gestao participativa x projeto politico pedagogico

5/12/2018 Gestao Participativa x Projeto Politico Pedagogico - slidepdf.com

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GESTÃO PARTICIPATIVA X PROJETO POLÍTICO PEDAGOGICO

¹Maria Lenilde Cardoso da Silva Souza²Marineide Feitosa da Silva

³Rita de Cássia da Rocha

RESUMO:

O presente trabalho tem como objetivo mostrar a importância daparticipação de todos os interessados em uma educação de qualidade naescola pública. Pois a Escola atual necessita do envolvimento da família,gestor, comunidade, professores, alunos e funcionários onde cada um sintaresponsável em transformar a educação. Colheu–se dados medianteinstrumento de auto-avaliação da Escola Estadual Arcelino Francisco doNascimento, entrevistas semi-estruturadas, observações em sala de aula, emreuniões de professores e em diferentes momentos da vida escolar. Asconclusões básicas a que se chegou é que tal participação acontecerá de fatocom o envolvimento desses seguimentos no Projeto Político Pedagógico daEscola. Entretanto, após trabalharmos o projeto de intervenção com o temagestão participativa, cuja problemática se deu com atuação do conselhocomunitário o qual fez interferências no PPP reestruturando-o conformenecessidade. Nessa perspectiva, o gestor escolar é o elo integrador earticulador dos segmentos internos e externos para a promoção do processoeducativo e tomada de decisão coletiva e participativa na escola. Porém, a

gestão de uma escola necessita de reflexão sobre seus aspectos teóricos epráticos para promover a democratização do ensino, tendo em vista que aeducação é direito de todos, dever do Estado e bem público. Neste sentido, aescola em estudo está sempre buscando desenvolver uma educação dequalidade para todos e valorizando o conhecimento acumulado. Portanto, asações pedagógicas da escola estão voltadas para o bom resultado do alunado.

Palavras-chave: Participação. Gestão. Projeto Político Pedagógico.

ABSTRACT:

The present work has as objective shows the importance of the participation of all the interested ones in a quality education in the public school. Because thecurrent School needs the involvement of the family, manager, community,teachers, students and employees where each one feels responsible intransforming the education. Was it picked data by instrument of solemnity-evaluation of the State School Arcelino Francisco of Nescient, semi-structuredinterviews, observations in class room, in teachers' meetings and in differentmoments of the school life. The basic conclusions the one that she arrived isthat such participation will happen in fact with the involvement of those

Habilitação em Docência nos anos iniciais do Ensino Fundamental e SupervisãoEducacional pela Universidade do Tocantins.¹Habilitação em Geografia pela Universidade Federal do Tocantins.²Habilitação em Língua Portuguesa e Inglesa e Respectivas Literaturas pela

Universidade do Tocantins.³



followings in the Pedagogic Political Project of the School. However, after wework the intervention project with the theme administration participative, whoseproblem felt with performance of the community advice which madeinterferences in PPP restructuring him/it according to need. In that perspective,the school manager is the link integrator and articulator of the internal and

external segments for the promotion of the educational process and electricoutlet of collective decision and participative in the school. However, theadministration of a school needs reflection on your theoretical and practicalaspects to promote the democratization of the teaching, tends in view that theeducation is right of all, to owe of the State and very public. In this sense, theschool in study is always looking for to develop a quality education for all andvaluing the accumulated knowledge. Therefore, the pedagogic actions of theschool are gone back to the good result of the pupil.

Keyswork: participation, management, PPP.

INTRODUÇÃO

Diante da realidade vivenciada no que diz respeito à participação do

conselho educacional da escola Estadual Arcelino Francisco do Nascimento,

município de Bandeirantes do Tocantins, houve a necessidade de

reestruturação desse conselho visando componente com mais

comprometimento e com objetivo único de melhorar a qualidade dos serviços

prestados por esta comunidade escolar. Para o exercício de uma educação de

qualidade, o contexto educacional possibilita diversas formas de participação,

dentre elas a mais vantajosa caracteriza-se com o envolvimento do conselho

escolar, pois é um órgão colegiado no qual participam a comunidade escolar e

local com suas representações escolhida através do voto direto. Contudo, visa

juntamente com a equipe gestora tomar decisões coletivas.

