hospital de faro_relatório de gestão e contas 2013
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Relatório de Gestão e Prestação de Contas | 2013 do Hospital de FaroTRANSCRIPT
RELATÓRIO DE GESTÃO E PRESTAÇÃO DE CONTASHospital de Faro | 2013
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ABREVIATURAS E SIGLAS
ACSS Administração Central do Sistema de Saúde INE Instituto Nacional de Estatística
APCER Associação Portuguesa de Certificação HCI Human Computer Interaction
ARS Administração Regional Saúde LIC Lista Inscritos Cirurgia
AVC Acidente Vascular Cerebral MCDT Meios Complementares Diagnóstico e Terapêutica
CFIC Centro de Formação Investigação e Conhecimento OMS Organização Mundial de Saúde
CMVMC Custo Mercadorias Vendidas Matérias Consumidas PMP Prazo Médio Pagamento
DGS Direcção-Geral da Saúde POPH Programa Operacional Potencial Humano
DGTF Direção Geral Tesouro Finanças REE Resíduos Elétricos e Eletrónicos
EFQM European Foundation for Quality Management RNCCI Rede Nacional Cuidados Continuados Integrados
E.P.E. Entidade Pública Empresarial ROC Revisor Oficial de Contas
FASP – SNS
Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos do Serviço Nacional Saúde
SICA Sistema Informação p/ Contratualização e companhamento
GAPCG Gabinete Auditoria Planeamento Controlo Gestão SINAS Sistema Nacional de Avaliação em Saúde
GDH Grupo de Diagnóstico Homogéneo SIRIEF Sistema Recolha Informação Económico Financeira
GCRE Gabinete Relações e Comunicação Externa SNS Serviço Nacional de Saúde
IGAS Inspeção-geral das Atividades em Saúde TC Tribunal de Contas
IGCP Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, I.P.
TIC Tecnologias de Informação e Comunicação
IGH Indicadores de Gestão Hospitalar UCISU Unidade de Cuidados Intermédios do Serviço de Urgência
INEM Instituto Nacional Emergência Médica UTCO Unidade Tratamento Cirúrgico Obesidade
Relatório de Contas | 2013
Propriedade:Centro Hospital do Algarve Hospital de FaroRua Leão Penedo - 8000-386 Faro
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Conceção gráfica/fotografiaGabinete de Comunicação
Publicação: Julho 2013Impressão: CHAlg - Hospital de FaroPáginas do documento: 69Anexos: 63Total: 132
Tiragem: 8Numeração: Versão Digital
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 1
DELIBERAÇÃO
Com fundamento no art.7º do Decreto-Lei n.º233/2005, de 29 de dezembro, aplicável “ex
vi” do n.º 2 do art. 1º do Decreto-Lei n.º 180/2008, de 26 de agosto, o Conselho de Admi-
nistração do Centro Hospitalar do Algarve E.P.E. delibera por unanimidade de votos dos
seus membros aprovar o ultimo Relatório de Gestão e Contas do extinto Hospital de Faro,
referente ao período de janeiro a junho de 2013, e que é composto por 132 páginas.
Mais, se delibera que os membros deste órgão colegial que administra o Centro Hospi-
talar do Algarve E.P.E., no uso das competências decorrentes dos diplomas legais acima
citados, apenas rubriquem as páginas deste documento referentes à Demonstração de
Resultados, à proposta de aplicação dos resultados e à certificação legal das contas.
Faro, aos 30 dias do mês de julho de 2014
Dr.ª Graça PereiraVogal Executivo
Dr. Pedro M. H. NunesPresidente do Conselho de Administração
Dr.ª Patrícia AtaídeVogal Executivo
Dr.ª Gabriela ValadasDiretora Clínica
Dr. José Vieira dos SantosEnfermeiro Diretor
Índice
pag. 05
Nota introdutória;
pag. 06
Mensagem do conselho de administração;
Capítulo 1 Hospital de Faro
pag. 08
Missão; Visão; Valores;
pag. 09
Evolução histórica;
pag. 10 Enquadramento do Hospital de Faro;
pag. 12
Órgãos sociais;
pag. 13
Modelo organizativo de 2013;
pag. 14
Departamento de Medicina;Departamento de Cirurgia; Departamento Materno-Infantil; Serviços não departamentalizados;
pag. 15
Departamento de Relações Exteriores e Apoio aos Utentes;
pag. 16
Estrutura orgânica;
Capítulo 2 Recursos Humanos
pag. 19
Evolução e distribuição dos recursos humanos por grupos profissionais
Capítulo 3 Gestão Hospitalar
pag. 23
Contrato programa; Grau de cumprimento de metas fixadas em 2013;
Capítulo 4Atividade Assistencial
pag. 25
Dispositivo assistencial; Caracterização; Evolução da atividade assistencial; Internamento; Análise dos princípios indicadores globais da atividade em internamento;
pag. 27
Doentes saídos; Número de partos;
pag. 30
Intervenções cirúrgicas com origem no internamento;Principais grupos de diagnóstico homogéneos em 2013;Ambulatório programado; Cirurgia de ambulatório;
pag. 35
Consulta externa;
pag. 36
Hospital de Dia; Serviço de urgência;
pag. 40
Meios complementares de diagnóstico; Realizados no Hospital de Faro; Realizados no exterior;
Capítulo 5Análise Económico-Financeira
pag. 43
Estrutura dos custos;
pag. 47
Custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas; Produtos farmacêuticos;
pag. 50
Material consumo clínico;
pag. 53
Custos com pessoal; Estrutura dos proveitos;
Capítulo 6 Cumprimentos de Normas Legais
pag. 57
1. Cumprimentos dos objetivos de gestão 2. Risco financeiro
pag. 58
3. Prazo médio pagamentos (PMP)4. Cumprimento das recomendações emitidas pela
aprovação do Relatório de Gestão e Contas de 2011;
pag. 60
5. RemuneraçõesConselho de Administração
pag. 62
Fiscal único; Trabalhadores;
pag. 63
6. Da aplicação do disposto no artigo 32º do Estatuto de Gestor Público (EGP),...;
7. Da contratação pública e Sistema nacional de Compras Públicas;
8. Medidas de redução de gastos operacionais.;
9. Princípio da unidade tesouraria do estado;
pag. 64
10. Auditorias conduzidas pelo Tribunal de Contas.
11. Explicitação fundamentada da divulgação de toda a informação atualizada prevista na RCM n.º 49/2007, de 28 Março;
pag. 66
Resumo
Capítulo 7 Aplicação de Resultados
pag 69
Proposta de aplicação de resultados;
Anexos
pag 72
O presente Relatório e Contas do Hospital de Faro, E.P.E diz respeito ao periodo 1 de
janeiro a 30 de junho de 2013, data da extinção desta entidade,em conformidade com
o decreto lei n.º69/2013 de 17 de maio que determinou a criação do Centro Hospitalar
do Algarve, E.P.E por fusão e consequente extinção do Hospital de Faro E.P.E e do Centro
Hospitalar do Barlavento Algarvio, E.P.E..
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 5
NOTA INTRODUTÓRIA
Em cumprimento do Decreto-Lei n.º 558/99 de 17 de dezembro, pela redação que lhe foi
dada pelo Decreto-Lei n.º 300/2007, de 23 de agosto, o Hospital de Faro E.P.E, doravante
apenas designado por Hospital de Faro, apresenta para o período de 1 de janeiro a 31 de
junho de 2013, os seguintes documentos:
• Relatório de Gestão elaborado em conformidade, designadamente, com o disposto
no artigo 13º-A do Decreto-Lei acima identificado;
• Documentos de prestação de contas anuais;
• Relatório anual do órgão de fiscalização e a certificação legal de contas.
6
Mensagem do Conselho de
administração
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 7
O caminho perspectivado à luz do primeiro semestre a
que reporta o presente relatório e num horizonte institu-
cional alargado pela fusão com as unidades hospitalares
do barlavento algarvio, aumentam exponencialmente a
amplitude do desafio de governação dos hospitais públi-
cos algarvios, sobretudo quando se perspectiva a assun-
ção de responsabilidade pelo Centro Hospitalar do Algar-
ve de todos os serviços de urgência básica da região.
A continuidade e extensão dos modelos organizativos
implementados no Hospital de Faro, embora eficazes e
com bons resultados, não conseguem suplantar aquela
que é seguramente a maior condicionante à prestação de
cuidados de qualidade: as carências em termos de capital
humano, particularmente recursos humanos médicos.
Pese embora o esforço incessante deste Conselho de Ad-
ministração e com o total apoio do Ministério que o tutela
para tentar contratar e fixar médicos nas especialidades
carenciadas, a verdade é que as novas contratações resul-
tantes dos sucessivos concursos de recrutamento abertos
são ainda tímidas e sobejamente insuficientes perante a
dimensão das carências sentidas.
É este quadro que se exige um reconhecimento grato pe-
rante o esforço, empenho e dedicação de todos aqueles
que diariamente, a meio às dificuldades, dão de si mais
do que lhes é legalmente exigido, impelidos pelo com-
promisso ético, social e humano para com os doentes a
quem prestam cuidados.
Este Conselho de Administração continuará a chamar a si
a tarefa de criar todas as condições ao seu alcance para
que os hospitais por si geridos se convertam, cada vez
mais, em pólos de atração, capazes de potenciar carreiras
profissionais sólidas e harmoniosamente integradas com
a privilegiada qualidade de vida que o Algarve propicia.
Confiamos que este equilíbrio nos permitirá, a prazo, al-
cançar a desejada estabilização dos recursos humanos do
agora Centro Hospitalar do Algarve.
O presente relatório de gestão e contas, referente ao primei-
ro semestre de 2013, comporta o encerramento da atividade
do extinto Hospital de Faro, EPE, reflectindo o período pre-
paratório da integração desta unidade de saúde no Centro
Hospitalar do Algarve, em resultado da sua fusão com o
Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, E.P.E.
Perante o desafio imposto pelas pesadas constrições eco-
nómicas e financeiras que o país atravessa, no sector da
saúde, o primeiro semestre de 2013 ficou marcado pela
sedimentação das profundas e necessárias reestruturações
organizativas iniciadas em 2012, com adopção de um mo-
delo de organização sistémico, centrado na unidade clínica
e optimizado pelas estruturas de coordenação entre servi-
ços (departamentos), numa ótica mais racional, eficiente e
ajustada às necessidades.
A prossecução dos objetivos da Boa Governação, alicerça-
dos na gestão co-responsável dos recursos técnicos, hu-
manos, logísticos e operacionais, traduziu-se numa maior
consistência estratégica não só através do adequado con-
trolo de gestão, como da implementação de uma prática
assistencial eficientemente estruturada, capaz de garantir
à população que serve o acesso a um serviço público de
saúde confiável, seguro e eficaz.
Os frutos deste trabalho estruturante iniciado em 2012
começaram a ser colhidos de forma mais expressiva no
primeiro semestre de 2013. A ampliação e reestruturação
física e organizativa do Serviço de Urgência, concluída e
oleada em tempo exemplar, permitiu pela primeira vez
atravessar o inverno e responder sem sobressaltos aos pi-
cos gripais que, um pouco por todo o país, congestiona-
ram as urgências hospitalares, exercendo sérias pressões
sobre os serviços de saúde.
Contrariando e diluindo definitivamente o estigma que
durante décadas manchou a imagem deste hospital al-
garvio, o Hospital e Faro consegui erradicar o cenário
terceiro mundista de macas amontoadas nos corredores,
respondendo eficazmente e com serenidade às exigên-
cias assistenciais, não só dos doentes agudos urgentes e
emergentes como dos doentes internados que agora be-
neficiam de condições dignas e seguras.
8
Capítulo 1Hospital de Faro
O Hospital de Faro
Dotado de todas as valências básicas e complementares
que permitem ajustar a sua classificação ao nível II de
diferenciação da Carta Hospitalar, o Hospital de Faro é
um hospital público instituído, organizado e administra-
do a pensar na população e na prestação de cuidados
diferenciados a doentes agudos.
Missão
O Hospital de Faro pretende caracterizar-se como hos-
pital central de referência no SNS e na região, com fun-
ções diferenciadas na prestação de cuidados de saúde,
na formação pré e pós-graduada e contínua, sustentadas
na permanente atualização do conhecimento científico e
técnico dos seus profissionais.
Caracterizar-se como garantia na segurança em saúde
de todos os que habitam ou visitam a região do algarve
e a sua área de influência.
Visão
O Hospital de Faro pretende consolidar-se como unida-
de de excelência no sistema de saúde, com competência,
saber e experiência, dotada dos mais avançados recursos
técnicos e terapêuticos, vocacionada para a garantia da
equidade e universalidade do acesso e de assistência, com
vista à elevada satisfação dos doentes e dos profissionais.
Valores
• Focalização total e geral no doente
• Respeito pela dignidade humana, pela diversidade
cultural e direitos do doente
• Universalidade e equidade no acesso aos cuidados
de saúde
• Elevados padrões de humanização, qualidade e
competência técnica dos serviços prestados
• Eficácia e eficiência na utilização dos recursos
• Garantia de integridade, confidencialidade,
privacidade e cordialidade
• Responsabilidade social e ambiental
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 9
Construído para substituir o antigo Hospital da Santa
Casa da Misericórdia, o Hospital de Faro iniciou a sua ati-
vidade a 4 de dezembro de 1979, após publicação do seu
quadro orgânico de pessoal.
Ao longo dos anos, muitas foram as adaptações de estru-
tura e de organização que sofreu, permitindo dessa forma
melhorar e alterar a sua capacidade de resposta assisten-
cial, com acréscimo significativo dos níveis de complexida-
de, diferenciação técnica e de especialização dos serviços.
Foi requalificado por Despacho de Sua Excelência o Se-
nhor Secretário de Estado da Saúde, de 22 de janeiro de
2008, como Hospital Central.
Posteriormente, através do Decreto-Lei nº 180/2008, de
26 de Agosto, o Hospital de Faro foi transformado em
entidade pública empresarial (E.P.E.), enquadrando-se
nos estatutos aprovados pelo Decreto-Lei n.º 233/2005,
de 29 de dezembro.
Dispõe atualmente, de acordo com o seu estatuto, de um
amplo leque de oferta de serviços, dos quais se destacam:
• Serviço de Urgência Polivalente que engloba a Urgência Geral, a Urgência de Ginecologia e Obstetrícia e a Urgência Pediátrica;
• Internamento organizado porespecialidades clínicas, em conformidade com as normas definidas pelas redes de referenciação hospitalar;
• Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátricos, de Cuidados Intermédios e Intensivos Polivalentes bem como de uma unidade dedicada à prestação de Cuidados Intensivos Coronários;
• Modernas unidades de eletrofisiologia e hemodinâmica e uma unidade de acidentes vasculares cerebrais (AVC) para o tratamento das doenças cardiovasculares;
• Área centralizada de Consultas Externas e uma moderna Unidade de Cirurgia de Ambulatório, ambas localizadas em edifício autónomo, em cujo topo se situa o heliporto, a funcionar desde 2004.
No início do ano de 2007, através da celebração de pro-
tocolo com a ARS - Algarve, o Hospital de Faro assumiu,
no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados
Integrados RNCCI, a gestão de uma Unidade de Conva-
lescença, sedeada em Loulé, a 20 quilómetros de Faro.
Em 2011, a ARS Algarve e o Hospital de Faro, foi celebrado
um acordo, tendo como objetivo a deslocalização da Uni-
dade de Convalescença de Loulé para o 4º do edifíco das
Consultas Externas, a partir do dia 30 de Janeiro de 2012.
No entanto, concluiu-se não ser vocação do hospital público
gerir uma Unidade de Convalescença com as especificações
determinadas pela Rede Nacional de Cuidados Continuados,
e a ARS Algarve opta pela não renovação do acordo, após o
término da sua vigência (31 de agosto de 2012).
O Hospital de Faro apresentou disponibilidade para rea-
brir a Unidade de Convalescença de Loulé, em termos si-
milares ao anterior acordo, prevendo-se a sua reabertura
no início do 2º trimestre de 2013.
Evolução histórica
10
3
1
5
4
2
O Hospital de Faro, localizado na cidade de Faro, pres-
ta assistência direta à população do sotavento algarvio
abrangendo os concelhos de Albufeira, Alcoutim, Castro
Marim, Faro, Loulé, Olhão, São Brás de Alportel, Tavira e
Vila Real de Santo António.
O Hospital de Faro é também o centro de referência para
toda a região do algarve, abrangendo, de acordo com
os dados provisórios dos censos 2011, uma população
residente de cerca de 450.000 habitantes, número que
pode triplicar, na época alta do turismo.
O grupo de hospitais públicos da região do algarve é
composto pelo Hospital de Faro, e pelo Centro Hospita-
lar do Barlavento Algarvio (CHBA), sendo que este últi-
mo agrupa o antigo Hospital Distrital de Lagos (HDL) e o
Hospital do Barlavento Algarvio (HBA).
No início de 2007, em regime de parceria público-priva-
da, entrou em funcionamento o Centro de Medicina Físi-
ca e Reabilitação do Sul (Hospital especializado do SNS),
situado no município de São Brás de Alportel, que dispõe
de 54 camas de internamento
Enquadramento do Hospital de Faro
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6
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10 16
14
BARLAVENTO SOTAVENTO
1 Aljezur 8 Albufeira
2 Vila do Bispo 9 Loulé
3 Lagos 10 São Brás de Alportel
4 Monchique 11 Faro
5 Portimão 12 Olhão
6 Silves 13 Tavira
7 Lagoa 14 Alcoutim
15 Castro Marim
16 Vila Real de Santo António
12
Por despacho conjunto nº 17422/2011 proferido pelos Ministros das Finanças e da Saúde, pu-
blicado em D.R. 2ª série nº 248 de 28.12.2011, foram designados para integrar o órgão de ad-
ministração os seguintes elementos, que iniciaram funções no dia 28 de dezembro de 2011:
• Presidente – Dr. Pedro Manuel Mendes Henriques Nunes
• Vogal Executivo – Dr. Luis Miguel da Costa e Cunha Martins
• Vogal Executivo – Dr.ª Graça Maria Palma Pereira
• Diretor Clínico – Dr. Jorge Manuel Domingues Salvador
Renunciou ao cargo com efeitos a 31/03/2013 (Aviso (extrato) n.º 5653/2013 de 29
abril). Foi substituido intrinamente pelo Presidente do Conselho de Administração.
• Enfermeiro Diretor – Enf.º José Fernando Vieira dos Santos
Fazendo parte dos Órgãos Sociais, o Fiscal Único é o responsável pelo controlo da legali-
dade, da regularidade e da boa gestão financeira e patrimonial da Instituição.
Nomeado pelo Despacho nº 351/2012, de 22 março do Ministério das Finanças, e consti-
tuído por um Fiscal Único efetivo e um suplente, abaixo designados:
• Sociedade Grant Thornton & Associados, SROC - Efetivo
• Sociedade Alves da Cunha, A. Dias & Associados, SROC - Suplente
Os Órgãos Sociais atrás mencionados, constituem-se como garantia da existência de condições
imprescindíveis à efetiva segregação das funções de administração, execução e de fiscalização.
Nos termos do art.º 17 dos Estatutos dos Hospitais EPE aprovado pelo Decreto-Lei
233/2005 de 29 de dezembro, o Hospital de Faro contou ainda com um auditor interno,
designado pelo Conselho de Administração.
Órgãos sociais
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Modelo organizativo de 2013
O país vive uma grave crise económico-financeira com
particular incidência nos meios disponibilizados às en-
tidades públicas prestadoras de serviços, entre as quais
as de saúde.
