hoje macau 7 nov 2011 #2487

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PUB FESTIVAL FRINGE MAIS DE MIL ARTISTAS VÃO SAIR ÀS RUAS • Página 11 TEMPO CHUVA FRACA MIN 24 MAX 28 HUMIDADE 70-90% CÂMBIOS EURO 11.0 BAHT 0.2 YUAN 1.2 AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006 PUB MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ SEGUNDA-FEIRA 7 DE NOVEMBRO DE 2011 ANO XI Nº 2487 PUB Ter para ler RAEM consegue autorização para abrir primeira delegação em Taiwan Politiquices sem lugar LAG | APOMAC AUMENTOS SALARIAIS E MAIS DINHEIRO PARA OS IDOSOS • Página 5 PMEs REVISÃO URGENTE DAS LEIS LABORAIS • Página 6 Depois de um ano de negociações, o Governo de Macau conseguiu autorização para abrir, ainda este mês, uma Delegação Económica e Cultural em Taipé, a primeira representação da RAEM em Taiwan. A política fica de fora do plano, já que o principal objectivo é promover a cooperação bila- teral nos sectores do turismo e do comércio. “Mais nada”, frisa Alexis Tam, porta-voz do Executivo. > PÁGINA 4

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Edição do Hoje Macau de 7 de Novembro de 2011 • Ano X • N.º 2487

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Page 1: Hoje Macau 7 NOV 2011 #2487

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FESTIVAL FRINGE

MAIS DE MIL ARTISTAS VÃO SAIR ÀS RUAS

• Página 11

TEMPO CHUVA FRACA MIN 24 MAX 28 HUMIDADE 70-90% • CÂMBIOS EURO 11.0 BAHT 0.2 YUAN 1.2

AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006

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MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ • SEGUNDA-FEIRA 7 DE NOVEMBRO DE 2011 • ANO XI • Nº 2487

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Ter para ler

RAEM consegue autorização para abrir primeira delegação em Taiwan

Politiquices sem lugar

LAG | APOMAC

AUMENTOS SALARIAIS E

MAIS DINHEIRO PARA OS IDOSOS

• Página 5

PMEs

REVISÃO URGENTE DAS LEIS LABORAIS

• Página 6

Depois de um ano de negociações, o Governo de Macau conseguiu autorização para abrir, ainda este mês, uma Delegação Económica e Cultural em Taipé, a primeira representação da RAEM em Taiwan. A política fica de fora do plano, já que o principal objectivo é promover a cooperação bila-teral nos sectores do turismo e do comércio. “Mais nada”, frisa Alexis Tam, porta-voz do Executivo. > PÁGINA 4

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SEGUNDA-FEIRA 7.11.2011

2www.hojemacau.com.mo ACTUAL

OS serviços de cor-reios de Pequim criou um esquema para tentar ajudar

a conter o número crescente de divórcios no país. Casais recém-casados estão a ser convidados a enviar cartas de amor lacradas que serão entregues aos destinatários no sétimo aniversário do seu casamento. A ideia é que casais que penem em divórcio rece-bam um lembrete oportuno sobre as razões que os uniram.

Os jovens Zhang Ying e Liu Cheng, de Pequim, estão prestes a casar-se, mas querem prevenir-se contra a “maldição dos sete anos”. A dupla planeia participar do esquema oferecido pelos

AS autoridades chinesas desman-telaram um negócio de tráfico de

crianças na província de Shandong, que envolvia as mães das crianças e os intermediários que as vendiam.

Foi descoberto um total de 17 crianças entregues a compradores chi-neses nesta região. Destas,13 já foram resgatadas e colocadas ao cuidado de centros de acolhimento, enquanto as restantes estão ainda a ser procuradas pela polícia.

Segundo o jornal oficial “Global Ti-mes”, a maioria dos casais que vende os recém-nascidos migra de zonas rurais para perto das cidades, na esperança de encontrar emprego. Um rapaz pode ser vendido por 50 mil yuans e uma rapa-

riga por 30 mil, valores consideráveis para quem vive da agricultura, refere Chen Qingwei, um polícia responsável pela investigação.

Os bebés são vendidos sobretudo nas áreas rurais a pessoas que não po-dem ter filhos ou cujos filhos morreram, bem como a famílias que já têm uma filha rapariga mas desejam um rapaz. Na China, uma lei nacional impõe li-mitações à natalidade: um filho único por casal nas cidades e dois filhos por casal nas zonas rurais.

Xu Xindong, um agricultou de 50 anos de Zoucheng, afirmou não saber que comprar um bebé era ilegal. “Pedi emprestados 49 mil yuans a amigos e familiares para ter este rapaz, que tratei

como se fosse meu filho. Agora perdi o filho e o dinheiro”, revelou numa entrevista a uma televisão local.

Li Jianmin, vice-presidente da Chi-na Population Association, explicou ao “Global Times” que era comum nas zonas rurais a população não conhecer as leis: “Há que pense que não há pro-blema em comprar crianças deixadas pelos pais”.

Todos aqueles que vendem os filhos podem enfrentar uma pena máxima de 10 anos, enquanto os compradores estão sujeitos a um máximo de três anos de prisão. Em Julho, autoridades no sul da China resgataram 89 menores e prenderam 369 suspeitos relacionados com gangues de tráfico de crianças.

China lança “correio do amor” para tentar conter divórcios

Filatelia para ajudar casais

NEGÓCIO DE TRÁFICO DE CRIANÇAS DESMANTELADO NA CHINA

A ilegalidade desconhecida

correios de Pequim. Liu disse que o conteúdo da carta que escreveu para a futura esposa interessa apenas a ela. Zhang disse que pedirá ao futuro marido que “segure a sua mão e envelheça com ela”.

O ATALHOAntes raro, o divórcio é hoje comum na China. Na última década, o número de casa-mentos fracassados duplicou no país. No ano passado, 1,96 milhões de casais pediram o divórcio, um aumento de 14,5% em relação a 2009. Como acontece noutros ou-tros países, o fenómeno está a ser atribuído ao aumento na riqueza e nas liberdades individuais.

“Se observar a indústria da moda, ela passou de Karl Marx a Karl Lagerfeld de um dia para o outro”, disse Angelica Cheung, editora da revista Vogue China. “O que nós vivenciámos nos últimos dez anos foi equivalente ao que sociedades no Ociden-te vivenciaram durante 50 anos”.

“As pessoas viam carros caros, casas caras e isso tinha um impacto sobre os casa-mentos. Mulheres jovens, em particular, achavam que (o ca-samento) seria um atalho para uma boa vida”, acrescentou.

ANTI-MULHERMuitas mulheres, entretanto, que acreditavam no casamen-to como atalho para a boa vida têm agora mais um motivo para tentar evitar o divórcio. Tradicionalmente, cabe ao ho-mem comprar a casa do casal. Numa pesquisa recente, 70% das mulheres disseram que o homem tem de ter uma casa antes do casamento.

Em casos de divórcio, a casa era dividida entre os dois. Mas graças a uma nova legis-lação, a casa a partir de agora passa a ser dividida de acordo com a contribuição feita por cada parceiro na compra do

imóvel. Essa mudança na lei é grande e, somada a uma alta nos preços de propriedades, está a gera forte reação na opinião pública.

“Acho que a nova lei é anti-mulher”, disse uma moradora de Pequim, Liu, enquanto fazia compras. “Por outro lado, o casamento não é só propriedades, dinheiro não deveria ser tão importante”.

Outros transeuntes dis-cordam. “As mulheres não têm as mesmas responsabili-dades financeiras quando se

tão mais inclinadas a pedir o divórcio do que as antigas gerações. “Já que o homem tradicionalmente compra a casa do casal, muitas mulhe-res sentem-se vulneráveis”, explicou.

Algumas mulheres, na eventualidade de um divór-cio, podem acabar sem casa. Mas se o casal tiver filhos, o pai - na maioria dos casos - terá de dar assistência financeira à mãe que cuida das crianças.

Wang disse acreditar que a nova lei é positiva, porque reflecte as mudanças na socie-dade. “A nova emenda à lei do casamento ajuda o sistema legal a lidar com casos de di-vórcio”, disse. “Mas não pode mudar a atitude das pessoas em relação ao casamento”.

Os correios de Pequim esperam que o seu esquema evite que alguns casais procu-rem o tribunal para o divórcio. A instituição também está a criar selos especiais, cartões postais e até um “Passaporte do Amor” que pode ser ca-rimbado a cada aniversário do casamento.

O sucesso do esquema não poderá ser avaliado antes de pelo menos sete anos, disse a sua criadora, Sun Buxin, gerente de uma agência dos correios em Pequim.

E para os quem optar pelo divórcio antes de completar sete anos de casado, Sun Bu-xin manda um aviso: “Se os casais não nos disserem para cancelar o serviço, nós vamos entregar a carta”.

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casam”, disse o chinês Gao. “Homens têm mais responsa-bilidades, já que há a expec-tativa de que eles comprem a casa. Então talvez (a nova lei) facilite as nossas vidas”.

SURPRESA DESAGRADÁVELSegundo o advogado espe-cializado em divórcios Wang Xiuquan, a nova lei preocupa muitas mulheres. Wang refe-riu que as pessoas esperam mais igualdade no casamento hoje em dia e quando um relacionamento fracassa es-

HM-1ª VEZ 07-11-11通常宣告案 第CV3-11-0027-CAO 號 第三民事法庭Processo: Acção Ordinária 3º Juízo Cível

AUTOR: NG KUN TOU, residente em Macau na Istmo Ferreira do Amaral, nº99, Edifício Hung Wan, 19º andar E.

RÉUS: HO IO KEUNG que também usa e é conhecido por HO YIU KEUNG e MOK IOK CHAO que também usa e é conhecido por MOK IOK CHAU, com últimas moradas conhecidas em Macau, na Estrada Coelho do Amaral, nº12 A e na Rua Formosa, nº10, 3º D, ora ausentes em parte incerta.

*** FAZ-SE SABER que pelo Tribunal, Juízo e processo acima referidos, correm éditos de TRINTA DIAS, contados da segunda e última publicação do anúncio, citando os Réus acima identificados, para no prazo de TRINTA DIAS, findo o dos éditos, contestar a Acção Ordinária, cujo pedido consiste em: (i) Seja declarado os Réus, por facto voluntário culposo que lhes é exclusivamente imputável, não cumpriram as obrigações que através do con-trato promessa aludido na petição inicial haviam assumido para com o Autor designadamente a de celebrar o contrato prometido outorgando a respectiva Escritura Pública de compra e venda; (ii) Seja proferida sentença constitutiva que produza os efeitos da declaração negocial em falta, transmitindo-se por essa via para o Autor, para todos os efeitos legais, nomeadamente de registo, pelo preço já pago de HKD550000,00 equivalentes a MOP566500,00, livre de quaisquer ónus ou encargos, a propriedade da fracção autónoma designada por “AC/V”, na cave “A”, para comércio, inscrito a favor dos Réus sob o nº101972, a fls. 127 do Livro G80, do prédio sito em Macau, na Calçada das Verdades, nº 18-A e 20, descrito na Conservatória do Registo Predial de Macau sob o nº1438, a fls. 171v do Livro B8; e (iii) Sejam condenados os Réus a pagar as custas judiciais. Tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial, que se encontra nesta Secretaria do 3º Juízo Cível à disposição do citando. A intervenção do citando nos autos implica a constituição de advogado - artº74º do Código Processo Civil de Macau.

