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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 1 Hospital GARCIA DE ORTA, E.P.E. RELATÓRIO E CONTAS 2006

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 1

Índice

HHoossppiittaall GGAARRCCIIAA DDEE OORRTTAA,, EE..PP..EE..

RREELLAATTÓÓRRIIOO EE CCOONNTTAASS 22000066

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 2

Índice

1. Mensagem do Presidente do Conselho de Administração

2. Órgãos Sociais

3. Estrutura Organizacional

4. Actividade Global em 2006

4.1. Produção

4.2. Evolução dos Principais Indicadores Económicos e Financeiros

4.3. Evolução dos Principais Indicadores de Recursos Humanos

5. Desenvolvimento Estratégico e Actividade para 2007

6. Informações sobre o Governo das Empresas Públicas

6.1. Missão, objectivos e politicas da empresa

6.2. Regulamentos internos e externos a que a empresa esta sujeita

6.3. Informação sobre outras transacções

6.4. Indicação do modelo de governo e identificação dos membros dos órgãos sociais

6.5. Remuneração dos membros dos órgãos sociais

6.6. Análise de sustentabilidade da empresa nos domínios económico, social e ambiental

6.7. Avaliação sobre o grau de cumprimento dos Princípios de Bom Governo

6.8. Código de Ética

7. Proposta de Aplicação de Resultados

8. Demonstrações Financeiras

9. Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados

10. Demonstração dos Fluxos de Caixa

11. Certificação Legal das Contas

12. Relatório e Parecer do Fiscal Único

13. Órgãos de Direcção

14. Glossário

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 3

1 – Mensagem do Presidente do Conselho de Administração

No ano de 2006 persistiram muitas das dificuldades sentidas já no ano anterior na gestão do Hospital. Embora o Conselho de Administração só tenha sido nomeado no fim de Junho, a Instituição manteve o nível quantitativo e qualitativo da sua actividade assistencial. Houve uma contenção de custos significativa, com a diminuição dos custos totais em 3,61%, relativamente a 2005. Nas rubricas mais importantes (Pessoal e Produtos Farmacêuticos) foram conseguidos os objectivos traçados, Produtos Farmacêuticos 0,35% para um tecto de 4% e Pessoal 2,06% para um limite de 1,5%, sendo que este acréscimo é devido, principalmente, ao aumento dos encargos sociais que aconteceram já depois da negociação do Contrato de Programa. No ano de 2006 a verba de convergência reduziu-se substancialmente (de 17,6 milhões de euros para 4,5 milhões de euros) e este facto é decisivo para o deficit de 15,9 milhões de euros que o Hospital registou no exercício. Os resultados conseguidos no controlo dos custos com Pessoal e Produtos Farmacêuticos só foram possíveis de atingir com o empenhamento e colaboração de todos os Serviços e profissionais do Hospital. Os elementos que dispomos acerca da execução dos primeiros meses deste ano apontam para a manutenção desta estabilização da despesa e o acréscimo da actividade assistencial em algumas áreas. É sabido de todos que as obras de adaptação de vários Serviços do Hospital estiveram canceladas, por determinação superior. Logo que foi possível foram retomadas, com prioridade à do Serviço de Urgência que se espera que esteja concretizada antes do fim do ano. Entretanto, acabou-se a obra do Centro de Desenvolvimento da Criança, já a funcionar e do Internamento do Serviço de Saúde Mental e Psiquiatria cuja actividade terá início no dia 26 de Junho próximo. Foi feita a climatização de uma parte do Hospital, começando-se pelos Serviços críticos, e está na sua fase final o concurso para adjudicação do que ainda está em falta. Também o parque de estacionamento foi alargado, havendo mais cerca de 300 lugares, que ficarão disponíveis já no mês de Julho e destinados aos profissionais da Instituição. As outras obras urgentes estão a ser retomadas, com uma calendarização criteriosa que obedece à sua urgência relativa. É preciso ter em conta que as obras a realizar nas áreas da Farmácia, do Arquivo, do Refeitório, da Cirurgia de Ambulatório e da Angiografia estão dependentes da realização de concursos públicos, o que provocará alguma demora adicional na sua concretização. O sistema de digitalização da imagem está a funcionar em pleno e, cautelosamente, vão-se dando passos para que a prescrição electrónica se vá estendendo a outros Serviços. Outras aplicações informáticas estão em fase de implementação, como é o caso do ALERT para o Serviço de Urgência, do SAM e do SAPE (actividade médica e de enfermagem) e do sistema da CPC-HS para a Farmácia e Aprovisionamento. Queremos que o ano de 2008 seja o ano da acreditação definitiva pelo King’s Fund e contamos com os profissionais de todos os Serviços para se empenharem nas tarefas necessárias para atingir este objectivo.

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 4

2 – Órgãos Sociais

Conselho de Administração

Presidente

Vogal Executivo

Vogal Executivo

Director Clínico

Enfermeira Directora

Dr. Álvaro Eiras Carvalho Dr. Luís Manuel Abrantes Marques Dr. Miguel Luís Vila Verde Pisco Dr. Luís Alberto Carvalho Jerónimo Antunes Enf.ª Odília Maria Taleigo Neves

Fiscal Único

Efectivo

Suplente

Vitor de Almeida & Associados, S.R.O.C., Lda, Representada pelo Dr. Vitor Manuel Baptista de Almeida Dr. António José Pires Brito da Cruz

Nota: O Conselho Consultivo ainda não foi nomeado.

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 5

3 – Estrutura Organizacional

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 6

4 – Actividade Global em 2006 4.1- Produção Em 2006, o Hospital Garcia de Orta manteve a tendência, já verificada em anos anteriores, de crescimento nas principais linhas de produção, nomeadamente, nas Consultas Externas e Cirurgias. No mesmo período, em relação ao Internamento e às Urgências, refira-se a estabilização da actividade, havendo, inclusivamente diminuição na Urgência Geral. Internamento

2004 2005 2006 Variação 06/05

Nº %

Lotação do Hospital – Media 519 520 518 -2 -0,38

Doentes saídos 24.464 24.610 23.781 -829 -3,37

Dias internamento 159.063 166.540 166.258 -282 -0,17

Capacidade de Internamento 189.834 189.873 189.070 -803 -0,42

Taxa de Ocupação 83,80 87,71 87,93 0,22 0,25

Demora média 8,50 6,77 6,99 0,22 3,25

Doentes tratados por cama 47,14 47,33 45,91 -1,42 -3,00

Taxa de Mortalidade 5,61 6,12 6,19 0,07 1,14

Consultas Externas Número de Consultas Externas

2004 2005 2006 Variação 06/05

Nº %

Primeiras Consultas 55.182 56.407 56.325 -82 -0,15%

Segundas Consultas 143.530 155.708 162.959 7.251 4,66%

Total Geral 198.712 212.115 219.284 7.169 3,38%

Frequência Média Diária Total (Dias Úteis) 792 848 870 22 2,59%

A frequência média diária teve um acréscimo de 2,59% devido à reorganização das Consultas Externas, ao alargamento dos horários e ao registo adequado da produção. Bloco Operatório Número de Intervenções Cirúrgicas

2004 2005 2006 Variação 06/05 N.º %

Cirurgia Convencional 4.241 3.966 4.134 168 4,24%

Cirurgia do Ambulatório 2.587 2.802 3.096 294 10,49%

PECLEC/Adicional 1.151 1.447 1.590 143 9,88%

Cirurgia de Urgência 2.446 2.528 2.413 -115 -4,55%

Total 10.425 10.743 11.233 490 4,56%

O Aumento total do número de intervenções sem actividade acrescida, no ano 2006, foi de 3,73%. O aumento da Cirurgia Convencional em 4,24%, deve-se às intervenções da Traumatologia, que até à data eram consideradas como urgentes, por utilizarem os recursos afectos à Urgência, e que passarem a ter um prolongamento para Urgências diferidas. O acréscimo da Cirurgia do Ambulatório em 10,49% deve-se ao aumento de actividade e ao registo adequado, evitando internamentos inapropriados

Número de Doentes Saídos

20.000

21.000

22.000

23.000

24.000

25.000

2004 2005 2006

Número de Consultas

45000

70000

95000

120000

145000

170000

Primeiras Segundas

2004 2005 2006

Número de Intervenções

0

1500

3000

4500

Convencional Ambulatório PECLEC Urgência 2004 2005 2006

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 7

4 – Actividade Global em 2006 4.1- Produção Urgência Número de Urgências

2004 2005 2006 Variação 06/05 N.º %

Urgência Geral 99.768 97.429 96.515 -914 -0,94%

Urgência Pediátrica 34.555 35.647 36.172 525 1,47%

Urgência Obstétrica 16.030 16.570 16.623 53 0,32%

Urgência Ginecológica 4.285 5.343 5.043 -300 -5,61%

Total 154.638 154.989 154.353 -636 -0,41% No ano 2006 o total de Urgência teve um decréscimo de 0,41%, devido à Urgência Geral e Urgência Ginecológica. Hospital de Dia Número de Sessões

2004 2005 2006 Variação 06/05

N.º %

Total 29.484 32.061 31.396 -665 -2,07% A diminuição de 2,07% deve-se essencialmente ao registo informático da actividade de Hospital de Dia da Unidade da Dor.

Número de Urgências

0

40.000

80.000

120.000

Geral Pediátrica Obstétrica Ginecológ.

2004 2005 2006

Número de Sessões

26.500

28.000

29.500

31.000

32.500

2004 2005 20062004 2005 2006

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 8

4 – Actividade Global em 2006

4.2- Evolução dos Principais Indicadores Económicos e Financeiros

Análise Financeira Além da análise ao Balanço e à Demonstração de Resultados que faz parte integrante deste Relatório, é importante salientar alguns aspectos fundamentais relativos ao exercício de 2006, que registou um resultado líquido negativo de 15.897 mil euros. Proveitos No que se refere aos proveitos, é de referir o esforço efectuado no sentido de evitar a perda de receitas devido à sua não cobrança, quer mediante a recolha atempada e mais rigorosa do máximo de informação disponível, quer no que se refere à diminuição do espaço temporal entre a assistência (prestação do serviço) e a emissão da facturação. Em termos globais, no ano de 2006, os proveitos totalizaram 127.141 milhares de euros (-10,64% que em 2005), com a distribuição e comparação com o ano 2005, constante do gráfico seguinte; Comparação Proveitos 2006/2005

0

21.000

42.000

63.000

84.000

105.000

126.000

2005 134.257 1.139 6.889

2006 125.157 588 1.396

Operacionais Financeiros Extraordinários

Os proveitos operacionais do Hospital totalizaram 125 milhões de euros. A sua redução face a 2005 decorre da redução do Valor de Convergência do Contrato Programa que passou de 17,6 milhões de euros para 4,5 milhões de euros. As rubricas mais significativas estão espelhadas no gráfico seguinte: Proveitos Operacionais de 2006

0

15.000

30.000

45.000

60.000

2006 65.443 14.943 20.046 5.061 4.256 730 4.699

Internam. Consulta Urgência Hosp. Dia M CDT Taxas M edicam.

Resultado líquido Negativo de 15.897 mil euros. Proveitos no montante de 127.141 milhares de euros. Decréscimo de 10,64% dos proveitos totais em relação a 2005.

milhares de euros

milhares de euros

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 9

4 – Actividade Global em 2006

4.2- Evolução dos Principais Indicadores Económicos e Financeiros

Ao comparar a evolução, em termos percentuais, entre os Proveitos Operacionais relacionados directamente com a produção, de 2005 e de 2006, verificam-se aumentos nas principais linhas de produção, com excepção da urgência, dos medicamentos e das taxas moderadoras. Variação dos Proveitos Operacionais

-3,00%

2,00%

7,00%

12,00%

17,00%

22,00%

27,00%

32,00%

2006 9,07% 12,57% -0,16% 11,85% -2,36% -1,89% 19,30%

Internament . Consultas Urgências Hosp.Dia M CDT Taxas M edicament .

Em 2005 foi atribuído um subsídio do IGIF, no montante de 3.657 milhares de euros, na sequência do encontro de contas efectuado com outras Instituições do SNS. Este subsídio ainda teve um impacto nas contas de 2006, no montante de 306 milhares de euros.