Neste contexto, têm as administrações dos hospitais es-
pecíficas responsabilidades em garantir uma organiza-
ção eficiente que maximize a utilização dos bens públi-
cos e que garanta aos portugueses, mesmo no período
difícil que se vive, os cuidados de saúde a que têm direito
e as condições técnicas e éticas da sua prestação que
não podem ser beliscadas pelas carências financeiras.
Foi entendimento do Conselho de Administração do
Hospital de Faro, tendo em vista a melhoria contínua dos
cuidados prestados pelo hospital, a sua cada vez maior
eficiência e a assunção das suas responsabilidades en-
quanto hospital central e de referência para toda a re-
gião do algarve, proceder à reorganização interna nos
termos que a seguir se definem.
A unidade sistémica da organização do hospital é o ser-
viço clínico que constitui por tal facto um centro de res-
ponsabilidade.
Cada serviço clínico é dirigido por um director de servi-
ço, nos termos da lei, responsável por toda a atividade
do serviço, por um enfermeiro chefe com as atribuições
que a lei igualmente lhe confere e, quando for o caso,
por um técnico superior de tecnologias de saúde.
A cada serviço clínico foi adstrito um técnico superior
com experiência na área económica, financeira e de ges-
tão que presta a assessoria necessária à tomada de de-
cisões judiciosas.
Foram criadas estruturas de coordenação entre serviços
(departamentos), com necessidades ou problemáticas
afins, que promovem a otimização da sua partilha no in-
teresse comum, e uma estrutura vertical de organização
e direção de toda a área de urgência.
Cada departamento é coordenado por um director de
departamento escolhido de entre médicos com currícu-
lo adequado e referência dos seus pares nas respetivas
áreas. Igualmente cada departamento contará com um
enfermeiro supervisor ou enfermeiro chefe e um admi-
nistrador hospitalar da respetiva carreira.
Assim, com a designação de departamento, foram cria-
dos os seguintes:
Departamento de
Emergência, Urgência
e Cuidados Intensivos
Integra os anteriormente denominados:
• Serviço de Urgência Geral
• Unidade de AVC
• Unidade de Cuidados Intermédios do Serviço de Urgência
• Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente
14
Departamento de Medicina
Coordena os serviços da área médica, sendo particular-
mente responsável pelo fluxo de doentes no hospital,
garantindo, enquanto internados ou em convalescença,
o seu correto acompanhamento clínico.
Integram este departamento os serviços de:
• Medicina I
• Medicina II
• Medicina III
• Cardiologia
• Dermatologia
• Gastroenterologia
• Nefrologia
• Neurologia
• Oncologia
• Pneumologia
Departamento de Cirurgia
Coordena os serviços da área cirúrgica, sendo respon-
sável pela utilização dos Blocos Operatórios, maximiza-
ção da atividade em cirurgia de ambulatório e a utiliza-
ção judiciosa de meios. Tal coordenação será realizada
em permanente articulação com a direção do serviço
de Anestesiologia.
Integram este departamento os serviços:
• Cirurgia I
• Cirurgia II
• Cirurgia Plástica
• Estomatologia
• Ginecologia
• Neurocirurgia
• Oftalmologia
• Ortopedia I
• Ortopedia II
• Otorrinolaringologia
• Urologia
Departamento
Materno-Infantil
Coordena os serviços e unidades que asseguram a qua-
lidade da assistência à mulher enquanto mãe e à criança
nas mais variadas idades, do nascimento aos 18 anos,
nomeadamente os serviços de Pediatria e Obstetrícia.
Integram este departamento os serviços:
• Pediatria
• Obstetrícia
Serviços não
departamentalizados
Foram ainda identificados um conjunto de serviços clíni-
cos que, pela sua especificidade não carecem de coorde-
nação departamental, contudo interagindo com vários
serviços integrados em departamentos.
Tais serviços, designados serviços não departamentali-
zados são:
• Anatomia Patológica
• Anestesiologia
• Imagiologia
• Imuno-hemoterapia
• Medicina Física e Reabilitação
• Patologia Clínica
• Psiquiatria e Saúde Mental
• Saúde Ocupacional
Um hospital moderno, apesar da sua missão ser essen-
cialmente a prestação de serviços clínicos à população
que serve é, por si mesmo, um centro de formação e
promoção do conhecimento, uma organização complexa
que gere avultados meios humanos e financeiros pro-
curando otimizá-los em torno da sua função primordial,
bem como um interventor social relevante no contexto
da região em que se insere já que, como muitas vezes
acontece, e Faro não é exceção, se constitui como o
maior empregador da região.
Neste contexto o Conselho de Administração criou o
Serviço de Controlo de Gestão, Auditoria, Codificação e
Gestão de Inscritos para Cirurgia.
Assim, o hospital foi organizado em conjuntos de servi-
ços de apoio à clínica que ora se identificam:
• Serviço de Aprovisionamento e Logística
• Serviços Hoteleiros
• Centro de Formação, Investigação e Conhecimento
• Divisão de Gestão de Recursos Humanos
• Gabinete de Estatística
• Gabinete de Informática
• Gabinete Jurídico e Contencioso
• Serviço de Dietética
• Serviços Farmacêuticos
• Serviços Financeiros
• Serviço de Gestão Documental
• Serviços Gerais
• Serviço de Instalações e Equipamentos
• Serviço de Psicologia
• Serviços Religiosos
• Serviço Social / Gabinete do Utente
Departamento de Relações
Exteriores e Apoio aos
Utentes
Por decisão do Conselho de Administração foi também
criado o Departamento de Relações Exteriores e Apoio
aos Utentes do Hospital de Faro que integra:
• Gabinete de Comunicação
• Gabinete Sim – Cidadão
• Gabinete de Apoio e Informação do
Serviço de Urgência
Na tomada de decisão da criação de departamentos foram
tidos como princípios orientadores a maior eficácia e efici-
ência orientadas primariamente para o interesse dos do-
entes e utentes do Hospital de Faro, o estabelecimento de
sólidas hierarquias funcionais baseadas em competências
adquiridas e demonstradas pela trajetória profissional.
Cada serviço, em plena autonomia técnica, procura coor-
denar os espaços e plataformas técnicas de uso comum.
Cada departamento é assessorado por técnicos da área
financeira coordenado por administradores hospitalares,
onde o objetivo principal é a otimização da utilização
dos recursos de que dispõem, quer sejam financeiros,
humanos ou físicos.
Estas estruturas de coordenação reportam diretamente
ao Conselho de Administração tendo o encargo de per-
mitir um fluxo de informação que permita apoiar uma
gestão harmónica do Hospital de Faro e a tomada rápida
de decisões necessárias ao seu bom funcionamento.
Deste modo, o Hospital de Faro desenvolveu um modelo
de gestão alicerçado em grandes áreas departamentais,
os quais incorporam de forma gradual novas modalida-
des de coordenação e estratégias de gestão, assentes
nos seguintes princípios:
• Desenvolvimento de uma gestão orientada para
resultados
• Integração de uma gestão para os processos e
utentes, assente em critérios de qualidade, eficiên-
cia e cooperação
• Corresponsabilização dos profissionais
• Trabalho multidisciplinar e em equipa, promotora
da motivação e empenho dos colaboradores
• Partindo do modelo organizacional descrito no or-
ganograma apresentado na página seguinte, a in-
corporação destes novos conceitos de gestão clínica
continuou a ser implementada de forma progressiva,
de maneira que a sua adoção não provocasse rutu-
ras ou efeitos não desejados para a organização.
16
Estrutura orgânica
Conselho de Administração Conselho Consultivo
Departamento de Cirurgia
Serviço de Cirurgia geral 1
Serviço de Cirurgia geral 2
Serviço de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva
Serviço de Estomatologia
Serviço de Ginecologia
Serviço de Neurocirurgia
Serviço de Oftalmologia
Serviço de Ortopedia 1
Serviço de Ortopedia 2
Serviço de Otorrinolaringologia
Serviço de Urologia
Departamento de Emergência, Urgência e Cuidados Intensivos
Serviço Urgência Geral
Unidade de AVC
Serviço de Medicina Intensiva
Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER)
Sala de Reanimação (Diretos)
Unidade de Trauma (a criar)
Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente (UCIP)
Unidade de Cuidados Intermédios do Serviço de Urgência (UCISU)
Equipa de Emergência Médica Intra-hospitalar (EEMI) (a criar)
Departamento Materno-Infantil
Serviço de Obstetrícia
Serviço de Pediatria
Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátricos.
Departamento de Medicina
Serviço de Cardiologia
Unidade de Cuidados Intensivos Coronários
Unidade de Reabilitação Cardíaca
Unidade de Hemodinâmica e Cardiologia de Intervenção
Serviço de Dermatologia
Serviço de Gastrenterologia
Serviço de Infeciologia
Serviço de Medicina 1
Unidade de Diabetologia
Unidade de Imunodeficiência
Unidade de Imunoalergologia
Serviço de Medicina 2
Unidade de Reumatologia
Serviço de Medicina 3
Unidade de Imunodeficiência
Serviço de Nefrologia
Serviço de Neurologia
Serviço de Oncologia
Unidade de Hematologia Clínica
Serviço de Pneumologia
Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental
Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência
Serviço de Anatomia Patológica
Serviço de Anestesiologia
Serviço de Imunohemoterapia
Serviço de Medicina Física e de Reabilitação
Serviço de Patologia Clínica
Serviço de Radiologia
Serviço de Cuidados Paliativos
depa
rtam
enta
lizad
os
não
depa
rtam
enta
lizad
os
Serviços Clínicos
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 17
Serviços de apoio à prestação
de cuidados de saúde
Núcleo de Transportes
Serviço de Assistência Espiritual e Religiosa
Serviço de Esterilização
Serviços Farmacêuticos
Serviço de Nutrição
Serviço de Psicologia
Serviços Logísticos de Cirurgia (blocos operatórios)
Serviço Social e Gabinete do Utente
Serviços e gabinetes de apoio à gestão e logística geral
Centro de Formação, Investigação e Desenvolvimento
Departamento de Relações Exteriores e Apoio aos Utentes
Gabinete da Qualidade
Serviço de Aprovisionamento
Serviço de Auditoria
Serviço de Codificação e Gestão de Inscritos para Cirurgia
Serviço de Contencioso
Serviços Gerais e Ambiente
Serviços Hoteleiros
Serviço de Gestão de Doentes
Serviço de Gestão de Recursos Humanos
Serviço de Gestão Documental
Serviço de Gestão Financeira
Serviço de Gestão do Sistema de Faturação
Serviço de Informática
Serviço de Instalações e Equipamentos
Serviços Jurídicos e Assessoria Legal
Serviço de Saúde Ocupacional
1. Comissões Técnicas
Comissão de Morte Cerebral
Comissão de Antimicrobianos
Comissão de Controlo da Infecção Hospitalar
Comissão de Coordenação Oncológica
Comissão de Ética
Comissão de Farmácia e Terapêutica
Comissão de Feridas
Equipa de Gestão de Altas
Grupo de trabalho para Implementação do Sistema de Gestão do Risco Clínico
Comissão Técnica de Certificação da Interrupção Voluntária da Gravidez
Grupo de Nutrição Clínica
Conselho Técnico de Diagnóstico e Terapêutica
2. Órgãos Consultivos
Conselho Consultivo Geral
Conselhos Consultivos Sectoriais
Departamento de Medicina
Departamento de Cirurgia
Departamento Materno/Infantil
Departamento de Emergência, Urgência e
Cuidados Intensivos
Serviços de Apoio Comissões Técnicas e Órgãos Consultivos
18
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 19
Capítulo 2Recursos Humanos
Evolução e distribuição
dos recursos humanos
por grupos profissionais
Em 30 de Junho de 2013, o Hospital de Faro contava com
um total de 2474 trabalhadores, repartidos por 25% ho-
mens e 75% mulheres.
Quanto à repartição por grupo profissional, constatamos
que é no grupo profissional de enfermagem que se con-
centra o maior número de efectivos (814), seguindo-se os
assistentes operacionais (609), pessoal da carreira médi-
ca (445), assistentes técnicos (279) e técnicos de diagnós-
tico e terapêutica (172). Os restantes grupos profissionais
reuniam, em conjunto, um total de 155 trabalhadores.
Em termos de evolução do numero de trabalhadores,
verifica-se que houve um acréscimo de 31 efectivos, em
relação a 2011. Os grupos que mais contribuíram para
este aumento foram o pessoal médico (21) e os técnicos
superiores (8).
O Hospital de Faro enquanto entidade pública empre-
sarial tem ainda metade dos trabalhadores em regime
de contrato em funções públicas, uma situação que com
o decorrer dos anos se irá alterar, já que todas as novas
contratações, por força da lei, têm que ser efetuadas no
âmbito do código do trabalho. O Hospital de Faro tem
vindo a seguir uma política de estabilização dos seus Re-
cursos Humanos, como se pode verificar pela tabela em
30 de Junho de 2013 tem apenas 121 trabalhadores em
contrato a termo, o que corresponde apenas a 4,89%.).
20
Grupo profissional 2011 2012 2013
Dirigente 13 13 12
Médico 404 424 445
Técnicos superiores 1 107 117 125
Enfermeiros 785 816 814
Técnicos diagnóstico e terapêutica 172 172 172
Assistente técnico 283 275 279
Assistente operacional 612 608 609
Pessoal docente 1 1 1
Pessoal de informática 16 16 16
Pessoal religioso 1 1 1
Total 2394 2443 2474
Tabela 1 - Distribuição de recursos humanos por grupo profissional
1 Inclui pessoal técnico superior de saúde.
Gráfico 1Percentagem de trabalhadores por género
Feminino 75% Masculino 25%
Gráfico 2Distribuição de recursos humanos por grupo profissional
Assistentes operacionais | 25% Assistentes técnicos | 11% Pessoal religioso | 0% Enfermeiros | 33% Informática | 1% Dirigentes | 0% Docentes | 0% Médicos | 18% Técnico de Diag. e Terap. | 7% Técnico superior | 5%
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 21
Vínculo Total %
Regime de contrato em funções públicas 1279 51,70
Contrato por tempo indeterminado 1065 43,05
Cedência de interesse público 13 0,53
Comissão de serviço pública 4 0,16
Contrato de trabalho a termo resolutivo Lei 59/2008 197 7,96
Regime de contrato no âmbito código trabalho 1195 48,30
Contrato individual trabalho Lei 7/2009, C/termo 121 4,89
Contrato individual trabalho Lei 7/2009, S/termo 1074 43,41
Total 2474 100,00
Tabela 2 - Distribuição de trabalhadores por tipo de vínculo.
22
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 23
Capítulo 3Gestão Hospitalar
Contrato programa
Grau de cumprimento de metas fixadas em 2013
A elaboração do Plano de Desempenho para 2013 e a
celebração do respetivo Contrato Programa traduziu-se
num forte desafio, uma vez que as regras superiormente
definidas obrigavam a que, por um lado, a continuidade
de garantia de idêntico nível de cuidados em áreas con-
sideradas como prioritárias e que, por outro lado, o cum-
primento rigoroso dos níveis de redução de despesa.
Assim, o orçamento foi um elemento fulcral na definição
seus objetivos anuais, com vista ao crescimento progres-
sivo e sustentável, que serviu de linha de orientadora
para o processo de tomada de decisões.
Os documenos acima mencionais foram produzidos para
o ano de 2013, o que não se veio a verificar com a criação
do Centro Hospitalar do Algarve com inicio de ativida-
de a 1 de julho de 2013, o qual resultou da extinção do
Hospital de Faro e do Centro Hospitalar do Barlavento
Algarvio.
A criação desta nova entidade implica uma redefinição
do contrato programa e do orçamento de 2013 referente
apenas ao período de janeiro a junho, atividade da res-
ponsabilidade do Hospital de Faro.
À data da elaboração do presente documento os do-
cumentos supramencionados não se encontram ainda
devidamente autorizados pela entidade que nos tutela
para o periodo em que o Hospital de Faro esteve em
atividade.
Pelo exposto, não vai ser apresentada a avaliação do
cumprimento, quer do contrato programa quer do pla-
no de desempenho, assim como das metas orçamentais,
uma vez que os documentos mencionados são anuais e
não semestrais.
24
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 25
Capítulo 4Atividade Assistencial
Dispositivo assistencial
Caracterização
O Hospital Faro dispõe, na área assistencial, de um con-
junto de recursos humanos de elevada qualidade e um
conjunto de recursos altamente sofisticados do ponto
de vista técnico e científico, que conferem uma melho-
ria, facilitação e agilização dos procedimentos quer no
âmbito da gestão clínica, quer no que se refere às áreas
de apoio clínico.
Os serviços de prestação de cuidados de saúde são com-
postos conforme a tabela que se segue. À semelhança
dos anos anteriores, durante o ano de 2012 o Hospital
de Faro desenvolveu um conjunto de iniciativas no senti-
do de aumentar as competências destas valências, apos-
tando fortemente na política de qualidade, formação e
conhecimento.
Durante este capítulo será efetuada uma análise, neces-
sariamente resumida, das principais linhas de atividade,
obedecendo à estrutura do Contrato-Programa.
Para além da análise da atividade assistencial, será tam-
bém apresentada uma abordagem de um conjunto de
atividades desenvolvidas durante o ano de 2012, que
contribuíram de forma objetiva para a melhoria nos cui-
dados de saúde, uma otimização de processos-chave e
um aperfeiçoamento do relacionamento no Hospital de
Faro, quer com os seus profissionais, quer com todos os
stakeholders.
(Ver tabela 3)
Evolução da atividade assistencial
Internamento
Análise dos princípios indicadores globais da atividade em internamento
O ano de 2013 foi caraterizado por um incremento signi-
ficativo do n.º de camas, por forma a aproximar a região
do algarve da média nacional do ratio cama/100.000 habi-
tantes. Este fato resultou num aumento de produtividade,
verificando-se mesmo um incremento dos doentes saídos.
A Taxa de Ocupação foi de 86,84%, próxima da taxa ideal
de um hospital com urgências onde a taxa de ocupação
não deverá ser superior a 85%.
No que se refere aos dias de internamento, verificou-se
um crescimento, facto que não se pode dissociar:
• A atividade em regime de ambulatório, onde são
tratadas as patologias menos complexas;
• Doentes onde é protelada a alta médica, ou seja, é
dada alta clínica mas não administrativa.
Naturalmente, a situação acima descrita refletiu-se num
aumento da demora média em quase meio-dia.
(Ver tabela 4)
26
Serviços de prestação de cuidados saúde
Inter. UCI's Hospital de Dia
Urgência Consulta Externa
Cir. Ambul.
