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Hospital Garcia de Orta, EPE _____________________________________________________________________________ Relatório e Contas de 2013 RELATÓRIO & CONTAS DE 2013 HOSPITAL GARCIA DE ORTA, E.P.E.

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Hospital Garcia de Orta, EPE _____________________________________________________________________________

Relatório e Contas de 2013

RELATÓRIO & CONTAS DE 2013

HOSPITAL GARCIA DE ORTA, E.P.E.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 2

Índice

1. MENSAGEM DO PRESIDENTE ......................................................................................... 4

2. ENQUADRAMENTO DO HOSPITAL ................................................................................ 5

2.1. CARACTERIZAÇÃO DO HOSPITAL ..................................................................................................... 5

2.2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA ................................................................................... 8

2.3. ARTICULAÇÃO COM AS UNIDADES DE SAÚDE ............................................................................... 11

2.3.1. Cuidados de Saúde Primários ....................................................................................................... 11

2.3.2. Cuidados Hospitalares .................................................................................................................. 12

2.3.3. Cuidados Continuados ................................................................................................................. 13

3. MODELO ORGANIZATIVO, ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E

IDENTIFICAÇÃO DOS ORGÃOS SOCIAIS ........................................................................ 13

3.1. Modelo Organizativo .................................................................................................................... 13

3.2. Estrutura organizacional ............................................................................................................... 14

3.2. Modelo organizacional – organograma ......................................................................................... 15

3.3. Identificação dos Membros e Órgãos Sociais ................................................................................ 16

4. ATIVIDADE GLOBAL EM 2013 ..................................................................................... 19

4.1. Atividade assistencial .................................................................................................................... 19

4.1.1. Internamento ............................................................................................................................... 19

4.1.2. Bloco Operatório .......................................................................................................................... 25

4.1.3. Consultas Externas ....................................................................................................................... 30

4.1.4. Urgência ....................................................................................................................................... 36

4.1.5. Hospital de Dia ............................................................................................................................. 40

4.1.6. Indicadores de desempenho específicos associados a financiamento ........................................ 41

4.1.7. Outros projetos/atividades de melhoria relevantes .................................................................... 43

4.2. Execução orçamental e análise económico-financeira................................................................... 65

4.2.1. Análise do Desempenho Económico ............................................................................................ 67

4.2.1.1. Proveitos ................................................................................................................................... 67

4.2.1.2. Custos ........................................................................................................................................ 72

4.2.1.3. Resultados ................................................................................................................................. 75

4.2.1.4. Execução Orçamental das Compras .......................................................................................... 76

4.2.1.5. Execução Orçamental dos Investimentos ................................................................................. 77

4.2.2. Análise do Desempenho Financeiro ............................................................................................. 80

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Relatório e Contas de 2013 Página 3

4.2.2.1. Análise Financeira ..................................................................................................................... 80

4.2.2.2. Dívidas de Terceiros (Clientes e Outros Devedores) ................................................................. 83

4.2.2.3. Dividas a Terceiros (Fornecedores e Outros Credores) ............................................................. 84

4.3. Indicadores de recursos humanos ................................................................................................. 85

5. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ........................................................ 91

6. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXOS .......................................................... 92

Balanço em 31 de Dezembro de 2013 ................................................................................................... 92

Demonstração dos Resultados em 31 de Dezembro de 2013 ............................................................... 94

Demonstração dos Resultados por Funções em 31 de Dezembro de 2013 ........................................... 95

Demonstração dos Fluxos de Caixa em 31 de Dezembro de 2013 ........................................................ 96

Anexo às Demonstrações Financeiras do Exercício de 2013.................................................................. 97

ANEXO I – CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS ....................................... 119

Índice de tabelas

TABELA 1 – INDICADORES DE ATIVIDADE – DEZEMBRO DE 2011 ................................................................ 5

TABELA 2 - SERVIÇOS E UNIDADES FUNCIONAIS DISPONÍVEIS .................................................................... 6

TABELA 3 - CAPACIDADE DO HOSPITAL EM TERMOS DE INFRA-ESTRUTURAS ............................................ 7

TABELA 4 – POPULAÇÃO RESIDENTE NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRECTA DO HGO ...................................... 8

TABELA 5 - DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO DA ÁREA DE REFERÊNCIA DO HGO POR GRUPOS ETÁRIOS

..................................................................................................... ERRO! MARCADOR NÃO DEFINIDO.

TABELA 6 - DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO POR GRUPO ETÁRIO, SEXO E CONCELHO ................................ 9

TABELA 7 - DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO DA ÁREA DE REFERÊNCIA POR CONCELHO E GRUPO ETÁRIO10

TABELA 8 - UNIDADES LOCAIS DE SAÚDE DE CUIDADOS PRIMÁRIO, DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO

HOSPITAL ........................................................................................................................................... 11

TABELA 9 - UNIDADES LOCAIS DE SAÚDE DE CUIDADOS HOSPITALARES, DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO

HOSPITAL ........................................................................................................................................... 12

TABELA 10 - COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ........ ERRO! MARCADOR NÃO DEFINIDO.

TABELA 11 - ATIVIDADE DO INTERNAMENTO ............................................................................................ 19

TABELA 12 - ATIVIDADE DE BLOCO OPERATÓRIO ...................................................................................... 25

TABELA 13 - ATIVIDADE DE CONSULTA EXTERNA ...................................................................................... 30

TABELA 14 - ATIVIDADE DE URGÊNCIA ....................................................................................................... 36

TABELA 15 - ATIVIDADE DE HOSPITAL DE DIA ...................................... ERRO! MARCADOR NÃO DEFINIDO.

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Relatório e Contas de 2013 Página 4

1. MENSAGEM DO PRESIDENTE

O Ano de 2013 encerrou um ciclo importante da vida do HGO. Antes de mais porque se

verificaram alterações estruturais que irão condicionar a sua evolução nos próximos anos:

redução da sua área de influência no equivalente à população do Concelho de Sesimbra

(aproximadamente 50 mil habitantes) agora de forma efetiva e organizada, a servir de

referência aos cuidados hospitalares na Península de Setúbal, passo importante na sua muito

ambicionada estratégia de passar a responder ao défice de oferta de cuidados hospitalares no

que respeita a esta região. Espera-se que o HGO tenha um forte contributo na autossuficiência

de cuidados hospitalares na península de Setúbal. Esta missão coloca grandes e novos desafios

aos seus profissionais e gestores. Além da melhoria de algumas estruturas assistenciais, exigirá

mais e melhores qualificações aos seus profissionais.

Conseguimos ainda inverter um caminho de insustentabilidade económica, marcado por

crescentes e crónicos défices orçamentais, através da obtenção de um EBITDA positivo,

invertendo uma tendência que parecia impossível de alcançar, coroando 3 anos de intenso

rigor e grande sacrifício dos colaboradores. Não fosse a grave crise financeira e as quebras de

financiamento ocorridas e a justa valorização da atividade do HGO teria permitido um

resultado ainda melhor. O atual como o anterior Conselho de Administração e todos os

colaboradores orgulham-se deste resultado, que em termos relativos se pode considerar

muito bom no atual contexto. Mas esse orgulho tem subjacente um compromisso, que jamais

poderá ser quebrado por qualquer das partes envolvidas, sob pena de perda irrevogável da

confiança e motivação intrínseca – o compromisso com a qualidade.

O novo ciclo detém também alguns receios associados. O de que os sacrifícios vividos não são

suportáveis por muito mais tempo, sob pena de sobreposição, quiçá de anulação da

esperança, virtude humana natural e inerente à vida de qualquer organização. O de que as

margens de progressão no campo da eficiência, ao invés da qualidade, são mínimas e

porventura inferiores à perceção da comunidade e da tutela. O de que os valores atuais são

bem diferentes dos valores de outrora, exigindo um novo quadro de referência que torne

possível uma sã e frutífera convivência, em prol do progresso da instituição e do serviço

público associado.

São por isso tempos de grande exigência e novas dificuldades, só ultrapassáveis com grande

esforço, dedicação e profissionalismo.

Estou certo que temos condições para continuar a percorrer este caminho com elevação e

sucesso.

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Relatório e Contas de 2013 Página 5

2. ENQUADRAMENTO DO HOSPITAL

2.1. CARACTERIZAÇÃO DO HOSPITAL Tabela 1 – Indicadores de Atividade – Dezembro de 2013

TOTAL DA POPULAÇÃO RESIDENTE NA ÁREA DE INFLUÊNCIA 332.299

MOVIMENTO ASSISTENCIAL Nº

Lotação Sem Berçário 542

Número de Berços 31

Doentes Saídos Sem Berçário 20514

Movimento do Berçário 2426

Total de Consultas Médicas 276309

Intervenções cirúrgicas 14380

Taxa de Ambulatorização 62.0%

Número de Admissões à Urgência 147726

Sessões de Hospital de Dia 13564

Número de partos 2509

RECURSOS HUMANOS – Número de profissionais Nº

Contrato por Tempo indeterminado em F.P. 1100

Contrato individual de trabalho 1122

Outras Situações 201

INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA €

Capital Social 60.419.535

Investimentos 33.800.065,35

Resultado Líquido -3.685.036,75

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Relatório e Contas de 2013 Página 6

O Hospital Garcia de Orta classifica-se como hospital central que presta cuidados de

saúde diferenciados à população dos concelhos de Almada e Seixal, desenvolvendo

ainda atividades de investigação e formação, pré e pós graduada de profissionais de

saúde.

O HGO dispõe de uma vasta gama de especialidades médicas organizadas em serviços

e unidades funcionais, como se pode ver no quadro seguinte:

Tabela 2 - Serviços e unidades funcionais disponíveis

Especialidade / Serviço Especialidade / Serviço

Internamento: Ambulatório

Angiologia e Cirurgia Vascular Consulta Externa

Cardiologia Cirurgia de Ambulatório

Cirurgia Geral Hospital de Dia

Cirurgia Pediátrica Hematologia

Cirurgia Plástica e Reconstrutiva e

Estética Neurologia

Dermato-Venereologia Oncologia

Doenças Infecciosas (Infecciologia) Pediatria

Endocrinologia e Nutrição Pneumologia

Gastroenterologia Psiquiatria

Ginecologia Reumatologia

Hematologia Clínica Imunohemoterapia

Medicina Interna Medicina Física e Reabilitação

Nefrologia Centro de Infertilidade (CIRMA)

Neonatologia Meios Complementares Diagnóstico

Neurocirurgia Imagiologia

Neurologia Neurorradiologia

Obstetrícia Medicina Nuclear

Oftalmologia Técnicas Especiais

Oncologia Médica Cardiologia

Ortopedia Cirurgia Vascular

Otorrinolaringologia Gastrenterologia

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Relatório e Contas de 2013 Página 7

Pediatria Neurologia

Pneumologia Oftalmologia

Psiquiatria (Agudos) Otorrino

Reumatologia Pneumologia

Urologia Urologia

Ginecologia

U. Cuidados Intermédios Cardiologia Intervenção

U.C.I. Cirurgia Laboratórios

U.C.I. Coronários Anatomia Patológica

U.C.I. Pediatria Imunohemoterapia

U.C.I. Polivalente Patologia Clínica

Bloco Operatório Urgências

Bloco Operatório Geral

Bloco Partos Obstétrica/ Ginecológica

Bloco Cirurgia Ambulatório Pediátrica

Em termos de infra-estruturas assistenciais, a capacidade instalada do HGO é a

seguinte:

Tabela 3 - Capacidade do hospital em termos de infra-estruturas

Salas, Camas e Gabinetes Capacidade

Instalada

Capacidade

Utilizada

Gabinetes de Consulta Externa 40 71

Salas de Pequena Cirurgia da C. Externa 2 2

Salas Bloco Operatório - Cirurgia Urgente 1 1

Salas Bloco Operatório - Cirurgia Convencional 7 7

Salas Bloco Operatório - Cirurgia Ambulatório 4 4

Salas no Bloco de Partos 5 5

Salas de Pequena Cirurgia da Urgência 1 1

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Relatório e Contas de 2013 Página 8

Camas de Hospital de Dia

Cadeirões de Hospital de Dia 45 45

Camas de Unidade de Recobro 18 18

Camas * 542 542

*Excluindo Berçário e SO

2.2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA

A população diretamente servida pelo HGO em 2013, totaliza 332.299 habitantes (INE,

2011), assim distribuídos:

Tabela 4 – População residente na área de influência direta do HGO

Fonte :INE censos 2011

De referir o forte crescimento populacional da área de influência do HGO nos últimos

anos, totalizando-se um acréscimo de 85.858 habitantes nos 3 concelhos. Em 1991

estes 3 concelhos possuíam apenas 295.941 habitantes. O concelho de Almada

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registou entre o ano de 1991 e o ano 2011 um crescimento de 14.66% correspondente

a um aumento de população de 22.247 pessoas. O concelho do Seixal registou um

crescimento de 35.37% correspondente a 41.357 pessoas e o concelho de Sesimbra

registou um crescimento de 81.68% correspondente a um aumento populacional de

22.254 pessoas. Com vista a redimensionar de forma mais equitativa a população pelas

estruturas hospitalares, em 2013 o Hospital viu ser redefinida a sua área de influência

direta, passando esta a ser constituída pelo concelho de Almada e do Seixal, o

concelho de Sesimbra passou para a área de influência do Centro hospitalar de

Setúbal. Desta forma o Hospital passou a servir diretamente 332.299 habitantes.

A área de influência do HGO, por incluir zonas balneares de grande extensão, sofre um

aumento significativo de população, com maior incidência nos meses de Julho e

Agosto e que se reflete, inevitavelmente, no movimento assistencial do hospital,

nomeadamente, no Serviço de Urgência.

Em consonância, tem-se observado um crescimento da admissão de doentes com

idades avançadas no Serviço de Urgência, assim como em outros serviços do Hospital.

O elevado número de lares da área de influência do Hospital é seguramente um factor

que tem contribuído para este crescimento. Assiste-se a uma imigração social,

tendencial, com a mobilização de familiares idosos, para realizar o tratamento neste

Hospital, trazidos pelos familiares residentes para junto de si.

A estrutura etária na área de influência do Hospital distribui-se da seguinte forma,

conforme se pode verificar no quadro e gráfico abaixo: 15.5% tem entre 0 e 14 anos,

10.5% tem entre 15 e 24 anos, 55.8% tem entre 25 e 64 anos e com mais de 65 anos

temos 18.2% (dados dos censos 2011). Com esta distribuição é de prever uma procura

progressivamente crescente devido ao envelhecimento da população.

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Relatório e Contas de 2013 Página 10

Tabela 5 - Distribuição da população por grupo etário, sexo e concelho

Fonte :INE censos 2011

Tabela 6 - Distribuição da população da área de referência por concelho e grupo etário

Fonte :INE censos 2011

Almada174.030 82.542 91.488 25.593 13.143 12.450 17.646 9.000 8.646 94.792 45.092 49.700 35.999 15.307 20.692

Seixal158.269 75.944 82.325 25.752 13.120 12.632 17.207 8.716 8.491 90.669 42.923 47.746 24.641 11.185 13.456

M

Local de

residência (à data

dos Censos 2011)

População residente (N.º) por Local de residência (à data dos Censos 2011), Sexo e Grupo etário; Decenal (1)

2011

Grupo etário

Total 0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 anos 65 e mais anos

Sexo

HM H M HM H HM H MHM H M HM H M

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Relatório e Contas de 2013 Página 11

2.3. ARTICULAÇÃO COM AS UNIDADES DE SAÚDE

2.3.1. Cuidados de Saúde Primários

A Área de Influência do HGO possui uma extensa rede de Centros de Saúde e

extensões como se pode verificar no quadro abaixo:

Tabela 7 - Unidades locais de saúde de cuidados primário, da área de influência do hospital

ACES Instituição Tipo Local Local

ALMADA

CS Almada

Unidade de Saúde Familiar USF São João do Pragal

Extensão Ext Francisco Xavier Noronha

Ext Rainha D. Leonor

CS Costa da

Caparica

Unidade de Saúde Familiar USF Sobreda

USF Monte da Caparica

Extensão

Ext Costa da Caparica1

Ext Charneca da Caparica

Ext Monte da Caparica

Ext Trafaria

CS Cova da

Piedade

Unidade de Saúde Familiar USF Cova da Piedade

USF Feijó

Extensão

Ext Cova da Piedade1

Ext Feijó

Ext Laranjeiro

SEIXAL

CS Seixal Unidade de Saúde Familiar

USF FFMais

USF Cuidar Saude

USF CSI-Seixal

USF Torre Da Marinha

USF Pinhal De Frades

CS Corroios Unidade de Saúde Familiar USF Servir Saúde

CS Seixal Extensão Ext Seixal1

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

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Ext Torre Marinha

CS Amora Extensão Ext Cruz de Pau

Ext Amora1

CS Corroios Extensão Ext Corroios1

CS Amora Unidade de Saúde Familiar USF Rosinha

USF Amora Saudável

Algumas especialidades do HGO mantêm uma articulação de consultadoria com

deslocação periódica de médicos aos Centros de Saúde. Apesar da taxa de utilização da

urgência geral na área do HGO ser inferior ao padrão nacional, presumindo-se que

devido ao bom funcionamento de uma parte dos Centros de Saúde da área de

influência, a % de doentes com cor verde e azul do Sistema de Triagem de Manchester

é ainda bastante elevada (40%).

2.3.2. Cuidados Hospitalares

No que se refere a cuidados hospitalares a área de influência do HGO e área limítrofe

possui diversas unidades públicas e privadas, como se pode verificar no quadro

seguinte:

Tabela 8 - Unidades locais de saúde de cuidados hospitalares, da área de influência do hospital

Centros hospitalares E.P.E.

Particulares

Centro Hospitalar Barreiro, EPE Hospital Particular de Almada

Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E. NMC – Centro Médico Nacional Lda

Almada

NMC – Centro Médico Nacional Lda

Seixal

Hospital Santiago – Setúbal

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2.3.3. Cuidados Continuados

Um dos objetivos da criação da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados

(RNCCI) foi a de proporcionar aos doentes uma continuidade de tratamento, logo após

a alta hospitalar. Pressupõe-se assim a existência de unidades que permitam

descongestionar o acesso ao internamento nos hospitais de agudos.

Apesar da melhoria verificada em 2012 e 2013 no que respeita á resposta da RNCCI,

como veremos, ainda é muito insuficiente, motivando o protelamento de

internamentos em relação a um considerável número de doentes, traduzido num

significativo número de dias de internamento inadequado.

3. MODELO ORGANIZATIVO, ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E IDENTIFICAÇÃO DOS

ORGÃOS SOCIAIS

3.1. Modelo Organizativo

O modelo organizativo que suporta a estrutura de funcionamento do HGO tem por

base a responsabilidade na gestão e a qualidade e eficiência na prestação de cuidados

de saúde.

O HGO adopta um modelo de gestão participada que compreende os níveis de gestão

estratégica, intermédia e operacional e que assenta na contratualização interna de

objectivos e meios.

Ao CA, ao nível estratégico, compete estabelecer os objectivos do HGO, assegurar e

controlar a sua execução e definir as estratégias e políticas de gestão internas.

Aos níveis intermédios de gestão, designadamente, aos centros de responsabilidade,

incumbe a coordenação e articulação das atividades e recursos dos serviços e unidades

funcionais que integram.

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Relatório e Contas de 2013 Página 14

Aos serviços e unidades funcionais, ao nível da gestão operacional, incumbe a

prestação direta de cuidados e as atividades de suporte necessárias àquela, de acordo

com objectivos e metas integrados em planos de atividade aprovados pelo CA.

3.2. Estrutura organizacional

O HGO organiza-se em três áreas de atividade:

a) A área clínica;

b) A área da formação, ensino e investigação;

c) A área de administração e de apoio logístico.

A área clínica organiza-se de acordo com uma estrutura matricial, assente em

processos de gestão por valências/patologias.

A área da formação, ensino e investigação constitui-se numa estrutura operacional e

diferenciada, denominada Centro de Investigação Garcia de Orta (CIGO) organizado

por atividades e por programas específicos, com atribuições definidas em regulamento

próprio.

A área de administração e de apoio logístico estrutura-se verticalmente, mas

adoptando sempre que possível formas de organização em torno de processos de

trabalho.

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Relatório e Contas de 2013 Página 15

3.2. Modelo organizacional – organograma

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Relatório e Contas de 2013 Página 16

3.3. Identificação dos Membros e Órgãos Sociais

Conselho de Administração atualmente em funções

Mandato: 2013-2015

Tabela 9 - Composição do Conselho de Administração

CARGO NOME

Presidente Joaquim Daniel Lopes Ferro

Vogal (1) José António Completo Ferrão

Vogal (2) Maria de Lourdes Caixaria Bastos

Diretor Clinico Vogal (4) Dra. Ana Paula Breia dos Santos Neves

Enfermeiro Diretor Vogal (3)

Odília Maria Taleigo das Neves

Conselho de Administração

Competências próprias – são as previstas no Artigo 7º dos Estatutos que fazem parte

do Anexo II do Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro.

Competências delegadas – são as delegadas pelo Senhor Ministro da Saúde e pelo

Senhor Secretário de Estado da Saúde.

Presidente – Dr. Joaquim Daniel Lopes Ferro

Funções e responsabilidades – Presidente do Conselho de Administração. Coordenação

da execução do Plano Estratégico do HGO; coordenação da área de Comunicação;

Coordenação do Plano de segurança; Coordenação da ligação do HGO com os

Cuidados de Saúde primários e outras instituições; representação do hospital; zelar

pelo cumprimento das normas e regulamentos em vigor.

Vogal Executivo – Dr. José António Completo Ferrão

Funções e responsabilidades – Responsável pelos Serviços de Gestão de Recursos

Humanos, Gabinete de Assessoria Jurídica e Contencioso, Serviço de Formação, Serviço

de Aprovisionamento, Serviços Farmacêuticos, Gestão Hoteleira, Serviço de

Instalações e Equipamentos, Serviço Social e Serviço de Saúde Ocupacional.

Vogal Executivo – Dra. Maria de Lourdes Caixaria Bastos

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Relatório e Contas de 2013 Página 17

Funções e responsabilidades – Responsável pela Gestão Financeira e Património,

Auditoria Interna, Planeamento e Controlo de Gestão e Serviço de

Informática/Tecnologias de Informação, Serviço de Apoio Geral e a Doentes e Arquivo

Clínico.

Diretora Clínica – Dra. Ana Paula Breia dos Santos Neves

As competências constam do Artigo 9º dos Estatutos que fazem parte do Anexo II do

Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro. Adicionalmente, é responsável pela área

da Governação Clinica.

Enfermeira Diretora – Enf.ª. Odilia Maria Taleigo das Neves

As competências constam do Artigo 10º dos Estatutos que fazem parte do Anexo II do

Decreto – Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro. Adicionalmente, é responsável pela

Gestão do projeto de Melhoria da Qualidade e Acreditação – CHKS, pela área da

Formação e ainda, pela Gestão global dos Assistentes Operacionais.

Comissões Especializadas que integram membros do Conselho de

Administração

o Diretora Clínica:

- Comissão Médica

- Comissão de Farmácia e Terapêutica

o Enfermeiro Diretor:

- Comissão de Enfermagem

Fiscal Único

Efetivo: Vítor Almeida & Associados, S.R.O.C., Lda

Representada pelo Dr. Vítor Manuel Baptista de Almeida

Suplente: Dr. António José Brito da Cruz

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 18

Efetivo: Rosa Lopes Gonçalves Mendes

Representada pelo Dr. Jose de Jesus Gonçalves Mendes

Suplente: Dr. João Manuel Rosa Lopes

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 19

4. ATIVIDADE GLOBAL EM 2013

4.1. Atividade assistencial

A partir do mês de Abril de 2013, resultado da reorganização impulsionada pela

Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, concretizou-se a

operacionalização da Urgência Metropolitana de Lisboa e a reestruturação dos

cuidados hospitalares da Península de Setúbal, nomeadamente a centralização das

urgências de algumas especialidades dos hospitais da Península de Setúbal, no Hospital

Garcia de Orta, transferência da especialidade de Dermatologia do Centro Hospitalar

Barreiro Montijo para o Hospital Garcia de Horta, a deslocação dos doentes do

Concelho de Sesimbra para o Centro Hospitalar de Setúbal.

Estes factos dificultam a comparação de indicadores apresentados neste relatório que

comparam realidades distintas, uma ocorrida em 2013, a partir de Abril, e outra, com

valores do ano de 2012.

4.1.1. Internamento Tabela 10 - Atividade do internamento

Internamento Realizado 2012 Realizado 2013 Var % 2013/2012

Doentes saídos 21033 20514 -2.5%

Dias de internamento 168748 168139 -0.4%

Lotação Praticada 545 542 -0.55%

Demora média 8.02 8.20 1.02%

Taxa de ocupação 84.8% 84.9% 0.12%

O Hospital Garcia de Orta, em 2013, viu a sua lotação estabilizada, face à diminuição

verificada na estrutura de internamento em 20 camas em 2012, tendo reduzido ainda

3 camas em 2013, passando a contar com uma lotação global de 542 camas e 31

berços.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 20

A taxa de ocupação atingiu os 84,9% no período em análise, motivando uma gestão

mais apertada das vagas e recurso crescente á flexibilização da gestão de camas. A

Demora média que expressa o rácio entre o número de dias de internamento e o total

de doentes saídos foi de 8,20 dias. A maior complexidade dos doentes tratados, fruto,

nomeadamente, da centralização das urgências da Península de Setúbal no HGO, já

referida anteriormente, não permitiu melhorias neste indicador.

O aumento da complexidade registada é evidente na evolução do Indice Case-mix ao

longo dos últimos quatro anos.

O aumento da complexidade dos doentes traduz-se naturalmente num aumento,

ainda que ligeiro da taxa de complicações, no entanto a procura da excelência nos

cuidados prestados consegue evitar o aumento das readmissões, indicador típico da

qualidade dos cuidados prestados, cuja melhoria em 2013 foi notória.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 21

De referir ainda o excelente posicionamento do HGO face a hospitais portugueses e

espanhóis nestes dois indicadores (Benchmarking Clínico IASIST). Na taxa de

complicações ajustadas ao risco, não obstante este ligeiro aumento, o HGO registou

menos 25.35% de complicações do que o esperado para o tipo de doentes que trata.

Na taxa de readmissões ajustadas ao risco, registou menos 17.82% do que o esperado.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 22

RealizadoContratua

lizadoRealizado

Nº % Nº %

Angeologia e Cirurgia Vascular 503 497 514 11 2,2% 17 3,4%

Cardiologia 1.441 1.397 1.409 -32 -2,2% 12 0,9%

Cirurgia Geral 2.613 2.658 2.396 -217 -8,3% -262 -9,9%

Cirurgia Maxilo-Facial 149 0 143 -6 -4,0% 143

Cirurgia Pediátrica 87 121 207 120 137,9% 86 71,1%

Cirurgia Plástica e Reconstrutiva 157 159 174 17 10,8% 15 9,4%

Dermato-Venereologia 106 86 90 -16 -15,1% 4 4,7%

Doenças Infecciosas (Infecciologia) 120 107 130 10 8,3% 23 21,5%

Endocrinologia - Nutrição 112 97 121 9 8,0% 24 24,7%

Gastrenterologia 453 412 515 62 13,7% 103 25,0%

Ginecologia 840 841 807 -33 -3,9% -34 -4,0%

Hematologia Clínica 116 101 71 -45 -38,8% -30 -29,7%

Medicina Interna 2.778 2.462 2.551 -227 -8,2% 89 3,6%

Nefrologia 311 315 278 -33 -10,6% -37 -11,7%

Neonatologia 154 135 112 -42 -27,3% -23 -17,0%

NeuroCirurgia 779 756 768 -11 -1,4% 12 1,6%

Neurologia 584 561 583 -1 -0,2% 22 3,9%

Obstetrícia 2.989 2.687 2.716 -273 -9,1% 29 1,1%

Oftalmologia 393 387 438 45 11,5% 51 13,2%

Oncologia 221 214 341 120 54,3% 127 59,3%

Ortopedia + Trauma 1.251 1.313 1.329 78 6,2% 16 1,2%

Otorrinolaringologia 531 705 528 -3 -0,6% -177 -25,1%

Pediatria 700 814 694 -6 -0,9% -120 -14,7%

Pneumologia 497 469 494 -3 -0,6% 25 5,3%

Psiquiatria (agudos) 394 400 381 -13 -3,3% -19 -4,8%

Reumatologia 109 121 86 -23 -21,1% -35 -28,9%

Urologia 627 569 658 31 4,9% 89 15,6%

U. Cuidados Intermédios 1.446 1.483 1.580 134 9,3% 97 6,5%

UCI Neurocirurgia 70 81 47 -23 -32,9% -34 -42,0%

UCI Coronários 91 96 91 0 0,0% -5 -5,2%

UCI Pediátricos 23 21 25 2 8,7% 4 19,0%

UCI Outras 182 168 138 -44 -24,2% -30 -17,9%

UCI Polivalente 85 101 99 14 16,5% -2 -2,0%

Total geral sem berçario 20.912 20.334 20.514 -398 -1,9% 180 0,9%

Berçário 2.652 2.447 2.426 -226 -8,5% -21 -0,9%

Sub-total UCI 1.897 1.950 1.980 83 4,4% 30 1,5%

Sub-Total Especialidades Médicas 8.096 7.691 7.856 -240 -3,0% 165 2,1%

Sub-Total Especialidades Cirúrgicas 7.781 8.006 7.819 38 0,5% -187 -2,3%

Demora média sem berçario 8,0 7,9 8,2 0,2 0,3

Total Geral com Berçario incluido 23.564 22.781 22.940 -624 -2,6% 159 0,7%

Doentes saídos

2012 2013 2013Período Homólogo

Internamento - Dezembro 2013

Realizado/Contratu

alizado

Variação

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Relatório e Contas de 2013 Página 23

A linha de produção Internamento, registou em dezembro de 2013, um total de 20514

doentes saídos sem considerar o berçário, correspondendo a um decréscimo de 1.9%

face ao período homólogo e um acréscimo de 0.9% face ao contratualizado.

