contas de gestÃo exercÍcio de 2012

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CONTAS DE GESTÃO – EXERCÍCIO DE 2012 1

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ÍNDICE

1 APRESENTAÇÃO............................................................................................................................................................................... 07

1.1 COMPOSIÇÃO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS....................................................................................................................... 08

1.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL............................................................................................................................................ 09

1.3 ENTIDADES EM LIQUIDAÇÃO................................................................................................................................................. 10

1.4 PUBLICAÇÕES DA CONTADORIA GERAL DO ESTADO – CGE........................................................................................... 11

1.4.1 EXECUÇÕES ORÇAMENTÁRIAS............................................................................................................................. 11

1.4.2 ATOS NORMATIVOS DA CGE.................................................................................................................................. 12

2 PANORAMA ECONOMICO................................................................................................................................................................. 14

2.1 ECONOMIA BRASILEIRA....................................................................................................................................................... 14

2.2 ECONOMIA FLUMINENSE..................................................................................................................................................... 17

3 ORÇAMENTO...................................................................................................................................................................................... 22

3.1 ORÇAMENTO FISCAL E DE SEGURIDADE SOCIAL............................................................................................................ 22

3.1.1 ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS.......................................................................................................................... 24

3.1.1.1 DOS CRÉDITOS ADICIONAIS.............................................................................................................. 25

3.1.2 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA RECEITA.......................................................................................................... 27

3.1.2.1 RECEITAS CORRENTES..................................................................................................................... 27

3.1.2.1.1 RECEITA TRIBUTÁRIA.................................................................................................... 29

3.1.2.1.1.1 ICMS....................................................................................................... 31

3.1.2.1.1.2 ADICIONAL DO ICMS – FECP (LEI Nº 4.056/2002).............................. 32

3.1.2.1.1.3 IPVA........................................................................................................ 32

3.1.2.1.1.4 TAXAS.................................................................................................... 33

3.1.2.1.1.5 ITD.......................................................................................................... 34

3.1.2.1.2 RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES..................................................................................... 35

3.1.2.1.3 RECEITA PATRIMONIAL................................................................................................. 36

3.1.2.1.4 RECEITA DE SERVIÇOS................................................................................................ 38

3.1.2.1.5 TRANSFERÊNCIAS CORRENTES................................................................................. 39

3.1.2.1.6 OUTRAS RECEITAS CORRENTES................................................................................ 40

3.1.2.2 RECEITA DE CAPITAL......................................................................................................................... 41

3.1.2.2.1 OPERAÇÕES DE CRÉDITO............................................................................................ 42

3.1.2.2.2 ALIENAÇÃO DE BENS.................................................................................................... 43

3.1.2.2.3 TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL................................................................................... 43

3.1.3 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA........................................................................................................ 44

3.1.3.1 DESPESA POR FUNÇÃO DE GOVERNO........................................................................................... 45

3.1.3.2 DEMONSTRATIVO DAS DESPESAS P/ PODER, CATEG. ECON. E GRUPO DE DESPESA........... 57

3.1.3.3 COMPARATIVO DAS DESPESAS POR CATEGORIA ECONÔMICA................................................. 58

3.1.3.3.1 DESPESAS CORRENTES............................................................................................... 59

3.1.3.3.1.1 PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS ...................................................... 60

3.1.3.3.1.2 JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA........................................................ 61

3.1.3.3.1.3 OUTRAS DESPESAS CORRENTES..................................................... 62

3.1.3.3.2 DESPESAS DE CAPITAL................................................................................................ 65

3.1.3.3.2.1 INVESTIMENTOS................................................................................... 66

3.1.3.3.2.2 INVERSÕES FINANCEIRAS.................................................................. 67

3.1.3.3.2.3 AMORTIZAÇÕES DA DÍVIDA................................................................ 68

3.1.4 RECEITAS E DESPESAS INTRAORÇAMENTÁRIAS............................................................................................. 69

3.1.4.1 RECEITAS INTRAORÇAMENTÁRIAS.................................................................................................. 69

3.1.4.2 DESPESAS INTRAORÇAMENTÁRIAS................................................................................................ 70

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3.1.5 RESULTADO ORÇAMENTÁRIO........................................................................................................................... 72

3.1.5.1 RESULTADO ORÇAMENTÁRIO POR CATEGORIA ECONÔMICA................................................. 73

3.2 ORÇAMENTO DE INVESTIMENTOS................................................................................................................................. 74

3.2.1 ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS DAS EMPRESAS ESTATAIS.................................................................. 75

3.2.2 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS – CEDAE............. 76

3.2.3 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – IO............. 77

4 FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA E DE VALORIZAÇÃO DOS

PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO – FUNDEB...............................................................................................................................

80

4.1 RECURSOS DO FUNDEB................................................................................................................................................... 80

4.1.1 COMPOSIÇÃO E REPASSES DOS RECURSOS AO FUNDEB..................................................................... 80

4.1.2 DISTRIBUIÇÃO DOS RECUROS DO FUNDEB AO ESTADO E AOS MUNICÍPIOS...................................... 82

4.2 RESULTADO DA PARTICIPAÇÃO DO ESTADO NO FUNDEB......................................................................................... 83

4.3 DA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDEB.............................................................................................................. 84

4.3.1 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DOS RECURSOS RECEBIDOS DO FUNDEB............................................. 84

4.3.2 EXECUÇÃO DOS RESTOS A PAGAR – FUNDEB ........................................................................................ 86

4.4 MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS RECEBIDOS DO FUNDEB.............................................................. 86

5 FUNDO ESTADUAL DE COMBATE À POBREZA E ÀS DESIGUALDADES SOCIAIS – FECP.................................................. 89

5.1 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA DO FECP POR FUNÇÃO......................................................................... 90

5.2 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA DO FECP POR PROGRAMA DE GOVERNO.......................................... 91

5.3 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA DO FECP POR GRUPO DE DESPESA................................................... 92

5.4 DOS LIMITES DE APLICAÇÃO DOS RECURSOS DO FECP............................................................................................ 93

5.4.1 DAS DESPESAS COM PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS.......................................................................... 93

5.5 EXECUÇÃO DOS RESTOS A PAGAR DO FECP.............................................................................................................. 94

5.6 DA APLICAÇÃO NO FUNDO ESTADUAL DE HABILITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL – FEHIS................................... 94

6 FUNDO ÚNICO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – RIOPREVIDÊNCIA.................................... 98

6.1 RECEITAS DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RPPS......................................................................... 98

6.1.1 RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES..................................................................................................................... 99

6.1.2 RECEITA PATRIMONIAL................................................................................................................................. 100

6.1.3 OUTRAS RECEITAS CORRENTES................................................................................................................ 101

6.1.4 ALIENAÇÃO DE BENS..................................................................................................................................... 102

6.1.5 AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS / FUNDES............................................................................................ 102

6.2 DESPESAS DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RPPS....................................................................... 103

6.2.1 DESPESAS COM PESSOAL PRÓPRIO E ENCARGOS SOCIAIS................................................................. 104

6.2.2 PREVIDÊNCIA SOCIAL................................................................................................................................... 104

6.2.3 OUTRAS DESPESAS CORRENTES............................................................................................................... 105

6.2.4 INVESTIMENTOS............................................................................................................................................. 106

6.3 RESULTADO PREVIDENCIÁRIO....................................................................................................................................... 107

6.4 BALANÇO PREVIDENCIAL................................................................................................................................................. 108

6.5 PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR..................................................................................................................................... 109

7 PARTICIPAÇÕES GOVERNAMENTAIS DO PETRÓLEO.............................................................................................................. 112

7.1 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS.................................................................................................................................. 112

7.2 DESEMPENHO DOS ROYALTIES E PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS EM 2012................................................................. 113

7.3 EVOLUÇÃO DAS RECEITAS DAS PARTICIPAÇÕES GOVERNAMENTAIS.................................................................... 116

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8 VINCULAÇÕES CONSTITUCIONAIS............................................................................................................................................. 120

8.1 AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE.................................................................................................................. 120

8.1.1 BASE DE CÁLCULO PARA APLICAÇÕES EM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE.................... 120

8.1.2 VALORES APLICADOS PELO ESTADO EM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE....................... 121

8.1.3 DESPESAS EXCLUÍDAS PARA APURAÇÃO DO LIMITE CONSTITUCIONAL............................................. 123

8.1.4 APURAÇÃO DO PERC. CONSTITUCIONAL APLICADO EM AÇÕES E SERV. PÚBL DE SAÚDE.............. 124

8.2 SISTEMA EDUCACIONAL.................................................................................................................................................. 125

8.2.1 BASE DE CÁLCULO PARA APLICAÇÕES DE RECURSOS NO SISTEMA EDUCACIONAL........................ 125

8.2.2 VALORES APLICADOS EM MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO – MDE......................... 126

8.2.3 DESPESAS EXCLUÍDAS PARA APURAÇÃO DO LIMITE CONSTITUCIONAL............................................. 128

8.2.4 APURAÇÃO DO PERCENTUAL CONSTITUCIONAL APLICADO NO SISTEMA EDUCACIONAL................ 129

8.3 FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS FILHO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –

FAPERJ............................................................................................................................................................................... 130

8.3.1 BASE DE CÁLCULO PARA FINS DE LIMITE CONSTITUCIONAL – FAPERJ............................................... 130

8.3.2 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA FAPERJ................................................................................................... 131

8.3.3 APURAÇÃO DO PERCENTUAL CONSTITUCIONAL APLICADO PELA FAPERJ......................................... 132

8.4 FUNDO ESTADUAL DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO URBANO – FECAM........................ 133

8.4.1 COMPOSIÇÃO DOS RECURSOS DESTINADOS AO FECAM....................................................................... 133

8.4.2 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA COM RECURSOS DO FECAM..................................................................... 135

8.4.3 APURAÇÃO DO PERCENTUAL DE DESPESAS FRENTE ÀS RECEITAS DO FECAM................................ 137

8.4.4 TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA – TAC....................................................................................... 138

9 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – LRF............................................................................................................................... 141

9.1 COMENTÁRIOS.................................................................................................................................................................. 141

9.2 LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – LDO............................................................................................................... 143

9.2.1 ANEXO DE METAS FISCAIS........................................................................................................................... 143

9.2.1.1 RESULTADO PRIMÁRIO................................................................................................................ 143

9.2.1.1.1 RESULTADO PRIMÁRIO A PREÇOS CORRENTES................................................ 144

9.2.1.2 MONTANTE DA DÍVIDA E RESULTADO NOMINAL...................................................................... 144

9.2.1.2.1 A PREÇOS CORRENTES.......................................................................................... 144

9.2.1.2.2 A PREÇOS CONSTANTES........................................................................................ 145

9.3 METAS BIMESTRAIS DE ARRECADAÇÃO...................................................................................................................... 146

9.3.1 CUMPRIMENTO AO ARTIGO 13 DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL............................................... 148

9.4 RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL.................................................................................................................................... 152

9.4.1 DEMONSTRATIVO DA DESPESA COM PESSOAL....................................................................................... 153

9.4.2 DEMONSTRATIVO DA DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA – DCL.................................................................. 155

9.4.3 DEMONSTRATIVO DAS GARANTIAS E CONTRAGARANTIAS DE VALORES............................................ 156

9.4.4 DEMONSTRATIVO DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITOS................................................................................. 157

9.4.5 DEMONSTRATIVO DA DISPONIBILIDADE DE CAIXA................................................................................... 158

9.4.6 DEMONSTRATIVO DOS RESTOS A PAGAR................................................................................................. 159

9.5 RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA – RREO........................................................................... 160

9.5.1 BALANÇO ORÇAMENTÁRIO.......................................................................................................................... 161

9.5.2 DEMONSTRATIVO DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA............................................................................... 161

9.5.3 DEMONSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPEAS PREVIDENCIÁRIAS DO RPPS ...................................... 162

9.5.4 DEMONSTRATIVO DO RESULTADO PRIMÁRIO.......................................................................................... 162

9.5.5 DEMONSTRATIVO DO RESULTADO NOMINAL............................................................................................ 163

9.5.6 DEMONSTRATIVO DAS RECEITAS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO E DESPESA DE CAPITAL............... 165

9.5.7 DEMONSTRATIVO DA RECEITA DE ALIENAÇÕES DE ATIVOS E APLICAÇÃO DOS RECURSOS........... 166

9.6 RESUMO DAS PUBLICAÇÕES DOS ANEXOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF............................... 167

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10 DÍVIDA CONSOLIDADA.................................................................................................................................................................. 169

10.1 DÍVIDA DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA.............................................................................................................................. 169

10.1.1 DÍVIDA INTERNA E EXTERNA ....................................................................................................................... 169

10.2 DÍVIDA DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA.......................................................................................................................... 172

10.3 PRECATÓRIOS................................................................................................................................................................... 172

10.4 DEMONSTRATIVOS........................................................................................................................................................... 173

11 IMPLEMENTAÇÕES E APRIMORAMENTOS NO EXERCÍCIO..................................................................................................... 178

11.1 SIAFEM................................................................................................................................................................................ 178

11.2 SIG....................................................................................................................................................................................... 180

12 PROCESSO DE CONVERGÊNCIA AOS PADRÕES INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE................................................. 182

12.1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................................... 182

12.2 O PROCESSO DE CONVERGÊNCIA NO BRASIL............................................................................................................. 182

12.3 A CONVERGÊNCIA NA ÁREA PÚBLICA........................................................................................................................... 183

12.4 GRUPOS TÉCNICOS DA STN............................................................................................................................................ 184

12.5 A CONTADORIA -GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO NO PROCESSO DE CONVERGÊNCIA......................... 185

12.6 CONCLUSÃO...................................................................................................................................................................... 186

13 GLOSSÁRIO.................................................................................................................................................................................... 189

14 EQUIPE DA CONTADORIA GERAL DO ESTADO – CGE............................................................................................................. 206

15 RESPONSÁVEIS PELA CONTABILIDADE DOS ÓRGÃOS.......................................................................................................... 210

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7

1 APRESENTAÇÃO

O Balanço Geral do Estado demonstra os resultados alcançados pelo Estado do Rio de Janeiro no

exercício de 2012 e se constitui na principal peça da prestação de contas do segundo ano de mandato

do Excelentíssimo Governador, Senhor Sérgio Cabral Filho, à Assembleia Legislativa.

Dentre as atribuições privativas do Governador do Estado está a obrigatoriedade de prestar contas

anualmente, no prazo de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, em cumprimento ao

inciso XIII do artigo 145, da Constituição Estadual. A responsabilidade pela elaboração da Prestação

de contas e do Balanço Geral é da Contadoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro, cumprindo sua

atribuição disposta no inciso XI, artigo 2º, do Decreto Lei nº 10, de 15/03/1975, mantido pelo Art. 292,

da Lei nº 287, de 14/02/1979.

A execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil de todos os órgãos e entidades definidas

no art. 1º da Lei Complementar Federal nº 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, foi

processada e consolidada através do Sistema Integrado de Administração Financeira para Estado e

Municípios – SIAFEM/RJ, atendendo aos artigos 39 e 49 da Lei nº 6.010, de 18 de julho de 2011 – Lei

de Diretrizes Orçamentárias, tarefa esta que vem sendo executada por este sistema desde 1997,

tendo sua implantação normatizada com a edição do Decreto nº 22.939 de 30 de janeiro daquele ano.

Desde a sua implantação, em 1997, o SIAFEM/RJ vem sendo aprimorado, e em janeiro de 2013,

através da Portaria CGE nº 162, foi implantado no Sistema o Plano de Contas Aplicado ao Setor

Público – PCASP, com o objetivo de melhorar a evidenciação dos fenômenos patrimoniais e

padronizar o tratamento contábil dos atos e fatos administrativos no âmbito do setor público, Plano

este que deverá ser adotado por todos os Entes da Federação, permitindo a geração de base de

dados consistente para compilação de estatísticas e finanças públicas e a consolidação das contas

públicas conforme o art. 50, §2º, da LRF. A implantação do novo Plano tornará possível a elaboração

e divulgação das demonstrações contábeis nos moldes da nova contabilidade pública em 2014, além

de possibilitar a elaboração padronizada de relatórios e demonstrativos previstos na LRF, em

benefício da transparência da gestão fiscal, da racionalização dos custos e do controle social.

Hoje os quatro pilares das boas práticas de governança corporativa, equidade, prestação de contas,

transparência e sustentabilidade corporativa, pilares estes aplicados tanto no setor público quanto no

setor privado, são assuntos obrigatórios e de grande atenção dos gestores de qualquer órgão ou

entidade, sejam eles o Governador do Estado, seus secretários ou qualquer outro servidor público. A

apresentação da Prestação de Contas de forma transparente e organizada não só atende à legislação

vigente, como também divulga a boa administração e aponta as devidas correções quando

necessárias.

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Promover a transparência das informações públicas como ferramenta de aperfeiçoamento da

democracia representativa é o objetivo principal da Prestação de Contas, além de incentivar a

educação política e a participação do cidadão. Com esta finalidade, divulgamos, por meio eletrônico e

de fácil acesso, a Gestão Fiscal do Governo do Estado, através de textos simplificados, tabelas e

gráficos, assim como a publicação detalhada de todos os demonstrativos, atendendo ao preceito da

ampla publicidade e ao que determina a Lei Complementar 101/2000 – Lei de Responsabilidade

Fiscal.

Finalmente, encaminhamos estas Contas em obediência à legislação já citada, elaboradas dentro de

todas as normas legais e dentro do prazo previsto, para que sejam “submetidas ao Poder Legislativo,

com Parecer Prévio do Tribunal de Contas...” (§ 1º, Art. 82, Lei nº 4.320/64), e disponibilizadas a todos

aqueles que de alguma forma procurem informações sobre a situação orçamentária, financeira,

patrimonial e econômica do Estado do Rio de Janeiro. Temos convicção de que retratamos fielmente o

exercício financeiro findo, o qual marcou o segundo ano do segundo mandato do Excelentíssimo

Senhor Sérgio Cabral Filho à frente do governo deste Estado. Ao concluirmos, e por fim

encaminharmos a presente Prestação, nós o fazemos com o orgulho e firmeza do trabalho realizado

sem economia de esforços. E, nossa recompensa reside na constatação de termos atingido, e até

superado, as principais metas as quais nos propusemos.

1.1 COMPOSIÇÃO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

Esta Prestação de Contas é composta de 34 volumes conforme a seguir:

VOLUME 01 Relatório Gerencial

VOLUME 02 Demonstrações Contábeis e Notas Explicativas

VOLUME 03 Balanços da Lei 4.320/64 e demais Relatórios Gerenciais

VOLUME 04 Relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal

VOLUME 05 Boletim de Transparência Fiscal

VOLUME 06 Atendimentos às Determinações do TCE/RJ

VOLUME 07 Ofícios Encaminhados em Atendimento ao Decreto de Encerramento

VOLUME 08 Demonstrativo do Estoque da Dívida Ativa

VOLUME 09 Relação dos Imóveis Próprios Estaduais

VOLUME 10 FUNDEB – Relatório e Parecer do Conselho Estadual

VOLUME 11 Realizações dos Programas Finalísticos do Plano Plurianual em 2012

VOLUME 12 Relatório do Passivo Ambiental

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VOLUME 13 Execução Orçamentária - Administração Direta

VOLUME 14 Execução Orçamentária - Autarquias

VOLUME 15 Execução Orçamentária - Fundações

VOLUME 16 Execução Orçamentária - Empresas Públicas

VOLUME 17 Execução Orçamentária - Sociedades de Economia Mista

VOLUME 18 Execução Orçamentária - Fundos Especiais

VOLUME 19 Execução Orçamentária - Consolidado

VOLUME 20 Balancetes - Administração Direta

VOLUME 21 Balancetes - Autarquias

VOLUME 22 Balancetes - Fundações

VOLUME 23 Balancetes - Empresas Públicas

VOLUME 24 Balancetes - Sociedades de Economia Mista

VOLUME 25 Balancetes - Fundos Especiais

VOLUME 26 Balancetes - Consolidado

VOLUME 27 Créditos Adicionais e Alterações do QDD - Administração Direta

VOLUME 28 Créditos Adicionais e Alterações do QDD - Autarquias

VOLUME 29 Créditos Adicionais e Alterações do QDD - Fundações

VOLUME 30 Créditos Adicionais e Alterações do QDD - Empresas Públicas

VOLUME 31 Créditos Adicionais e Alterações do QDD - Sociedades de Economia Mista

VOLUME 32 Créditos Adicionais e Alterações do QDD - Fundos Especiais

VOLUME 33 Execução Orçamentária - Despesa por Poder

VOLUME 34 Relatório de Procedimentos – GTCON/RJ

1.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

A estrutura organizacional do Governo é composta pelos Órgãos do Poder Executivo, e no exercício

de 2012 se apresentou conforme a seguir:

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1.3 ENTIDADES EM LIQUIDAÇÃO

Conforme informações da Assessoria de Empresas em Liquidação do Gabinete Civil encontram-se em

processo de liquidação, as seguintes empresas:

ADMINISTRAÇÃO DIRETA

*Secretaria de Estado da Casa Civil - CC

DETRAN/AGETRANSP/

AGENERSA /

LOTERJ/PRODERJ/

- IO -

Secretaria de Estado de Governo – SEGOV - - - -

Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão –

SEPLAGRIOPREVIDÊNCIA * CEPERJ / RJPREV - -

Secretaria de Estado de Fazenda – SEFAZ - - - -

Secretaria de Estado de Desenvolv. Econ., Energia,

Indústria e Serv. - SEDEISJUCERJA / DRM / IPEM - - CODIN / AGERIO

Secretaria de Estado de Obras – SEOBRAS IEEA DER EMOP CEDAE

Secretaria de Estado de Segurança - SESEG  RIOSEGURANÇA - - -

Secretaria de Estado de Administração Penitenciária -

SEAP- FSC - -

Secretaria de Estado de Saúde - SES IASERJ FEHUE - IVB

Secretaria de Estado de Defesa Civil - SEDEC - - - -

Secretaria de Estado de Educação – SEEDUC - DEGASE - -

Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia – SECT -

UENF / CECIERJ /

FENORTE / UERJ /

FAETEC / FAPERJ /UEZO

- -

Secretaria de Estado de Habitação – SEH ITERJ - - CEHAB

Secretaria de Estado de Transportes – SETRANS DETRO - -RIOTRILHOS /CENTRAL

/ CODERTE

Secretaria de Estado do Ambiente – SEA INEA - - -

Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária -

SEAPEC- - EMATER / PESAGRO -

Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional,

Abastec. e Pesca - SEDRAP- FIPERJ - CASERJ / CEASA

Secretaria de Estado de Trabalho e Renda - SETRAB - - - -

Secretaria de Estado de Cultura – SEC -FTM / FUNARJ / FMIS /

FCFB- -

Secretaria de Estado de Assistência Soc. e Direitos

Humanos - SEASDH- FLXIII / FIA - -

Secretaria de Estado de Esporte e Lazer - SEEL SUDERJ - -

Secretaria de Estado de Turismo - SETUR - - - TURISRIO

Procuradoria Geral do Estado - PGE - - - -

Defensoria Pública Geral do Estado - DPGE - - - -

Assessoria das Empresas em Liquidação - AEL 

- - -

BD-RIO /METRO / CTC/

DIVERJ/ FLUMITRENS /

CELF/SERVE

QUADRO 01 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Estado do Rio de Janeiro - 2012

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA – 59 ENTIDADES VINCULADAS

24 ÓRGÃOS 16 AUTARQUIAS 20 FUNDAÇÕES 04 EMPRESAS18 SOCIEDADES DE

ECONOMIA MISTA

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1.4 PUBLICAÇÕES DA CONTADORIA GERAL DO ESTADO - CGE

Em cumprimento aos preceitos da legislação financeira, esta Contadoria-Geral do Estado – CGE dá

publicidade aos seus atos através do Diário Oficial do Estado e da Internet, no sítio da Secretaria de

Estado de Fazenda - SEFAZ, onde disponibiliza, periodicamente, as Execuções Orçamentárias de

Receita e Despesa e demais Demonstrativos e Relatórios pertinentes. E ainda no exercício de sua

competência, elencada no Regimento Interno da SEFAZ, expede atos normativos visando

procedimentos para adequados registros contábeis dos atos e dos fatos da gestão orçamentária,

financeira e patrimonial nos órgãos e nas entidades da Administração Pública Estadual.

1.4.1 EXECUÇÕES ORÇAMENTÁRIAS

A Contadoria-Geral do Estado publica mensalmente, com base no parágrafo 3º, do artigo 209, da

Constituição Estadual e no artigo 52, da Lei Complementar Federal nº 101/2000 – LRF, as Execuções

Orçamentárias da Receita e Despesa da Administração Direta e Indireta; as Execuções Orçamentárias

relativas aos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de

Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, instituído pela Emenda Constitucional nº 53,

de 19 de dezembro de 2006 e o Demonstrativo das Receitas e Despesas do Fundo de Combate à

Pobreza e às Desigualdades Sociais – FECP, instituído pelo Decreto Estadual nº 32.646, de 08 de

janeiro de 2003.

A seguir, relacionamos o calendário das referidas publicações realizadas em 2012.

EMPRESA LIQUIDANTE PERÍODO

SERVE - Empresa Estadual de Viação José Luis de Paiva Durão 01/01/2012 a 31/12/2012

CTC – Cia. de Transportes Coletivos José Luis de Paiva Durão 01/01/2012 a 31/12/2012

DIVERJ – Distrib. de Títulos e Val. Mobiliários do E.R.J. Valkir Garcia Gama 01/01/2012 a 31/12/2012

BD-RIO – Banco de Desenvolvimento do E.R.J. Ricardo Micheloni da Silva 01/01/2012 a 31/12/2012

CELF – Centrais Elétricas Fluminense S/A Marcelo de Queiroz Pimentel 01/01/2012 a 31/12/2012

FLUMITRENS – Cia. Fluminense de Trens Urbanos Antônio Marques Ribeiro Filho 01/01/2012 a 31/12/2012

METRÔ – Cia. do Metropolitano do RJ Carlos de Araújo Resende 01/01/2012 a 31/12/2012

QUADRO 02 - ENTIDADES EM LIQUIDAÇÃOEstado do Rio de Janeiro - 2012

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12

1.4.2 ATOS NORMATIVOS DA CGE

Em destaque os atos normativos expedidos pela Contadoria-Geral do Estado no Exercício de 2012:

EXECECUÇÃO

ORÇAMENTÁRIAFUNDEB FECP

Janeiro 02/03/2012 02/03/2012 02/03/2012

Fevereiro 16/03/2012 16/03/2012 16/03/2012

Março 18/04/2012 18/04/2012 18/04/2012

Abril 17/05/2012 17/05/2012 17/05/2012

Maio 15/06/2012 15/06/2012 15/06/2012

Junho 16/07/2012 16/07/2012 16/07/2012

Julho 15/08/2012 15/08/2012 15/08/2012

Agosto 17/09/2012 17/09/2012 17/09/2012

Setembro 17/10/2012 17/10/2012 17/10/2012

Outubro 13/11/2012 13/11/2012 13/11/2012

Novembro 17/12/2012 17/12/2012 17/12/2012

Dezembro 04/02/2013 04/02/2013 04/02/2013

MÊS

RELATÓRIO

QUADRO 03 - CALENDÁRIOS DE PUBLICAÇÕES

Estado do Rio de Janeiro - 2012

152 08/02/2012 Aprova as Inscrições de Restos a Pagar no Exercício Financeiro de 2011.

153 17/02/2012 Aprova o Regimento Interno do Grupo GTCON/RJ

154 24/02/2012 Revoga a Portaria CGE Nº 111 de 27/09/2005

155 20/03/2012 Define as Atribuições Básicas das Coordenadorias Setoriais de Contabilidade

156 28/05/2012 Revoga as Portarias CGE Nºs 99, 123 e 124

157 14/08/2012 Revoga a Portaria CGE Nº 135 de 16/02/2009

158 16/10/2012 Revoga a Portaria CGE Nº 138 de 16/10/2009

159 13/11/2012 Revoga a Portaria CGE Nº 150 de 17/08/2011

QUADRO 04 - PORTARIAS

Estado do Rio de Janeiro - 2012

NºDATA DE

PUBLICAÇÃO ASSUNTO

3 07/11/2012Dispões sobre Horário de Funcionamento do SIAFEM e dá

Outras Providências

QUADRO 05 - PORTARIA CONJUNTA

Estado do Rio de Janeiro - 2012

Nº DATA DE PUBLICAÇÃO ASSUNTO

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14

2 PANORAMA ECONÔMICO

2.1 ECONOMIA BRASILEIRA

A economia nacional apresentou, em 2012, reduzida taxa de crescimento em comparação com o ano

anterior. O Produto Interno Bruto (PIB) alcançou R$ 4,403 bilhões, uma elevação de 0,9% em relação

a 2011. O resultado apresentou-se abaixo da média mundial (3,3%, de acordo com estimativa do FMI).

Tal expansão resultou do aumento de 0,8% do Valor Adicionado a preços básicos e do crescimento de

1,6% nos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. A variação nos impostos deve-se,

principalmente, ao crescimento em volume de 2,2% do ICMS (Imposto sobre Circulação de

Mercadorias e Serviços), devido, em grande parte, ao desempenho positivo das atividades de

Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana e Serviços de Informação. O resultado do Valor

Adicionado nesta comparação refletiu o desempenho das três atividades que o compõem:

Agropecuária (-2,3%), Serviços (1,7%) e Indústria (-0,8%).

O PIB per capita (divisão do valor corrente do PIB pela população residente no meio do ano) alcançou

R$ 22.402, mantendo-se praticamente estável em relação a 2011, ao registrar uma alta em termos

reais de 0,1%.

PIB Brasil 1994 - 2012 (em Bilhões)

Fonte: IBGE

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

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C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

15

Do ponto de vista da oferta, a queda do setor agropecuário em 2012 foi ocasionada pelo fraco

desempenho da pecuária somado à queda de produtividade de diversas culturas da lavoura (apenas

milho e café registraram altas de produção).

Na Indústria, houve queda em relação ao ano anterior: -0,8%. Mas alguns setores importantes

apresentaram alta, como o setor de Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (3,6%),

ocasionada pelo aumento do consumo residencial e comercial de energia elétrica; e também a

Construção Civil (1,4%).

A única atividade que apresentou alta foi a de serviços (1,7%), tendo como destaques os Serviços de

informação (2,9%) e Administração, Saúde e Educação Pública (2,8%). O comércio cresceu 1,0%;

sustentando-se as vendas no varejo em ritmo superior ao da produção industrial devido ao

crescimento da massa real de salários e da expansão do crédito ao consumo.

Na análise da demanda, a despesa de consumo das famílias cresceu 3,1% em 2012, nono ano

consecutivo de aumento. Esta elevação deve-se ao incremento real de 6,7% na massa salarial dos

trabalhadores, somado ao acréscimo nominal de 14% no saldo de operações de crédito para pessoas

físicas. A Despesa do Consumo da Administração Pública também apresentou elevação (3,2%). Já a

formação bruta de capital fixo apresentou queda (4%), ocasionada pelo recuo da produção de

máquinas e equipamentos.

Em relação ao setor externo, as exportações tiveram crescimento de 0,5%, e as importações de 0,2%.

Contribui para este quadro a desvalorização do Real ocorrida entre 2011 e 2012: A taxa de câmbio

(medida pela média anual das taxas de câmbio R$/US$ de compra e venda) variou de 1,76 para 1,95.

Valores Correntes - R$ M ilhões

ESPECIFICAÇÃO 2012 2011

Agropecuária 196.119 192.653

Indústria 983.395 972.156

Serviços 2.561.241 2.366.062

Valor Adicionado a Preços Básicos 3.740.755 3.530.871

Impostos sobre Produtos 661.782 612.142

PIB a Preços de Mercado 4.402.537 4.143.013

Despesa do Consumo das Famílias 2.744.452 2.499.489

Despesa do Consumo do Governo 944.543 856.647

Formação Bruta de Capital de Fixo 798.695 798.720

Exportações de Bens e Serviços 552.843 492.570

Importações de Bens e Serviços (-) 615.766 522.953

Variação de Estoque (-) 22.230 18.540

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais.

Nota: Todos os resultados são calculados a partir das Contas Nacionais Trimestrais

TABELA 001 - CLASSES DE ATIVIDADE NO VALOR ADICIONADO A PREÇOS

BÁSICOS E COMPONENTES DO PIB PELA ÓTICA DA DESPESA

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16

A taxa de investimento em 2012 foi de 18,1% do PIB, inferior à taxa do ano anterior (19,3%); e a taxa

de poupança alcançou 14,8% em 2012, contra 17,2% em 2010. Já a necessidade de financiamento

externo foi de R$ 130,1 bilhões, contra R$ 101,1 no ano anterior. Esta variação explica-se

principalmente pela redução do Saldo Externo de Bens e Serviços.

Com relação aos esforços fiscais do governo federal, os dados divulgados pelo Banco Central do

Brasil (BCB) indicaram um superávit primário em 2012 de 2,38% do PIB (R$105 bilhões), atingindo a

meta estipulada pelo governo federal se forem desconsideradas as despesas com o PAC - Programa

de Aceleração do Crescimento. Entretanto, o resultado ficou abaixo da meta cheia, de R$ 139,8

bilhões.

Enquanto as contas do Governo Central registraram superávit de R$27,9 bilhões, as contas dos

governos regionais (Estados e Municípios) e das empresas estatais apresentaram déficit, de R$3,1

bilhões e de R$2,6 bilhões respectivamente.

Com a redução da taxa Selic, e adicionalmente do IPCA, os juros nominais reduziram-se em 0.87 p.p.

do PIB em relação a 2011, totalizando 4,85% do PIB (R$213,9 bilhões). O setor público consolidado

teve um déficit nominal de R$ 108,9 bilhões, equivalente a 2,47% do PIB.

Houve redução na Dívida Líquida do Setor Público (DLSP), totalizando 35,1% do PIB (contra 36,5% no

ano anterior). Contribuíram para esta redução principalmente o superávit primário, o crescimento do

PIB e a desvalorização cambial, em oposição à apropriação de juros nominais, que contribuiu para

uma elevação deste indicador.

O saldo comercial brasileiro em 2012 foi de US$ 19,4 bilhões, abaixo do registrado em 2011 (US$ 29,8

bilhões). Mas as exportações brasileiras continuam em um nível elevado (segundo maior valor da série

histórica, US$ 242,6 bilhões, apenas inferior ao registrado em 2011), apesar da crise econômica

internacional.

No que diz respeito à elevação dos preços, o IGP-DI apresentou crescimento sensivelmente mais

elevado em 2012, se comparado ao ano anterior, alcançando 8,10%. Em relação ao IPCA, índice

utilizado pelo governo federal como parâmetro das metas de inflação, o valor em 2012 foi de 5,84%,

abaixo do limite superior da meta (6,5%), e consequentemente também abaixo do número de 2011,

quando o IPCA atingiu o mesmo limite superior.

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De acordo com o Banco Central, a meta de superávit primário em 2013 é de 155,9 bilhões, e a

estimativa de crescimento do PIB é de 3,3% (em quatro trimestres até o terceiro trimestre de 2013).

Segundo nota do Presidente do Bacen (de 1º de março de 2013), o crescimento da atividade

econômica no segundo semestre de 2012 (2%, ante 0,8% no primeiro semestre), confirma a gradual

recuperação da economia. Como principal suporte, continua-se com a demanda doméstica, conforme

o desempenho do setor de serviços (lado da oferta) e o consumo das famílias (lado da demanda),

estimulado pela expansão do crédito e geração de empregos e renda. Destaca-se a retomada dos

investimentos no quarto trimestre, com tendência de crescimento em 2013. Mesmo diante de um

complexo ambiente na economia internacional, o atual ciclo de crescimento no Brasil tende a continuar

nos próximos anos.

2.2 ECONOMIA FLUMINENSE

A conjuntura econômica fluminense registrou crescimento moderado em 2012: 1.21%. A divulgação,

pelo IBGE, do desempenho trimestral do PIB NACIONAL, e pelo BACEN, do IBC-RJ (indicador de

atividade econômica), evidenciou que o nível de produto apresentou-se abaixo das expectativas.

Seguindo a esse movimento de expansão moderada, a produção industrial com ajuste sazonal

ostentou queda de 2,7%.

De acordo o boletim econômico da Firjan, o dinamismo da indústria de produtos metálicos, metalurgia,

máquinas e equipamentos, e edição e impressão conservaram parte do desenvolvimento da indústria

fluminense, em 2012, devido principalmente aos estímulos fiscais concedidos (Lei nº 5636,

denominada LEI CABRAL), bem como a farta oferta de crédito. Em sentido oposto, a atividade de

fabricação de equipamentos de transportes; equipamentos elétricos; e celulose e papel mantiveram a

trajetória descendente iniciada em abril de 2012 e encerraram o ano com retração de,

respectivamente, -56%,-45%, -31%.

Índicadores

ESPECIFICAÇÃO 2012 2011 2010 2009 2008

Superávit Primário - Governo Federal (% PIB) 2,38 3,11 2,70 2,00 3,42

DLSP (% PIB) * 35,10 36,50 39,10 42,10 35,80

SELIC* 7,29 11,00 10,67 8,75 13,75

IPCA 5,84 6,50 5,91 4,31 5,90

Saldo Comercial (US$ Bilhões) 19,40 29,80 20,15 25,29 24,84

Câmbio Nominal (R$ / US$) * 2,04 1,88 1,67 1,74 2,34

IGP-DI* 8,10 5,00 11,30 -1,43 9,10

*Final de Período

Fonte: IPEA Data (SELIC, IPCA, saldo comercial, câmbio nominal, IGP-DI) e BACEN (Superávit Primário, DLSP)

TABELA 002 - PRINCIPAIS INDICADORES

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Fonte: Firjan

Já o pessoal ocupado na indústria do Estado anotou acréscimos de 1,28% frente a 2011. No

acumulado do ano o avanço corresponde a quatro mil novos postos de trabalho.

No comércio, o principal propulsor da economia foi equipamentos de informática, na medida em que

apresentou 53,42%, de crescimento em 2012 (IBGE). Em segundo, outros artigos de uso doméstico

totalizaram 25% de crescimento. O setor de combustíveis e lubrificantes registraram 22,4%.

Para 2013, sondagens realizadas pela FIRJAN sugerem que a confiança dos empresários do Rio de

Janeiro está em alta. Esses números reforçam a percepção de que o consumo das famílias cresceu

no final de 2012, e, por conseguinte, a demanda. A federação entende que há indicativos de que a

aceleração ocorrida no fim do ano, estimulado pela demanda aquecida, deve se manter para 2013.

Page 19: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

19

Comércio Varejista

Fonte: IBGE

Segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), a indústria

automobilística fluminense fechou 2012 com um recorde de vendas, com o total de 357.908 veículos

emplacados, um crescimento de 3,89% sobre 2011, que tinha anotado 344.507 unidades. Enquanto

os automóveis e comerciais leves puxaram para cima esse indicador, tendo aumento de 11,98%, as

vendas de caminhões obtiveram um resultado desfavorável de 17,69%, ambos em relação a 2011. O

mau desempenho é proveniente das antecipações das compras, pelos caminhoneiros, em 2011, que

previram o encarecimento dos veículos devido à obrigatoriedade dos caminhões com motores a diesel

passarem a utilizar o padrão Euro5, menos poluente.

    Em Qtde

DEZ NOV ACUM DEZ ACUM

(A) (B) (C) (D) (E)

a) Autos      20.480      18.379   225.142      19.376   201.056 11,43 5,70 11,98 62,90 58,36

b)Com. Leve        4.415        4.186      50.781        4.959      51.180 5,47 -10,97 -0,78 14,19 14,86

= ( a + b )      24.895      22.565   275.923      24.335   252.236 10,33 2,30 9,39 77,09 73,22

c) Caminhões           622           575        7.254           785        8.813 8,17 -20,76 -17,69 2,03 2,56

d) Ônibus           532           339        5.261           465        4.614 56,93 14,41 14,02 1,47 1,34

= ( c + d )        1.154           914      12.515        1.250      13.427 26,26 -7,68 -6,79 3,50 3,90

e) Motos        5.259        4.921      69.470        6.820      78.844 6,87 -22,89 -11,89 19,41 22,89

     31.308      28.400   357.908      32.405   344.507 10,24 -3,39 3,89 100,00 100,00

Fonte dos dados: RENAVAM  

2011

TOTAL

Inclui veículos importados        

TABELA 003 - VEÍCULOS EMPLACADOS

SEGMENTO

2012 2011 VARIAÇÃO % PART% ACUM

(A/B) (A/D) (C/E) 2012

Page 20: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

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20

Em 2012, a politica de desoneração do IPI, implementada pelo governo federal, foi, segundo a

Fenabrave, a solução para o crescimento do setor automobilístico. No entanto, a Federação espera

em 2013 um resultado mais modesto, uma vez que os automóveis terão um aumento gradual da

alíquota, partindo de 0% de 2012 para 2% em janeiro de 2013 e 3,5% de abril a junho de 2013. Após

esse período haverá uma reavaliação da política.

O IPCA – Rio de janeiro no ano superou a estimativa, chegando a 7,3%, impelido pela alta de nos

preços dos alimentos. A inflação na cesta de consumo de bens divulgado pelo Dieese em 2012 foi de

3,5%. A previsão para a inflação do ano de 2013, segundo a expectativa de mercado do BC, atinge

5,49% (FOCUS de 22/2/2012).

Em suma, o ano de 2012 fechou com crescimento ligeiramente bom para o Rio de Janeiro, embora as

conjunturas nacional e externa não tenham favorecido a produção fluminense. Entretanto, o

dinamismo da economia do ERJ e, principalmente, os investimentos públicos realizados seguram o

nível de atividade econômica, implicando alto grau de confiança do empresariado fluminense (Firjan).

Page 21: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

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Page 22: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

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22

3 ORÇAMENTO

O orçamento do Estado do Rio de Janeiro, para o exercício de 2012, foi aprovado pela Lei nº 6.125, de

28 de dezembro de 2011 (Lei Orçamentária Anual – LOA), que dispõe em seu Capítulo I sobre a

estimativa da receita e a fixação da despesa compreendendo os Orçamentos Fiscal, da Seguridade

Social e de Investimentos, conforme transcrito:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Esta Lei estima a receita e fixa a despesa do Estado do Rio de Janeiro para o

exercício financeiro de 2012, nos termos do § 5º do art. 209 da Constituição Estadual e o

disposto na Lei Estadual nº 6.010, de 18 de julho de 2011, Lei de Diretrizes Orçamentárias

- LDO 2012, compreendendo:

I - o Orçamento Fiscal referente aos Poderes do Estado e seus fundos, órgãos e entidades

da Administração Estadual direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas

pelo Poder Público;

II - o Orçamento da Seguridade Social, abrangendo todos os fundos, órgãos e entidades

vinculadas da Administração Estadual direta e indireta, bem como as fundações instituídas

e mantidas pelo Poder Público; e

III - o Orçamento de Investimento das Empresas em que o Estado, direta ou indiretamente

detém a maioria do capital social com direito a voto.

3.1 ORÇAMENTO FISCAL E DE SEGURIDADE SOCIAL

O art. 2º da LOA – 2012 estimou a receita total dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social em

R$ 64.032.218 mil, sendo o mesmo valor da despesa total fixada, em conformidade com o art. 4º da

mesma Lei.

O montante previsto para as receitas foi assim distribuído: R$ 52.591.796 mil para o Orçamento Fiscal

e R$ 11.440.422 mil para o Orçamento de Seguridade Social.

Para as despesas o total fixado foi desdobrado da seguinte forma: R$ 45.781.999 mil para o

Orçamento Fiscal, R$ 15.972.887 mil para o Orçamento da Seguridade Social e R$ 2.277.332 mil

correspondentes ao refinanciamento da dívida pública estadual, constante do Orçamento Fiscal.

Destacamos que, está incluído no total da receita e da despesa, o montante de R$ 2.742.795 mil,

referente à receita e à despesa intraorçamentárias.

Page 23: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

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23

Não foram incluídas no Orçamento Fiscal e de Seguridade Social – 2012, a Imprensa Oficial do

Estado do Rio de Janeiro – IO e a Companhia Estadual de Águas e Esgotos – CEDAE, por não se

enquadrarem no conceito de empresas não dependentes, de acordo com o disposto na Lei

Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000 –, em especial no seu art. 2º, inciso III, combinado com

o art. 2º, inciso II, da Resolução do Senado Federal Nº 43, DOU de 21.12.2001 e republicada no DOU

de 10.4.2002.

A fim de oferecer melhor entendimento sobre a execução do orçamento estadual no exercício de

2012, utilizamos o Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios –

SIAFEM/RJ, o Sistema de Informações Gerenciais – SIG, e ainda extraímos informações relevantes

do BOLETIM DE TRANSPARÊNCIA FISCAL, uma publicação bimestral da Secretaria de Fazenda do

Estado do Rio de Janeiro, elaborado em conjunto pelas Subsecretarias de Política Fiscal e de

Finanças e disponibilizado para consulta no sítio http://www.sefaz.rj.gov.br.

A tabela a seguir demonstra as receitas estimadas e as despesas fixadas conforme os Anexos I e II da

LOA de 2012:

Em Reais

DESCRIÇÃO TOTALRECURSOS DO

TESOURO

RECURSOS DE

OUTRAS FONTES

Receitas Correntes 56.679.593.592 40.669.108.701 16.010.484.891

Receita Tributária 36.621.942.997 35.006.332.061 1.615.610.936

Receitas de Contribuições 1.277.680.901 - 1.277.680.901

Receita Patrimonial 7.883.693.350 2.412.304.693 5.471.388.657

Receita Agropecuária 128.450 - 128.450

Receita Industrial 40.180.000 - 40.180.000

Receita de Serviços 350.099.916 3.446.041 346.653.875

Transferências Correntes 6.284.578.846 2.542.417.513 3.742.161.333

Outras Receitas Correntes 1.545.774.611 676.428.387 869.346.224

Receitas Intra-Orçament Contribuições 1.986.594.613 - 1.986.594.613

Receitas Intra-Orçament Serviços 272.044.792 - 272.044.792

Rec. Intra-Orçament Transferências Correntes 338.739.110 - 338.739.110

Outras Receitas intra-Orçamentárias Corrente 78.136.006 28.180.006 49.956.000

Receitas de Capital 7.352.624.441 3.796.102.340 3.556.522.101

Operações de Crédito 2.974.283.000 2.974.283.000 -

Alienações de Bens 2.407.335.184 820.000.000 1.587.335.184

Amortizações de Empréstimos 260.288.786 1.819.340 258.469.446

Transferências de Capital 1.641.437.441 - 1.641.437.441

Outras Receitas de Capital 2.000.000 - 2.000.000

Rec. Intra-Orçament Transferências de Capital 67.280.030 - 67.280.030

TOTAL GERAL 64.032.218.033 44.465.211.041 19.567.006.992

TABELA 004 - ORÇAMENTO AUTORIZADO (Lei nº 6.125, de 28 de Dezembro de 2011)

RESUMO GERAL DA RECEITA

Page 24: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

24

Os recursos previstos para os Órgãos do Poder Executivo, Autarquias, Empresas Públicas,

Sociedades de Economia Mista, Fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público Estadual e

Fundos Especiais, decorrentes do Orçamento Consolidado do Estado para o exercício de 2012,

constam em demonstrativos anexos à Lei nº 6.125/2011.

3.1.1 ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS

Ao longo do exercício de 2012, foram abertos Créditos Suplementares no montante de R$ 18.990.894

mil e Créditos Especiais no total de R$ 66.251 mil. Não houve abertura de Créditos Extraordinários. Já

as Anulações e Cancelamentos de Dotações totalizaram R$ 11.092.839 mil. Como resultado destas

incorporações e desincorporações orçamentárias, a despesa inicialmente fixada pela LOA em R$

64.302.218.033 mil foi elevada e atualizada para R$ 71.996.525 mil, representando um aumento de

12,44% (R$ 7.964.307 mil).

Segue o resumo das alterações ocorridas no orçamento:

ESPECIFICAÇÃO TOTALRECURSOS DO

TESOURO

RECURSOS DE

OUTRAS FONTES

Despesas Correntes 55.019.007.282 37.821.122.412 17.197.884.870

Pessoal e Encargos Sociais 14.809.783.113 12.050.589.913 2.759.193.200

Pess Enc Soc-Intra-Orçamentárias 2.015.230.619 1.635.370.240 379.860.379

Outras Despesas Correntes 25.679.464.114 21.269.851.964 4.409.612.150

Outras Desp Corr-Inativos e Pensionistas 9.243.200.001 - 9.243.200.001

Outras Desp Corr-Intra-Orçamentárias 727.563.932 321.544.792 406.019.140

Juros e Encargos da Dívida 2.543.765.503 2.543.765.503 -

Despesas de Capital 9.012.910.751 6.643.788.629 2.369.122.122

Investimentos 6.734.791.483 4.479.263.045 2.255.528.438

Inversões Financeiras 121.623.646 8.299.962 113.323.684

Amortização da Dívida 2.156.495.622 2.156.225.622 270.000

Reserva de Contingência 300.000 300.000 -

TOTAL GERAL 64.032.218.033 44.465.211.041 19.567.006.992

Fonte: Lei Nº 6.125 de 28 de Dezembro de 2011

RESUMO GERAL DA DESPESA

Page 25: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

25

3.1.1.1 DOS CRÉDITOS ADICIONAIS

A Lei nº 6.125, de 28/12/2011 – Lei Orçamentária Anual - LOA, no seu artigo 5º, assim dispõe sobre

as autorizações para a abertura de créditos orçamentários:

Art. 5º - Fica o Poder Executivo autorizado a abrir créditos suplementares com a

finalidade de atender insuficiências nas dotações orçamentárias dos Orçamentos Fiscal

e o da Seguridade Social, tendo por limite a utilização de recursos decorrentes de:

a) cancelamento de recursos fixados nesta Lei, até o limite de 20% (vinte por cento) do

total da despesa, por transposição, remanejamento ou transferência integral ou parcial

de dotações, inclusive entre unidades orçamentárias distintas, criando, se necessário,

os grupos de despesa relativos a "Outras Despesas Correntes", "Investimentos" e

"Inversões Financeiras", respeitadas as disposições constitucionais e os termos da Lei

Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964;

b) excesso de arrecadação, eventualmente apurado durante o exercício financeiro;

c) superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;

d) operações de crédito autorizadas e/ou contratadas durante o exercício;

e) dotações consignadas à reserva de contingência; e

f) recursos colocados à disposição do Estado pela União ou outras entidades nacionais

ou estrangeiras, observada a destinação prevista no instrumento respectivo.

Parágrafo Único - Os Poderes Judiciário e Legislativo, o Ministério Público Estadual e o

Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, ficam autorizados a realizar

transposições, remanejamentos ou transferências de dotações, dentro de suas

respectivas unidades orçamentárias, no mesmo limite previsto na alínea "a" deste

artigo, exceto em dotações consignadas a despesas com pessoal e encargos.

De janeiro a dezembro de 2012 foram abertos créditos adicionais do tipo suplementar no montante de

R$ 18.990.894 mil, além de R$ 66.251 mil de créditos especiais que representaram respectivamente

29,66% e 0,10% do orçamento inicialmente fixado pelo Estado.

R$ M il

DESCRIÇÃO 2012 PART. 2011 PART.VAR.

NOM.

Despesa Fixada 64.032.218 100,00% 56.213.625 100,00% 13,91%

Créditos Suplementares 18.990.894 29,66% 15.016.093 26,71% 26,47%

Créditos Especiais 66.251 0,10% - - -

Créditos Extraordinários - - - - -

Anulações/Cancelamentos de Dotações (11.092.839) -17,32% (8.687.953) -15,46% 27,68%

Despesa Atualizada 71.996.525 112,44% 62.541.766 111,26% 15,12%

Fonte: SIAFEM /RJ

Obs.: Este demonstrativo considera as despesas intra-orçamentárias.

Exclui a CEDAE e a I.O., por não se enquadrarem no conceito de empresas dependentes

TABELA 005 - ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS - 2012/2011

Page 26: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

26

A origem dos recursos utilizados para abertura destes créditos adicionais está demonstrada na tabela

a seguir:

Conforme estabelecido na alínea “a” do artigo 5° da LOA, o Poder Executivo ficou autorizado à

abertura de créditos suplementares com a finalidade de atender insuficiências nas dotações

orçamentárias dos Orçamentos Fiscal e o da Seguridade Social, tendo por limite 20% (vinte por cento)

dos recursos decorrente do cancelamento de despesa, por transposição, remanejamento ou

transferência integral ou parcial de dotações.

Com o objetivo de demonstrar o percentual atingido com abertura de créditos suplementares

provenientes de anulação de dotações, apresentamos na tabela a seguir, a verificação do atendimento

ao referido limite. Cabendo registrar, que desde o exercício de 2009 não são computadas nesse

demonstrativo as exceções previstas no Art. 6º da LOA, em função dos créditos adicionais a partir

daquele ano serem liberados por modalidade de aplicação, sem o detalhamento das despesas:

2012 PART.

18.990.894 99,65%

Excesso de Arrecadação do Tesouro 1.932.945 10,18%

Superávit Financeiro 2.931.884 15,44%

Operação de Crédito 2.358.396 12,42%

Anulação Total ou Parcial de Dotação 10.857.172 57,17%

Destinação Específica 209.575 1,10%

Transferência de Convênio para o Estado - -

Transf. da União 700.922 3,69%

66.251 0,35%

Excesso de Arrecadação 500 0,75%

Superavit Financeiro 53.000 80,00%

Anulação Total ou Parcial de Dotação 12.751 19,25%

- -

19.057.146 100,00%Total dos Créditos Adicionais (I + II + III)

Fonte: SIAFEM /RJ

TABELA 006 - FONTE DE ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS - 2012

R$ M il

CRÉDITOS ADICIONAIS

Créditos Suplementares (I)

Créditos Especiais (II)

Créditos Extraordinários (III)

R$ M il

DESCRIÇÃO 2012 Percent.

Orçamento Inicial (Base de Cálculo) 64.032.218 100%

Limite p / abertura de Créditos Suplementares com recursos provenientes de

anulação de Dotações (20% da Base de Cálculo - art. 5° da LOA)12.806.444 20%

Créditos Suplementares por Anulação Parcial ou Total de Dotações 10.857.172 13%

Fonte: SIAFEM /RJ

TABELA 007 - LIMITE PARA ABERTURA DE CRÉDITOS SUPLEMENTARES - 2012

Page 27: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

27

De acordo com os valores apresentados anteriormente, conclui-se que os créditos adicionais

suplementares, abertos até dezembro de 2012, com recursos provenientes de anulação de dotações,

no valor de R$ 10.857.172 mil, obedecem ao limite estabelecido na LOA (R$12.806.444 mil),

independente de se considerar, ou não, as exceções previstas no artigo 6º daquele diploma legal.

3.1.2 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA RECEITA

A análise a seguir evidenciará a movimentação ocorrida na Receita Orçamentária Fiscal, que é

constituída pela entrada de recursos nos cofres públicos, através dos órgãos e entidades da

Administração Direta, Autarquias, Fundações, Fundos Estaduais e Empresas Estatais Dependentes.

