hospital de faro_relatório de gestão e contas 2012
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Relatório de Gestão e Prestação de Contas 2012 Hospital de FaroTRANSCRIPT
RELATÓRIO DE GESTÃO E PRESTAÇÃO DE CONTASHospital de Faro | 2012
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ABREVIATURAS E SIGLAS
ACSS Administração Central do Sistema de Saúde INE Instituto Nacional de Estatística
APCER Associação Portuguesa de Certificação HCI Human Computer Interaction
ARS Administração Regional Saúde LIC Lista Inscritos Cirurgia
AVC Acidente Vascular Cerebral MCDT Meios Complementares Diagnóstico e Terapêutica
CFIC Centro de Formação Investigação e Conhecimento OMS Organização Mundial de Saúde
CMVMC Custo Mercadorias Vendidas Matérias Consumidas PMP Prazo Médio Pagamento
DGS Direcção-Geral da Saúde POPH Programa Operacional Potencial Humano
DGTF Direção Geral Tesouro Finanças REE Resíduos Elétricos e Eletrónicos
EFQM European Foundation for Quality Management RNCCI Rede Nacional Cuidados Continuados Integrados
E.P.E. Entidade Pública Empresarial ROC Revisor Oficial de Contas
FASP – SNS
Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos do Serviço Nacional Saúde
SICA Sistema Informação p/ Contratualização e companhamento
GAPCG Gabinete Auditoria Planeamento Controlo Gestão SINAS Sistema Nacional de Avaliação em Saúde
GDH Grupo de Diagnóstico Homogéneo SIRIEF Sistema Recolha Informação Económico Financeira
GCRE Gabinete Relações e Comunicação Externa SNS Serviço Nacional de Saúde
IGAS Inspeção-geral das Atividades em Saúde TC Tribunal de Contas
IGCP Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, I.P.
TIC Tecnologias de Informação e Comunicação
IGH Indicadores de Gestão Hospitalar UCISU Unidade de Cuidados Intermédios do Serviço de Urgência
INEM Instituto Nacional Emergência Médica UTCO Unidade Tratamento Cirúrgico Obesidade
Relatório de Contas | 2012
Propriedade:Hospital de FaroRua Leão Penedo - 8000-386 Faro
Tel: 289 891 100 | Fax: 289 891 159 E-mail: [email protected]
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Conceção gráfica/fotografia:Gabinete de Comunicação
Publicação: Maio 2013Impressão: Hospital de FaroPáginas do documento: 151Anexos: 68Total: 224
Tiragem: 8Numeração: Versão Digital
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 1
DELIBERAÇÃO
Com fundamento no art.7º do Decreto-Lei n.º233/2005, de 29 de dezembro, aplicável
“ex vi” do n.º2 do art.1º do Decreto-Lei n.º180/2008, de 26 de agosto, o Conselho de
Administração do Hospital de Faro, E.P.E. delibera por unanimidade de votos dos seus
membros aprovar o Relatório de Gestão e Contas referente ao ano 2012 e que é com-
posto por 218 páginas.
Mais, se delibera que os membros deste órgão colegial que administra o Hospital de
Faro, EPE, no uso das competências decorrentes dos diplomas legais acima citados, ape-
nas rubriquem as páginas deste documento referentes à Demonstração de Resultados, à
proposta de aplicação dos resultados e à certificação legal das contas.
Faro, aos 30 dias do mês de abril de 2013
Dr.ª Graça PereiraVogal Executivo
Dr. Pedro M. H. NunesPresidente do Conselho de Administração
Dr. José Vieira dos SantosEnfermeiro Diretor
Dr. Luís Miguel MartinsVogal Executivo
CONTEÚDOS
7 Nota introdutória
8 Mensagem do Conselho de administração
Capítulo 1
10 Hospital de Faro, e.p.e.
10 Missão; Visão; Valores
11 Evolução histórica
12 Enquadramento do Hospital de Faro
14 Breve análise conjuntural
15 Caraterização da região do algarve
15 Indicadores demográficos
16 Indicadores de saúde
18 Órgãos sociais
19 Modelo organizativo de 2012
20 Departamento de Medicina
20 Departamento de Cirurgia
20 Departamento Materno-Infantil
20 Serviços não departamentalizados
21 Departamento de Relações Exteriorese Apoio aos Utentes
22 Estrutura orgânica
24 Cooperação com entidades externas
24 Da concorrência à colaboração: Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA)
24 Protocolo do Hospital de Faro com o IPO Coimbra/Radioterapia
24 Protocolo entre o Hospital de Faro e Ordem dos Enfermeiros no âmbito do “Programa Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem”
24 Compromisso de colaboração entre o Hospital de Faro, EPE e Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve, para o funcionamento de cursos de pós-graduação e mestrados, em enfermagem
25 Protocolo celebrado com a Direcção-Geral da Saúde para prestação de serviços no âmbito da certificação/acreditação de unidades de gestão clínica
25 Manutenção do protocolo de colaboração entre o Hospital de Faro e a Universidade do Algarve no domínio do apoio ao funcionamento do novo Curso de Medicina
Capítulo 2
27 Recursos Humanos
27 Evolução/distribuição dos recursos humanos por grupos profissionais
29 Estrutura etária
29 Distribuição de efetivos por tipo de vínculo
29 Centro de Formação, Investigação e Conhecimento
29 Habilitações literárias
29 Segurança, higiene esaúde no trabalho
32 Análise da formação
32 Formandos
32 Áreas temáticas
33 Formação obrigatória
33 Área de controlo de infeção
33 Indicadores de formação
33 Internato médico
35 Unidade de investigação
35 Atividades
38 Atividades formativas desenvolvidas por iniciativa
dos serviços clínicos
Capítulo 3
41 Gestão hospitalar
41 Desenvolvimento estratégico
42 Departamento Emergência Urgência e Cuidados Intensivos
42 Alteração da base da VMER
42 Implementação e monitorização de equipas no
Serviço de Urgência Geral
42 Integração dos SUB’s no SUG
43 Diminuição da demora média das unidades de
medicina intensiva
43 Departamento Medicina
43 Composição e lotação
43 Departamento Cirurgia
44 Funcionamento e atividades
45 Departamento Materno Infantil
45 Serviços clínicos não departamentalizados
47 Serviços de apoio clínico
47 Contributos do núcleo transportes
47 Contrato programa
47 Grau de cumprimento de metas fixadas em 2012
48 Grau de cumprimento do Plano Desempenho – Atividade total
52 Grau de cumprimento da atividade SNS
52 Grau de Cumprimento do Orçamento
53 Grau de cumprimento do Plano de ajustamento
54 Medidas de Ajustamento
64 Recursos Humanos
64 Medicamentos
64 Material de consumo clínico
64 Transporte de doentes
65 Fornecimento serviços externos
65 Grau de cumprimento dos indicadores de qualidade e eficiência
Capítulo 4
69 Investimentos
Capítulo 5
71 Atividade assistencial
71 Dispositivo assistencial
71 Caracterização
71 Evolução da atividade assistencial
71 Internamento
71 Análise dos princípios indicadores globais da
atividade em internamento
73 Doentes saídos
75 Demora média
75 Número de partos
77 Intervenções cirúrgicas com origem no internamento
77 Principais grupos de diagnóstico homogéneos em 2012
82 Ambulatório programado
82 Cirurgia de ambulatório
84 Consulta externa
87 Hospital de dia
88 GDH’s médicos de ambulatório
89 Acessibilidade
89 Lista de espera cirúrgica;
89 Serviço de Urgência
91 Meios complementares de diagnóstico
91 Realizados no Hospital de Faro;
91 Realizados no exterior
92 Outras atividades
92 Gabinete do Utente/Sim – Cidadão;
94 Serviço de Auditoria Interna;
95 Gabinete de Comunicação
Capítulo 6
97 Análise económico-financeira
100 Estrutura dos custos
102 Custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
104 Produtos farmacêuticos
107 Material consumo clínico
108 Fornecimento e serviços externos
110 Custos com pessoal
110 Estrutura dos proveitos
113 Análise financeira e patrimonial
116 Indicadores Económico Financeiros
Capítulo 7
119 Governo da sociedade
119 Missão, Objetivos e Politicas da Empresa
119 Missão; Visão; Valores
120 Regulamentos internos e externos a que a empresa está sujeita
121 Informação sobre as transações relevantes
121 Informação sobre outras transações
121 Procedimentos Adotados na Aquisição de Bens e Serviços;
121 Transações que não Ocorrem em Condições de Mercado
124 Funções e responsabilidades
124 Mandato 2011/2013
126 Remunerações dos membros dos órgãos sociais
126 Fiscal Único
126 Mandato II
127 Análise da sustentabilidade da empresa nos domínios económicos, social e ambiental
127 Estratégias Adotadas
127 Políticas prosseguidas com vista a garantir a eficiência económica, financeira social e ambiental
127 Sustentabilidade Económico-financeira;
128 Sustentabilidade Social
128 Sustentabilidade Ambiental
129 Resíduos Hospitalares perigosos e não perigosos
131 Grau de cumprimento de metas fixadas
131 Serviço público e satisfação das necessidades da coletividade
132 Viabilidade do cumprimento dos Princípios de Bom Governo (RCM n.º49/2007, de 28 de Março), devidamente fundamentada
133 Existência de código de ética
134 Informação sobre a existência de um sistema de controlo compatível com a dimensão e complexidade da empresa, de modo a proteger os investimentos e os seus ativos, o qual deve abarcar todos os riscos relevantes pela empresa
134 Identificação dos mecanismos adotados com vista à prevenção de conflitos de interesse (ponto 22 da RCM n.º49/2007, de 28 de Março)
Capítulo 8
137 Cumprimentos de Normas Legais
137 Cumprimentos dos Objetivos de Gestão (artigo 11º do Decreto Lei n.º 300/2007, de 23 de Agosto
137 Risco Financeiro (Despacho n.º 101/2009 – SETF, de 30 Janeiro e do cumprimento limites dos máximos de acréscimo de endividamento definidos para 2012 no despacho n.º 155/2011-MEF, de 28 de abril
139 Prazo Médio Pagamentos (PMP) – RCM 34/2008 de 22 de Fevereiro com alterações do Despacho nº 9870/2009, de 13 Abril
140 Deveres de informação – Despacho 14277/2008, de 23 de Maio
140 Cumprimento das recomendações emitidas pela aprovação do Relatório de Gestão e Contas de 2011
141 Remunerações
141 Fiscal único
141 Trabalhadores
144 Da aplicação do disposto no artigo 32º do Estatuto de Gestor Público (EGP), conforme republicado pelo Decreto-Lei n.º8/2012, de 18 de Janeiro, no que se refere, designadamente
144 Da contratação pública
145 Princípio da Igualdade do Género - Resolução do Conselho de Ministros n.º19/2012, de 23 de Fevereiro
145 Plano de redução de Custos
147 Princípio da unidade tesouraria do estado
147 Outras informações
Capítulo 9
151 Aplicação de resultados;
Anexos
189 Anexo ao balanço e à demonstração de resultados
207 Certificação Legal de Contas
213 Relatório e Parecer do Fiscal Único
217 Avaliação de Desempenho dos Gestores
Hospital de Faro, E.P.E.www.hdfaro.min-saude.pt
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 7
NOTA INTRODUTÓRIA
Em cumprimento do Decreto-Lei n.º 558/99 de 17 de dezembro, pela redação que lhe foi
dada pelo Decreto-Lei n.º 300/2007, de 23 de agosto, o Hospital de Faro, E.P.E, doravante
apenas designado por Hospital de Faro, apresenta para o período de 1 de janeiro a 31 de
dezembro de 2012, os seguintes documentos:
• Relatório de Gestão elaborado em conformidade, designadamente, com o disposto
no artigo 13º-A do Decreto-Lei acima identificado;
• Documentos de prestação de contas anuais;
• Relatório anual do órgão de fiscalização e a certificação legal de contas.
8
Com a ajuda de todos os profissionais deste hospital a
quem tudo se deve na sua sustentabilidade e perenidade
através dos anos, havemos de conseguir.”
Hoje ao apresentar o relatório de contas do exercício
de 2012, todo ele decorrido sob nossa responsabilidade,
pouco nos parece ser de acrescentar.
O Hospital de Faro cumpriu a sua missão produzindo
cuidados de saúde de qualidade conseguindo encerrar o
ano de uma forma financeiramente estável.
Foi possível cumprir a lei dos compromissos não acumulan-
do dívida. Pelo contrário, para além, das transferências extra-
ordinárias recebidas para pagamento de dívidas anteriores
a 31 de dezembro de 2011 foi possível, no nosso exercício,
retirar cerca de 5,9 milhões de euros com idêntico objetivo.
Foi neste exercício que se assistiu à reorganização dos
espaços do hospital, para além da reorganização estru-
tural produzindo um novo regulamento interno. Foi o
ano em que se aumentou o número de camas, fixando-
MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
No relatório de contas respeitante a 2011 inserimos,
como era nossa obrigação, o seguinte:
“O atual Conselho de Administração tomou posse dois dias
apenas antes de terminar o ano de 2011. Assim o relatório
de contas que se apresenta traduz a ação empenhada dos
que nos antecederam.
Incumbidos agora de gerir os destinos do Hospital de Faro
nos próximos três anos cabe-nos em tempos de inevitável
turbulência económica assegurar a missão desta impor-
tante unidade do nosso Serviço Nacional de Saúde.
Como todos os que nos antecederam daremos o nosso me-
lhor não esquecendo que ao hospital público cabe garantir
a segurança de quem vive em permanência ou transitoria-
mente na região do algarve. Para tal é necessário expandir os
seus quadros, garantir que trabalhar nesta instituição seja um
projeto para a vida, qualquer que seja a carreira profissional.
Recuperar, renovar, sedimentar os valores do hospital pú-
blico, fixar e atrair quadros jovens; Este, o desafio que a
conjuntura económica torna ainda mais árduo.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 9
se este, agora em 583 o que permitiu criar um novo ser-
viço de Medicina, alojar com dignidade os serviços de
Neurologia, Oncologia e Pneumologia.
Foi o ano em que se retiraram definitivamente todas as
camas dos corredores e em que se alargou o espaço do
Serviço de Urgência que igualmente a partir de agora não
contará com doentes internados em macas nos corredores.
O cumprimento dos indicadores e objetivos da institui-
ção, nomeadamente, na área financeira onde se deram
passos significativos para se atingir a meta definida pelo
ministério, um EBIDTA positivo (um indicador atingido
antes da especialização do subsídio de férias).
Apesar de em 2012 termos sido autorizados a contratar
médicos, enfermeiros, assistentes operacionais, farmacêu-
ticos e técnicos de diagnóstico e de terapêutica, ainda são
gritantes as carências de recursos humanos tanto mais,
quando se nos exige a responsabilidade pela Unidade de
Convalescença de Loulé e os Serviços de Urgência Básica
de Vila Real de Santo António, Loulé e Albufeira.
As restrições financeiras que no futuro se irão sentir, ain-
da com maior gravidade, conflituarão com a necessidade
de reorganizar áreas centrais do hospital como os blocos
operatórios e as unidades de intervenção na área da car-
diologia e neurorradiologia, bem como, equipar a nova sala
de trauma e renovar o parque de equipamento obsoleto.
Continuamos a contar com todos os trabalhadores deste
hospital para que em cada minuto do seu trabalho diário
adotem uma cultura de poupança e de discriminação do
que é desejável, supérfluo ou imprescindível – única for-
ma de conseguirmos garantir a nossa missão assistencial.
O Conselho de Administração assume-se, mais uma vez,
como um facilitador e dinamizador sabendo que todos,
em conjunto, conseguiremos garantir à população que
servimos os seus direitos.
10
Capítulo 1Hospital de Faro, e.p.e.
O Hospital de Faro
Dotado de todas as valências básicas e complementares
que permitem ajustar a sua classificação ao nível II de
diferenciação da Carta Hospitalar, o Hospital de Faro é
um hospital público instituído, organizado e administra-
do a pensar na população e na prestação de cuidados
diferenciados a doentes agudos.
Missão
O Hospital de Faro pretende caracterizar-se como hos-
pital central de referência no SNS e na região, com fun-
ções diferenciadas na prestação de cuidados de saúde,
na formação pré e pós-graduada e contínua, sustentadas
na permanente atualização do conhecimento científico e
técnico dos seus profissionais.
Caracterizar-se como garantia na segurança em saúde
de todos os que habitam ou visitam a região do algarve
e a sua área de influência.
Visão
O Hospital de Faro pretende consolidar-se como unida-
de de excelência no sistema de saúde, com competência,
saber e experiência, dotada dos mais avançados recursos
técnicos e terapêuticos, vocacionada para a garantia da
equidade e universalidade do acesso e de assistência, com
vista à elevada satisfação dos doentes e dos profissionais.
Valores
• Focalização total e geral no doente
• Respeito pela dignidade humana, pela diversidade
cultural e direitos do doente
• Universalidade e equidade no acesso aos cuidados
de saúde
• Elevados padrões de humanização, qualidade e
competência técnica dos serviços prestados
• Eficácia e eficiência na utilização dos recursos
• Garantia de integridade, confidencialidade,
privacidade e cordialidade
• Responsabilidade social e ambiental
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 11
Construído para substituir o antigo Hospital da Santa
Casa da Misericórdia, o Hospital de Faro iniciou a sua ati-
vidade a 4 de dezembro de 1979, após publicação do seu
quadro orgânico de pessoal.
Ao longo dos anos, muitas foram as adaptações de estru-
tura e de organização que sofreu, permitindo dessa forma
melhorar e alterar a sua capacidade de resposta assisten-
cial, com acréscimo significativo dos níveis de complexida-
de, diferenciação técnica e de especialização dos serviços.
Foi requalificado por Despacho de Sua Excelência o Se-
nhor Secretário de Estado da Saúde, de 22 de janeiro de
2008, como Hospital Central.
Posteriormente, através do Decreto-Lei nº 180/2008, de
26 de Agosto, o Hospital de Faro foi transformado em
entidade pública empresarial (E.P.E.), enquadrando-se
nos estatutos aprovados pelo Decreto-Lei n.º 233/2005,
de 29 de dezembro.
Dispõe atualmente, de acordo com o seu estatuto, de um
amplo leque de oferta de serviços, dos quais se destacam:
• Serviço de Urgência Polivalente que engloba a Urgência Geral, a Urgência de Ginecologia e Obstetrícia e a Urgência Pediátrica;
• Internamento organizado porespecialidades clínicas, em conformidade com as normas definidas pelas redes de referenciação hospitalar;
• Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátricos, de Cuidados Intermédios e Intensivos Polivalentes bem como de uma unidade dedicada à prestação de Cuidados Intensivos Coronários;
• Modernas unidades de eletrofisiologia e hemodinâmica e uma unidade de acidentes vasculares cerebrais (AVC) para o tratamento das doenças cardiovasculares;
• Área centralizada de Consultas Externas e uma moderna Unidade de Cirurgia de Ambulatório, ambas localizadas em edifício autónomo, em cujo topo se situa o heliporto, a funcionar desde 2004.
No início do ano de 2007, através da celebração de pro-
tocolo com a ARS - Algarve, o Hospital de Faro assumiu,
no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados
Integrados RNCCI, a gestão de uma Unidade de Conva-
lescença, sedeada em Loulé, a 20 quilómetros de Faro.
Em 2011, a ARS Algarve e o Hospital de Faro, foi celebrado
um acordo, tendo como objetivo a deslocalização da Uni-
dade de Convalescença de Loulé para o 4º do edifíco das
Consultas Externas, a partir do dia 30 de Janeiro de 2012.
No entanto, concluiu-se não ser vocação do hospital público
gerir uma Unidade de Convalescença com as especificações
determinadas pela Rede Nacional de Cuidados Continuados,
e a ARS Algarve opta pela não renovação do acordo, após o
término da sua vigência (31 de agosto de 2012).
O Hospital de Faro apresentou disponibilidade para rea-
brir a Unidade de Convalescença de Loulé, em termos si-
milares ao anterior acordo, prevendo-se a sua reabertura
no início do 2º trimestre de 2013.
Evolução histórica
12
3
1
5
4
2
Enquadramento do Hospital de Faro
O Hospital de Faro, localizado na cidade de Faro pres-
ta assistência direta à população do sotavento algarvio
abrangendo os concelhos de Albufeira, Alcoutim, Castro
Marim, Faro, Loulé, Olhão, São Brás de Alportel, Tavira e
Vila Real de Santo António.
O Hospital de Faro é também o centro de referência para
toda a região do algarve, abrangendo, de acordo com
os dados provisórios dos censos 2011, uma população
residente de cerca de 450.000 habitantes, número que
pode triplicar, na época alta do turismo.
O grupo de hospitais públicos da região do algarve é
composto pelo Hospital de Faro, e pelo Centro Hospita-
lar do Barlavento Algarvio (CHBA, E.P.E.), sendo que este
último agrupa o antigo Hospital Distrital de Lagos (HDL)
e o Hospital do Barlavento Algarvio (HBA).
No início de 2007, em regime de parceria público-priva-
da, entrou em funcionamento o Centro de Medicina Físi-
ca e Reabilitação do Sul (Hospital especializado do SNS),
situado no município de São Brás de Alportel, que dispõe
de 54 camas de internamento
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 13
7
11
9
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13
8
6
12
10 16
14
BARLAVENTO SOTAVENTO
1 Aljezur 8 Albufeira
2 Vila do Bispo 9 Loulé
3 Lagos 10 São Brás de Alportel
4 Monchique 11 Faro
5 Portimão 12 Olhão
6 Silves 13 Tavira
7 Lagoa 14 Alcoutim
15 Castro Marim
16 Vila Real de Santo António
14
Breve análise conjuntural
Dada a atual conjuntura económico-financeira que o país
atravessa, o exercício de 2012 foi marcado pela conten-
ção na despesa pública, que se traduziu na definição e
adoção de medidas orçamentais restritivas.
A publicação da Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro, e do
decreto-lei nº 127/2012 de 21 de junho, a designada Lei
dos Compromissos, vêm colocar um conjunto de novos
desafios à gestão hospitalar, que mudaram radicalmente
os conceitos normalmente utilizados para a concretiza-
ção das estratégias definidas, impossibilitando a realiza-
ção de orçamentos deficitários, ou seja a realização de
despesa com valores além da receita efetiva da institui-
ção, conduzindo a um acréscimos de endividamento e
o consequente atraso no pagamento aos fornecedores.
Independentemente dos defeitos e virtudes da Lei dos
Compromissos, é hoje claro que algo teria de ser feito
para travar o aumento do défice nas contas públicas.
Também a transferência para o SNS da responsabilidade
financeira relativa aos cuidados de saúde prestados pelos
estabelecimentos do SNS aos beneficiários dos subsistemas
públicos de saúde, nos termos do acordo celebrado entre
os Ministérios das Finanças e o da Saúde, veio influenciar
negativamente o equilíbrio financeiro desta instituição.
Este pacote legislativo surge devido a anos de sobre or-
çamentação que levaram a um sobre-endividamento no
Estado, como um todo.
Importa mencionar que, as dificuldades ao pleno funcio-
namento de verdadeiros serviços partilhados do Ministé-
rio da Saúde, ágeis na resposta às necessidades dos orga-
nismos do SNS, ainda não produziram as economias de
escala desejáveis, ou seja, não contribuíram de forma ativa
para o melhor funcionamento do hospital, nem contribuí-
ram de forma expressiva para a redução da despesa.
Em contrapartida, não podemos deixar de enaltecer os
esforços desenvolvidos diretamente pelo Ministério da
Saúde, através da ACSS para obtenção de ganhos finan-
ceiros através de:
• Negociação da dívida vencida de fornecedores,
sendo que sua regularização gerou descontos
financeiros;
• Elaboração do acordo APIFARMA, através do qual,
com base no volume de compras de medicamentos
realizado pelas entidades do SNS, o fornecedor
terá que emitir uma Nota de Crédito. Este acordo,
celebrado entre a APIFARMA, o Ministério da
Saúde, o Ministério das Finanças e o Ministério da
Economia e Emprego, tem como objetivo contribuir
para a sustentabilidade do Serviço Nacional de
Saúde e garantir o acesso ao medicamento.
Como resultado das adversidades orçamentais, sobres-
saem algumas limitações ao exercício das competências,
que legalmente estão atribuídas à gestão, com a prolife-
ração de normas legais impositivas da obtenção de pa-
receres prévios vinculativos à prática de atos de gestão
corrente, criando-se assim um ambiente administrativo
mais burocrático.
Em síntese, a envolvente externa, em 2012, foi um fator
limitativo ao desenvolvimento de algumas das atividades
e investimentos.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 15
Caraterização da região do algarve
O algarve é a principal região turística do país, sendo que
internacionalmente é conhecido como destino de férias,
pelas suas praias e sol.
Segundo o website Turismo de Portugal, em 2011 o al-
garve registou, a nível nacional, o maior número de dor-
midas de estrangeiros (10,2 milhões), que se traduziram
no aumento absoluto mais acentuado (+9%, ou seja,
+815 mil dormidas que em 2010).
Ainda segundo a mesma fonte, o algarve foi também para
o mercado interno, a região que se posicionou em 1º lu-
gar, com 3,8 milhões de dormidas, embora com um de-
créscimo absoluto de 19 mil dormidas (-0,5%), face a 2010.
Indicadores demográficos
Segundo os censos 2011, a população residente no al-
garve era de 450.993 habitantes, o que significa um
aumento de cerca de 14% na última década, tendo, no
entanto, havido um crescimento demográfico inferior ao
verificado nos últimos dez anos, que foi de 15,76%, cor-
respondendo a (395.218 habitantes).
A estrutura demográfica da região apresenta uma com-
ponente jovem que ronda os 26% (0-24 anos), enquanto a
população idosa (+de 65 anos) representa 19% do total em
2010, ou seja, um p.p. acima da média nacional (gráfico 1).
O aumento da população na região deve-se essencial-
mente ao saldo positivo dos movimentos migratórios e
também pelo aumento da natalidade decorrente da fixa-
ção de uma população migrante jovem.
De acordo com os dados estatísticos dos hospitais da
regionais, em 2011 nasceram no algarve 4.386 crianças
(menos 386 do que em 2010), das quais 1.042 são filhas
de mãe estrangeira.
Estes valores colocam o algarve como uma das regiões
portuguesas com maior natalidade, confirmando a cres-
cente importância da população migrante e na sua contri-
buição para o rejuvenescimento da população na região.
Apesar do decréscimo de nascimentos, ainda permitiu à
região apresentar um saldo natural positivo, conforme se
observa na tabela 1.
Gráfico 1 Percentagem populacional do algarve.
0-14
2010
2009
2008
15-25 25-65 +65
16
Indicadores de saúde
Destacamos neste item, alguns indicadores de saúde que con-
textualizam sucintamente a região do algarve (ver tabela 2).
No que se refere aos índices de médicos/1000 habitantes
e de enfermeiros/1000 habitantes, os últimos dados dis-
poníveis mostram que o algarve apresenta indicadores
desfavoráveis, quando comparado com o restante país.
Esta escassez de recursos humanos, que se tem vindo
a acentuar nos últimos anos, principalmente no que
respeita ao grupo de pessoal médico, constitui um dos
principais constrangimentos à consolidação da reforma
dos CSP e à melhoria da acessibilidade dos cidadãos à
prestação de cuidados de saúde especializados.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 17
Contexto Demográfico e Social em 2011 Algarve Portugal
Acréscimo populacional 3.620,0 -734,0
Saldo migratório 3.270,0 3.815,0
Taxa de crescimento efetivo (%) 0,83 -0,01
Taxa de crescimento migratório (%) 0,75 0,04
Índice de dependência total 54,0 49,9
Índice de dependência de jovens 24,3 22,7
Índice de dependência de idosos 29,7 27,2
Taxa bruta de natalidade (por mil habitantes) 11,2 9,5
Índice sintético de fecundidade 1,7 1,4
Taxa bruta de mortalidade (por mil habitantes) 10,3 10,0
Taxa bruta de pré-escolarização 76,0 85,0
População estrangeira que solicitou estatuto legal de residente por 100 habitantes 1,5 0,5
Tabela 1 - Indicadores Demográficos
Fonte: INE, Estatísticas Demográficas 2010 (última publicação).
Indicadores Algarve Portugal
Esperança média de vida aos 65 anos 18,7 18,5
Médicos por 1000 habitantes 3,2 3,9
Enfermeiros por 1000 habitantes 5,1 5,9
Tx. incidência de casos notificados de doenças de declaração obrigatória (‰) 0,4 0,3
TMP: por 1000 000 habitantes 628,7 603,3
TMP: por doença do aparelho circulatório por 100 000 habitantes 163,7 174
TMP: por doenças isquémica do coração por 100 000 habitantes 42,7 41,5
TMP: por lesões autoprovocadas intencionalmente (suicídio) por 100 000 habitantes 11,5 7,8
TMP: por tumores malignos por 100 000 habitantes 156,8 155,9
TMP: por tumores maligno do cólon e reto por 100 000 habitantes 21,7 21,8
TMP: por tumores maligno da mama por 100 000 habitantes 22,9 20,2
TMP: por tumores maligno do colo e útero por 100 000 habitantes 6,4 3,7
TMP: por tuberculose por 100 000 habitantes 1,7 1,5
Tabela 2 - TMP de mortalidade padronizada
Fonte: INE, Estatísticas Demográficas 2010 (última publicação).
18
Por despacho conjunto nº 17422/2011 proferido pelos Ministros das Finanças e da Saúde, pu-
blicado em D.R. 2ª série nº 248 de 28.12.2011, foram designados para integrar o órgão de ad-
ministração os seguintes elementos, que iniciaram funções no dia 28 de dezembro de 2011:
• Presidente – Dr. Pedro Manuel Mendes Henriques Nunes
• Vogal Executivo – Dr. Luis Miguel da Costa e Cunha Martins
• Vogal Executivo – Dr.ª Graça Maria Palma Pereira
• Diretor Clínico – Dr. Jorge Manuel Domingues Salvador
• Enfermeiro Diretor – Enf.º José Fernando Vieira dos Santos
Fazendo parte dos Órgãos Sociais, o Fiscal Único é o responsável pelo controlo da legali-
dade, da regularidade e da boa gestão financeira e patrimonial da Instituição.
Nomeado pelo Despacho nº 351/2012, de 22 março do Ministério das Finanças, e consti-
tuído por um Fiscal Único efetivo e um suplente, abaixo designados:
• Sociedade Grant Thornton & Associados, SROC - Efetivo
• Sociedade Alves da Cunha, A. Dias & Associados, SROC - Suplente
Os Órgãos Sociais atrás mencionados, constituem-se como garantia da existência de condições
imprescindíveis à efetiva segregação das funções de administração, execução e de fiscalização.
Nos termos do art.º 17 dos Estatutos dos Hospitais EPE aprovado pelo Decreto-Lei
233/2005 de 29 de dezembro, o Hospital de Faro contou ainda com um auditor interno,
designado pelo Conselho de Administração.
Órgãos sociais
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 19
Modelo organizativo de 2012
O país vive uma grave crise económico-financeira com
particular incidência nos meios disponibilizados às en-
tidades públicas prestadoras de serviços, entre as quais
as de saúde.
Neste contexto, as administrações dos hospitais têm res-
ponsabilidades específicas em garantir uma organização
eficiente que maximize a utilização dos bens públicos e
que garanta aos portugueses, mesmo no período difícil
que se vive, os cuidados de saúde a que têm direito e
as condições técnicas e éticas da sua prestação que não
podem ser beliscadas pelas carências financeiras.
Foi entendimento do Conselho de Administração do
Hospital de Faro, tendo em vista a melhoria contínua dos
cuidados prestados pelo hospital, a sua cada vez maior
eficiência e a assunção das suas responsabilidades en-
quanto hospital central e de referência para toda a re-
gião do algarve, proceder à reorganização interna nos
termos que a seguir se definem.
A unidade sistémica da organização do hospital é o
serviço clinico que constitui por tal facto um centro de
responsabilidade.
Cada serviço clínico é dirigido por um director de servi-
ço, nos termos da lei, responsável por toda a atividade
do serviço, por um enfermeiro chefe com as atribuições
que a lei igualmente lhe confere e, quando for o caso,
por um técnico superior de tecnologias de saúde.
A cada serviço clínico foi adstrito um técnico superior
com experiência na área económica, financeira e de ges-
tão que presta a assessoria necessária à tomada de de-
cisões judiciosa.
Foram criadas estruturas de coordenação entre serviços
(departamentos), com necessidades ou problemáticas
afins, que promovem a otimização da sua partilha no in-
teresse comum, e uma estrutura vertical de organização
e direção de toda a área de urgência.
Cada departamento é coordenado por um director de
departamento escolhido de entre médicos com currículo
adequado e referência dos seus pares nas respetivas áreas.
Igualmente cada departamento contará com um enfer-
meiro supervisor ou enfermeiro chefe e um administra-
dor hospitalar da respetiva carreira.
Assim, com a designação de departamento, foram cria-
dos os seguintes:
Departamento de
Emergência, Urgência e
Cuidados Intensivos
Integra os anteriormente denominados:
• Serviço de Urgência Geral
• Unidade de AVC
• Unidade de Cuidados Intermédios do Serviço de Urgência
• Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente
20
Departamento de Medicina
Coordena os serviços da área médica, sendo particular-
mente responsável pelo fluxo de doentes no hospital,
garantindo, enquanto internados ou em convalescença,
o seu correto acompanhamento clínico.
Integram este departamento os serviços de:
• Medicina I
• Medicina II
• Medicina III
• Cardiologia
• Dermatologia
• Gastroenterologia
• Nefrologia
• Neurologia
• Oncologia
• Pneumologia
Departamento de Cirurgia
Coordena os serviços da área cirúrgica, sendo responsável
pela utilização dos Blocos Operatórios, maximização da
atividade em cirurgia de ambulatório e a utilização judi-
ciosa de meios. Tal coordenação será realizada em per-
manente articulação com a direção do serviço de Anes-
tesiologia.
Integram este departamento os serviços:
• Cirurgia I
• Cirurgia II
• Cirurgia Plástica
• Estomatologia
• Ginecologia
• Neurocirurgia
• Oftalmologia
• Ortopedia I
• Ortopedia II
• Otorrinolaringologia
• Urologia
Departamento
Materno-Infantil
Coordena os serviços e unidades que asseguram a qua-
lidade da assistência à mulher enquanto mãe e à criança
nas mais variadas idades, do nascimento aos 18 anos,
nomeadamente os serviços de Pediatria e Obstetrícia.
Integram este departamento os serviços:
• Pediatria
• Obstetrícia
Serviços não
departamentalizados
Foram ainda identificados um conjunto de serviços clíni-
cos que, pela sua especificidade não carecem de coorde-
nação departamental, contudo interagindo com vários
serviços integrados em departamentos.
Tais serviços, designados serviços não departamentali-
zados são:
• Anatomia Patológica
• Anestesiologia
• Imagiologia
• Imuno-hemoterapia
• Medicina Física e Reabilitação
• Patologia Clínica
• Psiquiatria e Saúde Mental
• Saúde Ocupacional
Um hospital moderno, apesar da sua missão ser essen-
cialmente a prestação de serviços clínicos à população
que serve é, por si mesmo, um centro de formação e
promoção do conhecimento, uma organização complexa
que gere avultados meios humanos e financeiros pro-
curando otimizá-los em torno da sua função primordial,
bem como um interventor social relevante no contexto
da região em que se insere já que, como muitas vezes
acontece, e Faro não é exceção, se constitui como o
maior empregador da região.
Neste contexto o Conselho de Administração criou o
Serviço de Controlo de Gestão, Auditoria, Codificação e
Gestão de Inscritos para Cirurgia.
Assim, o hospital foi organizado em conjuntos de servi-
ços de apoio à clínica que ora se identificam:
• Serviço de Aprovisionamento e Logística
• Serviços Hoteleiros
• Centro de Formação, Investigação e Conhecimento
• Divisão de Gestão de Recursos Humanos
• Gabinete de Estatística
• Gabinete de Informática
• Gabinete Jurídico e Contencioso
• Serviço de Dietética
• Serviços Farmacêuticos
• Serviços Financeiros
• Serviço de Gestão Documental
• Serviços Gerais
• Serviço de Instalações e Equipamentos
• Serviço de Psicologia
• Serviços Religiosos
• Serviço Social / Gabinete do Utente
Departamento de Relações
Exteriores e Apoio aos
Utentes
Por decisão do Conselho de Administração foi também
criado o Departamento de Relações Exteriores e Apoio
aos Utentes do Hospital de Faro que integra:
• Gabinete de Comunicação;
• Gabinete Sim – Cidadão e;
• Gabinete de Apoio e Informação do
Serviço de Urgência.
Na tomada de decisão da criação de departamentos foram
tidos como princípios orientadores a maior eficácia e efici-
ência orientadas primariamente para o interesse dos do-
entes e utentes do Hospital de Faro, o estabelecimento de
sólidas hierarquias funcionais baseadas em competências
adquiridas e demonstradas pela trajetória profissional.
Cada serviço, em plena autonomia técnica, procura coor-
denar os espaços e plataformas técnicas de uso comum.
Cada departamento é assessorado por técnicos da área
financeira coordenado por administradores hospitalares,
onde o objetivo principal é a otimização da utilização
dos recursos de que dispõem, quer sejam financeiros,
humanos ou físicos.
Estas estruturas de coordenação reportam diretamente
ao Conselho de Administração tendo o encargo de per-
mitir um fluxo de informação que permita apoiar uma
gestão harmónica do Hospital de Faro e a tomada rápida
de decisões necessárias ao seu bom funcionamento.
Deste modo, o Hospital de Faro desenvolveu um modelo
de gestão alicerçado em grandes áreas departamentais,
os quais incorporam de forma gradual novas modalida-
des de coordenação e estratégias de gestão, assentes
nos seguintes princípios:
• Desenvolvimento de uma gestão orientada para
resultados;
• Integração de uma gestão para os processos e
utentes, assente em critérios de qualidade, eficiên-
cia e cooperação;
• Corresponsabilização dos profissionais;
• Trabalho multidisciplinar e em equipa, promotora
da motivação e empenho dos colaboradores;
• Partindo do modelo organizacional descrito no or-
ganograma apresentado na página seguinte, a in-
corporação destes novos conceitos de gestão clínica
continuou a ser implementada de forma progressiva,
de maneira que a sua adoção não provocasse rutu-
ras ou efeitos não desejados para a organização.
22
Estrutura orgânica
Conselho de Administração Conselho Consultivo
Departamento de Cirurgia
Serviço de Cirurgia geral 1
Serviço de Cirurgia geral 2
Serviço de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva
Serviço de Estomatologia
Serviço de Ginecologia
Serviço de Neurocirurgia
Serviço de Oftalmologia
Serviço de Ortopedia 1
Serviço de Ortopedia 2
Serviço de Otorrinolaringologia
Serviço de Urologia
Departamento de Emergência, Urgência e Cuidados Intensivos
Serviço Urgência Geral
Unidade de AVC
Serviço de Medicina Intensiva
Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER)
Sala de Reanimação (Diretos)
Unidade de Trauma (a criar)
Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente (UCIP)
Unidade de Cuidados Intermédios do Serviço de Urgência (UCISU)
Equipa de Emergência Médica Intra-hospitalar (EEMI) (a criar)
Departamento Materno-Infantil
Serviço de Obstetrícia
Serviço de Pediatria
Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátricos.
Departamento de Medicina
Serviço de Cardiologia
Unidade de Cuidados Intensivos Coronários
Unidade de Reabilitação Cardíaca
Unidade de Hemodinâmica e Cardiologia de Intervenção
Serviço de Dermatologia
Serviço de Gastrenterologia
Serviço de Infeciologia
Serviço de Medicina 1
Unidade de Diabetologia
Unidade de Imunodeficiência
Unidade de Imunoalergologia
Serviço de Medicina 2
Unidade de Reumatologia
Serviço de Medicina 3
Unidade de Imunodeficiência
Serviço de Nefrologia
Serviço de Neurologia
Serviço de Oncologia
Unidade de Hematologia Clínica
Serviço de Pneumologia
Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental
Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência
Serviço de Anatomia Patológica
Serviço de Anestesiologia
Serviço de Imunohemoterapia
Serviço de Medicina Física e de Reabilitação
Serviço de Patologia Clínica
Serviço de Radiologia
Serviço de Cuidados Paliativos
depa
rtam
enta
lizad
os
não
depa
rtam
enta
lizad
os
Serviços Clínicos
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 23
Serviços de apoio à prestação
de cuidados de saúde
Núcleo de Transportes
Serviço de Assistência Espiritual e Religiosa
Serviço de Esterilização
Serviços Farmacêuticos
Serviço de Nutrição
Serviço de Psicologia
Serviços Logísticos de Cirurgia (blocos operatórios)
Serviço Social e Gabinete do Utente
Serviços e gabinetes de apoio à gestão e logística geral
Centro de Formação, Investigação e Desenvolvimento
Departamento de Relações Exteriores e Apoio aos Utentes
Gabinete da Qualidade
Serviço de Aprovisionamento
Serviço de Auditoria
Serviço de Codificação e Gestão de Inscritos para Cirurgia
Serviço de Contencioso
Serviços Gerais e Ambiente
Serviços Hoteleiros
Serviço de Gestão de Doentes
Serviço de Gestão de Recursos Humanos
Serviço de Gestão Documental
Serviço de Gestão Financeira
Serviço de Gestão do Sistema de Faturação
Serviço de Informática
Serviço de Instalações e Equipamentos
Serviços Jurídicos e Assessoria Legal
Serviço de Saúde Ocupacional
1. Comissões Técnicas
Comissão de Morte Cerebral
Comissão de Antimicrobianos
Comissão de Controlo da Infecção Hospitalar
Comissão de Coordenação Oncológica
Comissão de Ética
Comissão de Farmácia e Terapêutica
Comissão de Feridas
Equipa de Gestão de Altas
Grupo de trabalho para Implementação do Sistema de Gestão do Risco Clínico
Comissão Técnica de Certificação da Interrupção Voluntária da Gravidez
Grupo de Nutrição Clínica
Conselho Técnico de Diagnóstico e Terapêutica
2. Órgãos Consultivos
Conselho Consultivo Geral
Conselhos Consultivos Sectoriais
Departamento de Medicina
Departamento de Cirurgia
Departamento Materno/Infantil
Departamento de Emergência, Urgência e
Cuidados Intensivos
Serviços de Apoio Comissões Técnicas e Órgãos Consultivos
24
Da concorrência à
colaboração: Centro
Hospitalar do Barlavento
Algarvio (CHBA).