Se considerarmos o numero de doentes saídos da totalidade dos serviços, registamos

um decréscimo face ao período homologo de 2.6% e um acréscimo face ao

contratualizado de 0.7%.

Podemos ainda verificar que as especialidades médicas apresentam um numero de

doentes saídos inferior ao período homologo de 3.0% e um acréscimo face ao

contratualizado de 2.1%. As especialidades cirúrgicas apresentam acréscimo face ao

período homologo de 0.5% e um decréscimo face ao contratualizado de 2.3%.

As UCI apresentam valores superiores ao período homologo e ao contratualizado.

A demora média encontra-se 0.2 dias acima do período homólogo e 0,3 dias acima do

contratualizado.

Projeto de Melhoria da Gestão do Internamento

Considerando que a procura de cuidados hospitalares no âmbito das necessidades de

internamento se apresenta estável e que de acordo com o benchmarking internacional

IASIST o HGO apresenta uma oportunidade de melhoria da eficiência no que respeita

aos tempos médios de internamento; considerando ainda que o Serviço de Urgência

Geral debate-se com problemas de falta de recursos médicos especializados

designadamente na área médica, podendo no entanto libertar alguns recursos

consumidos com a sobrelotação da UIMC (demora média de 3 dias, quando seria

desejável 1 dia) para aplicar em áreas deficitárias (ex. ambulatório). Foi organizado um

projeto de melhoria da gestão do internamento que consiste, através da aplicação da

metodologia de (PRU), na identificação das causas que justificam dias de internamento

inapropriados, procurando que cada serviço em função da sua especificidade atue

sobre essas causas, melhorando a gestão dos tempos de internamento. Este projeto

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Relatório e Contas de 2013 Página 24

foi iniciado nos 2 serviços com maior desvio entre a demora média registada e

esperada (medicina Interna e Neurocirurgia) prevendo-se a expansão aos restantes

serviços com desvios significativos em 2014 (4 serviços).

No sentido de otimizar a estrutura de internamento, numa perspetiva de gestão global

de camas, foi criada uma equipa de trabalho (Equipa de Apoio á Gestão do

Internamento) que em articulação com a Equipa de Gestão de Altas (EGA) procura

gerir no dia-a-dia as vagas disponíveis com as necessidades de internamento de

doentes, contribuído ainda que indiretamente para a melhoria da gestão do

internamento.

Contrariamente aos resultados esperados, a demora média em 2013 aumentou não só

devido á complexidade dos doentes, como foi referido anteriormente mas também

porque o internamento inapropriado por motivos sociais vem aumentando. O

aumento das doenças crónicas e a complexidade das patologias traduz-se num maior

número de doentes que após alta hospitalar mantêm elevadas incapacidades e

dependência de cuidados, cada vez menos compatível com o apoio familiar não só

porque esses cuidados são por natureza muito difíceis de assegurar pelas famílias,

devido á ocupação laboral, ou por terceiros devido á redução dos rendimentos das

famílias agravada pela atual crise económica.

Como se pode verificar no quadro seguinte, os dias inapropriados de doentes

internados a aguardar vaga na Rede de Cuidados Continuados ou em Lar com apoio

social corresponderam a 7726 dias. Devido a dificuldades das próprias famílias, houve

mais 5100 dias de protelamento de alta. ou seja, em média estiveram ocupadas 35

camas com doentes com alta clínica.

Ano Dif. entre alta clinica e alta administrativa

Casos Sociais

RNCC Outros

(dias) (dias) (dias) (dias)

2013 12826 1690 6036 5100

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Relatório e Contas de 2013 Página 25

Este problema coloca em risco a missão do HGO, na medida em que idêntico número

de doentes permanece internado no Serviço de Urgência por falta de vaga nos

serviços, Esta situação tem merecido a maior atenção do Conselho de Administração e

foi já objeto de diversas exposições aos órgãos de tutela, aguardando-se que a

abertura de mais camas de cuidados continuados minimize os seus efeitos.

Considerando que o esperado aumento de vagas na RNCCI mesmo assim continuará a

ser insuficiente para dar resposta a este problema – note-se que a maioria dos doentes

com protelamento de altas exige unidades de longa duração, tipologia que continuará

a ser largamente insuficiente para as necessidades – não se vislumbra solução a curto

prazo para este grave problema.

Finalmente, deverá referir-se a boa articulação alcançada em 2013, quer ao nível do

apoio pela equipa de cuidados continuados do HGO, cuja atividade permitiu tratar no

domicílio doentes em visitas efetuadas, sublinhando-se a elevada satisfação da

população com o serviço prestado por esta equipa, quer ao nível da articulação com as

Equipas de Cuidados Continuados Integrados do ACES de Almada e Seixal, para quem

se iniciou a transferência de grande parte da tipologia de cuidados prestados

anteriormente pela Equipa do HGO, de forma a reconverter a equipa do HGO e

garantir o apoio do projeto da hospitalização domiciliária em 2014.

4.1.2. Bloco Operatório Tabela 11 - Atividade de bloco operatório

Bloco Operatório Realizado 2012 Realizado 2013 Var % 2013/2012

Cirurgia ambulatório 6926 7465 7.8%

Cirurgia convencional 4508 4552 1.0%

Total Cirurgia programada 11434 12017 5.1%

Cirurgia urgente 2311 2363 2.3%

Total Cirurgias 13745 14380 4.6%

% Cirurgia ambulatório 60.57% 62.12% 2.56%

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Relatório e Contas de 2013 Página 26

A atividade cirúrgica do HGO, em 2013, atingiu as 14.380 cirurgias, sendo que o

hospital registou um acréscimo de atividade, face ao período homólogo, de 4.6%.

A cirurgia programada cresceu 5.1% face ao período homólogo, representando 83,6%

do total de cirurgias.

No seguimento de medidas estratégicas tomadas pelo Conselho de Administração de

desenvolvimento da ambulatorização, a atividade de cirurgia de ambulatório face ao

período homólogo, cresceu 7.8%.

Este acréscimo é insuficiente para satisfazer as necessidades da população uma vez

que a lista de espera continua a subir e continuamos a ter doentes intervencionados

no exterior por incapacidade de resolver na instituição essas situações dentro do

tempo adequado.

O decréscimo da atividade urgente é um bom indicador, admitindo-se que possa estar

relacionado com a melhor resposta da cirurgia programada. Relativamente às

especialidades que mais reduziram o peso da cirurgia urgente foram a Cirurgia

vascular, Cirurgia Pediátrica, Neurocirurgia, Oftalmologia, Urologia, que registaram um

desempenho acima dos valores homólogos e do contratualizado,

Devemos salientar o esforço exercido no sentido de melhorar a acessibilidade em

termos cirúrgicos através da diminuição dos tempos de espera, tendo por base o

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 27

indicador registado pelo HGO em Junho de 2010 (250 dias), considerando o tempo

máximo de resposta garantido como objetivo mínimo a atingir, bem como da

diminuição de doentes em lista de espera.

No que respeita ao tempo média de espera o HGO conseguiu alcançar a meta

contratualizada (170 dias)

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Relatório e Contas de 2013 Página 28

BaseAdicio

naltotal Base

Adici

onalTotal Base

Adicio

nalTotal Nº % Nº %

Angeologia e Cirurgia Vascular 325 0 325 332 0 332 316 316 -9 -2,8% -16 -4,8%

Cirurgia Geral 957 0 957 957 0 957 852 852 -105 -11,0% -105 -11,0%

Cirurgia Maxilo-Facial 119 0 119 120 0 120 98 98 -21 -17,6% -22 -18,3%

Cirurgia Pediátrica 41 0 41 49 0 49 49 49 8 19,5% 0 0,0%

Cirurgia Plástica e Reconstrutiva 154 0 154 161 0 161 167 167 13 8,4% 6 3,7%

Dermato-Venereologia 1 0 1 1 0 1 4 4 3 300,0% 3 300,0%

Ginecologia 483 0 483 504 0 504 477 477 -6 -1,2% -27 -5,4%

NeuroCirurgia 482 0 482 500 0 500 442 442 -40 -8,3% -58 -11,6%

Obstetrícia 0 0 0 0 0 0 0 0

Oftalmologia 319 0 319 318 0 318 360 360 41 12,9% 42 13,2%

Ortopedia + Traumatologia 891 0 891 908 0 908 982 982 91 10,2% 74 8,1%

Otorrinolaringologia 270 0 270 272 0 272 300 300 30 11,1% 28 10,3%

Urologia 413 0 413 438 0 438 454 454 41 9,9% 16 3,7%

Nefrologia 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1

Pneumologia 53 0 53 57 0 57 50 50 -3 -5,7% -7 -12,3%

TOTAL Convencional 4.508 0 4.508 4.617 0 4.617 4.552 0 4.552 44 1,0% -65 -1,4%

Angeologia e Cirurgia Vascular 820 0 820 830 830 605 605 -215 -26,2% -225 -27,1%

Cirurgia Geral 1.185 0 1.185 1.237 1.237 1.072 1.072 -113 -9,5% -165 -13,3%

Cirurgia Maxilo-Facial 60 0 60 53 53 84 84 24 40,0% 31 58,5%

Cirurgia Pediátrica 176 0 176 183 183 256 256 80 45,5% 73 39,9%

Cirurgia Plástica e Reconstrutiva496 0 496 594 594 463 463 -33 -6,7% -131 -22,1%

Dermato-Venereologia 833 0 833 965 965 952 952 119 14,3% -13 -1,3%

Ginecologia 554 0 554 647 647 432 432 -122 -22,0% -215 -33,2%

NeuroCirurgia 98 0 98 251 251 244 244 146 149,0% -7 -2,8%

Obstetrícia 215 0 215 340 340 226 226 11 5,1% -114 -33,5%

Oftalmologia 1.532 0 1.532 1.800 1.800 2.217 2.217 685 44,7% 417 23,2%

Ortopedia + Traumatologia 334 0 334 461 461 264 264 -70 -21,0% -197 -42,7%

Otorrinolaringologia 416 0 416 524 524 385 385 -31 -7,5% -139 -26,5%

Urologia 33 0 33 37 37 91 91 58 100,0% 54 145,9%

Nefrologia 173 0 173 212 212 174 174 1 0,6% -99,5%

Pneumologia 0 0 0 1 1 0 0 0 -1 -100,0%

TOTAL Ambulatoria 6.925 0 6.925 8.135 0 8.135 7.465 0 7.465 540 7,8% -670 -8,2%

TOTAL PROGRAMADA 11.433 0 11.433 12.752 0 12.752 12.017 0 12.017 584 5,1% -735 -5,8%

Angeologia e Cirurgia Vascular 84 84 97 97 110 110 26 31,0% 13 13,4%

Cirurgia Geral 1.278 1278 1.338 1.338 1.237 1.237 -41 -3,2% -101 -7,5%

Cirurgia Maxilo-Facial 9 9 12 12 8 8 -1 -4 -33,3%

Cirurgia Pediátrica 92 92 183 183 179 179 87 94,6% -4 -2,2%

Cirurgia Plástica e Reconstrutiva 3 3 1 1 1 1 -2 0 0,0%

Dermato-Venereologia 0 0 0 0 0 0 0

Ginecologia 35 35 39 39 27 27 -8 -22,9% -12 -30,8%

NeuroCirurgia 297 297 257 257 307 307 10 3,4% 50 19,5%

Obstetrícia 0 0 0 0 0 0 0

Oftalmologia 18 18 18 18 22 22 4 22,2% 4 22,2%

Ortopedia + Traumatologia 339 339 320 320 311 311 -28 -8,3% -9 -2,8%

Otorrinolaringologia 105 105 111 111 91 91 -14 -13,3% -20 -18,0%

Urologia 42 42 42 42 63 63 21 50,0% 21 50,0%

Nefrologia 0 0 0 0 0 0 0 0

Pneumologia 9 9 8 8 7 7 -2 -22,2% -1 -12,5%

TOTAL Urgente 2.311 0 2.311 2.426 0 2.426 2.363 0 2.363 52 2,3% -63 -2,6%

TOTAL GLOBAL 13.744 0 13.744 15.178 0 15.178 14.380 0 14.380 636 4,6% -798 -5,3%

Cirurgia Ambulatória

Cirurgia Urgente

Cirurgia Convencional

Actividade Cirurgica -

Dezembro

2012 2013

Variação

Período HomólogoRealizado/Contrat

ualizado

Realizado Realizado total BaseProposta de

Contratualização

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Relatório e Contas de 2013 Página 29

Projeto de melhoria da acessibilidade aos cuidados cirúrgicos

Apesar do progresso registado na gestão dos doentes em lista de espera não se

alcançou ainda um resultado esperado. Em 2013 foram operados 25.5% de doentes

com TME inferior a 120 dias, cumprindo com os níveis de prioridade definidos, o que

condiciona o nº de doentes operados em instituições do sector privado, por atingirem

o TMRG e serem emitidos vales de cirurgia. O número destes doentes cresceu de 1121

em 2012 para 1157 em 2013. O HGO necessita de continuar a melhorar o sistema de

controlo, desde logo ao nível da direção dos serviços e num segundo plano, das

estruturas operatórias que neste campo praticamente não têm tido intervenção

relevante. O nº de doentes operados no tempo clinicamente adequado em 2013 foi

de 86.3%.

De referir ainda que a lista de espera continua a aumentar sendo uma das instituições

da ARSLVT com maior lista de espera. Particularmente crítico é o facto de uma %

considerável de doentes operados no HGO ser estranha á sua área de influência,

apesar dos apelos aos serviços para evitar a inscrição de doentes estranhos, havendo

que em 2014 de condicionar efetivamente essa inscrição, dada a redução previsível da

capacidade operatória pela grande redução do staff de Anestesiologia e pela

incapacidade financeira de assunção de encargos com operações no sector privado a

doentes estranhos á área de influência do HGO.

Formatada: Tipo de letra:(predefinido) Arial, 10 pt, Cor do tipode letra: Texto 2

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Relatório e Contas de 2013 Página 30

4.1.3. Consultas Externas

Tabela 12 - Atividade de Consulta Externa

Consulta médicas Realizado 2012 Realizado 2013 Var % 2013/2012

Primeiras consultas 82989 85049 2.5%

Consultas subsequentes 184822 191290 3.5%

Total Consultas 267811 276339 3.2%

% Primeiras consultas 31.0% 30.8% -0.2%

No seguimento da melhoria da acessibilidade às consultas promovida pelo Conselho de

Administração, a Consulta Externa apresenta, nos últimos anos, uma tendência

crescente, tendo registado, em 2013, um aumento de 8528 consultas médicas. Este

valor deveu-se essencialmente ao acréscimo de 2060 primeiras consultas e de 6468

consultas subsequentes.

O indicador % de primeiras consultas pondera o peso das primeiras consultas no total

das consultas médicas e mede o grau de acessibilidade dos utentes às consultas

externas.

Como verificamos através da tabela anterior, a taxa de acessibilidade regista uma

ligeira deterioração, ficando ainda aquém do contratualizado com a ARS.

O aumento das primeiras consultas, em termos percentuais, superior ao das consultas

subsequentes é um objetivo importante que deve continuar a merecer a atenção de

todos.

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Relatório e Contas de 2013 Página 31

1as Subs total 1as Subs total 1as Subs total 1as Subs total 1as Subs total

Anestesiologia 5.706 12 5.718 5.383 12 5.395 5.740 11 5.751 -5,7% 0,0% -5,6% -6,2% 9,1% -6,2%

Angeologia e Cirurgia Vascular 1.910 3.337 5.247 1.996 3.453 5.449 2.000 3.286 5.286 4,5% 3,5% 3,8% -0,2% 5,1% 3,1%

Cardiologia 4.086 13.623 17.709 3.092 14.781 17.873 4.250 13.520 17.770 -24,3% 8,5% 0,9% -27,2% 9,3% 0,6%

Cirurgia Geral 4.933 9.583 14.516 5.129 8.477 13.606 5.470 9.539 15.009 4,0% -11,5% -6,3% -6,2% -11,1% -9,3%

Cirurgia Maxilo-Facial 520 719 1.239 806 772 1.578 540 708 1.248 55,0% 7,4% 27,4% 49,3% 9,0% 26,4%

Cirurgia Pediátrica 821 647 1.468 938 841 1.779 850 637 1.487 14,3% 30,0% 21,2% 10,4% 32,0% 19,6%

Cirurgia Plástica e Reconstrutiva 903 2.000 2.903 856 2.058 2.914 910 1.970 2.880 -5,2% 2,9% 0,4% -5,9% 4,5% 1,2%

Dermato-Venereologia 7.508 8.891 16.399 7.539 8.495 16.034 9.600 10.658 20.258 0,4% -4,5% -2,2% -21,5% -20,3% -20,9%

Total - Infecciologia 477 5.852 6.329 635 5.657 6.292 477 5.764 6.241 33,1% -3,3% -0,6% 33,1% -1,9% 0,8%

Infecciologia 240 5.851 6.091 228 5.653 5.881 240 5.763 6.003 -5,0% -3,4% -3,4%

Infecciologia - Viajante 237 1 238 407 4 411 237 1 238 71,7% 72,7%

Dor 680 3.266 3.946 677 4.383 5.060 750 3.429 4.179 -0,4% 34,2% 28,2% -9,7% 27,8% 21,1%

Endocrinologia - Nutrição 2.148 8.551 10.699 2.182 8.891 11.073 2.260 8.425 10.685 1,6% 4,0% 3,5% -3,5% 5,5% 3,6%

Gastrenterologia 2.306 5.122 7.428 2.333 5.267 7.600 2.310 5.045 7.355 1,2% 2,8% 2,3% 1,0% 4,4% 3,3%

Ginecologia 4.609 8.247 12.856 4.149 6.085 10.234 5.300 8.122 13.422 -10,0% -26,2% -20,4% -21,7% -25,1% -23,8%

Hematologia Clínica 188 3.550 3.738 196 4.106 4.302 190 3.497 3.687 4,3% 15,7% 15,1% 3,2% 17,4% 16,7%

Imuno-Hemoterapia 16 28 44 9 17 26 17 28 45 -43,8% -39,3% -40,9% -47,1% -39,3% -42,2%

Medicina Fisica e Reabilitação 2.982 6.083 9.065 2.947 6.012 8.959 3.000 5.993 8.993 -1,2% -1,2% -1,2% -1,8% 0,3% -0,4%

Medicina Interna 2.262 9.693 11.955 2.184 10.744 12.928 2.270 9.548 11.818 -3,4% 10,8% 8,1% -3,8% 12,5% 9,4%

Nefrologia 499 4.710 5.209 707 4.807 5.514 525 4.639 5.164 41,7% 2,1% 5,9% 34,7% 3,6% 6,8%

Neonatologia 37 311 348 50 332 382 38 306 344 35,1% 6,8% 9,8% 31,6% 8,5% 11,0%

Neuro-Pediatria 394 2.089 2.483 382 2.355 2.737 414 2.058 2.472 -3,0% 12,7% 10,2% -7,7% 14,4% 10,7%

NeuroCirurgia 2.911 4.801 7.712 3.664 5.545 9.209 4.000 5.030 9.030 25,9% 15,5% 19,4% -8,4% 10,2% 2,0%

Neurologia 2.623 7.411 10.034 2.612 7.789 10.401 2.754 7.374 10.128 -0,4% 5,1% 3,7% -5,2% 5,6% 2,7%

Obstetrícia 3.777 4.442 8.219 3.715 4.861 8.576 3.780 4.376 8.156 -1,6% 9,4% 4,3% -1,7% 11,1% 5,1%

Oftalmologia 9.533 9.207 18.740 10.588 11.010 21.598 11.044 9.175 20.219 11,1% 19,6% 15,3% -4,1% 20,0% 6,8%

Oncologia Médica 459 7.583 8.042 574 8.897 9.471 460 7.470 7.930 25,1% 17,3% 17,8% 24,8% 19,1% 19,4%

Ortopedia + Trauma 5.159 8.842 14.001 5.113 9.673 14.786 5.469 8.710 14.179 -0,9% 9,4% 5,6% -6,5% 11,1% 4,3%

Otorrinolaringologia 6.622 7.069 13.691 8.027 5.241 13.268 6.950 6.963 13.913 21,2% -25,9% -3,1% 15,5% -24,7% -4,6%

Pediatria 2.007 6.683 8.690 2.034 6.868 8.902 2.000 6.583 8.583 1,3% 2,8% 2,4% 1,7% 4,3% 3,7%

Pneumologia 1.317 7.052 8.369 1.345 7.399 8.744 1.380 6.946 8.326 2,1% 4,9% 4,5% -2,5% 6,5% 5,0%

Psiquiatria 947 7.547 8.494 920 7.190 8.110 945 7.432 8.377 -2,9% -4,7% -4,5% -2,6% -3,3% -3,2%

Psiquiatria da Infância e Adolescência 247 2.735 2.982 299 3.267 3.566 250 2.694 2.944 21,1% 19,5% 19,6% 19,6% 21,3% 21,1%

Reumatologia 1.664 9.081 10.745 1.592 9.355 10.947 1.670 9.000 10.670 -4,3% 3,0% 1,9% -4,7% 3,9% 2,6%

Urologia 2.451 5.284 7.735 2.218 6.151 8.369 2.820 5.205 8.025 -9,5% 16,4% 8,2% -21,3% 18,2% 4,3%

Consultas a pessoal (Medicina do Trabalho) 209 404 613 158 499 657 215 422 637 -24,4% 23,5% 7,2% -26,5% 18,2% 3,1%

Total Consultas Medicas 82.989 184.822 267.811 85.049 191.290 276.339 90.648 184.563 275.211 2,5% 3,5% 3,2% -6,2% 3,6% 0,4%

Psicologia 1.137 11.381 12.518 1.084 10.325 11.409 1.194 11.211 12.405 -4,7% -9,3% -8,9% -9,2% -7,9% -8,0%

Apoio Nutricional e Dietética 396 1.264 1.660 444 1.197 1.641 415 1.245 1.660 12,1% -5,3% -1,1% 7,0% -3,9% -1,1%

Total Consultas Não Médicas 1.533 12.645 14.178 1.528 11.522 13.050 1.609 12.456 14.065 -0,3% -8,9% -8,0% -5,0% -7,5% -7,2%

Total Geral 84.522 197.467 281.989 86.577 202.812 289.389 92.257 197.019 289.276 2,4% 2,7% 2,6% -6,2% 2,9% 0,0%

% 1as Consultas médicas /total consultas

médicas 31,0% 30,8% 32,9% -0,2% -2,2%

Contratualizado 2013 Δ % face homologo Δ % face contratualizadoConsulta Externa - Dezembro 2013

Realizado 2012 Realizado 2013

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Relatório e Contas de 2013 Página 32

As especialidades que apresentam as melhores taxas de acessibilidade são:

- Cirurgia Vascular

- Cirurgia Geral

- Maxilo-facial

- Infeciologia

- Nefrologia

- Neurocirurgia

- Oncologia médica

- Psiquiatria da Infância e Adolescência

A evidência do empenho na melhoria da acessibilidade às consultas médicas está

também espelhado no número de primeiras consultas e no número de primeiras

consultas com origem no sistema CTH (Consulta a tempo e horas), sistema bastante

mais fidedigno e célere conforme se evidencia no gráfico seguinte.

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Relatório e Contas de 2013 Página 33

Verificamos também que o número de doentes atendidos dentro do Tempo Médio de

Resposta garantido tem evoluído positivamente. A % de utentes referenciados para

consulta, atendidos em tempo adequado, estipulada pela tutela de 60.10% foi

superada tendo o Hospital atingido 78.40%.

No que respeita á lista de espera global o esforço em 2013 permitiu continuar a

melhorar este indicador como se pode verificar. Assim o desequilíbrio estrutural

registado há 3 anos entre a oferta e a procura de cuidados neste sector (só cobria 70%)

foi bastante atenuado.

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Relatório e Contas de 2013 Página 34

Projeto de melhoria da acessibilidade á consulta externa

O HGO é um dos hospitais que mais tem promovido a acessibilidade aos cuidados em

regime de consulta externa.

A acessibilidade traduzida na % de consultas efetuadas no tempo adequado evidencia

um excelente resultado do HGO, tendo alcançado a liderança no seu grupo hospitalar

de referência (conforme gráfico abaixo - Benchmarking ACSS).

Este resultado foi alcançado através de um conjunto de ações que foram

desenvolvidas junto dos responsáveis dos serviços e médicos responsáveis pela

triagem, através de reuniões trimestrais, no sentido de darem prioridade aos pedidos

via CTH, monitorização mensal da evolução da adequação dos tempos, por

especialidade e adequação das agendas de marcação de consultas às necessidades

expressas pelos Centros de Saúde.

Deu-se início aos estudos conducentes à implementação do Sistema de Gestão de Filas

de Espera que permitirão, ao que julgamos, melhores condições de atendimento aos

utentes, por parte do hospital, de forma a minorar o crescente número de

reclamações, conforme quadro infra.

Porém, com o arranque do SONHO V2, a partir de Outubro de 2013, este projeto foi

interrompido devido às necessárias alterações às diversas aplicações, bem como ao

Formatada: Não sublinhado, Cor dotipo de letra: Automática

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 35

mau desempenho demonstrado por esta aplicação que fez piorar significativamente o

tempo de espera para atendimento administrativo

Reclamações/Consultas

Especialidade

2012

2013

Var. Valor

Var. %

Oftalmologia - Consulta 22 31 9 40.9%

Ortopedia - Consulta 14 28 14 100.0%

Psiquiatria - Consulta 24 27 3 12.5%

Neurocirurgia - Consulta 10 18 8 80.0%

Urologia - Consulta 8 16 8 100.0%

Dermatologia - Consulta 10 11 1 10.0%

Neurologia - Consulta 8 11 3 37.5%

ORL- Consulta 15 11 -4 -26.6%

Ginecologia - Consulta 16 10 -6 -37.5%

Cardiologia - Consulta 4 9 5 125.0%

Cirurgia Vascular - Consulta 2 6 4 200.0%

Cirurgia Geral - Consulta 3 5 2 66.6%

Nutrição - Consulta 5 4 -1 -20.0%

Gastrenterologia - Consulta 5 4 -1 -20.0%

Medicina Interna - Consulta 2 4 2 100.0%

Cirurgia Plástica- Consulta 4 3 -1 -25.0%

Nefrologia - Consulta 0 3 3 -

Oncologia Médica - Consulta 3 3 0 0.0%

Consulta de IVG 1 2 1 50.0%

Pediatria - Consulta 2 2 0 0.0%

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Relatório e Contas de 2013 Página 36

Reumatologia - Consulta 4 2 -2 -50.0%

Pneumologia-Consulta 1 1 0 0.0%

Consulta Dor 1 0 -1 -100.0%

Sub-Total: 164 211 47 28.6%

Admissão de Doentes 55 125 70 127.3%

Total Geral: 219 336 117 53.4%

4.1.4. Urgência Tabela 13 - Atividade de urgência

Total atendimentos de urgência Realizado 2012 Realizado 2013 Var % 2013/2012

Urgência Geral 88043 87524 -0.6%

Urgência Pediátrica 41939 43516 3.8%

Urgência Obstétrica e Ginecológica 16463 16686 1.4%

Total 146445 147726 0.87%

O valor total dos atendimentos realizados nas três urgências existentes no Hospital

Garcia de Orta foi de 147.726, superior em 0.87% o previsto, o que exigiu a

manutenção de equipas sempre disponíveis para dar resposta às situações emergentes

e urgentes, mas também a uma procura que cada vez mais se baseia em elevados

níveis de dependência pelo acréscimo de doenças crónicas e de população mais idosa.