RAEM, 25 de Outubro de 2011

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SEGUNDA-FEIRA 7.11.2011

3www.hojemacau.com.mo

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Atribuição de subsídio a pilotos locais participantesnas corridas no exterior em 2012

I. Requisitos do pedido e critérios de atribuição do subsídio 1. O requerente, ao abrigo do n.o 1 do artigo 34.o do Decreto-Lei n.o 67/93/M, de 20 de Dezembro, deve satisfazer uma das seguintes condições: 1) Ser natural da Região Administrativa Especial de Macau (R.A.E.M.); 2) Ser de nacionalidade portuguesa ou chinesa e ter na R.A.E.M. a sua residência há mais de 1 ano; 3) Residir na R.A.E.M. há, pelo menos, 3 anos. 2. O requerente deve, ainda: a) Ser sócio da Associação Geral de Automóvel de Macau, China (AAMC), e ser portador de todas as licenças legais e indispensáveis para a participação em corridas no exterior e obter a representividade da AAMC; b)TerterminadoeobtidoclassificaçãooficialnascorridasdoGrandePrémiode Macau(GPM)realizadonoanode2011. 3. A atribuição de subsídio será limitada à participação em corridas homologadas pela Fédération Internationale de Motocyclisme (FIM) ou pela Fédération Inter nationale de l’Automobile (FIA), devendo estas competições no exterior ser do mesmo tipo e de nível equivalente ao da efectivamente participada pelo piloto requerentenoGPMem2011(motos,carrosdeturismooufórmula3).Aatribuição está sujeita aos seguintes padrões de avaliação: 1)ClassificaçãogeralnumadascorridasdoGrandePrémiodeMacaurealizado noanode2011(emcomparaçãocomoresultadodosprimeiros3classificados na mesma corrida), analisando o nível de competição do requerente nestas corridas; 2)Classificaçãogeraldorequerentenascorridasrealizadasnoexterior(emcom paraçãocomo resultadodosprimeiros3classificadosdamesmacorrida), analisando-se o nível de competição do requerente nestas corridas; 3)Potencialidadededesenvolvimentodo requerentenodesportomotorizado (incluindo idade, etc.); 4) Importância e popularidade da corrida em que irá participar, analisando-se o nível de competição do requerente em diferentes tipos de corridas, internacionais ou regionais; 5) Efeito promocional e divulgação de Macau. 4. A atribuição será calculada com base na percentagem correspondente à participação efectiva nas corridas declaradas pelo piloto no pedido de atribuição de subsídio no ano de 2011.

II. Documentos a apresentar com o requerimento:1) Carta de pedido, indicando obrigatoriamente o valor do subsídio requerido;2)Planodeactividades(incluíndoadesignação,datas,locaiseosnos.dascorridas no exterior da RAEM e respectivas mangas);3) Mapa pormenorizado das despesas previstas;4) Curriculum vitae do requerente;5) Cópia do B.I.R. do requerente;6) Cópia do cartão de sócio na Associação Geral de Automóvel de Macau, China;7) Cópia de todas as licenças legais e indispensáveis para a participação em corridas no exterior da RAEM;8) Documento comprovativo da obtenção de representatividade da Associação Geral de Automóvel de Macau, China;9)Provadeparticipaçãoobrigatóriaeobtençãoderesultados oficiaisdascorridas doGrandePrémiodeMacaunoanode2011;10)Provadaclassificaçãofinaleoficialdorequerenteobtidaemcorridasrealizadas no exterior da RAEM no ano de 2011.

III. Qualquer alteração às informações apresentadas deve ser comunicada dentro do prazo de 30 dias a contar da apresentação do pedido de subsídio, com decla- raçãoexpressadomotivojustificativo,findooqual,salvocomprovadassituações de cancelamento por parte da organização do evento ou motivos de força maior, o piloto terá necessariamente que concretizar as restantes corridas que no pedido de atribuição de subsídio declarou ter a intenção de participar, para lhe ser reconhecido o direito ao subsídio.

Os interessados podem apresentar o requerimento, a partir do dia 1 até ao dia 31 deJaneirode2012,naComissãodoGrandePrémiodeMacau.

EndereçodaComissãodoGrandePrémiodeMacau:No.207,AvdaAmizade,Edif.doGrandePrémiodeMacau.Telefone:(853)87962200ou87962204.

O Governo americano acusou os chineses de

serem os “mais activos e persistentes” praticantes de espionagem económica no mundo, uma acção inusitada que pretende estimular puni-ções mais fortes dos Estados Unidos e da comunidade internacional para comba-ter a crescente espionagem industrial que ameaça o crescimento económico.

Agentes da inteligência russa também são respon-sáveis por uma vasta espio-nagem para colectar dados sobre a economia e tecnologia americanas, segundo um relatório da inteligência dos EUA divulgado na quinta--feira, que concluiu que a China e a Rússia são “os co-leccionadores mais vorazes” desses tipos de informações.

A maior parte dessa espio-nagem é feita no ciberespaço, onde grandes volumes de dados podem ser roubados em segundos, de acordo com autoridades da inteligência americana. As campanhas de espionagem chegaram a um nível de crescimento, dizem eles, ao mesmo tempo em que o governo e as empresas dos EUA cresceram extraor-dinariamente por conta da tecnologia de comunicação.

“A cibernética tornou-se o grande golpe do jogo”, disse uma autoridade da inteli-gência americana. “A nossa pesquisa e desenvolvimento estão sob ataque.”

A espionagem económica cibernética tem como alvo componentes essenciais da

economia americana: tecno-logia de informação, militar e médica, bem como energia limpa.

A ameaça vai piorar nos próximos anos e representa “um perigo crescente e per-sistente” para a segurança económica dos EUA, segun-do o relatório, que reflecte as visões das 14 agências americanas de inteligência. Alimentando esta ameaça está o aumento da interacção entre companhias america-nas e chinesas e a crescente contratação, pelas empresas americanas, de imigrantes russos com experiência em alta tecnologia que podem ter sido recrutados por espiões.

A autoridade da inteligên-cia disse que foi necessário seleccionar países específicos para enfrentar o problema e tentar conter uma ameaça que saiu de controlo. A espiona-gem económica é aceite tanto pela China como pela Rússia e faz parte das políticas de desenvolvimento económi-co nacional dos dois países, disse a fonte. A espionagem industrial é ilegal nos EUA.

Os chineses consideram o roubo de propriedade inte-lectual um meio de abastecer o crescimento económico, concluiu o relatório da inte-ligência. A dependência da Rússia por recursos naturais, o desejo de diversificar sua economia e a crença de que as encomendas económicas globais favorecem o Oci-dente impulsionam suas campanhas de espionagem, segundo o documento.

Acredita-se que o gover-no chinês esteja por trás de uma série de ataques ciber-néticos recentes, incluindo diversas invasões do Google Inc. e da EMC Corp, uma companhia de segurança que faz os sinais numéricos usados por milhões de fun-cionários de empresas para aceder a sua rede. Um ataque cibernético no início do ano no Fundo Monetário Inter-nacional também pode ter tido conexão com a China.

Os governos da China e da Rússia geralmente negam qualquer envolvimento com esse tipo de actividade. A autoridade da inteligência americana não quis citar a prova do envolvimento chinês ou dizer se os EUA apresentaram evidências do relatório ao Governo chinês. Os EUA têm prova, disse ele. “Nós não tiramos isso do nada.”

O Governo americano não tem o valor dos preju-ízos económicos causados pela espionagem económica cibernética. Uma autoridade da inteligência americana disse que as estimativas são de 5000 milhões de dólares em 2009 devido à perda de propriedade intelectual e falsificação, por meio de todos os meios de roubo, incluindo invasões ciber-néticas. A instauração de processos contra a espiona-gem chinesa, nos últimos anos, causou prejuízos de até 600 milhões de dólares para uma única companhia americana.

EUA ACUSAM CHINA DE PATROCINAR CIBERESPIONAGEM

Um coleccionador voraz de informações

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SEGUNDA-FEIRA 7.11.2011

4www.hojemacau.com.mo POLÍTICA

Joana [email protected]

É a primeira representação oficial da RAEM em Taiwan e começa a funcionar no final do mês. A “Delegação

Económica e Cultural de Macau em Taiwan” já tinha sido apresentada em Julho pelo Conselho Executivo, mas tem agora local e funções mais definidas, que não passam, garante Alexis Tam, por qualquer objectivo político.

O porta-voz do Executivo apre-sentou sexta-feira a morada da Delegação, que ficará instalada em duas fracções do 56.º andar do Edi-fício Taipei 101, no centro político, comercial e económico da cidade.

A função da Delegação é prestar apoio e serviços aos residentes de Macau que viajem ou vivam na For-mosa, especialmente aos estudantes de Macau. Neste momento, Taiwan acolhe cerca de quatro mil universi-tários naturais da RAEM.

Uma das prioridades é também conseguir a isenção de vistos para os residentes da RAEM que queiram visitar Taiwan, como já acontece ao contrário. Alexis Tam assegura ter já falado com as autoridades taiwane-sas e afirma que este é um problema que pode ser resolvido em breve.

Entre outros apoios, como a emis-são de documentos, intercâmbios nas áreas da saúde e turismo e reforço no combate ao crime entre as duas regiões, a Delegação encontra em Taiwam uma forma de promover Macau.

As duas fracções disponibilizam espaço suficiente para realização de workshops, palestras e seminários e um espaço ao ar livre no centro do edifício pode servir para actividades promocionais. Recorde-se que no

HUANG Huahua, go-vernador da província

de Guangdong, pediu a exoneração de funções na semana passada, segundo a imprensa chinesa. Ainda sem confirmação oficial, os motivos da saída poderão estar relacionados com a situação económica da província, apontam fontes não oficiais, mas seja qual for a razão, Macau não irá sofrer qualquer tipo de consequências.

RAEM abre delegação na Formosa “sem objectivos políticos”, depois de um ano de negociações

Casa nova em Taiwan

ano passado, Cheong U, secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, visitou a Formosa por ocasião da Semana Cultural de Macau, que teve lugar no mesmo edifício onde ficará instalada a delegação.

Alexis Tam garante que as ins-talações serão disponibilizadas aos estudantes de Macau em Taiwan e a artistas do território que quei-ram expor em Taipé, de forma a promover as indústrias criativas e culturais de Macau.

Nadia Leong, antiga secretária--geral da Comissão de Apoio ao Desenvolvimento Turístico, foi a responsável escolhida para chefiar a representação.

SEM OBJECTIVOS POLÍTICOSA Delegação servirá os residentes de Macau e é apenas uma forma de reforçar a cooperação bilateral, diz Alexis Tam, que admitiu dificuldades na negociação da abertura da nova casa. “Foi um processo que levou

um ano a negociar, não foi fácil, foi moroso porque houve muitos traba-lhos oficiais e negociações em quase todas as áreas”, frisou o responsável.

Uma das justificações para a demora do processo poderá ter sido o facto de a Delegação de Taiwan no território estar também em negocia-ções com a RAEM, para expandir o seu centro e modificar o seu nome, algo que já aconteceu.

Alexis Tam negou, no entanto, qualquer objectivo político da De-

legação Económica e Cultural de Macau em Taiwan. “Nós também temos a nossa posição, [o princípio] ‘um país, dois sistemas’. Não vamos tocar em aspectos políticos, que não são da nossa competência. São ape-nas serviços [o que iremos prestar], não têm nada a ver com política”, explicou o porta-voz.

CASA NOVA“Quem conhece Taiwan, sabe que esta é a melhor zona”, garantiu Alexis Tam acerca das novas insta-lações da Delegação. As duas salas do Edifício Taipei 101 – com 1600 metros quadrados - vão custar aos cofres da RAEM 380 mil patacas por mês. Mas Alexis Tam afirma que a operação de escolher a casa nova da Delegação foi muito “cautelosa”.

“Não escolhemos outros locais devido às necessidades de obras. Estas fracções estão prontas e já reúnem condições para instalar equipamentos. Além disso, foram--nos oferecidas muitas vantagens, como a oferta de quatro meses de renda grátis para a decoração do interior”, frisou.

Os acessos e as boas redes de transportes públicos foram outras das características tidas em conta.

O porta-voz do Governo salienta que quer ter o quadro de pessoal mais reduzido possível a trabalhar na Formosa. No total, serão entre 10 a 15 os funcionários da Delegação, com cinco deles a saírem de Macau. O orçamento para o primeiro ano está estipulado em 20 milhões de patacas.

Até Setembro foram mais de cem mil os taiwaneses que che-garam a Macau em visita. Taiwan é também local preferido para os visitantes de Macau. Este ano, até Agosto, foram 78 mil os residentes que viajaram até à Formosa.

EXONERAÇÃO DE FUNÇÕES DO GOVERNADOR DE

GUANGDONG NÃO PÕE EM CAUSA ACORDO-QUADRO

Cooperação com traço contínuoConfrontado com a situa-

ção numa conferência de im-prensa na sexta-feira, Alexis Tam, porta-voz do Governo assegurou que o Acordo Quadro Guangdong-Macau continuará contemplado com quem assumir os novos cargos.

