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FACULDADE ESTADUAL DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE UNIÃO DA VITÓRIA- FAFIUV WILLIAN BURGARDT DE SOUZA ESTUDO TEÓRICO: A MATEMÁTICA NO SISTEMA DE GEOPOSICIONAMENTO POR SATÉLITE UNIÃO DA VITÓRIA 2013

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FACULDADE ESTADUAL DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE UNIÃO

DA VITÓRIA- FAFIUV

WILLIAN BURGARDT DE SOUZA

ESTUDO TEÓRICO:

A MATEMÁTICA NO SISTEMA DE GEOPOSICIONAMENTO POR SATÉLITE

UNIÃO DA VITÓRIA

2013

1

WILLIAN BURGARDT DE SOUZA

ESTUDO TEÓRICO:

A MATEMÁTICA NO SISTEMA DE GEOPOSICIONAMENTO POR SATÉLITE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para a

disciplina de TCC para a obtenção de grau de

licenciado em Matemática pela Faculdade Estadual

de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória-

FAFIUV.

Professor orientador: Dirceu Scaldelai

UNIÃO DA VITÓRIA

2013

2

“O êxito de um professor de Matemática deve ser medido pela

quantidade de alunos que, ao longo da vida, ele ensinou a pensar

por si mesmos e não pelo volume de fórmulas que os fez

memorizar.”

Gilberto G. Garbi

3

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Segmento do sistema GPS 1 .................................................................................. 9

Figura 2: Representação esquemática da constelação de satélites ...................................... 10

Figura 3: Localização das Estações de Controle e Monitoramento GPS ............................ 11

Figura 4: Representação dos pontos equidistantes a um satélite. ........................................ 14

Figura 5: Interseção de duas esferas. ................................................................................... 15

Figura 6: Interseção de três esferas. .................................................................................... 15

Figura 7: Interseção de quatro esferas. ................................................................................ 16

Figura 8: Sistema de coordenadas cartesianas .................................................................... 16

Figura 9: Coordenadas Geográficas. ................................................................................... 21

Figura 10: Coordenadas Geográficas .................................................................................. 21

Figura 11: Localização do receptor. .................................................................................... 27

4

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 5

2. MATEMÁTICA DO COTIDIANO ............................................................................... 6

3. SISTEMA DE GEOPOSICIONAMENTO POR SATÉLITE .................................... 8

3.1. FUNCIONAMENTO DO SISTEMA GPS ................................................................ 9

3.1.1. Fontes de Erros .................................................................................................. 11

3.2. SISTEMAS SIMILARES AO GPS .......................................................................... 12

4. MATEMÁTICA DO SISTEMA GPS ......................................................................... 13

4.1. DETERMINANDO A DISTÂNCIA ENTRE O SATÉLITE E O RECEPTOR ..... 13

4.2. DETERMINANDO A POSIÇÃO DO RECEPTOR ................................................ 14

4.2.1 Coordenadas Cartesianas .................................................................................... 16

4.2.2. Definição de Superfície Esférica ....................................................................... 17

4.2.3. Intersecção de Superfícies Esféricas .................................................................. 17

4.2.4. Coordenadas Geográficas .................................................................................. 20

5. APLICAÇÃO ................................................................................................................. 23

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 28

REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 30

5

1. INTRODUÇÃO

Em algum momento da vida escolar pode-se ouvir a frase “a Matemática está em

todo o lugar”. Muitos professores se utilizam desta frase para explicar o motivo da

disciplina de matemática na grade curricular.

Mas se a Matemática está tão presente em nosso cotidiano, por que não

conseguimos perceber? Para Rodrigues (2004) os professores não levam os alunos a

relacionarem o conteúdo escolar com a vida cotidiana, criando no aluno um pensamento de

que o conhecimento matemático serve apenas para efetuar a realização de uma prova.

Sendo assim esse trabalho tem como objetivo explicitar como a matemática está

presente em nosso cotidiano. Para isso será mostrada a matemática que envolve um sistema

muito utilizado atualmente para localização e orientação geográfica em qualquer ponto da

Terra. Sendo que este sistema é conhecido popularmente como GPS (Global Positioning

System).

Para poder entender a matemática que envolve o sistema de localização por satélite,

primeiramente devemos compreender o que ele é. Isto será abordado no capítulo 3, onde é

apresentado um breve histórico sobre as origens do GPS e como se dá o seu funcionamento

nos dias de hoje. Além disso são abordados outros sistemas de localização similares.

No capítulo 4 é apresentada a matemática que envolve este sistema, desde a captura

dos dados, o processo que estes dados são submetidos até a chegada destas informações ao

usuário.