Pela análise do quadro seguinte verifica-se que dos episódios de urgência que não dão

origem a internamento, apenas estes válidos para faturação via Contrato Programa,

representam cerca de 94% do total de episódios,

Relativamente aos valores totais de atendimentos Urgentes, verifica-se igualmente um

acréscimo face ao período homólogo de cerca de 0.87%, e face ao contratualizado de

4.22%.

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Relatório e Contas de 2013 Página 37

Podemos verificar no gráfico abaixo, a manutenção da percentagem de internamentos

que se registam a partir da urgência o que traduz uma maior complexidade e

gravidade dos doentes que a ela acedem.

RealizadoContratualiz

adoRealizado Nº % Nº %

Geral 77.435 74.952 77.168 -267 -0,3% 2.216 3,0%

Obstetrícia 13.200 12.777 13.719 519 3,9% 942 7,4%

Pediatria 41.168 39.848 42.763 1.595 3,9% 2.915 7,3%

TOTAL 131.803 127.577 133.650 1.847 1,40% 6.073 4,76%

Total de Urgência -

Dezembro

RealizadoContratualiz

adoRealizado Nº % Nº %

Geral 88.043 85.220 87.524 -519 -0,6% 2.304 2,7%

Obstetrícia 16.463 15.935 16.686 223 1,4% 751 4,7%

Pediatria 41.939 40.594 43.516 1.577 3,8% 2.922 7,2%

TOTAL 146.445 141.749 147.726 1.281 0,87% 5.977 4,22%

Urgência sem

internamento -

Dezembro

2012 2013

Variação

Período HomólogoRealizado/Contratua

lizado

Realizado/Contratua

lizadoPeríodo Homólogo

Variação

20132012

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Relatório e Contas de 2013 Página 38

Finalmente também o aumento da demora média na UIMC da Urgência indicia uma

maior necessidade de cuidados até á estabilização, mas também uma maior

dificuldade de transferência dos doentes para os pisos de internamento devido ao

número crescente de doentes que permanecem internados após alta clínica por

motivos sociais (em média 35 camas sistematicamente ocupadas) A ocupação média

na Urgência, se incluirmos a UCDI, subiu de 35 para 45 doentes.

O ano de 2013 foi particularmente difícil no que respeita á disponibilização dos

recursos necessários. O reforço de 4 especialistas para trabalho exclusivo na Urgência

geral não se verificou devido á morosidade do processo (o concurso abriu em Janeiro

2009 2010 2011 2012 2013

2,09 1,88 1,8

1,95

2,36

Demora Média UIMC

153,91% 134,95% 133,72%

155,45%

192,38%

2009 2010 2011 2012 2013

Taxa de Ocupação UIMC

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Relatório e Contas de 2013 Página 39

de 2013 e na melhor das hipóteses só será finalizado em Maio de 2014). Alguns

pedidos de contratação avulsa para a Urgência Geral arrastaram-se quase 1 ano e mais

em alguns casos. A dispensa de alguns especialistas por motivos de idade ou

autolimitação do volume de horas a disponibilizar para a urgência de acordo com a lei

(200h h/ano), em grande medida devido á forte desvalorização do trabalho

extraordinário, agravou muito esta situação. O recurso a prestações de serviço, além

de oneroso, é cada vez mais difícil em virtude dos prestadores, de acordo com as

informações veiculadas pelas empresas intermediárias, preferirem trabalhar em

hospitais com menos sobrecarga de trabalho.

Em consequência, e apesar da melhoria geral dos indicadores do serviço, admite-se

que o objetivo de alcançar tempos de espera de acordo com o recomendado, não foi

alcançado. Aliás o aumento de reclamações em 2013 teve muito que ver com este

problema.

Reclamações 2012/2013

Reclamações Tipologia por Problemas

Total HGO 2012 2013 Var. Valor Var. %

Tempo de Espera p/a Cuidados 1018 1242 224 22.0%

No que respeita á qualidade e pela análise de alguns indicadores mais significativos, a

evolução foi positiva, dado o grande empenhamento dos profissionais. Esta evolução

foi notória no que respeita á mortalidade.

No caso das readmissões ás 24/48/72h é de salientar o bom resultado obtido (-8%),

com menos 900 readmissões.

Finalmente também ao nível das complicações ajustadas pelo risco (Benchmark IASIST)

foi obtido um bom resultado. Nos doentes tratados na Urgência com recurso a

internamento foi registado igualmente um bom resultado (menos 60% que a taxa

padrão).

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 40

4.1.5. Hospital de Dia

As sessões de Hospital de Dia, tratamentos efectuados em ambulatório com

permanência do doente inferior a 24 horas, registaram um acréscimo global de cerca

de 185 sessões face às registadas no ano anterior, particularmente no caso dos

Hospitais de Dia de Pneumologia e de Oncologia, devido ao crescente número de

doentes destas patologias. Face ao contratualizado com a tutela realizaram-se mais

1112 sessões, o que significa que o valor alcançado foi muito superior face ao objetivo

contratualizado.

Da análise do quadro seguinte, salienta-se um decréscimo nas sessões de hospital de

dia de outras especialidades de pediatria e Infecciologia face ao período homologo e

face ao contratualizado.

Tabela 14 - Atividade de Hospital de Dia

RealizadoContratua

lizadoRealizado Nº % Nº %

Hematologia 1.339 1.376 1.461 122 9,1% 85 6,2%

Psiquiatria 2.763 2.185 2.764 1 0,0% 579 26,5%

Imunohemoterapia 952 887 917 -35 -3,7% 30 3,4%

Pediatria 877 874 848 -29 -3,3% -26 -3,0%

Pneumologia 158 154 241 83 52,5% 87 56,5%

Oncologia 1.988 1.981 2.961 973 48,9% 980 49,5%

Infecciologia 819 818 717 -102 -12,5% -101 -12,3%

Outros 4.483 4.177 3.655 -828 -18,5% -522 -12,5%

TOTAL 13.379 12.452 13.564 185 1,4% 1.112 8,9%

HOSPITAL

DE DIA -

Dezembro

2012

Variação

Realizado/Contratuali

zadoPeríodo Homólogo

2013

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 41

4.1.6. Indicadores de desempenho específicos associados a financiamento

Estes indicadores refletem um conjunto de objetivos negociados no âmbito do

Contrato Programa, de âmbito nacional e regional e institucionais da Região de Lisboa,

consubstanciados num conjunto de metas que, se forem cumpridas, têm reflexo direto

no financiamento do hospital.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 42

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 43

Em geral o HGO registou um bom desempenho em quase todos os indicadores.

Ao nível do acesso, as medidas tomadas ao longo do ano surtiram em 2013, o efeito

pretendido, verificando-se uma melhoria significativa no desempenho tendo superado

o objetivo definido.

Ao nível dos indicadores de desempenho assistenciais, apesar das vária medidas

tomadas ainda não foi atingido na totalidade o objectivo definido. Para o resultado

obtido concorre o valor da demora média e os doentes que permaneceram no hospital

mais tempo do que o previsto como limiar superior do GDH, esta situação relaciona-se

com as dificuldades de colocação dos doentes com necessidade de apoio comunitário

na comunidade, bem como da complexidade crescente dos doentes, existindo mais

doentes em situações no limite do GDH. Um indicador que ao longo do ano fomos

tentando otimizar o seu registo, a taxa de utilização da “lista de verificação cirúrgica”,

ainda não conseguimos atingir o valor pretendido, será um indicador a melhorar

durante o ano 2014.

A nível dos indicadores de desempenho financeiro, os objetivos foram totalmente

atingidos.

A nível de desempenho regional, apenas as consultas de urologia por médico ETC

ficaram abaixo do valor pretendido, tal facto deveu-se às alterações da equipa médica

no ano 2013.

4.1.7. Outros projetos/atividades de melhoria relevantes

Melhoria da qualidade dos cuidados prestados

Renovação da Acreditação pelo CHKS

Depois de em 2011 o HGO ter alcançado a Acreditação pelo CHKS, após 10 anos de

várias tentativas não finalizadas e, procurando consolidar este exigente projeto de

melhoria da qualidade e da organização, o HGO obteve a sua Reacreditação pelo CHKS

em 2013, certificação válida até 2015. De referir que a Reacreditação exigida por este

organismo, obriga a um intenso trabalho de adaptação aos mais altos padrões da

qualidade organizacional e da segurança do doente. Este processo de acreditação

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 44

hospitalar “online” desenvolve-se em ambiente “paperless” exigindo elevados padrões

desenvolvimento dos profissionais e da maturidade organizacional. O HGO, considera-

se uma organização na senda da excelência, uma vez que é um dos poucos hospitais

em Portugal com este nível de reconhecimento e tudo fará para lhe dar a continuidade

desejada

Obtivemos ainda a Certificação ISO 9001:2008, pelo CHKS-UKAS, nos Serviços de

Anatomia Patológica, Bloco Operatório, Serviço Gestão Logística e Serviço de Patologia

Clinica, 23 de Abril de 2013 até Setembro de 2015, que acrescem aos dois serviços já

recertificados (Imuno-Hemoterapia e Esterilização).

Benchmarking “IASIST”

No âmbito da melhoria das práticas e dos resultados clínicos, o HGO continua a ser um

dos hospitais do Benchmarking Clínico IASIST com melhores resultados no que se

refere á taxa de complicações e readmissões. Em ambos os indicadores mantem

valores abaixo do padrão, sendo estes indicadores muito sensíveis á qualidade clínica.

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Relatório e Contas de 2013 Página 45

No que respeita á mortalidade, mantem-se a tendência de melhoria registada desde

2010, tendo o HGO registado em 2013 valor muito idêntico ao padrão. As auditorias

clínicas ás taxas de mortalidade foram incrementadas em grande nº de serviços com o

apoio da Direção Clínica, admitindo-se que a incorporação na prática clínica das

conclusões das análise efetuadas tenha contribuído decisivamente para este resultado

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 46

Projeto “SINAS”

No âmbito do Projeto SINAS promovido pela ERS, o HGO obteve o nível de excelência

clínica (duas estrelas) na maioria das patologias objeto de auditoria. Houve apenas 1

patologia com resultados negativos, cuja intervenção se espera melhorar em 2014. Em

algumas patologias a informação obtida foi insuficiente, pelo que o HGO não foi

avaliado, aspeto que também será objeto de intervenção

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 47

Ainda no âmbito do Projeto SINAS, e no que respeita á Segurança dos Doentes o HGO

obteve nota máxima (três estrelas) nos seguintes parâmetros

A segurança dos doentes é um dos pilares da governação clínica e uma das metas

prioritárias do Hospital, que assenta no garantir a prestação de cuidados de saúde

seguros e centrados nas necessidades do doente.

A sua operacionalização concretiza-se através de políticas segurança do doente e

gestão de risco enquanto componentes estratégicas, e no desenvolvimento integrado

de programas de melhoria contínua da qualidade.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 48

Observamos ainda, que no que se refere a indicadores de qualidade, o hospital obteve

nota máxima (três estrelas) no indicador úlcera de pressão e infeção nosocomial

associada à colocação de cateter central.

Salientamos que os indicadores Úlcera de Pressão e Quedas, como indicadores de

qualidade de cuidados, são objeto de avaliação e monitorização sistemática a todos os

doentes integrando também os objetivos de contratualização interna dos serviços

(BSC).

Controle da Infeção Hospitalar

No âmbito do projeto de infeção hospitalar o HGO intensificou o projeto de lavagem

das mãos, sendo um dos hospitais com melhor desempenho neste domínio

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 49

A tendência de melhoria da adesão foi visível em todos os grupos profissionais,

sobretudo em 2013 em que o Grupo Profissional Médico conseguiu também superar a

Média Nacional.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 50

Verificamos que a adesão global é desde 2011 superior à Média Nacional, sendo o

resultado de 2013 mais significativo. O Hospital Classificou-se no Grupo “Satisfatório”

(taxa de adesão de 51% a 75%).

No que se refere á taxa de infeção hospitalar, continua a registar uma taxa bastante

elevada 12,5%, considerando a média europeia (5,7%) mas aproximada á taxa de

infeção nacional 10,6%

AUDITORIAS CLÍNICAS

A auditoria clínica como componente estratégica da governação clínica, tem como

objetivo principal a melhoria dos resultados clínicos para os doentes, obtidos através

da melhoria da qualidade técnica das práticas profissionais e da qualidade geral dos

cuidados prestados. Este objetivo é atingido através de um processo contínuo, no qual

os profissionais de saúde comparam os cuidados prestados com critérios de qualidade

previamente estabelecidos, permitindo desta forma avaliar o desempenho, reconhecer

as boas práticas e, sempre que necessário, introduzir melhorias.

No sentido de sistematizar e regular esta prática de auditoria clínica nomeou-se a

Comissão de Auditoria Clínica, que em articulação com o Conselho de Administração,

particularmente com os órgãos técnicos, está encarregue da definição de estratégias e

prioridades de auditoria clínica, assim como da implementação dos programas de

auditoria assegurando a sua organização, planeamento e execução.

Neste sentido A Comissão de Auditoria Clínica definiu o seu Plano de Atividades,

conforme previsto e expectável no âmbito das suas competências e ao longo do ano

de 2013 foram realizadas 6 auditorias internas nas seguintes áreas:

- Processo Clínico

- Segurança do Medicamento

- Qualidade e Governação

A que correspondeu um total de 41 auditorias aos serviços.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 51

AUDITORIAS CLÍNICAS REALIZADAS EM 2013

TEMA OBJECTIVOS ÂMBITO CRITERIOS

Processo clínico

Avaliar a existência de um registo clínico

legível e preciso cujo conteúdo permita ao

doente receber tratamento eficaz e contínuo

sem risco de erros de identificação.

Avaliar o registo clínico como instrumento de

comunicação eficaz, da equipa de cuidados

de saúde, como processo de recolha de

informação para investigação, formação

Processos clínicos nos

serviços de

internamento.

Requisitos da Norma

68 do Manual CHKS

Segurança do

medicamento

Avaliar as condições de armazenamento dos

produtos farmacêuticos

Avaliar os processos e as medidas de

controlo de qualidade que proporcionem

garantias de segurança

Produtos farmacêuticos

nos serviços de

internamento

Requisitos da Norma

43 e da Norma 12 do

Manual CHKS

Qualidade

e

Governação

Avaliar a existência de programas de

auditorias clínicas nos serviços de

internamento.

Auditorias clínicas nos

serviços de

internamento

Requisitos da Norma 2

do Manual CHKS

Para além destas auditorias clínicas foram desenvolvidas auditorias, no âmbito da

gestão do risco clínico, risco não clínico, bem como no âmbito do controlo de infeção.

Consideramos que neste percurso de melhoria da qualidade dos cuidados, é

fundamental desenvolver esta prática de auditoria, como instrumento fundamental da

gestão, pois baseia-se numa metodologia sistemática de avaliação dos cuidados

prestados.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 52

Melhoria dos registos clínicos eletrónicos

Conscientes que a melhoria do acesso á informação clínica e a celeridade do processo

de diagnóstico e terapêutica, são áreas em que a organização do trabalho clínico pode

ser francamente melhorada, traduzindo-se em claras melhorias de produtividade e da

eficiência, a informatização da área clínica tem sido uma das prioridades de

investimento estratégico do HGO. Neste projeto, a par dos aplicativos para o registo

clínico, têm merecido grande atenção os aplicativos de prescrição electrónica

(medicamentos e mcdt´s) tendo registado em 2013 o seguinte progresso

No âmbito do projeto de melhoria da prescrição de medicamentos, o HGO tem sido

um dos hospitais com melhor desempenho de acordo com os relatórios do INFARMED,

não só devido á política de negociação permanente de preços com a indústria

farmacêutica, mas também pelo trabalho permanente e sistemático da Comissão de

Farmácia e Terapêutica em relação á prescrição de medicamentos

específicos/patologias específicas. A contratualização interna dos limites de consumos

em medicamentos, por cada serviço, tem-se revelado igualmente um bom método de

contenção e racionalização da despesa nesta área sensível.

Durante o ano de 2013, dando continuidade ao projeto de informatização e melhoria

de acesso à informação clínica, foram implementadas algumas soluções/sistemas

aplicacionais, destacando-se de entre estas as seguintes:

Implementação de Plataforma de Gestão da área de Alimentação e Dietética,

permitindo através desta a obtenção de métricas essenciais à gestão da área de

nutrição, proporcionando uma abordagem eficaz no combate ao desperdício;

Implementação de Plataforma de Pedidos de MCDT (ePM), visando a gestão eficaz da

componente de pedidos de MCDT, em todas as suas vertentes, nomeadamente clínica,

administrativa e financeira.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 53

Implementação de solução de Gestão de Atendimento, tendo em vista a otimização

dos processos de atendimento administrativo dos utentes do HGO, prevendo-se, em

fase posterior da implementação desta solução, a automatização total dos

procedimentos administrativos de atendimento.

Implementação da solução aplicacional SONHO v2, correspondendo esta à atualização

tecnológica do sistema SONHO anteriormente utilizado, sendo expetável que com esta

atualização sejam proporcionadas substanciais melhorias ao nível da utilização desta

nova solução, permitindo também a implementação de tecnologias standard na

interoperabilidade com os restantes sistemas em uso no HGO.

Ainda durante o ano de 2013 foi iniciada a implementação de soluções nas seguintes

áreas/vertentes:

o - Gestão Documental e de Expediente,

o - Virtualização de postos de trabalho (Virtual Desktop Infraestruture)

o - Solução SI.Vida (área de Imunodeficiência)

o - Versão 2.0 da triagem de Manchester (ALERT EDIS)

o - Solução AsisWeb

Projeto de integração de cuidados primários/hospitalares

O HGO e o ACES de Almada e Seixal apresentaram em finais de 2012 um projeto á

ARSLVT no sentido de prosseguir a integração de cuidados na área de influência do

HGO e de criar uma organização inovadora de suporte para cuidados

primários/hospitalares/continuados e experimental em matéria de financiamento,

traduzindo as dificuldades do atual contexto económico e procurando explorar todas

as sinergias possíveis de forma a tornar o processo global de cuidados mais eficiente.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 54

Apesar da concordância informalmente transmitida quer ao CA do HGO, quer à

Direção Executiva do ACES de Almada e Seixal, o referido projeto não foi objeto de

discussão e clara aprovação por parte da ARSLVT, pelo que os responsáveis do HGO e

do ACES decidiram ir pautando os projetos de articulação/integração pelo

enquadramento e princípios referidos naquele documento, ainda que o nível de

empenhamento e compromisso institucional seja incomparavelmente diferente ao

esperado em caso de aprovação formal e oficial.

Neste âmbito por parte do HGO, foi dada continuidade ao projeto de melhoria de

resposta ás necessidades de consulta expressas pelo ACES de Almada e Seixal

Já anteriormente ficou evidenciada a melhoria significativa em relação aos tempos de

resposta, expressa na % de consultas efetuadas no tempo adequado.

Verificou-se igualmente um considerável progresso no que respeita ao aumento de

altas das consultas, no sentido de transferir progressivamente para os cuidados

primários de um volume, que se afigura significativo, de doentes que permanecem

injustificadamente em consultas hospitalares, aspeto que será objeto de estudo mais

específico em 2014.

No sentido de facilitar o projeto de integração previsto no documento referido e nas

patologias selecionadas o ACES cedeu um piso no Edifício Rainha D. Amélia no qual

serão instalados Gabinetes de Consulta para as especialidades referidas ou outras que

se proponham desenvolver o conceito tal qual foi definido entre o HGO e o ACES.

No âmbito do projeto de articulação do HGO/ACES no âmbito da Patologia Clínica

foram identificados espaços a utilizar pelos técnicos de análises clínicas que farão

colheitas biológicas nos Centros de Saúde e processadas no HGO, enquanto se aguarda

ainda uma solução que integre informática e automaticamente os resultados no

dossier clínico do doente no ACES, tal como acontece no HGO.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 55

Melhorar a organização e o modelo de gestão

Os 2 Centros de Responsabilidade existentes no HGO foram criados a título

experimental e numa conjuntura incrementalista. Apesar da avaliação favorável á

expansão do modelo, a atual conjuntura é de tal modo restritiva que dificilmente

existe margem para qualquer incentivo incrementalista, no entanto a expansão do

modelo continua a ser uma oportunidade para melhorar a eficiência do atual modelo.

Reconhecemos que a atual implementação da avaliação do desempenho

designadamente no grupo médico e a sua integração em modelos mais ágeis de gestão

como o Modelo de Gestão por Centros de Responsabilidade, era uma lacuna que

provavelmente tornará mais fácil a implementação destes modelos.

Projeto de melhoria do sistema de informação de gestão (BSC)

Este projeto conheceu em 2013 melhorias decisivas no que respeita á sua

operacionalização. Para além da desagregação dos projetos estratégicos em

subprojectos com indicadores específicos mas encadeados e coerentes, o sistema de

informação de gestão seguindo uma metodologia BSC foi desenhado e concebido

informaticamente para alimentação automática nas diferentes aplicações informáticas

do HGO, designadamente de produção e recursos e consequente disponibilização aos

níveis estratégicos, intermédios e operacionais para efeitos de acompanhamento da

execução do Contrato-Programa do HGO.

Projeto de melhoria do Sistema de Contratualização Interna

Na sequência da experimentação em sede de contratualização interna de uma matriz

com indicadores dos projetos estruturais e estratégicos do HGO em 2012, o Sistema de

Contratualização Interna do HGO foi aperfeiçoado com base naquela experiência e

implementado aos serviços clínicos como ano zero em 2013, incorporando ao longo do

ano das melhorias identificadas. Este sistema, em coerência como o sistema de

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 56

avaliação do desempenho do HGO, passou a integrar também uma grelha de avaliação

de desempenho dos serviços, que futuramente integrará também o desempenho do

grupo médico e de outros grupos profissionais, sempre que possível.

Aumentar a eficiência e a sustentabilidade

Projeto de melhoria da utilização e da aquisição de medicamentos

Continuação das obras do novo S. Farmácia que estarão concluídas no início de 2014

oferecendo além de um espaço mais amplo e moderno, melhor armazenamento,

controlo e gestão dos produtos farmacêuticos.

Renegociação de preços, com curta periodicidade (trimestral, semestral),com

principais fornecedores, s/ medicamentos com grande impacto na despesa e com

grande oscilação.

Melhoria das condições comerciais e financeiras dos Protocolos com as várias

Companhias Farmacêuticas.

Maior intervenção da Comissão de Farmácia e Terapêutica com vista a racionalização e

optimização de esquemas terapêuticos em sede de medicamentos em regime de

ambulatório envolvendo reuniões com os principais Serviços consumidores.

Introdução precoce de genéricos e/ou biosimilares.

Atualização da listagem de medicamentos de justificação obrigatória.

Utilização da plataforma de comparação de custos, de acesso aos médicos prescritores

dos principais Centros de custos, com informação atualizada dos preços dos

medicamentos permitindo a comparação com as suas alternativas, facilitando a

decisão do médico no momento da prescrição e possibilitando redução da despesa.

Descida administrativa de preços.

Adenda ao Acordo do M.Saúde com a Apifarma –i niciado em 2012 -.

Participação activa do Director dos S.Farmacêuticos e da Directora Clinica na Comissão

Nacional de Farmácia e Terapêutica.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 57

Projeto de melhoria da utilização e da aquisição de material de uso

clínico

De forma a optimizar as condições de trabalho dos profissionais e de armazenamento

dos bens do S.Gestão Logistica/Aprovisionamento foram concluídas as obras do novo

Serviço ,com uma área claramente superior à anterior e instalações modernas e mais

funcionais, que permitirá melhorar as suas performances e resultados.

Em 2013 continuou a implementação dos armazéns avançados em outros Serviços

assistenciais-com cobertura quase total- projecto este que tem permitido a melhoria

da gestão e do controlo dos stocks e de utilização dos materiais de consumo clínico.

Continuação da politica de renegociação de preços nos principais artigos, com base em

análises comparativas com outros Hospitais entre outros critérios.

Sensibilização dos utilizadores e implementação de medidas de racionalização de

consumos, com forte envolvimento também dos Administradores Responsáveis.

Obtenção de algumas vantagens financeiras resultantes do sistema de compras

centralizadas através da SPMS.

Continuação do trabalho de estreita articulação com os restantes Hospitais da

Peninsula de Setúbal-benchmarking, reuniões de trabalho, conjugação de esforços

tendentes a cada um comprar aos melhores preços possíveis de mercado – que deverá

evoluir em 2014 para compras conjuntas em bens estratégicos.

Abertura de procedimentos concursais p/ produtos e p/áreas com grande impacto na

despesa (caso da Cardiologia de Intervenção e Pacing, que representa cerca de 17% do

total da despesa com MCC )

Utilização com maior frequência da plataforma electrónica de contratação publica que

permite uma maior agilização dos procedimentos administrativos e controlo dos

processos.

Projeto de melhoria da produtividade assistencial

Com o atraso na implementação da avaliação do desempenho nos grupos profissionais

de saúde, designadamente médicos, não se encontram ainda identificadas as

melhorias ao nível da produtividade assistencial decorrentes de uma análise mais

objetiva que este novo sistema permitiria, a integrar no sistema de contratualização

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Relatório e Contas de 2013 Página 58

interna, em termos de desagregação ao nível individual e das equipas, dos objetivos

contratualizados com os serviços. Este sistema, inovador nos hospitais portugueses,

baseia-se igualmente numa metodologia BSC e tem como principal vantagem a sua

monitorização e autocontrolo pelos próprios profissionais (informação on line sobre a

atividade e objetivos individuais, disponibilizada em PC, smartphone ou telemóvel)

motivando-os para uma avaliação de desempenho dinâmica, articulada e integrada

com a contratualização interna dos serviços. Espera-se que este projeto seja

implementado em 2014.

Projeto de articulação com a ARSLVT para venda de exames ao ACES de

Almada e Seixal

Como forma de garantir o aproveitamento integral da capacidade instalada em MCDT

em algumas áreas (ex. Patologia Clínica, Anatomia Patológica, Medicina Nuclear,

Imagiologia) propôs o HGO, no âmbito do Projeto da Integração de Cuidados

HGO/ACES de Almada Seixal uma solução organizativa tipo ACE que congregasse as

entidades prestadoras de cuidados hospitalares (HGO), cuidados primários (ACES de

Almada e Seixal) e cuidados continuados (Liga de Amigos do HGO e outros

prestadores). Este modelo organizativo deveria permitir o financiamento em moldes

inovadores dos cuidados primários, hospitalares e continuados, numa base

capitacional, procurando esta entidade fazer uma gestão otimizada e integrada dos

recursos, explorando todas as sinergias possíveis entre as instituições envolvidas.

Mesmo numa base protocolizada convencional, apesar de não garantir o

aproveitamento da capacidade instalada no HGO em MCDT´s (obrigará

inexplicavelmente á concorrência do HGO com o setor privado) a ARSLVT apenas

avançou com o protocolo no âmbito da Patologia Clínica, tendo-se assegurado as

diligências junto da SPMS para informatização plena do circuito de prescrição e

receção de resultados, mas sem sucesso. Assim, prevê-se o arranque deste protocolo

no início de 2014 embora se preveja uma fraca utilização pelo ACES de Almada e

Seixal.

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Relatório e Contas de 2013 Página 59

Projeto de concessão e melhoria do parque de estacionamento

Os parques de estacionamento do HGO desde a sua abertura –em 1992 – e agravado

com o evoluir dos anos, pelo aumento de utentes/doentes e do nº de colaboradores,

com a consequente crescente procura de estacionamento no seu interior, têm-se

mostrado claramente insuficientes –sobretudo para os utentes (cerca de 100 lugares

atribuidos) –daí resultando grandes dificuldades de circulação e acessibilidade quer

aos parques quer às zonas de urgência, verificando-se sistematicamente filas de espera

nos diversos acessos, estacionamento de viaturas em cima dos passeios, passadeiras

de peões e segunda fila.