MCDT’s Outros
Anestesiologia 24 h · ·Cardiologia · · · 24 h · · Hemodinâmica
Cirurgia Geral · · 24 h · ·Cirurgia Plástica · 24 h · ·Dermatologia · · · · ·Doeças Infecciosas · · · ·Estomatologia · · ·Gastrenterologia · · 24 h · ·Ginecologia/Obstetrícia · · 24 h · · ·Hamatologia Clinica · · ·Imagiologia 24 h ·Imunoalergologia · ·Imuno-Hemoterapia 24 h · ·Medicina Física e de Reabilitação · · ·Medicina · · 24 h ·Nefrologia · · 24 h · ·Neurocirurgia · · 12 h ·Neurologia · · 12 h · ·Oftalmologia · 12 h · · ·Oncologia · · 12 h · ·Ortopedia · · 24 h · · ·Otorrinolaringologia · 12 h · · ·Patologia Clínica 24 h · ·Pediatria · · · 24 h · · Inclui o Centro de
Desenvolvimento
Pneumologia · · 24 h · · ·Psiquiatria · · 12 h · · Equipa de Saúde
Mental Comunitárias
Reumatologia · ·Senologia · ·Uni. C. Intermédios · 24 h Inclui a Unidade AVC
Uni. C. Intensivos · 24 h
Urgência Geral 24 h
Urologia · · 12 h · · ·Tabela 3 – Dispositivo Assistencial ·Existe
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 27
Indicadores 2011 2012 2012 ( jan-jun)
2013 ( jan-jun)
Δ 2013face 2012 (nº)
Δ 2013face 2012(%)
Qua
ntita
tivos
Lotação 503 585 559 578 19 3,40%
Doentes saídos 19.748 18.951 9.385 9.329 56 -0,60%
Dias internamento doentes saídos 171.188 164.714 80.172 82.076 1.904 2,37%
Dias internamento doentes tratados 171.942 174.297 86.225 89.799 3.574 4,14%
Qua
litat
ivos
Demora média 8,71 9,20 9,19 9,63 0,44 4,77%
Taxa ocupação 93,65 81,41 85,22 85,85 0,61 0,72%
Doente cama 39,26 32,39 16,79 16,14 0,65 -3,86%
Readmissões 156 158 85 76 9 -10,59%
Taxa mortalidade 7,16 7,08 8,15 8,31 0 1,92%
Tabela 4 – Evolução dos indicadores quantitativos e qualitativos do internamento
Doentes saídos
O número de DS de janeiro a junho foi de 9.329, indica-
dor que sofreu uma pequena redução face ao período
homólogo. A justificação desta quebra deve-se, em larga
medida, à redução do número de partos que se traduz
diretamente no número de internamentos no serviço de
Obstetrícia.
(Ver tabela 5)
Demora média
A Demora Média (DM) é, ainda hoje, o principal indicador
de gestão dos hospitais, dado o peso do internamento na
respetiva estrutura da despesa. Tratando-se de um indi-
cador do domínio da eficiência, é também um indicador
de qualidade, designadamente pelo risco associado à per-
manência do doente no hospital, com uma possibilidade
acrescida de infeção nosocomial.
Em 2012, a evolução deste indicador no Hospital de Faro é
desfavorável, pois apresenta um aumento de 0,44 dias face
a janeiro – junho de 2012. Esta situação justifica-se por:
• Descida da produção de Obstetrícia, cuja DM geral-
mente se situa em menos de 4 dias;
• Atividade em regime de ambulatório, onde são tra-
tadas as patologias menos complexas;
• Casos em que é protelada a alta hospitalar, ou seja,
situações em que os doentes, após alta clínica, são
mantidos em internamento à espera da resposta da
segurança social ou de outras soluções encontradas
pela própria família.
(Ver tabela 6)
Número de partos
Em 2013 confirma-se a tendência decrescente do nº de par-
tos que já se havia registado em 2012, e consequentemente
uma redução das cesarianas.
(Ver tabela 7)
28
Nº Doentes Saídos por Especialidade
2011 2012 2012 ( jan-jun)
2013 ( jan-jun)
Δ 2013face 2012 (nº)
Δ 2013face 2012(%)
Cardiologia 1.185 1.231 638 611 -27 -4,23%
Dermatologia 9 3 - 4 - -
Doenças Infecciosas 210 203 103 106 3 2,91%
Gastrenterologia 629 613 332 271 -61 -18,37%
Medicina Física e Reabilitação 37 47 23 31 8 34,78%
Medicina 3.176 2.912 1.494 1.534 40 2,68%
Nefrologia 561 422 223 219 -4 -1,79%
Neurologia 295 396 155 237 82 52,90%
Oncologia Médica 410 347 203 121 -82 -40,39%
Pediatria 1.068 1.210 479 527 48 10,02%
Pneumologia 560 666 333 398 65 19,52%
Psiquiatria 604 640 341 284 -57 -16,72%
Cirurgia Geral 2.258 2.204 1.116 1.135 19 1,70%
Cirurgia Plástica 193 188 119 88 -31 -26,05%
Ginecologia 1.124 984 495 581 86 17,37%
Neurocirurgia 374 523 240 252 12 5,00%
Obstetrícia 3.182 2.961 1.398 1.167 -231 -16,52%
Oftalmologia 66 33 23 12 -11 -47,83%
Ortopedia 1.735 1.322 628 725 97 15,45%
Otorrinolaringologia 143 118 78 48 -30 -38,46%
Urologia 1.097 919 479 478 -1 -0,21%
Unidade Cuidados Intermédios 319 481 274 213 -61 -22,26%
Unidade Cuidados Intensivos 98 160 52 105 53 101,92%
Unidade Cuidados Intensivos Coronários 155 150 63 75 12 19,05%
Unidade Cuidados Intensivos Pediátricos 260 218 96 107 11 11,46%
Total 19.748 18.951 9.385 9.329 -56 -0,60%
Tabela 5 – Doentes saídos por especialidade de internamento
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 29
Demora Média 2011 2012 2012 ( jan-jun)
2013 ( jan-jun)
Δ 2013face 2012 (nº)
Δ 2013face 2012(%)
Cardiologia 3,00 3,09 2,76 3,32 0,56 20,31%
Doenças Infecciosas 16,60 17,70 13,74 15,07 1,33 9,67%
Gastrenterologia 8,52 7,37 6,67 7,11 0,45 6,69%
Medicina Física e Reabilitação 28,84 25,74 21,81 18,35 -3,46 -15,87%
Medicina 11,45 13,45 9,51 10,78 1,26 13,26%
Nefrologia 8,35 10,81 9,93 10,61 0,68 6,85%
Neurologia 13,03 9,75 10,72 8,26 -2,45 -22,88%
Oncologia Médica 9,77 9,72 8,67 11,40 2,73 31,54%
Pediatria 5,16 4,63 5,42 4,37 -1,05 -19,36%
Pneumologia 12,67 11,52 11,40 8,84 -2,56 -22,45%
Psiquiatria 20,26 21,35 19,63 23,05 3,42 17,41%
Cirurgia Geral 7,66 8,32 7,58 7,11 -0,47 -6,18%
Cirurgia Plástica 5,10 4,45 4,11 5,99 1,88 45,82%
Ginecologia 3,95 4,08 4,15 4,28 0,12 2,98%
Neurocirurgia 14,69 12,72 11,54 10,28 -1,26 -10,89%
Obstetrícia 3,95 4,05 4,06 4,38 0,32 7,84%
Oftalmologia 2,85 12,06 7,00 10,86 3,86 55,10%
Ortopedia 10,08 12,20 12,42 10,04 -2,38 -19,19%
Otorrinolaringologia 8,82 11,09 8,40 5,85 -2,55 -30,33%
Urologia 5,95 6,91 6,21 6,01 -0,20 -3,23%
Unidade Cuidados Intermédios 4,34 11,17 4,04 2,89 -1,15 -28,46%
Unidade Cuidados Intensivos 10,51 24,79 10,92 8,81 -2,11 -19,32%
Unidade Cuidados Intensivos Coronários 1,79 11,62 1,67 1,57 -0,10 -5,83%
Unidade Cuidados Intensivos Pediátricos 10,51 21,57 13,89 12,96 -0,92 -6,64%
Total 8,66 9,20 9,19 9,63 0,44 4,77%
Tabela 6 - Evolução da Demora Média por Especialidade
Número de partos 2011 2012 2012 ( jan-jun)
2013 ( jan-jun)
Δ 2013face 2012 (nº)
Δ 2013face 2012(%)
Eutócicos 1.537 1.490 655 563 -92 -14,05%
Distócicos - cesariana 943 814 404 355 -49 -12,13%
Distócicos - outros 252 222 144 94 -50 -34,72%
Total 2.732 2.526 1.203 1.012 -191 -15,88%
Tabela 7 - Número de Partos por tipo
30
Intervenções cirúrgicas com origem no internamento
No primeiro semestre de 2013, verificou-se um acrésci-
mo da atividade cirúrgica programada base, que resul-
ta da otimização dos recursos disponíveis. Na verdade,
nesta área o Hospital de Faro depara-se com inúmeras
dificuldades por falta de recursos médicos especializa-
dos, nomeadamente na área da anestesia, o que implica
enormes constrangimentos na gestão operacional do
bloco operatório.
(Ver tabela 8).
Principais grupos de diagnóstico homogéneos em 2013
Em 2013, os GDH’s cirúrgicos aumentaram face ao pe-
ríodo homólogo, mantendo a relevância verificada a
31/12/2012 (cerca de 31%).
A tabela 10 apresenta os 25 GDH’s mais frequentes no
Internamento, comparativamente ao período homólogo.
Gráfico 3 GHD’s cirúrgicos (%)
GDH Cirurgicos GDH Médicos
7.23
2
3.27
5
7.48
4
3.23
7
2012 Jan - jun
2103 Jan - jun
Ambulatório programado
A atividade em regime de ambulatório diminuiu signifi-
cativamente em todas as linhas de atividade.
(Ver tabela 11).
Cirurgia de ambulatório
A atividade cirúrgica de ambulatório em 2013 confirma a
tendência decrescente verificada nos últimos anos, apre-
sentando uma redução na ordem dos 9,84%. Esta quebra é
particularmente acentuada nas especialidades de Cirurgia
Pediátrica e Dermatologia, especialidades onde o hospital
apresenta fortes restrições ao nível dos recursos médicos.
(Ver tabela 12).
Ainda, dentro desta linha de atividade 87% do total pro-
duzido encontra-se entre os 25 GDH’s mais produzidos.
(Ver tabela 13).
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 31
Indicadores 2011 2012 2012 ( jan-jun)
2013 ( jan-jun)
Δ 2013face 2012 (nº)
Δ 2013face 2012(%)
Ciru
rgia
s
Atividade programada (base) 3.944 4.267 2.225 2.546 321 14,43%
Atividade urgente 3.762 3.053 1.591 1.494 -97 -6,10%
Atividade adicional 676 0 0 2 2 -
Total 8.382 7.320 7.320 4.042 226 5,92%
Doe
ntes
Atividade programada (base) 3.059 3.375 3.375 1.958 224 12,92%
Atividade urgente 3.299 2.675 2.675 1.294 -101 -7,24%
Atividade adicional 583 0 0 2 2 -
Total 6.941 6.050 6.050 3.254 125 3,99%
Tabela 8 - Evolução da atividade em cirurgia convencional
Especialidade 2011 2012 2012 ( jan-jun)
2013 ( jan-jun)
Δ 2013face 2012 (nº)
Δ 2013face 2012(%)
Cirurgia Geral 2.328 2.303 1.185 1.181 -4 -0,34%
U.T.C.O. 78 64 7 98 91 1300,00%
Cirurgia Pediátrica Geral 153 66 66 - -66 -100,00%
Cirurgia Pediátrica Urológica 18 10 10 - -10 -100,00%
Cirurgia Plástica e Reconstrutiva 211 209 138 97 -41 -29,71%
Ginecologia 730 777 457 581 124 27,13%
Neurocirurgia 270 312 142 191 49 34,51%
Obstetrícia 1.036 886 442 396 -46 -10,41%
Oftalmologia 59 17 17 - -17 -100,00%
Ortopedia 1.791 1.343 665 780 115 17,29%
Otorrinolaringologia 130 114 81 58 -23 -28,40%
Urologia 993 788 449 393 -56 -12,47%
Senologia 359 295 138 260 122 88,41%
Outras 38 24 19 7 -12 -63,16%
Total 8.382 7.320 3.816 4.042 226 5,92%
Tabela 9 - Número de cirurgias em bloco convencional por especialidade.
32
GDH Designação GDH Tipo 2012 2012jan-jun
2013jan-jun
629Recém-nascido, peso ao nascer > 2499g, sem procedimento significativo em bloco operatório, com diagnóstico de recém-nascido normal
M 2.266 1.070 864
373 Parto vaginal, sem diagnósticos de complicação M 1.306 596 500
541Pneumonia simples e/ou outras pertutbações respiratórias, exceto broquite ou asma com CC major
M 513 274 354
89 Pneumonia e/ou pleurisia simples, idade > 17 anos, com CC M 515 317 298
371 Cesariana, sem CC C 662 319 287
14 Acidente vascular cerebral com enfarte M 446 210 213
127 Insuficiência cardíaca e/ou choque M 274 145 169
372 Parto vaginal, com diagnósticos de complicação M 418 199 154
430 Psicoses M 315 170 151
533Outras perturbações do sistema nervoso, excepto acidente isquémico transitório, convulsões e/ou cefaleias, com CC major
M 242 110 141
359Procedimentos no útero e/ou seus anexos, por carcinoma in situ e/ou doença não maligna, sem CC
C 268 131 141
544 Insuficiência cardíaca congestiva e/ou arritmia cardíaca, com CC major M 165 96 121
219Procedimentos no membro inferior e/ou no úmero, excepto na anca, pé ou fémur, idade >17 anos, sem CC
C 189 98 105
853Procedimentos cardiovasculares percutâneos, com stent eluidor de fármacos, com enfarte agudo do miocárdio
C 189 101 101
816 Gastrenterites não bacterianas e/ou dor abdominal, idade < 18 anos, sem CC M - 56 97
122Perturbações circulatórias com enfarte agudo do miocárdio, sem complicações major, alta vivo
M 128 59 92
494 Colecistectomia laparoscópica, sem exploração do colédoco, sem CC C 209 107 87
211Procedimentos na anca e/ou no fémur, excepto procedimentos articulares major, idade >17 anos, sem CC
C 192 100 87
886 Outros diagnósticos anteparto com procedimento sem BO M - - 85
818 Substituição da anca, excepto por complicações C 164 88 83
311 Procedimentos transuretrais, sem CC C 147 65 83
167 Apendicectomia sem diagnóstico principal complicado, sem CC C 188 85 81
775 Bronquite e/ou asma, idade < 18 anos, sem CC M 156 78 79
467 Outros factores com influência no estado de saúde M - 17 75
381 Abortamento com dilatação e/ou curetagem, curetagem de aspiração e/ou histerotomia C 126 51 68
Tabela 10 - 25 GDH’s Mais frequentes no internamento
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 33
Indicadores 2011 2012 2012 ( jan-jun)
2013 ( jan-jun)
Δ 2013face 2012 (nº)
Δ 2013face 2012(%)
Qua
ntita
tivos
Nº Cirurgias Ambulatório 4.584 2.947 1.788 1.612 -176 -9.84%
Nº Consultas Médicas 207.820 185.157 100.028 96.984 -3.044 -3.04%
Nº 1as Consultas Médicas 61.288 54.235 28.956 29.804 848 2-93%
Nº Sessões 23.010 18.191 9.667 9.230 -437 -4.52%
Qua
litat
ivos
% Cirurgias Ambulatório no total Atividade Cirúrgica Programada
49,78 40,85 44,56 38,77 -5.79 -12.99%
Taxa de Acesso às Consultas Externas
29,78 29,29 28,95 30,73 1.78 6.16%
Nº de Sessões HDI por Doente 4,58 4,75 3,79 3,80 0.02 0.47%
Tabela 11 - Indicadores da atividade programada de ambulatório
Especialidade 2011 2012 2012 ( jan-jun)
2013 ( jan-jun)
Δ 2013face 2012 (nº)
Δ 2013face 2012(%)
Cirurgia Geral 642 692 369 357 -12 -3,25%
Cirurgia Pediátrica Geral 344 155 151 - -151 -100,00%
Cirurgia Pediátrica Urológica 75 27 25 - -25 -100,00%
Cirurgia Plástica e Reconstrutiva 172 331 172 286 114 66,28%
Dermatologia 677 179 145 42 -103 -71,03%
Estomatologia 95 68 32 28 -4 -12,50%
Ginecologia 394 282 168 134 -34 -20,75%
Oftalmologia 1.176 553 299 373 -74 24,75%
Ortopedia 526 282 206 11 -95 -46,12%
Otorrinolaringologia 206 164 87 118 31 35,63%
Pneumologia 32 23 23 12 -11 -47,83%
Urologia 96 45 27 70 43 159,26%
Senologia 148 146 84 81 -3 -3,57%
Total 4.584 2.947 1.788 1.612 -176 -9,84%
Tabela 12 - Número de cirurgias de ambulatório por especialidade
34
GDH Designação GDH Tipo 2012 2012 jan-jun
2013 jan-jun
%
266Enxerto cutâneo e/ou desbridamento, excepto por úlcera da pele ou celulite, sem CC
C 281 176 153 -13,07%
42 Procedimentos intra-oculares, excepto na retina, íris e/ou cristalino C 82 18 121 572,22%
39 Procedimentos no cristalino, com ou sem vitrectomia C 204 130 94 -27,69%
270Outros procedimentos na pele, no tecido subcutâneo e/ou na mama, sem CC
C 137 101 60 -40,59%
40 Procedimentos extra-oculares, excepto na órbita, idade > 17 anos C 85 35 56 60,00%
119 Laqueação venosa e flebo-extracção C 215 54 56 3,70%
262 Biópsia e/ou excisão local da mama por doença não maligna C 132 63 54 -14,29%
162Procedimentos para hérnia inguinal e/ou femoral, idade >17 anos, sem CC
C 171 55 53 -3.64%
6 Descompressão do túnel cárpico C 114 87 49 -43.68%
359Procedimentos no útero e/ou seus anexos, por carcinoma in situ e/ou doença não maligna, sem CC
C 72 40 37 -7.50%
350 Inflamações do aparelho reprodutor masculino M - - 33 -
160Procedimentos para hérnia excepto inguinal e/ou femoral, idade >17 anos, sem CC
C 110 25 31 24,00%
229Procedimentos na mão ou no punho, excepto procedimentos major nas articulações, sem CC
C 16 9 24 166,67%
267 Procedimentos perianais e/ou pilonidais C 41 16 23 43,75%
284 Perturbações minor cutâneas, sem CC M 19 10 22 120,00%
187 Extracções e/ou restaurações dentárias M 53 24 22 -8,33%
60 Amigdalectomia e/ou adenoidectomia, idade < 18 anos C 37 15 21 40,00%
158 Procedimentos no ânus e/ou estomas, sem CC C 31 23 20 -13,04%
55 Procedimentos diversos no ouvido, nariz e/ou garganta C 38 22 19 -13,64%
62 Miringotomia com colocação de tubo, idade < 18 anos C 19 10 18 80,00%
260 Mastectomia subtotal por doença maligna, sem CC C 19 11 18 63,64%
163 Procedimentos para hérnia, idade < 18 anos C 42 33 14 -57,58%
339Procedimentos nos testículos, por doença não maligna, idade > 17 anos
C 12 8 14 75,00%
222 Procedimentos no joelho, sem CC C 573 40 14 -65,00%
466Continuação de cuidados, sem história de doença maligna como diagnóstico adicional
M 45 41 12 -70,73%
Tabela 13 - 25 GDH’s de ambulatório mais produzidos.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 35
Consulta externa
As Consultas Externas registaram um decréscimo de
3,04%, tendo sido realizadas menos 3.044 consultas face
ao período homólogo, sendo que este decréscimo de
atividade resulta, exclusivamente das consultas subse-
quentes, em coerência com os objetivos definidos pela
tutela, que sugere a atribuição de alta aos utente e o
respectivo encaminhamento para os cuidados de saúde
primários, por forma a aumentar a taxa de acesso à 1ª
consulta.
(Ver tabela 14)
O número de primeiras consultas aumentou em 848
consultas (2,93%), melhorando a Taxa de Acesso que se
fixa em 31%.