A gestão participativa da escola é então percebida como meio capaz

de possibilitar maior envolvimento dos profissionais na democratização da

gestão escolar no que se refere à tomada de decisões nas práticas cotidiana.

Desse modo, com foco na escola e no aluno, aumentam a probabilidade de

sucesso no ensino. Segundo Vasconcelos (2002, p. 84) “Os conselhos

também representam importante espaço para a democracia da escola,

através da articulação do trabalho entre os vários segmentos que a



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compõem.” Dessa forma, ele é um espaço escolar destinado a concretização

do debate de opiniões fundamentais para se perceber os interesses da

escola, e possibilitar a garantia de participação em um ambiente escolar

efetivamente democrático

Diante da realidade encontrada, o objetivo deste trabalho é: analisar

juntamente com toda comunidade através de um instrumento de auto-

avaliação o Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Arcelino

Francisco do Nascimento, conforme Projeto de Intervenção “Gestão

Participativa” versus reestruturação do PPP/2009 foi levando em

consideração três aspectos; a gestão, a comunidade escolar e o PPP. Que se

resulta em gestão participativa, pois quando a escola não permite talparticipação e não abre aos estudantes ou professores um espaço para

efetuar mudanças, dá-se a violência na forma de vandalismo, a antagonismo

às autoridades e o repudio dos princípios democráticos.

Por esta razão, a análise feita observando os resultados finais de

alunos, amostragem de gráficos com aspectos quantitativos e qualitativos,

mas privilegiando a interpretação do processo, formação continuada para

profissionais da U.E. Buscando perceber a riqueza e a complexidade

existente nas inter-relações entre as instâncias que compõem a comunidade

escolar, assim como nas reflexões e expectativas das pessoas envolvidas no

processo educacional.

A Gestão Escolar, a Comunidade Escolar e o PPP

Atualmente a gestão escolar contempla várias dimensões as quais

podemos citar: gestão de resultados educacionais; gestão democrática e

participativa; gestão pedagógica; gestão de pessoas; gestão de serviços de

apoio, recursos físicos e financeiros; gestão do clima e cultura escolar e gestão

do cotidiano escolar. A gestão de resultados educacionais trabalha os

resultados obtidos pela escola, em sua função de propiciar a formação integral

dos seus alunos, e assegurar o acesso, a permanência e o sucesso escolar da

sua aprendizagem. Considera a qualidade do ambiente escolar e a adoção de



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mecanismos de monitoramento e avaliação desses resultados, com objetivo de

melhorá-los, em compatibilidade com o projeto político pedagógico da escola.

Para Veiga (2004) “o projeto busca um rumo, uma direção. É uma

ação intencional, com um sentido explícito com um compromisso definidocoletivamente”.

A gestão democrática e participativa contempla práticas de gestão

participativa (Conselhos escolares, APM, grêmios estudantis e outros),

planejamento participativo, estabelecimento de parcerias, participação de

pais, alunos e funcionários, comunicação e socialização de informações e

outras atividades; A gestão pedagógica contempla o trabalho pedagógico

realizado na escola, atualização e enriquecimento do seu currículo pela

adoção de processos criativos e inovadores, pela implementação de medidas

pedagógicas que levem em conta os resultados de avaliação de alunos, e

pela atuação dos professores articulada com o PPP e com as necessidades

de melhorias do rendimento escolar; a gestão tendo por referência o

compromisso das pessoas (professores, funcionários, pais e alunos) com a

realização PPP, as formas de incentivo a essa participação, o

desenvolvimento de equipes e lideranças, a valorização e motivação de

pessoas, a formação continuada e a avaliação de seu desempenho;