Durante o ano de 2012 foram realizados protocolos de
aquisições conjuntas entre o Hospital de Faro e o CHBA,
nomeadamente na área do medicamento, com vista
à obtenção de economias de escala, o que se traduziu
numa elevada redução de custos.
Protocolo do Hospital de
Faro com o IPO Coimbra/
Radioterapia.
Iniciou-se em 01 de julho o protocolo com o IPO Coim-
bra, que permite ao Hospital de Faro contar com um es-
pecialista de Radioterapia a participar nas reuniões de
decisão clínica.
Protocolo entre o Hospital
de Faro e Ordem dos
Enfermeiros no âmbito do
“Programa Padrões de
Qualidade dos Cuidados de
Enfermagem”.
Com o objetivo de contribuir para a excelência dos cui-
dados de enfermagem foi celebrado em outubro de
2011, o Protocolo de Adesão ao Programa Nacional de
implementação dos Padrões de Qualidade dos Cuidados
de Enfermagem, definidos pela Ordem dos Enfermeiros.
O referido protocolo prevê o desenvolvimento de ações
de promoção, disseminação, implementação e avaliação
de programas de melhoria contínua da qualidade do
exercício profissional e dos cuidados de enfermagem.
Uma vez concluída a fase formativa, os profissionais
identificam as áreas que pretendem melhorar, tendo
como referência os Padrões de Qualidade dos Cuidados
de Enfermagem, definidos pela Ordem dos Enfermeiros.
Posteriormente, seguir-se-á a definição e implemen-
tação do programa de melhoria da qualidade, com os
respetivos indicadores.
Compromisso de colaboração
entre o Hospital de Faro, EPE
e Escola Superior de Saúde
da Universidade do Algarve,
para o funcionamento de
cursos de pós-graduação e
mestrados, em enfermagem.
Deste compromisso, a desenvolver em sede de poste-
rior celebração de Acordo Específico, resultará a par-
ticipação futura nas áreas de docência e realização
Cooperação com entidades externas
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 25
de estágios do Hospital de Faro no “Erasmus Mun-
dus Master in Emergency and Critical Care Nursing”.
Foi dada continuidade à parceria celebrada em 2010
com Secção Regional do Sul da Ordem dos Enfermeiros,
tendo como objetivo a realização de cursos em Suporte
Básico de Vida Pediátrico dirigidos a pais de crianças até
aos oito anos de idade.
Na sequência do sucesso registado na edição de 2010, o
Hospital de Faro e a Secção Regional Sul da Ordem dos
Enfermeiros deram continuidade à iniciativa, alargando
desta vez, o seu âmbito a professores, educadores e ou-
tros cuidadores de crianças desta vez sob o lema “Pe-
quenos gestos salvam Vidas!”
Protocolo celebrado com a
Direcção-Geral da Saúde
para prestação de serviços
no âmbito da certificação/
acreditação de Unidades de
Gestão Clínica.
No seguimento do estabelecido no 2º semestre de 2011,
foi dada continuidade ao desenvolvimento de iniciativas
conducentes à acreditação de alguns dos serviços clíni-
cos, sob a orientação técnica da DGS.
Os serviços alvo da são da área materno infantil, nomea-
damente Pediatria, Obstetrícia e Ginecologia.
Manutenção do protocolo
de colaboração entre
o Hospital de Faro e a
Universidade do Algarve
no domínio do apoio ao
funcionamento do novo
curso de Medicina.
Ao longo do ano, manteve-se e fortaleceu-se a parceria
referida, promovendo a colaboração e articulação entre
as duas instituições, por forma a garantir os elevados pa-
drões de qualidade e rigor necessários à prossecução dos
objetivos definidos, tendo o Hospital de Faro recebido
como alunos estagiários os estudantes do citado curso.
Para além disso foi também substancialmente reforçado
em ações de docência o contributo dos clínicos hospita-
lares com a universidade.
26
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 27
Capítulo 2Recursos Humanos
Evolução/distribuição dos recursos humanos por grupos profissionais
Em 31 de dezembro de 2012, o Hospital de Faro empre-
gava um total de 2.443 trabalhadores, repartidos por
24% de homens e 76% de mulheres.
Quanto à repartição por grupo profissional, constatámos
que é no grupo profissional de enfermagem que se con-
centra o maior número de efetivos (816), seguindo-se os
assistentes operacionais (608), pessoal da carreira médi-
ca (424), assistentes técnicos (275) e técnicos de diagnós-
tico e terapêutica (172). Os restantes grupos profissionais
reuniram, em conjunto, um total de 148 trabalhadores.
Verifica-se um acréscimo de 49 efetivos, o que significa
um aumento de 1%, relativamente a 2011. Os grupos que
mais contribuíram para este aumento foram, o pessoal
de enfermagem (31), o pessoal médico (20) e os técnicos
superiores (10).
Verificou-se uma diminuição de 8 assistentes técnicos e 4
assistentes operacionais.
Durante o ano 2012 houve um total de 51.366 ausências.
Como podemos verificar na tabela 4, os tipos de ausên-
cia com maior destaque são, sem dúvida, as ausências
por doença (42%), seguindo-se as faltas por proteção na
parentalidade (33%).
Gráfico 2Percentagem de trabalhadores por género
Feminino 76% Masculino 24%
Gráfico 3Distribuição de recursos humanos por grupo profissional
Assistente operacional | 25% Assistente técnico | 11% Pessoal religioso | 0% Enfermeiros | 34% Informática | 1% Dirigentes | 0% Docentes | 0% Médicos | 17% Técnico de Diag. e Ter | 7% Técnico superior | 5%
28
Grupo profissional 2010 2011 2012
Dirigente 10 13 13
Médico 385 404 424
Técnicos superiores 1 108 107 117
Enfermeiros 794 785 816
Técnicos diagnóstico e terapêutica 168 172 172
Assistente técnico 269 283 275
Assistente operacional 597 612 608
Pessoal docente 2 1 1
Pessoal de informática 16 16 16
Pessoal religioso 1 1 1
Total 2350 2394 2443
Tabela 3 - Distribuição de recursos humanos por grupo profissional
1 Inclui pessoal técnico superior de saúde.
Motivo da ausência Nº de dias %
Acidente trabalho 1435 2,79
Assistência a familiares 2076 4,04
Casamento 591 1,15
Doença 21707 42,26
Falecimento familiar 597 1,16
Greve 1176 2,29
Injustificadas 324 0,63
Outras 6197 12,06
Proteção parentalidade 16943 32,98
Trabalhador estudante 320 0,62
Total 51366 100,00
Tabela 4 - Distribuição de ausências por motivo
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 29
Estrutura etária
Em termos de distribuição por faixas etárias, podemos
verificar que, no final de 2012, 1.843 trabalhadores se
encontravam entre os 20 e os 49 anos de idade, o que
representa 75,44% do total de efetivos. Os restantes 600
contam com mais de 50 anos, representando 24,56% do
total de trabalhadores.
A tabela 5 mostra que a maioria dos trabalhadores do Hospi-
tal de Faro têm idades compreendidas entre os 25 e 54 anos
e, que a média de idades no ano 2012 foi de 40,10 anos.
Distribuição de efetivos por tipo de vínculo
No Hospital de Faro, enquanto entidade pública empre-
sarial (E.P.E.), mais de 50% dos trabalhadores encontra-se
em Regime de Contrato em Funções Públicas, situação
essa que, com o decorrer dos anos irá sofrer alterações,
tendo em conta que as novas contratações, por força da
lei, têm que ser efetuadas em Regime de Contrato Indi-
vidual de Trabalho.
O Hospital de Faro, tem vindo a seguir uma política de
estabilização de Recursos Humanos, como se observa na
tabela 6, em 31 de dezembro de 2012 tinha apenas 184
trabalhadores em contrato a termo, o que corresponde a
7,53% (ver tabela 6)
Centro de Formação, Investigação e Conhecimento
A área da formação do Hospital de Faro, desenvolveu em
2012, à semelhança de anos anteriores, um plano de for-
mação abrangente que procurou sobretudo, responder
às necessidades expressas no diagnóstico de necessida-
des em áreas assistenciais estratégicas.
A metodologia utilizada na planificação e realização da for-
mação pretendeu garantir uma articulação estreita e flexí-
vel entre as referidas áreas e os profissionais, conjugando-
se as prioridades e disponibilidades dos setores envolvidos.
Da leitura da tabela 7, e como reflexo das fortes limi-
tações orçamentais, é nítida a redução dos recursos fi-
nanceiros alocados à formação profissional. Os encargos
apresentados são apenas, resultado dos custos indiretos
envolvidos com formandos e alguns consumíveis.
Habilitações literárias
No que diz respeito à distribuição por habilitações literá-
rias, conclui-se que 60.37% dos trabalhadores do Hospi-
tal de Faro têm o nível de Ensino Superior e que apenas
12,67% têm escolaridade inferior ao 9º Ano.
Para este facto contribuíram, em muito, os grupos de En-
fermagem, Médico, Técnico Superior e Técnico de Diag-
nóstico e Terapêutica, que pela especificidade da carrei-
ra, apenas podem ingressar indivíduos com formação ao
nível do ensino superior (ver tabela 8).
Segurança, higiene e saúde no trabalho
No ano 2012 foram registados 109 acidentes de trabalho,
correspondendo a uma perda de cerca de 1.279 dias de
trabalho, sendo que, desses, 520 dias referem-se a aci-
dentes ocorridos em anos anteriores.
Dos acidentes ocorridos durante o exercício em causa,
foram contabilizados 83 acidentes sem ocorrência de
baixa médica, 21 com menos de 30 dias de baixa médica
e 5 com mais de 30 dias de baixa médica (ver tabela 9).
30
Escalão Etário/Género Femi. Masc. Total % Acum.
Menos de 20 0 2 2 0,08 0,08
20 a 24 64 13 77 3,15 3,23
25 a 29 401 122 523 21,41 24,64
30a 34 251 82 333 13,63 38,27
35a 39 233 85 318 13,02 51,29
40 a 44 230 69 299 12,24 63,53
45 a 49 227 64 291 11,91 75,44
50 a 54 218 70 288 11,79 87,23
55 a 59 144 60 204 8,35 95,58
60 a 64 63 20 83 3,40 98,98
65 a 69 16 9 25 1,02 100,00
Total 1847 596 2443 100,00
Tabela 5 - Distribuição de efetivos por escalão etário e género
Vínculo Total %
Regime de contrato em funções públicas 1274 52,15
Contrato por tempo indeterminado 1085 44,41
Cedência de interesse público 10 0,41
Comissão de serviço pública 4 0,16
Contrato de trabalho a termo resolutivo Lei 59/2008 175 7,16
Regime de contrato no âmbito código trabalho 1164 47,65
Contrato individual trabalho Lei 7/2009, C/termo 184 7,53
Contrato individual trabalho Lei 7/2009, S/termo 980 40,11
Contrato de prestação de serviços 5 0,20
Total 2443 100,00
Tabela 6 - Distribuição de trabalhadores por vínculo.
Ano Custos diretos Custos Indiretos Total
2010 186.446.21 366.321.80 552.768.01
2011 97.404.43 279.321.19 376.725.72
2012 - 135.293.79 135.293.79
Tabela 7 - Custos com a formação
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 31
Habilitação Literária Total %
Menos de 4 anos escolaridade 25 1,02
4 anos escolaridade 158 6,47
6 anos escolaridade 129 5,28
9 anos escolaridade 262 10,72
11 anos escolaridade 80 3,27
12 anos escolaridade 314 12,85
Bacharelato 195 7,98
Licenciatura 1160 47,48
Mestrado 120 4,91
Total Geral 2443 100,00
Tabela 8 - Distribuição de efetivos por habilitação literária
No local de Trabalho
Acidentes de Trabalho Total < a 1 dia (sem dar
lugar a baixa)
1 a 3 dias baixa
4 a 30 dias de
baixa
> a 30 dias de baixa
Mortal
Nº total de acidentes ocorridos no ano de referência
M 18 – – – – –
F 80 – – – – –
Nº de acidentes com baixa ocorridos ano de referência
M 5 – 0 5 0 –
F 12 – 2 7 3 –
Nº de dias de trabalho perdidos por acidentes ocorridos no ano
M 62 – 0 62 0 –
F 293 – 4 115 178 –
Nº de dias de trabalho perdidos por acidentes corridos em anos interiores
M 0 – 0 0 0 –
F 512 – 0 512 0 –
In itinere
Nº total de acidentes ocorridos no ano de referência
M 0 – – – – –
F 11 – – – – –
Nº de acidentes com baixa ocorridos ano de referência
M 0 – 0 0 0 –
F 9 – 4 3 2 –
Nº de dias de trabalho perdidos por acidentes ocorridos no ano
M 0 – 0 0 0 –
F 403 – 5 87 311 –
Nº de dias de trabalho perdidos por acidentes ocorridos anos anteriores
M 0 – 0 0 0 –
F 0 – 0 0 0 –
Tabela 9 - Distribuição de acidentes de trabalho.
32
Análise da formação
Formandos
O alargamento do âmbito da formação a todos os gru-
pos profissionais é um dos objetivos prioritários do CFIC.
Ao analisar a participação dos diferentes grupos profis-
sionais em 2012 verifica-se que, fruto dos constrangi-
mentos orçamentais acima aludidos, o número de ações
de formação, realizadas em 2012 (34) ficou aquém dos
anos anteriores (145 em 2011 e 124 em 2010). O mesmo
se verifica em relação ao número de formandos (de 2.138
em 2011 e 2.029 em 2010 para 585 em 2012).
Do mesmo modo, no que se refere ao volume de horas
utilizadas na formação, os valores decresceram em re-
lação aos anos anteriores. Das 40.304h gastas em 2010,
passou-se para 21.487 horas em 2011 e no ano transato
obteve-se um volume de 7.101,5h.
A participação em atividades formativas repartiu-se pe-
los vários grupos profissionais, no entanto com maior
destaque para a enfermagem (49%), seguido do grupo
profissional dos assistentes operacionais (30%) e os mé-
dicos com (17%).
Quanto ao volume de horas formativas, destacam-se as
utilizadas pela enfermagem, pelos assistentes técnicos e
pelos médicos, com 42% (8.672,5 h), 17% (3.611,5 h), e
14% (3.000,5 h), respetivamente (ver tabela 10).
Áreas temáticas
No decurso do ano 2012 realizaram-se cerca de 30 ações
de formação, envolvendo 585 formandos (23,7% dos
2.465 profissionais).
As temáticas mais desenvolvidas em 2012 foram, es-
sencialmente, dirigidas a profissionais prestadores de
cuidados de saúde e prendem-se com a prestação e o
aperfeiçoamento.
A temática de “Controlo de Infeção Hospitalar (IACS) as-
sumiu um papel preponderante, à semelhança de anos
anteriores. Por se tratar de formação obrigatória será
destacada num ponto próprio.
Também com um número significativo de formandos, o
projeto formativo de “Prevenção das Úlceras de Pressão/
Feridas”, contou com a participação de 56 profissionais
que se traduziu num volume de formação de 1.176 horas.
Os resultados dos estudos de prevalência vindos a rea-
lizar no Hospital de Faro, aconselham a manutenção da
aposta nesta área de formação, por forma a melhorar
o indicador e consequentemente, aumentar a qualidade
dos cuidados de saúde prestados à população.
A área temática “Saúde Ocupacional” também se destaca
pelo número de ações realizadas (6) e pelo número de
formandos que envolveu (58). Contudo, o volume de ho-
ras de formação não é muito elevado (232) por se tratar
de módulos de curta duração.
A tabela 11 mostra a participação em atividades formati-
vas repartida pelos vários grupos profissionais, mais uma
vez com maior destaque para a enfermagem com cerca
de 49% (289), assistentes operacionais com 30% (173) e
médicos com 17% (100).
Quanto ao volume da formação, os valores mais rele-
vantes continuam a ser a enfermagem com 3.184 ho-
ras (45%), seguidos dos Assistentes Operacionais com
1.902,5 h, que corresponde a cerca de 27%. Logo de se-
guida surge a categoria profissional dos Médicos, com
cerca de 22% e um volume total de 1.568 h de formação.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 33
É importante referir que estes grupos profissionais constituem
também, os efetivos com maior número de ativos no Hospital.
A tabela 11 comprova o movimento associado à forma-
ção, nos âmbitos supramencionados.
A par das ações de formação identificadas na tabela fo-
ram igualmente realizadas outras de caráter mais trans-
versal, destinadas a todos os profissionais, mas com es-
pecial incidência sobre os profissionais da carreira ope-
racional e administrativa.
Grande parte das ações de formação foi realizada com
recurso a formadores internos, não havendo lugar a pa-
gamento de monitoria. Em 2012 não houve recurso a
financiamento do POPH pelo que toda a formação foi
suportada pelo Hospital de Faro, EPE.
Formação obrigatória
Conforme já mencionado, no ano de 2012 o Hospital de
Faro, E.P.E. realizou formação obrigatória na área da In-
feção Hospitalar.
Área de controlo de infeção
O ano em análise refletiu uma forte execução de ações
de formação na área da Prevenção e Controlo da Infeção
Associada aos Cuidados de Saúde (PIACS). Esta temática
integra os objetivos do Plano Nacional de Saúde e do
Programa Nacional de Prevenção das Infeções Associa-
das aos Cuidados de Saúde (IACS), constituindo-se como
elemento fundamental à abordagem de uma problemá-
tica, que é unanimemente considerada como geradora
de elevados custos e condicionante ao nível de qualida-
de na prestação de diversos serviços hospitalares.
Este projeto formativo visou desenvolver conhecimen-
tos no âmbito das Infeções Associadas aos Cuidados de
Saúde e, também, transmitir o conhecimento necessário
ao desenvolvimento dos procedimentos, com vista ao
cumprimento das recomendações da Comissão do Con-
trolo da Infeção, por parte dos profissionais envolvidos
na prestação de cuidados.
Neste âmbito, foram promovidas 12 ações abrangendo
um grupo de 252 profissionais: médicos, enfermeiros e
assistentes operacionais, o que se traduziu num volume
de formação de 2.520 horas.
Indicadores de formação
Como já anteriormente referido, o ano 2012 carateri-
zou-se, por uma diminuição da atividade formativa, re-
gistando-se, por esse motivo um decréscimo em todos
os indicadores (número total de ações, número total de
participantes e volume de formação).
Isso não significou uma menor valorização desta área,
mas antes a adoção de uma política que, não descuran-
do a sua importância, a procurou ajustar à atual situação
económico-financeira e à contenção orçamental em vigor.
Internato médico
O Hospital de Faro, devido ao elevado número de inter-
nos que acolhe anualmente, detém uma responsabilida-
de acrescida enquanto entidade responsável por propor-
cionar formação médica (cientifica, técnica e prática) de
qualidade às futuras gerações médicas. No exercício de
2012esta instituição recebeu 47 internos do ano comum
e 16 internos de especialidade, isto é, um total de 63 jo-
vens médicos.
Neste contexto, o CFIC e a Direção do Internato Médico
dedicaram especial atenção à formação dos internos, quer
dos médicos do ano comum quer das especialidades.
Assim, em simbiose com a atividade assistencial, no âm-
bito do internato médico da especialidade realizaram-se
de forma regular, 35 sessões de formação clínica com o
objetivo de, por um lado, garantir uma abordagem alar-
gada de temas, e por outro, criar uma dinâmica que per-
mita contribuir para a formação de todos os médicos,
incluindo os do internato do ano comum.
34
Grupo Profissional N.º de Formandos
% Género Volume de Formação
%
H M
Dirigente 2 0% 1 1 7 0%
Médico 100 17% 43 56 1568 22%
Ténico superior.de saúde 1 0% 0 1 31 0%
Técnico superior 5 1% 0 5 124 2%
Informática 0 0% 0 0 0 0%
Docente 0 0% 0 0 0 0%
Enfermagem 289 49% 54 235 3184 45%
Técn. Diag. e de Terapêutica 7 1% 3 4 75 1%
Assistente técnico 7 1% 0 7 206 3%
Assistente operacional 173 30% 18 155 1902,5 27%
Total 585 100% 120 464 7101,5h 100%
Tabela 10 - Formação desenvolvida por grupo profissional em 2012
Código Temática N.º deações
Horas de formação
N.º de formandos
Vol. de formação
Destinatários
720 Úlceras por Pressão e Feridas Crónicas 3 21 56 1176 Enfermeiros
720 Cuidados em Fim de Vida 2 16 40 640 Enfermeiros
720 Prevenção e Controlo de IACS 12 10 252 2520
Enfermeiros, Médicos e Assistentes Operacionais
720 Programa de Acolhimento em Saúde Ocupacional 6 4 58 232
Enfermeiros e Assistentes Operacionais
142 Mendeley - gestor Bibliográfico e de PDF 1 3 19 57 Todos os grupos
profissionais
Tabela 11 - Formação desenvolvida por grupo profissional em 2012
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 35
Unidade de investigação
A Investigação é um dos pilares estruturais do Centro de
Formação, Investigação e Conhecimento (CFIC) do Hos-
pital de Faro, E.P.E., pelo que foi formalmente instituída
em Janeiro de 2009, a Unidade de Investigação com os
seguintes objetivos:
• Contribuir para o desenvolvimento da
investigação na área da saúde;
• Fomentar a criação de uma cultura científica guiada
por objetivos e critérios de avaliação mensuráveis;
• Estimular a cooperação científica inter-instítucional
nacional e estrangeira;
• Identificar áreas prioritárias de investigação;
• Apoiar a acção dos investigadores;
• Recolher, organizar, divulgar e disponibilizar
informação necessária para fins de investigação,
docência, tutoria ou prestação de serviços, através de
meios próprios ou de recursos partilhados do CFIC.
Atividades
Durante o ano de 2012 foram apoiados vários projetos
de investigação científica e ensaios clínicos na área de
Anestesiologia, Cardiologia, Nefrologia, Oncologia, con-
forme tabela 12.
36
Serviço Responsável Promotor Resumo
Anestesiologia42160443PAI 2001
Janssen CilagEstudo Aleatorizado, em Dupla Ocultação, controlado por Placebo, Multicênctrico para Avaliar a Eficácia, Segurança e Tolerabilidade de JNJ-42160443 como terapêutica Adjuvante em Doentes com Dor Oncológica, Seguido de uma Fase de Extensão Aberto
CardiologiaImprov-IT
Shering Plough Farm
Estudo Multicêntrico, de Dupla Ocultação e com Distribuição Aleatória para Avaliar o Benefício Clínico e a Segurança de Inegy (Ezetimiba/Sinvastatina) vs. Sinvastatina em Monoterapia em Doentes de Alto Risco com Síndrome Coronário Agudo (“IMProved Reduction of Outcomes: Vytorin Efficacy International Trial – IMPROVE-IT”).
CardiologiaRIVAROXACS3001-Atlas
Janssen - Cilag Farmaceutica
Estudo Aleatorizado, em Dupla-Ocultação, Controlado por Placebo, Multicêntrico Conduzido pela Ocorrência de Eventos, para Avaliação da Eficácia e segurança do Rivaroxaban em Doentes com Síndroma Coronário Agudo Recente
CardiologiaSIGNIFY C13-16257-083
Servier
O propósito deste ensaio consiste em demonstrar que a ivabradina reduz os eventos cardiovasculares em doentes com doença arterial coronária estável sem insuficiência cardíaca sintomática. O objetivo principal consiste em demonstrar a superioridade da ivabradina sobre o placebo na redução da mortalidade cardiovascular ou do enfarte do miocárdio não fatal (parâmetro de avaliação final composto).
Cardiologia20050222RED -HFTrial
Amgen
Estudo multicêntrico , com dupla ocultação, aleatorizado, controlado por placebo para avaliar a eficácia e segurança do tratamento com Darbepoetina alfa na mortalidade e morbilidade em sujeitos com insuficiência cardíaca, com disfunção sistólica sintomática do ventrículo esquerdo e anemia.
CardiologiaCSPP100F2301ATMOSPHERE
Novartis Farma
O Objetivo deste estudo é avaliar o efeito de Aliscireno e a Terapêutica de associação Aliscireno/Enalapril (em comparação com a monoterapiacom Enalapril), em adição ao tratamento convencional da insuficiência cardíaca crónica (ICC),no aumento do tempo decorrido até à ocorrência de morte cardiovascular (CV) ou hospitalização devidas a insuficiência cardíaca, em doentes com insuficiência cardíaca crónica estável (Classes NYHA II - IV).
CardiologiaTakeda SYR-322402
PPD Global Research & D.
Estudo multicêntrico, aleatorizado, dupla ocultação, controlado com placebo para avaliar a resposta cardiovascular após o tratamento com Alogliptina em associação com o tratamento padrão em doentes com diabetes do tipo 2 e síndrome coronário agudo.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 37
NefrologiaC-SCADE 5TrialNo.1245.36
Boehringer Ingelheim
A phase III, randomised, double-blind, placebo-contrlled group, efficacy and safety study of BI 10773(10mg and 25 mg administered once daily)as add on to pre-existing antidiabetic therapy over 52 weeks in patients with type 2 diabetes mellitus and renal impairment and insufficient glycaemic control.
OncologiaM10-300 Abbott
An Open-Label, Randomized Phase 2 Study of ABT-869 in Comnation With mFolfox6 (Oxaliplatin 5-Fluorouracil, and Folinic Acid) Versus Bevacizumab in Combination With mFolfox6 as Second-line Treatment of Subjects With Advanced Colorectal Cancer.
OncologiaPETTACC 8 Merck SA Tratamento adjuvante do cancro do colen estadio III com resseção total, com
Folfox 4 versus, Folfox 4 + Cetuximab.
Infecciologia/ PediatriaCelsentri A4001031 Pfizer Anti-Retroviral
NefrologiaC-SCADE -8 BI. Trial.1245.25
Boheringer Ingelheim Anti-diabético oral
Hemato-OncologiaJUMP CINC424A2401 Novartis Inibidor da Janus Kinase
CardiologiaACCOAST H7T-MC-TADF Lilly Antagonista dos recetores da thienopyridine platelet adenosine diphosphate (ADP)
- 3ª Geração
Cardiologia15693 X-VERT Cardioversion Study
Bayer Anticoagulante
Tabela 12 - Ensaios Clínicos
38
Atividades formativas desenvolvidas por iniciativa dos serviços clínicos
Como complemento à atividade formativa desenvolvi-
da pelo CFIC, os serviços hospitalares, no decurso de
2012, promoveram um conjunto de outras formações
igualmente vocacionadas para o desenvolvimento de
competências multidisciplinares, conforme se observa
na tabela 13.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 39
Iniciativas Serviço Promotor
Seminário "A Pessoa em Situação Crítica e a Gestão do Risco Clínico em Meio Hospitalar" Serviço de Urgência
1º Curso de Cirurgia Percutânea da Mão Serviço de Ortopedia
4ªs Jornadas de Pneumologia Serviço de Pneumologia
Seminário + Workshop da UCIP UCIP
4º Encontro Diabetes com a Medicina Geral Familiar Unidade de Diabetologia
Terapia do Riso em Pediatria Serviço de Pediatria
4ª Semana da Não-Violência Núcleo Hospitalar de Apoio a Crianças e Jovens em Risco
Congresso de Medicina Interna Serviço de Medicina
Seminário Avaliação de Riscos Psicossociais
Jornadas de Cardiologia 2012 Serviço de Cardiologia
VII Jornadas de reumatologia e Medicina Familiar Unidade de Reumatologia
1ªs Jornadas do Internato Médico (JIMA) Comissão de Internos
VI Colóquio Pediatria Serviço de Pediatria
1º Encontro do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental DPSM
IV Curso de Urgência e Emergência em Ginecologia Obstetrícia Serviço de Ginecologia e Serviço de Obstetrícia
Trissomia 21 Intervenção e Inclusão Associação de Portadores de Trissomia 21 do Algarve (APATRIS 21).
A Saúde Ocupacional no Setor da Saúde Serviço de Saude Ocupacional
Colóquio Igualdade de Género - Saúde e Desenvolvimento Socioeconómico Centro de Formação, Investigação e Conhecimento
IV Encontro de Reflexão sobre Interrupção da Gravidez por Opção da Mulher Serviço de Obstetrícia
Alimentação na criança e jovem com paralisia cerebral Grupo de Nutrição Clínica
Dia Mundial da Diabetes Unidade de Diabetologia
Tabela 13 - Atividades formativas desenvolvidas por iniciativa dos serviços clínicos
40
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 41
Capítulo 3Gestão Hospitalar
Desenvolvimento estratégico
A departamentalização dos serviços do Hospital de Faro foi
decidida por deliberação do Conselho de Administração no
início do ano de 2012, tendo sido publicitada através da Or-
dem de Serviço nº1/12 de 17 de janeiro.
Esta decisão de gestão estratégica do Conselho de Ad-
ministração visou “uma melhoria contínua dos cuidados
prestados pelo Hospital de Faro, a sua cada vez maior efi-
ciência e a assunção das suas responsabilidades enquan-
to hospital central e de referência para toda a região do
algarve” num quadro “de específicas responsabilidades
em garantir uma organização eficiente que maximize a
utilização dos bens públicos e que garanta aos utentes,
mesmo em período de situação económico-financeira
muito complexo, os cuidados de saúde a que têm direito
e as condições técnicas e éticas da sua prestação”.
A departamentalização visou também a promoção de
um processo de reengenharia hospitalar, reconhecen-
do a necessidade de alterar a estrutura dos cuidados,
de acordo com lógicas assistenciais direcionadas para
a globalização dos cuidados, aproveitando sinergias e
complementaridade de funções e especialidades.
Por outro lado, pretende-se que os departamentos cons-
tituam verdadeiros órgãos de gestão intermédia que,
sem quebrar a unidade de conjunto, sejam dotados de
poder decisório, possibilitando a desconcentração da
tomada de decisão nos termos e no âmbito dos orça-
mentos-programa previamente contratualizados com o
Conselho de Administração do Hospital de Faro.
Pretende-se replicar, ao nível interno, a lógica da contra-
tualização externa da atividade hospitalar e incrementar
sistemas de informação de gestão adequados à monito-
rização da atividade dos departamentos, permitindo a
tomada oportuna de decisões corretivas.
A conjugação de pensamentos, visões e experiências ad-
quiridas entre os membros hierárquicos dos respetivos
departamentos, refletiram-se nas constantes e assertivas
soluções, face às diversas necessidades que o Hospital de
Faro enfrentou, como instituição pública e idónea.
Tendo sido o ano de 2012 fomentado por profundas
alterações ao nível da administração hospitalar, os res-
ponsáveis pelos departamentos verificaram substanciais
vantagens que o Hospital de Faro protagonizou e a sua
procura beneficiou.
Apresenta-se, nas próximas páginas, de forma resumida,
as ações adotadas por cada um dos departamentos.
42
Departamento Emergência Urgência e Cuidados Intensivos
Reorganização dos espaços físicos da Medicina In-
tensiva e UAVC:
• UCIP passou para o espaço físico da UCISU –
albergava 9 camas, aumentou para 16, passou a
concentrar-se, num único local os doentes com
ventilação invasiva não havendo dispersão de
recursos humanos com as competências requeridas,
bem como, permitiu maior concentração dos meios
físicos adequados (ventiladores, etc.)
• UCISU passou para o espaço físico da UAVC –
Dispões de 10 camas. Passou a não ter doentes
com ventilação invasiva, adotando uma estratégia
de apoio aos cuidados intensivos, permitindo a
passagem dos doentes da UCIP que já não requerem
essa valência para uma Unidade Intermédia,
aonde se podem estabilizar melhor os doentes
que não se encontram “bem” o suficiente para ir
para uma enfermaria “”normal””. Por outro lado,
as duas unidades têm uma proximidade física que
é potenciadora de recursos e agilização. A UCISU
mantém ainda o seu papel importante de apoio ao
Serviço de Urgência e à sua sala de Reanimação.”
• UAVC passou para espaço físico da UCIP - ficou com
6 camas de agudos e 4 de subagudos. Aumentou a
sua capacidade instalada de 6 para 10 camas e numa
diferente articulação: agudos (6) e subagudos (4), o
que permite melhorar a agilização no tratamento
e manejo do doente com AVC em fase inicial,
diminuindo demoras médias e aumentando o
número de doentes tratados por cama.
• Realização de obra da Decisão Clínica - Concluída
01/2013. Permitirá “resolver” um problema de muitos
anos: doentes em maca no corredor do Serviço de
Urgência. Por conseguinte, os doentes passam a estar
concentrados num espaço físico com tudo à sua volta:
recursos humanos - médicos, enfermeiros, assistentes
operacionais e outros; recursos matérias - medicamentos,
dispositivos e consumíveis; e com todas as condições para
higienização, alimentação e monitorização.
Alteração da base da VMER
O Veículo Médico de Emergência e Reanimação encontra-
va-se localizado no Departamento de Psiquiatria e Saúde
Mental, no entanto, por se tratar de um meio de interven-
ção rápida foi deslocalizado para o complexo principal do
Hospital, permitindo dessa forma uma maior coordena-
ção e cooperação com o Serviço de Urgência Geral.
Implementação e monitorização de equipas no Serviço de Urgência Geral
• A homogeneização e conhecimento mútuo dos
membros da equipa permite construir uma base
sólida para a melhor interligação e desempenho.
• Nomeação e definição de competências de Chefes
de Equipa do Serviço de Urgência Geral
• “Qualquer equipa necessita de uma liderança sólida
e reconhecida na instituição - os chefes de equipa
são isso mesmo.
• As suas competências são o seu âmbito de ação,
supervisionado pelo Conselho de Administração.
A sua autoridade, daí decorrente, sobrepõe-se a
interesses particulares dos serviços, centrando a
atividade hospitalar na resolução dos fluxos na
urgência.”
Integração dos SUB’s no SUG
Por forma a garantir aos utentes o acesso a cuidados ur-
gentes, cujo papel difere da vocação pretendida para as
equipas dos Cuidados de Saúde Primários, estando por
isso melhor enquadrado no seio hospitalar, entendeu a
ARS Algarve, IP fazer transitar a gestão dos SUB’s de Al-
bufeira, Loulé e Vila Real de Santo António para o Hospi-
tal de Faro, permitindo assim a criação de um sistema de
urgência único e integrado no algarve.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 43
Diminuição da demora média das unidades de medicina intensiva
A diminuição da demora média permitiu tratar mais do-
entes por cama, assim bem como permitiu também a di-
minuição dos custos por doente tratado.
Transporte doente crítico passa a ser da responsabilida-
de do médico prescritor.
Cada serviço passa a assumir a responsabilidade do
acompanhamento médico das transferências, permitin-
do uma redução de custos associados ao transporte do
doente crítico, com a eliminação da respetiva escala de
prevenção médica.
Departamento Medicina
O Departamento de Medicina, tem como missão atingir
os objetivos definidos pelo Conselho de Administração,
funcionando como entidade de gestão intermédia, mais
próxima dos serviços prestadores e faz a “ponte” entre
estes e o órgão de gestão do Hospital.
Composição e lotação:
O Departamento de Medicina era, inicialmente, compos-
to por 10 Serviços, que correspondiam a uma lotação de
170 camas (Cardiologia, Dermatologia, Gastroenterologia,
Infeciologia, Medicina Interna I, Medicina Interna II, Ne-
frologia, Neurologia, Oncologia Médica e Pneumologia).
Tendo como objetivo principal, a melhoria da qualida-
de na prestação dos cuidados de saúde aos utentes do
Hospital de Faro, entendeu o Conselho de Administração
ser urgente a criação de mais um Serviço de Medicina
Interna (3), aumentando assim para 11 os serviços que
compõem o Departamento de Medicina, acrescentando
mais 35 camas às já existentes.
Mas para além deste facto relevante, outros contribuíram
para o aumento da lotação supracitada, nomeadamente:
• Autonomização e deslocalização do Serviço de
Infeciologia, (anteriormente integrado no Serviço de
Medicina Interna 2, para o piso 2 do edifício principal
do Hospital, com 12 camas;
• Deslocalização dos Serviços de Oncologia
Médica e Pneumologia, até então localizado no
complexo do departamento de Psiquiatria e Saúde
Mental, para o Edifício do Ambulatório, com
respetivamente, 11 e 23 camas;
• Ampliação dos serviços de Neurologia e Medicina
Interna 2 (incremento de 5 camas, cada;
• Ampliação do Serviço de Medicina Interna 1
(aumento de 6 camas);
• Abertura da Unidade dos Cuidados Paliativos, com
uma lotação de 4 camas
Departamento Cirurgia
O Departamento Cirúrgico em conformidade com o dispos-
to na Ordem de Serviço nº 1/12 de 17 de janeiro e tendo
por base o nº 1 do artº 9 do Dec. Lei nº 233/2005 de 29 de
dezembro, coordena os serviços da área cirúrgica, sendo
responsável também, pela utilização dos Blocos Operatórios.
Este órgão de gestão assegura a articulação com a dire-
ção de serviço de Anestesia, no sentido de garantir uma
organização eficiente e potenciar a maximização dos re-
cursos disponíveis.
No decurso da departamentalização, foram redistribu-
ídos recursos de acordo com as necessidades sentidas,
proporcionando assim, um aumento da capacidade de
alguns serviços cirúrgicos, conforme o quadro seguinte.
Assim, verificou-se um aumento significativo da lotação
global dos serviços que constituem o departamento, em
35 camas, obtidas pela melhoria da utilização dos espa-
ços físicos, consequente da reorganização.
44
Das medidas exercidas pelo Departamento Cirúrgico, al-
gumas são comuns aos outros departamentos:
• Levantamento e confirmação da estrutura dos
recursos humanos disponíveis nos Serviços;
• Reestruturação dos centros de custo;
• Expurgo das listas de espera para as consultas externas;
• Reorganização e apoio ao programa da obesidade;
• Elaboração de relatórios de gestão trimestrais
relativos a cada serviço e posterior apreciação com
os diretores dos serviços;
• Elaboração do plano de desempenho do
departamento para 2013.
Funcionamento e atividades
A direção do departamento reúne habitualmente, uma vez
por semana, de forma ordinária, e sempre que necessário.
Foi considerado prioritário, submeter ao Conselho de
Administração uma proposta de regulamento do Bloco
Central, com o objetivo de melhorar a articulação entre
os vários serviços cirúrgicos e o próprio Bloco e assim,
potenciar a capacidade produtiva e eficiente dos recur-
sos disponíveis.
O Departamento de Cirurgia promove reuniões com os
diretores de serviço e enfermeiros chefes procurando
implementar uma relação dinâmica e construtiva, num
esforço conjunto, convergindo as visões da clínica e da
gestão, fomentando as boas práticas e a utilização ade-
quada dos recursos.
Piso Serviços Lotação 2011 Lotação 2012
6º SERVIÇOS 0 26
6º Ortopedia 2 52 26
6º Ortopedia 1 8 18
5º Neurocirurgia 13 20
4º Ginecologia 20
4º Cirurgia 1 48 28
4º Cirurgia 2 3 3
4º UTCO 2 2
4º Oftalmologia 15 17
4º Urologia 3 5
4º ORL 2 4
6º Cirurgia Plástica 0 12
6º Departamento de Cirurgia 0 26
Total do departamento 146 181
Tabela 14 - Comparação da capacidade de lotação do Departamento de Cirurgia.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 45
Departamento Materno Infantil
O Departamento Materno-Infantil foi criado pela Ordem
de Serviço n.º1/2012 de 17 de janeiro, tendo como sua
responsabilidade a coordenação dos serviços e unidades
que asseguram a qualidade da assistência à mulher en-
quanto mãe, e à criança desde o nascimento até aos 18
anos de idade.
A coordenação é assegurada por um director da espe-
cialidade de pediatria, coadjuvado por uma enfermeira
supervisora e uma administradora hospitalar. Foi adstrito
um técnico superior para apoio na tomada de decisão
económica, financeira e de gestão, mas que, devido à sua
inexperiência na área, não teve continuidade no grupo.
Durante o ano 2012, procedeu-se à redefinição da orga-
nização interna do Serviço de Ginecologia/ Obstetrícia,
desdobrando-se para a responsabilidade de dois direto-
res de serviços distintos.
Na sequência desta reorganização, o departamento desen-
volve as suas competências orgânico-funcionais e de res-
ponsabilidade no âmbito dos serviços de Pediatria, Obstetrí-
cia e Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais/Pediátricos,
assim como dos serviços de Urgência destas especialidades.
A lotação foi reajustada para um total de 98 camas: 27 no
Serviço de Pediatria, 49 no Serviço de Obstetrícia e 22 na
UCI Neonatais/ Pediátricos.
O departamento reúne mensalmente com os serviços
para acompanhamento das dificuldades que poderão
impedir um bom desempenho da atividade assistencial.
O departamento tem implementado práticas de melho-
ria contínua de qualidade, ambiente e segurança, se-
guindo as normas e orientações da entidade competente
do Ministério da Saúde, caminhando para a acreditação
dos serviços.
Relativamente aos sistemas de informação, o DMI pro-
curou desenvolver relatórios de informação estatística
trimestral e anual fiáveis, com o intuito de possibilitar a
avaliação da produção realizada e dos custos associados,
de modo a permitir uma intervenção corretiva nos des-
vios encontrados ao longo do período em análise.
Para isso, tem sido promovido o registo de toda a pro-
dução realizada, com vista ao seu lançamento estatístico
para uma faturação adequada.
Serviços clínicos não departamentalizados
Os serviços não departamentalizados são constituídos
pelos serviços de apoio aos serviços clínicos, nomeada-
mente os meios de diagnóstico, terapêutica e anestesia,
sendo os primeiros compostos pelos serviços de Anato-
mia Patológica, Fisiatria, Imagiologia, Imuno-hemotera-
pia e Patologia Clínica.
Os meios de diagnóstico e terapêutica têm cada vez mais
um papel fundamental no processo de diagnóstico e tra-
tamento dos doentes. Os recursos tecnológicos mais
recentes permitem aos médicos, os meios necessários
para um diagnóstico preciso e precoce, com manifesto
benefício para os doentes. Passou a existir uma maior
segurança e apoio necessário para a tomada de decisões
importantes no que diz respeito ao procedimento e à
terapia, tanto em situações de urgência, como no caso
de doenças crónicas.
Contudo, e apesar da veracidade dos meios de diagnós-
tico e terapêutica contribuírem significativamente para o
avanço da assistência médica, os seus impactos devem
ser discutidos no que diz respeito ao elevado custo da
crescente diferenciação destes meios disponíveis nos
hospitais, sendo esta maior diferenciação acompanhada
por um custo crescente associado.