Para fazer face a estes constrangimentos, foi decidido em Agosto/2012 abrir

procedimento de consulta ao mercado, com publicitação de anúncios, para requalificar

e melhorar os estacionamento, aumentando a capacidade deste para os utentes e não

reduzindo o estacionamento afecto aos colaboradores, tendo sido adjudicado no

Verão de 2013 a uma empresa experiente no sector, a Empark (empresa nacional,

maior operador na Península Ibérica e detentora de exploração de 18 Hospitais )

Conseguimos triplicar o nº de lugares de estacionamento para utentes (cerca de 320

lugares ) em locais estratégicos, como Urgências e Consultas Externas, de modo a

aumentar a sua acessibilidade e comodidade, e ainda acrescer ligeiramente a

capacidade de estacionamento para os colaboradores, sem que fossem destruídas as

zonas verdes.

Por outro lado, com esta intervenção global permitiu-se ainda :

a) Melhorar o piso dos parques e outros espaços que estavam deteriorados;

b) Melhorar as condições de circulação, optimizando o fluxo de circulação

automóvel nas entradas/saídas do Hospital, bem como na acessibilidade aos

parques;

c) A utilização dinâmica dos lugares de estacionamento disponíveis, através de

moderno sistema de gestão, informatizado;

d) Melhorar a sinalética (horizontal e vertical);

e) Melhorar a iluminação;

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 60

f) Reorganizar o enquadramento paisagístico dos parques;

g) Melhorar a segurança e vigilância asseguradas através de moderno sistema

CCTV (circuito interno de vigilância por câmaras) com gravação de imagens nos

termos legais.

Sendo a capacidade do HGO limitada para parqueamento, as zonas disponíveis foram

aproveitadas ao máximo de ampliação possível, totalizando cerca de 1 100 lugares de

estacionamento para utentes e colaboradores.

Apesar de ser uma medida impopular, para que este significativo investimento fosse

feito (a rondar os 950 000€ ) ,tornou-se necessário aplicar tarifas tanto aos utentes – a

preços correntes – como aos colaboradores –a preços sociais, em modalidade de

avença mensal entre 10€ e 15€ -,de modo a ser possível a sua amortização.

Sublinhe-se ainda que estão marcados/garantidos lugares para deficientes –quer

utentes, quer profissionais -,e ainda para motas e bicicletas(gratuitos).

Criaram-se também 2 produtos diferentes de avença, mais vantajosos, baseados num

cartão pré-pago, principalmente para os colaboradores em regime de prestação de

serviços com presença pouco frequente.

Porque persiste um deficit de lugares –houve uma grande procura de avenças,

seguramente pelas significativas melhorias introduzidas e pelos baixos preços

praticados, e consequente lista de espera -,foi solicitado com carácter de urgência à

empresa o estudo e a apresentação de propostas alternativas tendentes a ampliar

ainda mais os parques de estacionamento-que já foi entregue ,estando em fase final

de negociação - ,só se avançando para os parques pagos pelos colaboradores quando

estiver garantida capacidade de estacionamento para todos.

Refira-se que o Hospital garante ainda 100 lugares de estacionamento grátis no Parque

da Santa Casa da Misericórdia de Almada, fronteiro ao Hospital, existindo nas zonas

envolventes/contíguas ,para além deste Parque –com cerca de 600 lugares -3 outros

locais públicos com muitos lugares de estacionamento e gratuitos, e que têm vindo ao

longo dos anos a ser utilizados quer por profissionais quer por utentes.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 61

Desta solução resulta também vantagem financeira para o Hospital através do

pagamento pela empresa de uma renda mensal, ainda não determinada visto

estarmos na fase de negociação da nova solução de ampliação que pelo esforço de

investimento ainda significativo a realizar implicará ,naturalmente, uma redução do

montante da renda.

Promoção e desenvolvimento da investigação clínica

O Centro Garcia de Orta (CGO), criado em Janeiro de 2012, tem por missão valorizar a

capacidade de produção de conhecimento científico do hospital, pela promoção

sistemática e coordenação das atividades de Formação, Ensino e Investigação.

No cumprimento da sua missão tem desenvolvido ações:

1) Formação, dando continuidade ao trabalho desenvolvido ao longo dos anos de

existência do hospital, agora com reforço resultante da integração e

complementaridade com as outras áreas.

Neste ano foram realizadas um total de 278 ações formativas em que estiveram

envolvidos 4 324 formandos, com um volume total de horas de 13:30h.

Demos prioridade á formação mandatória conforme se pode verificar no quadro

abaixo (a notar que houve necessidade neste ano de reforçar a formação mandatória

relacionada com a reacreditação do CHKS)

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 62

Os encargos financeiros com as ações de formação são os seguintes:

Receitas dos cursos

pagos por formandos

Valor recebido

do POPH - 2013

Encargos com

ações

formação

Saldo*

5.105,00 € 18.752,54 €

51.762,38 €

27.904,84 €

Áreas de formação Nº Ações Nº

Formandos

Segurança Utente/

Profissional 56 1261

Controlo de Infecção 50 817

Plano de Emergência 38 818

Urgência/Emergência 47 660

Auditoria 4 83

Outras temáticas 83 685

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 63

*O saldo (negativo) aqui apresentado não é final, considerando que há cursos que se

realizaram ao abrigo do POPH e o hospital ainda não foi ressarcido, pelo que será

inferior

Além destes cursos realizaram-se os cursos de verão, destinados a filhos de

funcionários e abertos à comunidade escolar, num total de 11 ações que abrangeram

154 jovens.

Cursos de

verão/ações Nº jovens Receitas Despesas Saldo**

11 154

6.410,00 €

5.126,40 €

1.283,60 €

**O saldo dos cursos de verão é positivo.

Outras ações (organização /colaboração):

Organização da 1ª conferência do serviço de Psicologia do hospital; Jornadas do

serviço de ORL, Jornadas de Medicina Interna, Jornadas da cirurgia geral, Seminário

sobre Demência, 1º Encontro da Unidade CE Psicologia do hospital, Curso IVUS

(hemodinâmica).

Comemorações do dia Nacional do dador de sangue.

2) Ensino – o hospital tem protocolos de parceria com diversas instituições de

ensino superior e politécnico. Recebeu neste ano de 2013, cerca de 600 pedidos de

estágios curriculares de enfermagem, terapeutas, psicólogos, técnicos de diagnóstico,

mas teve capacidade para receber 471 estagiários, provenientes de 17 escolas

diferentes.

Tem recebido pedidos de alunos em programa de ERAMUS para enfermagem, técnicos

e de medicina nos meses de verão, no total de 6.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 64

No âmbito do ensino, mas também da investigação estabeleceu Protocolo de Parceria

com a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, bem como

com a Universidade do Algarve.

3) Investigação – coordena total a área de investigação realizada no hospital de

iniciativa dos profissionais internos e externos e dos ensaios clínicos.

4) De uma forma congregada, neste ano estão em curso 286 ensaios clínicos e ou

estudos observacionais patrocinados pela indústria farmacêutica, dos quais 39 foram

iniciados em 2013.

5) O valor financeiro total destes 39 ensaios iniciados em 2013, perfaz um total de

586 176 euros, contabilizando exclusivamente o contemplado nos acordos financeiros

entre o hospital e as empresas.

6) Trabalhos de investigação da iniciativa dos investigadores estão em curso 294,

dos quais 39 iniciados neste ano.

7) Estão em curso trabalhos de investigação do serviço de Nefrologia com a FCT

ao abrigo do protocolo estabelecido;

8) Estabelecemos (Pediatria-CDC) protocolo com o Instituto Superior Técnico para

candidatura a uma bolsa da Fundação Ciência e Tecnologia, que foi aprovada.

9) Estabelecimento de protocolo com a BlueClinic para o desenvolvimento dos

ensaios clínicos em áreas chave para o hospital e os doentes que tem à sua

responsabilidade. Com este protocolo permite criar um gabinete de investigação no

CGO.

10) Outras ações

Apoio à realização de um SAV pediátrico, organizado pela Sociedade Portuguesa de

Reanimação.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 65

Conferências Garcia de Orta no total – 5

Medicina Baseada na Evidência (Prof Vaz Carneiro); Acesso à Inovação e Biossimilares

(Prof. João Gonçalves); A importância de um Biobanco na Investigação de Translação

(Prof. Eurico da Fonseca); Apresentação da FCT (Prof. Fernando Santana); Garcia de

Orta e o seu contributo para a Medicina (Prof. Paula Diogo).

Plataforma de gestão da Formação

Foi iniciado em 2013 a instalação de uma plataforma – Forinsia – que permite a gestão

integrada de toda a formação. Está em pleno desenvolvimento e iniciámos no final do

ano os procedimentos para criar cursos e-learning atraves desta plataforma.

4.2. Execução orçamental e análise económico-financeira

O HGO alcançou nos últimos exercícios uma performance bastante positiva ao nível

dos ganhos de eficiência, que revelam o esforço global, em linha com as novas

exigências da tutela, como se poderá verificar pela análise dos resultados líquidos do

triénio 2011-2013.

O hospital registou em 2011 resultado líquido negativo no valor de 17,57 milhões de

euros, tendo alcançado no final de 2013 um resultado que embora sendo negativo

baixou para os 3.69 milhões de euros.

Desde o segundo semestre de 2010, pouco tempo após o inicio do mandato do atual

CA e, face ao contexto económico-financeiro que então já se vivia, foi definida uma

estratégia de melhoria da sustentabilidade do HGO, EPE, traduzida num conjunto de

medidas visando reduzir gradualmente a despesa de exploração e otimização da

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 66

atividade assistencial. As despesas de investimento de maior vulto foram sacrificadas,

especialmente o projeto de ampliação do HGO, EPE que consistia na construção de um

edifício para centralizar as atividade de ambulatório, atualmente dispersas pelos pisos

de internamento.

De realçar que este resultado não tem impedido o HGO, EPE de melhorar a

acessibilidade aos cuidados (redução dos tempos de espera para cirurgias e consultas),

ou de aumentar a atividade assistencial, melhorando em simultâneo os principais

indicadores de atividade clínica, num momento em que se foram acentuando as

pressões decorrentes da difícil situação económico-financeira do país.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 67

4.2.1. Análise do Desempenho Económico

4.2.1.1. Proveitos

Código 2012 2013 Desvio

Contas Realizado Estimado 13/12 Orçam

711 Vendas

712 Prestação de Serviços

7121 Internamento 56.912.533 59.096.764 58.632.092 3,02% 99,21%

SNS 56.214.085 58.346.764 58.346.764 3,79% 100,00%

Outras EFR 698.448 750.000 285.328 -59,15% 38,04%

7122 Consulta 20.999.406 19.894.190 19.865.097 -5,40% 99,85%

SNS 20.972.915 19.844.190 19.836.522 -5,42% 99,96%

Outras EFR 26.491 50.000 28.575 7,87% 57,15%

7123 Urgência 16.257.870 13.997.240 14.431.151 -11,24% 103,10%

SNS 15.710.442 13.897.240 13.897.240 -11,54% 100,00%

Outras EFR 547.428 100.000 533.911 -2,47% 533,91%

7125 Hospital de Dia 915.566 898.956 925.556 1,09% 102,96%

SNS 915.566 898.956 925.556 1,09% 102,96%

Outras EFR #DIV/0! #DIV/0!

7126 Meios Compl. Diagn. Terapêutica 2.494.165 2.510.084 5.229.440 109,67% 208,34%

Hemodiálise e Diálise Peritoneal ARS 2.317.024 150.000 5.059.221 118,35% 3372,81%

Outras EFR 177.141 170.219 -3,91% 113,48%

7127 Taxas moderadoras 2.241.827 2.500.000 2.405.455 7,30% 96,22%

71281 Serviço Domiciliário 114.223 120.680 122.776 7,49% 101,74%

SNS 114.223 120.680 120.680 5,65% 100,00%

Outras EFR 2.096 #DIV/0! #DIV/0!

712821 GDH Ambulatório cirurgico 9.663.324 6.454.568 6.440.976 -33,35% 99,79%

SNS 9.612.193 6.424.568 6.413.817 -33,27% 99,83%

Outras EFR 51.131 30.000 27.159 -46,88% 90,53%

712822 GDH Ambulatório médico 3.062.851 3.063.182 3.061.899 -0,03% 99,96%

SNS 3.030.112 3.043.182 3.043.182 0,43% 100,00%

Outras EFR 32.739 20.000 18.718 -42,83% 93,59%

71283 Programas Verticais 9.444.054 4.762.482 4.762.482 -49,57% 100,00%

71284 Incentivos Institucionais 4.193.735 5.799.945 14.122.011 236,74% 243,49%

7129 Outras 177.789 499.343 553.080 211,09% 110,76%

Total 712 126.477.343 119.597.434 130.552.016 3,22% 109,16%

73 Proveitos Suplementares 340.641 673.577 485.597 42,55% 72,09%

74 Subsídios à Exploração

75 Trabalhos p/ Propria Instituição

76 Outros Proveitos Operacionais 2.059.345 4.927.523 3.807.951 84,91% 77,28%

78 Proveitos e Ganhos Financeiros 1.357.062 1.400.000 115.447 -91,49% 8,25%

79 Proveitos e Ganhos Extraordinários 4.200.854 1.000.000 3.095.229 -26,32% 309,52%

134.435.246 127.598.534 138.056.240 2,69% 108,20%

137.321.195 129.103.534 137.007.201 -0,23% 106,12%

128.877.329 125.198.534 134.845.564 4,63% 107,71%

-8.443.866 -3.905.000 -2.161.637 -74,40% 55,36%

-6.038.549 -4.455.000 -3.685.037 -38,97% 82,72%

-3.532.284 0 2.265.220 -164,13%

Custos Operacionais

Proveitos Operacionais

Resultados Operacionais

Resultado Líquido do Exercício

EBITDA

PROVEITOS PD 2013

TOTAL PROVEITOS

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 68

No final de 2013, o HGO registou um montante de Proveitos Totais de 138 milhões de

euros, superior em 8.2% face ao orçamentado. Esta situação resulta

fundamentalmente do aumento das prestações de serviços por via dos movimentos

relacionados com as verbas recebidas no âmbito do PERDII (9.55mio).

Na rubrica das Prestações de Serviços o HGO apresenta um acréscimo de 3,22% face a

2012 e um desvio positivo face ao valor do Orçamento em 9%, que se deve, conforme

referido anteriormente ao registo das verbas recebidas para pagamento de dívidas a

fornecedores e ao registo da estimativa de Hemodiálise e Diálise Peritoneal

contratualizadas com a ARSLVT, onde se verifica um aumento de produção pese

embora o fato de ter havido redução noutras linhas de produção.

O Orçamento de Proveitos do SNS foi reduzido em 3,51% face ao ano anterior,

justificado pela redução de financiamento por via dos preços unitários a pagar pela

prestação de serviços médicos, relativamente a utentes do SNS e Subsistemas

Públicos, conforme definido nas linhas orientadoras do PD 2013.

A especialização dos proveitos obtidos pelos serviços que o Hospital presta ao SNS é

efetuada com base nos preços que estão definidos no Contrato Programa para 2013 e

na produção assistencial realizada.

Conforme se detalha no quadro seguinte, a rubrica de Prestação de Serviços SNS

apresenta um decréscimo de 3.1% face ao ano anterior, que retrata o efeito da

redução de preços conforme dito anteriormente, não tendo uma relação direta com o

volume de atividade assistencial, pelo que deverá ler-se atentamente o ponto

referente à evolução da produção previamente esplanada neste relatório.

A IVG medicamentosa e a IVG cirúrgica estão a ser incluídas na conta de proveitos de

consulta e GDH ambulatório cirúrgico respetivamente

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 69

Face ao contratualizado com o SNS e Subsistemas Públicos para o ano de 2013,

verifica-se no quadro seguinte uma taxa de realização positiva nas linhas de atividade

Internamento (+4.8%), Hospital de Dia (+7.9%), Serviço domiciliário (+4.9%),

Hemodiálise (+217.6%), GDH Médico de Ambulatório (+24.4%) e Infertilidade (+9.8%) e

negativa na linha de atividade de Consulta (-6.4%), Serviços de Urgência (-11.2%),

Diálise Peritoneal (-1.5%), GDH de Ambulatório Cirúrgico (-33.4%), IVG Medicamentosa

(-5.1%), IVG Cirúrgica (-28.2%), Medicamentos de Dispensa em ambulatório (-58.8%) e

VIH/SIDA (-35.4%).

As taxas moderadoras registam um aumento face ao período homólogo de cerca de

7.3%. Ainda assim, os efeitos da crise económica que o país atravessa também se

fazem sentir nesta área, já que aparecem imensos casos de isenção de taxa

moderadora por insuficiência económica, entre outros motivos.

Em termos globais, no que se refere à comparação com o período homólogo, as regras

de orçamento global adoptadas desde 2012, levaram à insuficiência de financiamento

por forma a cobrir a totalidade da atividade assistencial prestada. Esta situação tendo

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 70

vindo a agravar-se em 2013, dado que o contrato programa 2013 acordado com a

ARSLVT não foi reajustado ao impacto previsível de restruturação da rede de cuidados

da Península de Setúbal, que nem sempre é visível através do movimento de consultas

ou das urgências, mas da diversidade dos casos que o hospital recebe por ser hospital

central.

A rubrica dos outros proveitos operacionais não é comparável com o período análogo

já que em 2012 os Medicamentos Dispensa em ambulatório e o Internato Médico

estavam registados em prestações de serviços e em 2013 estão registados em

proveitos operacionais. De referir que os proveitos operacionais englobam ainda os

programas específicos referentes a PMA, Transplantes e Colheitas, Doenças

lisossomais de sobrecarga, Ajudas Técnicas e Assistência Médica no Estrangeiro, assim

como os medicamentos biológicos faturados à ARSLVT, no âmbito do Despacho

nº18419/2010 de 2 de Dezembro referente à dispensa de medicamentos prescritos a

doentes com artrite reumatoide, espondilite anquilosante, artrite psoriática, artrite

idiopática juvenil poliarticular e psoríase em placas.

Os Proveitos Operacionais atingiram 134.8 milhões de euros face aos 128.9 milhões de

euros do período análogo, correspondendo a um acréscimo de 4.63%, e um desvio

positivo de 7.71% face ao orçamentado.

O montante de proveitos e ganhos financeiros realizados registou um forte decréscimo

devido aos créditos obtidos no âmbito do P.E.R.D.-Programa Extraordinário de

Regularização de Dívidas registado em 2012.

Relativamente aos proveitos extraordinários 95% referem-se a correção de proveitos

de exercícios anteriores.

O EBITDA- Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization - face ao

ano anterior, registou uma trajetória muito positiva passando de -3.5 mio para +2.3

mio, o que traduz a capacidade do Hospital gerar recursos através da sua atividade

operacional, excluindo desta análise os impostos e os efeitos financeiros. Uma vez que

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 71

estes proveitos estão influenciados pelas verbas do PERD3, caso o mesmo não tivesse

sido registado o EBITDA teria sido negativo em 7.3 mio.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 72

4.2.1.2. Custos

Código 2012 2013 Desvio

Contas Realizado Estimado 13/12 Orçam

Consumos

6161 Produtos Farmacêuticos 32.827.196 30.289.034 32.800.110 -0,08% 108,29%

Medicamentos 29.028.611 26.986.856 29.020.030 -0,03% 107,53%

Reagentes 3.302.178 3.302.178 3.325.289 0,70% 100,70%

Outros Produtos Farmacêuticos 496.407 496.407 454.791 -8,38% 91,62%

6162 Material Consumo Clínico 12.288.557 11.551.243 11.974.619 -2,55% 103,67%

6163 Produtos Alimentares 1.911 1.863 1.672 -12,51% 89,74%

6164 Material Consumo Hoteleiro 573.820 559.475 549.610 -4,22% 98,24%

6165 Material Consumo Administrativ o 271.382 264.598 227.347 -16,23% 85,92%

6166 Material Manutenção e Conserv ação 413.959 404.490 347.776 -15,99% 85,98%

Total 61 46.376.825 43.567.110 45.901.135 -1,03% 105,36%

621 Subcontratos

62181 Ministério da Saúde 953.029 883.029 936.394 -1,75% 106,04%

621812 Meios Complementares Diagnóstico 321.658 342.953 339.600 5,58% 99,02%

621813 Meios Complementares Terapêutica 554.153 519.153 554.738 0,11% 106,85%

621814 Produtos Vendidos p/ Farmácias 20.923 20.923 32.790 56,72% 156,72%

621815 Internamento e Transporte de doentes 9.266 #DIV/0! #DIV/0!

621819 Especialização Min. Saúde 56.295 -100,00% #DIV/0!

62189 Outras Entidades 1.402.795 1.337.795 1.482.087 5,65% 110,79%

621892 Meios Complementares Diagnóstico 517.044 542.398 636.353 23,08% 117,32%

621893 Meios Complementares Terapêutica 48.230 33.230 52.580 9,02% 158,23%

621895 Internamento e Transporte de doentes 655.337 645.337 656.591 0,19% 101,74%

621897 Assistência no estrangeiro 26.473 26.473 94.271 256,11% 356,11%

621899 Outros trabalhos ex ecutados ex terior 95.358 90.358 42.293 -55,65% 46,81%

621898 Especialização Outras Entidades 60.354 -100,00% #DIV/0!

Sub-total 6218 2.355.825 2.220.825 2.418.481 2,66% 108,90%

6219 Outros Subcontratos 1.625.740 540.000 1.827.199 12,39% 338,37%

Sub-total 621 3.981.565 2.760.825 4.245.680 6,63% 153,78%

622 Fornecimentos e Serviços

6221 Serviços I 2.748.458 2.748.458 2.821.855 2,67% 102,67%

Eletricidade 301.876 - 363.582 20,44%

Combustíveis 1.901.716 - 1.880.142 -1,13%

Água 334.457 - 366.840 9,68%

6222 Serviços II 988.345 911.254 1.014.589 2,66% 111,34%

Comunicação 112.370 - 253.491 125,58%

Honorários 769.039 692.135 731.372 -4,90% 105,67%

6223 Serviços III 10.797.016 10.472.797 11.134.871 3,13% 106,32%

Conservação e Reparação 3.039.902 - 3.156.172 3,82%

Limpeza, Higiene e conforto 2.190.223 - 2.152.629 -1,72%

Vigilância e Segurança 694.392 - 642.117 -7,53%

Trabalhos Especializados 4.868.897 4.776.387 5.173.706 6,26% 108,32%

Alimentação 2.394.944 - 2.032.761 -15,12%

Lavandaria 548.048 - 495.229 -9,64%

Serviços Técnicos de RH 910.111 1.001.122 1.727.427 89,80% 172,55%

6229 Outros FSE´s 6.373 6.373 7.931 24,45% 124,45%

Sub-total 622 14.540.191 14.138.882 14.979.246 3,02% 105,94%

Total 62 18.521.756 16.899.706 19.224.926 3,80% 113,76%

64 Despesas com Pessoal

641 Remuner. dos Orgãos Directiv os 289.114 264.682 340.153 17,65% 128,51%

6421 Remunerações Base 39.026.039 38.752.857 37.876.172 -2,95% 97,74%

6422 Suplemento de Remunerações 12.984.977 9.787.817 9.987.992 -23,08% 102,05%

6423 Prestações Sociais Directas 110.660 108.482 103.213 -6,73% 95,14%

6424 Subsídio de Férias e de Natal 4.242.498 3.764.902 6.369.105 50,13% 169,17%

643 Pensões 172.634 82.830 142.647 -17,37% 172,22%

645 Encargos sobre Remunerações 10.209.522 11.495.937 11.866.338 16,23% 103,22%

646 Seguros Acidentes Trab/Prof. 93.934 96.486 111.323 18,51% 115,38%

647 Encargos Sociais Voluntários 141.330 136.208 132.283 -6,40% 97,12%

648 Outros Custos com Pessoal 184.681 191.517 447.504 142,31% 233,66%

Total 64 67.455.389 64.681.718 67.376.730 -0,12% 104,17%

65 Outros Custos Operacionais 55.644 50.000 77.552 39,37% 155,10%

66 Amortizações do Exercício 3.877.487 3.555.000 3.770.985 -2,75% 106,08%

67 Provisões do Exercício 1.034.095 350.000 655.872 -36,58% 187,39%

68 Custos e Perdas Financeiros 952.096 950.000 966.678 1,53% 101,76%

69 Custos e Perdas Extraordinários 2.160.284 2.000.000 3.723.665 72,37% 186,18%

TOTAL CUSTOS 140.433.574 132.053.534 141.697.543 0,90% 107,30%

CUSTOS PD 2013

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 73

O hospital prosseguiu com a estratégia iniciada em anos anteriores de forte controle

de custos.

O quadro anterior apresenta a execução orçamental dos custos registados em 2013,

que em comparação com o período homólogo revela um acréscimo de custos inferior

a 1% e um desvio negativo (7.3%) face ao contratualizado.

Na rubrica dos consumos alcançou uma redução global de 1,03% face ao ano anterior

e uma execução orçamental negativa em 5.36%. Esta rubrica em 2012 está

influenciada pelo abatimento dos créditos decorrentes do acordo com a APIFARMA em

cerca de 4.1 mio valor muito superior ao obtido em 2013 no valor de 2.8mio. A conta

de medicamentos ainda assim não aumentou face ao período homólogo, sendo de

salientar que ao nível de consumo efetivo reduziu cerca de 6.22%.

Nos Subcontratos - Trabalhos executados no exterior, efetuando uma análise

comparativa com o período homólogo, verifica-se um acréscimo de 2.66%, e um

desvio negativo de 8.9% face ao orçamentado. Nos subcontratos efectuados com

entidades do Ministério da Saúde, assistiu-se a uma redução de 1.75% e nos

subcontratos com outras entidades verificou-se um aumento de 5.65%, face ao ano

anterior. Relativamente aos custos dos doentes operados no exterior registou-se um

aumento de 12.39% face ao ano anterior. Globalmente esta rubrica assinalou um

incremento de 6.63% face ao exercício análogo e uma execução orçamental negativa.

Os Fornecimentos e Serviços registaram um comportamento inverso ao esperado

tendo assinalado um aumento face ao período homólogo em cerca de 3.02%, e um

acréscimo de 13.8% face ao contratualizado, de onde se destaca, no caso dos FSE I, um

acréscimo de 2.67%, devido ao aumento do consumo de eletricidade (+20%) e por

outro lado o aumento do consumo de água (+9.68%) por m3 aliado ao aumento da

tarifa de saneamento em cerca de 25% face ao ano anterior; os FSE II demonstram um

acréscimo de 2.66% explicável pelo aumento da conta de comunicações (+125.58%)

devido ao aumento do número de cartas enviadas aos utentes para cobrança de taxas

moderadoras, salientando porém a redução dos honorários em 4.9%; os FSE III

cresceram 3.13% face ao período homólogo, devido ao aumento das conservações e

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 74

reparações (+3.82%) e dos serviços técnicos de Recursos Humanos (+89.8%),

ressalvando, no entanto, a redução verificada na limpeza (-1.7%), Vigilância e

Segurança (-7.5%), Alimentação (-15%) e Lavandaria (-9.6%), fruto das negociações

efetuadas com os fornecedores; finalmente os outros FSE reduziram 24% com pouca

expressão em termos de valor. Globalmente esta rubrica reflete um acréscimo face ao

objetivo fixado em 5.94%.

As Despesas com Pessoal atingiram um montante de 67,38 milhões de euros,

representando uma ligeira descida de 0.12% em relação ao exercício de 2012 e um

acréscimo de 4.17% face ao montante inscrito no Orçamento. É de referir que a

execução dos custos com pessoal aumentou nas rubricas de Subsidio de férias e Natal

e ainda nos Encargos sobre remunerações (deverá ler-se o ponto seguinte deste

relatório onde é efetuada uma análise detalhada destes custos).

Os outros custos operacionais aumentaram 39% devido aumento das quotizações para

o SUCH e das taxas de justiça.

As Amortizações registaram um valor de 3,77 milhões de euros, o que representa um

decréscimo de 2.75% face ao homólogo e um desvio negativo de 6%, em relação ao

orçamentado.

As provisões registadas sofreram um decréscimo de 36.6% relativamente ao ano

anterior e um desvio negativo face ao orçamentado. Estas provisões aludem aos

processos judiciais movidos por terceiros contra o Hospital.

Os custos financeiros incluem os juros referentes a 2013, provenientes da adesão do

Hospital ao FASP-SNS em 2008.

Os custos extraordinários registam maioritariamente as correções de exercícios

anteriores.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 75

4.2.1.3. Resultados

Síntese de Indicadores de custos, proveitos e resultados

Em termos gráficos:

Da análise ao gráfico anterior, retira-se que os custos operacionais andaram muito

próximos dos valores do período homólogo, tendo reduzido apenas 0.23% fruto de

uma política de contenção de custos seguida pelo Hospital e, um aumento dos

proveitos operacionais em 4.63%, cujo impacto principal advém do registo do PERD3.

