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Direito Penal I - Cespe Questões comentadas sobre: 1. Aplicação da Lei Penal no tempo e no Espaço 2. Crime. 3. Imputabilidade. 4. Concurso de Pessoas. 5. Extinção da Punibilidade. Questões: 1. Aplicação da Lei Penal no tempo e no espaço. 1. (CESPE / Advogado – CEF / 2010) No que diz respeito lei penal no tempo e no espaço, correto afirmar que a vigência de norma penal posterior atender ao principio da imediatidade, não incidindo, em nenhum caso, sobre fatos praticados na forma da lei penal anterior. No tocante lei penal no espaço, o Código Penal (CP) adota o principio da territorialidade como regra geral. R: ERRADO. RETROATIVIDADE DA LEI PENAL: aplicação de uma LEI PENAL MAIS BENÉFICA aos fatos ocorridos ANTES do período de sua vigência, com previsão na CONSTITUIÇÃO FEDERAL (Art. 5º. XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;) e no CÓDIGO PENAL (Lei penal no tempo Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 2.(CESPE / Promotor de Justiça Substituto – MPE-SE / 2010) De acordo com a lei penal brasileira, o território nacional estende-se a embarcações e aeronaves brasileiras de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem.

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EXERCICIOS COM RESPOSTA

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Direito Penal I - CespeQuestes comentadas sobre:

1. Aplicao da Lei Penal no tempo e no Espao

2. Crime.

3. Imputabilidade.

4. Concurso de Pessoas.

5. Extino da Punibilidade.

Questes: 1. Aplicao da Lei Penal no tempo e no espao.

1. (CESPE / Advogado CEF / 2010) No que diz respeito a lei penal no tempo e no espao, e correto afirmar que a vigncia de norma penal posterior atendera ao principio da imediatidade, no incidindo, em nenhum caso, sobre fatos praticados na forma da lei penal anterior. No tocante a lei penal no espao, o Cdigo Penal (CP) adota o principio da territorialidade como regra geral. R: ERRADO. RETROATIVIDADE DA LEI PENAL: aplicao de uma LEI PENAL MAIS BENFICA aos fatos ocorridos ANTES do perodo de sua vigncia, com previso na CONSTITUIO FEDERAL (Art. 5. XL - a lei penal no retroagir, salvo para beneficiar o ru;) e no CDIGO PENAL (Lei penal no tempo Art. 2 - Ningum pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execuo e os efeitos penais da sentena condenatria. Pargrafo nico - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentena condenatria transitada em julgado.

2.(CESPE / Promotor de Justia Substituto MPE-SE / 2010) De acordo com a lei penal brasileira, o territrio nacional estende-se a embarcaes e aeronaves brasileiras de natureza pblica ou a servio do governo brasileiro, onde quer que se encontrem. R: CERTO. Art. 5 - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuzo de convenes, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no territrio nacional.

1 - Para os efeitos penais, consideram-se como extenso do territrio nacional as embarcaes e aeronaves brasileiras, de natureza pblica ou a servio do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcaes brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espao areo correspondente ou em alto-mar.

3. (CESPE / Promotor - MPE-SE / 2010) De acordo com a lei penal brasileira, o territrio nacional estende-se a embarcaes e aeronaves brasileiras de natureza publica ou a servio do governo brasileiro, onde quer que se encontrem.R: CERTO. Art. 5 - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuzo de convenes, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no territrio nacional.

1 - Para os efeitos penais, consideram-se como extenso do territrio nacional as embarcaes e aeronaves brasileiras, de natureza pblica ou a servio do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcaes brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espao areo correspondente ou em alto-mar.

4. (CESPE / Promotor - MPE-SE / 2010) De acordo com a lei penal brasileira, o territrio nacional estende-se a embarcacoes e aeronaves brasileiras de natureza publica, desde que se encontrem no espao areo brasileiro ou em alto-mar.

R: ERRADO. CERTO. Art. 5 - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuzo de convenes, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no territrio nacional.

1 - Para os efeitos penais, consideram-se como extenso do territrio nacional as embarcaes e aeronaves brasileiras, de natureza pblica ou a servio do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcaes brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espao areo correspondente ou em alto-mar.

Portanto, em qualquer lugar que se encontrem.

5. (CESPE / Promotor - MPE-SE / 2010) De acordo com a lei penal brasileira, o territrio nacional estende-se a aeronaves e embarcaes brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, onde quer que se encontrem. R: ERRADO. Art. 5 - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuzo de convenes, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no territrio nacional.

1 - Para os efeitos penais, consideram-se como extenso do territrio nacional as embarcaes e aeronaves brasileiras, de natureza pblica ou a servio do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcaes brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espao areo correspondente ou em alto-mar.

6. CESPE / Analista de Transito DETRAN-DF / 2009) O Estado e a nica fonte de produo do direito penal, ja que compete privativamente a Unio legislar sobre normas gerais em matria penal. R: CERTO. Quando em DIREITO PENAL se fala em LEI (Legalidade), devemos lembrar que temos vrias ESPCIES NORMATIVAS PRIMRIAS previstas na CONSTITUIO FEDERAL, dentre estas ESPCIES NORMATIVAS PRIMRIAS apenas algumas poderiam dispor e regular o Direito Penal, so elas:

I - emendas Constituio

II - leis complementares

III - leis ordinrias

E a competncia para legislar em Direito Penal da Unio, CFF/88: Art. 22, I.