Gestão de serviços de apoio, recursos físicos e financeiros trabalha

os serviços de apoio (segurança, limpeza, secretaria e outros) recursos físicos

(uso, conservação, adequação, instalação e equipamentos) e captação com

aplicação de recursos financeiros; gestão do clima e cultura escolar: analisa

as forças do poder existente na escola, os valores que as orientam

promovendo convergências entre valores educacionais e as práticas

cotidianas da escola; Gestão do cotidiano escolar: observa e influencia as

regularidades do cotidiano escolar, como por exemplo, a conduta do

professor, funcionários e alunos, o modo como respondem a desafios, como

interagem entre si, a ocorrência de conflitos e sua natureza, com foco na

efetividade do processo educacional, promoção de aprendizagem e formação

dos alunos.



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Há alguns anos atrás, ser gestor de escola pública era questão de

status, mas nos tempos atuais é questão de liderança, postura de

responsabilidade, proeza de decisões, propósitos claros e visão participativa

como forma de pensamento coletivo, pois sem ela não há participação. É

necessário que cada membro da comunidade possa se perguntar o que pode

ou deve fazer para aprimorar o ambiente educativo visando uma sociedade

mais justa e igualitária, como diz a SEDUC TO Educação é compromisso de

todos nós.

Segundo o caderno 1 do conselheiro escolar (pag.20 MEC 2006), o

Conselho Escolar tem papel decisivo na democratização da Escola. Pois é

parte integrante de um sistema organizado da escola, a LDB Lei 9.394/96art.14 inciso II baseia-se no seguinte princípio “Participação das comunidades

escolares e locais em conselhos ou equivalentes”. Todavia a gestão

democrática da educação consiste em transparência e impessoalidade,

autonomia e participação, liderança e trabalho coletivo, representatividade e

competência. Democratizar a gestão requer fundamentalmente, que a

sociedade possa participar do processo de reformulação, avaliação e

fiscalização da execução do Projeto Político Pedagógico da Unidade Escolar,tendo em vista que a sociedade materializa-se através de incorporação de

categorias e grupos sociais envolvidos diretamente ou indiretamente no

processo educativo.

Impossível pregar gestão participativa sem a presença atuante da

comunidade escolar (professores, funcionários, pais e alunos) e comunidade

local (amigos da escola e parcerias).

Porém sabemos das dificuldades enfrentadas pelos gestores quanto

à questão da participação, pois são poucos os que se disponibilizam a

cooperar com o processo educativo. Pois é fundamental que nesse processo

de participação a escola busque a unidade entre a família, gestão,

comunidade, professores, alunos, funcionários onde cada um se sita

responsável em transformar a educação.

Sabemos que a maioria dos homens segue (...) as opiniões queeles receberam desde a infância, e que quase não lhes ocorrea idéia de examiná-las. Se, portanto, elas fazem parte da



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educação pública, elas deixam de ser escolha livre doscidadãos, e tornam-se um jugo imposto por um poder ilegítimo(...) logo é necessário que o poder público se limite aregulamentar a instrução abandonando às famílias o resto daeducação. (CONDORCET, 1994: p.87)

A questão participação não tem sido fácil para os gestores

administrar, pois as pessoas ainda não estão preparadas para construir uma

educação em regime de colaboração tendo em vista a educação que

receberam acreditando que o problema e da escola e não da sociedade como

todo. O novo tempo exige um padrão educacional voltado para o

desenvolvimento de um conjunto de competências e habilidades essenciais,

com objetivos que os alunos possam fundamentalmente compreender e

refletir sobre a realidade, participando e agindo no contesto de uma sociedade

comprometida com o futuro.

Outrossim, faz-se necessário que o gestor trabalhe no sentido de

provocar mudanças no âmbito escolar no sentido de motivar pais,

professores, funcionários e alunos, valorizando-os e depois traçando planos e

ações focados na participação. A partir daí envolver as lideranças do bairro,

os meios de comunicação locais e o trabalho voluntário da comunidade.