Os resultados operacionais em 2013 foram negativos em 2.2 mio e tiveram um

decréscimo de 74.4% face ao ano anterior. O resultado Líquido do exercício foi

reduzido em 39%. O EBITDA ficou acima do objectivo fixado, por via do efeito do

2013/2012 Orçamento

Total Custos 141.697.543 140.433.574 132.053.534 0,90% 107,30%

Total Proveitos 138.056.240 134.435.246 127.598.534 2,69% 108,20%

Custos Operacionais 137.007.201 137.321.195 129.103.534 -0,23% 106,12%

Proveitos Operacionais 134.845.564 128.877.329 125.198.534 4,63% 107,71%

Resultados Operacionais -2.161.637 -8.443.866 -3.905.000 -74,40% 55,36%

Resultado Líquido do Exercício -3.685.037 -6.038.549 -4.455.000 -38,97% 82,72%

EBITDA 2.265.220 -3.532.284 0 -164,13% #DIV/0!

DesvioPD 20132013 2012Descrição

-50 0 50 100 150

Total Custos

Total Proveitos

Custos Operacionais

Proveitos Operacionais

Resultados Operacionais

Resultado Líquido Exercício

EBITDA

Milhões

PD 2013

2012

2013

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Relatório e Contas de 2013 Página 76

reconhecimento em proveitos do montante recebido para pagamento a fornecedores

em 2013.

4.2.1.4. Execução Orçamental das Compras

Em termos gráficos:

Numa análise global, as compras líquidas de descontos comerciais e abatimentos,

revelam uma execução acima do contratualizado em 1.15% e uma redução de 4.91%

face ao homólogo, impulsionadas pelo acordo com a APIFARMA 2013, com efeitos na

rubrica dos medicamentos. O material de consumo clínico obteve um resultado de

+1.88% face ao anterior e uma execução acima do contratualizado em 8.38% que é

justificada pela aquisição de material de consumo corrente que estaria a ser

classificada em imobilizado corpóreo. As restantes rubricas registaram uma

performance bastante positiva, que face ao período análogo que face ao orçamentado.

2013/2012 Orçam

Produtos Farmacêuticos 33.266.475 31.233.766 30.852.740 -7,26% 98,78%

Medicamentos (Compras Líquidas) 29.459.550 27.426.841 27.011.671 -8,31% 98,49%

Outros Produtos Farmacêuticos 3.806.925 3.806.925 3.841.069 0,90% 100,90%

Material de Consumo Clínico 12.132.893 11.404.920 12.360.980 1,88% 108,38%

Produtos Alimentares 1.911 1.863 1.672 -12,51% 89,74%

Material de Consumo Hoteleiro 560.981 546.957 549.116 -2,12% 100,39%

Material de Consumo Administrativo 246.954 240.781 218.667 -11,45% 90,82%

Material de Manutenção e Conservação 410.623 401.219 348.204 -15,20% 86,79%

Outro Material de Consumo 1.841 #DIV/0!

TOTAL GERAL 46.621.678 43.829.505 44.331.378 -4,91% 101,15%

Descrição Realizado 2012 PD 2013 Realizado 2013Desvio

2

20

200

2.000

20.000

Milh

are

s

Compras Líquidas

2012 PD 2013 2013

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Relatório e Contas de 2013 Página 77

4.2.1.5. Execução Orçamental dos Investimentos

Ao nível da execução dos investimentos o Hospital ficou aquém do orçamentado e do

homólogo em cerca de 53% e 12% respetivamente, conforme se pode verificar ao

analisar o quadro infra.

Em termos gráficos:

(expresso em euros)

2013/2012 Orçam

41-Investimentos Financeiros

42-Imobilizações corpóreas

421 - Terrenos e Recursos Naturais

422 - Edifícios e Out. Construções 99.228 1.417.825,00 5.612,50 -94% 0%

423 - Equipamento Básico 987.939 1.458.083,90 1.035.214,15 5% 71%

4231-Médico-cirúrgico 295.889 400.000,00 262.326,70 -11% 66%

4232-De imagiologia 387.983 831.726,00 665.347,13 71% 80%

4233-De laboratório 13.147 46.407,90 65.023,33 395% 140%

4234-Mobiliário hospitalar 206.673 100.000,00 17.804,24 -91% 18%

4235-De desinfecção e esterilização 11.314 19.501,44 72% #DIV/0!

4236-De hotelaria 58.657 79.950,00 701,10 -99% 1%

4239-Outros 14.277 4.510,21 -68% #DIV/0!

424 - Equipamento de Transporte 34.902 -100% #DIV/0!

425 - Ferramentas e Utensílios 8.714 -100% #DIV/0!

426 - Equip. administ. e Informático 689.337 630.000,00 337.803,98 -51% 54%

4261-Equipamento administrativo 59.141 50.000,00 43.016,33 -27% 86%

4262-Equipamento informático 630.196 580.000 294.788 -53% 51%

42621-Hardw are 228.338 75.000,00 226.896,00 -1% 303%

42622-Softw are 401.858 505.000,00 67.891,65 -83% 13%

427 - Taras e Vasilhame

429 - Outras Imob. Corpóreas

42-Imobilizações corpóreas 1.820.120 3.505.908,90 1.378.630,63 -24% 39%

431 - Despesas de Instalação

432 - Despesas de I&D

43-Imobilizações incorpóreas

44-Imobilizações em Curso 278.732 475.771,93 71% #DIV/0!

44-Imobilizações em Curso 278.731,64 475.771,93 71% #DIV/0!

45-Bens de domínio público

45-Bens de domínio público

TOTAL GERAL 2.098.851 3.505.909 1.854.403 -12% 53%

Auto-Investimento (%) 100% 100%

Investimento Co-Financiado (%)

Descrição Realizado 2012 PD 2013 Realizado 2013Desvio

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Relatório e Contas de 2013 Página 78

O valor registado em Edifícios e Outras construções refere-se a pequenas obras de

remodelação dos serviços e a passagem a Imobilizado firme da obra da Nova Farmácia

e Aprovisionamento e a obra da urgência.

O investimento em equipamento básico (inclui as doações) refere-se maioritariamente

a bens de equipamento de substituição, destacando-se o registo dos seguintes

equipamentos: TAC, Equipamento de Neuronavegação e Ecógrafo.

Principais Aquisições por Conta POCMS:

4231 MEDICO-CIRURGICO  

PROVA DE ESFORÇO CARDIORESPIRATORIA  33.394,50

MACA UCI  17.541,45

DERMATOSCOPIA DIGITAL  13.838,90

BOMBA DE INSULINA ACCU-CHECK  12.350,68

4232 DE IMAGIOLOGIA  

TAC  350.000,00

EQUIPAMENTO DE NEURONAVEGAÇÃO  170.000,00

ECOGRAFO  47.905,30

4233 DE LABORATORIO  

EQUIPAMENTO AUT. P/MONTAGEM DE LAMINAS DE HISTOLOGIA  18.450,00

MAQUINA DE LAVAR VIDRARIA E FERROS CIRURGICOS  9.976,53

SISTEMA P/PURIFICAÇÃO DO AR INTERIOR  7.048,21

4234 MOBILIARIO HOSPITALAR  

MARQUESA ELECTRICA  3.040,73

CADEIRA DE COLHEITA COM AMORTECEDOR A GAZ *  2.644,50

CARRO DE TRANSPORTE MATERIAL DE CONSUMO CLINICO  2.432,94

4235 DE DESINFECCAO E ESTERILIZACAO  

LAVADOR DE ARRASTADEIRAS E URINOIS  16.974,00

4236 DE HOTELARIA  

FRIGORIFICO  701,10

4239 OUTROS EQUIPAMENTOS BASICOS  

SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO CONTÍNUA DE CONSUMOS  2.210,21

4261 EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO  

TERMINAL PDA  10.585,26

IMPLEMENTAÇÃO DA SOLUÇÃO CORPORATE TV E MODULAÇÃO DE 5 CANAI  9.295,11

426211 HARDWARE  

PC THINCLIENT (SMART ZC)  46.093,03

SERVIDOR  39.116,74

PC THINCLIENT  17.925,63

T 410  13.920,67

STORAGE HP 3 PAR  12.215,13

426221 SOFTWARE  

STORAGE HP 3 PAR  12.299,03

AQUISIÇÃO DE PLATAFORMA DE GESTÃO MODULO DE NUTRIÇÃO  11.744,04

SOFWARE DE REDE  11.070,00

SISTEMA DE GESTÃO DOCUMENTAL  7.995,00

IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA APLICACIONAL SIIMA  6.761,62

44211 OBRAS EM CURSO  

OBRA FARMÁCIA E APROVISIONAMENTO 174.357,73

OBRA URGÊNCIA GERAL - AMBULATÓRIO 54.710,88

OBRA ROUPARIA LIMPEZA 178.365,53

OBRA EXAMES ESPECIAIS 835,15

OBRA ESTERILIZAÇÃO 6.508,65

OBRAS - OUTRAS 7.135,38

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 79

No equipamento administrativo destaca-se a aquisição de Terminais PDA.

Em relação ao equipamento informático, no que diz respeito ao software, destaca-se a

aquisição do Módulo de gestão de Nutrição e o Sistema de Gestão Documental. Na

parte do hardware destaca-se a aquisição de um Servidor e Smart ZC.

Em conclusão, observou-se uma taxa de execução em imobilizações corpóreas bem

inferior ao previsto (cerca de -2.13m€) que, face às condicionantes impostas pela

tutela e com uma rigorosa política de contenção de despesa seguida por este conselho

de administração, não foram realizadas.

Execução de Investimentos em Curso

No final de 2013, transitam em curso os investimentos identificados no quadro

anterior. O projecto de remodelação do serviço de Medicina Nuclear está autorizado

por parte da tutela, aguardando os trâmites legais para o início da obra. As restantes

obras referem-se à conservação dos serviços.

Equipamentos Doados ao Hospital

Em 2013 o HGO recebeu os seguintes equipamentos doados por empresas e por

particulares cujo montante global se cifra em cerca de 579 mil euros.

Idenificação da ObraExecutado

(valor acum)Estado

Obra da Rouparia 196.730,45 Em curso

Obra da Obstetricia 1.314,61 Terminada

Obra - Secret NeuroCirurgia/Neurologia  644,82 Terminada

Obra em Curso - Exames Especiais  3.507,66 Em curso

Obra da Urgência 122.041,31 Terminada

Obra Medicina Nuclear 46.986,00 Em curso

Medicamento Hospitalar 2009 1.273.239,10 Terminada

Total 1.644.463,95

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Relatório e Contas de 2013 Página 80

4.2.2. Análise do Desempenho Financeiro

4.2.2.1. Análise Financeira

Ao analisar o Balanço resultam as seguintes alterações à situação financeira e

patrimonial do HGO:

Bens Doados Valor Bens Doados Valor

4231 MEDICO-CIRURGICO   19.354,42 4261 EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO   1.304,57

ALICATE ELÉTRICO PARA TUBULADURAS  1.384,25 ARMARIO COM 1 PORTA  69,70

BANCO CIRURGICO RODADO  30,01 CADEIRAS PRETAS SEM RODAS   56,58

CADEIRA DE ORL ARTICULADA  0,02 CADEIRAS PRETAS SEM RODAS  169,74

CADEIRA DE OTORRINO ARTICULADA  1.000,00 MESA QUADRADA  83,56

COMPRESSOR  150,00 SOFÁ EM NAPA CASRTANHA DE 2 LUGARES   248,60

ELECTROBISTURI  500,01 TELEVISÃO LCD PLASMA  228,78

ELETROBISTURI  0,02 TELEVISÃO LCD  357,60

ENDOSCOPIO  100,02 TELEVISÃO  70,00

FONTE DE LUZ FRIA  350,04 TV PHILIPS  0,01

MESA DE TRATAMENTO E DIAGNOSTICO (EQUIPAMENTO DE ORL)  600,03 TV  20,00

MICROSCOPIO  3.000,01 426211 HARDWARE   3.360,85

OFTALMOSCOPIO  120,00 DOSIMETROS  50,00

SONDA  12.000,00 IMPRESSORA  188,00

TROLLEY  120,01 MONITOR LCD 32CM.  400,00

4232 DE IMAGIOLOGIA   549.812,00 MONITOR LCD  100,00

ECOGRAFO  29.812,00 PC PORTATIL  2.622,85

EQUIPAMENTO DE NEURONAVEGAÇÃO  170.000,00 Total Geral 578.837,96

TAC  350.000,00

4234 MOBILIARIO HOSPITALAR   2.624,11

MARQUESA ELECTRICA  2.280,55

SUPORTE VERTICAL PARA HALTERES  343,56

4235 DE DESINFECCAO E ESTERILIZACAO   0,01

COMPRESSOR  0,01

4236 DE HOTELARIA   82,00

MICROONDAS  82,00

4239 OUTROS EQUIPAMENTOS BASICOS   2.300,00

FRIGORIFICO COM PORTA DE VIDRO  1.300,00

FRIGORIFICO COM PORTA EM VIDRO  1.000,00

BALANÇO Dez-13 Dez-12 Δ Valor Δ %

Ativo

Imobilizado Líquido 33.800.065 35.660.858 -1.860.792 -5%

Ativo Circulante 17.763.312 16.027.724 1.735.589 11%

Acréscimos e Diferimentos 3.218.282 4.009.420 -791.138 -20%

Total do Ativo 54.781.659 55.698.001 -916.342 -2%

Fundos Próprios -68.074.406 -65.331.140 -2.743.266 4%

Passivo 0

Provisões 1.294.731 974.029 320.702 33%

Dívidas a Terceiros CP 62.298.588 60.253.147 2.045.441 3%

Empréstimos Obtidos (FASP-SNS) 43.863.833 43.863.833 0 0%

Acréscimos e Diferimentos 15.398.914 15.938.133 -539.219 -3%

Total do Passivo 122.856.065 121.029.141 1.826.924 2%

Total dos Fundos Próprios + Passivo 54.781.659 55.698.001 -916.342 -2%

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Relatório e Contas de 2013 Página 81

O imobilizado líquido registou um decréscimo de 5% fruto da redução de

investimentos, devido às condicionantes impostas pela tutela, que não compensam as

amortizações anuais. A rubrica com maior peso é a dos edifícios afectos à atividade do

hospital, incluindo também o novo edifício do Centro de Desenvolvimento da Criança.

O Ativo circulante sofreu um acréscimo de 11% que se deve às estimativas do Contrato

Programa e adiantamentos por conta dos mesmos, incluindo a dívida da ARSLVT

referente a 2012 e 2013 de Hemodiálise e Diálise Peritoneal.

Na rubrica de clientes está ainda incluída a posição líquida da ACSS, onde estão

registados os adiantamentos mensais e a estimativa de faturação com base na

produção realizada, por conta do contrato programa de 2013, que será regularizada

com a emissão de faturação dos atos/serviços prestados da responsabilidade do SNS.

As disponibilidades apresentam um saldo no IGCP – Instituto de Gestão do crédito

Público e um valor residual na banca privada (Millennium BCP), o caixa regista o Fundo

de maneio, notas e moedas.

Os Acréscimos e Diferimentos ativos sofreram uma redução devido à diminuição dos

Créditos provenientes do acordos para obtenção de descontos comerciais como seja o

RAPPEL. Esta rubrica inclui ainda a especialização da Receita Própria (prestação de atos

médicos não SNS), onde se incluem os medicamentos biológicos cedidos a utentes e

não facturados ainda à ARSLVT e das Taxas Moderadoras não cobradas aos utentes.

O Fundo Patrimonial apresenta um saldo negativo de 68 mio, que embora

preocupante não coloca em causa a atividade da instituição, dada a importância social

dos serviços prestados à população.

As provisões sofreram um aumento substancial devido à expectativa de desfecho de

um maior número de processos interpostos por terceiros contra o Hospital face ao ano

anterior.

As dívidas a terceiros de Curto Prazo registam um aumento de 2 mio, atrás justificado

também pela análise efetuada ao PMP, resultado da contínua redução de

financiamento. Ressalve-se o fato de o Hospital ter suportado do seu orçamento de

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Relatório e Contas de 2013 Página 82

tesouraria, no seguimento do disposto na Lei nº39/2013 de 21 de junho, que regula a

reposição, em 2013, do subsídio de férias para os trabalhadores públicos,

aposentados, reformados e demais pensionistas e, ainda, o pagamento em

duodécimos do Subsídio de Natal à generalidade dos trabalhadores. Os principais

fornecedores da indústria farmacêutica são a Abbvie, Roche farmacêutica e Gilead

Sciences.

Os empréstimos obtidos foram constituídos no âmbito do Fundo de Apoio ao Sistema

de Pagamentos do SNS a que o Hospital aderiu em Dezembro de 2008, nos termos da

Portaria 1369-A/2008, de Novembro, com o objectivo de reduzir o PMP a fornecedores

a 90 dias.

Nos Acréscimos e Diferimentos Passivos houve uma diminuição que se deve à redução

do montante de responsabilidades com remunerações e encargos sobre as mesmas,

tais como o mês de férias, Subsídios de Férias, Horas extraordinárias entre outros,

relativas ao ano de 2013, que apenas serão liquidadas no decorrer do ano seguinte.

Contém ainda a especialização dos custos com Subcontratos e Fornecimentos e

Serviços Externos e os subsídios ao investimento recebidos no âmbito dos seguintes

projetos: CDC, CIRMA e Medicamento Hospitalar 2008/2009.

Evolução dos Principais Indicadores Económico-Financeiros

(ex presso em Euros)

Rácios: 2013 2012

Autonomia Financeira -124,3% -117,1%

Solvabilidade -55,4% -53,9%

Endiv idamento 224,3% 217,1%

Liquidez Geral 19,8% 19,3%

Rentabilidade dos Capitais Próprios 5,4% 9,2%

VAB cf (custo factores) 65.834.000 61.863.760

VAB cf per capita 27.111 24.232

Outros Indicadores: 2013 2012

EBITDA 2.265.220 -3.532.284

Volume de Negócios 130.552.016 126.477.343

Resultado Líquido do Exercício -3.685.037 -6.038.549

Capitais Próprios -68.074.406 -65.331.140

Cash Flow 741.820 -1.126.968

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Relatório e Contas de 2013 Página 83

Da análise dos Rácios financeiros podemos realçar a Autonomia Financeira inexistente.

A Solvabilidade mostra que os ativos são insuficientes para liquidar o passivo de curto

prazo. O grau de endividamento evidencia percentagem do Passivo de curto prazo

sobre o ativo Líquido. O rácio de rentabilidade dos capitais próprios demonstra o peso

dos Resultados líquidos nos Capitais Próprios.

É de salientar o indicador VAB - valor acrescentado bruto per capita, que evidencia o

Valor Acrescentado Bruto por colaborador (produtividade média por colaborador)

sendo um indicador de extrema importância, uma vez que este indicador exprime a

riqueza criada ao longo de um período, no caso 2013. O VAB - valor acrescentado

bruto evidencia o valor da produção (proveitos Operacionais) líquido dos recursos

consumidos (Consumos e FSE) e de impostos.

4.2.2.2. Dívidas de Terceiros (Clientes e Outros Devedores)

A dívida dos Clientes neste período é de 14.8 milhões de euros, sendo o total das

dívidas de clientes do SNS de 2.9 milhões de euros. No quadro abaixo discriminam-se

os clientes externos mais significativos, que representam cerca de 16% da dívida

externa.

O quadro seguinte apresenta-se a Dívida de Clientes com detalhe por tipo de Cliente,

de onde resulta uma melhoria na cobrança em cerca de 30% face a 2012.

>30 d Vencidas % <30 d Não venc %

COMP SEG ACOREANA, SA  220.035 1,9% 0 0,0% 220.035

COMP SEG ALLIANZ PORTUGAL SA  202.373 1,7% 5.068 0,0% 207.442

COMP SEG AXA, SA  236.798 2,0% 81 0,0% 236.879

COMP SEG CA,S.A.-RAMOS REAIS  45.342 0,4% 0 0,0% 45.342

COMP SEG GENERALI S.P.A.-SUCURSAL EM PORTUGAL  68.414 0,6% 0 0,0% 68.414

COMP SEG LIBERTY SA  88.913 0,7% 0 0,0% 88.913

COMP SEG LUSITANIA, SA   85.361 0,7% 0 0,0% 85.361

COMP SEG MAPFRE SEGUROS GERAIS, SA  122.557 1,0% 294 0,0% 122.851

COMP SEG MEDIS   53.739 0,5% 0 0,0% 53.739

COMP SEG OCEANICA   40.685 0,3% 0 0,0% 40.685

COMP SEG REAL SEG BPN VIDA, SA  96.617 0,8% 0 0,0% 96.617

COMP SEG TRANQUILIDADE, SA  259.232 2,2% 147 0,0% 259.379

INST SEGUROS PORTUGAL  70.857 0,6% 31 0,0% 70.888

OCIDENTAL-COMPANHIA PORTUGUESA DE SEGUROS, SA  55.715 0,5% 0 0,0% 55.715

ZURICH INSURANCE PLC - SUCURSAL EM PORTUGAL  241.707 2,0% 0 0,0% 241.707

TOTAL 1.888.347 15,9% 5.621 0,0% 1.893.968

Créditos Não Vencidos Crédito TotalNOME CLIENTE

Créditos Vencidos

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Relatório e Contas de 2013 Página 84

4.2.2.3. Dividas a Terceiros (Fornecedores e Outros Credores)

Indicador do Prazo Médio de Pagamentos

Da análise do quadro anterior, verifica-se uma redução do prazo médio de

pagamentos, de 386 dias em 2012 para 270 dias em 2013, o que revela o esforço

global do Hospital, em articulação com a tutela, que permitiu a redução de 116 dias

face ao período homólogo, ou seja, menos 30%, fruto do Programa Extraordinário de

Regularização de Dívidas até 31/10/2011, aplicado em 2012 e também o plano similar

aplicado em 2013, face a dívidas de fornecedores da APIFARMA com elevada

antiguidade.

No quadro seguinte, apresenta-se a Dívida Vencida e Vincenda, com detalhe de

Fornecedores externos, Fornecedores do SNS e outros Fornecedores do Estado.

Em termos de volume financeiro, relativamente à dívida do HGO, o total da dívida a

fornecedores é de 59,8 milhões de euros, dos quais 39,5 milhões de euros são de

Saldo Inicial

(Crédito) Próprio Ano Anos Anteriores

Companhias de Seguros 3.163.766,60 387.993,67 255.703,60 382.049,91

Utentes C/C (Taxas Moderadoras) 6.284.674,21 2.630.121,73 2.164.119,69 141.363,16

Outros Clientes 681.555,36 1.138.446,67 907.420,75 226.393,54

ACSS 4.152.823,50 25.356.509,07 25.171.337,98 4.105.400,42

Instituições do Ministério da Saúde 3.034.298,01 124.210,97 122.355,23 268.853,71

Regiões Autónomas 776.519,13 80.599,28 0,00 0,00

Outras Instituições do Estado 3.159.741,70 65.109,96 56.889,28 2.350.198,08

Total 21.253.378,51 29.782.991,35 28.677.826,53 7.474.258,82

Incobráveis Saldo Final Variação Variação

Corr/Anulações (Crédito) (Valor) (%)

Companhias de Seguros 2.914.006,76 -249.759,84 -7,9%

Utentes C/C (Taxas Moderadoras) 6.609.313,09 324.638,88 5,2%

Outros Clientes 1.517,49 684.670,25 3.114,89 0,5%

ACSS 122.497,43 110.096,74 -4.042.726,76 -97,3%

Instituições do Ministério da Saúde 0,00 2.767.300,04 -266.997,97 -8,8%

Regiões Autónomas 0,00 857.118,41 80.599,28 10,4%

Outras Instituições do Estado 0,00 817.764,30 -2.341.977,40 -74,1%

Total 124.014,92 14.760.269,59 -6.493.108,92 -30,6%

RecebimentosFacturas/N.Déb

emitidas (Mês)Clientes

Clientes

Δ Dias Δ %

386 251 268 301 270 -116 -30%

4T2012 1T2013 2T2013 3T20134T 2013/4T 2012 (homólogo)

4T2013

PMP em Dias

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Relatório e Contas de 2013 Página 85

Fornecedores Externos e 20,3 milhões de euros provenientes dos Fornecedores SNS,

destacando-se dentro destas a dívida à ARSLVT.

4.3. Indicadores de recursos humanos

A evolução dos efetivos do HGO e da sua despesa no ano de 2013 foi fortemente

condicionada quer pela estratégia interna, no âmbito da reengenharia e racionalização

de efetivos e dos seus tempos de trabalho, bem como pelas medidas macro contidas

na Lei do Orçamento de Estado, tendo em vista garantir a sustentabilidade do SNS e

em face dos compromissos estabelecidos no Memorando de Entendimento. Resulta

assim que os indicadores do pessoal, no período em análise, apresentam reduções

quer no seu número que no seu custo, tendo-se feito todos os esforços no sentido de

aumentar ou manter a produção.

Divida Vincenda 0 a 90 dias 91 a 180 dias 181 a 240 dias 241 a 360 dias 361 a 540 dias 541 a 720 dias 721 dias ou mais Total Vencido

01 Despesas com Pessoal 5.450,06 916.715,96 916.715,96

02 Aquisições de bens e Serviços 15.532.395,66 11.673.015,60 4.817.780,76 98.741,79 18.311,10 15.350,75 1.917.936,51 2.932.615,15 21.473.751,66

03 Juros e Outros Encargos

06 - Outras Despesas Correntes

07 Aquisições de bens de Capital 373.267,33 117.841,62 35.812,36 123,17 39.360,00 18.554,96 7.178,56 218.870,67

Total 15.911.113,05 12.707.573,18 4.853.593,12 98.864,96 57.671,10 15.350,75 1.936.491,47 2.939.793,71 22.609.338,29

Divida Vincenda 0 a 90 dias 91 a 180 dias 181 a 240 dias 241 a 360 dias 361 a 540 dias 541 a 720 dias 721 dias ou mais Total Vencido

01 Despesas com Pessoal 400,00 400,00

02 Aquisições de bens e Serviços 540.103,77 808.443,81 629.819,32 341.242,66 127.864,25 60.045,23 317.851,49 17.508.791,71 19.794.058,47

07 Aquisições de bens de Capital

Total 540.103,77 808.443,81 629.819,32 341.242,66 127.864,25 60.045,23 318.251,49 17.508.791,71 19.794.458,47

Divida Vincenda 0 a 90 dias 91 a 180 dias 181 a 240 dias 241 a 360 dias 361 a 540 dias 541 a 720 dias 721 dias ou mais Total Vencido

01 Despesas com Pessoal 266.989,25 266.989,25

02 Aquisições de bens e Serviços 75.314,19 5.732,12 986,47 6.294,79 256,00 86.389,88 99.659,26

03 Juros e Outros Encargos 227.324,31 305.624,91 164.178,68 222.272,66 919.400,56

07 Aquisições de bens de Capital

Total 75.314,19 233.056,43 306.611,38 164.178,68 228.567,45 256,00 353.379,13 1.286.049,07

Dívida Total 16.526.531,01 13.749.073,42 5.790.023,82 604.286,30 414.102,80 75.395,98 2.254.998,96 20.801.964,55 43.689.845,83

Fornecedores Estado

Fornecedores SNS

Fornecedores Externos

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Relatório e Contas de 2013 Página 86

1 - Evolução dos efectivos /ETC´s

Constata-se que

entre 2011 e 2013

se registou uma

diminuição de 137

trabalhadores, os

quais representam

9 ETC`s, o se

justificam pela

alteração da carga

horária do pessoal

com contrato de

trabalho em funções públicas, das 35 para as 40 horas, aplicado aos diversos grupos

profissionais com excepção do pessoal médico.

Continua a verificar-se a predominância do género feminino em 78% e a idade

média tem vindo a aumentar em cada ano, situando-se agora nos 41,5 anos.

2 – Admissões/Cessações

Constata-se que o número de admissões

ocorreu predominantemente no pessoal

médico em formação pré carreira, fruto da

aposta contínua no reforço do quadro médico

do SNS bem como no reforço de 12 médicos,

para colmatar as 20 cessações verificadas.

Nos demais grupos profissionais as admissões

são residuais.

Contrariamente as cessações de pessoal

têm vindo a aumentar, no pessoal de enfermagem, assistentes operacionais e

médicos, cujos motivos assentam maioritariamente em aposentações (44), iniciativa

do próprios (87) e demais motivos (42).

3 – Caracterização dos Grupos Profissionais

O maior grupo profissionais continua a ser o do pessoal de enfermagem (840), com

uma redução de 48 enfermeiros face a 2011, seguido dos assistentes operacionais

(568) com menos 61 colaboradores do que os registados em 2011.