7. (CESPE / Analista de Transito DETRAN-DF / 2009) A lei penal admite interpretao analgica, recurso que permite a ampliao do conteudo da lei penal, atravs da indicao de frmula genrica pelo legislador.

R: CERTO. Trata-se de uma interpretao extensiva, isso no viola a legalidade, pois remos Lei, apenas a interpretamos de forma extensiva,

8. (CESPE / Analista de Trnsito DETRAN-DF / 2009) O principio da legalidade veda o uso da analogia in malam partem, e a criao de crimes e penas pelos costumes. R: CERTO. O Princpio da Legalidade deve ser interpretado sob 4 (quatro) desdobramentos ou consequncias:

1- a Lei Penal tem que ser ANTERIOR a prtica do fato: PRINCPO DA ANTERIORIDADE DA LEI PENAL. Ou seja, a LEI tem que ser ANTERIOR PRTICA DO CRIME.

2- a Lei Penal tem que ser ESCRITA. Significa que NO EXISTE COSTUME INCRIMINADOR, ou seja, APENAS LEI pode INSTITUIR (CRIAR) INFRAES PENAIS, os COSTUMES tem duplo objetivo no DIREITO PENAL:

a) ORIENTAR o CONGRESSO NACIONAL para que o mesmo legisle em Direito Penal, p. Ex., criao ou revogao de alguns crimes;

b) AUXILIA na INTERPRETAO DA LEI PENAL

3- a Lei Penal tem que ser ESTRITA. Significa que apenas se admite ANALOGIA EM DIREITO PENAL A FAVOR DO RU (ANALOGIA IN BONAM PARTEM) e NUNCA que PREJUDIQUE O RU (ANALOGIA IN MALAM PARTEM). ANALOGIA a UTILIZAO de uma LEI para regular um determinado tema na AUSNCIA DE LEI (LACUNA)- chamado de PROCESSO DE INTEGRAO DA LEI PENAL. P. Ex.: funcionrio pblico que solicita vantagem a um particular para deixar de fazer determinado ato de ofcio, o funcionrio pblico pratica CORRUPO PASSIVA, pois o mesmo SOLICITOU VANTAGEM, mas o particular NO PRATICA CRIME, pois CORRUPO ATIVA dispe a conduta de Oferecer ou prometer vantagem indevida, no caso os verbos no foram realizados, pois embora a CONDUTA SEJA PARECIDA (ANLOGA), prejudicaria o ru. Se admitimos o ABORTO no caso de ESTUPRO, art. 128, II, CP a Lei Penal NADA DISPE (LACUNA) sobre ESTUPRO DE VULNERVEL, mas por ANALOGIA IN BONAM PARTEM admite-se tambm a realizao do Aborto.

4- a Lei Penal deve ser CLARA e OBJETIVA. PRINCPIO DA TAXATIVIDADE ou PRINCPIO DA DETERMINAO. Significa que a Lei Penal no pode gerar dvidas aos seus destinatrios e quanto a sua aplicao.

9. (CESPE / Advogado AGU /2009) O princpio da legalidade, que e desdobrado nos principios da reserva legal e da anterioridade, no se aplica as medidas de segurana, que no possuem natureza de pena, pois a parte geral do Cdigo Penal apenas se refere aos crimes e contravenes penais.

R: ERRADO. Trata-se de uma interpretao extensiva, pois temos como gnero interao penal, crime e contraveno penal como espcies e sano penal como gnero e penas e medidas de segurana como espcies.

10. (CESPE / OAB-SP / 2009) Ninguem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execucao e os efeitos penais e civis da sentenca condenatoria.R: ERRADO. Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:

III - pela retroatividade de lei que no mais considera o fato como criminoso.

Abolitio criminis. Extino da figura criminosa. Efeitos penais desaparecem, mas permanecem efeitos civis.

11. (CESPE / OAB-SP / 2009) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a acao ou omissao, no todo ou em parte, bem como onde se produziu o resultado, sendo irrelevante o local onde deveria produzir- se o resultado. R: ERRADO. Adota-se a teoria mista ou teoria da ubiquidade.

Art. 6 - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ao ou omisso, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

12. (CESPE / OAB-SP / 2009) A lei excepcional ou temporaria, embora tenha decorrido o periodo de sua duracao ou cessadas as circunstancias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante a sua vigencia. R: CERTO. Art. 3 - A lei excepcional ou temporria, embora decorrido o perodo de sua durao ou cessadas as circunstncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigncia.

13. (CESPE / OAB-SP / 2009) Considera-se praticado o crime no momento da produo do resultado. R: ERRADO. Aplica-se a teoria da atividade. Tempo do crime

Art. 4 - Considera-se praticado o crime no momento da ao ou omisso, ainda que outro seja o momento do resultado.

14. (CESPE / Procurador - PGE-PE / 2009) Quanto ao momento em que o crime e considerado praticado, a lei penal brasileira adotou expressamente a teoria da ubiquidade, desprezando a teoria da atividade.R: ERRADO. Aplica-se a teoria da atividade. Tempo do crime.