Como diz no caderno 2 dos conselheiros escolares (p.26 MEC

2006), “ O Projeto Político Pedagógico como instrumento de planejamento

coletivo resgata a unidade do trabalho escolar e garante que não haja uma

divisão entre os que planejam e os que executam”.

Com base nessas considerações pode-se compreender a

importância do Projeto Pedagógico, particularmente quando se assume como

um Projeto democrático e participativo elaborado em consonância com a

sociedade. Pois ele é um processo de trabalho coletivo da escola, deve ser

reconstruído e vivenciado constantemente por todos os envolvidos com o

processo educativo escolar. Ele si reconstitui como um processo de

permanente reflexão e discussão dos problemas, das propostas. O Projeto

Político-Pedagógico constitui um processo participativo de decisões que, por

meio de uma forma inovadora, organiza o trabalho pedagógico, buscando

eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com



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a rotina do mando pessoal e racionalizado da burocracia e permitindo as

relações horizontais no interior da escola.

Construir uma relação sólida escola e comunidade, e um dos

princípios a ser considerados na construção e no desenvolvimento do ProjetoPolítico Pedagógico. Pois pesquisas recentes têm demonstrado que nas

escolas que apresentam efetiva participação da família e comunidade,

normalmente o desempenho dos alunos é de melhor qualidade. Como cita

Veiga (1995, p.13) “Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um

projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sociopolítico

com os interesses reais e coletivos da população majoritária”.

Partindo desse pressuposto, percebemos a grande necessidade da

consolidação dessa relação entre escola e comunidade, em nossa escola tal

entrosamento ainda acontece de forma tímida devido a pouca interação entre

ambos.

O desafio atual é construir uma nova escola contando com a

participação atuante dos pais e comunidade, partindo das experiências, dos

debates, de um conjunto de idéias que passam a orientar e pensar especialmente os educadores sobre a prática da educação.

A gestão democrática é outro principio a ser levado em consideração

no PPP, pois apresenta características e exigências próprias. Para efetivá-la

devemos observar procedimentos que promovam o desenvolvimento,

comprometimento e a participação das pessoas.

Aconteceu em novembro de 2009 pela 1ª vez a auto-avaliação da

escola com participação ativa de vários seguimentos da sociedade

bandeirantense, o instrumento foi elaborado pelo conselho educacional e

comunitário. Após tabulação dos dados foi necessário um plano de

intervenção, inclusive reestruturação da Associação de Apoio da Escola. Para

posteriormente reestruturação do PPP o qual se encontra em fase de

aprovação.

Uma gestão comprometida com a transformação social foca-seespecificamente no processo pedagógico da escola, que por sua vez se



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divergem do sistema político dominante não só no Estado do Tocantins, mas

no Brasil inteiro. Quantas vezes nos deparamos com a dura realidade de

termos em nossas salas de aulas professores sem o perfil adequado para

lecionar tal disciplina, mas não podemos se quer reclamar, pois foi indicado

pelo partido tal, sem contar com a indicação dos outros profissionais. Daí

continuou-se com o questionamento sobre gestão participativa. Será

participativa mesmo? Até que ponto? Aqui na Escola Estadual Arcelino

Francisco do Nascimento a realidade não vai além das outras escolas apesar

dos esforços da equipe em transformar a gestão em democrática,

transparente e participativa os avanços ainda é lento.

Segundo Paro (2002):

A escola, assim, só será uma organização humana edemocrática na medida em que a fonte do autoritarismo, queela identifica como sendo a administração (ou a burocracia,que é o termo que os adeptos dessa visão preferem utilizar), for substituída pelo espontaneísmo e pela ausência de todo tipo deautoridade ou hierarquia nas relações vigentes na escola. (p.12).

Com este propósito uma gestão moderna apropria-se do saber e da

consciência crítica, como objetiva de uma educação transformadora,

concentrada na natureza peculiar do processo pedagógico escolar; ou seja,

esse processo não se constitui em mera diferenciação do processo de

produção material que tem lugar na empresa, mas deriva sua especificidade

de objetivos (educacionais) peculiares, objetivos estes articulados com os

interesses sociais mais amplos e que são, por isso, antagônicos aos objetivos

de dominação subjacentes à atividades produtiva capitalista. A natureza do

processo pedagógico escolar, através do qual se buscam alcançar osobjetivos escolares, é que dá a medida das potencialidades e limites aos

quais está subordinado o alcance desses mesmos objetivos.