(Ver tabela 15)
Indicadores de atividade 2011 2012 2012 ( jan-jun)
2013 ( jan-jun)
Δ 2013face 2012 (nº)
Δ 2013face 2012 (%)
Primeiras 61.288 54.235 28.956 29.804 848 2,93%
Seguintes 146.532 130.922 71.072 67.180 -3.892 -5,48%
Total 207.820 185.157 100.028 96.984 -3.044 -3,04%
Tabela 14 - Evolução das consultas externas por tipo
Gráfico 4 Evolução das consultas por origem de referência (%)
Cuidadosde saúde
Urgências Interna-mento
Hospitalde dia
Consultaprivada
Outros
12,5
4
11,7
9
11,1
2
9,60
0,07
0,09
2,55
1,98
41,6
7
41,8
0
32,0
5
34,7
3
2012
2013
36
Especialidade 2011 2012 2012jan-jun
2013 jan-jun
Δ 2013face 2012 (nº)
Δ 2013face 2012 (%)
Anestesiologia 5.428 3.612 1.850 2.029 179 9,68%
Cardiologia 7.065 6.891 3.642 3.358 -284 -7,80%
Cirurgia Geral 16.013 12.821 5.996 7.169 1.173 19,56%
Cirurgia Plástica 2.331 2.175 1.133 1.379 246 21,71%
Dermatologia 8.090 4.889 2.727 2.495 -232 -8,51%
Doenças Infeciosas 4.405 4.519 2.167 2.508 341 15,74%
Endocrinologia 298 295 0 0 - -
Estomatologia 2.423 2.919 1.606 1.709 103 6,41%
Gastrenterologia 11.181 10.261 5.444 5.329 -105 -2,11%
Genética 206 112 36 48 12 33,33%
Ginecologia 7.911 7.660 4.221 4.046 -175 -4,15%
Hematologia Clinica 10.746 7.322 797 1.000 203 25,47%
Imunoalergologia 1.547 1.750 911 959 48 5,27%
Imuno-hemoterapia 10.415 9.924 5.108 5.351 243 4,76%
Medicina Física e Reabilitação 6.448 7.676 4.063 3.934 -129 -3,17%
Medicina 10.594 9.927 5.338 5.542 204 3,82%
Nefrologia 6.644 5.518 3.085 2.569 -516 -16,73%
Neurocirurgia 3.777 2.193 987 1.436 449 45,49%
Neurologia 3.189 3.240 1.664 2.042 378 22,72%
Obstetrícia 10.228 9.726 5.182 4.668 -514 -9,92%
Oftalmologia 10.261 7.960 3.813 4.249 436 11,43%
Oncologia Médica 8.428 10.017 4.949 4.988 39 0,79%
Ortopedia 15.774 11.589 6.133 5.137 -996 -16,24%
Otorrinolaringologia 5.813 5.616 6.935 4.702 -2.233 -32,20%
Pediatria 8.436 9.750 6.072 5.255 -818 -13,47%
Pneumologia 5.305 5.632 2.757 3.292 535 19,41%
Psiquiatria 10.285 9.710 7.154 4.694 -2.460 -34,39%
Radiologia - 43 0 160 160 %
Reumatologia 1.226 1.166 628 1.212 584 92,99%
Senologia 6.466 4.947 2.723 2.854 131 4,81%
Urologia 5.426 4.679 2.577 2.545 -32 -1,24%
Medicina no Trabalho 1.461 661 329 325 -4 -1,22%
Total 207.820 185.157 100.028 96,984 -3.044 -3,04%
Tabela 15 - Número de consultas externas por especialidade
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 37
Especialidade 2011 2012 2012jan-jun
2013 jan-jun
Δ 2013face 2012 (nº)
Δ 2013face 2012 (%)
Anestesiologia 2.846 1.821 871 1.053 182,00 20,90%
Cardiologia 2.437 2.253 1.263 1.007 -256,00 -20,27%
Cirurgia Geral 6.844 5.527 2.520 3.112 592,00 23,49%
Cirurgia Plástica 700 735 383 424 41,00 10,70%
Dermatologia 3.491 2.335 1.295 1.165 -130,00 -10,04%
Doenças Infeciosas 495 658 281 464 183,00 65,12%
Endocrinologia 81 86 - - - -
Estomatologia 951 1.058 568 961 393,00 69,19%
Genética 3.005 60 7 32 25,00 357,14%
Gastrenterologia 160 2.607 1.408 1.692 284,00 20,17%
Ginecologia 2.530 2.274 1.283 1.204 -79,00 -6,16%
Hematologia Clinica 739 602 129 149 20,00 15,50%
Imunoalergologia 264 276 185 149 -6,00 -19,46%
Imuno-Hemoterapia 1.951 1.544 838 641 -197,00 -23,51%
Medicina Física e Reabilitação 2.050 2.650 1.385 1.420 35,00 2,53%
Medicina 2.771 2.454 1.352 1.417 65,00 4,81%
Nefrologia 1.148 979 571 474 - 97,00 -16,99%
Neurocirurgia 1.111 951 420 631 211,00 50,24%
Neurologia 1.289 1.287 635 862 227,00 35,75%
Obstetrícia 4.694 4.460 2.446 2.144 - 302,00 -12,35%
Oftalmologia 3.271 2.635 1.342 1.710 368,00 27,42%
Oncologia Médica 1.132 1.483 644 814 170,00 26,40%
Ortopedia 6.791 5.120 2.709 2.372 - 337,00 -12,44%
Otorrinolaringologia 2.941 2.709 1.792 1.280 - 512,00 -28,57%
Pediatria 2.771 2.878 2.075 1.504 - 571,00 -27,52%
Pneumologia 1.187 1.309 691 752 61,00 8,83%
Psiquiatria 806 733 368 365 -3,00 -0,82%
Radiologia - - - 160 160,00 -
Reumatologia 233 226 126 380 254,00 201,59%
Senologia 1.011 1.116 587 603 16,00 2,73%
Urologia 1.476 1.290 717 786 69,00 9,62%
Medicina no Trabalho 112 119 65 77 12,00 18,46%
Total 61.288 54.235 28.956 29.804 848,00 2,93%
Tabela 16 - Número de primeiras consultas externas por especialidade
38
Hospital de Dia
O Hospital de Dia registou um decréscimo de 437 sessões,
menos 4,52% que em igual período de 2012.
(Ver tabela 17)
3,79
3,80
2.55
3
2.42
6
Gráfico 10 Evolução de sessões por doente
2012 2013
Gráfico 11 Doentes tratados
2012 2013
Serviço de urgência
Os hospitais têm pouca capacidade de intervenção no
que se refere à procura do serviço de urgência, o que
não deixa de se traduzir numa limitação do planeamento
desta atividade.
Mantendo a tendência decrescente verificada no ano
2012, o número de atendimentos baixou, na generalida-
de do Serviço de Urgência (1,92%), com uma redução de
1.285 atendimentos.
Pese embora se tenha verificado uma redução na pro-
dução do Serviço de Urgência, em termos absolutos
verificou-se uma redução do número de óbitos, e uma
redução muito significativa do número de Utentes que
não responderam, sugerindo um aproveitamento mais
otimizado nos recursos existentes
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 39
Especialidade 2011 2012 2012jan-jun
2013 jan-jun
Δ 2013face 2012 (nº)
Δ 2013face 2012 (%)
Doenças infeciosas 3.486 433 261 216 - 45 -17,24%
Hematologia clínica 641 819 375 481 106 28,27%
Hemodialise 3.439 2.966 1.564 1.646 82 5,24%
Nefrologia 711 595 296 290 - 6 -2,03%
Oncologia (s/quimioterapia) 5.096 3.908 2.023 1.093 - 930 -45,97%
Outros 4.076 4.129 2.164 1.857 - 307 -14,19%
Pediatria 2.043 1.657 930 1.064 134 14,41%
Pneumologia 756 949 454 444 - 10 -2,20%
Psiquiatria 2.762 2.735 1.600 2.139 539 33,69%
Total 23.010 18.191 9.667 9.230 - 437 -4,52%
Tabela 17 - Número de sessões no Hospital de Faro por especialidade
Atividade no Serviço de Urgência 2011 2012 2012jan-jun
2013 jan-jun
Δ 2013face 2012 (nº)
Δ 2013face 2012 (%)
Geral 90.130 77.435 38.584 38.013 -571 -1,48%
Pediátrica 48.540 43.931 23.458 23.470 12 0,05%
Obstetrícia/Ginecologia 11.380 9.937 4.963 4.237 -726 -14,63%
TOTAL 150.050 131.303 67.005 65.720 -1.285 -1,92%
Tabela 18 - Número de sessões no Hospital de Faro por especialidade
Destino da Urgência Geral 2011 2012 2012jan-jun
2013 jan-jun
Δ 2013face 2012 (nº)
Δ 2013face 2012 (%)
Exterior 50.506 41.284 20.893 19.556 -1.337 -6,40%
Internamento 10.583 10.465 5.364 5.360 -4 -0,07%
Falecidos 376 358 198 168 -30 -15,15%
Transferidos Out. Hospitais 1.652 1.492 698 704 6 0,86%
Consulta Externa 10.160 8.860 4.503 4.491 -12 -0,27%
Centro Saúde 12.272 10.745 5.083 5.306 223 4,39%
Abandono 1.877 1.665 759 575 -184 -24,24%
Não respondeu 2.703 1.904 772 1.160 388 50,26%
Tabela 19 - Destino dos doentes atendidos
40
Meios complementares de diagnóstico
Realizados no Hospital de Faro
As técnicas realizadas no Hospital revelam uma dimi-
nuição em linha com a quebra registada nas diferentes
linhas de produção. De registar que todas as linhas de
atividade diminuíram a sua produção, contudo existe um
decréscimo de exames associados ainda mais expressivo,
indicando, portanto, uma utilização mais criteriosa dos
recursos disponíveis.
(Ver tabela 20)
Realizados no exterior
Os exames requisitados ao exterior registaram em 2012
um aumento expressivo no âmbito da Consulta Externa,
que se deve em larga medida a exames de Imagiologia. O
aumento desta atividade resulta da carência de recursos
médicos da especialidade, conjugada com da suspensão
da atividade adicional interna.
(Ver tabela 21)
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 41
MCDT`s por área requisitante 2011 2012 2012jan-jun
2013 jan-jun
Δ 2013face 2012 (nº)
Δ 2013face 2012 (%)
Hospital de Dia 84.652 72.973 38.468 40.904 2.436 6,33%
Urgência 671.171 587.095 314.966 309.995 -4.971 -1,58%
Consulta Externa 596.230 575.492 334.583 311.280 -23.303 -6,96%
Internamento 529.106 466.092 257.379 250.593 -6.786 -2,64%
Laboratórios 19.341 5.630 3.633 3.014 -619 -17,04%
Total 1.900.500 1.707.282 949.029 915.786 -33.243 -3,50%
Tabela 20 - Realizados no Hospital de Faro
MCDT`s por área requisitante
2011 2012 2012jan-jun
2013 jan-jun
Δ 2013face 2012 (nº)
Δ 2013face 2012 (%)
Hospital de Dia 250 220 131 138 7 5,34%
Urgência 129 195 100 41 - 59 -59,00%
Consulta Externa 8.771 14.640 6.956 7.787 831 11,95%
Internamento 2.297 2.241 1.095 850 - 245 -22,37%
Laboratórios 17.432 16.814 10.074 7.229 - 2.845 -28,24%
Total 28.879 34.110 18.356 16.045 - 2.311 -12,59%
Tabela 21 - Realizados no exterior
42
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 43
Capítulo 5Análise Económico-Financeira
No que se refere à politica económico-financeira, hou-
ve uma continuidade ao caminho iniciado em 2012, ano
onde se verificou uma alteração ao nível da gestão, pas-
sando a gestão orçamental e ser um fator decisivo no
momento da tomada de decisão.
À semelhança dos capitulos anteriores, também este terá
uma base de comparação com o período homólogo, con-
tudo devemos ressalvar que existem limitações na análise
dos dados, uma vez que há operações apenas efetuadas
adequando o fecho do ano, pelo que no mês de junho de
2012 não existem registos como é o caso das provisões;
acerto dos inventários e algumas especializações quer do
lado dos custos quer do lado dos proveitos.
Pela análise da tabela 22, verifica-se que, apesar dos
esforços de contenção de despesa, o Hospital de Faro,
continuava a apresentar resultados negativos:
Resultados 2011 (€)
∆ 2012 (€)
∆ 2013 jan - jun
(€)
Resultados operacionais -18.916.560,19 54,44% -8.618.805,73 30,47% -5.993.085,13
Resultados financeiros -871.559,06 57,54% -370.083,82 -3,54% -383.180,47
Resultados correntes -19.788.119,25 54,57% -8.988.889,55 29,07% -6.376.265,60
Resultados antes de impostos -17.034.106,40 67,57% -5.523.671,17 -16,63% -386.076,44
Resultado líquido do exercício -17.047.387,00 67,53% -5.535.277,25 -16,27% -288.867,24
EBITDA -13.779.843,92 100,00% -2.016.417,11 -71,28% -3.453.686,92
Tabela 22 – Análise económico-financeira.
Estrutura dos custos
Apesar das limitações de comparação com o período
homólogo, ressalve-se a redução verificada ao nível dos
consumos, onde os mesmos diminuiram 822.705,24 €
(-4,66%). Ao nível dos custos com pessoal o acréscimo
de despesa resulta do pagamento por duodécimos do
subsídio de Natal, sendo que em 2012 não se efetou o
pagamento deste subsídio.
Importa referir que os custos com pessoal e com as
CMVMV representaram no seu conjunto 77,79%, sendo
que neste hospital os FSE apresentam também um peso
significativo devido essencialmente à necessidade de
contratar serviços médicos em regime de prestação de
serviços para colmatar carência de especialistas.
(Ver tabela 24)
44
Resultados Operacionais
Resultados Financeiros
Resultados Correntes
Resultados Antes de Impostos
Resultado Líquido do
Exercício
EBITDA
2011 -18.916.560,19 -871.559,06 -19.788.119,25 -17.034.106,40 -17.047.387,00 -13.779.843,92
2012 -8.618.805,73 -370.083,82 -8.988.889,55 -5.523.671,17 -5.535.227,25 -2.016.417,11
2013 jan-jun
-5.993.085,13 -383.180,47 -6.376.265,60 -6.442.116,75 -6.436.127,24 -3.453.686,92
Gráfico 13 Resultados económico-financeiros
0
-5000000
-10000000
-15000000
-20000000
2011
2012
2013
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 45
Conta Designação 2011 (€)
∆(%)
2012 (€)
∆ 2012 Jan-jun
(€)
∆ 2013 Jan-jun
(€)
CUSTOS E PERDAS
61Custo das merc. vendidas e das mat. consumidas
41.470.267,47 -21,85% 32.409.413,07 € -45,57% 17.639.903,34 € -4,66% 16.817.198,10 €
62Fornecimentos e serviços externos
27.515.803,68 -13,14% 23.899.204,75 € -69,62% 7.260.572,67 € 21,05% 8.789.005,01 €
Sub-Total 68.986.071,15 -18,38% 56.308.617,82 € -55,78% 24.900.476,01 € 2,83% 25.606.203,11 €
CUSTOS COM PESSOAL
641+642 Remunerações 52.649.477,57 -4,24% 50.418.560,06 € -55,33% 22.523.763,36 € 6,39% 23.962.548,63 €
643/4/5/6/7/8 Encargos Sociais 8.992.313,24 -4,41% 8.595.690,15 € -57,94% 3.615.213,14 € 34,42% 4.859.616,71 €
Sub-Total 61.641.790,81 -4,26% 59.014.250,21 € -55,71% 26.138.976,50 € 10,27% 28.822.165,34 €
66Amortizações e ajustamentos do exercício
4.314.978,88 -3,12% 4.180.260,28 € -48,53% 2.151.393,92 € -11,81% 1.897.303,08 €
67 Provisões 821.737,39 194,76% 2.422.128,34 € -100,00% 0,00 € - 642.095,13 €
65Outros custos e perdas operacionais
162.960,55 -7,25% 151.150,96 € -56,93% 65.097,03 € -2,77% 63.295,11 €
(A) 135.927.538,78 -10,19% 122.076.407,61 € -56,37% 53.255.943,46 € 7,09% 57.031.061,77 €
68 Juros e custos similares: 876.985,39 4,87% 919.726,91 € -53,52% 427.477,11 € 0,93% 431.465,86 €
(C) 136.804.524,17 -10,09% 122.996.134,52 € -56,35% 53.683.420,57 € 7,04% 57.462.527,63 €
69Custos e perdas extraordinários
2.015.435,67 -47,09% 1.066.268,25 € -51,25% 519.851,72 € 131,85% 1.205.268,27 €
(E) 138.819.959,84 -10,63% 124.062.402,77 € -56,31% 54.203.272,29 € 8,24% 58.667.795,90 €
86Imposto sobre o rendimento do exercício
13.280,60 -12,61% 11.606,08 € -100,00% 0,00 € - 97.209,20 €
(G) 138.833.240,44 -10,63% 124.074.008,85 € -56,31% 54.203.272,29 € 8,25% 58.673.785,41 €
88 Resultado líquido do exercício -17.047.387,00 -67,53% -5.535.277,25 € -49,84% -2.776.260,98 € 131,83% -386.076,44 €
Total Geral 121.785.853,44 -67,53% 118.538.731,60 € -56,62% 51.427.011,31 € 1,58% 58.378.928,66 €
PROVEITOS E GANHOS
71 + 72Vendas e Prestações de serviços
111.476.821,26 -3,71% 107.338.565,09 € -54,23% 49.124.787,95 € -2,70% 47.798.963,70 €
74Transf. e Subs. Correntes Obtidos
89.402,09 79,55% 160.519,60 € -78,82% 34.000,00 € -40,00% 20.400,00 €
73 + 76Outros proveitos e ganhos operacionais
5.444.755,24 9,44% 5.958.517,19 € -64,74% 2.100.981,05 € 53,20% 3.218.612,94 €
(B) 117.010.978,59 -3,04% 113.457.601,88 € -54,82% 51.259.769,00 € -0,43% 51.037.976,64 €
78 Juros e proveitos similares 5.426,33 10029,19 549.643,09 € -85,59% 79.206,33 € -39,04% 48.285,39 €
(D) 117.016.404,92 -2,57 114.007.244,97 € -54,97% 51.338.975,33 € -0,49% 51.086.262,03 €
79Proveitos e ganhos extraordinários
4.769.448,52 -4,99 4.531.486,63 € -98,25% 79.206,33 € 1346,10% 7.292.666,63 €
(F) 121.785.853,44 -2,67 118.538.731,60 € -56,62% 51.418.181,66 € 1,58% 58.378.928,66 €
Tabela 23 - Demonstração comparativa de resultados por naturezas
46
Gráfico 14 Estrutura dos custos (%)
Custo dasMercadoriasVendidas edas MatériasConsumidas
Fornecimentose ServiçosExternos
Custos comPessoal
Amortizaçõesdo ImobilizadoCorpóreo eIncorpóreo
Provisões doexercício
OutrosCustos ePerdasOperacionais
Juros eCustosSimilares
Custose PerdasExtraordinários
32,5
4
28,6
7
13,4
0
14,9
8
48,2
2
49,1
3
0,12
0,11
3,97
3,23
0,79
0,74
0,00
1,09
0,96
2,05
Jan-jun 2012
Jan-jun 2013
Designação2011 ∆ 2012 ∆ 2012
Jan-jun∆ 2013
Jan-jun
Custo das Merc. vendidas e das Matérias consumidas
41.470.267,47 € -21,85% 32.409.413,07 € -45,57% 17.639.903,34 € -4,66% 16.817.198,10 €
Fornecimentos e serviços externos 27.515.803,68 € -13,14% 23.899.204,75 € -69,62% 7.260.572,67 € 21,05% 8.789.005,01 €
Custos com pessoal 61.641.790,81 € -57,60% 59.014.250,21 € -55,71% 26.138.976,50 € 10,27% 28.822.165,34 €
Amortizações do Imob. corpóreo e incorpóreo
4.314.978,88 € -3,12% 4.180.260,28 € -48,53% 2.151.393,92 € -11,81% 1.897.303,08 €
Provisões do exercício 821.737,39 € 194,76% 2.422.128,34 € -100,00% 0,00 € 642.095,13 €
Outros custos e perdas operacionais 162.960,55 € -7,25% 151.150,96 € -56,93% 65.097,03 € -2,77% 63.295,11 €
Juros e custos similares 876.985,39 € 4,87% 919.726,91 € -53,52% 427.477,11 € 0,93% 431.465,86 €
Custos e perdas extraordinários 2.015.435,67 € -47,09% 1.066.268,25 € -51,25% 519.851,72 € 131,85% 1.205.268,27 €
Total 138.819.959,84 € -34,31% 124.062.402,77 € -56,31% 54.203.272,29 € 8,24% 58.667.795,90 €
Tabela 24 - Mapa comparativo de custos
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 47
Custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
Os CMVMC apresentam uma redução de despesa de
822.705,24 €, sendo a maior redução absoluta nos pro-
dutos farmacêuticos (-417.413,93€), seguido do material
consumo clínico (-356.126,74€).
