181,63% 2.430.377,86

Total Geral 117.909.575,37 9,29% 128.866.702,82 11,74% 143.993.665,34

Tabela 36 - Mapa Comparativo de Custos

Page 58: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

58 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

41.445.192,36

27.993.478,93

66.901.849,55

4.078.597,65

262.524,10 881.644,89 2.430.377,86

0,00

10.000.000,00

20.000.000,00

30.000.000,00

40.000.000,00

50.000.000,00

60.000.000,00

70.000.000,00

80.000.000,00

Custo das Merc. Vendidas e das Mat. Consumidas Fornecimentos e Serviços Externos Custos com Pessoal

Amortizações do Imob. Corpóreo e Incorpóreo Outros Custos e Perdas Operacionais Juros e Custos Similares

Gráfico 5 - Resultados

Gráfico 6 - Custos

Até Dezembro de 2009, o Hospital gastou 143.993.665,34€, ou seja, em relação ao período homólogo de 2008, houve um aumento de 11,74%. Este aumento da despesa é generalizado, não se verificando uma incidência específica sobre determinada rubrica, embora o aumento seja mais significativo nos Custos com o Pessoal (11,66%) que tem um peso de 46,46% no total dos custos.

Em relação ao Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas, esta rubrica representou cerca de 28,78% do total dos custos de 2009.

Os Fornecimentos e Serviços Externos foram no total de 27.993.478,93€, sendo 10.333.602,29€ referentes a subcontratos, 11.924.347,45€ de trabalhos especializados e apenas 5.735.529,19€ nas restantes rubricas.

Page 59: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

59Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS CONSUMIDAS

De acordo com o Quadro 6, que a seguir se apresenta, o Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas apresenta um aumento global de 7,52%, sendo que, pela sua análise, poder-se-á dizer que todos os tipos de consumos especificados no mesmo, apresentam um aumento da despesa relativamente baixo, tendo como análise os anos anteriores, à excepção da rubrica “Produtos Farmacêuticos”, a qual evidencia um aumento significativo de 8,37%, nomeadamente devido aos medicamentos que mostram um aumento de 10,14%. Assinala-se contudo,que estes aumentos se deveram totalmente ao fornecimento de medicamentos de dispensa obrigatória em ambulatório a novos doentes com patologiado foro infeccioso, oncológico e degenerativo.

Ainda no que se refere ao CMVMC, é de esclarecer que o peso do mesmo é essencialmente derivado das rubricas respeitantes a Produtos Farmacêuticos e do Material de Consumo Clínico, as quais são responsáveis por 70,75% e 26,79%, respectivamente, do total dos custos com CMVMC.

Conta Designação 2007 ∆ 2008 ∆ 2009

6161 Produtos Farmacêuticos 26.664.774,47 1,48 27.059.783,79 8,37 29.325.454,25

61611 Medicamentos 23.147.299,05 3,12 23.870.603,07 10,14 26.290.208,50

61612 Reagentes e Produtos de Diagnostico Rapido 3.021.975,55 -8,50 2.765.217,22 -10,99 2.461.185,08

61619 Outros Produtos Farmacêuticos 495.499,87 -14,44 423.963,50 35,40 574.060,67

6162 Material de Consumo Clinico 8.905.861,47 17,71 10.482.747,38 5,96 11.107.163,03

61621 Material de Penso 270.484,79 14,37 309.347,23 -8,23 283.881,01

61622 Material de Artigos Cirurgicos 511.606,13 35,05 690.929,09 -4,86 657.336,20

61623 Material Clinico de Tratamento 2.315.453,75 3,13 2.387.813,63 10,81 2.645.943,86

61624 Material de Electromedecina 127.551,67 -1,02 126.254,73 -4,06 121.127,63

61625 Material de Laboratório 148.823,80 14,52 170.434,29 24,84 212.763,49

61626 Material de Proteses 3.760.813,89 8,35 4.074.821,52 5,15 4.284.511,83

61627 Material de Osteosintese 419.711,02 -16,78 349.276,83 -26,18 257.845,85

61629 Outro 1.351.416,42 75,66 2.373.870,06 11,37 2.643.753,16

6163 Produtos Alimentares 848,69 -7,83 782,22 5,80 827,61

6164 Material de Consumo Hoteleiro 274.031,90 12,20 307.452,90 4,12 320.126,61

6165 Material de Consumo Administrativo 215.203,04 13,26 243.741,92 14,21 278.378,41

6166 Material de Manutenção e Conservação 411.447,10 9,50 450.535,38 -8,28 413.242,45

Total Geral 36.472.166,67 5,68 38.545.043,59 7,52 41.445.192,36

Tabela 37

Page 60: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

60 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

73%

24%

0%

1%1%

1%Produtos Farmaceuticos

Material de Consumo Clinico

Produtos Alimentares

Material de Consumo Hoteleiro

Material de Consumo AdministrativoMaterial de Manutenção e Conservação

70%

27%

0%1%

1%1%

Produtos Farmaceuticos

Material de Consumo Clinico

Produtos Alimentares

Material de Consumo Hoteleiro

Material de Consumo AdministrativoMaterial de Manutenção e Conservação

71%

27%

0%1%

0%1%

Produtos Farmaceuticos

Material de Consumo Clinico

Produtos Alimentares

Material de Consumo Hoteleiro

Material de Consumo AdministrativoMaterial de Manutenção e Conservação

73%

24%

0%

1%1%

1%Produtos Farmaceuticos

Material de Consumo Clinico

Produtos Alimentares

Material de Consumo Hoteleiro

Material de Consumo AdministrativoMaterial de Manutenção e Conservação

70%

27%

0%1%

1%1%

Produtos Farmaceuticos

Material de Consumo Clinico

Produtos Alimentares

Material de Consumo Hoteleiro

Material de Consumo AdministrativoMaterial de Manutenção e Conservação

71%

27%

0%1%

0%1%

Produtos Farmaceuticos

Material de Consumo Clinico

Produtos Alimentares

Material de Consumo Hoteleiro

Material de Consumo AdministrativoMaterial de Manutenção e Conservação

73%

24%

0%

1%1%

1%Produtos Farmaceuticos

Material de Consumo Clinico

Produtos Alimentares

Material de Consumo Hoteleiro

Material de Consumo AdministrativoMaterial de Manutenção e Conservação

70%

27%

0%1%

1%1%

Produtos Farmaceuticos

Material de Consumo Clinico

Produtos Alimentares

Material de Consumo Hoteleiro

Material de Consumo AdministrativoMaterial de Manutenção e Conservação

71%

27%

0%1%

0%1%

Produtos Farmaceuticos

Material de Consumo Clinico

Produtos Alimentares

Material de Consumo Hoteleiro

Material de Consumo AdministrativoMaterial de Manutenção e Conservação

Gráfico 7 - 2007

Gráfico 8 - 2008

Gráfico 9 - 2009

Page 61: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

61Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

0

500000

1000000

1500000

2000000

2500000

3000000

3500000

4000000

4500000

Material de Penso Material de Artigos Cirurgicos

Material Clinico de Tratamento

Material de Electromedecina

Material de Laboratório

Material de Proteses

Material de Osteosintese

Outro

2007 2008 2009

0

5000000

10000000

15000000

20000000

25000000

30000000

Medicamentos Reagentes e Produtos de Diagnostico Rapido

Outros Produtos Farmacêuticos

2007 2008 2009Gráfico 10 - Produtos Farmacêuticos

Gráfico 11 - Material de Consumo Clínico

Produtos Farmacêuticos

Nesta rubrica, a despesa foi de 29.325.454,25€, sendo que a maior parcela diz respeito a medicamentos, com 89,64% do valor total.

Material de Consumo Clínico

Relativamente ao material de consumo clínico, importa salientar que este apresenta uma despesa de 11.107.163,03€. Conforme verificável, pela análise do gráfico apresentado abaixo, a subdivisão deste tipo de consumo que tem maior peso relativo é a do material de próteses (38,57%), seguida do material clínico de tratamento (23,82%) e de outros consumos de material clínico (23,80%).

Page 62: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

62 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

FORNECIMENTO E SERVIÇOS EXTERNOS

Relativamente à rubrica Fornecimentos e Serviços Externos, a qual evidencia um gasto anual de 27.993.478,93€, a mesma apresenta, a exemplo dos anos imediatamente anteriores, uma incidência nos trabalhos especializados com 42,59% e nos subcontratos com 36,91%.

0,00 2.000,00 4.000,00 6.000,00 8.000,00 10.000,00 12.000,00 14.000,00

Subcontratos

Electricidade

Combustiveis

Água

Outros fluidos

Ferramentas e utensílios de desgaste rápido

Livros e documentação técnica

Material de escritório

Artigos para oferta

Rendas e alugueres

Despesas de representação

Comunicação

Seguros

Royalties

Transportes de mercadorias

Transportes de pessoal

Deslocações e estadias

Comissões

Honorários

Contencioso e notariado

Conservação e reparação

Publicidade e propaganda

Limpeza, higiene e conforto

Vigilância e segurança

Trabalhos especializados

Outros fornecimentos e serviços

Milhares

2009 2008 2007Gráfico 12 - Fornecimento e Serviços Externos

CUSTOS COM PESSOAL

Conforme já foi referido anteriormente, os custos com o pessoal correspondem à despesa que tem maior peso no total dos mesmos.

Na realidade, os referidos custos representam 46,46% dos custos efectivos de 2009. Quando comparados com períodos anteriores, verifica-se um crescimento gradual dos mesmos, sendo todavia maior de 2008 para 2009, com um aumento de 6.988.423,51€ (11,66%), devido principalmente a três factores: aumento das contribuições para a Caixa Geral de Aposentações, actualizações salariais obrigatórias e o aumento do número de médicos em formação geral e específica (+20).

Em termos de valor absoluto, observa-se que o custo desta rubrica é agravado pelo peso dos encargos s/ Remunerações, os quais apresentam 8.001.374,16€.

Page 63: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

63Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Conta Designação 2007 ∆ 2008 ∆ 2009

641 Remunerações dos Orgãos Directivo 316.317,73 0,14 316.770,37 0,46 318.234,63

642 Remuneração do Pessoal 49.061.513,41 2,80 50.433.009,61 11,16 56.062.476,48

643 Pensões 1.047.273,05 7,28 1.123.539,32 2,77 1.154.667,03

645 Encargos S/Remunerações 6.480.856,29 4,89 6.797.490,17 17,71 8.001.374,16

646 Seg. Acidentes Trabalho 2.069,64 -71,55 588,91 -19,62 473,39

648 Outros Custos com Pessoal 1.204.977,89 3,07 1.242.027,66 9,87 1.364.623,86

Total Geral 58.113.008,01 3,10 59.913.426,04 11,66 66.901.849,55

Conforme se pode verificar pela análise do quadro anterior, 83,79% dos custos com pessoal correspondem a remunerações base, 11,96% a Encargos s/ Remunerações e apenas 4,25% para os restantes Custos.

Ainda no que se refere aos custos com pessoal, realça-se, como é do conhecimento geral, que o grupo profissional que apresenta a maior despesa é o pessoal Médico, logo seguido pelo pessoal de Enfermagem.

ESTRUTURA DOS PROVEITOS

Os proveitos, no período em análise, são no montante de 128.360.401,89€. Contudo, refere-se que os proveitos de 2009 aqui referenciados, são previsionais no que respeita ao SNS. Todavia e em relação aos subsistemas, foi possível facturar a totalidade até a data de 31 de Dezembro de 2009.

Tabela 38

Tabela 39

Mapa comparativo de Proveitos

Designação 2007 ∆ 2008 ∆ 2009

Vendas e Prestações de serviços 11.973.456,43 269,32% 44.220.610,85 162,33% 116.002.166,57

Proveitos suplementares 381.380,51 32,68% 506.003,40 7,78% 545.394,61

Transf. e Subs. Correntes Obtidos 94.256.207,50 -48,26% 48.766.113,57 -99,99% 3.455,92

Outros proveitos e ganhos operacionais 4.209.476,18 -1,30% 4.154.658,82 34,12% 5.572.154,91

Juros e proveitos similares 36.700,61 419,14% 190.529,17 -48,17% 98.748,88

Proveitos e ganhos extraordinários 445.202,97 135,07% 1.046.530,75 486,56% 6.138.481,00

Total Geral 111.302.424,20 -11,16% 98.884.446,56 29,81% 128.360.401,89

Page 64: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

Tal como em anos anteriores, verifica-se que a receita é essencialmente pro-veniente da ACSS7, entidade que paga a produção referente ao Serviço Na-cional de Saúde (SNS). Contudo, é de mencionar que o valor referente a essa produção era, até 31 de Agosto de 2008, registado como Subsídio à Exploração, sendo que após a passagem do Hospital de Faro para E.P.E., por motivos legais e contabilísticos, passou a ser registado nas contas correspon-dentes aos serviços prestados, tal como se pode verificar no quadro supra, causando assim uma variação de 29,81% no total dos Proveitos.

7 Administração Central do Sistema de Saúde

8 Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamento do Serviço Nacional de Saúde

0,00

20.000.000,00

40.000.000,00

60.000.000,00

80.000.000,00

100.000.000,00

120.000.000,00

140.000.000,00

Vendas e Prestações de serviços

Proveitos suplementares

Transf. e Subs. Correntes Obtidos

Outros proveitos e ganhos operacionais

Juros e proveitos similares

Proveitos e ganhos extraordinários

2007 2008 2009Gráfico 13 - Receitas

No que toca aos valores totais, é de fácil percepção que houve um acréscimo de 29,81%, causado pelo aumento das Prestações de Serviços. No entanto, quanto aos Juros e Proveitos Similares, verificou-se um grande decréscimo, devido à grande dificuldade de negociação com fornecedores, pelo atra-so dos respectivos pagamentos. Comparativamente a 2008, tal decréscimo deveu-se ao facto de, naquele ano, ter sido concedido um empréstimo ao Hospital de Faro pelo FASP-SNS8, o qual possibilitou o pagamento aos for-necedores de todas as dívidas até 30 de Setembro de 2008, atingindo-se, assim, montantes significativos por cada fornecedor e, por conseguinte, a angariação de descontos financeiros, situação que não ocorreu em 2009.

Page 65: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

65Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

ANÁLISE FINANCEIRA E PATRIMONIAL

Para este tipo de análise, que incide sobre os dados do Balanço, pode-se constatar que houve um acréscimo de activo total, o que se fica a dever aos Acréscimos e Diferimentos, que têm um peso de 78,52% do Activo, sendo os mesmos registados em contrapartida da previsão da receita esperada do SNS.

De salientar, que à data de 31 de Dezembro de 2009, não existia facturação definitiva, quer do período de 2008, quer de 2009, aumentando assim o valor dos Acréscimos e Diferimentos.

Balanço Comparativo

ACTIVO2007

∆2008

∆2009

AL AL AL

IMOBILIZADO:

Imobilizações Incorpóreas 129.167,21 0,00% 129.167,21 0,00% 129.167,21

Imobilizações Corpóreas 8.172.601,67 79,27% 14.650.656,38 7,80% 15.793.366,77

Investimentos Financeiros 1.852.300,04 -100,00% 0,00 0,00% 0,00

Sub-total ……… 10.154.068,92 45,56% 14.779.823,59 7,73% 15.922.533,98

CIRCULANTE:

Existências 2.570.018,46 13,94% 2.928.382,70 23,61% 3.619.705,63

Dívidas de terceiros:

Curto prazo 11.549.738,35 12,77% 13.025.067,43 20,49% 15.693.556,73

Depósitos Bancários e Caixa 55.885,00 1753,34% 1.035.738,20 -55,66% 459.234,66

Sub-total ……… 14.175.641,81 19,85% 16.989.188,33 16,38% 19.772.497,02

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS: 0,00 0,00% 31.721.410,13 311,42% 130.507.593,67

TOTAL DO ACTIVO 24.329.710,73 160,96% 63.490.422,05 161,78% 166.202.624,67

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 2007 ∆ 2008 ∆ 2009

CAPITAL PRÓPRIO:

Capital 6.006.155,75 -22,21% 4.672.000,00 326,41% 19.922.097,00

Restantes Reservas e Out. Capitais Pró-prios

4.967.207,19 131,13% 11.480.734,55 1,26% 11.625.171,38

Resultados Transitados -20.138.532,23 -32,33% -26.649.066,56 -112,51% -56.632.543,30

Sub-total ……… -9.165.169,29 -14,52% -10.496.332,01 -138,99% -25.085.274,92

Resultado líquido do exercício -6.607.151,17 -353,80% -29.983.476,74 47,85% -15.636.204,83

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO -15.772.320,46 -156,65% -40.479.808,75 -0,60% -40.721.479,75

PASSIVO 2007 ∆ 2008 ∆ 2009

Curto prazo 26.438.668,88 227,49% 86.584.995,10 123,77% 193.751.108,94

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS: 13.663.362,31 27,24% 17.385.235,70 -24,23% 13.172.995,48

TOTAL DO PASSIVO 40.102.031,19 159,26% 103.970.230,80 99,02% 206.924.104,42

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 24.329.710,73 160,96% 63.490.422,05 161,78% 166.202.624,67

Tabela 40 - Balanço Comparativo

Page 66: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

66 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Tabela 41 - Balanço Comparativo em %

Quanto ao activo líquido a 31 de Dezembro de 2009, o mesmo ascendia a 166.202.624,67€ para um Capital próprio de -40.721.479,75€ e um passivo de 206.924.104,42€.