Relativamente aos Proveitos Financeiros, a quebra verificada decorre de uma gestão mais eficiente no pagamento de dívidas a fornecedores, de que resultou a consequente redução dos montantes financeiros aplicados. Os Proveitos Extraordinários beneficiaram em 2005 do efeito gerado pelo encontro de contas com outras Instituições do SNS (5,3 milhões de euros) e da redução de 1,8 milhões de euros na provisão para cobranças duvidosas, constituída em anos anteriores, situações que, não se tendo repetido, justificam o decréscimo verificado em 2006. Custos Os Custos Totais do Hospital, em 2006, totalizaram 143 milhões de euros, correspondendo a um decréscimo de 3,61%,em relação a 2005. A sua composição é a que consta do quadro seguinte: Custos

2004 2005 2006 Variação 06/05

Montante % Operacionais 123.946 138.403 140.456 2.053 1,48% Financeiros 22 120 35 -85 -70,83% Extraordinários 1.375 9.868 2.540 -7.328 -74,26%

Total 125.343 148.391 143.031 -5.360 -3,61%

milhares de euros

Em relação aos Custos Operacionais do exercício de 2006, no total de 140 milhões de euros (cuja distribuição consta do gráfico seguinte), verifica-se que as Despesas com Pessoal registaram um acréscimo de 2,06% (4.416 mil euros) e os Produtos Farmacêuticos um aumento apenas de 0,35%, para o qual contribuiu, em parte, o “rappel” obtido de fornecedores, no montante de 1.006 milhares de euros. Contudo, mesmo não considerando este efeito, o aumento é de 3,36%, abaixo do tecto de 4% e muito inferior ao verificado entre 2005 e 2004, que foi de 15%.

Custos totais no montante de 143 milhões de euros. Decréscimo de 3,61% dos custos totais em relação a 2005.

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 10

4 – Actividade Global em 2006

4.2- Evolução dos Principais Indicadores Económicos e Financeiros

Evolução dos Custos Operacionais - 2006/2005

0

16.000

32.000

48.000

64.000

80.000

2005 33.430 11.813 5.764 11.953 68.899 4.144 2.400

2006 33.547 13.524 4.802 12.312 70.315 4.107 1.849

Produtos Farmaceutic.

Material Consumo

ClínicoSubcont.

Fornecimen. e Serviços Pessoal Amortização

Outros Custos

milhares de euros

O maior aumento percentual face a 2005, 14,48%, refere-se ao Material de Consumo Clínico. Ao analisar com maior detalhe esta rubrica, através do quadro seguinte, verifica-se que os Artigos Cirúrgicos sofreram um acréscimo muito significativo, de 67,30%.

2005 2006 Variação 06/05

Montante % Penso 417 403 -14 -3,36% Artigos cirúrgicos 813 1.360 547 67,28% Tratamento 3.024 3.359 335 11,08% Electromedicina 548 363 -185 -33,76% Laboratório 226 223 -3 -1,33% Próteses 3.032 3.644 612 20,18% Osteosintese 612 539 -73 -11,93% Out Cons. Clinico 3.141 3.634 493 15,70%

Total 11.813 13.524 1.711 14,48% milhares de euros

Os Subcontratos, onde se incluem os MCDT pedidos ao exterior, registaram um decréscimo de 16,68%, dado que os custos com os tratamentos de Radioterapia passaram a ser da responsabilidade dos Hospitais com essa valência. Quanto aos restantes custos, regista-se uma ligeira quebra no montante das Amortizações, em 15,17%. Em relação aos Custos Extraordinários, é de referir o montante de facturação anulada a clientes individuais, 1,2 milhões de euros. Em Dezembro de 2005 foi disponibilizado o acesso à base de dados do cartão de utente que permitiu corrigir muita facturação enviada aos utentes. Assim, durante o ano de 2006 foram corrigidas inúmeras situações que deram origem a anulação de facturação e posterior facturação ao abrigo do Contrato Programa. Foram reforçadas as Provisões no montante de 331 mil euros, para cobrir riscos potenciais associados à eventualidade do valor potencial de produção contratada ao abrigo do Contrato Programa de 2006 poder não ser atingido, bem como para ajustar o montante decorrente da avaliação dos riscos de cobrança de dívidas de clientes.

Custos operacionais cresceram 1,48% em relação a 2005. O consumo de Produtos Farmacêuticos aumentou 0,35% em relação ao ano anterior. O Material de Consumo Clínico registou um aumento de 14,48% .

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 11

4 – Actividade Global em 2006 4.2- Evolução dos Principais Indicadores Económicos e

Financeiros Recebimentos/Pagamentos O quadro seguinte resume a situação do Hospital em termos de Tesouraria, situação essa que se tem vindo agravar, conforme se pode verificar no quadro seguinte. Existe uma redução da dívida dos clientes e das disponibilidades financeiras, bem como um aumento significativo das dívidas aos fornecedores. Situação Financeira

Início do Ano Final do Ano Variação

Montante % Clientes 32.552 29.413 -3.139 -9,64%

Fornecedores 51.768 81.921 30.153 58,25% Disponibilidades 24.837 23.429 -1.408 -5,67%

milhares de euros Com a excepção do SAMS Sul, ficaram resolvidas as questões que estavam pendentes com os demais subsistemas, decorrentes das dúvidas que persistiam por parte de algumas entidades, quanto à classificação do Hospital como Central. Consequentemente, os principais subsistemas têm vindo a reduzir as respectivas dívidas (para o que também contribuíram alguns orçamentos rectificativos). Conforme se pode verificar no gráfico seguinte, a taxa de cobrança, em 2006, foi significativamente superior à de 2005. Comparação da Percentagem de Cobrança

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

2005 75,56 54,37 44,36 36,18

2006 88,2 73,85 58,92 38,22

ADSE Forças Armadas Forças Militarizadas SAMS

No que se refere aos principais subsistemas estatais, a ADSE, a ADMA (Marinha) e a ADMG (Guarda Nacional Republicana), apenas têm em dívida facturação de 2006, no total de 1.997, 1.008 e 476 mil euros, respectivamente. O SAMS Sul ainda tem facturação por pagar relativa a 2004, sendo o total da dívida de 969 milhares de euros, não obstante os esforços desenvolvidos pelos Serviços do Hospital. O montante a cobrar aos diferentes subsistemas totaliza 5.631 milhares de euros, no final de 2006.

.

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 12

4 – Actividade Global em 2006

4.2- Evolução dos Principais Indicadores Económicos e Financeiros

No quadro seguinte apresentam-se os valores em dívida a fornecedores externos ao Ministério da Saúde, bem como a variação face ao ano anterior. Em termos globais, a dívida sofreu um acréscimo de 61%. Dividas a Fornecedores

2004 2005 2006 Variação

Montante % Até 30 dias 6.239 6.184 5.471 -713 -11,53% Até 45 dias 3.333 3.801 3.958 157 4,13% Até 60 dias 2.259 2.603 2.363 -240 -9,22% Até 90 dias 3.956 4.078 4.683 605 14,84% Até 120 dias 4.437 3.878 4.084 206 5,31% Até 180 dias 7.258 8.367 8.053 -314 -3,75% Até 360 dias 16.612 16.581 21.492 4.911 29,62% + 360 dias 2.405 131 23.476 23.345 -

Total 46.499 45.623 73.580 27.957 61,28% milhares de euros Verifica-se uma diminuição do montante das dívidas com maturidades mais curtas devido, essencialmente, à obtenção de descontos financeiros vantajosos para o Hospital. No entanto, a menor capacidade para pagar dividas aos fornecedores é traduzida através do aumento do prazo de pagamento acima de 360 dias (+29,6%).

Aumento significativo da maturidade das dívidas a Fornecedores

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 13

4 – Actividade Global em 2006

4.3- Evolução dos Principais Indicadores de Recursos Humanos

Grupos Profissionais - Efectivos

2005 2006 Variação 06/05 N.º %

Médicos 469 471 2 0,42% Enfermeiros 807 821 14 1,71% Tecnicos Diagnostico Terapêutica 177 172 -5 -2,91% Administrativos 223 219 -4 -1,83% Serviços Gerais 580 561 -19 -3,39% Outros 142 135 -7 -5,19%

TOTAL 2.398 2.379 -19 -0,80% Os efectivos diminuíram em 2006 cerca de 0,8% relativamente ao ano de 2005, tendo-se verificado reduções em todos os Grupos Profissionais à excepção do pessoal médico e de enfermagem. Grupos Profissionais – Tipo de Vínculo

2005 2006 Variação 06/05 N.º %

Função Pública Médicos 387 377 -10 -2,65% Enfermeiros 546 527 -19 -3,61% Tecnicos Diagnostico Terapêutica 122 119 -3 -2,52% Administrativos 114 109 -5 -4,59% Serviços Gerais 391 377 -14 -3,71% Outros 77 71 -6 -8,45%

Sub-total 1.637 1.580 -57 -3,61% Contrato Individual de Trabalho

Médicos 53 69 16 23,19% Enfermeiros 251 284 33 11,62% Tecnicos Diagnostico Terapêutica 50 50 0 0,00% Administrativos 109 110 1 0,91% Serviços Gerais 189 184 -5 -2,72% Outros 53 51 -2 -3,92%

Sub-total 705 748 43 5,75% Outros

Médicos 29 25 -4 -16,00% Enfermeiros 10 10 0 0,00% Tecnicos Diagnostico Terapêutica 5 3 -2 -66,67% Administrativos 0 0 0 Serviços Gerais 0 0 0 Outros 12 13 1 7,69%

Sub-total 56 51 -5 -9,80% Total 2.398 2.379 -19 -0,80%

Mantém-se a tendência de redução do número de efectivos com o regime de trabalho da Função Pública e o aumento do regime de Contrato Individual de Trabalho.

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 14

5 – Desenvolvimento Estratégico e Actividade para 2007

O Resultado liquido obtido em 2006, reforça a ideia de que o Hospital tem que criar bases de sustentação a médio prazo e, por isso, necessita de reduzir e anular os défices de exploração. O esforço de contenção da despesa, já reflectido em 2006, tem de prosseguir e, se possível, acentuar-se, mas é imperioso actuar também do lado da receita, embora aí as condicionantes externas sejam mais limitadoras. Nesse sentido, os objectivos estratégicos a que nos propomos, são os seguintes: - Consolidação orçamental e controlo rigoroso das despesas; - Produção de cuidados de saúde de excelência mas com maior eficiência; - Renovação das infra-estruturas físicas e do parque tecnológico; - Desenvolvimento dos sistemas de informação; - Promoção da qualidade; - Reforço da articulação funcional com as outras unidades de saúde da região. Consolidação orçamental e controlo rigoroso da despesa É absolutamente vital para o Hospital reduzir drasticamente o défice de exploração e isso terá de ser feito com base no próximo triénio 2007/2009. O equilíbrio orçamental é a condição “sine qua non”, para garantir o futuro e assegurar o desenvolvimento da instituição. A intervenção necessária para a exequibilidade de tal objectivo terá de ser feita por um lado, pela despesa, designadamente nas rubricas orçamentais de maior volume, como as de consumo de medicamentos e material de consumo clínico mas, principalmente, de pessoal e por outro, do lado da receita. Esta deve assegurar, tanto quanto possível, o equilíbrio da exploração. Produção de cuidados de saúde de excelência mas com maior eficiência Pretende-se manter a excelência dos cuidados de saúde que prestamos, e se possível potenciá-los, mas cada vez mais as preocupações com a sua eficiência são visíveis e necessários. Sermos bons naquilo que fizermos, mas conseguir fazê-lo com eficiência acrescida é o passaporte para o futuro, tanto para os utentes como para o Hospital e para os seus trabalhadores. Vamos melhorar a acessibilidade, aumentado não só o número de primeiras consultas (7,46% em 2007) mas também o seu peso relativo no número total de consultas, fornecendo um serviço com um período mais alargado de consultas externas até às 20 horas, reduzindo a taxa de desmarcação de consultas e disponibilizando um internamento de psiquiatria. A cirurgia de ambulatório será outra prioridade, embora o seu desenvolvimento esteja, em parte, condicionado ao planeamento funcional do futuro Hospital do Seixal. Propomo-nos igualmente realizar mais intervenções cirúrgicas em ambulatório, crescendo 9,4% em 2007, contribuindo assim para a redução de listas de espera. Renovação das infra-estruturas físicas e do parque tecnológico O novo edifício onde será instalado o Centro de Desenvolvimento da Criança e do Internamento de Psiquiatria está em fase de acabamentos, devendo o mesmo ficar equipado e em condições de entrar em exploração no final do primeiro semestre de 2007.