No capítulo 5 será apresentado um exemplo real da matemática no cotidiano. Para

isto será desenvolvida a matemática existente no sistema GPS para determinar a

localização de um receptor no globo terrestre.

6

2. MATEMÁTICA DO COTIDIANO

Muitas vezes ao realizar uma atividade simples do dia a dia, mas fora do ambiente

escolar, o aluno não consegue perceber que o conteúdo que ele estuda na escola está

presente em situações cotidianas. Aparentemente existe uma matemática ensinada na

escola que é diferente da matemática encontrada no cotidiano.

Segundo Costa (2005) muitas vezes o aluno não compreende a matemática escolar,

mas a utiliza em seu cotidiano com sucesso. Cabe ao professor unificar este contraste entre

as duas, ou seja, sistematizar os conteúdos de forma que o aluno possa compreender e

perceber que a matemática não é um “monstro” e que faz parte do cotidiano, deixando de

ser mera memorização sem sentido.

A disciplina de matemática é vista como uma das mais difíceis, que apenas poucos

alunos terão condições de compreendê-la, mas isto porque seu conteúdo é muito abstrato e

pouco se relaciona com a realidade dos estudantes.

Segundo Barreto (2007) a linguagem matemática é vista como complexa e distante

do aluno e ainda o seu conteúdo está carregado de símbolos, termos e fórmulas que devem

ser memorizados, o que faz com que o aluno tenha dificuldades para aprender, aumentando

a sua distância com a matemática.

Para Ogliari (2008), a maioria dos alunos que se formam no ensino médio, não

conseguem compreender o significado da Matemática, das origens dos seus conteúdos, dos

significados das expressões, e por consequência disso não conseguem relacioná-la com os

fatos do seu cotidiano.

Estes alunos pouco sabem que muitas das situações da vida moderna dependem de

matemática em sua forma fundamental. Quando se viaja de avião, trem, carro, quando se

assiste televisão, ouve rádio, vai ao cinema, quando se entra na internet ou até mesmo

quando se esquenta um café no micro-ondas. Todas estas situações e muitas outras são

cheias de matemática que normalmente não são percebidas.

É possível explicitar a existência da matemática no dia a dia com um exemplo

simples, como a ida a uma padaria, em que o fato de atravessar a rua gera cálculos mentais

relacionando distância, velocidade e tempo, já que se deve observar o veículo que se

aproxima com certa velocidade avaliando se é possível atravessar sem haver uma colisão,

avaliar qual será a sua velocidade em relação à distância que será percorrida para que tal

colisão não ocorra. Já na padaria é preciso realizar cálculos mentais para descobrir se o

7

dinheiro levado será suficiente ou se é necessário alterar os itens ou as quantidades de

produtos solicitados, analisar para quantas pessoas será a compra, entre outros. Apesar de

muitos alunos não perceberem, nesta situação está se associando a matemática ensinada na

escola com o seu cotidiano de forma direta.

Apesar de muitos professores afirmarem que a matemática está muito presente em

todos os lugares e situações, pouco fazem para relacionar o conteúdo proposto na Escola

com a realidade enfrentada pelo aluno. Para Ogliari (2008), muitos alunos possuem o

pensamento de que a matemática é algo desnecessário e de difícil compreensão, e ainda

afirma que esta crença vem da própria sociedade que acaba por prejudicar ainda mais a

imagem da matemática.

Para mostrar que a matemática realmente faz parte do nosso cotidiano será

realizada uma sistematização da matemática existente em um aparato que está cada vez

mais presente em nossas vidas. Este aparato é popularmente conhecido como GPS. Antes

de explicitar a matemática que envolve este aparelho é necessário compreendê-lo.

8

3. SISTEMA DE GEOPOSICIONAMENTO POR SATÉLITE

Durante séculos, a utilização da bússola era o principal instrumento de orientação

utilizado por qualquer um que quisesse explorar locais desconhecidos, seja na terra, no mar

ou no ar. Entretanto, com a chegada da era espacial houve uma grande evolução

tecnológica que acabou deixando a bússola obsoleta. Esta nova tecnologia possui o nome

de GPS.

GPS é a sigla para Global Positioning System, que significa Sistema de

Posicionamento Global. Este é um sistema de posicionamento de satélites usado para

determinar a posição de um receptor em qualquer lugar sobre a Terra com uma grande

precisão.