Este impacto financeiro tem consequências tanto para o
Serviço Nacional de Saúde como para o doente. Torna-
se indispensável uma constante necessidade de sensibi-
lização da classe médica, no que respeita à solicitação
apropriada de exames complementares de diagnóstico e
terapêutica, para que a prescrição indevida não venha a
limitar a indicação devida possibilitando assim um aten-
dimento de maior qualidade e mais justo na prestação
dos cuidados de saúde aos doentes.
Os serviços não departamentalizados não têm interven-
ção na prescrição de exames, colaborando apenas na sua
realização, e a sua produção depende dos restantes ser-
viços clínicos, tornando-se deste modo difícil assegurar
46
uma utilização racional e eficiente dos recursos disponí-
veis, devido ao número elevado de prescrições de MCDT.
Neste âmbito, e não obstante o complexo contexto or-
çamental, os serviços implementaram um conjunto de
procedimentos e comportamentos, para que através
dos quais seja exequível uma redução da despesa, uti-
lizando criteriosamente os recursos disponíveis, dando
sempre privilégio à qualidade, o interesse do doente, e
a eficiência clínica.
Algumas medidas reorganizativas implementadas pelos
serviços para a redução da despesa:
Serviço de Anestesia
Mediante a criação de indicadores para o serviço, efe-
tuou uma avaliação mais eficiente dos tempos de ocu-
pação das salas, e dos cancelamentos, com a apreciação
das causas que motivaram estes cancelamentos.
Serviço de Fisiatria
O Serviço de Fisiatria criou um banco de ajudas técnicas
que veio permitir em situações urgentes obter de ime-
diato o material de apoio que os doentes necessitam,
com repercussão a nível de qualidade de resposta, de
oportunidade e na diminuição dos custos;
A nível organizacional e de gestão, houve uma reorga-
nização do horário de funcionamento do serviço, num
horário mais alargado a funcionar das oito horas às vinte
horas em atividade programada, sem que esse alarga-
mento tivesse implicado aumento de recursos humanos.
Serviço de Imuno-hemoterapia
No Serviço de Imuno-hemoterapia substituiu-se:
• O equipamento automático de grupagem sanguínea
de doentes, por técnicas manuais;
• A utilização de plasma adquirido à indústria
farmacêutica por plasma solidário obtido a partir de
colheitas de sangue realizadas pelo próprio Serviço;
• Reduziu o número de pools de plaquetas
produzidas, havendo uma racionalização em função
das necessidades.
Serviço de Patologia Clínica
O Serviço de Patologia Clínica limitou o pedido de aná-
lises clínicas, no sistema CliniData, por tipo e frequência
de análises e eliminou determinadas análises clínicas que
não traziam qualquer benefício para o doente.
Efetuou a divulgação de dados estatísticos aos Diretores
de Serviço.
Serviço de Imagiologia:
O Serviço de Imagiologia adotou alguns procedimentos
com vista à melhoria dos serviços prestados, assim como
ao ajustamento necessário à realidade económico-finan-
ceira do Hospital de Faro:
• Reavaliação técnica das aquisições de material de
modo a haver uma eventual redução de custos em
aquisição de material;
• Divulgação dos preços dos materiais junto dos
profissionais do serviço com o objetivo de uma
utilização mais eficiente dos mesmos;
• Sensibilização com vista à otimização das doses de
radiação de forma a permitir uma maior poupança
do tempo de vida útil das ampolas;
• Realização de uma triagem prévia ao envio dos
exames para a rede, otimizando os PACS (sistema de
arquivo das imagens radiológicas).
Serviço de Anatomia Patológica
O Serviço de Anatomia Patológica, praticou uma gestão
controlada dos stocks, sensibilizado para uma maior ren-
tabilização dos recursos existentes.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 47
Serviços de apoio clínico
Contributos do núcleo transportes
Com vista à redução de custos, o Núcleo de Transportes
adaptou a gestão da avença às necessidades e à reali-
dade do Hospital de Faro, tornando-a dessa forma mais
eficiente. Cerca de 63% dos transportes foram realizados
através da solução adotada. Em 2011 apenas se conse-
guiu alcançar os 53%.
O volume de transportes apresentou uma redução de
cerca de 25%, fruto, não só do rigor da aplicação da le-
gislação, muito mais restritiva a partir do 2º semestre
de 2012 mas também de uma monitorização diária das
prescrições/autorizações. A acrescentar ainda, o facto
dos transportes dos doentes crónicos em diálise, passar
a ser da responsabilidade da ARS e da mudança de ins-
talações do Serviço de Pneumologia para o Edifício prin-
cipal do Hospital de Faro.
No que concerne ao volume de faturação, apesar do au-
mento dos preços a partir do 2º semestre, do cancela-
mento da avença durante um mês e da diminuição do
número de ambulâncias disponibilizadas pela avença
durante o 2º semestre, ainda foi possível uma redução
de cerca de 33% face a 2011 e 48% face a 2010, ultra-
passando largamente o objetivo definido pela tutela,
nos termos da revisão do Memorando de Entendimento
sobre as Condicionalidades de Politica Económica, que
correspondia a1/3 no ano de 2012, face ao período ho-
mólogo de 2010.
Apesar das regularizações a efetuar, decorrentes do in-
cumprimento do contrato, por parte do fornecedor, o
volume de faturação da avença diminuiu cerca de 10%
face ao período homólogo e a diminuição dos transpor-
tes à chamada foi de 42%
É ainda de realçar o facto de os transportes à chamada
corresponder a uma percentagem relativamente baixa
dos pedidos efetuados (37%), inversamente ao volume
de faturação que os mesmos representam (62%).
Para além das reduções atrás mencionadas, também foi
alcançada uma redução de cerca de 10% face a 2011 e de
26% face a 2010, no que diz respeito ao preço m.
A conclusão do processo de informatização do serviço,
permitiu não só uma significativa melhoria na gestão e
monitorização das requisições bem como no aprovei-
tamento, quase integral de um assistente técnico para
realização de outras tarefas.
Com vista à identificação de eventuais oportunidades de
melhoria ou deteção de erros, o NT solicitou a realização
de uma auditoria interna ao seu funcionamento, tendo
sido efetuadas algumas recomendações que se encon-
tram em fase de implementação.
Contrato programa
Grau de cumprimento de metas fixadas em 2012
A elaboração do Plano de Desempenho para 2012 e a
celebração do respetivo Contrato Programa traduziu-se
num forte desafio, uma vez que as regras superiormente
definidas obrigavam a que, por um lado, a continuidade
de garantia de idêntico nível de cuidados em áreas con-
sideradas como prioritárias e que, por outro lado, o cum-
primento rigoroso dos níveis de redução de despesa.
Assim, o orçamento foi um elemento fulcral na definição
seus objetivos anuais, com vista ao crescimento progres-
sivo e sustentável, que serviu de linha de orientadora
para o processo de tomada de decisões.
Neste sentido, tal como a metodologia do Contrato Progra-
ma para 2012 previa, o Conselho de Administração em arti-
culação com o Departamento de Contratualização da ARS
Algarve, elaboraram um plano de ajustamento, por forma a
garantir nos próximos anos um EBITDA nula ou positiva.
O Contrato Programa de 2012 foi avaliado nas seguintes
vertentes:
• Plano Desempenho – Atividade Total
• Orçamento,
• Plano de Ajustamento;
• Produção SNS
• Indicadores de Qualidade e Eficiência
48
Grau de cumprimento do plano desempenho – atividade total
A tabela 15 apresenta a avaliação da execução do Plano
de Desempenho de 2012, que serviu de base à negocia-
ção do Contrato-Programa.
Os objetivos assistências definidos para o ano de 2012,
de uma forma geral, não foram atingidos, sendo que foi
ao nível da atividade de ambulatório onde se registou o
maior desvio entre o planeado e o realizado.
A diminuição da atividade é essencialmente originada
pela carência de recursos humanos, ao nível do pessoal
médico. Durante o ano de 2012, apesar dos esforços de-
sencadeados, não foi possível o reforço do quadro médi-
co, tal como previsto em fase de planeamento.
Como adiante se explicará a situação verificada em inter-
namento é justificada pelos seguintes factos:
• Cancelamento do SIGIC interno – menos 583
utentes intervencionados em bloco convencional;
• Redução do número de partos (-206 do que em
2011), levando a uma redução de 50% médicos
(mãe e nascituro),
• Redução do número de doentes internados a
partir do Serviço de Urgência (118) relativamente
ao ano anterior
Relativamente à atividade cirúrgica a acentuada redução
de atividade deve-se essencialmente ao fato de, em 2012
se proceder à reorganização dos blocos operatórios, razão
pela qual se optou por suspender a atividade adicional.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 49
Linha de Atividade Assistencial Real 2010 Real 2011
Real 2012 Plano Desemp. 2012
Taxa de Execução PD
Internamento
Doentes saídos - sem berçário e SO 20.199 19.748 18.951 21.012 90,19%
Doentes saídos - base de dados GDH 24.168 22.362 21.961 23.190 94,70%
Total de dias de internamento 169.640 171.942 174.297 175.470 99,33%
Consulta externa
Número total de consultas 219.782 235.052 217.830 230.326 94,57%
Número total de consultas médicas 206.125 207.820 185.157 207.307 89,32%
Número primeiras consultas médicas 62.883 61.288 54.235 65.675 82,58%
Número consultas médicas subsequentes 143.242 146.532 130.922 153.345 85,38%
% Primeiras consultas médicas no total consultas médicas 30,51% 29,49% 29,29% 31,68% 92,46%
Hospital de Dia
Número de sessões a) 21.433 23.010 18.191 21.570 84,33%
Urgência
Número de atendimentos (total) 148.145 150.050 131.303 148.350 88,51%
Número de atendimentos (sem Internamento) 131.436 134.732 117.904 132.150 89,22%
Intervenções cirúrgicas
Programada convencional 4.545 4.620 4.267 5.109 83,52%
Programada ambulatória 5.426 4.584 2.947 5.257 56,06%
Cirurgia urgente 3.746 3.720 3.053 2.623 116,39%
GDH de Ambulatório
Número de GDH médicos 20.934 23.724 24.579 25.640 95,86%
Número de GDH cirúrgicos 4.362 3.357 2.762 3.550 77,80%
Visitas domiciliárias
Número de visitas domiciliárias 3.567 7.787 3.662 1.800 203,44%
Tabela 15: Atividade total
Observações:
As sessões de HDI não incluem as sessões de quimioterapia, uma vez que estas, estão incluídas nos GDH médicos de ambulatório
50
ICM % DoentesEqui.
PreçoUnitário (€)
Contratado Produção Marginal/Adicional Total Taxa de execução
Valor Máx de especialização
Estimativa da Especialização
Quantidade Valor (€) Quantidade Valor (€) Quantidade Valor (€)
1. Consultas Externas
N. de Primeiras Consultas Médicas 83,79 € 57.699 4.834.599,21 € 53.412 4.475.391,48 € 0 0,00 € 4.475.391,48 € 92,57% 4.907.118,20 € 4.475.391,48 €
N. Consultas Médicas 76,17 € 134.120 10.215.920,40 € 129.164 9.838.421,88 € 0 0,00 € 9.838.421,88 € 96,30% 10.369.159,21 € 9.838.421,88 €
2. Internamento
N. de doentes equivalentes
GDH Médicos 0,7797 92,35% 2.116,37 € 13.553 22.364.261,89 € 13.376 22.072.188,22 € 0 0,00 € 22.072.188,22 € 98,69% 22.587.904,51 € 22.072.188,22 €
GDH Cirúrgicos Programados Base 1,5457 99,37% 2.116,37 € 3.466 11.338.232,60 € 3.303 10.805.015,08 € 0 0,00 € 10.805.015,08 € 95,30% 11.338.232,60 € 10.805.015,08 €
GDH Cirúrgicos Programados 1,5457 99,37% 1.404,04 € 2.675 5.805.350,88 € 1.468 3.185.889,75 € 0 0,00 € 3.185.889,75 € 54,88% 5.805.350,88 € 3.185.889,75 €
GDH Cirúrgicos Urgentes 1,5457 99,37% 2.116,37 € 3.723 12.178.949,78 € 3.541 11.583.578,08 € 0 0,00 € 11.583.578,08 € 95,11% 12.300.739,28 € 11.583.578,08 €
Dias de Internamento
Doentes de Psiquiatria Crónicos 78,40 € 1.460 114.464,00 € 1.460 114.464,00 € 0 0,00 € 114.464,00 € 100,00% 115.608,64 € 114.464,00 €
Valor total do internamento 51.801.259,15 € 47.761.135,14 € 0,00 € 47.761.135,14 € 52.147.835,91 € 47.761.135,14 €
3 Episódios de GDH de ambulatório 3.080
GDH Cirúrgicos Base 0,7215 2.116,37 € 3.501 5.345.890,30 € 2.747 4.194.561,74 € 0 0,00 € 4.194.561,74 € 78,46% 5.345.890,30 € 4.194.561,74 €
GDH Cirúrgicos Adicional 0,7215 1.404,04 € 333 337.333,95 € 333 337.333,95 € 0 469.025,88 € 806.359,83 € 100,00% 806.359,83 € 806.359,83 €
GDH Médicos 0,1481 2.116,37 € 22.979 7.202.409,01 € 22.979 7.202.409,01 € 0 72.027,22 € 7.274.436,23 € 100,00% 7.310.445,15 € 7.274.436,23 €
Valor dos GDH de Ambulatório 12.885.633,26 € 11.734.304,70 € 541.053,10 € 12.275.357,80 € 13.462.695,28 € 12.275.357,81 €
4 Urgências
Atendimentos SU – Polivalente 121,81 € 121.314 14.777.258,34 € 115.240 14.037.384,40 € 0 0,00 € 14.037.384,40 € 94,99% 14.925.030,92 € 14.037.384,40 €
5 Sessões em Hospital de Dia
Hematologia 325,27 € 727 236.471,29 € 727 236.471,29 € 72 3.512,92 € 239.984,21 € 109,90% 240.018,36 € 239.984,21 €
Imuno-hemoterapia 325,27 € 0 0,00 € 0 0,00 € 0 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Psiquiatria 33,79 € 3.005 101.538,95 € 2.735 92.415,65 € 0 0,00 € 92.415,65 € 91,01% 103.062,03 € 92.415,65 €
Psiquiatria (Uni. Sócio-Ocupacionais) 33,79 € 0 0,00 € 0 0,00 € 0 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Outros 22,32 € 12.944 288.910,08 € 10.577 236.078,64 € 0 0,00 € 236.078,64 € 81,71% 293.243,73 € 236.078,64 €
Valor Total do Hospital de Dia 626.920,32 € 564.965,58 € 3.512,92 € 568.478,50 € 636.324,12 € 568.478,50 €
6 IG até 10 semanas
Medicamentosa
N. IG 313,72 € 640 200.780,80 € 640 200.780,80 € 34 1.599,97 € 202.380,77 € 105,31% 203.792,51 € 202.380,77 €
Cirúrgica
N. IG 408,48 € 114 46.566,72 € 0 0,00 € 0 0,00 € 47.265,22 € 0,00 €
7 Planos de saúde
VIH/Sida
Doentes em tratamento de ambulatório 10.156,80 € 600 6.094.080,00 € 600 6.094.080,00 € 60 91.411,20 € 6.185.491,20 € 110,00% 6.185.491,20 € 6.185.491,20 €
Diagnóstico Pré-Natal
Protocolo I 41,80 € 0 0,00 € 0 0,00 € 0 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Protocolo II 71,60 € 1.068 76.468,80 € 870 62.292,00 € 0 0,00 € 62.292,00 € 81,46% 77.615,83 € 62.292,00 €
8 Serviços Domiciliários
N. de visitas 36,68 € 1.800 66.024,00 € 1.800 66.024,00 € 180 990,36 € 67.014,36 € 110,00% 67.014,36 € 67.014,36 €
9 Lar (IPO)
Dias de estadia 69,75 € 0 0,00 € 0 0,00 € 0 0,00 € 0,00 € 0,00 €
10 Outros
Medicamentos de cedência hospitalar em amb. 1.080.412,46 € 1.080.412,46 € 1.080.412,46 € 1.080.412,46 € 1.080.412,46 €
Internos 836.327,07 € 836.327,07 € 836.327,07 € 836.327,07 € 836.327,07 €
Valor da produção 103.542.250,53 € 96.751.519,51 € 638.567,55 € 97.390.087,06 € 94,06% 83.352.702,66 €
11 Convergência 4.001.008,73 € 4.001.008,73 € 4.001.008,73 € 0 4.001.008,73 €
Total 107.543.259,26 € 100.752.528,24 € 638.567,55 € 101.391.095,79 € -6.152.163,47 € 87.353.711,39 €
Incentivos Institucionais 4.480.969,14 € 2912629,941 4480969,14 4.480.969,14 €
Proveitos extra Contrato-Programa 112.024.228,40 € 104.303.725,73 € 112024228,4
Tabela 16 - Avaliação CP
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 51
ICM % DoentesEqui.
PreçoUnitário (€)
Contratado Produção Marginal/Adicional Total Taxa de execução
Valor Máx de especialização
Estimativa da Especialização
Quantidade Valor (€) Quantidade Valor (€) Quantidade Valor (€)
1. Consultas Externas
N. de Primeiras Consultas Médicas 83,79 € 57.699 4.834.599,21 € 53.412 4.475.391,48 € 0 0,00 € 4.475.391,48 € 92,57% 4.907.118,20 € 4.475.391,48 €
N. Consultas Médicas 76,17 € 134.120 10.215.920,40 € 129.164 9.838.421,88 € 0 0,00 € 9.838.421,88 € 96,30% 10.369.159,21 € 9.838.421,88 €
2. Internamento
N. de doentes equivalentes
GDH Médicos 0,7797 92,35% 2.116,37 € 13.553 22.364.261,89 € 13.376 22.072.188,22 € 0 0,00 € 22.072.188,22 € 98,69% 22.587.904,51 € 22.072.188,22 €
GDH Cirúrgicos Programados Base 1,5457 99,37% 2.116,37 € 3.466 11.338.232,60 € 3.303 10.805.015,08 € 0 0,00 € 10.805.015,08 € 95,30% 11.338.232,60 € 10.805.015,08 €
GDH Cirúrgicos Programados 1,5457 99,37% 1.404,04 € 2.675 5.805.350,88 € 1.468 3.185.889,75 € 0 0,00 € 3.185.889,75 € 54,88% 5.805.350,88 € 3.185.889,75 €
GDH Cirúrgicos Urgentes 1,5457 99,37% 2.116,37 € 3.723 12.178.949,78 € 3.541 11.583.578,08 € 0 0,00 € 11.583.578,08 € 95,11% 12.300.739,28 € 11.583.578,08 €
Dias de Internamento
Doentes de Psiquiatria Crónicos 78,40 € 1.460 114.464,00 € 1.460 114.464,00 € 0 0,00 € 114.464,00 € 100,00% 115.608,64 € 114.464,00 €
Valor total do internamento 51.801.259,15 € 47.761.135,14 € 0,00 € 47.761.135,14 € 52.147.835,91 € 47.761.135,14 €
3 Episódios de GDH de ambulatório 3.080
GDH Cirúrgicos Base 0,7215 2.116,37 € 3.501 5.345.890,30 € 2.747 4.194.561,74 € 0 0,00 € 4.194.561,74 € 78,46% 5.345.890,30 € 4.194.561,74 €
GDH Cirúrgicos Adicional 0,7215 1.404,04 € 333 337.333,95 € 333 337.333,95 € 0 469.025,88 € 806.359,83 € 100,00% 806.359,83 € 806.359,83 €
GDH Médicos 0,1481 2.116,37 € 22.979 7.202.409,01 € 22.979 7.202.409,01 € 0 72.027,22 € 7.274.436,23 € 100,00% 7.310.445,15 € 7.274.436,23 €
Valor dos GDH de Ambulatório 12.885.633,26 € 11.734.304,70 € 541.053,10 € 12.275.357,80 € 13.462.695,28 € 12.275.357,81 €
4 Urgências
Atendimentos SU – Polivalente 121,81 € 121.314 14.777.258,34 € 115.240 14.037.384,40 € 0 0,00 € 14.037.384,40 € 94,99% 14.925.030,92 € 14.037.384,40 €
5 Sessões em Hospital de Dia
Hematologia 325,27 € 727 236.471,29 € 727 236.471,29 € 72 3.512,92 € 239.984,21 € 109,90% 240.018,36 € 239.984,21 €
Imuno-hemoterapia 325,27 € 0 0,00 € 0 0,00 € 0 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Psiquiatria 33,79 € 3.005 101.538,95 € 2.735 92.415,65 € 0 0,00 € 92.415,65 € 91,01% 103.062,03 € 92.415,65 €
Psiquiatria (Uni. Sócio-Ocupacionais) 33,79 € 0 0,00 € 0 0,00 € 0 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Outros 22,32 € 12.944 288.910,08 € 10.577 236.078,64 € 0 0,00 € 236.078,64 € 81,71% 293.243,73 € 236.078,64 €
Valor Total do Hospital de Dia 626.920,32 € 564.965,58 € 3.512,92 € 568.478,50 € 636.324,12 € 568.478,50 €
6 IG até 10 semanas
Medicamentosa
N. IG 313,72 € 640 200.780,80 € 640 200.780,80 € 34 1.599,97 € 202.380,77 € 105,31% 203.792,51 € 202.380,77 €
Cirúrgica
N. IG 408,48 € 114 46.566,72 € 0 0,00 € 0 0,00 € 47.265,22 € 0,00 €
7 Planos de saúde
VIH/Sida
Doentes em tratamento de ambulatório 10.156,80 € 600 6.094.080,00 € 600 6.094.080,00 € 60 91.411,20 € 6.185.491,20 € 110,00% 6.185.491,20 € 6.185.491,20 €
Diagnóstico Pré-Natal
Protocolo I 41,80 € 0 0,00 € 0 0,00 € 0 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Protocolo II 71,60 € 1.068 76.468,80 € 870 62.292,00 € 0 0,00 € 62.292,00 € 81,46% 77.615,83 € 62.292,00 €
8 Serviços Domiciliários
N. de visitas 36,68 € 1.800 66.024,00 € 1.800 66.024,00 € 180 990,36 € 67.014,36 € 110,00% 67.014,36 € 67.014,36 €
9 Lar (IPO)
Dias de estadia 69,75 € 0 0,00 € 0 0,00 € 0 0,00 € 0,00 € 0,00 €
10 Outros
Medicamentos de cedência hospitalar em amb. 1.080.412,46 € 1.080.412,46 € 1.080.412,46 € 1.080.412,46 € 1.080.412,46 €
Internos 836.327,07 € 836.327,07 € 836.327,07 € 836.327,07 € 836.327,07 €
Valor da produção 103.542.250,53 € 96.751.519,51 € 638.567,55 € 97.390.087,06 € 94,06% 83.352.702,66 €
11 Convergência 4.001.008,73 € 4.001.008,73 € 4.001.008,73 € 0 4.001.008,73 €
Total 107.543.259,26 € 100.752.528,24 € 638.567,55 € 101.391.095,79 € -6.152.163,47 € 87.353.711,39 €
Incentivos Institucionais 4.480.969,14 € 2912629,941 4480969,14 4.480.969,14 €
Proveitos extra Contrato-Programa 112.024.228,40 € 104.303.725,73 € 112024228,4
Tabela 16 - Avaliação CP
52
Grau de cumprimento da atividade SNS
Reproduzem-se para a avaliação do grau de cumprimen-
to do Contrato Programa (Atividade SNS) as explicações
aduzidas no título anterior, as quais serão devidamente
detalhadas aquando da análise, ponto a ponto, das di-
versas linhas de atividade (ver tabela 16).
Grau de cumprimento do orçamento
Ao nível da execução económica, pela primeira vez, o
Hospital de Faro desde a sua transformação em empresa
pública do estado, realiza uma despesa inferior ao es-
timado em orçamento, alcançando uma poupança de
11.377.755,81€ (8,40%) face ao contratualizado. Este feito
permitiu que em 2012 o Hospital de Faro apresente um
EBITDA no valor de -2.016.417,11€, valor nunca atingido
num passado recente. Refira-se que os resultados agora
apresentados incluem a especialização dos subsídios de
férias, como consequência da decisão do Tribunal Cons-
titucional de considerar inconstitucional a suspensão do
pagamento dos subsídios de férias ou equivalente dos
funcionários públicos (art.º 29º da Lei do Orçamento
de Estado), o que implicou um acréscimo de custos de
3.015.019,39€, ou seja, não considerando esta variável, os
resultados obtidos, concretizam-se num EBITDA positivo
de 1.182.244,22€.
Principais medidas que contribuíram para os resultados
apresentados:
• Gestão orçamental minuciosa. A rigorosa
monitorização mensal da execução orçamental
permitiu que ao longo do ano fossem identificados
desvios para os quais foram adotadas medidas
corretivas por forma a ajustar a despesa ao
orçamento aprovado;
• Aplicação da Lei dos Compromissos, que vem
salientar que as entidades públicas apenas podem
assumir compromissos financeiros na medida dos
fundos disponíveis;
• Acordos efetuados entre o Ministério da Saúde e a
indústria farmacêutica:
• Negociação de dívida vencida com fornecedores;
• Acordo com APIFARMA.
• Aumento de custos com cirurgias realizados no
exterior (SIGIC) devido à conhecida carência de
Pessoal Médico no Hospital de Faro.
• Especialização do subsídio de férias, de acordo com
orientação produzida pela ACSS na sequência do
Acórdão do Tribunal Constitucional.
A estratégia de gestão aplicada pelo atual Órgão de Ges-
tão resultou numa redução de custos nunca verificado na
história recente do hospital, dando corpo aos objetivos
nacionais, registando-se ao nível dos custos um decrésci-
mo de 10,63% (-14.757.557,07€) relativamente ao ano de
2011. No entanto, é de salientar que, antes da especiali-
zação do subsídio de férias (custos não orçamentados),
a redução da despesa seria de 12,83% (-17.805.067,44€).
Realce-se ainda que a redução ao nível da despesa foi
claramente superior à redução dos proveitos o que per-
mitiu uma melhoria significativa dos indicadores econó-
micos quer quando comparados com o orçamento, quer
quando comparados com o período homólogo.
No que diz respeito aos custos, quando comparados
com o período homólogo, verifica-se uma redução em
todas as rubricas, com a exceção de subcontratos, fato
que se deve os custos resultantes de SIGIC realizado no
exterior. Ao nível dos proveitos verifica-se uma redução
de 2,67% que resulta de uma diminuição da atividade re-
alizada conjugada com a diminuição dos preços unitários
pagos pelo SNS através do CP.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 53
Apesar da excelente recuperação em 2012, existem ainda
indicadores a corrigir, pelo que o caminho da sustentabi-
lidade económico-financeiro continua a ser um desafio a
prosseguir nos próximos anos.
Tendo em conta que por força do seu estatuto e da sua
situação periférica, o Hospital de Faro é obrigado a man-
ter serviços/atividades estruturalmente deficitárias, mas
imprescindíveis ao cumprimento da sua missão e às cres-
centes exigências de diferenciação, não será uma aspira-
ção de fácil concretização. Do ponto de vista económico-
financeiro é naturalmente geradora de constrangimen-
tos e condicionantes a uma gestão mais eficaz.
Indicadores económicos Real 2011 Real 2012 Taxa de variação face
a 2011
CP - Contratual.
2012
Desvio face CP (valor)
Desvio face CP (%)
Resultado líquido (antes impostos) -17.034.106,40 -5.523.671,17 -67,57% -9.983.093,00 4.459.421,83 -44,67%
Custos totais 138.819.959,84 124.062.402,77 -10,63% 135.440.158,18 -11.377.755,41 -8,40%
Custos operacionais cash 130.790.822,51 115.474.018,99 -11,71% 128.318.273,39 -12.844.254,40 -10,01%
Consumos (produtos farmacêuticos) 31.351.967,79 25.237.309,45 -19,50% 30.718.114,30 -5.480.804,85 -17,84%
Consumos (material de consumo clínico e outros) 9.307.247,35 6.705.321,84 -27,96% 9.554.858,67 -2.849.536,83 -29,82%
FSE (subcontratos) 10.569.637,68 11.201.513,03 5,98% 13.592.588,12 -2.391.075,09 -17,59%
FSE (serviços) 16.946.166,60 12.697.691,72 -25,07% 13.422.837,13 -725.145,41 -5,40%
Suplementos remuneratórios 13.424.882,15 11.618.499,07 -13,46% 13.569.584,49 -1.951.085,42 -14,38%
Salários base e subsídios de férias e natal 39.066.177,79 38.421.515,80 -1,65% 37.020.637,66 1.400.878,14 3,78%
Proveitos 121.785.853,44 118.538.731,60 -2,67% 125.457.065,18 -6.918.333,58 -5,51%
EBIDTA -13.779.843.92 -2.016.417,11 -85,37% -5.815.687,24 3.799.270,13 -65,33%
Tabela 17: Indicadores económicos
Grau de cumprimento do plano de ajustamento
No cumprimento da metodologia do Contrato Progra-
ma para 2012, e porque o Hospital de Faro, em sede de
orçamento, estimou fechar o ano de 2012 com EBITDA
negativo, houve a necessidade de elaborar um plano de
ajustamento (2012/2013) em colaboração com a ARS Al-
garve, espelhando compromisso da adoção de determi-
nadas medidas com vista à redução de custos.
Na tabela 18 apresentam-se, de forma resumida, as refe-
ridas medidas. Saliente-se que a redução de custos pre-
vista no Plano de Ajustamento para o ano de 2012 era
de 7.992.767€, e na realidade a redução de custos efetiva
atingiu os -12.455.020€, que corresponde a uma execu-
ção do Plano de Ajustamento em cerca de 156%. Importa
salientar que, não existindo a especialização do subsídio
de férias, a redução dos custos nas linhas propostas atin-
giria 15.502.530€, que corresponde a uma execução do
Plano de Ajustamento em cerca de 194%.
54
Medidas de ajustamento
Custos com pessoalEliminação subsídio férias e Natal acima dos 1000€ e eliminação de um subsídio entre 600€ e 1000€
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2012 -2.698.278 € 6.189.741 € 3.511.555 € 3.445.964€ -65.943€ 2.632.335€
Aplicação da decisão do Tribunal Constitucional – pagar férias em 2013, implica especialização das mesmas em 2012.
Custos com pessoalRedução em horas extraordinárias - (MOU - 20%)
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 -937.584 € 5.283.676 € 4.735.283 € 4.083.553 € -651.730 € 285.854 €
Considerando as variações remuneração base + Horas Extraordinárias + Prevenções + Contratação de serviços Médicos a redução de despesa prevista no plano de ajustamento encontra-se superado.
Custos com pessoalMedida 3.84 - Rever mecanismos pagamento do regime prevenção e por chamada - 2013 - 20%
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 -428.738 € 1.719.246 € 1.497.295 € 1.134.428 € -362.867 € 65.871 €
Considerando as variações remuneração base + Horas Extraordinárias + Prevenções + Contratação de serviços Médicos a redução de despesa prevista no plano de ajustamento encontra-se superado.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 55
Custos com pessoal médicoPassagem do Pessoal Médico em contrato de prestação Serviços Médicos para os quadros do Hospital (Remuneração Base)
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 2.137.613 € 2.177.216 € 2.665.493 € 2.817.010 € 151,517 € -1.986.096 €
Considerando as variações remuneração base + Horas Extraordinárias + Prevenções + Contratação de serviços Médicos a redução de despesa prevista no plano de ajustamento encontra-se superado.
Custos com pessoal de enfermagem Deixarão de receber horas extraordinárias, sendo que em contrapartida aumenta o n.º de profissionais totais(aumento da Remuneração Base)
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 1.093.013 € 4.650.297 € 5.027.110 € 5.280.735 € 253.625 € -839.388 €
Considerando as variações remuneração base + Horas Extraordinárias + Prevenções + Contratação de serviços Médicos a redução de despesa prevista no plano de ajustamento encontra-se superado.
Encargos sobre remunerações Por força das duas medidas anteriores esta rubrica de despesa crescerá
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 426.659 € 7.878.440 € 7.498.776 € 7.895.695 € 396.919€ -29.740 €
Considerando as variações remuneração base + Horas Extraordinárias + Prevenções + Contratação de serviços Médicos a redução de despesa prevista no plano de ajustamento encontra-se superado.
56
Contratação de serviços médicos - empresas:Serão realizados esforços no sentido de diminuir o número de RH a trabalhar no Hospital com este tipo de contrato. Simultaneamente serão realizados contatos no sentido de diminuir os custos unitários hora praticados, no sentido de aproximar os preços dos definidos por despacho
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 -4.019.948 € 8.041.513 € 6.149.541 € 2.964.051 € -3.185.490 € 834.458 €
Considerando as variações remuneração base + Horas Extraordinárias + Prevenções + Contratação de serviços Médicos a redução de despesa prevista no plano de ajustamento encontra-se superado.
EletricidadeAumento do IVA verificado em outubro de 6% para 21%; aumento 4% do preço unitário
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 246.219 € 709.839 € 838.492 € 1.060.331 € 221.838 € -24.381 €
Cumpre
FSEComunicaçãoRedução dos custos em comunicação face a 2011 em 50%
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 -94.089 € 288.351 € 232.318 € 172.950 € -59.368 € 34.721 €
Em 2012 atingiu-se uma taxa de execução de 63%
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 57
FSECombustíveisOtimização da utilização dos recursos por parte dos serviços
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 5.385 € 154.564 € 279.855 € 426.558 € 146.703 € 141.318 €
Não Cumpre
FSEAlimentaçãoOtimização do processo; negociação com fornecedor
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 -30.010 € 1.976.095 € 2.170.988 € 2.239.633 € 68.645 € 98.655 €
Não Cumpre
FSESegurançaNegociação com fornecedor
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 -94.500 € 582.980 € 644.771 € 537.156 € -107.615 € -13.115 €
Cumpre
58
FSEHigiene limpezasNegociação com fornecedor
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2012 11.086 € 478.583 € 498.982 € 496.421 € -2.561 € -13.647 €
Cumpre
FSEManutenção conservação.Renegociar CAT’s e assistências técnicas.
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 -1.003.568 € 2.040.569 € 2.354.049 € 2.295.444 € -58.605 € 944.963 €
Em 2012 atingiu-se uma taxa de execução 6%
FSEAjudas técnicasReavaliar atribuição as ajudas técnicas; otimização do processo.
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 -308.903 € 12.689 € 695.428 € 71.850 € -623.579 € -314.676 €
Cumpre
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 59
FSEOutros trabalhos especializadosAvaliação dos trabalhos especializados contratados; Negociação com fornecedores
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 -492.131 € 1.780.422 € 1.327.748 € 318.662 € -1.009.086 € -516.955 €
Cumpre
FSEEstudos e pareceres.Reavaliação dos trabalhos de consultoria, realizando apenas os prioritários.
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 -302.153 € 37.662 € 272.760 € 50.095 € -222.664 € 79.489 €
Em 2012 atingiu-se uma taxa de execução de 74%
Transportes de doentesRedução custos com transporte de doentes em um terço face a 2010 até 2012. Hospital de Faro fez grande esforço em 2011.
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 -393.488 € 2.060.667 € 1.580.286 € 1.063.580 € -516.706 € -123.218 €
Cumpre
60
SubcontratosMCDT’s - Redução dos custos com MCDT’s realizados no exterior.Rentabilizar os recursos internos.
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 -434.719 € 2.634.774 € 1.972.969 € 1.509.952 € -463.017 € -28.298 €
Cumpre
SubcontratosCirurgias - envio dos utentes que necessitem de cirurgias torácicas para a rede de referenciação.
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2012 -1.637.427 € 2.242.481 € 1.637.427 € 0 € -1.637.427 € 0 €
Cumpre
SubcontratosAcessos Vasculares - só enviar 1º acessos para o exterior e para um fornecedor com preço unitário mais baixo. Posteriormente é para se passar a fazer os acessos vasculares no Hospital de Faro.
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 -138.832 € 369.900 € 240.697 € 123.236 € -117.461 € 21.371 €
Em 2012 atingiu-se uma taxa de execução de 85%
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 61
SubcontratosRadioterapia - O aumento do número de utentes com patologias oncológicas tem originado um aumento do envio de doentes para fazer tratamentos de radioterapia. Por outro lado, tem-se utilizado com maior frequência o uso da braquiterapia.
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 791.582 € 2.391.545 € 2.895.170 € 2.993.510 € 98.340 € -693.242 €
Cumpre
SIGICAdicional: os doentes em lista de espera para cirurgia que sejam transferidos quer para o convencionado quer para o hospital da rede de referência passam a ser da responsabilidade do hospital de origem.
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 3.192.239 € 0 € 2.556 € 3.967.262 € 3.964.706 € 772.467 €
Cumpre
Produtos farmacêuticosMedida 3.68 - Criar sistema uniforme de codificação para produtos médicos e farmacêuticos + Medida 3.56 - Revisão do Sistema internacional de preços de referência + reforços de protocolos internos para contenção da despesa com medicamentos; reforço negociação com fornecedores.
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 -2.530.717 € 31.118.631 € 31.351.968 € 25.237.309 € -6.114.658 € -3.583.941 €
Cumpre
62
Material consumo clínicoO novo sistema de armazenamento permitirá uma gestão mais eficiente ao nível da rotação dos artigos e dos níveis de stocks.
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 5.473 € 10.477.103 € 9.307.247 € 6.705.322 € -2.601.926 € -2.607.399 €
Cumpre
Material manutenção e conservaçãoOutsourcing das oficinas
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 -164.289 € 255.578 € 173.677 € 21.538 € -152.139 € 12.150 €
Em 2012 atingiu-se uma taxa de execução de 93%
Material hoteleiroGestão stocks; Racionalização da utilização por parte dos serviços
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 -92.213 € 356.148 € 330.213 € 263.584 € -66.629 € 25.584 €
Em 2012 atingiu-se uma taxa de execução de 72%
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 63
Material administrativo Gestão stocks; Racionalização da utilização por parte dos serviços
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
2013 -100.449 € 300.146 € 306.871 € 181.595 € -125.276 € -24.827 €
Cumpre
Avaliação global
Data de conclusão
Redução de custos
2010 2011 2012 Variação real 2012 face 2011
Execução do Plano de Ajustamento
Plurianual -7.992.767 € 96.208.858 € 90.199.524 € 74.696.199 € -12.455.020 € -4.462.253€
Em termos globais o Hospital a 31 de dezembro de 2012 já tinha superado a execução do plano de ajustamento proposto para 2012 e 2013.
Tabela 18: Plano de ajustamento.
64
As medidas mais relevantes tomados pelo órgão ges-
tionário e que contribuíram para atingir as metas acima
expressas, foram:
Recursos humanos
• Reestruturação do modelo de gestão do Hospital
de Faro, por forma a potencializar os recursos
humanos existentes;
• Aposta no reforço do quadro interno do pessoal
médico, em detrimento da contratualização de
serviços médicos em regime de prestação de serviços
(através de empresas);
• Contratualização de pessoal de enfermagem em
detrimento do recurso a horas extraordinárias;
• Revisão das escalas do Serviço de Urgência,
mantendo os níveis de cuidados diferenciados
atualmente prestados, com vista à otimização, dos
recursos humanos disponíveis;
• Monitorização e revisão dos contratos de prestação
de serviços médicos. Avaliação dos contratos de
prestação de serviços médicos, por áreas clínicas,
tendo sempre presente a otimização dos recursos
existentes por forma a diminuir os custos. Os
contratos celebrados obedecem às regras definidas
pelos normativos legais em vigor, nomeadamente no
que se refere ao custo unitário por hora.
Medicamentos
• Reforço e otimização das competências da Comissão
de Farmácia e Terapêutica na justificação das
terapêuticas adotadas;
• Renegociação dos protocolos relativos aos
grupos fármaco-terapêuticos de maior volume
financeiro;Desenvolvimento de processos de
compras em conjunto com o Centro Hospitalar
Barlavento Algarvio, no sentido de aumentar a
capacidade negocial;
Material consumo clínico
• Redução de stocks existentes em armazém para níveis
ajustados às necessidades, devido a alteração do
processo de armazenamento (final do ano de 2011);
• Controlo na introdução de novos produtos,
garantido que os mesmos são objeto de uma
correta avaliação técnica e económica, ao mesmo
tempo que se programa a substituição de outros.
Transporte de doentes
Revisão e atualização dos critérios de prescrição de
transportes dos doentes em situação de tratamento
em ambulatório.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 65
Fornecimento serviços externos
• Renegociação / Suspensão de contratos para
a realização de trabalhos especializados, salvo
em situações excecionais de caráter urgente e
inadiável, suscetíveis de comprometer a eficácia do
desempenho operacional do Hospital;
• Redução de custos com serviços de consultoria e
outros de natureza similar;
• A acrescer às medidas atrás referidas, foram
também adotadas medidas de carácter
administrativo resultantes da aplicação da lei do
Orçamento do Estado para 2012, que contribuíram
quer positivamente, quer negativamente para os
resultados atingidos, das quais destacamos:
• Redução da massa salarial em linha com a redução
preconizada para a Administração Pública –
manutenção das reduções salariais; suspensão do
subsídio de férias e Natal, em coerência com o
Orçamento do Estado 2012 para o Serviço Nacional
de Saúde;
• Elaboração dos protocolos com as empresas
farmacêuticas para a redução dos custos com o
consumo de medicamentos hospitalares;
• Negociações com os fornecedores de FSE, no
sentido de dar cumprimento ao artigo 26º da Lei
do Orçamento do Estado, em linha com o objetivo
global da redução dos custos operacionais;
• Responsabilização financeira de cirurgias efetuadas
no exterior (SIGIC).
Grau de cumprimento dos indicadores de qualidade e eficiência
O Hospital de Faro cumpriu cerca de 73,5% dos indica-
dores correspondentes aos Objetivos de Qualidade e Efi-
ciência, relativamente aos indicadores contratualizados.
No que diz respeito aos Objetivos Nacionais, atingiu um
índice de desempenho idêntico ao contratado. O maior
desvio verificado, corresponde aos indicadores relacio-
nados com a CTH (consulta a tempo e horas) (Consultar
tabela19).
66
Objectivos Peso Relativo Indicador (%)
Meta Real Grau de Cumprimento (%)
Grau de Cumprimento (%)
Objetivos Nacionais 50
Acesso 15
Percentagem das primeiras consultas no total de consultas médicas (%)
3 30,0 29,3 97,7 97,7 Cumpre Parcial.
Permilagem de doentes sinalizados para a RNCCI, em tempo adequado, no total de doentes saídos (%)
3 100,00 118,70 118,7% 118,7 Cumpre
Percentagem de consultas realizadas e registadas no CTH no total de 1as consultas (%)
3 22,5 19,5 86,7 86,7 Cumpre Parcial.