“Huang Huahua empe-nhou-se muito no desen-volvimento da província de Guangdong e é normal que, numa certa idade, as pessoas queiram deixar os

cargos. Mas isso não vai trazer qualquer alteração ao acordo-quadro, que está em andamento. Seja qual for o governador, os tra-balhos são iguais”, referiu Alexis Tam.

O A c o r d o - Q u a d r o Guangdong-Macau foi as-sinado em Março deste ano e prevê a cooperação econó-mica, social e cultural entre Guangdong e Macau. O desenvolvimento conjunto da Ilha da Montanha é um

dos objectivos do acordo, que posiciona ainda Macau como um centro de lazer e de turismo a nível interna-cional.

Huang Huahua poderá vir a ser substituído pelo seu adjunto e, de acordo com fontes não-oficiais, a sua saí-da poderá implicar a demis-são de outros governadores, numa decisão tomada pelo Governo Central em apostar numa alteração nos cargos públicos. - J.F.

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SEGUNDA-FEIRA 7.11.2011

5www.hojemacau.com.mo

Joana [email protected]

VIEMOS aqui para dar a entender ao Chefe do Executi-vo que concorda-

mos com uma actualização salarial automática, vinculada ao valor da taxa de inflação”, frisou Jorge Fão, em conversa aos jornalistas, depois de estar reunido com Chui Sai On.

O presidente da APOMAC esteve na sede do Governo, onde apresentou ao Chefe do Executivo diversas propostas acerca de “as-suntos de interesse da população”.

A actualização automática dos salários da função pública, sempre que haja inflação, foi já uma ideia defendida por outros deputados, como José Pereira Coutinho, presi-dente da Associação dos Trabalha-dores da Função Pública de Macau (ATFPM). Pereira Coutinho chegou mesmo a apresentar ao Governo, na semana passada, uma fórmula de cálculo para que haja um mecanis-mo automático dos ordenados de quem trabalha na função pública, apesar do aumento de 5% nos sa-lários o ano passado, e depois de Chui Sai On ter admitido que está

O Executivo admite vir a aplicar mais dinheiro no

sistema de Segurança Social e pondera alterar o sistema político. Pelo menos foram as indicações que Chui Sai On deixou após uma reu-nião com os membros da Associação Novo Macau Democrático, na sexta-feira.

As Linhas de Acção Le-gislativa para 2012 estão quase a ser apresentadas e Chui Sai On tem estado reunido com diversos re-presentantes da população e do sector da função públi-ca. Os deputados Ng Kuok Cheong, Au Kam San e Paul

ENSINO SUPERIOR COM REDOBRADO APOIO DE CHUI SAI ONDurante a cerimónia de graduação da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST), referente ao ano lectivo passado, o Chefe do Executivo reiterou apoio ao ensino superior do território. “O Governo apoia o ensino superior no sentido de garantir uma maior qualidade a todos os níveis, incluindo nas áreas pedagógica, da investigação científica e do serviço social”. Chui Sai On garantiu ainda total empenho “em aperfeiçoar a legislação do regime de ensino superior e consolidar o papel efectivo do fundo que lhe é inerente, com melhores condições e ambiente nas instituições académicas, promoção da excelência, com base no talento e valor para a sociedade, criação de condições mais favoráveis para a formação contínua e uma maior competitividade e qualificação dos cidadãos.”

APOMAC apoia actualização automática dos salários e apresenta propostas

Ajudar quem contribuiu para a RAEMJorge Fão reuniu-se na sexta-feira com Chui Sai On para pedir, mais uma vez, a actualização salarial automática dos funcionários públicos. Aposentados e pensionistas não ficaram de fora dos pedidos do presidente da assembleia geral da Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC), numa reunião que durou uma hora. A elevação do subsídio do idoso para o nível do índice mínimo de subsistência, a habitação pública e a protecção ambiental foram outros dos temas em cima da mesa

“a ponderar uma nova actualização de 7%.

Mas, Jorge Fão não se ficou apenas pelos actuais trabalhadores da função pública. O representante da APOMAC e um dos fundadores da ATFPM, pediu também ao Chefe do Executivo uma actualização para aposentados e pensionistas.

“Os aposentados que represen-tamos são aposentados da função pública e com pensionistas que-remos restringirmo-nos às viúvas desses funcionários. Também eles

devem ter uma actualização de [subsídios] automática e vinculada ao sistema que o Governo está a estudar”, explicou.

Jorge Fão assegura que o próprio Chefe do Executivo está consciente das dificuldades por que passam os aposentados de Macau e afirma estar confiante que nova medida de actualização automática será implementada para o próximo ano.

Os maiores obstáculos dos refor-mados e pensionistas do território prendem-se, diz Jorge Fão, com o

facto de os salários e subsídios não serem altos e caminharem a par com uma inflação galopante. “A classe inactiva tem imensas dificuldades”, salienta.

A pensão atribuída aos idosos foi outro dos temas que o presidente da assembleia geral da APOMAC levou ao Chefe do Executivo.

Jorge Fão considera mais justo se o processo de atribuição de subsídios fosse “uniformizado”, uma vez que existem idosos a re-ceberem duas mil patacas e outros

apenas mil patacas. “Além disso esta pensão para os idosos deveria estar vinculada ao índice mínimo de subsistência, que são três mil e tal patacas”, frisou ainda o respon-sável. “A pensão [para os idosos] deveria ser, no mínimo, de três mil patacas”, acrescentou.

Neste contexto, Jorge Fão apre-sentou uma proposta ao Executivo: a atribuição de três mil patacas para quem tenha 65 anos, de 3500 para os idosos com 70 anos e de quatro mil para os de 75. Ou seja, a cada cinco anos de idade, uma atribui-ção de mais 500 patacas. “Com a idade mais avançada, é natural que as economias que os idosos têm juntos comecem a escassear mais rapidamente”, frisa o presidente da assembleia geral da APOMAC.

O responsável afirma que Chui Sai On prometeu ponderar todas as propostas e mostrou-se confiante nas decisões do Chefe do Executivo. “Nós demos o nosso apoio e tenho razões para acreditar que no próxi-mo ano serão implementadas estas medidas”, disse à saída da reunião.

“Vivemos numa sociedade abastada que deve apoiar aqueles que mais contribuíram para o seu desenvolvimento”, frisou Jorge Fão.

Estão em construção e isso é positivo, mas as habitações sociais enfrentam um problema de espaço. “A densidade populacional para as habitações sociais é grande. Eu suponho que o Governo deve ponderar fracções sociais com mais área”, ressalva Jorge Fão. O presidente da assembleia geral da APOMAC considera que Macau está, neste momento, a copiar as habitações sociais que existiam em Hong Kong nos anos 60. Jorge Fão, que assegura que Singapura tem o melhor exemplo destas construções, afirma que o problema de espaço nas habitações sociais poderia ser desculpado na administração portuguesa, mas nunca numa altura em que Macau é governado por chineses.

“Isto [das habitações serem pequenas] sucedeu no passado, na administração portuguesa, porque a administração não percebia a tradição de uma família chinesa, que gosta de viver com os seus filhos e netos, três gerações numa habitação. Os portugueses tiveram uma política errada em relação aos chineses, mas com um chinês a governar o território, acho que temos de construir habitações sociais com alguma dignidade”, ressalvou Jorge Fão. O presidente da assembleia geral da APOMAC entregou ainda ao Executivo um dossier com algumas propostas para melhorar o ambiente e o trânsito de Macau.

CHUI SAI ON ADMITE ALTERAÇÕES NO SISTEMA POLÍTICO E NA SEGURANÇA SOCIAL

Compromisso público assumidoChan Wai Chi, da Associação Novo Macau Democrático, confrontaram o Chefe do Executivo com a necessidade de desenvolvimento no regi-me político e dos trabalhos na área da administração e justiça.

Jason Chao, presidente da associação, falou aos jornalistas no final da reu-nião e frisou as intenções do Executivo. “Chui Sai On

disse que no futuro o Gover-no irá introduzir alterações democráticas no sistema político”, disse.

Depois das propostas apresentadas pelos democra-tas – que versavam também sobre a habitação pública e o sistema de segurança social -, Chui Sai On emitiu um comunicado onde reafirmou a intenção do Governo “em manter a estabilidade da

equipa da Administração Pública, ajustando remune-rações e regalias de efectivos e aposentados, aplicando o regime central de recru-tamento de funcionários”, entre outras alterações.

Aplicar mais dinheiro no Fundo de Segurança Social e no Fundo de Previdência Central foram outras das promessas feitas aos de-mocratas. Sobre o pedido feito pelo deputado Ng Kuok Cheong de substituir a secretária para a Admi-nistração e Justiça, Florinda Chan, Chui Sai On não se pronunciou. – J.F.

HABITAÇÕES SOCIAIS SÃO PEQUENAS PARA FAMÍLIA TRADICIONAL CHINESA, DIZ JORGE FÃO

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SEGUNDA-FEIRA 7.11.2011

6www.hojemacau.com.mo SOCIEDADE

MANUEL ANTÓNIO MENDES GILFalecimento

Faleceu no Centro Hospitalar Conde de São Januário, no passado Sábado, dia 5 de Novembro de 2011. Tinha 55 anos de idade.

Deixa mulher Catarina Ng Gil Irmão Inácio Mendes GilFilho Clementino Mendes Gil Irmã Fátima do Céu GilIrmã Maria do Carmo Gil E sobrinhos e sobrinhos-netos

A missa será realizada no dia 8 de Novembro (amanhã) pelas 20h00 na Casa Mor-tuária da Diocese de Macau. Haverá outra missa pelas 11h30 do dia 9 de Novembro (quarta-feira), seguindo-se a cremação.

Virginia [email protected]

AS leis laborais vigentes em Ma-cau precisam de revisão urgente.

A ideia foi defendida por representantes de grupos empresariais e associações comerciais, durante um sim-pósio que girou em torno do trabalho, da actual escassez

AS ruas e estradas em Macau são demasiado

estreitas para a quantidade de veículos e, nessas condi-ções, a presença de muitos automóveis pesados é uma das causas que tornam mais fácil a ocorrência de aciden-tes de trânsito. O assunto, que muita polémica tem des-pertado nos últimos tempos, com a ocorrência de alguns acidentes que ganharam algum destaque mediático, voltou ser abordado numa interpelação escrita na As-sembleia Legislativa (AL): desta vez pelas mãos do de-putado pró-democrata Paul Chan Wai Chi, que defende

o reforço da segurança das infra-estruturas e veículos.

O Governo da RAEM e o Chefe do Executivo, critica Paul Chan, têm permitido que o Regulamento do Trân-sito Rodoviário se mantenha com lacunas regulamentares no que diz respeito aos sis-temas de auto-controlo de velocidade, por exemplo. A espera interminável por regulamentação para esse tipo de equipamento e para o seu uso e controlo exigem do Governo maior atenção e dedicação, considera o deputado.

Na sua interpelação es-crita, Paul Chan questionou

quando iria o Governo aplicar de forma efectiva o Regulamento do Trânsito Rodoviário e utilizar regu-lamentação administrativa para o modelo e condições de uso e controlo de equi-pamentos de auto-controlo de velocidade, de forma a garantir a segurança de cir-culação dos veículos. O par-lamentar inquiriu ainda se o Executivo iria ou não tomar como referência o modelo de Taiwan e exigir a todos os veículos pesados que instalassem um “dispositivo de protecção” para garantir a segurança dos outros utentes da estrada. – V.L. PEQUIM quer que Macau se converta

num centro de turismo e lazer de nível mundial e tem deixado esse desejo bem claro em diversas ocasiões. A população local apoia a ideia, mas o Governo da RAEM e os seus responsáveis, ao longo dos últimos anos, limitaram-se a repeti-lo vezes sem conta no seu discurso, mas sem tomar verdadeiras medidas concretas, denunciou o deputado da Assembleia Legislativa (AL) Au Kam San.

