direito penal - parte especial i

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Dos Crimes Contra o Patrimônio: Furto - art. 155 segunda-feira, 4 de maio de 2015 Furto simples (art. 155, caput) O que é furto simples? É aquele que não nem qualificado nem privilegiado. Pena: 1 a 4 anos Art. 155. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena — reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Bem jurídico: vida Sujeito ativo: Qualquer pessoa (ver Parte Geral, capítulo XII, item 3.1). Sujeito passivo: Qualquer pessoa. Elemento objetivo: CAI NA PROVA o Subtrair coisa (qualquer objeto corpóreo) alheia (não pertence ao sujeito ativo) móvel (que pode ser deslocado de um lado para outro) o Não pode ser a retirada da coisa mediante violência ou grave ameaça, pois estaríamos diante de ROUBO. o CASO : em 2008, 23 pessoas tiveram seus veículos apreendidos no pátio do DETRAN-RJ, porque estacionaram irregularmente durante a prova da STOCK CAR. O furto tem como característica que coisa seja alheia, pois se não for de terceiro, não há furto. o E bens declarados como imóveis pelo Direito Civil, podem ser furtados (colheitadeira, avião, navio, etc)? Sim, porque a disciplina civil é secundária para o direito penal. Elemento subjetivo: dolo de assenhoramento, ou seja, é dolo de ter a coisa para si ( animus rem sibi habendi ) o Furto de uso não tem previsão legal no direito comum brasileiro por falta de tipicidade formal Consumação: toda vez que se falar em consumação e tentativa, devemos analisar com base no iter criminis (cog - AP - exec - consumação). A tentativa está localizada execução, mas não ultrapassa a linha para a consumação. Mas a consumação depende da teoria adotada: o Concetatio: cosuma-se o furto quando o sujeito ativo encosta na coisa o Aprenshio rei: quando o sujeito desloca a coisa o Amotio: desloca a coisa a para longe da vítima

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Caderno de Direito Penal - Parte Especial I

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DosCrimesContraoPatrimnio: Furto-art. 155segunda-feira, 4 de maio de 2015Furto simples (art. 155, caput) O que furto simples? aquele que no nem qualifcado nem priilegiado!"ena# 1 a 4 anos Art. 155. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia mvel:Pena recluso, de 1 (um) a(!uatro) anos, e multa. Bem jurdico: ida ujeito ati!o: $ualquer pessoa %er "arte &eral, cap'tulo ()), item *!1+! ujeito passi!o: $ualquer pessoa! "lemento o#jeti!o: C$% &$ P'()$ou#trair coisa (*ual*uer o#jeto corp+reo)al,eia (n-o pertence ao sujeito ati!o)m+!el (*uepodeserdeslocadodeumladoparaoutro)o&-o pode ser a retirada da coisa mediante !iol.ncia ou /ra!eamea0a, pois estaramos diante de '(1B(.oC$(: em 2334, 25 pessoas ti!eram seus !eculosapreendidos no p6tio do D"7'$&-'8, por*ue estacionaramirre/ularmenteduranteapro!ada7(C9C$'.