projeto politico pedagogico - 2012 -2014 · colégio estadual de astorga, em 1970 passou a...
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COLÉGIO ESTADUAL SERAFIM FRANÇA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO RUA: Presidente Wenceslau Brás, 370 – Fone (44) 3234-3733.
Astorga – Paraná – Cep: 86730-000 / e-mail: [email protected]
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
ANO: 2012
S U M Á R I O
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................3
1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO................ ...............................................4
1.1 ASPECTOS HISTÓRICOS..................................................................................................4
1.2 MUDANÇAS DE NOMENCLATURA ..............................................................................5
1.3 BIOGRAFIA DO PATRONO – Serafim França .................................................................5
1.4 PERÍODO DE ATUAÇÃO DOS DIRETORES..................................................................7
2. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR................................................................7
2.1 MODALIDADES DE ENSINO...........................................................................................7
2.2 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIAL - (AEE)..................................................7
2.3 RECURSOS HUMANOS, FÍSICOS E MATERIAIS .........................................................8
2.4 AMBIENTES PEDAGÓGICOS ..........................................................................................9
2.4.1 BIBLIOTECA “Romário Martins” ...................................................................................9
2.4.2 LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA .........................................................................11
3 REGIME ESCOLAR ..........................................................................................................12 4. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR............ ...................................17
4.1 O ALUNO QUE QUEREMOS FORMAR ........................................................................20
4.2 NÚMERO DE ALUNOS POR TURMA...........................................................................20
4.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL................................................................................21
4.4 FILOSOFIA DA ESCOLA ................................................................................................21
4.5 PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO COM A FAMÍLIA E A COMUNIDADE ................22
4.6 PROPOSTA DE INCLUSÃO DA DIVERSIDADE ESCOLAR ......................................23
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.....................................................................................23
5.1 CONCEPÇÃO EDUCACIONAL......................................................................................31
5.2 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA HISTÓRICO-CRÍTICA .................................................31
5.3 PAPEL DA ESCOLA.........................................................................................................33
5.4 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO .....................................................................................33
5.5 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR E INTERVENÇÕES .......................33
5.6 SISTEMA DE AVALIAÇÃO............................................................................................34
6. INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS ...............................................................................35
7. COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR.........................................................................36
8. PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA ............................................................36
9. PROJETOS DA ESCOLA.................................................................................................38
10. ACOMPANHAMENTO E REALIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE.. .....................44
11. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA...................................................................................45
12. EXECUÇÃO, ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ......................................................................................................................48 REFERÊNCIAS. ................................................................................................................... 49
3
INTRODUÇÃO
Os profissionais do Colégio Estadual Serafim França – Ensino Fundamental e Médio
tem se reunido para debater questões relacionadas à melhoria da qualidade do ensino e da
aprendizagem dos alunos. Há efetiva participação dos pais e responsáveis, membros da
APMF e do Conselho Escolar, através de um trabalho coletivo que implica em alterações no
Projeto Político Pedagógico. O coletivo escolar sugeriu uma transformação do Sistema de
Avaliação Bimestral para Trimestral, documento este onde foram sistematizadas as mudanças
que acontecem e quais metas estão sendo traçadas para nossos alunos, o colégio e para a
futura sociedade.
Os estudos e reflexões realizados nos dias de capacitação efetivados nos meses de
fevereiro e julho de 2008, 2009, 2010 e no ano de 2011, com temas sugeridos pela SEED,
juntamente com questionários aplicados em todos os segmentos do colégio, aliados à média
do Ideb, indicaram os acertos e os pontos negativos observados no interior desse Colégio,
quais as causas das defasagens das notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(Ideb), para que todos os participantes, conscientes dos problemas levantados, pudessem
discutir e decidir as ações prioritárias capazes de gerar as melhorias requeridas. Essa é uma
mudança que envolveu toda a comunidade escolar, pais, mães, responsáveis, professores,
diretora, alunos, funcionários e pedagogos.
Vale ressaltar que, todos devem se mobilizar pela melhoria da organização do trabalho
pedagógico do colégio, por intermédio de um processo de reflexão e ação, objetivando atingir
uma educação de qualidade. Conhecer os alunos, elaborar novos projetos, buscar conteúdos
significativos e formas de avaliar que resultem em propostas metodológicas inovadoras,
melhorar as condições físicas da escola, enriquecer os recursos didáticos e possibilitar o uso
de novas tecnologias, farão com que nossos alunos cresçam na aprendizagem e sintam-se
atraídos para os estudos.
Assim, é preciso sensibilizar os pais e a comunidade escolar para garantir o
envolvimento de todos no projeto educacional da escola, pois, como preconiza a atual Lei de
Diretrizes e Bases, em seu Art. 1º, a educação abrange todos os processos formativos e estes
estão vinculados ao ambiente familiar, escolar e sociocultural. O colégio integra, atualmente,
o Programa PDE Escola, Programa do MEC, significando assim que todos devem primar por
um trabalho eficaz, como forma de resgatar a qualidade do ensino, tendo enquanto meta
principal elevar não só a aprendizagem como recuperar e ultrapassar a média prevista pelo
Ideb.
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1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
O Colégio Estadual Serafim França - Ensino Fundamental e Médio, situa-se à Rua
Presidente Wenceslau Brás, n°. 370, Bairro: Centro, tendo como Entidade Mantenedora a
SEED, jurisdicionada ao Núcleo Regional de Educação de Maringá, tendo seu Regimento
Escolar aprovado pelo Parecer nº. 080/2009, Ato Adm. nº. 049/2009.
A escola dista 45 Km do Núcleo Regional de Maringá, ficando a 400 metros do
Colégio Adolpho de Oliveira Franco e entre 50m, 200m e 300m das demais escolas
municipais. Está conectada à Internet e seu e-mail é: [email protected] e
[email protected], com ligação telefônica e Fax: (044) 3234-3733 e telefone: (044)
3234-2776.
1.1 ASPECTOS HISTÓRICOS
A Escola Estadual “Serafim França” foi criada pelo Decreto Estadual nº. 248, de 10 de
fevereiro de 1.956, com a denominação de Colégio Estadual de Astorga.
A 1º de abril de 1956, numa das salas do Grupo Escolar “Governador Adolpho de
Oliveira Franco”, desta cidade, foi ministrada a aula inaugural do novo estabelecimento de
ensino, em cujo prédio funcionou até o ano de 1964.
A 10 de outubro de 1964 ocorreu a inauguração do prédio próprio do Colégio, situado
à Rua Presidente Wenceslau nº. 370, onde permanece instalado até a presente data.
Pela Portaria Secretarial nº. 486/64, de 21/02/64, passou a funcionar no período
noturno, completando, assim, três ciclos de funcionamento.
O Decreto nº. 19.549, de 24/09/65, autorizou o funcionamento do curso colegial no
estabelecimento, passando a denominar-se Colégio Estadual de Astorga.
O Decreto nº. 20.531, de 13 de julho de 1970 determinou que o estabelecimento
recebesse a denominação de Colégio Estadual Serafim França, em homenagem ao grande
escritor paranaense que, na ocasião, tornou-se Patrono do Colégio.
O Estabelecimento possuiu três extensões que funcionaram nos Distritos de Santa
Zélia, Tupinambá e Içara. A portaria nº. 3189 de 1970 autorizou o funcionamento das
extensões nos Distritos de Içara e Santa Zélia, no período noturno. A Portaria 350/71
autorizou a extensão de Tupinambá, igualmente no período noturno.
A Escola Estadual Serafim França – Ensino Fundamental funcionou com esta
denominação até o ano de 2003.
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Teve seu Regimento homologado pelo Parecer nº. 152/2003 de 29/10/2003 e, através
do Ato Administrativo nº. 421/2003 passou a denominar-se Colégio Estadual Serafim França
– Ensino Fundamental e Médio.
1.2 MUDANÇAS DE NOMENCLATURA
Ao longo dos anos, o Colégio Estadual Serafim França recebeu diferentes
denominações. Em 1964, denominava-se Ginásio Estadual de Astorga, de 1965 a 1969,
Colégio Estadual de Astorga, em 1970 passou a denominar-se Escola Serafim França - Ensino
de 1º Grau, para em 1981 receber a denominação de Escola Serafim França - Ensino de 1º
Grau e, em 1983, Escola Estadual Serafim França - Ensino de 1º Grau. No ano de 1988, a
Resolução Secretarial nº. 3120/98 - D.O.E. de 11/09/98 altera a nomenclatura da Escola
Estadual Serafim França - Ensino de 1º Grau para Escola Estadual Serafim França - Ensino
Fundamental e, em 2003, o Parecer nº. 29/10/2003 e o Ato Administrativo nº. 421/2003
alteram a nomenclatura para Colégio Estadual Serafim França – Ensino Fundamental e
Médio.
Em 15 de junho de 1969, durante Assembleia Geral, especialmente convocada,
procedeu-se à fundação da Associação de Pais e Mestres do Colégio Estadual “Serafim
França”, então Colégio Estadual de Astorga, tendo sido eleito o primeiro conselho, na forma
estatutária, após a aprovação desse documento fundamental, tendo em vista a relevância deste
órgão no atual sistema de ensino.
1.3 BIOGRAFIA DO PATRONO – Serafim França
Serafim França, poeta e escritor, nasceu na cidade de Curitiba em 17 de agosto de
1888, na Rua da Assembleia, hoje Dr. Muricy, em casa onde se ergue, atualmente, o Banco do
Estado de São Paulo. Estudou as primeiras letras na Escola Oliveira Belo com o professor
Francisco Guimarães, então na Rua Emiliano Perneta e cursou o ginásio no antigo prédio
situado na mesma rua onde completou os estudos preparatórios. Transferiu residência para o
Rio de Janeiro, onde cursou a Faculdade Livre de Direito, tendo colado grau em 12 de
dezembro de 1912.
Era filho do falecido casal Luiz Ferreira França e Josefina Martins França. São seus
irmãos Francisco e Marieta já falecidos, Aluísio, Edith e Letícia, residiram em Curitiba.
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Aluísio foi professor emérito da Universidade Federal do Paraná.
Desde cedo, manifestou vocação para as letras. Fundou revistas em Curitiba,
notadamente o “OLHO DA RUA”, considerada a melhor publicação humorística editada
naquela cidade. Colaborou em todos os jornais da terra, escreveu peças para o teatro, algumas
de muito êxito como as comédias “A Colcha de Retalhos”, “Crise”, “Curitiba em Cinema”,
com cooperação de humoristas do Diário da Tarde, e uma peça “Heptálogo” com a qual
Dulcina de Morais fez em Curitiba seu festival artístico em 1935.
Foi autor do Manifesto dos Intelectuais em prol da candidatura Júlio Prestes à
Presidência da República e, após a Revolução de 30, atuou na função de delegado de
Imprensa do Partido União Republicana, tendo defendido o programa da política
conservadora em oposição aos conquistadores do poder público.
Exerceu vários cargos públicos, dentre eles o de Promotor Público da 1ª Vara da
Capital, como titular e como substituto, as funções das demais promotorias e curadorias.
Substituiu o Procurador Geral do Estado, o da República e o da Fazenda Federal. Colaborou
na organização dos Códigos de processo.
Demitido pela revolução, foi convidado para exercer a função de 1º Secretário do
Conselho Administrativo, do poder legislativo da ditadura e, extinto esse, foi nomeado
Diretor dos Serviços Legislativos da Assembleia Estadual, em cujo alto posto se aposentou,
equiparado ao de Secretário de Estado.
Como advogado e homem público, exerceu as mais variadas funções e atividades. Foi
Curador, Promotor de Justiça, Diretor do Departamento de Cultura da Secretaria de Educação
do Estado, Primeiro Secretário do Conselho Administrativo, Redator de Debates da
Assembleia Legislativa do Estado. Seus trabalhos, não raro, eram assinados com os
pseudônimos de “Laura de Santarém”, “Saul de Avillar” e “Hélio Luz”.
A 17 de agosto de 1966, ao completar 78 anos de idade, já com vinte e duas obras
publicadas, em memorável festividade, foi-lhe outorgado o título de “Príncipe dos Poetas
Paranaenses”, pelo Centro Paranaense de Cultura, presidido, na época, por Dona Leonor
Castelano. Substituiu, nesse cognome, o grande poeta patrício Emiliano Perneta.
Os círculos culturais do Estado receberam com pesar o falecimento do poeta e escritor
Serafim França, que cantou em versos e prosa a tradição, beleza e alegria do povo paranaense.
Faleceu com 79 anos de idade, na capital paranaense, no ano de 1967, após uma vida intensa,
dedicada às lides culturais e atividades públicas, com a colaboração de mais de 20 obras
publicadas. Era viúvo de Yayá Junqueira França, tendo deixado um filho, Sr. Álvaro Luiz
7
Junqueira França, casado com a Sra. Nelly Correia França e dois netos Ciro Correia França e
Vera Regina França Santos, casada com o Sr. Nilson Santos.
1.4 PERÍODO DE ATUAÇÃO DOS DIRETORES
A partir de sua fundação, a instituição contou com o trabalho de vários gestores, sendo
empossado como primeiro diretor, o Professor Yaroslau Tadra que permaneceu ate o ano de
1974, seguido pela Professora Terezinha Caetano Goulart Silva (1975 a 1978), Professor
Lourival de Moura (1979 a 1981), Professora Teresinha Caetano Goulart Silva (1982 a 1983),
Professora Cleonice Aparecida Gatti Félis (1984 a 1990), Professora Terezinha dos Santos
Ferreira (1991 a 1993), Professor Gilberto de Souza Gomes (1994 a 1995), Professora Josefa
Munhoz de Oliveira (1996 a 2000), Professora Lourdes Aparecida Galhardo Peres (2000 a
2001), Professora Maria Inês Castelani Santinello (2001 a 2005), Professora Luzia Pavan
(2006 a 2008) e Professora Maria Inês Castelani Santinello (2009 a). 2011).
2. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
2.1 MODALIDADES DE ENSINO
O Colégio Estadual Serafim França oferta Ensino Fundamental (6º ao 9º ano),
Educação de Jovens e Adultos (EJA) nas modalidades Regular (Ensino Fundamental - Fase
II) com base no Parecer nº. 773/05 e, também, Ensino Médio, Educação Especial: Sala de
Recursos (Deficiência Intelectual e Distúrbios de Aprendizagem), Sala de Recursos
Multifuncional Tipo II e CAE/DV.
Atende, durante os três turnos de funcionamento, a 848 (oitocentos e quarenta e oito)
alunos, sendo 454 alunos no período matutino, 315 alunos no vespertino e 79 alunos no
período noturno, distribuídos em 24 turmas no diurno (14 no matutino e 10 no vespertino), 02
turmas no regular noturno e turmas de EJA distribuídas nas 12 disciplinas que compõem a
matriz curricular dessa modalidade de ensino.
2.2 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIAL - (AEE)
Os alunos matriculados nas turmas de atendimento educacional especial (AEE)
encontram-se na faixa etária de dez a dezoito anos de idade. Residem, em sua maioria, na área
8
urbana e, também há alunos oriundos da área rural do município de Astorga, porém em menor
número. Estes últimos utilizam transporte especial para alunos com deficiência.
Os alunos com deficiência intelectual, visual, transtorno global do desenvolvimento
(TGD) e os que apresentam algum tipo de distúrbio específico de aprendizagem e que
necessitam de atendimento educacional especializado, recebem esse atendimento conforme
disposto em cronograma, cuja variação é de um a cinco alunos por grupo, em período
contrário ao regular, com frequência de uma a duas vezes por semana.
A educação inclusiva, fundamentada em princípios filosóficos, políticos e legais dos
direitos humanos, compreende a mudança de concepção pedagógica, de formação docente e
de gestão educacional para a efetivação do direito de todos à educação, transformando as
estruturas educacionais que reforçam a oposição entre o ensino comum e especial e a
organização de espaços específicos para os alunos que constituem o público alvo da educação
especial.
Nesse contexto, o desenvolvimento inclusivo das escolas assume a centralidade das
políticas públicas para assegurar as condições de acesso, participação e aprendizagem de
todos os alunos nas escolas regulares, em igualdade de condições.
Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial é definida como uma
modalidade de ensino transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, que disponibiliza
recursos e serviços e realiza o atendimento educacional especializado – AEE de forma
complementar ou suplementar à formação dos alunos público alvo da educação especial.
Assim, na organização dessa modalidade na educação básica, devem ser observados os
objetivos e as diretrizes da política educacional, atendendo o disposto na legislação que
assegura o acesso de todos a um sistema educacional inclusivo.
2.3 RECURSOS HUMANOS, FÍSICOS E MATERIAIS
Conta com um (01) Diretor, um (01) Diretor Auxiliar, setenta e nove (79) Professores
e mais três (03) Professores para a modalidade de educação especial e seis (06) Professores
amparados pela Lei 15308/06. Possui seis (06) Pedagogos, vinte e cinco (25) Funcionários,
sendo treze (13) Agentes Educacionais I e doze (12) Agentes Educacionais II.
Atualmente, na modalidade EJA, o Colégio Estadual Serafim França – Ensino
Fundamental e Médio conta com um quadro com treze (13) professores, sendo onze (11)
professores efetivos e dois (02) professores com contrato temporário, no Ensino Médio e treze
(13) professores efetivos e três (03) professores com contrato temporário, no Ensino
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Fundamental Regular. A maioria dos docentes trabalha no colégio há mais de três (03) anos, o
que garante uma plena adaptação às regras de conduta e convivência no estabelecimento,
demonstrando efetiva competência profissional.
2.4 AMBIENTES PEDAGÓGICOS
O Colégio possui um total de dezesseis (16) salas de aula, sendo que uma delas
encontra-se disponível para o Programa Paraná Digital e outra para o atendimento
multifuncional e sala de recursos. Possui sala de apoio pedagógico, biblioteca, laboratório de
informática, quadra poliesportiva coberta, quadra aberta e campo de futebol.
2.4.1 BIBLIOTECA “Romário Martins”
A Biblioteca “Romário Martins” foi fundada em 1957, pelo então diretor do Ginásio
Estadual de Astorga, Professor Hyaroslau Tadra. Conforme depoimento do Professor Pedro
Miguel (na época professor das disciplinas de Latim, Francês e Português).
A Biblioteca funcionava precariamente, ocupando um espaço na sala dos professores e
seus livros ocupavam apenas uma estante.
Em dezembro de 1957, o Ministério da Educação e Saúde ─ Instituto Nacional do
Livro ─ com sede no Rio de Janeiro, enviou os primeiros volumes, num total de 54 obras
variadas. Desses livros, ainda hoje, se encontra na Biblioteca “Arraia de Fogo” de José Mauro
de Vasconcelos.
Em outubro de 1963, o já rebatizado Ministério da Educação e Cultura ─ Instituto
Nacional do Livro, enviou mais 65 volumes, dos quais ainda encontra-se em nossas estantes,
“Banhado em Flor”, de Maria Ramos.
A partir daí o MEC fez repetidas remessas de livros técnicos, didáticos e literários,
para o atual endereço.
As retiradas de livros só eram feitas pelo corpo docente do Estabelecimento de Ensino,
composto por cinquenta e seis (56) professores, abrangendo duas extensões: Içara e Santa
Zélia. O nome do Colégio havia sido mudado para “Colégio Estadual Serafim França” e a
Biblioteca Escolar para Biblioteca “Romário Martins”. Paralelo aos envios de livros pelo
MEC, a comunidade astorguense se mobilizou e foram feitas doações também por alunos e
professores. Alguns exemplos abaixo:
10
• 1969 - Prof. Bernardino, Prof. Pedro Miguel, Dr. Hyaroslau Tadra, Profª Edione
Maria Cabral Krauss, Professora GuiomarTerezaTadra, Sr. Joaquim Ramos, Sra. Elvira
Meireles.
• 1970 - O filho de Serafim França doa para a biblioteca obras de seu pai.
• 1971 - Professora Almery Prochno Gaona, Nilson Nelli Cunha, os alunos Leocardio
M. da Silva, Rita de Cássia da Silva.
• 1972 - Professores: Waldemar B. Cardoso Filho (Mazinho),Yara de Múzzio e o
aluno Sílvio Gonçalves.
• 1974 - Neuza Maria Rocha, Gilberto Pinto Junior, Rosângela Giglini, Florinda de
Souza, Professor Davi Lino, aluno Edson Sato.
• 1975 - Prof. Waldemar B. Cardoso Filho, Profª. Terezinha Caetano Goulart Silva,
Regina Flora Rezende Chaves.
Em 1974, após ser efetivada uma reforma, a biblioteca ocupava um espaço no
estabelecimento de ensino de 15m², 5 m comprimento por 3m largura, onde hoje é a sala 01.
Este espaço já não comportava toda a clientela e, por sugestão do Professor Ivan Ludgero
Ivanqui, (que elaborou o projeto) foi construída uma sala para abrigar a biblioteca onde esta
continua a funcionar ate os dias atuais.
Em 1983, a biblioteca possuía dois mil, cento e dezesseis (2116) títulos, perfazendo
um total de quatro mil, oitocentos e vinte e nove (4829) volumes.
A verdadeira fundação da Biblioteca Romário Martins, aconteceu no Colégio Serafim
França, em sala ampla e própria, já que como dito antes, funcionava precariamente na sala dos
professores, no antigo prédio do Colégio Adolpho, apenas para consulta dos exemplares.
Muito devemos ao diretor, Professor Hyaroslau, pela sua visão e empenho na
instalação da biblioteca. A escolha do nome Romário Martins foi feita pelo Professor
Hyaroslau que a apresentou aos professores, tendo recebido aprovação por unanimidade, já
que se tratava de um grande escritor e historiador paranaense, apaixonado pela sua terra,
como podemos perceber ao ler sua biografia.
Muito devemos também aos diretores que o sucederam e às professoras que se
empenharam em campanhas para aquisição de livros como a professora Alvarina Marques
Bom Mundo, Margarida Alexandre, Lídia Kosudi, Mercedes Mocci, entre outras.
Atualmente contamos com seis mil, quatrocentos e cinquenta e cinco (6.455) volumes
em nossas estantes, incluindo literatura nacional e estrangeira, enciclopédias, dicionários,
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livros técnicos para consultas de todas as matérias, além de didáticos, (não incluídos nos
números acima) e paradidáticos.
A biblioteca foi totalmente remodelada na gestão da professora Josefa Munhoz de
Oliveira que, além da transformação física da sala, empenhou-se na aquisição de inúmeras
obras. Sua atuação deve ficar registrada na história da Biblioteca Romário Martins pelo muito
que realizou.
A biblioteca é aberta aos alunos de manhã, à tarde e à noite, para retirada de livros,
consultas, pesquisas e outras atividades pedagógicas, conforme consta em seu Regulamento
Interno, A variedade de seu acervo atrai também alunos e professores de outras escolas, além
de pessoas da comunidade.
2.4.2 LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
O Laboratório de informática é de natureza pedagógica, destinando-se,
prioritariamente, ao desenvolvimento de atividades escolares a toda comunidade escolar como
forma de democratizar e universalizar o acesso às tecnologias de informação e comunicação
por meio da incorporação, pela comunidade escolar, da cultura do uso consciente e
responsável desse recurso.
Esse laboratório dispõe de estações de trabalho com softwares de diversas categorias
(educacionais e com aplicação pedagógica), acesso às mídias magnéticas e ópticas e acesso à
rede mundial de computadores (Internet).
O público-alvo que poderá utilizar o Laboratório de informática será constituído pela
comunidade escolar. As atividades deverão ser pedagógicas e previstas no Projeto Político-
pedagógico desse estabelecimento de ensino. A utilização do laboratório de informática é
prioritária aos professores durante hora-atividade ou contraturno com a finalidade de
pesquisas e produção de material pedagógico.
O encaminhamento das atividades pedagógicas com alunos no laboratório é de
responsabilidade do professor proponente da atividade, através da apresentação de um
planejamento de aula aprovado pela equipe pedagógica desse colégio. Os alunos somente
poderão ter acesso ao laboratório de informática se estiverem acompanhados do professor ou
de um responsável designado pela Direção do estabelecimento de ensino.
Os alunos poderão utilizar os equipamentos do laboratório apenas como instrumento
de aprendizagem, com destaque para pesquisa escolar, produção de atividades e trabalhos
escolares.
12
O horário de atendimento corresponderá ao horário de funcionamento do
estabelecimento de ensino.
3. REGIME ESCOLAR
Os jovens, adultos e idosos que procuram dar continuidade a seus estudos nesse
espaço escolar, necessitam de escolarização formal, tanto nas questões sociais quanto pelas
exigências do mercado de trabalho e de sua própria inclusão social. Os horários de
atendimento são dinâmicos, priorizando sua permanência, a fim de que possam concluir os
estudos, enfatizando o desenvolvimento e ampliação de seus conhecimentos, além de outras
oportunidades de convivência social e realização pessoal, mesmo porque há inúmeras outras
possibilidades para aquisição de conhecimentos no cotidiano escolar.
O Colégio Estadual Serafim França – Ensino Fundamental e Médio tem como uma
das metas, a oferta de escolarização a jovens, adultos e idosos, na modalidade EJA, prevista
na LDB 9394/96, Capítulo II, Seção V, Artigos 37 ( parágrafos 1º, 2º e 3º ) e Artigos 38
(parágrafos 1º. Incisos I e II e parágrafo II ) a fim de que os alunos possam dar
prosseguimento a seus estudos no Ensino Fundamental (II Segmento) e Ensino Médio, no
período noturno, de 19 horas às 22 horas e 30 minutos, com 04 horas/aula diárias para o
Ensino Médio e de 19 horas às 22 horas e 40 minutos para o Ensino Fundamental, com cinco
aulas diárias, assegurando-lhes oportunidades de acesso ao conhecimento, consideradas suas
características, interesses, condições de vida e de trabalho, mediante ações didático-
pedagógicas coletivas e ou/ individuais. São ofertadas no Ensino Fundamental nove (09)
disciplinas, no Ensino Médio treze (13), sendo respectivamente o Ensino Religioso e a LEM
Inglês obrigatórios para o Estabelecimento de Ensino e facultativas para o aluno.
A organização individual é destinada àqueles alunos trabalhadores que não têm
possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, devido às condições de horários
alternados de trabalho e para os que foram matriculados através de classificação,
aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou desistentes quando não há, no
momento em que sua matrícula é reativada, turma organizada coletivamente para a sua
inserção. A programação é elaborada pela escola e oferecida aos educandos por meio de
cronograma que estipula os dias e horários das aulas, contemplando o ritmo próprio de cada
aluno, bem como respeitando suas condições de vinculação à escolarização e aos saberes
anteriormente apropriados.
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A Organização Coletiva é programada pela escola e disponibilizada aos educandos,
por intermédio de cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão
de início e término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do
currículo. A mediação pedagógica se efetiva através do encaminhamento dos conteúdos, de
forma coletiva, na relação professor/educando, com base nos conhecimentos formais
anteriormente adquiridos. A Organização Coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que
têm possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma
estabelecido previamente.