Percentagem de doentes cirurgicos tratados em tempo adequado (%)
3 84,0 81,6 97,1% 97,1% Cumpre Parcial.
Percentagem de utentes referenciados para consulta externa atendidos em tempo adequado (%)
3 60,0 57,3 95,5 95,5 Cumpre Parcial.
Desempenho Assistencial 20
Demora média (dias) 5 8,00 9,12 86,0 86,0 Cumpre
Percentagem de doentes saídos com duração de internamento acima do limiar máximo (%)
3 2,0 1,8 110,0 110,0 Cumpre
Percentagem de reinternamentos em 30 dias (%) 3 8,3 7,7 107,2 107,2 Cumpre
Percentagem de partos por cesariana (%) 3 32,5 32,2 100,9 100,9 Cumpre
Percentagem da cirurgia de ambulatório (GDH) no total de cirurgias programadas (GDH) (%)
3 55,0 48,8 88,7 88,7 Não Cumpre
Percentagem do consumo de embalagens de medicamentos genéricos, no total de embalagens de medicamentos (%)
3 30,0 32,4 108,0 108,0 Cumpre
Desempenho económico-financeiro 15
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 67
Percentagem dos custos com pessoal, ajustados no total de proveitos operacionais (%)
3 52,7 54,9 95,9 95,9 Cumpre Parcial.
Percentagem dos custos com horas extraordinárias, suplementos e FSE (selecionados), no total de custos com pessoal (%)
3 25,9 19,8 113,7 113,7 Cumpre Parcial.
Percentagem de proveitos operacionais extra contrato-programa, no total de proveitos (operacionais) (%)
3 8,6 6,4 74,9 74,9 Não Cumpre
EBITDA (€) 3 -5.815.687,24 € -2.016.417,11 € 102,2 102,2 Cumpre Parcial.
Acréscimo de Dívida Vencida (€) 3 0,00 € -13.933.898,75 € 120,0 Cumpre
Objetivos Regionais Algarve 50
% Episódios em LIC com grau de prioridade "prioritário" e "muito prioritário" com TMRG excedido (exceto patologias de obesidade) (%)
10 20,0 28,3 58,50% 58,5% Não Cumpre
Mediana do tempo de espera dos episódios em LIC (Cirurgia Geral) (meses)
10 5,0 3,9 122,00% 120,0% Cumpre Parcial.
Taxa de crescimento das 1as consultas, face ao realizado no ano anterior (Otorrino) (%)
5 30,0 -0,1 -0,3 0,0 Não Cumpre
Taxa de crescimento das 1as consultas, face ao realizado no ano anterior (Ginecologia) (%)
5 30,0 -0,1 -0,3 0,0 Não Cumpre
Tempo médio de resposta do hospital ao pedido de consulta (Oftalmologia) (dias)
5 180,0 508,7 -82,6 0,0 Não Cumpre
Tempo médio de resposta do hospital ao pedido de consulta (Ortopedia) (dias)
5 180,0 518,0 -87,8 0,0 Não Cumpre
% Cirurgias de Ambulatório no Total Cirurgias Programadas (Cirurgia Geral) (%)
5 43,0 42 97,7% 97,7% Cumpre Parcial.
% Cirurgias de Ambulatório no Total Cirurgias Programadas (Ortopedia) (%)
5 33,0 21,2 64,2% 64,2% Não Cumpre
Tabela 19 – Indicadores de eficiência.
Nota:
Indicadores referentes à atividade cirúrgica calculados pela ARS com base nos dados provisórios disponíveis no SIGLIC em 11.01.2013, com exceção dos indicadores "% cirurgias de ambulatório no total de cirurgias programadas(cirurgia geral) (ortopedia)", calculados com base nos dados constantes do mapa de atividade cirúrgica do SICA tendo em conta o n.º de cirurgias e não de GDH's como definido no BI do indicador.
68
Rubrica Ano de 2010
Ano de 2011
Ano de 2012
∆ (€) 012/2011
∆ (%) 012/2011
Edifícios e outras construções 1.428.090,00 - - - -
Equipamento básico 2.435.248,58 1.060.507,55 143.799,93 -916.707,62 -86,44%
Equipamento administrativo/informático 570.068,72 645.220,46 77.824,29 -567.396,17 -87,94%
Outras imobilizações corpóreas 2.371,39 -246,20 - -10.996,17 4466,36%
Total 4.970.083,80 2.327.257,83 221.624,22 -2.105.633,61 -90,48%
Imobilizações em curso 4.014.659,04 2.197.135,30 1.249.493,76 -947.641,54 -43,13%
Bens de domínio público - 520.204,23 946.473,85 426.269,62 81,94%
Tabela 20 – Mapa resumo de investimentos
Nota:
Estes valores não contemplam as doações.
Estes valores são líquidos de abates
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 69
Capítulo 4Investimentos
Em termos de investimento total, registou-se um decrés-
cimo de cerca de 74% (-3.254.723,27€) no investimento
total, opção decorrente da política de contenção de cus-
tos adotada.
Contudo, em 2012 foi realizado um investimento de
grande importância para a instituição, permitindo dessa
forma, acabar com a imagem que durante anos estig-
matizou o Hospital de Faro, com doentes internados em
macas nos corredores do Serviço de Urgência Geral.
Num ano em que o Hospital de Faro sofreu profundas
transformações com a requalificação e redistribuição
de serviços e áreas de apoio, a realização das obras no
Serviço de Urgência Geral e a criação de uma área de
decisão clínica, veio materializar um dos principais com-
promissos assumidos no início do ano pelo Conselho de
Administração - acabar com as macas acumuladas nos
corredores das urgências.
A ampliação corresponde a um acréscimo de 560m2
que, somados aos atuais 1.180m2 do Serviço de Urgên-
cia, permitiu criar uma área de decisão clínica destinada
a acolher e acomodar os doentes que, após passarem
pela triagem de enfermagem e pela observação médica,
aguardam o resultado de exames complementares de
diagnóstico, a observação por especialistas ou eventual-
mente a transferência para um serviço de internamento.
O novo espaço, cujo investimento total ascendeu a cer-
ca de 600 mil euros, foi projetado para um formato de
openspace, facilitador do ponto de vista da monitoriza-
ção clínica, e possui uma capacidade de 26 camas, com
possibilidade de individualização, às quais se somam
9 postos de tratamento em cadeirões, que se poderão
alargar a 12 em caso de necessidade, para os doentes
que tenham que receber outros tipo de cuidados, como
transfusões, aerossóis ou injetáveis, estando assegura-
das as melhores condições de conforto.
O doente agudo verá desta forma aperfeiçoados os seus
circuitos de passagem e acomodação, procedendo-se
de igual modo a uma redistribuição dos recursos huma-
nos afetos ao serviço, com a consequente reorganização
do trabalho, numa ótica mais funcional, em conceito de
equipa e focalizada no doente.
Também os doentes menos urgentes vão poder benefi-
ciar de outras condições. A construção desta área de de-
cisão clínica veio ainda permitir uma redistribuição mais
eficaz dos espaços e a possibilidade de intervenção nou-
tras áreas, como é o caso do balcão de enfermagem e do
balcão de observação médica que dispõe de 5 postos de
observação individualizados e mais amplos.
Outra das alterações foi a deslocalização da sala de ob-
servações que se encontra agora integrada na área de
decisão clínica, libertando assim espaço para a instala-
ção de uma futura sala de trauma (planeada para o 1º
semestre de 2013), pela qual passarão todos os doentes
politraumatizados e que funcionará em plena articulação
com a sala de reanimação.
É de salientar a inexistência de qualquer derrapagem fi-
nanceira, nem necessidade de financiamento suplemen-
tar em relação ao orçamento do hospital.
70
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 71
Capítulo 5Atividade Assistencial
Dispositivo assistencial:
Caracterização
O Hospital Faro dispõe, na área assistencial (ver tabela
21), de um conjunto de recursos humanos de elevada
qualidade e um conjunto de recursos altamente sofisti-
cados do ponto de vista técnico e científico, que confe-
rem uma melhoria, facilitação e agilização dos procedi-
mentos quer no âmbito da gestão clínica, quer no que se
refere às áreas de apoio clínico.
Os serviços de prestação de cuidados de saúde são com-
postos conforme a tabela que se segue. À semelhança
dos anos anteriores, durante o ano de 2012 o Hospital
de Faro desenvolveu um conjunto de iniciativas no senti-
do de aumentar as competências destas valências, apos-
tando fortemente na política de qualidade, formação e
conhecimento, matérias já abordadas neste documento.
Durante este capítulo será efetuada uma análise, neces-
sariamente resumida, das principais linhas de atividade,
obedecendo à estrutura do Contrato Programa.
Para além da análise da atividade assistencial, será tam-
bém apresentada uma abordagem de um conjunto de
atividades desenvolvidas durante o ano de 2012, que
contribuíram de forma objetiva para a melhoria nos cui-
dados de saúde, uma otimização de processos-chave e
um aperfeiçoamento do relacionamento no Hospital de
Faro, quer com os seus profissionais, quer com todos os
stakeholders.
Evolução da atividade assistencial
Internamento
Análise dos princípios indicadores globais da atividade em internamento
O ano de 2012 foi caraterizado por um incremento sig-
nificativo do número de camas (ver tabela 22), por forma
a aproximar a região do algarve da média nacional do
ratio cama/100.000 habitantes. Contudo, este fato não
resultou num aumento de produtividade, verificando-se
mesmo uma diminuição dos doentes saídos na ordem
dos 797 doentes, à semelhança do que já tinha aconte-
cido no ano transato. Esta quebra de produção deve-se,
inequivocamente, a um decréscimo da atividade cirúr-
gica programada pela suspensão da atividade cirúrgica
adicional e, não menos significativo, a uma quebra da
natalidade com uma expressão incontornável.
A quebra produtiva conjugada com o aumento da lota-
ção teve como consequência uma redução na taxa de
ocupação e dos doentes por cama. A taxa de ocupação
foi de 81,4%, afastando-se da plena utilização dos re-
cursos disponíveis, sendo que estão a ser desenvolvidos
esforços no sentido da readaptação da capacidade ins-
talada às necessidades da população, visando otimizar
os recursos de que se dispõe. Por ser um hospital com
urgências a nossa taxa de ocupação não deverá ser su-
perior a 85%.
72
Serviços de prestação de cuidados saúde
Inter. UCI's Hospital de Dia
Urgência Consulta Externa
Cir. Ambul.
MCDT’s Outros
Anestesiologia 24 h · ·Cardiologia · · · 24 h · · Hemodinâmica
Cirurgia Geral · · 24 h · ·Cirurgia Plástica · 24 h · ·Dermatologia · · · · ·Doeças Infecciosas · · · ·Estomatologia · · ·Gastrenterologia · · 24 h · ·Ginecologia/Obstetrícia · · 24 h · · ·Hamatologia Clinica · · ·Imagiologia 24 h ·Imunoalergologia · ·Imuno-Hemoterapia 24 h · ·Med. Física e Reabilitação · · ·Medicina · · 24 h ·Nefrologia · · 24 h · ·Neurocirurgia · · 12 h ·Neurologia · · 12 h · ·Oftalmologia · 12 h · · ·Oncologia · · 12 h · ·Ortopedia · · 24 h · · ·Otorrinolaringologia · 12 h · · ·Patologia Clínica 24 h · ·Pediatria · · · 24 h · · Inclui o Centro de
Desenvolvimento
Pneumologia · · 24 h · · ·Psiquiatria · · 12 h · · Equipa de Saúde Mental
Comunitárias
Reumatologia · ·Senologia · ·Uni. C. Intermédios · 24 h Inclui a Unidade AVC
Uni. C. Intensivos · 24 h
Urgência Geral 24 h
Urologia · · 12 h · · ·Tabela 21 – Dispositivo Assistencial ·Existe
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 73
Indicadores 2010 2011 2012 Δ 2012face 11 (nº)
Δ 2012face 11 (%)
Qua
ntita
tivos
Lotação 514 503 585 82 16,30%
Doentes saídos 20.199 19.748 18.951 -797 -4,04%
Dias internamento doentes saídos 163.188 171.188 164.714 -6.474 -3,78%
Dias internamento doentes tratados 169.640 171.942 174.297 2.355 1,37%
Qua
litat
ivos
Demora média 8,40 8,71 9,20 0,49 5,59%
Taxa ocupação 90,42 93,65 81,41 -12,24 -13,07%
Doente cama 39,30 39,26 32,39 -6,87 -17,49%
Readmissões 188 156 158 2 1,28%
Taxa mortalidade 6,19 7,16 7.08 -0,08 1,10%
Tabela 22 – Evolução dos indicadores quantitativos e qualitativos do internamento
No que se refere aos dias de internamento, verificou-se um
crescimento de 1,37%, facto que não se pode dissociar:
• A atividade em regime de ambulatório, onde são
tratadas as patologias menos complexas;
• Doentes onde há protelamento da alta médica, ou
seja, têm alta clínica mas não administrativa.
Naturalmente, a situação acima descrita refletiu-se num
aumento da demora média em quase meio-dia, situan-
do-se em 9,20 dias.
Doentes saídos
O número de doentes saídos em 2012 foi de 18.951, indi-
cador que sofreu uma redução de 4,04%, corresponden-
do a menos 797 doentes.
A justificação desta quebra deve-se, em larga medida,
à redução da atividade operatória da especialidade de
ortopedia e na redução do número de partos que se
traduz diretamente no número de internamentos no
Serviço de Obstetrícia.
Gráfico 4 Taxa de ocupação (%)
90,4
2
93,6
5
81,4
1
2010 2011 2012
36,0
5
32,6
7
22,7
9
3,32
0,24
1,59
1 | Dep. Emergência2 | Dep. Medicina3 | Dep. Cirurgia4 | Dep Mat. Infantil5 | Dep. Psiquiatria6 | Dep. MFR7 | Dep. Convalescença
3,33
21 3 4 5 6 7
Gráfico 5 Peso relativo dos doentes saídos por departamento (%)
74
Estas duas especialidades suportam 79,5% da redução
produtiva do internamento.
Cumpre ainda referir que relativamente à Medicina Inter-
na a redução deve-se apenas a um critério organizacio-
nal: em 2011 a produção da Unidade AVC estava incluída
na Medicina Interna, em 2012 passou a ser considerada
Nº Doentes Saídos por Especialidade
2010 2011 2012 Δ 2012face 11 (nº)
Δ 2012face 11 (%)
Cardiologia 1.291 1.185 1.231 46 3,88%
Dermatologia 25 9 3 -6 -66,67%
Doenças Infecciosas 126 210 203 -7 -3,33%
Gastrenterologia 609 629 613 -16 -2,54%
Medicina Física e Reabilitação 53 37 47 10 27,03%
Medicina 2.328 3.176 2.912 -264 -8,31%
Nefrologia 658 561 422 -139 -24,78%
Neurologia 362 295 396 101 34,24%
Oncologia Médica 460 410 347 -63 -15,37%
Pediatria 1.142 1.068 1.210 142 13,30%
Pneumologia 577 560 666 106 18,93%
Psiquiatria 707 604 640 36 5,96%
Cirurgia Geral 2.415 2.258 2.204 -54 -2,39%
Cirurgia Plástica 232 193 188 -5 -2,59%
Ginecologia 1.128 1.124 984 -140 -12,46%
Neurocirurgia 327 374 523 149 39,84%
Obstetrícia 3.514 3.182 2.961 -221 -6,95%
Oftalmologia 187 66 33 -33 -50,00%
Ortopedia 1.731 1.735 1.322 -413 -23,80%
Otorrinolaringologia 222 143 118 -25 -17,48%
Urologia 973 1.097 919 -178 -16,23%
Unidade Cuidados Intermédios 551 319 481 162 50,78%
Unidade Cuidados Intensivos 94 98 160 62 63,27%
Unidade Cuidados Intensivos Coronários 183 155 150 -5 -3,23%
Unidade Cuidados Intensivos Pediátricos 304 260 218 -42 -16,15%
Total 20.199 19.748 18.951 -797 -4,04%
Tabela 23 – Doentes saídos por especialidade de internamento
na Unidade de Cuidados Intermédios, mercê da departa-
mentalização dos serviços hospitalares.
Considerando, em termos restritos, apenas os serviços
de Medicina Interna em 2012 verificou-se uma ligeira su-
bida de 10 doentes saídos.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 75
Demora média
A demora média é, ainda hoje, o principal indicador de
gestão dos hospitais, dado o peso do internamento na
respetiva estrutura da despesa (ver tabela 24).
Tratando-se de um indicador do domínio da eficiência, é
também um indicador de qualidade, designadamente pelo
risco associado à permanência do doente no hospital, com
uma possibilidade acrescida de infeção nosocomial.
Em 2012, a evolução deste indicador no Hospital de Faro
é desfavorável, pois apresenta um aumento de 0,49 dias
face a 2011.(ver tabela 24).
Esta situação justifica-se por:
• Aumentos significativos na demora média das
Unidades de Medicina Intensiva e pela descida da
produção de Obstetrícia, cuja demora média geral-
mente se situa em menos de 4 dias;
• Atividade em regime de ambulatório, onde são tra-
tadas as patologias menos complexas;
• Casos de protelamento de alta hospitalar, ou seja,
situações em que os doentes, após alta clínica, são
mantidos em internamento à espera da resposta da
segurança social ou de outras soluções encontradas
pela própria família. Em 2012, a situação agravou-se
devido ao fato da RNCCI da região do algarve, ter
perdido 20 camas de convalescença. De facto, para
controlar os casos de altas proteladas é fundamental
a cooperação/coordenação com a rede nacional de
cuidados continuados integrados (RNCCI), que se
apresenta como uma solução para o problema da
utilização inapropriada do internamento hospitalar,
através da satisfação de necessidades de saúde e de
natureza social, com relevo para as que decorrem
do envelhecimento populacional.
Número de partos
Em 2012 confirma-se a tendência decrescente do número de
partos que já se havia registado em 2011, e consequente-
mente uma redução das cesarianas ainda mais acentuada.
A diminuição dos partos confirma-se tanto nas mães de
origem portuguesa como estrangeiras, sendo que nestas
continua a assumir particular relevância as nacionalidades
brasileira (144), romena (95) e ucraniana (60) (ver tabela 25).
Gráfico 6 Mães estrangeiras (%)
23,7
1
21,2
3
20,8
2
2010 2011 2012
76
Demora Média 2010 2011 2012 Δ 2012face 11 (nº)
Δ 2012face 11 (%)
Cardiologia 2,65 3,00 3,09 0,09 3,00%
Dermatologia 21,45 54,67 14,33 -40,34 -73,79%
Doenças Infecciosas 12,62 16,60 17,70 1,10 6,63%
Gastrenterologia 8,43 8,52 7,37 -1,15 -13,50%
Medicina Física e Reabilitação 11,47 28,84 25,74 -3,10 -10,75%
Medicina 13,08 11,45 13,45 2,00 17,47%
Nefrologia 6,95 8,35 10,81 2,46 29,46%
Neurologia 10,22 13,03 9,75 -3,28 -25,17%
Oncologia Médica 8,20 9,77 9,72 -0,05 -0,51%
Pediatria 4,50 5,16 4,63 -0,53 -10,27%
Pneumologia 11,49 12,67 11,52 -1,15 -9,08%
Psiquiatria 19,14 20,26 21,35 1,09 5,38%
Cirurgia Geral 8,05 7,66 8,32 0,66 8,62%
Cirurgia Plástica 4,24 5,10 4,45 -0,65 -12,75%
Ginecologia 4,03 3,95 4,08 0,13 3,29%
Neurocirurgia 7,40 14,69 12,72 -1,97 -13,41%
Obstetrícia 3,84 3,95 4,05 0,10 2,53%
Oftalmologia 3,39 2,85 12,06 9,21 323,16%
Ortopedia 10,18 10,08 12,20 2,12 21,03%
Otorrinolaringologia 5,16 8,82 11,09 2,27 25,74%
Urologia 6,64 5,95 6,91 0,96 16,13%
Unidade Cuidados Intermédios 4,25 4,34 11,17 6,83 157,37%
Unidade Cuidados Intensivos 10,08 10,51 24,79 14,28 135,87%
Unidade Cuidados Intensivos Coronários 1,77 1,79 11,62 9,83 549,16%
Unidade Cuidados Intensivos Pediátricos 11,07 10,51 21,57 11,06 105,23%
Total 8,40 8,66 9,20 0,54 6,24
Tabela 24 - Evolução da Demora Média por Especialidade
Número de partos 2010 2011 2012 Δ 2012face 11 (nº)
Δ 2012face 11 (%)
Eutócicos 1.693 1.537 1.490 -47 -3,06%
Distócicos - cesariana 1.089 943 814 -129 -13,68%
Distócicos - outros 271 252 222 -30 -11,90%
Total 3.053 2.732 2.526 -206 -7,54%
Tabela 25 - Número de Partos por tipo
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 77
Intervenções cirúrgicas com origem no internamento
Em 2012 verificou-se uma quebra de 1.062 intervenções
cirúrgicas. Este significativo decréscimo é consequência,
não só de não se ter realizado atividade adicional, como
também na diminuição da atividade urgente. Foi a es-
pecialidade de ortopedia que registou a maior descida
absoluta, com menos 448 cirurgias, representando cerca
de 42% de toda a quebra produtiva.
Contudo, ressalve-se o acréscimo da atividade cirúr-
gica programada base, que resulta da otimização dos
recursos disponíveis. Na verdade, nesta área o Hospital
de Faro depara-se com inúmeras dificuldades por falta
de recursos médicos especializados, nomeadamente na
área da anestesia, o que implica enormes constrangi-
mentos na gestão operacional do bloco operatório.
Principais grupos de diagnóstico homogéneos em 2012
Em 2012, os GDH’s cirúrgicos, aumentaram face a 2011,
em termos relativos, passando de uma relevância de
29,58% para 31,78%, apesar de em termos absolutos te-
rem sido realizados menos 891 GDH’s.
A tabela 28 apresenta os 25 GDH’s mais frequentes no
Internamento, comparativamente ao ano de 2011.
Gráfico 7Peso relativo por tipologia de atividade de cirurgia (%)
58,2
9
41,7
1
0,0047
,05
44,8
8
8,06
Atividadeprogramada
Atividadeurgente
Atividadeadicional
Gráfico 8 GHD’s cirúrgicos (%)
68.2
2
31,7
8
70,4
2
29,5
8
2011 2012
20112012
20112012
78
Indicadores 2010 2011 2012 Δ 2012face 11 (nº)
Δ 2012face 11 (%)
Ciru
rgia
s
Atividade programada (base) 4.074 3.944 4.267 323 8,19%
Atividade urgente 3.746 3.762 3.053 -709 -18,85%
Atividade adicional 471 676 0 -676 -100,00%
Total 8.291 8.382 7.320 -1.062 -12,67%
Doe
ntes
Atividade programada (base) 3.210 3.059 3.375 316 10,33%
Atividade urgente 3.353 3.299 2.675 -624 -18,91%
Atividade adicional 329 583 0 -583 -100,00%
Total 6.892 6.941 6.050 -891 -12,84%
Tabela 26 - Evolução da atividade em cirurgia convencional
Especialidade 2010 2011 2012 Δ 2012face 11 (nº)
Δ 2012face 11 (%)
Cirurgia Geral 2.294 2.328 2.303 -25 -1,07%
U.T.C.O. 97 78 64 -14 -17,95%
Cirurgia Pediátrica Geral 107 153 66 -87 -56,86%
Cirurgia Pediátrica Urológica 13 18 10 -8 -44,44%
Cirurgia Plástica e Reconstrutiva 223 211 209 -2 -0,95%
Ginecologia 795 730 777 47 6,44%
Ginecologia oncológica 154 188 112 -76 -40,43%
Neurocirurgia 265 270 312 42 15,56%
Obstetrícia 1.197 1.036 886 -150 -14,48%
Oftalmologia 259 59 17 -42 -71,19%
Ortopedia 1.607 1.791 1.343 -448 -25,01%
Otorrinolaringologia 136 130 114 -16 -12,31%
Urologia 875 993 788 -205 -20,64%
Senologia 246 359 295 -64 -17,83%
Outras 23 38 24 -14 -36,84%
Total 8.291 8.382 7.320 -1.062 -12,67%
Tabela 27 - Número de cirurgias em bloco convencional por especialidade.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 79
GDH Designação GDH Tipo 2012 2012-1 2011
629 Recém-nascido, peso ao nascer > 2499g, sem procedimento significativo em B.O., com diagnóstico de recém-nascido normal M 2266 1º 1º
373 Parto vaginal, sem diagnósticos de complicação M 1306 2º 2º
371 Cesariana, sem CC C 662 3º 3º
89 Pneumonia e/ou pleurisia simples, idade> 17 anos, com CC M 515 4º 5º
541 Perturbações respiratórias, exceto infeções, bronquite ou asma, com CC major M 513 5º 4º
14 Acidente vascular cerebral com enfarte M 446 6º 6º
372 Parto vaginal, com diagnósticos de complicação M 418 7º 7º
430 Psicoses M 315 8º 9º
127 Insuficiência cardíaca e/ou choque M 274 9º 8º
359 Procedimentos no útero e/ou seus anexos, por carcinoma in situ e/ou doença não maligna, sem CC C 268 10º 10º
533 Outras perturbações do sistema nervoso, exceto acidente isquémico transitório, convulsões e/ou cefaleias, com CC major M 242 11º 11º
494 Colecistectomia laparoscópica, sem exploração do colédoco, sem CC C 209 12º 12º
211 Procedimentos na anca e/ou no fémur, exceto procedimentos articulares major, idade> 17 anos, sem CC C 192 13º 14º
219 Procedimentos no membro inferior e/ou no úmero, exceto na anca, pé ou fémur, idade >17 anos, sem CC C 189 14º 13º
853 Procedimentos cardiovasculares percutâneos, com stent eluídor de fármacos, com enfarte agudo do miocárdio C 189 15º 15º
167 Apendicectomia sem diagnóstico principal complicado, sem CC C 188 16º 19º
90 Pneumonia e/ou pleurisia simples, idade > 17 anos, sem CC M 169 17º 18º
544 Insuficiência cardíaca congestiva e/ou arritmia cardíaca, com CC major M 165 18º 23º
818 Substituição da anca, exceto por complicações C 164 19º 16º
775 Bronquite e/ou asma, idade < 18 anos, sem CC M 156 20º 33º
311 Procedimentos transuretrais, sem CC C 147 21º 17º
569 Perturbações dos rins e/ou das vias urinárias, exceto insuficiência renal, com CC major M 140 22º 26º
557 Perturbações hepatobiliares e/ou pancreáticas, com CC major M 134 23º 39º
383 Outros diagnósticos pré-parto, com complicações médicas M 131 24º 22º
122 Perturbações circulatórias com enfarte agudo do miocárdio, sem complicações major, alta vivo M 128 25º 24º
Tabela 28 - 25 GDH’s Mais frequentes no internamento
80
GDH Designação GDH 2012 2011 n.º %
371 Cesariana, sem CC 662 748 -86 -11,5%
359 Procedimentos no útero e/ou seus anexos, por carcinoma in situ e/ou doença não maligna, sem CC 268 252 16 6,3%
494 Colecistectomia laparoscópica, sem exploração do colédoco, sem CC 209 234 -25 -10,7%
211 Procedimentos na anca e/ou no fémur, exceto procedimentos articulares major, idade> 17 anos, sem CC 192 194 - 2 -1,0%
219 Procedimentos no membro inferior e/ou no úmero, exceto na anca, pé ou fémur, idade> 17 anos, sem CC 189 205 -16 -7,8%
853 Procedimentos cardiovasculares percutâneos, com stent eluídor de fármacos, com enfarte agudo do miocárdio 189 194 - 5 -2,6%
167 Apendicectomia sem diagnóstico principal complicado, sem CC 188 178 10 5,6%
818 Substituição da anca, exceto por complicações 164 191 -27 -14,1%
311 Procedimentos transuretrais, sem CC 147 187 - 40 -21,4%
116 Outras implantações de pacemaker cardíaco permanente 126 147 -21 -14,3%
162 Procedimentos para hérnia inguinal e/ou femoral, idade> 17 anos, sem CC 123 121 2 1,7%
808 Procedimentos cardiovasculares percutâneos, com enfarte agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca ou choque 117 104 13 12,5%
381 Abortamento com dilatação e/ou curetagem, curetagem de aspiração e/ou histerotomia 106 126 -20 -15,9%
224 Procedimentos no ombro, cotovelo ou antebraço, exceto procedimentos major nas articulações, sem CC 103 120 -17 -14,2%
651 Cesariana de alto risco, sem CC 98 108 -10 -9,3%
585 Procedimentos major no estômago, esófago, duodeno, intestino delgado e/ou intestino grosso, com CC major 96 124 -28 -22,6%
149 Procedimentos major no intestino delgado e/ou no intestino grosso, sem CC 89 93 -4 -4,3%
158 Procedimentos no ânus e/ou estomas, sem CC 81 73 8 11,0%
160 Procedimentos para hérnia exceto inguinal e/ou femoral, idade >17 anos, sem CC 81 69 12 17,4%
2 Craniotomia, idade> 17 anos, sem CC 81 63 18 28,6%
229 Procedimentos na mão ou no punho, exceto procedimentos major nas articulações, sem CC 77 128 - 51 -39,8%
315 Outros procedimentos no rim e/ou nas vias urinárias, em B.O. 74 96 - 22 -22,9%
148 Procedimentos major no intestino delgado e/ou no intestino grosso, com CC 67 92 - 25 -27,2%
165 Apendicectomia com diagnóstico principal complicado, sem CC 59 85 - 26 -30,6%
260 Mastectomia subtotal por doença maligna, sem CC 59 74 - 15 -20,3%
Tabela 29 - GDH Cirúrgicos
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 81
GDH Designação GDH 2012 2011 n.º %
629 Recém-nascido, peso ao nascer> 2499g, sem procedimento significativo em B.O., com diagnóstico de recém-nascido normal 2.266 2.391 -125 -5,2%
373 Parto vaginal, sem diagnósticos de complicação 1.306 1.376 -70 -5,1%
89 Pneumonia e/ou pleurisia simples, idade> 17 anos, com CC 515 520 -5 -1,0%
541 Perturbações respiratórias, exceto infeções, bronquite ou asma, com CC major 513 535 -22 -4,1%
14 Acidente vascular cerebral com enfarte 446 457 -11 -2,4%
372 Parto vaginal, com diagnósticos de complicação 418 416 2 0,5%
430 Psicoses 315 282 33 11,7%
127 Insuficiência cardíaca e/ou choque 274 287 -13 -4,5%
533 Outras perturbações do sistema nervoso, exceto acidente isquémico transitório, convulsões e/ou cefaleias, com CC major 242 243 -1 -0,4%
90 Pneumonia e/ou pleurisia simples, idade> 17 anos, sem CC 169 181 -12 -6,6%
544 Insuficiência cardíaca congestiva e/ou arritmia cardíaca, com CC major 165 143 22 15,4%
775 Bronquite e/ou asma, idade < 18 anos, sem CC 156 123 33 26,8%
569 Perturbações dos rins e/ou das vias urinárias, exceto insuficiência renal, com CC major 140 136 4 2,9%
557 Perturbações hepatobiliares e/ou pancreáticas, com CC major 134 110 24 21,8%
383 Outros diagnósticos pré-parto, com complicações médicas 131 143 -12 -8,4%
122 Perturbações circulatórias com enfarte agudo do miocárdio, sem complicações major, alta vivo 128 137 -9 -6,6%
121 Perturbações circulatórias com enfarte agudo do miocárdio e/ou complicações major, alta vivo 127 111 16 14,4%
379 Ameaça de abortamento 123 118 5 4,2%
620 Recém-nascido, peso ao nascer entre 2000 e 2499g, sem procedimento significativo em B.O., com diagnóstico de recém-nascido normal 120 133 -13 -9,8%
316 Insuficiência renal 113 82 31 37,8%
321 Infeções dos rins e/ou das vias urinárias, idade> 17 anos, sem CC 113 130 -17 -13,1%
88 Doença pulmonar obstrutiva crónica 113 78 35 44,9%
204 Perturbações do pâncreas, exceto por doença maligna 110 128 -18 -14,1%
208 Perturbações das vias biliares, sem CC 103 145 -42 -29,0%
320 Infeções dos rins e/ou das vias urinárias, idade> 17 anos, com CC 103 101 2 2,0%
Tabela 30 – GDH’s Médicos
82
Ambulatório programado
A atividade em regime de ambulatório diminuiu signi-
ficativamente em todas as linhas de atividade, fato em
grande parte justificado por não ter sido realizada ati-
vidade adicional.
Cirurgia de ambulatório
A atividade cirúrgica de ambulatório em 2012 confirma
a tendência decrescente verificada nos últimos anos,
apresentando uma redução significativa na ordem dos
35,71%. Esta quebra é particularmente acentuada nas
especialidades de Oftalmologia e Dermatologia, espe-
cialidades onde o hospital apresenta fortes restrições ao
nível dos recursos médicos.
Indicadores 2010 2011 2012 Δ 2012face 11 (nº)
Δ 2012face 11 (%)
Qua
ntita
tivos
Nº Cirurgias Ambulatório 5.426 4.584 2.947 -1.637 -35,71%
Nº Consultas Médicas 206.125 207.820 185.157 -22.663 -10,91%
Nº 1as Consultas Médicas 62.883 61.288 54.235 -7.053 -11,51%
Nº Sessões 21.433 23.010 18.191 -4.819 -20,94%
Qua
litat
ivos
% Cirurgias Ambulatório no total Atividade Cirúrgica Programada 57,45 49,78 40,85 -8,93 -17,94%
Taxa de Acesso às Consultas Externas 30,51 29,78 29,29 -0,49 -1,64%
Nº de Sessões HDI por Doente 4,14 4,58 4,75 0,17 3,76%
Tabela 31 - Indicadores da atividade programada de ambulatório
Especialidade 2010 2011 2012 Δ 2012face 11 (nº)
Δ 2012face 11 (%)
Cirurgia Geral 627 642 692 50 7,79%
Cirurgia Pediátrica Geral 230 344 155 -189 -54,94%
Cirurgia Pediátrica Urológica 25 75 27 -48 -64,00%
Cirurgia Plástica e Reconstrutiva 164 172 331 159 92,44%
Dermatologia 991 677 179 -498 -73,56%
Estomatologia 70 95 68 -27 -28,42%
Ginecologia 229 394 282 -112 -28,43%
Neurocirurgia 0 1 0 -1 -100,00%
Oftalmologia 2.447 1.176 553 -623 -52,98%
Ortopedia 323 526 282 -244 -46,39%
Otorrinolaringologia 193 206 164 -42 -20,39%
Pneumologia 12 32 23 -9 -28,13%
Urologia 18 96 45 -51 -53,13%
Senologia 97 148 146 -2 -1,35%
Total 5.426 4.584 2.947 -1.637 -35,71%
Tabela 32 - Número de cirurgias de ambulatório por especialidade
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 83
A tabela 33 identifica os 25 GDH’s mais produzidos (cerca
de 87% do total produzido) nesta linha de atividade.
GDH Designação GDH 2012 2011 n.º %
222 Procedimentos no joelho, sem CC 573 83 490 590,36%
266 Enxerto cutâneo e/ou desbridamento, exceto por úlcera da pele ou celulite, sem CC 281 586 -305 -52,05%
119 Laqueação venosa e flebo-extração 215 131 84 64,12%
39 Procedimentos no cristalino, com ou sem vitrectomia 204 517 -313 -60,54%
162 Procedimentos para hérnia inguinal e/ou femoral, idade> 17 anos, sem CC 171 115 56 48,70%
270 Outros procedimentos na pele, no tecido subcutâneo e/ou na mama, sem CC 137 124 13 10,48%
262 Biópsia e/ou excisão local da mama por doença não maligna 132 104 28 26,92%
6 Descompressão do túnel cárpico 114 128 -14 -10,94%
160 Procedimentos para hérnia exceto inguinal e/ou femoral, idade> 17 anos, sem CC 110 39 71 182,05%
343 Circuncisão, idade <18 anos 100 104 -4 -3,85%
40 Procedimentos extraoculares, exceto na órbita, idade> 17 anos 85 69 16 23,19%
359 Procedimentos no útero e/ou seus anexos, por carcinoma in situ e/ou doença não maligna, sem CC 72 83 -11 -13,25%
42 Procedimentos intraoculares, exceto na retina, íris e/ou cristalino 58 56 2 3,57%
187 Extrações e/ou restaurações dentárias 53 84 -31 -36,90%
466 Continuação de cuidados, sem história de doença maligna como diagnóstico adicional 45 79 -34 -43,04%
163 Procedimentos para hérnia, idade <18 anos 42 45 -3 -6,67%
267 Procedimentos perianais e/ou pilonidais 41 55 -14 -25,45%
364 Dilatação e/ou curetagem e/ou conização, exceto por doença maligna 38 41 -3 -7,32%
55 Procedimentos diversos no ouvido, nariz, boca e/ou garganta 38 34 4 11,76%
60 Amigdalectomia e/ou adenoidectomia, idade <18 anos 37 37 0 0,00%
465 Continuação de cuidados, com história de doença maligna como diagnóstico adicional 35 16 19 118,75%
468 Procedimentos extensos, em B.O., não relacionados com o diagnóstico principal 34 2 32 1600,00%
494 Colecistectomia laparoscópica, sem exploração do colédoco, sem CC 32 18 14 77,78%
158 Procedimentos no ânus e/ou estomas, sem CC 31 34 -3 -8,82%
362 Laqueação de trompas, endoscópica 31 61 -30 -49,18%
Tabela 33 - 25 GDH’s Mais produzidos.
84
Consulta externa
As Consultas Externas registaram um decréscimo de
10,91%, tendo sido realizadas menos 22.663 consultas
face a 2011, sendo que este decréscimo de atividade re-
sulta, quer de primeiras consultas, quer de subsequentes.
A tendência decrescente é mais acentuada nas especia-
lidades cirúrgicas, em linha portanto, com a quebra pro-
dutiva das intervenções cirúrgicas.
Indicadores de atividade 2010 2011 2012 Δ 2012face 11 (nº)
Δ 2012face 11 (%)
Primeiras 62.883 61.288 54.235 -7.053 -11,51%
Seguintes 143.242 146.532 130.922 -15.610 -10,65%
Total 206.125 207.820 185.157 -22.663 -10,91%
Tabela 34 - Evolução das consultas externas por tipo
Efetivamente as especialidades que apresentaram maiores
subidas foram na área médica: Pediatria (+1.609), Oncolo-
gia Médica (1.589) e Medicina Física e Reabilitação (1.228).
O número de primeiras consultas baixou em 2012 em li-
nha com o total de consultas: um decréscimo na ordem
dos 11%. Em termos absolutos a quebra foi de 7.053 con-
sultas, valor que se distancia da quebra verificada em
2011: menos 1.595.
Todavia em 2012, em termos relativos, é mantida uma
Taxa de Acesso semelhante a 2011, na ordem dos 29%,
ficando ligeiramente aquém do objetivo contratualizado
para este indicador (30%).
Saliente-se que cerca de 15% das consultas marcadas não
foram realizadas, sendo a principal razão a falta do utente.
Acresce referir que, proporcionalmente, as consultas
provenientes dos Centros de Saúde aumentaram 0,85%,
no universo das primeiras consultas.
Apesar deste indicador ter melhorado, caso tivessem
sido realizadas as cerca de 7.800 consultas marcadas e
não realizadas, o objetivo definido em Contrato Progra-
ma para a acessibilidade em primeiras consultas teria
sido alcançado.
Gráfico 9 - Evolução das consultas por origem de referência (%)
Cuidadosde saúde
Urgências Interna-mento
Hospitalde dia
Consultaprivada
Outros
14,8
8
12,7
2
11,1
2
11,4
7
0,08
0,08
2,93
2,43
40,7
6
42,2
3
30,2
2
31,0
7
20112012
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 85
Especialidade 2010 2011 2012 Δ 2012face 11 (nº)
Δ 2012face 11 (%)
Anestesiologia 5.166 5.428 3.612 -1.816 -33,46%
Cardiologia 5.685 7.065 6.891 -174 -2,46%
Cirurgia Geral 13.285 16.013 12.821 -3.192 -19,93%
Cirurgia Plástica 2.483 2.331 2.175 -156 -6,69%
Dermatologia 8.898 8.090 4.889 -3.201 -39,57%
Doenças Infecciosas 3.840 4.405 4.519 114 2,59%
Endocrinologia 292 298 295 -3 -1,01%
Estomatologia 2.523 2.423 2.919 496 20,47%
Gastrenterologia 10.247 11.181 10.261 -920 -8,23%
Genética 0 206 112 -94 -45,63%
Ginecologia 7.338 7.911 7.660 -251 -3,17%
Hematologia Clinica 9.351 10.746 7.322 -3.424 -31,86%
Imunoalergologia 1.321 1.547 1.750 203 13,12%
Imuno-hemoterapia 9.881 10.415 9.924 -491 -4,71%
Medicina Física e Reabilitação 5.446 6.448 7.676 1.228 19,04%
Medicina 11.885 10.594 9.927 -667 -6,30%
Nefrologia 7.948 6.644 5.518 -1.126 -16,95%
Neurocirurgia 2.161 3.777 2.193 -1.584 -41,94%
Neurologia 2.437 3.189 3.240 51 1,60%
Obstetrícia 10.714 10.228 9.726 -502 -4,91%
Oftalmologia 17.832 10.261 7.960 -2.301 -22,42%
Oncologia Médica 7.600 8.428 10.017 1.589 18,85%
Ortopedia 14.862 15.774 11.589 -4.185 -26,53%
Otorrinolaringologia 4.643 5.813 5.616 -197 -3,39%
Pediatria 11.449 8.436 9.750 1.314 15,58%
Pneumologia 4.856 5.305 5.632 327 6,16%
Psiquiatria 9.030 10.285 9.710 -575 -5,59%
Reumatologia 1.581 1.226 1.166 -60 -4,89%
Senologia 5.757 6.466 4.947 -1.519 -23,49%
Urologia 4.583 5.426 4.679 -747 -13,77%
Medicina no Trabalho 3.031 1.461 661 -800 -54,76%
Total 206.125 207.820 185.157 -22.663 -10,91%
Tabela 35 - Número de consultas externas por especialidade
86
Especialidade 2010 2011 2012 Δ 2012face 11 (nº)
Δ 2012face 11 (%)
Anestesiologia 3.715 2.845 1.821 -1.024 -35,99%
Cardiologia 1.833 2.177 2.253 76 3,49%
Cirurgia Geral 5.837 5.893 5.527 -366 -6,21%
Cirurgia Plástica 731 700 735 35 5,00%
Dermatologia 3.068 3.491 2.335 -1.156 -33,11%
Doenças Infeciosas 352 309 658 349 112,94%
Endocrinologia 90 102 86 -16 -15,69%
Estomatologia 1.008 951 1.058 107 11,25%
Genética 0 156 60 -96 -61,54%
Gastrenterologia 2.810 3.005 2.607 -398 -13,24%
Ginecologia 2.544 2.530 2.274 -256 -10,12%
Hematologia Clinica 635 506 602 96 18,97%
Imunoalergologia 273 264 276 12 4,55%
Imuno-Hemoterapia 1.618 1.951 1.544 -407 -20,86%
Medicina Física e Reabilitação 1.694 2.050 2.650 600 29,27%
Medicina 3.072 2.441 2.454 13 0,53%
Nefrologia 1.156 1.148 979 -169 -14,72%
Neurocirurgia 848 805 951 146 18,14%
Neurologia 899 1.289 1.287 -2 -0,16%
Obstetrícia 5.013 4.694 4.460 -234 -4,99%
Oftalmologia 7.205 3.272 2.635 -637 -19,47%
Oncologia Médica 767 960 1.483 523 54,48%
Ortopedia 6.697 6.790 5.120 -1.670 -24,59%
Otorrinolaringologia 2.129 2.941 2.709 -232 -7,89%
Pediatria 3.851 3.427 2.878 -549 -16,02%
Pneumologia 1.194 1.187 1.309 122 10,28%
Psiquiatria 1.115 804 733 -71 -8,83%
Reumatologia 332 221 226 5 2,26%
Senologia 864 1.011 1.116 105 10,39%
Urologia 1.289 1.476 1.290 -186 -12,60%
Medicina no Trabalho 244 112 119 7 6,25%
Total 62.883 59.508 54.235 -5.273 -8,86%
Tabela 36 - Número de primeiras consultas externas por especialidade
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 87
Hospital de dia
O Hospital de Dia registou um decréscimo de 4.819 ses-
sões, menos 20,94% que em 2011.