2011 2012 2013

2560

2501

2423

2655

2594

2646

Nº TRAB

ETC's

0

2

12

56

1

2

3

5

0

0

2

0

1

1

1

20

58

37

38

3

4

0

1

9

0

1

Conselhos de…

Pessoal Dirigente

Médico

Pessoal em formação…

Enfermeiro

Assistente operacional

Téc. Diagnóstico e…

Técnico Superior

Técnico Superior de…

Informático

Assistente técnico

Pessoal Docente

Outro Pessoal

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Relatório e Contas de 2013 Página 87

Nº TRABALHADORES 2011 2012 2013

Conselhos de Administração 5 5 5 Pessoal Dirigente 15 16 17 Médico 339 323 319 Pessoal em formação pré carreira 168 174 173 Enfermeiro 889 875 840 Assistente operacional 629 602 568 Téc. Diagnóstico e Terapêutica 186 182 182 Técnico Superior 63 59 59 Técnico Superior de Saúde 12 13 13 Informático 9 9 8 Assistente técnico 243 241 236 Pessoal Docente 1 1 1 Outro Pessoal 1 1 1

TOTAL 2560 2501 2423

O pessoal médico regista uma redução de 20 efetivos, os assistentes técnicos são

menos 7, os TDT`s menos 4, os técnicos superiores também menos 4, face a 2011.

As admissões são residuais e fruto de regresso de cedências de interesse público.

4 - Distribuição da carga horária

Resulta do gráfico abaixo que a predominância do regime das 35 horas semanais,

aplicável ao pessoal com contrato em funções públicas cessou, tendo entrado em

vigor em finais de Setembro/13, o regime de 40 horas.

Como não se aplicou ao pessoal médico nem aos contratos individuais de trabalho,

restam 714 profissionais com o regime das 35 horas, para além das demais

situações identificadas.

2011 2012 2013

1709 1658

714 654 640

1528

111 99 88

86 104 93

35

40

42

Outros

Distribuição da carga horária

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 88

5 - Taxa de rotação e absentismo

Resulta da análise que a Taxa de Absentismo, nos períodos em análise reduziu de 6,6%

para 6,2%, fruto de uma menor ausência, nomeadamente por doença.

A Taxa de Rotação evoluiu de 10,3% para 10,6%, fruto maioritariamente das cessações

ocorridas, não se descurando as admissões registadas dos internos em formação pré –

carreira, embora a variação de 2011 para 2013 seja apenas de mais 5 internos.

6 - Despesa de pessoal

Os números denunciam o esforço feito quer na redução efetiva das remunerações,

tendo resultado uma poupança de 12% entre 2011 e 2012, o que em muito contribuiu

quer a redução das horas extras e o não pagamento dos Subsídios de férias e de Natal

ao pessoal com salários acima dos 1.100€, tendo sido pago um valor percentual ao

pessoal com salários de valores abaixo do indicado.

2011 2012 2013

6,6% 6,6% 6,2%

10,3% 9,0%

10,6%

Taxa Absentismo

Taxa Rotação

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 89

Entre 2012/2013 registámos um aumento da despesa, fruto da reposição do Subsídios

de Férias e de Natal. No cômputo do período em análise, 2011/2013 a redução

operada neste âmbito foi de 6,3%.

É digno de nota a referência ao acréscimo de encargos para a CGA, por parte da

entidade patronal, dado que se registou um incremento de 15% para 23,75%,

passando a ser suportado no respetivo cálculo todos os valores pagos, quando

anteriormente só eram consideradas os abonos fixos suplementos por trabalho

noturno.

Também em relação à contribuição para a ADSE, por parte da entidade patronal, se

registou a aplicação de encargos por parte da entidade patronal, o que se situaram em

2,5% em 2011, tendo sido reduzidos em 2012 para 1,25%.

O número de horas extras realizadas tendo vindo a ser reduzido quer pela estratégia

interna no âmbito da reorganização dos serviços, quer decorrente do aumento da

carga horária das 35 para as 40 horas.

2011 2012 2013

72.012.612,95 €

63.336.936,71 €

67.457.971,68 €

Evolução da Despesa de Pessoal

-12,0% +6,5%

-6,3%

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 90

Resulta da análise dos dois gráficos – valor e custo das horas extras – que apesar da

redução da quantidade ter sido de 0,9%, o custo diminuiu 36,6%. Tal é explicado pelo

facto de que o valor das horas extras tem sofrido uma diminuição drástica,

maioritariamente pela diminuição do valor hora, fruto das revisões salariais sucessivas

e das alterações das tabelas das percentagens que servem de base para o seu

apuramento, ocorridas em 2011 e 2012, cujos padrões de cálculo foram reduzidos.

2011 2012 2013

197.266

188.580

198.969

Número

2011 2012 2013

6.386.472 €

5.240.382 €

4.049.740 €

Valor

-0,9%

-4,4% +5,5%

-36,6%

-17,9%

-22,7%

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 91

Tendo em conta que:

as horas extras representam uma despesa relevante nos hospitais, o que se

justifica pela necessidade de garantir pessoal médico para as escalas do serviço

de urgência, em período noturno ou fins de semana;

também pelo facto de que os serviços com escalas rotativas devem garantir os

seus rácios de efetivos para assistência nos internamento;

pelo que sempre que se registam ausências as substituições são garantidas

com horas extras.

Este indicador reflete a forte redução sentida entre 2011/2013, em relação ao peso

médio das horas extras nos salários, de 67%.

De todo o exposto resulta que a liderança das empresas vai ter que se confrontar com

os desafios da melhoria da comunicação, da gestão do desempenho e do

desenvolvimento dos seus colaboradores, que são agora menos, estão mais

sobrecarregados e estão sujeitos as pressões de objectivos mais exigentes.

5. Proposta de Aplicação de Resultados

O Conselho de Administração propõe que o prejuízo apurado no exercício de 2013, no

montante de 3.685.036,75€ (Três milhões, seiscentos e oitenta e cinco mil, e trinta e

seis euros e setenta e cinco cêntimos), seja transferido para a conta de Resultados

Transitados, de acordo com as disposições legais e estatutárias aplicáveis.

2011 2012 2013

4,2% 2,8%

4,2%

30,9%

12,7% 10,1%

Peso H. Extras /H. Normais

Peso Custo H.Extras / Rem.Base

-67%

-59%

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 92

6. Demonstrações Financeiras e anexos

Balanço em 31 de Dezembro de 2013

Expresso em euros

2012

ACTIVO BRUTO AMORT. E PROVISÕES ACTIVO LÍQUIDO ACTIVO LÍQUIDO

IMOBILIZADO:

Bens de domínio público:

451 Terrenos e recursos naturais

452 Edifícios

452 Outras construções e infra-estruturas

453 Bens do património histórico, artístico e cultural

455 Outros bens de domínio público

445 Imobilizações em curso de bens de domínio público

446 Adiantamentos por conta de bens de domínio público

0,00 0,00 0,00 0,00

Imobilizações incorpóreas:

431 Despesas de instalação

432 Despesas de investigação e desenvolvimento

443 Imobilizações em curso de imobilizações incorpóreas

449 Adiantamentos por conta de imobilizações incorpóreas

0,00 0,00 0,00 0,00

Imobilizações corpóreas:

421 Terrenos e recursos naturais 700.370,61 0,00 700.370,61 700.370,61

422 Edifícios e outras construções 36.848.168,98 10.507.623,76 26.340.545,22 25.718.167,88

423 Equipamento básico 34.867.367,26 29.618.345,58 5.249.021,68 6.464.307,07

424 Equipamento de transporte 215.100,95 170.850,66 44.250,29 63.137,14

425 Ferramentas e utensílios 177.954,61 84.406,21 93.548,40 114.707,98

426 Equipamento administrativo 9.110.739,55 8.006.398,13 1.104.341,42 1.381.950,04

427 Taras e vasilhame

429 Outras imobilizações corpóreas 54.874,07 34.110,45 20.763,62 28.136,95

442 Imobilizações em curso de imobilizações corpóreas 247.224,11 247.224,11 1.190.080,06

448 Adiantamentos por conta imobilizações corpóreas

82.221.800,14 48.421.734,79 33.800.065,35 35.660.857,73

Investimentos financeiros:

411 Partes de Capital

412 Obrigações e Títulos de Participação

414 Investimentos em Imóveis

415 Outras aplicações financeiras

441 Imobilizações em curso de investimentos financeiros

447 Adiantamentos por conta de investimentos financeiros

0,00 0,00 0,00 0,00

CIRCULANTE:

Existências:

36 Matérias primas, subsidiárias e de consumo 3.396.026,47 0,00 3.396.026,47 5.291.026,40

34 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos

32 Mercadorias

37 Adiantamentos por conta de compras

3.396.026,47 0,00 3.396.026,47 5.291.026,40

Dívidas de terceiros - Médio e longo prazo

211 Clientes c/c

218 Clientes de cobrança duvidosa

0,00 0,00 0,00 0,00

Dívidas de terceiros - Curto prazo

28 Empréstimos concedidos

211 Clientes c/c 8.017.215,11 6.305.844,58 1.711.370,53 3.645.507,82

213 Utentes c/c 147.677,53 0,00 147.677,53 17.124,39

215 Instituições do MS 2.752.024,54 0,00 2.752.024,54 3.423.803,63

218 Clientes de cobrança duvidosa 2.676.857,03 2.676.857,03 0,00 0,00

251 Devedores pela execução do orçamento

229 Adiantamentos a fornecedores 0,00 0,00 0,00 100.786,46

2619 Adiantamentos a fornecedores de imobilizado

24 Estado e outros entes públicos 306.531,15 0,00 306.531,15 309.779,53

262/3/4+267+268 Outros devedores 1.887.465,53 60.852,64 1.826.612,89 2.870.582,48

15.787.770,89 9.043.554,25 6.744.216,64 10.367.584,31

Títulos negociáveis:

151 Acções

152 Obrigações e Títulos de Participação

153 Títulos da Dívida Pública

159 Outros títulos

18 Outras aplicações de tesouraria 0,00 0,00

0,00 0,00 0,00 0,00

Depósitos em instituições financeiras e caixa:

13 Conta no Tesouro 7.607.702,61 0,00 7.607.702,61 429.594,44

12 Depósitos em instituições financeiras 0,00 0,00 32.331,05

11 Caixa 15.366,65 0,00 15.366,65 12.227,04

7.623.069,26 7.623.069,26 474.152,53

Acéscimos e diferimentos:

271 Acréscimos de proveitos 3.218.281,5 3.218.281,52 3.986.235,85

272 Custos diferidos 0,00 0,00 23.183,78

3.218.281,52 3.218.281,52 4.009.419,63

Total de amortizações 48.421.734,79

Total de provisões 9.043.554,25

112.246.948,28 57.465.289,04 54.781.659,24 55.803.040,60

EXERCÍCIO

TOTAL DO ACTIVO

POCMS ACTIVO 2013

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 93

Expresso em euros

2013 2012

Fundos P. e Passivo Fundos P. e Passivo

FUNDOS PRÓPRIOS:

51 Património 60.419.535,00 60.419.535,00

56 Reservas de reavaliação

60.419.535,00 60.419.535,00

Reservas:

574 Reservas Livres 3.510.301,75 3.510.301,75

575 Subsídios

576 Doações 1.868.768,54 1.388.204,59

577 Reservas decorrentes da transferência activos

5.379.070,29 4.898.506,34

59 Resultados transitados -130.187.974,68 -124.610.632,44

88 Resultado líquido do exercício -3.685.036,75 -6.038.549,13

Total dos Fundos próprios -68.074.406,14 -65.331.140,23

PASSIVO:

291 Provisões para cobranças duvidosas

292 Provisões para riscos e encargos 1.294.730,57 974.028,57

1.294.730,57 974.028,57

Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo:

221 Fornecedores c/c

0,00 0,00

Dívidas a terceiros - Curto prazo:

213 Utentes c/c

219 Adiantamentos de clientes, utentes e instituições do MS 48.431,15 69.902,95

221 Fornecedores c/c 39.096.748,36 39.184.455,75

228 Fornecedores - Facturas em recepção e conferência 2.416.900,81 1.174.515,83

23 Empréstimos obtidos 43.863.832,66 43.863.832,66

252 Credores pela execução do orçamenrto

2611 Fornecedores de imobilizado c/c 232.702,71 324.169,96

24 Estado e outros entes públicos 2.423.051,56 1.958.293,99

262/3/4+267+268 Outros credores 18.080.753,88 17.646.848,20

106.162.421,13 104.222.019,34

Acréscimos e diferimentos

273 Acréscimos de custos 12.645.576,71 13.066.542,35

274 Proveitos diferidos 2.753.336,97 2.871.590,57

15.398.913,68 15.938.132,92

Total do Passivo 122.856.065,38 121.134.180,83

54.781.659,24 55.803.040,60

EXERCÍCIO

TOTAL DOS FUNDOS PRÓPRIOS E PASSIVO

POCMS FUNDOS PRÓPRIOS E PASSIVO

O Técnico Oficial de Contas,

Gonçalo Raimundo

A Diretora Financeira,

Mónica J. P. Cristina

O Conselho de Administração

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 94

Demonstração dos Resultados em 31 de Dezembro de 2013

Expresso em euros

61 Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas:

Mercadorias

Matérias de Consumo 45.901.134,69 45.901.134,69 46.376.824,97 46.376.824,97

62 Fornecimentos e serviços externos 19.224.926,23 18.521.755,55

Custos com o pessoal:

641+642 Remunerações 54.676.636,06 56.653.288,22

Encargos sociais:

643+644 Pensões 142.646,83 172.634,30

645/8 Outros 12.557.447,48 86.601.656,60 10.629.466,37 85.977.144,44

63 Transferências Correntes concedidas e prestações sociais

66 Amortizações do Exercício 3.770.985,41 3.877.487,02

67 Provisões do Exercício 655.871,79 4.426.857,20 1.034.094,60 4.911.581,62

65 Outros custos e perdas operacionais 77.552,31 77.552,31 55.643,93

(A) 137.007.200,80 137.321.194,96

68 Custos e perdas financeiros 966.677,99 952.095,54

(C) 137.973.878,79 138.273.290,50

69 Custos e perdas extraordinários 3.723.664,52 2.160.283,99

(E) 141.697.543,31 140.433.574,49

86 Imposto sobre o Rendimento do Exercício 43.732,97 40.220,47

88 Resultado líquido do exercício -3.685.036,75 -6.038.549,13

71 Vendas e Prestações de Serviços

711 Vendas

712 Prestações de Serviços 130.552.015,87 130.552.015,87 126.477.343,25 126.477.343,25

72 Impostos, taxas e outros

75 Trabalhos para a própria entidade 0,00

73 Proveitos Suplementares 485.597,47 340.640,83

74 Transferências e subsídios correntes obtidos:

741 Transferências - Tesouro

742 Transferências correntes obtidas 0,00

743 Subsídios correntes obtidos - Outros entes públicos

749 De outras entidades 485.597,47 340.640,83

76 Outros Proveitos Operacionais 3.807.950,57 2.059.344,88

(B) 134.845.563,91 128.877.328,96

78 Proveitos e ganhos financeiros 115.447,11 1.357.062,38

(D) 134.961.011,02 130.234.391,34

79 Proveitos e ganhos extraordinários 3.095.228,51 4.200.854,49

(F) 138.056.239,53 134.435.245,83

Resultados Financeiros [(D)-(B)]-[(C)-(A)]

Resultados Correntes (D)-(C)

Resultado Líquido do Exercício (F)-(E)

-851.230,88

-3.012.867,77

-3.685.036,75

404.966,84

-8.038.899,16

-6.038.549,13

TOTAL

CUSTOS E PERDASPOCMSEXERCÍCIO

TOTAL

Resultados Operacionais (B)-(A)

138.056.239,53 134.435.245,83

138.056.239,53 134.435.245,83

2013 2012

-2.161.636,89 -8.443.866,00

POCMS PROVEITOS E GANHOSEXERCÍCIO

2013 2012

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 95

Demonstração dos Resultados por Funções em 31 de Dezembro de 2013

O Técnico Oficial de Contas,

Gonçalo Raimundo

A Diretora Financeira,

Mónica J. P. Cristina

O Conselho de Administração

Expresso em euros

2013 2012

Vendas e prestações de serviços 130.552.015,87 126.477.343,25

Custos das vendas e das prestações de serviços 121.091.255,05 119.324.804,93

Resultados brutos 9.460.760,82 7.152.538,32

Outros proveitos e ganhos operacionais 4.293.548,04 2.399.985,71

Custos de distribuição

Custos administrativos 15.838.393,44 17.940.746,10

Outros custos e perdas operacionais 77.552,31 55.643,93

Resultados operacionais -2.161.636,89 -8.443.866,00

Custo líquido de financiamento 851.230,88 -404.966,84

Ganhos (perdas) em filiais e associadas

Ganhos (perdas) em outros investimentos

Resultados correntes -3.012.867,77 -8.038.899,16

Impostos sobre os resultados correntes 0,00

Resultados correntes após impostos -3.012.867,77 -8.038.899,16

Resultados extraordinários -628.436,01 2.040.570,50

Impostos sobre os resultados -43.732,97 -40.220,47

Resultados Líquidos -3.685.036,75 -6.038.549,13

Resultados por acção (Não Aplicável)

DescriçãoEXERCÍCIO

O Técnico Oficial de Contas,

Gonçalo Raimundo

A Diretora Financeira,

Mónica J. P. Cristina

O Conselho de Administração

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 96

Demonstração dos Fluxos de Caixa em 31 de Dezembro de 2013

Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa em 31 de Dezembro de 2013

Discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes

Reportados a 31 de Dezembro de 2013, são os seguintes os valores da discriminação de Caixa e seus Equivalentes e da

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 97

reconciliação entre o seu montante e as disponibilidades constantes do Balanço:

Expresso em euros

Descritivo 2013 2012

Numerário 15.366,65 8.385,28

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 7.607.702,61 465.767,25

Aplicações de Tesouraria 0,00 0,00

Total de Caixa e seus equivalentes 7.623.069,26 474.152,53

Anexo às Demonstrações Financeiras do Exercício de 2013

1. Caracterização da Entidade

O Hospital Garcia de Orta, E.P.E. foi transformado Entidade Pública Empresarial,

através do Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro. Por força do referido

Decreto-Lei, esta nova unidade de saúde sucede à anterior com a mesma

denominação, constituída com a natureza de sociedade anónima através do nº3 do

art.º 7º do Decreto-Lei n.º 298/2002, de 11 de Dezembro, legando-lhe todos os bens,

direitos e obrigações de que era titular. O seu capital estatutário é detido pelo Estado,

tornando-se pessoa colectiva de direito público de natureza empresarial, dotada de

autonomia administrativa, financeira e patrimonial, nos termos do Decreto-Lei nº

558/99, de 17 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº

300/2007, de 23 de Agosto e do artigo 18º do anexo da Lei nº 27/2002, de 8 de

Novembro, com o número de pessoa colectiva 506361470, sedeada na Av. Torrado da

Silva, 2801-951 Almada. Ao Hospital Garcia de Orta, E.P.E. é aplicável o regime jurídico

O Técnico Oficial de Contas,

Gonçalo Raimundo

A Diretora Financeira,

Mónica J. P. Cristina

O Conselho de Administração

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 98

do Sector Empresarial do Estado e, supletivamente, o Código das Sociedades

Comerciais.

Descrição Sumária das Atividades

O Hospital Garcia de Orta, E.P.E. está integrado no Serviço Nacional de Saúde, tem

como finalidade principal a prestação de cuidados de saúde à população da sua zona

de influência, nomeadamente aos beneficiários do Serviço Nacional de Saúde, dos

subsistemas de saúde ou de entidades externas, que com ele contratualizem a

prestação de cuidados de saúde, e ainda no contexto nacional e dos países de

expressão portuguesa.

O Hospital tem ainda como objectivo secundário desenvolver atividades de

investigação, formação e ensino, sendo a sua participação na formação de

profissionais de saúde correlativo da respectiva capacidade formativa.

Os hospitais E. P. E. são financiados nos termos da base XXXIII da Lei de Bases da

Saúde, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 27/2002, de 8 de Novembro. A

atividade do Hospital é praticada em obediência às imposições inerentes ao serviço

público que presta, tendo em conta a subordinação a regras das autoridades nacionais

de saúde contingentes ao cumprimento da política nacional de saúde. O financiamento

do Serviço Nacional de Saúde, é efectuado através do pagamento dos atos e atividades

efetivamente realizados segundo uma tabela de preços que consagra uma classificação

dos mesmos atos, técnicas e serviços de saúde, aprovada oficialmente, sendo o

volume de produção contratualizado anualmente com o Ministério da Saúde e

transversalmente com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e

da ACSS- Administração Central do Sistema de Saúde.

Para os subsistemas de saúde e entidades públicas ou privadas o preço a cobrar pelos

cuidados prestados no quadro do Serviço Nacional Saúde são estabelecidos por

portaria do Ministro da Saúde, tendo em conta os custos reais e o necessário equilíbrio

de exploração, conforme diz o Artigo 25º do Estatuto do Serviço Nacional Saúde

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 99

aprovado pelo Decreto-Lei nº 11/93 de 15 de Janeiro. Para o ano de 2013 foram

aplicados os preços fixados na Portaria nº132/2009 de 30 de Janeiro.

Recursos Humanos

Os Órgãos Sociais do Hospital são constituídos pelos seguintes elementos:

Conselho de Administração:

Fiscal Único:

ROSA LOPES, GONÇALVES MENDES & ASSOCIADOS, SROC, LDA. Dr. José Mendes.

Pessoal ao serviço do Hospital:

Em 31 de Dezembro de 2013 o número de trabalhadores encontra-se distribuído

conforme quadro infra, incluindo os membros do Conselho de Administração.

A média de trabalhadores ao serviço do Hospital no exercício de 2013 ascendeu a 2469

e o número médio de efetivos é de 2168.

O número de membros do conselho de administração é 5 e o número de dirigentes 17.

Mandato em 01/01/2013 a 31/12/2015

Dr. Joaquim Daniel Ferro

Dra. Paula Breia

Enfermeira Odília Neves

Dr. José Completo Ferrão

Dra. Maria de Lourdes Caixaria BastosVogal Executivo

Cargo

Presidente

Directora Clínica

Enf. Directora

Vogal Executivo

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 100

Destaca-se um menor número de funcionários em contrato por tempo indeterminado

e em contrato individual de trabalho sem Termo, no que concerne aos grupos

profissionais destacam-se o pessoal de enfermagem e os assistentes operacionais.

Organização Contabilística

- Manual de Procedimentos

Embora ainda não exista aprovado um Manual de Procedimentos Contabilísticos, o

Hospital respeita o Plano Oficial de Contabilidade do Ministério da Saúde (POCMS),

que se encontra desenvolvido, por forma a satisfazer a informação económica e

financeira exigida pela tutela e cuja aplicação é efectuada pelas orientações

contabilísticas emanadas pela ACSS, através de notas técnicas ou por circulares

normativas.

- Livros de Registo

Os movimentos contabilísticos são registados nos Diários de Movimentos e no Razão,

sendo os mesmos inseridos nas diversas aplicações informáticas em utilização no

Hospital.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 101

- Organização do Arquivo dos Documentos de Suporte

Os documentos de suporte ao registo das operações contabilísticas de Despesa e

Receita estão catalogados por “pagos” e “cobrados”, arquivados por rubrica financeira

e respectivos números de caixa, existindo ainda um arquivo de Facturas em Aberto por

Cliente, por Utente particular ou independente organizado por número de factura e

Facturas em Aberto por Fornecedor. A aplicação informática gera, para cada

movimento contabilístico, um número de documento interno, com numeração

sequencial de base anual.

- Demonstrações Financeiras Intercalares

O Hospital elabora mensalmente um Relatório Analítico de Desempenho Económico-

Financeiro submetendo-o até ao dia 10 do mês seguinte à Administração Central do

Sistema de Saúde e à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

Trimestralmente é enviado por via electrónica na plataforma SIRIEF um Relatório

Trimestral de Execução Orçamental à Inspeção Geral de Finanças e à Direção Geral do

Tesouro e Finanças.

- Descentralização Contabilística

Não existe descentralização contabilística. As aplicações do sistema de informação

utilizado criam rotinas que são descentralizadas, cuja integração é assegurada

ciclicamente.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 102

- Sistemas Informáticos Utilizados

2. Notas ao Balanço e á Demonstração de Resultados

2.1. Notas Gerais

As Demonstrações Financeiras foram preparadas em harmonia com os princípios

contabilísticos previstos no Plano Oficial de Contabilidade do Ministério da Saúde

(POCMS), com o objectivo de obter uma imagem verdadeira e apropriada da situação

económico – financeira da instituição, conforme estabelecido no artigo 24º dos

Estatutos publicados em anexo ao Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro.

Tendo em conta a especificidade do Hospital enquanto entidade pública empresarial

Solução aplicacional - Objetivo funcional

ALERT EDIS - SI de gestão administrativa e clínica dos Serviços de Urgência

ASIS - SI de gestão da área de Imunohemoterapia

ASTRAIA – SI de gestão da vertente de técnicas da área de Obstetrícia

BABYMATCH - SI de gestão (geolocalizada) de recém-nascidos

CARDIOBASE / CARDIOREPORT – SI de gestão da área de Cardiologia

CENTRICITY30 - Visualizador de Imagens Radiológicas

CIT – SI de gestão de certif icados de incapacidade temporária para o trabalho

DOCBASE - SI de gestão da área de Gastrenterologia

Gestão Documental - SI de gestão documental (Expediente)

GHAF – SI de gestão da área de Alimentação e Dietética

HS-GISS – SI de gestão da área de Apoio Social

HS-SGICM – SI de gestão do circuito do medicamento / gestão logística

INFOREAM - SI de gestão da área de Instalações e Equipamentos

OMEGA / PSM – SI de gestão da área de Patologia Clínica

PACS – Plataforma de arquivo e distribuição de imagens radiológicas

PEM – Prescrição Eletrónica Médica (receituário para exterior)

Portal Intranet / Internet do HGO (Plataformas cooperativas internas e Site Institucional)

RHV - SI de gestão da área de RH e Vencimentos

RIS - SI de gestão da área de Imagiologia

RNU - Plataforma de Registo Nacional de Utentes

SAM – Sistema de Apoio ao Médico

SAM / PCE - Processo Clínico Eletrónico

SAPE – Sistema de Apoio à prática de enfermagem

SGFE – SI de gestão de f ilas de espera e atendimento de utentes

SGTD (ARSLVT) - SI de gestão da área de Transporte de Doentes

SICA (ARSLVT) - SI para a Contratualização e acompanhamento do Contrato-Programa

SICO – SI de gestão de certif icados de óbito

SICTH – SI da Consulta a Tempo e Horas (“Alert P1”)

SIES - SI para a gestão de Equipamentos de Saúde

SIGIC – SI de gestão de Inscritos para Cirurgia

SiiMA HDI - Plataforma de Interoperabilidade (transversal a todos os SI)

SIIMA-ePM  - SI de gestão de pedidos de MCDT

Sinai BI - Plataforma de Business Inteligence

Sinai FT - Plataforma de acompanhamento e monitorização de contratos, de âmbito Interno

Sinai NT - SI de registo de notif icações e eventos (Gestão do risco clínico e não clínico)

SISCONT - SI de gestão f inanceira e contabilística

SISPAT - SI de gestão da área de Anatomia Patológica

SISPATWEB - Visualizador de resultados de Anatomia Patológica

SISQUAL - SI de gestão de assiduidade

SONHO V2 – SI de Gestão Hospitalar (HIS-Healthcare Information System)

TAONET – SI de gestão da area de anti-coagulação

Vortal Health - Plataforma pública de processos de aquisição

WEBGDH – SI para agrupamento de utentes em GDH

WEBLAB – Visualizador de resultados laboratoriais)

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 103

foram efectuadas as adaptações decorrentes do Despacho Conjunto do Ministro de

Estado e das Finanças e do Ministro da Saúde n.º 17164/2006.

Os proveitos e os custos são reconhecidos à medida que são gerados,

independentemente do momento em que são recebidos ou pagos, de acordo com o

princípio contabilístico da especialização dos exercícios.

Naturalmente, as notas a seguir indicadas estão de acordo com a numeração

sequencial definida no POCMS. As notas cuja numeração não consta deste anexo, não

são aplicáveis ao Hospital ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das

Demonstrações Financeiras em apreciação. Todos os valores estão expressos em

euros.