De mencionar, que o crescimento do total do passivo a curto prazo foi provocado pelo crescente acumular de dívidas a fornecedores, pelos adiantamentos efectuados pela ACSS durante o exercício de 2009, assim como pela divida ao FASP, que ascende a 38.923.004,00€, sendo que os adiantamentos referidos anteriormente influenciaram, até à necessária regularização do correspondente lançamento no sistema informático, os valores das dívidas de curto prazo.

Como se pode verificar, o fundo patrimonial não sofreu uma redução acentuada, situação que foi provocada pelo aumento de Capital no valor de 15.250.097,00€ durante o exercício de 2009.

Balanço Comparativo em %

Conta Designação 2007 2008 2009

A C T I V O

IMOBILIZADO:

43+441/6+449 Imobilizações incorpóreas Brutas 0,53% 0,20% 0,08%

Imobilizações incorpóreas Líquidas 0,53% 0,20% 0,08%

42+441/6+448 Imobilizações corpóreas Brutas 153,14% 73,75% 31,25%

Amortizações Acumuladas (- 119,55% ) (- 50,67% ) (- 21,54% )

Imobilizações corpóreas Líquidas 33,59% 23,08% 9,50%

41+441/6+447 Investimentos financeiros Brutos 7,61% 0,00% 0,00%

Investimentos financeiros Líquidos 7,61% 0,00% 0,00%

Total do Activo Imobilizado 41,74% 23,28% 9,58%

CIRCULANTE:

32 a 37 Existências Brutas 10,56% 4,61% 1,54%

Existências Líquidas 10,56% 4,61% 1,54%

21/2/4/5/6 Dívidas de terceiros - curto prazo - Brutas 47,47% 20,52% 9,44%

Dívidas de terceiros - curto prazo - Líquidas 47,47% 20,52% 9,44%

11 a 14 Depósitos bancários e caixa 0,23% 1,63% 0,28%

Total do Activo Circulante 58,26% 26,76% 11,90%

27 Acréscimos e Diferimentos 0,00% 49,96% 78,52%

TOTAL DO ACTIVO 100% 100% 100%

CAPITAL PRÓPRIO:

51 Capital 24,69% 7,36% 11,99%

52/3/5+572/9 Restantes reservas e out. capitais próprios 20,42% 18,08% 6,99%

59 Resultados transitados (- 82,77% ) (- 41,97% ) (- 34,07% )

Sub-total (- 37,67% ) (- 16,53% ) (- 15,09% )

88 Resultado líquido do exercício (- 27,16% ) (- 47,23% ) (- 9,41% )

Total do Capital Próprio (- 64,83% ) (- 63,76% ) (- 24,50% )

PASSIVO:

Dívidas a terceiros - curto prazo 108,67% 136,37% 116,58%

Sub-total ……… 108,67% 136,37% 116,58%

27 Acréscimos e Diferimentos 56,16% 27,38% 7,93%

Total do Passivo 164,83% 163,76% 124,50%

Total do Capital Proprio + Passivo 100% 100% 100%

Page 67: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

67Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

INDICADORES ECONÓMICO FINANCEIROS

Face à diversidade de rácios nos quadros seguintes, analisa-se alguns dos indicadores que parecem significativos para a gestão e permitem ter uma visão geral de como o Hospital de Faro efectuou o encerramento das suas contas, como entidade E.P.E.

Para o efeito, destaca-se, desde já, o rácio de Solvabilidade, o qual é calculado para se conhecer a capacidade da Entidade para fazer face aos seus compromissos a médio e longo prazo. O seu valor é negativo, o que ilustra a vulnerabilidade em que a Instituição se encontra, o que equivale a dizer que o Hospital de Faro se apresenta extremamente dependente dos seus credores, embora com melhorias substanciais em relação a 2008.

No que se refere ao rácio da Autonomia Financeira, o mesmo indica o grau de independência do Hospital de Faro em relação aos seus credores, sendo um indicador de grande importância na análise e contratação de operações financeiras. Neste caso, a Instituição encontra-se com a sua autonomia financeira abaixo dos valores considerados razoáveis, embora com tendência para melhor.

Relativamente ao rácio de Liquidez, este transmite a capacidade do Hospital de Faro em fazer face aos seus compromissos. A Liquidez Geral é um rácio utilizado para avaliar a situação financeira, dado indicar em que medida as dívidas de curto prazo estão cobertas por activos circulantes mobilizáveis, no caso de pagamento dos passivos circulantes exigíveis. Como se pode verificar, no Hospital de Faro, os valores em causa não atingem a unidade (1), o que se torna preocupante, pois os mesmos não deveriam baixar mais do que 1,3, sendo que neste momento tal rácio está com 0,10, pior que 2008, e sem cobertura.

No entanto, é de salientar que o rácio de Liquidez Geral não permite, só por si, tirar conclusões determinantes sobre a verdadeira liquidez da Instituição. Assim, para completar e melhorar a informação dada pelo indicador em apreço, é usual analisar o valor do rácio de Liquidez Reduzida. Com este indicador, pretende-se medir a capacidade em cumprir os compromissos de curto prazo, não com a totalidade do activo circulante, mas tão só com a parte deste que não diz respeito às existências. A lógica subjacente é a de que as existências não se transformam em meios líquidos tão rapidamente como os restantes activos circulantes. Uma Entidade com valores aceitáveis, deve apontar neste rácio entre 0,9 e 1,1, denotando tanto mais liquidez, quanto mais próximo estiver da unidade, não sendo o caso do Hospital de Faro, que com 0,08, está pior que no ano anterior.

De salientar, ainda, que nos rácios de actividade, o Prazo Médio de Recebimento sofreu uma diminuição. Contudo, não é nada significativo, sendo que em termos genéricos se pode dizer que o seu valor, em Dezembro de 2009, era de 50 dias (quase dois meses), quanto ao Prazo Médio de Pagamento, este era na mesma data de 266 dias, por força do elevado montante de dívidas existentes em Balanço.

Page 68: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

68 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Mapa de Indicadores de Rentabilidade

Cód Designação 2007 ∆

2008 ∆

2009 % %

Vendas Líquidas 11.973.456,43 269,32 44.220.610,85 162,33 116.002.166,57

Custos das Existências Vendidas eConsumidas

-36.472.166,67 5,68 -38.545.043,56 7,52 -41.445.192,36

Subcontratos -7.979.667,59 9,42 -8.731.559,25 18,35 -10.333.602,29

MB Margem Bruta -32.478.377,83 90,59 -3.055.991,96 2.201,56 64.223.371,92

Outros Proveitos Operacionais 4.209.476,18 -1,30 4.154.658,82 34,12 5.572.154,91

Fornec. e Serviços Externos (Líquidos de Subcontratos)

-10.341.965,66 60,80 -16.630.099,16 6,19 -17.659.876,64

Custos com o Pessoal -58.113.008,01 3,10 -59.913.426,04 11,66 -66.901.849,55

Outros Custos Operacionais -188.617,53 -3,75 -181.546,52 44,60 -262.524,10

MLB Meios Libertos Brutos de Exploração -96.912.492,85 21,96 -75.626.404,86 80,13 -15.028.723,46

Amortizações e ajustamentos (de exploração) -3.356.707,53 17,65 -3.949.279,85 3,27 -4.078.597,65

RE Resultados de Exploração -100.269.200,38 20,64 -79.575.684,71 75,99 -19.107.321,11

Outros Resultados (extra-exploração) 93.672.119,61 -47,03 49.619.822,88 -92,11 3.914.880,11

MLBT Meios Libertos Brutos Totais -3.240.373,24 -702,58 -26.006.581,99 57,27 -11.113.843,36

RAJIResult. a/Custos Fin. de Financiamento e de Imp. s/Lucros

-6.597.080,77 -354,08 -29.955.861,84 49,28 -15.192.441,01

CFF Custos Financeiros de Financiamento -10.070,40 162,10 -26.394,43 1.570,13 -440.822,45

RAI Resultados a/ de Impostos sobre Lucros -6.607.151,17 -353,78 -29.982.256,26 47,86 -15.633.263,45

ISRE Imposto sobre o Rendimento do Exercício 0,00 100,00 -1.220,48 141,00 -2.941,38

RL Resultados Liquidos -6.607.151,17 -353,80 -29.983.476,74 47,85 -15.636.204,83

RAJDIResult. a/Custos Fin. de Financiamento e d/Imp. s/Lucros

-6.597.080,77 -354,10 -29.957.082,32 49,30 -15.195.382,39

Tabela 42 - Mapa de Indicadores de Rentabilidade

Page 69: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

69Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Tabela 43- Lista Geral de Indicadores

Lista Geral de Indicadores

Código Rácios 2007 ∆ 2008 ∆ 2009 Tendência

AC Activo Corrente 14.175.641,81 19,85% 16.989.188,33 16,38% 19.772.497,02 Melhor

AF Activo Fixo 10.154.068,92 45,56% 14.779.823,59 7,73% 15.922.533,98 Melhor

CP Capital Próprio -15.772.320,46 -156,65% -40.479.808,75 -0,60% -40.721.479,75 Pior

PC Passivo Corrente 26.438.668,88 227,49% 86.584.995,10 123,77% 193.751.108,94 Pior

CPP Capitais Permanentes -15.772.320,46 -156,65% -40.479.808,75 -0,60% -40.721.479,75 Pior

EDV Endividamento 164,83% -0,65% 163,76% -23,97% 124,50% Melhor

ATF Autonomia Financeira -64,83% 1,65% -63,76% 61,57% -24,50% Melhor

LQG Liquidez Geral 0,54 -63,40% 0,20 -47,99% 0,10 Pior e SEM cobertura

LQR Liquidez Reduzida 0,44 -63,01% 0,16 -48,66% 0,08 Pior e SEM cobertura

LQI Liquidez Imediata 0,00 465,92% 0,01 -80,19% 0,00 Pior e SEM cobertura

ST Solvabilidade Total -0,39 1,01% -0,39 49,45% -0,20 Melhor

QOT Racio Q de Tobin 0,46 45,71% 0,66 23,97% 0,82 Melhor

ROIRentabilidade do Activo Líquido (Return on Investment)

-27,16% -73,90% -47,23% 80,08% -9,41% Irregular mas Melhor

ROE (M)Rentab. do Capital Próprio (Re-turn on Equity)-Maioritários

41,89% 76,82% 74,07% -48,16% 38,40% Irregular mas Pior

RA Rotação do Activo (turnover) 0,49 41,53% 0,70 0,21% 0,70 Melhor

CI Cobertura do Imobilizado -1,55 -76,32% -2,74 6,62% -2,56 Irregular mas Melhor

FM Fundo de Maneio -25.926.389,38 -235,49% -86.981.042,47 -115,16% -187.151.607,40 Pior e NEGATIVO

Tabela 44

Racios de Actividade Pagamentos/Recebimentos 2007 2008 2009

PMR = Prazo Médio de RecebimentosSaldo Médio Clientes e Utentes x 360

39,13 50,40 48,71Vendas e Prestação de Serviços

PMP = Prazo Médio de PagamentosSaldo Médio Fornecedores x 360

174,20 114,98 266,40Aquisição

Page 70: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

70 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Mapa de Avaliação da Empresa

Cód. Método 2007 ∆ 2008 ∆ 2009 Tendência

1 Abordagem Patrimonial -15.901.487,67 -155,38% -40.608.975,96 -0,60% -40.850.646,96 Pior

2 Abordagem Económica 13.313.785,83 -162,40% -8.308.426,32 40,79% -4.919.429,55 Irregular mas Melhor

Valor Substancial 51.563.516,98 85,52% 95.661.804,48 111,17% 202.004.674,87 Melhor

Valor de Rendimento -102.914.695,72 -388,52% -507.621.389,88 37,10% -319.281.385,05 Irregular mas Melhor

Dívidas 40.102.031,19 159,26% 103.970.230,80 99,02% 206.924.104,42 Pior

3 Abordagem Financeira -57.341.608,11 -951,80% -608.947.066,36 43,56% -343.673.758,02 Irregular mas Melhor

Fluxos de Tesouraria -2.274.904,84 -1058,53% -26.355.508,37 45,05% -14.482.814,31 Irregular mas Melhor

4 Abordagem de Mercado -66.071.511,70 -353,80% -299.834.767,40 47,85% -156.362.048,30 Irregular mas Melhor

Valor Composto -25.808.428,85 -979,55% -280.946.571,41 43,35% -159.158.544,56 Irregular mas Melhor

Tabela 44- Mapa de Avaliação da Empresa

Gráfico13 - Comparação Anual de Avaliações da Empresa

Page 71: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

71Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Tabela 45

Designação 2007 2008 2009 Variação 08/09

Edifícios e Outras Construções 1.890.978,60 € 6.170.327,03 € 1.818.929,61 € -4.351.397,42 €

Equipamento Básico 2.060.725,64 € 2.767.790,51 € 2.216.083,57 € -551.706,94 €

Médico-Cirúrgico 1.006.819,84 € 1.636.221,94 € 1.220.067,52 € -416.154,42 €

De Imagiologia 379.304,42 € 402.055,36 € 224.765,31 € -177.290,05 €

De Laboratório 2.524,33 € -72.226,82 € 193.020,27 € 265.247,09 €

Mobiliário Hospitalar 225.293,94 € 499.706,81 € 210.869,70 € -288.837,11 €

De desinfecção e Esterilização 209.449,40 € 32.650,02 € 18.945,72 € -13.704,30 €

De Hotelaria 58.385,00 € 71.664,96 € 154.911,81 € 83.246,85 €

Outros 178.948,71 € 197.718,24 € 193.503,24 € -4.215,00 €

Equipamento de Transporte -7.979,92 € 46.023,18 € 54.003,10 €

Ferramentas e Utensilios 2.747,35 € 383,53 € 6.041,69 € 5.658,16 €

Equipamento Administrativo e Informático 1.004.384,64 € 630.307,45 € 685.496,11€ 55.188,66 €

Equipamento Administrativo 82.641,11 € 111.726,64 € 147.052,91 € 35.326,27 €

Equipamento Informático 921.743,53 € 518.580,81 € 538.443,20 € 19.862,39 €

Hardware 261.723,28 € 389.215,38 € 234.518,88 € -154.696,50 €

Software 660.020,25 € 129.365,43 € 303.924,32 € 174.558,89 €

Outras Imobilizações Corpóreas 4.779,99 € 2.502,25 € 804,00 € -1.698,25 €

Total Geral 4.963.616,22 € 9.563.330,85 € 4.773.378,16 € -4.789.952,69 €

5.4 INVESTIMENTOS

Com a construção do novo Hospital Central do Algarve, o investimento na rubrica Edifícios e Outras Construções tende a diminuir, tal como se verificou em 2008, havendo assim uma variação de - 4.351.397,42€.