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 15

5 – Desenvolvimento Estratégico e Actividade para 2007

A colocação da Farmácia, Cozinha, Armazém e Serviço de Imunohemoterapia em novas áreas do Hospital obriga a um investimento avultado, mas a imprescindibilidade da operação exige um esforço acrescido da gestão para encontrar uma fonte de financiamento compatível, estando a considerar-se fazê-lo através da eventual concessão dos parques de estacionamento, cujo projecto está em fase de estudo para ser levado à consideração e autorização superiores. Considera-se igualmente a viabilidade de instalação de uma Farmácia de Comunidade, aproveitando-se para o efeito as instalações devolutas da entrada do Hospital ou outras que se encontrem disponíveis. Quanto ao parque tecnológico as preocupações centrar-se-ão, prioritariamente, em investimentos de substituição, mas far-se-ão de forma controlada, orientada para sectores de maior inovação técnica, estando já prevista a angiografia digital (2 aparelhos), com o apoio de financiamentos assegurados, parcial ou totalmente, por mecenato. Desenvolvimento dos sistemas de informação Dar-se-á continuidade ao programa de informatização dos Serviços, nas componentes de hardware, sistemas de aplicacionais e, em simultâneo, o reforço e optimização da infra-estrutura tecnológica. Os sistemas SAM e SAPE continuarão a ser implementados bem como o sistema ALERT. O sistema aplicacional integrado de gestão da Farmácia, incluindo prescrição médica, vai permitir responder de forma mais eficiente às necessidades relacionadas com a prescrição, validação e administração de medicamentos. Promoção de qualidade A nossa oferta de serviços de saúde à população tem de ser orientada pela preocupação de garantir um processo de promoção contínua da qualidade, tendencialmente universal, abrangendo áreas tão diversas como a clínica, a acessibilidade, a organização de processos, etc. O processo de Acreditação da Qualidade do King’s Fund continuará, devendo o Hospital garantir a acreditação definitiva, transitando assim para um grau superior de acreditação, visto já possuir uma acreditação provisória. Reforço da articulação funcional com as outras Unidades de Saúde da Região A articulação com os Centros de Saúde da área de atracção do Hospital, que tão bons resultados para as populações têm dado, será reforçada com o apoio activo da Sub-Região de Saúde de Setúbal. A complementaridade com os demais Hospitais do Distrito de Setúbal será um dos objectivos a prosseguir com alguma intensidade de acção, pois daí decorrerão certamente ganhos de eficiência para todos, designadamente a população e os Hospitais envolvidos.

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 16

6 – Informações sobre o Governo das Empresas Públicas

6.1- Missão, objectivos e políticas da empresa

O Hospital Garcia de Orta, E.P.E. tem como missão a prestação de cuidados de saúde diferenciados à população dos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, designadamente aos beneficiários do Serviço Nacional de Saúde ou de entidades externas que com ele contratualizem a prestação de cuidados de saúde, bem como a todos os cidadãos em geral. O objectivo do Hospital Garcia de Orta, E.P.E. é o da prestação de cuidados de saúde com elevados padrões de qualidade através da utilização eficiente de recursos. O Hospital Garcia de Orta, E.P.E., tem ao longo dos anos, interiorizado uma cultura de prestação de serviço público enformada pelos seguintes valores que serão potenciados e promovidos: • Colocação do doente/utente no centro do universo da prestação dos cuidados de saúde;

• Observância de padrões de ética no exercício da actividade hospitalar;

• Equidade no acesso e na prestação dos cuidados de saúde;

• Promoção da saúde;

• Promoção da qualidade;

• Conservação do património e protecção do meio ambiente;

• Eficiência na utilização dos recursos.

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 17

6 – Informações sobre o Governo das Empresas Públicas

6.2- Regulamentos internos e externos a que a empresa está sujeita

O Hospital Garcia de Orta, E.P.E. (HGO) rege-se por: • Regulamento Interno, o qual se encontra em apreciação no Ministério da Saúde;

• Conjunto de Regulamentação organizado em função do Processo de Acreditação pela CHKS-

Healthcare Accreditation and Quality Unit;

• Resolução do Conselho de Ministros nº 49/2007, que aprova os Princípios de Bom Governo das

Empresas do Sector Empresarial do Estado;

• Decreto-Lei nº 71/2007, de 27 de Março;

• Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro, incluindo Especificidades Estatutárias (Anexo I) e

Estatutos (Anexo II);

• Decreto-Lei nº 93/2005, de 7 de Junho;

• Lei nº 27/2002, de 8 de Novembro;

• Decreto-Lei nº 558/99, de 17 de Dezembro;

• Normas em vigor para o Serviço Nacional de Saúde, que não sejam incompatíveis com o regime

constante da Regulamentação anterior.

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 18

6 – Informações sobre o Governo das Empresas Públicas 6.3- Informação sobre outras transacções A aquisição de bens e serviços faz-se de acordo com o Regulamento da Contratação de Bens e Serviços do Hospital Garcia de Orta, E.P.E No que se refere à realização de investimentos, quando aplicável, é igualmente seguido o Decreto-Lei nº 59/99, de 2 de Março.

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 19

6 – Informações sobre o Governo das Empresas Públicas

6.4- Indicação do modelo do governo e identificação dos membros dos órgãos sociais

Conselho de Administração

Competências próprias – são as previstas no Artigo 7º dos Estatutos que fazem parte do Anexo II do Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro. Competências delegadas – pelo Senhor Ministro da Saúde e pelo Senhor Secretário de Estado da Saúde.

Presidente – Dr. Álvaro Eiras de Carvalho

Funções e responsabilidades – Preside ao Conselho de Administração e é responsável pelas áreas de Auditoria Interna e Serviços de Aprovisionamento e Património, Instalações e Equipamentos e Assessoria Jurídica e Contencioso.

Vogal – Dr. Luís Manuel Abrantes Marques

Funções e responsabilidades – É responsável pelos Serviços Financeiros e Sistemas de Informação.

Vogal – Dr. Miguel Luís Vila Verde Pisco

Funções e responsabilidades – É responsável pelos Serviços de Recursos Humanos e Formação.

Director Clínico – Dr. Luís Alberto Carvalho Jerónimo Antunes

As competências constam do Artigo 9º dos Estatutos que fazem parte do Anexo II do Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro.

Enfermeira Directora – Enf.ª Odília Maria Taleigo Neves

As competências constam do Artigo 10º dos Estatutos que fazem parte do Anexo II do Decreto – Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro.

Comissões Especializadas que integram membros do Conselho de Administração

Director Clínico: - Comissão Médica - Comissão de Farmácia e Terapêutica Enfermeira Directora: - Comissão de Enfermagem

Fiscal Único

Efectivo: Vítor Almeida & Associados, S.R.O.C., Lda Representada pelo Dr. Vítor Manuel Baptista de Almeida Suplente: Dr. António José Brito da Cruz

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 20

6 – Informações sobre o Governo das Empresas Públicas

6.5- Remuneração dos membros dos Órgãos Sociais Conselho de Administração Presidente - Dr. Álvaro Eiras de Carvalho 1. Remuneração

(euros) Remuneração base 63.747,72 Despesas de representação 19.960,80 Subsídio de férias e Natal 10.624,62

2. Outras regalias e compensações

(euros) Gastos de utilização de telefones 830,69 Valor de aquisição, pela empresa, da viatura de serviço 22.204,74 Valor do combustível gasto com a viatura de serviço 2.391,50 Subsídio de Refeição 1.104.55

3. Encargos com benefícios sociais

(euros) Segurança Social obrigatório 8.074,68

4. Informações adicionais

Opção pelo vencimento de origem Sim Indicação do regime de Segurança Social CGA Ano de aquisição de viatura pela empresa 2001

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 21

6 – Informações sobre o Governo das Empresas Públicas

6.5- Remuneração dos membros dos Órgãos Sociais Conselho de Administração Vogal Executivo - Dr. Luís Manuel Abrantes Marques 1. Remuneração

(euros) Remuneração base 50.450,16 Despesas de representação 15.135,00 Subsídio de férias e Natal 8.408,36

2. Outras regalias e compensações

(euros) Gastos de utilização de telefones 509,32 Valor de aquisição, pela empresa, da viatura de serviço - Valor do combustível gasto com a viatura de serviço - Subsídio de Refeição 904,55

3. Encargos com benefícios sociais

(euros) Segurança Social obrigatório 5.885,85

4. Informações adicionais

Opção pelo vencimento de origem Não Indicação do regime de Segurança Social Seg. Social Ano de aquisição de viatura pela empresa -

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 22

6 – Informações sobre o Governo das Empresas Públicas

6.5- Remuneração dos membros dos Órgãos Sociais Conselho de Administração Vogal Executivo - Dr. Miguel Luís Vila Verde Pisco 1. Remuneração

(euros)Remuneração base 50.450,16 Despesas de representação 15,135,00 Subsídio de férias e Natal 8.408,36

2. Outras regalias e compensações

(euros)Gastos de utilização de telefones - Valor de aquisição, pela empresa, da viatura de serviço 22.204,74 Valor do combustível gasto com a viatura de serviço 2.253,38 Subsídio de Refeição 928,37

3. Encargos com benefícios sociais

(euros)Segurança Social obrigatório 6.390,36

4. Informações adicionais

Opção pelo vencimento de origem Não Indicação do regime de Segurança Social CGA Ano de aquisição de viatura pela empresa 2001

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 23

6 – Informações sobre o Governo das Empresas Públicas

6.5- Remuneração dos membros dos Órgãos Sociais Conselho de Administração Director Clínico – Dr. Luis Alberto Carvalho Jerónimo Antunes 1. Remuneração

(euros)Remuneração base 42.830,76 Despesas de representação 11.351,25 Subsídio de férias e Natal 8.408,36

2. Outras regalias e compensações

(euros)Gastos e utilização de telefones - Valor de aquisição, pela empresa, da viatura de serviço - Valor do combustível gasto com a viatura de serviço - Subsídio de Refeição 948,12

3. Encargos com benefícios sociais

(euros)Segurança Social obrigatório 5.552,23

4. Informações adicionais

Opção pelo vencimento de origem Não Indicação do regime de Segurança Social CGA Ano de aquisição de viatura pela empresa -

Nota: Até 31.05.2006, o Sr. Director Clínico optou pelo Estatuto Remuneratório da respectiva

carreira, tendo a partir de 1.06.2006, optado pelo Estatuto Remuneratório de Gestor dos Hospitais E.P.E, Grupo A, Nível 1.

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 24

6 – Informações sobre o Governo das Empresas Públicas

6.5- Remuneração dos membros dos Órgãos Sociais Conselho de Administração

Enfermeira Directora – Odília Maria Taleigo Neves 1. Remuneração

(euros)Remuneração base 41.783,54 Despesas de representação 11.351,25 Subsídio de férias e Natal 8.408,36 Regime de horário acrescido 5.923,62

2. Outras regalias e compensações

(euros)Gastos de utilização de telefones 288,43 Valor de aquisição, pela empresa, da viatura de serviço - Valor do combustível gasto com a viatura de serviço - Subsídio de Refeição 850,09

3. Encargos com benefícios sociais

(euros)Segurança Social obrigatório 6.088,67

4. Informações adicionais

Opção pelo vencimento de origem Não Indicação do regime de Segurança Social CGA Ano de aquisição de viatura pela empresa -

Nota: Até 31.05.2006, a Sra. Enfermeira Directora optou pelo Estatuto Remuneratório da

respectiva carreira, tendo a partir de 01.06.2006, optado pelo Estatuto Remuneratório de Gestor dos Hospitais E.P.E, Grupo A, Nível 1.

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 25

6 – Informações sobre o Governo das Empresas Públicas

6.5- Remuneração dos membros dos Órgãos Sociais

Fiscal Único - Dr. Vítor Manuel Baptista de Almeida No ano de 2006, o Fiscal Único Vítor de Almeida & Associados, S.R.O.C., Lda auferiu de honorários pelos serviços de revisão legal de contas o montante de 14.280,00 euros.

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 26

6 – Informações sobre o Governo das Empresas Públicas

6.6- Análise de sustentabilidade da empresa nos domínios económico, social e ambiental

Na prossecução da sua missão “ …prestação de cuidados de saúde diferenciados…” e considerando o ambiente de mudanças estruturais no sector da saúde, o Hospital Garcia de Orta definiu os seguintes objectivos estratégicos: • Consolidação orçamental e controlo rigoroso das despesas;

• Produção de cuidados de saúde de excelência mas com maior eficiência;

• Renovação das infra-estruturas físicas e do parque tecnológico;

• Desenvolvimento dos sistemas de informação;

• Promoção da qualidade;

• Reforço da articulação funcional com as outras unidades de saúde da região.