O “Centro Mundial de Turismo e Lazer” tornou-se, no discurso dos altos-funcionários do Executivo, um slogan oco de significado, tal é a falta de acções para que se torne uma realidade na prática, considera Au Kam San. A comprová-lo, o pró-democrata lembra que a pesquisa regular do Centro de Investigação de Turismo Internacional do Instituto para o Turismo mostrou recentemente que o índice de satisfação dos turistas em Macau tem decaído. Para o deputado, os números são alarmantes

Governo instado a prestar mais atenção às dificuldades que atravessam as PME

Trabalho precisa de melhores leis

DEPUTADO FALA DOS ACIDENTES E DAS CONDIÇÕES DAS RUAS

Pela segurança rodoviária

ORELHAS MOUCAS AOS APELOS DO GOVERNO CENTRAL

Centro mundial de paleio

de recursos humanos e das relações entre empregados e empregadores. No balanço, ficou o apelo ao Governo para que não descurasse da situação operacional das Pe-quenas e Médias Empresas (PME) locais.

Entre os mais de 100 re-presentantes de associações comerciais presentes no evento, muitos foram os que defenderam a necessidade

de revisão urgente da “Lei das relações de trabalho” e da “Lei da contratação de trabalhadores não re-sidentes”, de forma a que possam ser ultrapassados certos obstáculos práticos e operacionais. Os respon-sáveis enumeraram uma série de problemas na base dos seus apelos, incluindo os relacionados com aco-modações ilegais, ambiente

comercial local, dinamização da zona antiga da cidade, hotéis económicos, falta de recursos humanos em todos os sectores, desavenças entre empregadores e emprega-dos e o aumento das rendas.

SALVEM AS PMEA falta generalizada de recur-sos humanos e os problemas nas relações entre patrões e empregados foram, no entanto, os temas que mais preocupação suscitaram entre os participantes. Al-guns observaram que a “Lei das relações de trabalho” em vigor fazia com que os empregadores ainda não soubessem que rumo tomar, algumas das suas imposições eram difíceis de aplicar nal-guns sectores e a competiti-vidade das PME não podia ser comparada à das grandes empresas. Por isso deixaram um apelo para que o Governo não fosse tão intolerante na aplicação da legislação e que tivesse em conta as dificulda-des operacionais das PME,

sem prejuízo de uma urgente revisão na “Lei das relações de trabalho”.

A precisar de revisão, defenderam, está também a “Lei da contratação de tra-balhadores não residentes”, nomeadamente para resol-ver os actuais problemas no sistema de importação de trabalhadoras domésticas e abrir caminho à maior faci-lidade na vinda para Macau de domésticas da China Continental.

Ho Iat Seng, vice-pre-sidente da Assembleia Le-

gislativa (AL), juntamente com os deputados da AL Kou Hoi In e Cheang Chi Keong, garantiram estar a dar a máxima atenção às opiniões dos empregadores e sectores comerciais, com-prometendo-se a proceder à recolha e gestão dessas opiniões através dos canais próprios, para transmiti--las ao Executivo e levá-lo a prestar uma coordenação adequada para melhorar o ambiente empresarial e fo-mentar o desenvolvimento económico.

e têm afastado Macau do objectivo de se tornar um “Centro Mundial de Turismo e Lazer” para transformá-la, isso sim, num “Centro Mundial de Piada Turística”.

Na sua interpelação, Au Kam San questinou: “Que tipo de elementos de-veria conter Macau para se tornar um Centro Mundial de Turismo e Lazer?” e sublinha a importância de ter bem clara a resposta a essa questão, porque uma vez enumerados esses elementos, será per-ceptível onde é que falta melhorar. Desde que o Governo Central lançou o repto a Macau, já lá vão dois anos, lembrou o deputado, considerando uma vergonha que tenha de ter Pequim a providenciar alguém para ajudar na investigação e estabelecer a moldura para a implementa-ção. Au inquiriu se o Governo da RAEM pretendia continuar à espera que fossem os outros a fazer a investigação, sem dar qualquer contributo, e ainda o que pre-tendia o Governo fazer para recuperar a satisfação dos turistas.

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Joana [email protected]

A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL)

assegura que não tinha com-petência para desencadear um processo contra a Guardforce, relativamente ao caso que levou 90 trabalhadores da empresa a instaurarem um processo judicial contra a empresa por falta de pa-gamento de horas extraordinárias de trabalho e subsídios de férias e de alimentação.

Numa carta enviada ao Hoje Macau, a DSAL pede que sejam feitos alguns reparos nas acusações que a Missão dos Trabalhadores Migrantes fez à actuação da enti-dade. Em Outubro, um comuni-cado da associação que protege os trabalhadores migrantes acusava a DSAL de ter “dormido em cima do assunto”, mesmo depois de os

SERVIÇOS DE SAÚDE TROCAM IMPRESSÕES COM CHINA E HONG KONGA prevenção e controlo do tabagismo, a avaliação da qualidade hospitalar, a prevenção e tratamento das doenças crónicas e a constituição do regime da carreira médica generalista e especialista foram os quatro temas abordados na 10.º Reunião Conjunta das Cúpulas da Administração de Saúde da China, Hong Kong e Macau, que se realizou este sábado em Pequim. O subdirector dos Serviços de Saúde (SS), Chan Wai Sin, salientou que os temas desenvolvidos são considerados o trabalho mais importante e constituem um desafio para o sistema de cuidados de saúde em Macau.

Aviso para os pilotos participantes do 58o Grande Prémio de Macau

Todos os veículos das corridas de suporte devem apresentar-se no “Paddock” para os procedimentos do despacho alfandegário a partir do dia 12 até às 24:00 horas do dia 13 de Novembro, após procedimentos seguirem para os parques alocados. Veículos isentos do despacho alfandegário devem apresentar-se para os parques alocados até ao dia 14 de Novembro.

Horário para as “ Verificações Técnicas e Documentais ”:• Os concorrentes que não tenham submetido os veículos às “Verificações Técnicas” e ou não terem os veículos aprovados nas “Re-verificações Técnicas” entre Segunda-Feira a Quarta-Feira, estes seriam excluídos para partici-parem nas provas de acordo com os Regulamentos Desportivos.

14 de Novembro (2a Feira)

Das 09:00 às 17:00 : Taça GT Macau – Star River Windsor Arch, Taça de Carros de Turismo de Macau – CTM, Macau Road Sport Challenge – Suncity Group, Corrida de Interport MAC/HKG – Hotel Fortun

Das 12:30 às 17:00 : 45º Grande Prémio de Motociclismo de Macau – City of Dreams

15 de Novembro (3a Feira)

Das 9:00 até as 17:00: Taça GT Macau – Star River Windsor Arch, Taça de Carros de Turismo de Macau – CTM, Macau Road Sport Challenge – Suncity Group, Corrida de Interport MAC/HKG – Hotel Fortuna, 45º Grande Prémio de Motos de Macau – City of Dreams

16 de Novembro (4a Feira)

Das 9:00 até as 12:00: Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – SJMDas 12:00 até as 13:00: Verificação documental e pesagem dos veículos do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – SJMDas 13:30 até as 17:00: “ Re- verificações Técnicas ” final para todos os veículos

Horário para levantamento de passes dos concorrentes:

12 de Novembro (Sábado), das 14:00 até as 18:0013 a 15 de Novembro (Domingo a 3a Feira), das 09:00 até as 13:00 e das 14:00 até as 18:0016 de Novembro (4a Feira), das 09:00 até as 13:00 e das 14:00 até as 17:00

Horário para a verificação dos equipamentos de telecomunicações 13 de Novembro (Domingo) das 9:00 até 17:0014 a 16 de Novembro (2a Feira a 4a Feira), das 09:00 até as 18:00

• Todas as equipas / pilotos que utilizarem equipamentos de rádio telecomunicações, teriam que submeter os mesmos para a verificação e aprovação da Direcção dos Serviços de Regulação de Telecomunicações. De acordo com a Lei, os equipamentos de rádio telecomunicações não autorizados pelo Governo, não podem ser utilizados nem possuirem. Assim, antes do levantamento de passes pelos concorrentes, seria necessário proceder ao Pit n.o 2 para os procedimentos de verificação e autorização do uso dos respectivos equipamentos de rádio telecomunicações durante o evento.

DSAL PEDE REPAROS NAS ACUSAÇÕES QUE A MISSÃO DOS TRABALHADORES MIGRANTES

Trabalhadores migrantes com tratamento igualseguranças terem feito queixa de-vido à exploração de que estavam a ser alvo.

Os representantes dos traba-lhadores não-residentes – filipinos e birmaneses -, mencionaram em comunicado que a DSAL “basica-mente não fez nada relativamente às queixas, mas passou a decisão para os tribunais”.

A DSAL, por sua vez, vem agora explicar a forma de procedi-mento e garante ter encaminhado o processo para o Ministério Público, uma vez que “não tinha qualquer competência para desencadear o processo contra o empregador”.

A carta enviada ao Hoje Macau, e assinada pela subdirectora da entidade, Noémia Lameiras, refere ainda que o intuito da DSAL foi sempre o de proteger os direitos dos trabalhadores não-residentes emergentes da relação de trabalho.

A DSAL admite ter recebido as

queixas de 82 trabalhadores e afir-ma que, segundo as investigações, os seguranças não terão, de facto, recebido os pagamentos, tendo, por isso, notificado a Guardforce, ainda que sem sucesso.

Mas, o Regime das Relações de Trabalho vigente na altura, “não era aplicável às relações de trabalho entre empregadores e trabalhadores não-residentes”, daí o reencaminhamento da situação para os tribunais.

A Missão dos Trabalhadores Migrantes afirmava ainda que a Guardforce se mantinha a inti-midar e ameaçar os profissionais e que, apesar de reuniões com a DSAL, a entidade nada resolvia. Na sexta-feira, a DSAL veio des-mentir o caso, dizendo que “enviou um ofício ao Ministério Público denunciando a situação, mas que este respondeu que a matéria em causa não tinha relevância penal, tendo o processo sido arquivado”.

A DSAL frisa ainda, na carta enviada ao Hoje Macau, que todos os casos são tratados da mesma forma e dentro das tramitações legais.

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Associação Geral de Automóveis de Macau-China

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8www.hojemacau.com.mo vida

Clickecológico

Sabia que...

Emissões de carbono em 2010 foram superiores aos piores cenários

Com essa ninguém contavaO carbono emitido a nível mundial em 2010 foi superior aos piores cenários

que o Painel Internacional das Alterações Climáticas (IPCC, sigla em inglês) fez em 2007, defende a Agência da Energia dos Estados Unidos.

Segundo os dados do relatório, anunciados num notícia da AP publicada pelo jornal “The Guardian”, em 2010 o mundo emitiu mais 512 milhões de toneladas de carbono para o ar do que em 2009, um aumento de seis por cento.

“Quanto mais falamos sobre a necessidade de con-trolar as emissões, mais elas crescem”, disse John Reilly, co-director do Programa Conjunto do MIT sobre a Ciência e Política das Altera-ções Climáticas, citado pelo Guardian.

ENVOLTOS por uma cortina de poluição que escondia Pequim,

representantes do BASIC (Brasil, África do Sul, Índia e China) exor-taram os países desenvolvidos a renovar o controlo de emissões de gases do Protocolo de Quioto.

Durante um encontro de dois dias com altos funcionários dos mi-nistérios do ambiente dos quatro países, os participantes acordaram que o discurso do grupo tem de ser afinado para a Conferência da ONU sobre Mudança Climática, em Durban (África do Sul), que acontece em Dezembro.

O Protocolo de Quioto obriga 37 países industrializados (incluin-do a União Europeia) a diminuir a emissão de gases de efeito estufa em 5,2% abaixo dos níveis de 1990. O principal fracasso foi não ter conseguido a ratificação dos EUA.

A meta de Quioto prevê o cumprimento até ao ano que vem, quando já deveria haver um novo tratado. Mas Rússia, Japão e Ca-nadá, entre outros, têm sinalizado de que não se comprometerão com um novo período caso os principais emissores continuem de fora.

O BASIC cobrou aos países desenvolvidos o compromisso de “assumir a liderança” nos esforços contra a mudanças climáticas, a criação de um fundo de 236 mil milhões de patacas de ajuda aos

AS CHEIAS NUM PARQUE DE VIDA SELVAGEM NA TAILÂNDIA• Várias aves descansavam ontem numa zona parcialmente inundada do parque Safari World, em Banguecoque. Quase metade do parque ficou inundado durante a noite mas todos os animais foram levados para zonas mais elevadas. Estas são as piores inundações da Tailândia dos últimos 50 anos.