Quanto ao Equipamento Básico, houve necessidade de maior investimento, justificado pela criação das Unidades de Cuidados Intermédios e da Gripe A no Serviço de Urgência, assim como o reforço das competências do Serviço de Gastrenterologia e modernização e requalificação do Serviço de Anatomia Patológica, entre outros.

Na rubrica Equipamento de Transporte houve aumento no investimento quando comparado com 2008, devido à aquisição de viaturas ligeiras para suprir o envelhecimento do parque auto e o aumento dos encargos com a respectiva e necessária manutenção.

Perante os factos expostos, verificou-se uma redução de 50,09% no investimento total, redução esta que se deveu, sobretudo, à quebra do investimento na rubrica Edifícios e Outras Construções, pelas circunstâncias já antes mencionadas.

DOAÇÕES

O valor total das doações foi de 144.436,83€, sendo a maior percentagem destas em equipamento básico médico-cirúrgico no valor de 106.293,69 e equipamento de laboratório no valor de 20.004€. Quanto às restantes, aquelas referem-se a equipamento administrativo e equipamento informático.

É de salientar, que a Missão Sorriso, uma iniciativa do Grupo Sonae, ofereceu equipamentos hospitalares para o Serviço de Pediatria.

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72 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

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73Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

O Conselho de Administração não prevê fazer alterações substanciais ao seu rumo de actuação, a não ser impor um ímpeto reformista mais célere para alcançar melhores resultados, seja através da contenção de custos, seja pela melhoria dos processos de facturação. Neste contexto, os objectivos para 2010 são coerentes com as políticas/actividades em desenvolvimento e com os objectivos definidos no Plano Estratégico, onde o utente é o eixo central de todas as orientações organizativas e de gestão que são tomadas.

LINHAS ESTRATÉGICAS

Desta forma, assumem-se as seguintes grandes linhas de actuação para 2010:

Assegurar o acesso a cuidados de saúde de qualidade - Para se atingir este objectivo vão ser desenvolvidas políticas de gestão centradas no utente e na prestação de serviços de qualidade. Os desafios que se colocam em 2010 nesta linha estratégica são:

• Incrementar as actividades assistenciais do H. Faro sem aumentar a dota-ção global dos recursos humanos:

• Aumentar progressivamente a actividade de Consultas Externas do Hospital;

• Criar condições para que as especialidades cirúrgicas que ainda não o fizeram, iniciem a actividade de Cirurgia de Ambulatório;

• Reorganizar a actividade Cirúrgica Convencional do Hospital, essencial-mente ao nível da actividade programada;

• Diminuir a pressão sobre os serviços de urgências;

• Qualidade do Acesso e Ganhos em Saúde: aumentar/facilitar o acesso aos cuidados de saúde, principalmente na área de cirurgia e consulta externa, através da redução sustentada dos tempos médios de espera por parte dos utentes. Na consulta externa continuar a estabelecer políticas assertivas

6 DESENVOLVIMENTOESTRATÉGICO E ACTIVIDADES PARA 2010

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74 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

de incremento das primeiras consultas. Para a redução da lista de espera de cirurgias adequar os recursos do bloco Operatório Central à taxa de utilização efectiva, promovendo uma maior eficiência e produtividade. Conjuntamente, reforçar as cirurgias de ambulatório em especialidades como a Urologia e a Otorrinolaringologia;;

• Contribuir com a aquisição dos meios técnicos necessários para a consolidação das boas práticas no domínio dos cuidados diferenciados de saúde, e para a progressiva diferenciação e actualização de conhecimentos científicos;

Promover o desenvolvimento e a motivação dos Recursos Humanos - Com este objectivo pretende-se, genericamente, apostar na qualificação e moti-vação profissional através do desenvolvimento de políticas que tenham em consideração o mérito e a responsabilização por resultados. Nesta linha es-tratégica, a proposta de actuação, surge nos seguintes vectores:

• Avaliar permanentemente as necessidades de recursos humanos identifi-cando áreas deficitárias e excedentárias, promovendo a mobilidade inter-na e a requalificação dos recursos;

• Estabelecer uma gestão por objectivos, reforçando a gestão intermédia, de forma a melhorar a interacção entre os serviços e a respectiva performance;

• Potenciar a formação, docência e investigação;

• Criar condições para o reforço da motivação dos profissionais;

Melhorar a eficiência Económico-Financeira - Exige-se ao Hospital que pres-te cuidados de saúde de qualidade, mas que em simultâneo melhore o seu desempenho, o qual deverá traduzir-se em melhores níveis de produtividade e menores custos unitários. A este nível, propõe-se:

• Optimizar e racionalizar as despesas através de uma actuação na nor-malização do Material do Consumo Clínico, do reforço de normas que contribuam para o objectivo de uniformização das compras;

• Avaliar, sempre que necessário, a vantagem da sub-contratação face à contratação;

• Avaliar permanentemente as necessidades de recursos humanos, identifi-cando áreas deficitárias e excedentárias;

• Afinar os processos que permitam optimizar a relação entre a actividade efectuada e a actividade que é facturada;

• Continuar o reforço dos níveis de gestão intermédia, induzindo o desen-volvimento de verdadeiras unidades de gestão, fomentando a descentra-lização e o aumento da responsabilidade dos Serviços;

Para garantir o sucesso das linhas estratégicas identificadas, o Hospital tem que desenvolver um conjunto de outras actividades, as quais são transversais às três áreas de actuação acima referenciadas, destacando-se:

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75Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

• Continuação das reformas estruturais com o objectivo de aumentar a efi-ciência da Instituição na vertente operacional, aumento da capacidade e da flexibilidade da resposta às necessidades das populações;

• Continuação das intervenções ao nível das instalações e equipamentos não só no sentido de melhorar as condições de trabalho, mas também orientadas para melhorar as condições de segurança, protecção da pri-vacidade, conforto e comodidade de utentes, visitas e colaboradores em geral – reforçando a qualidade e a humanização dos serviços;

• Continuação da intervenção ao nível dos sistemas de informação não só em termos físicos para garantir a integridade e segurança dos dados re-sidentes, mas também na optimização da melhoria das ferramentas de apoio à actividade clínica e não clínica, da monitorização da actividade, da execução orçamental e do controlo dos objectivos, de modo a que possam produzir informações consistentes e atempadas que tornem exe-quível a condução e controlo das actividades do Hospital, e contribuir para a identificação de métricas de performance que permitam a avalia-ção do desempenho organizacional;

• Adopção de decisões estruturantes, essencialmente ao nível da Auditoria Interna, aprovando e executando um Plano de Auditoria para 2010.

PLANO DE INVESTIMENTOS 2010

Este conjunto de desafios será suportado por um conjunto de investimentos, dos quais se destacam:

Acções em curso – conclusão prevista até final do 1.º semestre de 2010

• Deslocalização, requalificação e apetrechamento do Laboratório de Anatomia Patológica;

• Requalificação e Apetrechamento da UCI polivalente;

• Ampliação da UCIC e criação da 2ª sala de pacing / electrofisiologia do Serviço de Cardiologia;

• Beneficiação infra-estruturas básicas - redes de abastecimento de águas e outras;

• Reparação e beneficiação da fachada do edifício hospitalar;

• Apetrechamento do serviço de Neurocirurgia - equipamento cirúrgico;

• Instalação de um controlo mecânico da assiduidade;

• Reforço da actividade de MCDT, através da criação de uma unidade de ressonância magnética;

• Certificação do laboratório de Imuno-Hemoterapia;

• Implementação de um sistema de gestão do medicamento oncológico, através do qual se pretende fazer uma utilização mais racional dos meios disponíveis.

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ACÇÕES AUTORIZADAS OU A INICIAR NO CORRENTE ANO COM INÍCIO PREVISTO EM 2010

• Revisão da área de logística do Hospital, nomeadamente ao nível do siste-ma de distribuição dos materiais de consumo, visando reduzir as existên-cias e desperdícios, quer a nível dos Serviços, quer dos Armazéns;

• Obras de adaptação para instalação de uma Unidade de Convalescença;

• Obras de adaptação para instalação de uma unidade de Cuidados Paliativos;

• Deslocalização e requalificação do Serviço de Pneumologia;

• Deslocalização e requalificação do Serviço de Medicina Física e Reabilitação;

• Beneficiação, requalificação e apetrechamento do Departamento de Psiquiatria;

• Requalificação Sector de recolha e tratamento de cadáveres;

• Desenvolvimento do controlo de qualidade e certificação dos Serviços hospitalares.

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77Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Em cumprimento do disposto no artigo 13º. – A do Decreto-Lei n.º 300/2007, passamos a apresentar as componentes que fazem parte deste capítulo:

7.1 MISSÃO, OBJECTIVOS E POLíTICAS DA EMPRESA(Matéria Abordada no capítulo 2).

7.2 REGULAMENTOS INTERNOS E EXTERNOS A QUE A EMPRESA ESTÁ SUJEITA

O Hospital de Faro, E.P.E. reger-se pelo seu Regulamento Interno, que se en-contra em fase final de elaboração e que será remetido, a mais breve trecho, a Sua Excelência a Senhora Ministra da Saúde para efeitos da necessária homo-logação ministerial (cfr. o art.7º do Decreto-Lei n.º180/2008, de 26 de Agosto).

Para além disso, sempre que a matéria o justifica, do ponto de vista funcional e operacional, são elaborados Regulamentos das áreas de apoio e serviços que pretendem, fundamentalmente, formalizar a organização da prestação dos cuidados de saúde.

Convém assinalar que, no ano de 2009, foram elaborados e/ou devidamente actualizados alguns destes Regulamentos Internos, entre os quais se destacam:

• O Regulamento dos Serviços Fúnebres;

• O Regulamento de Estacionamento;

• O Regulamento da Segurança;

• O Regulamento da Residência do Hospital de Faro;

• O Regulamento para Acesso e Utilização de Espaços Hospitalares destina-dos a Acções de Promoção, Vendas e Exposições;

• O Regulamento Interno de Fundos de Maneio;

• O Regulamento da Comissão de Farmácia e Terapêutica;

• O Regulamento do Serviço de Auditoria, Planeamento e Controlo de Gestão;

• O Regulamento do Gabinete de Comunicação e Relações Exteriores.

7 GOVERNO DA SOCIEDADE

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78 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Relativamente a Regulamentos Externos, é de referir que o Hospital foi re-qualificado por Despacho de Sua Excelência o Senhor Secretário de Estado da Saúde, de 22 de Janeiro de 2008, como Hospital Central. Posteriormente, através do Decreto-Lei nº 180/2008, de 26 de Agosto, o Hospital de Faro deu origem à Entidade Pública Empresarial, enquadrando-se no regime jurídico aplicável às Entidades Públicas Empresariais, e nos Estatutos aprovados pelo Decreto-Lei n.º 233/2005, de 29 de Dezembro, com as especificidades esta-tutárias que constam do anexo ao Decreto-Lei supra aludido.

Para além disso, nos termos do Despacho Conjunto n.º 28327/2008, de 24 de Outubro, dos Senhores Ministros de Estado e das Finanças e da Saúde, foram formalmente nomeados para o triénio de 2008-2010 os membros do Conselho de Administração do Hospital de Faro.

Em resumo, a legislação que enquadra a orgânica e o funcionamento do Hospital é actualmente a seguinte:

• O Decreto-Lei nº 180/2008, de 26 de Agosto (Diploma criador);

• O Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro (Estatutos);

• O Decreto-Lei nº 558/99, de 17 de Dezembro, com as alterações introdu-zidas, e o Decreto-Lei nº 300/2007, de 23 de Agosto (Regime Jurídico do Sector Empresarial do Estado e das Empresas Públicas);

• A Lei nº 27/2002, de 8 de Novembro (Regime Jurídico de Gestão Hospitalar);

• O Decreto-Lei nº11/93, de 15 de Janeiro (Estatuto do Serviço Nacional de Saúde);

• A Lei nº 48/90, de 2 de Agosto (Lei de Bases da Saúde).

7.3 INFORMAÇÃO SOBRE AS TRANSACÇÕES RELEVANTES COM ENTI-DADES RELACIONADAS.

O Hospital de Faro mantém relações relevantes com várias Entidades desta-cando-se, de entre elas:

• ACSS – Administração Central do Sistema de Saúde, à qual é facturada a prestação de cuidados de saúde aos utentes do Serviço Nacional de Saúde, de acordo com o estipulado no Contrato-Programa assinado anualmente;

• ARS Algarve, que actua como Entidade Regional de supervisão da activi-dade contratualizada com a ACSS. Para além disso, o Hospital de Faro emite facturação relacionada com os seguintes fornecimentos: Prestação de Cuidados de Saúde a cidadãos com o Cartão Europeu (E111), Exames Médicos, vários tipos de Medicamentos, Sangue, bem como, relativa à comparticipação do funcionamento da Unidade de Convalescença de Loulé e outros Protocolos de natureza diversa;

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79Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

• Subsistemas Públicos (ADSE, IASFA, ADMG, SAD/PSP e outros) ou Pri-vados (SAMS e outros) de Protecção Social, aos quais são facturados os cuidados de saúde prestados, sempre que o Utente esteja sob Protecção Social de um subsistema;

• Seguradoras e outros terceiros responsáveis (Entidade patronal, agressor, etc), a quem é emitida facturação sempre que o utente receba a prestação de cuidados de saúde devido a uma causa que é imputável a uma acção da responsabilidade de terceiros;

• Seguradoras – Seguros de Saúde, a quem é efectuada facturação dos cui-dados de saúde prestados aos utentes que estejam sob a protecção de um seguro dessa natureza;

• Utentes assistidos, a quem o Hospital cobra uma Taxa Moderadora, pelo acesso dos utentes aos cuidados de saúde, o que constitui uma receita marginal face à restante facturação, sendo de realçar o elevado número de utentes isentos;

• Utente em nome individual (Independentes), a quem a prestação de cui-dados é facturada directamente e pelo seu valor integral, sempre que não exista qualquer sistema de protecção social a quem se possa facturar;

• IML – Instituto de Medicina Legal: o Gabinete de Medicina Legal de Faro funciona no Hospital de Faro, mediante Protocolo;

• INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica, funciona em colaboração com o Hospital de Faro uma VMER, mediante Protocolo, através do qual o Hospital se responsabiliza pela cedência das equipas de profissionais;

• IPSangue - Instituto Português do Sangue, o Serviço de Imunohemoterapia do Hospital de Faro actua em parceria com este Instituto Público, me-diante Protocolo;

• SUCH – Serviços de Utilização Comum dos Hospitais, o Hospital de Faro integra este consórcio, sendo particularmente relevante a intervenção desta Entidade nos Serviços Gerais e nos Serviços de Instalações e Equipamentos.

7.4 INFORMAÇÃO SOBRE OUTRAS TRANSACÇÕES

Procedimentos Adoptados na Aquisição de Bens e Serviços

No que respeita à aquisição de serviços e à contratação de empreitadas, o Hospital de Faro rege-se por normas de direito privado, com excepção dos procedimentos que impõem a aplicação do regime do direito comunitário re-lativo à contratação pública, nos termos do estipulado no Código dos Contra-tos Públicos (CCP), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro.

Os Manuais de Controlo Interno existentes, garantem o cumprimento rigo-roso dos princípios gerais da livre concorrência, transparência e boa gestão.

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80 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Transacções que não Ocorrem em Condições de Mercado.

Não existiram transacções que não tenham ocorrido em condições de mercado.

Fornecedores Relevantes

Do volume de fornecimentos externos apurado pelo Hospital de Faro, apresen-ta-se de seguida os fornecedores cujo valor dos fornecimentos foi superior a Um Milhão de Euros e que representam mais de 5% do valor total dos mesmos:

• ABBOTT LABORATÓRIOS, LDA.

• AMGEN – BIOFARMACÊUTICA, LDA.

• CRMN – Clínica de Radioterapia e Medicina Nuclear, LDA.

• GERTAL – Companhia Geral de Restaurantes e Alimentação, S.A.

• HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA PORTUGUESA

• GILEAD SCIENCES, LDA.

• ROCHE FARMACÊUTICA, LDA.

• UNION MEDICA HISPANO-PORTUGUESA, S.L.