Esta diminuição verificou-se especialmente na especiali-
dade de Infeciologia, que reduziu 87,58% o seu número
de sessões, ou seja, menos 3.053. representando 63% de
toda a quebra produtiva.
No entanto, esta diminuição não é real, pois resulta de ajus-
tamentos ao nível dos registos administrativos destes trata-
mentos, dado que em anos transatos o registo da colheitas
de sangue eram registados como sessões de infeciologia,
Todavia, o aumento do número de sessões por doen-
te é de destacar, dado que a quebra produtiva não foi
acompanhada na mesma proporção pela diminuição do
número de doentes tratados.
Especialidade 2010 2011 2012 Δ 2012face 11 (nº)
Δ 2012face 11 (%)
Doenças infeciosas 4.075 3.486 433 -3.053 -87,58%
Hematologia clínica 572 641 819 178 27,77%
Hemodialise 2.823 3.439 2.966 -473 -13,75%
Nefrologia 798 711 595 -116 -16,32%
Oncologia (s/quimioterapia) 4.576 5.096 3.908 -1.188 -23,31%
Outros 3.605 4.076 4.129 53 1,30%
Pediatria 2.550 2.043 1.657 -386 -18,89%
Pneumologia 852 756 949 193 25,53%
Psiquiatria 1.582 2.762 2.735 -27 -0,98%
Total 21.433 23.010 18.191 -4.819 -20,94%
Tabela 37 - Número de sessões no Hospital de Faro por especialidade
Gráfico 10 Evolução de sessões por doente (%)
Gráfico 11 Doentes tratados (%)
3,15
6,803,55
6,484,75
3,82
2010 20102011 20112012 2012
88
GDH’s médicos de ambulatório
O quadro seguinte identifica os GDH’s médicos produzi-
dos em ambulatório. À semelhança dos anos anteriores,
os GDH’s gerados no âmbito do tratamento das patolo-
GDH Designação GDH 2012 2011 n.º %
409 Radioterapia 16.132 15.234 898 5,89%
410 Quimioterapia 6.581 6.669 - 88 -1,32%
125 Perturbações circulatórias exceto enfarte agudo do miocárdio, com cateterismo cardíaco, sem diagnóstico complexo 307 321 - 14 -4,36%
35 Outras perturbações do sistema nervoso, sem CC 149 164 - 15 -9,15%
854 Procedimentos cardiovasculares percutâneos, com stent eluidor de fármacos, sem enfarte agudo do miocárdio 88 88
100 Sintomas e/ou sinais respiratórios, sem CC 86 27 59 218,52%
876 Quimioterapia com leucemia aguda como diagnóstico adicional ou com uso de alta dose de agente quimioterapêutico 61 115 -54 -46,96%
323 Cálculos urinários, com CC e/ou litotrícia extracorporal por ondas de choque 60 100 -40 -40,00%
466 Continuação de cuidados, sem história de doença maligna como diagnóstico adicional 48 101 -53 -52,48%
117 Revisão de pacemaker cardíaco, exceto substituição do gerador 30 30
124 Perturbações circulatórias exceto enfarte agudo do miocárdio, com cateterismo cardíaco e/ou diagnóstico complexo 20 17 3 17,65%
118 Substituição do gerador de pacemaker cardíaco 8 8
465 Continuação de cuidados, com história de doença maligna como diagnóstico adicional 7 36 -29 -80,56%
543 Perturbações circulatórias, exceto enfarte agudo do miocárdio, endocardite, insuficiência cardíaca congestiva e/ou arritmia, com CC major 7 15 -8 -53,33%
550 Outros procedimentos vasculares, com CC major 6 6
852 Procedimentos cardiovasculares percutâneos, com stent não eluidor de fármacos, sem enfarte agudo do miocárdio 5 5
15 Acidente vascular cerebral não específico e/ou oclusão pré-cerebral sem enfarte 3 3
12 Perturbações degenerativas do sistema nervoso 2 2
432 Outros diagnósticos de perturbações mentais 2 21 -19 -90,48%
461 Procedimentos em B.O., com diagnóstico de outros contactos com os serviços de saúde 2 2
87 Edema pulmonar e/ou insuficiência respiratória 1 1
99 Sintomas e/ou sinais respiratórios, com CC 1 1
108 Outros procedimentos cardiotorácicos sem diagnóstico principal de anomalia congénita 1 1
112 Procedimentos cardiovasculares percutâneos, sem enfarte agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca ou choque 1 1
133 Aterosclerose, sem CC 1 1
341 Procedimentos no pénis 1 1
408 Perturbações mieloproliferativas ou doenças malignas mal diferenciadas, com outros procedimentos em B.O. 1 1
479 Outros procedimentos vasculares, sem CC 1 1
812 Disfunção, reação e/ou complicação de dispositivo ou procedimento em B.O., cardíaco ou vascular 1 6 -5 -83,33%
Tabela 38 – GHD’s Médicos de ambulatório
gias oncológicas representam 96% do total, tendo sido
registado, um crescimento de 5,89%, relativamente ao
ano transato, no que diz respeito à radioterapia.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 89
Acessibilidade
Lista de espera cirúrgica
Apesar de em 2012 se ter verificado uma redução na pro-
dução cirúrgica programada (-20%) face a 2011, esta não
influenciou o número de episódios em LIC, tendo-se verifi-
cado uma redução de 25% face ao mesmo período de 2011.
De acordo, com os dados do SIGLIC, em 31/12/2012 existiam
registados em LIC 3.736 episódios no Hospital de Faro, me-
nos 25% do que em Dezembro de 2011 (-1.255 episódios).
As especialidades onde se verificou uma maior redução foram:
Cirurgia Geral (-32%); Cirurgia Plástica (-51%); Der-
matologia Cirúrgica (-98%); Oftalmologia (-43%) e
UTCO (-42%).
A média de tempo de espera para cirurgia agravou-se
em 0,4 meses, passando dos 5,7 meses em 2011, para 6,1
meses em 2012.
Conforme dados da tabela 38, o número de episódios
com o TMEG (Tempo Máximo de Espera Garantido) redu-
ziu 25% em 2012, face a 2011. Redução esta proporcio-
nalmente equivalente à verificada nos episódios em LIC.
Indicadores de LIC 2010 2011 2012 ∆ 2012 face 2011
(nº)
∆ 2012 face 2011
(%)
Episódios em LIC 4.536 4.991 3.736 -1255 -25%
Média do tempo de espera (meses) 5,5 5,7 6,1 0,4 7%
Mediana do tempo de espera (meses) 4,7 4,6 4,5 -0,1 -2%
Episódios em LIC com tempo de espera superior à prioridade (todas as patologias) 660 864 648 -216 -25%
Episódios em LIC com tempo de espera superior a 9 meses independentemente da prioridade 551 664 575 -89 -13%
Tabela 39 - Indicadores de LIC
Serviço de urgência
Os hospitais têm pouca capacidade de intervenção no
que se refere à procura do serviço de urgência, o que
não deixa de se traduzir numa limitação do planeamen-
to desta atividade.
Contrariando a tendência crescente dos anos anterio-
res, salvaguardando que a Urgência de Obstetrícia/Gi-
necologia já havia registado um decréscimo em 2011,
o número de atendimentos baixou, na generalidade
do Serviço de Urgência (12,49%), com uma redução de
18.747 atendimentos.
Para este fato contribuiu diretamente o aumento das ta-
xas moderadoras, que manifestamente permitiu mode-
rar o recurso ao serviço, dado que em muitas situações
não seriam verdadeiramente urgentes.
Pese embora se tenha verificado uma redução na pro-
dução do Serviço de Urgência, em termos absolutos
verificou-se uma redução do número de óbitos, e uma
redução muito significativa do número de Utentes que
não responderam, sugerindo um aproveitamento mais
otimizado nos recursos existentes.
90
Destino da Urgência Geral 2010 2011 2012 Δ 2012face 11 (nº)
Δ 2012face 11 (%)
Exterior 47.863 50.506 41.284 -9.222 -18,26%
Internamento 11.397 10.583 10.465 -118 -1,11%
Falecidos 254 376 358 -18 -4,79%
Transferidos Out. Hospitais 1.590 1.652 1.492 -160 -9,69%
Consulta Externa 10.329 10.160 8.860 -1.300 -12,80%
Centro Saúde 11.239 12.272 10.745 -1.527 -12,44%
Abandono 3.823 1.877 1.665 -212 -11,29%
Não respondeu 2.180 2.703 1.904 -799 -29,56%
Tabela 40 - Destino dos doentes atendidos
Gráfico 12 Triagem de Manchester
No que se refere à classificação de grau de prioridade clí-
nica, na urgência geral, constata-se que a percentagem de
doentes urgentes aumentou face a 2011, o que contraria
a tendência de anos anteriores, confirmando-se assim a
verdadeira razão do aumento das taxas moderadoras.
Os tempos de espera para atendimento (desde a triagem
até à primeira observação médica) variam consideravel-
mente consoante a prioridade, sendo que em termos
médios, o tempo de espera na urgência geral em 2012
foi de 2horas e 34 minutos.
Cor
Genérico 0:22:36
Vermelho 00:48:44
Laranja 00:29:49
Amarelo 01:31:55
Verde 03:54:32
Azul 12:38:57
Branco 10:23:59
Total 02:33:59
Não aplicável
Vermelho Laranja Amarelo Verde Azul Branco
7,80
5,91
0,90
1,44
0,50
0,50
11,4
012
,84
51,3
054
,18
27,8
024
,76
0,40
0,38
20112012
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 91
Meios complementares de diagnóstico
Realizados no Hospital de Faro
As técnicas realizadas no Hospital revelam uma diminui-
ção em linha com a quebra registada nas diferentes linhas
de produção. De registar que todas as linhas de atividade
diminuíram a sua produção, contudo existe um decréscimo
de exames associados ainda mais expressivo, indicando, por-
tanto, uma utilização mais criteriosa dos recursos disponíveis.
Para este fato contribuiu, de forma positiva, o processo
de informatização, designadamente no que concerne à
obrigatoriedade da prescrição eletrónica por parte dos
serviços requisitantes (ver tabela 41).
MCDT`s por área requisitante 2010 2011 2012 Δ 2012face 11 (nº)
Δ 2012face 11 (%)
Hospital de Dia 82.673 84.652 72.973 -11.579 -13,69%
Urgência 669.842 671.171 587.095 -84.076 -12,53%
Consulta Externa 619.035 596.230 575.492 -20.738 -3,48%
Internamento 543.099 529.106 466.092 -63.014 -11,91%
Laboratórios 14.111 19.341 5.630 -13.711 -70,89%
Total 1.928.760 1.900.500 1.707.282 -193.118 -10,16%
Tabela 41 - Realizados no Hospital de Faro
MCDT`s por área requisitante
2010 2011 2012 Δ 2012face 11 (nº)
Δ 2012face 11 (%)
Hospital de Dia 413 250 220 -30 -12,00%
Urgência 755 129 195 66 51,16%
Consulta Externa 12.731 8.771 14.640 5.869 66,91%
Internamento 5.048 2.297 2.241 -56 -2,44%
Laboratórios 17.122 17.432 16.814 -618 -3,55%
Total 36.069 28.879 34.110 5.231 18,11%
Tabela 42 - Realizados no exterior
Realizados no exterior
Os exames requisitados ao exterior registaram em 2012
um aumento expressivo no âmbito da Consulta Exter-
na, que se deve em larga medida a exames de Imagio-
logia. O aumento desta atividade resulta da carência de
recursos médicos da especialidade, conjugada com da
suspensão da atividade adicional interna (ver tabela 42).
92
Outras atividades
Gabinete do Utente Sim – Cidadão
O Gabinete do Utente funciona em conjunto com o Ser-
viço Social. Assenta num modelo de atendimento perso-
nalizado e tem como atribuições, entre outras, as previs-
tas no Despacho 26/86 de 24/07/1986, do Ministério da
Saúde, a saber:
• Informar os utentes dos seus direitos e deveres em
relação aos Serviços de Saúde;
• Receber as reclamações sobre o funcionamento dos
Serviços e/ou o comportamento dos funcionários;
• Receber as sugestões formuladas pelos utentes no que
respeita à organização e funcionamento dos Serviços.
Ao Gabinete do Utente é conferida a responsabilidade
pela análise, tratamento, proposta de resolução e res-
posta a todas as exposições dos utentes do Serviço Na-
cional de Saúde.
O Gabinete do Utente integra o sistema designado por
Sim-Cidadão (Despacho 5081/2005, 2ª série) do Gabine-
te do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saú-
de, “que se destina a fazer a recolha, tratamento e moni-
torização das exposições feitas pelos utentes do S.N.S.”
Durante o ano de 2012, o Gabinete do Utente atendeu
535 utentes e decorrente desse atendimento acionaram-
se 1.082 atos.
Paralelamente foram recebidas 1.029 exposições na for-
ma escrita, entradas pelas diferentes vias de participa-
ção disponíveis: Livro Amarelo, Internet, carta, caixa de
sugestões, sendo que 82% correspondem a entradas no
Livro Amarelo. O quadro 1 retrata a evolução e tipologia
das exposições escritas:
Apresentam-se como causas para o aumento do número
de exposições:
• Maior consciencialização das pessoas e
participação cívica,
• Aumento dos meios disponíveis ao cidadão para
efetuarem as suas exposições,
• Maior diferenciação dos serviços,
• Alteração e adaptação aos novos procedimentos
implementados em alguns serviços, como a
urgência e a imagiologia,
• Alterações legislativas (ex. taxas moderadoras e
transporte em ambulância).
Em relação aos tempos de resposta, verifica-se um au-
mento do número de exposições respondidas em menos
de 90 dias, refletidas pelo aumento das respostas dadas
entre os 61 e os 90 dias, como pode ser observada na
tabela 44.
Mantêm-se as dificuldades em responder às exposiçes
elaboradas pelo cidadão no prazo de 30 dias.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 93
Ano Reclamação Elogio Sugestão Total
2011 782 92 30 904
2012 880 120 29 1029
Tabela 43 – Evolução e tipologia das exposições escritas.
Número de dias
Até 30 dias
De 31 a 60 dias
De 61 a 90 dias
Mais de 90 dias
2011 36.84 12.71 8.72 41.72
2012 25.82 25.12 17.52i 31.54
Tabela 44 – Tempos de resposta
94
Serviço de Auditoria Interna
A atividade de Auditoria Interna tem como objetivo cola-
borar na adoção de decisões estruturantes, que promo-
vam a qualidade do Hospital/Serviços e que contribuam
para uma otimização da gestão e desenvolvimento es-
tratégico do Hospital.
Foi com o objetivo de cumprir este desígnio que foi de-
senvolvida toda a atividade do Serviço de Auditoria In-
terna (SAI) durante o ano de 2012.
No ano em análise ocorreram algumas alterações no
funcionamento deste serviço, nomeadamente, a altera-
ção da sua designação, a mudança do auditor interno
responsável e dos recursos humanos afetos ao seu fun-
cionamento, bem como, o âmbito da sua atuação, uma
vez que a sua atividade ficou dedicada em exclusivo à
auditoria interna.
Em termos da atividade desenvolvida pelo SAI, é de re-
ferir que as alterações estruturais acima apresentadas
condicionaram em termos temporais a realização de um
Plano Anual de Auditorias (PAA) mais ambicioso, uma vez
que o mesmo foi aprovado pelo Conselho de Adminis-
tração (CA) no mês de Maio.
Cumpre ainda referir neste âmbito, que a execução do
PAA ficou também condicionada pelo número de recur-
sos humanos afetos a este serviço, que na maior parte do
ano se limitou apenas ao auditor interno.Pese embora os
condicionalismos atrás mencionados, foram cumpridos
os objetivos genéricos previstos para o ano, tendo em
termos do cumprimento do PAA sido realizadas 3 das
4 auditorias que se encontravam inicialmente prevista,
conforme se apresenta na tabela 45.
Foi também prestado o apoio solicitado pelo CA no
acompanhamento e na coordenação das respostas re-
metidas às entidades inspetoras externas (IGAS).
No âmbito das atividades internas, e no que respeita à
formação do pessoal, o auditor interno participou em
três das ações realizadas pelo IPAI - Instituto Português
de Auditoria Interna.
Por último, cumpre referir que foi reformulado o Plano
Anual de Atividades do SAI para 2012 e no mês de Dezem-
bro foi elaborado o plano para o ano de 2013, cumprindo
já as orientações previstas no novo Estatuto dos Hospitais
E.P.E. (Decreto-Lei nº 244/2012, de 9 de Novembro).
Auditorias previstas em plano de atividade de 2012
Início de trabalhos
Relatório final
Transportes de doentes não urgente 17.Mai.2012 25.Set.2012
Controle de existências em armazéns 12.Jun.2012 8.Fev.2013
Contratos de assistência técnica 8.Ago.2012 23.Jan.2013
Procedimentos de aquisições Transferida para o PAA 2013
Tabela 45 – Cumprimento do PAA.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 95
Gabinete de Comunicação
A atuação do Gabinete de Comunicação centra-se ge-
nericamente na dinamização e sistematização de ações
de comunicação interna e externa que contribuam para
melhorar a acessibilidade e proximidade do Hospital de
Faro junto dos seus públicos, bem como projetar uma
imagem positiva da instituição e dos seus profissionais,
contribuindo simultaneamente, para elevar os níveis de
motivação e sentido de pertença.
Assim, durante o ano de 2012, o Gabinete de Comunica-
ção desenvolveu e apoiou as atividades de comunicação
e de cooperação no seio do Hospital de Faro, e entre este
e outras entidades externas.
Destacam-se, pela sua importância, as seguintes ações:
• Apoio comunicacional na planificação e
concretização de ações, dentro do Hospital de
Faro ou na comunidade, desde que se revistam de
interesse para a instituição e para os seus públicos.
• Gestão de conteúdos de todas as plataformas
virtuais de comunicação – Site Institucional,
Intranet e presença do Hospital de Faro nas redes
sociais.
• Divulgação, acompanhamento e cobertura
mediática das iniciativas ou eventos importantes
para a instituição.
• Elaboração de notícias, envio de comunicados
de imprensa e redação de respostas a fornecer
à imprensa sobre matérias importantes para a
imagem do Hospital de Faro na comunidade ou no
sentido de promover a divulgação de boas práticas
ou iniciativas promovidas pelos serviços.
• Criação e dinamização da Política de Protocolos
Comerciais (vantagens para os profissionais, com o
objetivo de estimular o sentimento de pertença e
reforçar a perceção de que trabalhar no Hospital de
Faro é efetivamente uma vantagem).
• Conceção e implementação de estratégias que
reforcem a identidade visual corporativa do Hospital.
de Faro
• Criação, divulgação e padronização de materiais
gráficos e de comunicação.
• Normalização gráfica de documentação de
circulação interna e apoio na sua codificação e
implementação.
• Assessoria aos órgãos de gestão em matéria de
comunicação.
• Articulação com os órgãos de comunicação social
sobre matérias do foro institucional.
96
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 97
Capítulo 6Análise Económico-Financeira
Tal como já foi referido o ano 2012 foi um ano onde se
verificou uma alteração ao nível da gestão, passando a
gestão orçamental e ser um fator decisivo no momento
da tomada de decisão.
Esta medida estratégica permitiu:
• Redução de custos em 10,63%, registando-
se uma despesa inferior à verificada em
2011 (-14.757.557,07€), sendo que antes da
especialização do subsídio de férias a redução de
custos seria de 12,83%
• Cumprimento do Contrato Programa em termos
económico-financeiros, não se ultrapassando a
orçamento previsto, mesmo após a especialização do
subsídio de férias, custo não previsto em CP;
• EBITDA de -2.016.417,11€, aproximando-se do
indicador de eficiência económica exigido pelo
Ministério da Saúde. Contudo sem a aplicação
do acórdão do Tribunal Constitucional o valor do
EBITDA seria positivo em 1.182.244€
Resultados 2010 ∆ 2011 ∆ 2012
Resultados operacionais -14.680.390,97 € -28,86% -18.916.560,19 € 54,44% -8.618.805,73 €
Resultados financeiros -908.324,37 € 4,05% -871.559,06 € 57,54% -370.083,82 €
Resultados correntes -15.588.715,34 € -26,94% -19.788.119,25 € 54,57% -8.988.889,55 €
Resultados antes de impostos -18.224.072,75 € 6,53% -17.034.106,40 € 67,57% -5.523.671,17 €
Resultado líquido do exercício -18.229.316,68 € 6,48% -17.047.387,00 € 67,53% -5.535.277,25 €
EBITDA -10.070.630,55 € -36,83% -13.779.843,92 € 85,37% -2.016.417,11 €
Tabela 46 – Análise económico-financeira.
98
Resultados Operacionais
Resultados Financeiros
Resultados Correntes
Resultados Antes de Impostos
Resultado Líquido do Exercício
EBITDA
2010 -14680390,97 -908.324,37 -15.588.715,34 -18.224.072,75 -18.229.316,68 -10.070.630,55
2011 -18916560,19 -871.559,06 -20.528.286,89 -17.034.106,40 -17.047.387,00 -13.779.843,92
2012 -8.618.805,73 -370.083,82 -8.988.889,55 -5.523.671,17 -5.535.277,25 -2.016.417,11
Gráfico 13 Resultados económico-financeiros
0
-5000000
-10000000
-15000000
-20000000
201020112012
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 99
Conta Designação 2010 ∆ 2011 ∆ 2012
CUSTOS E PERDAS
61 Custo das merc. vendidas e das mat. consumidas 42.508.179,98 € -2,44% 41.470.267,47 € -21,85% 32.409.413,07 €
62 Fornecimentos e serviços externos 29.413.105,67 € -6,45% 27.515.803,68 € -13,14% 23.899.204,75 €
Sub-Total 71.921.285,65 € -4,08% 68.986.071,15 € -18,38% 56.308.617,82 €
CUSTOS COM PESSOAL
641+642 Remunerações 57.062.844,29 € -7,73% 52.649.477,57 € -4,24% 50.418.560,06 €
643/4/5/6/7/8 Encargos Sociais 10.055.407,91 € -10,57% 8.992.313,24 € -4,41% 8.595.690,15 €
Sub-Total 67.118.252,20 € -8,16% 61.641.790,81 € -4,26% 59.014.250,21 €
66 Amortizações e ajustamentos do exercício 4.413.347,24 € -2,23% 4.314.978,88 € -3,12% 4.180.260,28 €
67 Provisões 196.413,21 € 318,37% 821.737,39 € 194,76% 2.422.128,34 €
65 Outros custos e perdas operacionais 215.661,76 € -24,44% 162.960,55 € -7,25% 151.150,96 €
(A) 143.864.960,06 € -5,52% 135.927.538,78 € -10,19% 122.076.407,61 €
68 Juros e custos similares: 937.318,56 € -6,44% 876.985,39 € 4,87% 919.726,91 €
(C) 144.802.278,62 € -5,52% 136.804.524,17 € -10,09% 122.996.134,52 €
69 Custos e perdas extraordinários 3.844.865,32 € -47,58% 2.015.435,67 € -47,09% 1.066.268,25 €
(E) 148.647.143,94 € -6,61% 138.819.959,84 € -10,63% 124.062.402,77 €
86 Imposto sobre o rendimento do exercício 5.243,93 € 153,26% 13.280,60 € -12,61% 11.606,08 €
(G) 148.652.387,87 € -6,61% 138.833.240,44 € -10,63% 124.074.008,85 €
88 Resultado líquido do exercício -18.229.316,68 € -6,48% -17.047.387,00 € -67,53% -5.535.277,25 €
Total Geral 130.423.071,19 € 121.785.853,44 € 118.538.731,60 €
PROVEITOS E GANHOS
71 + 72 Vendas e Prestações de serviços 121.719.943,36 € -8,42% 111.476.821,26 € -3,71% 107.338.565,09 €
74 Transf. e Subs. Correntes Obtidos 138.838,23 € -35,61% 89.402,09 € 79,55% 160.519,60 €
73 + 76 Outros proveitos e ganhos operacionais 7.325.787,50 € -25,68% 5.444.755,24 € 9,44% 5.958.517,19 €
(B) 129.184.569,09 € -9,42% 117.010.978,59 € -3,04% 113.457.601,88 €
78 Juros e proveitos similares 28.994,19 € -81,28% 5.426,33 € 10029,19% 549.643,09 €
(D) 129.213.563,28 € -9,44% 117.016.404,92 € -2,57% 114.007.244,97 €
79 Proveitos e ganhos extraordinários 1.209.507,91 € 294,33% 4.769.448,52 € -4,99% 4.531.486,63 €
(F) 130.423.071,19 € -6,62% 121.785.853,44 € -2,67% 118.538.731,60 €
Tabela 47 - Demonstração comparativa de resultados por naturezas
100
Estrutura dos custos
Como se demonstra na tabela seguinte, todas as rubri-
cas de custos operacionais apresentam reduções sig-
nificativas, com especial destaque os custos das mer-
cadorias vendidas e das matérias consumidas (CMVM)
(-21,85%); dos fornecimentos e serviços externos (FSE)
(-13,14%) e dos custos com pessoal (CP) (-4,26%), sendo
que as mesma serão alvo de análise mais detalhado nas
próximas páginas.
Refira-se que os custos com pessoal e com as CMVMV
representam no seu conjunto cerca de 74%, sendo que
neste hospital os FSE também tem um peso significativo
devido, essencialmente, à necessidade de contratar ser-
viços médicos em regime de prestação de serviços para
colmatar a carência de especialistas.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 101
Designação 2010 ∆ 2011 ∆ 2012
Custo das Merc. vendidas e das Mat. consumidas 42.508.179,98 € -2,44% 41.470.267,47 € -21,85% 32.409.413,07 €
Fornecimentos e serviços externos 29.413.105,67 € -6,45% 27.515.803,68 € -13,14% 23.899.204,75 €
Outros fornecimentos e serviços 12.688,63 € 5380,72% 695.428,23 € -89,67% 71.849,72 €
Custos com pessoal 67.118.252,20 € -8,16% 61.641.790,81 € -4,26% 59.014.250,21 €
Amortizações do Imob. corpóreo e incorpóreo 4.413.347,24 € -2,23% 4.314.978,88 € -3,12% 4.180.260,28 €
Provisões do exercício 196.413,21 € 318,37% 821.737,39 € 194,76% 2.422.128,34 €
Outros custos e perdas operacionais 215.661,76 € -24,44% 162.960,55 € -7,25% 151.150,96 €
Juros e custos similares 937.318,56 € -6,44% 876.985,39 € 4,87% 919.726,91 €
Custos e perdas extraordinários 3.844.865,32 € -47,58% 2.015.435,67 € -47,09% 1.066.268,25 €
Total 148.647.143,94 € -6,61% 138.819.959,84 € -10,63% 124.062.402,77 €
Tabela 48 - Mapa comparativo de custos
Gráfico 14 Estrutura dos custos (%)
Custo dasMercadoriasVendidas edas MatériasConsumidas
Fornecimentose ServiçosExternos
Custos comPessoal
Amortizaçõesdo ImobilizadoCorpóreo eIncorpóreo
Provisões doexercício
OutrosCustos ePerdasOperacionais
Juros eCustosSimilares
Custose PerdasExtraordinários
29,8
7
26,1
2
19,8
2
19,2
6
44,4
0
47,5
7
0,12
0,12
3,11
3,37
0,63
0,74
0,59
1,95
1,45
0,86
20112012
102
Custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
Os CMVMC apresentam uma redução de despesa de
9.060.854€, sendo que foi em produtos farmacêuticos onde
se registou a maior redução absoluta (-6.114.658,84€), se-
guido do material consumo clínico (-2.601.925,51€).
Os resultados globais alcançados resultam sobretudo da
adoção de medidas gestionárias, já referidas em capítulos
anteriores, sobretudo no capítulo gestão hospitalar, con-
jugado com o acordo APIFARMA também já mencionado.
Apesar da redução significativa de custos com os produ-
tos farmacêuticos, os mesmos apresentam uma subida no
peso dos custos com consumos, passando de cerca de
76% para 78%, sendo que este crescimento é essencial-
mente justificado pelo aumento da despesa com medica-
mentos de dispensa gratuita como à frente se demonstra.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 103
Designação 2010 ∆ 2011 ∆ 2012
Produtos farmacêuticos 31.118.630,71 € 0,75% 31.351.967,79 € -19,50% 25.237.309,45 €
Medicamentos 27.880.886,04 € 1,49% 28.296.395,75 € -19,45% 22.793.380,01 €
Reagentes e produtos de diagnóstico rápido 2.625.608,50 € -4,00% 2.520.571,51 € -20,20% 2.011.361,81 €
Outros produtos farmacêuticos 612.136,17 € -12,60% 535.000,53 € -19,15% 432.567,63 €
Material de consumo clínico 10.477.103,47 € -11,17% 9.307.247,35 € -27,96% 6.705.321,84 €
Material de penso 299.714,42 € -12,22% 263.090,05 € -18,65% 214.011,21 €
Material de artigos cirurgicos 656.889,02 € 21,57% 798.573,94 € -25,05% 598.495,66 €
Material clínico de tratamento 2.472.299,51 € -5,32% 2.340.872,76 € -21,94% 1.827.384,26 €
Material de electromedecina 117.229,03 € 72,46% 202.167,99 € -46,96% 107.222,07 €
Material de laboratório 170.794,22 € 3,85% 177.378,00 € -9,55% 160.436,59 €
Material de próteses 3.940.066,48 € -20,86% 3.117.994,90 € -34,77% 2.033.750,48 €
Material de osteosintese 556.616,31 € -29,15% 394.387,42 € -16,98% 327.419,81 €
Outro 2.263.494,48 € -11,08% 2.012.782,29 € -28,63% 1.436.601,76 €
Produtos alimentares 573,64 € -49,20% 291,39 € -77,65% 65,13 €
Material de consumo hoteleiro 356.148,17 € -7,28% 330.212,72 € -20,18% 263.583,81 €
Material de consumo administrativo 300.146,49 € 2,24% 306.870,77 € -40,82% 181.594,50 €
Material de manutenção e conservação 255.577,50 € -32,05% 173.677,45 € -87,60% 21.538,34 €
Total 42.508.179,98 € -2,44% 41.470.267,47 € -21,85% 32.409.413,07 €
Tabela 49 - Custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
Gráfico 15 Evolução dos produtos farmacêuticos (%)
73,2
1
75,6
0
77,6
7
24,6
5
22,4
4
20,6
9
2,15
1,96
1,44
Produtos farmacêuticos
Material de consumo clínico
Outros consumos
201020112012
104
Produtos farmacêuticos
Dado que a despesa com medicamentos é a principal
componente dos CMCMC, merece uma análise mais por-
menorizada.
Da análise da tabela 50 conclui-se que apenas a farmácia
que manipula os medicamentos oncológicos (citotóxi-
cos) é que apresenta um aumento de consumos.
A farmácia de ambulatório é a que apresenta o maior
consumo de medicamentos hospitalares. Estes consu-
mos estão essencialmente relacionados com custos com
a dispensa gratuíta de medicamentos, e ainda a medi-
camentos consumidos no hospital de dia de oncologia.
A tabela 51 demonstra os custos com a dispensa gratuita
de medicamentos, que representam mais de 50% dos
custos com medicamentos, correspondendo a cerca de
70% dos custos da farmácia de ambulatório.
Ainda referente aos medicamentos de dispensa gratui-
ta, destacam-se os medicamentos biológicos, destina-
dos ao tratamento da patologia da artrite reumatoide
que o hospital por imperativo legal, está a dispensar
medicamente a utentes seguidos no privado (consul-
tas particulares).
Gráfico 16 Consumo de medicamentos por tipo - Farmácia
0,31
0,19
0,62
0,72
0.05
0,08
Farmácia Farmácia de ambulatório
Farmácia de citotóxicos
20112012
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 105
Tipo Farmácia 2011 2012 € %
Farmácia 8.909.972,40 4.501.120,54 € -4.408.851,86 € -49,48%
Farmácia ambulatório 17.705.184,82 16.418.865,41 € -1.286.319,41 € -7,27%
Farmácia citotóxicos 1.681.238,53 1.873.394,06 € 192.155,53 € 11,43%
Total 28.296.395,75 € 22.793.380,01 € -5.503.015,74 € -19,45%
Tabela 50 – Consumo de produtos farmacêuticos
Medicamentos por patologia 2010 2011 2012 € %
HIV 6.582.235,23 € 6.946.305,45 7.216.628,17 € 70.322,72 € 3,75%
Insuficientes renais crónicos 614.587,90 € 451.496,87 516.495,81 € 64.998,94 € 12,58%
Doença de Gaucher 91.330,53 € 198.842,37 268.415,85 € 69.573,48 € 25,92%
Medicação doentes oncológicos 438.409,83 € 394.546,51 428.232,07 € 33.685,56 € 7,87%
Medicação doentes tuberculose e lepra 886,49 € 376,4 536,69 € 160,29 € 29,87%
Medicação doentes de Hunter 371.036,25 € 382.366,36 390.663,00 € 8.296,64 € 2,12%
Artrite, reumatoide, EA, AP, AIJP e Psor P 1.574.278,30 € 1.772.524,92 1.954.086,37 € 181.561,45 € 9,29%
Doença Crohn 372.198,20 € 326.692,21 375.602,08 € 48.909,87 € 13,02%
Medicação doentes esclerose múltipla 834.121,19 € 862.374,53 905.316,11 € 42.941,58 € 4,74%
Medicação esclerose Lat. Ami. (ELA) 29.212,74 € 20.346,02 14.261,95 € -6.084,07 € -42,66%
Hepatite C 186.381,22 € 192.381 177.966,23 € -14.414,77 € -8,10%
Medicamentos cedidos c/ autorização do Conselho de Administração 139.757,07 € 106.528,34 90.691,43 € -15.836,91 € -17,46%
Medicamentos para doentes com Hemofi./ hemoglo/lupus 134.134,46 € 155.933,03 336.723,28 € 180.790,25 € 53,69%
Doentes com síndrome de Lennox - Gastaurt 434,45 € 2.018,18 2.489,51 € 471,33 € 18,93%
Total 11.369.003,86 € 11.812.732,19 € 12.678.108,55 € 865.376,36 € 6,83%
Tabela 51 - Medicamentos por patologia. Período compreendido entre janeiro e dezembro.
106
Medicamentos por patologia 2010 2011 2012 n.º %
HIV 809 874 925 51 5,84%
Insuficientes renais crónicos 1090 1058 930 -128 -12,10%
Doença Gaucher 1 1 1 0 0,00%
Medicação doentes oncológicos 1514 1295 1318 23 1,78%
Medicação doentes tuberculose e lepra 28 15 19 4 26,67%
Medicação doentes de Hunter 1 1 1 0 0,00%
Artrite, reumatoide, EA, AP, AIJP e Psor P 181 217 231 14 6,45%
Doença de Crohn 30 31 41 10 32,26%
Medicação doentes esclerose múltipla 106 113 119 6 5,31%
Medicação esclerose Lat. Ami. (ELA) 21 18 17 -1 -5,56%
Hepatite C 58 59 51 -8 -13,56%
Medicamentos cedidos c/ autorização do C.A. 112 104 105 1 0,96%
Medicamentos para doentes com Hemofi./ hemoglo/lupus 4 3 10 7 233,33%
Doentes com síndrome de Lennox - Gastaurt 2 3 4 1 33,33%
Tabela 52 – Medicamentos por patologia: número de doentes.
Medicamentos por patologia 2010 2011 2012 ∆ %
HIV 8.136,26 € 7.947,72 € 7.801,76 € -1,84%
Insuficientes renais crónicos 563,84 € 426,75 € 555,37 € 30,14%
Doença de Gaucher 91.330,53 € 198.842,37 € 268.415,85 € 34,99%
Medicação doentes oncológicos 289,57 € 304,67 € 324,91 € 6,64%
Medicação doentes tuberculose e lepra 31,66 € 25,09 € 28,25 € 12,57%
Medicação doentes de Hunter 371.036,25 € 382.366,36 € 390.663,00 € 2,17%
Artrite, reumatoide, EA, AP, AIJP e Psor P 8.697,67 € 8.168,32 € 8.459,25 € 3,56%
Doença de Crohn 12.406,61 € 10.538,46 € 9.161,03 € -13,07%
Medicação doentes esclerose múltipla 7.869,07 € 7.631,63 € 7.607,70 € -0,31%
Medicação esclerose Lat. Ami. (ELA) 1.391,08 € 1.130,33 € 838,94 € -25,78%
Hepatite C 3.213,47 € 3.260,69 € 3.489,53 € 7,02%
Medicamentos cedidos c/ autorização do CA 1.247,83 € 1.024,31 € 863,73 € -15,68%
Medicamentos para doentes com Hemofi./ hemoglo/lupus 33.533,62 € 51.977,68 € 33.672,33 € -35,22%
Doentes com síndrome de Lennox - Gastaurt 217,23 € 672,73 € 622,38 € -7,48%
Total 8.136,26 € 7.947,72 € 7.801,76 € -1,84%
Tabela 53 – Medicamentos por patologia: Custo médio unitário por doente
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 107
Material consumo clínico
Os custos com material de consumo clínico, no exer-
cício em análise, apresentam uma redução de 27,96%
(-2.601.925€), resultantes da diminuição da despesa com
próteses (-1.084.244€); material cirúrgico (-200.078€) e
outros consumos (-576.180€).
Importa referir que apesar dos custos com próteses
apresentarem uma diminuição em termos relativos, os
custos com material de tratamento sofreram um aumen-
to de cerca de 2,1%.
Gráfico 17 Evolução do material de consumo clínico (%)
37,6
1
33,5
0
30,3
3
1,63
1,91
2,39
1,12
2,17
1,60
23,6
0
25,1
5
27,2
5
6,27
8,58
8,93
21,6
0
21,6
3
21,4
2
5,31
4,24
4,88
2,86
2,83
3,19
Material de penso
Material de artigos cirúrgicos
Material clínico de tratamentos
Material de eletromedicina
Material de laboratório
Material de próteses
Material de osteosíntese
Outro
201020112012
108
Gráfico 18 Evolução dos fornecimentos e serviços externos (%)
Fornecimento e serviços externos
Os fornecimentos e serviços externos (FSE) apresenta-
ram em 2012, custos no valor de 23.899.204€, no entan-
to, verifica-se uma diminuição de 3.616.599€ face a 2011.
Os subcontratos conjuntamente com os FSE III represen-
tam cerca de 88% desta despesa.
Relativamente aos subcontratos os mesmos represen-
tam um acréscimo da despesa, o qual está estritamente
relacionado com as alterações da responsabilidade fi-
nanceira dos SIGIC realizados no exterior, que até 2011
era da Administração Regional de Saúde da região, pas-
sando em 2012 pela metodologia da CP, para o hospital
de origem.
Esta alteração levou a um crescimento exponencial dos
custos relacionados com entidade do Ministério da Saú-
de, uma vez que a atividade realizada no convencionado
é faturada pela ARS Algarve.
No FSE III, os custos mais representativos são os trabalhos
especializados e os custos com conservação e reparação.
Relativamente aos trabalhos especializados a diminuição
do custo está associado à diminuição dos custos com a
contratação dos serviços médicos, por força da reorganiza-
ção de serviços, mas também pela aplicação de normativos
legais, nomeadamente no que se refere a custo por hora.