Os resultados globais alcançados resultam sobretudo da
adoção de medidas gestionárias, das quais destacamos:
• Reforço e otimização das competências da Comissão
de Farmácia e Terapêutica na justificação das tera-
pêuticas adotadas;
• Renegociação dos protocolos relativos aos grupos
fármaco-terapêuticos de maior volume financeiro.
(Ver tabela 25);
(Ver gráfico 15)
Produtos farmacêuticos
Dado que a despesa com medicamentos é a principal
componente dos CMVMC, merece uma análise mais por-
menorizada.
Da análise da tabela abaixo conclui-se que apenas a far-
mácia que manipula os medicamentos oncológicos (ci-
totóxicos) é que apresenta um aumento de consumos.
A farmácia de ambulatório é a que apresenta o maior
consumo de medicamentos hospitalares (68,35%). Estes
consumos estão essencialmente relacionados com a dis-
pensa gratuita de medicamentos, e ainda com os medi-
camentos consumidos no hospital de dia de oncologia.
(Ver tabela 26)
(Ver gráfico 16)
48
Gráfico 15 Evolução dos produtos farmacêuticos (%)
73,8
7
81,2
3
82,7
2
24,6
9
17,3
3
16,0
6
1,44
1,44
1,22
Produtos farmacêuticos
Material de consumo clínico
Outros consumos
2012
jan-jun 2012
jan-jun 2013
Designação 2012 ∆ Jan-Jun 2012 ∆ Jan-Jun 2013
Produtos farmacêuticos 25.237.309,45 € -43,22% 14.329.319,01 € -2,91% 13.911.905,08 €
Medicamentos 22.793.380,01 € -42,59% 13.086.366,81 € -3,04% 12.687.991,02 €
Reagentes e produtos de diagnóstico rápido 2.011.361,81 € -50,28% 1.000.031,08 € 3,24% 1.032.400,71 €
Outros produtos farmacêuticos 432.567,63 € -43,84% 242.921,12 € -21,16% 191.513,35 €
Material de consumo clínico 6.705.321,84 € -54,42% 3.056.476,50 € -11,65% 2.700.349,76 €
Material de penso 214.011,21 € -46,67% 114.130,79 € -5,31% 108.069,77 €
Material de artigos cirurgicos 598.495,66 € -53,62% 277.569,42 € 3,02% 285.942,06 €
Material clínico de tratamento 1.827.384,26 € -51,70% 882.675,71 € -8,90% 804.076,46 €
Material de electromedecina 107.222,07 € -51,21% 52.309,32 € 2,96% 53.857,78 €
Material de laboratório 160.436,59 € -47,22% 84.674,97 € -29,93% 59.329,31 €
Material de próteses 2.033.750,48 € -64,09% 730.344,73 € -22,08% 569.077,69 €
Material de osteosintese 327.419,81 € -53,90% 150.947,12 € -56,57% 65.556,91 €
Outro 1.436.601,76 € -46,83% 763.824,44 € -1,23% 754.439,78 €
Produtos alimentares 65,13 € -38,80% 39,86 € 13,12% 45,09 €
Material de consumo hoteleiro 263.583,81 € -50,23% 131.183,18 € -5,01% 124.614,39 €
Material de consumo administrativo 181.594,50 € -39,17% 110.471,77 € -31,96% 75.166,84 €
Material de manutenção e conservação 21.538,34 € -42,37% 12.413,02 € -58,78% 5.116,94 €
Total 32.409.413,07 € -45,57% 17.639.903,34 € -4,66% 16.817.198,10 €
Tabela 25 - Custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 49
Tipo Farmácia 2011 2012 € %
Farmácia 3.570.268,25 2.884.086,96 € -686.181,29 € -19,22%
Farmácia ambulatório 8.668.973,30 8.671.919,56 € 2.946,26 € 0,03%
Farmácia citotóxicos 847.125,26 1.131.984,50 € 284.859,24 € 33,63%
Total 13.086.366,81 € 12.687.991,02 € -398.375,79 € -3,04%
Tabela 26 – Consumo de produtos farmacêuticos
Gráfico 16 Consumo de medicamentos por tipo - Farmácia
3.570.268,25 €
8.668.973,30 €
847.125,26 €
2.884.086,96 €
8.671.919,56 €
1.131.984,50 €
Farmácia
Farmácia de ambulatório
Farmácia de citotóxicos
jan-jun 2012
jan-jun 2013
50
Fornecimento e
serviços externos
Os fornecimentos e serviços externos (FSE) apresenta-
ram em junho de 2013, custos no valor de 8.789.005,01 €,
no entanto, verifica-se um crescimento de 1.528.432,34€
face a junho de 2012. Contudo, esta conta não é compa-
rável com o período homólogo pelo facto de existirem
operações que são apenas efectuadas no fecho do ano
económico. No entanto, com o encerramento da Institui-
ção do HFAro, há registos efetuados em Junho de 2013
que em 2012 apenas se verificaram em dezembro. As-
sim, dado que os dados não são comparáveis limitamo-
nos a apresentar os números.
(Ver gráfico 18)
(Ver tabela 27)
Material consumo clínico
Os custos com material de consumo clínico, no exer-
cício em análise, apresentam uma redução de 11,65%
(-356.126,74€), resultantes da diminuição da despe-
sa com próteses (-161.267,04 €); material osteosintese
(-85.390,21€) e material clinico de tratamento (-78.599,25€).
Esta redução de despesa fica-se essencialmente a dever
à adopção das seguintes medidas :
• Controlo na introdução de novos produtos, garan-
tindo que os mesmos são objeto de uma correta
avaliação técnica e económica, ao mesmo tempo
que se programa a substituição de outros;
(Ver gráfico 17)
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 51
Gráfico 17 Evolução do material de consumo clínico (%)
2,83
3,19
3,73
4,00
8,55
8,93
9,08
10,5
9
25,1
527
,25
28,8
829
,78
2,17
1,60
1,71
1,99
1,91
2,39
2,77
2,20
33,5
030
,33
23,8
921
,07
4,24
4,88
4,94
2,43
21,6
321
,42
24,9
927
,94
Material de penso
Material de artigos cirúrgicos
Material clínico de tratamentos
Material de eletromedicina
Material de laboratório
Material de próteses
Material de osteosíntese
Outro
2011
2012
jan-jun 2012
jan-jun 2013
38,4
1
40,7
4
46,8
7
30,4
4
6,52
13,9
8
9,56
11,0
5
3,55
3,60
2,17
4,20
48,9
8
40,9
4
41,1
0
54,2
5
2,53
0,73
0,30
0,06
Gráfico 18 Evolução dos fornecimentos e serviços externos (%)
Subcontratos FSE I FSE II FSE III Outros FSE
2011
2012
jan-jun 2012
jan-jun 2013
52
Designação 2011 ∆ 2012 ∆ Jan-Jun 2012 ∆ Jan-Jun 2013
Fornecimentos e Serviços Externos
27.515.803,68 € -13,14% 23.899.204,75 € -69,62% 7.260.572,67 € 21,05% 8.789.005,01 €
Subcontratos 10.569.637,68 € 5,98% 11.201.513,03 € -80,27% 2.210.162,67 € 62,01% 3.580.766,85 €
Realizados em entidades MS
2.005.435,74 € 164,27% 5.299.736,38 -94,40% 296.794,82 € 276,50% 1.117.426,20 €
Outras Entidades 8.564.201,94 € -31,09% 5.901.776,65 -67,58% 1.913.367,85 € 28,74% 2.463.340,65 €
FSE I 1.794.623,45 € 27,28% 2.284.111,95 € -64,88% 802.085,55 € 53,24% 1.229.122,24 €
Eletricidade 838.492,15 € 26,46% 1.060.330,58 € -69,20% 326.627,16 € 57,43% 514.201,17 €
Combustíveis 279.854,79 € -86,02% 39.126,39 € -85,18% 5.797,05 € 329,94% 24.924,11 €
Água 524.549,54 € 16,30% 610.026,94 € -59,93% 244.444,57 € 33,00% 325.105,72 €
Outros fluidos 0,00 € - 387.431,67 € -54,59% 175.938,29 € 66,22% 292.451,86 €
Ferramentas e utensílios de desgaste rápido
1.126,38 € 331,13% 4.856,17 € -86,93% 634,76 € 577,87% 4.302,85 €
Livros e documentação técnica
10.473,06 € -55,99% 4.608,68 € -83,47% 762,00 € 12,20% 855,00 €
Material de escritório 5.178,00 € 168,52% 13.904,01 € -77,78% 3.090,04 € -23,11% 2.375,90 €
Artigos para oferta 86,83 € -100,00% 0,00 € - 0,00 € - 0,00 €
Rendas e alugueres 134.862,70 € 21,48% 163.827,51 € -72,66% 44.791,68 € 44,91% 64.905,63 €
Despesas de representação
0,00 € - 0,00 € - 0,00 € - 0,00 €
FSE II 977.979,51 € -46,91% 519.209,53 € -41,32% 304.675,30 € 3,97% 316.784,28 €
Comunicação 232.318,08 € -25,55% 172.950,34 € -56,94% 74.477,73 € -32,28% 50.437,53 €
Seguros 3.108,88 € 74,90% 5.437,48 € -70,34% 1.612,83 € 58,81% 2.561,36 €
Royalties 0,00 € - 0,00 € - 0,00 € - 0,00 €
Transportes de mercadorias
11,28 € 6764,27% 774,29 € -100,00% 0,00 € - 81,90 €
Transportes de pessoal 23,76 € -100,00% 0,00 € - 0,00 € - 0,00 €
Deslocações e estadias 54.604,74 € -50,89% 26.814,34 € -70,07% 8.025,71 € 41,23% 11.334,35 €
Comissões 0,00 € - 0,00 € - 0,00 € - 0,00 €
Honorários 687.912,77 € -54,47% 313.233,08 € -29,59% 220.559,03 € 14,42% 252.369,14 €
FSE III 13.478.134,81 € -27,12% 9.822.520,52 € -59,90% 3.938.971,92 € -8,66% 3.597.941,21 €
Contencioso e notariado 1.885,06 € 18,84% 2.240,20 € -76,64% 523,20 € 703,86% 4.205,80 €
Conservação e reparação
2.354.049,20 € -2,49% 2.295.444,38 € -54,69% 1.040.144,26 € -22,92% 801.710,05 €
Publicidade e propaganda
5.432,03 € 232,87% 18.081,61 € -80,21% 3.579,06 € 54,31% 5.522,79 €
Limpeza, higiene e conforto
498.981,65 € -0,51% 496.420,93 € -57,11% 212.897,85 € 17,55% 250.269,93 €
Vigilância e segurança 644.771,01 € -16,69% 537.156,32 € -62,17% 203.231,45 € 1,99% 207.271,54 €
Trabalhos especializados 9.973.015,86 € -35,09% 6.473.177,08 € -61,71% 2.478.596,10 € -6,04% 2.328.961,10 €
Outros fornecimentos e serviços
695.428,23 € -89,67% 71.849,72 € -93,49% 4.677,23 € 1276,68% 64.390,43 €
Tabela 27 - Mapa comparativo de custos
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 53
Estrutura dos proveitos
Os proveitos em junho de 2013 apresentaram um cresci-
mento de 13,52 % face ao período homólogo.
Ressalve-se que o hospital apresentou atrasos signifi-
cativos na faturação do CP, pelo que os proveitos SNS
resultaram de uma estimativa de atividade, sendo os
mesmos são previsionais.
Em resultado da descida dos preços unitários, assim
como da diminuição da atividade, os proveitos referen-
tes à prestação de serviços apresenta uma redução de
2,70% (-1.325.824,25€).
(Ver tabela 29)
(Ver gráfico 20)
Custos com pessoal
Os custos com pessoal, tal como atrás referido, é a rú-
brica com maior peso relativo, à semelhança de anos an-
teriores.
Até junho de 2013 verifcou-se um acréscimo do custo
de 10,27% (2.683.188,84€), contudo o aumento resulta
essencialmente da aplicação da Lei do Orçamento de Es-
tado para 2013, sobretudo pelo pagamento do subsídio
de Natal por duodécimos.
Apesar do acréscimo de despesa, existem reduções sig-
nificativas nas rubricas que dependem exclusivamente
de medidas gestionários, como é o caso de:
• Redução de trabalho extraordinário, quer em pre-
sença física, na ordem dos 10% (-205.057,56€), quer
em prevenção, na ordem dos 42% (-259.523,76€);
As medidas adoptadas de relevância financeira são:
• Contratualização de pessoal de enfermagem em de-
trimento do recurso a horas extraordinárias;
• Revisão das escalas do Serviço de Urgência, man-
tendo os níveis de cuidados diferenciados atual-
mente prestados, com vista à otimização, dos recur-
sos humanos disponíveis;
• Monitorização e revisão dos contratos de prestação
de serviços médicos. Avaliação dos contratos de
prestação de serviços médicos, por áreas clínicas,
tendo sempre presente a otimização dos recursos
existentes por forma a diminuir os custos. Os contra-
tos celebrados obedecem às regras definidas pelos
normativos legais em vigor, nomeadamente no que
se refere ao custo unitário por hora.
(Ver tabela 28)
(Ver gráfico 19)
54
Gráfico 19 Remuneração do pessoal
3528
9352
,2
1597
3738
,95
1639
9991
,19
3495
6573
,99
1342
4882
,15
6031
752,
21
4606
047,
14
1161
8499
,07
3511
555,
21
3569
59,3
5
2790
612,
94
3445
612,
37
1584
17,6
3
5730
7,78
6010
1,20
1304
52,9
1
3167
666,
65
1610
899,
08
1059
544,
76
3178
305,
78
1497
294,
62
6207
24,1
7
3612
00,4
1
1134
427,
60
4735
283,
17
2017
530,
88
1812
473,
32
4083
552,
95
Remunerações base do pessoal
Suplementos remuneratórios
Horas extraordinárias
Prevenções Prestações sociais diretas
Noites e suplementos
Subsídios de férias e de natal
Designação 2011 ∆ 2012 ∆ Jan-Jun 2012 ∆ Jan-Jun 2013
Remunerações dos Orgãos Directivo
265.270,36 € -11,44% 234.930,74 € -55,73% 104.005,07 € 1,72% 105.796,16 €
Remuneração do Pessoal 52.384.207,21 € -4,23% 50.170.467,78 € -55,31% 22.419.758,29 € 6,41% 23.856.752,47 €
Pensões 756.488,46 € -93,79% 47.010,52 € -52,48% 22.338,88 € 150,00% 55.846,57 €
Encargos S/Remunerações 7.498.775,72 € -2,89% 7.282.270,20 € -55,00% 3.277.229,88 € 39,04% 4.556.721,50 €
Seg. Acidentes Trabalho 214.480,82 € -5,54% 202.602,21 € -54,11% 92.974,30 € -8,62% 84.960,82 €
Encargos Sociais Voluntários
238.031,86 € -21,35% 187.219,62 € -52,16% 89.557,48 € -42,20% 51.762,98 €
Outros Custos com Pessoal 284.536,38 € -7,51% 263.162,92 € -49,42% 133.112,60 € -17,12% 110.324,84 €
Total Geral 61.641.790,81 € -5,28% 58.387.663,99 € -55,23% 26.138.976,50 € 10,27% 28.822.165,34 €
Tabela 28 - Custos com pessoal.
2011
2012
jan-jun 2012
jan-jun 2013
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 55
91,5
4
91,5
1
95,5
2
90,5
5
0,57
0,59
0,48
0,66
0,07
0,04
0,07
0,14
3,90
5,57
3,61
4,36
0,00
0,09
0,17
0,46
3,92
2,19
0,15
3,82
Designação 2011 ∆ 2012 ∆ Jan-Jun 2012 ∆ Jan-Jun 2013
Vendas e prestações de serviços
111.476.821,26 € -3,71% 107.338.565,09 € -54,23% 49.124.787,95 € -2,70% 47.798.963,70 €
Proveitos suplementares 695.621,61 € 12,86% 785.079,03 € -68,87% 244.406,55 € 26,23% 308.514,96 €
Transf. e Subs. correntes obtidos
89.402,09 € 79,55% 160.519,60 € -78,82% 34.000,00 € -40,00% 20.400,00 €
Outros proveitos e ganhos operacionais
4.749.133,63 € 8,93% 5.173.438,16 € -64,11% 1.856.574,50 € 56,75% 2.910.097,98 €
Juros e proveitos similares
5.426,33 € 10029,19% 549.643,09 € -83,98% 88.035,98 € -45,15% 48.285,39 €
Proveitos e ganhos extraordinários
4.769.448,52 € -4,99% 4.531.486,63 € -98,25% 79.206,33 € 9.107,18 % 7.292.666.63 €
Total Geral 121.785.853,44 € -2,67% 118.538.731,60 € -56,62% 51.427.011,31 € 13,52 % 58.378.928.66 €
Tabela 29 - Mapa comparativo de proveitos
Gráfico 20 Evolução dos proveitos (%)
Vendas e prestações de serviços
Proveitos suplementares
Trasnsferências e subsídios corrente sobtidos
Outros proveitos e ganhos operacionais
Juros e proveitos similares
Proveitos e ganhos extraordinários
2011
2012
jan-jun 2012
jan-jun 2013
56
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 57
Capítulo 6Cumprimentos de Normas Legais
Este relatório de gestão para além de ser elaborado em
conformidade, designadamente, com o disposto no ar-
tigo 13º-A do Decreto-lei n.º 558/99 de 17 de Dezem-
bro, pela redação que lhe foi dada pelo Decreto-lei n.º
300/2007 de 23 de Agosto, deve ainda integrar infor-
mação relativa ao cumprimento de outros dispositivos
legais. Assim, apresentamos individualmente, a informa-
ção solicitada nos moldes consentâneos com as orienta-
ções recebidas através do Ofício Circular n.º 001578, de
28 Fevereiro de 2012 da DGTF.
1. Cumprimentos dos objetivos de gestão
(Artigo 38º do Decreto Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro)
As metas a atingir e o orçamento aprovado para o Hos-
pital de Faro eram para o ano económico de 2013. Com a
criação do CHAlgarve a 1 de Julho de 2013, que resultou
da extinção do Hospital de Faro e do Centro Hospitalar
do Barlavento Algarvio, não é possível quantificar a exe-
cução dos documentos de gestão aprovados para o Hos-
pital de Faro pelo facto de serem anuais e esta entidade
apenas exerceu actividade durante 6 meses de 2013.