Art. 4 - Considera-se praticado o crime no momento da ao ou omisso, ainda que outro seja o momento do resultado.

15. (CESPE / Procurador - PGE-PE / 2009) Com relacao ao lugar em que o crime e considerado praticado, a lei penal brasileira adotou expressamente a teoria da atividade, desprezando a teoria da ubiquidade. R: ERRADO. Adota-se a teoria mista ou teoria da ubiquidade.Art. 6 - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ao ou omisso, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

16. (CESPE / Procurador - PGE-PE / 2009) Aplica-se a lei penal brasileira a crimes praticados contra a vida ou a liberdade do presidente da Republica, mesmo que o crime tenha ocorrido em outro pais. R: CORRETO. Art. 7 - Ficam sujeitos lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

I - os crimes:

a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da Repblica;

17. (CESPE / Curso de Formacao de Soldado - PM-DF / 2009) Considere que determinado empresario tenha sido sequestrado em 1. O/1/2008 e libertado em 1. O/12/2008, mediante o pagamento do valor do resgate pela familia, e que, em agosto de 2008, o Congresso Nacional tenha editado lei ordinaria, que dobrou a pena privativa de liberdade do mencionado delito. Nessa situacao, a pena do delito de sequestro fixada pela nova lei nao podera ser aplicada aos sequestradores do referido empresario, uma vez que a lei penal mais grave nao pode retroagir.R: ERRADO. SMULA N 711.

A LEI PENAL MAIS GRAVE APLICA-SE AO CRIME CONTINUADO OU AO CRIME PERMANENTE, SE A SUA VIGNCIA ANTERIOR CESSAO DA CONTINUIDADE OU DA PERMANNCIA.

18. (CESPE / Curso de Formacao de Soldado - PM-DF / 2009) Em relacao ao tempo do crime, o Codigo Penal brasileiro adotou, em regra, a teoria do resultado. ERRADO.

R: Aplica-se a teoria da atividade. Tempo do crime

Art. 4 - Considera-se praticado o crime no momento da ao ou omisso, ainda que outro seja o momento do resultado.

19. (CESPE / Curso de Formacao de Soldado - PM-DF / 2009) Considere que Caio, com intencao homicida, tenha efetuado cinco disparos de arma de fogo em Bruno, na cidade de Formosa - GO. Gravemente ferido, Bruno foi trazido para o Hospital de Base de Brasilia, onde faleceu apos trinta dias, em decorrencia dos ferimentos provocados pelos disparos. Nessa situacao, cabera ao tribunal do juri de Formosa processar e julgar Caio.R: CORRETO. Pois trata de crime contra a vida e conforme jurisprudncia a assertiva esta correta, pois facilita a investigao e produo de provas.

20. (CESPE / Advogado da Uniao - AGU / 2009) Ocorrendo a hipotese de novatio legis in mellius em relacao a determinado crime praticado por uma pessoa definitivamente condenada pelo fato, cabera ao juizo da execucao, e nao ao juizo da condenacao, a aplicacao da lei mais benigna. R: CORRETO. SMULA N 611.

TRANSITADA EM JULGADO A SENTENA CONDENATRIA, COMPETE AO JUZO DAS EXECUES A APLICAO DE LEI MAIS BENIGNA.

21. (CESPE / Advogado da Uniao - AGU / 2009) A lei processual penal nao se submete ao principio da retroatividade in mellius, devendo ter incidencia imediata sobre todos os processos em andamento, independentemente de o crime haver sido cometido antes ou depois de sua vigencia ou de a inovacao ser mais benefica ou prejudicial.

R: CORRETO. Art. 5 XL - a lei penal no retroagir, salvo para beneficiar o ru; A retroatividade trata de lei penal e no de lei processual penal.

22. (CESPE / Execucao de Mandatos STF / 2008) Segundo a maxima in claris cessat interpretatio, pacificamente aceita pela doutrina penalista, quando o texto for suficientemente claro, nao cabe ao aplicador da lei interpreta-lo. ERRADO.

R: O princpio da in claris cessat interpretatio no tem mais aplicao na atualidade, pois mesmo quando o sentido da norma claro, no h, desde logo, a segurana de que a mesma corresponda vontade legislativa. A norma pode ter valor mais amplo e profundo que no advm de suas palavras, sendo assim cabvel a interpretao de todas as normas.

23. (CESPE / Execucao de Mandatos STF / 2008) A exposicao de motivos do CP e tipico exemplo de interpretacao autentica contextual.

R: ERRADO. Interpretao autntica e realizada pelo prprio rgo que elaborou a lei.

24. (CESPE / Execucao de Mandatos STF / 2008) Se o presidente do STF, em palestra proferida em seminario para magistrados de todo o Brasil, interpreta uma lei penal recem-publicada, essa interpretacao e considerada interpretacao judicial.

R: ERRADO. Trata-se de interpretao doutrinria, realizada por um doutrinador, interpretao jurisprudencial realizada por juiz e tribunais ao aplicar a lei.

25. (CESPE / Oficial de Promotoria - MPE-RR / 2008) A lei temporaria, apos decorrido o periodo de sua duracao, nao se aplica mais nem aos fatos praticados durante sua vigencia nem aos posteriores. R: ERRADO. Lei excepcional ou temporriaArt. 3 - A lei excepcional ou temporria, embora decorrido o perodo de sua durao ou cessadas as circunstncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigncia.