(:urtotemcomocaracterstica*uecoisasejaal,eia, poissen-o:ordeterceiro, n-o ,6 :urto.o"#ens declarados comoim+!eispeloDireitoCi!il,podemser:urtados(col,eitadeira, a!i-o, na!io, etc);im, por*ueadisciplina ci!il < secund6ria para o direito penal. "lemento su#jeti!o:dolo de assen,oramento, ou seja, < dolo deter a coisa para si ( animus rem sibi habendi)oFurto de uso n-o tempre!is-o le/al no direito comum#rasileiro por :alta de tipicidade :ormal Consuma0-o:toda e, que se falar emconsuma-o e tentatia,deemos analisar com .ase no iter criminis %cog - /" - e0ec - consuma-o+!/tentatiaest1locali,adae0ecu-o, masnoultrapassaalin2aparaaconsuma-o! 3as a consuma-o depende da teoria adotada#o"oncetatio# cosuma-seofurtoquandoosu4eitoatioencostanacoisaoAprenshio rei# quando o su4eito desloca a coisaoAmotio# desloca a coisa a para longe da 'timaoAblatio# quando se tira para fora da esfera de igil5ncia ou quandose tira para fora da esfera de disponi.ilidadeo#latio# quando o agente tem a posse mansa e pac'fca da coisa60# "edro su.trai um aso e passa pelos igilantes, depois de descer aescada, e anda *00 m! Os igilantes perce.em a acionam a pol'cia! /pol'cia consegue encontrar "edro a *00m do local! 7egundo a teoria daa.latio, o furto se consumou? 7im8oO9rasil adotaaat200:ailatio! /p;sdecisoderecursonaqueleano, adota-se a ablatio!oPortanto, ocorre com a in!ers-o da possa, tirando-a da es:erade !i/il=ncia da !tima ou de sua disponi#ilidade. 7entati!a: crime material, logo admite tentatia $0-o:a-openal p representa-o! segunda e ter-a-feira, 04 e 05 de maio de 2015 Furto majorado (art. 155, > 1?): Causa de aumento da pena na 5@ :ase $ 1% A pena aumenta&se de um ter'o, se o crime ( praticado durante o repouso noturno. 'epouso noturno - diminui0-o de 1A5: o conceito de repouso noturno dado pelos costumes da comunidade! ?o tem rela-o com a 'tima, nemcom o ru! poss'el cometer crimedefurtoma4oradoepriilegiadoaomesmotempo! Furto e*uiparado a ener/ia (art. 155, > 5?): $)%*!uipara&se+coisamvel aener,iael(tricaou!ual!uer outra!uetenhavalorecon-mico. "ner/ia: equipara-se > coisa m;el! 6nergia tudo que se consome comouso, porisso, ofurtodesinal [email protected], nofurto! 3asa1guaequipar1el! Bsurpa-odeaguaoutracoisa, queorepresamentodaagua! Furto pri!ile/iado (art. 155, > 2?): Causa de diminui0-o da pena $ .% Se o criminoso ( prim/rio, e ( de pe!ueno valor a coisa 0urtada, o 1ui2 pode substituir apena de recluso pela de deten'o, diminu3&la de um a dois ter'os, ou aplicar somente apena de multa. Ciminui-o de pena de 1D* a 2D* /plicar s; a pena de deten-o %regime semia.erto ou a.erto+ /plicar s; pena de multao@udo depende da culpa.ilidade do ru %art! 5: E"+ /-o .agatelar propria# sinFnimo de insignifcante, e0tinguindo atipicidade material /-o .agatelar impr;pria# caso /nglica que rou.ou manteiga! / conduta t'pica, mas no 21 ra,o de aplica-o da pena, por for-a do art! 5: E"!"ortanto, sua nature,a 4ur'dica causa de isen-o de pena! C$% &$ P'()$: Bual a di:eren0a entre princpio da insi/niCc=ncia,#a/atela impr+pria e :urto pri!ile/iado; %nsi/niCc=ncia:temnatureDajurdicadeeEclus-odatipicidadematerial e somente < conC/urado se:o&-o ,6 les-o a #emjurdico: n-o ,6 les-o patrimonial(rou#ar sa#onete do Falmart)oGnima repro!a0-o da conduta: pessoas *ue tem *ue dar oeEemplotemcondutarepro!6!l, p.e., umsoldadodaPGProu#ou u son,o de !alsa no Falmart, :oi preso e o ad! ale/ou ainsi/niCc=ncia, masaconduta 5?): imprescind'el a cola.ora-o da 'tima!60# fa,er a 'tima sacar din2eiro no cai0a eletrFnico!oBma coisa rou.o com restri-o de li.erdade, outra e0torso comrestri-o de li.erdade8 O rou.o est1 no art! 15S, L 2M, A! / e0torso est1art! 15=, L *M! 