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81Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Composição

Cargo Órgãos Sociais Eleição Mandato

Conselho de Administração

Despacho MEF e MS n.º 28327 / 2008, de 24.10

2008-2010

Presidente Dr.ª Ana Paula Gonçalves

Vogal (1) Prof. Doutor Francisco Manuel Dionísio Serra

Vogal (2) Dr. António Miguel Ventura Pina

Directora Clínica Dra. Maria Helena Branco Gomes

Enfermeira Directora Dra. Maria Filomena do Rosário Rafael Nunes

Fiscal Único

EfecivoGrant Thornton & Associados, SROC n.º 67, repre-sentada pelo Dr. Carlos Lisboa Nunes, ROC n.º 427 Despacho do Gabinete do Secretário

de Estado do Tesouro e Finanças n.º 11123/2009 de 15.04

2008-2010

Suplente Alves da Cunha, A. Dias & Associados, SROC n.º 74

7.5 INDICAÇÃO DO MODELO DE GOVERNO E IDENTIFICAÇÃO DOS MEMBROS DOS ORGÃOS SOCAIS

Nos termos do Decreto de Lei 233/2005, de 29 de Dezembro, a Administração e Fiscalização é composta da seguinte forma:

• Conselho de Administração;

• Fiscal Único.

Tabela 46: Composição do Conselho de Administração

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82 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

7.6 REMUNERAÇÕES DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

• Conselho de Administração

Presidente:

Remuneração de 3.655,80 euros, 14 vezes por ano;

Despesas de Representação de 1.279,53 euros, 12 vezes por ano;

Subsídio de Refeição de 4,27 euros, por dia de trabalho.

Vogais:

Remuneração de 3.233,98 euros, 14 vezes por ano;

Despesas de Representação de 970,19 euros, 12 vezes por ano;

Subsídio de Refeição de 4,27 euros, por dia de trabalho;

Directora Clínica:

Remuneração de 4.956,76 euros, 14 vezes por ano;

Despesas de Representação de 970,19 euros, 12 vezes por ano;

Adicional de 2% de 45,49 euros, 12 vezes por ano;

Subsídio de Refeição de 4,27 euros, por dia de trabalho.

Enfermeira Directora:

Remuneração de 3.233,98 euros, 14 vezes por ano.

Despesas de Representação de 970,19 euros, 12 vezes por ano;

Subsídio de Refeição de 4,27 euros, por dia de trabalho;

• Fiscal Único

A título de remuneração dos serviços prestados, o Hospital de Faro E.P.E. pagará à Grant Thorton & Associados – SROC, Lda., os honorários anuais que as partes convencionarem, os quais terão, também, em conta as orientações e recomendações da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, estabelecendo-se a quantia de 10.967,00 (dez mil, novecentos e sessenta e sete euros), a qual constitui avença anual correspondente no período de um exercício, podendo, contudo, ser paga fraccionadamente.

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83Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Face ao Estatuto Remuneratório aplicado, as remunerações obtidas pelos membros do Conselho de Administração durante o ano de 2009, foram as seguintes:

• Conselho de Administração:

Mandato I Presidente Vogal (1) Vogal (2)Directora

ClínicaEnfermeira Directora

1. Remuneração

1.1. Remuneração base/Fixa 66.536 56.918 56.918 81.037 56.918

1.2. Acumulação de funções de gestão

1.3. Prémios de gestão

1.4. Outras

1.4.1. Adicional 2% 546

1.4.2. Formadora Interna 305

2. Outras Regalias e Compensações

2.1. Gastos de utilização de telefones

2.2. Valor de aquisição/renda da viatura de serviço

2.3. Valor do combustível gasto com a viatu-ra de serviço

2.4. Subsídio de deslocação

2.5. Subsídio de refeição 948 961 979 966 974

2.6. Outros

2.6.1. Ajudas de Custo 162

2.6.2. Transportes 462

2.6.3. Portagens 31

3. Encargos com Benefícios Sociais

3.1. Segurança Social obrigatório 6.273 6.359 5.489 10.491 3.946

3.2. Seguros de Saúde

3.3. Seguros de Vida

3.4. Outros

3.4. Encargos com Saúde - ADSE 0 116 25 0 0

4. Informações Adicionais

4.1.Opção pelo vencimento de origem (s/n) N N N S N

4.2. Regime Segurança Social CGA CGA CGA CGA CGA

4.3. Ano de aquisição de viatura pela em-presa

4.4. Exercício de funções remuneradas fora grupo

N S N N S

4.5. Outras (identificar detalhadamente)

Tabela 47 - Remunerações dos membros do Conselho de Administração.

Unid: €

• Fiscal Único:

2009

Grant Thornton & Associados, SROC n.º 67, representada pelo Dr. Carlos Lisboa Nunes 6.580,31

Tabela 48: Remuneração do Fiscal Único.

Unid: €

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84 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Funções e Responsabilidades

Da Presidente do Conselho de Administração, Ana Paula Pereira Gonçalves

A responsabilidade pelas áreas de Gestão de Materiais, de Gestão de Doentes, Gestão de Recursos Humanos, Higiene e Segurança no Trabalho, Instalações e Equipamentos, assim como, sem prejuízo das competências conferidas pelo Decreto-Lei n.º 188/2003 aos Órgãos de Direcção Técnica, acompanhar o desenvolvimento da Actividade Assistencial;

Do Vogal Executivo, Francisco Manuel Dionísio Serra

A responsabilidade pelas áreas do Planeamento e Controlo de Gestão, Siste-mas e Tecnologias de Informação, Serviços Financeiros e Departamento de Formação;

Substituir a Presidente do Conselho de Administração nas suas ausências e impedimentos;

Do Vogal Executivo, António Miguel Ventura Pina

A responsabilidade pelos Serviços Gerais/Área Hoteleira, Segurança e Tra-tamento de Resíduos, Expediente e Arquivo Geral e Recepção/Encaminha-mento do Utente, com supervisão do Gabinete do Utente;

Da Directora Clínica, Maria Helena Marques Pereira Branco Gomes

Sem prejuízo das competência próprias que lhe estão atribuídas no artigo n.º 12 do Decreto-Lei n.º 188/2003, de 20 de Agosto, as seguintes responsa-bilidades nas áreas do Pessoal Médico, Técnico Superior de Saúde, Técnico Superior de Serviço Social, Técnico de Diagnóstico e Terapêutica, afectos às Áreas Assistenciais, assim como as relativas a autorização de despesas decorrentes da prestação de cuidados no exterior;

Da Enfermeira Directora, Maria Filomena do Rosário Rafael Martins

Sem prejuízo das competências próprias que lhe estão atribuídas no artigo n.º 13 do Decreto-Lei n.º 188/2003, de 20 de Agosto, as seguintes respon-sabilidades nas áreas do Pessoal de Enfermagem e do Pessoal Auxiliar que exerça funções em Serviços Assistenciais.

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85Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

7.7 ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE DA EMPRESA NOS DOMÍNIOS ECONÓMICOS, SOCIAL E AMBIENTAL

ESTRATÉGIAS ADOPTADAS

As estratégias adoptadas pelo Conselho de Administração, para se prosseguirem os objectivos de sustentabilidade, orientam-se pelo que está expresso na missão do Hospital e assentam numa metodologia baseada em dois grandes vectores:

• O das opções e eixos estratégicos definidos no Plano de Negócios, que conduziu à obtenção do estatuto de entidade pública empresarial, orien-tado para a execução de um programa de investimentos, do desenvolvi-mento das actividades operacionais e de suporte, e do progressivo equilí-brio económico e financeiro da instituição.

• O da obtenção de ganhos em saúde, através do qual o Hospital de Faro se afirme através de prestação de cuidados cada vez mais diferenciados, mas também através do reforço do seu papel no âmbito das redes de referen-ciação hospitalar.

O adequado enquadramento das propostas de transformação desenvolvidas ao longo do presente exercício económico tiveram sempre em linha de conta um significativo conjunto de premissas, a saber:

1. Modelo organizativo dos cuidados hospitalares, caracterizado por:

• Novos avanços tecnológicos;

• Aumento geral da actividade em regime de ambulatório;

• Incremento específico da Cirurgia de ambulatório;

• Desenvolvimento de soluções alternativas à hospitalização tradicional;

• Abordagem de novos problemas éticos;

• Informação e papel activo dos utentes no relacionamento com as entida-des prestadoras de cuidados;

• Forte aposta no alargamento, a todas as áreas assistenciais, das tecnologias de informação e comunicação;

• Necessidade da avaliação da qualidade da assistência e da aplicação das novas tecnologias;

2. As políticas traçadas pelos Ministérios de Tutela no domínio da organiza-ção e gestão das unidades de saúde.

3. O conceito de que o utente é o eixo central do sistema de saúde, sobre o qual se deve orientar a sua organização.

4. A qualidade dos cuidados e dos serviços que pretendemos prestar.

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86 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

5. A estabilidade das condições de trabalho e a motivação dos profissionais de saúde.

6. A sustentabilidade económico-financeira da instituição.

Passamos a apresentar resumidamente o mapa estratégico do Hospital de Faro.

Mapa Estratégico do Hospital de Faro

Perspectiva Intitucional e da Comunidade

Cuidados de Saúde da População Serviço Nacional de SaúdeMotivação e Desenvolvimento Profissional

Hospital de faro como centro de referência no Algarve.

Redução das listas de espera.

Eficiência e equilíbrio financeiro da gestão.

Optimização do cumprimento contratual co ACSS.

Excelência técnica e humana dos profissionais.

Sentido de pertença e compro-misso com a missão do Hospital.

Perspectiva dos Utentes do Hospital

Satisfazer as necessidades de cuidados de saúde da população de referência.

Melhorar a cobertura e o acesso aos serviços.

Estabelecer uma política de co-municação e de relações exernas e institucionais.

Reordenar a carteira de serviços do Hospital.

Definir os serviços de referência regional.

Implantar Unidades de Diagnóstico Rápido.

Aumentar a activdade de Consul-tas Externas.

Implementar a Cirurgia de Ambu-latório.

Diminuir a pressão do serviço de urgências.

Reorganizar a actividade cirúrgi-ca do Hospital.

Desenvolver um Plano de Comu-nicação.

Realizar estudos periódicos de satisfação dos utentes.

Activar e facilitar a acecibilidade dos utentes que veêm referencia-dos.

Melhorar a coordenação com os cuidados primários.

Melhorar a coordenação com o C.H.B.A.

Elaborar e desenvolver um Plano de qualidade.

Implementar uma gestão por objectivos.

Implementar um sistema integra-dode gestão clínica.

Organograma que responda aos objectivos estratégicos do Hospital.

Implementar e acttualizarferra-mentas de gestão.

Apredizagem e conheci-mento

Plano de sitemas de Informação Plano de Recursos HumanosDesenvolver a Formação, Docên-cia e Investigação

Aplicação de gestão clínica.

Aplicação de processos e CRM.

Aplicações analíticas para a toma-da de decisão.

Investimento em infra-estrutura tecnológica.

Adequação das equipas profis-sionais aos objectivos estratégi-cos do Hospital.

Melhorar o clima profissional.

Externalização de àreas e servi-ços não assistenciais.

Adequar a formação dos profis-sionais às novas necessidades do Hospital.

Plano estratégico de investiga-ção.

Melhorar a capacidade da activi-dade docente.

Tabela 49: Mapa Estratégico do Hospital de Faro, E.P.E.

A partir de uma análise SWOT foi possível identificar um conjunto de problemáticas que condicionam o contexto funcional do Hospital tanto na perspectiva das dinâmicas internas, como das externas, designadamente no que diz respeito à sua missão.

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87Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Síntese de Oportunidade Síntese de ameaças

Investimentos previstos e em curso na região;Dificuldade na retenção de quadros médicos em algumas áreas onde existe carência;

Localização e boas acessibilidades físicas e de comunica-ções;

Dificuldade na captação de especialistas em algumas áreas mais diferenciadas;

Necessidades não satisfeitas, especialmente em consultas e em cirurgias;

População envelhecida e com elevada incidência de doen-ças crónicas;

Articulação com o Centro Hospitalar do Barlavento e com a Rede de Cuidados Primários,

Estrutura de custos desiquilibrada face aos indicadorws na-cionais e do grupo, em algumas dimensões da actividade,

Rede de Cuidados continuados Integrados em desen-volvimento;

Condições físicas de trabalho mais atractivas em outros hospitais;

Turismos sénior (não SNS), cerente de cuidados de saúde de qualidade;

Avanços tecnológicos pressionam aumento da despesa, dada a idade de alguns equipamentos actualmente em uso;

Construção prevista do Novo Hospital Central do Algarve Potencial perda de actividade para outras instituições.

POLITICAS PROSSEGUIDAS COM VISTA A GARANTIR A EFICIÊNCIA ECONÓMICA, FINANCEIRA SOCIAL E AMBIENTAL

Para que o Hospital possa garantir a sua sustentabilidade é imprescindível que consiga promover um elevado envolvimento de todos os seus responsáveis.

No domínio económico, o Hospital deve atingir um excedente bruto de exploração positivo, ou seja, deve conseguir gerar meios libertos líquidos suficientes para o seu auto financiamento, quer em termos da sua actividade quer em termos de potenciais investimentos. Contudo, no momento, enfrenta dificuldades económico-financeiras, facto a que não são alheios alguns factores exógenos, que têm condicionado de maneira importante, a nossa capacidade de realização de proveitos, os quais não cobrem, actualmente, os custos estruturais de produção. Por outro lado, os custos mais representativos, no contexto das actividades de prestação de cuidados, têm crescido consideravelmente todos os anos.

A racionalização dos custos, conjugados com bons níveis de produção e uma boa capacidade de realização de receitas são um caminho a seguir para a sustentabilidade a médio/longo prazo tendo em vista a melhoria do desempenho do Hospital, pois só assim se poderá perspectivar o desejado equilíbrio económico-financeiro.

A nível social, este Hospital desenvolve esforços para que todos os cidadãos da sua área de referência tenham acesso a cuidados de saúde eficientes e atempados. Por outro lado, pretende-se aumentar a satisfação dos nossos profissionais de saúde, que garanta a melhoria dos serviços prestados. Na gestão do capital humano da empresa, pugna pela promoção da valorização individual dos seus colaboradores, no cumprimento do código do trabalho, em especial quanto aos direitos da maternidade e da paternidade, garantindo elevado volume de formação e dispondo dum serviço activo de segurança e higiene e saúde do trabalho. Em resumo, os esforços desenvolvidos a nível social têm a ver, essencialmente, com o desenvolvimento/reforço da confiança dos cidadãos e dos profissionais nos cuidados de saúde prestados pelo Hospital de Faro.

Tabela 50

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88 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

No domínio ambiental, o Hospital cumpre os requisitos de funcionamento necessários, adoptando práticas e definindo procedimentos coerentes com as melhores práticas de sustentabilidade ambiental, das quais destacamos:

• Cumprindo as normas relativas à recolha e tratamento adequados de resíduos hospitalares;

• Na adopção do gás natural em alternativa a outros combustíveis, reduzindo a emissão de gases para a atmosfera;

• Reduzindo o consumo de papel com o desenvolvimento de iniciativas “Hospital sem papel”, eliminando o consumo de películas radiográficas com o sistema de digitalização de imagens radiológicas e outras;

• O Hospital de Faro, EPE contribui para o desenvolvimento sustentável da região em que se insere em virtude da sua actividade:

• Está vocacionado para a satisfação de necessidades sociais;

• Esforça-se por diminuir os impactes ambientais negativos que possam derivar da sua actividade;

• Tem um elevado efeito multiplicador do rendimento regional;

• Contribui para a inclusão social ao oferecer um elevado número de empregos, dispersos por elevado número de perfis de qualificações e estratos sociais.

MODELO DE FINANCIAMENTO

O âmbito do financiamento do Hospital de Faro, E.P.E. está rigorosamente definido no art.12º do Capitulo III do Decreto-Lei n.º233/2005, de 29 de Dezembro, da seguinte forma:

“1. Os hospitais E.P.E. são financiados nos termos da base XXXIII da Lei de Bases da Saúde, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 27/2002, de 8 de Novembro.