ABATE ILEGAL DE RINOCERONTES BATEU RECORDES NA ÁFRICA DO SULEste ano já foram abatidos 341 rinocerontes por caçadores furtivos na África do Sul, um número recorde em relação ao ano passado, que acabou com 333 animais mortos, alerta a organização ecologista WWF. Na semana passada, esta organização alertou para a extinção do rinoceronte de Java no Vietname. “O rumor infundado de que o corno de rinoceronte pode curar o cancro pode ter ditado o destinado do rinoceronte de Java no Vietname”, comentou Christy Williams, especialista da WWF na Ásia. “Este mesmo problema está a afectar outras populações de rinocerontes na África e no Sul da Ásia”, acrescentou. A África do Sul tem sido o ponto focal da caça ilegal porque tem as maiores populações de rinocerontes do planeta.

• Uma torneira a pingar, mesmo que o pingo seja mínimo, pode desperdiçar mais de 190 litros de água por dia?

EMERGENTES COBRAM AOS RICOS RENOVAÇÃO DO PROTOCOLO DE QUIOTO

Se tens mais, tens de pagar

Os grandes responsáveis pelo aumento de emissões foram os Estados Unidos, a China e a Índia. Os dois últimos países são grandes consumidores de carbono, a queima deste combustível fóssil é a maior fonte a nível mundial de CO2, e represen-tou um aumento de 2009 para 2010 de oito por cento.

“É um grande salto”, disse por sua vez Tom Boden, di-rector do Centro de Análise e Informação do Dióxido de carbono que faz parte do departamento de energia, do Laboratório Nacional de Oak Ridge. “Do ponto de

vista das emissões, a crise financeira mundial parece ter terminado.”

Segundo o responsável, os resultados de 2010 são superiores às expectativas do relatório do IPCC publicado em 2007, em relação às emis-sões de dióxido de carbono.

O mesmo relatório dizia que o aumento de tempera-turas no final do século, de-vido ao efeito de estufa, seria entre 2,4 e 6,4 graus com uma média de quatro graus. Mas John Reilly explica que as es-timativas extremas do IPCC correspondiam somente às estimativas médias do MIT.

países mais pobres e transferência tecnológica.

O representante do Brasil no encontro, o secretário-executivo do Ministério do Ambiente, Francisco Gaetani, disse que, se a extensão de Quioto for aprovada em Durban, a conferência terá sido “um grande sucesso”.

Gaetani, no entanto, admite que uma das principais dificuldades para propostas como a do fundo é o momento de crise económica. “Uma série de países estão obcecados com resultados de curto prazo.”

O funcionário brasileiro elogiou ainda a “coesão” do BASIC. “A posição dos quatro países é muito importante para a posição do G77 [grupo dos países em desenvolvi-mento].”

Presente no encontro como observador, o deputado federal brasileiro Alfredo Sirkis teve uma avaliação pessimista do resultado. “Este processo da ONU é um la-birinto. E, mesmo quando está a avançar, é dentro de um labirinto.”

“A reunião do BASIC foi um microcosmo da forma como a ONU funciona. Aqui, produziu-se um documento absolutamente inócuo, que não cumpriu o propósito de conseguir o que quer que fosse de aproximação com a Europa para poder manter, dentro de Quioto, aqueles que não podem sair.”

Sirkis disse que o Brasil tentou fazer essa aproximação, mas que a estratégia não foi adiante porque houve resistência principalmente por parte da Índia.

Mais optimista, Marcos Carson, co-autor de um estudo sobre o BASIC do Instituto Ambiental de Estocolmo (Suécia), disse que o documento “reflecte o verdadeiro desafio de encontrar oportuni-dades para avanços significantes em Durban”. Carson elogiou os esforços do BASIC para reduzir emissões.Alfredo Sirkis

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FÓSSIL DE MAMÍFERO ENCONTRADO PARECE-SE COM ESQUILO DA “IDADE DO GELO”

Velho e cheio de surpresasAR de esquilo, focinho es-

treito e comprido, cani-nos anormalmente grandes, olhos pequenos e peludo. Por momentos, o Cronopio dentiacutus podia ser con-fundido pelo personagem Scrat do filme da “Idade do Gelo”, o esquilo histérico que estava sempre à procura da próxima bolota.

Mas este mamífero, cujos fósseis foram agora desco-bertos na Argentina, não tinha como companhia ma-mutes ou tigres dentes de sabre, mas sim dinossauros.

A importância do achado publicado agora na revis-ta Nature, traduzida pelo Público, é enorme. O mais antigo fóssil de mamíferos tem 220 milhões de anos, pertence à era dos dinos-sauros. Até à extinção dos répteis gigantes, há cerca de 65 milhões de anos, o número de fósseis de mamí-

ABATE ILEGAL DE RINOCERONTES BATEU RECORDES NA ÁFRICA DO SULEste ano já foram abatidos 341 rinocerontes por caçadores furtivos na África do Sul, um número recorde em relação ao ano passado, que acabou com 333 animais mortos, alerta a organização ecologista WWF. Na semana passada, esta organização alertou para a extinção do rinoceronte de Java no Vietname. “O rumor infundado de que o corno de rinoceronte pode curar o cancro pode ter ditado o destinado do rinoceronte de Java no Vietname”, comentou Christy Williams, especialista da WWF na Ásia. “Este mesmo problema está a afectar outras populações de rinocerontes na África e no Sul da Ásia”, acrescentou. A África do Sul tem sido o ponto focal da caça ilegal porque tem as maiores populações de rinocerontes do planeta.

feros encontrados é apenas um décimo dos que foram desenterrados e pertencem a épocas mais recentes.

Por isso, a maior parte da história da ramificação dos mamíferos está por conhecer, e ainda mais em continentes

menos explorados a nível paleontológico como a Amé-rica do Sul.

O Cronopio dentiacutus

tinha o tamanho do rato e viveu há cerca de 94 milhões de anos na província de Rio Negro, Argentina. A equipa

de Guillermo Rougier, da Universidade de Louisville, no Kentucky, encontrou dois crânios e algumas maxilas fossilizadas.

Os cientistas consegui-rem determinar que a nova espécie fazia parte dos Dryo-lestoidea, grupo extinto cujos membros são parentes próximos do mamíferos marsupiais e placentários de hoje, mas mais difícil é ava-liar os hábitos do Cronopio ou a utilidade dos enormes dentes. “Os dentes de trás, os molares, são o tipo de dentes necessários para os insectívoros, um animal que come insectos de diferentes tipos, e até pequenos inver-tebrados, ou talvez pequenos lagartos, que existiam ali”, disse Rougier à BBC News. “Mas não temos ideia porque é que precisava de caninos tão grandes. Aquelas presas são uma grande surpresa.”

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11www.hojemacau.com.moCULTURA

7.ª edição do Hush! sobe ao palco no sábado

Rock e punk ao barulho

FESTIVAL FRINGE ANDA À SOLTA A PARTIR DA PRÓXIMA SEMANA

“Para onde fores, a arte vai contigo”

Lia [email protected]

O palco está a ser montado, a publicidade espalhou--se pelas ruas da cidade. Vem aí mais um festival

Hush! – uma maratona de rock, com data marcada para o próximo sábado, na Praceta da Arte do Centro Cultural de Macau (CCM). Já lá vão sete anos a mostrar a mais recente música feita localmente e fora de fronteiras e este ano sobem ao palco nove bandas da casa e cinco grupos vindos de fora. A organiza-ção espera ter a mesma adesão do ano passado – cerca de 5000 pessoas.

Quando o relógio marcar as três da tarde, a festa começa. As bandas prometem trazer músicas novas e vários estilos. Se uns se sentem mais na onda do pop, noutras bandas impera o punk, mas o som vai passar também pelo heavy metal. Estilos diferentes e um cardápio para agradar a todos.

Considerado o maior palco para bandas locais, há repetentes e ou-tros que se estreiam. O sentimento é comum – a oportunidade única de se darem a conhecer ao público. A faltar está ainda a possibilidade de gravarem um CD à moda de um profissional. Os grupos que o fazem usando uma “receita casei-ra” conseguem também neste dia vender alguns discos.

Joana [email protected]

SÃO palhaços, artistas, músicos e muito diver-

tidos. Prepare-se, vem aí mais uma irreverente edição do Festival Fringe, que vai reunir em Macau mais de mil artistas.

Com início no dia 18 des-te mês, o Festival estende-se até ao dia 4 de Dezembro e traz Hong Kong, Singapu-ra, Estados Unidos, Brasil, França, Japão, Austrália e, claro, Portugal.

Os “Idiotas Anormais”, ou Les Idiots, por exemplo, são um dos grupos que pro-mete animar o festival. Com “mais de trinta idiotas” vin-dos de França, EUA e do Por-to, eles garantem aparecer

FEIRA DE ARTE DO TAP SEAC A PAR DO FESTIVALO Fringe de Macau conta ainda, desde 2007, com a Feira de Arte do Tap Seac, que terá cerca de 120 expositores com obras de arte originais, de associações convidadas de Taiwan (Campobag), Cantão (iMart Creative Market) e Hong Kong (The Boys and Girls Clubs Association). De 18 a 20 de Novembro – das 17h às 22h – e de 25 a 27 de Novembro, a praça do Tap Seac recebe tendas de comida, workshops e exposições.

Quem sobe ao palco?

Da vizinha Hong Kong sobem ao palco os KOLOR, de Banguecoque os Silly Fools, de Pequim os Sick Pupa, os S.I.G.I.T. de Jacarta e Mavis Fan & 100% de Taipé. Quanto ao talento local, actuam os Black Sheep, Blademark, Boogie Engineering, pela primeira vez também, Crossline, Experience, Forget the G, LAVY, Music:Boxx e dos Scamper. A entrada é gratuita e o convite está feito.

• BLACK SHEEP | Caracterizam-se como um exército que precisa de se aplicar no treino e pretende ser uma expressão do trabalho duro dos seus membros e de um espírito progressivo e persistente.

• BLADEMARK | Sem um estilo definido, a banda varia entre o pop e o rock alternativo. Retiram inspiração de pessoas e coisas com as quais contactam na vida quotidiana.

• EXPERIENCE | Uma banda rock de diversos estilos que procura a inovação musical. Já tocaram com outros músicos em diferentes locais e estiveram presentes nas últimas quatro edições do Hush!.

• CROSSLINE | Reflectem a ideia de que tudo tem uma fronteira e a banda foi criada para desafiar limites. A sua música é inspirada pelas emoções quotidianas das pessoas e os seis membros da banda gostam de experimentar diferentes géneros musicais.

• SCAMPER | Todos os “scampers” pertenciam a bandas diferentes com estilos musicais distintos, mas quando se juntaram, passaram a escrever novas canções, num estilo peculiar, mesclando elementos do emo, punk e rock.

• FORGET THE G | Uma banda que mistura rock alternativo com música experimental. Em Maio de 2010, os Forget the G auto-financiaram e lançaram o primeiro álbum, “Prologue”.

• BOOGIE ENGINEERING | Sem um estilo rígido, os Boogie Engineering gostam de criar temas em estilos variados. Já gravaram sete originais na sua maioria pop/rock. Actuam pela primeira vez no palco do Hush!.

• LAVY | Surgiram em 2007 e o sólido perfil de cada membro é a garantia dos seus concertos sempre que se juntam em palco. O grupo começou a compor em 2008, os temas são enérgicos, melodiosos.

• MUSIC:BOXX | Um projecto de colaboração entre vários “entertainers” do Canadá, Malásia, EUA, África do Sul, Singapura, Filipinas e Macau. Depois de 20 anos de experiência em espectáculos e digressões pelo mundo escolheram Macau para se estabelecer.