'ou#o *ualiCcado pelo resultado morte (art. 15K, > 5?): Matrocnio $ )% Se da viol8ncia resulta leso corporal ,rave, a pena ( de recluso, de : (sete) a 15(!uin2e) anos, al(m de multa5se resulta morte, a recluso ( de .; (vinte) a ); (trinta)anos, sem pre1u32o da multa. crime contra o patrimFnio!@em que er a A)C/! 3orreu consumado,independentemente de ter leado o patrimFnio! $plica-se, a*ui, a NmlaO13 7F. Godalidades de tentati!a:o7u.tra-o patrimonialconsumada X morte consumadaY latrocinoconsumado! 60# 7;lon te mata e lea o carro!o7u.tra-o patrimonial consumada Xmorte tentadaYlatroc'niotentado!o7u.tra-o patrimonial tentada X morte tentada Y latroc'nio tentado!o7u.tra-o patrimonial tentada Xmorte consumadaYlatroc'nioconsumado! 60# 7olon te mata e lea o carro, mas a pol'cia pega ele! 6 se o su4eito no morre pela iolGncia, mas sim pela grae amea-a? ?o21latroc'nio, pqoE", noart! 15S, L*Mclaramentedi,QsedaiolGnciaresultar!!!!Q! U1in5?): se*uestrorel=mpa/o $ )% Se o crime ( cometido mediante a restri'o da liberdade da v3tima, e essa condi'o (necess/ria para a obten'o da vanta,em econ-mica, a pena ( de recluso, de > (seis) a 1.(do2e) anos, al(m da multa5 se resulta leso corporal ,rave ou morte, aplicam&se as penasprevistas no art. 15?, $$ .% e )%, respectivamente. /partir dainclusodoL*!M aoart! 15=, passa-seaotipoprecisodee0torso, cu4o constrangimento oltado > restri-o > li.erdade da 'timacomo forma de presso para a o.ten-o de antagem econFmica! ?ocasodae0torso, 21umconstrangimento, comiolGnciaougraeamea-a, quee0ige, necessariamente, acola.ora-oda'tima! 7emestacola.ora-o, por maior que se4a a iolGncia efetiada, o autor da e0torsono o.tm o alme4ado! "or isso, o.rigar o ofendido a empreender saque em.anco eletrFnico e0torso [ e no rou.o! 7em a participa-o da 'tima,fornecendo a sen2a, a coisa o.4etiada %din2eiro+ no o.tida! Zogo,o.rigar o ofendido, restringindo-l2e %limitar, estreitar+ a li.erdade,constituindoestarestri-ooinstrumentoparae0erceragraeamea-aeproocar a cola.ora-o da 'tima e0atamente a fgura do art! 15=, L *!M! imprescind'el a cola.ora-o da 'tima! 60# fa,er a 'tima sacar din2eirono cai0a eletrFnico! Bmacoisarou.ocomrestri-odeli.erdade, outrae0torsocomrestri-o de li.erdade8 O rou.o est1 no art! 15S, L 2M, A! / e0torso est1 art!15=, L *M! "Etors-o mediante se*uestro (art. 15R) Art. 15?. Se!uestrar pessoa como 6mde obter, para si oupara outrem, !ual!uervanta,em, como condi'o ou pre'o do res,ate: Pena @ recluso, de 4 (oito) a 15 (!uin2e)anos. Bem jurdico: a iniola.ilidade patrimonial, a li.erdade de locomo-o e aintegridade f'sica do indi'duo, pois se trata de crime comple0o %e0torso Xsequestro ou c1rcere priado+! ujeito ati!o:qualquer pessoa ujeito passi!o: qualquer pessoa "lemento o#jeti!o:sequestrar pessoacom o fm de rece.er *ual*uer!anta/em%deida ouindeida+como condi-odepre-oouresgate! 