A Receita Orçamentária constitui-se em duas grandes categorias: as Correntes e as de Capital. As

Receitas Correntes são aquelas originadas nas atividades operacionais da administração pública, tais

como, receita tributária, de contribuições, patrimonial, de serviços, transferências correntes, dentre

outras. No tocante às Receitas de Capital, estas advêm da realização de operações de crédito,

alienação de bens, amortização de empréstimos, transferências de capital e outras receitas de capital.

A Receita Orçamentária Fiscal arrecadada até dezembro de 2012 registrou um total de R$ 60.574.717

mil, identificando-se desta forma um acréscimo da ordem de R$ 5.171.913 mil, ou 9,34%, em relação

ao exercício de 2011, já consideradas as deduções das Receitas Intraorçamentárias.

No confronto entre a receita total arrecadada com a prevista para o exercício de 2012, observa-se que

a arrecadação do Estado do Rio de Janeiro, atingiu 98,83% do previsto.

3.1.2.1 RECEITAS CORRENTES

As Receitas Correntes, principal categoria econômica na matriz das receitas estaduais, participaram

em 2012, com 90,90%, da Receita Orçamentária Fiscal arrecadada, correspondentes à R$ 55.059.670

mil, e contribuíram de forma significativa para o resultado final alcançado.

R$ M il

PREVISÃO ARRECAD. PART. ARREC X

PREVPREVISÃO ARRECAD. PART.

ARREC X

PREV

Receitas Correntes 54.004.079 55.059.670 90,90% 101,95% 49.054.336 52.464.140 94,70% 106,95% 4,95%

Receitas de Capital 7.285.344 5.515.046 9,10% 75,70% 5.039.071 2.938.663 5,30% 58,32% 87,67%

TOTAL 61.289.423 60.574.717 100,00% 98,83% 54.093.407 55.402.804 100,00% 102,42% 9,34%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as receitas intra-orçamentarias.

TABELA 008 - EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA RECEITA POR CATEGORA ECONÔMICA - 2012/2011

DESCRIÇÃO

2012 2011VAR.

NOM.

Page 28: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

28

Conforme a tabela analisada, a superação das receitas correntes frentes as metas de governo em

1,95%, mostra que as contribuições das receitas tributárias, patrimoniais e transferências correntes

foram decisivas para esta diferença.

Em sequência de maior representatividade, podemos destacar a Receita Tributária, principal fonte de

receita para o Estado, que participou com 63,82% dos recursos dentro da Categoria Receitas

Correntes, impulsionada pelo aumento do ICMS, seguida pela Receita Patrimonial, ultrapassando a

prevista graça ao bom desempenho das receitas de royalties e participação especial, com 17,55%.

A importância relativa das origens em que se desdobram as Receitas Correntes pode ser melhor

visualizada por meio do gráfico a seguir:

R$ M il

PREVISÃO ARRECAD. PART. ARREC X

PREVPREVISÃO ARRECAD. PART.

ARREC X

PREV

Receitas Correntes 54.004.079 55.059.670 100,00% 101,95% 49.054.336 52.464.140 100,00% 106,95% 4,95%

Tributária 36.621.943 35.141.715 63,82% 95,96% 32.340.637 32.555.745 62,05% 100,67% 7,94%

Contribuições 1.277.681 1.312.757 2,38% 102,75% 1.258.306 1.176.529 2,24% 93,50% 11,58%

Patrimonial 7.883.693 9.660.785 17,55% 122,54% 7.386.361 10.004.281 19,07% 135,44% -3,43%

Agropecuária 128 137 0,00% 106,86% 158 138 0,00% 87,08% -0,51%

Industrial 40.180 30.385 0,06% 75,62% 10.715 1.609 0,00% 15,02% 1788,39%

Serviços 350.100 362.794 0,66% 103,63% 305.773 342.248 0,65% 111,93% 6,00%

Transf. Correntes 6.284.579 5.731.963 10,41% 91,21% 6.363.762 5.743.360 10,95% 90,25% -0,20%

Outras Rec. Correntes 1.545.775 2.819.134 5,12% 182,38% 1.388.624 2.640.230 5,03% 190,13% 6,78%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as receitas intra-orçamentarias.

TABELA 009 - COMPOSIÇÃO DA RECEITA CORRENTE - 2012/2011

DESCRIÇÃO

2012 2011VAR.

NOM.

TRIBUTÁRIA 63,82%

CONTRIBUIÇÕES 2,38%

PATRIMONIAL 17,55%

INDUSTRIAL 0,06%

SERVIÇOS 0,66%

TRANSF CORRENTES

10,41%

OUTRAS REC CORRENTES 5,12%

Composição da Receita Corrente Representação percentual

Page 29: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

29

3.1.2.1.1 RECEITA TRIBUTÁRIA

A receita tributária, principal receita do ERJ, é oriunda da cobrança dos tributos pagos pela sociedade,

incidentes sobre suas atividades, suas rendas e seus benefícios diretos, nos termos fixados em lei,

sem contraprestações diretas e equivalentes por parte do Estado, e cujo produto se destina ao custeio

das atividades gerais ou específicas que lhe são próprias.

Em comparação com o exercício anterior, as receitas tributárias tiveram, em termos nominais, uma

variação positiva de 7,94%, atingindo um aumento de R$ 2.585.970 mil, motivado principalmente pela

arrecadação do ICMS, tributo de maior peso na receita estadual, que no exercício de 2012, atingiu

75,87% do total das receitas tributárias, gerando recursos que somaram R$ 26.661.528 mil.

Observamos que em termos nominais, a receita com ITD apresentou uma variação nominal de

25,55%, em relação ao ano anterior, correspondentes a um acréscimo na ordem de R$ 106.864 mil,

que será detalhado em item específico.

Segue ilustração gráfica da receita tributária destacando os montantes arrecadados no exercício de

2012:

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

ICMS 26.661.528 75,87% 24.802.485 76,18% 7,50%

IRRF 1.892.773 5,39% 1.708.474 5,25% 10,79%

Adicional do ICMS - FECP 2.544.939 7,24% 2.512.044 7,72% 1,31%

IPVA 1.743.605 4,96% 1.547.154 4,75% 12,70%

TAXAS 1.773.809 5,05% 1.567.393 4,81% 13,17%

ITD 525.060 1,49% 418.196 1,28% 25,55%

TOTAL 35.141.715 100,00% 32.555.745 100,00% 7,94%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 010 - RECEITA TRIBUTÁRIA - 2012/2011

DESCRIÇÃOARRECADAÇÃO ARRECADAÇÃO VAR.

NOM.

Page 30: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

30

Evolução da Arrecadação dos Tributos Estaduais de Janeiro a Dezembro de 2012

Em 2012, ingressaram nos cofres públicos o montante de R$ 35.141.715 mil, produto da arrecadação

de ICMS, Adicional do ICMS - FECP, ITD, IPVA e IRRF, além de Taxas de natureza tributária,

conforme demonstrado a seguir:

ICMS

IRRF

Adicional do ICMS - FECP

IPVA

TAXAS

ITD

26.661.528 1.892.773

2.544.939

1.743.605

1.773.809

525.060

ReceitaTributária 2012 Representação em R$ Mil

R$ M il

2012 2011

JAN 3.024.345 3.065.969 -1,36%

FEV 2.830.498 2.684.744 5,43%

MAR 3.005.698 2.769.978 8,51%

ABR 2.995.578 2.743.898 9,17%

MAI 2.939.229 2.731.295 7,61%

JUN 2.823.199 2.664.269 5,97%

JUL 2.866.630 2.453.566 16,84%

AGO 2.940.159 2.607.113 12,77%

SET 2.772.638 2.625.595 5,60%

OUT 2.920.696 2.593.135 12,63%

NOV 2.970.247 2.661.093 11,62%

DEZ 3.052.798 2.955.091 3,31%

TOTAL 35.141.715 32.555.745 7,94%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 011 - ARRECADAÇÃO GERAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS - 2012/2011

MÊSARRECADAÇÃO MENSAL VAR

NOM.

Page 31: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

31

3.1.2.1.1.1 IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - ICMS

O Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, representa o mais importante tributo

do Estado, cuja arrecadação acumulada no exercício de 2012 somou R$ 26.661.528 mil,

desconsiderando a parcela "adicional do ICMS" relativa ao Fundo Estadual de Combate à Pobreza e

às Desigualdades Sociais – FECP, sendo superior ao resultado apresentado no exercício de 2011 em

R$ 1.859.044 mil (7,50%), em termos nominais. O resultado apresentado é decorrente principalmente

do aumento apresentado no setor econômico de Petróleo, Combustíveis e Gás Natural, impulsionado

pela indústria de produtos para refino que representou parte significativa da arrecadação.

Pela análise da evolução da arrecadação do ICMS apresentada no gráfico, pode-se constatar uma

trajetória continua de crescimento a partir de 2008 até 2012 no total arrecadado em cada exercício.

R$ M il

2012 2011VAR.

NOM.2012 2011

VAR.

NOM.

JAN 2.158.407 2.191.286 -1,50% 2.158.407 2.191.286 -1,50%

FEV 2.003.779 1.876.244 6,80% 4.162.186 4.067.529 2,33%

MAR 2.119.930 1.987.185 6,68% 6.282.116 6.054.714 3,76%

ABR 2.270.858 1.978.626 14,77% 8.552.974 8.033.341 6,47%

MAI 2.127.429 2.132.721 -0,25% 10.680.403 10.166.061 5,06%

JUN 2.180.614 2.102.230 3,73% 12.861.017 12.268.291 4,83%

JUL 2.242.339 1.906.164 17,64% 15.103.356 14.174.455 6,55%

AGO 2.277.779 2.071.557 9,95% 17.381.135 16.246.011 6,99%

SET 2.224.073 2.104.917 5,66% 19.605.208 18.350.928 6,83%

OUT 2.296.282 2.075.356 10,65% 21.901.490 20.426.284 7,22%

NOV 2.392.520 2.144.634 11,56% 24.294.011 22.570.918 7,63%

DEZ 2.367.517 2.231.567 6,09% 26.661.528 24.802.484 7,50%

TABELA 012 - ARRECADAÇÃO DO ICMS - 2012/2011

MÊS

ARRECADAÇÃO MENSAL ARRECADAÇÃO ACUMULADA

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

17.689.763 18.619.472

22.113.234

24.802.485 26.661.528

-

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000

12/2008 12/2009 12/2010 12/2011 12/2012

Arrecadação de ICMS Exercício de 2008/2012 em R$ Mil

ICMS - Período

Page 32: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

32

3.1.2.1.1.2 ADICIONAL DE ICMS – FECP (LEI Nº 4.056/2002)

A arrecadação acumulada da receita proveniente do adicional do ICMS – Fundo Estadual de Combate

à Pobreza e das Desigualdades Sociais – FECP registrou no exercício de 2012 o montante de R$

2.544.939 mil, equivalente a 7,24% do total da Receita Tributária, obtendo um diminuto aumento de

1,31% (R$ 32.895 mil) em relação ao exercício anterior.

3.1.2.1.1.3 IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES - IPVA

O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA, instituído pela Lei nº 2.877, de 22 de

dezembro de 1997, é cobrado anualmente pelo Estado e tem como fato gerador a propriedade de

veículo automotor terrestre por proprietário domiciliado ou residente no Estado do Rio de Janeiro.

O IPVA gerou no exercício de 2012 uma arrecadação de R$ 1.743.605 mil, superior em R$ 196.452

mil ao registrado em 2011. É importante destacar que o crescimento do IPVA de 12,70% em relação

ao ano anterior, justifica-se por conta do incremento na capacidade do Governo do Estado em

fiscalizar seus contribuintes, evitando, assim, a sonegação do imposto, e também pelo fato da venda

no varejo de automóveis para o segmento “passeio”, setor este com maior alíquota (4%) e com maior

participação na frota Estadual.

R$ M il

2012 2011VAR.

NOM. 2012 2011

VAR.

NOM.

JAN 201.092 221.561 -9,24% 201.092 221.561 -9,24%

FEV 242.861 206.509 17,60% 443.954 428.070 3,71%

MAR 227.827 207.822 9,63% 671.781 635.893 5,64%

ABR 212.618 210.874 0,83% 884.399 846.766 4,44%

MAI 198.387 207.762 -4,51% 1.082.785 1.054.528 2,68%

JUN 183.596 201.079 -8,69% 1.266.381 1.255.607 0,86%

JUL 205.638 201.277 2,17% 1.472.019 1.456.885 1,04%

AGO 202.301 199.673 1,32% 1.674.320 1.656.558 1,07%

SET 202.592 216.411 -6,39% 1.876.912 1.872.969 0,21%

OUT 217.905 199.867 9,03% 2.094.817 2.072.836 1,06%

NOV 223.558 218.101 2,50% 2.318.375 2.290.937 1,20%

DEZ 226.564 221.107 2,47% 2.544.939 2.512.044 1,31%

TABELA 013 - ARRECADAÇÃO DO ADICIONAL DE ICMS - FECP - 2012/2011

MÊS

ARRECADAÇÃO MENSAL ARRECADAÇÃO ACUMULADA

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

Page 33: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

33

3.1.2.1.1.4 TAXAS

A Arrecadação das receitas provenientes de Taxas alcançou no exercício de 2012, o valor de R$

1.773.809 mil, equivalente a 5,05% da Receita Tributária, e apresentou um acréscimo de 13,17% em

relação ao mesmo período do ano anterior, destacando-se as taxas de emolumentos e custas judiciais

e extrajudiciais e as de serviços de trânsito realizadas pelo DETRAN.

R$ M il

2012 2011 DIFERENÇA

JAN 385.035 381.372 3.663 0,96%

FEV 302.122 334.803 (32.681) -9,76%

MAR 344.842 274.717 70.125 25,53%

ABR 174.922 128.411 46.511 36,22%

MAI 160.204 105.548 54.656 51,78%

JUN 81.594 69.945 11.648 16,65%

JUL 74.490 58.200 16.290 27,99%

AGO 63.275 53.639 9.636 17,96%

SET 43.829 40.996 2.832 6,91%

OUT 45.406 34.316 11.090 32,32%

NOV 34.377 32.999 1.377 4,17%

DEZ 33.510 32.206 1.304 4,05%

TOTAL 1.743.605 1.547.154 196.452 12,70%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 014 - ARRECADAÇÃO DO IPVA - 2012/2011

MÊSARRECADAÇÃO MENSAL VAR.

NOM.

R$ M il

2012 2011 DIFERENÇA

JAN 177.183 157.635 19.548 12,40%

FEV 158.154 163.428 (5.274) -3,23%

MAR 183.068 218.348 (35.280) -16,16%

ABR 215.336 125.219 90.117 71,97%

MAI 161.017 125.533 35.484 28,27%

JUN 128.579 111.014 17.565 15,82%

JUL 138.158 119.543 18.615 15,57%

AGO 141.520 120.995 20.525 16,96%

SET 112.992 107.535 5.457 5,07%

OUT 124.637 93.823 30.814 32,84%

NOV 109.124 105.329 3.796 3,60%

DEZ 124.042 118.991 5.050 4,24%

TOTAL 1.773.809 1.567.393 206.416 13,17%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 015 - ARRECADAÇÃO DE TAXAS - 2012/2011

MÊSARRECADAÇÃO MENSAL VAR.

NOM.

Page 34: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

34

3.1.2.1.1.5 IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO “CAUSA MORTIS” E POR DOAÇÃO DE QUAISQUER

BENS E DIREITOS - ITD

O Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e por Doação de Quaisquer Bens e Direitos – ITD, como

o próprio nome sugere, incide sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de doação ou

morte. O ITD foi instituído no Estado do Rio de Janeiro por meio da Lei nº. 1.427, de 13 de fevereiro de

1989, e em seu artigo 1º dispõe sobre o fato gerador:

“Art. 1º - O Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e por Doação, de quaisquer Bens

ou Direitos, tem como fato gerador:

I - a transmissão da propriedade ou domínio útil de bens imóveis por natureza ou

acessão física, como definidos na lei civil;

II - a transmissão de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia e as servidões

prediais;

III - a transmissão de títulos, créditos, ações, quotas, valores e outros bens móveis de

qualquer natureza, bem como os direitos a eles relativos;

IV - a aquisição de bem ou direito em excesso pelo herdeiro ou cônjuge meeiro, na

partilha, em sucessão causa-mortis ou em dissolução de sociedade conjugal.”

A arrecadação da receita com o ITD atingiu no exercício de 2012, o montante de R$ 525.060 mil,

representando um aumento de 25,55% (R$ 106.864 mil) em comparação a 2011. Dentre os fatos que

contribuíram para esse crescimento destacam-se o aumento do valor de mercado dos imóveis do

Município de Rio de Janeiro, impactando significativamente na base de cálculo do ITD e o aumento no

número de ações fiscais, diminuindo a sonegação.

R$ M il

2012 2011 DIFERENÇA

JAN 32.896 24.516 8.379 34,18%

FEV 39.271 26.219 13.052 49,78%

MAR 37.973 27.236 10.737 39,42%

ABR 39.071 31.039 8.032 25,88%

MAI 46.470 31.036 15.434 49,73%

JUN 44.810 34.488 10.322 29,93%

JUL 43.926 42.648 1.277 3,00%

AGO 48.510 39.567 8.944 22,60%

SET 40.200 31.007 9.193 29,65%

OUT 46.579 36.790 9.789 26,61%

NOV 41.076 34.371 6.705 19,51%

DEZ 64.278 59.278 5.000 8,44%

TOTAL 525.060 418.196 106.864 25,55%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 016 - ARRECADAÇÃO DO ITD - 2012/2011

MÊSARRECADAÇÃO MENSAL VAR.

NOM.

Page 35: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

35

3.1.2.1.2 RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES

É formada por recursos provenientes de contribuições com destinação específica, previstas no artigo

149 da Constituição Federal, e instituídas pela União como instrumento de atuação nas áreas social,

econômica e profissional.

Ainda conforme reza o artigo 149, § 1º, da Constituição Federal, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios, poderão instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício

destes, de sistemas de previdência e assistência social.

No âmbito do Estado do Rio de Janeiro, este grupo compreende as receitas resultantes da retenção

das contribuições sociais dos servidores ativos e inativos dos diversos órgãos dos Poderes Executivo,

Legislativo e Judiciário, além dos pensionistas civis e militares.

A arrecadação da Receita de Contribuições, no exercício de 2012, apresentou um acréscimo de R$

136.228 mil, em relação ao ano anterior, correspondendo a uma variação nominal de 11,58%,

motivado principalmente pelo aumento de 9,60% (R$ 106.471 mil), observados nas Receitas de

Contribuições Previdenciárias.

Com a finalidade de manter os registros contábeis relativos aos gastos com pessoal inativo, as

pensões de natureza previdenciária, bem como suas receitas de contribuições, provenientes dos

Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público e Tribunal de Contas do

Estado, a Contadoria-Geral do Estado editou a Portaria CGE nº 108, de 21/06/05, criando, no Sistema

Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios – SIAFEM/RJ, unidades gestoras

vinculadas à UG 123400 – RIOPREVIDÊNCIA, demonstradas na tabela abaixo, com as respectivas

receitas resultantes das contribuições previdenciárias dos servidores ativos, inativos e dos

pensionistas civis e militares.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Previdenciárias - RPPS 1.215.474 92,59% 1.109.003 94,26% 9,60%

Outras Previdenciárias 9.966 0,76% 14.432 1,23% -30,95%

Funesbom 39.509 3,01% 12.804 1,09% 208,56%

Funespom 47.808 3,64% 40.289 3,42% 18,66%

TOTAL 1.312.757 100,00% 1.176.529 100,00% 11,58%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 017 - RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES - 2012/2011

CONTRIBUIÇÕESARRECADAÇÃO VAR.

NOM.

Page 36: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

36

Analisando a tabela anterior, podemos tecer, dentre outros os seguintes comentários:

Em termos de participação, podemos observar que as contribuições dos servidores ativos

representaram 76,25% do total das receitas de contribuições previdenciárias, com destaque

para o Poder Executivo que registrou 87,65% do total do grupo, equivalentes a R$ 812.366 mil,

seguido pelo Poder Judiciário com 8,14% (R$ 75.437 mil). Já em termos nominais, observa-se

que apesar das quedas de arrecadação nos Poderes Legislativo e Judiciário, as contribuições

previdenciárias ativas apresentaram um aumento de R$ 80.201 mil (9,47%), em relação ao ano

anterior, motivados, sobretudo, pelo incremento de R$ 211.062 mil (35,10%) das contribuições

ativas do Poder Executivo.

As contribuições dos servidores inativos e pensionistas apresentaram uma variação nominal de

10,01% em relação ao exercício anterior, devido principalmente ao aumento do número de

contribuintes aposentados e pensionistas do Poder Executivo.

3.1.2.1.3 RECEITA PATRIMONIAL

As Receitas Patrimoniais representam o ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos do

ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado, compensações

financeiras e outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Servidor Ativo 926.799 76,25% 846.598 76,34% 9,47%

123404 - Poder Executivo 812.366 87,65% 601.303 71,03% 35,10%

123401 - Assembléia Legislativa 6.296 0,68% 14.305 1,69% -55,99%

123402 - Tribunal de Contas 13.762 1,48% 29.423 3,48% -53,23%

123403 - Poder Judiciário 75.437 8,14% 162.021 19,14% -53,44%

123410 - Ministério Público 18.939 2,04% 39.546 4,67% -52,11%

Servidor Inativo e Pensionista 288.675 23,75% 262.405 23,66% 10,01%

123404 - Poder Executivo 172.337 59,70% 151.043 57,56% 14,10%

123401 - Assembléia Legislativa 15.443 5,35% 16.487 6,28% -6,33%

123402 - Tribunal de Contas 20.616 7,14% 22.232 8,47% -7,27%

123403 - Poder Judiciário 63.480 21,99% 57.900 22,07% 9,64%

123410 - Ministério Público 16.799 5,82% 14.744 5,62% 13,94%

1.215.474 100,00% 1.109.003 100,00% 9,60%

Fonte: SIAFEM /RJ

TABELA 018 - RECEITA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA-RPPS DO SERVIDOR ATIVO,

INATIVO E PENSIONISTA POR PODER - 2012/2011

CONTRIBUIÇÃOARRECADAÇÃO VAR.

NOM.

TOTAL

Page 37: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

37

A arrecadação das Receitas Patrimoniais no exercício de 2012 somou o montante de R$ 9.660.785

mil, correspondendo a 17,55% do total das Receitas Correntes. Em relação ao mesmo período do ano

anterior apresentou uma variação negativa de 3,43% (R$ 343.497 mil), motivada principalmente pela

queda de R$ 1.615.769 mil (56,23%), verificado nas Receitas de Valores Mobiliários, conforme

indicado a seguir:

Verifica-se que 85,42% do total arrecadado nas Receitas Patrimoniais, correspondem às Receitas de

Compensação Financeira. Destes 66,88% (R$ 5.518.701 mil) referem-se à Receita de Participação

Especial dos Royalties, e 32,93% (R$ 2.717.166 mil) representadas pelas receitas com Royalties pela

Produção do Petróleo, ambas apresentando variação positiva, respectivamente de 23,09% e 10,05%.

Já as receitas imobiliárias, apresentaram uma queda de R$ 18.075 mil (16,20%), em relação ao

mesmo período do ano anterior. Esta queda está relacionada à conversão dos depósitos judiciais em

receita para Companhia de Desenvolvimento Industrial do ERJ, referente as desapropriações de lotes

de terrenos no município de São João da Barra, onde será construído o Complexo Industrial do Porto

do Açu. Esta conversão dos depósitos judiciais deixou a receita de 2011 inflada.

Em seguida, as Receitas de Valores Mobiliários também apresentaram queda de R$ 1.615.769 mil

(56,23%), contribuída, principalmente, pelo decréscimo de 68,44% na receita proveniente dos

Certificados Financeiros do Tesouro – CFT’s, (-R$ 1.520.735 mil), influenciando diretamente o

resultado total apresentado nas receitas patrimoniais.

As receitas decorrentes dos CFT’s têm características finitas, pois possui tendência ao esgotamento

no tempo, e convencionalmente é incluída entre as receitas correntes, sendo resultado de uma

operação com o Tesouro Nacional estabelecida em 1999, pela qual o Estado obteve ativos financeiros

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Receitas Imobiliárias 93.495 0,97% 111.569 1,12% -16,20%

Receitas de Valores Mobiliários 1.257.861 13,02% 2.873.630 28,72% -56,23%

Remuneração de Depósitos Bancários 471.594 37,49% 536.695 18,68% -12,13%

Certificados Financeiros do Tesouro - CFT's 701.306 55,75% 2.222.041 77,33% -68,44%

Outras 84.961 6,75% 114.894 4,00% -26,05%

Receitas de Concessões e Permissões 50.199 0,52% 40.123 0,40% 25,12%

Compensação Financeira 8.251.870 85,42% 6.973.144 69,70% 18,34%

Recursos Hídricos e Minerais 16.004 0,19% 20.682 0,30% -22,62%

Royalties Produção do Petróleo 2.717.166 32,93% 2.469.046 35,41% 10,05%

Participação Especial dos Royalties 5.518.701 66,88% 4.483.416 64,30% 23,09%

Outras Receitas Patrimoniais 7.359 0,08% 5.816 0,06% 26,54%

9.660.785 100,00% 10.004.281 100,00% -3,43%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 019 - RECEITA PATRIMONIAL - 2012/2011

DESCRIÇÃOARRECADAÇÃO VAR.

NOM.

TOTAL

Page 38: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

38

do Tesouro (os CFTs) contra a troca de um fluxo de pagamentos respaldados pela receita dos

royalties, que foi programado para ser decrescente e encerrado em 2014, entretanto, houve

negociação para mudança deste fluxo, adiantando grande parte da receita para 2011 com seu fim já

em 2012. Portanto, a receita de 2011 tornou-se maior quando comparada com a do exercício de 2012.

3.1.2.1.4 RECEITA DE SERVIÇOS

As Receitas de Serviços totalizaram no exercício de 2012, o montante de R$ 362.794 mil, conforme

demonstrado na tabela a seguir:

A maior participação no total desta fonte de receita provém dos Serviços de Processamento de Dados

(32,50%). Em seguida aparecem as receitas de Serviços de Saúde (16,46%), Serviços de Registro do

Comércio (12,16%) e Serviço de Inspeção e Fiscalização (10,54%).

EXERCÍCIOS ARRECADAÇÃO VAR. ANUAL

2004 1.737.237 0,00%

2005 1.537.954 -11,47%

2006 1.272.183 -17,28%

2007 1.332.946 4,78%

2008 1.299.304 -2,52%

2009 1.331.495 2,48%

2010 1.540.302 15,68%

2011 2.222.041 44,26%

2012 701.306 -68,44%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 020 - EVOLUÇÃO DA RECEITA DE CFT's

Estado do Rio de Janeiro - 2004 a 2012

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Serviços de Processamento de Dados 117.924 32,50% 78.651 22,98% 49,93%

Serviços de Saúde 59.710 16,46% 69.968 20,44% -14,66%

Serviços de Registro do Comércio 44.120 12,16% 44.380 12,97% -0,58%

Serviços de Inspeção e Fiscalização 38.232 10,54% 35.642 10,41% 7,27%

Serviços Administrativos 22.115 6,10% 20.503 5,99% 7,86%

Serviços Educacionais 22.103 6,09% 19.327 5,65% 14,37%

Serviços de Consultoria, Assist.Téc. e Análise de Projeto 14.068 3,88% 15.395 4,50% -8,62%

Serviços Financeiros 14.769 4,07% 13.311 3,89% 10,95%

Serviços de Transporte 9.598 2,65% 23.582 6,89% -59,30%

Serviços Recreativos e Culturais 7.159 1,97% 5.553 1,62% 28,92%

Serviços Tecnológicos 4.274 1,18% 3.987 1,16% 7,19%

Outras Receitas de Serviços 8.722 2,40% 11.948 3,49% -27,00%

TOTAL 362.794 100,00% 342.248 100,00% 6,00%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 021 - RECEITA DE SERVIÇOS - 2012/2011

DESCRIÇÃOARRECADAÇÃO VAR.

NOM.

Page 39: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

39

Comparando com o exercício anterior, a arrecadação da Receita de Serviços apresentou um aumento

de 6% (R$ 20.547 mil), motivado principalmente, pelo incremento de R$ 39.273 mil (49,93%) nas

receitas de Serviços de Processamento de Dados realizada pelo Departamento de Transito do Estado

do Rio de Janeiro – DETRAN-RJ. Estas receitas são referentes à prestação de serviços de

processamento de dados para terceiros (preparo de programa, analise de sistemas, digitação, dentre

outras).

3.1.2.1.5 TRANSFERÊNCIAS CORRENTES

Os recursos financeiros oriundos das Transferências Correntes totalizaram o montante de R$

5.731.963 mil, representando um decréscimo de 0,20% (R$ 11.397 mil) em relação ao ano anterior,

conforme demonstrado na tabela a seguir:

A receita de transferências do FUNDEB participou com 43,05% do total arrecadado, e representou um

aumento de R$ 58.916 mil (2,45%) em relação ao exercício anterior, reflexo principalmente da redução

no coeficiente de retorno do FUNDEB para 2012, conforme será comentado no item 4.1.2 deste

Relatório.

As Transferências com “Participações na Receita da União”, “Sistema Único de Saúde – SUS” e

“Recursos do FNDE” apresentaram variações negativas, respectivamente, de -2,38%, -1,58% e -

5,44% em relação ao ano anterior.

A queda apresentada nas Participações na Receita da União foi devido à diminuição (R$ 49.898 mil)

nos repasse do tributo de Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Participação na Receita da União 1.764.756 30,79% 1.807.703 31,47% -2,38%

Sistema Único de Saúde - SUS 598.381 10,44% 608.016 10,59% -1,58%

Recursos do FNDE 557.783 9,73% 589.886 10,27% -5,44%

Lei-Kandir 85.776 1,50% 85.776 1,49% 0,00%

Fundo Nacional de Assistência Social - FNAS 3.232 0,06% - - 0,00%

FUNDEB 2.467.705 43,05% 2.408.789 41,94% 2,45%

Transferências de Pessoas 121 0,00% 7.977 0,14% -98,48%

Transfêrencias de Convênios 171.515 2,99% 134.406 2,34% 27,61%

Outras Transf. Correntes 82.693 1,44% 100.808 1,76% -17,97%

TOTAL 5.731.963 100,00% 5.743.360 100,00% -0,20%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 022 - TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 2012/2011

DESCRIÇÃOARRECADAÇÃO VAR

NOM.

Page 40: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

40

As transferências de recursos do SUS apresentaram decréscimos de 1,58% equivalentes a uma

redução de R$ 9.634 mil, justificado pela habilitação de mais municípios no sistema de gestão plena

de recursos do SUS ao longo de 2011 e 2012. Desse modo, tais municípios passaram a receber os

recursos diretamente sem o intermédio do Estado, o que provocou uma queda nesta receita. No

entanto o Governo do Estado do Rio de Janeiro continuou recebendo recursos, porém não mais para

futuros repasses aos municípios e sim para seu próprio gasto na rede estadual de saúde.

As receitas de transferências do Fundo Nacional de Desenvolvimento Escolar – FNDE apresentaram

uma variação negativa, no entanto, as transferências relativas ao salario educação, que representam

70,25% do FNDE, apresentaram um acréscimo de R$ 33.168 mil (9,25%) em relação ao ano anterior.

3.1.2.1.6 OUTRAS RECEITAS CORRENTES

As “Outras Receitas Correntes” totalizaram no exercício de 2012 o montante de R$ 2.819.134 mil e

apresentaram uma variação positiva de 6,78%, correspondentes a um acréscimo de R$ 178.904 mil,

em relação ao ano anterior.

Em termos nominais, destacam-se as receitas de “Indenizações e Restituições” que apresentaram

uma variação nominal positiva de 198,34% em relação ao exercício anterior, contribuindo para o

aumento nesta fonte de receita a rubrica “Restituições” em virtude do ingresso derivado de um saque

efetuado pelo Estado do Rio de Janeiro na conta garantidora “B”, no valor de R$ 450.000 mil, por

conta da assinatura do 13º Termo Aditivo ao Contrato de Abertura de Contas firmado em 1997 entre o

ERJ e a Caixa Econômica Federal. A conta garantidora “B” foi aberta para constituir reserva monetária

de forma a garantir as obrigações do BANERJ, que foram assumidas pelo ERJ, nos termos do edital

de venda das ações do banco.

Podemos destacar ainda a variação de 180,16% (R$ 414.088 mil) apresentada nas Receitas da Dívida

Ativa em virtude da entrada em vigor da Lei nº 6.136, de 28 de dezembro de 2011, com a finalidade de

regularizar os débitos inscritos em Dívida Ativa, tributários ou não, autorizando o pagamento à vista, o

parcelamento em até 18 vezes e a compensação com créditos de precatórios expedidos, elevando as

referidas receitas.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Multas e Juros de Mora 563.502 19,99% 482.818 18,29% 16,71%

Indenizações e Restituições 680.346 24,13% 228.045 8,64% 198,34%

Receita da Dívida Ativa 643.928 22,84% 229.839 8,71% 180,16%

Receitas Diversas 931.358 33,04% 1.699.528 64,37% -45,20%

TOTAL 2.819.134 100,00% 2.640.230 100,00% 6,78%

Fonte: SIAFEM /SIG

TABELA 023 - OUTRAS RECEITAS CORRENTES - 2012/2011

DESCRIÇÃOARRECADAÇÃO VAR.

NOM.

Page 41: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

41

As “Receitas Diversas” apresentaram uma variação negativa de 45,20% correspondendo a um

decréscimo de R$ 768.169 mil. Esta queda está relacionada ao valor de R$ 752.066 mil, pago no ano

anterior, pelo Banco Bradesco referente à administração da Folha de Pagamento do ERJ, e ainda ao

ingresso derivado de mais um saque efetuado pelo Estado na conta garantidora “B” no valor de R$

200.000 mil, deixando desta forma a receita de 2011 inflada.

3.1.2.2 RECEITA DE CAPITAL

As Receitas de Capital têm em sua composição as fontes de recursos que geram contrapartida

passiva, como aumento da dívida, diminuição de patrimônio ou mudança de natureza patrimonial. No

exercício de 2012, esta categoria totalizou o montante de R$ 5.515.046 mil, apresentando um

acréscimo de 87,67% em relação ao ano anterior, impulsionado pelas operações de créditos que

suplantaram as quedas apresentadas nas alienações de bens (-95,68%) e transferências de capital (-

45,04%).

A seguir, podemos visualizar a participação das fontes de arrecadação que compõem a Receita de

Capital, no exercício de 2012 e os comentários apresentados em tópicos.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Operações de Crédito 4.755.173 86,22% 1.271.501 43,27% 273,98%

Alienação de Bens 23.108 0,42% 534.777 18,20% -95,68%

Amortização de Empréstimos 213.450 3,87% 180.564 6,14% 18,21%

Transferências de Capital 523.125 9,49% 951.766 32,39% -45,04%

Outras Receitas de Capital 190 0,00% 54 0,00% 248,39%

TOTAL 5.515.046 100,00% 2.938.663 100,00% 87,67%

Fonte: SIAFEM /SIG

TABELA 024 - RECEITA DE CAPITAL - 2012/2011

DESCRIÇÃO ARRECADAÇÃO VAR.

NOM.

Operações de Crédito 86,22%

Alienação de Bens 0,42%

Amortização de Empréstimos

3,87%

Transferências de Capital 9,49%

Receita de Capital Representação percentual

Page 42: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

42

3.1.2.2.1 OPERAÇÕES DE CRÉDITO

As receitas com Operações de Créditos atingiram no exercício de 2012 o montante de R$ 4.755.173

mil, representando uma participação de 86,22% no total da arrecadação das receitas de capital.

As receitas com operações de créditos apresentaram uma variação positiva de 273,98% em relação

ao ano anterior, que corresponde um aumento de R$ 3.483.672 mil. Este resultado foi influenciado

principalmente pelo incremento de R$ 2.168.269 mil das receitas de operações de créditos internas,

sobretudo nas “Demais Operações de Crédito Internas P/ Programa de Governo”, que cresceram

645,51%, por conta do recebimento de recursos de empréstimos do Programa PRO-CIDADES

(Programa de Melhoria da Infraestrutura Rodoviária, Urbana e da Mobilidade das Cidades do ERJ),

sendo parte desse montante destinado às obras de recuperação das Lagoas da Barra e Jacarepaguá.

A representação gráfica das Operações de Créditos demonstra o seu crescimento em decorrência da

entrada destes recursos.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Operações de Credito Internas 2.523.451 53,07% 355.182 27,93% 610,47%

Programas de Saneamentos 67.390 2,67% 43.859 12,35% 53,65%

Programas de Transportes 135.110 5,35% - - -

Demais Oper.Credito Internas P/ Prog. Gov 2.320.951 91,98% 311.323 87,65% 645,51%

Operações de Credito Externas 2.231.722 46,93% 916.319 72,07% 143,55%

Programas de Saneamentos 18.816 0,84% - - -

Programas de Transportes 308.668 13,83% 33.612 3,67% 818,32%

Demais Oper. Credito Externas P/ Prog.Gov 1.090.174 48,85% 882.707 96,33% 23,50%

Outras Operações de Crédito Externas 814.064 36,48% - - -

TOTAL 4.755.173 100,00% 1.271.501 100,00% 273,98%

Fonte: SIAFEM /SIG

TABELA 025 - OPERAÇÕES DE CRÉDITO - 2012/2011

DESCRIÇÃO ARRECADAÇÃO VAR.

NOM.

-

1.000.000

2.000.000

3.000.000

4.000.000

5.000.000

2012 2011

2.231.722

916.319

2.523.451

355.182

Operações de Crédito Representação em R$ Mil

Op.Crédito Internas

Op.Crédito Externas

Page 43: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

43

3.1.2.2.2 ALIENAÇÃO DE BENS

As receitas provenientes da "Alienação de Bens" totalizaram no exercício de 2012 o montante de R$

23.108 mil, e participaram com 0,42% do total das receitas de capital. Em termos nominais podemos

observar uma queda de 95,68% (R$ 511.669 mil) em relação ano anterior. Este decréscimo é reflexo,

principalmente, da venda de imóveis e terrenos de propriedade do RIOPREVIDÊNCIA, além da venda

das ações do BERJ ocorridas em 2011.

3.1.2.2.3 TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL

As receitas com transferências de capital totalizaram o montante de R$ 523.125 mil e participaram

com 9,49% do total das Receitas de Capital. Em termos nominais podemos observar uma queda de

45,04% em relação ao ano anterior. Este decréscimo é reflexo principalmente da redução de 47,04%

nas Transferências de Convênios que eram destinadas às obras do Programa de Aceleração do

Crescimento (PAC), visto que as obras e instalações já estão em processo de conclusão, além das

transferências federais para a cobertura do desastre na Região Serrana, causado pelas chuvas do

início do ano passado.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Alienações de Bens Móveis 506 2,19% 189.174 35,37% -99,73%

Receita de Privatização - - 183.646 97,08% -100,00%

Alienação de Animais Reprodutores e Matrizes 92 18,16% - - -

Alienação de Bens Móveis Adq c/Rec não Vinculados 25 4,90% 129 0,07% -80,78%

Alienação de Outros Bens Móveis 389 76,94% 5.399 2,85% -92,79%

Alienações de Bens Imóveis 22.603 97,81% 345.603 64,63% -93,46%

Alienação Bens Im Adiq. Rec. - RPPS 17.672 78,19% 344.612 99,71% -94,87%

Alienação de Outros Bens Imóveis 4.930 21,81% 990 0,29% 397,83%

TOTAL 23.108 100,00% 534.777 100,00% -95,68%

Fonte: SIAFEM /SIG

TABELA 026 - ALIENAÇÃO DE BENS - 2012/2011

DESCRIÇÃO ARRECADAÇÃO VAR.

NOM.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Transferências Intergovernamentais 19.034 3,64% 14.549 1,53% 30,83%

Transferências de Instituições Privadas 4.000 0,76% - - -

Transferências do Exterior 1.421 0,27% 2.369 0,25% -40,01%

Transferências de Pessoas Físicas 5.967 1,14% 4.447 0,47% 34,18%

Transferências de Convênios 492.702 94,18% 930.401 97,76% -47,04%

TOTAL 523.125 100,00% 951.766 100,00% -45,04%

Fonte: SIAFEM /SIG

TABELA 027 - TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL - 2012/2011

DESCRIÇÃO ARRECADAÇÃO VAR.

NOM.

Page 44: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

44

3.1.3 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA

Os estágios da despesa orçamentária compreendem uma sequência de atividades desenvolvidas

pelos órgãos públicos que se inicia com a fixação ou autorização da despesa na lei de orçamento e

segue até o pagamento, com a extinção da obrigação a pagar.

Somente após definido o montante das dotações orçamentárias da despesa, ou seja, o limite de

gastos que cada unidade orçamentária poderá realizar, é que se pode dar início à execução da

despesa orçamentária, cujos estágios são os seguintes: empenho, liquidação e pagamento.

A fim de evitar a duplicidade orçamentária, excluímos dos comentários deste item as despesas

intraorçamentárias que serão abordadas no item 3.1.4.2 deste relatório.

A Lei Orçamentária Anual – LOA, para o exercício de 2012 inicialmente fixou as despesas em R$

61.289.423 mil. Ao longo do ano ocorreram aberturas de créditos adicionais, bem como cancelamento

de dotações e alterações orçamentárias que elevaram a despesa inicialmente fixada para R$

68.984.671 mil.

Em virtude das políticas de contenção e contingenciamento orçamentário, estabelecidas pelo Governo

do Estado ao longo de 2012, foi autorizado para ser executado um montante de R$ 63.588.665 mil,

até o final do exercício. Destes foram empenhados R$ 60.831.781 mil, correspondendo a 95,66% do

total autorizado, representando uma economia orçamentária de R$ 2.756.885 mil em créditos

disponíveis. Do total empenhado, 99,41% foram liquidados, e 96,58% da liquidação foram pagos.

R$ M il

DESCRIÇÃO 2012 2011VAR.

NOM.

Dotação Inicial 61.289.423 54.093.407 13,30%

(+) Creditos Adicionais 18.435.927 14.744.241 25,04%

(-) Dotação Cancelada (10.769.553) (8.531.425) 26,23%

(+) Alt. QDD Acréscimos 571.203 249.707 128,75%

(-) Alt. QDD Reduções (542.330) (235.865) 129,93%

Dotação Atual 68.984.671 60.320.066 14,36%

(-) Credito Contido (180.844) (460.943) -60,77%

(-) Contigenciamento Ato Adm (5.215.163) (505.038) 932,63%

Despesa Autorizada 63.588.665 59.354.085 7,13%

Despesa Empenhada 60.831.781 54.363.154 11,90%

Despesa Liquidada 60.474.835 54.105.949 11,77%

Despesa Paga 58.404.680 52.309.452 11,65%

Fonte:SIG / SIAFEM

Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias.

TABELA 028 - EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA - 2012/2011

Page 45: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

45

Segue abaixo, gráfico ilustrativo, da execução da despesa orçamentária no exercício de 2011 e 2012,

a partir da despesa autorizada:

3.1.3.1 DESPESA POR FUNÇÃO DE GOVERNO

Para fins de planejamento, programação e orçamentação ocorre o agrupamento das ações do

governo, em caráter programático, em grandes áreas de atuação, compreendendo assim, as funções

que representam o maior nível de agregação das ações do governo. Na estrutura do Estado do Rio de

Janeiro estão definidas 25 funções de governo, para as quais foram destinados recursos no exercício

de 2012, executados mediante empenhos no valor de R$ 60.831.781 mil.

-

20.000.000

40.000.000

60.000.000

80.000.000

Autorizada Empenhada Liquidada Paga

2012 63.588.665 60.831.781 60.474.835 58.404.680

2011 59.354.085 54.363.154 54.105.949 52.309.452

Execução Orçamentária da Despesa Representação em R$ Mil

VOLTAR

Page 46: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

46

Demonstramos graficamente as despesas empenhadas por função de governo no exercício de 2012:

R$ M il

DESCRIÇÃO

Legislativa 1.054.057 1,73% 940.283 1,73% 12,10%

Judiciária 3.166.003 5,20% 2.798.341 5,15% 13,14%

Essencial à Justiça 1.679.374 2,76% 1.393.114 2,56% 20,55%

Administração 1.893.405 3,11% 1.548.569 2,85% 22,27%

Segurança Pública 5.637.737 9,27% 4.562.361 8,39% 23,57%

Assistência Social 530.893 0,87% 265.014 0,49% 100,33%

Previdência Social 10.327.026 16,98% 9.553.554 17,57% 8,10%

Saúde 4.245.065 6,98% 3.875.393 7,13% 179,41%

Trabalho 24.187 0,04% 25.783 0,05% -6,19%

Educação 7.615.953 12,52% 6.775.180 12,46% 12,41%

Cultura 162.440 0,27% 181.106 0,33% -10,31%

Direitos da Cidadania 349.325 0,57% 270.873 0,50% 28,96%

Urbanismo 1.369.687 2,25% 1.451.899 2,67% -5,66%

Habitação 208.893 0,34% 224.728 0,41% -7,05%

Saneamento 282.485 0,46% 239.644 0,44% 17,88%

Gestão Ambiental 519.878 0,85% 472.447 0,87% 10,04%

Ciência e Tecnologia 220.845 0,36% 220.574 0,41% 0,12%

Agricultura 195.786 0,32% 195.077 0,36% 0,36%

Organização Agrária 15.672 0,03% 15.592 0,03% 0,52%

Indústria 152.923 0,25% 248.226 0,46% -38,39%

Comércio e Serviços 260.208 0,43% 250.711 0,46% 3,79%

Comunicações 253.775 0,42% 225.468 0,41% 12,55%

Transporte 2.432.200 4,00% 1.957.441 3,60% 24,25%

Desporto e Lazer 602.751 0,99% 143.347 0,26% 320,48%

Encargos Especiais 17.631.212 28,98% 16.528.429 30,40% 6,67%

TOTAL 60.831.781 100,00% 54.363.154 100,00% 11,90%

Fonte:SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias.

TABELA 029 - DESPESA POR FUNÇÃO DE GOVERNO - 2012/2011

FUNÇÃO DE GOVERNO EMPENHADA VAR.

NOM.2012 PART. 2011 PART.

Page 47: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

47

O Estado atravessa um período de significativas mudanças de natureza econômica, política, social e

ambiental em que se destacam grandes eventos e importantes investimentos. Diante deste panorama

comentaremos as funções que concentraram grande parte dos recursos aplicados, assim como

aquelas que apresentaram novos programas e projetos/atividades:

A função Encargos Especiais representou 28,98% do total de recursos empenhados, entretanto,

embora esta participação seja elevada, representa uma agregação neutra, pois engloba despesas

referentes às transferências constitucionais e legais aos municípios, os gastos com a dívida e as

transferências constitucionais ao FUNDEB, ou seja, despesas para as quais não se pode associar um

bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente.

A função Previdenciária, que agrega as despesas com pagamento de aposentadorias e pensões aos

servidores do Estado do Rio de Janeiro e seus dependentes, representou a segunda maior

participação, com 16,98% da despesa total empenhada.

Função Educação

Nesta Função foram empenhados, no exercício de 2012, recursos no valor de R$ 7.615.953 mil.

Destes, 78,22% foram destinados aos programas de encargos especiais e gestão administrativa, e

21,78% aos programas com ações finalísticas. Entende-se por ação finalística aquela que concorre

para a geração de oferta de bens e serviços para atendimento direto às demandas da sociedade.

Encargos Especiais 28,98%

Previdência Social 16,98%

Educação 12,52%

Segurança Pública 9,27%

Judiciária 5,20%

Saúde 6,98%

Transporte 4,00%

Essencial à Justiça 2,76% Administração 3,11%

Legislativa 1,73%

Outras Funções 8,17%

Despesa por Função de Governo Representação percentual das Funções

Page 48: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

48

Para executar as ações finalísticas na área da Educação foram empenhadas despesas no valor de R$

1.658.638 mil, com destaque para o Programa “Padrão de Qualidade da Infraestrutura Física da Rede”

cujo objetivo é proporcionar um ambiente adequado para a realização das atividades pedagógicas em

todas as unidades escolares mediante recuperação, manutenção, reforma e ampliação da estrutura

predial e patrimonial, em que foram investidos R$ 541.444 mil. Destes, R$ 232.299 mil foram

destinados à ação “Nutrição Escolar”, com a finalidade de suprir as necessidades do aluno durante a

permanência na escola, diminuir a evasão escolar, melhorar o rendimento e formar bons hábitos

alimentares para a manutenção da saúde do aluno.

R$ M il

0000 Encargos Especiais do Estado 2.277.718 29,91%

0002 Gestão Administrativa 3.679.597 48,31%

0121 Expansão e Melhoria da Educação Profissional 95.699 1,26%

0122 Ensino, Pesquisa e Extensão da UERJ 158.327 2,08%

0126 Ampliação da Cap Inst p/ Realiz Pesq Univ RJ 52.969 0,70%

0127 Pesquisa Rio 101.288 1,33%

0128 Capacitação para Pesquisa 79.412 1,04%

0150 Escola Inclusiva 633 0,01%

0152 Operacionaliz Desenvolv Rede de Ensino 268.673 3,53%

0153 Educação para Inclusão Social 59.157 0,78%

0292 Desenvolvimento Pessoas, Recrutam. e Seleção 2.761 0,04%

0300 Magistério Atrativo, Qualificado e Valorizado 5.372 0,07%

0301 Qualidade no Processo Ensino-Aprendizagem 91.390 1,20%

0302 Efetividade da Gestão Escolar 131.688 1,73%

0303 Padrão Qualid. Infraestrutura Física da Rede 541.444 7,11%

0314 Gestão e Fortalecimento da Atenção à Saúde 39.286 0,52%

0364 Apoio a Estudantes Carentes 2.337 0,03%

0365 Ampliação e Manutenção de Cursos Semi-Presenc 3.526 0,05%

0366 Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão 9.378 0,12%

0367 Consolidação e Expansão do Complexo Universit 2.834 0,04%

0368 Melhoria da Qualif Func e da Qual de Vida 126 0,00%

0371 Gestão e operacio. ensino superior distância 7.833 0,10%

0372 Formação continuada de professores 125 0,00%

0373 EMEJA educação à distância semipresencial 187 0,00%

0374 Redução da evasão nos cursos de graduação PVS 254 0,00%

0375 Divulgação Científica 892 0,01%

0379 Campus UEZO 114 0,00%

0380 Inova UEZO 2.538 0,03%

0381 Apoio à Gestão e Melhoria da Infraest da UEZO 393 0,01%

7.615.953 100,00%

Fonte:SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias.

TABELA 030 - DESPESAS DA FUNÇÃO EDUCAÇÃO - 2012/2011

PROGRAMAEMPENHADA

2012 PART.

TOTAL

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C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

49

Em seguida aparece o programa “Operacionalização e Desenvolvimento na Rede de Ensino” que

empenhou despesas no valor de R$ 268.673 mil. Sua maior ação está concentrada na atividade

“Apoio aos Serviços Educacionais”, com gastos de R$ 223.507 mil em serviços de asseio e higiene,

serviços de vigilância e policiamento, e encargos com processamento de dados.

Cabe destacar o programa “Ensino, Pesquisa e Extensão da UERJ”, que atingiu no exercício de 2012,

o montante de R$ 158.327 mil, e tem como objetivo promover atividades de ensino, pesquisa, e

extensão em níveis de graduação e pós-graduação, gerando conhecimento e contribuindo para

formação de recursos humanos. Do total empenhado neste Programa, R$ 44.750 mil foram destinados

às atividades de “Integração UERJ/Sociedade”, referentes à aquisição de material permanente,

material de consumo e serviços para a ampliação e o aprimoramento do ensino de graduação e pós-

graduação e R$ 34.402 mil com atividades voltadas ao “Apoio à Formação do Estudante”, através de

auxílios financeiros a estudantes e treinamento, recrutamento, seleção e serviços auxiliares.

Função Segurança

Os investimentos na área de Segurança Pública, no valor de R$ 5.637.737 mil, representaram 9,27%

do total das despesas empenhadas pelo Estado no exercício de 2012. Observa-se que, dos recursos

aplicados nesta função, 77,77% foram destinados ao programa “Gestão Administrativa” e os 22,23%

restantes, às atividades e projetos finalísticos.

R$ M il

0002 Gestão Administrativa 4.384.742 77,77%

0059 Desenv das Atividades de Segurança Oficial 30.735 0,55%

0064 Moderniz dos Serviços Operacionais do DETRAN 359.541 6,38%

0089 Sistema Penitenciário Estruturado 236.288 4,19%

0092 Sistema de Investigação Criminal 51.864 0,92%

0147 Gestão da Segurança Pública 468.840 8,32%

0263 Programa Dedicação Integral ao Cidadão -DEDIC 15.277 0,27%

0264 Programa Polícia Pacificadora 3.386 0,06%

0265 Programa Integração da Segurança Pública 7.814 0,14%

0266 Grandes Eventos 1.193 0,02%

0299 Ampliação da Capacidade de Atend da Def Civil 65.584 1,16%

0397 Rio Poupa Tempo 12.472 0,22%

5.637.737 100,00%

Fonte:SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias.

TABELA 031 - DESPESAS DA FUNÇÃO SEGURANÇA PÚBLICA- 2012/2011

PROGRAMAEMPENHADA

2012 PART.

TOTAL

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C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

50

Os gastos realizados no programa “Gestão Administrativa” referem-se em sua maioria, as despesas

com pessoal e encargos sociais que atingiram o montante de R$ 3.954.398 mil, com destaque para

diversas ações de valorização profissional tais como concessão de reajustes e gratificações, além da

realização de concursos para fortalecimento do quadro de pessoal.

Quanto aos programas finalísticos executados, cabe destacar o Programa “Gestão da Segurança

Pública” que empenhou R$ 468.840 mil em várias atividades que otimizam ações policiais através de

orientação integrada, objetivando a redução dos índices de violência em função de estratégias e

resultados aplicáveis na área de segurança pública. No exercício de 2012 foram investidos R$

166.748 mil no Projeto “Gestão da Frota” através de serviços de manutenção e aquisição de frota de

veículos para a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, e ainda R$ 66.130 mil nas “Atividades

Operacionais das Polícias Civil e Militar”, englobando aquisição de combustível e serviços de apoio

administrativo, técnico e operacional.

Em seguida aparece o programa “Modernização dos Serviços Operacionais do DETRAN”, com

aplicação de 359.541 mil, dos quais R$ 213.901 mil foram utilizados em “Atividades Operacionais de

Registro de Veículos”, tais como serviços de suporte operacional, logística e infraestrutura relacionada

às atividades inerentes ao registro e licenciamento de veículos, e atividades de registro off-line dos

autos de infração e acidentes de trânsito em equipamentos portáteis. Além dessas atividades o

DETRAN realizou convênio com o RIOSOLIDÁRIO - Obra Social do Rio de Janeiro, para a realização

dos Projetos “Emplacando Vidas” e “Passo a Passo”, através de atividades desenvolvidas por jovens

em situação de risco e vulnerabilidade social em oficinas de capacitação e qualificação profissional.