Os anuais Scamper falam de um público que de edição para edição está cada vez mais aberto e a entrar no “feeling”. “A reacção do público está a mudar, aderem mais e di-vertem-se. Para nós é motivador”, comenta um dos elementos do grupo. O Hush! permite às novas bandas visibilidade e um espaço que não conseguem ter com um mercado demasiado pequeno. Um dos “scampers” afirma “que aqui não dá para viver da música e que não há gente que queira investir

na área”. Contudo, fala do evento como um meio de liberdade para “tocar e escrever o que se quer” e como forma de alargar horizontes aos fãs de música. Esta banda ainda não tem um álbum gravado, mas depois de sete anos a participarem no festival, já foram convidados a actuar em palcos fora das linhas da região.

Apesar da variedade, Vincent, vocalista dos LAVY, considera que o género musical não é muito lato, que se devia alargar para mais

onde menos espera: “Vamos brincar com as pessoas de Macau. Nas ruas, nas casas, nos escritórios, dentro dos táxis ou nos carros. Não se preocupem, não magoamos. A maior parte das vezes”, afirmam.

Mas o Fringe tem espec-táculos para todos os gostos e todas as idades. No dia 20 de Novembro, pode juntar-se ao habitual desfile que desce das Ruínas de São Paulo ao Leal Senado, a partir das 16h. Com muita música à mistu-ra, balões gigantes e dança, o desfile deste ano traz cinco

delícias de cidadãos e turis-tas de Macau.

Tendo como princípio “a cidade como palco”, são mais de cem os shows que o Fringe oferece, espalhados, precisamente, por toda a Macau.

Se não sabe por onde começar, não se preocupe. A organização do Fringe assegura “que onde for, a arte irá consigo” e os artistas afirmam que não interessa a língua, porque o humor é mudo.

Os bilhetes estão à venda nas cadeias habituais no valor de 50 patacas, ainda que muitos dos espectáculos sejam de entrada livre.

Pode consultar o pro-grama do Fringe em www.macaucityfringe.gov.mo

novas surpresas: madeira, metal, fogo, terra e água vão andar – literalmente – ao seu lado, representando os cinco elementos da cultura chinesa. A representação da

água ficou atribuída à Casa de Portugal em Macau.

Teatros, espectáculos de pintura de areia, workshops e palestras são outras das temáticas que vão fazer as

estilos. Mas a certeza é só uma: um dia com música e um palco para dar a ouvir a Macau o por cá se faz. A comungar da opinião está Darren, do projecto Music:Boxx.

“Não havendo a possibilidade de uma formação musical séria na RAEM, um espectáculo com apoio do Governo é muito posi-tivo e raro.”

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12www.hojemacau.com.mo DESPORTO

Marco [email protected]

A formação de fu-tebol de sete do Organismo Autó-nomo Desportivo

da Casa de Portugal em Macau carimbou ao início da noite de sábado a passagem às meias-finais da edição de 2011 do Campeonato da 2.ª Divisão da Bolinha, ao derrotar o Pak Lok por duas bolas a uma, num encontro em que o dianteiro Hélder Ricardo voltou a chamar a si um papel fundamental na manobra da equipa.

Depois de no início da semana passada ter suado as estopinhas para levar a melhor sobre a Obra Social dos Serviços de Alfândega em encontro a contar para os oitavos de final da com-petição, o grupo de trabalho orientado pelo são-tomense Pelé voltou a pisar o relva-do sintéctico do Campo D. Bosco para o terceiro jogo no espaço de dez dias, mas desta vez a formação de matriz portuguesa quase não teve de sofrer para con-quistar um lugar entre as quatro melhores equipas do segundo escalão do futebol em miniatura do território.

O primeiro remate do encontro até pertenceu ao Pak Lok, mas a Casa de Por-tugal não demorou muito a chamar a si as rédeas da partida e aos quatro minutos Carlos Vilar deixou no ar um primeiro aviso de que o grupo de trabalho às ordens de Pelé não se contentaria com outro resultado que não a vitória. O remate do médio não chegou para incomodar

O piloto português Rodolfo Ávila vai estrear o Porsche

911 GT3 R versão 2012 no próximo Grande Prémio de Macau. A cons-trutora alemã confiou à equipa de Ávila a oportunidade mundial de rodar o carro na Taça Macau GT. “É um grande privilégio para o Team Jebsen receber esta demonstração de apoio da Porsche. Espero e acredito que o excepcional com-portamento do 911 GT3 R encaixe perfeitamente com as característi-cas do Circuito da Guia”, disse o piloto de 24 anos.

O novo modelo tem nesta nova versão várias evoluções. 500 cavalos - mais 20 que a versão anterior - e

Futebol | Casa de Portugal derrota Pak Lok por duas bolas a uma

A 50 minutos da final

o guarda-redes do conjunto adversário e pouco depois, Cuco também não conseguiu fazer melhor do que assustar os homens do último reduto

do Pak Lok com um disparo forte do meio da rua.

Mais forte na transição entre a defesa e o ataque, o sete do Organismo Autó-

nomo Desportivo prometia golos e não tardou a concreti-zar a promessa, inaugurando a marcha do marcador à passagem dos seis minutos.

Não obstante uma forte dinâmica na frente de ata-que, a formação orientada por Pelé acabou por chegar ao golo num lance de bola parada. Exímio na cobrança de um pontapé de canto, Cuco levanta para o coração da área adversária, para um cabeceamento fulminante de Jean Friedman. Com um poder de impulsão invejável, o francês saltou mais alto que os adversários e levou a melhor nas alturas sobre três defesas do Pak Lok.

O golo insuflou tranqui-lidade e confiança na forma-ção de matriz portuguesa e aos doze minutos, a Casa de Portugal expandiu com naturalidade a vantagem, num golo com a chancela irrepreensível de Hélder Ricardo. O dianteiro, tetra campeão asiático de hóquei em patins e melhor marca-dor da edição de 2010 da Liga Júnior, recebeu a bola na frente de ataque e arras-tou consigo três jogadores adversários antes de rematar colocado para o segundo golo da noite.

A vencer por duas bolas a zero, os pupilos de Pelé acabaram por refrear o ritmo de jogo e por apostar de-claradamente na defesa do resultado, sem ainda assim abdicar por completo do ataque. Hélder Ricardo volta a abeirar-se do golo nos ins-tantes finais da primeira par-

te, dando a melhor sequência a um bom cruzamento de Eric Pérez, mas o remate do dianteiro luso acaba por ser travado sobre a linha de golo por um defesa do Pak Lok.

No início da segunda parte, acaba por ser o antigo defesa da Casa do Futebol Clube do Porto de Macau a levar perigo ao último reduto adversário, num remate de cabeça que falha por pouco o enquadramento com a baliza da formação chinesa. Mais dinâmico, o Pak Lok regres-sou ao relvado apostado em dar a volta ao marcador, mas o melhor que conseguiu foi reduzir para um golo a mar-gem de desvantagem que regia a marcha do placard. Aos trinta e dois minutos, o árbitro assinala uma falta do guarda-redes Pio na área da Casa de Portugal e atribuiu um livro indirecto ao Pak Lok. Do lance nasce o golo de honra dos adversários de Hélder Ricardo e companhia, numa jogada concretizada pelo capitão do conjunto de matriz chinesa. O golo materializou-se quando ain-da havia quase vinte minutos para jogar no relvado do D. Bosco, mas o marcador não voltaria a mexer. A Casa de Portugal volta a entar em campo ao fim da tarde de terça-feira para discutar o acesso à final da edição de 2011 do Campeonato da 2.ª Divisão da Bolinha.

GP MACAU | ÁVILA ESTREIAM MUNDIALMENTE O PORSCHE 911 GT3 R 2012

Aquela máquinao motor 4-litros de seis cilindros recebeu um melhoramento no sis-tema de entrada de ar. As mudanças também foram melhoradas com o sistema “paddle shift” no volante, permitindo que as velocidades se-jam engrenadas mais rapidamente. “O Circuito da Guia é famoso pela sua combinação de curvas aperta-das e rápidas, com rectas longas, onde um comportamento ágil e potência bruta são necessárias. Par-

ticularmente na zona da montanha, onde há uma sucessão de curvas de altas e baixas velocidades em que é possível ganhar décimas de segundo numa volta”, explicou o piloto do Team Jebsen.

A nova máquina, preparada de acordo com a regulamentação FIA GT3 e confiada ao Team Jebsen, quer-se pronta para o assalto ao Grande Prémio de Macau. Com as limitações que temos para

ultrapassar no Circuito da Guia, será vital encontrar os limites du-rante as sessões de treinos livres. A “pole-position” em Macau é provavelmente ainda uma maior vantagem que em outro qualquer circuito que eu tenha corrido, portanto a qualificação terá um resultante preponderante na clas-sificação final do fim-de-semana”, explicou Ávila.

A apresentação do novo Porsche

aconteceu na passada sexta-feira, em Hong Kong, e Macau marcará assim a estreia mundial no asfalto do Circuito da Guia de 17 a 20 deste mês. “É uma honra e ao mesmo tempo um desafio de grande res-ponsabilidade para a equipa estrear a versão 2012 do Porsche 911 GT3 R”, referiu o piloto português.

O Grande Prémio de Macau marca o encerramento de uma temporada de sucesso para Rodol-fo Ávila, que ficarou a meros dois pontos do título da Taça Porsche Carrera Ásia 2011, após obter dez posições de pódio em doze possíveis, incluindo uma vitória na geral.

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[ ] CinemaCineteatro | PUB

[f]utilidadesSEGUNDA-FEIRA 7.11.2011www.hojemacau.com.mo

13

[Tele]visãoTDM13:00 TDM News - Repetição13:30 Jornal das 24h RTPi14:30 RTPi Directo16:00 Liga Sagres: Olhanense - Porto (Repetição)17:30 Que Loucura de Família18:00 Música Movimento (Repetição)18:30 Contraponto (Repetição)19:30 Amanhecer20:30 Telejornal21:00 TDM Desporto22:10 Passione23:00 TDM News23:30 Portugueses Pelo Mundo00:15 Telejornal - Repetição00:45 RTPi Directo

INFORMAÇÃO TDM

RTPi 8214:00 Telejornal Madeira14:30 Consigo15:00 Magazine EUA Contacto – N. Jersey15:30 Cidades Património Mundial16:00 Bom Dia Portugal17:00 O Elo Mais Fraco18:00 Resistirei18:45 Linha da Frente19:00 Pai à Força 20:00 Jornal Da Tarde 21:15 O Preço Certo22:00 Magazine EUA Contacto – N. Jersey22:30 Portugal no Coração

ESPN 3012:30 Ironman 70.3 Asia-Pacific Championship13:30 Len European Diving Championships15:30 Pac 12 Conference Football USC vs. Colorado18:30 Winter X Games Fourteen Classix 19:30 (LIVE) Sportscenter Asia 20:00 Monday Night Verdict 20:30 Emotions - Sports Magazine 21:00 Wgc - HSBC Champions 2011 Day 4 Highlights 22:00 Sportscenter Asia 22:30 Rugby World Cup 2011 Fiji vs. Namibia

STAR SPORTS 31

13:00 PGA Europro Tour 2011 - Tour Champs Highlights15:00 Commonwealth Bank Tournament Of Champions 201118:00 Spirit Of Yachting Series 2011 18:30 FEI Equestrian World 19:00 Lake Malaren Shanghai Masters 2011 - Event Highlights20:00 Goodwood Revival 2011 21:00 FIM S1 Supermoto World Championship 2011 - Hls Grand Prix of France 21:30 (LIVE) Score Tonight 22:00 Planet Speed 2011/12 22:30 Engine Block 2011 23:00 MotoGP World Championship 2011 - Main Race GP De La Comunitat Valenciana

STAR MOVIES 4013:00 Secretariat15:10 Fantastic Mr. Fox16:40 Bad Girls18:25 The Marine 220:05 The Walking Dead21:00 Knight & Day22:55 Species Iii00:45 Lies & Illusions

HBO 4112:00 Takers14:00 Repo Men15:50 Ace Ventura: Pet Detective17:20 Ace Ventura When Nature Calls19:00 Superstar20:20 Salt22:00 A Dog Year23:20 Hulk

CINEMAX 4212:30 Harley Davidson And The Marlboro Man14:15 Final Fantasy16:00 Harper18:00 The Bridges At Toko-Ri19:40 Epad On Max20:00 Kill Speed22:00 Gloria23:45 A Nightmare On Elm Street 4 The Dream Master