2. Risco financeiro (Despacho n.º 101/2009 – SETF, de 30 janeiro e do cumprimento limites dos máximos de acréscimo de endividamento definidos para 2012 no despacho n.º 155/2011-MEF, de 28 de abril)
Neste âmbito de ação podemos referir que o Hospital de
Faro, enquanto entidade pública de carácter empresarial,
tem regras apertadas e diversos constrangimentos, do
ponto de vista eminentemente financeiro, pelo que em
2012 não recorreu a qualquer tipo de financiamento.
Contudo, possui do passado pedidos de adiantamento
efectuados ao FASP-SNS, traduzindo-se assim a Gestão
do Risco Financeiro realizada pelo Hospital.
(Ver tabela 30).
58
3. Prazo médio pagamentos
(PMP)
(RCM 34/2008 de 22 de fevereiro com alterações do
Despacho n.º 9870/2009, de 13 abril e divulgação doas
atrasos nos pagamentos conforme definidos no DL N.º 65-
a/2011, de 17 de maio)
No ano de 2012 entra em vigor a Lei dos Compromissos e
Pagamentos em Atraso, que determina que as entidades
apenas podem gerar despesa para a qual tenham capaci-
dade de pagar. Em função desta nova norma legislativa e
no cumprimento da mesma, o Conselho de Administração
do Hospital de Faro delibera não pagar dívida anterior a
1 de janeiro de 2012, sem que fosse disponibilizada verba
específica para regularização da mesma.
Como se pode comprovar na tabela supra, a dívida ven-
cida, inferior a 240 dias, que efetivamente diz respeito a
divida de 2013 e parte de 2012, representa apenas 7% da
dívida total a fornecedores externos, que resulta de pro-
cessos de compra superiores a 350.000€, encontrando-se
a aguardar visto do Tribunal de Contas, razão pela qual
não ser impossível efetuar o respectivo pagamento. Con-
tudo esta medida veio aumentar o prazo médio de paga-
mentos, uma vez que o hospital apresenta ainda dívida de
2010 por regularizar.
(Ver tabela 31)
(Ver tabela 32)
4. Cumprimento das recomendações emitidas pela aprovação do Relatório de Gestão e Contas de 2011.
As recomendações efetuadas na aprovação do Relatório
de Gestão e Contas apenas foram conhecidas em dezem-
bro de 2013, já quando a instituição tinha sido extinta.
Pelo exposto, as recomendações efetuadas já não foram
passíveis de aplicação.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 59
PMP 1ºT 2012 2ºT 2012 3ºT 2012 4ºT 2012 1ºT 2013 2ºT 2013 3ºT 2013 4ºT 2013
Prazo 780 677 468 402 447 385 n.a. n.a.
Tabela 31 – Prazo médio de pagamentos a fornecedores nos ternos da RCM 34/2008 com as alterações introduzidas pelo Despacho 9870/2009.
Dívidas vencidas 0-90 dias 90-120 dias* 120-240 dias* 240-360 dias* >360 dias*
Aquisição de bens e serviços 1.662.614 40.806 1.485.718 27.165 43.951.008
Aquisição de capital 6.283 -17.220
Total 1.668.891 23.586 1.485.718 27.165 44.734.560
Tabela 32 – Mapa da posição a 31/12/2011 dos pagamentos em atraso, *nos termos do DL 65-A/2011, de 17 de maio.
Designação 2009 2010 2011 2012 2013
Encargos Financeiros (€) 881.645 937.319 876.985 919.727 431.466
Taxa média de Financiamento (%)
Passivo remunerado (€) 2012 2013 Var. absol. Var. %
Passivo não corrente
Financiamentos obtidos
Passivo corrente 454.560.158 513.189.084 58.628.926 11%
Financiamentos obtidos 38.923.004 38.923.004 0 0%
Total passivo remunerado 437.466.636 496.747.751 59.281.115 12%
Tabela 30 - Risco financeiro e cumprimento dos limites máximos de acréscimo de endividamento definidos ara 2012.
60
5. Remunerações
Órgão de gestão
Relativamente às remunerações do Conselho de
Administração informamos:
(Ver tabela 33)
Conselho de Administração
Mandato Início/Fim
Cargo Nome Doc.(1) Data
2011-2013 Presidente Pedro Manuel Mendes Henriques Nunes D. N.º 17422/2011 28.12.2011
2011-2013 Vogal Executivo Graça Maria Palma Pereira D. N.º 17422/2011 28.12.2011
2011-2013 Vogal Executivo Luís Miguel da Costa e Cunha Martins D. N.º 17422/2011 28.12.2011
2011-2013 Diretor Clínico * Jorge Manuel Domingues Salvador D. N.º 17422/2011 28.12.2011
2011-2013 Enfermeiro Diretor José Fernando Vieira dos Santos D. N.º 17422/2011 28.12.2011
*Renunciou ao cargo de Diretor Clínico a 31.03.2013. Foi substituido interinamente pelo Presidente até à extinção do Hospital de Faro.
Legenda: (1) Indicar Resolução (R)/AG/DUE/Despacho (D)
Nome EGP OPRLO
Fixado Classificação VencimentoDespesas de
RepresentaçãoIdentificar Entidade Pagadora
[S/N] [A/B/C] Valor mensal (€) Identifica/n.a. [O/D]
Jorge Manuel Domingues Salvador
B 4.107 970 CHAL O
Nota: EGP - Estatuto do Gestor Público; OPRLO - Opção pela Remuneração do Lugar de Origem; O/D - Origem/Destino
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 61
Nome Remuneração Anual (€)
Variável Fixa Outra Redução Lei 12-A/2010
Redução anos anteriores*
Bruta após reduções
Pedro Manuel Mendes Henriques Nunes 35.786,67€ 1.789,33€ 30.733,79€
Graça Maria Palma Pereira 29.460,67€ 1.473,03€ 25.390,06€
Luís Miguel da Costa e Cunha Martins 29.460,68€ 1.473,03€ 25.309,78€
Jorge Manuel Domingues Salvador 16.273,26€ 813,66€ 13.911,02
José Fernando Vieira dos Santos 29.460,68€ 1.473,03€ 25.476,59€
Nota: *Redução de anos: refere a remunerações regularizadas no ano em referência pertencentes a anos anteriores.
Nome
Subsídio de refeição
(€)
Benefícios sociais (€)
Regime de proteção social Seguro
de saúdeSeguro de vida
Seguro de acidentes pessoais
Outros
Identificar Valor Identificar Valor
Pedro Manuel Mendes Henriques Nunes 491,05 CGA e ADSE 5.411,37 - - - - -
Graça Maria Palma Pereira 495,32 Seg Social 5.405,79 - - - - -
Luís Miguel da Costa e Cunha Martins 508,13 0,00 - - - - -
Jorge Manuel Domingues Salvador 260,47 CGA e ADSE 2.611,52 - - - - -
José Fernando Vieira dos Santos 503,86 CGA e ADSE 4.492,79 - - - - -
NomePlafond mensal definido para combustível
Gastos anuais associados a viaturas (€)
Combustivel PortagensOutras
reparaçõesSeguro Observações
Graça Maria Palma Pereira - - 181,00 - - -
NomeGastos anuais associados a deslocações em serviço (€)
Deslocações em serviço
Custo do alojamento
Ajudas de Custo
OutrasGasto total em viagens
Identificar Valor
Pedro Manuel Mendes Henriques Nunes 41,66
Graça Maria Palma Pereira 739,44 179,19
José Fernando Vieira dos Santos 45,93
Tabela 33 - Remunerações dos membros do consehlo de administração do Hospital de Faro.
62
Fiscal único
Mandato Início/Fim
CargoIdentificação SROC/ROC
Nome Número
2011-2013 Efetivo Grant Thornton & Associados SROC n.º 67
Suplente Alves da Cunha, A. Dias & Associados SROC n.º 74
Designação Legal da atual nomeação Remunerações
Doc Data Limite Fixado Contratada N.º Mandatos exercidos na sociedade
Despacho n.351/2012 22.03.2012 8.225,39 2
NomeRemuneração anual
Bruta (€) Reduções (Lei OE) Bruta após reduções
Grant Thornton & Associados 8.225,39 822,54 7.402,85
Tabela 34 – Remunerações do Fiscal Único.
Trabalhadores
Relativamente aos restantes trabalhadores confirma-se que:
• Cumpriu o artº 27º da Lei 66-B/2012;
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 63
6. Da aplicação do disposto no artigo 32º do Estatuto de Gestor Público (EGP), conforme republicado pelo Decreto-Lei n.º8/2012, de 18 de janeiro, no que se refere, designadamente:
No que tange à aplicação da disciplina jurídica constante
do Estatuto do Gestor Público mormente, do art.º. 32º do
Decreto-Lei 8/2012, de 18 de Janeiro, salientamos que,
no Hospital de Faro não foram utilizados cartões de cré-
dito e/ou outros instrumentos de pagamento por qual-
quer dos Gestores Públicos tendo por objeto a realização
despesas ao serviço da empresa.
Além disso, devemos acrescentar que, inexistiu qualquer
reembolso de despesas de representação pessoal, sendo
seguro que, o valor máximo das despesas associadas a
comunicações foi acatado.
7. Da contratação pública e Sistema nacional de Compras Públicas
No que concerne a este ponto, importa fazer notar que,
no Hospital de Faro deu-se cumprimento à legislação na-
cional e comunitária que regula toda a matéria de con-
tratação pública. Nesta linha de atuação, todas as regras
e os princípios que animam a mencionada contratação
pública foram observados em 2013, sendo certo que, o
Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-
lei n.º18/2008, de 29 de Janeiro, com as alterações legais
subsequentes, foi integralmente aplicado nesta entidade
pública empresarial.
É curial relembrar que, todos os contratos cujo valor le-
galmente fixado determinava a respetiva remessa para
efeitos de fiscalização prévia da conformidade da des-
pesa pública associada, foram devidamente visados ou
declarados absolutamente conformes pelo competente
Tribunal de Contas.
Resta-nos ainda consignar que o Hospital de Faro recor-
reu à informação dos Serviços Partilhados do Ministério
da Saúde e respetivos Acordos-Quadro previamente à
aquisição, entre outros, de medicamentos e de material
de consumo clínico, e efetuou compras pelo catálogo
disponibilizado pela ACSS para uma melhoria dos resul-
tados em matéria de aquisições públicas.
8. Medidas de redução de gastos operacionais.
O Hospital de Faro elaborou o plano previsional de ges-
tão para 2013, o qual inclui a identificação de medidas
que permitissem a redução de despesa.
Contudo como o documento era anual, e a entidade
Hospital de Faro foi extinta a 30/06/2013, não é possivel
avaliar a execução do mesmo.
Podemos contudo afirmar que o Hospital de Faro em
2013 manteve a política de contenção de custos que
vinha do ano anterior, fazendo uma gestão orçamental
efetiva, para que a despesa realizada não fosse superior
ao orçamento aprovado.
(Ver tabela 35)
9. Princípio da unidade tesouraria do estado
O Hospital de Faro em 2013 não efetuou qualquer apli-
cação financeira.
Os pagamentos/recebimentos são, essencialmente, efe-
tuados por recurso aos serviços bancários disponibiliza-
dos pelo Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito
Público, I. P. (IGCP, I. P.).
Assim, o Hospital atuou da seguinte forma:
• Para recebimento de verbas de clientes/entidades
externas, via transferência bancária, é indicado sem-
pre o NIB/IBAN das contas abertas no IGCP;
64
• Os montantes recebidos em numerário/cheque,
provenientes da cobrança das taxas moderadoras
e de faturas emitidas, são entregues na Tesouraria
diariamente e depositados de imediato na conta do
IGCP, através de depósito externo;
• Pese embora, as ações acima descriminadas, exis-
tem alguns serviços bancários relativamente aos
quais o Hospital de Faro recorre a duas entidades
bancárias, a saber:
• Depósitos de Vales Postais, recebidos para paga-
mento das taxas moderadoras;
• Utilização de Terminais de Pagamento Automático (TPA).
Designação 2011 (€)
2012 (€)
2013 jan-jun
(€)
CMVMC 41.470.267,47 32.409.413 16.817.198,10
FSE 27.515.803,68 23.899.204,75 8.789.005,01
Deslocações 54.604,74 26.814,34 11.334,35
Ajudas de custo 35.637,52 25.443,67 12.689,02
Comunicações 232.318,08 172.950,34 50.437,53
Pessoal 61.641.790,81 59.014.250,21 28.822.165,34
Total 130.627.861,96 115.322.868,03 54.428.368,45
Volume de negócios 117.010.978,59 113.457.601,88 51.037.976,64
% dos gastos no volume de negócios 111,64% 101,64% 106,64%
Número de recursos humanos sem órgãos sociais 2.389 2.438 2.469
Número de cargos dirigentes 8 8 8
Número de órgãos sociais 5 5 5
Gastos totais com pessoal (€) 61.641.790,81 59.014.250,21 28.822.165,34
Gastos com órgãos sociais (€) 324.274,08 285.701,07 112.164,43
Gastos com dirigentes sem órgãos sociais (€) 287.435,88 283.919,86 153.710,57
Gastos com recursos humanos sem órgãos sociais (€) 61.030.080,85 58.444.629,28 28.556.290,34
Rescisões/Indeminizações (€) 9.919,10 33.480,61 2.492,62
Tabela 35 – Redução de gastos operacionais (€) e redução do número de efetivos e de cargos dirigentes.
10. Auditorias conduzidas pelo Tribunal de Contas.
No recorrer do último triénio de atividade da entidade
Hospital de Faro não foi realizada nenhuma auditoria
pelo Tribunal de Contas.
11. Explicitação fundamentada da divulgação de toda a informação atualizada prevista na RCM n.º 49/2007, de 28 Março
(Ver tabela 36)
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 65
Informação a constar no site do SEE Divulgação Comentários
S N N.A.
Estatutos atualizados (PDF) x
Historia, visão, missão e estratégia x
Ficha síntese da empresa x
Identificação da empresa
Missão, objetivos, política, obrigação de serviço público e modelo de financiamento
x
Modelo de governo/identificação dos órgãos sociais
Modelo de governo/identificação dos órgãos sociais x
Estatuto remuneratório fixado x
Remunerações auferidas e demais regalias x
Regulamentos e transações
Regulamentos internos e externos x
Transações relevantes com entidade(s) relacionadas(s) x
Outras transações x
Análise de sustentabilidade económica, social e ambiental x
Avaliação do cumprimento dos PBG x
Código de ética x
Informação financeira histórica e atual x
Esforço financeiro do estado x
Existência de site x
Tabela 36 – Explicitação da divulgação de toda a informação atualizada prevista na RCM n.º 49/2007, de 28 de março.
Legenda: S - Sim N - Não N.A. - Não Aplicável
66
Cumprimento das Orientações legais Cumprimento Quantificação Justificação
S N N.A.
Objectivos de Gestão: O Órgão de Gestão não possui objetivos específicos definidos pelo Ministério. Assim, desenvolve a sua atividade tendo presente essencialmente os seguintes documentos:
1. Contrato Programa, que define metas orçamentais; assistenciais e indicadores de qualidade e eficiência. Contudo, dada a criação do Centro Hospitalar do Algarve, E.P.E., com efeitos a 1 de julho de 2013, o documento não existe para os seis meses de atividade do Hospital de Faro
2. Lei do Orçamento do Estado sempre que aplicado às entidades públicas empresariais (EPE)
Gestão do Risco Financeiro x Não aplicável
Limites de Crescimento do Endividamento xEm 2013 apenas suportou Juros referente ao FASP/2008
Evolução do PMP a fornecedores xDiminuiu 17 dias face a
2012
Ver ponto 3. Prazo médio pagamentos (pmp) – rcm 34/2008 de 22 de fevereiro com alterações do despacho nº 9870/2009, de 13 abril
Atrasos nos Pagamentos ("Arrears") x 46.271.029€
Ver justificação dada no ponto 3. Prazo médio pagamentos (pmp) – rcm 34/2008 de 22 de fevereiro com alterações do despacho nº 9870/2009, de 13 abril
Deveres Especiais de Informação x Não aplicável
Recomendações do acionista na aprovação de contas:
A 30/06/2013 não são conhecidas as recomendações do acionista no que se refere à aprovação das contas de 2012.
Remunerações:
Não atribuição de prémios de gestão, nos termos art.º 37.º da Lei 66-B/2012
x Não aplicável
Órgãos sociais - redução remuneratória nos termos do art.º 20.º da Lei 66-B/2012
x
Órgãos Sociais - redução de 5% por aplicação artigo 12º da Lei n.º 12-A/2010
x
Auditor Externo - redução remuneratória nos termos do artº 26º da Lei 66-B/2012
x
Restantes trabalhadores - redução remuneratória, nos termos do art.º 20º da da Lei 66-B/2012
x
Resumo
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 67
Cumprimento das Orientações legais Cumprimento Quantificação Justificação
S N N.A.
Artigo 32º do EGP
Reembolso de despesas de representação pessoal
x
Contratação Pública
Normas de contratação pública x Não aplicável
Normas de contratação pública pelas participadas
x Não aplicável
Contratos submetidos a visto prévio do TC x
Aquando da extinção do Hospital de Faro pela criação do Centro Hospitalar do Algarve, os processos de compra encontravam-se ainda no Tribunal de Contas a aguardar Visto.
Adesão ao Sistema Nacional de Compras Públicas
xVer informação do ponto 7 - Da contratação pública e sistema nacional de compras públicas
Parque Automóvel x 0% O hospital tem o mesmo n.º de veículos que em 2012
Princípio da Igualdade do Género x
Plano de Redução de CustosA 30/06/2013 não são conhecidas as recomendações do acionista no que se refere à aprovação das contas de 2012.
Princípio da Unidade de Tesouraria x 554.119,40Pagamento dos descontos dos salários de dezembro
Tabela 37 – Resumo
68
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 69
Proposta de aplicação de resultados
O resultado líquido, para o período de janeiro a junho de 2013, apresenta-se negativo em
386.076,44 € (trezentos e oitenta e seis mil, setenta e seis euros e quarenta e quatro cêntimos).
Propõe assim o Conselho de Administração que o resultado líquido do exercício seja inte-
grado na conta de resultados transitados.
Faro, aos 30 dias do mês de julho de 2014.
Capítulo 7Aplicação de Resultados
Dr.ª Graça PereiraVogal Executivo
Dr. Pedro M. H. NunesPresidente do Conselho de Administração
Dr.ª Patrícia AtaídeVogal Executivo
Dr.ª Gabriela ValadasDiretora Clínica
Dr. José Vieira dos SantosEnfermeiro Diretor
70
Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2013 71
Balanço analítico
Demonstração de resultados
Demonstração dos fluxos de caixa
Ativo imobilizado
Amortizações e provisões
Provisões acumuladas
Descontos e retenções
Demonstração do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
Demonstração dos resultados financeiros
Demonstração de resultados extraordinários
Desenvolvimento das despesas com o pessoal
Decomposição das dividas de clientes, utentes e estado
Mapas de controlo orçamental:
Mapa de controlo orçamental de compras
Mapa de controlo orçamental dos investimentos
Mapa de controlo do orçamento económico
Anexo ao balanço e à demonstração dos resultados
Anexos
Anexo ao balanço e à demonstração de resultados
NOTA PRÉVIA
As notas que se seguem estão ordenadas de acordo com o Plano Oficial de Contabilidade
do Ministério da Saúde (POCMS). As notas omitidas devem entender-se como não
aplicáveis à Entidade.
1 Caracterização da entidade
1.1 Identificação
Designação:
Hospital de Faro, E.P.E.