60#sequestrar cac2orro no e0torso mediante sequestro! 3as apenase0torso, porque animais para o direito so coisas! "lemento su#jeti!o:dolo de sequestrar para o.ter a antagemeconFmica Consuma0-o:se d1 coma pria-o da li.erdade, ou se4a, comosequestro, independentemente da o.ten-o da antagem econFmica! 7entati!a: admitida! 60# tentatia de priar a li.erdade de algum! ($B231I:"edro, comdolodepriarali.erdadede3arli, umaricaempres6riado ramo de ca.eleireiro de E\9, consegue sequestr1-la!E2egando ao catieiro, "edro desco.re que 3arli , na erdade, umafuncion1ria tam.m de nome 3arli e que no tem din2eiro nen2um! "edro,ento, se arrepende, lea 3arli at um ponto de Fni.us e, inclusie, l2e d150reais comoumpedidodedesculpas, queai em.orafeli,! $ual aresponsa.ilidade 4ur'dica de "edro e a consequGncia dos seus atos? "raticoue0torso mediante sequestro, mas errou so.re a pessoa! 6le responderia dequalquer forma pela e0torso mediante sequestro por erro in personae e oarrependimentonol2eprestaparanada! comosefalassedecrimecontra s;sia! "E: Garia, lo/oap+soparto, noestadopuerperal, le!antadacamae!ai at mercG do deposit1rio! %nciso %%: numerus clausus, no admitindo a incluso de qualquer outra2ip;tese semel2ante, ou se4a, no a.range pessoa que desempen2e fun-odiersa das relacionadas no dispositio, por e0emplo, o administrador4udicial, que administra os .ens da recupera-o 4udicial ou da falGncia, so.pena de iolar o princ'pio da resera legal! O fundamento dessa ma4orante o de que, nas condi-Nes elencadas, o su4eito atio iola tam.m deeresinerentes ao cargo ou fun-o que desempen2a, na erdade 4ustifcador demaior reproa.ilidade social! 7o fun-Nes que e0igem maior a.nega-o doindi'duo, que geram uma e0pectatia de seguran-a e seriedade,proocando eentual conduta il'cita maior censuraI por isso o crimepraticado caracteri,a infdelidade a um mcon4un-o carnalI na segunda modalidade, pela mesma ontade conscientedeconstrangG-la>pr1ticadeoutroatoli.idinoso%diersodacon4un-ocarnal+, ou de permitir que com ela se pratique "stupro *ualiCcado pelo resultado:condi-Nes de e0aspera-o dapuni.ilidade em decorrGncia da efetia graidade do resultado! / leso ou amortesoprodutos deculpa enomeiodee0ecu-odo crime, quecomplementaria a con2ecida fgura do crime preterdoloso Vdolo noantecedente e culpa no consequente! a estrutura cl1ssica do crimepreterdoloso!oL 1M 7e da conduta resulta leso corporal de nature,a graeoL 2M 7e da conduta resulta morte Consuma0-o:comapr1ticadoprimeiroatoli.idinoso! Oestupro, namodalidadeconstranger>con4un-ocarnal, consuma-sedesdeque2a4aintrodu-o completa ou incompleta do ;rgo genital masculino na agina da'tima, mesmo que no ten2a 2aido rompimento da mem.rana 2imenal,quando e0istenteI consuma-se, enfm, coma c;pula ag'nica, sendodesnecess1ria a e4acula-o! ?a modalidade V praticar ou permitir a pr1ticade outro ato li.idinoso V, consuma-se o crime com a efetia reali,a-o oue0ecu-o de ato li.idinoso dierso de con4un-o carnalI o momentoconsumatio desta modalidade coincide com a pr1tica do ato li.idinoso 7entati!a:poss'el antes da pr1tica do primeiro ato li.idinoso!Earacteri,a-seocrimedeestupronaforma tentadaquandooagente,iniciando a e0ecu-o, interrompido pela rea-o efca, da 'tima, mesmoque no ten2a c2egado a 2aer contatos 'ntimos! ?o estupro, como crimecomple0o que , a primeira a-o %iolGncia ou grae amea-a+ constitui in'ciodee0ecu-o, porqueest1dentrodopr;priotipo, comosuaelementar!