Su doku

[ ] Cru

zadas

REGRAS |Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SOLUÇÃO DO PROBLEMADO DIA ANTERIOR

SOLUÇÕES DO PROBLEMA

SALA 1IN TIME [B] Um filme de: Andrew NiccolCom: Justin Timberlake, Amanda Seyfried14.30, 16.30

YOU ARE THE APPLE OF MY EYE [C] (Falado em putonghua, legendado em chinês/inglês)Um filme de: Giddens KoCom: Zhendong Ke, Yanxi Chen, Siu-Man Fok19.30, 21.30

SALA 2THE THREE MUSKETEERS [B] Um filme de: Paul W.S. AndersonCom: Logan Lerman, Milla Jovovich14.30, 16.45, 19.15, 21.30

SALA 3TOWER HEIST [B] Um filme de: Brett RatnerCom: Ben Stiller, Eddie Murphy, Matthew Broderick14.15, 16.00, 17.45, 19.45

IN TIME [B] Um filme de: Andrew NiccolCom: Justin Timberlake, Amanda Seyfried21.45

Aqui há gato

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HORIZONTAIS: 1-A. ALARMAR. P. 2-RABOS. ACATA. 3-R. CASACAS. L. 4-AG. SO. IS AR. 5-CAL. UVA. APE. 6-AZAR. I. ORLA. 7-ECONOMICA. 8-ETAL. L. LAVA. 9-DAR. MAR. SAL. 10-EL. AEDOS. RO. 11-R. RASOIRA. R.VERTICAIS: 1-ARRACA. EDER. 2-A. GAZETAL. 3-ABC. LACAR. R. 4-LOAS. ROL. AA. 5-ASSOU. N. MES. 6-R. A. VIOLADO. 7-MACIA. M. ROI. 8-ACAS. OIL. SR. 9-RAS. ARCAS. A. 10-T. APLACAR. 11-PALREA. ALOR.

HORIZONTAIS: 1-Pôr em alarme. 2-Caudas. Aceita respeitosamente as ordens. 3-Chefes ou patrões (Pop.). 4-Prata (s.q.). Consigo mesmo. Cidade da Babilónia. Ataque de paralisia. 5-Caloria (abrev.). Bago, cacho. O caminho (Bras. Pop.). 6-Contrariedade. Borda, barra. 7-Poupada, que gasta o menos possível. 8-Substância gordurosa cuja composição é análoga ao éter. Cobre de lava. 9-Administrar. Oceano. Usa-se como condimento. 10-Artigo antigo Cantores ou poetas, na Antiga Grécia. Letra grega. 11-Rasoura, rasa.

VERTICAIS: 1-O m. q. araca. Rio europeu. 2-Relativo a gazeta. 3-Cartilha para aprender a ler. Revestir com laca. 4-Cantigas populares em honra dos santos. Tabela, relação. Vogais iguais. 5-Queimou. Duodécima parte do ano. 6-Cometido violação. 7-Branda ao tacto. Corta com os dentes. 8-Cachaças de mau gosto (Bras.). Antiga forma de oui. Estrôncio (s.q.). 9-Chefe etíope. Caixas com tampa plana. 10-Tornar plácido. 11-O m. q. palraria. Impulso.

O RETORNO• Dulce Maria Cardoso1975. Lisboa. Durante mais de um ano, Rui e a família vivem num quarto de um hotel de 5 estrelas a abarrotar de retornados — um improvável purgatório sem salvação garantida que se degrada de dia para dia. A adolescência torna-se uma espera assustada pela idade adulta: aprender o desespero e a raiva, reaprender o amor, inventar a esperança. África sempre presente mas cada vez mais longe.

ANGOLA A FERRO E FOGO • Gérard de Villiers Imagine-se em Angola, imediatamente após o 25 de Abril. O cenário é o de um país abandonado pelos portugueses e mergulhado num caos de oportunistas e espiões vindos de todo o mundo. De em-presas que apenas servem de fachada, a mercenários e diplomatas de grandes potências mundiais, todos interessados em retirar o seu quinhão de petróleo e diamantes. É neste ambiente de cortar à faca que vamos encontrar Ted Cassidy, um assassino sádico que tem prazer em infligir a morte; Fernando Raposo, um ex-agente da PIDE que, apesar do ar inofensivo, é um exímio torcionário; Malko, um agente da CIA que veio substituir um colega, morto às mãos de Cassidy, na tentativa de roubar uma carta de Savimbi; Belmiro Chiral, um assassino do MPLA, com a cabeça a prémio; Rosa, uma brasileira ninfomaníaca, e a jovem Graziella Lobito, chefe de um grupo revolucionário que pretende ficar à frente dos destinos de Angola.

O CASO REMBRANDT • Daniel SilvaO Regresso de Gabriel Allon, num thriller explosivo. Em Glas-tonbury, um restaurador de arte é brutalmente assassinado e um quadro de Rembrandt é misteriosamente roubado. Apesar da sua relutância, Gabriel é persuadido a utilizar os seus talentos singulares para encontrar o quadro e os responsáveis pelo crime.

DESORDEM RUIDOSAAconteceu por estes dias, mas já tinha acontecido antes. Desta vez aconteceu bem cedo, por volta das oito horas da matina. Então não é que estava tranquilamente nos meus aposentos e me batem à porta. Até aqui tudo bem, o pior veio depois. Era a minha vizinha chinesa do andar de baixo, ainda de pijama, a pedir, por gestos, que eu não andasse com os calcanhares no chão. Arregalei os olhos de surpresa e respondi-lhe um “ok lá” amargurado.Calcanhares no chão? Então como posso andar eu na minha própria casa? Em bicos de pés? De gatas? A rastejar? Parece-me no mínimo absurdo o azo da minha vizinha chinesa. Mais absurdo ainda pela hora que foi. Por pouco não roçava o meu sétimo sono. Adiante.Na mesma semana, as Obras Públicas tiveram uma ideia interessante. Decidiram alcatroar as ruas de São Lourenço. Excelente, disse eu de rosto aberto. Mas como não há bela sem senão, o horário de labor para o efeito, não foi devidamente acautelado.Entre as 22 horas e as 4 horas da madrugada (!), lá estavam eles com as máquinas num alvoroço desmedido. Era a picareta, era a betoneira, era o cilindro, eram vozes de homens na labuta. Era tudo e tudo valia, menos o silêncio. De repente tudo ruiu numa desordem ruidosa e questionei.Será que a minha vizinha também se deslocou de pijaminha até à obra e pediu aos trabalhadores para que não andassem com os calcanhares no chão? Estranho, ainda não obtive resposta.Mas obtive muito fuminho na minha escadinha – como diria o personagem Zé Carlos dos Gato Fedorento. A minha vizinha – sim, a tal que veio de pijaminha a minha casinha dizer que eu andava com os calcanharzinhos a bater no chãozinho -, lembrou-se de adular o seu incenso. Bom, ela fá-lo todos os dias e empesta a escada com aquele cheiro. Se ao menos o fumo cheirasse a maçãs verdes ou a malmequeres. Mas não, o cheiro é sempre o mesmo e é irritante. E eu que adoro incensos.Ah! Agora me lembro que nunca lhe bati à porta para que ela deixasse de queimar os incensos na escada. Respeito a sua religião, minha senhora – muitas senhoras haverão por aí -, mas respeite também o meu nariz e os meus calcanhares. Para a próxima, antes de me vir bater à porta a horas indecentes por causa do meu andar em minha casa, por favor, apague o fogo. Cheira mal e incomoda-me.O engraçado disto tudo, que não tem graça nenhuma, é que as obras duraram uns quatro dias, e ainda duram nas artérias contiguas ao meu bairro. A minha sorte é que já não ouço o barulho das máquinas felizmente. O sono, esse, voltou a sorrir-me. E a campainha não voltou a tocar...

Pu Yi

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OPINIÃOSEGUNDA-FEIRA 7.11.2011

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Diogo [email protected]

LTE Musik” (literalmente “música antiga”) passou, no meu dicionário, –

perdoem-me germanólogos e outros puris-tas – a significar “alta música”. Música das alturas e da alteridade que, apesar de antiga, está bem viva e dá vida ao outro que fui. Por vezes a interpretação pode dar um sentido novo ao original, uma nova vida, é o caso.

Zumthor diz que a música de Johann Sebastian Bach tem uma característica im-pressionante: a sua “arquitectura”. A sua construção parece clara e transparente, é possível seguir os detalhes da melodia, os seus elementos harmónicos e rítmicos, sem perder o sentido da composição como um todo. A sua música aparece como um corpo translúcido com uma estrutura lumínica que desvenda os vários componentes do tecido musical que a cobre e onde é possível apreender as regras que governam a estrutura da música.

Na interpretação daquela noite Bach e, também, Telemann, Caldara e Corelli foram

Alte MAcAuo sol eufórico que tantas vezes se esconde melancólico atrás das nuvens do céu de Macau. A luz transbordou dos olhos, das mãos, das bocas, dos corpos dos músicos que pareciam flutuar numa nuvem qualquer enquanto tocavam e sorriam, baloiçando-se ao ritmo da lua que lá fora os esperava, quase cheia. E quando o virtuoso Maurice Steger entrou em cena com os olhos esbugalhados de quem viu e não quer acreditar, vibrante com a energia dionísiaca que ecoava na Igreja de São Domingos, menos seguro, muito mais duvidoso, mas também mais apaixonado, o tempo fugiu, tudo passou ao presente, uma paisagem de eventos, ondu-lante, fugaz, totalmente barroca. Assim foi da Abertura (ainda sem Steger) ao final do segundo encore. Toda a vida entregue ali, num sopro de generosidade absoluta, para quem o quisesse receber, inspirar. A música tem destas coisas, tal como a arquitectura.

A construção é a arte de fazer um todo significante a partir dos vários elementos que a compõem. Os edifícios são testemunhos da capacidade humana de construir coisas concretas. E os conjuntos de edifícios, os

bairros, as cidades, são o eco da civilização que as cria. Depois do mês musical que abriu com a mousse multicultural de Maria João e o groove de Mário Laginha (que também conversou sobre “Espaço”, música e arqui-tectura, com os alunos da Universidade de São José) apetece olhar de novo para a cidade de Macau.

Macau não é uma cidade óbvia. Primeiro estranha-se, depois entranha-se (já ouvi isto em qualquer lado...). Vive-se muito à flor da pele. Tudo brilha à exaustão, os edifícios, os

A construção é a arte de fazer um todo significante a partir dos vários elementos que a compõem. Os edifícios são testemunhos da capacidade humana de construir coisas concretas. E os conjuntos de edifícios, os bairros, as cidades, são o eco da civilização que as cria

corpos, menos os céus, em tons cinza, onde, de quando em quando, espreita a cor. Tudo se move com o barulho das luzes. Há noite o artifício do fogo entranha-se no ar que se respira e a inspiração torna-se difícil. Falta a pureza, o ar. À primeira vista tudo soa a falso, lacado, excessivamente envernizado, plastificado, não parece haver lugar para o autêntico e isso dói. Mas há vida para além do néon. Há surpresas, espaços, lugares, pessoas fantásticas. Há Coloane, ainda livre das metastases do jogo. Ali ainda se respira, ainda se inspira, mas o mar está doente, infe-tado pela máquina produtiva do continente que tudo come para alimentar o consumo do povo, de um povo alienado, também ele doente, que procura no jogo e no afecto virtual o remédio para a castração cultural.

“Happines is only real when is shared” foi a última frase que Christopher McCan-dless escreveu no seu diário. A realidade só se torna real quando é partilhada (como foi o caso) e a feli(z)cidade resulta da partilha absoluta da realidade. Termino adaptando o lirismo de Jorge Palma a esta geografia: Macau, Macau, de que é que estás à espera?