Responsabilidade Social - A actividade do Hospital, centrada no utente e na excelência dos cuidados de saúde prestados, tem sido desenvolvida tendo por base profissionais de elevada qualidade técnica e humana e a utilização de recursos adequados ao serviço prestado. Nesse sentido, tem sido objectivo o desenvolvimento de políticas de formação (interna e externa) que valorizem os recursos humanos e promovam a sua evolução profissional. No Hospital Garcia de Orta são prosseguidas práticas de respeito pelos direitos humanos, garantindo-se a promoção de igualdade de oportunidades. Desenvolvimento Sustentável - Em relação à consolidação orçamental foi definido como objectivo a redução do défice de exploração e, nesse sentido, foram incorporadas as recomendações do Ministério da Saúde relativamente ao crescimento das rubricas de custos com maior peso relativo, nomeadamente, despesas com pessoal e produtos farmacêuticos. Simultaneamente, foi dada atenção especial à receita e à sua efectiva cobrança. No entanto, dado o peso significativo do Serviço Nacional de Saúde no total dos proveitos gerados pelo Hospital e considerando que a sua remuneração não permite acomodar a totalidade dos custos operacionais, será difícil obter, no curto prazo, o equilíbrio operacional. O Hospital Garcia de Orta tem no seu quadro cerca de 2.500 colaboradores e é um dos principais empregadores da região, contribuindo significativamente para a inclusão social. Entre outros, foi definido como objectivo a prática de excelência em toda a organização. Nesse sentido, o Hospital Garcia de Orta assumiu a “Qualidade” como desígnio fundamental nas áreas clínica e não clínica, tendo conseguido, em 2005, a acreditação provisória na sequência da implementação do processo de acreditação pelo Health Care Accreditation and Quality Unit. Refira-se que o Hospital está comprometido com nova fase desse processo, com o objectivo de obter a acreditação definitiva. Ainda neste domínio, o Hospital Garcia de Orta está empenhado em conseguir a certificação pela ISO 9001/2000 para os Serviços de Imunohemoterapia e de Esterilização. No desenvolvimento da sua actividade, o Hospital tem em funcionamento um conjunto de Comissões Técnicas que contribuem, igualmente, para a procura de excelência já referida; Comissões de Ética, Humanização e Qualidade dos Serviços, Controlo da Infecção Hospitalar, Planeamento e Gestão do risco e Catástrofe. Serviço Público e de Satisfação das Necessidades da Colectividade – O Hospital Garcia de Orta presta cuidados de saúde diferenciados e, na prossecução desta sua missão, apoia a investigação no âmbito das ciências da saúde, envolvendo-se em projectos com forte componente de inovação, de que é exemplo o PET. Em relação ao processo produtivo, foi definido como objectivo estratégico a implementação e a optimização dos sistemas aplicacionais que suportam os vários processos clínicos e não clínicos, de forma a aumentar a sua eficiência. Nesse sentido, para além dos upgrades em várias aplicações, estão a decorrer implementações de sistemas aplicacionais nos Serviços de Urgência, Aprovisionamento e Farmácia, bem como no apoio à actividade médica e de enfermagem.

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 27

6 – Informações sobre o Governo das Empresas Públicas

6.7- Avaliação sobre o grau de cumprimento dos princípios de bom governo

A avaliação do cumprimento dos princípios de bom governo é feita através do acompanhamento que é desenvolvido ao longo do ano pelas diferentes entidades do Ministério da Saúde, nomeadamente, ARSLVT, IGIF, Inspecção Geral de Saúde e Direcção Geral de Saúde, do Ministério das Finanças e pelo Revisor Oficial de Contas.

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 28

6 – Informações sobre o Governo das Empresas Públicas

6.8- Código de Ética O Hospital Garcia de Orta, E.P.E. não dispõe de um Código de Ética específico. No entanto, respeita a aplicação dos vários Códigos de Ética profissional a que estão sujeitos grande parte dos seus colaboradores. Adicionalmente, de entre as várias Comissões de Apoio Técnico do Hospital encontra-se em funcionamento a Comissão de Ética, que tem por objectivo zelar pela observância de padrões de ética no exercício das ciências da saúde, por forma a proteger e garantir a dignidade e integridade humanas, procedendo à análise e reflexão sobre temas da prática clínica que envolvam questões de ética.

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7 – Proposta de Aplicação de Resultados

O Conselho de Administração propõe que o prejuízo apurado no exercício de 2006, no montante de 15.896.520,41 € (quinze milhões, oitocentos e noventa e seis mil, quinhentos e vinte euros e quarenta e um cêntimos), seja transferido para a conta de Resultados Transitados, de acordo com as disposições legais e estatutárias aplicáveis.

Almada, 20 de Junho 2007

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 30

8 – Demonstrações Financeiras

Balanço em 31 de Dezembro de 2006 (euros) 2006 2005 ACTIVO BRUTO AMORT/PROV ACTIVO LÍQUIDO ACTIVO LÍQUIDO ACTIVO IMOBILIZADO Imobilizações incorpóreas: Despesas de instalação Despesas de investigação e desenvolvimento Propriedade industrial e outros direitos Trespasses Outras imobilizações incorpóreas Imobilizado em curso Adiantamentos por conta imobilizações incorpóreas Imobilizações corpóreas: Terrenos e recursos naturais 696.324,61 696.324,61 Edifícios e outras construções 28.024.001,06 15.102.303,88 12.921.697,18 700.370,61Equipamento básico 41.823.334,23 35.659.431,57 6.163.902,66 13.787.221,49Equipamento de transporte 652.321,48 426.727,28 225.594,20 5.301.312,76Ferramentas e utensílios 170.008,01 158.795,44 11.212,57 213.163,83Equipamento administrativo 7.286.589,45 6.268.239,02 1.018.350,43 6.269,08Taras e vasilhame 1.097.847,60Outras imobilizações corpóreas Imobilizações em curso 4.189.446,31 4.189.446,31 2.940.668,71Adiantamentos por conta imobilizações corpóreas 82.842.025,15 57.615.497,19 25.226.527,96 24.046.854,08Investimentos financeiros: Títulos e outras aplicações financeiras Imobilizações em curso CIRCULANTE: Existências: Matérias primas, subsidiárias e de consumo 6.117.518,73 6.117.518,73 5.929.605,41Mercadorias 6.117.518,73 6.117.518,73 5.929.605,41Dívidas de terceiros - Médio e longo prazo Clientes conta corrente Clientes de cobrança duvidosa Dívidas de terceiros - Curto prazo Clientes c/c 11.178.774,97 5.218.423,37 5.960.351,60 16.924.153,90Utentes c/c 111,74 111,74 Instituições do Ministério da Saúde 40.152.767,84 40.152.767,84 27.201.793,96Clientes de cobrança duvidosa 2.296.754,63 2.296.754,63 Adiantamentos a fornecedores Adiantamentos a fornecedores de imobilizado Estado e outros entes públicos 210.365,58 210.365,58 255.904,46Outros devedores 10.245.174,98 38.562,00 10.206.612,98 9.380.374,62Subscritores de capital 64.083.949,74 7.553.740,00 56.530.209,74 53.762.226,94Títulos negociáveis: Outros títulos negociáveis Outras aplicações de tesouraria Depósitos bancários e caixa: Depósitos bancários 23.428.983,33 23.428.983,33 24.836.947,08Caixa 5,42 5,42 173,37 23.428.988,75 23.428.988,75 24.837.120,45Acréscimos e diferimentos: Acréscimos de proveitos 13.996.450,74 13.996.450,74 7.588.969,13Custos diferidos 22.213,00 22.213,00 13.025,00 14.018.663,74 14.018.663,74 7.601.994,13

Total de amortizações 57.615.497,19 Total de provisões 7.553.740,00 Total do Activo 190.491.146,11 65.169.237,19 125.321.908,92 116.177.801,01

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 31

8 – Demonstrações Financeiras

Balanço em 31 de Dezembro de 2006 (euros)

2006 2005

CAPITAL PRÓPRIO Capital próprio: Património 49.880.000,00 49.880.000,00 Reservas de avaliação 6.426.275,56 6.426.275,56

Sub-total 56.306.275,56 56.306.275,56 Reservas: Reserva inicial 3.510.301,75 3.510.301,75 Subsídios Doações 900.840,92 649.888,39 Outras reservas

Sub-total 4.411.142,67 4.160.190,14 Resultados transitados -15.512.131,38 -8.672.675,53

Resultado líquido do exercício -15.896.520,41 -6.112.735,41Total do Capital Próprio 29.308.766,44 45.681.054,76

PASSIVO Provisões: Provisões para riscos e encargos 1.835.274,55 1.534.808,55 Outras provisões 1.835.274,55 1.534.808,55Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo: Fornecedores de Imobilizado Dívidas a terceiros - Curto prazo: Utentes c/c Adiantamentos de clientes, utentes e instituições do Estado 119.285,44 681.471,40Fornecedores c/c 69.885.996,41 43.077.986,37Fornecedores - Facturas em recepção e conferência 53.960,89 205.087,53Empréstimos obtidos 2.500.000,00Fornecedores de imobilizado c/c 3.334.595,23 2.077.642,78Estado e outros entes públicos 27.672,22 1.959.748,58Outros credores 8.658.563,45 5.885.006,14 82.080.073,64 56.386.942,80Acréscimos e diferimentos Acréscimo de custos 9.999.503,67 10.652.327,15Proveitos diferidos 2.098.290,62 1.922.667,75 12.097.794,29 12.574.994,90

Total do Passivo 96.013.142,48 70.496.746,25

Total do Capital Próprio e do Passivo 125.321.908,92 116.177.801,01

O Técnico Oficial de Contas

O Conselho de Administração

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8 – Demonstrações Financeiras

Demonstração de Resultados em 31 de Dezembro de 2006 (Euros)

2006 2005

CUSTOS E PERDAS Custo mercadorias vendidas e das matérias consumidas:

Mercadorias 48.483.166,22 48.483.166,22 46.493.646,72 46.493.646,72Matérias Fornecimentos e serviços externos 17.114.753,42 17.114.753,42 17.716.177,18 17.716.177,18

Custos com o pessoal: Remunerações 61.556.753,62 61.583.335,72 Pensões 552.231,70 472.116,56 Encargos sociais 7.970.009,19 6.626.138,50 Encargos c/ pensões Outros encargos 236.310,70 70.315.305,21 217.333,91 68.898.924,69

Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 4.107.467,77 4.144.410,27 Provisões 330.578,00 4.438.045,77 1.044.020,00 5.188.430,27Impostos Outros custos operacionais 105.163,67 105.163,67 105.340,92 105.340,92

(A) 140.456.434,29 138.402.519,78 Custos e perdas financeiras 34.928,88 119.674,10

(C) 140.491.363,17 138.522.193,88Custos e perdas extraordinárias 2.539.502,34 9.868.351,37

(E) 143.030.865,51 148.390.545,25Imposto sobre o rendimento do exercício 6.888,61 6.888,61 7.231,54 7.231,54

(G) 143.037.754,12 148.397.776,79Resultado líquido do exercício -15.896.520,41 -15.896.520,41 -6.112.735,41 -6.112.735,41 127.141.233,71 142.285.041,38PROVEITOS E GANHOS Vendas e prestações de serviços Vendas Prestações de Serviços 119.146.997,26 119.146.997,26 124.047.849,65 124.047.849,65 Impostos, Taxas e Outros Trabalhos para a própria entidade Proveitos suplementares 288.860,45 190.107,69 Transferências e Subsídios correntes obtidos Transferências – Tesouro Transferências correntes obtidas 389.871,17 3.888.968,19 Ajustamentos Subsídios correntes obtidos de outras entidades 30.000,00 4.485,08 Outros proveitos operacionais 5.301.589,59 6.010.321,21 4.356.844,19 8.440.405,15

(B) 125.157.318,47 132.488.254,80 Proveitos e Ganhos Financeiros 588.313,30 1.138.756,64

(D) 125.745.631,77 133.627.011,44Proveitos e ganhos extraordinários 1.395.601,94 8.658.029,94

(F) 127.141.233,71 142.285.041,38Resumo:

Resultados operacionais: (B) – (A) = -15.299.115,82 -5.914.264,98Resultados financeiros: (D-B) – (C-A) = 553.384,42 1.019.082,54Resultados correntes: (D) – (C) = -14.745.731,40 -4.895.182,44Resultados antes de impostos: (F) – (E) = -15.889.631,80 -6.105.503,87Resultado líquido do exercício: (F) – (G) = -15.896.520,41 -6.112.735,41

O Técnico Oficial de Contas

O Conselho de Administração

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9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados 1. CARACTERIZAÇÃO DA ENTIDADE 1.1. Identificação e Legislação

O Hospital Garcia de Orta, E.P.E. é uma Entidade Pública Empresarial, detida a 100% pelo Estado, que sucedeu, por força do Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro, à anterior unidade de saúde, com a mesma designação, constituída com a natureza de sociedade anónima através do Decreto-Lei n.º 298/2002, de 11 de Dezembro, por sucessão de todos os bens, direitos e obrigações de que era titular o Hospital Garcia de Orta.

1.2. Legislação Aplicável

O Hospital Garcia de Orta, E.P.E é uma pessoa colectiva de direito público, de natureza empresarial, dotada de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, nos termos do Decreto-Lei nº 558/99, de 17 de Dezembro, e do artigo 18º do anexo da Lei nº 27/2002, de 8 de Novembro, constituído de acordo com o Decreto-Lei nº 233/05, de 29 de Dezembro. Consequentemente, é-lhe aplicável o regime jurídico do Sector Empresarial do Estado (Dec-Lei n.º 558/99 de 17 de Dezembro) e, subsidiariamente, o Código das Sociedades Comerciais.