Portanto com relao aos posteriores no se aplica, mas aplica-se aos fatos praticados durante o perdio de sua vigncia.

26. (CESPE / Oficial de Promotoria - MPE-RR / 2008) Aplica-se a lei penal brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcacoes estrangeiras de propriedade privada que estejam em territorio nacional. R: ERRADO. Art. 5 - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuzo de convenes, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no territrio nacional.

2 - tambm aplicvel a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcaes estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no territrio nacional ou em voo no espao areo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.

28. (CESPE / Analista Judiciario TJ-DF / 2008) Considere a seguinte situacao hipotetica. Entrou em vigor, no dia 1. O/1/2008, lei temporaria que vigoraria ate o dia 1. O/2/2008, na qual se preceituou que o aborto, em qualquer de suas modalidades, nesse periodo, nao seria crime. Nessa situacao, se Katia praticou aborto voluntario no dia 20/1/2008, mas somente veio a ser denunciada no dia 3/2/2008, nao se aplica a lei temporaria, mas sim a lei em vigor ao tempo da denuncia. R: ERRADO. Conforme o art. 3 do Cdigo Penal aplica-se a lei temporria aos fatos praticados durante sua vigncia. Assim, no caso presentado, como o aborto foi praticado quando a norma temporria estava em vigor, esta dever ser aplicada, independentemente da data do oferecimento da denncia.

29. (CESPE / Analista Judiciario TJ-DF / 2008) Aplica-se a lei penal brasileira ao crime praticado a bordo de aeronave estrangeira de propriedade privada, em voo no espaco aereo brasileiro. R: CERTO. Art. 5 - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuzo de convenes, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no territrio nacional.

2 - tambm aplicvel a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcaes estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no territrio nacional ou em voo no espao areo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.

30. (CESPE / Fiscal Tributario- Prefeitura ES / 2008) Segundo o principio da reserva legal, apenas a lei em sentido formal pode criar tipos penais. Dessa maneira, a norma penal em branco, que exige complementacao de outras fontes normativas, fere o mencionado principio e, consequentemente, e inconstitucional. R: ERRADO. O princpio da legalidade no impede a existncia de normas penais em branco, que so leis, apenas exigindo um complemento.

31. (CESPE / Fiscal Tributario- Prefeitura ES / 2008) Lei posterior que, de qualquer modo, favoreca o reu aplica-se a fatos anteriores, ainda que tais fatos ja tenham sido julgados por sentenca penal condenatoria transitada em julgado.

R: ERRADO. Art. 2 - Ningum pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execuo e os efeitos penais da sentena condenatria.Pargrafo nico - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentena condenatria transitada em julgado.

32. (CESPE / Delegado Policia Civil TO / 2008) Preve a Constituicao Federal que nenhuma pena passara da pessoa do condenado, podendo a obrigacao de reparar o dano e a decretacao de perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, ate o limite do valor do patrimonio transferido. Referido dispositivo constitucional traduz o principio da intranscendencia. R: CERTO. Trata-se do princpio da intranscendncia ou da responsabilidade pessoal, sendo que a pena no pode passar da pessoa do condenado.

33. (CESPE / Delegado Policia Civil TO / 2008) Considere que um individuo seja preso pela pratica de determinado crime e, ja na fase da execucao penal, uma nova lei torne mais branda a pena para aquele delito. Nessa situacao, o individuo cumprira a pena imposta na legislacao anterior, em face do principio da irretroatividade da lei penal. R: ERRADO. Art. 2 - Ningum pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execuo e os efeitos penais da sentena condenatria.

Pargrafo nico - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentena condenatria transitada em julgado.

34. (CESPE / Delegado Policia Civil TO / 2008) Na hipotese de o agente iniciar a pratica de um crime permanente sob a vigencia de uma lei, vindo o delito a se prolongar no tempo ate a entrada em vigor de nova legislacao, aplica-se a ultima lei, mesmo que seja a mais severa.R: CERTO. SMULA N 711.

A LEI PENAL MAIS GRAVE APLICA-SE AO CRIME CONTINUADO OU AO CRIME PERMANENTE, SE A SUA VIGNCIA ANTERIOR CESSAO DA CONTINUIDADE OU DA PERMANNCIA.

35. (CESPE / Fiscal de Tributos- PM Rio branco AC / 2007) A hierarquia entre a Constituicao e o direito penal ocorre na medida em que as disposicoes deste somente valem e obrigam quando se prestem a realizacao dos fins constitucionais e prestigiem valores socialmente relevantes, que se prestam ao fim de possibilitar a convivencia social, assegurar niveis minimos, toleraveis, de violencia, por meio da prevencao e repressao de ataques a bens juridicos constitucionalmente relevante.

R: CORRETO. O Direito Penal resultado de escolhas polticas influenciadas pelo tipo de Estado em que a sociedade est organizada. A situao histrica, portanto, condiciona o conceito de crime e, consequentemente, o conceito de bem jurdico e a sua importncia para o Direito Penal. A viso constitucional defendida hoje pela doutrina majoritria reconhece a criao do conceito do bem jurdico penal a partir das normas jurdicas hierarquicamente superiores s demais, quais sejam, aquelas decorrentes da Constituio Federal.