Os participantes recebem ajuda de custo para alimentação e transporte, além de bolsa-auxílio durante

a permanência do projeto.

Cabe destacar ainda o programa "Sistema Penitenciário Estruturado” com investimentos de R$

236.288 mil, visando a reforma na estrutura física e logística do sistema penitenciário, viabilizando

condições para o alcance das ações pertinentes à área de custódia e ressocialização dos apenados.

Para a realização deste programa o Estado aplicou R$ 219.989 mil na atividade “Alimentação dos

Apenados e Custodiados” e R$ 11.902 mil na atividade “Qualificação Profissional e Diversificação de

Oportunidade de Trabalho ao Apenado”, ampliando a possibilidade de sua reinserção social através

do ingresso no mercado de trabalho.

Função Saúde

A Função Saúde registrou gastos de R$ 4.245.065 mil no exercício de 2012, representando 6,98% do

total das despesas empenhadas pelo Estado.

Page 51: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

51

Do total empenhado, R$ 1.376.626 mil (32,43%) foram alocados no programa “Assistência Hospitalar

e Ambulatorial nas Unidades Próprias”. As ações com assistência hospitalar e ambulatorial visam à

melhoria da qualidade de atendimento nos hospitais da rede do SUS. Este conjunto de ações inclui

grandes investimentos para a recuperação das instalações físicas das instituições, a renovação de

equipamentos e aparelhagem tecnológica moderna, o barateamento dos medicamentos e a

capacitação do quadro de recursos humanos. Dos recursos aplicados neste programa, 58,14% foram

destinados à ação “Operacionalização das Unidades Próprias Hospitalares e Ambulatoriais”.

O programa Gestão Administrativa, que agrega em sua maioria, despesas com pessoal e encargos

sociais, representou a segunda maior participação, com 32,43% da despesa total empenhada na

função Saúde, com destaque para as despesas decorrentes de contratação de terceirizados e

gratificações pelo exercício de encargos especiais.

No âmbito da Gestão e Fortalecimento da Atenção à Saúde, onde concentra-se a atenção

especializada de média e alta complexidade, importante componente do SUS, foram empenhados R$

718.927 mil (16,94%) em ações adotadas para aperfeiçoar os procedimentos de média e alta

complexidade, entre as quais se destaca a realização do Projeto “Triagem Neonatal”, que consiste na

realização de uma ação preventiva que permite fazer o diagnóstico de diversas doenças congênitas ou

infecciosas, assintomáticas no período neonatal, a tempo de se interferir no curso da doença.

R$ M il

0002 Gestão Administrativa 1.262.555 29,74%

0089 Sistema Penitenciário Estruturado 2.294 0,05%

0097 Assistência Farmacêutica 200.015 4,71%

0098 Prevenção de Adversidades e Prest de Socorro 99.627 2,35%

0110 Proteção Social Especial de Assist Social 9.617 0,23%

0111 Segurança Alimentar e Nutricional 55.471 1,31%

0112 Promoção e Proteção da Criança e Adolescente 3.498 0,08%

0299 Ampliação da Capacidade de Atend da Def Civil 38.084 0,90%

0314 Gestão e Fortalecimento da Atenção à Saúde 718.927 16,94%

0315 Controle de Doenças e Promoção da Saúde 21.512 0,51%

0316 Prevenção e Controle de Endemias 5.545 0,13%

0317 Gestão da Educação em Saúde 14.771 0,35%

0318 Assistência Pré-hospitalar 354.659 8,35%

0319 Assist Hospitalar e Ambulat nas Unid Próprias 1.376.626 32,43%

0320 Rio Imagem 39.230 0,92%

0321 Fortal. da Gestão do SUS e da Partic Social 1.161 0,03%

0322 Expansão do Complexo Científico 11.856 0,28%

0323 Expansão do Complexo Industrial. 23.813 0,56%

0324 Apoio a Programas de Saúde 5.803 0,14%

4.245.065 100,00%

Fonte:SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias.

TABELA 032 - DESPESAS DA FUNÇÃO SAÚDE

PROGRAMAEMPENHADA

2012 PART.

TOTAL

Page 52: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

52

Função Desporto e Lazer

Esta Função busca garantir à população o acesso ao conhecimento e à pratica esportiva,

possibilitando a elevação do nível da cultura esportiva e da qualidade de vida. No exercício de 2012, o

Estado aplicou na Função Desporto e Lazer, o montante de R$ 602.751 mil, conforme demonstrado na

tabela a seguir:

O investimento com infraestrutura esportiva faz parte de um movimento de fortalecimento do esporte,

que atingi a realização de megaeventos esportivos, como a Copa do Mundo Fifa 2014 e os Jogos

Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. Dentre os investimentos ligados a estes eventos destaca-se o

projeto “Reforma do Complexo do Maracanã” que no exercício de 2012 realizou gastos de R$ 484.527

mil com a reforma do estádio.

No exercício de 2012 foram investidos 99.112 mil no programa “Fortalecimento do Esporte no Estado

do Rio de Janeiro” sendo R$ 56.562 mil no projeto “Realização da RIO 2016”. Este projeto faz parte da

política de incentivo ao esporte, elaborada pelo Governo do Estado e tem o objetivo de promover a

inclusão social através do oferecimento de atividades esportivas, recreativas e culturais, atendendo a

crianças e adolescentes (em horário complementar à escola), e também a adultos e idosos oriundos

de qualquer realidade, sem distinção, inclusive os portadores de quaisquer tipos de necessidades

especiais.

Função Transporte

O compromisso de fazer o setor transporte crescer de forma sustentada e acelerada tem se

concretizado, nos últimos anos, em razão dos elevados níveis de investimentos realizados. No

exercício de 2012 foram investidos R$ 2.432.200 mil na Função Transporte.

R$ M il

0002 Gestão Administrativa 19.113 3,17%

0272 Fortalecimento do Esporte no Estado do RJ 99.112 16,44%

0285 Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas de 2016 484.527 80,39%

602.751 100,00%

Fonte:SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias.

TABELA 033 - DESPESAS DA FUNÇÃO DESPORTO E LAZER

PROGRAMAEMPENHADA

2012 PART.

TOTAL

Page 53: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

53

O programa “Expansão e Consolidação das Linhas de Metrô”, participou com 32,63% do total

investido em transporte, atingindo o montante de R$ 793.691 mil gastos nos projetos “implantação de

novas linhas metroviárias” e “implantação da Estação General Osório”.

O programa “Bilhete Único” aparece como a segunda maior participação no total empenhado em

Transporte (18,29%), sendo empenhado o montante de R$ 444.765 mil no exercício de 2012. Este

programa é um benefício tarifário, com redução das tarifas praticadas nos serviços de transporte

intermunicipal.

O Estado também priorizou os investimentos através do programa “Sistema Rodoviário Estadual” que

representou 16,55% (R$ 402.412 mil) do total investido nesta Função, executados através do

Departamento de Estradas e Rodagem em implantação, restauração, conservação, sinalização e

melhoria de rodovias.

Destaca-se ainda o “Programa Estadual de Transportes – PET” com investimentos de R$ 270.113 mil,

principalmente na aquisição de novos trens para os sistemas metroviário e ferroviário.

R$ M il

0002 Gestão Administrativa 325.867 13,40%

0015 Sistema Rodoviário Estadual 402.412 16,55%

0017 Infraestrutura e Urbanização em Municípios 60.272 2,48%

0100 Gestão da Política de Transportes 1.358 0,06%

0101 Bilhete Único 444.765 18,29%

0103 Infraestrutura e Logíst de Transp e de Cargas 612 0,03%

0104 Expansão e Consolidação das Linhas de Metrô 793.691 32,63%

0105 Programa Estadual de Transportes - PET 270.113 11,11%

0107 Transporte Rodoviário Intermunicipal 18.084 0,74%

0154 Sistema Transporte sobre Trilhos 6.783 0,28%

0161 Isenção de Pagmento nos Transport Coletivos 129 0,01%

0284 Administração Terminais Rodoviários Estaciona 4.861 0,20%

0326 Transporte Hidroviário 26 0,00%

0335 Operação/Conservação- Bonde de Santa Teresa 199 0,01%

0337 Melhoria Sistema de Transportes Ferroviário. 35.694 1,47%

0422 Pró-Vias 67.336 2,77%

2.432.200 100,00%

Fonte:SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias.

TABELA 034 - DESPESAS DA FUNÇÃO TRANSPORTE

PROGRAMAEMPENHADA

2012 PART.

TOTAL

Page 54: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

54

Função Urbanismo

Os investimentos realizados na Função Urbanismo incluem aporte de recursos para diversas políticas

públicas como: regularização fundiária, urbanização de assentamentos precários, metrôs, trens

urbanos, mobilidade urbana, formulação de políticas de desenvolvimento urbano, de habitação e de

saneamento, capacitação de agentes sociais, dentre outras.

No exercício de 2012, foi empenhado um total de R$ 1.369.687 mil na Função Urbanismo,

disseminados através dos seguintes programas:

O “Programa Somando Forças” empenhou recursos no valor de R$ 685.872 mil, o que representa

50,08% do total destinados à Função Urbanismo, contemplando obras de urbanismo para a

implantação da linha 4 do metrô - trecho jardim oceânico/gávea, expansão da Estação General Osório

e de Interligação entre as linhas 1 e 4. Foram realizados ainda, obras de infraestrutura como;

drenagem e pavimentação, sistemas e drenagem pluvial esgotamento sanitário, abastecimento de

água e pavimentação em diversos bairros.

O “Programa Integrado da Região Metropolitana - RIO METRÓPOLE” representou 24,49% (R$

335.374 mil) dos recursos destinados à Função Urbanismo e está representado pelo projeto

“Implantação do Arco Metropolitano – PAC RJ”. Este programa tem como objetivo promover ações

que, em sua maioria, inscrevam-se no âmbito das funções da metrópole e, portanto, de caráter supra

municipal, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, através de projetos e investimentos

estratégicos para o desenvolvimento urbano e regional, atendendo às demandas do crescimento e

capazes de influenciar a ocupação do território, a requalificação funcional, a relação entre suas partes

e o seu patrimônio.

R$ M il

0002 Gestão Administrativa 29.976 2,19%

0015 Sistema Rodoviário Estadual 4.301 0,31%

0156 Prog Nacional Desenv Turismo – PRODETUR - RJ 1.931 0,14%

0260 Programa Somando Forças 685.872 50,08%

0279 Urbanização das Comunidades 109.426 7,99%

0288 Prog. Integ. Reg. Metrop. - Rio Metrópole 335.374 24,49%

0289 Recupe Local Atingidas Catástrofes 202.806 14,81%

1.369.687 100,00%

Fonte:SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias.

TABELA 035 - DESPESAS DA FUNÇÃO URBANISMO

PROGRAMAEMPENHADA

2012 PART.

TOTAL

Page 55: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

55

Função Saneamento

A Lei nº 11.445/2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, define-o como o

conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água potável,

esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, além de drenagem e manejo das

águas pluviais urbanas. O Estado do Rio de Janeiro investiu no exercício de 2012, R$ 282.485 mil em

saneamento, tendo como destaque os investimentos do programa “Saneamento Básico”, utilizados em

obras de melhoria operacional do sistema de abastecimento de água em diversos municípios,

esgotamento sanitário, saneamento ambiental, implantação de aterro sanitário, dentre outros.

O programa “Pacto pelo Saneamento” que visa a ampliação da infraestrutura dos sistemas de

esgotamento sanitário representou 30,08% do total empenhado na Função Saneamento, tendo como

principal projeto o Saneamento nas Bacias da Baía de Guanabara, que contou com 99,20% (R$

84.304 mil) dos recursos destinados a este programa.

Função Gestão Ambiental

A Gestão Ambiental pública no Estado do Rio de Janeiro apóia-se no Sistema Estadual de Meio

Ambiente, coordenado pela Secretaria de Estado do Ambiente – SEA da qual faz parte o Instituto

Estadual do Ambiente – INEA. No exercício de 2012, o Estado investiu R$ 519.878 mil em ações de

preservação do meio ambiente, principalmente no programa “Controle de Inundações e Recuperação

de Áreas Degradadas”, que realizou dispêndios no valor de R$ 139.387 mil (26,81%).

R$ M il

0162 Pacto pelo Saneamento 84.985 30,08%

0290 Saneamento Básico 138.135 48,90%

0413 Contr Inundações Recup de Áreas Degradadas 59.365 21,02%

282.485 100,00%

Fonte:SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias.

TABELA 036 - DESPESAS DA FUNÇÃO SANEAMENTO

PROGRAMAEMPENHADA

2012 PART.

TOTAL

Page 56: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

56

O programa de “Controle de Inundações e Recuperação de Áreas Degradadas”, que tem como

objetivo, prevenir e controlar as inundações principalmente causadas pela degradação dos corpos

hídricos, nas épocas das cheias e recuperar as áreas atingidas pelas inundações, tem como principal

ação o Projeto Iguaçu – PAC/RJ, que visa despoluir a bacia dos rios Iguaçu, Botas e Sarapuí e evitar a

reincidência de enchentes na época de fortes chuvas causadas pelo acúmulo de resíduos que impede

a vazão das águas, no qual foram investidos R$ 66.979 mil em obras de intervenção estruturais de

controle de inundações e recuperação ambiental das bacias destes rios, além de indenizações com o

Aluguel Social para as famílias retiradas de suas moradias às margens dos leitos.

O programa “Modernização do Sistema Estadual do Meio Ambiente” participou com 22,13% (R$

115.059 mil) do total executado na Função Gestão Ambiental, sendo investidos R$ 108.321 mil em

Projetos a Cargo do FECAM com a finalidade de proteger e recuperar o meio ambiente e o

saneamento ambiental. Das ações realizadas por este projeto podemos destacar a implantação das

obras da linha 4 do metrô, nos trechos “Jardim Oceânico / Gávea” e “Gávea / General Osório.

Cabe ainda destacar o programa “Pacto pelo Saneamento”, que visa a ampliação da infraestrutura dos

sistemas de esgotamento sanitário, e está representado pelos projetos “Rio Mais Limpo” e “Lixo Zero”,

para os quais foram destinados R$ 61.611 mil. O Rio Mais Limpo tem como meta coletar e tratar 80%

do esgoto de todo o Estado do Rio de Janeiro até 2018, enquanto que o Lixo Zero tem a finalidade de

erradicar lixões e vazadouros clandestinos, promover a remediação de áreas degradadas e

contaminadas, promover a criação de consórcios intermunicipais para implantação de aterros

sanitários e atualizar o inventário de resíduos industriais no estado identificando a fonte e a tipologia

dos resíduos.

R$ M il

0002 Gestão Administrativa 156.034 30,01%

0156 Prog Nacional Desenv Turismo – PRODETUR - RJ 5.390 1,04%

0162 Pacto pelo Saneamento 61.611 11,85%

0275 Pacto pela Preservação da Biodiversidade 2.760 0,53%

0410 Gestão de Recursos Hídricos 19.517 3,75%

0411 Economia Verde e Baixo Carbono 4.076 0,78%

0413 Contr Inundações Recup de Áreas Degradadas 139.387 26,81%

0415 Educação Ambiental e Gestão Participativa 8.876 1,71%

0417 Modernização do Sist. Estadual Meio Ambiente 115.059 22,13%

0421 Progr de Saneam Amb Munic Entorno BG-PSAM 7.169 1,38%

519.878 100,00%

Fonte:SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias.

TABELA 037 - DESPESAS DA FUNÇÃO GESTÃO AMBIENTAL

PROGRAMAEMPENHADA

2012 PART.

TOTAL

Page 57: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

57

3.1.3.2 DEMONSTRATIVO DAS DESPESAS POR PODER, CATEGORIA ECONÔMICA E

GRUPO DE DESPESA

Na análise das informações apresentadas anteriormente, ressaltamos que:

A despesa orçamentária executada pelos Poderes no exercício de 2012 totalizou gastos no

valor de R$ 60.831.781 mil.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

PODER EXECUTIVO 55.640.228 91,47% 49.832.151 91,67%

1 Despesas Correntes 48.326.630 86,86% 43.491.882 87,28%

1.1 Pessoal e Encargos Sociais 10.903.571 22,56% 9.235.952 21,24%

1.2 Juros e Encargos da Dívida 2.633.461 5,45% 2.469.236 5,68%

1.3 Outras Despesas Correntes 34.789.598 71,99% 31.786.693 73,09%

2 Despesas de Capital 7.313.598 13,14% 6.340.269 12,72%

2.4 Investimentos 4.883.401 66,77% 4.481.333 70,68%

2.5 Inversões Financeiras 204.378 2,79% 228.386 3,60%

2.6 Amortização da Dívida 2.225.819 30,43% 1.630.549 25,72%

9.0 Reserva de Contingência - - - -

PODER LEGISLATIVO 1.054.057 1,73% 940.283 1,73%

1 Despesas Correntes 991.124 94,03% 933.859 99,32%

1.1 Pessoal e Encargos Sociais 869.512 87,73% 821.364 87,95%

1.3 Outras Despesas Correntes 121.612 12,27% 112.495 12,05%

2 Despesas de Capital 62.932 5,97% 6.425 0,68%

2.4 Investimentos 62.932 100,00% 6.425 100,00%

2.5 Inversões Financeiras - - - -

PODER JUDICIÁRIO 3.258.301 5,36% 2.798.341 5,15%

1 Despesas Correntes 2.920.512 89,63% 2.586.867 92,44%

1.1 Pessoal e Encargos Sociais 2.007.217 68,73% 1.861.528 71,96%

1.3 Outras Despesas Correntes 913.295 31,27% 725.339 28,04%

2 Despesas de Capital 337.789 10,37% 211.474 7,56%

2.4 Investimentos 337.789 100,00% 211.474 100,00%

2.5 Inversões Financeiras - - - -

MINISTÉRIO PÚBLICO 879.195 1,45% 792.378 1,46%

1 Despesas Correntes 846.743 96,31% 764.926 96,54%

1.1 Pessoal e Encargos Sociais 630.717 74,49% 594.504 77,72%

1.3 Outras Despesas Correntes 216.025 25,51% 170.422 22,28%

2 Despesas de Capital 32.452 3,69% 27.452 3,46%

2.4 Investimentos 29.745 91,66% 15.785 57,50%

2.5 Inversões Financeiras 2.708 8,34% 11.667 42,50%

TOTAL PODERES 60.831.781 100,00% 54.363.154 100,00%

Fonte:SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias.

TABELA 038 - EXECUÇÃO DA DESPESA POR PODER, CATEG. ECON. E GRUPO DE DESPESA - 2012/2011

DESCRIÇÃOEMPENHADA

Page 58: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

58

A maior participação da despesa sobre o total empenhado coube ao Poder Executivo com

91,47%, correspondentes ao montante de R$ 55.640.228 mil, sendo deste valor, 86,86%

aplicado nas Despesas Correntes. O Ministério Público apresentou a menor participação

(1,45%), com gastos no total de R$ 879.195 mil.

A participação da despesa de capital no total empenhado pelos Poderes resultou em

percentuais diversos, cabendo o maior resultado para o Executivo (13,14%) e ao Ministério

Público o menor (3,697%).

3.1.3.3 COMPARATIVO DAS DESPESAS POR CATEGORIA ECONÔMICA

A despesa empenhada alcançou no exercício de 2012, o montante de R$ 60.831.781 mil. Do total

empenhado pelo Estado, 99,41% foi liquidado. Em termos nominais, verifica-se uma evolução de

11,90% em relação ao ano anterior. Este acréscimo está ligado, principalmente, à variação positiva de

11,11% das Despesas Correntes que elevou em R$ 5.307.474 mil, o resultado alcançado no ano

anterior.

Segue representação gráfica da relação entre as despesas liquidadas e empenhadas, por categoria

econômica, no exercício de 2012:

R$ M il

EMPENHADA LIQUIDADALIQUID X

EMPEMPENHADA LIQUIDADA

LIQUID X

EMP

Despesas Correntes 53.085.008 52.783.230 99,43% 47.777.534 47.567.686 99,56% 11,11%

Despesas de Capital 7.746.772 7.691.605 99,29% 6.585.620 6.538.263 99,28% 17,63%

TOTAL 60.831.781 60.474.835 99,41% 54.363.154 54.105.949 99,53% 11,90%

Fonte:SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias.

TABELA 039 - EXECUÇÃO DAS DESPESAS POR CATEGORIA ECONÔMICA - 2012/2011

DESCRIÇÃO2012 2011 VAR. NOM.

EMPENHADA

2012 X 2011

0

10.000.000

20.000.000

30.000.000

40.000.000

50.000.000

60.000.000

70.000.000

Empenhado Liquidado

2012

7.746.772 7.691.605

53.085.008 52.783.230

Despesa por Categoria Econômica Representação em R$ Mil

DespesasCorrentes

Despesasde Capital

Page 59: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

59

3.1.3.3.1 DESPESAS CORRENTES

Nas Despesas Correntes estão agrupados os vários detalhamentos pertinentes às despesas de

custeio das entidades do setor público e aos custos de manutenção de suas atividades, tais como os

referentes aos vencimentos e encargos com pessoal, juros da dívida, compra de matérias primas e

bens de consumo, serviços de terceiros e outros. O total das Despesas Correntes no exercício de

2012 atingiu o montante de R$ 53.085.008 mil.

A categoria econômica das Despesas Correntes compreende três grupos de natureza de despesa

que, por sua vez, agregam elementos com as mesmas características do objeto de gasto, conforme

relacionados a seguir:

1 – Pessoal e Encargos Sociais;

2 – Juros e Encargos da Dívida;

3 – Outras Despesas Correntes.

Em 2012 as Despesas Correntes apresentaram um acréscimo de 11,11% motivado, principalmente,

pelo incremento de R$ 3.245.581 mil (9,90%) no grupo “Outras Despesas Correntes”.

O gráfico a seguir demonstra a participação percentual de cada um dos grupos na composição das

Despesas Correntes no exercício de 2012:

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Despesas Correntes 53.085.008 100,00% 47.777.534 100,00% 11,11%

Pessoal e Encargos 14.411.017 27,15% 12.513.348 26,19% 15,17%

Juros e Encargos 2.633.461 4,96% 2.469.236 5,17% 6,65%

Outras Despesas Correntes 36.040.530 67,89% 32.794.949 68,64% 9,90%

Fonte:SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias.

TABELA 040 - COMPOSIÇÃO DAS DESPESAS CORRENTES - 2012/2011

DESCRIÇÃOEMPENHADA VAR.

NOM.

Page 60: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

60

3.1.3.3.1.1 PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS

Destacamos, que as despesas classificadas no elemento 319113 - Obrigações Patronais, na

modalidade de aplicação 91, foram excluídas do montante do grupo Pessoal e Encargos Sociais a fim

de evitar a dupla contagem. Este tópico será melhor abordado no item 3.1.4 – Receitas e Despesas

Intra-orçamentária deste relatório.

Demonstrada à metodologia utilizada, observa-se, na tabela a seguir, que no exercício de 2012, o

valor dos gastos com pessoal e encargos sociais atingiu o montante de R$ 14.411.017 mil, que

comparando com o exercício anterior apresentou um crescimento nominal de 15,17%, equivalente a

R$ 1.897.669 mil, por conta de reajustes salariais em todos os Poderes, extensivos aos pensionistas e

inativos.

Pessoal e Encargos

27,15%

Juros e Encargos 4,96%

Outras Despesas Correntes

67,89%

Composição das Despesas Correntes Representação em percentual

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Poder Executivo 10.903.571 75,66% 9.235.952 73,81% 18,06%

Assembleia do Estado 479.250 3,33% 447.224 3,57% 7,16%

Tribunal de Contas do Estado 390.263 2,71% 374.140 2,99% 4,31%

Poder Judiciário 2.007.217 13,93% 1.861.528 14,88% 7,83%

Ministério Público Estadual 630.717 4,38% 594.504 4,75% 6,09%

TOTAL 14.411.017 100,00% 12.513.348 100,00% 15,17%

Fonte:SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias.

TABELA 041 - DESPESA DE PESSOAL - POR PODER - 2012/2011

DESCRIÇÃOEMPENHADA VAR.

NOM.

Page 61: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

61

No Poder Executivo, o incremento foi de 18,06% (R$ 1.667.618 mil), principalmente por conta dos

reajustes concedidos nas áreas de Segurança Pública e Educação. Na Segurança Pública o aumento

foi de 31,02% (R$ 913.308 mil), com destaque para as gratificações do regime especial do trabalhador

policial militar e gratificação de tempo de serviço, enquanto que na Educação o aumento foi de 16,35%

(R$ 449.118 mil), sobretudo nos vencimentos do pessoal estatutário.

3.1.3.3.1.2 JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA

Neste grupo estão registradas as despesas com juros, comissões e outros encargos de operações de

crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária.

As despesas com Juros e Encargos da Dívida registraram o montante de R$ 2.633.461 mil no

exercício de 2012 representando uma variação nominal de 6,65% (R$ 164.225 mil) em comparação

com o ano anterior.

Para uma análise apurada do comprometimento do Estado do Rio de Janeiro no que se refere ao

serviço da dívida, é prudente acrescentar as obrigações relativas às despesas com amortização da

dívida estadual, no montante de R$ 2.229.725 mil, classificadas em Despesas de Capital nas contas

do grupo 3.4.6.9.0.71.00 - Principal da Dívida Contratual Resgatado.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Juros sobre a Dívida por Contrato 2.589.040 98,31% 2.464.974 99,83% 5,03%

Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato 44.421 1,69% 4.262 0,17% 942,19%

TOTAL 2.633.461 100,00% 2.469.236 100,00% 6,65%

Fonte:SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias.

TABELA 042 - JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA - 2012/2011

DESCRIÇÃOEMPENHADA VAR.

NOM.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Juros e Encargos da Dívida 2.633.461 54,19% 2.469.236 60,23% 6,65%

Amortização 2.225.819 45,81% 1.630.549 39,77% 36,51%

TOTAL 4.859.280 100,00% 4.099.786 100,00% 18,53%

Fonte:SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias.

TABELA 043 - SERVIÇO DA DÍVIDA - 2012/2011

DESCRIÇÃOEMPENHADA VAR.

NOM.

Page 62: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

62

Nesta análise, apura-se que o Estado do Rio de Janeiro empenhou no exercício de 2012 o montante

de R$ 4.859.280 mil com o serviço da dívida, e apresentou uma variação nominal de 18,53% em

comparação com o ano anterior. Esta variação está atrelada ao comportamento da receita do Estado,

já que o dispêndio anual máximo com as amortizações, juros e demais encargos de todas as

operações de crédito, já contratadas e a contratar, inclusive o originário de débitos renegociados ou

parcelados, acrescido, ainda, do valor devido, vencido e não pago, não poderá exceder a 13% (treze

por cento) da Receita Líquida Real, conforme estabelecido no artigo 6º, inciso II da Resolução do

Senado Federal nº 78, de 1º de julho de 1988.

O gráfico a seguir, apresenta o montante despendido pelo Estado para honrar seus compromissos

com o serviço financeiro da dívida nos exercícios de 2011 e 2012.

3.1.3.3.1.3 OUTRAS DESPESAS CORRENTES

No que tange às outras despesas correntes, o Estado do Rio de Janeiro empenhou no exercício de

2012, o montante de R$ 36.040.530 mil, excedendo em 9,90% (R$ 3.245.581 mil) o resultado do ano

anterior.

Neste grupo, as despesas com Aposentadorias, Reformas e Pensões foram as que apresentaram o

maior aumento (13,14%), o que em termos monetários representa R$ 1.191.750 mil, impactando

diretamente o resultado.

-

1.000.000

2.000.000

3.000.000

4.000.000

5.000.000

2012 2011

2.225.819 1.630.549

2.633.461

2.469.236

Serviço da Dívida Representação em R$ Mil

AMORTIZAÇÕES JUROS E ENCARGOS

Page 63: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

63

O gráfico a seguir demonstra a participação percentual de cada um dos grupos na composição das

Outras Despesas Correntes no exercício de 2012:

Para uma análise mais qualificada desta categoria de despesa, verificamos a necessidade de separá-

la em três subgrupos devido às características totalmente distintas dos elementos que a compõem. No

primeiro, estão as despesas com transferências, cujas dotações não correspondem à contraprestação

de bens ou serviços destinados a outros entes de direito público ou privado. Em segundo, as

despesas referentes às aposentadorias e pensões pagas pelo RIOPREVIDÊNCIA, e por fim as

despesas de custeio, que são aquelas associadas à manutenção e às atividades finalísticas do

Estado.

Despesas com Transferências

As Despesas com Transferências atingiram no exercício de 2012 o montante de R$ 14.948.245 mil,

representando 41,48% do total do grupo "Outras Despesas Correntes". Em termos nominais,

apresentaram uma variação de 7,19%, superando em R$ 1.003.034 mil ao empenhado no exercício

anterior.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Transferências 14.948.245 41,48% 13.945.211 42,52% 7,19%

Aposentadorias, Reformas e Pensões 10.260.237 28,47% 9.068.487 27,65% 13,14%

Despesas de Custeio 10.832.048 30,06% 9.781.251 29,83% 10,74%

TOTAL 36.040.530 100,00% 32.794.949 100,00% 9,90%

Fonte:SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias.

TABELA 044 - OUTRAS DESPESAS CORRENTES - 2012/2011

DESCRIÇÃOEMPENHADA VAR.

NOM.

Transferências 41,48%

Aposentadorias, Reformas e

Pensões 28,47%

Despesas de Custeio 30,06%

Outras Despesas Correntes Representação em percentual

Page 64: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

64

De acordo com a tabela anterior, as despesas com "Transferências à Municípios" registraram, uma

participação correspondente a 58,84% (R$ 8.795.508 mil) no total do Grupo das Transferências.

Destes, 95,82% (R$ 8.427.970 mil) referem-se à Distribuição Constitucional ou Legal de Receitas.

As despesas com “Transferências à Instituições Multigovernamentais”, que aparecem como a segunda

maior participação percentual, 31,65% (R$ 4.730.890 mil) do total do grupo Transferências,

aumentaram em 8,33% (R$ 363.938 mil), se comparadas com o exercício anterior, e correspondem às

Contribuições para o FUNDEB, que será comentada em item próprio deste relatório.

Aposentadoria, Reformas e Pensões

As despesas com Aposentadoria, Reformas e Pensões, atingiram no exercício de 2012, o montante de

R$ 10.260.237 mil, e apresentaram um acréscimo de 13,14% em relação ao ano anterior, conforme

demonstrado na tabela a seguir.

Estas despesas estão concentradas em sua maioria no Rioprevidência, responsável pelo pagamento

dos proventos de aposentadorias, reformas, pensões e outros benefícios concedidos aos servidores

estatutários e seus beneficiários de todos os poderes do Estado do Rio de Janeiro.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Transferências à Municípios 8.795.508 58,84% 8.046.728 57,70% 9,31%

Distrib Constitucional ou Legal de Receitas 8.427.970 95,82% 7.675.720 95,39% 9,80%

Contribuições 294.872 3,35% 289.175 3,59% 1,97%

Despesas de Exercícios Anteriores 72.665 0,83% 81.832 1,02% -11,20%

Transferências à União 1.388.014 9,29% 1.509.729 10,83% -8,06%

Indenizações e Restituições 1.388.014 100,00% 1.509.729 100,00% -8,06%

Transferências à Instit Multigovernamentais 4.730.890 31,65% 4.366.951 31,32% 8,33%

Contribuições p/ FUNDEB 4.730.890 100,00% 4.366.951 100,00% 8,33%

Demais Transferências 33.834 0,23% 21.803 0,16% 55,18%

TOTAL 14.948.245 100,00% 13.945.211 100,00% 7,19%

Fonte:SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias.

TABELA 045 - DESPESAS COM TRANSFERÊNCIAS - 2012/2011

DESCRIÇÃOEMPENHADA VAR.

NOM.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Aposentadorias e Reformas 7.814.115 76,16% 6.948.047 76,62% 12,46%

Pensões 2.446.121 23,84% 2.120.440 23,38% 15,36%

TOTAL 10.260.237 100,00% 9.068.487 100,00% 13,14%

Fonte: SIAFEM -RJSIG

TABELA 046 - DESPESAS COM APOSENTADORIAS, REFORMAS E PENSÕES - 2012/2011

DESCRIÇÃOEMPENHADA VAR.

NOM.

Page 65: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

65

Despesas de Custeio

As Despesas de Custeio totalizaram o montante de R$ 10.832.048 mil, e corresponderam a 30,06%

do grupo das Outras Despesas Correntes. Em relação ao ano anterior, apresentou um crescimento na

ordem de R$ 1.050.797 mil (10,74%), conforme demonstrado na tabela a seguir:

Os principais fatores que contribuíram para o aumento verificado nas despesas com custeio foram a

elevação dos gastos referente a “Outros Serviços de Terceiros – PJ”, no valor de R$ 963.148 mil

(15,71%). Os maiores aumentos ocorreram na Função Saúde (+R$ 497.992 mil), com destaque para

os programas “assistência hospitalar e ambulatoriais nas unidades próprias de saúde” e “gestão e

fortalecimento da atenção à saúde”, e na Função Segurança Pública (+R$ 180.111 mil), através,

principalmente, dos programas “Gestão da Segurança Pública” e “Modernização dos Serviços

Operacionais do DETRAN”.

Cabe destacar o acréscimo de 697,87% (R$ 251.386 mil) nas despesas com “Outros Auxílios

Financeiros a Pessoas Físicas”. Este aumento esta relacionado à execução do Programa Renda

Melhor, não contemplado no exercício anterior. Este programa é parte integrante do Plano de

Erradicação da Pobreza Extrema no Rio de Janeiro e tem como objetivo assistir com benefício

financeiro as famílias que são integrantes do Programa Bolsa Família, do Governo Federal.

3.1.3.3.2 DESPESAS DE CAPITAL

Classificam-se nessa categoria aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou

aquisição de um bem de capital. Compreendem as contas desdobradas em Transferências e

Aplicações Diretas, de Despesas de Investimentos, Inversões Financeiras, Amortizações das Dividas

Interna e Externa. As Despesas de Capital atingiram no exercício de 2012, o montante de R$

7.746.772 mil, apresentando um acréscimo de 17,63% (R$ 1.161.153 mil) em relação ao ano anterior,

motivado pelo aumento nas despesas com Investimentos e Amortizações.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Outros Serviços de Terceiros - PJ 7.094.833 65,50% 6.131.685 62,69% 15,71%

Contribuições 717.274 6,62% 664.882 6,80% 7,88%

Obrigações Tributárias e Contributivas 469.786 4,34% 472.664 4,83% -0,61%

Outros Auxílios Financeiros a Pessoas Físicas 287.408 2,65% 36.022 0,37% 697,87%

Indenizações e Restituíções 88.558 0,82% 474.425 4,85% -81,33%

Material de Consumo 872.155 8,05% 799.636 8,18% 9,07%

Sentenças Judiciais 78.946 0,73% 110.589 1,13% -28,61%

Despesas Exer. Anter 186.872 1,73% 133.530 1,37% 39,95%

Outras 1.036.217 9,57% 957.818 9,79% 8,19%

TOTAL 10.832.048 100,00% 9.781.251 100,00% 10,74%

Fonte:SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias.

TABELA 047 - DESPESAS DE CUSTEIO - 2012/2011

DESCRIÇÃOEMPENHADA VAR.

NOM.

Page 66: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

66

O gráfico a seguir demonstra a participação percentual de cada um dos grupos na composição das

Despesas de Capital no exercício de 2012:

3.1.3.3.2.1 INVESTIMENTOS

Os Investimentos correspondem às dotações para planejamento e execução de obras e suas

derivações, inclusive aquelas destinadas à aquisição de imóveis, instalações, equipamentos e material

permanentes. Dessa forma o investimento público é fundamental para o crescimento sustentado da

economia. Sem a infra-estrutura e a prestação de serviços públicos adequados, o Estado perde a

competitividade na atração de novos investimentos privados, que são importantes geradores de renda

e emprego para a população.

As Despesas de Investimentos atingiram no exercício de 2012, o montante de R$ 5.313.867 mil, e

apresentou um acréscimo de 12,70% (R$ 598.850 mil) em relação ao ano anterior, conforme

demonstrado na tabela a seguir:

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Despesas de Capital 7.746.772 100,00% 6.585.620 100,00% 17,63%

Investimentos 5.313.867 68,59% 4.715.017 71,60% 12,70%

Inversões Financeiras 207.086 2,67% 240.053 3,65% -13,73%

Amortizações 2.225.819 28,73% 1.630.549 24,76% 36,51%

Fonte:SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias.

TABELA 048 - COMPOSIÇÃO DAS DESPESAS DE CAPITAL - 2012/2011

DESCRIÇÃOEMPENHADA VAR.

NOM.

Investimentos 68,59%

Inversões Financeiras

2,67%

Amortizações 28,73%

Composição das Despesas de Capital Representação em percentual

Page 67: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

67

No Exercício de 2012, os maiores investimentos estão relacionados aos gastos com Obras e

Instalações que consumiram 71,21% do total. Destes recursos, 30,26% (R$ 1.144.775 mil) foram

aplicados na Função Urbanismo, principalmente com os programas “Somando Forças” e “Rio

Metrópole”; 23,42% (R$ 886.031 mil) foram destinados à Função Transporte com destaque para o

programa “Expansão e Consolidação das Linhas de Metrô”, e 12,58% (R$ 476.031 mil) à Função

Desporto e Lazer, sobretudo, no programa “Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas de 2016”.

Cabe destacar os gastos com Equipamentos e Material Permanente que participaram com 12,12%

(R$ 644.132 mil) das despesas com Investimentos. Deste montante, foram realizados R$ 256.602 mil

através do “Programa Estadual de Transporte – PET” e R$ 94.314 mil no programa “Gestão da

Segurança Pública”.

3.1.3.3.2.2 INVERSÕES FINANCEIRAS

As Inversões Financeiras correspondem às dotações destinadas à aquisição de imóveis ou bens de

capital já em utilização; à aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de

qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e à constituição

ou aumento do capital de empresas.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Obras e Instalações 3.783.752 71,21% 3.019.126 64,03% 25,33%

Equipamentos e Material Permanente 644.132 12,12% 521.922 11,07% 23,42%

Indenizações e Restituições 157.998 2,97% 69.239 1,47% 128,19%

Auxílios e Contribuições 114.616 2,16% 249.319 5,29% -54,03%

Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 173.714 3,27% 499.801 10,60% -65,24%

Despesas de Exercícios Anteriores 281.703 5,30% 140.140 2,97% 101,01%

Serviços de Consultorias 53.365 1,00% 46.002 0,98% 16,01%

Sentenças Judiciais 1.724 0,03% 6.041 0,13% -71,47%

Demais Investimentos 102.864 1,94% 163.427 3,47% -37,06%

TOTAL 5.313.867 100,00% 4.715.017 100,00% 12,70%

Fonte:SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias.

TABELA 049 - DESPESAS DE INVESTIMENTOS - 2012/2011

DESCRIÇÃOEMPENHADA VAR.

NOM.

Page 68: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

68

As Inversões Financeiras totalizaram o montante de R$ 207.086 mil, apresentando uma queda de

13,73%, (R$ 32.967 mil), em relação ao ano anterior, consequência do decréscimo de 60,37% (R$

55.726 mil) ocorrido nas despesas com Concessões de Empréstimos e Financiamentos a Empresas,

em decorrência do aporte de recursos feito em 2011 para o aumento de capital social da Agência de

Fomento do Estado do Rio de Janeiro – AgeRio (R$ 68.666 mil).

3.1.3.3.2.3 AMORTIZAÇÕES DA DÍVIDA

Neste grupo estão incluídas as despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da

atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária. No

exercício de 2012, as despesas com amortização da dívida pública estadual registraram o montante

de R$ 2.225.819 mil, representando um aumento de 36,51% em relação ao ano anterior, conforme

demonstrado na tabela a seguir:

Conforme já mencionado no item 3.1.3.3.1.2 - Juros e Encargos da Dívida, para a comparação, entre

períodos, dos valores executados relativos a juros e amortizações devem-se somar ambas as

despesas em razão do perfil da dívida estadual, que torna a análise individual destas despesas

inconsistente. A evolução está diretamente correlacionada à receita do Estado, em função da dívida

do Estado com a União, regida pela Lei nº 9.496, de 11 de setembro de 1997, combinado com a

Resolução do Senado Federal nº 78/1988 que fixa um teto de 13% da Receita Líquida Real para

pagamentos com serviço desta dívida.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Auxilios e Contribuições - - 80 0,03% -100,00%

Aquisição de Bens Móveis e Imóveis 147.750 71,35% 101.773 42,40% 45,18%

Aquisição de Produtos Para Revenda 22.713 10,97% 45.881 19,11% -50,50%

Constituição ou Aumento de Capital de Empresa 47 0,02% 17 0,01% 169,67%

Concessão de Empréstimos e Financiamentos 36.577 17,66% 92.302 38,45% -60,37%

TOTAL 207.086 100,00% 240.053 100,00% -13,73%

Fonte:SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias.

TABELA 050 - DESPESAS DE INVERSÕES FINANCEIRAS - 2012/2011

DESCRIÇÃOEMPENHADA VAR.

NOM.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Principal da Dívida Contratual Resgatado 2.225.819 100,00% 1.630.549 100,00% 36,51%

TOTAL 2.225.819 100,00% 1.630.549 100,00% 36,51%

Fonte:SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias.

TABELA 051 - DESPESA DE AMORTIZAÇÕES DA DÍVIDA - 2012/2011

DESCRIÇÃOEMPENHADA VAR.

NOM.

Page 69: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

69

3.1.4 RECEITAS E DESPESAS INTRAORÇAMENTÁRIAS

São consideradas como intra-orçamentárias, as operações que resultem de despesas de órgãos,

fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes dos

orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes da aquisição de materiais, bens e serviços,

pagamento de impostos, taxas e contribuições, quando o recebedor dos recursos também for órgão,

fundo, autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou outra entidade constante desses

orçamentos, no âmbito da mesma esfera de governo.

As receitas intra-orçamentárias constituem contrapartida das despesas realizadas na Modalidade de

Aplicação “91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades

Integrantes dos Orçamentos Fiscais e da Seguridade Social”, incluídas na Portaria Interministerial

STN/SOF n° 163/2001, pela Portaria Interministerial STN/SOF nº 688, de 14 de outubro de 2005.

Desta forma, na consolidação das contas públicas, estas despesas e receitas poderão ser

identificadas, de modo que se anulem os efeitos das duplas contagens decorrentes de sua inclusão no

orçamento.

Cabe ainda mencionar, que as classificações intra-orçamentárias não constituem novas categorias

econômicas. Essas têm as mesmas funções da receita e despesa original, diferenciando-se apenas

pelo fato de destinarem-se ao registro de operações entre órgãos/entidades pertencentes ao mesmo

orçamento. Por isso, não há necessidade de atualização dos códigos das naturezas de receita e

despesa intra-orçamentárias.

Para o exercício de 2012, a Lei n.º 6.125/2011 – LOA estabeleceu no parágrafo único do art. 2º o valor

de R$ 2.742.794 mil para a receita intra-orçamentária, cabendo o mesmo valor para a despesa intra-

orçamentária, conforme parágrafo 2º do art. 4º da mesma Lei.

3.1.4.1 RECEITAS INTRAORÇAMENTÁRIAS

A realização das receitas intra-orçamentárias, no exercício de 2012, alcançou o montante de R$

3.015.749 mil, e apresentaram um acréscimo de R$ 964.461 mil (47,02%), em relação ao ano anterior,

conforme demonstrado na tabela a seguir:

Page 70: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

70

As receitas Intra-orçamentárias Correntes representaram 90,76% (R$ 2.737.013 mil) da arrecadação

total desta categoria, e apresentaram uma variação de 39,61% (R$ 776.517 mil) em relação ao ano

anterior. Esta variação foi motivada, principalmente, pelo aumento de R$ 442.757 mil (27,81%) nas

receitas intra-orçamentárias de contribuição, consequência do aumento ocorrido nas contribuições

patronais dos servidores ativos civis.

As receitas Intra-orçamentárias Tributárias, de Serviços e as Outras Receitas Correntes, embora com

uma participação pouco significativa no total, apresentaram variações nominais expressivas, com

destaque para as “Outras Receitas Correntes” que apresentaram um aumento de R$ 445.433 mil,

ocasionado pelo acréscimo nas receitas intra-orçamentárias de restituições. A variação positiva

(171,35%) das receitas tributárias provém do aumento na arrecadação das “taxas de serviços de

trânsito” no Detran, e das receitas de serviços (467,28%), principalmente, do aumento da receita de

serviços hospitalares da Fundação Estatal dos Hospitais de Urgência e Emergência.

As receitas Intra-orçamentárias de Capital apresentaram um acréscimo de 207,01% em relação ao

ano anterior, que equivale a um aumento de R$ 187.945 mil. Este aumento é reflexo, principalmente,

do ingresso da receita de transferências de Convênio com o DETRAN no valor de R$ 232.455 mil.

3.1.4.2 DESPESAS INTRAORÇAMENTÁRIAS

As despesas intra-orçamentárias inicialmente fixadas na LOA/2012 tiveram seus valores elevados

para R$ 3.011.854 mil através da abertura de créditos adicionais. Em relação à dotação total

autorizada, foram empenhados R$ 2.987.466 mil, em 2012, representando um incremento de R$

797.570 mil (36,42%), ao empenhado no ano anterior. Este aumento é reflexo dos acréscimos

apresentados nos grupos de despesas “Pessoal e Encargos Sociais” e em “Outras Despesas

Correntes” conforme demonstrado na tabela a seguir:

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

RECEITAS INTRA-ORÇAMENTÁRIAS CORRENTES 2.737.013 90,76% 1.960.497 95,57% 39,61%

Rec. Intra-orçamentária Tributária 102 0,00% 38 0,00% 171,35%

Rec. Intra-orçamentária de Contribuição 2.034.671 74,34% 1.591.914 81,20% 27,81%

Rec. Intra-orçamentária Patrimonial 3.607 0,13% 10.943 0,56% -67,04%

Rec. Intra-orçamentária de Serviços 40.251 1,47% 7.095 0,36% 467,28%

Rec. Intra-orçamentária de Transf. Correntes 197.442 7,21% 335.000 17,09% -41,06%

Outras Rec. Intra-orçamentárias Correntes 460.940 16,84% 15.507 0,79% 2872,51%

RECEITAS INTRA-ORÇAMENTÁRIAS DE CAPITAL 278.735 9,24% 90.790 4,43% 207,01%

Rec. Intra-orçamentárias de Transf. de Capital 278.735 100,00% 90.790 100,00% 207,01%

TOTAL 3.015.749 100,00% 2.051.287 100,00% 47,02%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 052 - RECEITAS INTRA-ORÇAMENTÁRIAS - 2012/2011

DESCRIÇÃOARRECADADA VAR.

NOM.

Page 71: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

71

As despesas correntes representaram a maior participação (90,20%) no total das despesas intra-

orçamentárias, destacando-se as com Pessoal e Encargos Sociais que participaram com 74,77% (R$

2.014.764 mil), do total das despesas empenhadas neste grupo, apresentando uma variação nominal

de 15,06% em relação ao ano anterior, motivada principalmente pelo acréscimo nas despesas com

obrigações patronais, no valor de R$ 185.170 mil, referente a “Contribuições Patronais - Pessoal Civil”.

Cabe ainda destacar, no grupo de despesa Pessoal e Encargos Sociais, a variação expressiva de

475,62% das despesas de exercícios anteriores, relacionada às despesas com obrigações de

encargos patronais na Função Judiciária.

O grupo “Outras Despesas Correntes”, apesar de representar apenas 25,23% do total das despesas

intra-orçamentárias, apresentou um incremento de R$ 240.965 mil (54,91%), em relação ao ano

anterior, influenciando no resultado final aumentativo das despesas intra-orçamentárias em relação ao

ano anterior. Este acréscimo é consequência das despesas de indenizações e restituições, referentes

a ressarcimento, realizadas pelo Fundo Único de Previdência do ERJ no valor de R$ 102.739 mil e

pelo incremento de R$ 83.448 mil realizados em despesas com outros serviços de terceiros de

pessoas jurídicas, principalmente com recursos empregados nos convênios pactuados entre as

Secretarias de Estado de Segurança Pública – SESEG e de Administração Penitenciaria – SEAP, com

o Departamento de Transito do ERJ – DETRAN/RJ.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

DESPESAS INTRA-ORÇAMENTÁRIAS CORRENTES 2.694.579 90,20% 2.189.896 100,00% 23,05%

Pessoal e Encargos Sociais 2.014.764 74,77% 1.751.046 64,98% 15,06%

Obrigações Patronais 1.978.728 98,21% 1.731.945 85,96% 14,25%

Despesas de Exercícios Anteriores 14.547 0,72% 2.527 0,13% 475,62%

Ressarcimento Despesas de Pessoal Requisitado 21.488 1,07% 16.574 0,82% 29,65%

Outras Despesas Correntes 679.815 25,23% 438.850 20,04% 54,91%

Outras Despesas Variáveis - Pessoal Militar 55.329 8,14% - - -

Outros Serviços de Terceiros - PJ 517.646 76,15% 434.199 98,94% 19,22%

Despesas de Exercícios Anteriores 3.633 0,53% 4.652 1,06% -21,89%

Indenizações e Restituições 103.206 15,18% - - -

DESPESAS INTRA-ORÇAMENTÁRIAS DE CAPITAL 292.887 9,80% - - -

Investimentos 292.887 100,00% - - -

Indenizações e Restituições 292.887 100,00% - - -

TOTAL 2.987.466 100,00% 2.189.896 100,00% 36,42%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 053 - DESPESAS INTRA-ORÇAMENTÁRIAS - 2012/2011

DESCRIÇÃOEMPENHADA VAR.

NOM.

Page 72: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

72

3.1.5 RESULTADO ORÇAMENTÁRIO

O bom desempenho da atividade arrecadatória do Estado, comparativamente a 2011, não foi

suficiente para assegurar um resultado orçamentário positivo. Cabendo ressaltar que o aumento da

Despesa total em 11,90%, foi determinante para a consolidação de um resultado deficitário (-R$

257.064 mil) no ano. O fator que mais influenciou, foi o comportamento da Despesa Corrente nos itens

“Pessoal e Encargos Sociais” e “Outras Despesas Correntes”, com variação expressiva de 15,17% e

9,90% respectivamente, efeito das politicas de concessão de reajustes salariais para diversas

categorias, abarcando inclusive aposentados e pensionistas.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART. 2010 PART. 2009 PART.

Receita Corrente 55.059.670 90,90% 52.464.140 94,70% 46.563.869 95,41% 39.100.494 96,33% 4,95%

Tributária 35.141.715 100,00% 32.555.745 100,00% 29.086.555 100,00% 24.884.732 100,00% 7,94%

Contribuições 1.312.757 3,74% 1.176.529 3,61% 1.040.247 3,58% 905.214 3,64% 11,58%

Patrimonial 9.660.785 27,49% 10.004.281 30,73% 8.609.317 29,60% 6.778.109 27,24% -3,43%

Agropecuária 137 0,00% 138 0,00% 163 0,00% 174 0,00% -0,51%

Industrial 30.385 0,09% 1.609 0,00% 214 0,00% 4.428 0,02% 1788,39%

Serviços 362.794 1,03% 342.248 1,05% 344.213 1,18% 313.421 1,26% 6,00%

Transf. Correntes 5.731.963 16,31% 5.743.360 17,64% 5.121.300 17,61% 4.598.379 18,48% -0,20%

Outras Rec. Correntes 2.819.134 8,02% 2.640.230 8,11% 2.361.858 8,12% 1.616.037 6,49% 6,78%

Receita de Capital 5.515.046 9,10% 2.938.663 5,30% 2.242.202 4,59% 1.490.599 3,67% 87,67%

Operações de Crédito 4.755.173 100,00% 1.271.501 100,00% 1.295.237 100,00% 274.809 100,00% 273,98%

Alienações de Bens 23.108 0,49% 534.777 42,06% 45.992 3,55% 448.091 163,06% -95,68%

Amort. de Empréstimos 213.450 4,49% 180.564 14,20% 148.826 11,49% 140.813 51,24% 18,21%

Transf. Capital 523.125 11,00% 951.766 74,85% 741.949 57,28% 626.689 228,05% -45,04%

Outras Rec Capital 190 0,00% 54 0,00% 10.199 0,79% 198 0,07% 248,39%

RECEITA GERAL 60.574.717 100,00% 55.402.804 100,00% 48.806.071 100,00% 40.591.094 100,00% 9,34%

TABELA 054 - RESULTADO ORÇAMENTÁRIO POR CATEGORIA E SUBCATEGORIA ECONÔMICA - 2012/2009

DESCRIÇÃOARRECADADA 2012/2011

VAR. NOM.

2012 PART. 2011 PART. 2010 PART. 2009 PART.

Despesas Correntes 53.085.008 87,27% 47.777.534 87,89% 42.509.580 86,70% 37.292.929 90,12% 11,11%

Pessoal e Encargos Sociais 14.411.017 100,00% 12.513.348 100,00% 11.397.132 100,00% 9.751.023 100,00% 15,17%

Juros e Enc. da Dívida 2.633.461 18,27% 2.469.236 19,73% 2.334.211 20,48% 2.293.140 23,52% 6,65%

Outras Desp. Correntes 36.040.530 250,09% 32.794.949 262,08% 28.778.237 252,50% 25.248.766 258,93% 9,90%

Despesa de Capital 7.746.772 12,73% 6.585.620 12,11% 6.518.690 13,30% 4.089.841 9,88% 17,63%

Investimentos 5.313.867 100,00% 4.715.017 100,00% 5.165.741 100,00% 2.736.537 100,00% 12,70%

Inversões Financeiras 207.086 3,90% 240.053 5,09% 125.180 2,42% 130.351 4,76% -13,73%

Amortização da Dívida 2.225.819 41,89% 1.630.549 34,58% 1.227.768 23,77% 1.222.952 44,69% 36,51%

Reserva de Contingência - - - - - - - - 0,00%

DESPESA TOTAL 60.831.781 100,00% 54.363.154 100,00% 49.028.269 100,00% 41.382.770 100,00% 11,90%

Resultado Corrente 1.974.662 - 4.686.606 - 4.054.289 - 1.807.565 - -57,87%

Resultado de Capital (2.231.726) - (3.646.957) - (4.276.488) - (2.599.242) - -38,81%

Resultado Orçamentário (257.064) - 1.039.650 - (222.199) - (791.676) - -124,73%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

Obs.: Este demonstrativo não considera as receitas e despesas intra-orçamentarias.

DESCRIÇÃOEMPENHADA 2012/2011

VAR. NOM.