/ssim, para a ocorrGncia da tentatia .asta que o agente ten2a amea-adograementea'timacomofminequ'ocodeconstrangG-la>con4un-ocarnal! 60# "edro aponta arma para /na e lea ela pra um mato pra praticar se0ocontraontadedela! E2egandol1, por fal2afsiol;gica, antesdetirar aroupa, o ato no se reali,a! O que ele pratica? @entatia de estupro! $0-o penal pN#lica condicionada a representa0-o da 'tima, quandoa pessoa formaior de 14 anosna data do fato %pra,o decadencial de Wmeses+! 6ntre 14 a 1= anos ou menores de 1= anos tero a-o penal p mul2er e > irgindade, dando-se tratamento igualit1rio a2omens e mul2eres, como recomenda o 6stado Cemocr1tico de Cireito! Art. .15. Ger con1un'ocarnal oupraticar outroatolibidinosocomal,u(m, mediante0raude ou outro meio !ue impe'a ou di6culte a livre mani0esta'o de vontade da v3tima:Pena recluso, de . (dois) a > (seis) anos.Par/,ra0o Bnico. Se o crime ( cometido com o 6m de obter vanta,em econ-mica, aplica&setamb(m multa. Bemjurdico:ali.erdadese0ual de2omememul2er, quetGmsuaontade iciada em decorrGncia do emprego de fraude pelo su4eito atio, ouse4a, ainiola.ilidadecarnal dapessoa2umana, 2omemoumul2er,protegendo-a dos atos fraudulentos com os quais se icia o consentimento,para praticar ato de li.idinagem, emqualquer de suas modalidades%con4un-o carnal ou outro ato li.idinoso+! 6ssa fraude ou outro meio similarindu, a 'tima a erro quanto a%o+ parceira%o+ da rela-o se0ual! ujeito ati!o:pode ser qualquer pessoa, 2omem ou mul2er,independentemente de qualidade ou condi-o especial, inclusie osdenominados transe0uais! ujeito passi!o:pode ser qualquer pessoa, independentemente degGnero, qualidade ou condi-o especial! "lemento o#jeti!o:ter con4un-o carnalcom algum ou praticar outroato li.idinosocom algum, mediante fraude ou outro meio que impe-a oudifculte a lire manifesta-o de ontade da 'tima! indispens1el que a'tima ten2a sido ludi.riada, iludida, e no que se ten2a entregue > pr1ticali.idinosa por rogos, car'cias ou na e0pectatia de o.ter alguma antagemdo agente!o7er conjun0-o carnal: ter %manter, praticar+ con4un-o carnal %queaintrodu-o, repetindo, do;rgogenital masculinonacaidadeaginal+ e0ige a participa-o de 2omem e mul2er, em.ora o te0to legalrefra-se a algum!o$to li#idinoso: as rela-Nes de outra nature,a so identifcadas, emnosso sistema 4ur'dico, como Oato li.idinoso dierso de con4un-ocarnalP!Eonsiste em o agente %2omem ou mul2er+ praticar outro atoli.idinosocomalgum%2omemoumul2er+, mediantefraude! ?esta2ip;tese, o su4eito atio pratica %e0ecuta, reali,a, mantm+ coma'tima%masculinaoufeminina+ atoli.idinosodiersodecon4un-ocarnal, fraudulentamente! 