Os eixos cultura, trabalho e tempo foram definidos com base na concepção de
currículo enquanto processo cultural e também para atender ao perfil do aluno que estuda na
EJA. No decorrer do processo de elaboração das Diretrizes Curriculares Estaduais
direcionadas à Educação de Jovens e Adultos, foram estabelecidos os eixos acima
mencionados e, estes deverão permear as questões pedagógicas e curriculares nas instituições
de ensino.
A cultura engloba todas as produções humanas bem como o trabalho em suas
múltiplas relações. Willians, 1992, afirma que, a cultura possui dimensão histórica, em razão
de ser produto da atividade humana. Na área da formação humana, a cultura estabelece a
mediação entre o homem e a sociedade uma vez que integra o indivíduo ao meio social e,
também, assegura a intermediação entre a sociedade e formação do indivíduo. (Adorno,
1996).
Sacristàn, 2001, diz que a cultura é composta por inúmeras ações humanas, como:
obras literárias, músicas, formas de auto-destruição, técnicas de tortura, linguagem, crenças,
instituições sociais, entre outras. Enquanto elemento de mediação da formação humana, esta é
considerada objeto da educação e, portanto, no cotidiano escolar, integra o currículo. Sob essa
ótica, Veiga-Neto, 1995 afirma que, o currículo está estreitamente vinculado à cultura.
O trabalho como princípio educativo não significa somente o preparo para o mercado
de trabalho uma vez que está vinculado a uma perspectiva mais ampla, se considerarmos o ser
humano em sua constituição histórica, sua formação moral e intelectual, enfim, sua
emancipação. Em relação ao contexto histórico-cultural do indivíduo, a dimensão social
compreende as diversas fases que perpassam a existência dos alunos, ou seja, infância,
juventude e vida adulta, tanto em vivências coletivas quanto individuais.
Em geral, quando o educando retorna aos bancos escolares, principalmente da EJA,
está buscando elevar seu nível de escolaridade a fim de atender às demandas do atual mercado
de trabalho. Vale ressaltar que, essa procura pela modalidade EJA, vincula-se, também, à
14
necessidade que o estudante possui de ser respeitado em suas particularidades, como por
exemplo, em seu tempo social e escolar. A escola deve, então, buscar a reorganização do
currículo, dos tempos e espaços educativos, para colaborar com o processo emancipatório
desse aluno. Assim, o tempo escolar deve ser organizado com base em três dimensões: tempo
físico (relacionado ao calendário escolar), tempo vivido (trata-se do tempo vivido pelo
docente e pelo aluno, em todas as experiências sociais e escolares) e tempo pedagógico
(implica no tempo exigido para a socialização do conhecimento e o tempo de que o educando
dispõe para dedicar ao seu processo de escolarização).
A organização dos tempos deve sempre estar articulada aos espaços escolares
disponibilizados aos alunos, no decorrer do ato educativo, já que essa organização interfere
diretamente no processo de formação dos educandos e, é tarefa da escola socializar o
conhecimento e a cultura, investindo na participação dos alunos conforme suas características
e saberes anteriormente adquiridos.
De acordo com Silva, 2000, o currículo deve ser entendido como prática de
significação e, como tal, vincular-se à prática produtiva, capaz de produzir identidades
sociais. Há que se rever a cultura escolar em seus aspectos limitadores que interferem no
diálogo entre escola e comunidade, desconsiderando a realidade dos educandos e suas
expectativas. O currículo precisa ter significado e, dessa forma, estar presente no cotidiano
escolar em suas três dimensões, formal, vivo e oculto. Currículo formal é aquele intencional,
cujas bases são estabelecidas pelo sistema educacional e pela escola, incidindo diretamente na
formação dos estudantes. Currículo real ou vivo, é o que emerge das relações havidas em sala
de aula, com base nas visões de mundo de cada aluno. O currículo oculto está inserido na ação
pedagógica e esta estabelece a mediação entre professores e alunos, incidindo em todas as
atividades que disciplinam o comportamento discente e encaminham o aluno para sua
emancipação, notadamente relevante na EJA.
A Educação de Jovens e Adultos enquanto modalidade educacional, que atende alunos
trabalhadores, tem como finalidade, o compromisso com a formação humana e com o acesso
à cultura geral, a fim de que os educandos possam participar política e produtivamente das
relações sociais, com comportamento ético e compromisso político, por meio do
desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.
O atendimento aos jovens, adultos e idosos neste Estabelecimento de Ensino é
programado pelo Colégio e informado aos discentes por meio de cronograma onde constam as
disciplinas ofertadas bem como seus dias e horários para que estes tenham condições de
cursar até quatro disciplinas concomitantemente.
15
Dias/ Semana Sala 07 Sala 08 Sala 09 Sala 10 Sala 11 Sala 12 Sala 13 Sala 14
Segunda-feira Língua
Portuguesa Filosofia Matemática
Educação Física
Biologia Física Ciências Naturais
Terça -feira Língua
Portuguesa Sociologia Matemática Geografia
Educação Física
Arte Química LEM-Inglês
Quarta-feira Língua
Portuguesa Filosofia Matemática
Educação Física
Biologia História Física Ciências Naturais
Quinta-feira Língua
Portuguesa Sociologia Matemática Geografia Arte Química
Sexta-feira Educação
Física História LEM-Inglês
O Aproveitamento de Estudos baseia-se na Legislação vigente: No Ensino
Fundamental, caso o aluno tenha concluído o 6º ano, terá um aproveitamento de 25%,7º ano,
aproveitamento de 50% e 8º ano aproveitamento de 75%. No Ensino Médio, o aluno que
concluiu o 1º ano terá 25 % de aproveitamento e, o 2º ano concluído, assegura aproveitamento
de 50%. Assim, o aluno terá apenas que concluir o restante da carga horária das disciplinas.
Ensino Fundamental – II Segmento
Língua Portuguesa e Matemática, o aluno com aproveitamento de estudos:
- 25%, deverá ter quatro (04) registros de notas;
- 50% deverá ter três (03) registros de notas;
- 75% deverá ter dois (02) registros de notas.
Geografia, História, Ciências Naturais e Língua Estrangeira Moderna, aluno com
aproveitamento de estudos:
- 25 %, deverá ter três (03) registros de notas;
- 50 %, deverá ter dois (02) registros de notas;
- 75% deverá ter um (01) registro de nota.
Arte e Educação Física, aluno com aproveitamento de estudos:
-25% deverá ter dois (02) registros de notas;
- 50%, deverá ter um (01) registro de nota;
- 75% deverá ter um 01) registro de nota.
16
Ensino Médio
Língua Portuguesa e Literatura e Matemática, aluno com aproveitamento de estudos
de:
- 25%, deverá ter quatro (04) registros de notas;
- 50%, deverá ter três (03) registros de notas;
Geografia, História, Língua Estrangeira Moderna, Química, Física e Biologia, aluno
com aproveitamento de estudos de:
- 25%, deverá ter três (03) registros de notas;
- 50%, deverá ter dois (02) registros de notas.
Arte, Filosofia, Sociologia e Educação Física, aluno com aproveitamento de estudos
de:
- 25%, deverá ter dois (02) registros de notas;
- 50%, deverá ter um (01) registro de nota.
As Ações Pedagógicas Descentralizadas – APEDs que este estabelecimento de ensino
desenvolve estão instaladas em dois (02) distritos e apresentam uma proposta pedagógica de
acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos. Há significativa
interação entre os alunos das APEDs e os da Sede, durante a semana cultural, comemorações,
apresentações, etc. Em parceria com os Estabelecimentos de funcionamento das APEDs, são
oferecidos aos alunos recursos pedagógicos disponíveis na escola e merenda escolar. Assim,
pode-se afirmar que, as atividades realizadas até agora, proporcionaram alternativas
diversificadas de trabalho com ampliação dos conhecimentos e contribuição para a formação
de cidadãos capazes de interagir com o meio.
As APEDs atendem a um cronograma especial, elaborado por este colégio e aprovado
pelo NRE de Maringá. As disciplinas são ofertadas em forma de rodízio, obedecendo a uma
sequencia pré-estabelecida de início e término para cada uma. As matrículas podem ser
efetuadas a qualquer tempo quando do início da disciplina. Os educandos das APEDs têm
quatro (04) dias de aulas semanais, totalizando dezesseis (16) horas aulas semanais, no
período noturno, de 19 horas às 22 horas e 30 minutos.
Os distritos são:
17
- Içara, com funcionamento de uma APED do Ensino Fundamental, com a disciplina
de Geografia em vigência. Já foram ofertadas as seguintes disciplinas: Língua Portuguesa,
LEM-Inglês, Arte e Educação Física.
- Tupinambá, com funcionamento de 02 (duas) APEDs, sendo uma do Ensino
Fundamental, com a disciplina de LEM-Inglês em vigência e outra do Ensino Médio,
aguardando professor para alguma das disciplinas que integram a Matriz Curricular. No
Ensino Fundamental já foram ofertadas as seguintes disciplinas: Matemática, Ciências
Naturais, Língua Portuguesa. No Ensino Médio foram ofertadas as seguintes disciplinas:
Física, Educação Física, Geografia, Língua Portuguesa e Matemática.
Somente com determinação e perseverança será possível resgatar a vontade de
aprender, de superar desafios, vencer as próprias limitações e oferecer alternativa digna para a
progressiva inclusão social dos alunos que retornam à instituição escolar, movidos por
interesses próprios ou por necessidades vinculadas às questões profissionais.
4. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
Todas as questões que se relacionam ao ato pedagógico devem constituir-se em objeto
de reflexão de professores e de todos os envolvidos com a educação, sempre com base em
fatores internos e externos à escola, uma vez que, a atual sociedade exige a escolarização de
todos os cidadãos. É importante lembrar que, a atual civilização determina que para ter
acesso, ainda que de forma mediana, aos bens e serviços construídos pela sociedade ao longo
dos anos, as pessoas precisam de escolarização, pois, sem ela, o indivíduo não terá a
competência necessária no manejo e acessibilidade aos bens tecnificados e aos protocolos de
condução de sua vida cotidiana, como por exemplo, internet, participação no mundo
econômico globalizado, em contínua mudança.
É grande a preocupação com a melhoria qualitativa do ensino ofertado nas escolas
sejam elas públicas ou privadas, a fim de garantir aos alunos a apropriação do conhecimento
científico, humano e artístico que os capacitem a serem sujeitos transformadores de seu meio
social, através de suas intervenções na prática social. Os alunos que estudam nesse colégio
são, oriundos da zona rural do município, de áreas periféricas e de áreas centrais; pertencem a
famílias de classe média e classe média baixa.
O trabalho pedagógico precisa ser feito de forma a promover avanços em práticas
capazes de assegurar a verdadeira aprendizagem dos alunos e, portanto, vinculadas ao
18
conhecimento.
Paro enfatiza a importância da gestão democrática enquanto conhecimento e vivência,
no sentido de entendimento do significado social das relações de poder que se reproduzem no
interior das instituições escolares, entre os próprios profissionais que ali atuam e os alunos,
destacando que a educação deve ser garantida a todos, tornando a escola um espaço
democrático, a fim de melhorar os níveis de escolarização da população como um todo.
Assim, é fundamental articular a formação inicial e continuada dos docentes e demais
profissionais da educação, calcada em um diálogo permanente de formação inicial e o mundo
do trabalho, sob o viés de programas de educação continuada, visando promover o
desenvolvimento pessoal e profissional, ressaltando-se que, o papel dos professores hoje é
oferecer condições para a humanização dos seus alunos para que estes possam responder aos
desafios de seu tempo. A sociedade contemporânea espera isso deles. Mas, o professor
necessita ser valorizado enquanto um profissional que busca construir uma nova identidade
docente que o capacite a exercer sua real função de ensinar e formar alunos para interagir em
uma sociedade excludente e competitiva.
A escola atual pressupõe envolvimento coletivo de toda a comunidade escolar, exige
maior participação a fim de favorecer o desenvolvimento humano, científico e cultural, uma
educação de crianças, jovens, adultos e idosos, com condições de enfrentar incertezas e
assumindo o compromisso de possibilitar o acesso aos bens culturais e tecnológicos a toda a
população.
É preciso continuar buscando a educação como prática social capaz de contribuir para
a formação de uma nova sociedade, mais justa e mais emancipadora. O desafio agora é
permanecer em um processo permanente de constituição dos professores como sujeitos que
atuem coletivamente no enfrentamento dos problemas do dia-a-dia. Esse enfrentamento é a
chave para produzir a melhoria da escola e fazer a diferença que tanto queremos.
A equipe pedagógica tem a tarefa de colaborar com os professores e alunos, com
vistas à superação das dificuldades de aprendizagem constatadas no decorrer dos trimestres e,
também, do ano letivo.
A maioria dos alunos deste estabelecimento de ensino é moradora da região urbana,
contando com uma parcela da área rural. Os alunos pertencem às classes C, D e E, em termos
econômicos, tanto os residentes na zona urbana quanto na zona rural.
No período diurno, a nossa comunidade escolar é composta de alunos oriundos da área
central e de todos os bairros da zona urbana e, também, da zona rural, sendo que estes
utilizam o transporte escolar do município.
19
No período noturno, a quase totalidade dos alunos é composta por trabalhadores, com
jornada de trabalho em período integral, ou seja, oito (08) horas diárias, tendo que assumir a
responsabilidade de seu próprio sustento, bem como contribuir para a manutenção das
despesas familiares.