Apesar de se utilizar a mais alta tecnologia, o GPS nem sempre foi como

conhecemos hoje. O seu antecessor imediato foi o NNSS (Navy Navigational Satellite

System) que era utilizado para localização e navegação de navios de guerra americanos. O

NNSS utilizava-se de ondas eletromagnéticas em um sistema de 8 satélites ativos em

órbitas polares elípticas (quase circulares) a uma altitude média de aproximadamente

1100km. Ficou em operação até meados de 1993, mas foi desativado porque possuía dois

grandes problemas; não possuía uma cobertura global completa e havia lapsos de tempo

entre as passagens de satélites em um mesmo ponto; e ainda para se obter uma posição

precisa, era necessário esperar de dois a três dias estacionado em um mesmo ponto

(FIGUEIREDO, 2005).

Assim como em outras áreas do conhecimento humano, os erros com o sistema

NNSS trouxeram aprendizado culminando em um sistema melhorado atualmente

conhecido como GPS.,

O projeto GPS foi iniciado em 1973 (mas o sistema foi criado na década de 1960)

pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos com fins militares e era chamado

“NAVSTAR” (Navigation Satellite with Time and Ranging), mas só foi considerado

completo no ano de 1995. Tinha como objetivo ter uma grande precisão no lançamento de

mísseis, localizar a posição de navios, aeronaves e tropas onde quer que eles estivessem

(FARIA, 2008).

O projeto GPS também foi projetado para uso civil, mas com uma precisão muito

menor do que a de uso militar. Mas isso só ocorreu em 1980, por decisão do então

presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan. Ainda assim, foi implantado um erro

9

proposital no sistema GPS de uso civil. Isso se deu devido ao medo do então governo

americano de que nações inimigas se utilizassem deste sistema para realizar atentados

contra a nação americana. (FIGUEIREDO, 2005).

Enquanto os receptores de uso militar possuem precisão de 1 metro, o de uso civil

possuía uma margem de erro de 100 a 140m devido a um processo de deterioração da

precisão das informações dos satélites. Mas este processo foi abolido a 0h do dia 2 de maio

de 2000, fazendo com que a precisão do GPS de uso civil obtivesse uma melhora de até

dez vezes na sua precisão, fazendo com que a margem de erro variasse de 15 a 100 metros.

(FIGUEIREDO, 2005).

A precisão no receptor de uso militar se deve ao fato da existência de um relógio

atômico em cada satélite, propiciando uma medição de tempo mais precisa. Este é o

sistema de medição de tempo com maior precisão atualmente.

3.1. FUNCIONAMENTO DO SISTEMA GPS

Para o correto funcionamento do GPS, é necessário o uso de três segmentos:

espacial, de controle e o receptor. A figura 1, mostra a interligação entre este três

segmentos :

Figura 1: Segmento do sistema GPS 1

Fonte: ALVES (2004)

Segundo Avila (2006) o segmento espacial é composto por 24 satélites que orbitam

sobre o globo em seis órbitas estáveis e predeterminadas onde quatro satélites orbitam em

cada órbita, realizando um movimento elíptico (quase circular) inclinadas 55° em relação a

10

linha do equador e espaçados longitudinalmente a 60°, a uma altura de aproximadamente

20.200 km. Sendo ainda que cada satélite pesa em torno de 1600kg e são movidos a luz

solar. A velocidade tangencial de cada satélite é de aproximadamente 14000km/h e eles

demoram em torno de 11 horas e 58 minutos para percorrer uma órbita completa.

A Figura 2 mostra de forma esquemática a constelação do segmento espacial do

GPS.

Figura 2: Representação esquemática da constelação de satélites

Fonte: AVILA (2006)

A disposição dos satélites faz com que qualquer ponto da superfície terrestre seja

avistado por pelo menos quatro satélites, podendo, em alguns momentos, ser avistado por

até dez satélites.

Outro componente, o de controle, são as estações de controle ou de monitoramento

dos satélites. A sua função é manter atualizada a posição dos satélites e sincronizar o

relógio atômico existente em cada um. Ao todo são cinco estações de controle espalhadas

pelo globo terrestre.

As estações de monitoramento estão localizadas no Hawaii (estação mestra),

Colorado Springs, Ilha da Ascension (Atlântico Sul), Diego Garcia (oceano Índico), e

Kwajalein (Pacífico). (BERALDO e SOARES (1995) apud AVILA, 2006).

A Figura 3 mostra a localização das Estações de Controle e Monitoramento GPS.

11

Figura 3: Localização das Estações de Controle e Monitoramento GPS

Fonte: AVILA, (2006).

Por último, mas de igual importância, é o receptor GPS. Dos componentes é o

único que o usuário tem contato direto, que são os aparelhos que mostram a posição

naquele instante. Atualmente aparelhos como celulares, smartphones, tablets, entre outros,

possuem a funcionalidade muito semelhante à de aparelhos específicos de GPS.