2. O pagamento dos actos e actividades dos hospitais E.P.E. pelo Estado é feito através de Contratos-Programa a celebrar com o Ministério da Saúde no qual se estabelecem os objectivos e metas qualitativas e quantitativas, sua calendarização, os meios e instrumentos para os prosseguir, designadamente de investimento, os indicadores para avaliação do desempenho dos serviços e do nível de satisfação dos utentes e as demais obrigações assumidas pelas partes, tendo como referencial os preços praticados no mercado para os diversos actos clínicos.

3. O endividamento dos hospitais E.P.E. não pode exceder em qualquer momento o limite de 30% do respectivo capital estatutário.”

Efectivamente, conforme dispõe o art. 5º do Regime Jurídico da Gestão

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89Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Hospitalar, os Hospitais devem pautar a respectiva gestão, entre outros, pelo princípio do financiamento das suas actividades, em função da valorização dos actos e serviços realmente prestados, tendo por base a tabela de preços e os acordos do SNS. Acresce, ainda, que à luz do art. 12º do diploma legal atrás mencionado, o pagamento dos actos e das actividades dos Hospitais E.P.E. pelo Estado é feito através dos já referidos Contratos-Programa, a celebrar com o Ministério da Saúde.

Deve assinalar-se que em relação a determinados Cuidados de Saúde prestados a doentes não abrangidos pela responsabilidade do SNS, a respectiva facturação é emitida em nome de Entidades legalmente responsáveis pelo tratamento dos mesmos (terceiros responsáveis), em função de uma tabela de preços aprovada pelo Ministério da Saúde, devendo os utilizadores, nos casos previstos na Lei, contribuir, acessoriamente, com o pagamento de taxas moderadoras, também fixadas superiormente.

GRAU DE CUMPRIMENTO DAS METAS FIXADAS

O processo de planeamento fundamenta-se na preparação e negociação anual do Plano de Desempenho, que se consubstancia no contrato-programa celebrado anualmente com a tutela.

Actividade Assistencial(2009)

ProduçãoContratada (total)

Realizada (total)

Δ % (total)Realizada (SNS)

Realizada (outros)

Internamento:

Doentes Saídos 21.046 20.011 95,05% 17.792 2.499

Dias Internamento 157.089 158.479 102,28% 126.415 34.254

Actividade Cirurgica

Cirurgias C/ Internamento 8.108 8.637 106,52% 7.356 1.276

Cirurgias em Ambulatório 3.850 5.912 153,56% 5.400 512

Consultas Externas 216.444 200.967 92,85% 175.701 25.266

Urgências s/ internamento 120.694 128.851 106,76% 110.626 18.225

Sessões de Hospital de Dia 27.515 31.516 114,54% 26.832 4.684

Tabela 51- Actividade Assistencial (2009)

De uma forma geral, foi possível concretizar e ultrapassar significativamente as estimativas realizadas para a produção, em especial na cirurgia do ambulatório.

No que diz respeito ao internamento, verificou-se uma diminuição de doentes saídos, embora o número de dias de internamento tenha aumentado significativamente, em consequência, possivelmente, da transferência de actividades cirúrgicas para o bloco de ambulatório, que foram substituídas por cirurgias mais complexas que geraram internamento. Também existe a percepção de que este facto se deve, em boa parte, ao aumento da complexidade associada à especialização e à idade dos utentes, cada vez mais avançada.

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90 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

CUMPRIMENTO CONTRATO PROGRAMA - PRODUÇÃO SNS

RÚBRICAContrato programa

2009Ano de 2009 Desvio (Unid.)

Taxa Execução (%)

Desvio (%)

CONSULTA EXTERNA

Total Consultas Externas 189.106 176.051 -13.055 93,10% -6,9%

1as Consultas 59.411 56.433 -2.978 94,99% -5,0%

Consultas Subsequentes 129.695 119.618 -10.077 92,23% -7,8%

GDH INTERNAMENTO

GDH Médicos 14.500 15.049 549 103,79% 3,8%

GDH Cirurgicos Programados 2968 3.382 414 113,95% 13,9%

GDH Cirurgicos Urgentes 3080 3.283 203 106,59% 6,6%

GDH AMBULATÓRIO

GDH Médicos 17.201 15.824 -1.377 91,99% -8,0%

GDH Cirurgicos 4.326 5.007 681 115,74% 15,7%

URGÊNCIAS

Urgências S\ Internamento 98.794 110.634 11.840 111,98% 12,0%

HOSPITAL DE DIA

N.º Sessões Total 15.731 18.513 2.782 117,68% 17,7%

Imuno-Hemoterapia 48 -48 0,00% -100,0%

Doenças Infecciosas (Infecciologia)

2.878 3.898 1.020 135,44% 35,4%

Psiquiatria 2.042 2.561 519 125,44% 25,4%

Outras 10.763 12.053 1.290 111,99% 12,0%

SERVIÇO DOMICILIÁRIO

Total Visitas 4.421 4.683 262 105,93% 5,9%

Tabela 52- Cumprimento Contracto Programa - Produção SNS

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91Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

À semelhança do que aconteceu ao nível do cumprimento do Plano de Desempenho também ao nível do Contrato-programa para o financiamento da produção SNS, o Hospital cumpriu, na generalidade, todas as metas definidas, com a excepção da consulta externa.

Objectivos de Qualidade (2009)

Objectivos Nacionais Objectivo Realizado Cumprimento

Taxa de (re)admissão no internamento nos 1os cinco dias

1,9% 1,36% Cumpre

Número de profissionais envolvidos em progra-mas de formação na área do controlo da infecção (pelo menos 10%)

18% 28% Cumpre

% das 1ªs consultas no total de consultas médi-cas

28,4% 32,1% Cumpre

N.º Doentes referenciados para RNCC / N.º Doentes saídos das especialidades de Medicina Interna, Cirurgia, Ortopedia

8,0% 7,93%Havia uma margem de erro de 10%; pelo que cumpre parcial-

mente

% Cirurgias de Ambulatório/Total Cirurgias Pro-gramadas

46,2% 49,8% Cumpre

Demora Média 7,73 7,9Havia uma margem de erro de 10%; pelo que cumpre parcial-

mente

Resultado Operacional do Exercício -9.668.897 € -15.636.204€ Não Cumpre

Custo Unitário por doente padrão 3.952 € N/d

Var.% Fornecimentos e Serviços Externos -18,30% 10,38% Não Cumpre

Var. % Compras -0,94% 7,70% Não Cumpre

Var. % CMVMC -0,76% 7,54% Não Cumpre

Var. % Custos com pessoal 6,79% 11,63% Não Cumpre

Objectivos de Qualidade (2009) 2

Objectivos Regionais Objectivo Realizado Cumprimento

Aumento das 1as consultas, face ao realizado em 2008, nas especialidades de Cardiologia, Ortopedia, Urologia e ORL

18,5% (+2.035 1as consultas)

8,6% Não Cumpre

N.º Doentes referenciados (e colocados) para o CMFRS

≥ 450 doentes referencia-

dos; taxa de admissão ≥

75%

456; 37% Não Cumpre

Total de Intervenções Cirúrgicas de Ambulatório realizadas com recurso a técnicas laparoscópi-cas / Total de Intervenções Cirúrgicas de Ambu-latório

10,0% N/d

Tabelas 53 e 54 - Objectivos de Qualidade (2009)

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92 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

No que se refere aos objectivos de eficiência e qualidade nacionais o Hospital cumpre os que avaliam a actividade assistencial, mas o mesmo não se verifica ao nível dos indicadores económico financeiros.

FORMA DE CUMPRIMENTO DOS PRINCÍPIOS INERENTES A UMA ADEQUADA GESTÃO EMPRESARIAL

No desenvolvimento da sua actividade, o Hospital de Faro baseia-se nos princípios gerais de actuação abaixo apresentados:

1) O Hospital de Faro, E.P.E. cumpre a Missão e os Objectivos que lhe foram determinados de forma económica, financeira, social e ambientalmente eficiente, atendendo a parâmetros exigentes de qualidade, procurando salvaguardar e expandir a sua competitividade, com respeito pelos princípios de responsabilidade social, desenvolvimento sustentável, de serviço público e de satisfação das necessidades da colectividade;

2) Elabora Planos de Actividades e Orçamentos adequados aos recursos e fontes de financiamento disponíveis, tendo em conta o cumprimento das Missões e Objectivos que foram estabelecidos pela Tutela;

3) Define estratégias de sustentabilidade nos domínios económicos, social e ambiental, identificando, para o efeito, os objectivos a atingir e explicitando os respectivos instrumentos de planeamento, execução e controlo;

4) Adopta Planos de Igualdade, após um diagnóstico da situação, tendentes a alcançar no seu seio uma efectiva igualdade de tratamento e de oportunidades entre Homens e Mulheres, de forma a eliminar as discriminações e a permitir a conciliação da vida pessoal, familiar e profissional;

5) Informa, anualmente, os membros do Governo, os Serviços e Organismos da Administração Pública, que exerçam o poder da Tutela ou a função accionista, e o público em geral, do modo como foi prosseguida a sua Missão, do grau de cumprimento dos seus Objectivos, da forma como foi cumprida a Política de responsabilidade social, de desenvolvimento sustentável, e os termos do serviço público efectuado, de acordo com a legislação e restante regulamentação em vigor;

6) Trata com respeito e integridade os seus Trabalhadores, contribuindo activamente para a sua valorização profissional;

7) Trata com equidade todos os seus clientes e fornecedores e demais titulares de interesses legítimos;

8) Conduz os seus negócios com integridade, formaliza-os adequadamente, e não realiza despesas confidenciais ou não documentadas;

9) Aplica um código de ética, que contempla exigentes comportamentos éticos e deontológicos, tendo procedido à sua divulgação por todos os seus colaboradores, clientes, fornecedores e pelo público em geral.

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93Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

SERVIÇO PÚBLICO E SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES DA COLECTIVIDADE

As obrigações de Serviço Público encontram-se expressamente previstas no artigo 2º, do Capitulo I, do Anexo II do Decreto-Lei n.º233/2005, de 29 de Dezembro, nos seguintes termos:

1 - O Hospital E.P.E. tem por objecto principal a prestação de cuidados de saúde à população, designadamente aos beneficiários do Serviço Nacional de Saúde e aos beneficiários dos subsistemas de saúde, ou de Entidades externas que com ele contratualizem a prestação de cuidados de saúde, e a todos os cidadãos em geral.

2 - O Hospital E.P.E. também tem por objecto desenvolver actividades de investigação, formação e ensino, sendo a sua participação na formação de profissionais de saúde dependente da respectiva capacidade formativa, podendo ser objecto de contratos-programa em que se definam as respectivas formas de financiamento.

Pelo exposto, os cuidados de saúde são, para o Hospital, uma prioridade absoluta apesar das condicionantes económicas e/ou financeiras, como se pode confirmar pelo aumento da produção.

Para além disso, o Hospital, tem também por finalidade o desenvolvimento de actividades de investigação, formação e ensino, respeitando, no ano em questão, esta vertente de Serviço Público. Nessa óptica, foram encetados profícuos contactos com a Universidade do Algarve para a celebração de um protocolo de colaboração, no âmbito do novo curso de Mestrado Integrado em Medicina, e que estabelece os princípios norteadores do relacionamento entre a prestação de cuidados assistenciais e o ensino, educação e investigação científica. Para além disso, o Centro de Formação, Investigação e Conhecimento apresentou ainda diversos projectos e iniciativas no ano de 2009.

Acresce ainda que o Hospital tem vindo a receber um n.º significativo de médicos para frequência do internato de especialidade.

PLANOS DE ACÇÃO FUTUROS

O Hospital de Faro apresenta uma debilidade estrutural associada às suas instalações físicas e ao elevado nível de utilização das mesmas, geradora de custos potencialmente ineficientes, quer de manutenção dos edifícios quer dos custos operacionais resultantes da elevada dispersão da actividade por múltiplos edifícios. A eliminação desta potencial ineficiência da estrutura é muito difícil, enquanto se mantiver o funcionamento nas actuais instalações, sendo apenas minimizável através de investimento de reposição em algumas áreas, já amplamente referidas ao longo do presente documento.

Analisado o desempenho operacional e a situação financeira dos últimos anos e, tendo em conta as razões que fundamentaram a proposta de transformação do H. Faro em EPE, foram fixados, no âmbito do Plano de Negócios, os seguintes eixos de actuação estratégica, os quais enquadram

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94 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

diversas linhas de intervenção prioritárias a desenvolver até 2012, tendo em conta a previsão de entrada em funcionamento do novo Hospital Central do Algarve, em 2013:

Reorganização do actual modelo de prestação de Cuidados

1. Incrementar a actividade assistencial do H.Faro mantendo a dotação global dos recursos humanos afectos à prestação directa de cuidados

2. Implementar a Carteira de Serviços exigida a um Hospital Central

3. Coordenação com o Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, EPE

4. Coordenação com os Cuidados Primários

5. Potenciar a formação, docência e investigação

Gestão:

6. Plano para o Desenvolvimento dos Recursos Humanos

7. Plano do novo modelo organizativo e de gestão

8. Plano de Gestão Clínica

9. Plano de Sistemas de Informação

10. Plano de Comunicação

7.8 AVALIAÇÃO SOBRE O GRAU DE CUMPRIMENTO DOS PRINCÍPIOS DE BOM GOVERNO

O Hospital de Faro assina anualmente um Contrato-Programa com o Ministério da Saúde onde são estipuladas metas a atingir e indicadores de qualidade e eficiência que devem ser tidos em conta no cumprimento das mesmas. Neste sentido, o Hospital de Faro disponibiliza a informação, quer a nível assistencial, quer a nível económico-financeiro, para que o seu desempenho seja avaliado.

Ao nível interno, o Hospital de Faro tem desenvolvido procedimentos, no sentido de que todos os seus responsáveis valorizem o papel da gestão enquanto instrumento de realização da Missão Hospitalar, coerente com um elevado grau de satisfação dos doentes. Assim, tem-se desenvolvido um modelo de gestão participativa onde, indicadores assistenciais e económicos, são disponibilizados a todos os responsáveis, de forma a comparar os níveis de produção e custos alcançados, relativamente aos previstos.

A avaliação da observância dos Princípios de Bom Governo é feita, em primeira instância, através do acompanhamento directo e persistente que é desenvolvido ao longo do ano pelas diferentes Entidades do Ministério da Saúde, nomeadamente, a A.R.S. Algarve, I.P – Administração Regional de

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95Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Saúde do Algarve, I.P., a ACSS – Administração Central do Sistema de Saúde, a Inspecção-Geral de Actividades em Saúde, a Direcção-Geral da Saúde, o Tribunal de Contas, o Ministério das Finanças e o Revisor Oficial de Contas.

Posto isto, e conforme o estatuído no Anexo II - Princípios dirigidos às Empresas do Estado constante da Resolução de Conselho de Ministros n.º 49/2007, de 28 de Março, podemos adiantar que, em 2009, o Hospital de Faro acatou os Princípios de Bom Governo. Senão vejamos:

• O Hospital de Faro, E.P.E. cumpriu a sua Missão e os Objectivos fixados atendendo a parâmetros de qualidade, visando salvaguardar e expandir a sua capacidade operacional, com respeito pelos princípios fixados de responsabilidade social, desenvolvimento sustentável, de serviço público e de satisfação das necessidades da colectividade.

Devemos, também, sublinhar que o Plano de Actividades e o Orçamento foram elaborados de uma forma adequada aos recursos e às fontes de financiamento disponíveis e tiveram, constantemente, em consideração a Missão e os Objectivos superiormente fixados. Foram, ainda, definidas algumas estratégias de sustentabilidade no domínio económico, identificando para o efeito, os objectivos a atingir e explicitando os respectivos instrumentos de planeamento, execução e de controlo.

Claramente, o Hospital de Faro, E.P.E. teve a firme preocupação de cumprir, escrupulosamente, a legislação em vigor e tratou sempre com respeito e integridade os seus colaboradores, contribuindo activamente para a sua valorização profissional, nomeadamente, com a definição de um exigente plano de formação. Aliás, o Centro de Formação, Investigação e Conhecimento melhorou as suas instalações e equipamentos, tendo contratado também novas competências técnicas para poder aprofundar, ao máximo, os conhecimentos de todos os profissionais, no ano em análise.