Page 73: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

73

O gráfico, a seguir, ilustra a trajetória dos resultados orçamentários nos exercícios de 2009 a 2012:

3.1.5.1 RESULTADO ORÇAMENTÁRIO POR CATEGORIA ECONÔMICA

O Resultado Corrente alcançado no exercício de 2012, embora tenha apresentado uma variação

negativa de 57,87% em relação ao alcançado no ano passado, manteve-se superavitário em R$

1.974.662 mil. O desempenho das receitas correntes está atrelado, principalmente, as “Receitas

Tributárias” que corresponderam a 63,82% do total desta categoria econômica, alavancadas pelo

ICMS arrecadado nas atividades de petróleo, combustíveis e gás natural.

No caso das Despesas Correntes, destacam-se as “Outras Despesas Correntes” que representam a

maior parte dos gastos neste grupo com 67,89% de participação, obtendo uma variação de 9,90% em

relação ao ano anterior. Essas despesas referem-se às despesas com transferências, aposentadorias,

reformas e pensões, além das despesas de custeio. Em seguida aparecem as despesas com “Pessoal

e Encargos Sociais”, que participou com 27,15% do total das despesas correntes, apresentando um

crescimento de 15,17% (R$ 1.897.669 mil) em seus dispêndios, por conta de reajustes nos

Vencimentos de Pessoal Estatutários na área de Educação e nas Gratificações de Tempo de Serviço

e Regime Especial de Pessoal Militar.

Por outro lado, o desempenho significativo das receitas de capital ocorridas em 2012, sobretudo com

operações de crédito, que captaram aos cofres públicos R$ 4.755.173 mil, não foram suficientes para

cobrir o Déficit de Capital, face aos vultosos investimentos realizados pelo Estado para atender

diversos programas tais como: “Expansão e Consolidação das Linhas de Metrô”, “Somando Forças”,

-1.200.000

-800.000

-400.000

0

400.000

800.000

1.200.000

2009/Dez 2010/Dez 2011/Dez 2012/Dez

Série2 -791.676 -222.199 1.039.650 -257.064

-791.676

-222.199

1.039.650

-257.064

Resultado Orçamentário 2009/2012 Representação em R$ Mil

Page 74: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

74

“Rio Metrópole”, entre outros, que juntos dispenderam um total R$ 5.313.867 mil no grupo de despesa

“Investimentos”, em face ao desenvolvimento urbano e regional do Estado, além da realização de

grandes eventos, como a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e Olimpíadas de 2016.

Contribuíram ainda para o Déficit de Capital as amortizações da dívida que atingiram a cifra de R$

2.225.819 mil em 2012. Neste grupo estão incluídas as despesas com o pagamento e/ou

refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e

externa, contratual ou mobiliária.

A análise do resultado orçamentário, distinguindo-se as receitas e despesas correntes e de capital,

permite avaliar a capacidade do Estado de financiar seus gastos por meio de receitas correntes.

Desta forma conclui-se que, o total das Receitas Correntes arrecadadas (R$ 55.059.670 mil), foi

suficiente para cobrir a elevação dos gastos com Despesas Correntes, que totalizaram o montante de

R$ 53.085.008 mil em 2012, no entanto, este resultado, mostrou-se insuficiente para cobrir o déficit de

R$ 2.231.726 mil apresentado no Resultado de Capital.

3.2 ORÇAMENTO DE INVESTIMENTOS

Os investimentos nas empresas em que o Estado, direta ou indiretamente, detém a maioria do capital

social com direito a voto, são descritos no Orçamento de Investimento, conforme previsto no art. 209,

§ 5º, II da Constituição Estadual.

A Lei Nº 6.125, de 28 de Dezembro de 2011 - Lei Orçamentária Anual 2012, em seu Capítulo III, art.

9º, fixou a despesa do Orçamento de Investimento em R$ 79.169.019,00 (setenta e nove milhões,

cento e sessenta e nove mil, e dezenove reais), e o art. 10, da mesma Lei, dispõe que as fontes de

receitas para a cobertura da despesa, decorrerão da geração de recursos próprios e de Operações de

Crédito.

O Orçamento de Investimento referente ao exercício de 2012, com as dotações aprovadas para as 02

(duas) empresas estatais independentes –– Companhia Estadual de Águas e Esgotos – CEDAE e

Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro – IO –– está detalhado na LOA, com as fontes de

financiamento dos investimentos, bem como com a especificação dos Programas de Trabalho. A

tabela a seguir demonstra as fontes de receitas estimadas e as despesas fixadas para o Orçamento

de Investimento, com base nos respectivos Anexos da LOA 2012:

Page 75: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

75

Para a execução das ações integrantes do Orçamento de Investimentos foram indicadas em anexos

na LOA 2012 fontes de financiamento decorrentes, integralmente, da geração de recursos próprios,

perfazendo o montante de R$ 79.169 mil. Desse valor, R$ 67.855 mil (85,71%) coube à CEDAE e R$

11.314 mil (14,29%) à Imprensa Oficial.

3.2.1 ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS DAS EMPRESAS ESTATAIS

O resultado das alterações orçamentárias ocorridas no exercício de 2012, resumidas na tabela a

seguir, fizeram com que a despesa inicialmente fixada pela LOA aumentasse em R$ 11.786 mil,

correspondendo a um acréscimo de 14,89%. Este acréscimo está atrelado ao resultado das alterações

orçamentárias ocorridas na Imprensa Oficial – IO, que entre créditos adicionais e

anulações/cancelamentos de dotações elevou o total das despesas autorizadas para R$ 90.955 mil.

Em M il

CEDAE IO TOTAL

6.0.0.0.00.00 67.855 11.314 79.169

6.1.0.0.00.00 67.855 11.314 79.169

6.2.0.0.00.00 - - -

6.3.0.0.00.00 - - -

6.4.0.0.00.00 - - -

TOTAL DOS RECURSOS 67.855 11.314 79.169

VALOR

0002 Programa de Gestão Administrativa 7.323

0021 Abastecimento de Água e Esgoto Sanitário no Interior 10.597

0022 Gestão Corporativa 17.437

0167 Abastecimento de Água e Esgoto Sanitário da Região Metropolitana do RJ 32.297

0285 Copa do Mundo 2014 e Jogos Olímpicos e Paraolímpicos 200

67.855

VALOR

0002 Programa de Gestão Administrativa 1.447

0065 Divulgação de Atos e Fatos Oficiais e Particulares 9.868

11.314

79.169

TOTAL

TOTAL GERAL

Programa

Programa

ESPECIFICAÇÃO

TOTAL

2. Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro - IO

ESPECIFICAÇÃO

Recursos para Aumento do Patrimônio Líquido

Operações de Crédito de Longo Prazo

Outros Recursos de Longo Prazo

DESPESA FIXADA POR PROGRAMA

1. Companhia Estadual de Águas e Esgotos - CEDAE

TABELA 055 - ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO (Lei nº 6.125, de 28 de Dezembro de 2011)

Estado do Rio de Janeiro - 2012

FONTES DE FINANCIAMENTO

ESPECIFICAÇÃO

Recursos de Capital

Recursos Próprios

Page 76: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

76

3.2.2 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E

ESGOTOS - CEDAE

Constituída oficialmente em 1º de agosto de 1975, apesar do Decreto-Lei N° 39, de 24 de março de

1975, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (CEDAE) é oriunda da fusão da Empresa de Águas

do Estado da Guanabara (CEDAG), da Empresa de Saneamento da Guanabara (ESAG) e da

Companhia de Saneamento do Estado do Rio de Janeiro (SANERJ).

A CEDAE opera e mantém a captação, tratamento, adução, distribuição das redes de águas e coleta,

transporte, tratamento e destino final dos esgotos gerado dos municípios conveniados do Estado do

Rio de Janeiro.

O Orçamento de Investimento autorizado em 2012 para CEDAE correspondeu ao montante de R$

67.855 mil. Ao longo do exercício foram empenhados R$ 23.390 mil (34,47%) da dotação autorizada.

Do total empenhado, R$ 22.669 mil (96,92%), foram liquidados.

R$ M il

DESCRIÇÃO CEDAE IO TOTAL PART.

Dotação Inicial 67.855 11.314 79.169 100,00%

Resultado das Alterações Orçamentárias - 11.786 11.786 14,89%

Despesa Atualizada 67.855 23.101 90.955 114,89%

TABELA 056 - ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS DAS EMPRESAS ESTATAIS

R$ M il

0002 Gestão Administrativa 7.323 1.983 8,48% 27,08% 1.818 8,02% 91,67%

2016 Manut Ativid Operacionais / Administrativas 7.323 1.983 100,00% 27,08% 1.818 100,00% 91,67%

0021 Abastecim Água Esgoto Sanitário no Interior 10.597 9.979 42,66% 94,17% 9.432 41,61% 94,52%

5352 Implant e Ampl Sist de Saneamento no Interior 10.597 9.979 100,00% 94,17% 9.432 100,00% 94,52%

0022 Gestão Corporativa 17.437 4.466 19,09% 25,61% 4.466 19,70% 100,00%

2309 Política Institucional de Meio Ambiente CEDAE 788 3 0,06% 0,32% 3 0,06% 100,00%

6064 Operação de Sistemas de Águas e Esgotos 16.650 4.464 99,94% 26,81% 4.463 99,94% 100,00%

0167 Abastec de Água e Esgoto Sanitário na RMRJ 32.297 6.961 29,76% 21,55% 6.953 30,67% 99,87%

1611 Estação de Trat de Água Novo Guandu 200 - - - - - -

1663 Ampl Melh Oper Sist Guandu e Imunana-Laranjal 5.319 - - - - - -

3468 Implant. Ampl. de Sistema de Abastec Água da RMRJ 15.002 6.850 98,40% 45,66% 6.841 98,40% 99,87%

3469 Implant. Ampl. de Sistema de Esgotamento Sanitário da RMRJ 11.776 111 1,60% 0,94% 111 1,60% 100,00%

0285 Copa do Mundo 2014 e Jogos Olímp.e Paraolímp. Rio 2016 200 - - - - - -

3470 Infraest.de Apoio p/a Realização das Olimp.e Paraolimp.2016 200 - - - - - -

67.855 23.390 100,00% 34,47% 22.669 100,00% 96,92%

Fonte: CEDAE / Gerência Orçamentária

PART. LIQUID /

EMPPROJETO/ATIVIDADE

TOTAL

TABELA 057 - EXECUÇÃO DA DESPESA PROGRAMA E PROJETO/ATIVIDADE

Orçamento de Investimento - CEDAE

Companhia Estadual de Água e Esgoto - CEDAE

Função: 17 - Saneamento

PROGRAMA DOTAÇÃO

ATUAL

DESPESA

EMPENHADA PART.

EMP /

ATUAL

DESPESA

LIQUIDADA

Page 77: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

77

De acordo com a tabela anterior, dos investimentos realizados, por programas, na CEDAE, podemos

destacar o programa “0021 – Abastecimento de Água e Esgoto Sanitário no Interior” que participou

com 42,66% (R$ 9.979 mil) do total empenhado. Observa-se que a integralidade dos recursos deste

programa foram utilizados com o projeto que tem como finalidade a implantação e ampliação do

sistema de saneamento do interior do Estado do Rio de Janeiro.

Em seguida destacamos o programa “0167 – Abastecimento de Água e Esgoto Sanitário na Região

Metropolitana do Rio de Janeiro” com 29,76% dos valores empenhados. A maior parte dos recursos

destacados para este programa foram destinados à implantação e ampliação do sistema de

abastecimento de água em regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, que dispendeu um total de R$

6.850 mil em 2012.

3.2.3 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO - IO

A Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro é a empresa de serviços gráficos do Governo do

Estado responsável pela publicação do Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro (D.O.). A

autenticidade dos atos oficiais, no entanto, é só uma das atribuições da empresa, que assume como

meta a prestação de serviços à sociedade e a democratização da informação.

O Orçamento de Investimento, aprovado para 2012, fixou para a Imprensa Oficial investimentos no

montante de R$ 11.314 mil. Durante o exercício ocorreram suplementos, anulações ou cancelamentos

de dotações que elevaram a despesa autorizada para R$ 23.101 mil. Do total autorizado, foram

empenhados 72,95% (R$ 16.852 mil), e destes, foram liquidados 73,80% (R$ 12.437 mil).

R$ M il

0002 Gestão Administrativa 1.447 16.627 14.778 87,70% 88,88% 11.929 95,92% 80,72%

2016 Manut Ativid Operacionais / Administrativas 1.435 1.447 19 0,13% 1,35% 19 0,16% 95,95%

2467 Despesas Obrigatórias 12 15.180 14.759 99,87% 97,22% 11.910 99,84% 80,70%

0065 Divulgação de Atos Oficiais e Particulares 9.868 6.474 2.073 12,30% 32,03% 507 4,08% 24,48%

2140 Produção de Serviços e Publicações em Geral 1.323 1.323 2 0,10% 0,16% 2 0,41% 100,00%

5007 Moderniz e Reequipamento da Imprensa Oficial 8.544 5.150 2.071 99,90% 40,22% 505 99,59% 24,40%

11.314 23.101 16.852 100,00% 72,95% 12.437 100,00% 73,80%

Fonte: IO - Imprensa Oficial

TOTAL

TABELA 058 - EXECUÇÃO DA DESPESA PROGRAMA E PROJETO/ATIVIDADE

Orçamento de Investimento - IO

Imprensa Oficial - IO

Função: 22 - Indústria

PROGRAMA DOTAÇÃO

INICIAL

DOTAÇÃO

ATUAL

DESPESA

EMPENHADA PART.

EMP /

ATUAL

DESPESA

LIQUIDADAPART.

LIQUID /

EMPPROJETO/ATIVIDADE

Page 78: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

78

Os valores destacados no orçamento de investimento para Imprensa Oficial do ERJ foram executados

através de 4 (quatro) ações conforme descriminado na tabela anterior. Dentre essas ações os maiores

valores empenhados couberam ao pagamento de despesas obrigatórias, R$ 14.759 mil, para o

atendimento de sua gestão administrativa, e R$ 2.071 mil que foram empregados na modernização e

reaparelhamento de suas instalações.

Page 79: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

79

Page 80: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

80

4 FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

E DE VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO - FUNDEB

O FUNDEB, que substituiu o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de

Valorização do Magistério – FUNDEF foi instituído pela Emenda Constitucional Federal n.º 53, de 19

de dezembro de 2006, que deu nova redação ao artigo 60 do Ato das Disposições Constitucionais

Transitórias.

A regulamentação do FUNDEB deu-se através da Medida Provisória n.º 339/2006, convertida na Lei

Federal n.º 11.494, de 20/06/2007. O FUNDEB é um fundo de natureza contábil composto por

recursos dos Estados, Distrito Federal e Municípios, atendendo toda a educação básica, da creche ao

ensino médio e destinando-se à manutenção e ao desenvolvimento da educação básica e à

remuneração condigna dos trabalhadores da educação. O prazo de vigência do fundo, estabelecido

pela emenda Constitucional n°53 de 19 de dezembro de 2006, é de 14 anos, a partir de sua

promulgação, ou seja, encerrar-se-á no final de 2020.

4.1 RECURSOS DO FUNDEB

4.1.1 COMPOSIÇÃO E REPASSES DOS RECURSOS AO FUNDEB

Conforme o art. 3° da Lei Federal 11.494/07, o Fundo, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal,

é composto por 20% (vinte por cento) das seguintes fontes de receita:

Imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos (ITCD);

Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de

transportes interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS);

Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA);

Parcela do produto da arrecadação do imposto que a União eventualmente instituir no exercício da

competência que lhe é atribuída;

Parcela do produto da arrecadação do imposto sobre a propriedade territorial rural, relativamente a

imóveis situados nos Municípios (ITR);

Parcela do produto da arrecadação do imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR)

e do imposto sobre produtos industrializados (IPI) devidos ao Fundo de Participação dos Estados e

do Distrito Federal – FPE;

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C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

81

Parcela do produto da arrecadação do imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR)

e do imposto sobre produtos industrializados (IPI) devidos ao Fundo de Participação dos Municípios

– FPM;

Parcela do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados devidos aos

Estados e ao Distrito Federal (IPI Exportação);

Receitas da dívida ativa tributária relativa aos impostos previstos neste artigo, bem como juros e

multas eventualmente incidentes.

Também são consideradas fontes de recursos do FUNDEB, a complementação da União, que se dará

sempre quando o valor médio ponderado por aluno no âmbito de cada Estado e no Distrito Federal for

inferior ao valor mínimo por aluno definido nacionalmente, e os eventuais rendimentos financeiros

auferidos pela aplicação dos recursos do Fundo.

Os repasses efetuados pelo Estado do Rio de Janeiro, com base em 20% das receitas listadas

anteriormente, estão segregados em contas específicas que contém os valores a serem destinados ao

fundo, as quais apresentaram o seguinte saldo em 2012:

R$ M il

2012

VALORES

Cota-Parte Estadual para o FUNDEB - IPVA 174.349

Cota - Parte para o FUNDEB - ITD 105.019

Cota-Parte Estadual para o FUNDEB - ICMS 3.879.233

Cota-Parte do Estado para o FUNDEB - ICMS-SIMPLES 119.997

Cota-Parte do Fundo de Participação dos Estados - FPE para o FUNDEB 189.299

Cota-Parte do Estado para o FUNDEB - IPI 114.144

Transferência Financeira - LC Nº 87/96 - Cota Estadual para FUNDEB 17.155

Cota-Parte do FUNDEB dos Juros e Multas de Mora do ITD 3.300

Cota-Parte do FUNDEB dos Juros e Multas de Mora do IPVA 9.661

Cota-Parte do FUNDEB dos Juros e Multas de Mora do ICMS 10.993

Cota-Parte do FUNDEB dos Juros e Multas de Mora do ICMS SIMPLES 1.261

Cota-Parte do FUNDEB dos Juros e Multas de Mora da Dívida Ativa do IPVA 510

Cota-Parte do FUNDEB dos Juros e Multas de Mora da Dívida Ativa do ICMS 14.836

Cota-Parte do FUNDEB dos Juros e Multas de Mora da Dívida Ativa do ITD 121

Cota-Parte p/ o FUNDEB da Receita da Dívida Ativa do IPVA 1.737

Cota-Parte do Estado da Dívida Ativa do ICMS para o FUNDEB 88.459

Cota - Parte para o FUNDEB da Rec da Dívida Ativa - ITD 815

Total Receitas Destinadas ao FUNDEB 4.730.890

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 059 - REPASSES DOS RECURSOS AO FUNDEB - 2012

RECEITAS REALIZADAS

Page 82: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

82

4.1.2 DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDEB AO ESTADO E AOS MUNICÍPIOS

A contribuição do Estado e dos Municípios ao FUNDEB é direcionada para uma conta única estadual

e o montante auferido é redistribuído para cada ente, em função do coeficiente de participação de

cada um, calculado com base no número de matrículas dos alunos da educação básica.

O montante dos recursos destinados à conta única do fundo alcançou, no exercício de 2012, o valor

de R$ 6.713.222 mil. Deste total, retornou ao Estado do Rio de Janeiro R$ 2.467.705 mil como

Transferência de Recursos, ficando a parte restante para serem distribuídas entre os municípios.

Ao confrontar o valor referente à cota estadual (R$ 2.467.705 mil) apresentado na tabela anterior,

correspondente ao saldo da conta 4.1.7.2.4.01.00 – Transferência de Recursos do FUNDEB, através

da UG 180.100 – SEE, com o apurado por meio dos extratos bancários da Conta do Banco do Brasil

S/A n.º 001.22349.58339-1, verificou-se que os mesmos apresentam consonância entre si. O

coeficiente de retorno do FUNDEB inicialmente fixado em 0,368434989480 para o exercício de 2012,

que já apresentava uma redução 5,20% quando comparado ao de 2011, sofreu nova redução

promovida pela Portaria Interministerial N° 1.360-A, de 19 de novembro de 2012, fixando-a em

0,366775446424. (dados disponíveis no site www.fnde.gov.br).

R$ M il

Participação do Estado do RJ 2.467.705 36,76%

Participação dos Municípios do ERJ 4.245.517 63,24%

TOTAL 6.713.222 100,00%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 060 - DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDEB

DESCRIÇÃO 2012 PART.

Participação do Estado do RJ

36,76%

Participação dos Municípios do ERJ 63,24%

Distribuição dos Recursos do FUNDEB Representação percentual

Page 83: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

83

Atendendo a decisão proferida pelo Tribunal de Contas do Estado no processo TCE/RJ n.º 113.447-

6/2004; ao pronunciamento da Procuradoria Geral do Estado no processo n.º E-14/000.555/2009; e a

Nota Técnica SEFAZ/SUPOF n.º 14 de 11/05/2010, o Governo do Estado autorizou através do

Decreto nº 42.516 de 16/06/2010, o pagamento aos municípios fluminenses, das multas e dos

acréscimos moratórios incidentes sobre o ICMS e o IPVA relativos à arrecadação estadual do período

2004 a 2009. De acordo com o citado Decreto, o pagamento referente aos exercícios de 2004 a 2009,

se dará em prestações mensais e iguais atualizadas pela UFIR-RJ ao longo de cinco anos (de julho de

2010 a junho de 2015). Para os valores devidos a partir do exercício de 2010, os pagamentos foram

feitos em julho/2010 para as parcelas de janeiro a abril de 2010, e em agosto/2010 para as de maio a

julho, e desde agosto/2010 o pagamento é realizado de acordo com o fluxo mensal da arrecadação de

multas e juros de ICMS e IPVA.

4.2 RESULTADO DA PARTICIPAÇÃO DO ESTADO NO FUNDEB

O Estado do Rio de Janeiro no exercício de 2012 contribuiu para a formação do FUNDEB com o

montante de R$ 4.730.890 mil, e recebeu como retorno R$ 2.467.705 mil.

Como podemos constatar a contribuição do Estado, em termos nominais, apresentou uma variação de

9,28%, em relação ao ano anterior, correspondendo a um acréscimo de R$ 401.867 mil. Embora a

participação tenha aumentado em 2,45% (R$ 58.916 mil), não foi suficiente para minimizar a perda de

R$ 2.263.185 mil que ficou superior 17,86% (R$ 342.951) em relação ao exercício anterior.

Segue a representação gráfica:

R$ M il

DESCRIÇÃO 2012 2011VAR.

NOM.

Contribuição do Estado 4.730.890 4.329.022 9,28%

Participação do Estado 2.467.705 2.408.789 2,45%

Perda do Estado 2.263.185 1.920.234 17,86%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 061 - RESULTADO DO ESTADO - FUNDEB/RJ - 2012/2011

Page 84: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

84

4.3 DA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDEB

Os recursos do FUNDEB, inclusive aqueles oriundos de complementação da União, devem ser

utilizados em ações consideradas como de manutenção e desenvolvimento do ensino para a

educação básica pública, indistintamente entre níveis e modalidades, e devem ser totalmente

utilizados durante o exercício em que forem creditados, porém conforme estabelecido no art. 21, § 2º

da Lei 11.494/2007, até 5% (cinco por cento) dos recursos recebidos à conta do Fundo, inclusive

relativos à complementação da União recebidos nos termos do § 1° do art. 6º da citada Lei, poderão

ser utilizados no primeiro trimestre do exercício imediatamente subsequente, mediante abertura de

crédito adicional.

Desta forma, levando-se ainda em consideração que os recursos são distribuídos com base em

estatísticas que apontam o valor mínimo necessário por aluno para que o objetivo do Fundo seja

alcançado dentro do exercício financeiro, não é recomendável o comprometimento do orçamento do

ano seguinte com despesas realizadas no exercício anterior, sem recursos disponíveis.

4.3.1 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DOS RECURSOS RECEBIDOS DO FUNDEB

Demonstramos a seguir a composição das despesas realizadas com recursos do FUNDEB no

exercício de 2012:

1.700.000

1.800.000

1.900.000

2.000.000

2.100.000

2.200.000

2.300.000

2012 2011

2.263.185

1.920.234

Perda do FUNDEB Representação em R$ Mil

Page 85: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

85

De acordo com a tabela, podemos observar que do total empenhado com recursos do FUNDEB,

64,38% foram empregados no custeio das despesas do Ensino Médio, 35,58% com Ensino

Fundamental e 0,05% com Administração Geral.

O artigo 22 da Lei Federal n.º 11.494/2007, dispõe que no mínimo 60% dos recursos anuais totais do

FUNDEB devem ser destinados para o pagamento da remuneração dos profissionais do magistério,

assim considerados os docentes e profissionais que oferecem suporte pedagógico direto ao exercício

da docência: direção ou administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão, orientação

educacional e coordenação pedagógica.

Na tabela a seguir demonstramos o percentual efetivamente aplicado na remuneração desses

profissionais.

Para efeito de cálculo da remuneração dos profissionais do magistério com recursos da Fonte 15 –

FUNDEB, conforme os critérios utilizados na elaboração do Anexo X do Relatório Resumido da

Execução Orçamentaria – RREO, foram considerados somente as despesas classificadas no grupo de

natureza de despesa “Pessoal e Encargos Sociais” (3.1.XX.XX), dentro das subfunções “Ensino

Fundamental” e “Ensino Médio”, sendo, portanto, desconsideradas aquelas classificadas como “Outras

Despesas” (3.3.XX.XX).

R$ M il

2012

EMPENHADA

Administração Geral Apoio aos Serviços Educacionais 1.182 0,05%

Ensino Fundamental Pessoal e Encargos Sociais da Educação Básica 890.422 35,58%

Ensino Médio Pessoal e Encargos Sociais da Educação Básica 1.611.165 64,38%

2.502.768 100,00%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 062 - DESPESAS DO FUNDEB POR SUBFUNÇÃO E PROJETO/ATIVIDADE - 2012

SUBFUNÇÃO PROJETO/ATIVIDADE PART.

TOTAL

R$ M il

Ensino Fundamental - Pessoal e Encargos Sociais da Educação Básica 890.422

Ensino Médio - Pessoal e Encargos Sociais da Educação Básica 1.611.165

(-) Outros Benefícios Assistenciais - 339008 (28.034)

(-) Auxílio Transporte - 339049 (64.783)

TOTAL DESPESAS CONSIDERADAS COM REMUNERAÇÕES (I) 2.408.770

Transferências de Recursos do FUNDEB 2.467.705

Receita de Aplicação Financeira dos Recursos do FUNDEB 17.935

RECEITAS RECEBIDAS DO FUNDEB (II) 2.485.640

% PERCENTUAL APLICADO (I ÷ II) 96,91%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 063 - PERCENTUAL APLICADO NA REMUNERAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO

APURAÇÃO DO PERCENTUAL APLICADO NA REMUNERAÇÃO DE PESSOAL DO

MAGISTÉRIO2012

Page 86: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

86

Sendo assim, podemos observar que 96,91% das despesas empenhadas com recursos do FUNDEB

foram realizadas com despesas de pessoal e encargos da educação básica. Constata-se desta forma,

que o governo do Estado do Rio de Janeiro cumpriu o mandamento do artigo 22 da Lei Federal n.º

11.494/2007.

4.3.2 EXECUÇÃO DOS RESTOS A PAGAR - FUNDEB

Conforme se observa na tabela abaixo, após a movimentação dos Restos a Pagar Processados ao

longo do exercício de 2012, o FUNDEB apresentou um saldo de R$ 8.884 mil, em estoque a pagar.

Não ocorreram inscrições em RP Não-Processados referentes a 2011 e 2012, uma vez que toda

despesa empenhada foi liquidada naquele exercício.

4.4 MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS RECEBIDOS DO FUNDEB

Os recursos recebidos pela Secretaria de Estado de Educação (UG 180.100) provenientes do

FUNDEB estão evidenciados nos extratos bancários da Conta Banco do Brasil S/A n.º

001.22349.58339-1, que apresentou um saldo, em 31/12/11, de R$ 154.127 mil.

R$ M il

2012

RP Processados

Inscritos em 31/12/2011 110.292

(-) Cancelados (4.107)

(-) Bloqueio Judicial (17)

(-) Pagos (106.169)

Inscritos em 31/12/2012 8.884

Saldo em Estoque a Pagar 8.884

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 064 - DEMONSTRATIVO DOS RESTOS A PAGAR - FUNDEB

DESCRIÇÃO

R$ M il

Saldo do exercício anterior c/c 001 - BB 22349 - 583391 154.127

(+) Transferências de Recursos do FUNDEB 2.467.705

(+) Receita de Remun. de Depósitos Bancários de Rec. Vinculados - FUNDEB 17.935

(+) Receita de Remun. Outros Fundos de Investimentos -

(-) Ajuste da Receita de Remun. de Depósitos Bancários (632)

(-) Pagamentos - Obrigações do Exercício (2.053.035)

(-) Pagamentos - Consignações (472.282)

(-) Pagamentos - Restos a Pagar (106.169)

(-) Cancelamento de devolução de OB feita em duplicidade (4.107)

Saldo em 31/12/2012 c/c 001 - BB 22349 - 583391 3.543

Fonte: SIAFEM

TABELA 065 - MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS DO FUNDEB

DESCRIÇÃO 2012

Page 87: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

87

No exercício de 2012, foi recebido a título de Cota-Parte Estadual, o montante de R$ 2.467.705 mil,

enquanto que a aplicação financeira rendeu o total de R$ 17.935 mil.

Cabe esclarecer que foram deduzidos R$ 632 mil das receitas de aplicação financeira, em razão deste

valor já estar incluso no saldo inicial da conta corrente do Banco do Brasil em 2012, tendo em vista

que através da 2011OB36985, foi feita a contabilização do ressarcimento de rendimentos financeiros

sem o devido registro da receita, o que somente ocorreu em 2012, através da 2012NL02247, o que

gerou um ajuste apresentado na tabela para demonstrar o saldo final da conta corrente de acordo com

o extrato bancário.

Os pagamentos efetivamente realizados com os recursos da fonte 15 – FUNDEB no exercício em

análise alcançaram o montante de R$ 2.631.485 mil, executados da seguinte forma: R$ 2.053.035 mil

referentes a Obrigações do Exercício, R$ 472.282 mil a Consignações e R$ 106.169 mil a Restos a

Pagar.

Ainda foi deduzido do saldo final o valor de R$ 4.107 mil, contabilizado por meio da 2012NL06582, e

que se refere ao estorno de devoluções de Ordens Bancarias feitas em duplicidade no exercício de

2011.

Assim, a conta do fundo apresentou um saldo de R$ 3.543 mil no exercício de 2012, conforme dados

extraídos do SIAFEM. Este saldo deve estar em consonância com o extrato bancário encaminhado

junto ao Relatório e Parecer do Conselho Estadual do FUNDEB, e que forma o Volume 10 das Contas

de Gestão.

Page 88: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

88

Page 89: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

89

5 FUNDO ESTADUAL DE COMBATE À POBREZA E ÀS

DESIGUALDADES SOCIAIS - FECP

O Fundo Estadual de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais – FECP instituído pelo decreto

nº 32.646, de 08 de janeiro de 2003, na forma da Lei nº 4.056, de 30 de dezembro de 2002, alterada

pela Lei nº 4.086, de 13 de março de 2003, passa a ser regulamentado pelo Decreto n° 33.123, de 05

de maio de 2003, com fundamento na Emenda Constitucional n° 31, de 14 de dezembro de 2000.

Os recursos que compõem o FECP são arrecadados a partir do adicional do Imposto sobre Circulação

de Mercadorias e Serviços – ICMS; de doações, de qualquer natureza, de pessoas físicas ou jurídicas

do país ou do exterior; e ainda de outros recursos compatíveis com a legislação, e deverão ser

aplicados, conforme artigo 3º da Lei 4.056/2002, prioritariamente nas seguintes ações:

Complementação financeira de famílias cuja renda mensal seja inferior a um salário mínimo;

Atendimento através do programa Bolsa Escola para famílias que tenham filhos em idade escolar

matriculados na rede pública de ensino, ou que sejam bolsistas da rede particular;

Atendimento a idosos em situação de abandono ou comprovadamente necessitados;

Ações de saúde preventiva;

Auxílio para a construção de habitações populares e saneamento;

Apoio em situações de emergência e calamidade pública.

Política de planejamento familiar com programa de educação sexual.

Urbanização de morros e favelas.

Fundo Estadual de Habitação de Interesse Social, criado pela Lei nº 4.962/2006.

A tabela a seguir, demonstra os recursos destinados ao FECP nos exercícios de 2011 e 2012:

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Adicional do ICMS - Lei 4056/02 - FECP 2.544.939 99,20% 2.512.044 99,49% 1,31%

Multas (Lei Complementar Estadual nº 134/2009) do Adicional do ICMS 2.693 0,10% 1.974 0,08% 36,44%

Juros e Multas de Mora do Adicional do ICMS 6.327 0,25% 4.834 0,19% 30,88%

Multas (LC Estadual nº 134/2009) da Dívida Ativa do Adicional do ICMS 431 0,02% 933 0,04% -53,80%

Juros e Multas de Mora da Dívida Ativa do Adicional do ICMS 1.227 0,05% 912 0,04% 34,50%

Receita da Dívida Ativa do Adicional do ICMS - Lei 4056/02 9.893 0,39% 4.157 0,16% 137,96%

TOTAL 2.565.510 100,00% 2.524.854 100,00% 1,61%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 066 - ADICIONAL DO ICMS - RECEITAS DO FECP

DESCRIÇÃORECEITA ARRECADADA VAR.

NOM.

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90

As receitas pertencentes ao FECP são aquelas arrecadadas através da fonte 22 – Adicional do ICMS,

que atingiram, no exercício de 2012, o montante de R$ 2.565.510 mil, apontando um acréscimo de

1,61% em relação ao exercício anterior. Nota-se que a maior parte dos recursos, 99,20%, ingressa

através da conta 11130001 (Adicional do ICMS – Lei 4056/02 – FECP), sendo os demais através de

juros, multas e dívida ativa, relativos ao principal deste adicional.

5.1 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA DO FECP POR FUNÇÃO

A execução orçamentária dos recursos provenientes do FECP perfez um montante de R$ 2.574.448

mil e representou um acréscimo de 2,72% em relação ao exercício anterior. Do total empenhado por

função destacaram-se as aplicações em saúde e educação que consumiram, respectivamente,

48,02% e 19,54%, dos gastos do fundo.

A função saúde, embora apresentando uma variação nominal negativa (18,76%) comparada com o

ano anterior, obteve a maior representação dos gastos do FECP, R$ 1.236.379 mil, com destaque

para as despesas de pessoal e encargos sociais e com programas de apoio, implantação e

operacionalização das Unidades de Pronto Atendimento - UPAs.

A função Transporte apresentou uma variação expressiva de 1071,11% em relação ao ano anterior,

que em termos monetários representou um aumento de R$ 352.721 mil, motivado principalmente pelo

acréscimo na Operacionalização do Bilhete Único que consumiu 99,78% (R$ 384.810 mil) dos

recursos desta função.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

08 - Assistência Social 229.465 8,91% 119.914 4,78% 91,36%

10 - Saúde 1.236.379 48,02% 1.521.850 60,72% -18,76%

12 - Educação 502.931 19,54% 563.660 22,49% -10,77%

14 - Direitos da Cidadania 7.319 0,28% 6.879 0,27% 6,40%

15 - Urbanismo 56.469 2,19% 100.336 4,00% -43,72%

16 - Habitação 147.218 5,72% 150.472 6,00% -2,16%

21 - Organização Agrária 9.017 0,35% 10.162 0,41% -11,27%

26 - Transporte 385.651 14,98% 32.930 1,31% 1071,11%

2.574.448 100,00% 2.506.203 100,00% 2,72%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 067 - DESPESAS REALIZADAS COM RECURSOS DO FECP POR FUNÇÃO DE GOVERNO

FUNÇÃOEMPENHADA VAR.

NOM.

TOTAL

Page 91: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

91

5.2 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA DO FECP POR PROGRAMA DE

GOVERNO

Com a finalidade de trazer maiores informações acerca da aplicação dos recursos pertencentes ao

FECP, apresentamos, na tabela a seguir, as despesas por Programa de Governo.

R$ M il

CÓDIGO DESCRIÇÃO EMPENHADA PART.

0002 Gestão Administrativa 484.754 18,83%

0051 Produção, Ampl e Melh de Habitação Popular 68.345 2,65%

0052 Nossa Terra 9.017 0,35%

0097 Assistência Farmacêutica 97.046 3,77%

0101 Bilhete Único 384.810 14,95%

0109 Proteção Social Básica de Assist Social 22.338 0,87%

0110 Proteção Social Especial de Assist Social 14.422 0,56%

0111 Segurança Alimentar e Nutricional 813 0,03%

0112 Promoção e Proteção da Criança e Adolescente 35.379 1,37%

0118 Atendimento Social à População Adulta 6.742 0,26%

0121 Expansão e Melhoria da Educação Profissional 14.022 0,54%

0122 Ensino, Pesquisa e Extensão da UERJ 55.599 2,16%

0152 Operacionaliz Desenvolv Rede de Ensino 10.151 0,39%

0153 Educação para Inclusão Social 23.280 0,90%

0161 Isenção de Pagmento nos Transport Coletivos 841 0,03%

0260 Programa Somando Forças 1.850 0,07%

0268 Prog Morar Seguro Estrat Habitac Des Urb ERJ 78.781 3,06%

0269 Prom e Def dos Direitos Humanos e Cidadania 7.319 0,28%

0270 Desenvolvimento Social dos Territórios 12.018 0,47%

0279 Urbanização das Comunidades 34.409 1,34%

0286 Gestão da Política Habitacional 1.666 0,06%

0287 Núcleos Habitacionais Integrados 1.067 0,04%

0289 Recupe Local Atingidas Catástrofes 20.210 0,79%

0301 Qualidade no Processo Ensino-Aprendizagem 30.977 1,20%

0302 Efetividade da Gestão Escolar 61.287 2,38%

0303 Padrão Qualid. Infraestrutura Física da Rede 186.316 7,24%

0311 Prod. e Ampliação de Hab. de Interesse Social 54.427 2,11%

0312 Reg. Fund. e Melhorias em Assent. Irregulares 18.187 0,71%

0313 Gestão da Informação e Reg. de Contratos 1.288 0,05%

0314 Gestão e Fortalecimento da Atenção à Saúde 78.819 3,06%

0318 Assistência Pré-hospitalar 233.503 9,07%

0319 Assist Hospitalar e Ambulat nas Unid Próprias 464.941 18,06%

0323 Expansão do Complexo Industrial. 7.373 0,29%

0324 Apoio a Programas de Saúde 411 0,02%

0339 Programa Gestão Legal 1.505 0,06%

0340 Programa Renda Melhor 50.536 1,96%

2.574.448 100,00%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 068 - DESPESAS REALIZADAS COM RECURSOS DO FECP POR PROGRAMA DE GOVERNO

PROGRAMA 2012

TOTAL

Page 92: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

92

Observamos na tabela anterior que diversos são os Programas de Governo atendidos com os

recursos do FECP. Dentre os principais destacamos os programas “Assistência Hospitalar e

Ambulatorial nas Unid. Próprias” e o “Bilhete Único” que juntos apresentaram os maiores volumes de

recursos aplicados, R$ 849.751 mil (33,01%) do total das despesas empenhadas.

O Programa “Gestão Administrativa” somou R$ 484.754 mil, representando 18,83% do total aplicado

no exercício de 2012, tendo como principal fonte de gasto as despesas com Pessoal e Encargos

Sociais que consumiram 74,59% (R$ 361.593 mil) dos recursos deste programa.

5.3 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA DO FECP POR GRUPO DE

DESPESA

Em relação às despesas executadas com recursos do FECP segmentadas por grupo de despesa,

destaca-se o grupo “Outras Despesas Correntes” que atingiu 73,18% do total empenhado e

apresentou uma variação positiva de 17,51% em relação ao ano anterior, motivado principalmente

pelo aumento de despesas com convênios realizados pelo Fundo Estadual de Transporte referente ao

Programa Bilhete Único.

Já as despesas com “Pessoal e Encargos Sociais” e “Investimentos”, apresentaram uma variação

negativa, respectivamente de 19,40% e 27,62%. Nas despesas com “Pessoal e Encargos Sociais” a

queda foi motivada pelo decréscimo nas despesas com obrigações patronais e contratação por tempo

determinado na área da saúde, enquanto que no grupo “Investimentos” a redução ocorreu,

principalmente, nas despesas com obras e instalações, e aquisição de equipamentos e material

permanente, nas funções saúde e urbanismo.

Segue representação gráfica das participações percentual das despesas do FECP segregadas por

grupo:

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Pessoal e Encargos Sociais 361.593 14,05% 448.601 17,90% -19,40%

Outras Despesas Correntes 1.884.042 73,18% 1.603.309 63,97% 17,51%

Investimentos 328.813 12,77% 454.293 18,13% -27,62%

TOTAL 2.574.448 100,00% 2.506.203 100,00% 2,72%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 069 - DESPESAS REALIZADAS COM RECURSOS DO FECP POR GRUPO DE DESPESA

DESCRIÇÃOEMPENHADA VAR.

NOM.

Page 93: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

93

5.4 DOS LIMITES DE APLICAÇÃO DOS RECURSOS DO FECP

5.4.1 DAS DESPESAS COM PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS

A Lei Complementar Estadual n.º 120, de 28 de dezembro de 2007, acrescentou o § 4º ao artigo 3º da

Lei Estadual n.º 4.056, de 30 de dezembro de 2002, que dispõe sobre a utilização dos recursos do

FECP em despesas com pessoal, limitando-as em 20% do total existente no orçamento anual.

Conforme demonstrado na tabela a seguir, ao compararmos o total das despesas empenhadas com

as receitas arrecadadas pelo Fundo, constatamos que o percentual aplicado em despesas com

pessoal e encargos, foi de 14,09%, estando, portanto, em concordância com o disposto na Lei

Complementar n.º 120/2007.

Pessoal e Encargos

Sociais 14,05%

Outras Despesas Correntes

73,18%

Investimentos 12,77%

Composição dos Gastos Realizados pelo FECP Representação em percentual

R$ M il

RECEITAS DO FECP PREVISTA ARRECADADA

Contribuições ao FECP 2.562.401 2.565.510

DESPESAS COM PESSOAL E ENCARGOS EMPENHADA PART.

Pensões 29.974 8,29%

Contratação Por Tempo Determinado 9 0,00%

Salário Família 109.183 30,20%

Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil 9.753 2,70%

Obrigações Patronais 198.174 54,81%

Outras Despesas Variáveis - Pessoal Civil 4 0,00%

Sentenças Judiciais 570 0,16%

Despesas de Exercícios Anteriores 13.925 3,85%

TOTAL DAS DESPESAS 361.593 100,00%

% em Relação a Receita Prevista 14,11% -

% em Relação a Receita Arrecadada 14,09% -

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 070 - DESPESAS COM PESSOAL E ENCARGOS - FECP

2012

Page 94: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

94

5.5 EXECUÇÃO DOS RESTOS A PAGAR DO FECP

Na inscrição dos restos a pagar, deve-se observar que os recursos legalmente destinados ou

vinculados à finalidade específica serão utilizados, exclusivamente, para atender ao objeto de sua

vinculação. Inicialmente o FECP apresentou um saldo de R$ 217.863 mil entre processados e não

processados, sendo R$ 28.172 mil provenientes de exercícios anteriores e R$ 189.690 mil inscritos

em 31/12/2011.

Após as inscrições, referentes à execução orçamentária de 2012, o FECP encontra-se com um saldo

total de R$ 276.657 mil em restos a pagar, sendo R$ 276.046 mil de Processados e R$ 611 mil de

Não-Processados.

5.6 DA APLICAÇÃO NO FUNDO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE

SOCIAL – FEHIS

O Fundo Estadual de Habitação de Interesse Social – FEHIS, de natureza contábil, foi criado através

da Lei Estadual Nº 4.962, de 20 de dezembro de 2006, com os seguintes objetivos:

I - garantir recursos de caráter permanente para o financiamento de programas e projetos de

habitação no Estado do Rio de Janeiro, priorizando o atendimento da população de mais baixa

renda;

II - criar condições para o planejamento a médio e longo prazo com vistas à erradicação do

déficit habitacional no Estado;

III – garantir à população do Estado do Rio de Janeiro o acesso a uma habitação digna e

adequada, com eqüidade, em assentamentos humanos seguros, salubres, sustentáveis e

produtivos;

IV - promover e viabilizar, com eqüidade, o acesso e as condições de permanência na habitação;

R$ M il

ProcessadosNão-

Processados

Inscritos em Exercícios Anteriores 28.172 -

Inscritos em 31/12/2011 189.065 626

(-) Cancelados (4.191) (500)

(-) Bloqueio Judicial (101) -

(-) Pagos (182.250) (71)

Inscritos em 31/12/2012 245.351 556

Saldo em Estoque A Pagar 276.046 611

TOTAL

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 071 - DEMONSTRATIVO DOS RESTOS A PAGAR - FECP

DESCRIÇÃO

2012

276.657

Page 95: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

95

V - promover o reassentamento dos moradores de habitações localizadas em áreas de risco e de

preservação ambiental.

Observa-se que o FEHIS tem como objetivo principal garantir recursos para o financiamento de

programas e projetos habitacionais do Estado do Rio de Janeiro a fim de promover a erradicação do

déficit habitacional e viabilizar o acesso e condições de permanência na habitação.

Através da Lei Estadual 4.056/2002, que instituiu o FECP, foi estabelecido que o Governo do Estado

do Rio de Janeiro deverá destinar, no mínimo, 10% (dez por cento) dos recursos do FECP para serem

aplicados no FEHIS.

As aplicações dos recursos do FEHIS dependem de aprovação da maioria absoluta do Conselho

Gestor do Fundo Estadual de Habitação. A tabela a seguir, demonstra a aplicação destes recursos,

identificados por unidade orçamentária e por ações, em conformidade com a Lei 6.125, de 28 de

dezembro de 2011 (Lei Orçamentária Anual – 2012):

R$ M il

U.O / AÇÕES

0701 - Secretaria de Estado de Obras 83.813 58.793 58.707 58.707

Reassentamento de Moradores de Áreas de Risco 12.882 2.238 2.238 2.238

Urbanização do Dona Marta 760 4.179 4.157 4.157

Urbanização da Rocinha - PAC-RJ 2.571 1.563 1.563 1.563

Urbanização do Complexo do Alemão - PAC-RJ 816 174 174 174

Urbanização do Complexo de Manguinhos-PAC-RJ 5.918 23.654 23.608 23.608

Urbanização do Pavão-Pavãozinho - PAC-RJ 11.661 2.605 2.588 2.588

Recup Reg. Serrana 10.459 20.210 20.210 20.210

Implantação de Projetos de Infraestrutura - 1.850 1.850 1.850

Urbanização do Complexo da Tijuca - PAC - RJ 14.077 954 954 954

Urbaniz do Compl da Mangueira - PAC - RJ 20.589 1.365 1.365 1.365

Urbanização em Barros Filho 2.216 - - -

Outros 1.862 - - -

1901 - Secretaria de Estado de Habitação 13.754 2.965 2.733 2.733

Elab.Pl.Est.Hab.de Inter.Social - PEHIS 300 300 129 129

Reloc Morad Assent Pop - Áreas Risco/Insalub 2.000 1.439 1.378 1.378

Reabilitação de Imóveis p/ Fins Habitacionais 2.400 159 159 159

Desenvolvimento de Modelo de Projeto 200 1.067 1.067 1.067

Outros 8.853 - - -

1931 - Instituto de Terras e Cartografia do RJ 11.085 9.017 9.017 9.017

Regularização Fundiária de Interesse Social 806 95 95 95

Levantamento Físico e Socioeconômico RFIS 2.358 1.864 1.864 1.864

Cons dos Assentamentos Rurais e Urbanos 6.963 7.059 7.059 7.059

Outros 958 - - -

TABELA 072 - FUNDO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL - FEHIS - 2012

2012

Fonte de Recurso: 22 - FECPDotação

Inicial

Dotação

Autorizada

Despesa

Empenhada

Despesa

Liquidada

Page 96: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

96

O total das receitas destinada ao FECP alcançou o montante de R$ 2.565.510 mil em 2012, devendo

ser aplicado o valor mínimo de R$ 256.551 mil em projetos e atividades do FEHIS. Ao longo do

exercício foram empenhados R$ 287.489 mil em ações que contemplaram os objetivos do Fundo,

atingindo o percentual de 11,21% da receita arrecadada pelo FECP, ultrapassando, portanto, em

1,21% (R$ 30.938 mil) o mínimo exigido.

1971 - Companhia Estadual de Habitação do RJ 150.231 142.247 142.247 142.247

Projeto Habitacional a cargo do FNHIS 4.109 1.513 1.513 1.513

Produção de Unidades Habitacionais 4.269 54.427 54.427 54.427

Recuperação e Melhoria de U. Habitacionais 12.174 17.100 17.100 17.100

Urbanização de Assentamentos Irregulares 26.271 1.040 1.040 1.040

Titulação de Assentamentos Irregulares 1.190 47 47 47

Recuperação de Receita Oriunda do FCVS 2.322 1.288 1.288 1.288

Recup e Melhorias em Conjuntos Habitacionais 45.931 21.592 21.592 21.592

Construção de Unidades Habitacionais 40.528 45.239 45.239 45.239

Outros 13.437 - - -

3201 - Secretaria de Estado Assist Soc e Dir Humanos 35.000 74.785 74.785 74.785

Aluguel Social 35.000 74.785 74.785 74.785

TOTAL 293.883 287.808 287.489 287.489

Fonte: LOA - 2012 e SIAFEM -RJ/SIG

R$ M il

DESCRIÇÃO VALOR

Base de Calculo (Receita Arrecadada do FECP - FR 22) 2.565.510

Valor mínimo a ser aplicado no FEHIS (10% da Base de Cálculo) 256.551

Valor aplicado no FEHIS 287.489

Índice Alcançado (Valor Aplicado/Total da Receita Líquida de Impostos) 11,21%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 073 – CÁLCULO DO PERCENTUAL PARA FINS DE LIMITE CONSTITUCIONAL - FEHIS

Page 97: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

97

Page 98: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

98

6 FUNDO ÚNICO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO - RIOPREVIDÊNCIA

O Fundo Único de Previdência Social do ERJ – RIOPREVIDÊNCIA, instituído através da Lei n.º 3.189,

de 22 de fevereiro de 1999, sob a forma de autarquia, é dotado de personalidade jurídica de direito

público, e tem como finalidade a gestão de ativos financeiros, visando o custeio de pagamento dos

proventos de aposentadorias e/ou reformas, pensões e outros benefícios previdenciários, concedidos

e a conceder, a servidores estatutários, bem como a seus dependentes.

Obedecendo a determinação legal da Emenda Constitucional n.º 41, de 19 de dezembro de 2003, a

Lei n.º 5.109, de 15 de outubro de 2007 determinou a extinção do Instituto de Previdência Social do

ERJ – IPERJ, transferindo, assim, ao RIOPREVIDÊNCIA, na qualidade de seu sucessor, os direitos e

obrigações da autarquia extinta, como também a competência para a habilitação, administração e

pagamento dos benefícios previdenciários previstos na legislação estadual, que dispõe sobre o regime

previdenciário dos servidores públicos do Estado do Rio de Janeiro e seus dependentes.

Com o advento da Lei n.º 5.260, de 11 de junho de 2008, houve a unificação do regime jurídico próprio

e único da previdência social dos membros do Poder Judiciário, do Poder Legislativo, do Ministério

Público, da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas e dos Servidores Públicos Estatutários do

Estado do Rio de Janeiro, estando sob a responsabilidade do Fundo Único de Previdência Social do

ERJ – RIOPREVIDÊNCIA a gestão deste regime previdenciário.

6.1 RECEITAS DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL - RPPS

As Receitas do RIOPREVIDÊNCIA atingiram o montante de R$ 9.468.021 mil, valor este inferior em

R$ 633.457 mil ao registrado ano anterior, correspondendo a uma queda de 6,27%, motivada

principalmente pelo decréscimo de 3,49% (R$ 334.560 mil) das Receitas Correntes, sobretudo nas

Receitas Patrimoniais.

Page 99: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

99

O gráfico abaixo demonstra a composição das receitas arrecadadas pelo Fundo no exercício de 2012:

6.1.1 RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES

As Receitas de Contribuições são compostas pelas contribuições previdenciárias dos servidores ativos

e inativos, civis e militares, e de pensionistas, pela compensação previdenciária entre o Regime Geral

de Previdência Social da União e o Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos do Estado

e pelas contribuições da Administração Pública Estadual, representadas pelo item da Contribuição

Patronal. A variação na arrecadação dessas receitas está diretamente ligada à evolução da folha de

pessoal do Estado do Rio de Janeiro, que lhe serve de base de cálculo.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Receitas Correntes 9.241.741 97,61% 9.576.301 94,80% -3,49%

Receitas de Contribuições 3.226.475 34,91% 2.691.898 28,11% 19,86%

Receitas Patrimoniais 5.943.435 64,31% 6.822.336 71,24% -12,88%

Outras Receitas Correntes 71.831 0,78% 62.068 0,65% 15,73%

Receitas de Capital 226.280 2,39% 525.177 5,20% -56,91%

Alienações de Bens 17.672 7,81% 344.612 65,62% -94,87%

Amortização de Empréstimos - FUNDES 208.607 92,19% 180.564 34,38% 15,53%

9.468.021 100,00% 10.101.478 100,00% -6,27%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 074 - RECEITAS PREVIDENCIÁRIAS - 2012/2011

DESCRIÇÃOARRECADADA VAR.

NOM.

TOTAL

34,91%

64,31%

0,78%

Receitas Correntes - 2012 Representação em percentual

Rec. Contribuição Rec. Patrimoniais

Outras Rec. Correntes

7,81%

92,19%

Receitas de Capital - 2012 Representação em percentual

Alienações de BensAmortização de Empréstimos - FUNDES

Page 100: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

100

As Receitas de Contribuições alcançaram o montante de R$ 3.226.475 mil, e representaram 34,91%

das receitas correntes do RIOPREVIDÊNCIA. Em comparação com o ano anterior, estas receitas

apresentaram uma variação de 19,86% correspondentes a um incremento de R$ 534.578 mil,

motivada principalmente pelo aumento nas Contribuições Patronais do Ativo Civil de 23,73% (R$

319.176 mil), e do Ativo Militar de 50,78% (R$ 113.397 mil), além de participar com 62,02% do total

arrecadado nesta categoria.

As Receitas de Contribuições Previdenciárias representaram 37,98% (R$ 1.225.440 mil) do total das

receitas de contribuições, e registraram uma variação nominal de 9,08% (R$ 102.004 mil) em

comparação com o ano anterior. Este aumento foi consequência do acréscimo de 8,85% (R$ 83.592

mil) apresentado nas receitas de Pessoal Civil, sobretudo, naquelas provenientes das contribuições do

Servidor Ativo.