Os jovens, adultos e idosos que estudam nesse Estabelecimento de Ensino, são
provenientes de diferentes bairros do município e também da área rural. Possuem
particularidades e singularidades, crenças próprias, valores e costumes, enfim uma trajetória
escolar com uma visão de mundo bastante peculiar, rica em conhecimentos e experiências de
vida. A realidade dos educandos que frequentam essa modalidade de ensino, isto é, a
Educação de Jovens e Adultos (EJA), é pautada pelo trabalho e por responsabilidades sociais
e familiares. São pessoas com vivências profissionais formadas a partir de suas experiências,
com traços de vida característicos, diferentes origens, idades e ritmos de aprendizagem
completamente variados, atravessando ou já tendo passado por sérias dificuldades financeiras.
Há motivos diversos que os fazem retornar à escola, principalmente a não
oportunidade na infância e na adolescência para estudarem e concluírem o período de
escolaridade formal. Mas, é permanente o desafio de fazer com que permaneçam estudando
até a conclusão dos estudos, mesmo que já tenham se conscientizado da necessidade de
voltarem a frequentar os bancos escolares. Os motivos que os impelem a evadirem-se podem
ser desde questões financeiras até dificuldades para assimilar como acontece o processo de
ensino e aprendizagem, contudo, muitas vezes nem há como tomar conhecimento das reais
motivações que contribuíram para o abandono. No período noturno, o cansaço de alguns é
desestimulante, induzindo-os a abandonarem o curso antes mesmo do término do ano letivo.
Há um grande empenho da direção, direção auxiliar, equipe pedagógica e também dos
professores no resgate desses alunos, buscando compreender qual é a visão que eles possuem
da escola, quais dificuldades foram encontradas dentro e fora do espaço escolar.
Em relação ao processo de aprendizagem, nossos educandos encontram-se em
diferentes níveis, uns apresentam bom rendimento e outros baixo rendimento escolar. A
equipe pedagógica tem a tarefa de colaborar com os professores e alunos, com vistas à
superação das dificuldades de aprendizagem encontradas durante os trimestres e todo o ano
letivo.
Os alunos que se evadem, são contatados pela escola através de avisos por telefone,
comunicações escritas, visitas às famílias pela equipe pedagógica, meios de comunicações
existentes no município, Conselho Tutelar, entre outros.
20
Nas reuniões pedagógicas e nos Conselhos de Classe os professores têm a
oportunidade de debaterem questões relacionadas ao ato educacional e podem efetuar a
proposição de ações inovadoras a serem colocadas em prática nas turmas que apresentam
defasagens, bem como nas disciplinas de baixo rendimento. O Conselho de Classe,
importante momento coletivo e específico para a discussão de questões relativas ao processo
de ensino e aprendizagem, deve ser utilizado para a proposição de encaminhamentos
necessários à recuperação de conhecimentos não apropriados pelos alunos e também para
serem analisados os gráficos de rendimentos de todas as turmas em relação à aquisição ou não
de novos conhecimentos, problemas apresentados pelos alunos como questões ligadas à
indisciplina, notas abaixo da média esperada, alunos faltosos e demais assuntos relacionados
aos alunos, bem como formas de serem retomados os conteúdos para que aconteça uma
aprendizagem eficaz e significativa, a fim de que o aluno possa manter-se na escola com
sucesso.
Muitos são os desafios e os entraves, porém com a realização de uma proposta coletiva
de trabalho, atividades diversificadas e a observação do cotidiano escolar, formação
continuada e compromisso, é possível auxiliar o aluno a apropriar-se de conhecimentos
significativos, vinculados à garantia de acesso e permanência na escola.
4.1 O ALUNO QUE QUEREMOS FORMAR
Tendo por base o Art. 2 da atual LDB, que aborda a educação como “dever da família
e do Estado”, e cuja meta está centrada no desenvolvimento do aluno, sua inserção no mundo
do trabalho e a prática da cidadania, lembramos, por oportuno, a importância de garantir aos
educandos a apropriação do conhecimento, possibilitando-lhes pensarem criticamente para se
tornarem sujeitos capazes de transformar a realidade social.
4.2 NÚMERO DE ALUNOS POR TURMA
Com o objetivo de garantir uma aprendizagem significativa a todos os alunos de sua
comunidade escolar, este estabelecimento de ensino tem por meta oferecer uma educação de
qualidade e, conforme o disposto no Art. 25 da L.D.B. nº. 9394/96, busca adequar o número
considerado ideal para uma verdadeira aprendizagem de, no máximo, trinta e cinco (35)
alunos por turma, independentemente da série.
21
4.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
O trabalho coletivo é essencial para serem alcançadas as metas propostas por todos os
integrantes dessa comunidade escolar. Assim, a efetiva participação de todos os integrantes
dos diversos segmentos da escola poderá assegurar uma educação de qualidade, direito dos
alunos e tarefa da instituição.
O setor administrativo conta com Diretora, Vice-diretora, Secretária, Agente
Educacional II, Conselho Escolar, A.P.M.F. e Bibliotecária. O trabalho acontece com a
participação dos profissionais da escola nas tomadas de decisões/ações administrativas e
pedagógicas desenvolvidas no colégio.
A estrutura pedagógica engloba Docentes, Professores Pedagogos, Direção e Conselho
Escolar. As relações de trabalho acontecem com espaços abertos à reflexão coletiva
favorecendo o diálogo entre todos, construindo assim novas intervenções na sala de aula e nos
projetos colocados em ação durante o ano letivo, bem como nas comemorações e projetos
definidos no plano de ação.
O serviço de apoio integra Agente Educacional I, e tem como tarefas os serviços de
conservação, manutenção, preservação, segurança e alimentação escolar. O trabalho é
organizado de forma integrada e coletiva para o sucesso da escola. Portanto, a relação entre
administradores, professores, funcionários e alunos acontecem coletivamente com a finalidade
de serem atingidas as metas propostas.
4.4 FILOSOFIA DA ESCOLA
“Educação acessível, com qualidade para todos.”
A prática docente, tomando como base a articulação do saber espontâneo do aluno
com o conhecimento científico, dará a oportunidade ao educando de dialogar com o educador
e com os colegas em sala de aula sobre a sua realidade, em relação a determinado conteúdo,
tornando favorável a incorporação de novos conhecimentos.
Nas reuniões pedagógicas e nos Conselhos de Classe os professores têm a
oportunidade de debaterem questões relacionadas ao ato educacional e podem efetuar a
proposição de ações inovadoras a serem colocadas em prática nas turmas que apresentam
defasagens, bem como nas disciplinas de baixo rendimento. O Conselho de Classe,
importante momento coletivo e especifico para a discussão de questões relativas ao processo
22
de ensino e aprendizagem, deve ser utilizada para a proposição de encaminhamentos
necessários a recuperação de conhecimentos não apropriados pelos alunos e também para
serem analisados os gráficos de rendimentos de todas as turmas em relação à aquisição ou não
de novos conhecimentos, problemas apresentados pelos alunos como questões ligadas à
indisciplina, notas abaixo da media esperada, alunos faltosos e demais assuntos relacionados
aos alunos, bem como formas de serem retomados os conteúdos para que ocorra uma
aprendizagem eficaz e significativa a fim de que o aluno possa manter-se na escola com
sucesso.
Muitos são os desafios e os entraves, porém com a realização de uma proposta coletiva
de trabalho, atividades diversificadas e a observação do cotidiano escolar, formação
continuada e compromisso, torna-se possível auxiliar o aluno a apropriar-se de conhecimentos
significativos, vinculados à garantia de acesso e permanência na escola.
4.5 PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO COM A FAMÍLIA E A COMUN IDADE
Em relação à concepção de infância e do desenvolvimento infantil, os estudos de
Vygotsky (2007) afirmam que a pessoa se humaniza a partir de seu processo de interação com
membros de seu grupo e de sua participação nas ações socioculturais. Dessa forma, o contexto
social precisa ser considerado criticamente, com base na análise de práticas sociais
construídas ao longo de sucessivas interações. As características que marcam o ensino
fundamental, bem como suas especificidades, precisam ser debatidas pelos educadores desse
nível de ensino, para que se possa garantir uma educação de qualidade aos alunos, respeitando
suas singularidades e suas experiências e capacidade de apropriar-se do conhecimento.
A passagem do 5º para o 6º ano constitui um processo de transição que preocupa os
profissionais que atuam com o ensino fundamental, uma vez que tal passagem é marcada pela
entrada na adolescência (a criança sai da infância e entra na pré-adolescência) e, também,
passa da rede municipal para a estadual. Assim, cumpre pensar nas possibilidades das ações
docentes e pedagógicas, analisando as políticas educacionais e a ausência de articulação na
passagem do 5º para o 6º ano. Há necessidade de contemplar, no decorrer dos debates das
jornadas pedagógicas ou grupos de estudos, as condições de qualidade desse nível de ensino,
analisando o perfil dos alunos e dos professores que atuam com os alunos de 6º ano. Vale
ressaltar que, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9294/96), tornou oficial a
possibilidade de organizar os espaços e tempos escolares, possibilitando a autonomia dos
municípios, estados e federação e, esse fato, vem causando a ruptura dos processos
23
pedagógicos, de forma a incidir na avaliação da aprendizagem dos alunos, uma vez que, nos
anos iniciais os resultados são expressos em pareceres e nos anos finais em notas. A ausência
de articulação entre o primeiro e segundo segmentos do ensino fundamental dificulta a
aprendizagem dos estudantes e a passagem do 5º para o 6º ano.
4.6 PROPOSTA DE INCLUSÃO DA DIVERSIDADE ESCOLAR
Com base na Lei 10.639/2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da História
e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica e, também, considerando a
importância da valorização da identidade, da cultura e da história dos negros brasileiros, os
docentes das diversas disciplinas que compõem o currículo contemplarão, durante suas aulas,
algumas temáticas sobre as questões que englobam a cultura afro-brasileira e africana,
valorizando nossa sociedade multicultural e pluriétnica.
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Hoje, o maior desafio da educação brasileira é a busca da qualidade, pois, em termos
qualitativos, o Brasil ainda está bastante distante dos países desenvolvidos e de muitos em
desenvolvimento no tocante à qualidade do ensino.
Como diz Castro (1999, p.17) “o Brasil já ultrapassou a etapa de prioridade exclusiva
à política de expansão do acesso à escola e, portanto, de investimento prioritário na rede
física”. Hoje, seu maior desafio é a busca da qualidade, qualquer avanço nesse sentido
depende do esforço coletivo para promover a equidade das oportunidades educacionais.
A educação brasileira passa por um momento importante de transição. Até os anos de 1990, os problemas mais visíveis da educação do país eram as dificuldades de acesso à escola, que afetavam sobretudo, a população de menor renda. Hoje, o acesso à educação fundamental é praticamente universal, e o problema prioritário passa a ser a qualidade, que também afeta com mais força os mais pobres. [...] Escolas, professores e dinheiro continuam precisando ser aumentados, sobretudo no ensino médio, mas os resultados escolares dependem menos dessas coisas do que de intangíveis como a qualidade dos professores, os métodos de ensino, a qualidade dos livros didáticos, a liderança dos diretores, a gerência e a autonomia das escolas. Os problemas de qualidade são fortemente relacionados com os de equidade. Quando a escola é boa, ela consegue compensar, em boa parte, as dificuldades que os alunos de famílias menos educadas e com menos recursos costumam trazer. Quando os sistemas escolares são bem organizados, eles colocam mais recursos humanos e materiais nas escolas em áreas mais críticas. Quando, por sua vez, as escolas não são boas e os sistemas escolares são mal administrados, as desigualdades de origem social se mantêm e até se acentuam [...]. (SCHWARTZMAN, 2008, p. 07).
24
Os estudos nacionais demonstram claramente a precariedade da Educação brasileira,
uma vez que os alunos não são capazes de utilizar a leitura e a escrita em seu contexto
sociocultural. A má qualidade da Educação faz com que inúmeras críticas sejam endereçadas
não somente ao desempenho dos estudantes, mas também aos métodos de ensino e ao
cotidiano escolar, incluindo-se a questão da avaliação.
Pensamos, ao iniciar a presente fundamentação, na possibilidade de oferecer uma
contribuição significativa, buscando a melhoria qualitativa do ensino nas escolas onde
atuamos. São inúmeros os fatores internos e externos que contribuem para um ensino de
qualidade inferior, mostrados diariamente pelos resultados catastróficos que o sistema e os
próprios alunos nos apresentam, mas é certo que, as soluções podem ser buscadas de forma
coletiva, possibilitando intervenções transformadoras do atual quadro educacional.
Assim, ao refletir sobre a questão da avaliação escolar e os instrumentos utilizados
para avaliar os alunos, é essencial conhecer a escola em seu interior e, principalmente, como
está organizado o sistema de avaliação no cotidiano no estabelecimento de ensino e as ações
desenvolvidas pelo corpo docente. Também é necessário ter uma visão do panorama externa à
escola e quais são as interferências advindas do meio social.