2.2. Comparabilidade dos Exercícios

Os conteúdos das contas do Balanço e da Demonstração de Resultados de 2013 são

comparáveis com os do exercício anterior.

2.3. Bases de Apresentação, políticas contabilísticas e critérios valorimétricos

As demonstrações financeiras apresentadas têm como suporte os registos

contabilísticos e respectiva documentação, tendo-se seguido na sua preparação os

princípios contabilísticos geralmente aceites.

Os critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras

foram os seguintes:

Imobilizações

As Imobilizações Corpóreas estão registadas ao custo de aquisição e são amortizadas

de acordo com as taxas previstas no CIBE – Cadastro do Inventário dos Bens do Estado

(Portaria nº 671/2000, de 17 de Abril), tendo sido ajustadas no caso dos bens móveis,

em função da avaliação realizada em observância do disposto no nº 3 do artigo 7º do

Decreto-Lei nº 298/2002, de 11 de Dezembro.

As Imobilizações comparticipadas por Subsídios Comunitários são amortizadas na

mesma base e às mesmas taxas dos restantes bens, sendo o respectivo custo

compensado em proveitos e ganhos extraordinários, através da amortização das

comparticipações registadas na Rubrica de Acréscimos e Diferimentos.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 104

Os ativos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como

as correspondentes responsabilidades, são contabilizadas pelo método financeiro

estabelecido no POCMS.

De acordo com este método, o custo do ativo é registado no imobilizado corpóreo e a

correspondente responsabilidade é registada no passivo. Os juros incluídos no valor

das rendas e a amortização do ativo são registados como custo na Demonstração dos

Resultados do exercício a que respeitam.

Existências

As Existências são valorizadas ao custo de aquisição, acrescidas de todas as despesas

até à entrada em armazém, com IVA incluído. O método de custeio das saídas e

Consumos utilizado é o custo médio ponderado.

O saldo que figura no Balanço foi ajustado na sequência das contagens físicas

efectuadas reportadas ao final do exercício.

Dívidas de Terceiros

As dívidas a receber de Clientes e de Outros Devedores estão registadas de acordo

com o definido na Portaria nº132/2009, de 30 de Janeiro e segundo os critérios

definidos no Contrato Programa celebrado com a ARSLVT e ACSS para 2013.

Especialização dos Exercícios

O Hospital aplica o princípio da especialização dos exercícios de forma a imputar a

cada exercício os custos e os proveitos efetivamente ocorridos, independentemente

do momento em que são pagos ou recebidos.

A rubrica de Acréscimos de Proveitos agrega os seguintes movimentos:

- Os Proveitos do exercício ainda não foram facturados são reconhecidos no período

em que ocorrem, nomeadamente os referentes a atos médicos. Os proveitos

relacionados a execução do Contrato-Programa celebrado com a ARSLVT e a ACSS, são

reconhecidos na conta de Clientes -Instituições do estado, deduzidos dos

adiantamentos recebidos da ACSS durante o exercício. Foram também especializados

os proveitos referentes a outras entidades.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 105

- Os Proveitos do exercício referentes aos medicamentos biológicos cedidos e ainda

não facturados, assim como a receita própria de atos prestados no ano e facturados no

ano seguinte por ainda não estarem codificados.

- As taxas moderadoras não cobradas aos utentes.

- Os créditos referentes a descontos obtidos no âmbito do acordo entre a APIFARMA e

o Ministério da Saúde.

As demonstrações financeiras do Hospital refletem, na conta de acréscimos e

diferimentos – acréscimos de custos, os seguintes movimentos:

- Os custos com o subsídio de férias, a pagar em 2014, conforme Circular Normativa da

ACSS nº 15/2013 de 10 de Abril, decorrente do acórdão do Tribunal Constitucional e

que não foi alvo de negociação no âmbito da contratualização 2013.

- Estão ainda reconhecidos os custos incorridos no exercício e ainda não registados à

data de encerramento das contas, decorrentes de serviços prestados por terceiros e

demais ocorrências.

A rubrica de Proveitos diferidos movimenta o montante de subsídios recebidos, no

âmbito de projetos de investimentos a fundo perdido, para financiamento de

imobilizações, os quais foram reconhecidos na demonstração dos resultados na

proporção das amortizações das imobilizações subsidiadas, iniciadas no momento em

que as mesmas entraram em exploração.

Provisões

As provisões para Cobranças Duvidosas foram constituídas, visando prevenir, com

razoável segurança, os riscos de crédito associados. As dívidas em contencioso foram

provisionadas a 100%, as dívidas de Utentes e Outros Clientes foram provisionadas em

50% entre 12 e 24 meses e 100% para mais de 24 meses.

As provisões para existências não sofreram ajustamento, baseando esta decisão na

informação prestada pelo armazém, já que o valor das existências é análogo ao valor

de mercado.

Com base em parecer jurídico foi efectuada a provisão para riscos e encargos

referentes a processos judiciais em curso, movidos por terceiros contra o Hospital.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 106

Responsabilidades com Complementos de Pensões de Reforma e Sobrevivência

De acordo com o estabelecido no art.º nº159º da Lei nº55-A/2010, de 31 de Dezembro

(OE 2011) as responsabilidades de pensões relativas aos aposentados serão suportadas

pelas verbas da alienação dos imóveis afectos ao Ministério da Saúde das entidades

integradas no SNS, pelo que a partir de 1 de Janeiro de 2011 o HGO deixou de ter

responsabilidade pelo pagamento de pensões aos aposentados que tenham passado a

subscritores nos termos do Decreto-Lei nº301/79 de 18 de Agosto. Em 31 de

Dezembro de 2013 não existem provisões constituídas para este efeito.

Imposto Sobre o Rendimento (IRC)

O Imposto sobre o Rendimento é calculado com base no resultado tributável de cada

exercício, tendo em conta o método do imposto a pagar. Este método é aplicado,

tendo por base a estimativa do imposto sobre o rendimento a pagar no exercício de

referência. O Hospital está sujeito ao Imposto sobre o Rendimento das Pessoas

Colectivas (IRC) à taxa normal de 25%, acrescido de Derrama, conferindo a uma taxa

de imposto agregada de 26,5%.

De acordo com a legislação em vigor, as Declarações Fiscais estão sujeitas a revisão e

correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco

anos para a Segurança Social), excepto quando tenham havido prejuízos fiscais,

tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções,

reclamações ou impugnações, casos em que, dependendo das circunstâncias, os

prazos são prolongados ou suspensos.

Consequentemente, as Declarações Fiscais do Hospital, dos exercícios de 2010 a 2013,

poderão ainda ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração entende que,

eventuais correções provenientes de revisões/inspeções por parte da Administração

fiscal àquelas Declarações de Impostos, não terão um efeito significativo nas

Demonstrações Financeiras, em 31 de Dezembro de 2013.

No exercício de 2013 devido à existência de prejuízos fiscais, o imposto apurado

considera somente as situações sujeitas a tributação autónoma, conforme art.º 81º do

Código do Imposto sobre as Pessoas Colectivas. Todavia, embora existam pagamentos

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 107

especiais por conta e retenções na fonte efectuadas por terceiros, o Hospital tem a

pagar de IRC ao Estado o montante de 43.732,97euros.

De acordo com a legislação fiscal em vigor, os prejuízos fiscais são reportáveis durante

um período de seis anos após a sua ocorrência até ao exercício de 2009, passíveis de

dedução a lucros fiscais gerados durante esse período e por um período de 4 anos a

partir do exercício de 2010. Em 2013, os prejuízos fiscais dedutíveis ascendem a

95.263.695,36 euros, conforme quadro seguinte. Por uma questão de prudência a

instituição não reconhece contabilisticamente os impostos diferidos ativos.

2.7. Movimentos do ativo imobilizado

O movimento ocorrido rubricas de Imobilizações Corpóreas e Amortizações apresenta-

se o seguinte:

Imobilizações

Exercício

Prejuízos

Fiscais

Dedutíveis CIRC

2008 23.141.378,73

2009 21.689.618,15

2010 23.141.378,73

2011 17.567.733,87

2012 6.038.549,13

2013 3.685.036,75

Total 95.263.695,36

(expresso em euros)

Rubricas Saldo Inicial AquisiçõesRegularizações

/AumentosAlienações

Transferências

/Regularizações Abates

Saldo Final

(Activo Bruto)

Terrenos e Recursos

Naturais700.370,61 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 700.370,61

Edifícios e Outras

Construções35.447.728,48 5.612,50 1.404.828,00 0,00 0,00 10.000,00 36.848.168,98

Equipamento Básico 34.053.574,23 1.062.900,85 50.361,43 0,00 0,00 299.469,25 34.867.367,26

Equipamento de

transporte238.660,97 0,00 0,00 0,00 0,00 23.560,02 215.100,95

Ferramentas e Outros

Utensilios177.954,61 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 177.954,61

Equipamento

administrativo e Infor.8.778.436,60 339.427,83 676,99 0,00 0,00 7.801,87 9.110.739,55

Outras Imobilizações

Corporeas54.874,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 54.874,07

Imobilizações em Curso 1.190.080,06 461.972,05 1.821,28 0,00 1.406.649,28 0,00 247.224,11

Adiant. por conta de

Imobilizações Corporeas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

TOTAL 80.641.679,63 1.869.913,23 1.457.687,70 0,00 1.406.649,28 340.831,14 82.221.800,14

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 108

Amortizações

2.23. Dívidas de Cobrança Duvidosa

O movimento ocorrido ao nível dos saldos considerados de cobrança duvidosa consta

do quadro seguinte:

2.24. Dívidas Ativas e Passivas com o Pessoal

As dívidas ativas e passivas, referentes ao pessoal, eram à data de 31 de Dezembro as

seguintes:

(expresso em euros)

Rubricas Saldo Inicial Reforço AlienaçõesTransferências

e AbatesSaldo Final

Terrenos e Recursos Naturais 0,00 0,00

Edifícios e Outras Construções 9.729.560,60 783.895,91 5.832,75 10.507.623,76

Equipamento Básico 27.589.267,16 2.326.496,51 297.418,09 29.618.345,58

Equipamento de transporte 175.523,83 14.714,77 19.387,94 170.850,66

Ferramentas e Outros Utensilios 63.246,63 21.159,58 84.406,21

Equipamento administrativo e Infor. 7.396.486,56 617.713,44 7.801,87 8.006.398,13

Outras Imobilizações Corporeas 26.737,12 7.373,33 34.110,45

Imobilizações em Curso 0,00 0,00

Adiant. por conta de Imobilizações

Corporeas 0,00 0,00

TOTAL 44.980.821,90 3.771.353,54 0,00 330.440,65 48.421.734,79

(expresso em euros)

Rubricas Saldo Inicial Constituição/Reforço Utilização/Redução Saldo Final

Clientes e Utentes 8.685.016,36 1.086.436,16 788.750,91 8.982.701,61

Outros Devedores 37.680,78 31.934,41 8.762,55 60.852,64

TOTAL 8.722.697,14 1.118.370,57 797.513,46 9.043.554,25

(expresso em euros)

Dívidas com o Pessoal 2013 2012

Dívidas Activas 41.056,61 18.651,45

Adiantamentos ao Pessoal 41.056,61 18.527,62

Outras Operações com o Pessoal 0,00 123,83

Dívidas Passivas 9.182.617,37 10.142.504,26

Operações Diversas com o Pessoal 273.614,69 279.919,25

Encargos c/ Férias e Subsídio de Férias 7.616.911,61 8.603.626,87

Horas Extraordinárias e Outros Abonos 1.292.091,07 1.258.958,14

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 109

2.26. Dívidas ao Estado em Situação de Mora

Em 31 de Dezembro o Hospital tem estabelecido um acordo de regularização

voluntária de divida no valor de € 779.778,53 em duas prestações a vencer no último

dia do mês de Abril e Maio de 2014. Esta dívida refere-se ao acerto na taxa dos

internos desde Setembro de 2009 até Outubro de 2010, aos quais devia ter sido

aplicada a taxa de 34,75% em vez da taxa de 29,6%.

2.31. Movimento Ocorrido com Provisões

No exercício de 2013, efetuaram-se os seguintes movimentos nas contas de provisões:

2.32. Variação das Contas de Fundos Próprios

O quando seguinte apresenta o movimento ocorrido nas contas de fundos próprios,

durante o exercício de 2013:

(expresso em euros)

Rubricas Saldo Inicial Constituição/Reforço Utilização/Redução Saldo Final

Provisões para Aplicações de Tesouraria 0,00

Provisões para Cobrança Duvidosa 8.722.697,14 1.118.370,57 797.513,46 9.043.554,25

Provisões para Processos Judiciais 974.028,57 330.134,00 9.432,00 1.294.730,57

Provisões para execução de Contrato

Programa0,00

Provisões para Depreciação de

Existências0,00

Provisões para Investimentos Financeiros 0,00

TOTAL 9.696.725,71 1.448.504,57 806.945,46 10.338.284,82

(expresso em euros)

Rubricas Saldo Inicial Aumentos Diminuições Saldo Final

51 - Capital Estatutário 60.419.535,00 60.419.535,00

57 - Reservas 4.898.506,34 670.167,52 189.603,57 5.379.070,29

Reserva Inicial + EPE 3.510.301,75 3.510.301,75

Doações 1.388.204,59 670.167,52 189.603,57 1.868.768,54

59 - Resultados Transitados-124.610.632,44 -23.606.283,00 -18.028.940,76 -130.187.974,68

88 - Resultados Líquidos -6.038.549,13 -3.685.036,75 -6.038.549,13 -3.685.036,75

TOTAL -65.331.140,23 -26.621.152,23 -23.877.886,32 -68.074.406,14

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 110

O saldo das Reservas Iniciais foi apurado com base no património líquido existente em

12 de Dezembro de 2002, proveniente da diferença entre o Ativo e o Passivo das

contas de Gerência apresentadas pelo Hospital Garcia de Orta, com referência aquela

data. O saldo posteriormente objecto de diferentes ajustamentos, face à necessidade

de correção dos saldos iniciais, decorrentes de conjunturas oriundas da existência do

Hospital enquanto entidade integrante do Sector Público Administrativo. Por uma

questão de coerência, sempre que existe necessidade de efetuar ajustamentos

contabilísticos respeitantes a situações reportadas a momentos anteriores a 12 de

Dezembro de 2002, será utilizada a conta de Reserva Inicial como contrapartida dos

movimentos a efetuar, independentemente da sua natureza ser ganho ou perda. Em

2013 não ocorreu qualquer ajustamento desta natureza.

O saldo da conta de Reservas – Doações corresponde ao valor dos bens doados ao

Hospital por particulares e outras entidades, tendo sido utilizada a parte

correspondente às amortizações desses mesmos bens.

2.33. Demonstração do Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas

O custo das Matérias Consumidas durante o exercício foi o seguinte:

2.35. Vendas e Prestações de Serviços por Atividade e por Mercados Geográficos

As atividades do Hospital desenvolveram-se exclusivamente em Portugal,

apresentando-se as seguintes:

(expresso em euros)

Rubricas MercadoriasMatérias Primas, Susidiárias

e de Consumo

Existências Iniciais 5.291.026,40

Compras Líquidas 44.318.351,05

Regularização Existências 312.216,29

Existências Finais 3.396.026,47

CMVMC 45.901.134,69

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 111

2.37. Demonstração dos Resultados Financeiros

(expresso em euros)

Rubricas 2013 2012

Vendas e Prestações de Serviços 130.552.015,87 126.477.343,25

Vendas

Prestações de Serviços 130.552.015,87 126.477.343,25

Internamento 58.632.092,26 56.912.533,34

Consultas 19.865.096,66 20.999.405,94

Urgência/SAP 14.431.151,28 16.257.870,31

Hospital Dia 925.556,14 915.566,03

Meios Complem.de Diagnóstico e Terapêutica 5.229.440,33 2.494.165,24

Taxas Moderadoras 2.405.455,14 2.241.826,69

Outras Prestações de Serviços de Saúde:

Serviço Domiciliário 121.128,24 114.223,35

GDH Ambulatório Cirúrgico 6.440.976,04 9.663.323,89

GDH Ambulatório Médico 3.061.899,36 3.062.850,99

Programas Verticais 4.762.482,48 9.444.053,89

Incentivos Institucionais 14.122.010,94 4.193.735,08

Outras Prest. Serv. de Saúde - SIGIC 16.753,77

Outras Prestações de Serviços 554.727,00 161.034,73

2013 2012 2013 2012

681-Juros suportados 947.229,36 932.459,61 781-Juros obtidos 1.362,44 809,07

683-Amortizações de investimentos em

imóveis783-Rendimentos de imóveis

684-Provisões para aplicações financeiras784-Rendimentos de participações de

capital

685-Diferenças de câmbio desfavoráveis 52,60 785-Diferenças de câmbio favoráveis

686-Descontos de pronto pagamento

concedidos

786-Descontos de pronto pagamento

obtidos113.911,69 183.584,25

687-Perdas na alienação de aplicações de

tesouraria

787-Ganhos na alienação de

aplicações de tesouraria

688-Outros custos e perdas f inanceiros 19.396,03 19.635,93788-Outros proveitos e ganhos

financeiros172,98 1.172.669,06

SubTotal 966.677,99 952.095,54 SubTotal 115.447,11 1.357.062,38

Resultados Financeiros -851.230,88 404.966,84 Resultados Financeiros

Total 115.447,11 1.357.062,38 Total 115.447,11 1.357.062,38

(expresso em euros)

Custos e PerdasExercícios

Proveitos e GanhosExercícios

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 112

2.38. Demonstração dos Resultados Extraordinários

2.39. Outras Informações Relevantes

Dívidas de Terceiros

A rubrica 215 – Instituições do Estado inclui a posição financeira com a ACSS, relativa

ao Contrato Programa no âmbito do SNS, que em 31 de Dezembro de 2013 se

apresenta da seguinte forma:

Em 31 de Dezembro as dívidas de terceiros, líquidas de provisões constituídas eram as

seguintes:

2013 2012 2013 2012

691 - Donativos 791 - Restituição de Impostos

692 - Dívidas Incobráveis 12.882,63 201.826,95 792 - Recuperação de Dívidas

693 - Perdas em Existências 793 - Ganhos em Existências

694 - Perdas em imobilizações 10.758,62 18.278,13 794 - Ganhos em Imobilizações 4.814,71 10.195,14

695 - Multas e penalidades 389,00 768,20 795 - Benefícios de Penalidades

696 - Aumentos de Amortizações e Provisões 796 - Reduções de amortizações e provisões 14.312,68 2.152.364,98

697 - Correcções relativas a exerc. anteriores 3.349.388,42 1.938.147,71 797 - Correcções relativas a exerc. anteriores 2.944.036,43 1.920.957,90

698 - Outros custos extraordinários 350.245,85 1.263,00 798 - Out.s proveitos e ganhos extraordinários 132.064,69 117.336,47

Subtotal 3.723.664,52 2.160.283,99 Subtotal 3.095.228,51 4.200.854,49

Resultados Extraordinários -628.436,01 2.040.570,50 Resultados Extraordinários

Total 3.095.228,51 4.200.854,49 Total 3.095.228,51 4.200.854,49

(expresso em euros)

Custos e PerdasExercícios

Proveitos e GanhosExercícios

(expresso em euros)

RESUMO POSIÇÃO FINANCEIRA COM ACSS ACSS Out Nat CP 2008 CP 2009 CP 2010

Valores facturados (10.853) - (10.151) (261.452)

Receitas estimadas pendentes de facturação - - - -

Adiantamentos recebidos não compensados 16.359.321 467 2.601 13.223.201

Adiantamentos PERD não compensados (67.976.984) - - -

(51.628.516) 467 (7.550) 12.961.749

RESUMO POSIÇÃO FINANCEIRA COM ACSS CP 2011 CP 2012 CP 2013 POSIÇÃO 31.12.2013

Valores facturados (11.156.610) (13.155.745) (534.092) (25.128.904)

Receitas estimadas pendentes de facturação 5.489.931 110.062.775 114.826.948 230.379.654

Adiantamentos recebidos não compensados 11.782.048 (101.164.314) (116.610.035) (176.406.711)

Adiantamentos PERD não compensados - - - (67.976.984)

6.115.369 (4.257.284) (2.317.180) (39.132.945)

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 113

Dívidas a Terceiros

Na rubrica dos empréstimos obtidos encontra-se registado o empréstimo contraído

em 2008 ao Fundo de apoio ao Sistema de Pagamentos do SNS, nos termos da Portaria

nº1369-A/2008, de Novembro. Os Juros de Mora da AF em 2013 foram de

€936.275,55€. No entanto, foi concedido o perdão de juros em dívida, no âmbito do

Despacho nº 14181-A/2013, de 1 de Novembro, publicado no Diário da República, II

série nº 2013, de 4 de Novembro de 2013.

Em 31 de Dezembro este adiantamento apresentava a seguinte estrutura:

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 114

Em 31 de Dezembro, esta rubrica tinha a seguinte desagregação:

Estado e Outros Entes Públicos

Em 31 de Dezembro a Conta do EOEP, apresentava a seguinte composição:

(expresso em

euros)

Data

OperaçãoData Limite Reembolso Operação Montante

19-12-2008 17-06-2009 Adiantamento 65.000.000,00

14-09-2009 Amortização 4.900.727,34

20-10-2009 Amortização 893.262,21

29-12-2009 Amortização 5.384.183,84

18-11-2010 Amortização 9.957.993,95

TOTAL EM

DÍVIDA43.863.832,66 €

(expresso em euros)

Rubricas 2013 2012

Passivo 106.162.421,13 104.222.019,34

219 - Adiantamentos Clientes, Utentes e I.E 48.431,15 69.902,95

221 - Fornecedores C/C 39.096.748,36 39.184.455,75

228 - Fornecedores Facturas Recep e Confª 2.416.900,81 1.174.515,83

23 - Empréstimos Obtidos FASP-SNS 43.863.832,66 43.863.832,66

24 - Estado e Outros Entes Públicos 2.423.051,56 1.958.293,99

261- Fornecedores Imobilizado C/C 232.702,71 324.169,96

262 - Pessoal 273.614,69 279.919,25

263 - Sindicatos 7.819,71 7.929,13

267 - Consultores 260.169,30 261.669,30

2686- Credores p/ acordos c/ Convencionados 345.845,28 70.550,73

2687- Credores p/ Honorários clínicos 6.976,80 31.987,59

26881 - Credores Diversos Instituições Estado 16.749.381,22 16.644.632,34

26882 - Cauções de Fornecedores 5.859,19 6.699,74

26889 - Outros Credores diversos - Outros 9.299,47 0,00

268992 - Credores Diversos 421.788,22 343.460,12

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 115

Acréscimos e Diferimentos

Esta rubrica tem o desenvolvimento que se apresenta no quadro seguinte:

A rubrica de Subsídios ao Investimento é composta pelos seguintes projectos:

(expresso em euros)

Rubricas 2013 2012

Activo 306.531,15 309.779,53

IRC - Pagamento Especial Por Conta 350.000,00 350.000,00

IRC - Retenção na Fonte 0,00 0,00

ADSE - Entidade Patronal 34,16 0,00

Outras Contribuições 229,96 0,00

IRC - Imposto a Pagar -43.732,97 -40.220,47

Passivo 2.423.051,56 1.958.293,99

IRS - Trabalho Dependente 978.393,00 766.319,00

IRS - Trabalho Independente 14.361,98 18.689,21

IVA - A pagar 47.831,34 19.355,33

Restantes Impostos 0,00 817,20

ADSE 25,84 0,00

Caixa Geral de Aposentações 684.164,98 489.648,64

Contribuições para a Segurança Social 695.188,89 662.098,78

Outras Contribuições 3.085,53 1.365,83

(expresso em euros)

Rubricas 2013 2012

Activo 3.218.281,52 4.009.419,63

Acréscimos de Proveitos 3.218.281,52 3.986.235,85

Juros a Receber 0,00 0,00

Outros Acréscimos de Proveitos 3.218.281,52 3.986.235,85

Custos Diferidos 0,00 23.183,78

Outros Custos Diferidos 0,00 23.183,78

Passivo 15.398.913,68 15.938.132,92

Acréscimos de Custos 12.645.576,71 13.066.542,35

Encargos c/ Férias e Subsídios de Férias 7.616.911,61 8.603.626,87

Outras Remunerações 1.292.091,07 1.258.958,14

Outros Acréscimos de Custos 3.736.574,03 3.203.957,34

Proveitos Diferidos 2.753.336,97 2.871.590,57

Subsídios Investimento 2.753.336,97 2.871.590,57

Outros 0,00 0,00

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 116

Fornecimentos e Serviços Externos

O saldo desta conta apresenta a seguinte desagregação:

Contratos de Renting – Locação Operacional

(expresso em euros)

Rubricas 2013 2012

Subcontratos 4.245.680,11 3.981.564,53

Fornec. e Serviços Externos 14.979.246,12 14.540.191,02

FSE - I 2.821.855,26 2.748.457,68

Electricidade 363.582,29 301.875,60

Combustíveis 1.880.142,18 1.901.716,07

Água 366.840,43 334.457,06

FSE - II 1.014.589,13 988.344,81

Comunicação 253.490,83 207.482,21

Honorários 731.372,35 769.038,83

FSE - III 11.134.870,75 10.797.015,79

Conservação e Reparação 3.156.172,49 3.039.902,42

Limpeza, Higiene e Conforto 2.152.629,40 2.190.222,64

Vigilância e Segurança 642.117,36 694.392,42

Trabalhos Especializados 5.173.705,95 4.868.896,51

Outros FSE 7.930,98 6.372,74

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 117

Os contratos de Locação Operacional terminaram em Junho de 2013, conforme quadro

que se apresenta de seguida.

Custos com Pessoal

O saldo desta conta é composto por:

Em 2013, tal como em 2012, assiste-se a uma redução de custos com pessoal

justificada pela aplicação da redução de 5% prevista no artigo 12º da Lei 12A/2010, de

30 de Junho e dos 10% da Lei do Orçamento do Estado.

Refira-se ainda a inclusão dos custos com o subsídio de férias, a pagar em 2014,

conforme Circular Normativa da ACSS nº 15/2013 de 10 de Abril, decorrente do

acórdão do Tribunal Constitucional e que não foi alvo de negociação no âmbito da

contratualização 2013.

(expresso em euros)

Rubricas 2013 2012

Custos com o Pessoal 67.376.730,37 67.455.388,89

Conselho de Administração

Remunerações 340.153,05 289.114,03

Outro Pessoal

Remunerações 54.336.483,01 56.364.174,19

Pensões 142.646,83 172.634,30

Encargos sobre Remunerações 11.866.337,60 10.209.521,93

Outros custos com o Pessoal 691.109,88 419.944,44

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 118

Acontecimentos Subsequentes à Data de Balanço

Tomámos conhecimento, através do nº 3 do despacho conjunto do Ministério das

Finanças e da Saúde nº 14181-A/2013 de 1 de Novembro, publicado no Diário da

República, II série nº 2013, de 4 de Novembro de 2013, que são perdoados os juros

vencidos e não pagos até à data de entrada em vigor do mesmo despacho, relativos a

empréstimos concedidos pelo FASP. A liquidação dos empréstimos e respectivos juros,

será feita através de aumentos de capital, com unidades de participação detidas pelo

Estado e destinam-se à regularização de passivos do HGO para com o FASP.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 119

Anexo I – Cumprimento das Orientações Legais

1. Objetivos de gestão, previstos no artigo 38º do DL n.º 133/2013, de 3 de outubro, de

forma quantificada, e metas a atingir em conformidade com o plano de atividades e

orçamento aprovado;

OBJECTOS DE QUALIDADE % A ATINGIR % ATINGIDA

OBJECTIVOS NACIONAIS

Acesso 15,0% 16,0%

Desempenho assistencial 25,0% 21,3%

Desempenho económico-financeiro 20,0% 21,8%

OBJECTIVOS REGIONAIS 40,0% 43,0%

Realizado

2013

22.711

15.014

4.105

3.592

275.825

84.908

27.642

190.917

0

32,56%

12.847

1.461

917

2.764

7.705

143.442

143.442

129.641

129.641

8.243

6.728

3.617

1.337

203

Grau de cumprimento

%

100,4%

102,7%

93,9%

99,0%

100,5%

94,1%

79,5%

103,6%

93,6%

84,5%

111,0%

106,3%

Esclerose múltipla - doentes em terapêutica modificadora 105

108,3%

126,5%

107,4%

103,7%

103,7%

104,5%

104,5%

Programas de Saúde

VIH/Sida - Total de Doentes em TARC 357

127,9%

96,0%

103,3%

374,5%

193,3%

Nº de GDH Cirúrgicos 7.007

Serviços Domiciliários

Total de Domicílios 3.500

GDH de Ambulatório

Nº de GDH Médicos 6.447

Total de Atendimentos SU Polivalente (sem Internamento) 124.005

Nº de Atendimentos (sem Internamento) 124.005

Total de Atendimentos SU Polivalente 138.324

Nº de Sessões - Base 7.173

Urgência

Nº de Atendimentos (Total) 138.324

Nº de Sessões - Imuno-hemoterapia 847

Nº de Sessões - Psiquiatria 2.185

Hospital de Dia

Nº Total de Sessões 11.579

Nº de Sessões - Hematologia 1.374

% Primeiras Consultas Médicas no Total de Consultas Médicas 0

% Primeiras Consultas com origem nos CSP referenciadas via CTH

no Total de Primeiras Consultas38,51%

Nº Primeiras Consultas com origem nos CSP referenciadas via CTH 34.760

Nº Total Consultas Subsequentes 184.211

Consulta Externa (s/ Med. Trab.)