3.1.1. Fontes de Erros

O sistema GPS civil está sujeito a ter seu sinal deteriorado de diversas maneiras,

devido a alguns fatores de erros, mesmo que pequenos, a soma desses erros preliminares

pode causar erros potenciais. Esses fatores segundo Arvus (2013) são:

- Atrasos da Ionosfera e Troposfera: o atraso do sinal ocorrido nesta parte da

atmosfera é compensado por um modelo matemático incluído no receptor, porém por fazer

apenas uma média dos atrasos, deixa-se de utilizar dados exatos perdendo assim um pouco

da precisão.

- Sinais “multi-path”: quando o sinal é refletido por construções como prédios e

também formações rochosas, o tempo de propagação do sinal é alterado causando

imprecisão.

- Erros no relógio do receptor: não é possível ter um relógio atômico em cada

receptor, então eles usam um cristal de quartzo comum que não tem a mesma precisão mas

12

é reiniciado em sincronia com quatro ou mais satélites. Mesmo assim podem ocorrer

variações no relógio do receptor, causando assim perda de precisão.

- Números de satélites visíveis: quanto maior for o número de satélites visíveis,

maior é a precisão. Não se consegue um bom funcionamento do sistema dentro de locais

fechados, embaixo da água ou da terra.

-Geometria dos satélites/sombra: Existe uma geometria entre a posição dos satélites

que favorece a decodificação da posição do receptor. Se houver satélites muito próximos

uns dos outros ou alinhados, o resultado é uma precisão ruim.

- Erros propositais: Até o ano 2000, o Departamento de Defesa americano inseria

um erro proposital para causar uma degradação artificial do sinal do satélite. Esse erro

proposital é chamado de Disponibilidade Seletiva (S/A – Selective Availability) e resulta

em um erro de cálculo da posição do receptor de mais de 100m.

3.2. SISTEMAS SIMILARES AO GPS

Para Machado (2012), o GPS é um sistema muito antigo e por isso acumula muitos

problemas devido aos desgastes, além disso, ele foi desenvolvido e mantido pelo

Departamento de Defesa Americano, o que significa que o sistema deve servir

primariamente as Forças Armadas dos Estados Unidos.

Segundo Chamone (2008), atualmente existem dois sistemas efetivos de

posicionamento por satélite: o GPS, americano, e o Glonass, russo; e ainda existem mais

dois em implantação: o Galileo, europeu, e o Compass, chinês.

O Glonass foi criado alguns anos antes do GPS pela União Soviética, mas após o

seu desmembramento foi deixado de lado. Nos últimos anos o governo russo passou a

investir neste sistema, que possui precisão de até três metros.

Na tentativa de popularizar o sistema Glonass, governo russo impôs uma taxa de

importação de 25% para todos os aparelhos que possuíssem o sistema GPS, mas se

também fossem compatíveis com o Glonass a taxa era extinta. Com a utilização simultânea

do sistema GPS e do sistema Glonass, o usuário ganha em velocidade, já que tem a

disposição muito mais satélites do que se utilizasse apenas um dos sistemas.

13

4. MATEMÁTICA DO SISTEMA GPS

Para que o sistema GPS possa calcular a posição exata de um ponto no globo

terrestre, é necessário que ele obtenha algumas informações.

Primeiramente é necessário que no mínimo quatro satélites estejam observando este

ponto. Posteriormente o sistema GPS calcula a distância do receptor até os satélites. Isso só

é possível por conta de que o sinal enviado pelo receptor para os satélites, viaja a

aproximadamente a velocidade da luz e com a ajuda de um relógio atômico é possível

medir o tempo que esse sinal demora para chegar no satélite. Com esses dados calcula-se a

distância, e assim torna-se possível determinar o único ponto no qual está localizado o

receptor.

Mas como o resultado obtido está em coordenadas cartesianas é necessário

transformá-lo em coordenadas geográficas, para que o usuário possa compreender as

informações obtidas.

4.1. DETERMINANDO A DISTÂNCIA ENTRE O SATÉLITE E O RECEPTOR

Para o cálculo da distância entre o satélite e o receptor, o satélite transmite um

longo sinal digital, chamado de pseudo-randômico ou PRC (pseudo random code). Neste

mesmo instante, o receptor gera o mesmo código. No momento em que o sinal chega ao

receptor, existe uma defasagem em relação ao sinal gerado pelo receptor. Esta diferença é

igual ao tempo de trânsito do sinal, Chamone (2008).

Então o satélite calcula a distância se utilizando de um princípio simples:

, (4.1)

onde é a distância entre o satélite e o receptor, é a velocidade do sinal enviado e é o

tempo que este sinal demora para transitar entre o satélite e o receptor.