1.3. Estrutura Organizacional Efectiva

Para análise mais detalhada do Organograma Geral deve ser consultado o ponto 3 – Estrutura Organizacional.

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9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados 1.4. Descrição Sumária das Actividades

O Hospital Garcia de Orta, E.P.E. está integrado no Serviço Nacional de Saúde e tem por objecto principal a prestação de cuidados de saúde à população, designadamente aos beneficiários do Serviço Nacional de Saúde e aos beneficiários dos subsistemas de saúde, ou de entidades externas que com ele contratualizarem a prestação de cuidados de saúde, e a todos os cidadãos em geral. O Hospital também tem por objecto desenvolver actividades de investigação, formação e ensino, sendo a sua participação na formação de profissionais de saúde dependente da respectiva capacidade formativa. A actividade do Hospital é exercida em submissão às obrigações inerentes ao serviço público que presta, incluindo a sujeição a orientações das autoridades nacionais de saúde relativas à execução da política nacional de saúde. Assim, a grande maioria dos preços praticados pelo Hospital é aprovada oficialmente, sendo o volume de produção, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, contratualizado anualmente com o Ministério da Saúde, através da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e do Instituto de Gestão Informática e Financeira da Saúde. Por razões de política nacional de saúde, alguns dos preços ou tarifas praticadas revelam-se inferiores aos necessários para assegurar proveitos que permitam a cobertura dos custos totais de exploração e níveis adequados de remuneração do capital investido e de autofinanciamento, sendo atribuído ao Hospital, a título de subsídio, um valor de convergência que visa minimizar este efeito. As características da actividade desenvolvida, com a inevitabilidade de prestar os serviços solicitados pelos utentes, traduz-se, por vezes, na prestação de serviços sem estar previamente assegurada a cobrança da respectiva contraprestação, o que é susceptível de conduzir à formação de créditos de cobrança duvidosa de volume significativo, gerando a necessidade de constituição de provisões adequadas, que afectam a própria rentabilidade e o nível de resultados apresentado pelo Hospital.

1.5. Recursos Humanos

Os órgãos sociais do Hospital são compostos pelos seguintes elementos:

Conselho de Administração Presidente: Dr. Álvaro Eiras de Carvalho Vogal: Dr. Luís Manuel Abrantes Marques Vogal: Dr. Miguel Luís Vila Verde Pisco Director Clínico: Dr. Luís Alberto Carvalho Jerónimo Antunes Enfermeira Directora: Dra. Odília Maria Taleigo Neves

Fiscal Único Vitor Almeida & Associados, SROC, Lda., representada pelo Dr. Vitor Manuel Batista de Almeida

Pessoal ao serviço do Hospital Em 31 de Dezembro de 2006, estavam ao serviço do Hospital 2.328 empregados, incluindo os membros do Conselho de Administração e Directores de Serviço, conforme se evidencia no quadro seguinte:

Total

Conselho de Administração 5

Directores de Serviço 42

Outro Pessoal 2.281

Total 2.328

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 35

9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados

Em 31 de Dezembro de 2006 prestavam ainda serviço no Hospital 51 colaboradores em regime de prestação de serviços. O total de pessoal referido no quadro anterior inclui 749 trabalhadores sob regime de contrato individual de trabalho, tendo os restantes vínculo à função pública. Em 31 de Dezembro de 2005 estavam ao serviço do Hospital, 2.398 trabalhadores, incluindo 56 colaboradores em regime de prestação de serviços.

1.6. Organização Contabilística

a) Manual de Procedimentos

Não existe um manual de procedimentos, no conceito formal atribuído a esta expressão, muito embora se reconheça a respectiva necessidade, conforme tem sido referido pelas entidades responsáveis pela fiscalização e acompanhamento externo do Hospital. No entanto, o Hospital dispõe de procedimentos instituídos nas diversas áreas e principais rotinas, os quais, apesar de não estarem integrados num único documento, permitem colmatar algumas das funções definidas num Manual de Procedimentos.

b) Livros de Registo

Os movimentos são registados nos Diários de Movimentos e no Razão, sendo ainda suportados pelas diversas aplicações informáticas em uso no Hospital.

c) Organização do Arquivo dos Documentos de Suporte

Os documentos de suporte ao registo das operações contabilísticas estão arquivados por “pagos” e “cobrados”, por conta (Classe 3,4,5,6,e 7) e por “Facturas em Aberto por Cliente” e “Facturas em Aberto por Fornecedor”. Existe ainda o arquivo relativo ao diário de “Operações Diversas”. Em termos contabilísticos, a aplicação informática gera um número de documento interno, com numeração sequencial de base anual. As autorizações de pagamento e respectivos comprovativos estão arquivadas num processo independente, o mesmo sucedendo relativamente aos recebimentos.

d) Sistemas Informáticos Utilizados

Os principais sistemas informáticos utilizados no Hospital são os seguintes: • Contabilidade Patrimonial e Analítica – Sistema SHI;

• Gestão do Património – Sistema de Aprovisionamento R2W (IGIF);

• Contas Correntes – Sistema SHI;

• Caixa e Bancos – Sistema SHI;

• Gestão de Aprovisionamentos – Sistema de Aprovisionamento R2W (IGIF);

• Gestão de Recursos Humanos – Sistema RHV.

e) Demonstrações Financeiras Intercalares

O Hospital procede à elaboração de demonstrações financeiras mensais, para utilização interna, e trimestrais, para apreciação pelo Órgão de Fiscalização e envio às entidades de Tutela.

f) Descentralização Contabilística

As instalações físicas do Hospital estão todas situadas no mesmo complexo, não havendo necessidade de proceder a qualquer descentralização geográfica, a nível contabilístico. Contudo, o sistema de informação implementado contempla algumas aplicações e rotinas descentralizadas, cuja integração é assegurada periodicamente.

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9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados 2. NOTAS AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 2.1. Nota Introdutória

Base de Preparação das Contas O artigo 24º do Projecto de Estatutos publicado em Anexo ao Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro, estabelece que o Hospital Garcia de Orta, E.P.E. deve seguir o Plano Oficial de Contabilidade do Ministério da Saúde (POCMS), com as adaptações necessárias a estabelecer por despacho conjunto dos Ministros das Finanças e da Saúde. Entretanto, em 25 de Agosto de 2006, foi publicado o Despacho nº 17.164/2006, de 7 de Junho, admitindo a possibilidade de existência de algumas contas previstas no POC – Plano Oficial de Contabilidade e a dispensa da utilização das contas de controlo orçamental e de ordem (classe 0 e contas 25), bem como os documentos previsionais e de prestação de contas inerentes. Deste modo, as presentes demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o POCMS, adaptado em função do referido Despacho. Consequentemente, as notas a seguir indicadas estão de acordo com a numeração sequencial definida no POCMS. As notas cuja numeração não consta deste anexo, não são aplicáveis ao Hospital ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras em apreciação.

2.2. Comparabilidade dos Exercícios

Atendendo a que as Demonstrações Financeiras de 2005 foram elaboradas em conformidade com o POC, para efeitos de apresentação dos comparativos de 2005, incluídos nas presentes demonstrações financeiras, foram os respectivos saldos reclassificados, quando necessário, de forma a adequá-los ao previsto no POCMS, assegurando-se assim a indispensável comparabilidade entre os dois exercícios. Em face da análise dos riscos de crédito associados a dívidas de entidades públicas ao Hospital, a qual tomou em consideração decisões superiormente tomadas no final de 2005, quanto à compensação de saldos entre algumas entidades, a evolução destes créditos, os quais, apesar de manterem uma antiguidade elevada, têm vindo a ser progressivamente regularizados, bem como a própria natureza pública das entidades devedoras e a inexistência de dúvidas ou litígios quanto à confirmação da prestação dos serviços e à aceitação dos valores em dívida, procedeu-se, no exercício de 2006, à alteração dos critérios de avaliação dos riscos de crédito destas entidades. Deste modo, e relativamente às dívidas de entidades públicas que não se encontram em contencioso optou-se por não efectuar quaisquer provisões para cobranças duvidosas. Em 2005, os créditos destas entidades com antiguidade em mora superior a dois anos tinham sido provisionados em 50%. Relativamente aos créditos de entidades privadas foi igualmente reapreciado o critério de análise de riscos envolvidos. Em 2005 optou-se pelo provisionamento de todos os saldos em contencioso, bem como de 50% dos saldos cuja antiguidade em mora era superior a seis meses. Contudo, atendendo a que em 2006 ocorreram cobranças relativas a alguns dos saldos que se encontravam provisionados, o Conselho de Administração decidiu rever o critério adoptado no exercício anterior, tendo optado por provisionar os créditos em mora em função do nível de risco atribuído a cada grupo de entidades e da própria antiguidade em mora das respectivas dívidas, conforme descrito de forma detalhada na alínea b) da nota 2.3.2. No que se refere aos materiais de consumo existentes nos principais Serviços e ainda não consumidos, em 2005 procedeu-se à contagem física destas existências, tendo as mesmas sido acrescidas aos saldos finais de balanço. Em 2006, contudo, não foi possível adoptar idêntico procedimento, tendo-se assumido como consumidos todos os materiais existentes nos Serviços em 31.12.2006, o que afectou negativamente o resultado líquido apurado neste exercício. Em face do exposto, as provisões para cobranças duvidosas, as existências de materiais de consumo clínico e os respectivos consumos, evidenciados nas demonstrações financeiras de 2006, não são exactamente comparáveis com os correspondentes comparativos de 2005.

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 37

9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados 2.3. Critérios Valorimétricos e Métodos de Cálculo

As demonstrações financeiras foram preparadas a partir dos livros e registos da empresa, segundo a convenção dos custos históricos e na base da continuidade das operações da empresa, em conformidade com os princípios contabilísticos fundamentais da prudência, substância sobre a forma, materialidade e especialização dos exercícios.

2.3.1. Critérios Valorimétricos Utilizados

Os principais critérios valorimétricos adoptados foram os seguintes:

a) Imobilizações

As Imobilizações corpóreas estão registadas pelos valores de aquisição, líquidos de amortizações acumuladas, tendo sido ajustadas, no que se refere aos bens móveis, em função da avaliação efectuada em cumprimento do disposto no nº 3 do artigo 7º do Decreto-Lei nº 298/2002, de 11 de Dezembro, conforme indicado na nota nº 2.11.

b) Existências

As entradas de existências são registadas ao custo de aquisição. Como método de custeio das saídas e consumos é utilizado o custo médio ponderado. Os saldos finais de balanço são ainda ajustados na sequência das contagens físicas efectuadas com referência ao final do exercício.

c) Dívidas de Terceiros

As dívidas a receber de clientes (públicos e privados), bem como de Outros Devedores, provenientes da prestação de serviços assegurada pelo Hospital estão registadas pelo valor de transacção, em conformidade com as tabelas e critérios definidos no âmbito do Sistema Nacional de Saúde e do Contrato Programa celebrado com a ARSLVT e IGIF, nos casos aplicáveis.

d) Acréscimos e Diferimentos

O Hospital regista nestas rubricas do Activo e do Passivo, os efeitos decorrentes das operações de especialização associadas a custos e proveitos cuja documentação de suporte ainda não estava disponível à data de 31 de Dezembro, bem como outras estimativas associadas à aplicação do princípio da especialização dos exercícios, compreendendo designadamente:

• Reconhecimento dos proveitos imputáveis ao período e ainda não facturados, relativos a internamentos e actos médicos, com

excepção dos relativos à execução do Contrato-Programa celebrado com a ARSLVT e IGIF;

• As remunerações e respectivos encargos relativos a horas extraordinárias, férias e subsídio de férias, vencidos e não pagos no

final de cada exercício;

• Juros a receber provenientes de aplicações financeiras em depósitos a prazo;

• Os prémios de seguro, repartidos pelos exercícios, de acordo com o respectivo período de vigência;

• Reconhecimento de custos incorridos e ainda não facturados à data de encerramento das contas, provenientes de serviços

prestados por terceiros ainda no exercício em análise;

• Subsídios recebidos a fundo perdido para financiamento de imobilizações, os quais serão reconhecidos na demonstração dos

resultados proporcionalmente às amortizações das imobilizações subsidiadas, a partir do momento em que as mesmas entrarem

em exploração.

e) Imposto Sobre o Rendimento (IRC)

A contabilização do imposto sobre o rendimento é efectuada de acordo com o método do imposto a pagar, com base na estimativa do imposto sobre o rendimento a pagar em relação ao ano a que respeita. No caso em apreço, atendendo, à existência de prejuízos fiscais, o imposto apurado respeita apenas às situações sujeitas a tributação autónoma.