41,0
4
46,8
7
38,4
1
5,00
9,56
6,52 2,95
2,17
3,55
50,9
7
41,1
0
48,9
8
0,04
0,30
2,53
Subcontratos FSE I FSE II FSE III Outros FSE
201020112012
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 109
Designação 2010 ∆ 2011 ∆ 2012
Fornecimentos e Serviços Externos 29.413.105,67 € -6,45% 27.515.803,68 € -13,14% 23.899.204,75 €
Subcontratos 12.072.139,03 € -12,45% 10.569.637,68 € 5,98% 11.201.513,03 €
Realizados em entidades MS 2.185.237,12 € -8,23% 2.005.435,74 164,27% 5.299.736,38 €
Outras Entidades 9.886.901,91 € -13,38% 8.564.201,94 -31,09% 5.901.776,65 €
FSE I 1.469.413,86 € 22,13% 1.794.623,45 € 27,28% 2.284.111,95 €
Eletricidade 709.838,97 € 18,12% 838.492,15 € 26,46% 1.060.330,58 €
Combustíveis 154.563,58 € 81,06% 279.854,79 € -86,02% 39.126,39 €
Água 417.549,76 € 25,63% 524.549,54 € 16,30% 610.026,94 €
Outros fluidos 0,00 € 0,00% 0,00 € 100,00% 387.431,67 €
Ferramentas e utensílios de desgaste rápido 847,27 € 32,94% 1.126,38 € 331,13% 4.856,17 €
Livros e documentação técnica 13.194,17 € -20,62% 10.473,06 € -55,99% 4.608,68 €
Material de escritório 2.869,71 € 80,44% 5.178,00 € 168,52% 13.904,01 €
Artigos para oferta 305,49 € -71,58% 86,83 € -100,00% 0,00 €
Rendas e alugueres 169.556,98 € -20,46% 134.862,70 € 21,48% 163.827,51 €
Despesas de representação 687,93 € -100,00% 0,00 € 0,00% 0,00 €
FSE II 866.786,39 € 12,83% 977.979,51 € -46,91% 519.209,53 €
Comunicação 288.351,09 € -19,43% 232.318,08 € -25,55% 172.950,34 €
Seguros 5.817,90 € -46,56% 3.108,88 € 74,90% 5.437,48 €
Royalties 0,00 € 0,00% 0,00 € 0,00% 0,00 €
Transportes de mercadorias 4.486,69 € -99,75% 11,28 € 6764,27% 774,29 €
Transportes de pessoal 0,00 € 100,00% 23,76 € -100,00% 0,00 €
Deslocações e estadias 63.974,10 € -14,65% 54.604,74 € -50,89% 26.814,34 €
Comissões 0,00 € 0,00% 0,00 € 0,00% 0,00 €
Honorários 504.156,61 € 36,45% 687.912,77 € -54,47% 313.233,08 €
FSE III 14.992.077,76 € -10,10% 13.478.134,81 € -27,12% 9.822.520,52 €
Contencioso e notariado 4.219,00 € -55,32% 1.885,06 € 18,84% 2.240,20 €
Conservação e reparação 2.040.568,93 € 15,36% 2.354.049,20 € -2,49% 2.295.444,38 €
Publicidade e propaganda 10.968,70 € -50,48% 5.432,03 € 232,87% 18.081,61 €
Limpeza, higiene e conforto 478.582,70 € 4,26% 498.981,65 € -0,51% 496.420,93 €
Vigilância e segurança 582.980,35 € 10,60% 644.771,01 € -16,69% 537.156,32 €
Trabalhos especializados 11.874.758,08 € -16,01% 9.973.015,86 € -35,09% 6.473.177,08 €
Outros fornecimentos e serviços 12.688,63 € 5380,72% 695.428,23 € -89,67% 71.849,72 €
Tabela 54 - Mapa comparativo de custos
110
Custos com pessoal
Apesar do orçamento do hospital para 2012 ter sido ela-
borado de acordo com orientações emanadas através da
LOE 2012, houve a necessidade de em março do corren-
te ano especializar o custo referente ao subsídio de férias,
após o Tribunal Constitucional determinar o pagamento de
férias em 2013.
Apesar desta medida administrativa, o Hospital de Faro
apresentou uma redução significativa em custos com pes-
soal, tal como previa no seu orçamento.
Os custos com pessoal, tal como já foi referido, é rubrica
com maior peso relativo, à semelhança de anos anteriores.
A redução deste custo é de 4,26% (-2.627.540,60 €), sendo
que se excluirmos a especialização do subsídio de férias, a
redução dos custos seriam de 9,2% (-5.675.050,97 €).
Em 2012, todas as variáveis dos Custos com Pessoal apre-
sentaram uma redução, em particular os custos associa-
dos às remunerações do pessoal onde se verificou uma
redução na ordem dos 2.213.739 €.
Consultar página 111
Estrutura dos proveitos
Os proveitos em 2012 apresentaram uma redução de
2,67% face ao ano transato, redução essa que resulta da
diminuição da atividade realizada e da descida por mais
um ano consecutivo dos preços unitários pagos pelo CP.
Para uma análise rigorosa face ao período anterior con-
vém ressalvar:
• Em 2012 o hospital tem valor de convergência de
cerca de 4.000 milhões, variável que nunca teve;
• A existência de uma avaliação prévia ao cumprimento
dos indicadores de qualidade e eficiência, possibilitou
a especialização dos valores correspondentes ao grau
de cumprimento dos incentivos.
Ressalve-se que o hospital apresentou atrasos significati-
vos na faturação do CP, pelo que os proveitos SNS resulta-
ram de uma estimativa de atividade, pelo que os mesmos
são previsionais.
Em resultado da descida dos preços unitários, assim como
da diminuição da atividade, os proveitos referentes à
prestação de serviços perdeu importância, ano após ano,
situando-se em 2012 nos 90%.
Consultar página 112.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 111
Gráfico 19 Remuneração do pessoal
Designação 2010 ∆ 2011 ∆ 2012
Remunerações dos órgãos diretivos 308.346,49 € -13,97% 265.270,36 € -11,44% 234.930,74 €
Remuneração do pessoal 56.754.497,80 € -7,70% 52.384.207,21 € -4,23% 50.170.467,78 €
Pensões 1.193.136,57 € -36,60% 756.488,46 € -93,79% 47.010,52 €
Encargos sem remunerações 7.878.439,73 € -4,82% 7.498.775,72 € -2,89% 7.282.270,20 €
Seg. acidentes trabalho 88.719,60 € 141,75% 214.480,82 € -5,54% 202.602,21 €
Encargos sociais voluntários 281.236,02 € -15,36% 238.031,86 € -21,35% 187.219,62 €
Outros custos com pessoal 613.875,99 € -53,65% 284.536,38 € -7,51% 263.162,92 €
Total 67.118.252,20 € -8,16% 61.641.790,81 € -5,28% 58.387.663,99 €
Tabela 55 – Custos com pessoal.
As remunerações de pessoal diminuíram essencialmente devido a:
• Redução de trabalho extraordinário, quer em presença física, na ordem dos 14% (-651.730€), quer em prevenção, na ordem dos 24% (-362.862€);
• Suspensão do SIGIC realizado internamente;
• Pensões em resultado da aplicação da Lei OE/2012.
41,0
4
46,8
7
38,4
1
41,0
4
46,8
7
38,4
1
41,0
4
46,8
7
38,4
1
41,0
4
46,8
7
38,4
1
41,0
4
46,8
7
38,4
1
41,0
4
46,8
7
38,4
1
41,0
4
46,8
7
38,4
1
Remunerações base do pessoal
Suplementos remuneratórios
Horas extraordinárias
Prevenções Prestações sociais diretas
Noites e suplementos
Subsídios de férias e de natal
201020112012
112
Gráfico 20 Evolução dos proveitos (%)
Designação 2010 ∆ 2011 ∆ 2012
Vendas e prestações de serviços 121.719.943,36 € -8,42% 111.476.821,26 € -3,71% 107.338.565,09 €
Proveitos suplementares 865.117,26 € -19,59% 695.621,61 € 12,86% 785.079,03 €
Transf. E Subs. correntes obtidos 138.838,23 € -35,61% 89.402,09 € 79,55% 160.519,60 €
Outros proveitos e ganhos operacionais 6.460.670,24 € -26,49% 4.749.133,63 € 8,93% 5.173.438,16 €
Juros e proveitos similares 28.994,19 € -81,28% 5.426,33 € 10029,19% 549.643,09 €
Proveitos e ganhos extraordinários 1.209.507,91 € 294,33% 4.769.448,52 € -4,99% 4.531.486,63 €
Total Geral 130.423.071,19 € -6,62% 121.785.853,44 € -2,67% 118.538.731,60 €
Tabela 56 - Mapa comparativo de proveitos
201020112012
93,3
3
90,5
5
91,5
4
0,66
0,66
0,57
0,11
0,14
0,07
4,95
4,36
3,90
0,02
0,46
0,00
0,93
3,82
3,92
Vendas e prestações de serviços
Proveitos suplementares
Trasnsferências e subsídios corrente sobtidos
Outros proveitos e ganhos operacionais
Juros e proveitos similares
Proveitos e ganhos extraordinários
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 113
Análise financeira e patrimonial
Esta análise, que incide sobre os dados do Balanço, per-
mite constatar que houve um acréscimo do ativo total,
que, à semelhança dos anos anteriores se fica a dever
aos Acréscimos e Diferimentos, que assumem um peso
de 81% no Ativo e são registados em contrapartida da
previsão das receitas faturáveis ao SNS.
De salientar que, até à data de 31 de Dezembro de 2012,
não foi possível fechar toda a faturação SNS de 2010 e 2011,
pelos atrasos na validação das faturas por parte da ACSS.
Esta situação não tem permitido o encerramento formal
dos processos de faturação e o procedimento dos acertos
de contas previstos nos Contratos-Programa, razão pela
qual se verifica um aumento do valor dos Acréscimos e
Diferimentos, proveniente do acumulado referente aos
anos 2010/2011/2012.
Nas tabelas que se seguem encontra-se registado o Ba-
lanço Comparativo em termos absolutos e percentuais.
Entende-se dever salientar que quanto ao ativo lí-
quido, em 31 de Dezembro de 2012 o mesmo as-
cendia a 418.268.878,52€ para um Capital próprio de
-36.291.279,76 € e um passivo de 454.560.158,28 €.
Refira-se que o aumento da dívida de terceiros é conse-
quência do fecho da faturação do CP 2009, dado que a
ACSS, até à data, não efetuou a correspondência do valor
da verba recebida para pagar a dívida vencida a fornece-
dores em 2012, ao valor referente a cada ano de CP não
fechado, em termos de faturação (2009; 2010; 2011; 2012).
O crescimento do passivo total a curto prazo é uma conse-
quência das provisões, conjuntamente com os pagamentos
por conta das Prestações de Serviços efetuados pela ACSS e
os valores dos empréstimos efetuados pelo FASP-SNS.
Os adiantamentos anteriormente referidos, com origem
na ACSS, irão continuar a influenciar os valores do pas-
sivo de curto prazo, enquanto não for possível ajustar os
tempos de aceitação da faturação, facto que possibilitará
o débito de elevados montantes, das contas da Classe 2
para crédito das contas da Classe 7.
É de salientar a diminuição da dívida com fornecedores c/c,
no valor de 20.807.780,20 €, o que significa uma redução
de cerca de 30%. Esta diminuição resulta de dois fatores:
• Recebimento de verba por parte da ACSS para
regularização de divida vencida;
• Em 2012, os compromissos assumidos foram pagos
dentro dos prazos de pagamento negociados com o
fornecedor.
114
ATIVO 2010 A L
∆ 2011 A L
∆ 2012 A L
IMOBILIZADO:
Imobilizações Incorpóreas 0,00 € 0,00% 0,00 € 0,00% 0,00 €
Imobilizações Corpóreas 62.852.683,67 € 0,49% 63.162.384,37 € -4,54% 60.295.545,22 €
Investimentos Financeiros 0,00 € 0,00% 0,00 € 0,00% 0,00 €
Sub-total 62.852.683,67 € 0,49% 63.162.384,37 € -4,54% 60.295.545,22 €
CIRCULANTE:
Existências 3.340.693,91 € -12,90% 2.909.634,27 € 37,78% 4.008.776,28 €
Dívidas de terceiros:
Curto prazo 13.876.488,24 € -22,78% 10.715.276,34 € 54,39% 16.543.627,61 €
Depósitos Bancários e Caixa 180.944,99 € -20,59% 143.686,28 € 316,17% 597.984,42 €
Sub-total 17.398.127,14 € -20,86% 13.768.596,89 € 53,61% 21.150.388,31 €
Acréscimos e Diferimentos: 249.509.031,45 € 31,63% 328.423.218,68 € 2,56% 336.822.944,99 €
Total do Ativo 329.759.842,26 € 22,92% 405.354.199,94 € 3,19% 418.268.878,52 €
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 2010 ∆ 2011 ∆ 2012
CAPITAL PRÓPRIO:
Capital 22.422.097,00 € 0,00% 22.422.097,00 € 0,00% 22.422.097,00 €
Reservas de Reavaliação 42.466.225,74 € 0,00% 42.466.225,74 € 0,00% 42.466.225,74 €
Restantes Reservas e Out. Capitais Próprios 11.849.232,97 € 1,00% 11.968.080,17 € 0,52% 12.030.293,77 €
Resultados Transitados -72.397.915,34 € 25,18% -90.627.232,02 € 18,81% -107.674.619,02 €
Sub-total 4.339.640,37 € -417,33% -13.770.829,11 € -123,34% -30.756.002,51 €
Resultado líquido do exercício -18.229.316,68 € -6,48% -17.047.387,00 € -67,53% -5.535.277,25 €
Total do Capital Próprio -13.889.676,31 € -121,88% -30.818.216,11 € -17,76% -36.291.279,76 €
PASSIVO 2010 ∆ 2011 ∆ 2012
Provisões 0,00 € 100,00% 576.871,54 € 288,00% 2.238.264,50 €
Curto prazo 331.054.438,88 € 28,33% 424.836.444,78 € 2,97% 437.466.636,31 €
Acréscimos e Diferimentos: 12.595.079,69 € -14,58% 10.759.099,73 € 38,07% 14.855.257,47 €
Total do Passivo 343.649.518,57 € 26,92% 436.172.416,05 € 4,22% 454.560.158,28 €
Total do Capital Próprio e Passivo 329.759.842,26 € 22,92% 405.354.199,94 € 3,19% 418.268.878,52 €
Tabela 57 – Balanço comparativo.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 115
Conta Designação 2010 2011 2012
ATIVO
IMOBILIZADO:
43+441/6+449 Imobilizações incorpóreas Brutas 0,00% 0,00% 0,00%
42+441/6+448 Imobilizações corpóreas Brutas 19,06% 15,58% 14,42%
41+441/6+447 Investimentos financeiros Brutos 0,00% 0,00% 0,00%
Total do Ativo Imobilizado 19,06% 15,58% 14,42%
CIRCULANTE:
32 a 37 Existências Brutas 1,01% 0,72% 0,96%
21/2/4/5/6 Dívidas de terceiros - curto prazo - Brutas 4,21% 2,64% 3,96%
11 a 14 Depósitos bancários e caixa 0,05% 0,04% 0,14%
Total do Ativo Circulante 5,28% 3,40% 5,06%
27 Acréscimos e Diferimentos 75,66% 81,02% 80,53%
Total do Ativo 100% 100% 100%
CAPITAL PRÓPRIO:
51 Capital 6,80% 5,53% 5,36%
56 Reservas de Reavaliação 12,88% 10,48% 10,15%
52/3/5+572/9 Restantes reservas e outros capitais próprios 3,59% 2,95% 2,88%
59 Resultados transitados (- 21,95% ) (- 22,36% ) (- 25,74% )
88 Resultado líquido do exercício (- 5,53% ) (- 4,21% ) (- 1,32% )
Total do Capital Próprio (- 4,21% ) (- 7,60% ) (- 8,68% )
PASSIVO
29 Provisões 0,00% 0,14% 0,54%
21/2/3/4/5/6 Dívidas a terceiros - curto prazo 100,39% 104,81% 104,59%
27 Acréscimos e Diferimentos 3,82% 2,65% 3,55%
Total do Passivo 104,21% 107,60% 108,68%
Total do Capital Próprio + Passivo 100% 100% 100%
Tabela 58 – Balanço comparativo em %
116
Indicadores económico- -financeiros
Neste ponto será efetuada a análise a alguns dos indica-
dores mais significativos para a gestão e que permitem
dar uma visão geral da situação económica e financeira,
à data do encerramento das contas, sendo que, generi-
camente e por comparação com o ano anterior, a grande
maioria se deterioraram.
O rácio da Autonomia Financeira indica o grau de inde-
pendência do Hospital de Faro em relação aos seus cre-
dores. A Instituição tem uma autonomia financeira abaixo
dos valores considerados razoáveis tendo este indicador
piorado em 2012.
O rácio de Solvabilidade, calculado para apurar a capacidade
que a Entidade tem para fazer face aos seus compromissos a
médio e longo prazo é negativo, o que ilustra a vulnerabili-
dade da Instituição, e a dependência dos credores.
O rácio de Liquidez, demonstra a capacidade financeira
da Instituição face aos compromissos, Indica em que me-
dida as dívidas de curto prazo estão cobertas por ativos
circulantes mobilizáveis, caso seja necessário proceder ao
pagamento dos passivos circulantes exigíveis. O Hospital
de Faro, apresenta um índice inferior à unidade (1), o que
se torna preocupante, na medida em que o mesmo não
deveria ser inferior a 1,3.
No entanto, o rácio de Liquidez Geral não permite, só por
si, tirar conclusões determinantes sobre a verdadeira li-
quidez da Instituição. Assim, para completar e melhorar a
informação dada pelo indicador em apreço é usual anali-
sar o valor do rácio de Liquidez Reduzida. Este indicador,
pretende medir a capacidade de cumprimento dos com-
promissos de curto prazo, não considerando a totalidade
do ativo circulante, mas apenas a parte deste que não diz
respeito às existências.
A lógica subjacente refere que as existências não se
transformam em meios líquidos tão rapidamente como
os restantes ativos circulantes. Os valores aceitáveis para
este rácio situam-se entre 0,9 e 1,1, denotando tanto mais
liquidez, quanto mais próximo estiver da unidade, o que
não se verifica no caso do Hospital de Faro, uma vez que
esse rácio apresenta um valor 0,03.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 117
Código Rácios 2010 2011 2012 Tendência
AF Ativo Fixo (Imobilizado Líquido) 62.852.683,67 € 63.162.384,37 € 60.295.545,22 € Irregular mas Pior
CP Capital Próprio (Total Fundo Patrimonial) -13.889.676,31 € -30.818.216,11 € -36.291.279,76 € Irregular mas Pior
PC Passivo Corrente (Curto Prazo) 331.054.438,88 € 424.836.444,78 € 437.466.636,31 € Pior
EDV Endividamento 104,25% 107,66% 108,68% Pior
ATF Autonomia Financeira -4,25% -7,66% -8,68% Pior
LQG Liquidez Geral 0,04 0,03 0,04 Melhor mas sem cobertura
LQR Liquidez Reduzida 0,03 0,02 0,03 Melhor mas sem cobertura
LQI Liquidez Imediata 0,001 0,0003 0,0014 Melhor mas sem cobertura
ST Solvabilidade Total -0,04 -0,07 -0,08 Pior
ROI Rentabilidade do Ativo Líquido (Return on Investment) -5,58% -4,24% -1,32% Melhor
RA Rotação do Activo (turnover) 0,37 0,28 0,26 Pior
CI Cobertura do Imobilizado -0,22 -0,49 -0,60 Pior
Tabela 59 – Listagem geral de indicadores
118
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 119
Capítulo 7Governo da Sociedade
Em cumprimento do disposto na resolução do Conselho
de Ministros nº 49/2007 de 28 março, que aprovou os
Princípios do Bom Governo, passamos a apresentar as
suas componentes:
Missão, objetivos e politicas da empresa
Missão
Caracterizar-se como hospital central de referência no
SNS e na região, com funções diferenciadas na prestação
de cuidados de saúde, na formação pré e pós-graduada
e contínua, sustentadas na permanente atualização do
conhecimento científico e técnico dos seus profissionais.
Caracterizar-se como garante na segurança em saúde de
todos os que habitam ou visitam a região do Algarve e a
sua área de influência.
Visão
Consolidar-se como unidade de excelência no sistema
de saúde, com competência, saber e experiência, dotada
dos mais avançados recursos técnicos e terapêuticos, vo-
cacionada para a garantia da equidade e universalidade
do acesso e de assistência, com vista à elevada satisfação
dos doentes e dos profissionais.
Valores
• Focalização total e geral no doente.
• Respeito pela dignidade humana, pela diversidade
cultural e direitos do doente.
• Universalidade e equidade no acesso aos cuidados
de saúde.
• Elevados padrões de humanização, qualidade e
competência técnica dos serviços prestados.
• Eficácia e eficiência na utilização dos recursos.
• Garantia de integridade, confidencialidade,
privacidade e cordialidade.
• Responsabilidade social e ambiental.
120
Regulamentos internos e externos a que a empresa está sujeita
Através do Decreto-Lei nº 180/2008, de 26 de Agosto, o
Hospital de Faro foi enquadrado no regime jurídico aplicá-
vel às designadas entidades públicas empresariais, cujos
estatutos foram anteriormente aprovados pelo Decreto-
Lei n.º 233/2005, de 29 de Dezembro, com as alterações
legais entretanto introduzidas, e com as especificidades
estatutárias que constam do respetivo anexo.
Assim sendo, o Hospital de Faro é uma pessoa coletiva
de direito público, e de natureza empresarial, dotado de
autonomia administrativa, financeira e patrimonial, inte-
grado na rede de prestação de cuidados de saúde do
denominado Serviço Nacional de Saúde Português, com
o número de pessoa coletiva 508 718 872, e com sede na
Rua Leão Penedo em Faro.
Ademais, ao abrigo do preceituado no artigo 6º dos su-
praditos Estatutos, através do Despacho Conjunto n.º
17422/2011, de 21 de Dezembro, dos Excelentíssimos Se-
nhores Ministros de Estado e das Finanças e da Saúde, foi
nomeado, pelo período de três anos, o atual Conselho de
Administração do Hospital de Faro EPE.
Ora, sendo presidido pelo Mestre Pedro Manuel Men-
des Henriques Nunes, o órgão de administração é ainda
integrado pelo Dr. Jorge Manuel Domingues Salvador,
que assumiu o cargo de Diretor Clínico, pelo Enf.º José
Fernando Vieira dos Santos nas funções de Enfermeiro-
Diretor, pela Dra. Graça Maria Palma Pereira, e pelo Dr.
Luís Miguel da Costa e Cunha Martins, ambos com car-
gos de Vogais do Conselho de Administração.
Neste quadro, o Hospital de Faro rege-se pelo diploma
próprio da sua criação, toda a respetiva legislação en-
quadradora, pelo regime jurídico do apontado sector
empresarial do Estado, pelas normas próprias em vigor
para o Serviço Nacional de Saúde, pelas demais normas
legais de gestão hospitalar em vigor, e, ainda por todas
as normas gerais e especiais que, por força da sua natu-
reza jurídica, lhe foram igualmente aplicáveis.
Por outro lado, importa salientar que, o Regulamento
Interno Hospital de Faro, E.P.E. foi totalmente revisto
em 2012 pelo atual Conselho de Administração e, nova-
mente restituído a Sua Excelência o Senhor Ministro da
Saúde precisamente para efeitos da necessária homolo-
gação ministerial (cfr. preceitua o art.7º do Decreto-Lei
n.º180/2008, de 26 de Agosto).
No que concerne a este item, convém fazer notar que,
do ponto de vista funcional e operacional, foram neste
hospital preparados em 2012 modernos normativos in-
ternos das áreas de apoio e de serviços, que granjearam
fundamentalmente formalizar e restruturar a nova orga-
nização interna da prestação dos cuidados de saúde, que
foram alvo de uma cuidada avaliação preambular, e de
uma posterior validação por parte do órgão colegial que
chefia o hospital.
Nesta linha, não podemos olvidar que, algumas das
obrigações do Hospital de Faro constam justamente do
indicado Regulamento Interno, que foi desenhado total-
mente de acordo com as novas diretrizes de departa-
mentalização do hospital, com os planos estratégicos su-
periormente aprovados, e, ainda, em estreita articulação
com as atribuições específicas das demais instituições
integradas no seio do Serviço Nacional de Saúde.
Donde, foram cá produzidos, e/ou devidamente atuali-
zados no ano de 2012 os normativos internos seguintes:
• O Regulamento de Planeamento e Controlo de
Assiduidade de Recursos Humanos;
• O Regulamento do Gabinete da Qualidade e
Segurança do doente;
• O Regulamento da Comissão de Farmácia e
Terapêutica;
• Manual de Processo “Anatomia Patológica”;
• O Regulamento do Serviço de Urgência Obstétrica e
Ginecológica;
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 121
Informação sobre as transações relevantes
O Hospital de Faro mantém relações relevantes com várias
Entidades destacando-se, de entre elas:
• ACSS – Administração Central do Sistema de
Saúde, à qual é faturada a prestação de cuidados
de saúde aos utentes do SNS, de acordo com
o estipulado no Contrato-Programa assinado
anualmente. No ano de 2010 entraram em vigor
novas regras de faturação, as quais determinaram
que os Subsistemas Públicos – ADSE, IASFA,
ADMGA e SAD/PSP – fossem integrados no sistema
de pagamentos do SNS, ou seja, o Hospital de
Faro passou a faturar as prestações de serviços
efectuados para estes subsistemas, à ACSS.
• ARS Algarve, para a qual o Hospital emite
facturação relacionada com os seguintes
fornecimentos: Prestação de Cuidados de Saúde
a cidadãos com o Cartão Europeu (E111), Exames
Médicos, vários tipos de Medicamentos, tratamento
de utentes internados na Unidade de Convalescença
de Loulé no âmbito de Protocolo celebrado com
a RNCCI e ainda outros serviços prestados no
âmbito de Protocolos de natureza diversa. Em
sentido contrário, recebe facturação emitida pelo
Laboratório Regional de Saúde Pública – Laura
Ayres (sob tutela da ARS), no âmbito do estudo
e tratamento do sangue e seus derivados, SIGIC
realizado em entidades convencionadas bem como
outras, de pequeno montante e naturezas diversas.
• Seguradoras e outros terceiros responsáveis a
quem é emitida facturação sempre que um utente
receba cuidados de saúde devido a uma causa
imputável a um terceiro;
• Utentes em nome individual (independentes)
que não demonstrem possuírem o estatuto de
beneficiários do SNS ou de outro sistema que
ofereça garantias semelhantes, e que não tenham
cobertura de seguros de protecção na doença;
• INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica
com o qual vigora Protocolo na área da assistência
pré-hospitalar
• SUCH – Serviços de Utilização Comum dos
Hospitais, o Hospital de Faro integra este consórcio,
sendo particularmente relevante a intervenção desta
Entidade nos Serviços Gerais e nos Serviços de
Instalações e Equipamentos.
Informação sobre outras transações
Procedimentos Adotados na Aquisição de Bens e Serviços
No que respeita à aquisição de serviços e à contratação
de empreitadas, o Hospital de Faro rege-se por normas
de direito privado, com exceção dos procedimentos que
impõem a aplicação do regime do direito comunitário
relativo à contratação pública, nos termos do estipulado
no Código dos Contratos Públicos (CCP), aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro.
Os Manuais de Controlo Interno existentes garantem o
cumprimento rigoroso dos princípios gerais da livre con-
corrência, transparência e boa gestão.
Transações que não Ocorrem em Condições de Mercado
Não existiram transações que não tenham ocorrido em
condições de mercado.
122
Fornecedores relevantes
Listagem das Entidades com fornecimentos superiores a
Um Milhão de Euros e que representam mais de 5% do
valor total dos mesmos:
Nº Nome Nº Contribuinte Montante
F9814046 GILEAD SCIENCES, LDA. 503604704 3.418.404
F9801216 A.R.S. ALGARVE - ADMINSTRACAO REGIONAL DE SAÚDE 503148709 3.390.237
F9803349 QUADRANTES FARO-UNID.RADIOTER.ALGARVE, LDA 505446120 2.947.269
F9819142 SUCH-SERV.UTILIZAÇAO C.HOSPITAIS 500900469 2.580.395
F9818171 ROCHE FARMACÊUTICA QUÍMICA, LDA. 500233810 2.183.714
F9801417 AMGEN - BIOFARMACEUTICA, LDA. 502942959 1.837.172
F9801171 ABBOTT LABORATORIOS, LDA 500006148 1.820.897
F9802141 BRISTOL-MYERS SQUIBB ,SA 500048193 1.747.686
F9821018 UNIÃO MEDICA HISPANO-PORTUGUESA, S.L. 980297427 1.668.917
F9813356 MERCK SHARP & DOHME, LDA. 500191360 1.419.938
F9812131 LABORATORIOS PFIZER, LDA. 500162166 1.419.736
F9802045 BAXTER MEDICO-FARMACEUTICA, LDA. 503347345 1.042.717
Tabela 60 - Fornecedores relevantes
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 123
Indicação do modelo de governo e identificação dos membros dos órgãos socais
Identificação dos Órgãos Sociais
Nos termos do Decreto-Lei 233/2005, de 29 Dezembro, a
Administração e Fiscalização foi composta durante o ano
de 2012 pelos seguintes elementos:
Cargo Órgãos sociais Eleição Mandato
Presidente
Vogal
Vogal
Diretor clínico
Enf.Diretor
Conselho de Administração
Mestre Pedro Manuel Mendes Henriques Nunes
Dr. Luis Miguel da Costa e Cunha Martins
Dra. Graça Maria Palma Pereira
Dr. Jorge Manuel Domingues Salvador
Enfº José Fernando Vieira dos Santos
Despacho
MEF e MS
n.º 17422/2011
de 28.12
2011-2013
Efetivo
Suplente
Fiscal Único
Grant Thornton & Associados, SROC n.º 67, representada pelo Dr. Carlos Lisboa Nunes, ROC n.º 427 Alves da Cunha, A. Dias & Associados, SROC n.º 74
Despacho Secretária de Estado do Tesouro e Finanças n.º 351/2012 de 22.03
2011-2013
Tabela 61 – Identificação dos órgãos sociais
124
Funções e responsabilidades
Mandato 2011/2013
O Conselho de Administração e os seus Membros, desenvol-
vem as suas funções de acordo com o estipulado no Decreto-
Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro, das quais destacamos:
Compete ao Conselho de Administração garantir o cum-
primento dos objetivos básicos, bem como o exercício de
todos os poderes de gestão que não estejam reservados
a outros órgãos, e em especial:
• Propor planos de ação anuais e plurianuais e
respetivos orçamentos, bem como os demais
instrumentos de gestão previsional legalmente
previstos, e assegurar a respetiva execução;
• Celebrar Contratos-Programa externos e internos;
• Definir linhas de orientação a que devem obedecer
a organização e o funcionamento do hospital E. P. E.
nas áreas clínicas e não clínicas, propondo a criação
de novos serviços, sua extinção ou modificação;
• Definir políticas referentes a recursos humanos,
incluindo remunerações dos trabalhadores e dos
titulares dos cargos de direção e chefia;
• Autorizar a realização de trabalho extraordinário e
de prevenção dos trabalhadores do hospital E. P. E.,
independentemente do seu estatuto, bem como
autorizar o respetivo pagamento;
• Designar o pessoal para cargos de direção e chefia;
• Aprovar o regulamento disciplinar do pessoal e as
condições de prestação e disciplina do trabalho;
• Apresentar os documentos de prestação de contas,
nos termos definidos na lei;
• Aprovar e submeter a homologação do Ministro da
Saúde, o regulamento interno e fazer cumprir as
disposições legais e regulamentares aplicáveis;
• Decidir sobre a realização de ensaios clínicos e
terapêuticos, ouvida a comissão de ética, sem
prejuízo do cumprimento das disposições aplicáveis;
• Acompanhar e avaliar sistematicamente a atividade
desenvolvida pelo hospital E. P. E., designadamente
responsabilizando os diferentes sectores pela
utilização dos meios postos à sua disposição e pelos
resultados atingidos, nomeadamente em termos da
qualidade dos serviços prestados;
• Tomar conhecimento e determinar as medidas
adequadas, se for caso disso, sobre queixas e
reclamações apresentadas pelos utentes;
• Decidir sobre a admissão e gestão do pessoal;
• Autorizar a aplicação de todas as modalidades de
regimes de trabalho legalmente admissíveis;
• Exercer a competência em matéria disciplinar
prevista na lei, independentemente da relação
jurídica de emprego;
• Acompanhar a execução do orçamento, aplicando
as medidas destinadas a corrigir os desvios em
relação às previsões realizadas;
• Assegurar a regularidade da cobrança das dívidas e
autorizar a realização e o pagamento da despesa do
Hospital de Faro E. P. E.;
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 125
• Tomar as providências necessárias à conservação
do património afeto ao desenvolvimento da sua
atividade e autorizar as despesas inerentes, previstas
no plano de investimentos.
Sem prejuízo do disposto no número anterior e em nor-
mas especiais, o Conselho de Administração detém, ain-
da, as competências legalmente atribuídas aos titulares
dos cargos de direção superior de 1.º grau da adminis-
tração central do Estado relativamente aos funcionários e
agentes da Administração Pública.
O Conselho de Administração pode delegar as suas com-
petências nos seus membros ou demais pessoal de direção
e chefia, com exceção das previstas nas alíneas a) a j) do n.º
1, definindo em ata os limites e condições do seu exercício.
Relativamente a este assunto encontra-se publicado em
Diário de República:
• Deliberação (extrato) nº 291/2013 de
1 Fevereiro 2013;
• Deliberação (extrato) n.º 1341/2012 de
28 Setembro de 2012;
• Deliberação (extrato) n.º 125/2013 de
17 Janeiro de 2013
126
Remunerações dos membros dos órgãos sociais
Estatuto remuneratório fixado
Conselho Administração
Presidente:
• Remuneração de 3.655,80 euros, 14 vezes por ano;
• Despesas de Representação de 1.279,53 euros, 12
vezes por ano;
• Subsidio de Refeição de 4,27 euros por dia de
trabalho;
Vogais
• Remuneração de 2.975,83 euros a partir de abril 2012,
14 vezes por ano (3.233,98 euros até abril de 2012)
• Despesas de Representação de 1.190,33 euros a
partir de abril de 2012, 12 vezes por ano; (970,19
euros até abril)
• Subsidio de Refeição de 4,27 euros por dia de trabalho;
Diretor Clínico
• Remuneração de 4.107,02 euros, 14 vezes por ano.
• Despesas de Representação de 970,19 euros, 12
vezes por ano;
• Subsidio de Refeição de 4,27 euros por dia de trabalho;
Enfermeiro Diretor
• Remuneração de 2.975,83 euros a partir de abril
2012, 14 vezes por ano; (3.233,98€ até abril)
• Despesas de Representação de 1.190,33 euros a
partir de abril 2012, 12 vezes por ano; (970,19 euros
até abril)
• Subsidio de Refeição de 4,27 euros por dia de trabalho;
Fiscal ÚnicoMandato II
Fixada pelo n.º 2 do Despacho da Senhora Secretária de
estado do Tesouro n.º 351/2012 de 22 de Março no valor
de 10.967,18€.
A remuneração anual ilíquida do Fiscal Único efetivo
do Hospital de Faro, E.P.E., é a constante do contrato de
prestação de serviços celebrado entre o Conselho de Ad-
ministração deste Hospital e o respetivo Fiscal Único, em
harmonia com o estabelecido nos artigos 59.º e 60.º dos
Estatutos da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas,
com o limite máximo equivalente a 22,5% da quantia cor-
respondente a 12 meses do vencimento de base mensal
ilíquido atribuído, nos termos legais, ao presidente do
conselho de administração do Hospital de Faro, E.P.E.,
sem prejuízo do previsto no n.º 1 do artigo 12.º da lei n.º
12-A/2010, de 30 de Junho, no artigo 19.º da lei n.º 55-
A/2010, de 31 de Dezembro, e das reduções futuras que
vierem a ser legalmente definidas.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 127
Análise da sustentabilidade da empresa nos domínios económicos, social e ambiental
Estratégias adotadas
A contínua empresarialização do sector da Saúde em
Portugal, a situação económico-financeira do Serviço
Nacional de Saúde, os modelos de financiamento, as
crescentes exigências dos nossos utentes, as novas prá-
ticas em saúde, bem como as crescentes evoluções em
tecnologias de informação, acarretam uma crescente
necessidade de definir uma linha orientadora, decidindo
quais os objetivos prioritários que nos permitam atingir
os melhores resultados.
O desafio crucial para o Hospital em 2012 foi implemen-
tar um elevado grau de flexibilidade que lhe permitisse
adaptar-se às mudanças e que sejam coerentes com as
expectativas dos utentes da sua área de influência.
No momento atual, face às alterações da pirâmide de-
mográfica e ao aumento das doenças crónicas e onco-
lógicas, o planeamento dos próximos dois anos (2012 e
2013) assenta nas seguintes premissas: aplicar as reco-
mendações que contribuam para a melhoria do acesso e
da qualidade dos cuidados, consolidando o sistema inte-
grado de gestão, para que possam obter-se mais ganhos
em saúde, num quadro de sustentabilidade. Para o efeito
exigem-se melhorias ao nível da gestão do desempenho
nas seguintes áreas:
• Acessibilidade aos cuidados de saúde;
• Qualidade e segurança nos serviços prestados aos
utentes;
• Desenvolvimento da política de gestão integrada;
• Promover o desenvolvimento e a motivação dos
Recursos humanos;
• Sustentabilidade económico-Financeira;
• Participar no desenvolvimento de políticas de
cooperação entre os vários intervenientes do SNS,
sobretudo com a ARS Algarve.
Políticas prosseguidas com vista a garantir a eficiência económica, financeira social e ambiental
Sustentabilidade económico-financeira
Para que o Hospital possa garantir a sua sustentabilidade
é imprescindível que consiga promover um elevado en-
volvimento de todos os seus responsáveis.
No domínio económico, o Hospital deve atingir um ex-
cedente bruto de exploração positivo (EBITDA positivo),
ou seja, deve conseguir gerar meios libertos líquidos su-
ficientes para o seu auto financiamento, quer em termos
da sua atividade quer em termos de potenciais investi-
mentos. A obtenção deste resultado está dependente do
modelo de financiamento em vigor, que se caracteriza
por:
• Os hospitais E.P.E. são financiados nos termos da base
XXXIII da Lei de Bases da Saúde, com as alterações
introduzidas pela Lei n.º 27/2002, de 8 de Novembro;
• O pagamento dos atos e atividades dos hospitais
E.P.E. pelo Estado é feito através de Contratos-
Programa a celebrar com o Ministério da Saúde
no qual se estabelecem os objetivos e metas
qualitativas e quantitativas, sua calendarização, os
meios e instrumentos para os prosseguir;
• O endividamento dos hospitais E.P.E. não pode
exceder em qualquer momento o limite de 30% do
respetivo capital estatutário.
O Hospital de Faro, apresenta em 2012 um EBITDA negativo,
sendo que se verificou uma melhoria significativa deste in-
dicador em resultado de uma mudança da gestão corrente,
onde a gestão orçamental esteve sempre presente no mo-
mento da decisão, como já oportunamente foi demonstra-
do. Contudo, continuamos a apresentar um EBITDA nega-
tivo, assim como resultados líquidos negativos, pelo que o
hospital ainda tem um longo caminho a percorrer por forma
a garantir a sustentabilidade económico-financeira.
128
Sustentabilidade social
A nível social, o Hospital de Faro tem desenvolvido es-
forços para que todos os cidadãos da sua área de refe-
rência tenham acesso a cuidados de saúde eficientes e
atempados.
Disso foi dado conta ao longo do presente Relatório
sempre que se enunciaram e analisaram as medidas pro-
movidas relacionadas com a oferta assistencial
Por outro lado, pretendeu-se também, através de inter-
venções concretas, aumentar o grau de satisfação dos
colaboradores da organização, designadamente atra-
vés da criação de condições destinadas à melhoria das
respectivas competências e das condições de trabalho,
áreas em que o CFIC e Serviço de Saúde Ocupacional
desempenharam um papel decisivo.
Nos dias que correm, onde as dificuldades económi-
cas têm vindo a agravar-se para muitos portugueses, o
Hospital de Faro tem, também, a obrigação de ajudar os
utentes e profissionais mais carenciados.
Assim, passamos a exemplificar medidas adotadas de
cariz social:
• O Serviço de Alimentação cumpre, com o artigo
6º da Lei 106/2009, em que os acompanhantes de
pessoa internada, desde que isentos do pagamento
de taxa moderadora no acesso às prestações de
saúde, no âmbito do SNS, têm direito a refeição
gratuita fornecida pelo hospital, desde que
verificado o cumprimento dos requisitos;
• O Serviço de Alimentação do Hospital de Faro,
relativamente aos excedentes, verifica a sua
integridade e no caso de estarem extremamente
íntegros, no lugar de colocar no lixo como desperdício,
entrega-os a alguns profissionais carenciados;
• O Serviço de Rouparia faculta roupa civil, a todos os
utentes que aquando a sua alta, por algum motivo,
económico-social, ou outro não têm disponível
roupa para vestirem;
• O Serviço Social dispõe de fundo de maneio que permite
após uma análise económica, ajudar os utentes na
compra de medicamentos ou na deslocação de utentes
entre o hospital e a sua residência.
Sustentabilidade ambiental
A sustentabilidade ambiental é uma visão que os Ser-
viços Gerais e Ambiente têm vindo a desenvolver nos
últimos anos, o que se demonstra através da evolução
da triagem e encaminhamento dos resíduos, das várias
fileiras e fluxos, produzidos no âmbito da atividade di-
ária de um hospital.
A atividade diária de um hospital, como o Hospital de
Faro, não produz apenas resíduos sólidos perigosos, mas
também resíduos de risco biológico e químico e, resídu-
os não perigosos como os equiparados a urbanos.
Um hospital produz ainda resíduos líquidos perigosos,
lâmpadas fluorescentes, resíduos elétricos e eletróni-
cos, resíduos específicos da atividade oficinal, como por
exemplo latas de tinta ou de diluente.
Todos estes resíduos têm de ser devidamente conten-
torizados e corretamente encaminhados, consoante
o fluxo a que pertencem. Muitas vezes esses resíduos
específicos, mas com produção devida à atividade não
clínica exercida num hospital, são facilmente esquecidos
no exercício de gestão de resíduos hospitalares.
O Hospital de Faro, na prossecução de uma política de
sustentabilidade ambiental, tem vindo a identificar to-
dos os tipos de resíduos produzidos e a trabalhar para
um encaminhamento 100% correto, de todas as fileiras
e fluxos.
De igual forma, tem sido trabalhada a formação interna
dos profissionais de saúde, através de formações em ser-
viço, numa quantidade sensivelmente de 6 ações por ano.
Desta forma, pretende-se uma progressiva melhoria na
correta triagem e acondicionamento dos resíduos nos lo-
cais de produção, por parte dos nossos profissionais.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 129
Resíduos hospitalares perigosos e não perigosos
A produção de 2012 relativamente aos resíduos não pe-
rigosos e indiferenciados (Grupo I e II) e aos resíduos pe-
rigosos (Grupo III e Grupo IV) encontra-se discriminada
na tabela 62.
Observou-se uma redução em todas as tipologias de
resíduos hospitalares relativamente aos anos anteriores,
conforme demostra a tabela abaixo.
A referida redução é mais evidente nos resíduos de Grupo
III (resíduos de risco biológico) o que é resultado da política
formativa interna de melhoria da triagem de resíduos hospi-
talares.