Quanto à questão da distinção entre interesses de classes e

interesses pessoais ou individuais, afirma Sánchez Vázquez:

Os interesses pessoais refletem a atitude dos indivíduos em assuas condições concretas de existência. Mas, na medida em

que os indivíduos ocupam a mesma posição em relação aosmeios de produção, e são, por conseguinte, membros de uma



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mesma classe social, têm também interesses comuns, declasse, que não são uma soma de seus interesses pessoais,mas exprime a atitude de um grupo social acima dos interessesestritamente pessoais, em relação a sua existência de classe.(Sanchez Vázquez 1977; 361-2).

Por outro lado, em nossa sociedade, a consciência dos interesses de classes

dá de forma diversa da dos interesses pessoais:

A “coordenação” do esforço de funcionários, professores, pessoal

técnico-pedagógico, alunos e pais, fundamentada na participação coletiva, é de

extrema relevância na instalação de uma administração democrática no interior

da escola. É através delas que são fornecidas as melhores condições para queos diversos setores participem efetivamente da tomada de decisões, já que

estas não se concentram mais nas mãos de uma única pessoa, mas na de

grupos ou equipes representativas de todos. É necessário, entretanto, que

essa representação seja realmente autêntica e que estejam sempre

funcionando adequadamente os mecanismos mais eficientes de expressão de

idéias e de intercâmbio de informações.

Numa administração democrática, todos os amplos setores

envolvidos no processo precisam ser considerados. Quanto ao corpo discente,

ao mesmo tempo em que é preciso estimular os alunos a se interessarem e a

tomarem parte na solução dos problemas administrativos da escola - o que

lhes tem sido historicamente negado - é necessário também evitar que a

abertura de canais de expressão e de participação na gestão da escola sirva

como pretexto para o mero “contestar apenas por contestar” ou como

justificativa para um descuido para com suas atribuições essenciais deeducando, que devem se esforçar, sobretudo, para se apropriarem, da melhor

forma possível, do saber historicamente acumulado.

Os funcionários em geral, embora não trabalhem em funções

propriamente docentes, nem por isso deixam de emprestar o seu esforço na

concretização dos objetivos educacionais. Em vista disso, sua participação na

gestão da escola deve levar em conta, não apenas sua colaboração no



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empreendimento, mas também seus interesses e reivindicações enquanto

trabalhadores que são.

Comprometida com os interesses da classe trabalhadora, ou seja,

está-se considerando que a condução democrática das atividades no interior da instituição escolar, fundamentada não apenas na participação de todos os

setores a ela relacionados, mas, sobretudo na vigência de relações de

colaboração recíproca entre os envolvidos, não é um projeto que se realize do

dia para a noite, apenas por seu valor intrínseco, mas algo que precisa ser

conquistado historicamente, através da ação constante, orientada em

determinada direção. Embora o esforço em tal direção deva ser guiado por

uma vontade coletiva, não se fará imediatamente como mero ato de vontade.

Outra questão importante no âmbito educacional são as formações

continuadas oferecidas pelo próprio sistema de ensino as quais tem como

objetivo analisar o caráter e a dinâmica de construção da formação docente no

interior do espaço escolar. O espaço escolar se constitui de um elemento

preponderante na formação continuada do docente, tendo como base não

apenas os saberes originados dos conteúdos transmitidos às crianças, mas

também de aprendizados originados na relação de poder estabelecida no

contexto social e que entra na escola através da determinação da

especificidade do conteúdo a trabalhar e das regras e normas da escola.