O satélite envia sinais através de ondas eletromagnéticas que viajam na velocidade

da luz: 299.792.458 metros por segundo, em seguida o receptor multiplica o tempo que o

sinal levou para chegar até ele pela velocidade da luz e determina a distância entre eles.

A precisão do tempo é essencial na operação do GPS. Se ocorrer um erro de um

micro segundo ( segundos) no registro do lapso de tempo desde a transmissão do sinal

pelo satélite até a sua recepção pelo receptor resulta num erro de 300 metros (ALVES,

2006).

14

Além disso, apenas com uma distância não é possível saber a posição exata do

receptor sobre o globo terrestre, então é necessário que pelo menos quatro satélites possam

observar este ponto, e cada um calcula a distância deste ponto até o satélite, então a

interseção das possíveis distâncias de quatro satélites gera um único ponto, que é a

localização do receptor (ALVES, 2006).

4.2. DETERMINANDO A POSIÇÃO DO RECEPTOR

A única informação utilizada para determinar a posição do receptor é a distância do

satélite com o mesmo. Se o receptor capta o sinal de apenas um satélite que envie esta

informação percebe-se que todas as possíveis posições para o receptor estão na superfície

de uma esfera de centro no satélite e de raio igual a distância do satélite até o receptor.

Figura 4: Representação dos pontos equidistantes a um satélite.

Fonte: COSTA e RODRIGUES (2012)

Se o receptor capta o sinal de dois satélites tem-se que a posição do receptor está

contida na interseção das duas esferas cujos centros são os satélites. Esta interseção pode

ser um único ponto, o que resolveria o problema, ou pode formar uma circunferência de

possibilidades. Não é possível a interseção ser vazia pois elas contêm pelo menos um

ponto em comum, que é a posição do receptor. CHAMONE (2008).

15

Figura 5: Interseção de duas esferas.

Fonte: COSTA e RODRIGUES (2012)

Se o receptor capta o sinal de três satélites a posição do receptor está contida na

interseção de três esferas. Se considerar que as três esferas são secantes duas a duas, sua

interseção será o conjunto de dois pontos, caso duas sejam tangentes, a interseção será um

único ponto, que neste caso será a posição do receptor. CHAMONE (2008).

Figura 6: Interseção de três esferas.

Fonte: COSTA e RODRIGUES (2012)

Com a utilização de mais uma esfera, temos que a interseção das quatro esferas

gera um único ponto. Convém relembrar que a interseção de esferas, neste caso, é sempre

não vazia, pois todas as esferas contém o ponto que representa a posição do receptor, mas

em casos mais gerais, não há nada que garanta que a interseção de quatro esferas seja um

único ponto.

16

Figura 7: Interseção de quatro esferas.

Fonte: COSTA e RODRIGUES (2012)

4.2.1 Coordenadas Cartesianas

“O conjunto de todas as triplas ordenadas de números reais é chamado de espaço

numérico tridimensional, sendo denotado por . Cada tripla ordenada é chamada

de um ponto no espaço”. (LEITHOLD, 1994, p. 847)

O sistema de coordenadas cartesianas em três dimensões é composto por três eixos:

OX; OY; OZ com a mesma origem em O e perpendiculares entre si tomados dois a dois.

Dado um ponto no espaço, ele pode ser associado a uma terna do sistema

de coordenadas do seguinte modo:

Figura 8: Sistema de coordenadas cartesianas

Fonte: ALVES 2006

Por traça-se uma reta paralela ao eixo . A interseção dessa reta com o plano

é o ponto . As coordenadas de no sistema de coordenadas são as duas

primeiras coordenadas de . A terceira coordenada de é igual ao comprimento do

P`

z

y

x

17

segmento , se estiver acima do plano (figura 8), e ao comprimento com sinal

negativo, se estiver abaixo do plano .

4.2.2. Definição de Superfície Esférica

Segundo Leithold (1994), uma esfera é um conjunto de todos os pontos no espaço

tridimensional, equidistantes de um ponto fixo. O ponto fixo é chamado de centro da esfera

e a medida da distância constante é chamada de raio da esfera. Uma equação da esfera

de raio r e centro e sendo um ponto pertencente a superfície

tem-se que:

(4.2)

Trabalhando com a equação (4.2) temos:

(4.3)

Que é a equação geral da superfície esférica de centro e raio .

4.2.3. Intersecção de Superfícies Esféricas

Alves (2006, p. 22), expõe o seguinte teorema sobre a intersecção de superfícies

esféricas:

Teorema: Se quatro superfícies esféricas se interceptam e seus centros são não coplanares,

então esta interseção consiste em um único ponto.

Demonstração:

Sejam e superfícies esféricas de centro e

respectivamente. Será mostrado que se existe um ponto , e sendo

e não coplanares, então P é único, ou seja, { }.