Por outro lado, os Órgãos de Administração e de Fiscalização, devidamente nomeados pela Tutela, apresentam uma dimensão adequada à complexidade do Hospital, assegurando a eficácia do processo de tomada de decisão e garantindo uma capacidade efectiva de supervisão. Existe a necessária segregação de funções, competindo as funções executivas ao Conselho de Administração e as funções de fiscalização ao Fiscal Único.

Está igualmente prevista a existência de um Auditor Interno cuja actividade é, necessariamente, articulada com a da Inspecção-Geral de Finanças e da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (cfr. bem dispõe o Decreto-Lei n.º 233/2005, de 29 de Dezembro, aplicável por força do Decreto-Lei n.º 180/2008, de 26 de Agosto).

Para além disso, as contas foram avaliadas de uma forma periódica, rigorosa e independente pelo Fiscal Único, sendo emitida a respectiva certificação legal, de acordo com as normas e os princípios que animam a Ordem Jurídica.

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96 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

O Órgão colegial que dirige o Hospital de Faro, E.P.E. delineou, em 2009, um sistema de controlo interno muito abrangente, tendo para esse efeito elaborado e feito aprovar diversos Manuais de Controlo Interno, seguindo as orientações transmitidas pela Administração Central do Sistema de Saúde, a saber:

• O Manual de Compras;

• O Manual de Contabilidade;

• O Manual de Contas a pagar;

• O Manual de Contas a receber;

• O Manual de Recursos Humanos;

• O Manual de Gestão de Imobilizado;

• O Manual de Tesouraria;

• O Manual de Logística e de Farmácia;

• O Manual de Produção.

Importa, ainda, referir que:

• O Hospital de Faro, E.P.E. cumpre o estabelecido no n.º 4 do artigo 6º, no n.º 2 do artigo 15º e no n.º 3 do art. 17º, do Anexo II do Decreto-Lei n.º233/2005, de 29 de Dezembro;

• O Hospital de Faro, E.P.E. divulga, devidamente, as remunerações e outros direitos auferidos pelos membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização, fazendo parte das contas apresentadas à Tutela;

• Os membros dos Órgãos Sociais do Hospital de Faro, E.P.E. abstêm-se sempre de intervir em decisões que envolvam os seus próprios interesses, acautelando, assim, a sua independência de actuação;

• O Hospital de Faro, E.P.E. elaborou um “Plano de Gestão de Riscos contra a Corrupção e Infracções Conexas” na sequência da recomendação do Conselho de Prevenção Contra a Corrupção.

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97Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

7.9 APRESENTAÇÃO DO CÓDIGO DE ÉTICA

Neste ponto, será necessário sublinhar que o Hospital de Faro, se rege pelas normas de Ética aceites no Serviço Nacional de Saúde, uma vez que não dis-põe de um Código de Ética interno, geral para todos os trabalhadores, que está neste momento em fase de conclusão. No entanto, importa referir também que o Hospital de Faro, E.P.E. respeita, em absoluto, os vários Códigos de Ética a que estão sujeitos, na globalidade, os profissionais de saúde e demais colaboradores. Aliás, é esperado e cá prescrito que todos os trabalhadores do Hospital se rejam pelos seus próprios Códigos de Ética Profissional maxime (vejamos o caso dos Médicos e Enfermeiros que dispõem de Códigos Deon-tológicos aprovados e devidamente publicados pelas respectivas Ordens Pro-fissionais). Assim, a necessidade de se cumprir estritamente o código próprio de cada profissão foi sempre realçado durante o ano de 2009 à semelhança, aliás, dos anos anteriores. Acresce notar que, de entre as várias Comissões de apoio técnico do Hospital, se encontra em pleno funcionamento a Comissão de Ética, que tem por objectivo zelar, justamente, pela observância de padrões de ética no exercício das ciências da saúde, de forma a proteger e garantir a dignidade e integridade humana, procedendo à análise e reflexão sobre temas da prática clínica que envolvam questões de ética.

7.10 IDENTIFICAÇÃO DOS MECANISMOS ADOPTADOS COM VISTA À PREVENÇÃO DE CONFLITOS DE INTERESSES

Com a finalidade de promover e de impulsionar uma cultura de responsa-bilidade e de observação estrita de regras éticas e deontológicas pelos diri-gentes e pelos trabalhadores desta Unidade Hospitalar Pública, de forma a assegurar que os decisores e os agentes estão absolutamente conscientes das suas obrigações legais nomeadamente, no que se refere à obrigatoriedade de denúncia de situações de corrupção, e para fomentar ininterruptamente uma relação Administração/Administrado mais transparente o Hospital de Faro, já no corrente ano, aprovou o “Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas”.

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99Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

8

Nota Introdutória

O resultado líquido, para o período de Janeiro a Dezembro de 2009, apresenta-se negativo em -15.636.204,83€(quinze milhões, seicentos e trinta e seis mil, duzentos e quatro euros e oitenta e três cêntimos), resultante dos seguintes valores:

Resultado Operacional: -18.558.470,58€

Resultados Financeiros: -782.896,01€

Resultados Correntes: -19.341.366,59€

Resultados Antes de Impostos: -15.633.263,45€

Resultados Líquidos: -15.636.204,83€

Propõe assim o Conselho de Administração que o resultado líquido do exercício transite para o período seguinte, na conta de Resultados Transitados.

Faro, 31 de Março de 2010

O Conselho de Administração

Page 100: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS a. BALANÇO ANALÍTICO

Hospital de Faro, EPE U.M.: Euros

31-Dez-2009

2008Activo Bruto Amortizaç./Provisões Activo Líquido Activo Líquido

IMOBILIZADO : BENS DE DOMÍNIO PÚBLICO

451 Terrenos e recursos naturais ................ 0,00 0,00 0,00 0,00452 Edifícios ................................................ 0,00 0,00 0,00 0,00453 Outras construções e infra-estruturas .. 0,00 0,00 0,00 0,00455 Bens patrim histórico, artist e cultur ... 0,00 0,00 0,00 0,00459 Outros bens domínio público .............. 0,00 0,00 0,00 0,00445 Imolizaç em curso bens dominio ........ 0,00 0,00 0,00 0,00446 Adiantament p/conta bens dom púb.. 0,00 0,00 0,00 0,00

Total bens de domínio público: 0,00 0,00 0,00 0,00

IMOBILIZAÇÕES INCORPóREAS431 Despesas de instalação ........................ 123.366,99 0,00 123.366,99 123.366,99432 Despesas investigação e desenvolvim. 5.800,22 0,00 5.800,22 5.800,22443 Imobilizaç em curso imob incorpór..... 0,00 0,00 0,00 0,00449 Adiantamentos p/conta imob.incorp. 0,00 0,00 0,00 0,00

Total imobilizações incorpóreas: 129.167,21 0,00 129.167,21 129.167,21

IMOBILIZAÇÕES CORPOREAS421 Terrenos e recursos naturais ................ 90.485,85 0,00 90.485,85 90.485,85422 Edifícios e outras construções .............. 14.745.484,62 2.483.580,95 12.261.903,67 10.920.888,63423 Equipamento básico ............................. 28.035.684,35 26.423.751,86 1.611.932,49 1.867.026,87424 Equipamento de transporte ................. 264.399,43 220.567,27 43.832,16 18.047,13425 Ferramentas e utensílios ....................... 66.111,82 60.278,51 5.833,31 3.821,07426 Equipamento administr e informático 8.229.215,16 6.467.851,91 1.761.363,25 1.730.881,25427 Taras e vasilhame ................................ 294,58 0,00 294,58 294,58429 Outras imobilizações corpóreas .......... 163.741,16 146.019,70 17.721,46 19.211,00442 Imobilizaç em curso imobil corpóreas 0,00 0,00 0,00448 Adiantament p/conta imob.corpóreas 0,00 0,00 0,00

Total imobilizações corpóreas: 51.595.416,97 35.802.050,20 15.793.366,77 14.650.656,38

INVESTIMENTOS FINANCEIROS411 Partes de capital ................................... 0,00 0,00 0,00 0,00412 Obrigações e titulos de participação ... 0,00 0,00 0,00 0,00414 Investimentos em imóveis .................... 0,00 0,00 0,00 0,00415 Outras aplicações financeiras .............. 0,00 0,00 0,00 0,00441 Imobilizaç em curso invest financeir... 0,00 0,00 0,00 0,00447 Adiantament p/conta invest.financ... 0,00 0,00 0,00 0,00

Total investimentos financeiros: 0,00 0,00 0,00 0,00

CIRCULANTE : EXISTÊNCIAS

36 Matérias primas,subsid. e consumo .... 3.619.705,63 0,00 3.619.705,63 2.928.382,7034 Sub-produtos, desperd. resíd e refug... 0,00 0,00 0,00 0,0033 Produtos acabados intermédios .......... 0,00 0,00 0,00 0,0032 Mercadorias .......................................... 0,00 0,00 0,00 0,0037 Adiantamentos p/conta de compras .. 0,00 0,00 0,00 0,00

Total existências: 3.619.705,63 0,00 3.619.705,63 2.928.382,70

POCMS - 5 1

5 - BALANÇO ANALITICO A C T I V O

C O N T A S2009DesignaçãoCódigo

E X E R C I C I O S

Page 101: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS a. BALANÇO ANALÍTICO

Hospital de Faro, EPE U.M.: Euros

31-Dez-2009

2008Activo Bruto Amortizaç./Provisões Activo Líquido Activo Líquido

DIVIDAS TERC.-Médio longo prazo 0,00 0,00 0,00 0,00

DIVIDAS TERC.- Curto prazo28 Empréstimos concedidos .....................

211 Clientes c/c .......................................... 11.342.836,76 0,00 11.342.836,76 9.753.809,45213 Utentes c/c .......................................... 1.141.515,12 0,00 1.141.515,12 1.107.413,60215 Instituições do Ministério da Saúde ... 3.209.204,85 0,00 3.209.204,85 2.163.664,40218 Clientes e utentes cobrança duvidosa 0,00 0,00 0,00 0,00251 Devedores p/execução do orçamento 0,00 0,00 0,00 0,00229 Adiantamentos a fornecedores ........... 0,00 0,00 0,00 0,00

2619 Adiantamentos a fornec imobilizado . 0,00 0,00 0,00 0,0024 Estado e outros entes públicos ............ 42.157,20 0,00 42.157,20 41.928,57

262/3/4+ 267/8 Outros devedores ................................. 2.951.694,71 0,00 2.951.694,71 3.100.849,02

Total dividas de terceiros: 18.687.408,64 0,00 18.687.408,64 16.167.665,04

TITULOS NEGOCIÁVEIS151 Acções .................................................. 0,00 0,00 0,00 0,00152 Obrigações e titulos d eparticipação... 0,00 0,00 0,00 0,00153 Titulos da dívida pública ..................... 0,00 0,00 0,00 0,00159 Outros títulos ........................................ 0,00 0,00 0,00 0,0018 Outras aplicações de tesouraria .......... 0,00 0,00 0,00 0,00

Total dividas de terceiros: 0,00 0,00 0,00 0,00

DEPÓSIT INST FINANC/CAIXA13 Conta no Tesouro ................................. 0,00 0,00 0,0012 Depósitos em instituições financeiras .. 454.173,63 454.173,63 1.035.573,0911 Caixa ..................................................... 5.061,03 5.061,03 165,11

Total depósitos e caixa: 459.234,66 459.234,66 1.035.738,20

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS271 Acréscimos de proveitos ...................... 130.507.414,98 130.507.414,98 31.721.410,13272 Custos diferidos .................................... 178,69 178,69 0,00

Total acréscimos e diferimentos: 130.507.593,67 130.507.593,67 31.721.410,13

Total de amortizações: 35.802.050,20

Total de provisões: 0,00

TOTAL DO ACTIVO : 204.998.526,78 35.802.050,20 169.196.476,58 66.633.019,66

POCMS - 5 2

E X E R C I C I O S

Designação

5 - BALANÇO ANALITICO A C T I V O

C O N T A S

2009Código

Page 102: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

Hospital de Faro, EPE U.M.: Euros

31-Dez-2009

2008

FUNDO PATRIMONIAL:

51 Património ....................................................................... 19.922.097,00 4.672.000,00

56 Reservas de reavaliação .......................………………… 0,00 0,00

RESERVAS:574 Reservas livres ......................................………………… 6.006.155,75 6.006.155,75575 Subsidíos ...............................................………………… 4.725.877,74 4.725.877,74576 Doações ................................................………………… 893.137,89 748.701,06577 Reservas decorr.da transferên. activos………………… 0,00 0,00

Total das reservas: 11.625.171,38 11.480.734,55

59 Resultados transitados .........................………………… -56.632.543,30 -49.980.842,14

88 Resultado líquido do exercício .............………………… -15.636.204,83 -6.651.701,16

TOTAL DO FUNDO PATRIMONIAL: -40.721.479,75 -40.479.808,75

PASSIVO: Provisões:

291 Provisões para cobranças duvidosas ...………………… 0,00 0,00292 Provisões p/riscos encargos .................………………… 0,00 0,00

Total de provisões: 0,00 0,00

DIVIDAS TERC.-Médio longo prazo 0,00 0,00

DIVIDAS TERC.- Curto prazo

219 Adiantam.clientes, utentes e instit. MS………………… 116.735.398,80 23.696.098,80221 Fornecedores c/c ..................................………………… 31.437.776,94 13.330.170,72228 Fornecedores - Facturas recpç. e confe.………………… 0,00 0,00

2311 Emprestimos obtidos ............................………………… 38.923.004,00 44.743.979,91252 Credores pela execução do orçamento………………… 0,00 0,00

2611 Fornecedores de imobilizado c/c ........………………… 1.834.056,19 1.117.678,1724 Estado e outros entes públicos .............………………… 1.728.070,53 1.569.964,46

262/3/4+ 267/8 Outros credores ....................................………………… 6.086.654,39 5.269.700,65

Total dividas de terceiros: 196.744.960,85 89.727.592,71 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

273 Acréscimos de custos ............................………………… 6.983.301,93 6.215.189,40274 Proveitos diferidos ................................………………… 6.189.693,55 11.170.046,30

Total acréscimos e diferimentos: 13.172.995,48 17.385.235,70

TOTAL DO PASSIVO: 209.917.956,33 107.112.828,41

TOTAL F.PRÓPRIOS E PASSIVO: 169.196.476,58 66.633.019,66

POCMS - 5 3O Responsável

__________________________________ ____________________________________

O Conselho de Administração

2009

E X E R C I C I O S

Código Designação

PREVISÃO DO BALANÇO ANALITICO FUNDOS PRÓPRIOS E PASSIVO

C O N T A S

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS a. BALANÇO ANALÍTICO

Page 103: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS b. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

Page 104: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS b. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

Page 105: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS c.DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

U.M.: Euros

DO PERIODO DE: JANEIRO ATÉ DEZEMBRO DO ANO: 2009

ACTIVIDADES OPERACIONAIS : -Recebimentos de clientes 0,00 108.743.491,88 0,00 -Pagamentos a fornecedores 0,00 51.086.753,65 0,00 -Pagamentos ao pessoal 0,00 67.126.991,63 0,00

Fluxo gerado pelas operações: 0,00 -9.470.253,40 0,00

-Pagamentos/Recebimentos do imposto sobre o rendimento 0,00 0,00 0,00 -Outros recebimentos relativos à actividade operacional 0,00 4.202.113,22 0,00 -Pagamentos relativos à actividade operacional 0,00 282.484,10 0,00

Fluxo gerado antes das rubricas extraordinárias: 0,00 3.919.629,12 0,00

-Recebimentos relacionados com rúbricas extraordiárias 0,00 31.516,22 0,00 -Pagamentos relacionados com rúbricas extraordinárias 0,00 522,51 0,00

0,00 30.993,71 0,00FLUXO DE ACTIVIDADES OPERACIONAIS (1) : 0,00 -5.519.630,57 0,00

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:Recebimentos provenientes de : -Investimentos financeiros 0,00 715.937,36 0,00 -Imobilizado corpóreo 0,00 0,00 0,00 -Imobilizado Incorpóreo 0,00 0,00 0,00 -Subsídio de investimento 0,00 0,00 0,00

0,00 715.937,36 0,00Pagamentos respeitantes a: -Investimentos financeiros 0,00 4.470.117,96 0,00 -Imobilizado corpóreo 0,00 0,00 0,00 -Imobilizado Incorpóreo 0,00 0,00 0,00 -Transferencias de capital 0,00 0,00 0,00

0,00 4.470.117,96 0,00FLUXO DE ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO (2) : 0,00 -3.754.180,60 0,00

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Recebimentos provenientes de : -Empréstimos obtidos 0,00 -5.820.975,91 0,00 -Aumentos de Capital 0,00 15.250.097,00 0,00 -Juros e proveitos similares 0,00 164.272,07 0,00 -Subsídio e doações 0,00 3.455,92 0,00

0,00 9.596.849,08 0,00Pagamentos respeitantes a: -Empréstimos obtidos 0,00 0,00 0,00 -Juros e custos similares 0,00 899.541,45 0,00 -Subsídio e transferencias correntes 0,00 0,00 0,00

0,00 899.541,45 0,00FLUXO DE ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO (3) : 0,00 8.697.307,63 0,00

Variações de caixa e seus equivalentes (4)= (1)+(2)+(3) 0,00 -576.503,54 0,00 Efeitos das diferenças de câmbio 0,00 0,00 0,00 Caixa e seus equivalentes no inicio do periodo 0,00 1.035.738,20 0,00 Caixa e seus equivalentes no fim do periodo 0,00 459.234,66 0,00

POCMS - 7.3B

Hospital de Faro, E.P.E.