6.1.2 RECEITA PATRIMONIAL

Principal fonte de recursos do RIOPREVIDÊNCIA, as receitas patrimoniais atingiram, no exercício de

2012, 64,31% do total das receitas correntes, correspondendo a um montante de R$ 5.943.435 mil,

com destaque para as receitas provenientes do recebimento da cota-parte da compensação financeira

dos royalties pela produção do petróleo e gás.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Receita de Contribuições Previdenciárias 1.225.440 37,98% 1.123.436 41,73% 9,08%

Pessoal Civil 1.028.531 83,93% 944.939 84,11% 8,85%

Servidor Ativo 774.253 75,28% 716.959 75,87% 7,99%

Servidor Inativo 193.649 18,83% 181.957 19,26% 6,43%

Pensionista 60.628 5,89% 46.022 4,87% 31,74%

Pessoal Militar 181.409 14,80% 161.651 14,39% 12,22%

Servidor Ativo 152.546 84,09% 129.639 80,20% 17,67%

Servidor Inativo 28.863 15,91% 32.012 19,80% -9,84%

Outras Contribuições Previdenciárias 15.500 1,26% 16.846 1,50% -7,99%

Receita de Contribuição Patronal 2.001.036 62,02% 1.568.462 58,27% 27,58%

Ativo Civil 1.664.312 83,17% 1.345.136 85,76% 23,73%

Ativo Militar 336.724 16,83% 223.326 14,24% 50,78%

3.226.475 100,00% 2.691.898 100,00% 19,86%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 075 - RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES

DESCRIÇÃOARRECADADA VAR.

NOM.

TOTAL

Page 101: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

101

No exercício de 2012, as receitas patrimoniais apresentaram uma variação negativa de 12,88%,

equivalente a um decréscimo de R$ 878.901 mil, motivada principalmente pela queda nas receitas

oriundas dos Certificados Financeiros do Tesouro – CFT’s.

A receita advinda do resgate dos CFT’s, fonte de maior capitação de recursos dentro da categoria

receitas de valores mobiliários, é resultado de uma operação com o Tesouro Nacional, estabelecida

em 1999, pela qual o Estado obteve ativos financeiros do Tesouro (os CFTs) contra a troca de um

fluxo de pagamentos respaldados pela receita de participações governamentais sobre a produção de

petróleo e gás natural, que se estenderá até 2014. Entretanto, houve negociação para mudança deste

fluxo, adiantando grande parte da receita para 2011, com seu fim já em 2012, portanto, a receita de

2011 tende a ser maior comparada com o mesmo período de 2012. A queda de 68,44% verificada

nesta receita, conforme informado na tabela anterior, está de acordo com o cenário descrito e

impactou de forma direta o resultado total apresentado pelas Receitas Patrimoniais. Ressaltamos que

a evolução da arrecadação das receitas dos CFT’s foi detalhada no item 3.1.2.1.3 deste relatório.

Já as receitas oriundas dos royalties pela exploração de petróleo e gás no Estado do Rio de Janeiro,

apresentou um acréscimo de 14,84% (R$ 665.842 mil), sendo, inclusive, responsável por 86,68% do

total das receitas patrimoniais arrecadadas no exercício em análise. Este aumento foi influenciado pela

desvalorização da moeda nacional, gerando mais receitas, já que a commodity é negociada em dólar,

e também pelo aumento no preço do barril de petróleo, do tipo Brent.

6.1.3 OUTRAS RECEITAS CORRENTES

As “Outras Receitas Correntes” tiveram pequena participação no total arrecadado com Receitas

Correntes (0,78%), registrando o montante de R$ 71.831 mil que foi superior em 15,73% ao

arrecadado no ano anterior, em consequência do aumento nas receitas advindas das Compensações

Financeiras entre o Regime Geral e o RPPS, conforme demonstrado na tabela a seguir:

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Receitas Imobiliárias 6.418 0,11% 6.380 0,09% 0,60%

Receitas de Valores Mobiliários 785.502 13,22% 2.330.282 34,16% -66,29%

Certificados Financeiros do Tesouro - CFT's 701.306 89,28% 2.222.041 95,36% -68,44%

Rendimento de Aplicações Financeiras 84.185 10,72% 108.231 4,64% -22,22%

Outras Receitas Mobiliárias 11 0,00% 10 0,00% 7,23%

Royalties de Petróleo e Gás / PEA 5.151.515 86,68% 4.485.673 65,75% 14,84%

5.943.435 100,00% 6.822.336 100,00% -12,88%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 076- RECEITA PATRIMONIAL

DESCRIÇÃOARRECADADA VAR.

NOM.

TOTAL

Page 102: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

102

A Lei Estadual nº 3.189/99 que instituiu o RIOPREVIDÊNCIA autorizou, em seu artigo 13º, inciso VII, o

Poder Executivo a incorporar ao seu patrimônio, créditos tributários e não tributários inscritos até 1997

em Dívida Ativa do Estado do Rio de Janeiro, de suas autarquias e fundações ou recursos advindos

da respectiva liquidação. No exercício de 2012, o somatório destas receitas perfez um total de R$

4.508 mil, representando um aumento geral de 45,49% em relação ao ano anterior. Este aumento está

atrelado à edição da lei 6.136/11 que ampliou as formas de quitação da dívida ativa, conforme

comentado no item 3.1.2.1.6 deste relatório.

6.1.4 ALIENAÇÃO DE BENS

As receitas provenientes da "Alienação de Bens" do RIOPREVIDÊNCIA totalizaram no exercício de

2012 o montante de R$ 17.672 mil, e apresentaram uma variação negativa de 94,87%, (R$ 326.940

mil) em relação ao ano anterior. Este decréscimo é reflexo, principalmente, da venda de imóveis e

terrenos de propriedade do RIOPREVIDÊNCIA, ocorridas em 2011, tornando a base de análise inflada

pelos recebimentos elevados naquele exercício.

6.1.5 AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMO / FUNDES

Esta rubrica apresentou, no exercício de 2012, saldo de R$ 208.607 mil referente aos recursos

advindos do fluxo do Fundo de Desenvolvimento Econômico Social – FUNDES, incorporados ao

patrimônio do RIOPREVIDÊNCIA por meio da publicação dos Decretos Estaduais nº 40.155/06 e

40.457/06, constituindo-se em uma de suas receitas próprias para garantir futuras aposentadorias.

Na comparação com o ano anterior observa-se uma evolução desta receita em 15,53%, que em

termos monetários representa R$ 28.043 mil.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Outras Receitas Correntes 71.831 100,00% 62.068 100,00% 15,73%

Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa dos Tributos 1.072 1,49% - 0,00% -

Outras Multas/Jur Mora Dív AtivOutras Rec-CotPart.RioPrev 66 0,09% - 0,00% -

Comp Financ. entre o Regime Geral e os RPPS 66.154 92,10% 58.969 95,01% 12,18%

Receita da Dívida Ativa do ICMS 2.847 3,96% 1.908 3,07% 49,22%

Receita da Dívida Ativa de Outros Tributos 705 0,98% 7 0,01% 10615,52%

Receita da Dívida Ativa Não Tributária de Outras Receitas 956 1,33% 1.184 1,91% -19,25%

Rec Intra-Orçam-Ressarc. Desp. c/Pess. Cedido - Demais Áreas 30 0,04% - 0,00% -

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 077 - OUTRAS RECEITAS CORRENTES

DESCRIÇÃOARRECADADA VAR.

NOM.

Page 103: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

103

O gráfico a seguir demonstra a evolução das receitas do Fundo de Desenvolvimento Econômico

Social – FUNDES, incorporadas nos exercícios de 2009 a 2012:

6.2 DESPESAS DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL - RPPS

As despesas previdenciárias alcançaram no exercício de 2012, o montante de R$ 10.433.697 mil,

apresentando um acréscimo de R$ 876.247 mil (9,17%), em relação ao exercício anterior influenciado,

principalmente, pelo aumento de R$ 882.015 mil (9,23%) das despesas correntes, que somaram

99,99% do total das despesas empenhadas pelo RIOPREVIDÊNCIA.

Dez/2009

Dez/2010

Dez/2011

Dez/2012

87.388

86.027

180.564 208.607

Evolução da Receita do FUNDES Representação em R$ Mil

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Despesas Correntes 10.433.051 99,99% 9.551.036 99,93% 9,23%

Pessoal Próprio e Encargos 27.359 0,26% 27.206 0,28% 0,56%

Aposentadorias, Reformas 7.814.095 74,90% 6.948.045 72,75% 12,46%

Pensões 2.434.804 23,34% 2.111.563 22,11% 15,31%

Outras Despesas Correntes 156.794 1,50% 464.222 4,86% -66,22%

Despesas de Capital 645 0,01% 6.414 0,07% -89,94%

Investimentos 645 100,00% 6.414 100,00% -89,94%

10.433.697 100,00% 9.557.450 100,00% 9,17%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 078 - DESPESAS DO RPPS

DESCRIÇÃOEMPENHADA VAR.

NOM.

TOTAL

Page 104: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

104

6.2.1 DESPESA COM PESSOAL PRÓPRIO E ENCARGOS SOCIAIS

Compreende as despesas administrativas empenhadas pela unidade gestora do RIOPREVIDÊNCIA

para pagamento de pessoal próprio nos seguintes elementos de despesa: “Vencimentos e Vantagens

Fixas – Pessoal Civil”, “Obrigações Patronais”, “Outras Despesas Variáveis - Pessoal Civil”,

“Contribuições Patronais”, entre outros.

As despesas com Pessoal Próprio e Encargos do RIOPREVIDÊNCIA representaram apenas 0,26% do

total das despesas correntes, e atingiram o montante de R$ 27.359 mil, que em comparação com o

mesmo período de 2011, apresentou um aumento de R$ 153 mil (0,56%).

De acordo com a tabela anterior podemos constatar que as despesas com “Vencimentos e Vantagens

Fixas – Pessoal Civil”, elemento com maior participação no total das despesas empenhadas com

pessoal próprio, 55,47% (R$ 15.175 mil), apresentou uma queda de 7,43%, ficando R$ 1.218 mil (-

7,43%) aquém do resultado obtido no exercício de 2011.

6.2.2 PREVIDÊNCIA SOCIAL

Considerando que a finalidade do RIOPREVIDÊNCIA é o custeio dos proventos de aposentadorias e

reformas, das pensões e outros benefícios, concedidos e a conceder a servidores estatutários e seus

beneficiários, de todos os Poderes do Estado do Rio de Janeiro, consequentemente as despesas de

maior vulto estão concentradas nos elementos de despesas “aposentadorias e reformas” e “pensões”,

que juntas, responderam por 98,23% dos gastos com despesas correntes do RPPS da autarquia,

atingindo, no exercício de 2012, o montante de R$ 10.248.898 mil, representando um aumento de

13,13% (R$ 1.189.290 mil) em relação ao ano anterior, conforme demonstrado na tabela a seguir:

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil 15.175 55,47% 16.393 60,25% -7,43%

Outras Despesas Variáveis - Pessoal Civil 6.191 22,63% 5.135 18,87% 20,57%

Obrigações Patronais 628 2,29% 544 2,00% 15,33%

Despesas de Exercícios Anteriores 393 1,44% 109 0,40% 259,52%

Ressarcimento de Desp de Pessoal Requisitado 1.488 5,44% 1.361 5,00% 9,30%

Contribuição Patronal (RPPS) 3.484 12,73% 3.663 13,46% -4,89%

TOTAL 27.359 100,00% 27.206 100,00% 0,56%

Fonte:SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 079 - DESPESA DE PESSOAL PRÓPRIO E ENCARGOS SOCIAIS

DESCRIÇÃOEMPENHADA VAR.

NOM.

Page 105: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

105

De acordo com a tabela acima, podemos observar o desempenho da despesa com “aposentadorias e

reformas”, segregada por Poder, onde constatamos que quase todos apresentaram aumento de

gastos, com destaque para a despesa de pessoal inativo do Poder Executivo que atingiu 77,29% do

total das despesas desta categoria, obtendo uma variação nominal de 14,99% em relação ao mesmo

período do ano anterior, sendo reflexo das políticas de concessão de reajustes salariais para diversas

categorias que possuem grande contingente de servidores aposentados.

As despesas com “pensões” representaram 23,76% (R$ 2.434.804 mil) dos recursos da Previdência

Social. Devendo ser observado que os gastos relativos às pensões dos demais poderes estão

concentrados no Poder Executivo.

6.2.3 OUTRAS DESPESAS CORRENTES

O grupo de despesa "Outras Despesas Correntes" participou com 1,5% do total dos gastos do

RIOPREVIDÊNCIA, evidenciando um decréscimo de 66,22% (R$ 307.428 mil) em relação ao ano

anterior.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Aposentadorias e Reformas 7.814.095 76,24% 6.948.045 76,69% 12,46%

ALERJ 246.313 3,15% 241.817 3,48% 1,86%

TCE 263.194 3,37% 260.612 3,75% 0,99%

TJ 979.705 12,54% 907.430 13,06% 7,96%

EXECUTIVO 6.039.666 77,29% 5.252.499 75,60% 14,99%

MP 285.216 3,65% 285.687 4,11% -0,16%

Pensões - Executivo 2.434.804 23,76% 2.111.563 23,31% 15,31%

10.248.898 100,00% 9.059.609 100,00% 13,13%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 080 - DESPESA DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

DESCRIÇÃOEMPENHADA VAR.

NOM.

TOTAL

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Outras Despesas Correntes 156.794 100,00% 464.222 100,00% -66,22%

Indenizações e Restituições 102.739 65,52% 424.078 91,35% -75,77%

Sentenças Judiciais 6.813 4,35% 10.348 2,23% -34,16%

Auxílio Alimentação 618 0,39% 531 0,11% 16,41%

Outros Serv.de Terceiros - Pess.Física e Jurídica 23.760 15,15% 15.927 3,43% 49,18%

Despesas de Exercícios Anteriores 21.358 13,62% 12.211 2,63% 74,91%

Demais Despesas 1.506 0,96% 1.127 0,24% 33,61%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 081 - OUTRAS DESPESAS CORRENTES

DESCRIÇÃOEMPENHADA VAR.

NOM.

Page 106: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

106

As despesas com Indenizações e Restituições apresentaram os maiores gastos no total do grupo

“Outras Despesas Correntes” atingindo o montante de R$ 102.739 mil (65,52%). Já em termos

nominais apresentaram um decréscimo de 75,77% (R$ 321.340 mil), em relação ao exercício anterior,

impactando significativamente no resultado total apresentado neste grupo. Esta queda está

relacionada à despesa com recomposição da chamada “Conta B” junto a Caixa Econômica Federal

realizada no exercício de 2011.

As despesas “Outros Serviços de Terceiros” e as “Despesas de Exercícios Anteriores” atingiram juntas

o montante de R$ 45.118 mil, correspondendo um percentual de 28,78% do total das despesas

empenhadas neste grupo. Em termos nominais apresentaram variações positivas respectivamente de

49,18% e 74,91% em comparação ao ano anterior. O aumento apresentado pelo elemento “Outros

Serviços de Terceiros” está relacionado principalmente às despesas com serviços técnicos

profissionais e aos encargos com processamento de dados prestados por empresas privadas

especializadas. Já as “Despesas de Exercícios Anteriores” tiveram seu aumento relacionado,

principalmente, ao reconhecimento de despesas com pensões e benefícios previdenciários, ocorridas

em exercícios passados.

6.2.4 INVESTIMENTOS

Os Investimentos correspondem às despesas com planejamento e execução de obras, inclusive com

aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas e com a aquisição de

instalações, equipamentos e material permanente.

Os Investimentos totalizaram no exercício de 2012, o montante de R$ 645 mil, e apresentou um

decréscimo de 89,94% (R$ 5.768 mil) em relação ao ano anterior. Esta queda está relacionada às

obras de reforma com modificação de layout no antigo prédio do IPERJ no município do RJ realizada

no exercício de 2011, no valor de R$ 6.153 mil, tornando a base de análise inflada pelas obras

realizadas no ano anterior.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Investimentos 645 100,00% 6.414 100,00% -89,94%

Material de Consumo 3 0,42% - - -

Obras e Instalações 475 73,52% 6.153 95,93% -92,29%

Equipamentos e Material Permanente 168 26,05% 261 4,07% -35,55%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 082 - INVESTIMENTOS - 2012/2011

DESCRIÇÃOEMPENHADA VAR.

NOM.

Page 107: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

107

6.3 RESULTADO PREVIDENCIÁRIO

A seguir, serão analisados os parâmetros que compõem o resultado previdenciário, nos exercícios de

2011 e 2012:

Como podemos observar, o RIOPREVIDÊNCIA apresentou resultado negativo, no montante de R$

965.676 mil, representando uma variação nominal negativa de 277,50% quando comparado com o

exercício de 2011. Esse resultado é reflexo do crescimento das despesas (9,17%) e da redução das

receitas (-6,27%) no ano de 2012. Em relação à elevação das despesas, grande parte decorre de

aumentos salariais de determinadas categorias que possuem grande contingente de servidores

aposentados com paridade salarial em relação aos servidores ativos. Já a redução na arrecadação,

está relacionada, sobretudo, pelos ingressos dos Certificados Financeiros do Tesouro – CFT que teve

grande parte do seu fluxo adiantado em 2011 (vide item 3.1.2.1.3).

Nota-se que não houve aportes por parte do Tesouro, pois desde 2009 déficits pontuais foram

equacionados através de adiantamentos de receitas (resgates dos CFT’s) e utilização do saldo

disponível na conta de ativo “caixa e disponibilidades”, não se fazendo necessários repasses

provenientes do Tesouro Estadual.

R$ M il

2012 PART. 2011 PART.

Contribuição Previdenciária 1.225.440 12,94% 1.123.436 11,12% 9,08%

Contribuição Patronal 2.001.036 21,13% 1.568.462 15,53% 27,58%

Certificados Financeiros do Tesouro - CFT's 701.306 7,41% 2.222.041 22,00% -68,44%

Royalties de Petróleo e Gás / PEA 5.151.515 54,41% 4.485.673 44,41% 14,84%

Outras Receitas 388.724 4,11% 701.866 6,95% -44,62%

Total das Receitas Previdenciárias 9.468.021 100,00% 10.101.478 100,00% -6,27%

(+) Recursos Provenientes do Tesouro - - - - -

Total dos Repasses Previdenciários (I) 9.468.021 - 10.101.478 - -6,27%

2012 PART. 2011 PART.

Administrativas 184.798 1,77% 497.842 5,21% -62,88%

Previdenciárias 10.248.898 98,23% 9.059.609 94,79% 13,13%

Total das Despesas Previdenciárias (II) 10.433.697 100,00% 9.557.450 100,00% 9,17%

Resultado Previdenciário (I - II) (965.676) - 544.028 - -277,50%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

DESPESASEMPENHADA VAR.

NOM.

TABELA 083 - RESULTADO PREVIDENCIÁRIO

RECEITASARRECADADA VAR.

NOM.

Page 108: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

108

6.4 BALANÇO PREVIDENCIAL

Desde 2009 o RIOPREVIDÊNCIA vem cumprindo a Lei Complementar que o rege, produzindo

projeções de despesas com os Poderes baseadas majoritariamente nas informações detalhadas da

folha de pagamento dos mesmos, que passaram a ser transmitidas diretamente para a instituição.

Esta informação é fundamental para a estimativa das responsabilidades futuras da instituição, com

importantes reflexos na solvência do Estado do Rio de Janeiro.

Atualmente, o RIOPREVIDÊNCIA conta com cerca de 455 mil participantes, entre eles ativos, inativos

e pensionistas, e possui um ativo total de mais de R$ 97 bilhões de reais, dentre eles parte dos

direitos futuros de royalties e de participações especiais na exploração do petróleo e do gás natural do

Estado, nos termos do art. 20, §1º, da Constituição Federal. A instituição conta com um Comitê de

Investimentos, cujos principais objetivos são evitar que as decisões de investimentos sejam tomadas

por apenas uma pessoa e oferecer um fórum para debate amplo sobre assuntos financeiros e

orçamentários, e a implantação de procedimento contínuo de avaliação e credenciamento de

instituições financeiras para receberem recursos do Fundo.

Na tabela a seguir apresentamos o Balanço Previdencial do Rioprevidência, demonstrando

comparativamente que os ativos do plano que serviram de base para financiar as provisões

matemáticas nos períodos de 2011 e 2012 são insuficientes para cobrir as obrigações da autarquia.

Reserva Matemática é a conta do Passivo Atuarial que expressa a projeção atuarial, representativa da

totalidade dos compromissos líquidos do plano para com seus segurados (ativos, aposentados e

pensionistas).

R$ M il

ATIVO 2012 2011 PASSIVO 2012 2011

Certificados Financeiro do Tesouro 3.065.955 4.150.449 Outras Obrigações 1.254.841 2.017.081

Royalties do Petróleo 91.272.534 73.975.787 Provisões Matemáticas 134.342.694 121.993.907

Fundos de Investimentos 285.731 1.137.209 Benefícios Concedidos 94.635.703 85.649.246

Dívida Ativa - Determinação TCE 526.645 548.925 Benefícios a Conceder 42.671.598 39.231.015

Dívida Ativa 100.960 1.012.672 Reservas a Amortizar (2.964.607) (2.886.354)

Imóveis 236.858 211.128 Déficit/Superávit Técnico (37.631.750) (40.439.226)

Fluxo do FUNDES e FREMF 1.278.827 1.332.621

Créd. em Cobrança Administrativa 594.409 655.690

Créd. a Receber p/Comp. do BERJ 326.278 308.463

Outros 277.588 238.817

TOTAL 97.965.785 83.571.761 TOTAL 97.965.785 83.571.761

Fonte: SIAFEM

TABELA 084 - BALANÇO PREVIDENCIAL

Page 109: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

109

As Reservas Matemáticas do Plano somam R$ 134.342.694 mil, sendo a Reserva Matemática de

Benefícios a Conceder de R$ 42.671.598 mil e a Reserva Matemática de Benefícios Concedidos de

R$ 94.635.703 mil, observa-se também um passivo descoberto do Plano de R$ 2.964.607 mil.

A Avaliação Atuarial periódica de um Plano de benefícios de Regime Próprio de Previdência Social,

além de ser uma exigência legal, prevista na Lei nº. 9.717/98 e Portaria MPS nº. 204/08 é essencial

para a organização e revisão dos planos de custeio e de benefícios, no sentido de manter ou atingir o

equilíbrio financeiro e atuarial.

A Avaliação Atuarial do Rioprevidência, para o exercício de 2013, elaborada pela Caixa Econômica

Federal, é parte integrante do Volume 7 destas Contas de Gestão.

6.5 PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

O Regime de Previdência Complementar instituído pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro através

da Lei Estadual N° 6.243, de 21 de maio de 2012, tem como fundamentação os parágrafos 14, 15 e 16

do artigo 40 da Constituição Federal, e é destinado a custear a aposentadoria dos servidores que

ingressarem no serviço público estadual, ou para aqueles que assim optarem, a partir da data de início

do funcionamento da instituição incumbida da gerência do fundo.

Além da instituição do regime complementar, a lei N° 6.243 autorizou a criação de uma entidade

fechada de previdência complementar, de natureza pública, denominada Fundação de Previdência

Complementar do Estado do Rio de Janeiro - RJPREV, com a finalidade de administrar e executar

plano de benefícios de caráter previdenciário complementar, nos termos das Leis Complementares

federais nºs 108 e 109, ambas de 29 de maio de 2001.

O decreto estadual N°43.658, de 03 de julho de 2012, determinou que a RJPREV deverá ser

estruturada na forma de fundação pública de direito privado, sem fins lucrativos, dotada de autonomia

administrativa, financeira, gerencial e patrimonial, que exercerá o seu poder de tutela administrativa

por intermédio da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão - SEPLAG.

Já o decreto estadual Nº 43.932, de 09 de Novembro de 2012, em atendimento a lei N° 6.243,

estabeleceu as bases para inclusão da RJPREV no orçamento em análise. Para tanto, foram criadas a

Unidade Orçamentária 1242 – Fundação de Previdência Complementar do Estado do Rio de Janeiro –

RJPREV, e ainda a ação 0011 - Capitalização do RJPREV, ao orçamento da Unidade Orçamentária

3701 - Encargos Gerais do Estado. Também determinou a abertura de créditos especiais ao

Orçamento Fiscal de Encargos Gerais do Estado no valor de R$ 500.000,00.

Page 110: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

110

Os recursos utilizados para a abertura de créditos especiais foram provenientes de excesso de

arrecadação, e tiveram seus lançamentos feitos no SIAFEM através da 2012ND00001, recursos estes

oriundos de antecipação de contribuição social conforme disposto no art. 33 da Lei Estadual n°

6243/12, que institui o Regime de Previdência Complementar do ERJ – conforme demonstrado a

seguir:

UO PROGRAMA DE

TRABALHO

FONTE

RECURSO

NATUREZA

DESPESA V A L O R

12420 09122000226600000 010000000 319000 500.000,00

O crédito disponível autorizado para o programa de trabalho acima detalhado, referente à “Pessoal e

Encargos Sociais”, foi contido em virtude do lançamento da 2012ND0003, permanecendo seu valor

total (R$ 500.000,00) contingenciado na conta 292120105 – Crédito Contingenciado por Ato

Administrativo, não havendo, portanto, execução de despesas para esta UG no exercício de 2012.

Page 111: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

111

Page 112: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

112

7 PARTICIPAÇÕES GOVERNAMENTAIS DO PETRÓLEO

7.1 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS

A produção de petróleo e gás natural do Estado do Rio de Janeiro de 2012 apresentou queda de 1,2%

em relação ao ano anterior. Como a redução da produção no restante do país foi ainda maior (-3,5%)

a participação fluminense na produção nacional teve ligeiro aumento atingindo 74,4% (contra 74,0%

em 2011), de acordo com os dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e

Biocombustíveis (ANP).

Com o resultado de 2012 é mantida a tendência de queda da produção de óleo observada desde 2009

no território fluminense. Entre os grandes campos os destaques negativos ficaram por conta de

Roncador, que com a queda de 13% na produção em relação a 2011 perdeu o primeiro lugar no

ranking de produção entre os campos fluminenses, e Marlim Leste, que teve queda de 29%. Por outro

lado Marlim Sul, com a alta de 18% no ano, assumiu o posto de maior produtor do estado. Destaque

positivo também para os campos de maior dinamismo, a saber: Lula (+369%) e Peregrino (+268%). É

importante destacar que alguns campos tiveram problemas, ao longo de 2012, decorrentes

principalmente de paradas técnicas não programadas oriundas de processo de fiscalização de órgãos

de controle. Já o Campo de Frade merece uma menção a parte por ter interrompido a sua produção

em meados de março devido a graves problemas de vazamentos na plataforma de exploração.

Fonte: ANP.

-

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

2007 2008 2009 2010 2011 2012

82.820 87.021 96.221 94.566 90.393 89.268

18.617 18.431 16.959 24.667 31.784 30.673

Participação do Estado do Rio de Janeiro na Produção Nacional de Petróleo (em mil m³)

RIO DE JANEIRO OUTROS ESTADOS

Page 113: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

113

7.2 DESEMPENHO DOS ROYALTIES E PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS EM 2012

Em 2012, o Estado do Rio de Janeiro recebeu R$ 8,235 bilhões relativos aos royalties do petróleo. O

resultado representou elevação de 18,5% em relação ao ano anterior. Embora afetadas

negativamente pela queda da produção, as receitas foram impulsionadas pela combinação da

depreciação da moeda nacional com a alta nos preços do óleo, durante todo o ano.

Nos quatro primeiros meses do ano houve expressivo aumento dos valores do petróleo, compensando

parcialmente uma ligeira apreciação do câmbio. Nos quatro meses seguintes, houve uma inversão de

papéis com grande desvalorização da commodity enquanto a moeda nacional sofreu forte

depreciação.

Nos meses finais do ano houve estabilização de preços do petróleo em um patamar relativamente alto

oscilando em torno de US$ 110, enquanto a moeda nacional manteve sua cotação acima de R$ 2,00 /

US$. Essa combinação teve impacto direto nos altos recebimentos de royalties e participações

especiais nos meses finais do ano.

Fonte: EIA.

A exemplo do que ocorrera em anos anteriores, as receitas do petróleo permanecem sendo a segunda

principal fonte de receitas para o Estado do Rio de Janeiro. O ICMS, que possui a maior

arrecadação, montou a R$ 26,6 bilhões, representando, aproximadamente, 41,9% do total, enquanto

os royalties representaram 12,9%.

85

90

95

100

105

110

115

120

125

130

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Preço do Brent (US$/barril) - 2012

Page 114: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

114

Em 2012, as participações governamentais do petróleo arrecadados superaram em 24,5% ao previsto

no orçamento estadual. Do total da arrecadação 64,0% foram provenientes das participações

especiais, que superaram a meta em 27,0%.

É importante ressaltar que, quando da preparação do PLOA 2012, entre maio e junho de 2011, foram

utilizados parâmetros (Brent e câmbio) projetados – respectivamente – pela Agência Internacional de

Energia (EIA) e pelo Banco Central do Brasil (BCB), fato que constitui praxe corrente. Sendo assim

cabe destacar que mesmo as instituições de grande porte possuem grandes dificuldades de prever

adequadamente o comportamento das variáveis, sobretudo a taxa de câmbio.

Fonte: IPEADATA.

Neste contexto, é importante relembrar que todos os fatores determinantes para a arrecadação de

royalties (dólar, preço do óleo do tipo Brent e produção de petróleo e gás natural) estão suscetíveis a

diversos condicionantes de difícil previsibilidade. Além do panorama macroeconômico nacional,

exercem influência sobre essas variáveis, as perspectivas do desdobramento do cenário político-

econômico internacional. Em 2012, a persistência da crise econômica em nível internacional acarretou

efeitos ligeiramente positivos nesta fonte de recursos.

1,6500

1,7000

1,7500

1,8000

1,8500

1,9000

1,9500

2,0000

2,0500

2,1000

2,1500

janeiro fevereiro março abril maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro

Taxa de Câmbio (R$/US$) - 2012

Page 115: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

115

Embora se espere que a volatilidade seja menor na variável “produção” do que nas demais variáveis

devido à existência de contratos de exploração, com valores esperados de produção para cada um

dos campos, em 2012, campos bastante relevantes tiveram sua produção reduzida. A produção

esperada é não só determinante no fluxo de caixa da empresa, mas também fator decisivo no

investimento e cálculo da rentabilidade do mesmo.

Os custos operacionais exercem influência na rentabilidade do campo e afetam sobremaneira o

cálculo das participações especiais. No entanto, tais custos tendem à estabilidade, salvo ocorrência de

saltos tecnológicos, variações nos preços dos insumos e/ou alterações bruscas na produtividade.

Do total de recursos arrecadados em 2012, foram aplicados R$ 4.983 milhões no RIOPREVIDÊNCIA,

R$ 2.667 milhões em Encargos Gerais do Estado, para pagamento do PASEP e Tesouro Nacional; e

R$ 412 milhões em investimentos através do Fundo Estadual de Conservação Ambiental – FECAM.

Em Reais

RECEITA

PREVISTA

RECEITA

REALIZADA

Cota Parte da Comp. Financ. dos Royalties p/Produção do Petróleo - Até 5% 1.061.299.840 1.288.709.273

Cota Part. Compens. Financ. Royalties pela Prod. Petróleo Transf. Municípios 353.766.613 429.569.758

Royalties pela Produção do Petróleo Excedente a 5% 1.051.595.860 1.245.302.501

Cota Parte Participação Especial Expl.Petróleo e Gás Natural - Lei Nº 9.478/97 4.147.652.327 5.268.453.076

Cota-Parte Fundo Especial do Petróleo - FEP 3.279.828 3.831.887

6.617.594.468 8.235.866.495

UGE GRUPO REALIZADA*% REALIZADA /

TOTAL

Secretaria de Estado de Obras Investimentos 14.350.286 0,18%

CEDAE - Ações Descentralizadas Investimentos 84.984.643 1,05%

Fund Centro Est Estat, Pesq, Form Serv-CEPERJ Investimentos 99.996 0,00%

Empr de Pesquisa Agropecuária do Est do RJ Investimentos 988.566 0,01%

Secretaria de Estado do Ambiente Investimentos 73.712.294 0,91%

Unidade Executora de Programa - UEPSAM Investimentos 1.871.798 0,02%

Instituto do Ambiente - INEA Investimentos 145.488.699 1,80%

Comp de Transp sobre Trilhos do Est do RJ Investimentos 78.942.989 0,98%

Secretaria de Estad Assist Soc e Dir Humanos Investimentos 507.770 0,01%

Depart Recursos Minerais Estado RJ Investimentos 1.710.795 0,02%

Subsecretaria de Comunicação Social Investimentos 342.392 0,00%

Centro e Tecn de informação e Comum do ERJ Investimentos 252.760 0,00%

UERJ - Administração Geral Investimentos 9.622.790 0,12%

Encargos Gerais do Estado sob Superv da SEFAZ Outras despesas 2.667.317.198 33,08%

Rioprevidência / Aposentadorias e Pensões Outras despesas 4.983.436.163 61,80%

8.063.629.138 100,00%

Fonte: Sistema de Informações Gerenciais - SIG

*Despesa Empenhada

TOTAL

TABELA 085 - EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DAS PARTICIPAÇÕES GOVERNAMENTAIS DO PETRÓLEO - RJ

RECEITA

CÓDIGO DA RECEITA POR SUB-ALÍNEA

TOTAL

DESPESA

Page 116: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

116

7.3 EVOLUÇÃO DAS RECEITAS DAS PARTICIPAÇÕES GOVERNAMENTAIS

O gráfico abaixo permite verificar a evolução do peso das participações governamentais na receita

total do Rio de Janeiro. Deve-se destacar a importância que esta receita assumiu ao longo deste

período, mostrando o grau de influência do petróleo na sua economia. Enquanto em 2002 esta receita

representava 7,15% do total arrecadado, em 2012 representou 12,95% da arrecadação.

Desde o início da série analisada, as receitas de royalties elevaram sua importância. Tal fato ocorreu

por conta da entrada em operação de novos poços e sistemas de produção como Marlim Leste,

Roncador e Barracuda, e agora mais recentemente, o campo de Lula, que é atualmente o maior

explorador da camada do Pré-Sal do país. Importante frisar que em 2006 iniciou-se o pagamento das

participações especiais, uma modalidade de indenização paga pelos grandes campos em caso de alto

volume de produção e rentabilidade. Esse pagamento incidente atualmente sobre dez grandes

campos localizados no Estado do Rio de Janeiro e resultam numa arrecadação superior ao royalty

propriamente dito.

O ano de 2008 figurou, durante muito tempo, como o pico histórico da arrecadação das participações

governamentais. Em 2009, houve queda significativa no recebimento destes recursos, por conta da

crise econômica internacional que afetou sobremaneira o preço do petróleo no mercado internacional.

No entanto desde 2010 o Estado vem registrando crescimento expressivo desta receita explicada

principalmente pela valorização do barril do petróleo, uma vez que a produção vem caindo

paulatinamente nos últimos anos. Sendo assim em 2012 houve arrecadação recorde de participações

governamentais.

6,00%

8,00%

10,00%

12,00%

14,00%

16,00%

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Proporção de participações governamentais na Receita Total (%)

Page 117: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

117

O gráfico, a seguir, mostra a evolução histórica das participações governamentais frente a receita

tributária e a receita total do estado. Em 2012 as participações governamentais foram equivalentes a

23,4% da receita tributária arrecadada pelo Estado do Rio de Janeiro. Não obstante, deve-se frisar a

peculiaridade desta receita pois, enquanto a receita tributária pode ser gerida pelo Estado por se tratar

de uma receita própria, as participações governamentais dependem da produção dos campos e dos

preços alcançados, inclusive internacionalmente, tratando-se, ainda, de um recurso finito.

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Evolução das Receitas (em milhões R$)

RECEITA TOTAL RECEITA TRIBUTÁRIA PARTICIPAÇÕES GOVERNAMENTAIS

EXERCÍCIORECEITA

TOTAL

RECEITA

TRIBUTÁRIA

PARTICIPAÇÕES

GOVERNAMETAIS

ROYALTIES / REC.

TOTAL

2002 25.718 16.189 1.840 7,15%

2003 29.935 17.362 3.514 11,74%

2004 31.534 18.717 3.514 11,15%

2005 32.667 18.340 4.330 13,26%

2006 35.663 19.598 5.329 14,94%

2007 36.483 20.183 4.363 11,96%

2008 43.016 22.920 6.719 15,62%

2009 44.819 24.884 4.887 10,90%

2010 53.687 29.087 6.409 11,94%

2011 57.454 32.555 6.952 12,10%

2012 63.590 35.141 8.235 12,95%

Obs 1: Para efeito de comparação os resultados de 2002 a 2012 excluem a IM PRENSA OFICIAL e a CEDAE

por não mais se enquadrarem no conceito de empresa dependente.

Obs 2: Receita Total com Intra-Orçamentária.

TABELA 086 - EVOLUÇÃO DA RECEITA TOTAL, RECEITA TRIBUTÁRIA E PARTICIPAÇÕES

GOVERNAMENTAIS

Page 118: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

118

Embora a arrecadação de participações governamentais tenha registrado expressivo aumento em

relação a ano anterior (+18,5%) destaca-se que esta elevação não resultou, entretanto, em redução

da austeridade da política fiscal do Estado. Sabe-se que a maior parte dos recursos oriundos do

petróleo são destinados para a capitalização do RIOPREVIDÊNCIA, e não para gastos em despesas

correntes, por isso qualquer redução nas receitas do petróleo eleva o risco de eventual necessidade

de aporte do Tesouro Estadual no pagamento de aposentadorias e pensões. Nos últimos anos, a

geração de superávits financeiros obtidos pelo RIOPREVIDÊNCIA tem constituído reserva importante

para eventual necessidade.

Page 119: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

119

Page 120: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

120

8 VINCULAÇÕES CONSTITUCIONAIS

Neste item demonstramos o cumprimento pelo Estado do Rio de Janeiro no que tange à aplicação de

recursos em despesas consideradas para fins de limites constitucionais, e que são de relevância para

a sociedade, como saúde e educação, bem como o amparo à pesquisa e à conservação ambiental e

desenvolvimento urbano.

8.1 AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE

A Constituição Federal, por intermédio do artigo 196, dispõe que a saúde é direito de todos e dever do

Estado. A organização e as formas de financiamento da saúde encontram-se disciplinadas nos artigos

197, 198, 199 e 200 da citada norma. O disposto no artigo 198 da Constituição Federal e o artigo 77

do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT, alterados pela Emenda Constitucional nº

29, de 13 de setembro de 2000, asseguraram os recursos mínimos para o financiamento das ações e

serviços públicos de saúde.

O inciso II do artigo 77 do ADCT determina que os Estados e o Distrito Federal devem aplicar 12%

(doze por cento) do produto da arrecadação dos impostos a que se refere o artigo 155 e dos recursos

de que tratam os artigos 157 e 159, inciso I, alínea “a“, e inciso II da Constituição Federal, deduzidas

as parcelas que forem transferidas aos seus Municípios.

A Lei Complementar 141, de 13 de janeiro de 2012, foi editada para regulamentar o § 3º do artigo 198

da Constituição Federal e estabeleceu que o percentual mínimo das receitas de impostos vinculados a

ser destinado pelos estados às ações e serviços públicos de saúde permanecerá em 12%. Verifica-se,

portanto, que foram mantidos os critérios mínimos de aplicação anteriormente previstos no artigo 77

do ADCT (acrescido pela EC n.º 29/2000).

8.1.1 BASE DE CÁLCULO PARA APLICAÇÕES EM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS

DE SAÚDE

Considerando a legislação mencionada, apresentamos a seguir, o Demonstrativo das Receitas de

Impostos e Transferências auferidas pelo Estado em 2012, que são utilizadas como base de cálculo

para aplicação de recursos em saúde:

Page 121: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

121

A receita líquida de impostos, inicialmente prevista na Lei Orçamentária Anual para o exercício de

2012, como base de cálculo para o valor mínimo a ser aplicado em saúde, conforme disposto na

Emenda Constitucional nº 29/2000, correspondeu a R$ 29.113.800 mil.

A receita líquida de impostos efetivamente arrecadada no ano atingiu o montante de R$ 28.241.694

mil, alcançando 97,00% do total previsto para o exercício. Assim, o valor mínimo a ser aplicado em

ações e serviços públicos de saúde, com base no índice legal de 12%, correspondeu a R$ 3.389.003

mil.

8.1.2 VALORES APLICADOS PELO ESTADO EM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE

SAÚDE

As aplicações pelo Estado na Função de Governo Saúde, provenientes da arrecadação das receitas

consideradas para fins de limite constitucional, foram realizadas através das fontes de recursos 00, 22

e 23, sendo empenhado o montante de R$ 3.625.695 mil em 2012, conforme demonstrado a seguir:

A execução da despesa através da fonte 23 – Contratos Intraorçamentários, introduzida na gestão

orçamentária de 2011, foi objeto da Nota Técnica n°004/2012/SUGER/CGE justificando sua utilização

na apuração do índice da saúde, por tratar-se de despesas realizadas pela UGE 294200 – Fundação

Estatal Hospitalar de Urgência e Emergência, cujas receitas são provenientes de repasses da UG

296100 – FES, por meio da Fonte 07 – Demais Transferências da União Provenientes de Impostos.

R$ M il

PREVISTA ARRECADADA DIFERENÇAARRECAD.

/PREV.

(+) Impostos (IRRF + IPVA + ITCMD + FECP + ICMS + ICM) 34.976.359 33.367.906 (1.608.453) 95,40%

(+) Transfer. Recebidas (FPE + IPI + LEI COMP. Nº 87/96) 1.970.735 1.793.235 (177.501) 90,99%

(+) Dívida Ativa dos Respectivos Impostos 202.247 622.509 420.261 307,80%

(+) Receitas de Multas Ref. a Impostos e Dívida Ativa 330.258 437.935 107.677 132,60%

(-) Transf. aos Municíp (IPVA + ICMS + ICM + IPI e DÍV. ATIVA) (8.365.799) (7.979.890) 385.909 95,39%

Receita Líquida de Impostos (Base de Cálculo) 29.113.800 28.241.694 (872.106) 97,00%

Mínimo a Ser Aplicado em Saúde (12% da Receita Arrecadada)

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 087 – BASE DE CÁLCULO PARA FINS DE LIMITE CONSTITUCIONAL - SAÚDE

RECEITAS CONSIDERADAS PARA FINS DE LIMITE

CONSTITUCIONAL

2012

3.389.003

R$ M il

DESPESA

EMPENHADAPART.

00 Ordinários Provenientes de Impostos 2.356.025 64,98%

22 Adicional do ICMS - FECP 1.236.379 34,10%

23 Contratos Intraorçamentários Gestão de Saúde 33.291 0,92%

3.625.695 100,00%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 088 - EXECUÇÃO DA DESPESA POR FONTE RECURSO - SAÚDE

FONTE DE RECURSO

TOTAL

Page 122: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

122

Com o objetivo de demonstrar a natureza básica das ações que se aglutinam na Função Saúde, a

tabela a seguir apresenta de forma detalhada a aplicação dos recursos, demonstrando os gastos

realizados e segmentados por subfunção:

Dos investimentos realizados na área da Saúde, a subfunção “Assistência Hospitalar e Ambulatorial”,

alcançou 53,28% (R$ 1.931.845 mil) do total dos gastos. Destes 59,89% referem-se às despesas

relacionadas ao “Programa Assistência Hospitalar e Ambulatorial nas Unidades Próprias”, realizando

gastos em diversos projetos/atividades, tais como: Operacionalização das unidades próprias

hospitalares, Gestão compartilhada e integral de unidades próprias, Construção, reforma e aquisição

de material permanente, entre outros.

Cabe ainda destacar, os gastos realizados na subfunção “Administração Geral” correspondendo a

35,72% (R$ 1.294.968 mil) do total das despesas empenhadas. Dos recursos realizados através desta

subfunção, 99,92% (R$ 1.293.968 mil) concentraram-se no programa “Gestão Administrativa”,

utilizados principalmente com despesas de “Pessoal e Encargos Sociais” (R$ 1.111.113 mil).

Os recursos destinados à saúde têm como principal executor o Fundo Estadual de Saúde – FES,

instituído pela Lei Estadual 1.512/89, como instrumento de suporte financeiro para o desenvolvimento

das ações nas áreas médica, sanitária, hospitalar e de apoio, executadas ou coordenadas pela

Secretaria de Estado de Saúde, segundo diretrizes do Sistema Único de Saúde. Em 2012, o FES

executou 78,63% do total dos recursos realizados, conforme demonstrado na tabela a seguir:

R$ M il

SUBFUNÇÃO

(Fontes: 00, 22 e 23) EMPENHADO PART.

Administração Geral 1.294.968 35,72%

Formação de Recursos Humanos 14.387 0,40%

Defesa Civil 99.627 2,75%

Relações Diplomáticas 1.353 0,04%

Assistência à Criança e ao Adolescente 3.498 0,10%

Atenção Básica 27.492 0,76%

Assistência Hospitalar e Ambulatorial 1.931.845 53,28%

Suporte Profilático e Terapêutico 180.920 4,99%

Vigilância Sanitária 4.260 0,12%

Vigilância Epidemiológica 4.701 0,13%

Alimentação e Nutrição 55.471 1,53%

Desenvolvimento Científico 6.661 0,18%

Difusão do Conhecimento Científ. e Tecnológ. 512 0,01%

TOTAL 3.625.695 100,00%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 089 - EXECUÇÃO DAS DESPESAS COM SAÚDE POR SUBFUNÇÃO

2012

Page 123: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

123

Conforme mencionado nos artigos 14 e 16 da Lei Complementar 141/12, o Fundo Estadual de Saúde,

constituir-se-á em unidade orçamentária e gestora dos recursos destinados a ações e serviços

públicos de saúde e, por conseguinte, os repasses destes recursos deverão ser feitos diretamente ao

FES.

8.1.3 DESPESAS EXCLUÍDAS PARA APURAÇÃO DO LIMITE CONSTITUCIONAL

Da análise das aplicações realizadas na Função de Governo Saúde, em atenção a Lei Complementar

141/2012, conclui-se que algumas despesas que compõem o total demonstrado, devem ser excluídas

do cálculo do índice constitucional por não se enquadrarem no conceito de ações e serviços públicos

de saúde.

A maior parte das despesas excluídas não atende ao princípio da universalidade mencionado no

inciso III do artigo 4º da LC 141 e expresso no artigo 196 da Constituição Federal, abaixo reproduzido:

“Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas

sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e

ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e

recuperação.”

R$ M il

UNIDADE GESTORA EXECUTANTE

(Fontes: 00, 22 e 23) EMPENHADO PART.

045200 Empresa de Obras Públicas do Estado do RJ 70.331 1,94%

120100 Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão 182 0,01%

120200 Subsecretaria de Recursos Logisticos - SEPLAG 3.273 0,09%

140100 Secretretaria de Estado de Governo - SEGOV 4.406 0,12%

160100 Secretaria de Estado de Defesa Civil 109.327 3,02%

200900 Subsecretaria Adjunta do Tesouro Estadual 54.691 1,51%

210600 Subsecretaria Militar 12.554 0,35%

243100 Inst Estadual de Engenharia e Arquitetura 111 0,00%

250100 Secretaria de Estado de Admin.Penitenciária 2.294 0,06%

290100 Secretaria de Estado de Saúde 230 0,01%

293100 Instituto de Assist dos Servid do Est RJ 26.606 0,73%

294200 Fundação Estatal Hosp Urgência e Emergência 33.076 0,91%

296100 Fundo Estadual de Saúde 2.851.001 78,63%

297100 Instituto Vital Brazil SA. 120.000 3,31%

320100 Secretaria de Estad Assist Soc e Dir Humanos 63.821 1,76%

390100 Subsecretaria de Comunicação Social 10.671 0,29%

403200 Centro de Tecn de Informação e Comun do ERJ 31.817 0,88%

404310 Administração Central da UERJ 223.531 6,17%

404340 Hospital Universitário Pedro Ernesto 3.913 0,11%

424100 Fundação para a Infância e Adolescência 3.861 0,11%

3.625.695 100,00%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 090 - EXECUÇÃO DAS DESPESAS POR UNIDADE GESTORA EXECUTANTE

UG2012

TOTAL

Page 124: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

124

Além das despesas excluídas por não atenderem ao acesso universal e igualitário à saúde, também

foram deduzidos outros valores que não se destinam a investimentos na rede de serviços, à cobertura

assistencial ambulatorial e hospitalar ou às demais ações de saúde, assim como os restos a pagar

cancelados no ano objeto desta prestação de contas, cujas despesas formaram o índice em anos

anteriores.

8.1.4 APURAÇÃO DO PERCENTUAL CONSTITUCIONAL APLICADO EM AÇÕES E

SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE

O Estado do Rio de Janeiro atingiu ao fim do exercício de 2012, o índice de 12,10% do total da receita

líquida de impostos, base de cálculo para as despesas aplicadas em ações e serviços públicos de

saúde, considerando-se ainda, as deduções apresentadas no item anterior.

Conclui-se, portanto, que o Governo do Estado cumpriu o limite mínimo de 12,00% estabelecido no

artigo 77 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, obtendo inclusive, um excesso de

aplicação de R$ 28.707 mil acima deste percentual.

R$ M il

DEDUÇÕES EMPENHADO

Despesa no PT 2715 - Operacionalização da Farmácia Popular 64.132

Despesa no PT 2778 - Proteção Especial ao Usuário de Drogas 9.617

Despesa no PT 2780 - Promoção de Alimentação Saudável 55.471

Despesa no PT 4009 - Prot. Espec. à Criança e Adolesc. Dep. Químico 3.498

Despesa referente ao IASERJ (U.O.2931) 26.819

Despesa com Juros e Encargos da Dívida (32%) 316

Encargos com Multas/Juros - Impostos (33903992 e 33904723) 5.809

Despesa Intra-Orçamentária Ref. A Gestão de Serviços de Saúde (33913930) 33.168

Despesas com Restituições (33909302 e 44909302) 2.555

Restos a Pagar Cancelados 6.597

TOTAL 207.984

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 091 - DEDUÇÕES PARA ATENDIMENTO DO MÍNIMO CONSTITUCIONAL

R$ M il

DESCRIÇÃODESPESA

EMPENHADA

Total das Despesas com Ações e Serviços Públicos de Saúde 3.625.695

(-) Total das Deduções (207.984)

Total das Despesas para Fins de Limite Constitucional 3.417.711

Base de Cálculo (Total da Receita Líquida de Impostos) 28.241.694

Valor mínimo a ser aplicado em Saúde (12% da Base de Cálculo) 3.389.003

Índice Alcançado (Despesas p/ Fins de Limite Const. ÷ Base de Cálculo) 12,10%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 092 – APURAÇÃO DO ÍNDICE CONSTITUCIONAL

Page 125: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

125

8.2 SISTEMA EDUCACIONAL

Na área educacional, a Constituição Federal de 1988, além de afirmar o direito público e subjetivo da

educação para todos (artigo 205), registrou como dever do poder público:

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de

idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram

acesso na idade própria;

II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,

preferencialmente na rede regular de ensino;

IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade;

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística,

segundo a capacidade de cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de

programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e

assistência à saúde.

O artigo 212, da Constituição Federal estabelece o percentual mínimo que cada ente governamental

deverá aplicar na educação, cabendo aos Estados, no mínimo, 25% de suas receitas de impostos e

transferências constitucionais, deduzida a parcela da arrecadação transferida aos municípios.

8.2.1 BASE DE CÁLCULO PARA APLICAÇÕES DE RECURSOS NO SISTEMA

EDUCACIONAL

A Receita Líquida de impostos, inicialmente prevista na Lei Orçamentária Anual para o exercício de

2012, como base de cálculo para o valor mínimo a ser aplicado em Educação, conforme disposto na

Constituição Federal, art. 212, correspondeu a R$ 29.113.874 mil.

R$ M il

PREVISTA ARRECADADA DIFERENÇAARRECAD.

/PREV.

(+) Impostos (IRRF + IPVA + ITCMD + ITBI + FECP + CMS + ICM) 34.976.363 33.367.906 (1.608.457) 95,40%

(+) Transf. Recebidas (FPE + IPI + LEI COMP. 87/96 + IOF) 1.970.806 1.793.285 (177.521) 90,99%

(+) Dívida Ativa dos Respectivos Impostos 202.247 622.509 420.261 307,80%

(+) Receitas de Multas Ref. a Impostos e Dívida Ativa 330.258 437.935 107.677 132,60%

(-) Transf. aos Municípios (IPVA+ITBI+ICMS+ICM+IPI+DÍV.ATIVA) (8.365.802) (7.979.890) 385.911 95,39%

Total - Base de Cálculo 29.113.874 28.241.745 (872.129) 97,00%

Mínimo a ser aplicado em Educação (25% da Rec. Arrecadada)

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 093 - BASE DE CÁLCULO PARA APURAÇÃO DO LIMITE CONSTITUCIONAL - EDUCAÇÃO

RECEITAS CONSIDERADAS PARA FINS DE LIMITE CONSTITUCIONAL

2012

7.060.436

Page 126: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

126

Acompanhando o desempenho da receita, verifica-se que até o fim do exercício foi arrecadado o

montante de R$ 28.241.745 mil, atingindo 97,00% do total previsto. Assim, o valor mínimo a ser

aplicado no período em análise, com base no índice legal de 25%, correspondeu a R$ 7.060.436 mil.

8.2.2 VALORES APLICADOS EM MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO –

MDE

As ações em manutenção e desenvolvimento do ensino, realizadas pelo Estado do Rio de Janeiro em

2012, alcançaram o montante de R$ 7.402.888 mil. Custeadas com os recursos especificados na base

de cálculo, foram executadas através das fontes 00, 06, 07, 15 e 22, conforme demonstrado a seguir:

Com o objetivo de demonstrar a natureza básica das ações que se aglutinam na Função Educação, a

tabela a seguir apresenta de forma detalhada a aplicação dos recursos, demonstrando os gastos

realizados e segmentados por subfunção:

R$ M il

00 Ordinários Provenientes de Impostos 4.210.762 56,88%

06 Fundo de Participação dos Estados 119.594 1,62%

07 Demais Transferências Constitucionais - União 66.833 0,90%

15 Fundo Manut. Desenv. Educação Básica - FUNDEB 2.502.768 33,81%

22 Fundo Estadual de Combate a Pobreza - FECP 502.931 6,79%

7.402.888 100,00%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 094 - EXECUÇÃO DA DESPESA POR FONTE RECURSO - MDE

FONTE DE RECURSODESPESA

EMPENHADAPART.

TOTAL

R$ M il

SUBFUNÇÃO

(Fontes: 00, 06, 07, 15 e 22) EMPENHADO PART.

Administração Geral 1.744.524 23,57%

Assistência à Criança e ao Adolescente 146.709 1,98%

Alimentação e Nutrição 15.646 0,21%

Ensino Fundamental 3.225.687 43,57%

Ensino Médio 1.837.966 24,83%

Ensino Profissional 80.053 1,08%

Ensino Superior 164.479 2,22%

Educação de Jovens e Adultos 1.720 0,02%

Educação Especial 24.605 0,33%

Difusão Cultural 708 0,01%

Desenvolvimento Científico 83.745 1,13%

Difusão do Conhecimento Científ. e Tecnológ. 77.047 1,04%

TOTAL 7.402.888 100,00%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 095 - EXECUÇÃO DAS DESPESAS POR SUBFUNÇÃO - MDE

2012

Page 127: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

127

Em relação às despesas categorizadas por subfunção, destacam-se as realizadas com o “Ensino

Fundamental” que atingiram um montante de R$ 3.225.687 mil, correspondendo a 43,57% do total

empenhado. Deste montante, R$ 2.263.185 mil referem-se às transferências do Estado para a

formação do FUNDEB, e do restante, R$ 947.969 mil, referem-se às despesas com Pessoal e

Encargos Sociais e R$ 14.533 mil a despesas de exercícios anteriores, relacionadas ao FUNDEB.