Os resultados estatísticos comprovam o grande número de alunos com média abaixo
do nível satisfatório, e, ou aprovados pelo Conselho de Classe. Os registros de avaliação do
professor constituem o reflexo da ação docente, uma vez que os critérios
pedagógico/avaliativos utilizados impossibilitam uma nítida visão do trabalho pedagógico que
é realizado junto aos alunos e os encaminhamentos e/ou intervenções que estão sendo
discutidos e propostos pela escola com relação à avaliação da aprendizagem. Assim, quando
nos debruçamos sobre as questões referentes à avaliação da aprendizagem escolar,
principalmente na educação básica, em todos os níveis e modalidades de ensino, observamos
que, os resultados dessas avaliações demonstram que, os alunos estão saindo da escola com
conhecimentos aquém do esperado. Na tentativa de melhorar a qualidade de ensino nas
instituições onde atuamos, pretendemos propor a mudança de postura em relação ao processo
de avaliação, o que não implica no relaxamento dos níveis de exigência no aprendizado, mas
na utilização mais racional do tempo de construção de conhecimentos. Como ponto de
partida, o professor deve fazer um diagnóstico do nível cultural com que o aluno chega à sala
de aula, a fim de se construir com eles o conhecimento a partir dali e não de um nível pré-
determinado. Para isso, este assunto deve ser amplamente estudado, para buscar meios que
auxiliem na resolução ou diminuição do problema.
25
Nos últimos anos, outra questão que tem preocupado os pais, equipe pedagógica,
funcionários, docentes e gestores das instituições escolares é a que se refere às altas taxas de
evasão escolar, notadamente entre os alunos do Ensino Médio que frequentam o ensino
noturno. Sabe-se que há inúmeros fatores extra-escolares (necessidade de trabalhar, cansaço,
etc.) influenciando a permanência ou não dos alunos na instituição escolar. Todavia, sabe-se
também que há fatores intra-escolares que levam os alunos a abandonarem precocemente a
escola comprometendo seriamente o seu futuro. Além disso, os dados coletados referentes à
idade, ao sexo, ao número de repetências ocorridas na vida pregressa desses alunos evadidos,
têm possibilitado traçar o perfil e as possíveis causas da evasão.
Ademais, quando nos reportamos à avaliação, percebemos que existem inúmeros
instrumentos e formas de avaliar, mas paralelo a isso, existe talvez uma inadequação quanto
ao uso e também quanto aos critérios avaliativos e por que não dizer, para o próprio
planejamento das atividades docentes. Sendo assim, precisamos conhecer adequadamente os
critérios e instrumentos de avaliação a fim de termos possibilidade de utilizá-los da melhor
maneira possível em beneficio dos alunos e tendo em vista o processo de aprendizagem.
Compete, enfim aos docentes, a compreensão da escola enquanto instituição social e que tem
como foco a democratização dos conhecimentos aliada a um ensino de qualidade.
O ensino público no Brasil já superou o que era considerado a sua maior dificuldade
no passado, qual seja, a inacessibilidade de vagas a toda população em idade escolar. Em
termos quantitativos o sistema educacional brasileiro expandiu, aumentando o número de
alunos matriculados em todos os níveis de ensino. De acordo com dados do Plano Nacional de
Educação - PNE, se considerarmos que, entre as crianças na faixa etária de 7 a 14 anos
matriculadas no Ensino Fundamental a taxa de escolarização líquida aumentou, no período
compreendido de 1991 a 1996, de 86% para aproximadamente 91%, houve elevação da média
de anos de escolaridade, universalização do acesso ao ensino fundamental, rompendo-se o
círculo perverso do analfabetismo e atingindo níveis satisfatórios, comparáveis àqueles dos
países desenvolvidos, foram contratados mais professores, houve melhorias nas instalações
físicas. De acordo com Ferreira,
Nos últimos anos, quando se fala de oferta de vagas no Ensino Fundamental, o Brasil vem sendo parabenizado pelos organismos internacionais. O diagnóstico inserido no relatório Situação Mundial da Infância 1999, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), destacou-o dentre os países em desenvolvimento por garantir o acesso de mais de 95% das crianças à escola. Em 1998, existiam no mundo 130 milhões de crianças entre 7 e 14 anos fora da escola, equivalentes a 21 % de toda a população planetária nessa faixa de idade, e o Brasil havia antecipado a meta prevista para 2003, conseguindo levar para os bancos escolares 95,8% das crianças. (FERREIRA, 2004)
26
A escola hoje já não possui controle sobre a aprendizagem de seus alunos, o fracasso
escolar aí está para lembrar a todos que, embora vivendo em uma sociedade letrada, nossos
estudantes não possuem a capacidade de ler e nem de interpretar os textos lidos. O Brasil é
destaque entre os países em desenvolvimento por ter proporcionado acesso à escola para 96%
da população com idade entre 07 e 14 anos, isto é somados educação infantil, classes de
alfabetização, e uma pequena parcela que já ingressou no ensino médio. Diante desse fato
pode-se pensar que o analfabetismo também diminuiu na mesma proporção, ledo engano, pois
estudos como de Ribeiro (2006) já advertiram que o conceito de alfabetização vem sofrendo
mudanças constantemente, a UNESCO em 1980, definiu como alfabetizada uma pessoa capaz
de ler texto simples relacionado ao seu cotidiano, vinte anos mais tarde cria-se o termo
analfabetismo funcional, ou seja, não basta ler e escrever, a pessoa deverá ser capaz de fazer
uso da leitura e escrita frente às demandas sociais e para continuar a aprender e desenvolver-
se ao longo da vida. Se a maioria de nossas crianças está indo para a escola e saindo delas sem
o domínio da leitura e da escrita, pode-se concluir então que, estamos produzindo uma
geração de analfabetos funcionais.
É fundamental que a sociedade brasileira tome conhecimento dos índices do fracasso
escolar em nosso país, uma vez que prosseguem os questionamentos sobre onde está o
problema da não aprendizagem: se nos alunos, nos professores, nas instituições escolares ou
na própria sociedade? Existem escolas, os alunos frequentam estas escolas, os recursos
financeiros são despendidos, os professores continuam participando dos processos de
formação continuada e a educação não apresenta melhoria significativa.
A distorção idade-série influencia a qualidade do ensino, pois, onde há distorção o
rendimento dos alunos diminui. De acordo com o IBGE, no Brasil, a defasagem entre idade e
série escolar cresce com a idade: é de 14,4% entre as crianças de sete anos e de 65,7% para as
de 14 anos. Já podemos observar através dos dados abaixo que a adequação idade-série está
tendo, ainda que discreta, uma melhora.
QUADRO 1 – Taxa de Distorção Idade-série no Ensino Fundamental – Brasil 2000/2003.
Série 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª
2000 27,8 35,7 41,6 42,5 50,4 47,5 48,6 48,6
2003 19,3 26,6 31,7 33,3 43,4 41,7 42,2 40,6 Fonte: MEC/INEP.
27
Durante muito tempo não foi possível falar em qualidade da educação no Brasil
porque não havia medidas que permitissem acompanhar e comparar os resultados. O IDEB
(Índice do Desenvolvimento da Educação Básica) criado em 2007 com o objetivo de mostrar
as condições de ensino no Brasil possibilitou a realização de uma radiografia precisa de onde
o ensino funciona e, onde é preciso melhorar, município por município, escola por escola.
O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) é um indicador calculado
com base nos dados de evasão e reprovação e nos resultados da Prova Brasil, que é realizado
de 2 em 2 anos, numa escala que vai de 0 a 10. O novo indicador utilizou, na primeira
medição, dados que foram levantados em 2005. A média nacional do IDEB em 2005 foi 3,8
nos primeiros anos do ensino fundamental. Em 2007, essa nota subiu para 4,2 ultrapassando
as projeções, que indicavam um crescimento para 3,9 nesse período. O resultado do IDEB
2007 causou satisfação e euforia em alguns setores da educação, em outros um olhar mais
cauteloso e, incredibilidade em alguns que, desconfiados desse avanço, que consideraram
rápido demais por se tratar de educação, creditaram tais fatos às práticas administrativas
adotadas para modificar as taxas de aprovação.
Há diversos instrumentos utilizados para medir o nível de aprendizagem dos
estudantes das escolas brasileiras e de inúmeros outros países. Face à importância das
pesquisas realizadas, demonstraremos, sucintamente, as atividades desenvolvidas pelos
organismos que se encarregam dos diferentes aspectos da avaliação educacional.
O Sistema de Avaliação da Educação Básica do Ministério da Educação (SAEB)
baseia-se em um rol de competências consideradas mínimas para os alunos de 4ª a 8ª séries do
Ensino Fundamental, que são traduzidas em notas e apresentam as expectativas sobre o
domínio dessas competências. Em 2005 O SAEB passou a ser composto por dois processos
de avaliação: Avaliação Nacional da Educação Básica (ANEB), conhecida como SAEB, pois
mantém as mesmas características, avalia o sistema e Avaliação Nacional do Rendimento
Escolar (ANRESC - Prova Brasil) a qual avalia a escola. Esta prova foi criada no ano de 2004
e possibilitou um olhar minucioso sobre a questão avaliativa, tem por objetivo detectar quais
são os maiores problemas e como solucioná-los de forma eficaz. A Prova Brasil e o SAEB
avaliam o sistema educacional e não alunos e professores. São avaliações em larga escala que,
consideram os resultados obtidos pelos estudantes nas provas e calcula os Índices do IDEB,
daí a importância da participação dos municípios nessas avaliações. Os resultados da Prova
Brasil podem ser utilizados pelos professores, pois podem fazer uma análise dessas avaliações
para constatarem quais foram os avanços e onde ainda é necessário investir mais no ensino-
28
aprendizagem, professor e aluno deverão retomar os conteúdos num clima de diálogo e
reflexão para que haja a superação das lacunas de aprendizagens ainda existentes.
Provinha Brasil: Avaliação da Alfabetização Infantil é uma das ações do Plano de
Desenvolvimento da Educação (PDE) oferece às redes de ensino um instrumento para que
possam acompanhar avaliar e melhorar a qualidade da alfabetização de cada escola pública
brasileira. Diferencia-se das demais avaliações que vêm sendo realizadas porque fornece
respostas diretamente aos professores responsáveis pela alfabetização e gestores da escola,
colaborando para uma avaliação diagnóstica como instrumento pedagógico. A aplicação não é
obrigatória, mas é muito importante que as escolas assumam uma postura de responsabilidade
e compromisso com a qualidade do que está sendo ensinados a essas crianças. A aplicação da
Provinha Brasil, a análise dos resultados, os encaminhamentos e ações pedagógicas
empreendidos para superar os problemas de leitura e escrita podem garantir que as crianças
não sejam apenas alfabetizadas no seu sentido mais restrito, decodificação, mas que a leitura e
a escrita seja tão fluente que elas serão capazes fazer uso efetivo dessas habilidades em seu
cotidiano.
Qual é a capacidade do poder público em utilizar adequadamente tais informações e
que medidas educacionais podem ser implementadas objetivando a melhoria do ensino?
Schwartzman e Oliveira (2002) afirmam que, as comparações internacionais demonstram a
extrema fragilidade da educação brasileira em todos os níveis e redes de ensino. Os países
desenvolvidos têm utilizado sistemas padronizados de avaliação da aprendizagem,
principalmente em relação à educação básica. Os resultados das avaliações são utilizados na
reformulação de currículos nacionais, elaboração de currículos em países que nunca os
tiveram, descentralização de recursos e controle de despesas públicas. Pesquisas e avaliações
padronizadas efetivadas em vários países, incluindo-se a América Latina, produzem grande
quantidade de informações que nortearam as ações a serem desenvolvidas objetivando a
melhoria do seu sistema educacional. Programa Internacional de Avaliação de alunos (PISA)
trata-se de um programa criterioso e abrangente destinado a avaliar o desenvolvimento dos
estudantes, através de uma pesquisa trienal. São avaliados conhecimentos e competências dos
educandos que estão na faixa etária dos 15 anos, realizada nos países da OCDE (Organização
para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e em países convidados.
Além da avaliação das competências, são incluídas informações sócio-culturais sobre
os estudantes. O PISA já realizou três avaliações, sendo a primeira em 2000, uma em 2003 e
outra em 2006. No ano de 2006, foram avaliados alunos de 57 países e o foco foi em Ciências,
seguido por Leitura e Matemática. Em Ciências, a ênfase deveu-se à importância das pessoas
29
possuírem competências nessa área do conhecimento para melhor atenderem às demandas do
comércio.
O objetivo do PISA é monitorar os quesitos: qualidade e equidade. A qualidade da
educação pode ser constatada através dos níveis de desempenho dos estudantes e a equidade,
visa diminuir as diferenças no contexto sócio-econômico dos estudantes com relação à
educação.
A avaliação consiste em questões de múltipla escolha sobre o foco temático escolhido,
junto a outras questões relacionadas às temáticas utilizadas anteriormente nas outras edições
do PISA, a fim de acompanhar a evolução dos estudantes nessas áreas. Além de informações
sobre os estudantes e suas famílias e fatores institucionais para uma possível explicação sobre
o desempenho dos alunos. De acordo com os dados publicados no INEP sobre as médias
gerais do desempenho dos alunos, há uma preocupação com a atual situação do ensino no
Brasil, já que as médias gerais brasileiras são em sua totalidade significativamente menores
que as médias gerais dos países participantes da OCDE, como mostra a tabela abaixo:
QUADRO 2 – Comparativa dos Resultados em Pontos das Médias da OCDE e do Brasil em 2000, 2003 e 2006.
2000 2003 2006 ENFOQUES TEMÁTICOS MÉDIAS DA
OCDE MÉDIAS DO
BRASIL MÉDIAS DA
OCDE MÉDIAS DO
BRASIL MÉDIAS DA
OCDE MÉDIAS DO
BRASIL LEITURA
(2000) 460,36 396,03 459,58 402,80 446,13 392,89
MATEMÁTICA (2003)
450,44 333,89 456,38 356,02 454,12 369,52
CIÊNCIAS (2006)
460,85 375,17 470,55 389,62 461,48 390,33
Fonte: INEP.