Número de identificação:
508 718 872
Endereço da sede:
Rua Leão Penedo, 8000 – 386 Faro
O Hospital de Faro como entidade pública empresarial (E.P.E), foi criado no dia 1 de se-
tembro de 2008, por força da publicação do Decreto-Lei n.º 180/2008, de 26 de agosto,
extinguindo-se por conseguinte o Hospital Central de Faro, do qual sucederam para E.P.E
todos os direitos e obrigações.
O seu objeto social, único, é a prestação de serviços de saúde, nos termos dos seus Es-
tatutos e no respeito pelas normas que o regem, encontrando-se integrado no Serviço
Nacional de Saúde.
Os montantes encontram-se expressos em Euros (€), salvo indicação em contrário.
1.2 Legislação
O Hospital de Faro é uma pessoa colectiva de direito
público de natureza empresarial, dotada de autonomia
financeira e patrimonial, regendo-se nos termos da le-
gislação aplicável ao Sector Empresarial do Estado.
Por força do Decreto-Lei n.º 69/2013 de 17 de maio, e
subsequente criação do Centro Hospitalar do Algarve,
E.P.E. (CHAlg, EPE), por fusão do Centro Hospitalar do
Barlavento Algarvio, E.P.E. (CHBA, EPE), e do Hospital de
Faro, E.P.E., com entrada em vigor no dia 1 de julho de
2013, foi efectuado o encerramento de contas do Hospi-
tal de Faro, em 30 de junho de 2013, tendo como objeti-
vo conhecer a situação económica financeira da institui-
ção à data e que ora se apresenta.
As Demonstrações Financeiras apresentadas foram pre-
paradas em harmonia com os princípios contabilísticos
definidos pelo POCMS – Plano Oficial de Contabilidade
do Ministério da Saúde (Ministério das Finanças e Minis-
tério da Saúde, 2000).
Ao nível do registo e organização contabilística é de evi-
denciar que o sistema informático do Hospital de Faro está
construído segundo as definições do referido POCMS,
aprovado pela Portaria nº 898/2000, de 28 de Setembro
(Ministério das Finanças e Ministério da Saúde, 2000),
destacando-se o detalhe da classe 1, que reflete a ori-
gem e o destino dos fluxos financeiros.
O regime jurídico aplicável ao Hospital de Faro é o seguinte:
• Decreto-lei nº 180/2008, de 26 de Agosto - Diploma
criador;
• Decreto-lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro -
Estatutos;
• Decreto-Lei nº 558/99, de 17 de Dezembro, com
as alterações introduzidas, e o Decreto-Lei nº
300/2007, de 23 de Agosto - Regime Jurídico
do Sector Empresarial do Estado e das Empresas
Públicas;
• Lei nº 27/2002, de 8 de Novembro - Regime Jurídico
de Gestão Hospitalar;
•
• Decreto-Lei n.º188/2003, de 20 de Agosto -
Regulamentação da Lei de Gestão Hospitalar;
• Decreto-Lei nº11/93, de 15 de Janeiro - Estatuto do
Serviço Nacional de Saúde
• Lei nº 48/90, de 2 de Agosto - Lei de Bases da
Saúde;
• Normas especiais cuja aplicação decorra do seu
objecto social e do regulamento.
1.3 Estrutura organizacional
efetiva
(Ver Modelo de Governo)
1.4 Discrição sumária das
atividades
O Hospital de Faro apresenta como atividade única a
prestação de serviços de saúde aos seus utentes através
de um Serviço de Urgência Polivalente que engloba a Ur-
gência Geral, a Urgência de Ginecologia e Obstetrícia e a
Urgência Pediátrica.
Conta com um serviço de Internamento que está organiza-
do por especialidades clínicas, correspondendo as respec-
tivas lotações aos rácios definidos pela rede de referência
hospitalar e com uma Consulta Externa e um Hospital de
Dia, ambos organizados também por especialidades.
O Hospital de Faro desenvolve ainda atividades através
de Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediá-
tricos, de Cuidados Intensivos Polivalente e de Cuidados
Intensivos Coronários.
1.5 Recursos humanos
– Identificação dos
responsáveis pela direção
da entidade
Os responsáveis do Hospital de Faro à data de 30 de ju-
nho de 2013 são:
• Mestre Pedro Manuel Mendes Henriques Nunes
(Presidente do Conselho de Administração)
• Dr.ª Graça Maria Palma Pereira
Vogal Executiva do Conselho de Administração)
• Dr. Luís Miguel da Costa e Cunha Martins
(Vogal Executivo do Conselho de Administração)
• Dr. Jorge Manuel Domingues Salvador
(Diretor Clínico)
• Dr. José Fernando Vieira dos Santos
(Enfermeiro Diretor)
Quanto a remunerações, os referidos membros, foi-lhes
atribuído um rendimento efetivo de 126.405,91€ confor-
me capitulo sexto deste relatório.
O Hospital de Faro apresentava a 30 de junho de 2013,
2466 funcionários sendo responsável pela Gestão de Re-
cursos Humanas a Técnica Superior, Dr.ª Lídia Regala.
1.6 Organização
contabilística
a. Existência ou não de um manual de procedimentos
contabilísticos;
É utilizado o Manual de Procedimentos Administra-
tivos e Contabilísticos - Contabilidade geral / orça-
mental / analítica.
b. Indicação dos livros de registo utilizados;
São utilizados os livros obrigatórios previstos na le-
gislação comercial.
c. Descrição sumária da organização do arquivo dos
documentos de suporte;
A organização do arquivo dos documentos de su-
porte segue a sequência numérica das Autorizações
de Pagamento por Rubricas.
d. Breve descrição das principais características do sis-
tema informático utilizado/existente;
O sistema informático utilizado corresponde à
aplicação Microsoft Dynamics NAV fornecida pela
Glintt, existindo lançamentos que são efectuados
por ligações automáticas de outras aplicações, tais
como: da aplicação GHAF – Farmácia e Logística, do
SONHO – Aplicação de Gestão de Doentes e do RHV
– aplicação dos Recursos Humanos.
e. Existência ou não de Demonstrações Financeiras In-
tercalares;
Durante o exercício foram preparados Relatórios
com a periodicidade trimestral.
f. Existência ou não de descentralização contabilística
e, em caso afirmativo, breve descrição do sistema
utilizado e do modo de articulação com a contabili-
dade central;
Não existe descentralização contabilística, a conta-
bilidade encontra-se centralizada nas instalações do
Hospital de Faro (Edifício da Administração), na de-
pendência do Departamento Financeiro.
1.7 Outra Informação
considerada relevante
Não existe qualquer outra informação de relevo que deva
ser enunciada.
2. Notas ao balanço e às
demonstrações financeiras
2.1 Situações derrogadas
nas demonstrações
financeiras
A derrogação do princípio de especialização no que se re-
fere ao registo das taxas moderadoras desde o ato em que
ocorrem versus o momento do seu recebimento deve-se
à enorme dificuldade, motivada pelo sistema de informa-
ção utilizada na gestão de doentes (SONHO), na obtenção
de dados que possibilitem de forma sustentada, o cálculo
dos montantes em dívida no final de cada período.
Contudo estão a decorrer esforços no sentido de solu-
cionar tal dificuldade na cobrança e registo de dívidas (a
receber) das taxas moderadoras.
2.2 Indicação e comentá-
rio das contas do balanço
e das demonstrações dos
resultados cujos conteú-
dos não sejam comparáveis
com o exercício anterior
As Demonstrações Financeiras foram preparadas no
pressuposto da continuidade das operações, devido à
fusão do Hospital de Faro com o Centro Hospitalar do
Barlavento Algarvio no Centro Hospitalar do Algarve,
contudo é de salientar que o fecho de contas que ora se
apresenta, a partir dos registos da Entidade, os quais se
encontram de acordo com os princípios do POCMS e ins-
truções da ACSS, corresponde aos primeiros seis meses
do ano de 2013.
Esta situação leva a dificuldades acrescidas na compa-
ração e análise de valores, uma vez que os períodos ho-
mólogos nem sempre foram desmembráveis. Com base
neste pressuposto, neste anexo ao Balanço e à Demons-
tração de Resultados, analisar-se-á da melhor forma
possível, isto é, apenas o primeiro semestre de 2013, a
situação económico-financeira do Hospital de Faro.
2.3 Critérios valorimétricos utilizados relativamente às várias rubricas do balanço e da demonstração dos resultados, bem como métodos de cálculo respeitantes aos ajustamentos de valor, designadamente amortizações e provisões.
As demonstrações financeiras apresentadas foram
elaboradas com o objectivo de obter uma imagem
verdadeira e apropriada da situação financeira e
dos resultados das operações do Hospital de Faro e
obedecem aos Princípios Contabilísticos geralmente
aceites, designadamente: da Entidade Contabilística; da
Continuidade; da Consistência; da Especialização; do
Custo Histórico; da Prudência; da Materialidade e da
Não Compensação.
Os critérios valorimétricos de cálculo utilizados foram os
seguintes:
Imobilizações incorpóreas
Não existe qualquer valor desta natureza.
Imobilizações corpóreas
Os bens do ativo imobilizado corpóreo figuram pelo
seu custo de aquisição, excepto o relativo aos ativos do
imobilizado obtido a título gratuito, cuja valorização foi
obtida pela aplicação do critério do preço de mercado e
dos Terrenos e Edifícios que foram inscritos pelo valor de
mercado com base na avaliação efectuada por uma em-
presa especializada e independente, em conformidade
com a legislação aplicável (Portaria nº 671/2000, de 17
de Abril – CIBE).
Em 2010 o Hospital de Faro procedeu à relevação con-
tabilística do valor dos imóveis de domínio público (pro-
priedade do Estado e bens ao serviço dos cidadãos que
apoiam a instituição na prestação dos seus serviços),
com base na avaliação efetuada por uma empresa espe-
cializada e independente: a American Appraisal.
É política do Hospital de Faro calcular as reintegrações
sobre o valor do custo de aquisição, de modo a reinte-
grar totalmente os bens até ao fim da sua vida útil pelo
método das quotas constantes por duodécimos, aplican-
do as taxas máximas permitidas e constantes do Decreto
Regulamentar nº 2/90, de 12 Janeiro, e da Portaria nº
671/00, de 17 Abril, sendo que, no caso dos edifícios a
taxa aplicada será da vida útil remanescente do bem,
proposta pela empresa que procedeu à avaliação dos
imóveis em 2010.
Mediante o exposto e cumprindo a legislação em vigor, o
aumento das amortizações resultante de reavaliações de
imobilizado só são aceites fiscalmente, quando ao abrigo
de legislação de caracter fiscal, assim e perante tal facto
o impacto do aumento das amortizações resultante da
reavaliação dos edifícios não é aceite fiscalmente sendo
acrescido no quadro 7 da modelo 22 do IRC.
Existências
As matérias-primas, subsidiárias e de consumo, estão
valorizadas ao custo de aquisição, com o acréscimo das
respectivas despesas adicionais de compra, sendo que o
método de custeio das saídas de armazém utilizado é o
método do custo médio ponderado.
Dívidas de e a terceiros
As dívidas de e a terceiros estão expressas pelas impor-
tâncias constantes dos documentos que as titulam.
Impostos sobre o rendimento do exercício
A estimativa do CIRC atende ao n.º 1 do artigo 87.º e das
tributações autónomas conforme o preconizado no arti-
go 88.º do mesmo Código.
Acréscimos e diferimentos
O Hospital de Faro regista os seus proveitos e custos, de
acordo com o princípio da especialização dos exercícios,
pelo qual esses proveitos e custos são reconhecidos à
medida que são gerados, independentemente do mo-
mento em que são recebidos ou pagos.
As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os
correspondentes proveitos e custos gerados são regista-
dos nas rubricas “ Acréscimos e Diferimentos”.
Subsídios
Os subsídios atribuídos ao Hospital de Faro, no âmbito
de projetos de investimentos, são registados como pro-
veitos diferidos na rubrica de “Acréscimos e Diferimen-
tos” e reconhecidos nas demonstrações de resultados,
proporcionalmente às amortizações das Imobilizações
Corpóreas Subsidiadas, com exceção do financiamento
atribuído ao Hospital de Faro pela ARS Algarve, IP, para
a criação de Unidade de Convalescença e de Cuidados
Paliativos no âmbito da implementação da rede Nacional
de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI). Tal facto
deve-se a incerteza quanto à forma contabilística de re-
gisto do referido subsídio já que o objeto da obra foi al-
terado aguardando indicações do reajustamento quanto
aos efeitos do referido projeto.
Provisões
De acordo com a Portaria nº 898/2000, de 28 de Setembro,
a constituição de provisão deve respeitar apenas às situa-
ções a que estejam associados riscos em que não se trate
apenas de uma simples estimativa de um passivo certo, a
sua contabilização pretende registar perdas potenciais e
tem como objectivo corrigir o resultado de um exercício e
de um custo correspondente a riscos ou despesas a pagar
de ocorrência e de montante, em geral, incerto.
A constituição de provisões baseia-se no Principio Con-
tabilístico da Especialização dos Exercícios e no Princípio
Contabilístico de Prudência.
Estabelece o primeiro Princípio que os proveitos e os
custos são reconhecidos quando obtidos ou incorridos
independentemente do seu recebimento ou pagamento,
devendo incluir-se nas demonstrações financeiras dos
períodos a que respeitam. Estabelece o segundo que é
possível integrar nas contas um grau de precaução ao
fazer as estimativas exigidas nas condições de incerteza,
sem contudo, permitir a criação de reservas ocultas ou
provisões excessivas.
Face à definição de critérios objectivos de constituição
ou reforço das provisões definidas nos artigos 35.º a 36.º
do CIRC e à periodização do lucro tributável definido no
art.º 18.º n.º1 do mesmo Código, a constituição da pro-
visão é obrigatória, para efeitos fiscais, pelo que, quando
o sujeito passivo não constitua provisão que, de acordo
com os critérios definidos, deveria ter sido constituída,
originará a não-aceitação para efeitos fiscais, no exer-
cício em que se vier a efectivar, do custo ou perda não
objecto de provisão.
Foram constituídas as seguintes provisões de acordo
com o critério definido no ponto 2.7.1 do POCMS:
• Para Cobranças Duvidosas;
• Para Riscos e Encargos.
O montante de provisão para cobertura de dívidas em
mora há mais de um ano e cujo risco de incobrabilida-
de seja devidamente justificado, exceptuando as dívidas
sobre entidades públicas, determinado de acordo com a
mesma Portaria.
Quanto à Provisão para Outros Riscos e Encargos e me-
diante informação solicitada ao Gabinete Jurídico do
Hospital de Faro, relativamente aos processos judiciais
em curso contra o mesmo, por factos que à data de 30 de
junho de 2013, as responsabilidades sejam de ocorrên-
cia provável ou certa, mas incertas quanto ao seu valor
ou data de ocorrência constituídas segundo o Código do
IRC artigo 39 nº 1 a), sendo que, nos processos com pro-
vável sentença a desfavor do Hospital de Faro e segundo
o referido Gabinete é no valor de 1.459.534,76€, sendo
que, e cumprindo o princípio contabilístico da prudência
por precaução criada uma provisão pela totalidade dos
mesmos.