Em 2009 iniciou-se a recolha continuada de resíduos lí-
quidos perigosos, sendo que até então existiam recolhas
pontuais e não sistematizadas. Em 2012 foram recolhidas
e encaminhadas para o gestor de resíduos, os seguintes
líquidos perigosos:
• Resíduos líquidos biológicos;
• Álcool;
• Formol;
• Xilol;
• Solventes não halogenados e,
• Amálgama dentárias.
Relativamente aos resíduos resultantes da atividade
oficinal foram recolhidos e encaminhados como fluxo
específico para a entidade gestora de resíduos, 32 qui-
logramas de embalagens contaminadas, no ano 2012,
correspondendo a uma recolha única, uma vez que este
procedimento se iniciou em Outubro de 2012.
No que respeita a resíduos das componentes recicláveis,
o Hospital de Faro separa e encaminha para a entidade
gestora as seguintes fileiras: papel e cartão, embalagens
de plástico e vidro. Para além destes resíduos recolhidos
a partir da central de ecopontos, também são realizadas
recolhas pontuais e encaminhamento para entidade ges-
tora de resíduos elétricos e eletrónicos (REE), lâmpadas
fluorescentes, pilhas e tonners.
130
Ano - 2012 Grupo I e II (indiferenciados)
Grupo III Grupo IV
Janeiro 28.310,00 21.644,30 1.750,95
Fevereiro 27.443,65 18.859,50 1.574,05
Março 29.455,95 20.405,85 1.544,60
Abril 26.374,20 18.876,40 1.389,40
Maio 30.487,50 20.937,85 1.693,30
Junho 31.464,45 19.912,45 1.551,10
Julho 28.617,15 19.189,20 1.359,65
Agosto 28.304,38 18.985,27 1.392,99
Setembro 26.314,90 17.457,70 1.279,30
Outubro 28.824,35 19.414,20 1.517,00
Novembro 26.488,00 18.609,00 1.632,70
Dezembro 26.327,45 17.956,15 1.322,10
Total anual 338.441,98 232.245,87 18.007,14
Tabela 62 - Quantidades mensais em quilogramas de resíduos hospitalares sólidos.
2010 2011 2012
Grupo 1 e 2 379.869,40 340.517,35 338.411,98
Grupo 3 276.879,70 271.814,80 232.245,87
Grupo 4 19.901,15 22.278,75 18.007,14
Tabela 63 – Evolução da redução de resíduos hospitalares.
Gráfico 21 Evolução das quantidades produzidas de resíduos hospitalares classificados como Grupo 1 e 2, Grupo 3 e Grupo 4.
Grupos 1 e 2
Grupo 3
Grupo 4
2010 20122011
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 131
Grau de cumprimento de metas fixadas
O Hospital de Faro, todos os anos faz o planeamento das
atividades para o ano seguinte, que será a base de nego-
ciação para o Contrato-Programa, celebrado anualmente
com o Ministério da Saúde.
O Contrato-Programa constitui o instrumento de defini-
ção e de quantificação das atividades a realizar pelo Hos-
pital, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde. Assim, o
Contrato Programa define, nomeadamente, os objetivos
de produção e Indicadores de Qualidade e Eficiência a
atingir, para além do Orçamento Económico-Financeiro.
No referido documento (alvo de avaliação no capítulo
5 – Gestão Hospitalar), e pode constatar-se que:
• Ao nível da atividade assistencial, não foram
alcançados os objetivos, no entanto, em termos de
atividade SNS, algumas linhas de atividade foram
superadas;
• Ao nível do orçamento, no que respeita aos custos,
o objetivo foi integralmente cumprindo., Já quanto
aos proveitos verificou-se um desvio face ao
planeado, por força da diminuição da atividade;
• Relativamente aos Indicadores de Qualidade e
Eficiência, os indicadores nacionais apresentam uma
elevada taxa de execução, já ao nível dos regionais,
a taxa de cumprimento é baixa.
• Para informação mais detalhada sobre esta matéria
consultar o capítulo 5 – Gestão Hospitalar.
Serviço público e satisfação das necessidades da coletividade
Toda a atividade do Hospital de Faro em 2012 propen-
deu para a satisfação das impreteríveis necessidades ine-
rentes ao serviço público que ministra à prezada popula-
ção que aqui ocorre, em rigorosa observância da política
nacional de saúde superiormente gizada.
Assim sendo, este Hospital cultivou em 2012 uma filo-
sofia de prestação de serviço público enformada pelos
seguintes valores:
• Uma cultura de respeito mútuo e de pendor
humanista no tratamento de todos os
nossos estimados utentes, salvaguardando,
permanentemente, os seus direitos e a sua dignidade;
• A prestação de cuidados de saúde em equipas
integradas e multidisciplinares de médicos e
de outros profissionais de saúde, focando-se
ininterruptamente nas necessidades e expectativas
dos nossos caros utentes;
• Uma formação académica e profissional contínua de
todos os nossos profissionais de saúde para, assim, se
assegurar que os mesmos são uma fonte confiável de
conhecimentos e de informação;
• A investigação constante para se poder melhorar alguns
protocolos clínicos e para promover a atualização
permanente do conhecimento e a valorização
profissional e pessoal;
• Um compromisso com a qualidade visando melhorar
os processos que suportam os cuidados de saúde
proporcionados aos nossos utentes;
• Uma saudável atmosfera de trabalho promovendo
sempre o trabalho de equipa, a responsabilidade
pessoal, a inovação, a confiança e a comunicação no
contexto hospitalar;
132
• Um compromisso social para beneficiar os cidadãos e a
comunidade através dos melhores e mais diferenciados
cuidados de saúde;
• No que tange a este ponto, podemos asseverar que,
durante todo o ano de 2012, o Hospital de Faro
cumpriu os objetivos de um genuíno serviço público.
De facto, tendo este organismo público por objeto prin-
cipal a prestação de cuidados de saúde à população
designadamente, aos beneficiários do Serviço Nacional
de Saúde, aos beneficiários dos subsistemas de saúde,
ou de entidades externas que com ele contratualizem a
prestação de cuidados de saúde, e a todos os cidadãos
em geral, foi precisamente nessa mesma linha que se
atuou durante todo o citado ano. Aliás, podemos aqui
adiantar que, os cuidados de saúde com qualidade foram
aqui uma prioridade absoluta.
Para além disso, este Hospital que, tem também por fina-
lidade o desenvolvimento de atividades de investigação,
formação e ensino, respeitou, no ano em questão, esta
mesma vertente de serviço público. Nessa ótica, mante-
ve-se a profícua cooperação com a mui reputada Univer-
sidade do Algarve, no âmbito do Protocolo de Colabora-
ção do Curso de Mestrado Integrado em Medicina.
Em suma, foi numa justa perspetiva de prestação de um
serviço público de excelência que o Hospital de Faro
pautou em 2012 toda a sua atividade, caracterizando-se
a mesma pela prestação de diferenciados cuidados de
saúde acessíveis e em tempo oportuno, e sem esquecer
a necessidade de um investimento no conhecimento, na
formação, e na investigação.
Viabilidade do cumprimento dos princípios de bom governo (RCM n.º49/2007, de 28 de março), devidamente fundamentada
Podemos antecipar que, no ano de 2012, o Hospital de
Faro acatou globalmente os denominados “Princípios de
Bom Governo”, sendo seguro que, a avaliação da estri-
ta observância dessas premissas foi sendo feita, trans-
versalmente, por via de um acompanhamento direto e
persistente desenvolvido pelas distintas entidades dos
mui respeitosos Ministério da Saúde e das Ministério das
Finanças maxime, pela A.C.S.S. – Administração Central
do Sistema de Saúde, IP, pela A.R.S. do Algarve, I.P. pela
Inspeção-Geral de Atividades em Saúde, pela Direção-
Geral de Saúde, pela Entidade Reguladora da Saúde,
pelo Tribunal de Contas, e pelo Revisor Oficial de Contas.
Por outra banda, importa agora realçar que, o Hospital e
os seus decisores tiveram o firme fito de cumprir escru-
pulosamente toda a diversa legislação em vigor, tratan-
do com todo o respeito e integridade os seus trabalha-
dores, e contribuindo ativamente para a valorização pro-
fissional. Mais, o “Centro de Formação, Conhecimento e
Investigação” agenciou precisamente para se alargar as
diversas competências técnicas, e, concomitantemente,
aprofundar ao máximo os conhecimentos de todos os
profissionais e colaboradores no ano aqui em apreço.
Em síntese, alvitramos que o Hospital de Faro cumpriu os
chamados Princípios de Bom Governo, particularmente:
• Houve cumprimento da missão e dos objetivos
determinados de forma económica, financeira, social
e ambientalmente eficiente, atendendo a parâmetros
exigentes de qualidade;
• Existiu um tratamento hospitalar com equidade para
todos os nossos estimados utentes;
• Foi divulgada a nossa missão, os nossos objetivos, e
as nossas políticas internas;
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 133
• Foram elaborados os Planos de atividades e o
Orçamento adequados aos recursos e às fontes de
financiamento disponíveis;
• Foram definidas as estratégias de sustentabilidade,
com a identificação dos objetivos a atingir;
• Existiu continuamente uma igualdade de tratamento
e de oportunidades entre homens e mulheres;
• Foi produzida informação anual ao respeitoso
Ministério da Saúde e aos restantes órgãos e diversos
serviços que exercem o poder de supervisão, que
permitem avaliar os níveis de desempenho, quer na
perspetiva assistencial, quer na dimensão económica
e financeira;
• Foi cumprida a legislação e a regulamentação
em vigor, enviando-se todos os processos para
fiscalização prévia do Tribunal de Contas;
• Foram realizados procedimentos com respeito pela
integridade dos nossos trabalhadores, contribuindo-
se aqui ativamente para a sua valorização profissional;
• Existiu uma condução com integridade da atividade
do hospital, não sendo praticadas quaisquer
despesas confidenciais ou não documentadas.
Acrescenta-se, ainda, que o Hospital divulga devidamente
as remunerações e outros direitos auferidos pelos mem-
bros dos órgãos de administração e de fiscalização, fazen-
do parte das contas devidamente aprovadas pela Tutela,
e tendo permanentemente associado o respetivo suporte
documental.
Existência de código de ética
O Hospital de Faro dispõe de um «Código de Ética» apli-
cável a todo o universo hospitalar e que está disponível
na Intranet.
Além disso, acatamos em absoluto os vários códigos de
ética a que estão sujeitos a grande globalidade dos pro-
fissionais de saúde e os demais colaboradores. Donde, a
necessidade de se cumprir estritamente o código pró-
prio de cada profissão foi, sempre, aqui precavido du-
rante o ano de 2012.
Acresce mencionar que, de entre as várias e importantes
comissões de apoio técnico deste Hospital encontrou-se
em pleno funcionamento em 2012 a Comissão de Ética,
que teve por objetivo justamente zelar pela observância
de padrões de ética no exercício das ciências da saúde,
de forma a proteger, e garantir a dignidade e integridade
humana, procedendo à análise, e reflexão sobre temas
da prática clínica que envolvam questões dessa índole.
134
Informação sobre a existência de um sistema de controlo compatível com a dimensão e complexidade da empresa, de modo a proteger os investimentos e os seus ativos, o qual deve abarcar todos os riscos relevantes pela empresa.
O Hospital de Faro satisfez a sua missão, bem como os
múltiplos objetivos que lhe foram sendo fixados pela Tu-
tela de uma forma económica, financeira, social e am-
bientalmente eficiente, atendendo, sempre, a parâme-
tros de máxima qualidade, propendendo salvaguardar e
expandir a sua competitividade, mas com absoluto res-
peito pelos princípios superiormente fixados.
Por outro lado, os órgãos de administração e de fiscaliza-
ção foram devidamente nomeados pela Tutela, sendo certo
que, apresentam uma dimensão considerada apropriada à
complexidade deste hospital central, assegurando, perma-
nentemente, a eficácia ao processo de tomada de decisão
e, garantindo a capacidade efetiva de uma supervisão.
O Órgão Colegial que dirige o Hospital de Faro manteve
o sistema de controlo interno criado em 2009 que foi
elaborado com base nos Manuais de Procedimentos e
Controlo Interno, seguindo as orientações emanadas
pela ACSS, a saber:
• Manual de Compras;
• Manual de Contabilidade;
• Manual de Contas a pagar;
• Manual de Contas a receber;
• Manual de Recursos Humanos;
• Manual de Gestão de Imobilizado;
• Manual de Tesouraria;
Devemos, também, sublinhar que o Hospital de Faro
elaborou em 2012 o seu competente Relatório de Con-
tas de 2011, sendo este instrumento remetido atempa-
damente à Tutela, e a sua informação disponibilizada na
internet e na intranet.
Identificação dos mecanismos adotados com vista à prevenção de conflitos de interesse (ponto 22 da RCM n.º49/2007, de 28 de março)
Neste hospital (da esfera pública) a prevenção de confli-
tos de interesses foi reputado como um dos mais rele-
vantes Princípios de Bom Governo que importou sempre
precaver. Por isso, podemos adiantar que, durante todo
o ano de 2012 os diversos membros dos órgãos dirigen-
tes deste organismo público abstiveram-se incessante-
mente de intervir nas decisões que pudessem porven-
tura, envolver os seus próprios interesses mormente, na
aprovação de despesas por si realizadas.
De igual modo, todos os representantes do Conselho de
Administração não tomaram sequer partido nas delibe-
rações que pudessem abranger, direta ou indiretamente,
os seus próprios interesses conforme, aliás, impõe as re-
gras legais em vigor. Devemos, ainda, acrescentar que,
logo no início do mandato dos elementos que integram
o órgão de administração, foram prontamente efetuadas
as exigíveis declarações de interesses patrimoniais junto
da competente entidade fiscalizadora.
Resta-nos, ainda, mencionar que, durante todo o ano a
que se reporta este instrumento, o Conselho de Adminis-
tração granjeou cultivar uma política de total transparên-
cia em todos os domínios de atuação, uma vez que, con-
sidera que essa mesma transparência é um dos outros
princípios basilares de uma boa governação empresarial.
Explicitação
fundamentada da
divulgação de toda a
informação atualizada
prevista na RCM n.º
49/2007, de 28 março
Consultar tabela 64
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 135
Informação a constar no Site do SEE Divulgação Comentários
S N N.A.
Estatutos atualizados (PDF) x
Historial, Visão, Missão e Estratégia x
Ficha síntese da empresa x
Identificação da Empresa:
Missão, objetivos, politica, obrig. serv. público e modelo de financiamento x
Modelo Governo / Identificação dos Órgãos Sociais:
Modelo de Governo (identificação dos órgãos sociais) x
Estatuto remuneratório fixado x
Remunerações auferidas e demais regalias x
Regulamentos e Transações:
Regulamentos Internos e Externos x
Transações Relevantes c/ entidade (s) relacionada (s) x
Outras transações x
Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambiental x
Avaliação do cumprimento dos PBG x
Código de Ética x
Informação Financeira histórica e atual x
Esforço Financeiro do Estado x
Existência de Site x
Historial, Visão, Missão e Estratégia x
Organigrama x
Órgãos Sociais e Modelo de Governo:
Identifica dos órgãos sociais x
Identificação das áreas de responsabilidade do CA x
Identificação de comissões existentes na sociedade x
Identificar sistemas de controlo de riscos x
Remuneração dos órgãos sociais x
Regulamentos Internos e Externos
Transações fora das condições de mercado x
Transações relevantes com entidades relacionadas x
Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambiental x
Código de Ética x
Relatório e Contas x
Provedor do cliente x
Tabela 64 - Explicitação da divulgação de toda a informação atualizada prevista na RCM n.º 49/2007, de 28 Março
Legenda: S-Sim N – Não N.A – Não Aplicável
136
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 137
Capítulo 8Cumprimentos de Normas Legais
Este relatório de gestão para além de ser elaborado em
conformidade, designadamente, com o disposto no ar-
tigo 13º-A do Decreto-lei n.º 558/99 de 17 de Dezem-
bro, pela redação que lhe foi dada pelo Decreto-lei n.º
300/2007 de 23 de Agosto, deve ainda integrar infor-
mação relativa ao cumprimento de outros dispositivos
legais. Assim, apresentamos, individualmente, a informa-
ção solicitada nos moldes consentâneos com as orienta-
ções recebidas através do Ofício Circular n.º 001578, de
28 Fevereiro de 2012 da DGTF.
Cumprimentos dos objetivos de gestão (artigo 11º do Decreto Lei n.º 300/2007, de 23 de agosto)
O relatório, através do capítulo 5 afere sobre o cum-
primento do Contrato Programa. Por outro lado o Fis-
cal Único apresentou o relatório referente à avaliação
do grau e das condições de cumprimento em 2012 das
orientações e objetivos de gestão e à avaliação do de-
sempenho individual dos gestores executivos, o qual se-
que em anexo.
Risco financeiro (Despacho
n.º 101/2009 – SETF, de 30
janeiro e do cumprimento
limites dos máximos de
acréscimo de endividamento
definidos para 2012 no
despacho n.º 155/2011-MEF,
de 28 de abril)
Neste âmbito de ação podemos referir que o Hospital de
Faro, enquanto entidade pública de carácter empresarial,
tem regras apertadas e diversos constrangimentos, do
ponto de vista eminentemente financeiro, pelo que em
2012 não recorreu a qualquer tipo de financiamento.
Contudo, possui do passado pedidos de adiantamento
efectuados ao FASP-SNS, traduzindo-se assim a Gestão
do Risco Financeiro realizada pelo Hospital (consultar ta-
bela 65).
138
FASP
Montante Concedido: 44.743.979,91 €
Data Inicio Operação: 19 de Dezembro de 2008
Capital em Divida: 34.842.206,14 €
Montante Concedido: 4.080.797,96 €
Data Inicio Operação: 31 de Julho de 2009
Capital em Divida: 4.080.797,96 €
Total Capital em Divida: 38.923.004,10 €
Total Juros em Divida: 2.589.532,65 €
Saldo Devedor = 41.512.536,75 €
Período de Juros Juros Suportados
Início Fim Valor
Juros Pagos
19-Dez-08 18-Jan-09 108.988,88 €
19-Jan-09 31-Dez-09 775.182,03 €
1-Jan-10 31-Dez-10 1.659,52 €
Total Juros Pagos 885.830,43 €
Juros Em Divida
1-Jan-10 31-Dez-10 800.229,58 €
1-Jan-11 31-Dez-11 862.396,29 €
1-Jan-12 31-Dez-12 926.906,78 €
Total Juros em Dívida 2.589.532,65 €
Total Processado = 3.475.363,08 €
Tabela 65 – Risco financeiro e cumprimento limites dos máximos de acréscimo de endividamento definidos para 2012
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 139
Prazo médio pagamentos (PMP) – RCM 34/2008 de 22 de fevereiro com alterações do Despacho nº 9870/2009, de 13 abril
Na tabela 66 apresenta-se o cálculo do Prazo Médio
de Pagamento (PMP) ponderado, relativo aos anos de
2010 e 2011.
No ano de 2012 entra em vigor a Lei dos Compromissos
e Pagamentos em Atraso, que determina que as entida-
des apenas se podem gerar despesa para a qual tenham
capacidade para pagar. Em função desta nova norma le-
gislativa e no cumprimento da mesma, o atual Conselho
de Administração delibera não pagar divida anterior a 1
de janeiro de 2012, sem que fosse disponibilizada verba
específica para regularização de divida vencida.
PMP (ponderado)
1ºT 2011 2ºT 2011 3ºT 2011 4ºT 2011 1ºT 2012 2ºT 2012 3ºT 2012 4ºT 2012
PMP a fornecedores 360 371 397 394 780 677 468 402
Tabela 66 – Prazo médio de pagamentos a fornecedores nos ternos da RCM 34/2008 com as alterações introduzidas pelo Despacho 9870/2009.
Pagamentos em atraso 0-90 dias 90-120 dias 120-240 dias 240-360 dias >360 dias
221 – Fornecedores conta corrente 72.183,90€ 703.350,05€ 1.639.292,69€ 15.027.194,92€ 30.287.635,70€
2611 – Fornecedores de imobilizado - - - 588.525,99€ 739.062,47€
2629 – Outros fornecedores - - - 5.943,36€ 6.403,20€
26889 – Outros credores – diversos - - 3.941,87€ 918.431,72€ 5.501.232,71€
Diversos - - 1.623,65€ 53.379.58€
Total 72.183,90€ 703.350,05€ 1.643.234,56€ 16.541.719,64€ 36.587.713,66€
Tabela 67– Mapa da posição a 31/12/2011 dos pagamentos em atraso, nos termos do DL 65-A/2011, de 17 de maio.
Como se pode verificar na tabela 67, a divida vencida,
inferior a 240 dias, que efetivamente diz respeito a divida
de 2012, é de apenas 4% do total da divida a fornecedores
externos, a qual resulta de processos de compra superio-
res a 350.000€, os quais aguardavam visto do Tribunal de,
razão pela qual não podíamos efetuar pagamentos.
Contudo esta medida veio aumentar o prazo médio de
pagamentos, uma vez que o hospital apresenta ainda
divida de 2010 por regularizar. Convém contudo men-
cionar que durante o ano em análise o hospital recebeu
cerca de 23.000M€, o que permitiu diminuir significativa-
mente a divida do hospital.
140
Deveres de informação – Despacho 14277/2008, de 23 de Maio
O Hospital de Faro, durante o ultimo trimestre de cada
ano elabora o plano de desempenho para o ano seguinte,
que posteriormente serve como base para a elaboração
do Plano de Atividades e o Contrato-Programa.
Segundo o Despacho 14277/2008, de 23 de Maio, o
Hospital tem o dever de prestar as seguintes informações:
• Plano de Atividades Anual e Plurianual. e respetivos
Planos de Desempenho - (inscritos no sofwtare SICA,
disponibilizado pela ACSS para o efeito) .
• Plano de Ajustamento.
• Orçamento Anual – Inscrito no SICA e no SIRIEF,
aplicações da ACSS e da DGTF, respetivamente.
• Plano de Investimentos Anual e Plurianual –
informação enviada nos mesmos termos que o
orçamento anual.
• Relatórios Trimestrais de execução orçamental: durante
o ano de 2012 procedeu-se à remessa regular destes
documentos, nomeadamente para a ACSS.
Cumprimento das recomendações emitidas pela aprovação do Relatório de Gestão e Contas de 2011.
Ao nível da contenção da despesa foram dados passos
muito importantes em 2012, tal como ao longo deste
documento foi mencionado. Estes esforços serão conti-
nuados durante o corrente ano.
A publicação da Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro, desig-
nada pela Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atra-
so, colocou à gestão hospitalar um conjunto de novos
desafios que mudaram radicalmente os conceitos nor-
malmente utilizados para a concretização das estraté-
gias definidas. Uma das condições é o cumprimento dos
prazos dos pagamentos dos compromissos assumidos. A
Tesouraria do Hospital de Faro depende essencialmente
dos adiantamentos recebidos referente aos duodécimos
do Contrato Programa, ou seja, a capacidade de fluxos
de caixa é bastante limitada. Pelo exposto e uma vez que
a lei supramencionada prevê penalizações às entidades
incumpridoras, deliberou o atual Conselho de Adminis-
tração, em inícios do ano de 2012, pelo não pagamento
de qualquer dívida anterior a 31/12/2011, dada a incapa-
cidade financeira para o fazer. Pelo exposto, entendeu o
Órgão de Gestão deste hospital efetuar os pagamentos
referentes ao ano de 2012 dentro dos prazos médios de
pagamento, acordados em sede de negociação entre os
fornecedores e a ACSS, sendo a divida anterior reporta-
da para as Instituições que tutelam a entidade.
Em 2012 o Hospital de Faro, à semelhanças das outras
entidades, foi contemplado com uma verba destinada ao
pagamento de dívidas anteriores a 31/12/2011. Contudo,
o referido pagamento extraordinário obedecia a um con-
junto de critérios de pagamento definidos em Conselho
de Ministros. Sendo um dos referidos critérios a morosi-
dade, importa referir que o hospital não teve capacidade
de liquidar totalmente o ano de 2010. Esta situação não
permitiu diminuir os prazos médios de pagamento.
Ao nível dos armazéns, a implementação de um novo
modelo de logística, permitiu avanços significativos no
apuramento das existências e do custo das mercadorias
vendidas e das matérias consumidas.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 141
Remunerações
Órgão de gestão
Relativamente às remunerações do Conselho de
Administração informamos:
• A não atribuição de prémios de gestão, em
cumprimento do artº 29º da Lei 64-B/ 2011;
• A aplicação da redução de 5% nos termos do art.º 12
da Lei 12-A/2010;
• Cumprimento do artº 20º da Lei 64-B/2011;
• Cumpriu-se o artº 21º da Lei 64-B/2011
(Consultar tabela 69)
Fiscal único
2011 2012
Remuneração anual auferida 10.967,18 € 10.967,18 €
Redução remuneratória* 1.096,72 € 1.096,72 €
Remuneração anual efectiva 9.870,46 € 9.870,46 €
* Decorrente da Lei 55-A/2010 ou Lei 64-B/2011, conforme aplicável
Tabela 68 – Remunerações do Fiscal Único.
Trabalhadores
Relativamente ao restantes trabalhadores confirma-se que:
• Cumpriu o artº 20º da Lei 64-B/2011;
• Cumpriu-se o artº 21º da Lei 64-B/2011
142
Presidente Vogal Vogal Diretor Clinico Enfermeiro
Diretor
Mandato I Pedro Nunes
Luis Martins
Graça Pereira
Jorge Salvador
José Santos
Adaptado ao EGP (Sim/Não)
Remuneração Total (1.+2.+3.+4.) 51.391,54 € 43.441,95 € 43.895,10 € 54.177,79 € 43.455,15 €
OPRLO Não Não Não Sim Não
Entidade de Origem (identificar) HF
Entidade pagadora (origem/Destino)
1.1.Remuneração Anual 51.181,20 € 42.436,07 € 42.436,07 € 57.498,28 € 42.436,07 €
1.2.Despesas de Representação (Anual) 15.354,36 € 13.623,54 € 13.623,54 € 11.642,28 € 13.623,54 €
1.3.Senha de presença (Valor Anual) 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
1.4.Redução decorrente da Lei 12-A/2010 2.385,42 € 2.002,77 € 2.002,77 € 1.969,74 € 2.002,77 €
1.5.Redução decorrente da Lei 64-B/2011 5.683,83 € 4.704,89 € 4.704,92 € 5.825,79 € 4.737,62 €
1.6.Suspensão do pagamento dos subsidios de férias e natal 7.311,60 € 5.951,66 € 5.951,66 € 8.214,04 € 5.951,66 €
1.7.Reduções de anos anteriores 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
1. Remuneração Anual Efetiva Líquida (1.1+1.2.+1.3-1.4-1.5-1.6-1.7) 51.154,71 € 43.400,29 € 43.400,26 € 53.130,99 € 43.367,56 €
2. Remuneração variável 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
3.Isenção de Horário de Trabalho (IHT) 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
4.Outras (ajudas custo e transporte) 236,83 € 41,66 € 494,84 € 1.046,80 € 87,59 €
Subsídio de deslocação 0,00 €
Subsídio de refeição 1.029,07 € 1.020,53 € 1.016,26 € 1.024,80 € 1.016,26 €
Encargos com benefícios sociais
Regime de Proteção Social ADSE/Seg.Social/Outros) 4.822,82 € 1.829,27 € 8.494,08 € 7.776,45 € 4.096,73 €
Seguros de saúde 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Seguros de vida 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Seguro de Acidentes Pessoais 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Outros (indicar) 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Acumulação de Funções de Gestão (S/N)
Entidade (identificar)
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 143
Remuneração anual 0,00 €
Parque Automóvel Cargo Cargo Cargo Cargo Cargo
Mandato I I I I I
Modalidade de Utilização a) a) na na Na
Valor de referência da viatura nova
Ano Inicio
Ano Termo
N.º prestações (se aplicável)
Valor Residual
Valor de renda/prestação anual da viatura de serviço
Combustível gasto com a viatura 571,61 € 521,73 €
Plafond anual Combustível atribuído
Outros (Portagens / Reparações / Seguro)
Limite definido conforme Art.º 33 do EGP (Sim/Não)
Outras regalias e compensações Cargo Cargo Cargo Cargo Cargo
Mandato I I I I I
Plafond mensal atribuído em comunicações móveis 80,00 € 80,00 € 80,00 € 80,00 € 80,00 €
Gastos anuais com comunicações móveis
Outras (indicar)
Limite definido conforme Art.º 32 do EGP (Sim/Não)
Gastos c/ deslocações Cargo Cargo Cargo Cargo Cargo
Mandato I I I I I
Custo total anual c/ viagens na na na na na
Custos anuais com Alojamento
Ajudas de custo
Outras (indicar)
* Decorrente da Lei 55-A/2010 ou Lei 64-B/2011, conforme aplicável
Tabela 69 – Remunerações dos membros do Conselho de Administração do Hospital de Faro.
a. Utilização para fim próprio com cartão especifico aos dias úteis das 20h às 8h e fim semana quando não seja necessário o seu uso no interesse do Hospital
144
Da aplicação do disposto no artigo 32º do Estatuto de Gestor Público (EGP), conforme republicado pelo Decreto-Lei n.º8/2012, de 18 de janeiro, no que se refere, designadamente:
À utilização de cartões de crédito e outros instrumentos
de pagamento por gestores públicos tendo por objeto a
realização de despesas ao serviço da empresa;
Quanto a este ponto, importa logo salientar que, nesta Ins-
tituição de Saúde não foram atribuídos quaisquer cartões
de crédito aos gestores públicos que chefiam o Hospital
tendentes a custear as despesas ao serviço desta empre-
sa pública em estrito cumprimento do disposto no n.º1 do
artigo 32 EGP. Com efeito, podemos asseverar que, no ano
de 2012 foi aqui rigorosamente observado o normativo le-
gal vigente e, por conseguinte, nenhum dos membros que
compõe o órgão colegial que administra este organismo
público usufruiu de cartões de crédito e/ou um outro ins-
trumento análogo para suportar os custos ao serviço desta
entidade conforme, aliás, se deixou antedito.
Nessa linha de atuação, as despesas ao serviço da em-
presa foram sempre alvo de pedidos de reembolso devi-
damente fundamentados, e que apenas foram satisfeitos
nas situações em que legalmente tal pode e deve suceder.
O reembolso a gestores públicos de quaisquer despesas
que caiam no âmbito do conceito de despesas de repre-
sentação pessoal.
No que concerne a este item, cumpre fazer notar que,
inexistiu a utilização de mecanismos para restituição de
despesas que se incluíssem na noção de despesas de
representação pessoal. Efetivamente, as despesas desta
concreta natureza foram suportadas pelos próprios ges-
tores, sem qualquer espécie de reembolso, dando-se, as-
sim, uma total guarida ao estatuído no n.º2 do art.32º do
Decreto-Lei n.º8/2012, de 18 de Janeiro.
Mais se assinala que, o valor máximo das despesas as-
sociadas a comunicações foi igualmente acatada neste
organismo público.
Da contratação pública
No ano de 2012 o hospital deu total cumprimento às di-
versas normas que disciplinam a chamada contratação
pública. Nesse sentido, foram aqui diligentemente de-
senvolvidos todos os competentes procedimentos jus-
tamente à luz do mui exigente normativo legal, sendo
certo e seguro que, em todos os casos em que a despesa
pública associada exigia a fiscalização prévia do supre-
mo órgão de fiscalização da despesa pública, a mesma
foi realizada com sucesso. Aliás, podemos asseverar que,
todos os atos e em todos os contratos que foram subme-
tidos ao crivo do respeitoso Tribunal de Contas para esse
efeito obtiveram o respetivo visto, não se tendo regista-
do uma qualquer recusa de visto.
Neste item não podemos deixar de destacar um proces-
so de contratação pública muito em particular, e que foi
a imprescindível empreitada realizada no ano em causa
para ampliação do Serviço de Urgência Geral. Com efei-
to, não podemos perder este ensejo para aqui relembrar
que, a pública e notória carência de espaços adequados
e humanizados que caracterizavam o Serviço de Urgên-
cia criavam diversos problemas para os prezados uten-
tes, e inúmeros constrangimentos para os próprios pro-
fissionais de saúde que aí prestavam funções.
Donde foi com o início e a finalização desta insubstituível
obra de ampliação, que se logrou ultrapassar definitiva-
mente o cenário “de macas nos corredores” deste hos-
pital público, pondo, justamente, termo a uma imagem
deveras negativa, que durante muitos anos foi estigmati-
zando esta Instituição assistencial.
Nesta a linha de atuação foram criadas as condições
para entrada em pleno funcionamento das instalações
da denominada «Área de Decisão Clínica», que é um es-
paço totalmente novo, criado de raiz, e projetado para
garantir as melhores condições de tratamento, e acolhi-
mento utentes/doentes.
É curial, ainda, notar que, estas imperiosas obras de am-
pliação que se concretizaram no final de 2012, e que
decorreram no prazo rigorosamente contratado, corres-
pondem a um acréscimo de aproximadamente quinhen-
tos e sessenta metros quadrados, garantindo precisa-
mente acolher e melhor acomodar os doentes.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 145
Aliás, esse recente espaço foi organizado para funcionar
num modelo “openspace”, facilitador do ponto de vis-
ta da monitorização clínica, tendo capacidade de vinte
e seis camas, com possibilidade de individualização, às
quais se acumularam nove postos de tratamento, que se
poderão alargar a doze em caso de necessidade, para os
doentes que tenham que receber outro tipo de cuidados,
tais como, transfusões, aerossóis ou injetáveis, dispon-
do, ainda, de mais duas casas de banho para utentes,
uma com banho assistido, um vestiário para profissio-
nais, uma sala de equipamentos, e uma sala de apoio aos
serviços de limpeza.
Concomitantemente pode-se aqui adiantar que, os do-
entes menos urgentes vão igualmente poder usufruir
de muito melhores condições. Isto porque, esta mesma
inadiável obra de ampliação permitiu, doravante, uma
redistribuição bem mais eficaz dos espaços e a possibi-
lidade de intervenção noutras áreas, como é o caso do
balcão de enfermagem e do balcão de observação médi-
ca que, aliás, passou a dispor de 5 postos de observação
individualizados, e bem mais amplos.
Convém, ainda, mencionar que, o cognominado “doente
agudo” viu desta forma substancialmente aperfeiçoados
os seus circuitos de passagem e acomodação, proceden-
do-se, de igual modo, a uma redistribuição dos recursos
humanos afetos ao Serviço, com a consequente reorga-
nização do trabalho, numa ótica mais funcional, em con-
ceito de equipa, e focalizada sempre no doente.
Em suma: o órgão colegial que dirigiu este estabeleci-
mento assistencial garante que esta inigualável obra de
ampliação, foi realizada no prazo constante da propos-
ta vencedora, honrou o valor do contrato firmado, e re-
presentou indubitavelmente um passo importantíssimo
para a defesa do direito à saúde dos utentes que acor-
rem ao nosso já ampliado Serviço de Urgência.
Resta, finalmente, referir que, em matéria de contratação
pública mormente, ao nível da racionalização de política
de aprovisionamento de bens e serviços foram sempre
observados os Acordos- Quadros desenvolvidos pelo
SPMS, Serviços Partilhados do Ministério da Saúde EPE.
Princípio da igualdade do género - resolução do conselho de ministros n.º19/2012, de 23 de fevereiro.
O Hospital de Faro, enquanto entidade pública empresarial,
tratou sempre com respeito e integridade os seus inesti-
máveis trabalhadores, contribuindo ativamente para a sua
valorização profissional. Para além disso, o órgão decisor
granjeou uma ainda mais efetiva igualdade de tratamento
e de oportunidades entre homens e mulheres, eliminando,
sempre, as discriminações, e permitindo ao máximo a con-
ciliação da vida pessoal, familiar e profissional.
Nesse sentido, e no estrito cumprimento da supra-aludi-
da Resolução do Conselho de Ministros, promoveu-se no
ano de 2012 a algumas medidas concretas que visaram
justamente uma genuína melhoria em termos de igual-
dade género no seio desta empresa, sendo que, existe
já uma presença plural mui significativa de mulheres nos
denominados cargos de chefia. Aliás, fazemos já notar
que, diversos dos nossos Serviços, tais como, a Urgência,
a Farmácia, a Psiquiatria, a Psicologia, a Oftalmologia, a
Oncologia, os Serviços Financeiros, os Recursos Huma-
nos, em que a direção foi atribuída a mulheres, ou estas
foram reconduzidos nos cargos já pelo órgão colegial
que dirigiu o hospital no ano aqui em apreço.
Plano de redução de custos
O Hospital de Faro elaborou o plano previsional de ges-
tão para 2012, o qual inclui a identificação de medidas
que permitissem a redução de despesa.
Este documento já foi alvo de avaliação no capitulo 5 – Ges-
tão Hospitalar, sendo que em termos sintéticos o hospital
em 2012 apresentou uma redução de despesa superior à
apresentada no plano de ajustamento (ver tabela 69).
146
Designação 2010 2011 2012
Gastos com pessoal (€) 57.999.233,75 56.225.253,04 48.481.423,44
Gastos com Órgãos Sociais (€) 337.613,26 324.274,08 285.701,07
Reduções decorrentes de alterações Legislativas (€) 0,00 31.368,49 30.518,61
Aumentos decorrentes de alterações Legislativas (€) 0,00 0,00 0,00
Gastos com Dirigentes sem O.S. (€) 222.362,51 287.435,88 283.919,86
Reduções decorrentes de alterações Legislativas (€) 24.273,53 23.850,54
Aumentos decorrentes de alterações Legislativas (€)
Gastos com Efetivos sem O.S. e sem Dirigentes (€) 57.435.603,65 55.603.623,98 47.878.321,90
Reduções decorrentes de alterações Legislativas (€) 2.323.408,20 2.091.200,79
Aumentos decorrentes de alterações Legislativas (€)
Rescisões / Indemnizações (€) 3.654,33 9.919,10 33.480,61
Designação 2010 2011 2012
Nº Total RH (O.S. + Dirigentes + Efetivos) 2350 2394 2443
Nº Órgãos Sociais (O.S.) (número) 5 5 5
Nº Dirigentes sem O.S. (número) 5 8 8
Nº Efetivos sem O.S. e sem Dirigentes (número) 2340 2381 2430
Tabela 70 – Redução do número de efetivos e de cargos dirigentes
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 147
Princípio da unidade tesouraria do estado
O Hospital de Faro em 2012 não efetuou qualquer apli-
cação financeira.
Os pagamentos/recebimentos são, essencialmente, efe-
tuados por recurso aos serviços bancários disponibiliza-
dos pelo Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito
Público, I. P. (IGCP, I. P.).
Assim, o Hospital atuou da seguinte forma:
• Para recebimento de verbas de clientes/entidades
externas, via transferência bancária, é indicado
sempre o NIB/IBAN das contas abertas no IGCP;
• Os montantes recebidos em numerário/cheque,
provenientes da cobrança das taxas moderadoras
e de faturas emitidas, são entregues na Tesouraria
diariamente e depositados de imediato na conta do
IGCP, através de depósito externo;
Pese embora, as ações acima descriminadas, existem al-
guns serviços bancários relativamente aos quais o Hos-
pital de Faro recorre a duas entidades bancárias, a saber:
• Depósitos de Vales Postais, recebidos para
pagamento das taxas moderadoras;
• Utilização de Terminais de Pagamento Automático
(TPA)
Contudo estão a ser desenvolvidas diligências visando a
transferência destes serviços para o IGCP.
Outras informações
Durante o ano de 2012 não foi realizada no hospital
qualquer auditoria conduzida pelo Tribunal de contas.
148
Cumprimento das Orientações legais Cumprimento Quantificação Justificação
S N N.A.
Objectivos de Gestão:
O Órgão de Gestão não possui objetivos específicos definidos pelo Ministério. Assim, desenvolve a sua atividade tendo presente essencialmente os seguintes documentos:
1 - Contrato Programa, o qual define metas orçamentais; assistenciais e indicadores de qualidade e eficiência. O cumprimento deste documento encontra-se avaliada no capitulo 5 - Gestão Hospitalar
2 - Lei do Orçamento do Estado sempre que
Gestão do Risco Financeiro x Não aplicável
Limites de Crescimento do Endividamento x Em 2012 apenas suportou Juros referente ao FASP/2008
Evolução do PMP a fornecedores xAumentou
8 dias face a 2011
Ver justificação dada no ponto 4. PRAZO MÉDIO PAGAMENTOS (PMP) – RCM 34/2008 DE 22 DE FEVEREIRO COM ALTERAÇÕES DO DESPACHO Nº 9870/2009, DE 13 ABRIL
Atrasos nos Pagamentos ("Arrears") x 55.548.201,81 €
Ver justificação dada no ponto 4. PRAZO MÉDIO PAGAMENTOS (PMP) – RCM 34/2008 DE 22 DE FEVEREIRO COM ALTERAÇÕES DO DESPACHO Nº 9870/2009, DE 13 ABRIL
Deveres Especiais de Informação x Não aplicável
Recomendações do acionista na aprovação de contas:
Redução do Prazo Médio Pagamento xaumentou 8 dias face a
2011
6. Cumprimento das recomendações emitidas pela aprovação do Relatório de Gestão e Contas de 2011.
Plano Redução Dos Custos x -14.757.557,07 €
Inventariação de Bens e Imobilizado x Não aplicável Em execução - encontra-se o hospital a reestruturar a área de património e imobilizado.
Valor das existencias em armazém x Não aplicável Implementação de um novo modelo de Logística
Reforço do Sistema Controlo Interno para as rubricas Clientes e outros devedores x Em execução
Proveitos SNS x Em execução - reorganização da área de pré faturação.
Remunerações:
Não atribuição de prémios de gestão, nos termos art.º 29.º da Lei 64-B/2011 x Não aplicável
Resumo
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 149
Cumprimento das Orientações legais Cumprimento Quantificação Justificação
S N N.A.
Órgãos Sociais - redução de 5% por aplicação artigo 12º da Lei n.º 12-A/2010 x 10.363,47
Órgãos Sociais - suspensão sub. Férias e natal , nos termos do art.º 21º da Lei 64-B/2011
x 33.380,62
Auditor Externo - redução remuneratória nos termos do artº 26º da Lei 64-B/2011 x 1.096,72
Restantes trabalhadores - redução remuneratória, nos termos do art.º 20º da Lei 64-B/2011
x 2.119.912,89
Restantes trabalhadores - suspensão sub. Férias e natal , nos termos do art.º 21º da Lei 64-B/2011
x 5.244.575,52
Artigo 32º do EGP
Utilização de cartões de crédito x
Reembolso de despesas de representação pessoal x
Contratação Pública
Normas de contratação pública x Não aplicável
Normas de contratação pública pelas participadas x Não aplicável
Contratos submetidos a visto prévio do TC x 21 Processos Todos visados.