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9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados 2.3.2. Métodos de Cálculo Utilizados

a) Amortizações

Os bens do activo imobilizado corpóreo são amortizados de acordo com as taxas do Decreto Regulamentar nº 2/90, de 12 de Janeiro e de acordo com a Portaria 671/2000, de 17 de Abril, utilizando-se o método das quotas constantes a partir do dia da entrada em funcionamento dos bens, sendo calculadas numa base diária, de tal modo que os bens fiquem amortizados durante o seu período de vida útil estimada. As principais taxas de amortização utilizadas são as seguintes:

% Anual Edifícios e outras construções 2% a 10% Equipamento básico 12,5% a 33,33% Equipamento transporte 14,28% a 25% Ferramentas e utensílios 14,28% a 25% Equipamento administrativo 10% a 33,33% Outras imobilizações corpóreas 12,5% a 25%

Os bens com valor unitário inferior a 249,40 euros são amortizados integralmente no decurso do ano da aquisição.

b) Provisões

Foram constituídas as seguintes provisões: • Provisão de dívidas a receber

Foram constituídas provisões para dívidas a receber, de acordo com o seguinte critério: - Provisionados integralmente todos os saldos em contencioso;

- Provisionadas em 50% as dívidas de entidades privadas (Outros Clientes e Outros Devedores) cujos saldos estejam em mora há

mais de seis meses e até 12 meses;

- Provisionadas integralmente as dívidas de entidades privadas (Outros Clientes e Outros Devedores) cujos saldos estejam em

mora há mais de 12 meses;

- Provisionadas em 25% as dívidas de entidades privadas (Companhias de Seguros) cujos saldos estejam em mora há mais de

seis meses e até 12 meses;

- Provisionadas em 60% as dívidas de entidades privadas (Companhias de Seguros) cujos saldos estejam em mora há mais de 12

meses até 24 meses;

- Provisionadas integralmente as dívidas de entidades privadas (Companhias de Seguros) cujos saldos estejam em mora há mais

de 24 meses.

De acordo com este critério, as provisões para dívidas a receber foram aumentadas no exercício, no montante de 31.112 euros. O Conselho de Administração entende que as provisões apuradas, de acordo com os critérios de avaliação de riscos descritos acautelam, com razoável segurança, os riscos de crédito associados. • Provisão para riscos e encargos

Foi mantida, por razões de prudência, a provisão para processos judiciais em curso constituída em exercícios anteriores, no montante de 490.789 euros, dado que não ocorreram alterações relevantes ao nível das expectativas existentes quanto ao montante de encargos potenciais que a empresa poderá vir a suportar com os processos pendentes em Tribunal, à data de 31 de Dezembro de 2006. Na opinião do Conselho de Administração, o valor provisionado é suficiente para fazer face aos riscos potenciais que poderão ocorrer com o desenrolar daqueles processos. Dado que ainda não está apurado o valor global da produção efectuada no âmbito do contrato programa celebrado com o IGIF, relativo ao exercício de 2006, bem como da correspondente facturação, e de forma a acautelar a eventualidade da facturação efectiva ficar abaixo do valor contratualizado, foi mantido o critério adoptado no exercício anterior, no sentido de reconhecer, por questões de prudência, alguma margem de risco associada a esta eventualidade.

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 39

9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados

Deste modo, e de acordo com o mesmo critério, foi aplicada idêntica percentagem ao valor contratualizado, de que resultou o reforço desta provisão em 300.466 euros, ficando provisionado o montante global de 1.344.486 euros.

• Responsabilidades com Complementos de Pensões de Reforma e Sobrevivência

O Hospital tem vindo a assumir a responsabilidade pelo pagamento de complementos de aposentações e de pensões de sobrevivência a um universo de 92 pessoas, em conformidade com o disposto no Decreto – Lei nº 498/72 de 9 de Dezembro e no Decreto-Lei nº 141/79 de 22 de Maio. Contudo, de acordo com as instruções transmitidas pelo IGIF e dado que não se dispõe de um estudo actuarial susceptível de quantificar as responsabilidades por serviços passados, não foi constituída qualquer provisão para fazer face a esta situação, continuando a reconhecer-se como custo de cada exercício os montantes pagos nesse mesmo exercício, relacionados com as referidas responsabilidades. No exercício de 2006 foram pagos complementos de aposentação e sobrevivência no montante de 325.041 euros. Em 2005 os pagamentos da mesma natureza ascenderam a 362.597 euros.

c) Impostos

O imposto sobre o rendimento é calculado com base no resultado tributável em cada exercício. O Hospital encontra-se sujeito ao Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) à taxa normal de 25%, acrescida de Derrama à taxa de 10%, conduzindo a uma taxa de imposto agregada de 27,5%. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), excepto quando tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são prolongados ou suspensos. Consequentemente, as declarações fiscais do Hospital, dos exercícios de 2003 a 2005, poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração entende que eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos, não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2006. Dada a existência de prejuízos fiscais, o montante de imposto apurado no exercício decorre apenas das situações sujeitas a tributação autónoma. Contudo, dada a existência de pagamentos por conta e de retenções na fonte efectuadas por terceiros, o Hospital não tem quaisquer responsabilidades a pagar, relativas a IRC, tendo ainda a recuperar do Estado o montante de 210.366 euros. Ainda de acordo com a legislação fiscal em vigor, os prejuízos fiscais são reportáveis durante um período de seis anos após a sua ocorrência e susceptíveis de dedução a lucros fiscais gerados durante esse período. Em 2006, os prejuízos fiscais reportáveis ascendem a € 13.724.016,94 euros susceptíveis de reporte até 2008, 2009 e o restante até 2011. No entanto, a instituição não reconheceu contabilisticamente, por uma questão de prudência, impostos diferidos activos.

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 40

9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados 2.7. Movimento do Activo Imobilizado

Durante o exercício, o movimento ocorrido nas rubricas de imobilizações e respectivas amortizações foi o seguinte:

Amortizações e Ajustamentos (euros)

Saldo inicial Reforço Regularizações Saldo final

Imobilizações incorpóreas: Despesas de instalação Despesas de investigação desenvolvimento Propriedade industrial e outros direitos Outras Imobilizações corpóreas: Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras construções 13.732.563,31 1.369.740,57 15.102.303,88 Equipamento básico 33.646.370,85 2.258.371,89 -245.311,17 35.659.431,57 Equipamento de transporte 444.218,73 18.885,89 -36.377,34 426.727,28 Ferramentas e utensílios 156.019,75 2.775,69 158.795,44 Equipamento administrativo 5.878.268,97 457.693,73 -67.723,68 6.268.239,02 Outras imobilizações corpóreas 53.857.441,61 4.107.467,77 -349.412,19 57.615.497,19 Investimentos Financeiros: Títulos e outras aplicações financeiras Outros empréstimos concedidos

Activo Bruto (euros)

Rubricas Saldo Inicial Reavaliação Aumentos Alienações Tranf/ Abates Saldo Final

Imobilizações incorpóreas: Despesas de instalação Despesas investigação e desenvolvimento Adiantamentos p/conta imobil. Incorpóreas Imobilizações corpóreas: Terrenos e recursos naturais 700.370,61 -4.046,00 696.324,61 Edifícios e outras construções 26.782.136,36 1.244.889,70 -3.025,00 28.024.001,06 Equipamento básico 39.685.332,05 2.400.959,52 -262.957,34 41.823.334,23 Equipamento de transporte 657.382,56 31.316,26 -36.377,34 652.321,48 Ferramentas e utensílios 162.288,83 7.719,18 170.008,01 Equipamento administrativo 6.976.116,57 390.201,34 -79.728,46 7.286.589,45 Taras e vasilhame Outras imobilizações corpóreas Imobilizações em curso 2.940.668,71 1.248.777,60 4.189.446,31 Adiantamentos p/conta de imobil.corpóreas 77.904.295,69 5.323.863,60 -386.134,14 82.842.025,15 Investimentos financeiros: Partes de capital em empresas do grupo Empréstimos a empresas do grupo Partes de capital em empresas associadas Títulos e outras aplicações financeiras

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 41

9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados 2.10. Diplomas Legais Utilizados na Avaliação das Imobilizações Corpóreas

De acordo com o estipulado no nº 3 do artigo 7º do Decreto-Lei 298/2002, de 11 de Dezembro, o Hospital procedeu, no exercício de 2003, à avaliação do seu activo imobilizado corpóreo, com excepção dos bens imóveis. De acordo com as instruções recebidas do IGIF, encontra-se pendente de decisão tutelar o reconhecimento nas demonstrações financeiras do Hospital dos efeitos da avaliação dos bens imóveis que se encontram evidenciados em balanço.

2.11. Quadro Discriminativo da Avaliação Efectuada

A avaliação efectuada em 2003 gerou os seguintes movimentos:

(euros)

Rubricas Custos históricos (a) Avaliação (a) Valores contabilísticos

Reavaliados (a) Imobilizações Corpóreas Terrenos e recursos naturais 700.370,61 700.370,61 Edifícios e outras construções 17.791.006,86 8.479,49 17.799.486,35 Equipamento básico 743.902,73 5.384.340,24 6.128.242,97 Equipamento de transporte 31.893,66 -8.323,44 23.570,22 Ferramentas e utensílios 45.012,46 -28.890,26 16.122,20 Equipamento administrativo 112.706,81 790.753,29 903.460,10 Taras e vasilhame 287.850,98 279.916,24 567.767,22 Outras Imobilizações corpóreas

Total 19.712.744,11 6.426.275,56 26.139.019,67 2.23. Dívidas de Cobrança Duvidosa

O movimento ocorrido ao nível dos saldos considerados de cobrança duvidosa consta do quadro seguinte: (euros)

Saldo Inicial Aumento Redução Saldo Final

Dividas de Clientes de cobranças duvidosas 7.302.958,00 30.112,00 7.333.070,00 Devedores de cobranças duvidosas 220.670,00 220.670,00

Em termos contabilísticos, ao nível do Balanço, apenas estão classificados como de cobrança duvidosa os saldos em contencioso. Contudo, para efeitos de apresentação deste mapa, acresceram-se aos saldos em contencioso os montantes de dívidas de terceiros correspondentes aos valores provisionados, por se entender que tal poderá corresponder, de forma mais aproximada, aos riscos de cobrança que são expectáveis.

2.24. Dívidas Activas e Passivas com o Pessoal

A 31 de Dezembro existiam dívidas activas e passivas, relacionadas com pessoal, de acordo com o quadro seguinte:

2.26. Dívidas ao Estado em Situação de Mora

O Hospital não tem qualquer situação de dívida ao Estado em situação de mora. De salientar, adicionalmente, que as responsabilidades para com o Estado e as entidades de segurança social, decorrentes das retenções na fonte e contribuições relativas às remunerações processadas em Dezembro foram ainda regularizadas no decurso deste mês, o que justifica a variação ocorrida na rubrica de Estado e Outros Entes Públicos, no passivo, face a 2005.

(euros) Dívidas com o pessoal 2006 2005 Dívidas activas 1.663,26 724,21 Adiantamentos ao pessoal 1.663,26 724,21 Dívidas passivas 9.543.092,77 9.899.944,28 Operações diversas com pessoal 38.539,10 49.954,00 Encargos com férias e subsídio de férias 7.472.223,67 7.459.971,42 Horas extraordinárias e outros abonos 2.032.330,00 2.390.018,86

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 42

9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados 2.31. Movimento Ocorrido com Provisões

Durante o exercício de 2006, realizaram-se os seguintes movimentos nas contas de provisões:

(euros)

Contas Saldo inicial Aumento Redução Saldo final

291 - Provisões para cobranças duvidosas 7.523.628,00 30.112,00 7.553.740,00 292 - Provisões para riscos e encargos 1.534.808,55 300.466,00 1.835.274,55 Total 9.058.436,55 330.578,00 9.389.014,55

2.32. Variação das Contas de Fundos Próprios

O movimento ocorrido nas contas de fundos próprios, durante o exercício de 2006, foi o seguinte:

(euros)

Saldo inicial Aumento Redução Saldo final

51 – Património 49.880.000,00 49.880.000,00

57 – Reservas 10.586.465,70 10.837.418,23

Reserva inicial 3.510.301,75 3.510.301,75

Reserva de avaliação 6.426.275,56 6.426.275,56

Doações 649.888,39 250.952,53 900.840,92

59 - Resultados transitados -8.672.675,53 -6.112.735,41 726.720,44 -15.512.131,38

88 - Resultado líquido do exercício -6.112.735,41 -15.896.520,41 6.112.735,41 -15.896.520,41

Totais 45.681.054,76 -21.758.303,29 6.839.455,85 29.308.766,44

O saldo da conta de Reserva Inicial foi inicialmente apurado com base no património líquido existente em 12 de Dezembro de 2002, resultante da diferença entre o Activo e o Passivo das contas de Gerência apresentadas pelo Hospital Garcia de Orta, com referência àquela data. Aquele saldo foi depois objecto de diversos ajustamentos, face à necessidade de proceder a correcções aos saldos iniciais, decorrentes de situações que tiveram a sua origem ainda no âmbito da existência do Hospital enquanto entidade integrante do Sector Público Administrativo.