18

Sendo (4.3) as equações gerais de , com ao subtrairmos essas

equações duas a duas, obtemos equações lineares em x, y e z uma vez que os termos x², y²

e z² são eliminados.

{

(4.4)

Uma tal equação linear determina um plano que contém a correspondente

intersecção. Por exemplo, subtraindo as equações de S1 e S2, obtém-se a equação de um

plano que contém S1 S2.

Agora tem-se o sistema originado pela diferença entre e , e e e .

{

ou ainda;

{

(4.5)

Considerando os planos que contêm e temos que, se

está em , então é solução do sistema linear (4.5).

No sistema (4.5) temos três incógnitas x, y e z e três equações, e com a utilização

de um método denominado Regra de Cramer podemos determinar a sua solução.

Primeiramente é necessário esclarecer este método de resolução.

Regra de Cramer: Seja uma matriz invertível. Dado , indiquemos

com o símbolo o determinante da matriz obtida de quando se substitui sua i-ésima

coluna por e de o determinante da matriz . A solução do sistema linear , de

equações e incógnitas é o vetor cujas coordenadas são:

com . (LIMA, 2009, p. 256).

19

Para simplificar a leitura será substituída a notação dos termos , e por ,

e respectivamente sempre que for conveniente. Aplicando a Regra de Cramer ao sistema

(4.5) vemos que:

,

e

, onde:

|

– – –

– – –

– – –

|, |

– – –

– – –

– – –

|,

|

– – –

– – –

– – –

|, |

– – –

– – –

– – –

|

e

, sendo .

Deste modo temos três casos possíveis.

SPD (Solução possível e determinada) se .

SPI (Solução possível e indeterminada) se. e .

SI (Solução impossível) se e

A prova do teorema estará terminada se mostrarmos que o sistema (4.5) tem uma

única solução, pois a existência de dois pontos distintos em acarretaria

duas soluções distintas para o sistema linear. Para isso basta mostrar que ocorrendo o

caso SPD, ou seja, haverá uma única solução para o sistema.

Sendo assim, observa-se os vetores originados da diferença entre os centros das

esferas, ou seja;

E sendo , , e ,

então:

20

e

.

Temos que, dado dois vetores Linearmente Independentes (LI), estes geram um

plano. Sejam esses vetores e . Como sabemos que e não são colineares,

podemos garantir que e são LI e consequentemente formam um plano . Em relação a

este plano, ou o vetor está contido no plano , ou eles são transversais ou são paralelos.

Como então dado que e são não coplanares.

Então vetor , definido pelos pontos e não pertence ao plano . Como o vetor

contém e ele não pode ser paralelo ao plano , já que e , logo é

transversal ao plano . Disto segue que e são LI. Sendo assim sabemos que o seu

determinante é diferente de 0.

|

– – – – – – – – –

|

Ou seja , ocorrendo o caso SPD. Como sabemos que ,

pela existência do receptor, então o sistema possui uma única solução.

4.2.4. Coordenadas Geográficas

Para a construção de um sistema de coordenadas geográficas, vamos considerar um

sistema ortogonal de coordenadas cartesianas com a origem O no centro da Terra, com o

eixo positivo, apontando para o norte do globo, o plano interceptando a linha do

equador sendo o eixo positivo apontando para o meridiano de Greenwich e o eixo

positivo apontando para o meridiano de 90° Leste. (ALVES, 2006)

21

Figura 9: Coordenadas Geográficas.

Fonte: PESTANA (2013)

Dado um ponto do espaço, sejam e as medidas dos ângulos

assinalados na seguinte figura.

Figura 10: Coordenadas Geográficas

Fonte: ALVES (2006)

Os valores de e indicam os valores da latitude e longitude respectivamente

referente ao ponto , sendo que a latitude é medida em relação a linha do equador e a

longitude em relação ao meridiano de Greenwich. A distância é a diferença do centro

da Terra até o ponto e é chamada de altitude. (ALVES, 2004)

As coordenadas geográficas são formadas pela latitude, longitude e altitude.

O segmento possui medida √ devido ao fato do triângulo ser

retângulo. Pode-se ver que o triângulo também é retângulo então é valido que:

(√ )

22

Então a altitude de é a distância entre , ou seja:

√ . (4.6)

A latitude do ponto P é definida pela inclinação . No triângulo temos que:

Como , temos que:

√ (4.7)

Esta expressão atribui a um único valor entre e quando assim temos

que a latitude do ponto é (norte). Se , assume um valor entre e e

dizemos que a latitude do ponto é (sul). (ALVES, 2004)

Ao observarmos o triângulo podemos ver que:

e

√ (4.8)

Estas expressões definem um único valor para entre e quando ,

sendo que a longitude do ponto P é de (leste). Quando , assume um único

valor entre e , sendo que a longitude do ponto P é de (oeste). (ALVES,

2006)

23

5. APLICAÇÃO

Pode-se verificar as informações levantadas no capítulo 3, através de uma aplicação

real, extraído de Nord, Jabon e Nord J. (1997) apud ALVES (2006), sendo que este mostra

uma situação em que o usuário do sistema GPS deseja saber a sua posição no globo

terrestre.