Em seguida, representando 24,83% do total realizado por subfunção, as despesas com “Ensino

Médio” alcançaram um montante de R$ 1.837.966 mil em 2012. Tendo como principal fonte de gastos

os Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil (319011) e Obrigações Patronais (319113), que

juntas somaram R$ 1.605.446 mil.

A seguir, evidenciamos as despesas empenhadas com Educação por Unidade Gestora Executante:

Conforme demonstrado, 41,81% (R$ 3.094.938 mil) dos recursos aplicados em Educação foram

executados pela própria Secretaria de Estado de Educação, e 30,77 % (R$ 2.277.718 mil)

representaram as contribuições repassadas ao FUNDEB através da UG 370200 - Encargos Gerais do

Estado sob Supervisão da SEFAZ.

R$ M il

UNIDADE GESTORA EXECUTANTE

(Fontes: 00, 06, 07, 15 e 22) EMPENHADO PART.

045200 Empresa de Obras Públicas do Estado do RJ 115.806 1,56%

070100 Secretaria de Estado de Obras 978 0,01%

120100 Sec de Est de Planejamento e Gestão 8.008 0,11%

120200 Subsecretaria de Recursos Logisticos - SEPLAG 3.439 0,05%

123400 Fundo Único de Prev Social do Estado do RJ 10 0,00%

124100 Fund Centro Est Estat, Pesq,Form Serv-CEPERJ 16.523 0,22%

150100 Secretaria de Estado de Cultura 6.341 0,09%

180100 Secretaria de Estado de Educação 3.094.938 41,81%

200900 Subsecretaria Adjunta do Tesouro Estadual 128.063 1,73%

210700 Departamento Geral de Ações Sócio-Educativas 121.740 1,64%

254100 Fundação Santa Cabrini 135 0,00%

261100 Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro 16.635 0,22%

370200 Encargos Gerais do Estado sob Superv da SEFAZ 2.277.718 30,77%

390100 Subsecretaria de Comunicação Social 12.691 0,17%

403200 Centro de Tecn de Informação e Comun do ERJ 9.633 0,13%

404100 Fundação C.C.F. de Amparo à Pesquisa do ERJ 160.796 2,17%

404310 Administração Central da UERJ 637.440 8,61%

404400 Fund de Apoio à Escola Técnica do Est do RJ 592.803 8,01%

404500 Fund Univ Est Norte Fluminense Darcy Ribeiro 128.636 1,74%

404600 Fund Centro Ciên Educ Sup Distân do Est RJ 52.050 0,70%

404700 Centro Universitário Estadual da Zona Oeste 18.505 0,25%

7.402.888 100,00%

Fonte: SIAFEM /SIG

TABELA 096 - EXECUÇÃO DA DESPESA POR UNIDADE GESTORA EXECUTANTE - MDE

UG2012

TOTAL

Page 128: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

128

Atentamos também para a execução orçamentária realizada através das UG’s 404310 –

Administração Central da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e 404400 – Fundação de

Apoio à Escola Técnica (FAETEC), que juntas somaram R$ 1.230.243 mil, em atendimento a diversos

projetos e atividades para manutenção e desenvolvimento de suas atividades-fim.

8.2.3 DESPESAS EXCLUÍDAS PARA APURAÇÃO DO LIMITE CONSTITUCIONAL

Algumas despesas registradas na função 12 – Educação – não devem ser consideradas para fins de

manutenção e desenvolvimento do ensino, é o que salienta o art. 71 da Lei N° 9.394/96 – Lei de

Diretrizes e Bases da Educação (LDBE) – transcrito a seguir:

Art. 71. Não constituirão despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino

aquelas realizadas com:

I - pesquisa, quando não vinculada às instituições de ensino, ou, quando efetivada fora

dos sistemas de ensino, que não vise, precipuamente, ao aprimoramento de sua

qualidade ou à sua expansão;

II - subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial, desportivo ou

cultural;

III - formação de quadros especiais para a administração pública, sejam militares ou

civis, inclusive diplomáticos;

IV - programas suplementares de alimentação, assistência médico-odontológica,

farmacêutica e psicológica, e outras formas de assistência social;

V - obras de infra-estrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou

indiretamente a rede escolar;

VI - pessoal docente e demais trabalhadores da educação, quando em desvio de

função ou em atividade alheia à manutenção e desenvolvimento do ensino.

Assim sendo, quando da apuração para o cumprimento do mínimo constitucional, delimitado no art.

212 da Constituição Federal, faz-se necessário deduzir determinadas despesas, por não se

enquadrarem nos incisos estabelecidos pelo referido artigo da LDBE.

Page 129: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

129

8.2.4 APURAÇÃO DO PERCENTUAL CONSTITUCIONAL APLICADO NO SISTEMA

EDUCACIONAL

O valor mínimo a ser aplicado em Educação no ano de 2012, com base no índice legal de 25% da

Base de Cálculo (Receita Líquida de Impostos), correspondeu a R$ 7.060.436 mil.

As despesas com manutenção e desenvolvimento educacional, consideradas para fins de limite

constitucional, totalizaram o montante de R$ 7.101.521 mil, representando um percentual de 25,15%

da base de cálculo. Lembramos que a fim de não comprometer o índice, além das deduções legais

demonstradas no ponto anterior, no valor de R$ 2.564.552 mil, foram adicionados como despesa, R$

2.263.185 mil referente à Perda Líquida com as transferências realizadas ao FUNDEB, apurada

conforme demonstrado no item 4.2 – Resultado da Participação do Estado no FUNDEB/RJ.

R$ M il

Despesa no PT 2253 - Nutrição Escolar p/Unidades da FAETEC 15.646

Despesa no PT 2701 - disponibilização de Refeição 15.365

Despesa com o RIO PREVIDÊNCIA (UGE 1234__) 10

Despesa com CEPERJ (U.O 1241) 15.266

Despesa com FAPERJ (U.O 4041) 213.761

Despesa no Elemento 3370% 2.277.718

Encargos com Multas/Juros INSS - Pessoal (31901308) 3

Encargos com Multas/Juros - Impostos (33903992 e 33904723) 1.665

Despesas com Restituições (33909302 e 44909302) 202

Aplicação Financeira FUNDEB (132501% - fonte 15) 17.935

Restos a Pagar Cancelados 6.980

TOTAL 2.564.552

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 097 - DEDUÇÕES PARA ATENDIMENTO DO MÍNIMO CONSTITUCIONAL

DEDUÇÕES EMPENHADO

R$ M il

DESCRIÇÃODESPESA

EMPENHADA

Total das Despesas com Sistema Educacional 7.402.888

Perda Líquida na Transferência ao FUNDEB 2.263.185

(-) Total das Deduções (2.564.552)

Total das Despesas para Fins de Limite Constitucional 7.101.521

Base de Cálculo (Total da Receita Líquida de Impostos) 28.241.745

Valor mínimo a ser aplicado em Educação (25% da Base de Cálculo) 7.060.436

Índice Alcançado (Despesas p/ Fins de Limite Const. ÷ Base de Cálculo) 25,15%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 098 – APURAÇÃO DO ÍNDICE CONSTITUCIONAL

Page 130: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

130

8.3 FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS FILHO DE AMPARO À PESQUISA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO – FAPERJ

A Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro – FAPERJ, que

tem por objetivo fomentar a pesquisa e a formação científica e tecnológica necessárias ao

desenvolvimento sócio cultural e econômico do Estado, é uma pessoa jurídica de direito público,

instituída em conformidade com a autorização dada pela Lei nº. 319, de 06 de junho de 1980,

combinada com a Lei nº. 3.783 e a Lei Complementar nº. 102, ambas de 18 de março de 2002, que

estabelecem sua estrutura e seu estatuto.

O artigo 332 da Constituição Estadual, o qual dispõe sobre o índice mínimo a ser aplicado na

FAPERJ, com o advento da Emenda Constitucional Estadual nº. 32, de 10/12/2003, sofreu a seguinte

modificação, com aplicação a partir do ano de 2007:

Art. 1º - O artigo 332 da Constituição Estadual passa a ter a seguinte redação: “O

Estado do Rio de Janeiro destinará, anualmente, à Fundação de Amparo à Pesquisa –

FAPERJ, 2% (dois por cento) da receita tributária do exercício, deduzidas as

transferências e vinculações constitucionais e legais”.

8.3.1 BASE DE CÁLCULO PARA FINS DE LIMITE CONSTITUCIONAL – FAPERJ

Considerando a legislação mencionada anteriormente, apresentamos a seguir, o Demonstrativo das

Receitas Tributárias auferidas pelo Estado em 2012, que são utilizadas como base de cálculo para

aplicação dos recursos da FAPERJ:

Ref. Art.332 da Constituição Estadual R$ M il

PREVISTA ARRECADADA DIFERENÇAARREC./P

REV.

Receita Tributária Arrecadada pelo Tesouro 35.006.332 33.390.338 (1.615.995) 95,38%

Multas e Juros de Mora dos Tributos Arrecadados pelo Tesouro 269.050 286.388 17.338 106,44%

Multas e Juros de Mora da Dív. Ativa dos Tributos Arrecad. pelo Tesouro 67.631 151.460 83.829 223,95%

Receita da Dívida Ativa dos Tributos Arrecadados pelo Tesouro 207.894 622.765 414.871 299,56%

(-) Cota Parte dos Municípios (8.148.313) (7.789.650) 358.663 95,60%

(-) Aplicação em Educação (25% da base líquida de impostos) (6.839.344) (6.658.695) 180.649 97,36%

(-) Aplicação em Saúde (12% da base líquida de impostos) (3.282.885) (3.196.174) 86.711 97,36%

Receita Líquida Tributária - Base de Cálculo 17.280.365 16.806.431 (473.934) 97,26%

Mínimo a Ser Aplicado na FAPERJ (2% da Receita Arrecadada) 336.129

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 099 - BASE DE CÁLCULO PARA FINS DE LIMITE CONSTITUCIONAL - FAPERJ

RECEITAS CONSIDERADAS PARA FINS DE LIMITE CONSTITUCIONAL

2012

Page 131: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

131

A receita líquida de impostos, inicialmente prevista na Lei Orçamentária Anual para o exercício de

2012, como base de cálculo para o valor mínimo a ser aplicado na FAPERJ, conforme disposto no

artigo 332 da Constituição Estadual, correspondeu a R$ 17.280.365 mil.

Ao final do ano, o montante arrecadado alcançou o valor de R$ 16.806.431 mil, atingindo 97,26% do

total previsto para o exercício. Assim, o valor mínimo a ser aplicado no período em análise, deduzidas

as transferências e vinculações constitucionais e legais correspondeu a R$ 336.129 mil, tendo como

base o índice constitucional de 2%.

8.3.2 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA FAPERJ

As aplicações orçamentárias executadas pela FAPERJ, consideradas para fins de limite constitucional,

são aquelas realizadas através da fonte 00 – Ordinários Provenientes de Impostos, que atingiram o

total de R$ 338.627 mil em despesas empenhadas com recursos do fundo.

A tabela a seguir apresenta de forma detalhada a aplicação dos recursos, demonstrando os gastos

realizados na fonte 00, segmentados por subfunção, através da Unidade Orçamentária da FAPERJ

(U.O. 4041):

A Subfunção “Desenvolvimento Científico” executou 34,09% dos recursos da FAPERJ. Sua ação é

representada pelo programa “Pesquisa Rio”, através do qual foram empenhados R$ 107.267 mil, com

auxílio financeiro a pesquisadores, em apoio à pesquisa na Administração Pública Estadual.

Em seguida, destacamos a subfunção “Difusão do Conhecimento Científico e Tecnológico”, segunda

maior participante dos recursos aplicados pela FAPERJ, executando 22,81% do total, ou seja, R$

77.228 mil em prol dos programas “Capacitação para Pesquisa” e “Capacitação do Empreendedor”.

R$ M il

SUBFUNÇÃO

(U.O. 4041 - Fonte: 00) EMPENHADO PART.

Administração Geral 13.321 3,93%

Tecnologia da Informação 10.800 3,19%

Ensino Superior 52.969 15,64%

Desenvolvimento Científico 115.427 34,09%

Desenvolvimento Tecnológico e Engenharia 68.884 20,34%

Difusão do Conhecimento Científ. e Tecnológ. 77.228 22,81%

TOTAL 338.627 100,00%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 100 - DESPESAS COM RECURSOS DA FAPERJ POR SUBFUNÇÃO

2012

Page 132: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

132

Cabe ainda destacar que foram empenhados R$ 13.321 mil em despesas com atividades

administrativas, correspondendo a 3,93% das despesas realizadas pela FAPERJ, encontrando-se tal

percentual dentro do limite legal máximo de 5,00% preconizado pelo art. 5° da Lei Complementar

Estadual 102/02.

Buscando a consecução de seus objetivos, a FAPERJ descentralizou créditos orçamentários a

diversas unidades gestoras executantes. Do total dos recursos aplicados, em 2012, R$ 266.145 mil

(78,60%) foram empenhados através da UGE 404100 – FAPERJ, sendo os 21,40% restantes

descentralizados às demais UGE’s conforme se verifica na tabela a seguir:

Dentre as Unidades Gestoras que executaram créditos descentralizados pela FAPERJ, coube a

Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ o maior percentual destes recursos, 7,52% (R$

25.471 mil). Além disso, também foram executados 4,91% (R$ 16.633 mil) pela Fundação Centro

Ciências Educação à Distância, e 3,21% (R$ 10.862 mil) pela Fundação Universidade Estadual Norte

Fluminense Darcy Ribeiro.

8.3.3 APURAÇÃO DO PERCENTUAL CONSTITUCIONAL APLICADO PELA FAPERJ

Confrontando o valor mínimo a ser aplicado na FAPERJ (2% da Base de Cálculo), com o montante da

execução orçamentária realizada, depreende-se que o Estado do Rio de Janeiro atendeu ao ditame

preconizado pelo artigo 332 da Constituição Estadual.

R$ M il

UNIDADE GESTORA EXECUTANTE

(Fonte: 00) EMPENHADO PART.

045200 Empresa de Obras Públicas do Estado do RJ 7.160 2,11%

120100 Sec de Est de Planejamento e Gestão - SEPLAG 515 0,15%

120200 Subsecretaria de Recursos Logisticos - SEPLAG 25 0,01%

150100 Secretaria de Estado de Cultura 1.000 0,30%

200900 Subsecretaria Adjunta do Tesouro Estadual 17 0,01%

403200 Centro de Tecn de Informação e Comun do ERJ 10.800 3,19%

404100 Fundação C.C.F. de Amparo à Pesquisa do ERJ - FAPERJ 266.145 78,60%

404310 Administração Central da UERJ 25.471 7,52%

404500 Fund Univ Est Norte Fluminense Darcy Ribeiro 10.862 3,21%

404600 Fund Centro Ciên Educ Sup Distân do Est RJ 16.633 4,91%

338.627 100,00%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 101 - EXECUÇÃO DAS DESPESAS POR UNIDADE GESTORA EXECUTANTE

UG2012

TOTAL

Page 133: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

133

Em 2012, foram empenhados R$ 338.627 mil com os recursos da FAPERJ, ou seja, 2,01% da base de

cálculo, resultando em um excesso de aplicação de R$ 2.498 mil em relação ao percentual mínimo

exigido.

8.4 FUNDO ESTADUAL DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL E

DESENVOLVIMENTO URBANO – FECAM

A Constituição Estadual, em seu artigo 263, autorizou ao Poder Executivo a criação de um fundo de

natureza contábil, a ser denominado Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento

Urbano – FECAM, com o intuito de atender às necessidades financeiras de projetos e programas

ambientais e de desenvolvimento urbano.

Desta forma, o FECAM tem como propósito o controle ambiental. Seus recursos poderão ser utilizados

em programas e projetos de recuperação e preservação e uso sustentável no meio ambiente, bem

como no desenvolvimento urbano por órgãos públicos estaduais, prefeituras municipais, universidades

públicas e organizações não governamentais, sem fins lucrativos, cujos objetivos estejam em

consonância com as questões ambientais, sendo vedada a sua utilização para pagamento de pessoal

da administração pública direta ou indireta ou ainda, de despesas de custeio diversas de sua

finalidade.

8.4.1 COMPOSIÇÃO DOS RECURSOS DESTINADOS AO FECAM

Os recursos que deverão ser destinados ao FECAM estão discriminados no §1°, do artigo 263 da

Constituição Estadual, reproduzidos em seu texto original no art. 3° da Lei Estadual N° 1.060/86, com

as alterações produzidas pela Lei Estadual N° 4.143/03, contendo a seguinte redação:

5% (cinco por cento) da compensação financeira a que se refere o art. 20, § 1º, da

Constituição da República;

R$ M il

DESCRIÇÃODESPESA

EMPENHADA

Total das Despesas para Fins de Limite Constitucional 338.627

Base de Cálculo (Total da Receita Líquida de Impostos) 16.806.431

Valor mínimo a ser aplicado na FAPERJ (2% da Base de Cálculo) 336.129

Índice Alcançado (Despesas p/ Fins de Limite Const. ÷ Base de Cálculo) 2,01%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 102 – APURAÇÃO DO ÍNDICE CONSTITUCIONAL

Page 134: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

134

Produto das multas e indenizações referentes a infrações à legislação de proteção ambiental

federal e estadual aplicadas ou recolhidas pelo Estado do Rio de Janeiro, inclusive as

provenientes de condenações fundamentadas na Lei Federal nº 7347, de 24 de julho de 1985;

Produto de arrecadação de taxas ou contribuições pela utilização de recursos ambientais;

Dotações e créditos adicionais que lhe forem atribuídos;

Empréstimos, repasses, doações, subvenções, auxílios contribuições, legados ou quaisquer

outras transferências de pessoas físicas ou jurídicas nacionais, estrangeiras ou internacionais,

de direito público ou privado, diretamente ou através de convênios;

Rendimentos provenientes de suas operações ou aplicações financeiras;

Outros recursos eventuais.

A Emenda Constitucional Estadual n° 48, de 2011, acrescentou ao parágrafo 1º, do artigo 263 da

Constituição Estadual, o inciso VI, destinando ao FECAM 10% (dez por cento) da compensação

financeira a que se refere o art. 20, §1º, da Constituição Federal, a que faz jus o Estado do Rio de

Janeiro, quando se tratar de petróleo e gás extraído da camada do pré-sal.

“Art. 263 - (...)

§ 1º - (...)

VI - 10% (dez por cento) da compensação financeira a que se refere o art. 20, §1º, da

Constituição Federal, a que faz jus o Estado do Rio de Janeiro, quando se tratar de

petróleo e gás extraído da camada do pré-sal, não se aplicando nesse caso o disposto no

inciso I.”

O decreto n° 43.996, de 18 de dezembro de 2012, que dispõe sobre a metodologia de cálculo para

apuração do valor a ser destinado ao FECAM, na forma do artigo 263, §1º, VI da Constituição

Estadual, incumbiu à Secretaria de Estado de Fazenda, por meio da Contadoria Geral do Estado,

editar normas complementares referentes à contabilização da receita e da despesa de que trata este

decreto.

De acordo com os critérios de contabilização adotados, as receitas pertencentes ao FECAM, previstas

no artigo 3° da Lei Estadual 1.060/86, com as alterações produzidas pela Lei Estadual n°4.143/03 e

pela Emenda Constitucional Estadual n° 48, de 2011, fizeram parte da arrecadação de rubricas

específicas, destacadas na tabela a seguir por contas contábeis escrituradas no SIAFEM, que

compõem a base de cálculo dos valores destinados ao Fundo em 2012.

Page 135: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

135

Os recursos destinados ao FECAM, em 2012, totalizaram R$ 412.887 mil, dos quais R$ 369.343 mil

referem-se aos 5% da participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural (PÓS-SAL),

de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no

respectivo território, conforme disposto no inciso I, § 1º, do art. 263 da Constituição Estadual, e R$

43.543 mil, são referentes aos 10% das rubricas do PRÉ-SAL, cumprindo, desta forma, o inciso VI do

mesmo artigo da Constituição.

8.4.2 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA COM RECURSOS DO FECAM

O disciplinamento da utilização dos recursos do Fundo cabe a um Conselho Superior cujo presidente,

membro nato, é o Secretário de Estado do Ambiente e composto por representantes das Secretarias

de Estado de Planejamento e Gestão e de Fazenda (SEPLAG e SEFAZ), do Instituto Estadual do

Ambiente (INEA), da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) e a Assembleia

Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente (APEDEMA), indicados pelos titulares dos

respectivos órgãos e nomeados pelo Governador do Estado do Rio de Janeiro.

Ao longo do exercício de 2012, foram autorizados R$ 416.482 mil para serem utilizados em projetos e

atividades vinculados aos recursos provenientes do FECAM, cabendo à fonte 04 a maior parte da

execução destes recursos, 99,10% (R$ 412.719 mil). Com os recursos advindos dessa importante

fonte - indenização pela extração de petróleo -, o Estado tem investido em saneamento das bacias da

Baia de Guanabara, em recuperação de áreas degradadas, erradicação de lixões, incentivo à

implementação de aterros sanitários, dentre outros.

R$ M il

PREVISTA ARRECADADA DIFERENÇAARREC./P

REV.

41340.99.01 Recursos Hídricos 11.697 12.053 357 103,05%

41340.99.02 Recursos Minerais 2.243 3.950 1.707 176,09%

41340.99.03 Royalties - até 5% 1.100.243 1.182.048 81.804 107,44%

41340.99.05 Royalties - Excedentes à 5% 1.062.393 1.141.102 78.709 107,41%

41340.99.06 Royalties - Participação Especial 4.225.936 5.043.884 817.948 119,36%

41340.99.07 Fundo Especial do Petróleo - FEP 3.280 3.832 552 116,83%

Base de Cálculo do FECAM PÓS-SAL 6.405.792 7.386.870 981.077 115,32%

Valor a Ser Aplicado no FECAM c/ Receitas do PÓS-SAL (5% da Arrecadação) (I)

41340.99.08 Cota-Parte Comp. Fin. Royalties Petróleo até 5% PRÉ-SAL - 106.662 106.662 -

41340.99.10 Royalties Petróleo Excedente a 5% PRÉ-SAL - 104.200 104.200 -

41340.99.11 Cota-Parte Participação Especial Lei N° 9.478/97 PRÉ-SAL - 224.569 224.569 -

Base de Cálculo do FECAM PRÉ-SAL - 435.431 435.431 -

Valor a Ser Aplicado no FECAM c/ Receitas do PRÉ-SAL (10% da Arrecadação) (II)

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

369.343

43.543

Total a Ser Aplicado no FECAM com as Receitas do PÓS-SAL + PRÉ-SAL (I + II) 412.887

TABELA 103 - CÁLCULO DOS RECURSOS DESTINADOS AO FECAM

Ref. Art.263 da Constituição Estadual

RECEITAS CONSIDERADAS PARA FINS DE LIMITE CONSTITUCIONAL

CONTAS

CONTÁBEISDESCRIÇÃO

2012

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C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

136

Com o objetivo de demonstrar a natureza básica das ações que se aglutinam no FECAM, a tabela a

seguir apresenta de forma detalhada a aplicação dos recursos, demonstrando os gastos realizados e

segmentados por subfunção no exercício de 2012:

A maior aplicação do FECAM ocorreu através da subfunção “Preservação e Conservação Ambiental”,

executando R$ 196.654 mil, que corresponde a 47,22% do total empenhado. Destaca-se nesta

subfunção a execução realizada pelo Instituto Estadual do Ambiente – INEA para o qual foram

destinados, R$ 101.643 mil para atender diversos programas como: “Projeto Iguaçu – PAC/RJ”,

“Prevenção e Controle Ambiental de Inundações”, entre outros. A maior concentração destes recursos

foi alocada no Projeto de Prevenção e Controle Ambiental de Inundações, cujo objetivo é reduzir os

prejuízos e as perdas de vida nas cheias e minimizar os problemas decorrentes das inundações que

atingem as comunidades residentes nas bacias hidrográficas. Em 2012, foram gastos R$ 47.869 mil

em serviços e obras para a realização deste projeto.

A segunda maior representação dos recursos aplicados no FECAM deu-se em “Saneamento Básico

Urbano” (R$ 161.699 mil), o que corresponde a 38,83% do total aplicado em 2012. Dentre todas as

ações, podemos destacar as destinadas ao Projeto “Saneamento das Bacias da Baía de Guanabara”

e “Rio Mais Limpo”, executadas através da CEDAE e Secretaria de Estado do Ambiente. No Projeto

“Saneamento das Bacias da Bahia de Guanabara” foram realizadas obras de coleta e transporte de

esgoto. No Projeto “Rio Mais Limpo” foram realizadas contratações de Serviços de Terceiros - Pessoa

Jurídica para atender os convênios referentes ao abastecimento de água potável no município de

R$ M il

DOTAÇÃO

AUTORIZADA

DESPESA

EMPENHADA

PART. TOTAL

EMPENHADO

01 Ordinários Não Provenientes de Impostos 1.057 1.057 0,25%

04 Indenização Pela Extração de Petróleo 412.720 412.719 99,10%

97 Conservação Ambiental 2.705 2.705 0,65%

416.482 416.482 100,00%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 104 - EXECUÇÃO DA DESPESA POR FONTE RECURSO - FECAM

FONTE DE RECURSO

(U.O. 24040 - FECAM)

TOTAL

R$ M il

SUBFUNÇÃO

(Fontes: 01, 04 e 97 / U.O. 24040 - FECAM) EMPENHADO PART.

Saneamento Básico Urbano 161.699 38,83%

Preservação e Conservação Ambiental 196.654 47,22%

Controle Ambiental 12.567 3,02%

Recuperação de Áreas Degradadas 45.533 10,93%

Promoção da Produção Vegetal 28 0,01%

TOTAL 416.482 100,00%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 105 - EXECUÇÃO DAS DESPESAS DO FECAM POR SUBFUNÇÃO

2012

Page 137: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

137

Quatis, e de esgotamento sanitário de Barra Mansa, além de atender despesa com execução de obras

de saneamento visando à redução de carga poluente lançado pelo município de Volta Redonda.

Buscando a consecução de seus objetivos, o FECAM descentralizou créditos orçamentários a

diversas unidades gestoras executantes, conforme se verifica na tabela a seguir:

Dentre as Unidades Gestoras que executaram créditos descentralizados pelo FECAM, coube ao

Instituto Estadual do Ambiente – INEA o maior percentual destes recursos, 35,49% (R$ 147.816 mil),

deste total aplicado, 32,38% foram destinados à prevenção e controle ambiental de inundações,

30,80% ao projeto de macrodrenagem PAC-RJ e 25,02% ao projeto Iguaçu – PAC_RJ.

Além disso, também foram descentralizados R$ 84.985 mil (20,41%) para CEDAE, destinados a

projetos de saneamento da Baia de Guanabara e esgotamento sanitário da Zona Oeste, e R$ 80.000

mil (19,21%) para a Companhia de Transporte sobre Trilhos referente à execução de obras na Linha 4

do Metrô, com a finalidade de reduzir o fluxo de carros, melhorando o trânsito nas principais vias de

acesso aos bairros beneficiados, diminuindo assim, a poluição do ar.

8.4.3 APURAÇÃO DO PERCENTUAL DE DESPESAS FRENTE ÀS RECEITAS DO

FECAM

Comparando-se o total de despesas incorridas a partir de recursos do FECAM com o total das receitas

de compensação financeira provenientes dos royalties do petróleo e dos recursos hídricos e minerais,

obtêm-se os seguintes percentuais:

R$ M il

EMPENHADO PART.

070100 Secretaria de Estado de Obras 14.350 3,45%

070200 CEDAE - Ações Descentralizadas 84.985 20,41%

124100 Fund Centro Est Estat, Pesq,Form Serv-CEPERJ 100 0,02%

135400 Empr de Pesquisa Agropecuária do Est do RJ 989 0,24%

240100 Secretaria de Estado do Ambiente 73.557 17,66%

240200 Unidade Executora de Programa - UEPSAM 1.872 0,45%

243200 Instituto Estadual do Ambiente - INEA 147.816 35,49%

317300 Comp de Transp sobre Trilhos do Est do RJ 80.000 19,21%

320100 Secretaria de Estad Assist Soc e Dir Humanos 508 0,12%

353100 Depart Recursos Minerais Estado RJ 1.711 0,41%

390100 Subsecretaria de Comunicação Social 342 0,08%

403200 Centro de Tecn de Informação e Comun do ERJ 253 0,06%

404310 UERJ - Administração Central 10.000 2,40%

416.482 100,00%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 106 - EXECUÇÃO DA DESPESA POR UNIDADE GESTORA EXECUTANTE - FECAM

UNIDADE GESTORA EXECUTANTE 2012

(Fontes: 01, 04 e 97 / U.O. 24040 - FECAM)

TOTAL

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138

Para efeito de cumprimento da aplicação do limite constitucional, foram excluídos do cálculo, os

valores referentes à realização de despesas com a fonte de recursos 97 – Conservação Ambiental, no

valor de R$ 2.705 mil, por não serem provenientes da compensação financeira a que se refere o art.

20, § 1º, da Constituição da República.

Conclui-se, assim, que o Estado do Rio de Janeiro, ao aplicar R$ 413.776 mil em projetos e atividades

a cargo do FECAM em 2012, ultrapassou em 0,22%, ou R$ 890 mil, o montante destinado ao fundo

por conta dos recursos a que se referem os incisos I e IV, §1°, do artigo 263 da Constituição Estadual.

8.4.4 TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA – TAC

O termo de Ajustamento de Conduta – TAC celebrado entre o Estado do Rio de Janeiro e o Ministério

Público do Estado do Rio de Janeiro, em 27 de agosto de 2009, tem como objeto o estabelecimento

de valores que, para compor o litígio, serão aplicados pelo Estado em ações e projetos aprovados pelo

Conselho Superior do FECAM, bem como dos prazos e das condições em que os repasses serão

efetuados, e da forma como serão empregados tais recursos nos projetos ambientais e

desenvolvimento urbano.

O valor total acordado foi de R$ 363.139.084,07, que serão aplicados pelo Estado em 20 anos, em

parcelas anuais de R$ 18.156.954,20, corrigidos monetariamente pela variação da TR, a partir de

janeiro de 2010, sem prejuízo do percentual mínimo fixado no art. 263, § 1º, I e VI da Constituição

Estadual. Caso haja atraso no repasse, haverá incidência de multa simples de 3% sobre o valor em

atraso.

O Estado poderá abater do montante acima o valor dos recursos aplicados em projetos ambientais e

de desenvolvimento urbano, aprovado pelo Conselho Superior do FECAM, que superarem o

percentual mínimo da receita de participações governamentais devido ao fundo, mesmo que não

sejam realizados por esta unidade orçamentária. Poderão ser abatidos também os valores decorrentes

R$ M il

APURAÇÃO DO PERCENTUAL APLICADO NO FECAM DESPESA

(Fontes: 01 e 04 / U.O. 24040 - FECAM) EMPENHADA

Receitas Arrecadadas PÓS-SAL, Recursos Hídricos e Minerais (5%) 369.343 89,45%

Receitas Arrecadadas PRÉ-SAL (10%) 43.543 10,55%

Total a Ser Aplicado no FECAM 412.887 100,00%

Despesas Aplicadas com Recursos do FECAM (exceto fonte 97) 413.776 100,22%

Valores Aplicados no FECAM acima da Meta Estipulada (art. 263 CE) 890 0,22%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 107 – PERCENTUAL DE DESPESAS APLICADAS COM RECURSOS DO FECAM

PART.

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139

de operações de crédito, aprovados pelo Conselho. Quando ocorrerem tais abatimentos, o Ministério

Público deverá ser comunicado imediatamente, nos termos do acordo.

O quadro abaixo apresenta o demonstrativo do abatimento efetuado juntamente com a correção do

saldo através da utilização da variação da TR no período de 01/2012 a 12/2012 que foi de 0,2987%.

O relatório circunstanciado acerca do cumprimento do termo de ajustamento de conduta TAC-FECAM

está documentado de forma completa no volume VI das Contas de Gestão do Governo do Estado do

Rio de Janeiro, em atendimento às determinações do TCE.

R$ 1,00

saldo remanescente de 2011 273.677.588,05

parcela a ser paga em 2012 15.204.310,45

saldo remanescente 258.473.277,60

valor pago além da parcela de 2012 (fte 21) 56.957.668,96

valor pago além da parcela de 2012 (fte 04) 889.932,41

novo saldo 200.625.676,23

saldo corrigido (pela TR 0,2897%) 201.206.888,81

novas parcelas anuais (17x) 11.835.699,34

Fonte: Secretaria de Estado do Ambiente - SEA

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140

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141

9 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF

9.1 COMENTÁRIOS

A Lei Complementar Federal nº 101, de 04 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF),

estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com

amparo no Capítulo II, do título VI, da Constituição Federal, tendo como premissas básicas o

planejamento, o controle, a transparência e a responsabilização, criando condições para a

implantação de uma nova cultura gerencial dos recursos públicos e incentivando o exercício pleno da

cidadania, especialmente no que se refere à participação do contribuinte no processo de

acompanhamento da aplicação dos recursos públicos e de avaliação dos seus resultados.

Para atingir estes objetivos a Lei dispõe de meios, dentre os quais se destaca a busca do equilíbrio

das contas públicas pelo alcance de metas de resultado entre receitas e despesas, e a imposição de

limites e condições para renúncia de receita, despesas com pessoal, seguridade social, dívidas

consolidada e mobiliária, operações de crédito, concessão de garantias e inscrição em restos a pagar.

A transparência é assegurada pela publicação e disponibilização de Planos, Orçamentos, Lei de

Diretrizes Orçamentárias, Prestação de Contas, Parecer Prévio dos Tribunais de Contas e Relatórios

Resumido de Execução Orçamentária e de Gestão Fiscal, onde são observados os limites dos gastos

públicos, segundo as metas estabelecidas nesta lei.

As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficam à disposição para consulta e apreciação

pelos cidadãos e instituições da sociedade.

Com vistas a promover o relacionamento do cidadão com o Estado e buscando reforçar o conceito de

transparência da Lei de Responsabilidade Fiscal atribuindo aos detentores de informações públicas a

sua divulgação eletrônica dos atos e contratos administrativos, recebimento de recursos, pagamento

de compras, serviços e obras públicos, foi sancionada a Lei Complementar nº 131, de 27 de maio de

2009, que determina a disponibilização em tempo real de informações pormenorizadas sobre a

execução orçamentária e financeira da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Firma-se o propósito de transparecer as finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão

fiscal disponível a todos os cidadãos em todas as esferas dos poderes públicos. De um lado, o ente da

federação disponibiliza todos os atos da Administração Pública em tempo real e, de outro, os cidadãos

inclusos digitalmente têm acesso às informações detalhadas da execução orçamentária de todos os

órgãos dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo da União, Estados, municípios e do Distrito

Federal.

Page 142: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

142

Deve-se entender que a transparência pública garante o incentivo à participação popular e realização

de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes

orçamentárias e orçamentos.

Outra garantia da LC 131, de 2009, é a adoção de sistema integrado de administração financeira e

controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União

extensivo aos demais entes da Federação que devem disponibilizar a qualquer pessoa física ou

jurídica o acesso a informações privilegiadas quanto à despesa e à receita públicas.

A norma determina a transparência de todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer

do lançamento e recebimento de toda a receita, inclusive os referentes a recursos extra-

orçamentários, da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização

mínima dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço

prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento

licitatório realizado. Com isso, todas as referências dos atos administrativos e contratos

administrativos, abrangendo os convênios, consórcios, termos de parceria público-privada e contratos

de gestão, ou seja, tudo que resultar em despesas públicas. Há que salientar que a LC 131, de 2009,

estabelece prazos, contados a partir de 27 de maio de 2009, para que a União, os Estados, o Distrito

Federal e os Municípios adotem os portais de transparência pública ou outro mecanismo para

disponibilização de todos os atos e contratos administrativos para os cidadãos inclusos digitalmente,

sendo de 1 (um) ano para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios com mais de

100.000 (cem mil) habitantes, de 2 (dois) anos para os Municípios que tenham entre 50.000 (cinquenta

mil) e 100.000 (cem mil) habitantes e de 4 (quatro) anos para os Municípios que tenham até 50.000

(cinquenta mil) habitantes.

Cabe acrescentar que foram excluídas dos demonstrativos da Lei de Responsabilidade Fiscal a

Imprensa Oficial, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos e a Agência de Fomento do Estado do

Rio de Janeiro – AGE-RIO por não se enquadrarem no conceito de Empresa Dependente.

A Contadoria-Geral do Estado, ao remeter os quadros e demonstrativos da Lei Complementar Federal

nº 101/2000, coloca-se à disposição para o cumprimento das audiências públicas indicadas no

parágrafo 4º, do artigo 9º, da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Page 143: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

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143

9.2 LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - LDO

A Lei de Responsabilidade Fiscal determina, em seu art. 4º, parágrafo 1º, que, integrará o projeto de

lei de diretrizes orçamentárias, o Anexo de Metas Fiscais, em que são estabelecidas as metas fiscais

para o exercício a que se referem, e para os dois seguintes, relativas a receitas, despesas, resultado

nominal e primário e montante da dívida pública.

Atendendo ao dispositivo legal, a Lei nº 6.010, de 18 de julho de 2011, Lei de Diretrizes Orçamentárias

– LDO 2011, fixou as Metas Fiscais para o exercício de 2012, em valores constantes e correntes.

Posteriormente, estas metas foram compatibilizadas com o orçamento do exercício de 2012, conforme

Lei nº 6.215, de 28 de dezembro de 2011 (Lei Orçamentária Anual – LOA).

9.2.1 ANEXO DE METAS FISCAIS

O Anexo de Metas Fiscais abrangerá os Órgãos da Administração Direta dos Poderes, e entidades da

Administração Indireta constituídas pelas autarquias, fundações, fundos especiais, empresas públicas

e sociedades de economia mista que recebem recursos dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade

Social, inclusive sob a forma de subvenções para pagamento de pessoal e custeio, ou de auxílios para

pagamento de despesas de capital, excluídas, neste caso, aquelas empresas lucrativas que recebam

recursos para aumento de capital.

Nos itens a seguir, apresentam-se os quadros comparativos para acompanhamento do cumprimento

das metas fiscais dos resultados primário e nominal.

9.2.1.1 RESULTADO PRIMÁRIO

O Resultado Primário indica se os níveis de gastos orçamentários do Estado são compatíveis com sua

arrecadação, ou seja, se as receitas não-financeiras são capazes de suportar as despesas não-

financeiras. O Resultado Primário, que exclui das receitas totais os ganhos de aplicações financeiras

e, dos gastos totais, os juros nominais devidos, mede como as ações correntes do setor público

afetam a trajetória de seu endividamento líquido. O principal objetivo desse cálculo é avaliar a

sustentabilidade da política fiscal em um dado exercício financeiro, tendo em vista o patamar atual da

dívida consolidada e a capacidade de pagamento da mesma pelo setor público no longo prazo.

Page 144: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

144

9.2.1.1.1 RESULTADO PRIMÁRIO A PREÇOS CORRENTES

Entende-se por preços correntes aqueles em que os bens e serviços são valorizados aos preços

verificados no ano em causa. A tabela abaixo demonstra os valores atualizados pela variação do

poder aquisitivo da moeda, ou seja, corrigidos pelos índices de inflação ou deflação aplicados no

cálculo do valor corrente, trazendo assim os valores para os praticados no exercício em análise.

A meta fixada para o resultado primário a preços correntes, através da Lei de Diretrizes Orçamentárias

– LDO, para o exercício de 2012, foi de R$ 1.172.453 mil. Conforme se verifica na tabela anterior, com

base na despesa empenhada, o Estado apurou em 2012 um déficit primário de R$ 908.717 mil,

correspondente a 77,51% da meta fixada.

9.2.1.2 MONTANTE DA DÍVIDA E RESULTADO NOMINAL

9.2.1.2.1 A PREÇOS CORRENTES

R$ M il

RECEITA TOTAL 61.289.423 (714.706) -1,17%

(-) Rend. de Aplic. Financeira 338.048 217.731 64,41%

(-) Operações de Crédito 2.974.283 1.780.890 59,88%

(-) Receita de Alienações 2.407.335 (2.384.227) -99,04%

(-) Amortiz. Empréstimos 260.289 (46.839) -18,00%

Total da Rec. não Financeira (I) 55.309.468 (282.261) -0,51%55.027.207

60.574.717

555.779

4.755.173

23.108

213.450

TABELA 108 - RESULTADO PRIMÁRIO A PREÇOS CORRENTES

DESCRIÇÃOLDO

(A)

RECEITAS

REALIZADAS

(B)

VARIAÇÃO

C = (B) - (A)

%

D = (C) / (A)

DESPESA TOTAL 61.289.423 60.831.781 60.474.835 (457.642) -0,75%

(-) Juros e Amortiz. Dívida 4.700.261 4.859.280 4.859.280 159.019 3,38%

(-) Concessão de Empréstimos 107.241 36.577 36.109 (70.664) -65,89%

Total da Desp. não Financeira (II) 56.481.922 55.935.924 55.579.445 (545.998) -0,97%

Result. Primário (I) - (II) (1.172.453) (908.717) (552.238) 263.736 -22,49%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

VARIAÇÃO

C = (B) - (A)

%

D = (C) / (A)DESCRIÇÃO

LDO

(A)

EMPENHADO

(B)

LIQUIDADO

Page 145: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

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145

O Resultado Nominal representa a diferença entre o saldo da dívida fiscal líquida em 31 de dezembro

de determinado ano, em relação ao apurado em 31 de dezembro do ano anterior.

Verifica-se que em 2012, o Estado do Rio apurou um resultado nominal de R$ 9.531.346 mil, valor

este R$ 3.396.836 mil, (55,37) %, acima da meta fixada para o exercício corrente.

9.2.1.2.2 A PREÇOS CONSTANTES

R$ M il

B A D C

Dívida Consolidada 71.022.398 65.172.381 74.432.768 64.104.459

(-) Disponibilidade de Caixa 5.209.156 5.483.322 7.836.754 6.738.988

(-) Haveres Financeiros 2.293.235 2.215.686 1.883.376 2.120.584

(+) Restos a Pagar Processados 2.598.613 2.510.737 2.381.480 2.133.326

Dívida Consolidada Líquida (A) 66.118.620 59.984.111 67.094.118 57.378.214

(+) Receita de Privatizações (B) - - - 183.646

(-) Passivo Reconhecido (C) - - 1.427.235 1.426.322

Dívida Fiscal Líquida (D) = (A) + (B) - (C) 66.118.620 59.984.111 65.666.884 56.135.537

DESCRIÇÃO

Resultado Nominal

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

6.134.510 9.531.346

LDO REALIZADO

REALIZADO 2012LDO 2012

TABELA 109 - DEMONSTRATIVO DO RESULTADO NOMINAL (A PREÇOS CORRENTES)

DESCRIÇÃO 20112012 20112012

R$ M il

2012 2011 2012 2011

A B C D

Dívida Consolidada 65.466.454 63.197.924 67.764.500 63.095.804

(-) Disponibilidade de Caixa 4.801.654 5.317.200 7.134.676 6.632.953

(-) Haveres Financeiros 2.113.840 2.148.560 1.714.648 2.087.217

(+) Restos a Pagar Processados 2.395.329 2.434.672 2.168.129 2.099.759

Dívida Consolidada Líquida (A)  60.946.290 58.166.836 61.083.304 56.475.392

(+) Receira de Privatizações (B) - - - 180.757

(-) Passivo Reconhecido (C) - - 1.299.372 1.403.880

Dívida Fiscal Líquida (D) = (A) + (B) - (C) 60.946.290 58.166.836 59.783.932 55.252.269

DESCRIÇÃO

Resultado Nominal

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

LDO 2012 REALIZADO 2012

2.779.454 4.531.663

TABELA 110 - DEMONSTRATIVO DO RESULTADO NOMINAL (A PREÇOS CONSTANTES)

DESCRIÇÃO

LDO REALIZADO

Page 146: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

146

Conforme apresentado na tabela acima, o Resultado Nominal a preços médios apurado em 2012

(deflacionado pelo IGP-DI) foi de R$ 4.531.663 mil, representando 163,04 pontos percentuais da meta

fixada na LDO, que foi de R$ 2.779.452 mil.

9.3 METAS BIMESTRAIS DE ARRECADAÇÃO

A meta bimestral de arrecadação é um importante instrumento de planejamento e controle da

execução orçamentária, pois vincula a liberação do orçamento às metas de arrecadação projetadas.

Em acordo com o artigo 13 da Lei Complementar Federal n.º 101 - Lei de Responsabilidade Fiscal -

LRF, o Governo do Estado do Rio de Janeiro publicou no Diário Oficial do Poder Executivo, de

30/01/2012, o Quadro de Metas da Distribuição Bimestral da Receita para o exercício de 2012.

R$ M il

Receitas Correntes 9.758.966 7.980.880 8.788.179 8.713.265 7.674.386 9.337.324 52.252.999

Tributária 6.331.960 5.890.716 5.826.164 5.487.310 5.628.273 6.046.561 35.210.984

Contribuições 185.375 205.624 133.917 255.257 229.699 267.808 1.277.681

Patrimonial 1.937.614 693.582 1.526.125 1.709.718 500.828 1.374.820 7.742.688

Agropecuária 17 15 41 16 18 22 128

Industrial 24 25 13.370 15 13.359 13.387 40.180

Serviços 46.718 57.456 61.305 53.320 59.494 71.807 350.100

Transf. Correntes 1.053.285 918.589 986.428 950.099 922.925 1.136.440 5.967.766

Outras Rec. Correntes 203.973 214.873 240.829 257.529 319.790 426.479 1.663.472

Receitas de Capital 573.117 511.299 1.670.715 839.574 909.608 1.178.195 5.682.508

Operações de Crédito 292.176 292.176 292.176 292.176 364.176 436.176 1.969.054

Alienações de Bens 14.556 14.556 1.179.006 315.306 322.689 561.223 2.407.335

Amort. Empréstimos 40.714 43.221 34.620 44.943 52.920 43.871 260.289

Transf. Capital 225.671 161.347 164.913 187.149 169.824 134.926 1.043.830

Outras Rec. de Capital - - - - - 2.000 2.000

TOTAL 10.332.082 8.492.179 10.458.894 9.552.839 8.583.994 10.515.519 57.935.507

Nota: 1 - Excluídas a Imprensa Oficial, a CEDAE e a INVESTE RIO por não se enquadrarem no conceito de Empresa Dependente.

2 - Imprensa Oficial, CEDAE e INVESTE RIO não constam nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social no exercício de 2012.

3 - Não foram consideradas as Receitas Intra-Orçamentárias.

Fonte: D.O 30/01/2012

TABELA 111 - ARRECADAÇÃO ESTADUAL - METAS BIMESTRAIS

ESPECIFICAÇÃO1º

BIMESTRE

BIMESTRE

BIMESTRE

BIMESTRE

BIMESTRE

BIMESTRETOTAL

Page 147: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

147

R$ M il

Receitas Correntes 9.224.471 8.143.319 9.758.723 9.588.938 8.428.323 9.915.896 55.059.670

Tributária 5.854.843 6.001.276 5.762.428 5.806.789 5.693.334 6.023.044 35.141.715

Contribuições 187.148 207.144 188.406 158.280 171.583 400.196 1.312.757

Patrimonial 2.006.808 739.011 2.147.888 2.112.258 731.410 1.923.410 9.660.785

Agropecuária 26 27 18 78 (31) 19 137

Industrial 62 35 23 17 16.282 13.967 30.385

Serviços 27.922 43.163 97.489 73.015 69.527 51.678 362.794

Transf. Correntes 941.118 887.153 927.409 981.240 929.624 1.065.419 5.731.963

Outras Rec. Correntes 206.543 265.510 635.063 457.261 816.594 438.164 2.819.134

Receitas de Capital 150.004 241.450 1.088.651 412.411 139.122 3.483.408 5.515.046

Operações de Crédito 72.233 106.781 977.154 257.566 57.327 3.284.112 4.755.173

Alienações de Bens 4.134 1.361 11.512 416 2.028 3.657 23.108

Amort. Empréstimos 36.199 25.707 41.565 37.172 40.129 32.678 213.450

Transf. Capital 37.438 107.562 58.397 117.257 39.510 162.961 523.125

Outras Rec. de Capital - 39 24 - 127 - 190

TOTAL 9.374.475 8.384.769 10.847.374 10.001.349 8.567.445 13.399.304 60.574.717

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

Nota: 1 - Excluídas a Imprensa Oficial, a CEDAE e a INVESTE RIO por não se enquadrarem no conceito de Empresa Dependente.

2 - Imprensa Oficial, CEDAE e INVESTE RIO não constam nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social no exercício de 2012.

3 - Não foram consideradas as Receitas Intra-Orçamentárias.

TABELA 112 - ARRECADAÇÃO ESTADUAL - REALIZADO

RECEITAS

VALORES EXECUTADOS

BIMESTRE

BIMESTRE

BIMESTRE

BIMESTRE

BIMESTRE

BIMESTRETOTAL

R$ M il

METAS DE

ARRECADAÇÃO

VALORES

REALIZADOS DIFERENÇA

A B C = ( B - A )

1º Bimestre 10.332.082 9.374.475 (957.607)

2º Bimestre 8.492.179 8.384.769 (107.409)

3º Bimestre 10.458.894 10.847.374 388.480

4º Bimestre 9.552.839 10.001.349 448.510

5º Bimestre 8.583.994 8.567.445 (16.550)

6º Bimestre 10.515.519 13.399.304 2.883.785

TOTAL 57.935.507 60.574.717 2.639.210

TABELA 113 - METAS DE ARRECADAÇÃO X VALORES REALIZADOS

PERÍODOS

Page 148: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

148

Em relação aos dados apresentados, verifica-se que, em 2012, a arrecadação total do Estado, não

considerando as receitas intraorçamentárias, atingiu o montante de R$ 60.574.717 mil, 4,56% acima

da meta, estabelecida de R$ 57.935.507 mil.

9.3.1 CUMPRIMENTO AO ARTIGO 13 DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

Ainda, em cumprimento ao disposto no art. 13, da Lei de Responsabilidade Fiscal, foi publicada no

D.O.ERJ, de 18 de fevereiro de 2013, a Resolução SEFAZ nº 586, de 31/01/2013, contendo as

medidas de combate à evasão e à sonegação, a quantidade e valores de ações ajuizadas para

cobrança da dívida ativa, bem como a evolução do montante dos créditos tributários passíveis de

cobrança administrativa, conforme apresentamos a seguir:

1- MEDIDAS DE COMBATE À SONEGAÇÃO E EVASÃO FISCAIS

1.1- CRUZAMENTO DE INFORMAÇÕES DE DÉBITOS DECLARADOS EM GIA NO EXERCÍCIO

2012 COM PAGAMENTOS.

Com a finalidade de dar maior efetividade à cobrança, proceder-se-á a inscrição em dívida ativa dos

débitos declarados em GIA, referentes ao exercício de 2012, vencidos e ainda não pagos.

R$ M il

Receitas Correntes 52.252.999 55.059.670 2.806.671 5,37%

Tributária 35.210.984 35.141.715 -69.269 -0,20%

Contribuições 1.277.681 1.312.757 35.076 2,75%

Patrimonial 7.742.688 9.660.785 1.918.097 24,77%

Agropecuária 128 137 9 6,86%

Industrial 40.180 30.385 -9.795 -24,38%

Serviços 350.100 362.794 12.695 3,63%

Transf. Correntes 5.967.766 5.731.963 -235.803 -3,95%

Outras Rec. Correntes 1.663.472 2.819.134 1.155.662 69,47%

Receitas de Capital 5.682.508 5.515.046 -167.461 -2,95%

Operações de Crédito 1.969.054 4.755.173 2.786.119 141,50%

Alienações de Bens 2.407.335 23.108 -2.384.227 -99,04%

Amort. Empréstimos 260.289 213.450 -46.839 -17,99%

Transf. Capital 1.043.830 523.125 -520.704 -49,88%

Outras Rec. Capital 2.000 190 -1.810 0,00%

TOTAL 57.935.507 60.574.717 2.639.210 4,56%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

Nota: 1 - Excluídas a Imprensa Oficial, a CEDAE e a INVESTE RIO por não se enquadrarem no conceito de Empresa Dependente.

2 - Imprensa Oficial, CEDAE e INVESTE RIO não constam nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social no exercício de 2012.

3 - Não foram consideradas as Receitas Intra-Orçamentárias.

TABELA 114- META ANUAL X VALORES REALIZADOS

ESPECIFICAÇÃO META ANUAL REALIZADO VAR.REAL VAR.NOM.

Page 149: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

149

1.2- CRUZAMENTO DOS DÉBITOS DECLARADOS EM GIA-ST DOS EXERCÍCOS 2008 A 2012

COM PAGAMENTOS.

De maneira semelhante ao item anterior, com a finalidade de dar maior efetividade à cobrança,

proceder-se-á a inscrição em dívida ativa dos débitos de operações sujeitas à substituição tributária

declarados em GIA-ST, por contribuintes externos, referentes aos exercícios de 2008 a 2012, vencidos

e ainda não pagos.

1.3- CRUZAMENTO DE INFORMAÇÕES DE CARTÃO DE CRÉDITO E DÉBITO.

Dando continuidade à iniciativa realizada durante o ano de 2012, a SEFAZ-RJ intensificará as

fiscalizações com base nas informações fornecidas pelas operadoras de cartão de crédito e débito.

Esse trabalho consiste no confronto dessas informações com os valores de faturamento informados

pelos contribuintes. Havendo divergência, apura- se o imposto devido e eventuais multas e acréscimos

moratórios.

1.4- DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA ITD

Esse novo sistema, que se encontra em fase de desenvolvimento pela Assessoria de Tecnologia de

Informação, trará como benefícios para a Administração Tributária, dentre outros, uma maior agilidade

na análise e cobrança do ITD no Estado do RJ, liberação da mão de obra do Auditor Fiscal que exerce

a fiscalização do ITD para atividades que agreguem maior valor e potencial de arrecadação da

SEFAZ-RJ, melhor qualidade no planejamento, acompanhamento e monitoramento de ações fiscais

em contribuintes do ITD e tendência de aumento da arrecadação do ITD pelo incremento da sensação

de risco percebido pelo contribuinte, por conta de maior controle de suas atividades.

1.5- SEGUNDA FASE DO PROJETO DO SISTEMA DE GESTÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO E DO

DOMICÍLIO ELETRÔNICO DO CONTRIBUINTE

Está em execução a segunda fase do projeto de Gestão de Crédito Tributário, em que serão

realizados ajustes no portal pagamento, será possibilitada a emissão eletrônica de certidão negativa

de débitos (CND) para pessoa física e para não contribuintes, será implantada ferramenta que

possibilite que se faça em tempo real o batimento entre débitos declarados e pagamentos, e,

posteriormente, possibilitada a emissão eletrônica de CND por contribuinte.