Essa discrepância entre as médias não acontece somente quando comparamos o Brasil
com outros países, ela aparece também entre as várias regiões do país, seja por motivos de
diferenças sócio-econômicas e entre os currículos escolares, formação de professores e
ambiente familiar. Como mostra a tabela abaixo com dados do INEP:
QUADRO 3 – Resultado em Pontos de Leitura, Matemática e Ciências por Regiões do Brasil de acordo com o PISA 2006.
REGIÃO
LEITURA
MATEMÁTICA
CIÊNCIAS
SUL 419 405 424 CENTRO-OESTE 388 378 396
SUDESTE 404 378 396 NORTE 377 339 372
NORDESTE 359 333 359 Fonte: INEP.
30
Os estudantes brasileiros de acordo com a primeira avaliação do PISA em 2000, se
encontram, em sua maioria, no nível 1 de leitura, ou seja, o estudante é capaz de localizar
informações explícitas em um texto, reconhecer o tema principal ou a proposta do autor,
relacionar a informação de um texto de uso cotidiano com outras informações conhecidas.
Já na segunda avaliação do PISA em 2003, com foco em matemática a maioria dos
estudantes brasileiros, se encontram abaixo do nível 1, os estudantes não conseguem
responder questões envolvendo contextos familiares, onde toda a informação está presente e
as questões estão claramente definidas. Esses alunos não são capazes de identificar
informações e realizar procedimentos rotineiros, de acordo com instruções diretas em
situações explícitas. Não podem desempenhar ações óbvias e seguir as informações presentes
nos estímulos dos itens.
Na última avaliação do PISA em 2006, o Brasil se classificou novamente, em sua
maioria, no nível 1 em ciências, assim os alunos têm limitado conhecimentos científicos de
forma tal que só podem aplicá-los em algumas poucas situações familiares. Eles são capazes
de apresentar explicações científicas óbvias e tirar conclusões de evidências explicitamente
apresentadas.
A situação do Brasil com base nos resultados do PISA é preocupante, no que diz
respeito, à aprendizagem dos alunos e a qualidade do ensino, mas não pode ser encarada
somente com pessimismo, já que em alguns quesitos das avaliações o Brasil teve algum
destaque, como no caso da avaliação de letramento científico, no quesito sistemas vivos o
Brasil está 15 pontos acima da média geral da OCDE. O Brasil também apresentou melhoras
crescentes no desempenho em matemática, na avaliação de 2003, a média que era de 333,89
pontos em 2000 foi para 356,02 pontos e em 2006 foi para 369,52 pontos. Houve também
melhoras na leitura entre 2000 e 2003, a média era de 396,03 pontos, foi para 402,80 pontos.
E a avaliação realizada em 2006 comprovou a melhora em ciências, as médias foram
crescentes ao longo das três avaliações, sendo respectivamente, 375,17; 389,62 e 390,33
pontos.
Para os anos de 2009, 2012 e 2015 estão programadas novas séries de avaliações, a
fim de garantir a regularidade do processo e o fornecimento de dados para efetuar mudanças
eficazes no sistema educacional.
As políticas educacionais deverão estar voltadas para as questões que leve a superação
do déficit de qualidade o qual se encontra a educação brasileira atualmente. Temos alguns
indicadores que já fazem levantamentos de dados e constatam os problemas e muitas vezes
31
apontam os caminhos a ser seguido na busca da qualidade educacional, os quais vêm se
aperfeiçoando constantemente.
As diversas abordagens teóricas, ao longo dos anos, apresentaram contribuições
bastante significativas ao processo de ensino e à educação como um todo na história da
educação brasileira. Cada teoria correspondeu a uma determinada concepção pedagógica e
isso diferenciou os períodos entre si.
5.1 CONCEPÇÃO EDUCACIONAL
O elemento educativo por excelência é a própria história, pois é nela que
objetivamente os homens se constituem como homens. À educação formal, institucionalizada,
cabe elevar esse fenômeno objetivo à plenitude da consciência subjetiva operando a catarse,
isto é, a “elaboração superior da estrutura em superestrutura na consciência dos homens”,
afirmava Gramsci. Neste sentido, o trabalho com os alunos dar-se-á na dimensão da qualidade
dos conteúdos e na aprendizagem do conhecimento.
5.2 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA HISTÓRICO-CRÍTICA
As bases psicológicas da pedagogia histórico-crítica podem ser encontradas no
materialismo histórico (Marx) e na psicologia histórico-cultural, esta última desenvolvida por
Vygotsky. Este fazer pedagógico possibilita que o aluno aproprie-se do conteúdo em todas as
dimensões possíveis, dentro de uma proposta dialética de aprendizagem e de um processo de
conscientização e constante ação mental. Assim, torna-se essencial que o conteúdo tenha
significado social e que o professor estabeleça a mediação entre o aluno que e sujeito da
própria aprendizagem e o objeto de aprendizagem que e o conhecimento socialmente
acumulado.
As transformações sociais permitem que ocorram mudanças na educação, pois para
atender as exigências de cada momento histórico, esta buscava formar sujeitos em condições
da agir na atual sociedade e transformá-la.
As abordagens teóricas contribuíram de forma intensa para o atual processo educativo,
devido ao fato de que, cada período encontra-se vinculado a certa teoria pedagógica que busca
lançar as bases epistemológicas para organizar as propostas pedagógicas que o momento
exige. Cada tendência educacional é estruturada para atender a uma solicitação da sociedade.
32
Todas, porém, buscam enfrentar desafios e disseminar o conhecimento, de modo a cumprir a
tarefa social que lhes compete.
A educação transforma-se conforme ocorrem mudanças na sociedade, mas, em todos
os momentos, a escola manteve a preocupação com o processo de ensino e aprendizagem, ora
centrando-se no professor enquanto único detentor do saber, ora o foco recaía sobre o aluno,
técnicas de descoberta, chegando até a prática social inicial e final, ou seja, a aprendizagem
inicia-se e retorna transformada pelo conhecimento, a prática social. As mudanças na tarefa
educacional passam por inúmeras concepções, porém a busca pela qualidade do ensino
público permanece e a escola continua fazendo frente aos inúmeros desafios que lhes são
impostos. Assim, é preciso refletir sobre a contribuição da educação nos dias atuais, na
difusão do conhecimento enquanto objeto de reflexão da prática social, visando à formação de
cidadãos críticos e participativos.
A concepção de homem expressa nesse Projeto Político Pedagógico, remete-se a um
indivíduo que tem sua vida direcionada para metas conscientes a fim de corresponder aos
desafios da natureza e à consequente luta pela própria sobrevivência. Ao colocar em prática
técnicas que outros homens já utilizaram, consegue reinventá-las e, acumular experiências,
transformando o contexto social onde vive. O homem cria a partir da necessidade de
sobreviver em um mundo que, comumente, apresenta-se hostil. Vale ressaltar que, o Projeto
Político Pedagógico aponta para a necessidade do aluno crítico e sujeito de sua própria
aprendizagem.
Sendo a sociedade um espaço contraditório que admite a existência de diferentes
classes sociais, é preciso que estas estejam abertas para que as pessoas, independentemente de
sua origem, tenham a possibilidade de ascender às mais altas posições da estrutura social,
lembrando, por oportuno que, o equilíbrio da sociedade não acontece de forma efetiva, devido
às relações de poder e de autoritarismo que permeiam as relações sociais.
Em relação à concepção de sociedade, as diferenças que existem no comportamento
modelado no contexto social, traduzem o resultado da forma pela qual os homens organizam
as relações interpessoais, possibilitando o estabelecimento de normas de conduta e dos valores
que constituirão a construção da vida social, política e econômica.
A concepção de escola traduz o compromisso com a produção e a difusão do saber
construído socialmente e com a formação do cidadão crítico e participativo para que possa
interagir no meio social, colaborando para tornar a sociedade mais justa e igualitária, na
tentativa de valorizar cada indivíduo que participa da comunidade escolar.
33
A concepção de trabalho considera que, é através do trabalho que o homem transforma
a natureza, adaptando-a às suas necessidades.
Com base nos elementos apontados, o Projeto Político Pedagógico está baseado na
concepção do Materialismo Histórico e Dialético, já que tal concepção expressa as
necessidades históricas da escola pública atual. E importante lembrar que o aluno está em
constante processo de aprendizagem, de forma que, o conhecimento científico a ser adquirido
através da mediação docente, precisa estar vinculado à realidade e possuir significado.
5.3 PAPEL DA ESCOLA
Valorização da escola como espaço social responsável pela apropriação do saber
universal.
Socialização do saber elaborado às camadas populares, entendendo a apropriação
crítica e histórica do conhecimento enquanto instrumento de compreensão da realidade social
e atuação crítica e democrática para a transformação dessa realidade.
5.4 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
Trabalhar com os conteúdos culturais universais incorporados pela humanidade
(clássicos), permanentemente reavaliados face às realidades sociais.
Conteúdos indispensáveis à compreensão da prática social: revelam a realidade
concreta de forma crítica e explicitam as possibilidades de atuação dos sujeitos no processo de
transformação desta realidade.
5.5 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR E INTERVENÇÕE S
A avaliação da aprendizagem escolar continua sendo objeto de inúmeras pesquisas e
abordagens, com base em diferentes enfoques sobre sua prática.
Quando pensamos em avaliação, logo nos remetemos à qualidade do ensino e, diante
da frágil qualidade da educação brasileira tanto pública quanto privada, torna-se urgente rever
a atual capacidade das escolas em transferir conhecimentos com eficiência aos seus alunos e a
formação docente. É preciso, urgentemente, promover uma articulação entre governos,
universidade e sociedade para o estabelecimento de políticas educacionais capazes de garantir
uma escola de qualidade para todos.
34
Segundo Luckesi (1995), a avaliação da aprendizagem acontece após um determinado
período de aulas e/ou atividades desenvolvidas pelos alunos. Os professores formulam provas
ou outros instrumentos de avaliação para serem realizados pelos alunos, a fim de que estes
possam expressar o nível de compreensão dos conteúdos ensinados. Trata-se de uma
avaliação apenas quantitativa. Desta forma, a aprovação ou reprovação, ao final do ano letivo,
está condicionada a conceitos ou notas que os alunos obtiveram no decorrer da realização das
atividades, organizadas a partir de médias aritméticas ou médias ponderadas e de seu
propósito de auxiliar os docentes a entenderem melhor o que os alunos sabem a fim de
tomarem decisões significativas sobre o processo de ensino e aprendizagem. A compreensão
de que a avaliação integra esse processo, faz com que o debate sobre este tema nunca se
esgote.
5.6 SISTEMA DE AVALIAÇÃO
Considerando a realidade atual do colégio após estudo e análise do rendimento escolar
apresentado pelos alunos, foi feita a opção pelo sistema de avaliação trimestral. A avaliação
será diagnóstica, contínua e formativa. O professor terá um tempo maior para acompanhar a
aprendizagem do aluno em cada etapa da avaliação e maior tranquilidade para efetuar a
recuperação paralela dos conteúdos que o aluno eventualmente não tenha conseguido (re)
construir. Os boletins serão entregues aos pais e ou responsáveis durante reuniões
previamente marcadas para essa finalidade e, após cada trimestre de avaliação. Nas reuniões
para entrega de boletins, os pais e ou responsáveis terão oportunidade de conversar com os
professores das diversas turmas, com os professores pedagogos e gestores. Os critérios e
instrumentos de avaliação devem ser usados de forma planejada e serem diversificados, de
acordo com os conteúdos trabalhados e recuperados. Os docentes, de forma coletiva,
estabeleceram os critérios e instrumentos de avaliação.
Os instrumentos que serão utilizados foram definidos pelos professores durante as
capacitações. São os seguintes: provas escritas com ou sem consultas, individuais ou em
grupos, pesquisas orientadas, apresentações de trabalhos individuais ou em grupo, exercícios,
provas práticas na disciplina de educação física, debates, observações, auto-avaliação,
apresentação de painéis, teatros, desenho de charge, produção de histórias em quadrinhos,
organização das ideias em artes, atividade de desenho, produção final (caderno de artes),
elaboração tabelas com gráficos, participação das atividades em sala, produção de textos,
seminários, relatório individual, construção de maquetes.
35
A partir do ano de 2009, a Avaliação da Aprendizagem tem por base o registro de
Notas Trimestrais para o Ensino Fundamental regular e expressos numa escala de 0 (zero) a
10,0 (dez vírgula zero), com base no seguinte sistema:
MF = 1ºTri+2ºTri+3ºTri 3
Acreditamos que uma escola de qualidade é aquela que leva todos os alunos a
avançarem, a evoluírem em seu processo de aprendizagem. O aluno que tira nota abaixo do
esperado tem a possibilidade concreta de ser submetido a novas formas de avaliação a fim de
evitar o fracasso escolar. Assim, as notas podem ser alteradas, sempre que necessário.
Este Regulamento Interno poderá ser modificado sempre que o aperfeiçoamento do
processo educativo assim o exigir, bem como quando da alteração da legislação educacional
ora em vigor.
6. INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS
Em relação aos alunos que possuem deficiência visual (quatro alunos) e deficiência
intelectual e transtornos funcionais específicos (vinte e três alunos), o prédio oferece fácil
acesso para os alunos e o espaço físico apresenta boas condições de conservação e de
funcionamento, atendendo às condições básicas de higiene, segurança e lazer. As salas de aula
são bem arejadas e com iluminação adequada.
O mobiliário e os equipamentos são suficientes para atender aos alunos matriculados
nas diferentes modalidades oferecidas pela escola.