36. (CESPE / Fiscal de Tributos- PM Rio branco AC / 2007) O principio da estrita legalidade ou da reserva legal e o da irretroatividade da lei penal controlam o exercicio do direito estatal de punir, ao afirmarem que nao ha crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem previa cominacao legal. R: CERTO. Art. 1 - No h crime sem lei anterior que o defina. No h pena sem prvia cominao legal.

37. (CESPE / Fiscal de Tributos- PM Rio branco AC / 2007) O principio da anterioridade, no direito penal, proibe que uma lei penal seja aplicada a um delito cometido menos de um ano apos a publicacao da norma incriminadora que passou a prever o fato como criminoso. R: ERRADO. Art. 5 Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes:

XXXIX - no h crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prvia cominao legal;

Anterioridade da Lei

Art. 1 - No h crime sem lei anterior que o defina. No h pena sem prvia cominao legal.

38. (CESPE / Fiscal de Tributos- PM Rio branco AC / 2007) A Constituicao Federal veda de forma expressa a adocao da pena de morte, salvo nos casos de guerra declarada, as penas de carater perpetuo, de trabalhos forcados, de banimento e as crueis. R: CERTO. Apenas em casos de guerra declarada.

39. (CESPE / Procurador - TCM-GO / 2007) Quando lei nova que muda a natureza da pena, cominando pena pecuniaria para o mesmo fato que, na vigencia da lei anterior, era punido por meio de pena de detencao, nao se aplica o principio da retroatividade da lei mais benigna. R: ERRADO. Pena privativa de liberdade mais grave do que pena pecuniria.

Art. 2 Pargrafo nico - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentena condenatria transitada em julgado.

40. (CESPE / Procurador - TCM-GO / 2007) Considere a seguinte situacao hipotetica. Um individuo cometeu um crime na vigencia da lei XX, que impunha a pena de reclusao de 1 a 5 anos. Posteriormente, por ocasiao do julgamento, entrou em vigor a lei YY, cominando, para a mesma conduta, a pena de reclusao de 2 a 8 anos. Nessa situacao, aplica-se a lei XX o principio da ultra-atividade. R: CERTO. ULTRATIVIDADE DA LEI PENAL: aplicao de uma LEI PENAL MAIS BENFICA, J REVOGADA a fatos ocorridos DURANTE O PERODO DE SUA VIGNCIA, ou seja, a Lei Penal por ser MAIS BENFICA e devido ao fato de que o CRIME ter sido praticado DURANTE O PERODO DE SUA VIGNCIA, ter seus efeitos refletidos, mesmo j revogada.

41. (CESPE / Procurador - TCM-GO / 2007) As leis temporarias e excepcionais nao derrogam o principio da reserva legal e nao sao ultra- ativas.

R: ERRADO. Aplica-se a LEI EXEPCIONAL ou a LEI TEMPORRIA MESMO SENDO MAIS GRAVE aos fatos ocorridos DURANTE o perodo de sua vigncia. A LEI EXEPCIONAL e a LEI TEMPORRIA so, portanto, ULTRATIVAS, ou seja, SERO APLICADAS aos FATOS OCORRIDOS DURANTE O PERODO DE SUA VIGNCIA, mesmo que J REVOGADAS e MESMO SENDO MAIS GRAVES.

42. (CESPE / Procurador - TCM-GO / 2007) E aplicado o principio real ou o principio da protecao aos crimes praticados em pais estrangeiro contra a administracao publica por quem estiver a seu servico. A lei brasileira, no entanto, deixara de ser aplicada quando o agente for absolvido ou condenado no exterior. R: ERRADO. Art. 7 - Ficam sujeitos lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

I - os crimes:

c) contra a administrao pblica, por quem est a seu servio;

43. (CESPE / Analista Judiciario - TJ-DF / 2004) Considere a seguinte situacao hipotetica. Um marinheiro, pertencente a tripulacao de um navio publico norte-americano, desceu em porto argentino, a servico do navio, onde foi surpreendido comercializando substancia entorpecente. Nessa situacao, aplicar-se-a a lei penal da bandeira que o navio ostenta. R: CERTO. Pois a esta a servio.

44. (CESPE / Analista Judiciario - TJ-DF / 2004) Considere a seguinte situacao hipotetica. Um individuo respondia a processo judicial por ter sido preso em flagrante delito, quando transportava em seu veiculo, caixas contendo cloreto de etila (lanca-perfume). Posteriormente a sua prisao, ato normativo retirou a referida substancia do rol dos entorpecentes ou dos que causam dependencia fisica ou psiquica. Nessa situacao, em face da abolitio criminis, extinguiu-se a punibilidade. R: CERTO. Trata de lei posterior que deixou de considerar determinado fato como crime, devendo, portanto, retroagir.

45. (CESPE / Analista Judiciario - TJ-DF / 2004) As leis penais excepcional e temporaria sao ultrativas pois se aplicam a fatos ocorridos antes e durante as respectivas vigencias. R: ERRADO. Art. 3 - A lei excepcional ou temporria, embora decorrido o perodo de sua durao ou cessadas as circunstncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigncia.

Apenas durante e no antes o perodo de sua vigncia.