Page 150: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

150

O Domicílio Eletrônico do Contribuinte trará benefícios para a Administração Tributária, tais como:

Facilitação para localizar o contribuinte, pois diversas são as situações com que a Administração

Tributária se depara provocando uma barreira ao contato com o contribuinte;

Velocidade de processamento da ciência ao interessado;

Gera um ambiente com maior Governança sobre a sua base de informação, resultando em incremento

da capacidade fiscalizadora e no aumento da percepção pelo Contribuinte da presença fiscal;

Utilização de mão de obra (Auditor Fiscal e Agente Fazendário) em atividades que agreguem valores

ao processo de arrecadação através de maior tempo dedicado em tarefas orientadas à investigação e

identificação de comportamentos atípicos, que possam assim melhor orientar as ações fiscais.

Durante essa segunda fase, será colocada em funcionamento a caixa postal do contribuinte, onde o

mesmo terá acesso a comunicações, será disponibilizada ferramenta para credenciamento de

contribuintes, dentre outras funcionalidades.

1.6- DESENVOLVIMENTO DO SCDI NA IFE 02 - COMÉRCIO EXTERIOR

O projeto SCDI, que visa expandir as funcionalidades do atual sistema SCDI, respeitados os pré-

requisitos relevantes para sua viabilidade, está sendo retomado em janeiro de 2013.

Tal expansão possibilitará que o contribuinte obtenha credenciamento prévio (online), um alargamento

da base de regimes especiais, a consulta de autenticidade da guia via internet, consulta do status do

processo de importação, pelo fiel depositário e a digitação da declaração de importação pelo

contribuinte. Além disso, permitirá a ampliação das tabelas para leitura da base integral da Receita

Federal do Brasil, regras de cálculo e apropriação do ICMS / FECP na importação, a consulta sobre a

situação fiscal do contribuinte no sistema SRS, a emissão de certidão negativa de débitos e a emissão

de relatórios gerencias.

1.7- TESTE NO SISTEMA SPED DE FISCALIZAÇÃO

Está em curso a fase de teste do projeto SPED, já sendo disponibilizado para utilização por parte da

fiscalização, na IRF 64.15 – Barra da Tijuca, na IRF 64.12 - Sul, na IFE 03 - Energia Elétrica e na IFE

11 - Bebidas, e será, posteriormente, expandido para outras inspetorias.

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C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

151

1.8- PARTICIPAÇÃO NO PROJETO PILOTO DO AUDITOR ELETRÔNICO, DESENVOLVIDO PELO

ESTADO DE MG, COM PARTICIPAÇÃO DE DIVERSAS UNIDADES FEDERATIVAS

A Subsecretaria da Receita ingressou no projeto piloto que está sendo desenvolvido pela Secretaria

de Estado de Fazenda de Minas Gerais para desenvolvimento do Auditor Eletrônico Nacional, que

permitirá que os Auditores Fiscais da Receita Estadual fiscalizem as empresas que se encontram no

SPED e que emitem nota fiscal eletrônica. Esse novo sistema traz como benefícios também uma

integração entre os roteiros de fiscalização, e possibilita a criação de links para a legislação.

1.9- IMPLEMENTAÇÃO DO NOVO SISTEMA DE CADASTRO

Ocorrerá a implantação do nosso sistema de Cadastro, cuja principal será a integração das

informações com a Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (JUCERJA). Com o novo sistema,

todas as constituições ou alterações no cadastro serão realizadas na Junta, a SEFAZ apenas terá a

incumbência de dar aceite ou recusar nos casos em que houver a exigência de alguma documentação

específica.

Além da integração da base de dados, será um sistema com acesso via web capaz de realizar várias

críticas automáticas no momento de imputar os dados e ainda permitirá a integração com o Domicílio

Eletrônico do Contribuinte (DEC).

1.10- INTRODUÇÃO DE NOVOS SETORES NO REGIME DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Está programada a inclusão no regime de substituição tributária de produtos alimentícios e de

utensílios domésticos (inclusão de novos produtos e elevação das MVA para os já constantes da atual

legislação).

1.11- APRIMORAMENTO E MODERNIZAÇÃO DOS POSTOS DE BARREIRA FISCAL, COM

CRIAÇÃO DE NOVAS UNIDADES

Serão implementadas melhorias que reforçarão o controle das operações interestaduais, tais como a

criação de um novo posto de controle interestadual e a expansão e modernização de postos já

existentes, no sentido de dar melhores condições de trabalho aos servidores em exercício nessas

unidades, aumentando a efetividade da fiscalização nas mesmas, e de aumentar a capacidade de

fiscalização dessas unidades, tendo em vista a demanda existente.

Page 152: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

152

9.4 RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL

Representa um instrumento imprescindível no acompanhamento das atividades financeiras e de

gestão do Estado e está previsto no artigo 54, da Lei de Responsabilidade Fiscal.

A Lei Complementar 101/00 estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade

na gestão fiscal e determina que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão

elaborar e publicar o Relatório de Gestão Fiscal, com o propósito de assegurar a transparência dos

gastos públicos e a consecução das metas fiscais, com a observância dos limites fixados pela lei.

Os Poderes e Órgãos definidos na LRF deverão, cada um, emitir o seu próprio Relatório de Gestão

Fiscal, abrangendo todas as informações necessárias à verificação da consecução das metas fiscais e

dos limites de que trata a lei.

Em Reais (1,00)

ATÉ DEZ/2012

QUANTIDADE DE

CERTIDÕES

AJUIZADAS

VALOR (UFIR-RJ)* VALOR (REAIS)

Capital 65.048 12.790.292.533,83 29.100.473.572,97

Interior 50.230 7.694.560.671,12 17.506.664.438,93

TOTAL 115.278 20.484.853.204,95 46.607.138.011,90

*Valores de UFIR-RJ EM 31/12/2012

FONTE: D.O. 18/02/2013 (Pagina 16)

TABELA 115 - ESPECIFICAÇÃO DA QUANTIDADE DE CERTIDÕES AJUIZADAS E VALORES

DE AÇÕES AJUIZADAS PARA COBRANÇA DA DÍVIDA ATIVA

Em Reais (1,00)

31/12/2009 31/12/2010 31/12/2011 31/12/2012

QTDE UFIR 6.906.393.027,15 8.149.286.998,32 9.800.932.402,59 7.306.480.476,56

UFIR 1,9372 2,0183 2,1352 2,2752

R$ 13.379.064.572,20 16.447.705.948,71 20.926.950.866,01 16.623.704.380,27

Pagos no exercício

de 2010

Pagos no exercício

de 2011

Pagos no exercício

de 2012A receber

QTDE UFIR 171.359.592,13 129.796.440,60 122.290.537,48 341.641.329,44

UFIR 2,0183 2,1352 2,2752 2,4066

R$ 345.855.064,80 277.141.359,97 278.235.430,87 822.194.023,43

*Republicada por incorreções no original publicada no D.O. de 05 de fevereiro de 2013.

TABELA 116 - ESPECIFICAÇÃO DA EVOLUÇÃO DO MONTANTE DOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS PASSÍVEIS DE

COBRANÇA ADMINISTRATIVA

1. EVOLUÇÃO DE VALORES A RECEBER REFERENTES A AUTOS DE INFRAÇÃO

2. EVOLUÇÃO DE VALORES A RECEBER REFERENTES A PARCELAMENTOS

Item 1 - evolução de valores a receber referentes a autos de infração - fornece o total de autos de infração no status de em cobrança, em impugnação

ou recurso.

O item 2 - evolução de valores a receber referentes a parcelamentos - informa os valores relativos a parcelamentos efetivamente pagos nos

exercícios de 2010, 2011 e 2012. Os valores a receber correspondem a

todas as parcelas ainda em aberto a partir de janeiro 2013.

OBS: Com a extinção do Regime Simplificado do ICM S com o advento do Regime do Simples Nacional em 2007, não existem créditos a receber

referentes a esse regime.

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C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

153

O relatório deverá conter, também, as medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassados

quaisquer dos limites.

O Relatório de Gestão Fiscal dos Poderes e Órgãos abrange administração direta, autarquias,

fundações, fundos, empresas públicas e sociedades de economia mista beneficiários de recursos do

Orçamento Fiscal e da Seguridade Social, para manutenção de suas atividades, excetuadas aquelas

empresas que recebem recursos exclusivamente para aumento de capital, oriundos de investimentos

do respectivo ente.

O Relatório de Gestão Fiscal conterá demonstrativos comparativos com os limites de que trata a LRF,

dos seguintes montantes:

- despesas totais com pessoal, evidenciando as despesas com ativos, inativos e pensionistas;

- dívida consolidada;

- concessão de garantias e contragarantias; e

- operações de crédito.

No último quadrimestre, o relatório deverá conter, também, os seguintes demonstrativos:

- do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro;

- da inscrição em Restos a Pagar das despesas liquidadas, das empenhadas e não liquidadas,

inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa e das não inscritas por falta de

disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados.

- do cumprimento do disposto na LRF, no que se refere à operação de crédito por antecipação de

receita, liquidada com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano,

com observância da proibição de contratar tais operações no último ano de mandato do Presidente,

Governador ou Prefeito Municipal.

9.4.1 DEMONSTRATIVO DA DESPESA COM PESSOAL

Este demonstrativo visa assegurar a transparência da despesa com pessoal de cada um dos Poderes

e Órgãos, assim como verificar os limites de que trata a LRF. Será computada a despesa com Pessoal

da Administração Direta e Indireta, inclusive das empresas estatais dependentes. A despesa com

pessoal ativo e inativo não poderá exceder os limites percentuais da receita corrente líquida prevista

na lei.

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C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

154

A despesa total com pessoal compreende o somatório dos gastos do ente da Federação com ativos,

inativos e pensionistas, deduzidos alguns itens exaustivamente explicitados pela própria LRF, não

cabendo interpretações que extrapolem os dispositivos legais.

Conforme demonstrado na tabela a seguir, observa-se que as despesas com pessoal do Poder

Executivo, em 2012, representaram 29,56% da receita corrente líquida, portanto, mantendo-se abaixo

do limite máximo (49,00%) e do limite prudencial (46,55%). Em relação aos gastos consolidados de

pessoal (Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e o Ministério Público) observa-se que, no mesmo

período, o índice alcançado é de 39,02%, também abaixo do limite máximo (60,00%) e prudencial

(57,00%). Para fins de cálculo desses percentuais é mister esclarecer que se excluem as despesas de

pessoal com inativos e pensionistas realizadas com recursos vinculados.

Nos quadros abaixo, demonstramos a evolução dos gastos com pessoal do Poder Executivo, bem

como o Consolidado, em relação à Receita Corrente Líquida:

R$ M il

VALOR % RCL VALOR % RCL

Total da Despesa com Pessoal para Fins de Apuração do Limite 12.006.016 29,56% 10.317.321 26,27%

Limite Máximo (Incisos I, II E III, Art. 20 da LRF) 19.900.573 49,00% 19.241.489 49,00%

Limite Prudencial (§ Único, Art. 22 da LRF) 18.905.545 46,55% 18.279.415 46,55%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 117 - DESPESA COM PESSOAL - EXECUTIVO

DESCRIÇÃO2012 2011

2012 2011

29,56% 26,27%

46,55% 46,55%

DESPESA DE PESSOAL - EXECUTIVO Representação em percentual

DESPESA COM PESSOAL LIMITE PRUDENCIAL

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C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

155

Nota-se nas tabelas acima que os percentuais da despesa com pessoal, do Poder Executivo, em

relação à receita corrente líquida estão dentro dos limites estabelecidos pela LRF. No exercício de

2011 apurou-se uma relação percentual de 26,27%, em 2012 o índice aumentou para 29,56%, ficando

16,99 pontos percentuais abaixo do limite prudencial. Em relação à despesa com pessoal consolidada,

no exercício de 2011, apurou-se uma relação percentual de 35,31%, aumentando para 39,02% em

2012, o que resultou em 17,98 pontos percentuais abaixo, também, do limite prudencial.

9.4.2 DEMONSTRATIVO DA DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA - DCL

É elaborado pelo Poder Executivo e abrange todos os Poderes do Estado. O detalhamento, a forma e

a metodologia de apuração da DCL visam assegurar a transparência das obrigações contraídas pelos

entes da Federação e verificar os limites de endividamento de que trata a LRF e outras informações

relevantes.

A Dívida Consolidada – DC ou fundada é o montante total apurado, sem duplicidade das obrigações

financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados, e

da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses, nos termos

do art. 29 da LRF.

R$ M il

VALOR % RCL VALOR % RCL

Total da Despesa com Pessoal para Fins de Apuração do Limite 15.847.965 39,02% 13.867.242 35,31%

Limite Máximo (Incisos I, II E III, Art. 20 da LRF) 24.368.049 60,00% 23.561.007 60,00%

Limite Prudencial (§ Único, Art. 22 da LRF) 23.149.647 57,00% 22.382.957 57,00%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 118 - DESPESA COM PESSOAL - CONSOLIDADO

DESCRIÇÃO2012 2011

2012 2011

39,02% 35,31%

57,00% 57,00%

DESPESA DE PESSOAL - CONSOLIDADO Representação em percentual

DESPESA COM PESSOAL LIMITE PRUDENCIAL

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156

Em observância ao Princípio da Prudência, e com vistas a assegurar a transparência da gestão fiscal

e a prevenção de riscos preconizados na LRF, são ainda evidenciadas, neste demonstrativo, outras

obrigações do Ente que causam impacto em sua situação econômico-financeira, muito embora não

sejam essas obrigações consideradas no conceito de dívida consolidada, segundo os critérios

estabelecidos na legislação vigente, tais como, precatórios anteriores a 05.05.2000, insuficiência

financeira e outras obrigações não integrantes da Dívida Consolidada.

Outro aspecto relevante tratado neste demonstrativo diz respeito ao critério para apuração das

disponibilidades financeiras para efeito de dedução da Dívida Consolidada. Neste caso, devem ser

deduzidos, do somatório do ativo disponível e haveres financeiros, os valores inscritos em restos a

pagar processados.

No demonstrativo da DCL não foram considerados os valores referentes ao RIOPREVIDÊNCIA,

conforme Portaria STN nº 407, de 20 de junho de 2011.

A dívida consolidada líquida do Estado, em relação à receita corrente líquida, apresentou no período

de janeiro a dezembro de 2012 o percentual de 165,20% correspondendo a R$ 67.094.118 mil,

ficando abaixo do limite percentual de 200,00%, determinado pelo Senado Federal, que corresponde a

R$ 81.226.830 mil.

Na tabela, a seguir, demonstramos o comparativo da Dívida Consolidada Líquida:

9.4.3 DEMONSTRATIVO DAS GARANTIAS E CONTRAGARANTIAS DE VALORES

Este demonstrativo visa assegurar a transparência das garantias oferecidas a terceiros por ente da

Federação e verificar os limites de que trata a LRF, bem como das contragarantias correspondentes. A

concessão de garantia compreende o compromisso de adimplência de obrigação financeira ou

contratual, assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada.

R$ M il

VALOR % RCL VALOR % RCL

Total da Dívida Consolidada Líquida 67.094.118 165,20% 57.378.214 146,12%

Limite Definido por Resol. do Senado Federal Nº 40/2001,

Inciso I, Art. 3º 81.226.830 200,00% 78.536.691 200,00%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 119 - DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA - DCL

DESCRIÇÃO2012 2011

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C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

157

O total das garantias do Estado, no exercício de 2012, representou 4,82% da receita corrente líquida,

ficando 17,18 pontos percentuais abaixo do limite de 22,00% definido no art. 9º, da Resolução nº

43/2001, do Senado Federal.

Comparando com o exercício anterior, observa-se, na tabela abaixo, que a relação Total das

Garantias/RCL teve um aumento de 0,16%. Esse aumento pode ser explicado observando-se,

isoladamente, o valor das garantias frente ao exercício anterior, que apresentou uma variação de

0,03%, enquanto a RCL apresentou um crescimento da ordem de 3,43%.

Na tabela a seguir, demonstramos o comparativo das Garantias de Valores:

9.4.4 DEMONSTRATIVO DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITOS

Este demonstrativo visa assegurar a transparência das operações de crédito efetuadas por ente da

Federação e verificar os limites de que trata a LRF.

A operação de crédito corresponde ao compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura

de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de

valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras

operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros.

O total das operações de crédito do Estado, em 2012, representou 11,71 pontos percentuais sobre a

receita corrente líquida. O limite definido no inciso I, art. 7º, da Resolução nº 43/2001, do Senado

Federal, estipula o valor máximo para a relação das operações de crédito com a receita corrente

líquida em 16,00%. Desta forma o Estado apresentou uma relação de 4,29 pontos percentuais abaixo

do limite definido pelo Senado Federal.

Comparando com os valores realizados no exercício de 2011, as operações de crédito, apresentaram

uma variação nominal positiva de 273,98%, o que representa um aumento de R$ 3.483.672 milhões

de receitas provenientes dessas operações.

Na tabela abaixo, demonstramos o comparativo das Operações de Crédito:

R$ M il

VALOR % RCL VALOR % RCL

Total das Garantias 1.955.926 4,82% 1.955.355 4,98%

Limite Definido por Resolução do Senado Federal 8.934.951 22,00% 8.639.036 22,00%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 120 - GARANTIA DE VALORES

DESCRIÇÃO2012 2011

Page 158: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

158

9.4.5 DEMONSTRATIVO DA DISPONIBILIDADE DE CAIXA

Este demonstrativo visa assegurar a transparência da disponibilidade financeira e verificar a parcela

comprometida (limite de que trata a LRF) para inscrição em Restos a Pagar de despesas não

liquidadas. Na inscrição, deve-se observar que os recursos legalmente vinculados à finalidade

específica serão utilizados, exclusivamente, para atender ao objeto de sua vinculação.

Ressalta-se que na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e

despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.

O saldo da disponibilidade de caixa frente às obrigações financeiras de curto prazo do Poder

Executivo, que pode ser considerado como a capacidade do Estado em honrar seus compromissos de

curto prazo, no ano de 2011 apresentou um superávit de R$ 2,9 bilhões, que em comparação com o

resultado do ano anterior pode-se observar que o total do ativo disponível diminuiu R$ 12.319 milhões

e o total das obrigações financeiras aumentaram R$ 273.617 milhões.

Na tabela a seguir, demonstramos o comparativo da Disponibilidade de Caixa:

R$ M il

VALOR % RCL VALOR % RCL

Operações de Crédito Internas e Externas 4.755.173 11,71% 1.271.501 3,24%

Limite Def.P/Senado Federal p/Operações de Crédito Internas

e Externas6.498.146 16,00% 6.282.935 16,00%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 121 - OPERAÇÕES DE CRÉDITOS

DESCRIÇÃO2012 2011

R$ M il

DESCRIÇÃO 2012 2011

Ativo

Disponibilidade Financeira - Executivo 6.511.023 5.681.298

Disponibilidade Financeira - RIOPREVIDÊNCIA 295.907 1.137.950

Total do Ativo Disponível (I) 6.806.929 6.819.248

Passivo

Obrigações Financeiras - Executivo 3.270.118 3.121.943

Obrigações Financeiras – RIOPREVIDÊNCIA 484.550 359.110

Total das Obrigações Financeiras (II) 3.754.669 3.481.052

Suficiência Antes da Inscrição em RPNP (III) = (I-II) 3.052.260 3.338.195

Inscrição em Restos a Pagar não Processados (IV) 182.856 152.147

Superávit/Déficit (V) = (III - IV) 2.869.404 3.186.049

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 122 - DISPONIBILIDADE DE CAIXA

Page 159: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

159

9.4.6 DEMONSTRATIVO DOS RESTOS A PAGAR

Este demonstrativo visa assegurar a transparência da inscrição em Restos a Pagar. Na inscrição,

deve-se observar que os recursos legalmente destinados ou vinculados à finalidade específica serão

utilizados, exclusivamente, para atender ao objeto de sua vinculação.

Os Restos a Pagar Não Processados do Poder Executivo foram inscritos em virtude da suficiência

financeira apurada, por fontes de recursos, em cada órgão / entidade.

Em comparação com o ano de 2011, o estoque de Restos a Pagar apresentou um aumento de R$

121.496 mil. É importante destacar que o valor de estoque de Restos a Pagar tende a diminuir ao

longo dos anos como decorrência do Programa de Parcelamento dos RPs de exercícios anteriores a

2007 (Decreto Nº 40.874/2007 e Decreto Nº 41.377/2008).

Na tabela abaixo, demonstramos o comparativo dos Restos a Pagar:

R$ M il

DESCRIÇÃO 2012 2011

Restos a Pagar Inscritos do Exercício 2.210.353 2.063.147

Restos a Pagar Exercícios Anteriores 355.674 381.384

TOTAL 2.566.027 2.444.531

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 123 - RESTOS A PAGAR

-

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

2012 2011

2.210.353 2.063.147

355.674 381.384

2.566.027 2.444.531

COMPOSIÇÃO DOS RESTOS A PAGAR Representação em R$ Mil

RP INSCRITOS DO EXERCÍCIO RP EXERCÍCIOS ANTERIORES TOTAL DOS RESTOS A PAGAR

Page 160: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

160

9.5 RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA - RREO

Representa um instrumento imprescindível no acompanhamento das atividades financeiras e de

gestão do Estado e está previsto no § 3º, do artigo 165, da Constituição Federal, regulamentado pela

Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, intitulada Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, em

seus artigos 52 e 53.

A Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, que se refere às normas de finanças públicas

voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, estabelece as normas para elaboração e publicação

do RREO e seus demonstrativos que deverão abranger os órgãos da Administração Direta, dos

Poderes e Entidades da Administração Indireta, constituídas pelas Autarquias, Fundações, Fundos

Especiais, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista que recebem recursos dos

Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, inclusive sob a forma de subvenções para pagamento de

pessoal e de custeio, ou de auxílios para pagamento de despesas de capital, excluídas, neste caso,

aquelas empresas lucrativas que recebam recursos para aumento de capital.

É um pressuposto da responsabilidade na gestão fiscal, a ação planejada e transparente em que se

previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas. Nesse sentido,

a Lei Complementar nº 101/2000 orienta sobre o equilíbrio entre receitas e despesas, a limitação de

empenho e movimentação financeira, a não geração de despesas consideradas não autorizadas,

irregulares e lesivas ao patrimônio público, os critérios para criação, expansão ou aperfeiçoamento de

ação governamental que acarrete aumento de despesa. Orienta, ainda, sobre o cumprimento de

metas de resultado primário ou nominal, sobre a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos

os tributos da competência constitucional do ente, sobre a contratação de operações de crédito,

disponibilidades de caixa, restos a pagar, dentre outras disposições, visando, sempre, a

responsabilização do titular do Poder ou Órgão no que se refere à gestão dos recursos e patrimônio

públicos.

Quando for o caso, serão apresentadas justificativas da limitação de empenho e da frustração de

receitas, especificando as medidas de combate à sonegação e à evasão fiscal, adotadas e a adotar, e

as ações de fiscalização e cobrança.

Page 161: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

161

9.5.1 BALANÇO ORÇAMENTÁRIO

Definido na Lei nº 4.320, de 31 de março de 1964, demonstrará as receitas e despesas previstas em

confronto com as realizadas. Estando também previsto na LRF, porém de forma mais detalhada, o

Balanço Orçamentário apresentará a execução das receitas, por categoria econômica e fonte,

especificando a previsão inicial, a previsão atualizada, a receita realizada no bimestre, a realizada no

exercício e a previsão a realizar, e também a execução das despesas, por categoria econômica e

grupo de natureza da despesa, discriminando a dotação inicial, os créditos adicionais, a dotação

atualizada, as despesas empenhadas e liquidadas, no bimestre e no exercício, e o saldo a realizar.

Na tabela, a seguir, demonstramos o comparativo do Resultado Orçamentário:

9.5.2 DEMONSTRATIVO DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA

Apresenta a apuração da receita corrente líquida - RCL, sua evolução nos últimos doze meses, assim

como a previsão de seu desempenho no exercício. A informação constante neste demonstrativo serve

de base de cálculo para os limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, apresentados

no Relatório de Gestão Fiscal.

Entende-se como RCL, o somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,

agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas correntes, consideradas

algumas deduções.

A RCL servirá como base para apuração dos limites da despesa total com pessoal, da dívida pública,

das garantias e contragarantias e das operações de crédito.

Na tabela abaixo, demonstramos o comparativo da Receita Corrente Líquida:

R$ M il

Receitas Realizadas 63.590.465 57.454.091

Despesas Executadas 63.819.247 56.553.050

Result. Orçamentário (228.782) 901.041

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 124 - BALANÇO ORÇAMENTÁRIO

DESCRIÇÃO 2012 2011

Page 162: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

162

9.5.3 DEMONSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS DO REGIME

PRÓPRIO DOS SERVIDORES PÚBLICOS

Tem a finalidade de assegurar a transparência das receitas e despesas previdenciárias do regime

próprio dos servidores, que o ente da Federação mantiver ou vier a instituir.

O ente da Federação que mantiver ou vier a instituir regime próprio de previdência social, para seus

servidores, conferir-lhe-á caráter contributivo e organizá-lo-á com base em normas de contabilidade e

atuária que preservem seu equilíbrio financeiro e atuarial, em conformidade com o Manual de

Contabilidade Aplicado aos Regimes Próprios de Previdência Social, publicado pelo Ministério da

Previdência Social.

A institucionalização do Regime Próprio de Previdência Social implica em estabelecer contabilidade

própria que permita conhecer, a qualquer momento, a situação econômica, financeira e orçamentária

do patrimônio de propriedade dos beneficiários da Previdência.

Na tabela abaixo, demonstramos o comparativo do Resultado Previdenciário apurado através do

Fundo Único de Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro - RIOPREVIDÊNCIA:

9.5.4 DEMONSTRATIVO DO RESULTADO PRIMÁRIO

Apresenta o resultado primário apurado, que corresponde à diferença entre as receitas e as despesas

não financeiras.

R$ M il

Receita Corrente Líquida Realizada 40.613.415 39.268.345

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 125 – RECEITA CORRENTE – RCL

DESCRIÇÃO 2012 2011

R$ M il

Receitas Previdenciárias 9.468.021 10.101.478

Despesas Previdenciárias 10.433.697 9.557.450

Resultado Previdenciário (965.676) 544.028

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 126 - RECEITAS / DESPESAS DO REGIME DE PREVIDÊNCIA

DESCRIÇÃO 2012 2011

Page 163: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

163

Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o

cumprimento da meta de resultado primário estabelecida no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o

Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias

subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei

de diretrizes orçamentárias.

Na tabela a seguir, demonstramos o comparativo do Resultado Primário:

O Resultado Primário do Estado apurado no exercício de 2012 foi de R$ 908.717 mil, valor abaixo da

meta fixada em lei de R$ 1.172.453 mil.

9.5.5 DEMONSTRATIVO DO RESULTADO NOMINAL

O objetivo da apuração do Resultado Nominal é medir a evolução da dívida fiscal líquida. No bimestre,

o Resultado Nominal representa a diferença entre o saldo da dívida fiscal líquida ao final do bimestre

de referência e o saldo ao final do bimestre anterior. No exercício, o resultado nominal representa a

diferença entre o saldo da dívida fiscal líquida acumulada até o final do bimestre de referência e o

saldo em 31 de dezembro do exercício anterior ao de referência.

R$ M il

Meta Fixada no Anexo de Metas Fiscais LDO (1.172.453) 729.124

Resultado Primário (908.717) 2.599.970

% Em Relação a Meta 77,51% 356,59%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 127 - RESULTADO PRIMÁRIO

DESCRIÇÃO 2012 2011

(3.000.000)

(2.000.000)

(1.000.000)

-

1.000.000

2.000.000

3.000.000

2012 2011

(1.172.453)

729.124

(908.717)

2.599.970

RESULTADO PRIMÁRIO Representação em R$ Mil

META LDO RESULTADO PRIMÁRIO

Page 164: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

164

O saldo da dívida fiscal líquida corresponde ao saldo da DCL acrescentado das receitas de

privatização e deduzido os passivos reconhecidos, decorrentes de déficits ocorridos em exercícios

anteriores.

Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o

cumprimento da meta de resultado nominal estabelecida no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o

Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias

subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei

de diretrizes orçamentárias.

As informações pertinentes deste Demonstrativo devem guardar conformidade com o Demonstrativo

da Dívida Consolidada Líquida do Relatório de Gestão Fiscal.

Nos quadros abaixo, demonstramos o comparativo do Resultado Nominal a preços correntes e

constantes:

R$ M il

Meta Fixada no Anexo de Metas Fiscais da LDO 6.134.510 6.997.731

Resultado Nominal 9.531.346 2.747.706

% em Relação à Meta 155,37% 39,27%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 128 - RESULTADO NOMINAL - VALORES CORRENTES

DESCRIÇÃO 2012 2011

-

2.000.000

4.000.000

6.000.000

8.000.000

10.000.000

2012 2011

6.134.510

6.997.731

9.531.346

2.747.706

RESULTADO NOMINAL - VALORES CORRENTES Representação em R$ Mil

META LDO RESULTADO NOMINAL

Page 165: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

165

Na tabela acima, pode-se observar que no ano de 2012 o resultado nominal apurado foi de R$

9.531.346 mil, demonstrando que no exercício em questão, houve um acréscimo na dívida fiscal

líquida comparando com o ano anterior. A meta fixada em lei previa um resultado nominal de até R$

6.134.510 mil, valor superior ao resultado nominal apurado.

Nota-se na tabela acima, que a meta estipulada em lei, do resultado nominal a valores constantes

para o exercício de 2012, era de R$ 2.779.452 mil, e o resultado nominal apurado foi de

R$ 4.531.663 mil, valor superior à meta estipulada.

9.5.6 DEMONSTRATIVO DAS RECEITAS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO E DESPESAS

DE CAPITAL

Apresenta as receitas de operações de crédito em comparação com as despesas de capital líquidas,

com a finalidade de demonstrar o cumprimento da “Regra de Ouro”, ou seja, a vedação constitucional

da realização de receitas das operações de crédito excedentes ao montante das despesas de capital,

ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,

aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. Os recursos de operações de crédito serão

considerados pelo total ingressado no exercício financeiro.

R$ M il

DESCRIÇÃO 2012 2011

Meta Fixada no Anexo de Metas Fiscais da LDO 2.779.452 4.310.277

Resultado Nominal  4.531.663 64.949

% Em Relação a Meta  163,04% 1,51%

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 129 - RESULTADO NOMINAL - VALORES CONSTANTES

-

1.000.000

2.000.000

3.000.000

4.000.000

5.000.000

2012 2011

2.779.452

4.310.277 4.531.663

64.949

RESULTADO NOMINAL - VALORES CONSTANTES

Representação em R$ Mil

META LDO RESULTADO NOMINAL

Page 166: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

166

Na tabela a seguir, demonstramos o comparativo das Receitas de Operações de Crédito e as

Despesas de Capital:

O valor denominado “resultado” na tabela acima, corresponde ao montante aportado pelo Estado com

recursos próprios em despesas de capital. Em 2012, a maior parte das despesas de capital foi com

investimentos. Verifica-se que a aplicação dos recursos próprios com investimentos diminuiu em

relação ao exercício anterior.

9.5.7 DEMONSTRATIVO DA RECEITA DE ALIENAÇÃO DE ATIVOS E APLICAÇÃO DOS

RECURSOS

Apresenta a receita proveniente da alienação de ativos e a correspondente aplicação dos recursos.

R$ M il

Receita de Operação de Crédito 4.755.173 1.271.501

Despesa de Capital Líquida 8.039.659 6.585.620

Resultado (3.284.486) (5.314.119)

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 130 - RECEITAS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO E DESPESAS DE CAPITAL

DESCRIÇÃO 2012 2011

-6.000.000

-4.000.000

-2.000.000

0

2.000.000

4.000.000

6.000.000

8.000.000

10.000.000

2012 2011

4.755.173

1.271.501

8.039.659

6.585.620

(3.284.486)

(5.314.119)

RECEITAS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITOS E DESPESAS DE CAPITAL Representação em R$ Mil

RECEITA DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO DESPESA DE CAPITAL LÍQUIDA RESULTADO

Page 167: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

167

É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o

patrimônio público, para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada, por lei, aos regimes

de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos.

Na tabela abaixo, demonstramos o comparativo da Receita de Alienação de Ativos e o Montante

Aplicado:

9.6 RESUMO DAS PUBLICAÇÕES DOS ANEXOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE

FISCAL - LRF

R$ M il

Saldo Financ. a Aplicar do Exercício Anterior - -

Rec.de Capital Resultante da Alienação de Ativos 23.108 534.777

Aplicação dos Recursos Alienação de Ativos 23.108 534.777

Fonte: SIAFEM -RJ/SIG

TABELA 131 - RECEITA DA ALIENAÇÃO DE ATIVOS E APLICAÇÃO DOS RECURSOS

DESCRIÇÃO 2012 2011

PERÍODO  C.I. CGE Nº PROCESSO Nº PUBLICAÇÃO REPUBLICAÇÃO

1º Bimestre CI GAB/CGE Nº 108, de 27/03/2012 E-04/002.897/2012 29/03/2012 -

2º Bimestre CI GAB/CGE Nº 175, de 16/05/2012 E-04/004.474/2012 22/05/2012 -

1º Quadrimestre CI GAB/CGE Nº 175, de 16/05/2012 E-04/004.474/2012 22/05/2012 -

1º Quadrimestre Consolidado CI GAB/CGE Nº 211, de 05/06/2012 E-04/005.204/2012 11/06/2012 -

3º Bimestre CI GAB/CGE Nº 255, de 13/07/2012 E-04/006.313/2012 20/07/2012 -

4º Bimestre CI GAB/CGE Nº 310, de 14/09/2012 E-04/008.546/2012 24/09/2012 -

2º Quadrimestre CI GAB/CGE Nº 310, de 14/09/2012 E-04/008.546/2012 24/09/2012 -

2º Quadrimestre Consolidado CI GAB/CGE Nº 344, de 03/10/2012 E-04/009.115/2012 11/10/2012 -

5º Bimestre CI GAB/CGE Nº 383, de 12/11/2012 E-04/010.185/2012 21/11/2012 -

6º Bimestre CI GAB/CGE Nº 029, de 21/01/2013 E-04/001.234/2013 29/01/2013 26/03/2013

3º Quadrimestre CI GAB/CGE Nº 029, de 21/01/2013 E-04/001.234/2013 29/01/2013 26/03/2013

3º Quadrimestre Consolidado CI GAB/CGE Nº 044, de 05/02/2013 E-04/001.420/2013 14/02/2013 -

Estado do Rio de Janeiro - 2012

QUADRO 06

Page 168: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

168

Page 169: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

169

10 DÍVIDA CONSOLIDADA

O estoque da dívida consolidada do Estado do Rio de Janeiro, em dezembro de 2012, alcançou o

montante de R$ 75,2 bilhões1. Este montante apresentou uma variação nominal, em relação ao saldo

de dezembro de 2011, de 15%, e real, de 6,4%2.

O índice definido pelo Senado Federal como parâmetro de grau de endividamento dos entes, que é

obtido pelo cálculo da Dívida Consolidada Líquida sobre a Receita Corrente Líquida – RCL, aumentou

em relação ao exercício anterior, saindo de 146,12% para 165,20%. Tal variação é resultado da queda

real da RCL em -4,32% somado as novas Operações de Crédito contratadas no exercício, conforme

descrito no Quadro 7 do item 10.1.

10.1 DÍVIDA DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA

10.1.1 DÍVIDA INTERNA E EXTERNA

O saldo da dívida interna da Administração Direta somou o montante de R$ 65,4 bilhões, ou seja,

9,8% maior que o exercício de 2011. Esta variação foi decorrente do ingresso de recursos de novas

operações de crédito, da inclusão de um novo parcelamento regulado pelo Decreto Estadual nº

42.516, de 16/06/2010, e pela atualização dos saldos devedores, que conforme cláusulas específicas

são corrigidos por índices, tais como: TR, IGP-M, IGP-DI, TJLP e SELIC. Destaque-se nesse resultado

o aumento de 8,1% do IGP-DI3, responsável pela correção dos dois maiores contratos: (i) Contrato de

Assunção de Dívidas do BERJ; e (II) Contrato de Refinanciamento, firmado ao amparo da Lei

9.496/97.

Apesar da variação positiva do IGP-DI, seu reflexo sobre o saldo devedor foi amenizado pelo fato de o

limite de pagamento de 13% sobre a Receita Líquida Real – RLR, conforme disposto na Lei nº

9.496/97 ter permitido o pagamento total da parcela calculada pela Tabela PRICE do contrato de

refinanciamento e ainda, permitindo a amortização de Resíduo no total de R$ 267,7 milhões.

No mês de março de 2012, foram registrados na dívida R$ 283,4 milhões referentes ao parcelamento

das Transferências Constitucionais aos Municípios do E.R.J de IPVA/ICMS, regulado pelo Decreto

Estadual nº 42.516, de 16/06/2010.

1 No total da Dívida Consolidada foi considerado os Precatórios do Rioprevidência posteriores a 05/05/2000(inclusive).

2 O deflator empregado foi o IGP-DI.

3 Variação do IGP-DI em 2012: 8,10%

Page 170: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

170

Ao final do exercício de 2012, o saldo da dívida externa foi de R$ 5,4 bilhões, 74,3% superior ao

exercício de 2011, consequência da desvalorização do real frente ao dólar4 e do ingresso de recursos

das operações que se encontram em fase de desembolso.

O quadro abaixo apresenta as operações de crédito contratadas ao longo do ano.

Em decorrência dos empréstimos contratados em 2012 e em exercícios anteriores, houve ingresso de

R$ 4,76 bilhões ao longo do ano, a saber:

Desembolsos pertinentes aos Contratos Firmados em Exercícios Anteriores

a) R$ 280 milhões, destinados à Reforma e Adequação do Estádio Mario Filho - Maracanã –

PROCOPA (recursos provenientes do BNDES);

b) R$ 247,13 milhões, para o Programa Estadual de Transportes II – PET II (recursos

provenientes do BIRD);

c) R$ 67,39 milhões, destinados ao Programa Saneamento para Todos (recursos provenientes da

CAIXA);

d) R$ 59,45 milhões, destinados ao Programa de Financiamento de Contrapartidas do PAC

(recursos provenientes da CAIXA);

e) R$ 54,57 milhões, para o Programa Delegacia Legal (recursos provenientes do BNDES) ;

f) R$ 14,12 milhões, para o Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável em Microbacias

Hidrográficas (recursos provenientes do BIRD);

4 A cotação do dólar (US$) no dia 30 de dezembro de 2012 foi de 2,0435, 8,94% superior a cotação do dia 30 de dezembro de 2011 de

1,8758.

CONTRATOS DE FINANCIAMENTO ASSINADOS EM 2012 ASSINATURA CREDOR

Programa de Saneamento Ambiental dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara - PSAM 20/03/2012 BID

Programa de Melhorias da Infraestrutura Rodoviária, Urbana e Mobilidade das Cidades do E.R.J. - PRÓCIDADES 11/06/2012 B.B

Elaboração de Estudos e Projetos relativos à Linha 4 do Metrô 12/06/2012 BNDES

Programa Saneamento para todos II 22/06/2012 CAIXA

Programa Estadual de Transportes II Adicional - PET II Adic. 05/09/2012 BIRD

Programa de Obras Emergenciais - POE 13/09/2012 CAF

Programa de Melhorias e Implantação da Infraestrutura Viária do E.R.J. - PROVIAS 13/09/2012 CAF

Programa de Mobilidade Urbana - PMU 09/10/2012 AFD

Programa de Desenvolvimento Econômico, Social e de Sustentabilidade do E.R.J. II - PRODESF II 30/10/2012 BIRD

Reforma e Adequação do Estádio Mario Filho - Maracanã - PROCOPA II 22/11/2012 CAF

Programa de Obras Complementares do Arco Metropolitano do R.J. 05/12/2012 CAF

Programa de Apoio ao investimento dos Estados e DF - PROINVEST 12/12/2012 B.B

Programa de Financiamento a Infraestrutura e ao Saneamento - PROCOI 20/12/2012 CAIXA

Fonte: Sistema de Operação de Crédito – SOC.

QUADRO 7 - OPERAÇÕES DE CRÉDITO CONTRATADAS PELO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Estado do Rio de Janeiro - 2012

Page 171: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

171

g) R$ 10,29 milhões, destinados ao Programa Nacional do Desenvolvimento do Turismo –

PRODETUR (recursos provenientes do BID);

h) R$ 5,38 milhões, para o Programa de expansão da Linha 1 do Metrô – entre as estações

Cantagalo e General Osório (recursos provenientes do BNDES);

i) R$ 2,30 milhões, destinados ao Programa de Apoio ao Fortalecimento da Administração

Fazendária do E.R.J - PROFAZ (recursos provenientes do BID);

j) R$ 1,95 milhão, para o Programa de Renovação e Fortalecimento da Gestão Pública - PRÓ-

GESTÃO (recursos provenientes do BIRD);

k) R$ 1,32 milhão, destinado ao Programa de Modernização da Administração Estadual II –

PMAE II (recursos provenientes do BNDES);e

l) R$ 527,32 mil, destinados ao Programa de Modernização da Administração Estadual – PMAE

(recursos provenientes do BNDES).

Desembolsos pertinentes aos Contratos Firmados no Exercício

a) R$ 1,45 bilhão, destinado para o Programa de Melhoria da Infraestrutura Rodoviária, Urbana e

Mobilidade das Cidades do E.R.J. – Pró-Cidades (recursos provenientes do Banco do Brasil);

b) R$ 814,06 milhões, para o Programa de Mobilidade Urbana – PMU (recursos provenientes da

Agência Francesa de Desenvolvimento - AFD);

c) R$ 632,04 milhões, destinado ao Programa de Desenvolvimento Econômico, Social e de

Sustentabilidade do E.R.J. II – PRODESF II (recursos provenientes do BIRD);

d) R$ 469,12 milhões, foram destinados para o Programa de Apoio ao Investimento dos Estados

e DF – PROINVESTE (recursos provenientes do BNDES);

e) R$ 180,51 milhões, ao Programa de Melhorias e Implantação da Infraestrutura Viária do E.R.J.

- PROVIAS (recursos provenientes da Corporação Andina de Fomento - CAF);

f) R$ 135,11 milhões, destinados à Elaboração de Estudos e Projetos relativos à Linha 4 do

Metrô (recursos provenientes do BNDES);

g) R$ 86,64 milhões, foram destinados à Reforma e Adequação do Estádio Mario Filho -

Maracanã – PROCOPA II (recursos provenientes da Corporação Andina de Fomento - CAF);

h) R$ 82,90 milhões, destinados ao Programa de Obras Emergenciais - POE (recursos

provenientes da Corporação Andina de Fomento - CAF);

i) R$ 79,42 milhões, destinados ao Programa de Obras Complementares do Arco Metropolitano

do R.J. (recursos provenientes da Corporação Andina de Fomento - CAF);

j) R$ 61,54 milhões, ao Programa Estadual de Transportes II Adicional – PET II Adic. (recursos

provenientes do BIRD); e

k) R$ 18,82 milhões, destinados ao Programa de Saneamento Ambiental dos Municípios do

Entorno da Baía de Guanabara - PSAM (recursos provenientes do BID).

Page 172: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

172

10.2 DÍVIDA DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

O saldo da dívida da Administração Indireta somou o montante de R$ 97,7 milhões, representando um

aumento de 40,2% em relação ao saldo verificado no exercício de 2011. Essa variação foi decorrente

da inclusão da dívida da CEASA com a Receita Federal e do IVB com o Laboratório Cristália.

Saliente-se que, parte significativa desse montante refere-se a parcelamentos de débitos fiscais junto

à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, à Secretaria da Receita Federal e ao Instituto Nacional de

Seguridade Nacional.

10.3 PRECATÓRIOS

De acordo com as disposições da Emenda Constitucional nº 62, de 09 de dezembro de 2009, o Estado

do Rio de Janeiro aderiu ao Regime Especial de Pagamento de Precatórios, por meio do Decreto nº

42.315, de 25 de fevereiro de 2010, nos termos do inciso II, § 1º, do art. 97do ADCT, pelo qual deverá

quitar seu estoque em 15 anos.

Conforme as regras desse regime especial, o Estado do Rio de Janeiro transferirá, anualmente, os

recursos financeiros ao Tribunal de Justiça, para realização dos pagamentos de precatórios,

observando a opção do Estado para utilização dos recursos e as preferências Constitucionais.

Assim, seguindo as prioridades definidas no início do governo e com base nas inovações introduzidas

pela citada EC nº 62/2009, no ano de 2012, o Estado do Rio de Janeiro empregou o montante de R$

365,8 milhões no adimplemento de precatórios judiciais.

Salienta-se que 7,7%, do montante desembolsado, foram utilizados para honrar os parcelamentos de

precatórios celebrados pelo Estado antes da Emenda Constitucional nº 62/2009, de acordo com a

orientação da Procuradoria Geral do Estado feita pelo Of. Nº 123/2008-MLM/GPG, e 92,3% foram

utilizados pelos Tribunais para quitação de novos precatórios, em obediência ao regime especial de

pagamento de precatórios adotado pelo Estado.

A transferência dos recursos financeiros ao Tribunal de Justiça, a quem compete, atualmente, realizar

os pagamentos, foi realizada no mês de dezembro de 2012. Conforme opção do Estado, 50% das

verbas transferidas ao Tribunal de Justiça no exercício de 2012, deverão ser aplicadas em

pagamentos de precatórios pelo critério de ordem cronológica; e os outros 50% em pagamentos pelo

critério de ordem única e crescente de valor, conforme Decreto nº 43.965, de 04 de dezembro de

2012.

Page 173: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

173

10.4 DEMONSTRATIVOS

A tabela e o quadro abaixo apresentam o efeito percentual de cada índice e da moeda na evolução do

saldo devedor da Dívida Consolidada em 2012. Já no Quadro III e no Gráfico II foi caracterizado o

montante da Dívida Consolidada discriminada por credores.

R$ M il

ÍNDICESESTOQUE -

DEZ/2012PART.

DÓLAR 6.667.064 8,87%

LIBRA 479 0,00%

IENE 262.223 0,35%

INPC - 0,00%

IGP-M 4.044 0,01%

IGP-DI 59.823.253 79,60%

UPR-CEF 109.438 0,15%

S/CORREÇÃO 865.774 1,15%

TJLP 2.429.848 3,23%

TR 243.141 0,32%

TX.SELIC 295.577 0,39%

UFIR 4.454.161 5,93%

TOTAL 75.155.001 100,00%

Fonte: SUCADPCR

TABELA 132 - PARTICIPAÇÃO DOS ÍNDICES E MOEDAS NA

ATUALIZAÇÃO DO SALDO DA DÍVIDA CONSOLIDADA

UPR-CEF, 0,15%

S/CORREÇÃO, 1,15%

TJLP, 3,23%

TX SELIC, 0,39%

TR, 0,32%

UFIR, 5,93%

DÓLAR, 8,87%

LIBRA, 0,00%

IENE, 0,35%

IGP-M, 0,01%

INPC, 0,00%

IGP-DI, 79,60%

PARTICIPAÇÃO DOS ÍNDICES E MOEDAS NA ATUALIZAÇÃO DOS SALDOS DA DÍVIDA FINANCEIRA

Estado do Rio de Janeiro - 2012

Percentual

Page 174: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

174

A tabela e o gráfico a seguir, demonstram a variação ocorrida no estoque da dívida consolidada.

R$ M il

DESCRIÇÃO 2012 PART.

STN 60.169.706 80,06%

SRF / PGFN / INSS 1.177.711 1,57%

BNDES 1.271.737 1,69%

CAIXA 610.975 0,81%

BB 2.058.409 2,74%

BID 610.160 0,81%

BIRD 3.275.078 4,36%

AFD 806.161 1,07%

CAF 427.151 0,57%

JBIC 262.223 0,35%

OUTROS 4.485.689 5,97%

TOTAL 75.155.001 100,00%

Valores a preços correntes

Fonte: SUCADPCR

TABELA 133 - DÍVIDA CONSOLIDADA POR CREDORES

SRF / PGFN / INSS, 1,57%

BNDES, 1,69%

CAIXA, 0,81%

BB, 2,74%

BID, 0,81%

BIRD, 4,36% AFD, 1,07%

CAF, 0,57%

JBIC, 0,35%

OUTROS, 5,97%

STN, 80,06%

DÍVIDA CONSOLIDADA POR CREDORES Estado do Rio de Janeiro - 2012

Percentual

Page 175: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

175

R$ M il

DESCRIÇÃO 2012 2011VAR.

NOM %

VAR.

REAL %

Divida Consolidada 75.155.001 65.357.008 14,99% 6,38%

Dívida Fundada - Administração Direta 70.821.120 62.691.092 12,97% 4,51%

- Interna 65.437.195 59.602.836 9,79% 1,57%

Tesouro Nacional 60.129.381 56.574.356 6,28% -1,68%

BNDES 1.271.737 932.360 36,40% 26,18%

CAIXA 610.772 535.885 13,97% 5,44%

SRF / INSS 1.148.901 1.398.342 -17,84% -23,99%

MUNICÍPIOS DO ERJ 217.995 - - -

BB 2.058.409 161.893 1171,46% 1076,23%

- Externa 5.383.925 3.088.255 74,34% 61,28%

Tesouro Nacional 3.152 2.877 9,58% 1,38%

BID 610.160 595.706 2,43% -5,25%

BIRD 3.275.078 2.179.582 50,26% 39,01%

JBIC 262.223 310.091 -15,44% -21,77%

CAF 427.151 - - -

AFD 806.161 - - -

Dívida Fundada - Administração Indireta 97.715 64.831 50,72% 39,43%

- RIOTRILHOS 37.174 36.602 1,56% -6,05%

Tesouro Nacional 37.174 36.602 1,56% -6,05%

- CEHAB 203 248 -18,17% -24,30%

CEF 203 248 -18,17% -24,30%

- CEHAB 13.007 14.053 -7,44% -14,37%

INSS 13.007 14.053 -7,44% -14,37%

- INSTITUTO VITAL BRASIL 4.225 5.260 -19,67% -25,69%

PGFN / INSS / SRF 4.225 5.260 -19,67% -25,69%

- INSTITUTO VITAL BRASIL 31.529 4.019 684,56% 625,80%

LABOGEN S/A E CRISTÁLIA 31.529 4.019 684,56% 625,80%

- METRO EM LIQUIDAÇÃO 1.914 2.262 -15,38% -21,72%

INSS 1.914 2.262 -15,38% -21,72%

- CEASA 7.787 - - -

INSS 7.787 - - -

- CODERTE 1.877 2.387 -21,37% -27,26%

SRF 1.877 2.387 -21,37% -27,26%

Precatórios posteriores a 05/05/2000 4.236.166 2.601.085 62,86% 50,66%

Precatórios posteriores a 05/05/2000 3.513.933 1.348.537 160,57% 141,06%

Precatórios posteriores a 05/05/2000 Rioprevidência 722.233 1.252.548 -42,34% -46,66%

Receita Corrente Liquida - RCL 40.613.415 39.268.345 3,43% -4,32%

% da DC sobre a RCL (*) 183,27% 163,25% 12,27% 3,86%

TABELA 134 - DÍVIDA CONSOLIDADA

(*) Não considerados na Dívida Consolidada p/ calculo do limite os valores referentes aos Precatórios do RIOPREVIDÊNCIA, de acordo com a

Portaria nº 574/2007 da STN.

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176

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

AdministraçãoDireta - Dívida

Interna

AdministraçãoDireta - Dívida

Externa

Precatóriosposteriores a05/05/2000

AdministraçãoDireta

2011 59.602 3.088 2.601 64

2012 65.437 5.383 4.236 97

DÍVIDA CONSOLIDADA

Estado do Rio de Janeiro - 2012/2011 R

$ M

ilh

õe

s

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178

11 IMPLEMENTAÇÕES E APRIMORAMENTOS NO EXERCÍCIO

Em 2012 a Contadoria Geral do Estado implantou no Sistema Integrado de Administração Financeira

para Estados e Municípios – SIAFEM/RJ e no Sistema de Informações Gerenciais – SIG, as seguintes

ferramentas de entrada de dados, controle e consulta:

11.1 SIAFEM

Relatórios em PDF

Anexos da Lei 4.320/64, balancetes, alterações e execuções orçamentárias pertinentes à prestação de

contas, em PDF, evitando desperdício de tempo com formatações que se faziam necessárias para as

impressões destes.

Módulo PROJETOS

Ampliação da utilização do Módulo Projetos por outras unidades gestoras, além da SEFAZ:

UG 200100 – Projeto 1645: Modernização da Gestão Fazendária do ERJ – PROFAZ (em

utilização desde 2011);

UG’s 430100/070100 – Projeto 1664: Gestão do Programa de Desenvolvimento do Turismo do

EJR – PRODETUR;

UG 240200 – Projeto 1102: Saneamento Ambiental dos Municípios no Entorno da Baía da

Guanabara – PSAM;

UG 320100 – irá utilizar o módulo a partir de 2013.

Transação: >EXCEPDOCTO (Excepcionalização de Documentos)

A transação de excepcionalização de documentos no SIAFEM foi criada e disponibilizada para o órgão

central, com o objetivo de possibilitar a confecção dos documentos DL e PD, autorizados pela

Subsecretaria de Finanças, relativas às despesas vedadas pelos os Decretos de execução

orçamentária e financeira ou legislação específica;

Antes da criação desta ferramenta, era necessária abertura de uma demanda, junto à ATI, para cada

processo recebido, de forma a permitir que o sistema liberasse a confecção do documento, o que

tornava o trâmite muito demorado e sobrecarregava desnecessariamente a área de informática da

SEFAZ;

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179

As excepcionalizações que foram contempladas na transação, no decorrer do exercício de 2012,

trataram das confecções de Programações de Desembolsos relativas aos Restos a Pagar

Processados dos anos de 2009 a 2011 (impedidas por força dos Decretos 42.239/10, 42.806/11 e

43.427/12) e dos Documentos de Liquidações, sujeitos a tratamento diferenciado em relação à

utilização das cotas financeira (por força de legislação específica ou decisão administrativa).

Transação >CONCILIAOB

A transação consiste na verificação do envio e retorno das Ordens Bancárias, encaminhadas ao banco

para pagamento, auxiliando na conciliação bancária diária. Tem o objetivo de ser uma alternativa às

transações “CONMOVCT-D”, “CONMOVCTU” e “CONMOVGPS”, apresentando vantagens tais como:

Permitir a consulta de qualquer tipo de OB,

Permitir a escolha de um intervalo de tempo de execução das OB’s,

Permitir a consulta de informações sobre cumprimento do floating bancário,

Visualizar, simultaneamente na tela inicial de pesquisa, informações sobre data de execução

da OB, data da geração de remessa ao banco, data de retorno e situação da OB.