As avaliações de ingresso são realizadas a partir da indicação e avaliação no contexto
escolar, acrescida de parecer psicológico e outros profissionais da Equipe Multidisciplinar, se
necessário, conforme orientações pedagógicas da instrução 013/08-DEEIN.
Os relatórios são descritivos e contemplam síntese das áreas avaliadas e sugestões de
atividades de intervenção para atender as necessidades especiais identificadas.
O planejamento é elaborado individualmente com base no plano de trabalho docente,
no relatório de avaliação no contexto escolar, e/ou relatório semestral seguindo os
encaminhamentos descritos e de conformidade com as orientações da equipe de Educação
Especial do NRE de Maringá.
36
O registro da evolução do processo de ensino e aprendizagem do aluno encontra-se no
relatório semestral, a frequência diária é registrada em livro próprio e, também, são
sistematizadas as observações realizadas pelo professor.
O acompanhamento da prática pedagógica efetiva-se nas reuniões entre a equipe
pedagógica e os professores, no cotidiano escolar e durante o Conselho de Classe. No
decorrer do ano letivo, a equipe pedagógica, em ação conjunta com os professores, realiza
reuniões com os familiares dos alunos para obtenção de informações e repasse de orientações.
7. COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR
Os alunos com defasagens de conteúdo são atendidos em período de contraturno
através de monitorias, Salas de Apoio à Aprendizagem, Programa Segundo Tempo,
Programas de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno (Música e Dança),
atendimento individual e em grupos pelos docentes de diferentes disciplinas durante o período
da hora atividade. Os pais e/ou responsáveis são orientados no sentido de, após tomarem
consciência das dificuldades de aprendizagem que porventura seus filhos apresentem no
decorrer do ano letivo, possam auxiliá-los em casa, atuando de forma conjunta com o colégio.
8. PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA
Todos os funcionários da escola são valorizados através da participação na formação
continuada PDE ESCOLA juntamente com os professores e equipe pedagógica opinando e
propondo sugestões nos eventos promovidos, grupos de estudos e reuniões dentre outros.
A participação dos funcionários na capacitação dos anos de 2009 e 2010, como vinha
ocorrendo anteriormente, despertou o interesse destes pelos estudos e fez com que
conhecessem a realidade pedagógica do colégio, tomassem consciência da importância de
interagirem diante dos problemas apresentados, de forma a auxiliarem na construção de uma
educação de sucesso. Assim, os conhecimentos construídos no ambiente escolar ganham
sentido quando há interação contínua entre todos os integrantes da comunidade escolar.
É essencial que, em nosso PPP, através das ações de todos os membros que integram o
colégio, seja feita a previsão dos problemas que deverão ser transformados, tanto no que se
refere às concepções teóricas como práticas, buscando dirigir o olhar de todos para a
transformação do colégio, conferindo-lhe também a sua identidade, através da prática da
37
autonomia que nos é conferida, o que evidencia compromisso e responsabilidade na definição
de todas as ações que serão realizadas para a reversão dos problemas constatados.
De acordo com o Plano de Ação do Colégio, a formação continuada terá prioridade
durante o ano letivo e será realizada em dias e horários estabelecidos pela equipe diretiva e
com cronograma definido por profissionais que serão contratados através da verba PDE
Escola para o trabalho de capacitação continuada. Os professores, durante sua hora atividade,
realizam estudos e analises de livros, textos, artigos, revistas, vídeos e projetos, capazes de
oferecer suporte para a realização de um trabalho eficaz, pois, o professor necessita adquirir
conhecimentos objetivando avanços na sua prática pedagógica.
Para tanto, a formação continuada será realizada, de maneira que o professor possa
recorrer a ela quando surgirem problemas de aprendizagem utilizando-se de estratégias
pedagógicas e de materiais diversificados. Melhorar a prática pedagógica dos professores
através da Semana Pedagógica, Grupo de Estudos aos sábados, DEB Itinerante, palestras e/ou
mini-cursos através do estabelecimento de parcerias com docentes da Universidade Estadual
de Maringá, Núcleo Regional de Educação e docentes do próprio estabelecimento, dentre
outros profissionais.
O projeto de capacitação continuada poderá reforçar uma cultura de cooperação,
situações inovadoras, confrontação com as práticas pedagógicas, possibilitando o
aprimoramento do professor, para que este possa crescer e, consequentemente, melhorar o
índice de aprendizagem através do ensino de qualidade a todos os alunos.
O objeto de estudo em destaque na presente proposta surgiu da necessidade de
repensar o processo de avaliação apontado no PPP da escola, buscando colocar em prática um
sistema de avaliação que fosse de encontro às necessidades dos alunos e que acontecesse de
forma democrática e coerente e também que atuasse como ponto de partida para melhorar
qualitativamente a aprendizagem. As pesquisas documentais realizadas com base em dados
dos últimos cinco anos, na própria instituição escolar, apontaram um número crescente de
reprovações, aprovações por Conselho de Classe e evasão escolar. Assim, tornou-se
fundamental repensar o sistema avaliativo em vigor. É oportuno ressaltar que, uma das
atribuições do pedagogo escolar é identificar as fragilidades e limites que dificultam o ato
educativo e efetuar a proposição de ações que possam superar os limites impostos à melhoria
do processo de ensino e aprendizagem. Assim, esta proposta de implementação está voltada
para a capacitação docente e do pedagogo, contribuindo para a reorientação do processo de
formação continuada e em serviço de ambos.
38
9. PROJETOS DA ESCOLA
A sala de aula é um espaço permeado pela diversidade, uma vez que abriga um
universo plural, heterogêneo e dinâmico. Cada aluno possui suas peculiaridades cognitivas em
relação à aprendizagem e também possui sua identidade cultural, saberes anteriormente
adquiridos, crenças e valores, alem de padrões de conduta. Nesse ambiente, capaz de provocar
constantes inquietações e desafios, é necessário que o professor exerça seu papel de
promoção, desenvolvimento e aprendizagem dos alunos. Assim pensando, a escola possibilita
a inserção de estagiários de diferentes cursos de licenciatura ligados à docência, para que estes
possam conhecer a complexidade que existe no cotidiano escolar, as contradições e
singularidades do processo educacional, os desafios inerentes à prática docente e às
experiências significativas. Trata-se de levar ao conhecimento dos estagiários a importância
do trabalho do professor, numa sociedade como a nossa, bem como o comprometimento ético
e sociopolítico que a carreira do magistério exige.
9.1 PROJETO MÚSICA NA ESCOLA COMO FERRAMENTA DE SUPERAÇÃO
a) Justificativa
A presente proposta se justifica, porque busca ser uma forma complementar de
enriquecer as experiências educativas, propondo atividades musicais que os alunos podem
levar para os mais diversos contextos de vida, de trabalho e de aprendizagem formal e
informal.
Sendo a música uma das formas de comunicação entre os jovens, procuramos incluí-la
nesta proposta e fazer um comparativo dos jovens de diferentes regiões, cidades ou países.
O objetivo com esse programa é reconhecer os benefícios que esse ensino pode trazer
para o desenvolvimento e a sociabilidade dos alunos. É essencial que se tenha clareza de que
as práticas musicais estão presentes no cotidiano de qualquer grupo social, tendo um lugar
significativo na construção de suas identidades culturais, artísticas e estéticas, assim, quando
se fala de música, deve-se pensar nesse amplo espectro de manifestações, incluindo as
diversas correntes estéticas provenientes de diferentes grupos sociais.
É exatamente o trabalho no desenvolvimento do senso crítico dos alunos, buscando
entender que o conteúdo e a forma de qualquer música são produtos de um processo histórico
e, portanto, frutos de escolhas que são também coletivas e compõem um eixo no qual os
39
indivíduos se identificam sonoramente com aquela música, seus valores, suas estruturas.
Dessa forma, qualquer música pode ser ouvida, estudada e apreciada, pois está associada à
ação humana.
A música é uma das mais importantes formas de expressão humana, de discurso, de
comunicação, justificando assim a sua inclusão no contexto educacional, em especial no
ensino fundamental.
O cultivo da música nas escolas é uma forma de organização apropriada para
promover o experimentalismo transdisciplinar de forma lúdica e prazerosa.
A educação musical e o processo de criação têm se mostrado importante ferramenta
pedagógica ao propor desenvolver habilidades da escuta, da criatividade, do fazer e do pensar
musicais. Na prática destas atividades, o aluno será estimulado a vivenciar diferentes estilos
musicais. Estudar música, dentro do projeto em curso, significa direcionar variadas ações:
conhecer e experimentar os diversos objetos sonoros e musicais, revelar os significados
obtidos a partir do conhecimento elaborado pelo grupo, estabelecer relações entre os
significados produzidos individualmente e coletivamente, perceber e vivenciar combinações
sonoras, construir representações e imagens sonoras, conhecer e identificar elementos extra-
musicais e ainda situar o trabalho musical no espaço histórico.
Importante destacar que, no contexto da presente metodologia de trabalho, torna-se
possível articular tais estudos na esfera das memórias e identidades musicais lembradas e
construídas no diálogo com professores de outras disciplinas e também dos próprios pais ou
responsáveis pelo aluno. Os relatos de experiências musicais de si mesmos são narrativas
importantes as quais estarão sendo consideradas como elementos de discussão na perspectiva
do processo de construção do conhecimento musical dos alunos.
O diálogo reflexivo possibilita a associação das ideias construídas metodologicamente
no decorrer da apreciação e das experiências narradas. Esta ação didática tem demonstrado
um campo rico para a investigação acerca da criação dos conceitos musicais elaborados por
professores bem como o entendimento dos usos da música no interior da escola.
9.2 PROGRAMA SEGUNDO TEMPO
a) Diagnóstico
Astorga é um município brasileiro situado no noroeste do Paraná, a 45 km de Maringá,
65 km de Londrina e 420 km da capital do estado, Curitiba. Integra a Região Metropolitana de
40
Maringá. Possui uma área de 434, 971 Km² com população de 25.164 habitantes de acordo
com o IBGE de 2009 ainda com densidade populacional de 56,4 hab/Km² a uma altitude
675m com clima subtropical Cfa e fuso-horário UTC- 3. Os indicadores de IDH é de 0, 75
(médio) de acordo com o PNUD (2000) e PIB R$ 219.821 mil de acordo com o IBGE (2009)
e PIB per capita no valor de 9.018,00 (IBGE, 2005).
Como a maioria das cidades atualmente, Astorga também apresenta problemas sociais,
principalmente com drogas. A maior parte das crianças, adolescentes e jovens que muitas
vezes não possuem uma boa estrutura familiar, acaba inserindo nesse meio. Cabe então à
sociedade, escola e a projetos como este firmar valores necessários para a vida em sociedade,
e aos coordenadores e monitores do projeto transmitir uma influência positiva na vida dessas
pessoas.
Quanto à prática de esportes e lazer na cidade, Astorga possui adequadamente espaços
para a realização dessas atividades. Existem alguns ginásios de esportes públicos, privados e
praças. Esta última pouco utilizada.
b) Justificativa
O Programa Segundo Tempo envolve toda a escola e o seu entorno, através de um
trabalho coletivo, com o envolvimento de toda a comunidade escolar, de forma que o esporte
possa ensinar muito mais do que a prática do próprio esporte, agregando ensinamentos de
valores fundamentais para a vida, contribuindo para a construção de uma sociedade pautada
pela justiça e desejada por todos.
No município de Astorga, os beneficiários do programa, são trezentos (300) alunos
regularmente matriculados no Colégio Estadual Serafim França – EFM. São proporcionadas
duas modalidades de atividades esportivas coletivas e uma individual, sendo futebol, voleibol
e xadrez. O Programa conta, ainda, com o acompanhamento constante da Equipe Pedagógica
do Colégio Serafim França, nas áreas relacionadas ao planejamento, organização e
implementação das atividades esportivas. A meta é estender os benefícios advindos do
Programa Segundo Tempo a toda a comunidade na qual a Escola encontra-se inserida, a fim
de que este possa pertencer à própria comunidade em um futuro próximo, ampliando cada vez
mais, o número de participantes.
Vale ressaltar que, o Programa Segundo Tempo é de grande importância, não só para
incentivar a prática regular de esportes pelas crianças e adolescentes que se encontram na
41
faixa etária de 07 a 17 anos de idade, como também para incutir valores éticos e cívicos
capazes de contribuir para a valorização das crianças e jovens da comunidade astorguense.
9.3 PROJETO AMIZADE
Duração: um trimestre
Participantes: 6º ano
Período: maio, junho e julho.
a) Objetivos
- Resgatar os valores referentes à amizade, respeito, união e cooperação;
- Ressaltar através do projeto “Amizade” a importância da amizade acima de tudo:
etnia, situação econômica e social, idade, deficiências físicas, visuais e intelectuais, enfim
todos os aspectos visando sempre que um ser completo é aquele que respeita as diferenças,
aceita e auxilia seu semelhante em casa, na escola e na comunidade.
9.4 PROJETO FOLCLORE
O projeto é realizado na disciplina de Língua Portuguesa, nos 6os anos com o objetivo
de resgatar a importância do folclore, conhecer o que é folclore e sua origem. A culminância
se dará com exposição e apresentações de todos os trabalhos realizados pelos alunos na ultima
semana do mês de agosto.
Alunos atendidos: 6º ano
Duração: 5 semanas
Período: julho e agosto
9.5 PROJETO MONTEIRO LOBATO
O projeto é realizado na disciplina de Língua Portuguesa, do 6o ao 9º ano com o
objetivo de desenvolver o gosto pela leitura, oralidade, estimular a criatividade, socialização e
habilidade de trabalhar em grupo.