46. (CESPE / Analista Judiciario - TJ-DF / 2004) Se, no interior de uma embarcacao nao-mercante brasileira que esteja navegando em alto- mar, um cidadao russo praticar lesao corporal em um dos tripulantes, aplicar-se-a, obrigatoriamente, a hipotese, a lei penal brasileira, em face do principio da territorialidade. R: CORRETO. Art. 5 - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuzo de convenes, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no territrio nacional.

1 - Para os efeitos penais, consideram-se como extenso do territrio nacional as embarcaes e aeronaves brasileiras, de natureza pblica ou a servio do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcaes brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espao areo correspondente ou em alto-mar.

47. (CESPE / Analista Judicirio - TJ-DF / 2004) Considerando o principio da especialidade, que rege o conflito aparente de normas penais, e correto afirmar que norma que define o crime de homicdio e especial em relao a que define o infanticidio. R: ERRADO. Contrrio, infanticdio especial em face homicdio, que geral e, portanto trata de condutas gerais.

48. (CESPE / Defensor Publico - DPE-AL / 2004) A lei penal mais benefica e retroativa e ultrativa, enquanto a mais severa nao tem extratividade.

R: CORRETO. EXTRATIVIDADE DA LEI PENAL, que significa aplicar uma Lei Penal fora do mbito de sua vigncia, que se subdivide em duas ESPCIES:

(1) RETROATIVIDADE DA LEI PENAL: aplicao de uma LEI PENAL MAIS BENFICA aos fatos ocorridos ANTES do perodo de sua vigncia, com previso na CONSTITUIO FEDERAL (Art. 5. XL - a lei penal no retroagir, salvo para beneficiar o ru;) e no CDIGO PENAL (Lei penal no tempo Art. 2 - Ningum pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execuo e os efeitos penais da sentena condenatria. Pargrafo nico - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentena condenatria transitada em julgado..

(2) ULTRATIVIDADE DA LEI PENAL: aplicao de uma LEI PENAL MAIS BENFICA, J REVOGADA a fatos ocorridos DURANTE O PERODO DE SUA VIGNCIA, ou seja, a Lei Penal por ser MAIS BENFICA e devido ao fato de que o CRIME ter sido praticado DURANTE O PERODO DE SUA VIGNCIA, ter seus efeitos refletidos, mesmo j revogada.

Portanto, apenas existe extratividade se a lei penal for mais benfica.

49. (CESPE / Defensor Publico - DPE-AL / 2004) A lei posterior, que de qualquer modo favoreca o agente, aplicar-se-a aos fatos anteriores, decididos por sentenca condenatoria, desde que em tramite recurso interposto pela defesa. R: ERRADO. Art. 2 - Ningum pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execuo e os efeitos penais da sentena condenatria.

Pargrafo nico - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentena condenatria transitada em julgado.

Inexiste limitao temporal e nem recursal para a aplicao da lei penal benfica.

50. (CESPE / Defensor Publico - DPE-AL / 2004) A lei penal excepcional ou temporaria aplicar-se-a aos fatos ocorridos durante o periodo de sua vigencia, desde que nao tenha sido revogada. R: ERRADO. So ultra-ativas e, portanto, revogadas.

Questes: 2. Crime; 3. Imputabilidade1. (CESPE / Analista Judicirio - TRE - MT / 2010) Presentes os pressupostos legais da configurao do arrependimento eficaz, o efeito ser a reduo da pena de um tero a dois teros. R: ERRADO. Desistncia voluntria e arrependimento eficaz.Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execuo ou impede que o resultado se produza, s responde pelos atos j praticados.

2. (CESPE / Analista Judicirio - TRE - BA / 2010) Os atos de cogitao materialmente no concretizados so impunveis em quaisquer hipteses. R: CERTO. Esse ato no se pune, pune-se apenas como regra aps o incio da execuo do crime, salvo algumas hipteses de punio do ato de manifestao (crime de ameaa) e no de mera cogitao.

3. CESPE / Analista Judicirio - TRE - BA / 2010) O exaurimento de um crime pressupe a ocorrncia de sua consumao.

R: CORRETO. Exaurimento o momento posterior ao da consumao do crime, verificado nos crimes formais que so aqueles cuja consumao se da com a conduta, sendo o resultado mero exaurimento do crime.

4. (CESPE / Analista Processual - MPU / 2010) No sistema penal brasileiro, o arrependimento posterior, a desistncia voluntria e o arrependimento eficaz so causas obrigatrias de diminuio de pena, previstas na parte geral do Cdigo Penal, exigindo-se, para sua incidncia, que o fato delituoso tenha sido cometido sem violncia ou grave ameaa pessoa. R: ERRADO. Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execuo ou impede que o resultado se produza, s responde pelos atos j praticados.

Arrependimento posterior

Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violncia ou grave ameaa pessoa, reparado o dano ou restituda a coisa, at o recebimento da denncia ou da queixa, por ato voluntrio do agente, a pena ser reduzida de um a dois teros.

5. (CESPE / Analista Judicirio - TRE - BA / 2010) A coao fsica irresistvel afasta a tipicidade, excluindo o crime.

R: CORRETO. A coao fsica irresistvel exclui a conduta, que esta dentro do fato tpico, portanto, excludente de tipicidade.