6sta modalidade de conduta, ao contr1rio daprimeira %ter con4un-o carnal+, admite 2omem com 2omem e mul2ercommul2er, semnen2uma difculdade lingu'stico-dogm1tica! 6moutrostermos, amul2erpodesersu4eitoatiodocrimedeiola-ose0ual mediante fraude, tendo como 'tima tanto 2omemquantomul2er, o que, conen2amos, trata-se de grande inoa-o na seara dosdireitos e li.erdade se0uais!oGediante:raude:oengodo, oardil, oartif'cio queleaaoengano! / fraude dee constituir meio idFneo para enganar o ofendido%2omemoumul2er, dependendodasdemaiscircunst5ncias+so.reaidentidadepessoal doagenteouso.realegitimidadedacon4un-ocarnal oudoatoli.idinosodierso%prefer'amosestae0presso, queidentifcaa com maior clare,a sua distin-o com a con4un-o carnal+!Eontudo, a fraude no pode anular a capacidade de entendimento oumesmo de resistGncia da 'tima!o(utro meio *ue impe0a ou diCculte a li!re mani:esta0-o da!ontade da !tima:elimina a e0igGncia do contato f'sico para a suaconfgura-o! 7e algum, mediante amea-a com arma de fogo, o.riga a'timaasedespir emsuafrente, oquel2econferepra,er se0ual,naturalmente est1 cometendo estupro consumado! "lemento su#jeti!o: o dolo constitu'do pela ontade consciente de tercon4un-o carnal com a 'tima, ou praticar outro ato li.idinoso %dierso dacon4un-o carnal+, ou de permitir que com ela se pratique,fraudulentamente,ouse4a, comoempregodefraudeououtromeioqueimpe-a ou difculte a sua lire manifesta-o de ontade! Consuma0-o:na sua primeira fgura %ter con4un-o carnal+ comaintrodu-o do pGnis na agina da 'tima, ainda que parcialmente,independentemente de e4acula-oI a consuma-o do crime no necessitaque a con4un-o carnal se4a completadaI .asta, como se perce.e, que se4ainiciada! Eonsuma-se, por sua e,, a segunda fgura %com a pr1tica de atoli.idinoso dierso da con4un-o carnal+! O momento consumatio coincidecom a pr1tica do ato li.idinoso! 7entati!a: poss'el, quando, por qualquer ra,o estran2a > ontade doagente, no consegue consumar seu intento, como, por e0emplo, consegueindu,ir a'timaemerro, emra,odafraude, masnoconsegueouimpedido de consumar o crime, ou se4a, de praticar propriamente o ato deli.idinagem! 6m outros termos, o ato e0ecut;rio fracion1el e pode ocorrera sua interrup-o,quando, por e0emplo,a 'tima aperce.e-se do enganoantes que o ato se4a praticado! $0-o penal pN#lica condicionada a representa0-o da 'tima, quandoa pessoa formaior de 14 anosna data do fato %pra,o decadencial de Wmeses+! 6ntre 14 a 1= anos ou menores de 1= anos tero a-o penal p c2antagem se0ualconstrangedora! 7entati!a:poss'el quando a 'tima no tomar con2ecimento! 60#quandooconstrangimentofor feitopor escrito, 'deoouqualquer outromeiodogGnero, interceptadopor terceiro, antes dea'tima tomarcon2ecimento! / pratica do ato se0ual mero e0aurimento do crime!oFlerte, /racejo: o constrangimento sempre uma troca %ou c fa,oqueoagentepede, ouacontecetal coisa!!!+! constranger, implicaimportuna-o sria, grae, ofensia, c2antagista ou amea-adora aalgumsu.ordinado, na medida emque o dispositio legal nodispensaa e0istGncia e infringGncia de uma rela-o de2ierarquiaouascendGncia! 7imples grace4os, meros galanteios ou paqueras no tGmidoneidade para caracteri,ar a a-o de constranger! $0-o penal pN#lica condicionada a representa0-o da 'tima, quandoa pessoa formaior de 14 anosna data do fato %pra,o decadencial de Wmeses+! 6ntre 14 a 1= anos ou menores de 1= anos tero a-o penal p