Implantação do novo PCASP

O PCASP é a estrutura básica da escrituração contábil das entidades governamentais, que objetiva

atender, de maneira uniforme e sistematizada, ao registro contábil dos atos e fatos praticados pelas

mesmas.

Para que fosse possível a operacionalização do PCASP já em 2013, foram necessárias muitas horas

de adequações e testes nas parametrizações e tabelas do sistema.

Foram criadas as seguintes transações, com o intuito de facilitar, para os usuários do sistema, a

transição entre o plano de contas em utilização até o ano de 2012 e o novo PCASP:

>LISDEPCASP: apresenta, para a conta contábil de 2012, a conta equivalente no exercício de 2013;

>LISEVENNAT: mostra as opções de eventos, com base nas naturezas de despesa (pois as mesmas

se mantiveram iguais com a implantação do PCASP);

>LISNRD: lista a correspondência entre a natureza orçamentária de receita ou despesa e a conta

contábil;

>CONNRD: permite a consulta pontual de determinada natureza orçamentária de receita ou despesa,

apresentando a respectiva conta contábil.

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180

Módulo EVENTOS-DL

Tem por objetivo dar autonomia à CGE, permitindo a parametrização de eventos relativos ao

Documento de Liquidação com valores a consignar. Apresenta as seguintes transações, com um

breve resumo de suas funcionalidades:

>INCTIPOCG: permite a inclusão dos tipos de consignação a serem preenchidos no campo CG do

documento de liquidação - DL. Para o tipo 00 não há consignação relacionada, portanto, não há

evento a ser informado, mas informa-se o nome do código;

>INCEVENCG: permite a inclusão de todos os eventos de classificação de consignatários

relacionados aos eventos do tipo 51.0.9xx e 61.0.9xx;

>INCEVENDL: permite a inclusão de eventos de DL propriamente ditos, ou seja, os eventos que

registram a liquidação da despesa orçamentária (exemplo: 51.0.110);

>LISTIPOCG: permite a consulta dos códigos existentes e cadastrados para utilização no documento

de liquidação.

11.2 SIG

Módulo RP X PD

Na versão do SIG, disponibilizada pela Internet, foi criado o módulo RP X PD, que permite ao usuário

comparar os valores inscritos em Restos a Pagar com suas respectivas Programações de

Desembolso, evidenciando, desta forma, qualquer Passivo que porventura esteja sem PD emitida.

Atualizações e Novo Plano de Contas Aplicado ao Setor Público

Além das já tradicionais atualizações, conforme exigências legais, adequando os relatórios gerenciais

e os relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal, em 2012 foi feito um trabalho de conversão de toda

memória do SIG ao novo Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, que passou a vigorar a partir de

2013.

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182

12 PROCESSO DE CONVERGÊNCIA AOS PADRÕES INTERNACIONAIS DE

CONTABILIDADE

12.1 INTRODUÇÃO

Com o Brasil acompanhando a expansão dos mercados externos e a globalização da economia,

surgiu a necessidade, nas entidades, da elaboração de demonstrações contábeis baseadas em

critérios uniformes e homogêneos, de forma que os gestores, investidores, analistas e a sociedade

possam utilizar informações transparentes, confiáveis e comparáveis, nos processos de tomadas de

decisões e de controle. A adoção dos mesmos critérios tornará possível a realização de uma análise

comparativa das informações divulgadas no Brasil e em outros países, atrair investidores estrangeiros

e com a transparência tornamos a informação mais confiável. Para isso, é necessário que haja o

processo de convergência e harmonização.

A Contadoria do Estado do Rio de Janeiro, no contexto da Convergência às Normas Internacionais de

Contabilidade, está enfrentando o desafio de adequar-se à nova sistemática contábil com ênfase no

Patrimônio Público em atendimento às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público

– NBCASP, normas estas que iniciaram o processo de convergência no Brasil.

12.2 O PROCESSO DE CONVERGÊNCIA NO BRASIL

A padronização dos procedimentos contábeis para a área privada, com base nas Leis nº 11.638/2007

e nº 11.941/2009, é realizada por estudos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, criado

pela Resolução CFC nº 1.055/05, formado pelas seguintes entidades: Associação Brasileira das

Companhias Abertas -ABRASCA; Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do

Mercado de Capitais – APIMEC; Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA; Conselho Federal de

Contabilidade – CFC; Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras –

FIPECAFI; e o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IBRACON. O CPC tem como objetivo

"o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de

Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela

entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção,

levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais".

O Conselho Federal de Contabilidade, através da Resolução CFC 1.103/2007, criou o Comitê Gestor

da Convergência no Brasil, integrado pelo próprio CFC, Instituto dos Auditores Independentes do

Brasil - IBRACON, Comissão de Valores Mobiliários – CVM, Banco Central do Brasil – BACEN,

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Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, Secretaria do Tesouro Nacional – STN e o Banco

Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES.

O CPC e o Comitê Gestor da Convergência no Brasil, através da reforma contábil, dos setores privado

e público, e de auditoria, vem contribuindo para o desenvolvimento do país. Identifica as ações a

serem implantadas para viabilizar a convergência das normas contábeis brasileiras, a partir das

Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo CFC, às Normas Internacionais de Contabilidade

emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB, e às Normas Internacionais de

Contabilidade do Setor Público emitidas pela International Federation of Accontants – IFAC.

12.3 A CONVERGÊNCIA NA ÁREA PÚBLICA

O processo de convergência para a área pública, iniciado pela Resolução CFC nº 1.111/2007,

conjugada com a Resolução nº 1.367/2011 que alterou o apêndice II da Resolução CFC nº 750/1993,

o qual apresenta a interpretação dos Princípios de Contabilidade com foco nas perspectivas no setor

público, tornando evidente que os princípios aplicados na área privada também devem ser observados

na área pública.

As Normas Brasileiras de Contabilidade - NBC T 16, são onze normas que traçam os conceitos e

procedimentos específicos para nova Contabilidade Pública Brasileira, em direção às mudanças

necessárias no sentido da adequação dos procedimentos contábeis aplicados na área pública. São

elas:

NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO

Resolução CFC nº 1128/08 – aprova a NBC TSP 16.1 - Conceituação, Objeto e Campo de Aplicação.

Resolução CFC nº 1129/08 – aprova a NBC TSP 16.2 - Patrimônio e Sistemas Contábeis.

Resolução CFC nº 1130/08 – aprova a NBC TSP 16.3 - Planej. e seus Instrumentos sob Enfoquecontábil.

Resolução CFC nº 1131/08 – aprova a NBC TSP 16.4 - Transações no Setor Público.

Resolução CFC nº 1132/08 – aprova a NBC TSP 16.5 - Registro Contábil.

Resolução CFC nº 1133/08 – aprova a NBC TSP 16.6 - Demonstrações Contábeis.

Resolução CFC nº 1134/08 – aprova a NBC TSP 16.7 - Consolidação das Demonstrações Contábeis.

Resolução CFC nº 1135/08 – aprova a NBC TSP 16.8 - Controle Interno.

Resolução CFC nº 1136/08 – aprova a NBC TSP 16.9 - Depreciação, Amortização e Exaustão.

Resolução CFC nº 1137/08 – aprova a NBC TSP - 16.10 - Aval. e Mens. Ativos e Passivos Ent. SetorPublico.

Resolução CFC N.º 1.366/11 – aprova a NBC TSP 16.11 - Sistema de Informação de Custos doSetor Público.

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Com o propósito de dar continuidade ao processo de convergência das normas brasileiras às normas

internacionais, o CFC ofereceu à Audiência Pública 31 (trinta e uma) Normas Brasileiras de

Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, convergentes com às Normas Internacionais de

Contabilidade para o Setor Público (IPSAS em inglês), emitidas pela International Federation of

Accountants ─ IFAC. Porém a publicação dessas normas foi adiada e em 2012, o CFC ofereceu à

Audiência Pública as NBC Ts 16.2, 16.5, 16.6, 16.10 e 16.11, com objetivo de realizar um alinhamento

com as Normas Internacionais e outros ajustes necessários. A Contadoria-Geral do Estado participou

das audiências realizadas no Conselho Regional de Contabilidade e aguarda a publicação das normas

alteradas.

A Secretaria do Tesouro Nacional, determinada a desenvolver ações no sentido de identificar as

necessidades da convergência, publicou a 5ª edição do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor

Público ─ MCASP.

12.4 GRUPOS TÉCNICOS DA STN

A Secretaria do Tesouro Nacional na condição de órgão central do Sistema de Contabilidade Federal,

no intuito de consolidar as contas dos entes da Federação de que trata o art. 51 da Lei Complementar

nº 101, de 4 de maio de 2000, e no sentido da convergência das normas contábeis, através de

portaria, criou Grupos Técnicos, com caráter técnico e consultivo, para a adequação das normas e

procedimentos, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, bem assim ,a participação

de colaboradores vinculados a entidades públicas, num esforço multilaterais.

O Grupo Técnico de Padronização de Procedimentos Contábeis – GTCON, com a composição e

funcionamento normatizados pela Portaria nº 109, de 21 de fevereiro de 2011, é responsável pela

análise e pela elaboração de diagnósticos e estudos visando à padronização mínima de conceitos e

práticas contábeis, plano de contas e classificação orçamentária de receitas e despesas públicas.

O Grupo Técnico de Padronização de Relatórios – GTREL é responsável por elaborar análises,

diagnósticos e estudos, visando à promoção, à harmonização e à padronização de relatórios e

demonstrativos, destacadamente os previstos pela Constituição Federal e pela Lei Complementar nº

101/2000. Sua composição e funcionamento são regrados pela Portaria nº 110, de 21 de fevereiro de

2011.

O Grupo Técnico de Sistematização de Informações Contábeis e Fiscais – GTSIS tem a

responsabilidade de analisar e elaborar diagnósticos e estudos visando à harmonização das regras e

funcionalidades dos sistemas contábeis e fiscais, em atendimento a Portaria nº 111, de 21 de fevereiro

de 2011.

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C O N T A S DE GES T Ã O – EX ER C ÍC IO D E 2 0 1 2

185

12.5 A CONTADORIA-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO NO PROCESSO

DE CONVERGÊNCIA

A Contadoria- Geral do Estado do Rio de Janeiro vem contribuindo desde 2008, no desenvolvimento

dos trabalhos do GTCON, GTREL e GTSIS, com a participação dos seus representantes de forma

efetiva ao processo e adquirindo conhecimentos para a devida aplicação das normas no âmbito do

Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Buscando o intercâmbio de boas práticas contábeis e soluções, a CGE participa do GT Contabilidade

do GEFIN, instituído para subsidiar o Grupo de Gestores Financeiros do CONFAZ para o alcance do

seu objetivo no que tange a área contábil.

A CGE também tem participação do Fórum Fiscal dos Estados Brasileiros, que tem como objetivo

prover um espaço para a discussão e estudo dos temas federativos no Brasil e serve também como

instância consultiva para os Estados brasileiros.

A Secretaria do Tesouro Nacional, em 14 de dezembro de 2011, publicou a Portaria nº 828, alterando

o prazo de implantação do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público e estabelecendo novos prazos

para a adoção do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP. Além disso, a

Portaria incluiu a necessidade de cada ente da Federação divulgar em meio eletrônico de acesso

público e ao Tribunal de Contas os procedimentos adotados e o Cronograma de Ações a adotar até

2014. Assim, a Secretaria de Estado de Fazenda enviou, em 30 de junho de 2012, o Cronograma de

Ações dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de

Janeiro – TCE/RJ.

Em 2011, foi instituído através do Decreto nº 43.092 o Grupo de Trabalho de Procedimentos

Contábeis do Estado do Rio de Janeiro ─ GTCON/RJ com o intuito de operacionalizar o processo de

convergência e através da Resolução SEFAZ/SEPLAG nº 131, foram indicados os servidores

integrantes o GTCON/RJ.

O GTCON/RJ, além de realizar encontros com todos os membros é formado por seis subgrupos que

tratam especificamente sobre: Receita por Competência, Imobilizado/Intangível, Demonstrativos

Contábeis, Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, Subsistema de Custos e Controle Contábil do

Planejamento. Assim, a Contadoria-Geral do Estado e o GTCON/RJ desenvolveram diversos trabalhos

em 2012 e dentre eles, citamos a implantação do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público em 2013.

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Através do Portal da Contadoria é possível ter acesso às Atas do GTCON/RJ, aos Boletins da

Convergência, às apresentações realizadas e demais documentos.

Dando continuidade ao processo da convergência, a Contadoria-Geral do Estado no dia 23 de

novembro de 2012 realizou o Seminário de Contabilidade Aplicada ao Setor Público com o apoio da

AGE/RJ, do TCE/RJ, CRC/RJ e o Programa de Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ. O

Seminário foi um sucesso e contou com a participação de palestrantes respeitáveis, com um público

de 173 pessoas, dentre assessores de contabilidade dos órgãos e entidades do Estado do Rio de

Janeiro, analistas de controle interno, contadores de Prefeituras e Câmaras Municipais, profissionais e

estudantes de contabilidade. A expectativa da CGE-RJ na realização de eventos como esses é que os

contadores que atuam na área governamental no Estado do Rio de Janeiro incorporem os novos

conceitos difundidos por conta do processo de convergência contábil aos padrões internacionais,

tornando-se atores ativos no fomento à transição para as novas regras estabelecidas nas NBC T’s e

no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP.

A Contadoria-Geral do Estado elaborou um relatório Geral dos Procedimentos Previstos no

Cronograma de Ações com o objetivo de posicionar sobre o processo de implementação da

contabilidade aplicada ao Setor Público ao Tribunal de Contas do Estado – TCE-RJ, esse volume fará

parte da composição da prestação de contas da Gestão do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

12.6 CONCLUSÃO

A adoção das novas regras ocorrem gradativamente, pois uma mudança dessa magnitude não é

possível sem considerar os aspectos humanos envolvidos no processo, o comprometimento da gestão

pública, o treinamento e a qualificação dos profissionais de contabilidade, além de sistemas de

informação que atendam e suportem a adequação às Normas Internacionais de Contabilidade do

Setor Público.

A Contadoria-Geral do Estado tem promovido ações no sentido de se adequar a Contabilidade

Aplicada ao Setor Público e cumprir as determinações da STN, principalmente através da Portaria nº

828/2011, alterada recentemente pela Portaria nº 753 de 21 de dezembro de 2012, que trouxe os

novos prazos para implementação do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público e outros

procedimentos. A Portaria 828/2011 trazia o prazo de 1º de janeiro de 2013 para a implantação do

novo Plano de Contas. Porém, a Portaria nº 753 prorrogou para até o término do exercício de 2014.

Mesmo diante da prorrogação do prazo, a CGE implantou o novo Plano de Contas este ano e continua

trabalhando incansavelmente na elaboração das novas rotinas contábeis e atualização de manuais,

elaboração dos relatórios contábeis e no atendimento as demais etapas do cronograma de ações.

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187

A atuação do GTCON/RJ, que tem representantes não só da Contadoria, mas também de outros

órgãos e do Tribunal de Contas do Estado, tem o objetivo de discutir e propor soluções para tornar

possível a adoção de um sistema de custos, de novos demonstrativos contábeis, de registrar e

controlar os bens patrimoniais e de registrar a receita no momento da ocorrência do fato gerador,

respeitando-se o Princípio da Competência, dentre outros assuntos também demandados. Portanto, é

um processo de mudança que envolve vários setores, não só a Contadoria, pois sua implantação

deverá ser acompanhada de ações em diversas áreas da gestão pública, que nascem de atitudes

administrativas, consistentes e organizadas.

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189

13 GLOSSÁRIO

Amortização da Dívida

Despesas com pagamentos e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial

da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária.

Autarquia

Entidade administrativa de Direito Público Interno, criada por lei para desenvolver atividades típicas da

administração pública.

Auxílio Financeiro a Estudantes

Concessão de auxílio concedido pelo Estado para o desenvolvimento de estudos e pesquisas de

natureza científica, realizadas por pessoas físicas, comprovadamente carentes, na condição de

estudante.

BACEN

Banco Central do Brasil. É uma autarquia federal criada com a finalidade de fiscalizar as instituições

financeiras. Dentre as muitas atribuições importantes do BACEN está a de regulador da política

monetária do Governo, administrador das reservas internacionais e fiscalizador do Sistema Financeiro

Nacional.

Balanço

Demonstrativo contábil que apresenta, num dado momento, a situação do patrimônio de uma

entidade.

Balanço Orçamentário

Demonstra as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas evidenciando as

diferenças entre elas. (Anexo 12, da Lei n° 4.320/64, artigo 102).

Balanço Patrimonial

Demonstra num determinado momento, a situação econômica e financeira do patrimônio público bem

como os atos administrativos que possam vir a afetá-lo.

Certificado Financeiro do Tesouro - CFT

Título de responsabilidade do Tesouro Nacional, emitido para realização de operações financeiras

definidas em lei, exclusivamente sob a forma escritural na CETIP. Título de rentabilidade pós‐fixada (à

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190

exceção do CFT‐F), possuindo diversas séries, cada qual com índice de atualização próprio (IGP‐M,

Dólar, TR etc.). Base: M.P. 2.181‐45, de 24/8/2001; Lei 10.179, de 6/2/2001; Decreto 3.859, de

4/7/2001; Portaria MF 183, de 31/7/2003.

CFC – Conselho Federal de Contabilidade

Órgão central da Profissão Contábil encarregado, dentre outras, de promover o desenvolvimento da

profissão contábil, criador do Comitê Gestor da Convergência no Brasil, comitê esse, que tem por

objetivo contribuir para o desenvolvimento sustentável do Brasil por meio da reforma contábil e de

auditoria que resulte numa maior transparência das informações financeiras utilizadas pelo mercado,

bem como no aprimoramento das práticas profissionais, levando-se sempre em conta a convergência

da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais.

C.P.C. – Comitê de Pronunciamentos Contábeis

Criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, o CPC tem como objetivo "o estudo, o preparo e a emissão

de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações

dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à

centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a

convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais".

Créditos Adicionais

Autorizações de despesas públicas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei

Orçamentária Anual. Classificando-se em suplementar, especial e extraordinário.

Déficit de Capital

Ocorre quando a despesa de capital é maior que a receita de capital.

Déficit Orçamentário

Ocorre quando a despesa empenhada é maior que a receita realizada.

Despesas Correntes

Despesas que não contribuem diretamente para a formação ou aquisição de um bem patrimonial, a

exemplo dos gastos destinados à manutenção e ao funcionamento de órgãos, entidades e a

continuidade na prestação de serviços públicos; à conservação de bens móveis e imóveis e ao

pagamento de juros e encargos da dívida pública.

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191

Despesa de Capital

Despesas que contribuem diretamente para a formação ou aquisição de um bem patrimonial a

exemplo dos gastos com o planejamento e a execução de obras; a aquisição de instalações,

equipamentos e material permanente, aquisição e subscrição de títulos representativos do capital de

empresas ou entidades de qualquer natureza e outros.

Despesa de Custeio

São as necessárias à manutenção da ação da administração, como por exemplo, o pagamento de

pessoal, de material de consumo e à contratação de serviços de terceiros, inclusive as destinadas a

atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis.

Despesa de Exercícios Anteriores

As relativas a exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito, com

dotação suficiente para atendê-las, mas que não se tenham processado na época própria, bem como

os restos a pagar com prescrição interrompida e os com compromissos reconhecidos após o

encerramento do exercício correspondente. Poderão ser pagos, à conta de dotação específica

consignada no orçamento, discriminada por elemento, obedecida, sempre que possível, a ordem

cronológica.

Despesa de Pessoal e Encargos

Despesas de natureza salarial decorrente do efetivo exercício de cargos, emprego ou função de

confiança no setor público, do pagamento dos proventos de aposentadorias, reformas e pensões, das

obrigações trabalhistas de responsabilidade do empregador, incidentes sobre a folha de salários,

contribuição a entidades fechadas de previdência, bem como soldo, gratificações e adicionais,

previstos na estrutura remuneratória dos militares, e ainda, despesas com ressarcimento de pessoal

requisitado, despesas com contratação temporária para atender à necessidade de excepcional

interesse público, quando se referir à substituição de servidores, e despesas com a substituição de

mão-de-obra constantes dos contratos de terceirização quando se tratar de categorias funcionais

abrangidas pelo respectivo plano de cargos do quadro de pessoal, exceto nos casos de cargo ou

categoria em extinção.

Despesas Fiscais

São as despesas decorrentes das ações típicas do governo, a exemplo de pagamento de pessoal,

manutenção da máquina pública, construção de escolas, estradas e hospitais.

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Despesas não Financeiras

Compreende o total empenhado menos as despesas financeiras, ou seja, subtraem-se os encargos e

amortização da dívida.

Despesa Orçamentária

Conjunto dos gastos públicos autorizados através do orçamento ou de créditos adicionais.

Despesa Pública

Constituem despesa todos os desembolsos efetuados pelo Estado no atendimento dos serviços e

encargos assumidos no interesse geral da comunidade, nos termos da Constituição, das leis, ou em

decorrência de contratos ou outros instrumentos.

Despesa Total com Pessoal

Entende-se como o somatório dos gastos com os ativos, inativos e pensionistas, relativos a mandatos

eletivos, cargos, funções ou empregos, civis e militares, abrangidas quaisquer espécies

remuneratórias (vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos, reformas e pensões,

adicionais, gratificações, horas extras), encargos sociais e contribuições previdenciárias recolhidas

pelo ente, bem como os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à

substituição de servidores e empregados públicos.

Despesas com Juros e Encargos da Dívida

Despesas com pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações de crédito internas e

externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária.

Dívida Ativa

Constitui-se nos créditos dos Estados, tributários ou não, inscritos em registro próprio, depois de

apurada sua liquidez e certeza, de acordo com legislação específica. São os créditos que o Estado

tem contra terceiros.

Dívida Consolidada ou Fundada

É o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da federação,

assumidas em virtude de leis, contratos, convênios e da realização de operações de crédito, para

amortização em prazo superior a doze meses. Consideram-se, também, as operações de crédito para

refinanciamento de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constatado do orçamento. A

dívida fundada é interna quando assumida dentro do País, e externa, quando assumida fora do País.

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Dívida Consolidada Líquida

É o valor da dívida consolidada, deduzido da disponibilidade de caixa, das aplicações financeiras, dos

demais ativos financeiros, e acrescido dos Restos a Pagar Processados.

Elemento Despesa

É o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras, instalações e outros meios de

que se serve a Administração Pública para consecução de seus fins.

Empresa Estatal Dependente

Empresa controlada que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de

despesas com pessoal, de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles

provenientes de aumento de participação acionária (Art. 2°, III, da LC n° 101/2000). De acordo com a

portaria STN n° 589, será considerada dependente apenas a empresa deficitária que receba

subvenção econômica do ente controlador. Da mesma forma, considera-se, ainda, subvenção

econômica, a transferência permanente de recursos de capital para empresa controlada deficitária.

Entidade

É a denominação genérica de Estado, autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de

economia mista, que são criadas por lei ou mediante prévia autorização legislativa, com personalidade

e patrimônio próprios, para execução de atividades que lhes são atribuídas em lei.

Excesso de Arrecadação

É o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e a realizada,

considerando-se, ainda, a tendência do exercício e o montante dos créditos extraordinários abertos.

Fonte de Recursos

Identificação da origem e natureza dos recursos orçamentários através de código e descrição,

observado o seguinte esquema de classificação: Recursos do Tesouro, subdivididos em Recursos

Ordinários e Recursos Vinculados, Recursos de Outras Fontes e Recursos Próprios de entidades da

Administração Indireta.

FPE

Fundo de Participação dos Estados. Instrumento que funciona como mecanismo compensatório em

favor dos Estados, em razão da centralização dos impostos de maior grau de elasticidade (Imposto de

Renda e IPI) na esfera de competência da União.

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FUNDEB

Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da

Educação - FUNDEB é um Fundo de natureza contábil, instituído pela Emenda Constitucional nº 53,

de 19 de dezembro de 2006, e regulamentada pela Medida Provisória 339, de 28 de dezembro do

mesmo ano, convertida na Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007, sendo iniciada a sua implantação

em 1º de janeiro de 2007. Os Municípios receberão os recursos do FUNDEB com base no número de

alunos da educação infantil e do ensino fundamental, e os Estados com base nos alunos do ensino

fundamental e médio. Da mesma forma, a aplicação desses recursos, pelos gestores estaduais e

municipais, deve ser direcionada levando-se em consideração a responsabilidade constitucional que

delimita a atuação dos Estados e Municípios em relação à educação básica. O Fundo é composto, na

quase totalidade, por recursos dos próprios Estados, Distrito Federal e Municípios.

Função

Constitui o nível maior de agregação das ações governamentais, através da qual se busca identificar

setores ou área da atuação do Governo, para fins de programação e orçamento público.

Fundação Pública

A entidade criada por lei específica, com personalidade de direito público sem fins lucrativos, para o

desenvolvimento de atividades de interesse da coletividade tais como educação, cultura, pesquisas

científicas, com autonomia administrativa, patrimônio próprio, e funcionamento custeado com recursos

do tesouro e de outras fontes.

ICMS

Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de

Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, também chamado de Imposto sobre

Circulação de Mercadorias e Serviços. É um imposto estadual não-cumulativo. É a grande fonte de

receita do Distrito Federal e dos Estados.

IGP

Índice Geral de Preços.

Intra-orçamentária

Conforme a Portaria Interministerial 338 de 26/04/2006, que define como intra-orçamentárias as

operações que resultem de despesas decorrentes da aquisição de materiais, bens e serviços,

pagamento de impostos, taxas e contribuições, quando o recebedor dos recursos também for órgão,

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fundo, autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou outra entidade ou outra entidade no

âmbito da mesma esfera de governo. Que criou as classificações de receita:

I – 7000.00.00 – Receitas Correntes Intra-Orçamentárias;

II – 8000.00.00 – Receitas de Capital Intra-Orçamentárias.

Inversões Financeiras

Despesas com a aquisição de imóveis ou de bens de capital já em utilização; aquisição de títulos

representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a

operação não importe aumento de capital e com a constituição ou aumento do capital de empresas.

Investimentos

Despesas com planejamento e execução de obras, inclusive com aquisição de imóveis considerados

necessários à realização destas últimas e com a aquisição de instalações, equipamentos e material

permanente.

IPCA

Índice de Preços ao Consumidor Amplo.

IPI

Imposto sobre Produtos Industrializados. Incide sobre quaisquer produtos que tenham sofrido algum

processo industrial que de alguma forma os modifiquem.

IPVA

Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores. É um tributo estadual pago anualmente pelo

proprietário de todo e qualquer veículo automotor ao qual seja exigido emplacamento.

IRRF

Imposto de Renda Retido na Fonte. Desconto sobre a renda/rendimentos do trabalho assalariado, de

capital ou pela prestação de serviços, podendo ou não vir a ser compensado na declaração anual de

rendimentos.

Lei Kandir

Compensação pelas perdas decorrentes da desoneração do Imposto sobre Circulação de Mercadoria

e Serviços, de produtos primários e semimanufaturados remetidos ao exterior.

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Lei Orçamentária Anual

Lei especial de iniciativa do Poder Executivo, que contém a discriminação da receita e despesa

orçamentária para determinado exercício financeiro, de forma a evidenciar a política econômica

financeira do Governo e o programa de trabalho dos Poderes, seus órgãos, fundos e entidades da

Administração Indireta, compreendendo: Orçamento Fiscal, Orçamento de Investimento de Empresas

Estatais e Orçamento da Seguridade Social.

Macroeconomia

Ramo da Economia que estuda o funcionamento da Economia como um todo no que diz respeito ao

Produto Nacional Bruto, ao rendimento, à evolução dos preços (inflação), ao desemprego, à despesa,

ao comércio internacional e a outras variáveis macroeconômicas. Uma política macroeconômica visa o

alcance de uma taxa elevada do produto nacional e de emprego, a estabilidade dos preços e a

expansão do comércio internacional.

Material de consumo

Despesas com álcool, gasolina, óleo diesel automotivos, outros combustíveis e lubrificantes;

combustível e lubrificantes de aviação; gás engarrafado; alimentos para animais; animal para

experimentos corte ou abate; sêmen; explosivos e munições; gêneros alimentícios; cestas básicas,

medicamentos de alto custo, material biológico, farmacológico e laboratorial; medicamentos; órteses e

próteses para uso em procedimentos cirúrgicos; material de cama mesa; copa e cozinha, e produtos

de higienização; material de coudelaria ou de uso zootécnico; material de escritório; material de

construção; material hidráulico; material de manobra e patrulhamento; material de proteção,

segurança, socorro e sobrevivência; material gráfico; insumos, peças e acessórios de utilização em

informática; material para esportes e diversões; material para fotografia e filmagem; material para

instalação elétrica e eletrônica; materiais, peças e acessórios para manutenção, reposição e

aplicação; material odontológico, hospitalar e ambulatorial; substâncias e produtos químicos; material

para telecomunicações; sementes e mudas de plantas; vestuário, fardamento, tecidos e aviamentos,

material de acondicionamento e embalagem; suprimento de proteção ao vôo; suprimento de aviação

sobressalentes de máquinas e motores de navios e esquadra; motores para viaturas policiais; livros

didáticos e paradidáticos; tesouras; grampeadores e perfuradores de papel (de pequeno porte);

ferramentas avulsas, de pequeno porte, não acionadas por força motriz; pisos e forrações; e outros

materiais de uso não-duradouro.

Metas de inflação

São percentuais que o Governo estipula para a variação da taxa de inflação.

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Metas fiscais

São metas anuais estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, em valores correntes e

constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública,

para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.

Multas e Juros de Mora

Registra o valor da receita arrecadada com penalidades pecuniárias decorrentes da inobservância de

normas, e com rendimentos destinados à indenização pelo atraso no cumprimento da obrigação,

representando o resultado de aplicações impostas ao contribuinte faltoso, como sanção legal no

campo tributário (impostos, taxas de contribuição de melhoria), não-tributário (contribuições sociais e

econômicas, patrimoniais, industriais, de serviços e diversas) e de natureza administrativa, por

infrações a regulamentos.

NBCASP – Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público

Compilação das normas internacionais de contabilidade aplicadas ao setor público editadas pela

Internacional Public Sector Accounting Standards Board (IPSASB).

Orçamento da Seguridade Social

Orçamento que integra a Lei Orçamentária Anual, compreendendo as ações destinadas a assegurar

os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social, desenvolvidas pelos Poderes da

União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, seus órgãos, fundos, autarquias, fundações e empresa

estatal dependente.

Obras e Instalações

Despesas com estudos e projetos; serviços de gerenciamento de obras; início, prosseguimento e

conclusão de obras; pagamento de pessoal temporário não pertencente ao quadro da entidade e

necessário à realização das mesmas; pagamento de obras contratadas; desapropriação de imóveis

necessários à realização da obra; instalações que sejam incorporáveis ou inerentes ao imóvel.

Orçamento de Investimento

Orçamento que integra a Lei Orçamentária Anual, compreendendo os investimentos das empresas em

que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com voto direto.

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Orçamento Fiscal

Orçamento que integra a Lei Orçamentária Anual, que estima as receitas e fixa as despesas, de modo

a demonstrar a programação dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal ou Municípios, seus

órgãos, fundos, autarquias, fundações e empresa estatal dependente.

Outras Receitas Correntes

Registram o total da arrecadação de outras receitas correntes tais como multas, juros, restituições,

indenizações, receitas da dívida ativa, aplicações financeiras e outras.

Outras Receitas Patrimoniais

Registra o valor total da arrecadação com outras receitas patrimoniais não enquadradas nos itens

anteriores.

Outras Transferências de Capital

Registra o valor arrecadado com outras receitas vinculadas ao acréscimo patrimonial da unidade.

Encontra-se no desdobramento desse título a integralização do capital social, os saldos de exercícios

anteriores e as outras receitas.

Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Física

Despesas decorrentes de serviços prestados por pessoa física, pagos diretamente a esta e não

enquadrados nos elementos de despesas específicos, tais como: remuneração de serviços de

natureza eventual, prestado por pessoa física sem vínculo empregatício; estagiários, monitores

diretamente contratados; diárias e ajudas de custo a colaboradores eventuais; locação de imóveis;

salário de internos nas penitenciárias, e outras despesas pagas diretamente à pessoa física por

quaisquer serviços prestados desde que não tenham vínculo empregatício com o órgão. Inclui-se no

elemento, os encargos sociais e as obrigações fiscais decorrentes da contratação desses serviços.

Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica

Despesas com prestação de serviços, realizadas por pessoas jurídicas para órgãos públicos, incluindo

o material empregado, tais como: assinaturas de jornais, revistas e periódicos; fretes de carga e

carretos; despesas miúdas e de pronto pagamento; locação de imóveis (inclusive despesas de

condomínio e tributos à conta do locatário quando previstos no contrato de locação); locação de

equipamentos e materiais permanentes; manutenção, conservação e adaptação de bens móveis;

conservação, manutenção, reparos e reformas de bens imóveis; colocação de revestimentos, cortinas

e persianas; manutenção e conservação de rodovias e outros bens de domínio público; seguros em

geral (exceto o decorrente de obrigação patronal); serviços de divulgação; publicidade decorrente de

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legislação específica; impressão, encadernação e emolduramento; serviços funerários; despesas com

congressos, simpósios, conferências ou exposições, fornecimento de cestas básicas; assistência

médico-hospitalar e odontológica; contratação de escolas infantis e/ou creche para filhos de

funcionários; serviços gráficos; serviços de confecção; serviços, programas e aplicativos de

informática; acesso à “Internet”; manutenção e locação de equipamentos de informática; serviços de

comunicação de dados (exclusive aqueles que correm à conta de serviços de Utilidade Pública);

exames laboratoriais; fornecimento de gazes medicinais; desratização, dedetização e desinsetização;

fornecimento de alimentação preparada.

PPA - Plano Plurianual

Programação global da gestão governamental, onde constam os programas e projetos de

desenvolvimento setorial e/ou regional com previsão de ações a serem desenvolvidas num período de

quatro anos. Serve de base para as programações anuais.

Programa

É a unidade básica de planejamento e gestão do plano plurianual, constituída por um conjunto de

ações articuladas, cujos produtos, bens e serviços ofertados à sociedade concorrem para a

consecução de objeto comum preestabelecido, mensurado por um indicador, tendo em vista a solução

de um problema ou atender uma necessidade ou demanda da sociedade.

Receitas Agropecuárias

Registra o valor da arrecadação da receita de produção vegetal, animal e derivados e outros. Receitas

decorrentes das seguintes atividades ou explorações agropecuárias: Agricultura (cultivo de solo),

inclusive hortaliças e flores; Pecuária (criação, recriação ou engorda de gado e de animais de pequeno

porte); Atividades de beneficiamento ou transformação de produtos agropecuários em instalações

existentes nos próprios estabelecimentos (excetuam-se as usinas de açúcar, fábricas de polpa, de

madeira, serrarias e unidades industriais com produção licenciada que são classificadas como

industriais).

Receita Corrente

São meios financeiros de origem tributária, contributiva, patrimonial, industrial e outras, bem como os

recursos recebidos de outras pessoas de direito público de outra esfera de governo ou de direito

privado, quando destinados a atender gastos classificáveis em despesas correntes.

Receita Corrente Líquida

Somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de

serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, inclusive os valores de que

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trata a Lei Complementar n°87/96 e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino

Fundamental e Valorização do Magistério (Art. 60 dos ADCT).

Receita das Operações de Crédito

São as receitas que possuem como origem fatos administrativos ou de operações realizadas, como

meio de conseguir recursos a fim de suprir a deficiência de caixa ou para atender às despesas que a

arrecadação normal orçamentária não comporta. As operações de créditos podem ser “reais” ou

“compensativas”. As reais gravam o patrimônio e as compensativas não afetam o mesmo nem o

modificam.

Receita de Capital

São meios financeiros provenientes de constituição de dívidas, da conversão em espécie de bens e

direitos, assim como os recursos recebidos de outras pessoas de direto público de outra esfera de

governo e de direito privado destinados a atender gastos classificáveis em despesas de capital.

Receita de Contribuições

Valor total da arrecadação da receita de contribuições sociais. Compete exclusivamente à União

instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias

profissionais ou econômicas, como instrumento de intervenção nas respectivas áreas. Os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o

custeio, em beneficio destes, de sistemas de previdência e assistência social. (Ministério da Fazenda /

Secretaria do Tesouro Nacional - Portaria Nº 180, de 21 de maio de 2001, alterações contempladas na

Portaria Nº 326, de 27/08/2001).

Receita de Privatizações

Registra o valor total da receita decorrente da alienação de bens móveis e imóveis.

Receita de Serviços

Registra o valor da arrecadação da receita originária da prestação de serviços, tais como atividades

comerciais, financeiras, de transporte, de comunicação, de saúde, de armazenagem, serviços

científicos e tecnológicos, de meteorologia, agropecuária, entre outras.

Receita de Transferências Correntes

Dotações destinadas a terceiros sem a correspondente prestação de serviços, incluindo as

subvenções sociais, os juros da dívida, a contribuição de previdência social, entre outras.

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Receita Industrial

Registra o total da arrecadação da receita da indústria de extração mineral, de transformação, de

construção e outros, proveniente das atividades definidas como tais pelo IBGE.

Receita Fiscal

São as receitas resultantes das ações precípuas do governo a exemplo de impostos, taxas,

contribuições e transferências.

Receitas Não Financeira

As receitas não-financeiras, por sua vez, são aquelas decorrentes da atividade fiscal do Governo,

incluindo, entre outras, as receitas tributárias e de contribuições sociais e, também, aquelas

condicionadas à aprovação de dispositivos legais.

Receita Orçamentária

Todos os ingressos aos cofres públicos que por disposição legal constem do orçamento, sendo,

classificado em receitas correntes e de capital. É também denominada de recursos orçamentários. A

receita arrecadada que mesmo não prevista no orçamento pertence à Entidade é também classificada

como receita orçamentária.

Receita Patrimonial

Registra o valor total da arrecadação da receita patrimonial referente ao resultado financeiro da fruição

do patrimônio, seja decorrente de bens imobiliários ou mobiliários, seja de participação societária.

Receita Própria

Recursos oriundos do esforço de arrecadação própria das entidades da Administração Direta e

Indireta, cabendo-lhes a sua aplicação. É também denominada de recursos próprios.

Receita Pública

Todo e qualquer recolhimento aos cofres públicos, em dinheiro ou outro bem representativo de valor,

que o governo tem direito de arrecadar em virtude de leis, contratos, convênios e quaisquer outros

títulos, cuja arrecadação lhe pertença ou caso figure como depositário dos valores que não lhe

pertençam. É o conjunto de ingressos financeiros provenientes de receitas orçamentárias e receitas

extra-orçamentárias.

Receita Tributária

É a arrecadação de tributos,impostos, taxas e contribuição de melhoria e respectivos adicionais.

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Restituições e Indenizações

Registra o valor das receitas recebidas através de indenizações aos Estados pela exploração de

recursos minerais, de petróleo, xisto betuminoso e gás e pela produção de energia elétrica; registra,

também, o valor total das receitas recebidas através de restituições, por devoluções em decorrência

de pagamentos indevidos, e reembolsos ou retorno de pagamentos efetuados a título de antecipação.

Restos a Pagar

São as despesas empenhadas, pendentes de pagamento na data de encerramento do exercício

financeiro, inscritas contabilmente como obrigações a pagar no exercício subseqüente.

Resultado Nominal

É a variação da divida consolidada líquida.

Resultado Primário

É a diferença apurada entre as receitas fiscais arrecadadas e as despesas fiscais. Se a diferença é

positiva ocorre um Superávit, significando que o ente foi capaz de atender às despesas fiscais e, total

ou parcialmente, ao serviço da dívida. Sendo o resultado negativo, significa que o ente não foi capaz

de atender às despesas fiscais, recorrendo às receitas não-fiscais para financiar o Déficit.

SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia

Registra títulos e depósitos interfinanceiros em nome de seus participantes, e o processamento de

operações de movimentação, resgate, ofertas públicas e respectivas liquidações financeiras.

Sentenças Judiciais

Despesas resultantes de pagamento de precatórios; cumprimento de sentenças judiciais, transitadas

em julgamento, de pequeno valor; cumprimento de decisões judiciais, proferidas em mandados de

segurança e medidas cautelares, referentes a vantagens pecuniárias concedidas e ainda não

incorporadas em caráter definitivo às remunerações dos beneficiários. Quaisquer despesas

decorrentes de ações judiciárias movidas contra a Fazenda Estadual, autarquias e fundações

instituídas e mantidas pelo Poder Público, e empresas públicas e sociedades de economia mista

integrantes do Orçamento Fiscal, inclusive ações trabalhistas.

Serviços da Dívida a Pagar

Estão representados pelos valores referentes à parcela da amortização do principal, correção

monetária, juros e outros encargos incidentes sobre a dívida fundada ou consolidada a ser paga no

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exercício financeiro seguinte ao da emissão do empenho respectivo, caracterizando uma transferência

de parte dos valores da dívida consolidada, que está pronta para pagamento, para dívida flutuante.

Superávit Financeiro no Balanço Financeiro

Ocorre quando no Balanço Financeiro o saldo que passa para o exercício seguinte é maior que o

saldo do exercício anterior.

Superávit Financeiro no Balanço Patrimonial

É a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro apurado no Balanço Patrimonial

do Estado ou de uma entidade.

Superávit Orçamentário

Ocorre quando a despesa empenhada é menor que a receita realizada.

Taxa de Câmbio

É o preço de uma moeda estrangeira, ou seja, o custo de uma moeda em relação a outra.

Taxa de Juros

É o custo do dinheiro no mercado. O Banco Central é o órgão regulador da política de juros.

Taxa SELIC

É a taxa que reflete o custo do dinheiro para empréstimos bancários, com base na remuneração dos

títulos públicos.

Taxas

É o tributo cobrado pelo Poder Público a título de indenização pela produção e oferecimento "de

serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte ou posto a sua disposição". Não pode,

no entanto, ser confundido com os valores cobrados pela prestação de serviços públicos, através de

empresas públicas ou de economia mista, tais como tarifas telefônicas, fornecimento de força/energia

elétrica, água, entre outras.

Títulos Mobiliários

Título de responsabilidade do Tesouro Nacional, emitido para a realização, na CETIP (Central de

Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos), de operações financeiras definidas em lei,

exclusivamente sob forma escritural.

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Transferências aos Municípios

Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos Estados aos

Municípios, inclusive para suas entidades da administração indireta.

Transferência de Capital

Registra o valor total das transferências de capital (transferências inter e intragovernamentais,

instituições privadas, ao exterior e a pessoas), tendo por finalidade concorrer para a formação de um

bem de capital, estando vinculadas à constituição ou aquisição do mesmo.

Variações Ativas

São alterações nos valores dos elementos do patrimônio público que aumentam ou modificam a

situação patrimonial. Provocam movimentações quantitativas e qualitativas no patrimônio, pelo

aumento de valores ativos, redução de valores passivos ou por modificação nos elementos

patrimoniais através de fato permutativo.

Variações Passivas

São alterações nos valores dos elementos do patrimônio público que diminuem ou modificam a

situação patrimonial. Provocam movimentações quantitativas e qualitativas no patrimônio, pelo

aumento de valores passivos, redução de valores ativos ou por modificação nos elementos

patrimoniais através de fato permutativo.

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205

Page 206: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

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206

14 EQUIPE DA CONTADORIA GERAL DO ESTADO – CGE

As equipes da Contadoria Geral do Estado trabalharam em conjunto, com todo o empenho, buscando

apresentar de forma clara e compreensiva o relatório sobre as Contas de Gestão do Excelentíssimo

Governador do Estado do Rio de Janeiro, referente ao exercício de 2012.

GABINETE DA CONTADORIA GERAL DO ESTADO

Francisco Pereira Iglesias – Contador Geral

Vera Lúcia Nunes Barreto – Assistente II

Dayana Batista Braga – Assistente II

SUPERINTENDÊNCIA DE RELATÓRIOS GERENCIAIS

Leonel Carvalho Pereira – Superintendente

Eliane Figueiredo de Menezes – Assistente II

Joel Fernandes Barbosa – Coordenador

Celso de Brito Borba – Diretor de Departamento

Hugo Freire Lopes Moreira – Diretor de Departamento

Inah Sá Barreto Paraiso – Analista de Controle Interno

Joyce Borges do Couto Raposo – Analista de Controle Interno

Douglas Jin Guan dos Santos – Secretário II

Luiz Felipe Martins Correa – Coordenador

João José Tardin de Rezende – Assessor

Galdina Marques de Matos – Assistente II

Deborah Vaz Gonçalves – Assistente II

Loize Romilda Zanella – Assistente II

Clayton Cassius da Silva Pereira – Analista de Controle Interno

Igor de Oliveira Cunha – Analista de Controle Interno

Ronald Marcio Guedes Rodrigues – Coordenador

André Pereira de Sousa – Diretor de Departamento

Ana Cristina dos Santos Camello – Assistente II

Raquel Macedo Mendes – Assistente II

Eliane Capeloni dos Santos – Assistente II

Renato Ferreira Costa – Diretor de Departamento

Davi Sacramento Almeida – Analista de Controle Interno

Carlos Adalberto Pinheiro Prata – Assessor Contábil

Page 207: CONTAS DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2012

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207

SUPERINTENDÊNCIA DE ACOMPANHAMENTO DE SISTEMAS CONTÁBEIS

Luiz Alfredo Ribeiro – Superintendente

Welson Baptista de Salles Junior – Coordenador

Maria Ivone do Nascimento – Assessor Contábil II

Carlos Oliveira Soares – Diretor de Departamento

Elias Santos Menegatte – Assistente II

Ilma Perfeito Carneiro – Analista de Controle Interno

Magaly de Almeida Alves da Silva – Analista de Controle Interno

Gilson Magrani – Coordenador

Ana Cristina Estula – Assessor Contábil II

Jucilene Mota Vieira – Assistente II

Aline Ribeiro – Analista de Controle Interno

Fábio Galvão Puccioni – Analista de Controle Interno

Juliana Rabelo Vidal Alves – Analista de Controle Interno

SUPERINTENDÊNCIA DE NORMAS TÉCNICAS

Luiz Antônio da Cruz Pinheiro – Assessor

David de Brito Dantas – Assessor Contábil

Paula Valéria Lopes de Castro Gomes – Secretário II

Doris Regina Jorge dos Santos – Agente de Fazenda "B"

Jorge Pinto de Carvalho Junior – Coordenador

Delson Luiz Borges – Diretor de Departamento

Marcelo Jandussi Walter de Oliveira – Diretor de Departamento

Alexander Bento Rezende – Analista de Controle Interno

Marcio Alexandre Barbosa – Analista de Controle Interno

José Valter Cavalcante – Coordenador

Thiago Justino de Sousa – Analista de Controle Interno

Suellen Moreira Gonzalez – Analista de Controle Interno

Renaldo Vieira Gouvea – Assessor Contábil II

SUPERINTENDÊNCIA DAS COORDENADORIAS SETORIAIS DE CONTABILIDADE

David Lopes de Souza – Superintendente

Cristina Helena Marcelino – Assessor Contábil

ASSESSORIA DE ESTUDOS E PESQUISAS CONTÁBEIS

Stephanie Guimarães da Silva – Assessor Contábil

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ASSESSORIA ADMINISTRATIVA

Almerinda Oliveira da Silva – Assessor

Viviane Alves Martins – Assistente II

Lucilene da Costa Ribeiro – Assistente II

Maria Antonietta D’Elia Campos – Assistente II

Luiz Claudio Correa Picanço – Agente de Fazenda "A"

Rosemary Leite dos Santos – Oficial de Fazenda "C"

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15 RESPONSÁVEIS PELA CONTABILIDADE DOS ÓRGÃOS

PODER / ADMINISTRÇÃO / ÓRGÃO RESPONSÁVEL

PODER EXECUTIVO

ADMINISTRAÇÃO DIRETA

Secretaria de Estado da Casa Civil - Casa Civil Glauco Pinheiro de Oliveira

Secretaria de Estado de Governo - SEGOV Mario Luiz Baggio

Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão - SEPLAG Mário Sérgio de Faria

Secretaria de Estado de Fazenda - SEFAZ Sheila de Souza Pereira Mariano

Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia Indústria e Serviços – SEDEIS

Damião José da Silva

Secretaria de Estado de Obras – SEOBRAS Nilton de Paiva filho

Secretaria de Estado de Segurança – SESEG Celso Santos de Oliveira

Policia Civil do Estado do Rio de Janeiro Sérgio Mauricio Nunes Tavares

Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro Luiz Carlos Ferreira da Silva

Secretaria de Estado de Administração Penitenciária - SEAP Carlos Frederico Pinto de Andrade

Secretaria de Estado de Saúde – SES Ademir Cesar Rodrigues

Secretaria de Estado de Defesa Civil - SEDEC Wagner Montalvão

Secretaria de Estado de Educação - SEEDUC Oswaldo Gomes de Souza

Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia - SECT João Batista Martins Lopes

Secretaria de Estado de Habitação - SEH Marcus Vinicius Brigido Costa

Secretaria de Estado de Transportes – SETRANS Maria das Dores Macharet

Secretaria de Estado de Ambiente – SEA Sergio Roberto Ferreira das Neves

Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária - SEAPEC Alexandre Pantoja Correa Maia

Secretaria de Estado de Trabalho e Renda - SETRAB Francisco Carlos Rodrigues Coelho

Secretaria de Estado de Cultura - SEC João Ismael Advíncola Coelho

Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos - SEASDH José Roberto Cabral de Mendonça

Secretaria de Estado de Esporte e Lazer – SEEL Sandra Rodrigues Fernandes

Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca - SEDRAP Marizete da Silva F. Oliveira

Secretaria de Estado de Turismo - SETUR Aureny Martins de Carvalho

Procuradoria Geral do Estado - PGE Indaiá Chaves Regis Portugal

Defensoria Pública Geral do Estado – DPGE Mauro Venício do Nascimento

Subsecretaria de Comunicação Social Elen Marcia Generine Azambuja

FUNDAÇÕES

Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro - CEPERJ

Angélica Maria dos Santos Gonçalves

Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo À Pesquisa do ERJ - FAPERJ Eliane Ferreira de Souza

Fundação de Apoio a Escola Técnica do ERJ - FAETEC Nelson Oliveira dos Santos Cunha

Fundação para Infância e Adolescência - FIA José Luiz Almeida Santos

Fundação Casa França Brasil - FCFB Sandra Helena da Silva

Fundação Museu da Imagem do Som - FMIS Conceição de Maria Rezende Veras

Fundação Instituto de Pesca do ERJ - FIPERJ Lucia Rosado de Oliveira

Fundação Leão XIII - FLXIII Genildo Ribeiro de Souza

Fundação Santa Cabrini - FSC Marcilio Santos de Macedo

Fundação Theatro Municipal - FTM José Santana de Souza – Resp.

Fundação Universidade do ERJ - UERJ Marcia Carvalho Cunha Silveira

Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do ERJ - CECIERJ Luciana Cabisieri Macedo

Fundação Anita Mantuano de Artes do ERJ - FUNARJ Ramilde Fernando Ferreira Santos

Fundação Departamento de Estrada de Rodagem do ERJ - DER Maria Margarida Lima Santos

Fundação Estadual do Norte Fluminense - FENORTE Carlos Antonio Santiago

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Norte - UEZO Sonia Costa Sales

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PODER / ADMINISTRÇÃO / ÓRGÃO RESPONSÁVEL

PODER EXECUTIVO

AUTARQUIAS

Departamento Estadual de Trânsito do ERJ - DETRAN Maria Ribeiro de Lemos

Instituto de Assistência dos Servidores do ERJ - IASERJ Virginia Maria Cotrofe da Silva

Superintendência de Desportos do ERJ - SUDERJ Tania Maria Junge

Instituto de Pesos e Medidas - IPEM Pierre Alves da Cruz – Resp.

Departamento de Transportes Rodoviários - DETRO Célio Cunha da Silva

Departamento de Recursos Minerais - DRM Elenilson da Conceição Martins

Junta Comercial do ERJ - JUCERJA Isabel Alves Lourenço

Loteria do Estado do RJ – LOTERJ Ismar Cabral da Conceição

Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do ERJ - PRODERJ Paulo Spínola de Oliveira– Resp.

Instituto de Segurança do ERJ - RIOSEGURANÇA Everaldo Antônio da Silva Cruz

Fundo Único de Previdência Social do ERJ - RIOPREVIDÊNCIA Milton Gusmão do Nascimento

Instituto Estadual de Terras e Cartografias - ITERJ Antonio Eduardo Figueiredo

Instituto Estadual de Engenharia e Arquitetura – IEEA Michele Ribeiro dos Santos Menegatte

Agência Reguladora de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do ERJ - AGETRANSP

Carlos Alberto Saramago Bonifácio

Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do ERJ - AGENERSA Ademir Lage

Instituto Estadual do Ambiente - INEA Luzia Mariz de Araújo

SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA

BERJ - Em liquidação Sheila da Costa Nunes

Banco de Desenvolvimento do RJ - BD-RIO Julio Maria da Fonseca Silva

Central Elétricas Fluminense - CELF Guarino Luiz Pinho Tortora

Companhia Central de Armazéns e Silos do ERJ - CASERJ Nilcimar do Nascimento Ximenes

Companhia de Desenvolvimento do ERJ - CODIN Luiz Antonio Correia Machado

Companhia Estadual de habitação do ERJ - CEHAB Ana Maria do Couto

Companhia de Turismo do ERJ - TURISRIO Neide Fonseca de Souza

Companhia Estadual de Trens Urbano - FLUMITRENS Marcio Luiz Moraes Marchi

Instituto Vital Brazil - IVB Ana Cláudia Broto Lima

Companhia de Transporte Coletivo do ERJ - CTC Luiz Carlos Gama

Distribuidora de Títulos e Valores Imobiliários do ERJ - DIVERJ Guarino Luiz Pinho Tortora

Centrais de Abastecimento do ERJ - CEASA Venilton Mantes de Farias

Companhia Estadual de Água e Esgotos - CEDAE Orlando Eduardo Bezerra

Companhia de Transportes sobre Trilhos do ERJ - RIOTRILHOS Delma Sodré Moreira

Companhia de Desenvolvimento Rodoviário e Terminais do ERJ - CODERTE Sandra da Silva Soares

Companhia Estadual de Engenharia de Transportes - CENTRAL Sérgio Guttierez de Medeiros

Companhia do Metropolitano do Estado do Rio de Janeiro – METRÔ Alessandro Barbosa Soares

EMPRESAS PÚBLICAS

Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do ERJ - EMATER Genival Batista da Silva

Empresa de Obras Públicas do ERJ - EMOP Maria Auxiliadora da Cruz

Empresa de Pesquisa Agropecuário do ERJ - PESAGRO Guilhermino Albano da Costa

Imprensa Oficial - IO João Baptista da Encarnação Sá

Empresa Estadual de Aviação - SERVE Luiz Carlos Gama

PODER LEGISLATIVO

Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro - ALERJ Josué Alves Gouveia

PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro - TJ Andréa Andrade de Souza e Silva

Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro Janaína Mange de Souza

MINISTÉRIO PÚBLICO

Procuradoria Geral de Justiça – PG Lucia Helena Castilho