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Este projeto terá sua culminância e encerramento na Semana do Livro com
apresentação de maquetes, livros construídos pelos alunos, contação de histórias, etc.
Alunos Atendidos: 6o ao 9º ano
Duração: um trimestre;
Período: 1º trimestre letivo (fevereiro, março e abril);
9.6 PROJETO PRODUÇÕES LITERÁRIAS
Esse projeto pretende desenvolver a expressão verbal, a criatividade, a socialização, o
gosto pela leitura, a habilidade de trabalhar em grupo e expressão oral, valorizar os livros de
literatura, conhecer autores através de suas obras, utilizar os contos de fadas em diversas
atividades ( representações), reconhecer diversos personagens e ampliar o vocabulário para
possibilitar maior facilidade na escrita e produção de textos.
Alunos atendidos: 6o ao 9º ano
Duração: um trimestre.
Período: outubro, novembro e dezembro.
9.7 PROJETO ENCONTRO DE FORMAÇÃO E LAZER
Surgiu da observação do cotidiano escolar, uma vez que nossos alunos são
adolescentes, em sua maioria, necessitando, portanto de orientação e acompanhamento para
que possam enfrentar os conflitos inerentes à idade munidos de informações adequadas.
Diante da realidade familiar e dos problemas encontrados, o projeto foi criado na gestão
anterior e é realizado uma vez ao ano, no segundo semestre, em geral num sábado.
Proporciona aos alunos momentos de reflexão através de palestras ministradas por
profissionais voluntários da comunidade que discorrem sobre temas sugeridos pelos alunos e
também são organizadas atividades de lazer. Os alunos comparecem à escola no período
matutino, são recepcionados com café da manhã e se dirigem às salas de aula para as
palestras, após participam das atividades de lazer e almoço. Os pais comparecem no período
da tarde e participam de palestras nas quais são abordados temas como relacionamento
familiar, sexualidade, adolescência, drogas, ausência de limites, valores, entre outros. Ao final
do dia ocorre uma confraternização entre todos os participantes.
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9.8 PROJETO FICA
A evasão escolar ocorre por vários motivos, por isso a necessidade da adesão ao
projeto FICA. A escola tem papel importante nesta ação, pois o aluno está diretamente
vinculado a ela em seu dia-a-dia. Assim a escola tomará todas as providências necessárias
para o retorno do aluno à escola, evitando a evasão e garantindo a permanência do aluno na
escola. Dessa forma, manterá contato frequente e direto com os pais ou responsáveis,
enfatizando a sua responsabilidade na educação e formação dos filhos.
9.9 PROJETO CONHECENDO O ESTADO DO PARANÁ
Esse projeto tem por objetivo conhecer o estado do Paraná, através de viagens e
passeios educativos. As viagens são programadas com antecedência e destinam-se a
proporcionar aos alunos e docentes envolvidos, cultura, conhecimento e lazer. A valorização
de localidades do nosso estado, sua gente e seus costumes, além das belezas naturais
constituem o foco desse projeto.
Antes de serem realizadas as viagens, os alunos realizam pesquisas orientadas pelos
professores que irão acompanhá-los sobre as localidades que serão visitadas, constituindo um
trabalho multidisciplinar. No decorrer da viagem, são orientados a observarem aspectos
peculiares da região visitada, para, no retorno, elaborarem relatórios orais e escritos,
responderem instrumentos de avaliação (questionários), a fim de socializarem os novos
saberes adquiridos e gravarem na memória passeios e viagens que poderão se tornar
inesquecíveis.
9.10 PROJETO HORTA ESCOLAR – FERRAMENTA EDUCACIONAL
O projeto da Horta Escolar surgiu da necessidade de, através de um trabalho com o
coletivo dos professores e pedagogos da escola, mobilizar alunos de uma turma de 5ª série do
período vespertino, para construírem uma horta escolar. Esse projeto teve início no ano de
2009, com uma reunião envolvendo alunos da turma, professores e pedagogos para debaterem
questões relacionadas ao tema. Foi convidada uma agrônoma do município para realizar as
primeiras orientações sobre sementes, adubação do terreno, plantio, hortaliças orgânicas. E
também, foram realizadas leituras e estudos sobre meio ambiente e desenvolvimento
sustentável, relacionados ao tema horta escolares. A meta desse projeto é possibilitar aos
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alunos a aprendizagem de questões relacionadas à sustentabilidade e alimentação saudável, na
prática. Será estendido a outras turmas do ensino fundamental desse colégio.
10. ACOMPANHAMENTO E REALIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE
A hora atividade está organizada por disciplina, com acompanhamento do professor
pedagogo para constituir-se em um espaço de discussão acerca do trabalho do professor, a
aprendizagem dos alunos, defasagens apresentadas pelos alunos, definição de intervenções
pedagógicas que contribuam para melhorar o rendimento escolar, diálogo com pais e/ou
responsáveis pelos alunos que apresentam dificuldades, tendo em vista a proposição de meios
e soluções para revertê-las.
A hora atividade constitui um espaço para a troca de informações entre os professores
das diversas disciplinas, a fim de analisarem os pontos positivos e entraves da prática
pedagógica, com o objetivo de sugerirem novos encaminhamentos para a sequência do
trabalho pedagógico. E, também, para a discussão sobre o planejamento, reestruturação e
atualização do Plano de Trabalho Docente bem como a organização do material didático e
seleção de recursos pedagógicos para posterior utilização em sala de aula, tais como: filmes,
obras de arte, artigos de jornais, de revistas, de livros diversos, Internet através do laboratório
de informática Paraná Digital e a organização de atividades extraclasse.
Durante a hora atividade os docentes deverão proceder ao estudo e análise da prática
pedagógica inclusiva oportunizando formas diversificadas de atendimento aos alunos com
deficiência, respeitando o tempo diferente que cada um tem para aprender e realizar as
atividades.
Também deverão elaborar estratégias, diferentes atividades e mecanismos para o
monitoramento do processo de aprendizagem dos alunos, que serão colocados em prática no
decorrer das aulas.
Em atividade conjunta, com o apoio dos professores pedagogos, será realizado o
estudo e análise dos indicadores oficiais de avaliação da escola, gráficos da avaliação
trimestral de acordo com as disciplinas, para a reversão do quadro apresentado. Poderão ser
propostas sugestões aos colegas que encontram dificuldades para melhorar a prática docente
diária, bem como tratamento para os conflitos que ocorrem no dia-a-dia da instituição, assim
como a garantia da permanência do aluno na escola evitando-se a evasão escolar.
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A hora atividade será utilizada para que os docentes possam ter acesso a informações
sobre os principais acontecimentos, eventos, documentações recebidas através da SEED ou
NRE, atividades propostas pela direção APMF, Conselho Escolar, entre outras.
11. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
A direção tem por objetivo estabelecer contato direto com os pais no cotidiano escolar
e em períodos específicos como: reuniões periódicas para que estes possam conhecer o plano
de ação do colégio e participação em grupos de estudos que são necessários para garantir a
qualidade do ensino. Os pais serão convidados para participarem de palestras sobre temas
diversificados, comemorações da escola, para tomarem conhecimento dos projetos colocados
em prática durante o triênio da direção e outras atividades culturais eventualmente
promovidas pelo colégio. A formação será feita na própria escola, sob a coordenação da
direção e da equipe pedagógica, conforme cronograma estipulado durante o tempo em que o
colégio estiver vinculado ao programa PDE ESCOLA, porém, tendo sequência mesmo
quando todos os problemas forem solucionados.
Dentre os projetos que visam a ampliação da parte física, a direção priorizou a
construção de uma sala com espaço adequado para o funcionamento da Sala de Recursos e
CAE/DV (SEED) e uma Sala Multifuncional tipo II (MEC) com mobiliários apropriados,
uma sala de aula para o ensino regular e um Auditório. A opção pelo auditório deve-se ao fato
de que são inúmeros os eventos realizados pela escola em parceria com a comunidade escolar
e, em todos os grandes eventos, por falta de ambiente adequado, torna-se necessária a locação
de clubes, salões comunitários ou Casa da Cultura, dentre outros espaços existentes no
município, sendo comum o adiamento das programações por não dispormos de local.
A ampliação da biblioteca também se faz necessária, já que esse espaço físico
encontra-se defasado em relação ao acervo e à demanda de alunos dessa instituição.
INDICADORES
A ESCOLA QUE TEMOS HOJE A ESCOLA QUE PRETENDEMOS
O QUE VAMOS FAZER
POTENCIALIDADES DIFICULDADES 1.Gestão de resultados educacionais
Toda a comunidade tem acesso às informações disponibilizadas em sites oficiais, do estado e da federação.
Distribuição de responsabilidade entre as equipes pedagógicas, administrativas e comunidade.
Uma escola com a participação da comunidade escolar baseada em uma postura ética e humano social.
Mobilizar, através de ações concretas, como leituras de documentos oficiais, informações, palestras, grupos de estudos, reuniões com pais e docentes para conscientização, buscando garantir a
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permanência do educando na escola, evitando a evasão escolar; Trabalhar para que haja melhoria de qualidade do ensino junto com o aprimoramento do processo pedagógico. Retomada do IDEB da escola para a tomada de decisões. Desenvolver ações como eventos culturais e esportivos, mostras de trabalhos organizados por alunos e professores, para valorizar a função da escola, palestras, sessões de filmes escolhidos coletivamente, para diminuir o índice de evasão escolar .
2. Gestão participativa/ democrática
1 Família, docentes e funcionários da escola. 2 Avaliação externa- Prova Brasil-IDEB
1 Participação efetiva de toda comunidade escolar. 2 Redução dos índices de evasão e repetência
1 Conscientização da comunidade escolar. 2 Elevação do índice de aprovação e diminuir a evasão escolar Elevação do nível do IDEB de 4.3 (observado no ano de 2009) para 4.9 (metas projetadas para 2013).
1 Incorporação da missão da Escola e do processo de ensino e aprendizagem no cotidiano dos alunos, funcionários, professores e direção. Divulgar o Estatuto do Idoso para parcela da comunidade escolar interessada. Manter contato direto e transparente com a comunidade para a construção de um relacionamento harmonioso. Reunião com os pais, por exemplo, para que os professores apresentem os conteúdos de suas disciplinas, encontros com professores, equipe pedagógica, APMF, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil, para discussão de temas relacionados à indisciplina escolar, violência, problemas durante os intervalos, para que os presentes contribuam com sugestões para resolvê-los.
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2 Conscientização dos discentes , docentes e equipe pedagógica sobre a importância da qualidade do processo de ensino e de aprendizagem para a vida escolar. Disponibilizar o Laboratório de Informática para que seu uso esteja a serviço dos conteúdos curriculares.
3. Gestão Pedagógica
Oportunidade de formação continuada, projetos que expressem os desejos da comunidade escolar.
Tempo insuficiente. Formação humana em seus aspectos mais amplos e trabalho coletivo.
Elaborar projetos de reforço e recuperação, através da monitoria dos próprios alunos, com a orientação do professor, selecionando os alunos com maior dificuldade e os conteúdos a serem estudados. Divulgação dos Projetos de Atividades Curriculares Complementares em Contra turno
4. Gestão de Inclusão/ Socioeducação
Organização do trabalho pedagógico na escola.
Maior envolvimento e participação da família para garantir a frequência dos alunos e seu efetivo desenvolvimento.
Reflexão sobre as necessidades científicas e éticas dos alunos, assegurando a sua formação humana de cidadãos.
Acompanhamento efetivo dos alunos das salas de recursos e multifuncionais. Promoção de palestras e debates sobre diversidade cultural. Estabelecimento de formas diversificadas de atendimento aos alunos com deficiência.
5. Gestão de Pessoas
Formação Continuada. Desconhecimento da função social da escola pública de hoje.
Compromisso de toda comunidade escolar.
Promoção da unidade do grupo de professores, para proporcionar um ambiente de trabalho agradável e produtivo.
6. Gestão de serviços de apoio (recursos físicos e financeiros)
Recursos financeiros. Espaços, equipamentos e materiais pedagógicos.
Conscientização da comunidade escolar.
Mecanismos para que os docentes possam ter acesso a informações e documentações emanadas da SEED ou NRE, ações propostas pela direção, Conselho Escolar e APMF.
Prestações mensais de contas. Apresentação do Regulamento Interno a todos os alunos pela equipe de gestores e pedagogos; Apresentação do Plano de Ação do colégio para os professores e funcionários. Reuniões periódicas com os professores e funcionários para esclarecimentos das metas do Plano de Ação
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12. EXECUÇÃO, ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
O projeto foi elaborado de forma coletiva, com participação de todos os segmentos
desse Colégio: APMF, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, Pais, Alunos, Professores,
Agentes Educacionais I e II, Equipe Pedagógica, Direção e Direção Auxiliar, trabalho este
que aconteceu no decorrer do ano letivo.
A comunidade escolar participou através de respostas a questionários, participação em
palestras, entrevistas, reuniões, instrumentos PDE Escola entre outros. A equipe responsável
pela construção do texto elaborou a tabulação dos dados e o estudo dos documentos.
A avaliação acontecerá com anuência do Conselho Escolar e APMF para a
concretização da programação feita, partindo da análise das necessidades, em que medidas
foram supridas, verificando o que devera permanecer e o que precisa ser definido e melhor
trabalhado. Principalmente identificando quais são as novas necessidades detectadas em todos
os setores do colégio.
Astorga, 21 de novembro de 2011.
______________________________________________ MARIA INES CASTELANI SANTINELLO
Diretora
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