DESCRIMINAÇÃO

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

ORÇAMENTO REAL DIFERENÇAS

Page 106: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASd. ACTIVO IMOBILIZADO

Page 107: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS e. DESCONTOS E RETENÇÕES

Page 108: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS e. DESCONTOS E RETENÇÕES

Page 109: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS e. DESCONTOS E RETENÇÕES

Page 110: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASe. DESCONTOS E RETENÇÕES

Page 111: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS f. DEMONSTRAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS CONSUMIDAS

Page 112: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS g. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS FINANCEIROS

Page 113: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASh. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

Page 114: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS i. MAPA DO DESENVOLVIMENTO DAS DESPESAS COM PESSOAL

Page 115: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS i. MAPA DO DESENVOLVIMENTO DAS DESPESAS COM PESSOAL

Page 116: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS j. MAPA DE CONTROLO DO ORÇAMENTO DE COMPRAS

Códi

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signa

ção

ORÇA

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C. A

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312

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3161

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25.99

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.562.0

14,85

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.666,9

031

612

Reag

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iag. r

ápido

2.820

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2.451

.918,7

931

619

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3.433

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05.84

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.758,5

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5.818

,1931

62Ma

terial

de co

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.384.5

99,32

11.37

1.457

,774.4

45.21

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3163

Prod

utos a

limen

tares

976,5

71.2

26,56

914,8

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5,18

714,4

631

64Ma

terial

cons

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321.3

32,04

347.9

00,00

341.4

93,28

339.3

53,40

228.0

25,06

3165

Mater

ial co

nsum

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inistr

ativo

.25

0.881

,2530

5.090

,2428

7.031

,8728

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,7716

1.632

,5031

66Ma

terial

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cons

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ção

487.0

19,53

453.0

00,00

451.8

88,26

446.7

87,39

390.5

54,29

3169

Outro

mate

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,2534

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2.974

,3414

.642.8

04,05

317

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59,05

318

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6.515

,2914

.642.8

04,05

Dado

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2009

MAPA

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2009

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Page 117: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS k. MAPA DE CONTROLO DO ORÇAMENTO DE INVESTIMENTOS

Códi

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signa

ção

ORÇA

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6,15

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73.02

1,93

423

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1.082

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.473,3

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29,07

4232

De

imag

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,0028

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,5220

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221.8

00,00

221.2

24,56

204.7

84,56

62.18

1,36

4234

Mobil

iário

hosp

italar

273.9

55,60

286.3

53,00

277.7

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De

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4236

De

hotel

aria

198.5

47,11

210.9

19,26

188.7

84,14

188.5

76,48

165.9

99,31

4239

Ou

tro

134.4

23,14

403.2

80,00

316.0

69,04

198.0

80,03

120.3

36,31

Tota

l da c

onta

423:

2.246

.214,8

62.9

19.01

2,28

2.737

.358,0

92.3

65.81

1,86

1.144

.823,4

842

4 De

tran

spor

te 46

.023,1

846

.023,1

846

.023,1

84.7

95,64

425

Ferra

menta

s e ut

ensil

ios

7.119

,236.1

00,00

6.041

,696.0

41,69

6.041

,6942

6 EQ

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M. A

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O e I

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61

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amen

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minis

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o20

3.215

,2320

5.000

,0017

0.316

,4316

8.549

,0915

9.895

,9842

62

Equip

amen

to inf

ormá

tico

905.7

01,88

780.5

56,55

570.8

66,60

Tota

l da c

onta

4.2.6

:1.1

08.91

7,11

205.0

00,00

170.3

16,43

949.1

05,64

730.7

62,58

427

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s e va

silha

me42

9 Ou

tras

810,0

080

4,00

804,0

0To

tal d

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açõe

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14.72

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6.666

.831,2

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5.186

.715,9

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59.44

5,32

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39.53

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5.186

.715,9

83.3

59.44

5,32

MAPA

S DE

CON

TROL

O DO

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AMEN

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O 20

09

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RO, E

.P.E

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ezem

bro

2009

Page 118: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS l. MAPA DE CONTROLO DO ORÇAMENTO ECONÓMICO – CUSTOS E PERDAS/PROVEITOS E GANHOS

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ção

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6161

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,3129

.482.2

51,30

6162

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ial de

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línico

10.84

4.782

,2511

.115.4

16,73

6163

Pr

oduto

s alim

entar

es82

3,11

845,9

361

64

Mater

ial co

nsum

o hote

leiro

308.8

04,03

320.5

53,92

6165

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terial

cons

umo a

dmini

strati

vo

287.7

86,20

278.3

47,98

6166

Ma

terial

man

utenç

ão/co

nser

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o 43

3.603

,3041

6.533

,3761

69

Outro

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rial d

e con

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l da c

onta

6141

.685.4

30,20

0,00

0,00

41.61

3.949

,230,0

0FO

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IM. E

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6211

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bulat

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6212

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6212

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lógica

62

123

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ia62

124

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iolog

ia62

125

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126

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62

127

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strica

6212

8Pn

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/ Imun

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ia62

129

Outro

s To

tal d

a con

ta 62

120,0

00,0

00,0

00,0

00,0

0

MAPA

S DE

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TROL

O DO

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AMEN

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BRO

2009

Nom

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cum

ulad

os à

data

de 3

1 Dez

embr

o 20

09

Page 119: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS l. MAPA DE CONTROLO DO ORÇAMENTO ECONÓMICO – CUSTOS E PERDAS/PROVEITOS E GANHOS

Meio

s com

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ent.

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6213

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6213

2 Me

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To

tal d

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ta 62

130,0

00,0

00,0

00,0

00,0

062

14

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o Med

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ntos /

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6215

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6216

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6218

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6218

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1.279

,0062

1813

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Com

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Ter

apêu

tica

213.4

26,45

180.6

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6218

14Pr

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ção M

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mento

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1815

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name

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,6462

1819

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Tota

l da c

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6218

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,320,0

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530.2

05,64

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utra

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es:

6218

91As

sistên

cia am

bulat

ória

6218

92Me

ios C

omple

m. D

iagnó

stico

2.000

.285,5

32.4

49.65

7,58

1.101

.560,5

062

1893

Meios

Com

plem.

Ter

apêu

tica

4.027

.949,9

54.4

87.57

1,34

2.017

.603,4

062

1894

Prod

utos v

endid

os p/

farmá

cias

6218

95Int

erna

mento

s e T

rans

porte

s de D

oente

s1.6

21.70

1,08

1.916

.844,9

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1.900

,4362

1896

Apar

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Com

plem.

Ter

apêu

tica

6218

97As

sistên

cia no

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ngeir

o 62

1898

Term

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ial62

1899

Outro

s Tra

balho

s Exe

c. Ex

terior

Tota

l da c

onta

6218

97.6

49.93

6,56

0,00

0,00

8.854

.073,8

73.9

81.06

4,33

TOTA

L DA

CON

TA 62

188.4

03.28

5,88

0,00

0,00

10.33

3.602

,294.5

11.26

9,97

Page 120: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

6219

Ou

tros s

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tosFo

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imen

tos e

serv

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6221

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rnec

imen

tos I

1.162

.561,9

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062

22

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ecim

entos

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rviço

s II

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1.327

.759,0

862

23

Forn

ecim

entos

e se

rviço

s III

13.27

4.417

,0714

.993.6

51,81

11.49

7.824

,8762

29

Outro

s for

necim

entos

e se

rviço

s 8.9

38,20

45.84

7,41

15.05

7,97

Tota

l da c

onta

622:

16.18

2.920

,590,0

00,0

017

.659.8

76,64

13.96

0.920

,72To

tal d

a con

ta 62

:24

.586.2

06,47

0,00

0,00

27.99

3.478

,9318

.472.1

90,69

63Tr

ansfe

rênc

. Cor

rent.

conc

ed./P

rest

socia

is

Códi

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signa

ção

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AT.C

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6411

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es ba

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330.6

20,49

201.9

59,89

201.9

59,89

220.2

38,11

194.9

21,30

6412

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idio f

érias

e na

tal18

.314,5

018

.314,5

036

.592,7

232

.392,9

964

13Su

pleme

ntos d

e rem

uner

açõe

s61

.403,8

054

.364,1

964

14Pr

estaç

ões s

ociai

s dire

ctas

6419

Outra

s rem

uner

açõe

s To

tal d

a con

ta 64

1:33

0.620

,4922

0.274

,3922

0.274

,3931

8.234

,6328

1.678

,48Re

mun

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ões b

ase d

o Pe

ssoa

l64

211

RCTF

P po

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deter

mina

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.845.1

08,20

23.01

4.060

,1321

.095.0

34,04

6421

2Pe

ssoa

l c/co

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to a t

ermo

Res

olutiv

o3.5

25.79

3,15

2.893

.395,2

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51.66

0,32

6421

3Pe

ssoa

l em

Reg.

Contr

ato In

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o9.0

81.31

1,06

9.188

.512,8

58.4

14.13

2,57

6421

4Pe

ssoa

l em

qualq

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ituaç

ão21

5.025

,2525

3.509

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8.183

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tal d

a con

ta 64

21:

38.66

7.237

,660,0

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.349.4

77,80

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9.010

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ento

s Rem

uner

atór

ios

6422

11Ho

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rdiná

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5.282

.313,6

45.2

98.97

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5.298

.977,3

964

2212

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ençõ

es

1.538

.303,6

21.6

12.89

2,06

1.612

.892,0

664

2221

Noite

s e su

pleme

ntos

3.256

.184,2

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55.72

5,65

3.155

.725,6

564

2222

Subs

idio d

e tur

no

6422

3Ab

ono p

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alhas

2.9

65,85

2.728

,922.7

28,92

2.728

,922.7

28,92

6422

4Su

bsidi

o de r

efeiçã

o 2.0

63.84

3,63

1.971

.424,8

61.9

71.29

6,76

1.971

.296,2

21.9

71.29

6,22

6422

5Aj

udas

de cu

sto43

.155,3

541

.390,7

341

.390,7

341

.390,7

341

.390,7

3

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS l. MAPA DE CONTROLO DO ORÇAMENTO ECONÓMICO – CUSTOS E PERDAS/PROVEITOS E GANHOS

Page 121: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

6422

6/7Ve

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io, ar

tig pe

s, ali

m e a

lojam

ento

6422

81SI

GIC

888.5

10,34

888.5

10,34

6422

82 a

9Ou

tros S

uplem

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1.778

.885,5

995

4.536

,1095

4.536

,10To

tal d

a con

ta 6

422:

13.96

5.651

,922.0

15.54

4,51

2.015

.416,4

113

.926.0

57,41

13.92

6.057

,4164

23Pr

estaç

ões s

ociai

s dire

ctas

369.1

05,40

512.8

52,98

506.9

75,23

6424

Subs

idio f

érias

e na

tal3.7

45.15

1,58

6.274

.088,2

93.3

18.45

2,45

6425

Prém

ios de

Des

empe

nho

643

Pens

ões

1.067

.091,4

01.1

54.66

7,03

1.154

.667,0

31.1

54.66

7,03

1.154

.667,0

364

5En

carg

os s/

remu

nera

ções

8.001

.374,1

66.9

21.24

0,41

Códi

goDe

signa

ção

ORÇA

MENT

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. AQU

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ÃOEN

C. A

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VEND

. E M

AT.C

ONS.

:64

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g. ac

idente

s tra

b./Do

enç p

rof.

822,1

666

8,39

473,3

947

3,39

473,3

964

7En

carg

os so

ciais

volun

tários

648

Outro

s cus

tos co

m pe

ssoa

l1.1

61.21

3,79

1.364

.623,8

61.5

04.18

3,30

Tota

l da c

onta

64:

59.30

6.894

,403.3

91.15

4,32

3.390

.831,2

266

.901.8

49,55

60.01

2.738

,2965

Ou

tros c

ustos

oper

acion

ais30

9.630

,1526

2.524

,1026

2.484

,1066

Am

ortiz

açõe

s do e

xerci

cio4.1

54.29

6,08

4.078

.597,6

567

Pr

ovisõ

es do

exer

cicio

68

Custo

s e pe

rdas

finan

ceira

s 60

0.366

,4388

1.644

,8979

0.552

,57Cu

stos

e pe

rdas

extra

ordi

nário

s:69

1 Tr

ansfe

rênc

ias de

Cap

ital C

once

didas

692

Dívid

as In

cobr

áveis

761.7

93,19

693

Perd

as em

exist

ência

s 69

4 Pe

rdas

em im

obiliz

açõe

s10

9.763

,7769

5 Mu

ltas e

pena

lidad

es54

,9254

,9269

6Au

mento

s de A

mortiz

açõe

s e P

rovis

ões

697

Corre

cçõe

s rela

t exe

rc an

terior

es

942.7

41,11

1.558

.298,3

969

8 Ou

tros c

ustos

e pe

rd ex

traor

din46

7,59

467,5

9To

tal d

a con

ta 69

:94

2.741

,110,0

00,0

02.4

30.37

7,86

522,5

1TO

TAL

GERA

L :

131.5

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS l. MAPA DE CONTROLO DO ORÇAMENTO ECONÓMICO – CUSTOS E PERDAS/PROVEITOS E GANHOS

Page 122: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

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2009

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS l. MAPA DE CONTROLO DO ORÇAMENTO ECONÓMICO – CUSTOS E PERDAS/PROVEITOS E GANHOS

Page 123: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS l. MAPA DE CONTROLO DO ORÇAMENTO ECONÓMICO – CUSTOS E PERDAS/PROVEITOS E GANHOS

Page 124: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

124 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

Nota Introdutória

O Hospital de Faro, como Entidade Pública Empresarial (E.P.E), foi criado no dia 1 de Setembro de 2008, por força da publicação do Decreto-Lei n.º 180/2008, de 26 de Agosto, extinguindo-se por conseguinte o Hospital Central de Faro, do qual sucederam para E.P.E todos os direitos e obrigações.

Assim, presentemente o Hospital de Faro, contribuinte fiscal nº 508 718 872, com sede na Rua Leão Penedo em Faro, é uma pessoa colectiva de direito público de natureza empresarial, dotada de autonomia financeira e patrimonial, regendo-se nos termos da legislação aplicável ao Sector Empresarial do Estado.

O seu Objecto Social, único, é a prestação de serviços de saúde, nos termos dos seus Estatutos e no respeito pelas normas que o regem, encontrando-se integrado no Serviço Nacional de Saúde

Por obrigatoriedade legal, foi feito o fecho de contas em 31 de Dezembro de 2009, tendo como objectivo conhecer a situação económica financeira da Instituição à data e que ora se apresenta.