Nº Total de Consultas Médicas 274.477

Nº Primeiras Consultas Médicas 90.266

GDH Cirúrgicos Programados 4.372

GDH Cirúrgicos Urgentes 3.630

Total de GDH 22.621

GDH Médicos 14.619

Actividade AssistencialContratualizado

2013

Internamento

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Relatório e Contas de 2013 Página 120

2. Da gestão do risco financeiro, nos termos do Despacho n.º 101/2009-SETF, de 30 de

janeiro, e do cumprimento dos limites máximos de acréscimo de endividamento,

definidos para 2013, no Despacho n.º 155/2011-MEF, de 28 de abril;

Foi determinado através do Despacho nº155/2011, de 28 de Abril, do Ministro de estado e das

Finanças, que o crescimento do endividamento se encontra limitado de acordo com os limites

preconizados no PEC – Programa de Estabilidade e Crescimento 2010-2013 em 4% para 2013.

Como se pode verificar no quadro seguinte o HGO cumpriu a meta fixada, não excedendo o

limite máximo de endividamento proposto pelo Governo.

A atividade desenvolvida pelo HGO, à semelhança do que sucede com as restantes entidades

hospitalares públicas inseridas no âmbito dos designados Hospitais E.P.E., encontra-se

bastante condicionada, em termos das fontes de financiamento a que pode recorrer para o

financiamento da sua atividade e, consequentemente, na própria capacidade de gestão dos

riscos financeiros.

O HGO contraiu, em Dezembro de 2008, um financiamento junto do Fundo de Apoio ao

Sistema de Pagamentos do Sistema Nacional de Saúde, no montante de 65.000.000 euros.

Deste modo, a atividade do HGO tem sido financiada através dos proveitos provenientes da

sua atividade, essencialmente sustentada com os Contratos-programa celebrados com a ACSS

e a ARSLVT, tendo os défices gerados sido financiados através das dotações de capital

estatutário e do crédito de fornecedores, para além, como já foi referido, do financiamento

obtido do Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos do Sistema Nacional de Saúde.

Dado que estas fontes de financiamento, revelando-se as possíveis no contexto do

desenvolvimento da atividade do HGO, se revelam igualmente como as menos penalizadoras,

em termos do respetivo impacte sobre os resultados financeiros do HGO, não tem sido

entendido como necessário, ou sequer possível, por parte do Conselho de Administração,

desenvolver quaisquer outros procedimentos adicionais de avaliação de risco financeiro e,

consequentemente, de identificação de medidas visando a respetiva cobertura.

2013 2012 Δ % S N N.A.

Endividamento -2,24 -2,17 3% X

Pass ivo (Capita is Alheios) 122.856.065 121.134.181 1%

Capita is Próprios + Capita is Alheios 54.781.659 55.803.041 -2%

Cumprimento

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Relatório e Contas de 2013 Página 121

No que se refere às políticas de reforço dos capitais permanentes do HGO, as condições atuais

de exploração, condicionadas pela natureza dos Contratos-Programa que sustentam a

atividade desenvolvida, não permitem assegurar o respetivo reforço sustentado, revelando-se

necessário um esforço adicional por parte do Estado, ao nível do reforço dos seus capitais

estatutários.

Com efeito, qualquer outra medida de reforço dos capitais permanentes que vise o recurso

aos mercados financeiros e a obtenção de dívida onerosa iria necessariamente implicar o

agravamento da estrutura de custos do HGO, com o consequente impacte negativo sobre o

resultado líquido.

Assim sendo, e apesar das condicionantes existentes, entende-se que a otimização da

estrutura financeira, pelo menos a curto prazo, terá de continuar a passar por um esforço de

manutenção da atividade sem recurso a fontes onerosas de capitais, dada a incapacidade da

atividade gerar recursos para fazer face ao agravamento de custos que daí resultaria.

Em sintonia com esta atuação, o HGO não possui contratos de swap em carteira e não

contratou, nem contrata, qualquer tipo de instrumento de gestão de risco financeiro.

3. Da evolução do Prazo Médio de Pagamento a fornecedores, em conformidade com a

RCM n.º 34/2008, de 22 de fevereiro, com a alteração introduzida pelo Despacho n.º

9870/2009, de 13 de abril, e divulgação dos atrasos nos pagamentos (“arrears”),

conforme definidos no Decreto-Lei n.º 65-A/2011, de 17 de maio, bem como a

estratégia adotada para a sua diminuição;

Os prazos médios de pagamento (PMP) do hospital espelham a dificuldade para pagamento de

dívidas em prazos aceitáveis, agravado com sucessivos orçamentos deficitários e ainda com a

perda de receita que resultou da integração da ADSE e outros Subsistemas no SNS, acrescida a

contínua redução de financiamento.

O Hospital está dependente de verbas que se encontram por receber de terceiros,

nomeadamente de Instituições do SNS no montante de 2,9 milhões de euros.

Com o objectivo de reduzir significativamente os PMP a Fornecedores de bens e serviços

praticados pelas entidades públicas foi criado o Programa “Pagar a tempo e horas”, nos termos

da RCM nº34/2008, de 22 de Fevereiro, com a alteração produzida pelo Despacho

nº9870/2009, de 13 de Abril, ao nível do indicador do PMP a fornecedores).

Nos termos do Decreto-lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, considera-se atraso no

pagamento (arrears) ao não pagamento de fatura correspondente ao fornecimento de bens e

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Relatório e Contas de 2013 Página 122

serviços, após o decurso de 90 dias, ou mais, sobre a data convencionada para o pagamento

da factura ou na sua ausência, sobre a data constante da mesma.

A 31/12/2013 o total da dívida era como se apresenta de seguida:

4. As diligências tomadas e os resultados obtidos no âmbito do cumprimento das

recomendações do acionista emitidas aquando da aprovação das contas de 2012;

Recomendações do Acionista no Despacho de Aprovação de contas de 2012

Conforme já identificado no Relatório de Auditoria Financeira ao Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

do Tribunal de Contas, publicado em 2008, os edifícios e terrenos têm integrado o património

contabilístico do Hospital ao longo dos diversos regimes jurídicos que este assumiu; contudo,

os mesmos não foram objecto da avaliação prevista no diploma que procedeu à transformação

do Hospital em sociedade anónima, em função da qual devia ter sido alterado o valor do

capital estatutário.

Em 2004, os Serviços da Administração Fiscal procederam a uma avaliação que atribuiu

àqueles bens o valor de € 94 500 000,00, pelo que a valorização contabilística não reflete o

valor real dos bens. A não atualização do valor dos bens imóveis foi ao encontro de orientação

recebida, designadamente da Administração Central do Sistema de Saúde, IP, que, visando a

definição de uma solução global relativa às entidades públicas empresariais do sector da

saúde, considerou “prudente”, que as entidades que ainda não tivessem procedido àquela

regularização, não o fizessem até à conclusão de um trabalho de levantamento e de

SIM Não N/A

X

X

X

X

(i) Providenciar a regularização do registo de imóveis, nomeadamente no

SIIE, em cumprimento da RCMnº162/20018 de 24 de Outubro, que aproveou

o PGPI 2009-2012

Cumprimento

(ii) Proceder à redução do PMP, em conformidade com os disposto na

RCMnº34/20018 de 22 de Fevereiro

(iii) Cumprir as orientações das tutelas relativamente à redução de custos

(iv) Providenciar que SEE devem manter as disponibilidades no IGCP, IP

Recomendações

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Relatório e Contas de 2013 Página 123

quantificação do impacto dessas situações, a desenvolver pela Administração Central do

Sistema de Saúde, IP, a Inspecção-Geral de Finanças e a Direcção-Geral do Tesouro e das

Finanças, o que até à data não foi notificado este Conselho de Administração de tal fato.

5. Das remunerações, designadamente (Apêndice 1):

Conselho de Administração

Mandato Cargo Nome Designação

(Inicio-Fim) Doc(1) Data

2013-2015 Presidente Joaquim Daniel Lopes Ferro R3/2013 22-01-2013

2013-2015 Vogal executivo José António Completo Ferrão R3/2013 22-01-2013

2013-2015 Vogal executivo Maria de Lourdes Caixaria Bastos R3/2013 22-01-2013

2013-2015 Diretor Clinico Ana Paula Breia dos Santos Neves R3/2013 22-01-2013

2013-2015 Enfermeiro Diretor Odilia Maria Taleigo Neves R3/2013 22-01-2013

Não foram atribuídos prémios de gestão, nos termos do art.º 37 da Lei 66-B/2012;

Foram aplicadas as reduções remuneratórias, nos termos do art.º 27 da Lei 66-B/2012, bem

como a manutenção da aplicação da redução de 5%, nos termos do art.º 12 da Lei 12-A/2010.

Nome

Variavel Fixa ** Outra Redução Lei 12A/2010

Redução

(Lei OE)

Redução

anos

anteriores *

Bruta após

reduções

Joaquim Daniel Lopes Ferro n.a. 86.496,38 € n.a. 4.328,82 € 8217,16 823,56 € 73.130,84 €

José António Completo Ferrão n.a. 73.159,66 € n.a. 3.657,98 € 6893,8 624,54 € 61.983,34 €

Maria de Lourdes Caixaria Bastos n.a. 73.159,66 € n.a. 3.657,98 € 6893,8 624,54 € 61.983,34 €

Ana Paula Breia dos Santos Neves n.a. 86.590,46 € n.a. 4.329,52 € 8226,09 74.034,84 €

Odilia Maria Taleigo Neves n.a. 73.159,66 € n.a. 3.657,98 € 6893,8 624,54 € 63.193,34 €

Remuneração Anual (€)

Regime de Proteção Social

Sub. Refeição Identificador Valor Seguro de Saúde

Seguro

de vida

Seguro de

acidentes

pessoais Identificador Valor

Joaquim Daniel Lopes Ferro 977,83 € CGA 8.044,49 € n.a. n.a. n.a. ADSE 1.048,89 €

José António Completo Ferrão 952,21 € CGA 6.818,13 € n.a. n.a. n.a. ADSE 866,04 €

Maria de Lourdes Caixaria Bastos 965,02 € CGA 6.818,13 € n.a. n.a. n.a. ADSE 866,03 €

Ana Paula Breia dos Santos Neves 892,43 € CGA 7.535,43 € n.a. n.a. n.a. ADSE 998,13 €

Odilia Maria Taleigo Neves 973,56 € CGA 7.126,99 € n.a. n.a. n.a. ADSE 926,75 €

Beneficios Sociais

OutrosNome

Acumulação de Funções - valores anuais (€)

Entidade Função Regime Bruta Redução (Lei OE)Bruta após Reduções

Identificador Identificador

Publico/Priv

ado (€) (€) (€)

Joaquim Daniel Lopes Ferro ULHT Docência Privado n.a. n.a. n.a.

Nome

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Relatório e Contas de 2013 Página 124

Fiscalização

Foram aplicadas as reduções remuneratórias, nos termos do art.º 27 da Lei 66-

B/2012.

ROC/FU

Do Auditor Externo

Não se aplica

Dos restantes trabalhadores

Plafond Mensal

DefinidoValor Anual Observações

Dr. Daniel Ferro 327,01

Dra. Lourdes Bastos 597,14

Dr. José Ferrão 465,43

Dra. Paula Breia 7,16

Enf. Odi l ia Neves 329,28

Nome

Gastos com Comunicações Móveis (€)

Viatura atribuída Celebração de contrato

Valor de

referência

da viatura

Modalid

ade (1)

Ano

Inicio

Ano

Termo

Prestaçõ

es

Valor da

Renda

Mensal

Valor

AnualNº Prestações

Viatura LP 24-HS-66 Mil lennium BCP Renting (VSC) 30.841,01 Renting 2009 2013 48 671,94 3.559,75

Viatura LP 24-HS-67 Mil lennium BCP Renting (VSC) 30.841,01 Renting 2009 2013 48 671,94 3.559,75

Encargos com Viaturas

Combustível Portagens Outras

Reparações Seguro

Dr. Daniel Ferro 1.021,33 296,25 497,49

Dra. Lourdes Bastos 3.130,44 960,60 19,68 546,47

Dr. José Ferrão 1273,66 341,53 72,57 231,94

Dra. Paula Breia

Enf. Odi l ia Neves 1182,81 145,25 521,37 231,94

Nome

Plafond Mensal

definido para

combustível

Gastos anuais associados a Viaturas (€)

Observações

Mandato

(Início - Fim) Número Data Limite Fixado Contratada

2010-2012 Fiscal ùnico Vitor Almeida & Associados, SROC 191 05-02-2012 16.232,32 3748,52 1

2013-2015 Fiscal ùnico Rosa Lopes, Gonçalves Mendes & Associados, SROC 116 09-04-2013 16.232,32 9142,74 1

Despacho nº 108/12

Despacho nº 714/13

Cargo

Identificação SROC/ROC Designação Remuneração (€) Nº de Mandatos

exercidos na

sociedadeNome Doc.(1)

Bruta Reduções (Lei OE)Bruta após

Reduções

3748,52 0 3748,52

Rosa Lopes, Gonçalves Mendes & Associados, SROC, Lda9142,74 0 9142,74

Vitor Almeida & Associados, SROC

Nome

Remuneração Anual

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Relatório e Contas de 2013 Página 125

Foi aplicada a redução remuneratória aos trabalhadores, em conformidade com o

art.º 27º da Lei 66-B/2012;

6. Da aplicação do disposto no artigo 32.º do Estatuto do Gestor Público, conforme

republicado pelo Decreto-Lei n.º 8/2012, de 18 de janeiro, no que se refere,

designadamente:

Não foram utilizados cartões de crédito para despesas ao serviço da entidade

Não foram efectuadas despesas que caiam no âmbito do conceito de despesas de

representação pessoal

7. Da Contratação pública:

Foram enviados para visto prévio do tribunal de contas os contratos celebrados

com valor superior a 5 M€, dando-se cumprimento à LOPTC.

As regras da contratação pública são respeitadas. O HGO, E.P.E. dispõe de um

Regulamento de Aquisição de Bens, Serviços e Empreitadas que define todos os

procedimentos a adotar relativamente aos procedimentos que se encontram

abaixo dos limiares comunitários e aos quais, por força do estabelecido no nº 3

do art. 5º do Código de Contratos Públicos, não se aplica o referido Código.

8. Medidas tomadas, no âmbito das orientações previstas na Lei n.º 66-A/2012,

de 31 de dezembro, que aprova as Grandes Opções do Plano para 2012-2015,

ao nível da adesão da empresa ao Sistema Nacional de Compras Públicas

(SNCP) e Parque de Veículos do Estado, bem como a respetiva quantificação.

9. Do cumprimento das medidas de redução de gastos operacionais conforme

ofício-circular, relativo às instruções sobre a elaboração dos Instrumentos

Previsionais de Gestão (IPG) para 2013 (justificar o eventual não cumprimento):

O Plano de Redução de Custos;

Nome

Fixado Classificação Vencimento Despesa Representação Identificar Entidade Pagadora

Joaquim Daniel Lopes Ferro S B 4.752,55 € 1.663,39 € n.a. n.a.

José António Completo Ferrão S B 3.891,47 € 1.556,59 € n.a. n.a.

Maria de Lourdes Caixaria Bastos S B 3.891,47 € 1.556,59 € n.a. n.a.

Ana Paula Breia dos Santos Neves S B 4.856,76 € 1.556,59 € HGO n.a.

Odilia Maria Taleigo Neves S B 3.891,47 € 1.556,59 € n.a. n.a.

EGP OPRLO

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Relatório e Contas de 2013 Página 126

Medidas no âmbito da redução dos gastos com comunicações;

Observa-se um aumento de 22,2% (+ 46m€ ) no período 2012-2013,devido essencialmente a:

a) Correios (+ 43m€):envio massivo de cartas aos utentes/doentes com o objectivo de aumentar a taxa de cobrança de taxas moderadoras, bem como recuperar dividas de vários anos anteriores.

b) Comunicações fixas de voz (+ 10m€ ):contactos telefónicos para doentes em espera para atos médicos- por critérios de antiguidade- tendo em vista nomeadamente o expurgo de listas de espera, quer para consultas quer para intervenções cirúrgicas, e a diminuição dos tempos de espera.

c)

MEDIDAS ESTRATÉGICAS MEDIDASDATA DE

CONCLUSÃO

REDUÇÃO DE

CUSTOS EM 2013

Redução da estrutura de

internamento:

20 camas em 2012,

12 camas em 2013

1. Redução do consumo e

negociação de preços dos

produtos farmacêuticos

1.1. Medicamentos2013 -5.792€ (-0,02%)

1.2. Reagentes e outros

produtos farmaceuticos2013 -155.123€ (-4,3%)

3. Material de manutenção e

conservação2013 -4.776€ (-1,53%)

4. Redução de custos com

Fornecimentos e Serviços

4.1. Subcontratos em outras

entidades 2013 -135.216€ (-9,61%)

Monitorização da

prescrição interna e

externa de MCDT's e

transportes de doentes

4.1.1. Meios complementares

e diagnostico2013 -64.230€ (-16,5%)

4.1.3. Internamentos e

transportes de doentes2013 -70.986(-9,3%)

Redução da actividade

de SIGIC no exterior4.2. Outros Subcontratos 2013 -1.123.054€ ( -100%)

5. Fornecimentos e Serviços: 2013

5.1. FSE I 2013

5.2. FSE II 2013 -44.926€ (-2,6%)

5.3. FSE III 2013 -141.303€ (-1,38%)

Reajustamento da

politica de recursos

humanos

6. Redução de custos com

pessoal em Suplementos de

remunerações

2013 -488.946€ (-0,9%)

total 2.099.130 €

PROGRAMA PARA A REDUÇÃO DA DESPESA

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2013 Página 127

Nas outras principais rubricas – comunicações fixas de dados e comunicações móveis – regista-se redução da despesa.

Medidas no âmbito da redução das ajudas de custo e deslocações;

Apesar de os montantes anuais de despesa nesta rubrica terem pouco peso em

termos absolutos, o aumento de cerca de 14m€ prende-se fundamentalmente

coma implementação um projeto de melhoria de acessibilidade levado a cabo pelo

Hospital com os Centros de Saúde da sua área de influência, no âmbito da

Patologia Clinica, disponibilizando postos de colheita – e assegurando a entrega

dos resultados analíticos-em várias Unidades dos ACES, com a deslocação de

técnicos de análises clínicas do Hospital.

Da redução do número de efetivos e de cargos dirigentes, mediante preenchimento do

quadro infra:

O nº de dirigentes do Hospital não tem sofrido alteração, tanto mais que a estrutura

orgânica da Instituição já é bastante leve. Embora no Quadro infra estejam

identificadas mais 2 unidades em 2013 refira-se que 2 dos dirigentes que têm vinculo

contratual com o HGO estão a desempenhar funções em Departamentos do M. Saúde

– central e regional (ARSLVT/ACES e ACSS) –sendo os encargos remuneratórios

suportados por essas entidades e 1 outro esteve a totalidade do ano ausente por

graves problemas de saúde tendo já no decurso de 2014 sido aposentado por esses

motivos.

O nº de efetivos tem vindo a sofrer redução nos últimos anos, desde que

esta Administração iniciou funções, em Junho/2010, com significativa expressão no

período 2011-2013 (-137) devido a uma política rigorosa de gestão de recursos

humanos, medidas de reestruturação/reorganização internas e de redução

de despesa na principal estrutura de custos operacionais do Hospital

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Relatório e Contas de 2013 Página 128

10. Do Princípio da Unidade de Tesouraria do Estado, conforme previsto no artigo

124º da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, em caso de ter sido autorizada

a exceção, deverá indicar o Despacho autorizador, assim como data da entrega

em receita do Estado do montante de juros auferidos em incumprimento da

UTE.

O Hospital cumpre com o disposto no Decreto-lei n.º 64-B/2011, de 30 de

Dezembro, no que concerne ao Principio da Unidade de Tesouraria do Estado,

sendo todos os pagamentos e recebimentos efetuados através do IGCP. No

entanto, o HGO utiliza residualmente, os serviços bancários de uma instituição

bancária, designadamente no Millennium BCP, para efetuar pagamentos sobre

o estrangeiro e também os terminais de pagamento automáticos. É de referir,

no entanto, que já foram tomadas as diligências junto do IGCP/ACSS no sentido

de se proceder à substituição dos respectivos terminais de pagamento

automático.

11. Adicionalmente, deverão ser divulgadas as recomendações dirigidas à empresa

resultantes de Auditorias conduzidas pelo Tribunal de Contas, bem como das medidas

tomadas na sua adoção e o respetivo resultado.

Não aplicável

Nº RH sem orgãos sociais 2571 2555 2496 2418

Nº Cargos dirigentes sem OS 15 15 15 17

Nº de Orgãos Socias 5 5 5 5

Gastos totais com pessoal (€) 77.174.370,24 € 69.241.186,64 € 67.455.388,89 € 67.376.730,00 €

Gastos com Órgãos Sociais (€) 434.742,18 € 372.024,44 € 289.114,03 € 340.007,87 €

Gastos com Dirigentes sem O.S. (€) 721.311,57 € 695.252,42 € 592.185,33 € 717.374,31 €

Gastos com Efetivos sem O.S. e sem Dirigentes (€) 76.007.556,96 € 68.146.723,91 € 66.559.224,69 € 66.048.051,56 €

Rescisões / Indemnizações (€) 10.759,53 € 27.185,87 € 14.864,84 € 271.296,26 €

2013Quadro de Pessoal 2010 2011 2012

(Expresso em euros)

Descritivo 31-12-2013 % Disponibilidades

Disponibilidades 7.607.702,61

Millenium BCP 0,00 0%

IGCP - Instituto de Gestão e do Crédito Público 7.607.702,61 100%

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Relatório e Contas de 2013 Página 129

12. Deverá, ainda, ser preenchido o quadro infra relativo à informação que se encontrava

divulgada a 31 de dezembro de 2013 no site do SEE.

13. Quadro de cumprimento das orientações legais

S N N.A.

Estatutos actualizados (PDF) x

Historial, Visão, Missão e Estratégia x

Ficha sintese da empresa x

Identificação da Empresa:

Missão, objectivos, politicas, obrig. serv. público e modelo de financiamentox

Modelo Governo / Ident. Orgãos Sociais:

Modelo de Governo (identificação dos órgãos sociais) x

Estatuto remuneratório fixado x

Remunerações auferidas e demais regalias x

Regulamentos e Transacções:

Regulamentos Internos e Externos x

Transações Relevantes c/ entidade(s) relacionada(s) x

Outras transacções x

Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambiental x

Avaliação do cumprimento dos PBG x

Código de Ética x

Informação Financeira histórica e actual x

Esforço Financeiro do Estado x

Informação a constar no Site do SEEDivulgação Comentários

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Relatório e Contas de 2013 Página 130

S N N.A.

Objectivos de Gestão: Quadro apendice 2.1 x

Gestão do Risco Financeiro x

Limites de Crescimento do Endividamento X -2,24%

Evolução do PMP a fornecedores X -30,00%

Atrasos nos Pagamentos ("Arrears") X 58.293.741,00 Dificuldades de tesouraria

Recomendações do acionista na aprovação de contas:

(i) Providenciar a regularização do registo de imóveis, nomeadamente no SIIE, em

cumprimento da RCMnº162/20018 de 24 de Outubro, que aproveou o PGPI 2009-

2012 x pomto 4 do anexo 1

(ii) Proceder à redução do PMP, em conformidade com os disposto na

RCMnº34/20018 de 22 de Fevereiro x

(iii) Cumprir as orientações das tutelas relativamente à redução de custos x

(iv) Providenciar que SEE devem manter as disponibilidades no IGCP, IP x

Remunerações:

Não atribuição de prémios de gestão, nos termos art.º 29.º da Lei 64-B/2011 x

Órgãos sociais - redução remuneratória nos termos do art.º 20.º da Lei 64-B/2011 x

Órgãos Sociais - redução de 5% por aplicação artigo 12º da Lei n.º 12-A/2010 x

Órgãos Sociais - suspensão sub. Férias e natal , nos termos do art.º 21º da Lei 64-

B/2011 x

Auditor Externo - redução remuneratória nos termos do artº 26º da Lei 64-B/2011 x

Restantes trabalhadores - redução remuneratória, nos termos do art.º 20º da Lei 64-

B/2011 x

Restantes trabalhadores - suspensão sub. Férias e natal , nos termos do art.º 21º da

Lei 64-B/2011 x

Artigo 32º do EGP

Utilização de cartões de crédito x

Reembolso de despesas de representação pessoal x

Contratação Pública

Normas de contratação pública x

Normas de contratação pública pelas participadas x

Contratos submetidos a visto prévio do TC x

1 contrato no valor de 2.946.904,20 € acrescido

de IVA a 23%

Valor referente ao contrato de

alimentação durante 2 anos - visado

a 30/04/2013

Auditorias do Tribunal de Contas

Recomendação 1 x

Recomendação 1 x

Parque Automóvel x 0

Gastos Operacionais das Empresas Públicas (artigo 64º da Lei nº66B/2012)

Redução de trabalhadores (artigo 63º da Lei nº66-B/2012)

Nº de trabalhadores x -78

Nº de cargos dirigentes x

Princípio da Unidade de Tesouraria X 100%

JustificaçãoCumprimento das Orientações legaisCumprimento

Quantificação

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Relatório e Contas de 2013 Página 131

Apendice 2.1 Objetivos de Gestão

Realizado 2013

22.711

15.014

4.105

3.592

275.825

84.908

27.642

190.917

0

32,56%

12.847

1.461

917

2.764

7.705

143.442

143.442

129.641

129.641

8.243

6.728

3.617

1.337

203

OBJECTOS DE QUALIDADE % A ATINGIR % ATINGIDA

OBJECTIVOS NACIONAIS 60,0% 59,1%

Acesso 15,0% 16,0%

Desempenho assitencial 25,0% 21,3%

Desempenho economico-financeiro 20,0% 21,8%

OBJECTIVOS REGIONAIS 40,0% 43,0%

Actividade Assistencial Contratualizado 2013Grau de cumprimento

%

Internamento

Total de GDH 22.621 100,4%

GDH Médicos 14.619 102,7%

Nº Primeiras Consultas Médicas 90.266 94,1%

GDH Cirúrgicos Programados 4.372 93,9%

GDH Cirúrgicos Urgentes 3.630 99,0%

Consulta Externa (s/ Med. Trab.)

Nº Total de Consultas Médicas 274.477 100,5%

Nº Primeiras Consultas com origem nos CSP referenciadas via CTH 34.760 79,5%

Nº Total Consultas Subsequentes 184.211 103,6%

Nº de Sessões - Hematologia 1.374 106,3%

% Primeiras Consultas Médicas no Total de Consultas Médicas 0 93,6%

% Primeiras Consultas com origem nos CSP referenciadas via CTH no Total de Primeiras

Consultas38,51% 84,5%

Hospital de Dia

Nº Total de Sessões 11.579 111,0%

Nº de Atendimentos (Total) 138.324 103,7%

Nº de Sessões - Imuno-hemoterapia 847 108,3%

Nº de Sessões - Psiquiatria 2.185 126,5%

Nº de Sessões - Base 7.173 107,4%

Urgência

Nº de GDH Médicos 6.447 127,9%

Total de Atendimentos SU Polivalente 138.324 103,7%

Nº de Atendimentos (sem Internamento) 124.005 104,5%

Total de Atendimentos SU Polivalente (sem Internamento) 124.005 104,5%

GDH de Ambulatório

Esclerose múltipla - doentes em terapêutica modificadora 105 193,3%

Nº de GDH Cirúrgicos 7.007 96,0%

Serviços Domiciliários

Total de Domicílios 3.500 103,3%

Programas de Saúde

VIH/Sida - Total de Doentes em TARC 357 374,5%