Por uma questão de coerência, sempre que houve lugar a qualquer ajustamento contabilístico relativo a situações reportadas a momentos anteriores a 12 de Dezembro de 2002, é utilizada esta conta de Reserva Inicial como contrapartida dos movimentos a efectuar, independentemente da sua natureza de ganho ou perda. Em 2006 não ocorreu qualquer ajustamento desta natureza.

O saldo da conta de Reservas – Doações corresponde ao valor dos bens doados ao Hospital por particulares ou outras entidades.

O saldo da conta de Reserva de avaliação corresponde ao acréscimo líquido do imobilizado corpóreo, decorrente da avaliação efectuada em 2003, conforme descrito nas notas 2.10 e 2.11. Estas reservas não estão disponíveis para distribuição.

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9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados Demonstração do Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas

O custo das matérias consumidas no decurso do exercício foi o seguinte:

(euros) Movimentos Materiais consumidos

Existências iniciais 5.929.605,41

Compras 48.504.343,43

Regularização de existências 166.736,11

Existências Finais 6.117.518,73

Custo materiais consumidos 48.483.166,22

2.35. Vendas e Prestações de Serviços por Actividade e por Mercados Geográficos

A actividade do Hospital desenvolve-se exclusivamente em Portugal, pelo que os serviços prestados ocorreram todos neste País, decompondo-se nas seguintes actividades essenciais:

(euros)

Vendas e Prestação de Serviços 2006 2005

Vendas

Produtos

Prestação de serviços

Internamento 65.443.479,57 59.506.287,13

Consultas 14.942.754,97 13.064.248,22

Urgência/SAP 20.045.871,42 20.077.269,20

Hospital dia 5.060.722,49 4.460.935,50

Meios complementares de diagonóstico 2.788.741,60 2.563.923,64

Meios complementares de terapêutica 1.467.665,93 1.793.265,54

Taxas moderadoras 730.205,55 743.596,84

Outras Prestações de serviços 8.667.555,73 21.838.323,58

Total das vendas e prestação de serviços 119.146.997,26 124.047.849,65

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 44

9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados 2.37. Demonstração dos Resultados Financeiros

(euros)

Custos e perdas Exercícios

Proveitos e ganhos Exercícios

2006 2005 2006 2005

681 – Juros suportados 81,60 106.750,57 781 – Juros obtidos 274.591,58 990.818,59 683 – Amort. investimentos em imóveis 783 – Rendimentos de imóveis

684 – Provisões aplicações financeiras 784 – Rendimentos participações

capital

685 – Diferenças câmbio desfavoráveis 785 – Diferenças câmbio

favoráveis 686 – Descontos p.p. Concedidos 786 – Descontos p.p obtidos 297.150,27 147.938,05

687 – Perdas alienação aplic.tesouraria 787 – Ganhos alienação

aplic.tesouraria 688 – Outros custos perdas financeiros 34.847,28 12.923,53 788 – Outros prov. Ganhos financ. 16.571,45 Resultados financeiros 553.384,42 1.019.082,54 588.313,30 1.138.756,64 588.313,30 1.138.756,64

2.38. Demonstração dos Resultados Extraordinários

(euros)

Custos e perdas Exercícios

Proveitos e ganhos Exercícios

2006 2005 2006 2005 691 - Transferências de capital

concedidas 791 - Restituição de impostos 692 - Dívidas incobráveis 8.230,25 37.659,65 792 - Recuperação de dívidas 693 - Perdas em existências 394.144,30 343.463,14 793 - Ganhos em existências 560.880,41 557.788,11 694 - Perdas em imobilizações 20.503,35 11.730,22 794 - Ganhos em imobilizações

695 - Multas e penalidades 130,00 255,91 795 - Benefícios penalidades

contratuais

696 - Aumento amortizações e provisões 796 - Reduções de amortizações e

provisões 1.768.895,00 697 - Correcções rel. exerc. anteriores 1.834.894,29 1.295.403,97 797 – Cor. rel.exer.anteriores 634.808,59 214.147,02 698 - Outros custos perdas extraordinários 281.600,15 8.179.838,48 798 - Outros proveitos ganhos ext. 199.912,94 6.117.199,81

Resultados extraordinários -1.143.900,40 -1.210.321,43 1.395.601,94 8.658.029,94 1.395.601,94 8.658.029,94

Conforme referido em 2.2., houve necessidade de reclassificar os comparativos de 2005, de forma a adequá-los ao POCMS. Esta reclassificação é particularmente significativa ao nível das reduções de amortizações e provisões ocorridas em 2005 que, de acordo com o POC, afectariam os resultados operacionais, sendo reconhecidas como proveito extraordinário, no referencial contabilístico do POCMS.

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 45

9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados 2.39. Outras Informações Relevantes

a) Dívidas de Terceiros

Em 31 de Dezembro estas rubricas apresentavam a seguinte composição :

(euros) 2006 2005

211 - Clientes c/c 11.178.774,97 16.924.153,90 2111 - Subsistemas 4.482.678,23 9.306.462,40 2113 - Companhias de Seguros 1.407.204,62 1.659.608,30 2119 - Outros clientes 5.288.892,12 5.958.083,20 213 - Utentes c/c 111,74 215 - Instituições do Estado 40.152.767,84 32.814.908,22 Clientes cobrança duvidosa 2.296.754,63 1.689.843,74 21813 - Companhias de Seguros 1.910.283,71 1.395.700,39 21819 - Outros clientes 386.424,82 294.143,35 2183 - Utentes c/c 46,10 Outros devedores 10.245.174,98 9.601.044,62 262 - Pessoal 1.663,26 724,21 268311 - Instituições Ministério da Saúde 6.969.015 5.702.151 268319 - Outras Instituições Públicas 16.966 9.430 26838 - Devedores cobrança duvidosa 2.557 2.557 26839 - Outros devedores diversos 3.254.973 3.886.182

b) Estado e Outros Entes Públicos

Esta rubrica apresenta a seguinte desagregação, a nível de Activo e de Passivo:

(euros) Activo 2006 2005

IRC - Pagamento especial por conta 150.000,00 80.000,00 IRC - Retenção na fonte 67.254,19 183.136,00 IRC - Imposto estimado -6.888,61 -7.231,54 IRS - Trabalho dependente Total 210.365,58 255.904,46 Passivo

IRS - Trabalho dependente 944.545,00 IRS - Trabalho independente 19.316,87 IVA a pagar 27.672,22 9.778,05 Contribuições segurança social 986.108,66 Total 27.672,22 1.959.748,58

A diminuição ocorrida nas dívidas ao Estado e Outros Entes Públicos decorre exclusivamente do facto de, em 31 de Dezembro de 2006, terem sido antecipadamente pagas as retenções na fonte e contribuições para entidades de segurança social, relativas a remunerações de Dezembro, ao contrário do sucedido relativamente a idênticas obrigações respeitantes às remunerações de Dezembro de 2005 que foram entregues ao Estado em Janeiro de 2006, dentro dos prazos legalmente previstos. Deste modo, não existem dívidas em mora ao Estado ou a Outros Entes Públicos.

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 46

9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados

c) Outros Credores

Em 31 de Dezembro esta rubrica tinha a seguinte composição:

(euros) Activo 2006 2005

262 - Pessoal 38.539,10 49.954,00 263 - Sindicatos 38.539,10 10.105,84 267 - Consultores 227.527,67 202.407,01 26862 - Credores Meios complementares diagnóstico 4.140.421,68 4.140.400,16 26863 - Credores Meios complementares terapêutica 1.000.872,37 1.001.775,37 26864 - Credores Produtos vendidos por farmácias 126,20 26881 - Credores diversos Instituições do Estado 3.212.781,69 456.641,11 26882 - Cauções de Fornecedores 11.420 11.420 2689 - Outros credores 27.000,94 12.176,45 Outros credores 8.697.102,55 5.885.006,14

d) Acréscimos e Diferimentos

Esta rubrica tem o desenvolvimento que se apresenta no quadro seguinte:

(euros) Activo 2006 2005

Acréscimo de Proveitos 13.996.450,74 7.588.969,13 Facturação - IGIF Facturação - Outras entidades 13.996.450,74 7.588.969,13 Custos Diferidos 22.213,00 13.025,00 Outros custos diferidos 22.213,00 13.025,00 Passivo

Acréscimos de Custos 9.999.503,67 10.652.327,15 Outros acréscimos de custo 494.950,00 802.336,87 Outras remunerações 2.032.330,00 2.390.018,86 Férias e Subsidio de Férias 7.472.223,67 7.459.971,42 Proveitos Diferidos 2.098.290,62 1.922.667,75 PIDDAC 373.285,07 373.285,07 Outros subsídios 1.725.005,55 1.549.382,68

e) Fornecimentos e Serviços Externos

O saldo desta conta apresenta a seguinte desagregação: (euros) 2006 2005

Subcontratos 4.802.379,57 5.763.573,64 Electricidade 434.026,64 291.918,28 Combustíveis 885.579,57 843.017,04 Água 445.382,55 368.749,82 Comunicação 294.127,19 350.057,38 Honorários 1.078.047,33 1.290.886,06 Conservação e reparação 3.065.096,01 2.856.641,10 Limpeza, higiene e conforto 1.890.419,65 1.455.676,20 Vigilância e segurança 717.593,31 565.645,03 Trabalhos especializados 3.115.403,85 3.638.789,03 Outros 386.697,75 291.223,60

Total 17.114.753,42 17.716.177,18

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 47

9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados

f) Custos com Pessoal

O saldo desta conta é composto por:

g) Factos Subsequentes à Data de Balanço

Desde 31 de Dezembro até à presente data não ocorreu nenhum facto relevante que pudesse alterar significativamente a compreensão das demonstrações financeiras da empresa.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

(euros) 2006 2005

Conselho de Administração Remunerações 386.285,96 374.730,36 Restante Pessoal Remunerações 61.170.467,66 61.208.605,36 Pensões 552.231,70 472.116,56 Encargos sobre remunerações 7.970.009,19 6.626.138,50 Outros custos com o pessoal 236.310,70 217.333,91 Total 70.315.305,21 68.898.924,69

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 48

10 – Demonstração dos Fluxos de Caixa

(euros) ACTIVIDADES OPERACIONAIS: 31.Dez.2006 31.Dez.2005 Recebimentos de Clientes 117.243.243,00 101.992.835,22 Pagamentos a fornecedores -37.871.997,11 -66.601.477,20 Pagamentos ao pessoal -70.315.305,21 -68.898.924,69

Fluxo gerado pelas operações 9.055.940,68 -33.507.566,67 Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento -6.888,61 -7.231,54 Outros pagamentos/recebimentos relativos à actividade operacional -2.109.638,14 33.836.902,08

Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias -2.116.526,75 33.829.670,54 Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 1.395.601,94 6.889.134,94 Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias -2.539.502,34 -8.099.456,37

Fluxos das actividades operacionais [1] 5.795.513,53 -888.217,56 ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de: 36.721,95 186.243,72 Investimentos financeiros Imobilizações corpóreas 36.721,95 186.243,72 Imobilizações incorpóreas Subsídios de investimento Juros e proveitos similares Dividendos

Pagamentos respeitantes a: -5.323.863,60 -4.164.481,48 Investimentos financeiros Imobilizações corpóreas -5.323.863,60 -4.164.481,48 Imobilizações incorpóreas

Fluxos das actividades de investimento [2] -5.287.141,65 -3.978.237,76

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 49

10 – Demonstração dos Fluxos de Caixa

(euros)ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: 31.Dez.2006 31.Dez.2005

Recebimentos provenientes de: -1.911.686,70 1.138.756,64 Empréstimos obtidos -2.500.000,00 Aumentos de capital, prestações suplementares e prémios de emissão Juros e proveitos similares 588.313,30 1.138.756,64 Subsídios e doações Venda de acções (quotas) próprias Cobertura de prejuízos

Pagamentos respeitantes a: -34.928,88 -119.674,10 Empréstimos concedidos Amortização de contractos de locação financeira Juros e custos similares -34.928,88 -119.674,10 Dividendos Redução de capital e prestações suplementares Aquisição de acções (quotas) próprias

Fluxos das actividades de financiamento [3] -1.946.615,58 1.019.082,54

Variação de caixa e seus equivalentes [4] = [1] + [2] + [3] -1.438.243,70 -3.847.372,78