“A

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SEGUNDA-FEIRA 7.11.2011

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Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Vanessa Amaro Redacção Gonçalo Lobo Pinheiro; Joana Freitas; Lia Coelho; Rodrigo de Matos; Virginia Leung Colaboradores António Falcão; Carlos M. Cordeiro; Carlos Picassinos; José Manuel Simões; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Rui Cascais; Sérgio Fonseca Colunistas Arnaldo Gonçalves; Boi Luxo; Correia Marques; Gilberto Lopes; Hélder Fernando; Jorge Rodrigues Simão; José I. Duarte, José Pereira Coutinho, Marinho de Bastos; Paul Chan Wai Chi; Pedro Correia Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; António Mil-Homens; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Laurentina Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

na margemJosé I. Duarte

Ciclone Há mortos que ninguém se lembra deles. E há outros, que não conseguem ser deixados em paz. Por Fernando

Paleio a mais Para conteúdo a menos

Tomar o passado como guia não encoraja. Para além das muitas declarações de nobres intenções, o conteúdo das LAG tem sido – as mais das vezes, sobretudo - uma espécie de ‘corta-e-cola’ de edições anteriores, ocasionalmente aprimorado por este ou aquele tema mais candente

COM a aproximação da data previs-ta para a apresentação das Linhas de Acção Governativa, a política

local anima-se e a especulação sobre o que aquelas nos trarão acentua-se. Ine-vitavelmente, a pergunta formula-se: o que esperar das LAG a apresentar? Ine-vitavelmente, a pergunta foi-me dirigida pelo editor. Azar, estava à esperar que ele se esquecesse! É que, a bem dizer, nada sugere que seja de esperar muito. Este tema tem um certo sabor de ‘anti-climax’ antecipado. E todavia gostaria, verda-deiramente, de que os factos viessem a contradizer esta espécie de ‘in-expecativa’.

Ora, de facto, tomar o passado como guia não encoraja. Para além das muitas declarações de nobres intenções, o conteú-do das LAG tem sido – as mais das vezes, sobretudo - uma espécie de ‘corta-e-cola’ de edições anteriores, ocasionalmente aprimorado por este ou aquele tema mais candente; de sugestões de cursos de ac-ção vagos, por vezes tão indistintos que nada fazer quase poderia passar pela sua concretização; e de promessas de análise e de estudo, cujos resultados se não pu-blicam, ou não respondem às perguntas enunciadas, ou se limitam a reformular as mesmas perguntas. É difícil recordar iniciativas ou objectivos fundamentais que se tenham traduzido em acções concretas e resultados mensuráveis ou passíveis de avaliação objectiva. Em suma, o passado tolhe-nos a confiança, não sugere rasgos de iniciativa que coloquem a expectativa mais além.

Mas isso não é, evidentemente, facto que se celebre, nem o meu editor me perdoaria ficar-me por esta espécie de lamentação. Podemos, alternativamente, pensar sobre o que se poderia esperar das LAG se elaboradas com um pouco mais de golpe de asa. E aí, não faltariam temas de reflexão e discussão.

Antes do mais, as LAG poderiam ser um documento bem mais curto, seco. Viria despido de frases redondas, circunlóquios, declarações mais ou menos triviais, repe-tições – o que era bom. Um documento de orientação política não se mede aos palmos. Mede-se na substância da visão que exprime, na clareza das opções e esco-lhas que enuncia, no rigor das acções que declara. Não é uma lista de supermercado; precisará até de alguma dose de retórica,

Delta do Rio das Pérolas e da evolução do sistema financeiro do continente. É que persiste a percepção, eventualmente menos justa, de que para além das declarações de boas intenções e das frases politicamente correctas, pouco de substancial, para além da confiança nas receitas do jogo, suporta acção governativa.

Em segundo lugar, deveria evidenciar uma análise integrada dos problemas de transportes na cidade e na região. Que, falando do metro, e da ponte, e do túnel, e das viaturas, e do estacionamento, e dos transportes privados, e dos transportes públicos, e dos portos, e das vias aéreas, e das infra-estruturas, o fizesse de forma articulada. Tornando patente que o plano, ou orientações, ou objectivos, dela resultan-tes se suportavam solidamente na análise, concreta e cuidada, dos fluxos, existentes e previsíveis, de residentes, entre as suas áreas de residência, trabalho e lazer, e de visitantes, entre os seus pontos de entra-da e as áreas de atracção. Ora, tem-se a sensação, eventualmente menos justa, de que tudo resulta mais do improviso e da pressão das circunstâncias que de uma visão bem alinhavada.

Em terceiro lugar, devia lançar a de-finição com urgência de uma politica de ordenamento urbano. A cidade não é só os bairros antigos, ou o património protegido ou a proteger, ou os condomínios de luxo para não residentes, ou a construção de habitação económica, ou as zonas de vo-cação turística, ou de áreas de lazer, ou de preservação de espaços verdes; é tudo isso. E requer uma visão una, traduzida, desde logo, na promoção da construção atempada das habitações e infra-estruturas neces-sárias àqueles que cá vivem, trabalham e de quem a prosperidade sustentada da região necessita. E sustentada na definição e aplicação – consistente, efectiva e empe-nhada - de regras coerentes de construção, volumetria e iluminação. E não, como eventualmente de forma menos justa possa parecer, em decisões casuísticas e discri-cionárias cuja fundamentação se destaca pela vagueza, quando não pela ausência.

Outros temas, também importantes, poderiam ser chamados a este argumento. Mas respondessem as LAG positivamente aos que aqui ficam, e a primeira coluna pós-LAG seria a mais fácil de escrever de sempre.

concede-se: mas não precisa de ambicionar ser novela. Só essa mudança já seria digna de nota, porque ela reflectiria necessaria-mente uma outra abordagem do processo de formulação e execução das políticas do território. Depois, haveria alguns aspectos fundamentais a clarificar. Um de natureza geral, e outros de natureza mais específica.

Assim, o documento deveria conter uma introdução clara que traduzisse a visão do governo quanto ao futuro des-ta sociedade. Isto é, antes do mais, que tornasse público e transparente o enten-dimento da administração relativamente ao desenvolvimento social e económico da região e enunciasse expressamente os princípios orientadores e os objectivos da governação em diferentes horizontes temporais. Isso significaria, em particu-lar, definir quais as expectativas quanto à evolução dos aspectos da economia e da sociedade sobre as quais o governo não possa ou não deva intervir; e enunciar as

orientações de política que informarão a sua acção relativamente aos aspectos so-bre os quais lhe compita ou julgue dever intervir. E, em especial, um olhar objectivo sobre as vias de desenvolvimento da eco-nomia de Macau, possíveis ou esperadas, no contexto geral do desenvolvimento do

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SEGUNDA-FEIRA 7.11.2011www.hojemacau.com.mocar toon

por SteffREUNIÃO DE EMERGÊNCIA

EURO REPETEM-SE ERROS QUE CONDUZIRAM HITLER AO PODERDois académicos da universidade espanhola Pompeu Fabra concluíram pela história, matemática e economia o que muitos políticos aprendem na pele - que a austeridade provoca contestação social, e que mais vale subir impostos do que cortar benefícios. “Quanto mais corto nos benefícios sociais, mais agitação social tenho. O nível expectável de agitação aumenta maciçamente à medida que cai a despesa do Estado”, disse à Agência Lusa Hans-Joachim Voth, um dos autores do estudo, resumindo a investigação que fez com Jacopo Ponticelli, com o título “Austeridade e Anarquia: Cortes Orçamentais e Agitação Social na Europa, 1919-2009”. No estudo, os dois investigadores olharam para os movimentos de contestação social, incluindo motins, manifestações, greves gerais, assassinatos políticos, crises governamentais e tentativas de revolução, ao longo de 90 anos, em 26 países, incluindo Portugal.

ITÁLIA BERLUSCONI DESMENTE DEMISSÃOO primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, desmentiu ontem categoricamente qualquer intenção de apresentar demissão e frisou que vai continuar a sua batalha. “Correm boatos e fofocas sobre a demissão do Governo. Lamento desiludir os nostálgicos da Primeira República (como é conhecido o período entre 1946-1994), quando os governos duravam 11 meses, mas a responsabilidade perante os meus eleitores e o país impõem-me e ao meu Governo que continuemos a batalha pelo civismo neste momento difícil da crise”, sublinha um comunicado do governante.

ISRAEL AMEAÇA DE GUERRA AO IRÃO O presidente de Israel, Shimon Peres, disse que a “opção militar” para impedir que o Irão obtenha armas nucleares está “próxima”. O anúncio foi feito em concertação com os Estados Unidos, onde um alto responsável militar em Washington disse que o Irão é, neste momento, a maior ameaça dos EUA. Peres, ao ser questionado sobre a possibilidade de se estar a delinear uma acção armada contra as instalações nucleares iranianas, em vez de uma solução diplomática, disse: “Penso que sim. E creio que os serviços secretos de todos estes países estão a ouvir os ponteiros do relógio a fazer tiquetaque, advertindo os líderes de que não sobra muito mais tempo”.

Virginia [email protected]

A autoridade de defesa do consumidor nos Estados Unidos anunciou ter descoberto duas substâncias cancerígenas na fórmula do champô de bebé Johnson’s, mundialmente

famoso por fazer espuma sem causar irritação nos olhos. Algumas regiões vizinhas já confirmaram ter à venda champô com as substâncias em causa, mas em Macau ainda não foi confirmado.

No entanto, a Direcção dos Serviços de Economia (DSE) indicou que iria dar máxima atenção ao caso, tendo já ordenado a realização de testes a amostras recolhidas no mercado local. Se os elementos cancerí-genos forem detectados em níveis acima dos padrões de segurança, a DSE irá solicitar aos comerciantes que retirem os produtos das prateleiras.

Os produtos químicos em questão são a dioxana – composto orgânico que pode ser perigoso quando usado acima de determinadas quantidades – e uma substância chamada Quaternium-15, que liberta formaldeido – também conhecido como metanal, é normalmente utilizado para embalsamar cadáveres e como desinfectante. É com essa segunda propriedade, de acordo com o fabricante Johnson & Johnson, que a substância foi utilizada no champô, para matar as bactérias. Reconhecidas as suas propriedades cance-rígenas, o formaldeído pode ainda causar irritações de pele e das vias respiratórias.

O departamento de controlo de alimentos e medi-camentos da China realizou já provas de segurança ao champô. Segundo a imprensa oficial, as regula-mentações chinesas permitem uma concentração do conservante pré-químico que não deve superar os 0,2 por cento, o mesmo limite estabelecido pela União Europeia.

O chefe da comissão que está a tratar do caso, Sun Youfu, destacou que o quaternium-15 pode originar formaldeído, conhecido químico cancerígeno, ainda que não represente perigo numa concentração infe-rior a 0,2 por cento. A Administração do Controlo de Qualidade e Supervisão da China é muito restritiva à entrada de todos os tipos de produtos estrangeiros no mercado chinês.

A Johnson & Johnson garante já estar a produzir

Champô de bebé Johnson’s é nocivo para a saúde

Não arde, no entanto mata

FUTEBOL MACAU CAMPEÃO EM VETERANOSA Associação dos Veteranos de Futebol de Macau (AVFM) venceu a 6.ª edição do Intercâmbio Anual de Futebol de Veteranos. A final, no campo de futebol da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST), foi contra a congénere de Hong Kong e a equipa encanecida do território venceu 2-0 com golos de Wong Kam Weng, de grande penalidade, e Dedé. “Esta é a terceira vez consecutiva que Macau vence este torneio. É um feito muito bom”, referiu o presidente da AVFM, Francisco Manhão, ao Hoje Macau.

ASTRONOMIA ASTERÓIDE VAI PASSAR ENTRE A TERRA E A LUA O asteróide 2005 YU55 vai rasar a Terra na madrugada de quarta-feira dando uma oportunidade rara dos astrónomos poderem observar um destes corpos tão perto. O YU55 mede 400 metros de diâmetro e foi descoberto em 2005. A rota do asteróide vai passar no ponto mais próximo da Terra, a apenas 325 mil quilómetros de distância, 0,85 da distância entre a Terra e a Lua. Os astrónomos que monitorizam a sua órbita garantem que não há qualquer risco de acertar nem na Terra, nem na Lua.

car toonpor Steff

CHINA SEM PRESSA PARA SOCORRER

A EUROPA

Ainda se lembra do design português?Ainda se lembra do design português?Ainda se lembra do design português?

versões mais seguras do champô nos EUA. Mas, de acordo com a Associated Press, não estarão a ser to-madas medidas para que esse esforço seja alargado a todos os países onde a multinacional está presente.

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