2.7 Movimentos ocorridos nas rubricas do ativo imobilizado constantes do balanço e nas respectivas amortizações e provisões, de acordo com as tabelas seguintes:
(Consultar páginas 113, 114 e 115)
Contas Designação Saldo Inicial
(€)
Reavaliações
(€)
Aumentos
(€)
Tranferências e Abates (1)
(€)
Saldo Final
(€)
Bens de Domínio Público
451 Terrenos e Recursos Naturais 8.845.575,00 0,00 0,00 0,00 8.845.575,00
Complexo hospitalar 7.681.200,00 0,00 0,00 0,00 7.681.200,00
Unidade de psiquiatria 1.164.375,00 0,00 0,00 0,00 1.164.375,00
452 Edifícios 40.132.178,66 0,00 0,00 0,00 40.132.178,66
Complexo hospitalar 37.304.044,81 0,00 0,00 0,00 37.304.044,81
Unidade de psiquiatria 2.828.133,85 0,00 0,00 0,00 2.828.133,85
453 Outras construções e infra-estruturas 0,00 0,00 8.701,00 0,00 8.701,00
Complexo hospitalar 0,00 0,00 8.701,00 0,00 8.701,00
Unidade de psiquiatria 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
445 Imobilizações em curso de bens de domínio público 1.249.493,76 0,00 1.968,20 0,00 1.251.461,96
Sub-total 50.227.247,42 0,00 10.669,20 0,00 50.237.916,62
Imobilizações incorpóreas
431 Despesas de instalação 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
432 Despesas de investigação e desenvolvimento 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Sub-Total 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Imobilizações Corpóreas
421 Terrenos e Recursos Naturais do lar 1.227.600,00 0,00 0,00 0,00 1.227.600,00
422 Edifícios e outras construções do lar 3.608.400,00 0,00 0,00 0,00 3.608.400,00
423 Equipamento básico 30.621.042,19 0,00 315.516,23 212.26,69 30.724.288,73
424 Equipamento de transporte 234.666.04 0,00 0,00 0,00 234.666,04
Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 36-41-AM 16.399,81 0,00 0,00 0,00 16.399,81
Auto rádio 162,11 0,00 0,00 0,00 162,11
Mercedes – Benz Vito – Matrícula 32-70-PB 21.982,72 0,00 0,00 0,00 21.982,47
Mercedes – Benz 313 CDI – Matrícula 14-33-RN 36.751,95 0,00 0,00 0,00 36.751,95
Auto rádio 211,90 0,00 0,00 0,00 211,990
Ford Transit 330 L – Matrícula 97-67-VL 36.340,24 0,00 0,00 0,00 36.340,24
Ford Transit 330 L – Matrícula 20-44-XU 30.881,71 0,00 0,00 0,00 30.881,71
Ford Transit 330 L – Matrícula 55-95-ZO 31.912,67 0,00 0,00 0,00 31.912,67
Citroen Jumper Fourgon – Matrícula 72-95-JQ 14.000,00 0,00 0,00 0,00 14.000,00
Grande Reparação - Matrícula 55-95-ZO 4.795,64 0,00 0,00 0,00 4.795,64
Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 17-IO-64 20.613,77 0,00 0,00 0,00 20.613,77
Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 17-IO-66 20.613,77 0,00 0,00 0,00 20.613,77
425 Ferramentas e utensílios 50.395,63 0,00 5.757,63 0,00 56.153,26
426 Equipamento administrativo e informático 10.300.866,30 0,00 139.441,34 61.617,05 10.378.690,59
427 Taras e vasilhame 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
429 Outras imobilizações corpóreas 17.508,46 0,00 0,00 0,00 17.508,46
Sub-total 46.144.060,54 0,00 435.682,87 218.182,22 46.361.561,19
Investimentos Financeiros
441Imobilizações em curso de investimentos financeiros
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Total Geral 966.371.307,96 0,00 446.352,07 218.182,22 96.599.477,81
1) Os abates são no valor de 200.720,08€
Contas Designação Amortizações Iniciais
(€)
Amortizações do exercício
(€)
Abates
(€)
Amortizações acumuladas
(€)
48 Imobilizações Corpóreas
4811 Terrenos e Recursos Naturais do lar 0,00 0,00 0,00 0,00
4822 Edifícios e outras construções do lar 131.345,58 32.836,44 0,00 164.182,02
4823 Equipamento básico 25.004.799,33 1.096.941,89 191.396,20 25.910.345,02
4824 Equipamento de transporte 205.615,19 3.792,61 0,00 209.407,80
Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 36-41-AM 16.399,81 0,00 0,00 16.399,81
Auto rádio 162,11 0,00 0,00 162,11
Mercedes – Benz Vito – Matrícula 32-70-PB 21.982,47 0,00 0,00 21.982,47
Mercedes – Benz 313 CDI – Matrícula 14-33-RN 36.751,95 0,00 0,00 36.751,95
Auto rádio 211,90 0,00 0,00 211,90
Ford Transit 330 L – Matrícula 97-67-VL 36.340,24 0,00 0,00 36,340,24
Ford Transit 330 L – Matrícula 20-44-XU 30.881,71 0,00 0,00 30.881,71
Ford Transit 330 L – Matrícula 55-95-ZO 31.580,07 332,60 0,00 31.912,67
Citroen Jumper Fourgon – Matrícula 72-95-JQ 13.416,51 583,49 0,00 14.000,00
Grande Reparação - Matrícula 55-95-ZO 1.998,40 299,76 0,00 2.298,16
Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 17-IO-64 7.945,01 1.288,38 0,00 9.233,39
Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 17-IO-66 7.945,01 1.288,38 0,00 9.233,39
4825 Ferramentas e utensílios 47.136,99 1.728,64 0,00 48.865,63
4826 Equipamento administrativo e informático 9.193.627,01 292.056,49 5.838,68 9.479.844,82
4829 Outras imobilizações corpóreas 12.408,16 694,44 0,00 13.102,60
4852 Edificios 1.480.830,48 469.216,32 0,00 1.950.046,80
Complexo Hospitalar 1.429.608,13 469.216,32 0,00 1.898.824,45
Unidade de psiquiatria 51.222,35 0,00 0,00 51.222,35
4853 Outras construções e infra-estruturas 0,00 36,25 0,00 36,25
Total Geral 36.075.762,74 1.897.303,08 197.234,88 37.775.830,94
Contas Designação Ativo Bruto
(€)
Amortizações Acumuladas
(€)
Ativo Líquido
(€)
Bens de Domínio Público
451 Terrenos e Recursos Naturais 8.845.575,00 0,00 8.845.575,00
Complexo hospitalar 7.681.200,00 0,00 7.681.200,00
Unidade de psiquiatria 1.164.375,00 0,00 1.164.375,00
452 Edifícios 40.132.178,66 1.950.046,80 38.182.131,86
Complexo hospitalar 37.304.044,81 1.898.824,45 35.405.220,36
Unidade de psiquiatria 2.828.133,85 51.22,35 2.776.911,50
453 Outras construções e infra-estruturas 8.701,00 36,25 8.664,75
Complexo hospitalar 8.701,00 36,25 8.664,75
Unidade de psiquiatria 0,00 0,00 0,00
445 Imobilizações em curso de bens de domínio público 1.251.461,96 0,00 1.251.461,96
Sub-total 50.237.916,62 1.950.083,05 48.287.833,57
Imobilizações incorpóreas
431 Despesas de instalação 0,00 0,00 0,00
432 Despesas de investigação e desenvolvimento 0,00 0,00 0,00
Sub-Total 0,00 0,00 0,00
Imobilizações Corpóreas
421 Terrenos e Recursos Naturais do lar 1.227.600,00 0,00 1.227.600,00
422 Edifícios e outras construções do lar 3.608.400,00 164.182,02 3.44.217,98
423 Equipamento básico 30.724.288,73 25.910.345,02 4.813.943,71
424 Equipamento de transporte 234.666,04 209.407,80 25.258,24
Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 36-41-AM 16.399,81 16.399,81 0,00
Auto rádio 162,11 162,11 0,00
Mercedes – Benz Vito – Matrícula 32-70-PB 21.982,47 21.982,47 0,00
Mercedes – Benz 313 CDI – Matrícula 14-33-RN 36.751,95 36.751,95 0,00
Auto rádio 211,90 211,90 0,00
Ford Transit 330 L – Matrícula 97-67-VL 36.340,24 36.340,24 0,00
Ford Transit 330 L – Matrícula 20-44-XU 30.881,71 30.881,71 0,00
Ford Transit 330 L – Matrícula 55-95-ZO 31.912,67 31.912,67 0,00
Citroen Jumper Fourgon – Matrícula 72-95-JQ 14.000,00 14.000,00 0,00
Grande Reparação - Matrícula 55-95-ZO 4.795,64 2.298,16 0,00
Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 17-IO-64 20.613,77 9.233,39 0,00
Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 17-IO-66 20.613,77 9.233,39 0,00
425 Ferramentas e utensílios 56.469,72 48.865,63 7.604,09
426 Equipamento administrativo e informático 10.492.150,02 9.193.627,01 1.185.063,58
429 Outras imobilizações corpóreas 17.986,68 13.102,60 4.884,08
Sub-total 46.361.561,19 35.825.747,89 10.535.813,30
Investimentos Financeiros
441 Imobilizações em curso de investimentos financeiros 0,00 0,00 0,00
Sub-total 0,00 0,00 0,00
Total Geral 96.599.477,81 37.775.830,94 58.823.646,87
2.8 Cada uma das rubricas
dos mapas atrás referidos
foi desagregado no mesmo,
contudo foram evidenciadas
as seguintes informações:
Foram mantidas as políticas e critérios contabilísticos
inerentes ao reconhecimento e contabilização dos imo-
bilizados corpóreos, à sua valorimetria e às bases de cál-
culo das amortizações, e à respectiva consistência com
os exercícios anteriores enquanto Hospital Central de
Faro, do qual sucederam todos os direitos e obrigações
com exceção dos Terrenos e Edifícios que foram avalia-
dos pela American Appraisal sendo registados pelo Justo
Valor no ano de 2010.
Relativamente às contas de Imobilizado, importa desta-
car os seguintes aspectos:
• O único edifício que é propriedade do Hospital de
Faro é o Edifício Lar;
• O complexo hospitalar sito na Rua Leão Penedo
em Faro e do edifício dos Serviços de Psiquiatria,
Terapia Ocupacional e Pneumologia, situado na
Estrada de Loulé, junto à Escola Superior de Saúde
de Faro, sendo pois para efeitos contabilísticos
bens de Domínio Público, propriedade do Estado,
registados como tal na contabilidade;
• As ofertas de Imobilizado foram registadas pelo valor de
mercado.
Quanto aos Abates temos um total de 200.720,08€ e en-
contram-se subdivididos da seguinte forma:
Equipamento básico, num total de 194.816,74€, compos-
to por:
• Médico-cirúrgico: 180.318,16€
• Imagiologia: 960,70€.
• Laboratório: 11.400,00€
• Mobiliário hospitalar: 2.137,87€
Equipamento administrativo e informático, num total de
5.903,34€, composto por:
• Equipamento administrativo: 1.694,77€
• Hardware: 4.208,57€.
2.11 Quadro discriminativo
das reavaliações:
De referir que durante o exercício de 2013 não foram efe-
tuadas reavaliações sendo que a reserva de reavaliação
existente no balanço refere-se à avaliação dos imóveis em
2010 e divulgada no respetivo relatório.
(Ver tabela da página 117).
2.12 Imobilizado em curso
Quanto às imobilizações em curso, o valor apresentado nas
demonstrações Financeiras são no total de 1.251.461,96€ e
encontram-se subdivididos da seguinte forma:
• Obras existentes para a instalação do Serviço de
Obstetrícia no valor total de 121.333,24€.
• Ampliação do serviço de Urgência no valor total de
543.791,58€.
• Obras no Internato Geral Ginecologia no valor de
152.039,97€.
• Obras de Internamento no valor total de 143.371,88€.
• Instalações Sanitárias na Cirurgia Geral no valor de
109.179,45€.
• Obras no Sistema de chamadas no Internato Médico
no valor de 45.058,72€.
• As restantes obras têm um valor total de
136.687,12€.
2.13 Indicação dos bens
utilizados em regime de
locação financeira, com
menção dos respectivos
valores contabilísticos
Não existe qualquer valor desta natureza.
Designação Custos Históricos a) Reavaliações b) Valores Contabilísticos
Reavaliados (€)
Bens de Domínio Público 0,00 8.845.575,00 8.845.575,00
Terrenos e Recursos Naturais 4.014.659,04 33.703.200,00 37.717.859,04
Edifícios 0,00 0,00 0,00
Outras construções e infraestruturas 0,00 0,00 0,00
Bens de domínio público 0,00 0,00 0,00
Sub-total 4.014.659,04 42.548.775,00 46.563.434,04
Imobilizações corpóreas
Terrenos e recursos naturais 90.485,85 1.137.114,15 1.227.600,00
Edifícios e outras construções 13.175.757,81 -9.567.357,81 3.608.400,00
Equipamento básico 1.556.775,24 7.925.492,66 9.482.267,90
Equipamento de transporte 21.833,54 46.495,92 68.329,46
Ferramentas e utensílios 3.627,54 6.634,52 10.262,06
Equipamento administrativo e informático 1.507.414,34 376.231,17 1.883,645,51
Taras e vasilhame 294,58 -294,58 0,00
Outras imobilizações corpóreas 15.609,99 -6.865,29 8.744,70
Sub-total 16.371.798,89 -82.549,26 16.289.249,63
Investimentos financeiros
Investimentos em imóveis 0,00 0,00 0,00
Sub-total 0,00 0,00 0,00
Total Geral 20.386.457,93 42.466.225,74 62.852.683,67
a) Líquidos de amortizações
b) Engloba as sucessivas reavaliações
2.23 Valor global das
dívidas de cobrança
duvidosa incluídas em
cada rubrica de dívidas de
terceiros constantes do
balanço.
Da análise rigorosa e específica das contas correntes de
cada cliente, conclui-se que existiam dívidas de terceiros
que estavam em mora há mais de um ano e cujo risco de
incobrabilidade era devidamente justificado, pelo que à
data de 30 de junho de 2013, procedeu-se à transferência
da conta 211 – Clientes C/C para a conta 218 – Clientes e
Utentes de Cobrança Duvidosa de forma a refletir o valor
de 1.445.249,99€ de clientes de cobrança duvidosa.
2.27 Valor das dívidas a
terceiros a mais de cinco
anos, repartidos pelas
respetivas rubricas de
balanço:
221 Entidade Valor (€)
A.M Cunha. LDA. 877,38
ACSS - Adiministração Central Sistemas de Saúde, IP 339.759,09
Biomérieux Portugal, LDA. 986,98
Celpur - Técnica Ambiental, LDA. 549,45
Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE 199,50
Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 81.060,30
F.V.C. - Fabrica Vilas CArreiras 551,31
Instituto Oftalmológico Dr. Gama Pinto 10.534,68
Izasa Portugal - Distrib. Técnicas, LDA. 3.930,34
M. Augusto Silva & Filhos, LDA. 4.789,77
M.B. Ortopedia, LDA. 3.634,38
Maternidade Dr. Alfredo da Costa 199,40
Ortoimplante, SOC. De Ortopedia, SA 151.381,89
Papelmunde - Sociedade Manufacturas Gráficas, LDA. 643,80
PauloFerreira - Trading 310,47
Tecnomédica - Equipamentos Médicos, LDA. 4.267,86
Voxmania - Import Export., LDA. 10.482,78
Total Geral 614.159,28
2.31 Desdobramento das
contas de provisões
acumuladas, explicitando os
movimentos ocorridos no
exercício, de acordo com o
quadro seguinte:
Conta Entidade Saldo inicial (€)
Aumentos (€)
Redução (€)
Saldo Final (€)
19 Proteções para aplicações - tesouraria 0,00 0,00 0,00 0,00
291 Provisões para cobranças duvidosas 892.385,36 642.095,13 0,00 1.534.480,49
292 Provisões para risco e encargos 2.238.264,50 0,00 778.729,74 1.459.534,76
39 Provisões para depreciação de existências 0,00 0,00 0,00 0,00
49 Provisões para investimentos financeiros 0,00 0,00 0,00 0,00
Total Geral 3.130.649,86 642.095,13 778.729,74 2.994.015,25
Para efeitos de constituição da Provisão para Cobrança
Duvidosa, consideram-se as dívidas de terceiros que es-
tejam em mora há mais de um ano e cujo risco de inco-
brabilidade seja devidamente justificado, tendo para esse
efeito considerado para o seu cálculo o valor constante
da conta 218 – Clientes e Utentes de Cobrança Duvidosa
pelas seguintes percentagens:
• Créditos em mora há mais de 12 meses e até 24
meses - 50%;
• Créditos em mora há mais de 24 meses - 100%.
Ainda no que se refere às Provisões, é de esclarecer que
foram constituídas Provisões para Outros Riscos e Encar-
gos, nomeadamente sobre processos judiciais intentados
contra o Hospital de Faro, uma vez que se afigura pro-
vável que uma eventual condenação no pagamento dos
valores peticionados no valor de 1.459.534,76€.
2.32 Explicitação
e justificação dos
movimentos ocorridos no
exercício, em cada uma
das contas da classe 5
– “ Fundo Patrimonial”,
constantes no Balanço
De acordo com o Decreto-Lei n.º 180/2008 o Capital Es-
tatutário do Hospital de Faro é constituído por uma do-
tação em numerário subscrita e integralmente realizadas
pelo Estado de 22.422.097,00€, devidamente registado
na rubrica de Capital Social.
Quanto às Reservas Livres, decorrem dos valores que de-
ram origem ao Hospital de Faro E.P.E., provenientes do
Património do Hospital Central de Faro S.P.A.
As Reservas de Reavaliação no valor de 42.466.225,74€,
decorrente do registo dos ativos avaliados por empresa
independente em 2010.
Quanto às Doações, em conformidade com o descritivo
na Diretriz Contabilística 02/91 daCNC, as Doações de
Equipamento Imobilizado diz respeito à relevação do
Imobilizado doado ao Hospital de Faro por diversas enti-
dades pelo valor de 131.810,91€.
No que se refere aos Resultados Transitados, durante o
exercício até 30 de junho de 2013, procedeu-se à transfe-
rência do Resultado do Exercício anterior, de acordo com
a aplicação de resultados deliberada por aprovação do
Conselho de Administração do Hospital de Faro.
Conta Entidade Saldo inicial (€)
Transferências (€)
Aumentos(€)
Redução (€)
Saldo Final (€)
511 Capital Social 22.422.097,00 0,00 0,00 0,00 22.422.097,00
56 Reservas de reavaliação 42.466.225,74 0,00 0,00 0,00 42.466.225,74
Sub-total 64.888.322,74 0,00 0,00 0,00 64.888.322,74
Reservas
574 Reservas livres 6.006.155,75 0,00 0,00 0,00 6.006.155,75
575 Subsídios 4.725.877,74 0,00 0,00 0,00 4.725.877,74
576 Doações 1.298.260,28 0,00 131.810,91 0,00 1.430.071,19
Sub-total 12.030.293,77 0,00 131.810,91 0,00 12.161.104,68
Resultados
59 Resultados transitados -107.674.619,02 0,00 -5.535.277,25 0,00 -113.209.896,27
88 Resultados líquidos do exercício -5.535.277,25 0,00 -386.076,44 -5.535.277,25 -386.076,44
Sub-total -113.209.896,27 0,00 -5.921.353,69 -5.535.277,25 -113.595.972,71
Total Geral -36.291.279,76 0,00 -5.789.542,78 -5.535.277,25 -36.545.545,29
2.33 Demonstração dos
custos das mercadorias
vendidas e das matérias
consumidas, de acordo com
o mapa seguinte:
Conta Designação Mercadorias (€)
Matérias primas, subsidiárias e de consumo
(€)
36 Existências iniciais 0,00 4.008.776,28
312+316 Compras 0,00 18.632.091,85
793+693 Regularizações de existências 0,00 0,00
36 Existências finais 0,00 5.823.670,03
61 Custos das mercadorias vendidas 0,00 16.817.198,10
O custo das mercadorias vendidas e matérias consumi-
das foram no montante de 16.817.198,10€, cuja demons-
tração é apresentada no quadro acima. O saldo final
das existências do exercício em 30 junho de 2013 foi de
5.823.670,03€, o qual engloba as existências nos arma-
zéns, farmácia, serviços clínicos e laboratórios.
2.35 Vendas e das
prestações de serviços
Os proveitos gerados referem-se, essencialmente, a pres-
tações de serviços resultantes da atividade de saúde com
internamento, registando-se, ainda, proveitos provenien-
tes da Venda de Energia e do Aluguer de Instalações, con-
tudo, sem grande relevância e registados estes últimos na
conta de Proveitos Suplementares
Conta Designação 2013 (€)
711 Vendas 26,91
712 Prestações de serviços 47.798.936,79
Total 47.798.963,70
2.37 Demonstração dos
resultados financeiros,
como se segue:
Custos e perdas
Conta Designação 2013 (€)
681 Juros Suportados 423.654,28
685 Diferenças de câmbios desfavoráveis 1,80
688 Outros custos e perdas financeiras 7.809,78
82 Resultados financeiros -383.180,47
Total geral 48.285,39
Proveitos e ganhos
Conta Designação 2013 (€)
781 Juros óbitos 815,33
785 Diferenças de câmbios favoráveis 0,00
786 Descontos de P/pagamento obtidos 47.470,06
788 Outros P. e G. Financeiros 0,00
Total geral 48.285,39
2.38 Demonstração dos
resultados extraordinários,
como se segue:
Custos e perdas
Conta Designação 2013 (€)
691 Transferências de capital concedidas 22,80
692 Dívidas incobráveis 26.263,98
694 Perdas em imobilizado 3.485,20
695 Multas e penalidades 0,00
697 Correções relativos a exercícios anteriores 1.173.898,21
698 Outros custos e perdas extraordinários 1.598,08
84 Resultados extraordinários 6.087.398,36
Total Geral 7.292.666,63
Proveitos e ganhos
Conta Designação 2013 (€)
792 Recuperação de dívidas 3.303,96
794 Ganhos e, Imobilizações 3.008,13
796 Redução de Amortizações e Provisões 778.729,74
797 Correções relativas a exercícios anteriores 6.238.802,63
798 Outros proveitos e ganhos extraordinários 268.822,17
Total geral 7.292.666,63
2.39 Outras Informações
consideradas relevantes
para melhor compreensão
da posição financeira dos
resultados No presente Relatório e Contas são feitos comentários,
dos quais é permitido extrair análise e apreciação porme-
norizadas da situação económica e financeira do Hospital
de Faro, sendo de referir como nota final o saldo Ativo e
Passivo da rubrica “24 – Estado e Outros Entes Públicos”,
que apresentava em 30 de junho de 2013 o desdobra-
mento abaixo apresentado.
Conta Designação Ativo (€)
Passivo (€)
Imposto sobre o rendimento (I.R.C.)
2411 Pagamentos por conta 245.000,00
2412 Retenções 209,13
2413 Imposto estimado 0,00 97.209,20
Sub-total 245.209,13 97.209,20
Retenções Imposto S/rendimentos (I.R.S.)
2421 Trabalho dependente 0,00 761.270,00
2422 Trabalho independente 0,00 8.929,98
2425 Pensões 0,00 2.314,00
24291 Sobre outros rendimentos 0,00 0,00
24229 Retenções ACSS 41.928,57 10.928,10
Sub-total 41.928,57 783.442,08
Imposto sobre valor acrescentado (I.V.A.)
2436 Iva a Pagar 0,00 27.663,90
Sub-total 0,00 27.663,90
Contribuições para a Segurança Social 0,00
2452 Caixa Geral de Aposentações 0,00 681.363,07
2453 Segurança Social 0,00 687.718,24
Sub-total 0,00 1.369.081,31
Total Geral 287.137,70 2.277.396,49
De acordo com a legislação em vigor, as declarações
fiscais estão sujeitas a revisão e a eventual correção por
parte das autoridades fiscais por um período de quatro
anos, sendo de dez anos para a Segurança Social. Deste
modo, as declarações fiscais do exercício de 2013 podem
vir a ser sujeitas a revisão, contudo não terão um efeito
significativo nas demonstrações financeiras entregues.
Relatório e Parecer do Fiscal Único
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