Primeiramente deve-se observar a posição de cada satélite (em metros) em um

sistema de coordenadas cartesianas segundo a seguinte tabela:

Satélite 1

Satélite 2

Satélite 3

Satélite 4

Tabela 1: Coordenadas dos satélites

Fonte: ALVES (2006)

O aparelho receptor do sistema GPS registra os lapsos de tempo (em segundos) do

sinal enviado do satélite até a recepção do sinal. O tempo registrado por cada um dos

satélites está na seguinte tabela.

Satélite 1 Satélite 2 Satélite 3 Satélite 4

Tabela 2: Tempo registrado para o envio dos sinais.

Fonte: ALVES (2006)

Sabe-se que os sinais enviados pelo satélite viajam a uma velocidade de

aproximadamente (velocidade da luz). Em (4.1) foi visto que

, assim tem-se que a distância dos 4 satélites em relação ao receptor em um dado

instante:

24

A distância é o raio da superfície esférica cujo centro é , (sendo

que o centro da esfera corresponde a posição do satélite) onde . Considerando

a posição do receptor como sendo o ponto , tem-se o seguinte sistema linear

(4.5):

{

Aplicando os valores das tabelas 1 e 2 no sistema (4.5) obtemos:

{

(5.1)

Para determinar a solução deste sistema será utilizada a Regra de Cramer. Sendo

assim é necessário definir os valores de , , e .

Devido ao fato de se estar trabalhando com números consideravelmente grandes,

torna-se inviável obter um resultado preciso realizando esta operação sem a utilização de

meios computacionais. Por isso foi utilizado um software para realizar o cálculo dos

determinantes acima. Então os resultados obtidos foram os seguintes:

Seja , o determinante da matriz quadrada de ordem , cujos termos são os

coeficientes do sistemas de equações (5.1).

|

|,

Resolvendo este determinante, tem-se que:

Como , logo a solução do sistema (5.1) é possível e determinada, ou seja, o

sistema possui uma única solução. Agora mostra-se necessário calcular os valores de ,

e .

Substituindo a primeira coluna da matriz dos coeficientes, pelos elementos da

matriz coluna dos termos independentes, tem-se:

25

|

|,

Resolvendo tem-se que:

Em seguida substituindo a segunda coluna da matriz dos coeficientes, pelos

elementos da matriz dos termos independentes, tem-se:

|

|,

Ao resolver este determinante, tem-se que:

E finalmente substituindo a terceira coluna da matriz dos coeficientes, pelos

elementos da matriz dos termos independentes, tem-se:

|

|

Disto segue que:

Sendo assim, utilizando os valores de , , e calculado anteriormente pode-

se determinar as coordenadas do ponto , ou seja:

Logo tem-se que a única solução do sistema (5.1) é

, e . Assim as

coordenadas do ponto são:

26

, sendo esta a

posição cartesiana do aparelho receptor.

Com as coordenadas cartesianas do ponto P é possível determinar as suas

coordenadas geográficas como descrito na seção 4.2.4. Para isto será necessário determinar

os valores de e . Então através da expressão (4.7) tem-se:

Disto segue que:

Então tem-se que o valor do ângulo em graus decimais é de . E a

partir da equação (3.8) segue que:

Então segue que:

Agora basta transformar os valores de e , que estão em graus decimais, para

graus, minutos e segundos. Para isto basta utilizar uma regra de três simples. Como cada

grau possui 60 minutos e cada minuto possui 60 segundos, tem-se que:

.

Agora é necessário transformar em minutos.

27

Então vemos que . Agora basta transformar

em segundos.

Realizando arredondamento temos que: . Como , temos que a

longitude do ponto P é de (leste), ou seja, .

Realizando o mesmo procedimento com o valor de , obtém-se o seguinte

resultado: = . Como , temos que a latitude do ponto é (norte),

ou seja, .

Figura 11: Localização do receptor.

Fonte: Google Maps.

Após consultar um serviço de pesquisas e visualização de mapas online (Google

Maps) foi possível determinar a localização deste ponto no globo terrestre. Então tem-se

que a posição do usuário do GPS como sendo próxima da cidade de Ghat, localizada nos

Montes Tássili, na fronteira entre Argélia e Líbia.