O espaço escolar se constitui de um lugar onde se exterioriza, com

extrema clareza e precisão, a razão da escola, originada no contexto das

relações de poder social, e constituída, basicamente, de uma concepção

específica de saber ou de ciência, centralizando-se nas regras de controle na

socialização deste saber. Isto significa dizer que as regras e procedimentos de

controles institucionais são elementos importantes inseridos na razão da

escola. A razão da escola estabelece um corte entre as determinações

originadas nas demandas do individual, como é o caso das emoções, vontades

e desejos, as determinações das condições sociais, de segmentos sociais

específicos ou de classes e a razão institucional da escola, constituída pela

dicotomização do certo e do errado (na escolha de conteúdos e de

procedimentos comportamentais) e das regras de controle na socialização do



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conhecimento. O convívio diário do docente com a razão institucional da

escola, fator importante da sua formação continuada, o faz assumir uma

postura burocrática, priorizando o controle e desprezando as questões

singulares, individuais e emotivas.

A escola participa de vários cursos de formação continuada entre

eles: O PROFUNCIONÁRIO, para servidores que atuam no administrativo e

possuem o ensino Médio (VN, ASGs, ME, AS), O GESTAR II, para professores

de Língua Portuguesa e Matemática do 6º ao 9º ano do ensino fundamental,

GESTÃO ESCOLAR, para diretores, entre outros.

CONCLUSÃO

No decorrer do Curso de Especialização em Gestão Escolar teve-se

uma visão global em relação à gestão escolar. As salas ambientes

proporcionaram-se materiais de grande importância que está contribuindo no

aperfeiçoamento do trabalho pedagógico e administrativo dos gestores que

atuam na perspectiva democrática, favorecendo a proposta de reflexão/ação/

ação transformadora do dialogo na escola. Segundo Vasconcelos (2002, p.61)

“o diretor escolar deve se capacitar, buscar crescer se fortalecer também no

conhecimento para enfrentar os conflitos do cotidiano de maneira mais

qualificada e produtiva”. Assim mostra o destaque de sucesso ou fracasso no

processo ensino aprendizagem.

Nesse contexto, a pesquisa realizada fundamentou-se com base a luz

do referencial teórico de Vázquez, Condorcet,Paro, Vasconcellos, Veiga, e

Cury, os quais auxiliaram na compreensão sobre os caminhos à cerca da

reestruturação do Projeto Político Pedagógico e do planejamento de forma

geral na Escola. Pautou-se também na pesquisa ação para desenvolver o

estudo o qual foi possível os resultados alcançados. Muitos teóricos em suas

obras destacam o Projeto Político Pedagógico como um processo permanente

de reflexão e discussão sobre os problemas da escola, pois é de entendimento

que é o projeto global da U.E é o norte por onde a escola deve caminhar. Ele



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representa a escola, mostra a sua organização, sua prática pedagógica e

administrativa envolvendo os diversos profissionais da educação.

A gestão das escolas públicas do Estado do Tocantins desde 2008

conta com dois diretores por Unidade Escolar, com isso as mudanças nasescolas estão acontecendo com maior eficácia e a gestão caminhando de fato

para participativa. Após a reestruturação do conselho educacional e

comunitário da Associação de Apoio da Escola Estadual Arcelino Francisco do

Nascimento, houve revisão do Projeto Político Pedagógico da Escola o qual

propôs a auto-avaliação institucional desta Unidade Educacional que pela

primeira vez a comunidade teve oportunidade de participar, depois de

respondida e tabulada os dados foram discutidos em equipe separando asfragilidades e os pontos fortes da Escola.

O Projeto Político Pedagógico atual está repleto de ações voltadas

para participação de alunos, pais, professores, funcionários e comunidade, foi

reestruturado em consonância com a comunidade escolar e local e aprovado

pela Associação.

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FERREIRA. Naura Syria Carapeto, org. (2006). Formação continuada egestão da educação. São Paulo: Cortez.

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VEIGA, Ilma P. A. Projeto Político Pedagógico da escola: uma construção possível.

(10ª edição). Campinas, SP: Editora Papirus 2004.

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