6.(CESPE / Analista Judicirio - TRE - MT / 2010) A supervenincia de causa relativamente independente exclui a imputao quando, por si s, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.

R: CORRETO. Relao de causalidade.

Art. 13. Supervenincia de causa independente

1 - A supervenincia de causa relativamente independente exclui a imputao quando, por si s, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.

Relevncia da omisso.

Teoria da causalidade adequada.

7.(CESPE / Analista Judicirio - TRE - MT / 2010) O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo e a culpa, podendo o agente, no entanto, responder civilmente pelos danos eventualmente ocasionados. R: ERRADO. Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punio por crime culposo, se previsto em lei.

Portanto, exclui a culpa apenas se o erro for evitvel (inescusvel).

8.(CESPE / Administrao - PM - DF / 2010) O erro de proibio aquele que recai sobre a ilicitude do fato, excluindo a culpabilidade do agente, porque esse supe que inexiste regra proibitiva da prtica da conduta. O erro de proibio no exclui o dolo, mas afasta, por completo, a culpabilidade do agente quando escusvel e reduz a pena de um sexto a um tero quando inescusvel, atenuando a culpabilidade.R: CORRETO. Erro sobre a ilicitude do fato

Art. 21 - O desconhecimento da lei inescusvel. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitvel, isenta de pena; se evitvel, poder diminu-la de um sexto a um tero.

Pargrafo nico - Considera-se evitvel o erro se o agente atua ou se omite sem a conscincia da ilicitude do fato, quando lhe era possvel, nas circunstncias, ter ou atingir essa conscincia.

9. (CESPE / Analista Judicirio - TRE - MT / 2010) O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitvel, exclui o dolo; se evitvel, constitui causa de iseno da pena. R: ERRADO. Erro sobre a ilicitude do fato

Art. 21 - O desconhecimento da lei inescusvel. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitvel, isenta de pena; se evitvel, poder diminu-la de um sexto a um tero.

Pargrafo nico - Considera-se evitvel o erro se o agente atua ou se omite sem a conscincia da ilicitude do fato, quando lhe era possvel, nas circunstncias, ter ou atingir essa conscincia.

10. (CESPE / Escrivo da Polcia Federal - DPF / 2009) Os crimes comissivos por omisso tambm chamados de crimes omissivos imprprios so aqueles para os quais o tipo penal descreve uma ao, mas o resultado obtido por inao.

R: CORRETO. Crimes comissivos por omisso, verificada nas situaes onde o sujeito tem o DEVER DE AGIR, chamados de GARANTE ou GARANTIDOR: Art. 13. Relevncia da omisso; 2 - A omisso penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigao de cuidado, proteo ou vigilncia; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrncia do resultado.

Ineo=omisso.

11. (CESPE / Auditor Tributrio - PM - Ipojuca / 2009) O exerccio regular de direito e o estrito cumprimento do dever legal so causas de excluso da antijuridicidade. R: ERRADO. So excludentes de culpabilidade, de antijurididade so: Art. 23 - No h crime quando o agente pratica o fato:

I - em estado de necessidade;

II - em legtima defesa;

III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exerccio regular de direito.

12. (CESPE / Juiz - TJ PI / 2007) O Cdigo Penal adotou o critrio biolgico para aferio da imputabilidade do agente.

R: ERRADO. Critrio biopsicolgico, o critrio biolgico refere-se maioridade penal.

13. (CESPE / Agente penitencirio / 2007) A menoridade penal constitui causa de excluso da imputabilidade, ficando, todavia, sujeitos s normas estabelecidas na legislao especial, os menores de 18 anos de idade, no caso de praticarem um ilcito penal. R: CORRETO. Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos so penalmente inimputveis, ficando sujeitos s normas estabelecidas na legislao especial.

Questes: 4 . Concurso de Pessoas1. (CESPE / Juiz - TRF 5 Regio / 2009) No CP, adota-se, em relao ao concurso de agentes, a teoria monstica ou unitria, segundo a qual, aquele que, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas na medida de sua culpabilidade; no referido cdigo, adota-se, ainda, o conceito restritivo de autor, entendido como aquele que realiza a conduta tpica descrita na lei, praticando o ncleo do tipo.

R: CORRETO. Verdadeiro conceito da teoria monista.

2. (CESPE / Procurador de Estado - PGE-PE / 2009) Ser co-autor de um crime significa ter sido um agente de menor participao na empreitada criminosa. R: ERRADO. Ser coautor no refere-se a menor participao, mas sim em responder da mesma forma, ou seja, na medida de sua culpabilidade, junto com o outro coautor do crime.

3. (CESPE / Procurador de Estado - PGE-PE / 2009) O partcipe, para ser considerado como tal, no pode realizar diretamente ato do procedimento tpico, tampouco ter o domnio final da conduta.R: CORRRETO. Lembrando que o CDIGO PENAL adota a TEORIA MONISTA, pois - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.

O STF na AP N. 470 (mensalo) aplicou a TEORIA DO DOMNIO DO FATO, do Direito Penal da Alemanha que consiste em dizer, em suma, que partcipe no quem presta auxilio material ou moral ao autor (quem pratica a conduta tpica), ampliando o conceito de autor, sendo que autor aquele que domnio do fato, ou seja, quem tem em suas mos o poder de interromper a consumao do crime.