28

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mesmo com o surgimento de novas metodologias, nos deparamos com o fato de

existirem “duas matemáticas diferentes” para os alunos. Uma “matemática escolar” e uma

“matemática do cotidiano”.

Segundo Rodrigues (2004) a matemática ensinada nas escolas transmite uma ideia

de “ciência isolada”, em que todos os seus elementos não tem ligação com o mundo ao seu

redor. Que segue sempre uma rigidez, uma precisão em seus resultados de forma que, se

existir uma simples falha na sua construção, impede a sua utilização.

Para Monteiro e Nocarato (2005) em um ambiente escolar, o conhecimento

cotidiano do aluno assume um papel secundário e muitas vezes a ligação entre o

conhecimento cotidiano com o conhecimento escolar não existe, ocasionando o

pensamento nos alunos de que a matemática “não serve pra nada”.

Sendo assim o objetivo deste trabalho foi deixar claro de que a Matemática está

presente em nosso cotidiano e que muitas vezes o aluno não percebe isto. Através de uma

aplicação real de uma tecnologia cada vez mais presente no cotidiano de todos, foi possível

mostrar a matemática ensinada na escola sendo aplicada em uma situação do dia a dia.

A aplicação real apresentada foi o uso do GPS. Como se trata de uma tecnologia

recente e muito utilizada atualmente, a maioria dos estudantes já teve contato com este

equipamento, seja diretamente ou indiretamente. Esta escolha se deu por se tratar de uma

tecnologia que faz parte da vida da maioria da população.

O sistema GPS é conhecido apenas por ser um aparelho para se localizar

geograficamente, sendo que muitos acreditam que o mesmo não está relacionado com a

matemática estudada na escola. Através deste trabalho foi possível perceber que o sistema

GPS possui muita matemática que é ensinada a estudantes do Ensino Médio e também

alguns conceitos que são trabalhados no Ensino Fundamental.

Como o aparelho GPS busca determinar a posição do aparelho receptor, é

necessário determinar primeiramente a distância entre o receptor e o satélite, para isso foi

necessário utilizar conceitos básicos de física. Com a utilização de alguns conceitos de

geometria analítica deparou-se com um sistema linear. Para calcular este sistema foi

necessário estabelecer o conceito de determinante. Posteriormente foi utilizado até mesmo

conceitos ditos simples, como proporcionalidade com a utilização da regra de três, e

notação cientifica para representar os valores obtidos.

29

Como são conteúdos trabalhados no Ensino Médio, nada impede de apresentar esta

situação a alunos da 3ª série por exemplo, pois estes já possuem todos os conceitos

necessários e caso não os tenham é possível ser ensinados de maneira mais prática para os

mesmos.

Convém ressaltar que este trabalho foi desenvolvido para mostrar que em um

aparelho comum para muitas pessoas, está diretamente relacionado com a matemática

ensinada na escola, ou seja, mostrar aos alunos que a Matemática não é fragmentada,

apesar de normalmente ser estudada de forma separada.

Mas ao apresentar esta situação para alunos do ensino médio é necessário realizar

algumas adaptações. Como trabalhou-se com números com muitas casa decimais, realizar

estes cálculos sem o auxílio de softwares específicos é inviável. Por isso os valores devem

ser arredondados para uma ou duas casas decimais, pois assim os alunos podem resolver

com o auxilio de apenas uma calculadora e até mesmo resolver a mão.

Ao se alterar os valores para facilitar a aplicação de uma tarefa semelhante a

apresentada neste trabalho, é importante ter em mente que a resposta não será precisa.

Como os valores originais são consideravelmente grandes, ao se descartar algumas casas

decimais, estará descartando valores na classe dos milhares e até de milhões de metros.

Mas para uma tarefa dentro da sala de aula em que a precisão não seja o objetivo e sim o

entendimento do método em que se determina a posição do receptor, o arredondamento de

casas decimais pode ser considerado.

Para se obter um resultado preciso é necessário manter todas as casas decimais, mas

mesmo nesse caso, a escolha do software para realização destes cálculos pode interferir na

resposta encontrada. Isso foi notado ao realizar os mesmos procedimentos, adotando os

mesmos valores, e mesmo assim obteve-se resultados divergentes quando utilizados

softwares diferentes, porém com precisão melhor que a calculada sem o uso dos mesmos.

A partir de tudo o que foi apresentado neste trabalho foi possível concluir que a

matemática trabalhada nas escolas muitas vezes não condiz com a realidade encontrada

pelos alunos em seu cotidiano mas é possível conduzir uma aula de forma que associe a

matemática da sala de aula com a ciência Matemática.

30

REFERÊNCIAS

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31

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