Adesão ao Sistema Nacional de Compras Públicas x Ver informação do ponto 9 - Da Contratação
pública
Parque Automóvel x 0% o hospital tem o mesmo n.º de veículos que em 2011
Principio da Igualdade do Género x
Plano de Redução de Custos
Gastos com pessoal x -12,07%
Fornecimentos e Serviços Externos x -18,75%
Redução nº Efetivos e Cargos Dirigentes
Nº de efetivos x 4% Contratação de enfermeiro e de Pessoal Médico, e entrada de 40 novos Internos
Nº de cargos dirigentes x 60%
Princípio da Unidade de Tesouraria x 554.119,40 Pagamento dos descontos dos salários de dezembro
Tabela 71 – Resumo
150
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 151
Proposta de aplicação de resultados
O resultado líquido, para o período de janeiro a dezembro de 2012, apresenta-se negativo
em -5.535.277,25€ (cinco milhões, quinhentos e trinta e cinco mil, duzentos e setenta e
sete euros e vinte e cinco cêntimos), resultante dos seguintes valores:
Resultado Operacional: -8.618.805,73€
Resultados Financeiros: -370.083,82€
Resultados Correntes: -8.988.889,55€
Resultados Antes de Impostos: -5.523.671,25€
Resultados Líquidos: -5.535.277,25€
Propõe assim o Conselho de Administração que o resultado líquido do exercício transite
para o período seguinte, na conta de resultados transitados.
Faro, aos 30 dias do mês de abril de 2013.
Capítulo 9Aplicação de Resultados
Dr.ª Graça PereiraVogal Executivo
Dr. Pedro M. H. NunesPresidente do Conselho de Administração
Dr. José Vieira dos SantosEnfermeiro Diretor
Dr. Luís Miguel MartinsVogal Executivo
152
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012 153
Anexos
Balanço Analítico
Demonstração de Resultados
Demonstração dos Fluxos de Caixa
Ativo Imobilizado
Amortizações e Provisões
Provisões Acumuladas
Descontos e Retenções
Demonstração do Custo das mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas
Demonstração dos Resultados Financeiros
Demonstração de Resultados Extraordinários
Desenvolvimento das Despesas com o Pessoal
Decomposição das Dividas de Clientes, Utentes e Estado
Mapas de Controlo Orçamental:
Mapa de controlo Orçamental de Compras
Mapa de Controlo Orçamental dos Investimentos
Mapa de Controlo do Orçamento Económico
Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados
Anexo ao balanço e à demonstração de resultados
NOTA PRÉVIA
As notas que se seguem estão ordenadas de acordo com o Plano Oficial de Contabilidade
do Ministério da Saúde (POCMS). As notas omitidas devem entender-se como não
aplicáveis à Entidade.
1 Caracterização da entidade
1.1 Identificação
Designação:
Hospital de Faro, E.P.E.
Número de identificação:
508 718 872
Endereço da sede:
Rua Leão Penedo, 8000 – 386 Faro
O Hospital de Faro (HF), como entidade pública empresarial (E.P.E), foi criado no dia 1 de
setembro de 2008, por força da publicação do Decreto-Lei n.º 180/2008, de 26 de agosto,
extinguindo-se por conseguinte o Hospital Central de Faro, do qual sucederam para E.P.E
todos os direitos e obrigações.
O seu objeto social, único, é a prestação de serviços de saúde, nos termos dos seus Es-
tatutos e no respeito pelas normas que o regem, encontrando-se integrado no Serviço
Nacional de Saúde.
Os montantes encontram-se expressos em Euros (€), salvo indicação em contrário.
1.2 Legislação
O Hospital de Faro, é uma pessoa colectiva de direito
público de natureza empresarial, dotada de autonomia
financeira e patrimonial, regendo-se nos termos da le-
gislação aplicável ao sector empresarial do estado.
Por obrigatoriedade legal, foi feito o fecho de contas em
31 de dezembro de 2012, tendo como objetivo conhecer
a situação económica financeira da instituição à data e
que ora se apresenta.
As demonstrações financeiras apresentadas foram pre-
paradas de harmonia com os princípios contabilísticos
definidos pelo POCMS – Plano Oficial de Contabilidade
do Ministério da Saúde (Ministério das Finanças e Minis-
tério da Saúde, 2000).
Ao nível do registo e organização contabilística é de evi-
denciar que o sistema informático do Hospital de Faro
está construído segundo as definições do referido PO-
CMS, aprovado pela Portaria nº 898/2000, de 28 de Se-
tembro (Ministério das Finanças e Ministério da Saúde,
2000), destacando-se o detalhe da classe 1, que reflecte
a origem e o destino dos fluxos financeiros.
O regime jurídico aplicável ao Hospital de Faro, é o seguinte:
• Decreto-lei nº 180/2008, de 26 de Agosto - Diploma criador;
• Decreto-lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro - Estatutos;
• Decreto-Lei nº 558/99, de 17 de Dezembro, com as
alterações introduzidas, e o Decreto-Lei nº 300/2007,
de 23 de Agosto - Regime Jurídico do Sector
Empresarial do Estado e das Empresas Públicas;
• Lei nº 27/2002, de 8 de Novembro - Regime Jurídico
de Gestão Hospitalar;
• Decreto-Lei n.º188/2003, de 20 de Agosto -
Regulamentação da Lei de Gestão Hospitalar;
• Decreto-Lei nº11/93, de 15 de Janeiro - Estatuto do
Serviço Nacional de Saúde
• Lei nº 48/90, de 2 de Agosto - Lei de Bases da Saúde;
• Normas especiais cuja aplicação decorra do seu
objeto social e do regulamento.
1.3 Estrutura organizacional
efetiva
(Ver Modelo de Governo)
1.4 Discrição sumária das
atividades
Desenvolvendo como atividade única a prestação de
serviços de saúde, o Hospital de Faro, presta a assistên-
cia aos seus utentes através de um Serviço de Urgência
Polivalente (que engloba a Urgência Geral, a Urgência de
Ginecologia e Obstetrícia e a Urgência Pediátrica), do in-
ternamento que está organizado por especialidades clí-
nicas, correspondendo as respetivas lotações aos rácios
definidos pela rede de referencia hospitalar, da Consulta
Externa e do Hospital de Dia, organizados também por
especialidades. Desenvolve ainda atividades através de
Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátri-
cos, de Cuidados Intensivos Polivalente e de Cuidados
Intensivos Coronários.
1.5 Recursos humanos
– Identificação dos
responsáveis pela direção
da entidade
Os responsáveis do Hospital de Faro à data de 31 dezem-
bro de 2012 são:
• Mestre Pedro Manuel Mendes Henriques Nunes
(Presidente do Conselho de Administração)
• Dra. Graça Maria Palma Pereira
Vogal Executiva do Conselho de Administração)
• Dr. Luis Miguel da Costa e Cunha Martins
(Vogal Executivo do Conselho de Administração)
• Dr. Jorge Manuel Domingues Salvador
(Diretor Clínico)
• Dr. José Fernando Vieira dos Santos
(Enfermeiro Diretor)
Quanto a remunerações, os referidos membros, foi-lhes
atribuído um rendimento efetivo de 236.361,53€ confor-
me capitulo sexto deste relatório.
O Hospital de Faro apresentava a 31 de dezembro de
2012, 2443 funcionários e empregados, sendo responsá-
vel pela Gestão de Recursos Humanas a Técnica Superior,
Dra. Lídia Regala.
1.6 Organização
contabilística
• Existência ou não de um manual de procedimentos
contabilísticos;
• É utilizado o Manual de Procedimentos
Administrativos e Contabilísticos - Contabilidade
geral/orçamental/analítica.
• Indicação dos livros de registo utilizados;
• São utilizados os livros obrigatórios previstos na
legislação comercial.
• Descrição sumária da organização do arquivo dos
documentos de suporte;
• A organização do arquivo dos documentos
de suporte segue a sequência numérica das
Autorizações de Pagamento por Rubricas.
• Breve descrição das principais características do
sistema informático utilizado/existente;
• O sistema informático utilizado corresponde à
aplicação Microssft Dynamics NAV fornecida pela
Glintt, existindo lançamentos que são efectuados
por ligações automáticas de outras aplicações, tais
como: da aplicação GHAF – Farmácia e Logística, do
SONHO – Aplicação de Gestão de Doentes e do RHV
– aplicação dos Recursos Humanos.
• Existência ou não de Demonstrações Financeiras
Intercalares;
• Durante o exercício foram preparados Relatórios com
a periodicidade trimestral.
• Existência ou não de descentralização contabilística
e, em caso afirmativo, breve descrição do sistema
utilizado e do modo de articulação com a
contabilidade central;
• Não existe descentralização contabilística, a
contabilidade encontra-se centralizada nas
instalações do Hospital de Faro, EPE (Edifício da
Administração), na dependência do Departamento
Financeiro.
1.7 Outra Informação
considerada relevante
Não existe qualquer outra informação de relevo que deva
ser enunciada.
2. Notas ao balanço e às
demonstrações financeiras
2.1 Situações derrogadas
nas demonstrações
financeiras
A derrogação do princípio de especialização no que se
refere ao registo das taxas moderadoras o acto em que
ocorrem versus momento de recebimento, deve-se à
enorme dificuldade, motivada pelo sistema de informa-
ção utilizada na gestão de doentes (SONHO), na obtenção
de dados que possibilitem, de forma sustentada, o cálculo
dos montantes em dívida no final de cada período, embo-
ra estejam a decorrer esforços no sentido de solucionar
tal dificuldade na cobrança e registo de dívidas (a receber)
de taxas moderadoras com a contratação da aplicação do
pagamento de taxas moderadoras com a ACSS
2.2 Indicação e comentá-
rio das contas do balanço
e das demonstrações dos
resultados cujos conteú-
dos não sejam comparáveis
com o exercício anterior
As demonstrações financeiras foram preparadas no
pressuposto da continuidade das operações, a partir dos
registos da Entidade, os quais se encontram de acordo
com os princípios do POCMS e instruções da ACSS.
2.3 Critérios valorimétricos utilizados relativamente às várias rubricas do balanço e da demonstração dos resultados, bem como métodos de cálculo respeitantes aos ajustamentos de valor, designadamente amortizações e provisões.
As demonstrações Financeiras apresentadas foram ela-
boradas com o objectivo de obter uma imagem verda-
deira e apropriada da situação financeira e dos resultados
das operações do Hospital e obedecem aos Princípios
Contabilísticos geralmente aceites, designadamente: da
Entidade Contabilística; da Continuidade; da Consistên-
cia; da Especialização; do Custo Histórico; da Prudência;
da Materialidade e da Não Compensação.
Os critérios valorimétricos de cálculo utilizados foram os
seguintes:
Imobilizações incorpóreas
Não existe qualquer valor desta natureza.
Imobilizações corpóreas
Os bens do ativo imobilizado corpóreo figuram pelo
seu custo de aquisição, exceto o relativo aos ativos do
imobilizado obtido a título gratuito, cuja valorização foi
obtida pela aplicação do critério do preço de mercado e
dos Terrenos e Edifícios que foram inscritos pelo valor
de mercado com base na avaliação efectuada por uma
empresa especializada e independente, em conformida-
de com a legislação aplicável (Portaria nº 671/2000, de
17 de Abril – CIBE).
Os bens de domínio público, propriedade do Estado, bens
ao serviço dos cidadãos que apoiam a instituição na pres-
tação dos seus serviços, procedeu o Hospital de Faro em
2010 à relevação contabilística do valor dos imóveis de do-
mínio público, com base na avaliação efectuada por Empre-
sa especializada e independente American Appraisal.
É política do Hospital de Faro calcular as reintegrações
sobre o valor do custo de aquisição, de modo a reinte-
grar totalmente os bens até ao fim da sua vida útil pelo
método das quotas constantes por duodécimos, aplican-
do as taxas máximas permitidas e constantes do Decreto
Regulamentar nº 2/90, de 12 Janeiro, e da Portaria nº
671/00, de 17 Abril, sendo que, no caso dos Edifícios a
taxa aplicada será da vida útil remanescente do bem pro-
posta pela empresa que procedeu à avaliação dos imó-
veis em 2010.
Mediante o exposto e cumprindo a legislação em vigor o
aumento das amortizações resultante de reavaliações de
imobilizado só são aceites fiscalmente, quando ao abrigo
de legislação de caracter fiscal, assim e perante tal facto
o impacto do aumento das amortizações resultante da
reavaliação dos edifícios não é aceite fiscalmente sendo
acrescido no quadro 7 da modelo 22 do IRC.
Existências
As matérias-primas, subsidiárias e de consumo, estão
valorizadas ao custo de aquisição, com o acréscimo das
respetivas despesas adicionais de compra, sendo que o
método de custeio das saídas de armazém utilizado é o
método do custo médio ponderado.
Dívidas de e a terceiros
As dívidas de e a terceiros estão expressas pelas impor-
tâncias constantes dos documentos que as titulam.
Impostos sobre o rendimento do exercício
A estimativa do I.R.C. atende às tributações autónomas
conforme o preconizado no artigo 88.º do C.I.R.C.
Acréscimos e diferimentos
O Hospital de Faro regista os seus proveitos e custos, de
acordo com o princípio da especialização dos exercícios,
pelo qual esses proveitos e custos são reconhecidos à
medida que são gerados, independentemente do mo-
mento em que são recebidos ou pagos. As diferenças
entre os montantes recebidos e pagos e os correspon-
dentes proveitos e custos gerados são registados nas
rubricas “ Acréscimos e Diferimentos”.
Subsídios
Os subsídios atribuídos ao Hospital de Faro, no âmbito
de projectos de investimentos, são registados como pro-
veitos diferidos na rubrica de “Acréscimos e Diferimen-
tos” e reconhecidos nas demonstrações de resultados,
proporcionalmente às amortizações das Imobilizações
Corpóreas Subsidiadas, com exceção do financiamento
atribuído ao Hospital de Faro pela ARS Algarve, IP, para
a criação de Unidade de Convalescença e de Cuidados
Paliativos no âmbito da implementação da rede Nacional
de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI). Tal facto
deve-se a incerteza quanto à forma contabilística de re-
gisto do referido subsídio já que o objeto da obra foi al-
terado aguardando indicações do reajustamento quanto
aos efeitos do referido projeto.
Provisões
De acordo com a Portaria nº 898/2000, de 28 de Setembro,
a constituição de provisão deve respeitar apenas às situa-
ções a que estejam associados riscos em que não se trate
apenas de uma simples estimativa de um passivo certo, a
sua contabilização pretende registar perdas potenciais e
tem como objectivo corrigir o resultado de um exercício e
de um custo correspondente a riscos ou despesas a pagar
de ocorrência e de montante, em geral, incerto.
A constituição de provisões baseia-se no Principio Con-
tabilístico da Especialização dos Exercícios e no Princípio
Contabilístico de Prudência.
Estabelece o primeiro Principio que os proveitos e os
custos são reconhecidos quando obtidos ou incorridos
independentemente do seu recebimento ou pagamento,
devendo incluir-se nas demonstrações financeiras dos
períodos a que respeitam. Estabelece o segundo que é
possível integrar nas contas um grau de precaução ao
fazer as estimativas exigidas nas condições de incerteza,
sem contudo, permitir a criação de reservas ocultas ou
provisões excessivas.
Face à definição de critérios objetivos de constituição ou
reforço das provisões definidas nos artigos 35.º a 36.º
do CIRC e à periodização do lucro tributável definido no
art.º 18.º n.º1 do mesmo Código, a constituição da pro-
visão é obrigatória, para efeitos fiscais, pelo que, quando
o sujeito passivo não constitua provisão que, de acordo
com os critérios definidos, deveria ter sido constituída,
originará a não-aceitação para efeitos fiscais, no exer-
cício em que se vier a efectivar, do custo ou perda não
objecto de provisão.
Foram constituídas as seguintes provisões de acordo
com o critério definido no ponto 2.7.1 do POCMS:
• Para Cobranças Duvidosas;
• Para Riscos e Encargos.
O montante de provisão para cobertura de dívidas em
mora há mais de um ano e cujo risco de incobrabilida-
de seja devidamente justificado, exceptuando as dívidas
sobre entidades públicas, determinado de acordo com a
mesma Portaria.
Quanto à Provisão para Outros Riscos e Encargos e me-
diante informação solicitada ao Gabinete Jurídico do
Hospital de Faro, relativamente aos processos judiciais
em curso contra o mesmo, por factos que à data de 31 de
Dezembro de 2012, as responsabilidades sejam de ocor-
rência provável ou certa, mas incertas quanto ao seu va-
lor ou data de ocorrência constituídas segundo o Código
do IRC artigo 39 nº 1 a), sendo que, nos processos com
provável sentença a desfavor do Hospital de Faro e se-
gundo o referido Gabinete é no valor de 2.238.264,50€,
sendo que, e cumprindo o princípio contabilístico da
prudência por precaução criada uma provisão pela tota-
lidade dos mesmos.
2.7 Movimentos ocorridos nas rubricas do activo imobilizado
constantes do balanço e nas respectivas amortizações e
provisões, de acordo com as tabelas seguintes:
Consultar páginas 195, 196 e 197
Contas Designação Saldo Inicial
Reavaliações Aumentos Tranferências e Abates (1)
Saldo Final
Bens de Domínio Público
451 Terrenos e Recursos Naturais 8.845.575,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 8.845.575,00€
Complexo hospitalar 7.681.200,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 7.681.200,00€
Unidade de psiquiatria 1.164.375,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 1.164.375,00€
452 Edifícios 34.223,404,23€ 0,00€ 5.913.110,13€ 0,00€ 40.136.514,36€
Complexo hospitalar 31.395.270,38€ 0,00€ 5.913.110,13€ 4.335,70€ 37.304.044,81€
Unidade de psiquiatria 2.828.133,85€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 2.828.133,85€
445 Imobilizações em curso de bens de domínio público 6.211.794,34€ 0,00€ 831.014,87€ 5.793.315,45€ 1.249.493,76€
Sub-total 49.280.773,57€ 0,00€ 6.744.125,00€ 5.793.651,15€ 50.227.247,42€
Imobilizações incorpóreas
431 Despesas de instalação 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€
432 Despesas de investigação e desenvolvimento 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€
Sub-Total 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€
Imobilizações Corpóreas
421 Terrenos e Recursos Naturais do lar 1.227.600,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 1.227.600,00
422 Edifícios e outras construções do lar 3.608.400,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 3.608.400,00€
423 Equipamento básico 30.477.242,26€ 0,00€ 306.385,80€ 162.585,87€ 30.621.042,19€
424 Equipamento de transporte 251.666,04€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 251.666,04€
Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 36-41-AM 16.399,81€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 16.399,81€
Auto rádio 162,11€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 162,11€
Mercedes – Benz Vito – Matrícula 32-70-PB 21.982,72€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 21.982,47€
Mercedes – Benz 313 CDI – Matrícula 14-33-RN 36.751,95€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 36.751,95€
Auto rádio 211,90€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 211,990€
Ford Transit 330 L – Matrícula 97-67-VL 36.340,24€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 36.340,24€
Ford Transit 330 L – Matrícula 20-44-XU 30.881,71€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 30.881,71€
Ford Transit 330 L – Matrícula 55-95-ZO 31.912,67€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 31.912,67€
Honda Accord – Matrícula 44-97-HT 6.000,00€ 0,00€ 0,00€ 6.000,00€ 0,00€
Renault 5 TD – Matrícula 42 – 23-HT 1.500,00€ 0,00€ 0,00€ 1.500,00€ 0,00€
Fiat Iveco – Matrícula 55-95-HP 9.500,00€ 0,00€ 0,00€ 9.500,00€ 0,00€
Citroen Jumper Fourgon – Matrícula 72-95-JQ 14.000,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 14.000,00€
Grande Reparação - Matrícula 55-95-ZO 4.795,64€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 4.795,64€
Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 17-IO-64 20.613,77€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 20.613,77€
Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 17-IO-66 20.613,77€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 20.613,77€
425 Ferramentas e utensílios 50.395,63€ 0,00€ 5.757,63€ 0,00€ 56.153,26€
426 Equipamento administrativo e informático 10.300.866,30€ 0,00€ 139.441,34€ 61.617,05€ 10.378.690,59€
427 Taras e vasilhame 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€
429 Outras imobilizações corpóreas 17.508,46€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 17.508,46€
Sub-total 45.933.678,69€ 0,00€ 451.584,77€ 241.202,92€ 46.144.060,54€
Investimentos Financeiros
441 Imobilizações em curso de investimentos financeiros 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€
Sub-total 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€
Total Geral 95.214.452,26€ 0,00€ 7.195.709,77€ 6.038.854,07€ 96.371.307,96€
1) Os abates são no valor de 170.968,91€
Contas Designação Amortizações Iniciais
Amortizações do exercício
Abates Amortizações acumuladas
48 Imobilizações Corpóreas
4811 Terrenos e Recursos Naturais do lar -€ -€ -€ -€
4822 Edifícios e outras construções do lar 65.672,76€ 65.672,82€ -€ 131.345,58€
4823 Equipamento básico 22.612.805,41€ 2.481.119,08€ 89.125,16€ 25.004.799,33€
4824 Equipamento de transporte 203.454,83€ 14.433,59€12.273,23€
205.615,19€
Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 36-41-AM 16.399,81€ 0,00€0,00€
16.399,81€
Auto rádio 162,11€ 0,00€0,00€
162,11€
Mercedes – Benz Vito – Matrícula 32-70-PB 21.982,47€ 0,00€0,00€
21.982,47€
Mercedes – Benz 313 CDI – Matrícula 14-33-RN 36.751,95€0,00€ 0,00€
36.751,95€
Auto rádio 211,90€0,00€ 0,00€
211,90€
Ford Transit 330 L – Matrícula 97-67-VL 36.340,24€0,00€ 0,00€
36.340,24€
Ford Transit 330 L – Matrícula 20-44-XU 28.629,76€2.251,95 0,00€
30.881,71€
Ford Transit 330 L – Matrícula 55-95-ZO 27.591,03€3.989,04€ 0,00€
31.580,07€
Honda Accord – Matrícula 44-97-HT 4.000,00€500,00€ 4.500,00€ 0,00€
Renault 5 TD – Matrícula 42 – 23-HT 1.250,18€31,26€ 1.281,44€ 0,00€
Fiat Iveco – Matrícula 55-95-HP 6.333,45€158,34€ 6.491,79€
0,00€
Citroen Jumper Fourgon – Matrícula 72-95-JQ 11.666,55€1.749,96€ 0,00€
13.416,51€
Grande Reparação - Matrícula 55-95-ZO 1.398,88€599,52€ 0,00€
1.998,40€
Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 17-IO-64 5.368,25€2.576,76€
0,00€ 7.945,01€
Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 17-IO-66 5.368,25€2.576,76€
0,00€ 7.945,01€
4825 Ferramentas e utensílios 43.741,21€3.395,78€
-€ 47.136,99€
4826 Equipamento administrativo e informático 8.493.031,41€755.762,64
55.167,04€ 9.193.627,01€
4827 Taras e vasilhame -€-€
-€ -€
4829 Outras imobilizações corpóreas 10.770,92€1.637,24€
-€ 12.408,16€
4852 Edificios 622.591,35€ 858.239,13€ -€ 1.480.830,48€
Complexo Hospitalar 620.581,60€809.026,53€
1.429.608,13€
Unidade de psiquiatria 2.009,75€ 49.212,60€ 51.222,35€
Total Geral 32.052.067,89€ 4.180.260,28€ 156.565,43€ 36.075.762,74€
Contas Designação Ativo Bruto Amortizações Acumuladas
Ativo Líquido
Bens de Domínio Público
451 Terrenos e Recursos Naturais 8.845.575,00€ 0,00€ 8.845.575,00€
Complexo hospitalar 7.681.200,00€ 0,00€ 7.681.200,00€
Unidade de psiquiatria 1.164.375,00€ 0,00€ 1.164.375,00€
452 Edifícios 40.132.178,66€ 1.480.830,48€ 38.651.348,18€
Complexo hospitalar 37.304.044,81€ 1.429.608,13€ 35.874.436,68€
Unidade de psiquiatria 2.828.133,85€ 51.22,35€ 2.776.911,50€
445 Imobilizações em curso de bens de domínio público 1.249.493,76€ 0,00€ 1.2499.493,76€
Sub-total 50.227.247,42€ 1.480.830,48€ 48.764.416,94€
Imobilizações incorpóreas
431 Despesas de instalação 0,00€ 0,00€ 0,00€
432 Despesas de investigação e desenvolvimento 0,00€ 0,00€ 0,00€
Sub-Total 0,00€ 0,00€ 0,00€
Imobilizações Corpóreas
421 Terrenos e Recursos Naturais do lar 1.227.600,00€ 0,00€ 1.227.600,00€
422 Edifícios e outras construções do lar 3.608.400,00€ 131.345,58€ 3.477.054,42€
423 Equipamento básico 30.621.042,19€ 25.004.799,33€ 5.616.242,86€
424 Equipamento de transporte 234.666,04€ 205.615,19€ 29.050,85€
Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 36-41-AM 16.399,81€ 16.399,81€ 0,00€
Auto rádio 162,11€ 162,11€ 0,00€
Mercedes – Benz Vito – Matrícula 32-70-PB 21,982,47€ 21,982,47€ 0,00€
Mercedes – Benz 313 CDI – Matrícula 14-33-RN 36.751,95€ 36.751,95€ 0,00€
Auto rádio 211,90€ 211,90€ 0,00€
Ford Transit 330 L – Matrícula 97-67-VL 36.340,24€ 36.340,24€ 0,00€
Ford Transit 330 L – Matrícula 20-44-XU 30.881,71€ 30.881,71€ 0,00€
Ford Transit 330 L – Matrícula 55-95-ZO 31.912,67€ 31.580,07€ 332,60€
Honda Accord – Matrícula 44-97-HT 0,00€ 0,00€ 0,00€
Renault 5 TD – Matrícula 42 – 23-HT 0,00€ 0,00€ 0,00€
Fiat Iveco – Matrícula 55-95-HP 0,00€ 0,00€ 0,00€
Citroen Jumper Fourgon – Matrícula 72-95-JQ 14.000,00€ 13.416,51€ 583,49€
Grande Reparação - Matrícula 55-95-ZO 4.795,64€ 1.998,40€ 2.797,24€
Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 17-IO-64 20.613,77€ 7.945.01€ 12.668,76€
Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 17-IO-66 20.613,77€ 7.945.01€ 12.668,76€
425 Ferramentas e utensílios 56.153,26€ 47.136,99€ 9.016,27€
426 Equipamento administrativo e informático 10.378.690,59€ 9.193.627,01€ 1.185.063,58€
427 Taras e vasilhame 0,00€ -€ 0,00€
429 Outras imobilizações corpóreas 17.508,46€ 12.408,16€ 5.100,30€
Sub-total 46.144.060,54€ 34.594.932,26€ 11.549.128,28€
Investimentos Financeiros
441 Imobilizações em curso de investimentos financeiros 0,00€ 0,00€ 0,00€
Sub-total 0,00€ 0,00€ 0,00€
Total Geral 96.371.307,96€ 36.075.762,74€ 60.295.545,22€
2.8 Cada uma das rubricas
dos mapas atrás referidos
foi desagregado no mesmo,
contudo foram evidenciadas
as seguintes informações:
Foram mantidas as políticas e critérios contabilísticos ine-
rentes ao reconhecimento e contabilização dos imobiliza-
dos corpóreos, à sua valorimetria e às bases de cálculo das
amortizações, e à respetiva consistência com os exercícios
anteriores enquanto Hospital Central de Faro, do qual su-
cederam todos os direitos e obrigações com exceção dos
Terrenos e Edifícios que foram avaliados pela American Ap-
praisal sendo registados pelo Justo Valor no ano de 2010.
Relativamente às contas de Imobilizado, importa destacar
os seguintes aspectos:
• O único edifício que é propriedade do Hospital de
Faro é o Edifício Lar;
• O Complexo Hospitalar sito na Rua Leão Penedo
em Faro e do edifício dos Serviços de Psiquiatria,
Terapia Ocupacional e Pneumologia, situado na
Estrada de Loulé, junto à Escola Superior de Saúde
de Faro, sendo pois para efeitos contabilísticos
bens de Domínio Público, propriedade do Estado,
registados como tal na contabilidade;
As ofertas de Imobilizado foram registadas pelo valor de mercado.
Quanto aos Abates temos um total de 170.968,91€ e en-
contram-se subdivididos da seguinte forma:
1) Equipamento Básico, num total de 97.185,76€, com-
posto por:
• Médico-Cirúrgico: 78.287,93€
• De Imagiologia: 457,77€.
• De Laboratório: 8.273,15€
• Mobiliário Hospitalar: 9.225,59€
• De Hotelaria: 941,32€
2) Equipamento de Transporte no valor de 17.000,00€.
3) Equipamento Administrativo e Informático, num total
de 56.783,15€, composto por:
• Equipamento Administrativo: 13.755,01€
• Hardware: 43.028,14€.
2.11 Quadro discriminativo
das reavaliações:
De referir que durante o exercício de 2012 não foram efe-
tuadas reavaliações sendo que a reserva de reavaliação
existente no balanço refere-se à avaliação dos imóveis em
2010 e divulgada no respetivo relatório conforme tabela
da página 183.
2.12 Imobilizado em curso
Quanto às imobilizações em curso, o valor apresentado nas
demonstrações Financeiras são no total de 1.249.493,76€ e
encontram-se subdivididos da seguinte forma:
• Obras existentes para a instalação do Serviço de
Obstetrícia no valor total de 121.333,24€.
• Ampliação do serviço de Urgência no valor total de
541.823,38€.
• Obras no Internato Geral Ginecologia no valor de
152.039,97€.
• Obras de Internamento no valor total de 143.371,88€.
• Instalações Sanitárias na Cirurgia Geral no valor de
109.179,45€.
• Obras no Sistema de chamadas no Internato Médico
no valor de 45.058,72€.
As restantes obras têm um valor total de 136.687,12€.
2.13 Indicação dos bens
utilizados em regime de
locação financeira, com
menção dos respectivos
valores contabilísticos
Não existe qualquer valor desta natureza.
Designação Custos Históricos a) Reavaliações b) Valores Contabilísticos
Reavaliados
Bens de Domínio Público 0,00€ 8.845.575,00€ 8.845.575,00€
Terrenos e Recursos Naturais 4.014.659,04€ 33.708.200,00€ 37.717.859,04€
Edifícios 0,00€ 0,00€ 0,00€
Outras construções e infraestruturas 0,00€ 0,00€ 0,00€
Bens de domínio público 0,00€ 0,00€ 0,00€
Sub-total 4.014.659,04€ 42.548.775,00€ 46.563.434,04€
Imobilizações corpóreas
Terrenos e recursos naturais 90.485,85€ 1.137.114,15€ 1.227.600,00€
Edifícios e outras construções 13.175.757,81€ -9.567.357,81€ 3.608.400,00€
Equipamento básico 1.556.775,24€ 7.925.492,66€ 9.482.267,90€
Equipamento de transporte 21.833,54€ 46.495,92€ 68.329,46€
Ferramentas e utensílios 3.627,54€ 6.634,52€ 10.262,06€
Equipamento administrativo e informático 1.507.414,34€ 376.231,17€ 1.883,645,51€
Taras e vasilhame 294,58€ -294,58€ 0,00€
Outras imobilizações corpóreas 15.609,99€ -6.865,29€ 8.744,70€
Sub-total 16.371.798,89€ -82.549,26€ 16.289.249,63€
Investimentos financeiros
Investimentos em imóveis 0,00€ 0,00€ 0,00€
Sub-total 0,00€ 0,00€ 0,00€
Total Geral 20.386.457,93€ 42.466.225,74€ 62.852.683,67€
a) Líquidos de amortizações
b) Engloba as sucessivas reavaliações
2.23 Valor global das
dívidas de cobrança
duvidosa incluídas em
cada rubrica de dívidas de
terceiros constantes do
balanço.
Da análise rigorosa e específica das contas correntes de
cada cliente, conclui-se que existiam dívidas de terceiros
que estavam em mora há mais de um ano e cujo risco de
incobrabilidade era devidamente justificado, pelo que à
data de 31 de Dezembro de 2012, procedeu-se à transfe-
rência da conta 211 – Clientes C/C para a conta 218 – Clien-
tes e Utentes de Cobrança Duvidosa de forma a refletir o
valor de 1.257.225,69€ de clientes de cobrança duvidosa.
2.27 Valor das dívidas a
Terceiros a mais de cinco
anos, repartidos pelas
respetivas rubricas de
balanço:
221 Entidade Valor
A.M Cunha. LDA. 292,46
Biomérieux Portugal, LDA. 21,78
Celpur – Técnica Ambiental, LDA. 183,15
F.V.C. – Fábrica Vilas Carreiras 183,77
M. Augusto Silva & Filhos, LDA. 1.596,59
M. B. Ortopedia, LDA. 1.211,46
Ortoimplante, SOC. De Ortopedia, S.A. 50.460,63
Papelmunde – Sociedade Manufacturas Gráficas, LDA. 214,60
Paulo Ferreira – Trading 103,49
Shortes Portugal, LDA. -24,54
Técnomédica – Equipamentos Médicos, LDA 1.422,62
Voxmania – Import e Export, LDA. 3.494,26
Total Geral 59.160,27
2.31 Desdobramento das
contas de provisões
acumuladas, explicitando os
movimentos ocorridos no
exercício, de acordo com o
quadro seguinte:
Conta Entidade Saldo inicial Aumentos Redução Salo Final
19 Proteções para aplicações - tesouraria -€ -€ -€ -€
291 Provisões para cobranças duvidosas 441.279,06€ 451.106,30€ -€ 892.385,36€
292 Provisões para risco e encargos 576,371,54€ 1.971.022,04€ 309.629,08€ 2.238.264,50
39 Provisões para depreciação de existências -€ -€ -€ -€
49 Provisões para investimentos financeiros -€ -€ -€ -€
Total Geral 1.018.150,60€ 2.422.122.128,34€ 309.629,08€ 3.130.649,86£
Para efeitos de constituição da Provisão para Cobrança
Duvidosa, consideram-se as dívidas de terceiros que es-
tejam em mora há mais de um ano e cujo risco de inco-
brabilidade seja devidamente justificado, tendo para esse
efeito considerado para o seu cálculo o valor constante
da conta 218 – Clientes e Utentes de Cobrança Duvidosa
pelas seguintes percentagens:
• Créditos em mora há mais de 12 meses e até 24
meses - 50%;
• Créditos em mora há mais de 24 meses - 100%.
Ainda no que se refere as Provisões, é de esclarecer que
foram constituídas Provisões para Outros Riscos e Encar-
gos, nomeadamente sobre processos judiciais intentados
contra o Hospital de Faro, uma vez que se afigura pro-
vável que uma eventual condenação no pagamento dos
valores peticionados no valor de 2.238.264,50€.
2.32 Explicitação
e justificação dos
movimentos ocorridos no
exercício, em cada uma
das contas da classe 5
– “ Fundo Patrimonial”,
constantes no Balanço
De acordo com o Decreto-Lei nº 180/2008, o Capital
Estatutário do Hospital de Faro E.P.E., é constituído por
uma dotação em numerário subscrita e integralmente
realizadas pelo Estado de 22.422.097,00€, devidamente
registado na rubrica de Capital Social.
Quanto às Reservas Livres, decorrem dos valores que de-
ram origem ao Hospital de Faro E.P.E., provenientes do
Património do Hospital Central de Faro S.P.A.
As Reservas de Reavaliação no valor de 42.466.225,74€,
decorrente do registo dos activos avaliados por Empresa
independente em 2010.
Quanto às Doações, em conformidade com o descriti-
vo na Diretriz Contabilística 02/91 da CNC, as Doações
de Equipamento Imobilizado diz respeito à relevação do
Imobilizado doado ao HF por diversas entidades pelo va-
lor de 62.213,60€.
No que se refere aos Resultados Transitados, durante o
exercício de 2012, procedeu-se à transferência do Resul-
tado do Exercício anterior, de acordo com a aplicação
de resultados deliberada por aprovação do Conselho de
Administração do Hospital de Faro.
Conta Entidade Saldo inicial Transferências Aumentos Redução Saldo Final
511 Capital Social 22.422.097,00€ -€ -€ -€ 22.422.097,00€
56 Reservas de reavaliação 42.466.225,74€ -€ -€ -€ 42.466.225,74€
Sub-total
Reservas
574 Reservas livres 6.006.155,75€ -€ -€ -€ 6.006.155,75€
575 Subsídios 4.725.877,74€ -€ -€ -€ 4.725.877,74€
576 Doações 1.236.046,68€ -€ 62.213,60€ -€ 1.298.260,28€
Sub-total
Resultados
59 Resultados transitados -90.627.232,02€ -17.047.387,00€ -€ -107.674.619,02€
88 Resultados líquidos do exercício -17.047.387,00€ -€ 5.535.277,25€ -17.047.387,00€ -5.535.277,25€
Sub-total -107.674.619,02€ -€ -22.582.664,25€ -17.047.387,00€ -113.209.896,27€
Total Geral -30.818.216,11€ -€ -22.520.450,65€ -17.047.387,00€ -36.291.279,76€
2.33 Demonstração dos
custos das mercadorias
vendidas e das matérias
consumidas, de acordo com
o mapa seguinte:
Conta Designação Mercadorias Matérias primas, subsidiárias e de consumo
36 Existências iniciais -€ 2.909.634,27€
312+316 Compras -€ 33.508.555,08€
793+693 Regularizações de existências -€ -€
36 Existências finais -€ 4.008.776,28€
61 Custos das mercadorias vendidas -€ 32.409.413,07€
O custo das mercadorias vendidas e matérias consumi-
das foram no montante de 32.409.413,07€, cuja demons-
tração é apresentada no quadro acima. O saldo final das
existências do exercício de 2012 foi de 4.008.776,28€, o
qual engloba as existências nos armazéns, farmácia, servi-
ços clínicos e laboratórios.
2.35 Vendas e das
prestações de serviços
Os proveitos gerados referem-se, essencialmente, a pres-
tações de serviços resultantes da actividade de saúde
com internamento, registando-se, ainda, proveitos prove-
nientes da Venda de Energia e do Aluguer de Instalações,
contudo, sem grande relevância e registados estes últi-
mos na conta de Proveitos Suplementares.
Conta Designação 2012
711 Vendas 388,81€
712 Prestações de serviços 107.338.176,28€
Total 107.338.565,09€
2.37 Demonstração dos
resultados financeiros,
como se segue:
Custos e perdas
Conta Designação 2012 2011
681 Juros Suportados 908.290,24€ 862.396,29€
685 Diferenças de câmbios desfavoráveis -€ 218,80€
688 Outros custos e perdas financeiras 11.436,67€ 14.370,30
82 Resultados financeiros -370.083,82€ -871.559,06€
Total geral 549.643,09€ 5.426,33€
Proveitos e ganhos
Conta Designação 2012 2011
781 Juros óbitos 6.958,72€ 3.297,21€
785 Diferenças de câmbios favoráveis 13,42€ -€
786 Descontos de P/pagamento obtidos 96.975,48€ 2.108,62€
788 Outros P. e G. Financeiros 445.695,47€ 20,50€
Total geral 549.643,09€ 5.426,33€
2.38 Demonstração dos
resultados extraordinários,
como se segue:
Custos e perdas
Conta Designação 2012 2011
691 Transferências de capital concedidas 190,69€
692 Dívidas incobráveis 5.638,88€ 13.958,71€
694 Perdas em imobilizado 10.993,98€ 12.535,82€
695 Multas e penalidades 1.492,30€
697 Correções relativos a exercícios anteriores 958.801,39€ 1.980.992,59€
698 Outros custos e perdas extraordinários 90.643,31€ 6.456,25€
84 Resultados extraordinários 3.465.218,38€ 2.754.012,85€
Total Geral 4.531.486,63€ 4.769.448,52
Proveitos e ganhos
Conta Designação 2012 2011
792 Recuperação de dívidas 3.649,41€ 1.689,00€
794 Ganhos e, Imobilizações 715,75€
797 Correções relativas a exercícios anteriores 3.993.237,60€ 4.136.176,33€
798 Outros proveitos e ganhos extraordinários 534.599,62€ 630.867,44€
Total geral 4.531.486,63€ 4.769.448,52€
2.39 Outras Informações
consideradas relevantes
para melhor compreensão
da posição financeira dos
resultados No presente Relatório e Contas são feitos comentários,
dos quais é permitido extrair análise e apreciação porme-
norizadas da situação económica e financeira do Hospital
de Faro, sendo de referir como nota final o saldo Activo e
Passivo da rubrica “24 – Estado e Outros Entes Públicos”,
que apresentava em 31 de Dezembro de 2012 o desdo-
bramento abaixo apresentado.
Conta Designação Ativo Passivo
Imposto sobre o rendimento (I.R.C.)
2411 Pagamentos por conta 210.000,00€
2412 Retenções 210,55€
2413 Imposto estimado -€ 11.606,08€
Sub-total 210.210,55€ 11.606,08€
Retenções Imposto S/rendimentos (I.R.S.)
2421 Trabalho dependente -€ -€
2422 Trabalho independente -€ -€
24291 Sobre outros rendimentos -€ -€
24229 Retenções ACSS 41.928,57€ 10.928,10€
Sub-total 41.928,57€ 10.928,10€
Imposto sobre valor acrescentado (I.V.A.)
2436 Iva a Pagar -€ 55.168,10€
Sub-total -€ 55.168,10€
Contribuições para a Segurança Social
2452 Caixa Geral de Aposentações -€ 438,679,63€
2453 Segurança Social 1.214,47€ -€
Sub-total 1.214,47€ 438,679,63€
Total Geral 253.353,59€ 516.381,91€
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fis-
cais estão sujeitas a revisão e a eventual correção por par-
te das autoridades fiscais por um período de quatro anos,
sendo de dez anos para a Segurança Social. Deste modo,
as declarações fiscais do exercício de 2012 podem vir a
ser sujeitas a revisão, contudo não terão um efeito signifi-
cativo nas demonstrações financeiras entregues.
Certificação Legal de Contas
Relatório e Parecer do Fiscal Único
Avaliação de Desempenho dos Gestores
Hospital de Faro, E.P.E.www.hdfaro.min-saude.pt
www.hdfaro.min-saude.pt
Segue-nos no
Hospital de Faro, E.P.E.Rua Leão Penedo, 8000-386 FaroTel. 289 891 100
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