Caixa e seus equivalentes no inicio do período 24.837.120,45 28.684.493,23

Caixa e seus equivalentes no fim do período 23.428.988,75 24.837.120,45

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 50

11 – Certificação Legal das Contas

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 51

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 52

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 53

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 54

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 55

12 – Relatório e Parecer do Fiscal Único

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 56

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 57

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 58

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2006 59

13 – Órgãos de Direcção

Directores/ Responsáveis de Serviço Administradores Hospitalares Urgência Geral Margarida RatoAna Isabel Santos Medicina Nuclear Maria Fernanda Ferreira Ana Jorge Pediatria Médica Maria Luísa FernandesAna Marques Pereira Hematologia Sara ValenteArmando Alcobia Farmácia Sérgio SousaArtur Gomes Oliveira Urologia Augusto Goulão Neurorradiologia Enfermeiras Supervisoras Benedita Nunes Serviço Social Angelina FranciscoCarlos Cyrne Radiologia Isabel TruningerCarlos Falcão Imunohemoterapia Nazira BanoEduardo Almeida Unidade Cuidados Intensivos Elisabete Fradique Psiquiatria Enfermeiros Chefes/Responsáveis Francisco Meneses Brandão Dermatologia e Consulta Externa Geral Guerra Henriques Serviços Jurídicos Adelaide Maria Martins Especialidades Médicas BHélio Retto Ginecologia Ana Lopes Medicina Nuclear Humberto Ventura Patologia Clinica Ana Maria Silva Cirurgia II Índia Remédios Medicina Física/Reabilitação António Rocha Serv. de Formação/Cuidados ContinuadosJoão de Freitas Gastrenterologia Carlos Francisco Cirurgia I João Gíria Cirurgia Geral Catarina Almeida/Ana Melo Comissão de Controlo de Infecção João Marta Pimentel Otorrinolaringologia Celeste Teixeira Mendes Cardiologia João Moreira Anestesiologia Elsi do Carmo Ramos Pediatria Cirúrgica e MédicaJorge Portugal Endocrinologia Emília Pinheiro Ortopedia/Cirurgia Plástica/Reumatologia Jorge Roldão Vieira Pneumologia Fernanda Carvalho Hemato-Oncologia e EndocrinologiaJosé Barata Medicina Interna Fernanda Miguens Oftalmologia José Canas da Silva Reumatologia Fernanda Santos Urologia José Carlos Parreira Cirurgia Plástica Flora Carvalho Esterilização José Daniel Menezes Cirurgia Vascular Ganda Cêncio Obstetrícia José Manuel Fernandes Serviço Instalações e Equipamentos Herculana Carvalho Consulta Externa/Hemodiálise José Marques Ferreira Oncologia Médica Jaqueline Barros Ginecologia Lídia Correia Segurança, Higiene e Saúde Trabalho José Saraiva OtorrinolaringologiaManuel Carrageta Cardiologia José Serra Medicina I / Medicina IIManuel Cunha e Sá Neurocirurgia Madalena Mela Unidade da Dor Manuel Hermida Obstetrícia Maria Graça Oliveira Unidade Cuidados Intensivos Manuela Cidade Oftalmologia Maria José Araújo U.C.I. Pediátrica Maria do Carmo Carvalho Serviços Financeiros Maria Leonor Monteiro Neurocirurgia Maria do Carmo Martins Recursos Humanos Maria Teresa Chambel Bloco Operatório Maria João Águas Infecciologia Mário Cavaleiro Cirurgia Vascular/Neurologia Maria José Brito Anatomia Patológica Nelson Moreira Correia Urgência Geral Miguel Viana Baptista Neurologia Paula Pereira Urgência Pediátrica/Consulta Pediátrica Nuno Craveiro Lopes Ortopedia/Traumatologia Rosália Marques Urgência Obstétrica/Bloco Partos Orlando Cordeiro Pediatria Cirúrgica Rui Ferreira Exames Especiais Paula Calazans Bloco Operatório Rui Emanuel Ferreira Traumatologia Patrícia Ataíde Aprovisionamento Rui Miguel Rosado Pneumologia Pedro Ponce Nefrologia Rosa Monteiro Planeamento e Estatística Rui Leão Informática Tecnicos Coordenadores/Responsáveis Aldora Quintal Terapia da Fala Gestora Ana Paula Martins Terapia Ocupacional Alexandra Ramos Anabela Braga Dietética João Carrapiço Radiologia-Urgência

José Eduardo Ressurreição Fisioterapia José Francisco Caetano Farmácia José Manuel Baptista Anatomia Patologica Manuela Cristina Filipe Medicina Nuclear Margarida Vinhas Patologia Clínica/Imunohemoterapia Maria Cristina Menezes Neurorradiologia Mário Carvalho Cardiopneumologia

Nota: A Direcção do Serviço de Urgência Geral é assegurada pelo Grupo Coordenador constituído por: Dra. Francisca de La Rue, Dr. Humberto Branco e Dr. Rui Lebre

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2005 60

14 – Glossário

Ambulatório – Conjunto de serviços que prestam cuidados de saúde a indivíduos não internados. Berçário – Unidade orgânica de um Hospital, equipada com um conjunto de berços, para a permanência dos recém-nascidos sem patologia. Nota: Estes berços não são incluídos na lotação do estabelecimento. No entanto, e uma vez que são importantes para efeitos de gestão, o seu número deve ser conhecido. Bloco Operatório – Unidade orgânico-funcional constituída por um conjunto integrado de meios humanos, físicos e técnicos destinada à prestação de tratamento cirúrgico ou realização de exames que requeiram elevado nível de assepsia e em geral anestesia. Capacidade de Internamento (CI) – É o número máximo de dias de Internamento que as camas poderão facultar num determinado período. CI = Lotação x Nº de dias do período considerado

Cirurgia do Ambulatório – Intervenção cirúrgica programada, realizada sob anestesia geral, loco-regional ou local que, embora habitualmente efectuada em regime de internamento, pode ser realizada em instalações próprias, com segurança e de acordo com as actuais leges artis, em regime de admissão e alta no mesmo dia. Cirurgia Programada ou Electiva – Cirurgia efectuada com data de realização previamente marcada. Cirurgia Urgente – Cirurgia efectuada, sem data de realização previamente marcada, por imperativo da situação clínica. Consulta Externa – Unidade orgânico-funcional de um Hospital onde os doentes, com prévia marcação, são atendidos para observação, diagnóstico, terapêutica e acompanhamento, assim como para pequenos tratamentos. Demora Média (DM) – Média do número de dias utilizados por todos os doentes saídos num determinado período.

DM = Dias de Internamento Doentes Saídos

Dias de Internamento/Tempo de Internamento num Período – Total de dias utilizados por todos os doentes internados, nos diversos serviços de um estabelecimento de saúde com Internamento, num determinado período, exceptuando-se os dias em que ocorreram as altas desse estabelecimento de saúde. Nota 1: Não são incluídos os dias de estada em berçário ou em serviço de observação de serviço de urgência. Nota 2: este conceito é também aplicável a um só Serviço de Internamento. Doentes Entrados num Estabelecimento de Saúde num Período – Doentes admitidos em Internamento, durante um período, num estabelecimento de saúde. Nota: Consideram-se as seguintes proveniências: ambulatório (consulta externa, serviço de urgência ou outro) ou transferência de outro estabelecimento de saúde. Doentes Saídos – Doentes que deixaram de permanecer internados num serviço de um estabelecimento de saúde, nesse período. Doentes Tratados por Cama (DT/C) – Número médio de doentes saídos num determinado período, por cama.

DT/C = Doentes Saídos Lotação Efectiva

Hospital – Estabelecimento de saúde dotado de Internamento, Ambulatório e Meios de Diagnóstico e Terapêutica, com o objectivo de prestar à população assistência médica curativa e de reabilitação, competindo-lhe também colaborar na prevenção da doença, no ensino e na investigação científica. Nota: Os critérios para a classificação dos Hospitais enquadram-se em abordagens diversas, designadamente:

Área de Influência/Diferenciação Técnica, Hierarquização de Valências, Número de Especialidades/Valências, Regime de Propriedade, Ensino Universitário, Situação na Doença e Ligação entre Hospitais.

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2005 61

14 – Glossário

Hospital Central – Hospital caracterizado por dispor de meios humanos e técnicos altamente diferenciados, com responsabilidades de âmbito nacional ou inter-regional. Hospital de Dia – Serviço de um estabelecimento de saúde onde os doentes recebem, de forma programada, cuidados de saúde, permanecendo durante o dia sob vigilância, não requerendo estadia durante a noite. Índice de Case – Mix (ICM) – É um coeficiente global de ponderação da produção que reflecte a relatividade de um Hospital face aos outros, em termos da complexidade da sua casuística. O ICM define-se como o rácio entre o número de doentes equivalentes de cada GDH ponderados pelos respectivos pesos relativos e o número total de doentes equivalentes do Hospital. Internamento – Conjunto de serviços que prestam cuidados de saúde a indivíduos que, após serem admitidos, ocupam cama (ou berço de neonatologia ou pediatria), para diagnóstico, tratamento ou cuidados paliativos, com permanência de, pelo menos, uma noite. Intervenção Cirúrgica – Um ou mais actos operatórios com o mesmo objectivo terapêutico e/ou diagnóstico, realizado(s) por cirurgião(ões) em sala operatória, na mesma sessão, sob anestesia geral, locorregional ou local, com ou sem presença de anestesista. Lista de Espera – Número de doentes do sistema de saúde, geralmente em Hospitais, que aguardam a realização, não urgente, de consulta, exame, tratamento, operação ou procedimento especial.

Lotação Oficial – Número de camas (incluindo berços de neonatologia e pediatria) oficialmente definido, para um serviço de saúde com Internamento. Lotação Praticada – Número de camas (incluindo berços de Neonatologia e de pediatria) disponíveis e apetrechadas para Internamento imediato de doentes, contadas num serviço de saúde. Nota 1: Excluem-se as camas do berçário, do serviço de observação, do SAP, do recobro e dos hospitais de dia, nomeadamente, da hemodiálise. Nota 2: Este valor resulta da média aritmética do número de camas contadas no último dia de cada trimestre do ano. Parto – Completa expulsão ou extracção, do corpo materno, de um ou mais fetos, de 22 ou mais semanas de gestação, ou com 500 ou mais gramas de peso, independentemente da existência ou não de vida e de ser espontâneo ou induzido.

Primeira Consulta – Consulta médica, em Hospitais, em que o utente é examinado pela primeira vez numa especialidade e referente a um episódio de doença. Nota: Considera-se que o episódio de doença termina no momento da alta da especialidade. Sala de Partos – Sala equipada para a realização do período expulsivo do parto. Sala de Recobro – Sala onde os doentes intervencionados (cirurgia ou outro procedimento) permanecem durante algum tempo sob vigilância sistemática e organizada, podendo estar monitorizados. Sala Operatória – Sala equipada, integrada em bloco operatório, que permite a execução de intervenções cirúrgicas e de exames que requeiram anestesia geral ou locorregional e elevado nível de assepsia. Nota: Não devem ser consideradas as salas vocacionadas para pequenas cirurgias, colocação de gessos, pensos e actividades semelhantes. Segunda Consulta – Consulta médica, que deriva da primeira para verificação da evolução do estado de saúde do doente. Serviço – Célula básica da organização dos estabelecimentos de saúde. Serviço Complementar de Diagnóstico – Unidade orgânico-funcional dotada de recursos especializados, onde se realizam exames e testes diversos, cujos resultados são necessários à efectivação de diagnóstico clínico. Nota: Este serviço pode ser simultaneamente de diagnóstico e terapêutica

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____________________________________________________ Relatório e Contas 2005 62

14 – Glossário

Serviço de Observação – Unidade integrada no Serviço de Urgência hospitalar, onde os doentes permanecem para observação até evidência conclusiva do diagnóstico. Serviço de Urgência – Unidade orgânica de um Hospital para tratamento de situações de emergência médica, cirúrgica, pediátrica ou obstétrica, a doentes vindos do exterior, a qualquer hora do dia ou da noite. Serviço Domiciliário – Conjunto de recursos destinados a prestar cuidados de saúde, a pessoas doentes ou inválidas, no seu domicílio, em lares ou instituições afins. Tempo de Espera – Número de dias (incluindo sábados, domingos e feriados) compreendido entre a data da inscrição para consulta, cirurgia, exame ou tratamento e a data prevista para realização dos mesmos. Taxa de Ocupação (TO) – Relação entre o número de dias de internamento e a capacidade de internamento.

TO = Dias de Internamento Lotação Efectiva X 100

Taxa de Reinternamento (TR) – Número de doentes que foram internados pela mesma causa num período de 72h a contar da alta.

TR = N.º Doentes Reinternados pela mesma causa N.º Total de Doentes Internados

Unidade de Cuidados Intensivos – Conjunto integrado de meios humanos, físicos e técnicos especializados, onde os doentes em estado crítico, com falência de funções orgânicas vitais, são assistidos por meio de suporte avançado de vida, durante 24 horas por dia.

Fonte: Glossário de Conceitos de Estatística em Saúde – 1ª Fase, Direcção-Geral da Saúde, Lisboa, 2001 Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico – OCDE Instituto Nacional de Estatística – INE