As Demonstrações Financeiras apresentadas foram preparadas de harmonia com os princípios contabilísticos definidos pelo POCMS – Plano Oficial de Contabilidade do Ministério da Saúde (Ministério das Finanças e Ministério da Saúde, 2000).

Ao nível do registo e organização contabilística é de evidenciar que o sistema informático do Hospital de Faro está construído segundo as definições do referido POCMS, aprovado pela Portaria nº 898/2000, de 28 de Setembro (Ministério das Finanças e Ministério da Saúde, 2000), destacando-se o detalhe da classe 1, que reflecte a origem e o destino dos fluxos financeiros.

As notas que se seguem dizem respeito à numeração sequencial definida no POC, sendo que aquelas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis, ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras.

Os montantes encontram-se expressos em Euros, salvo indicação em contrário.

Page 125: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

125Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Nota 1 – Situações Derrogadas nas Demonstrações Financeiras

A derrogação do princípio de especialização no que se refere ao registo das taxas moderadoras no acto em que ocorrem versus momento de recebimento, deve-se à enorme dificuldade, motivada pelo sistema de informação utilizada na gestão de doentes (SONHO), na obtenção de dados que possibilitem, de forma sustentada, o cálculo dos montantes em dívida no final de cada período, embora estejam a decorrer esforços no sentido de solucionar tal dificuldade.

Nota 2 – Comparabilidade de Exercícios

Os dados apresentados deste exercício referem-se aos dados de 01 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2009. A receita do Hospital de Faro provém, essencialmente, do Serviço Nacional de Saúde, que antes era contabilizado na rubrica “742 - Transferências Correntes Obtidas”, passando agora a ser contabilizado como “712 - Prestações de Serviços” e como tal, trazendo problemas de comparabilidade de dados.

Nota 3 – Critérios Valorimétricos

As demonstrações Financeiras apresentadas foram elaboradas com o objectivo de obter uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira e dos resultados das operações do Hospital e obedecem aos Princípios Contabilísticos geralmente aceites, designadamente: da Entidade Contabilística; da Continuidade; da Consistência; da Especialização; do Custo Histórico; da Prudência; da Materialidade e da Não Compensação.

Os critérios valorimétricos de cálculo utilizados foram os seguintes:

Imobilizações Incorpóreas

São contabilizadas pelo seu custo histórico e por opção não foram amortiza-das ao longo dos exercícios anteriores.

Imobilizações Corpóreas

Os bens do activo imobilizado corpóreo figuram pelo seu custo de aquisição, excepto o relativo aos activos do imobilizado obtido a título gratuito, cuja valorização foi obtida pela aplicação do critério do preço de mercado. É política do Hospital de Faro calcular as reintegrações sobre o valor do custo de aquisição, de modo a reintegrar totalmente os bens até ao fim da sua vida útil pelo método das quotas constantes por duodécimos, aplicando as taxas máximas permitidas e constantes do Decreto Regulamentar nº 2/90, de 12 Janeiro, e da Portaria nº 671/00, de 17 Abril.

Page 126: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

126 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Existências

As matérias-primas, subsidiárias e de consumo, estão valorizadas ao custo de aquisição, com o acréscimo das respectivas despesas adicionais de compra, sendo que o método de custeio das saídas de armazém utilizado é o método do custo médio ponderado.

Dívidas de Terceiros

As dívidas de e a terceiros estão expressas pelas importâncias constantes dos documentos que as titulam.

Impostos sobre o Rendimento do Exercício

A estimativa do I.R.C. atende às instruções autónomas conforme o preconizado no artigo 81.º do C.I.R.C.

Acréscimos e Diferimentos

O Hospital de Faro regista os seus proveitos e custos, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, pelo qual esses proveitos e custos são reconhecidos à medida que são gerados, independentemente do momento em que são recebidos ou pagos. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes proveitos e custos gerados são registados nas rubricas “ Acréscimos e Diferimentos”.

Subsídios

Os subsídios atribuídos ao Hospital de Faro, no âmbito de projectos de investimentos, são registados como proveitos diferidos na rubrica de “Acréscimos e Diferimentos” e reconhecidos nas demonstrações de resultados, proporcionalmente às amortizações das Imobilizações Corpóreas Subsidiadas.

Nota 6 – Situações que afectam significativamente impostos futuros

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e a eventual correcção por parte das autoridades fiscais por um período de quatro anos, sendo de dez anos para a Segurança Social. Deste modo, as declarações fiscais do exercício de 2009 podem vir a ser sujeitas a revisão, contudo não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras entregues.

Page 127: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

127Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Nota 7 – Pessoas ao Serviço

O Hospital de Faro apresentava a 31 de Dezembro de 2009, 2328 (dois mil trezentos e vinte oito) funcionários e empregados, não estando disponível o número médio. No entanto, o valor apresentado é confiável para efeitos da informação pretendida.

Nota 10 – Activo Imobilizado e Amortizações Acumuladas e do Exercício

Foram mantidas as políticas e critérios contabilísticos inerentes ao reconhecimento e contabilização dos imobilizados corpóreos, à sua valorimetria e às bases de cálculo das amortizações, e à respectiva consistência com os exercícios anteriores enquanto Hospital Central de Faro, do qual sucederam todos os direitos e obrigações.

Quanto aos abates de equipamentos, encontram-se subdivididos pelas componentes de Equipamento Básico, Equipamento de Transporte e Equipamento Administrativo e Informático, decompondo-se da seguinte forma:

Equipamento Básico, num total de 277.106,98€, composto de:

1. Médico Cirúrgico: 192.541,99€

2. De Imagiologia: 117,21€

3. De Laboratório: 31.768,29€

4. Mobiliário Hospitalar: 10.120,86€

5. De desinfecção e esterilização: 3.236,17€

6. De Hotelaria: 33.664,67€

7. Outros: 5.657,79€

Equipamento Administrativo e Informático, num total de 281.748,67€, composto de:

1. Equipamento Administrativo: 33.668,32€

2. Hardware: 248.080,35€

Cumpre também referir que o total de abates, no valor de 558.855,65€, deu origem a perdas, no valor de 109.309,77€, provenientes de equipamento que não estava totalmente amortizado.

Page 128: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

128 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Activo Bruto de 2009

Conta Designação Saldo Inicial AumentosTransferências

e AbatesSaldo Final

Imobilizações Incorpóreas

431 Despesas de Instalação 123.366,99 € - € - € 123.366,99 €

432 Despesas de Investigação e Desenvolvimento 5.800,22 € - € - € 5.800,22 €

Sub-Total 129.167,21 € - € - € 129.167,21 €

Imobilizações Corpóreas

421 Terrenos e Recursos Naturais 90.485,85 - € - € 90.485,85 €

422 Edifícios e Outras Construções 12.926.555,01 1.824.751,52 € 5.821,91 € 14.745.484,62 €

423 Equipamento Básico 25.819.600,78 2.494.587,29 € 278.503,72 € 28.035.684,35 €

424 Equipamento de Transporte 218.376,25 46.023,18 € - € 264.399,43 €

425 Ferramentas e Utensilios 60.070,13 6.041,69 € - € 66.111,82 €

426 Equipamento Administrativo e Informático 7.543.719,07 968.131,35 € 282.635,24 € 8.229.215,18 €

427 Taras e Vasilhame 294,58 - € - € 294,58 €

429 Outras Imobilizações Corpóreas 162.937,16 804,00 € - € 163.741,16 €

Sub-Total 46.822.038,83 € 5.340.339,03 € 566.960,87 € 51.595.416,99 €

Investimentos Financeiros

441 Imobilizações em Curso de Investimentos Financeiros

- € - € - € - €

Sub-Total - € - € - € - €

Total Geral 46.951.206,04 € 5.340.339,03 € 566.960,87 € 51.724.584,20 €

Tabela 55 - Activo Bruto de 2009

Amortizações em 2009

Conta Designação Saldo Inicial ReforçosRegulariza-

çõesSaldo Final

48 Imobilizações Corpóreas

4811 Terrenos e Recursos Naturais - € - € - € - €

4822 Edifícios e Outras Construções 2.005.666,38 € 477.914,57 € - € 2.483.580,95 €

4823 Equipamento Básico 23.952.573,91 € 2.726.911,54 € 255.733,59 € 26.423.751,86 €

4824 Equipamento de Transporte 200.329,12 € 20.238,15 € - € 220.567,27 €

4825 Ferramentas e Utensilios 56.249,06 € 4.029,45 € - € 60.278,51 €

4826 Equipamento Administrativo e Informático 5.812.837,80 € 847.210,40 € 192.196,29 € 6.467.851,91 €

4827 Taras e Vasilhame - € - € - € - €

4829 Outras Imobilizações Corpóreas 143.726,16 € 2.293,54 € - € 146.019,70 €

Total Geral 32.171.382,43 € 4.078.597,65 € 447.929,88 € 35.802.050,20 €

Tabela 55 - Amortizações em 2009

Page 129: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

129Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Tabela 56 - Fundos Próprios de 2009

Relativamente às contas de Imobilizado, importa destacar os seguintes aspectos:

• O único edifício em que o Hospital de Faro é proprietário é o Edifício Lar;

• O Complexo Hospitalar sito na Rua Leão Penedo em Faro, não se encontra registado em nome do Hospital, assim como, o edifício dos Serviços de Psiquiatria, Terapia Ocupacional e Pneumologia, situado na Estrada de Loulé, junto à Escola Superior de Saúde de Faro, sendo pois para efeitos contabilísticos bens de Domínio Público, propriedade do Estado, não se encontrando, por conseguinte, registados nas Demonstrações Financeiras;

• As ofertas de Imobilizado foram registadas pelo valor de mercado.

Nota 34 – Provisões Acumuladas e do Exercício

Não foram constituídas provisões para créditos de cobrança duvidosa nem para outros riscos e encargos.

Nota 35 – Forma da Realização do Capital Social

De acordo com o Decreto-Lei nº 180/2008, o Capital Estatutário do Hospital de Faro E.P.E., é constituído por uma dotação em numerário subscrita e integralmente realizadas pelo Estado de 4.672.000,00€, devidamente registado na rubrica de Capital Social, contudo, durante o ano de 2009, foram efectuados aumentos de capital subscritos e realizados no montante de 15.250.097,00€.

Fundos Próprios de 2009

Conta Designação Saldo Inicial Transferências Aumentos Redução Saldo Final

511 Capital Social 4.672.000,00 € - € 15.250.097,00

€ - €

19.922.097,00 €

Sub-Total 4.672.000,00 € - € 15.250.097,00

€ - €

19.922.097,00 €

Reservas

574 Reservas Livres 6.006.155,75 € - € - € - € 6.006.155,75 €

575 Subsídios 4.725.877,74 € - € - € - € 4.725.877,74 €

576 Doações 748.701,06 € - € 144.436,83 € - € 893.137,89 €

Sub-Total 11.480.734,55

€ - € 144.436,83 € - €

11.625.171,38 €

Resultados

59 Resultados Transitados -49.980.842,14 € -29.983.476,74 € -23.331.775,58 € -56.632.543,30 €

88 Resultados Liquidos do Exercício -6.651.701,16 € - € -15.636.204,83 € -6.651.701,16 € -15.636.204,83 €

Sub-Total -56.632.543,30 € - € -45.619.681,57 € -29.983.476,74 € -72.268.748,13 €

Total Geral -40.479.808,75 € - € -30.225.147,74 € -29.983.476,74 € -40.721.479,75 €

Page 130: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

130 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

O valor do Capital Social corresponde ao Capital Subscrito e Realizado na constituição da nova Entidade Jurídica, quanto às Reservas Livres, decorrem dos valores que deram origem ao Hospital de Faro E.P.E., provenientes do Património do Hospital Central de Faro S.P.A.

Nota 41 – Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas

CMVMC de 2009

Conta Designação MercadoriasMatérias Primas, Subsidiárias e de Consumo

36 Existências Iniciais - € 2.928.382,70 €

312+316 Compras - € 42.136.515,29 €

793+693 Regularizações de Existências - € - €

36 Existências Finais - € 3.619.705,63 €

61 Custo das Mercadorias Vendidas - € 41.445.192,36 €

Tabela 57 - CMVMC de 2009

Tabela 58 - Vendas e Prestações de Serviços relativos a 2009

O custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas foi de 41.445.192,36€, cuja demonstração é apresentada no quadro acima. O saldo das existências do exercício de 2009 foi de 3.619.705,63€, o qual engloba as existências nos armazéns, farmácia, serviços clínicos e laboratórios.

Nota 43 – Remunerações dos Órgãos Sociais

Durante o exercício de 2009 foi atribuído aos membros do Conselho de Administração o valor de 318.234,63€.

Nota 44 – Repartição do Valor Líquido das Vendas e das Prestações de Serviços

Os proveitos gerados referem-se, essencialmente, a prestações de serviços resultantes da actividade de saúde com internamento, registando-se, ainda, proveitos provenientes da Venda de Energia e do Aluguer de Instalações, contudo, sem grande relevância e registados estes últimos na conta de Proveitos Suplementares.

Vendas e Prestações de Serviços relativos a 2009

Conta Designação 2009

711 Vendas 22.473,70 €

712 Prestações de Serviços 115.979.692,87 €

Total Geral 116.002.166,57 €

Page 131: Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2009

131Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Tabela 59 - Resultados Financeiros

Resultados Financeiros

CUSTOS E PERDAS PROVEITOS E GANHOS

Conta Designação 2009 Conta Designação 2009

681 Juros Suportados 867.936,43

€ 781 Juros Obtidos 1.038,01 €

685 Diferenças de Câmbios Desfavoráveis - € 786 Descontos de P/Pagamento Obtidos 97.710,87 €

688 Outros Custos e Perdas Financeiras 13.708,46 € -------------

82 Resultados Financeiros -782.896,01 €

Total Geral 98.748,88 € Total Geral 98.748,88 €

Nota 45 – Resultados Financeiros

Nota 46 – Resultados Extraordinários

Resultados Extraordinários

CUSTOS E PERDAS PROVEITOS E GANHOS

Conta Designação 2009 Conta Designação 2009

692 Dividas Incobráveis 761.793,19 € 794 Ganhos em Imobilizações 454,00 €

694 Perdas em Imobilizado 109.763,77 € 797 Correcções Relativas a exercícios Anteriores 424.691,38 €

695 Multas e Penalidades 54,92 € 798 Outros Proveitos e Ganhos Extraordinários 5.713.335,62 €

697 Correcções relativos a Exercícios Anteriores 1.558.298,39 €

698 Outros custos e Perdas Extraordinárias 467,59 €

84 Resultados Extraordinários 3.708.103,14 €

Total Geral 6.138.481,00 € Total Geral 6.138.481,00 €

Tabela 59 - Resultados Extraordinários

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132 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009

Nota 48 – Outras Situações Relevantes

No presente Relatório e Contas são feitos comentários, dos quais é permitido extrair análise e apreciação pormenorizadas da situação económica e financeira do Hospital de Faro, sendo de referir como nota final o saldo Activo e Passivo da rubrica “24 – Estado e Outros Entes Públicos”, que apresentava em 31 de Dezembro de 2009 o seguinte desdobramento:

Conta Designação Activo Passivo

Imposto sobre o Rendimento (I.R.C.)

2412 Retenções 228,63 €

2413 Imposto Estimado - € 2.941,38 €

Sub-Total 228,63 € 2.941,38 €

Retenções Imposto S/Rendimento(I.R.S.)

2421 Trabalho Dependente - € 714.535,26 €

2422 Trabalho Independente - € 4.397,54 €

24291 Sobre outros Rendimentos - € 149,00 €

24299 Retenções ACSS 31.000,47 € - €

Sub-Total 31.000,47 € 719.081,80 €

Imposto sobre Valor Acrescentado(I.V.A.)

2436 Iva a Pagar - € 22.161,64 €

Sub-Total - € 22.161,64 €

Contribuições para a Segurança Social

2452 Caixa Geral de Aposenta-ções

- € 529.695,77 €

2453 Segurança Social - € 443.261,84 €

Sub-Total - € 972.957,61 €

TOTAL GERAL 31.229,10 € 1.717.142,43 €

Tabela 60 - Outras Situações Relevantes

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CERTIFICAÇÃOLEGAL DE CONTAS9

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