Pela Teoria seguida pelo Brasil, autor quem pratica a figura tpica, ou seja, quem pratica o verbo previsto no Cdigo Penal e partcipe o sujeito que presta auxlio material ou moral, mas adotando a TEORIA DO DOMNIO DO FATO autor seria quem tem o DOMNIO DO FATO, ou seja, quem tem o poder de interromper a consumao do crime.

4. (CESPE / Procurador de Estado - PGE-CE / 2008) No concurso de pessoas as circunstncias objetivas se comunicam, desde que o partcipe tenha conhecimento delas.R: ERRADO. As subjetivas sim, as objetivas se comunicam independentemente de existir conhecimento ou no.

Circunstncias incomunicveisArt. 30 - No se comunicam as circunstncias e as condies de carter pessoal, salvo quando elementares do crime.

5. (CESPE / Procurador de Estado - PGE-CE / 2008) No concurso de pessoas as circunstncias objetivas se comunicam, mesmo quando o partcipe no tiver conhecimento delas. R: CERTO. As subjetivas sim, as objetivas se comunicam independentemente de existir conhecimento ou no.

Circunstncias incomunicveis

Art. 30 - No se comunicam as circunstncias e as condies de carter pessoal, salvo quando elementares do crime.

6. (CESPE PGE - CE - PROCURADOR DO ESTADO - 2008) Com relao ao concurso de pessoas, assinale a opo correta.

a) As circunstncias objetivas se comunicam, desde que o partcipe tenha conhecimento delas.

b) As circunstncias objetivas se comunicam, mesmo quando o partcipe no tiver conhecimento delas.

c) As circunstncias objetivas nunca se comunicam.

d) As elementares objetivas sempre se comunicam, ainda que o partcipe no tenha conhecimento delas.

e) As elementares subjetivas nunca se comunicam.R: Letra E. Art. 30 - No se comunicam as circunstncias e as condies de carter pessoal, salvo quando elementares do crime.

7. (CESPE OAB SP 137 EXAME DA ORDEM 2009) - Acerca do concurso de pessoas, assinale a opo correta em conformidade com o CP.

a) Se algum dos concorrentes tiver optado por participar de crime menos grave, ser-lhe- aplicada a pena deste, a qual, entretanto, ser aumentada, nos termos da lei, na hiptese de ter sido previsvel o resultado mais grave.

b) As circunstncias e as condies de carter pessoal no se comunicam, mesmo quando elementares do crime.

c) O ajuste, a determinao ou instigao e o auxlio, salvo disposio expressa em contrrio, so punveis, mesmo se o crime no chegar a ser tentado.

d) Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, independentemente de sua culpabilidade. R: Letra D. Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.

1 - Se a participao for de menor importncia, a pena pode ser diminuda de um sexto a um tero.

2 - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe- aplicada a pena deste; essa pena ser aumentada at metade, na hiptese de ter sido previsvel o resultado mais grave.

Questes: 5. Extino da Punibilidade.1. (CESPE / Administrao - PM - DF / 2010) Entre as formas de extino da punibilidade do agente de fato delituoso previstas no CP, inclui-se a possibilidade de casamento do autor do crime de estupro com a vtima, contanto que o casamento se realize antes de a sentena penal condenatria transitar em julgado. R: ERRADO. Hiptese revogada.

2. (CESPE / Delegado - PC - PB / 2009) No leva extino da punibilidade do agente o casamento do agente com a vtima, nos crimes contra os costumes.

R: ERRADO. Hiptese revogada.

3. (CESPE / Analista - Detran - DF / 2009) A prescrio da pretenso punitiva do Estado extingue a punibilidade do agente e impede a propositura de ao civil reparatria dos danos causados pela conduta criminosa. R: ERRADO. Apenas extingue o direito de punir do estado e em nada afeta questes civis.

4. (CESPE / Analista - Detran - DF / 2009) O perdo do ofendido extingue a punibilidade do agente nos crimes de ao penal privada, ainda que concedido aps o trnsito em julgado da sentena penal condenatria.R: ERRADO. O perdo do ofendido extingue a punibilidade do agente nos crimes de ao penal privada, ainda que concedido ANTES do trnsito em julgado da sentena penal condenatria.

5. (CESPE / Analista - Detran - DF / 2009) A lei penal que deixa de considerar determinado fato como criminoso retroage e extingue a punibilidade do agente, mas permanecem os efeitos civis. R: CERTO. Efeitos penais desaparecem mas permanecem efeitos civis.

6. (CESPE / Fiscal Sanitrio - PM - Rio Branco / 2007) Nos crimes permanentes, a prescrio, antes de transitar em julgado a sentena final, comea a correr do dia em que se iniciou o ato criminoso.

R: ERRADO. Termo inicial da prescrio antes de transitar em julgado a sentena final.

Art. 111 - A prescrio, antes de transitar em julgado a sentena final, comea a correr:

III - nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanncia;

7. (CESPE / Analista Processual - TJ - RR / 2006) O artigo do Cdigo Penal que prev as causas extintivas da punibilidade taxativo, proibindo que sejam admitidas outras hipteses extintivas alm daquelas nele relacionadas. R: ERRADO. Rol do art. 107, CP, meramente exemplificativo.