direito penal i - e-mail.ppt

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DPI 1 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO C/ 80 H/A CONTEÚDO PROGRAMÁTICO C/ 80 H/A 1ª PARTE: Introdutória 1ª PARTE: Introdutória UNIDADE-I – Fundamentos do Direito Penal UNIDADE-I – Fundamentos do Direito Penal UNIDADE-II – Fins e Objetivos do Direito Penal UNIDADE-II – Fins e Objetivos do Direito Penal UNIDADE-III – Princípios Informadores do Direito Penal UNIDADE-III – Princípios Informadores do Direito Penal 2ª PARTE: Teoria da Lei Penal 2ª PARTE: Teoria da Lei Penal UNIDADE-IV – Norma Penal UNIDADE-IV – Norma Penal UNIDADE-V – Aplicação da Lei Penal UNIDADE-V – Aplicação da Lei Penal Créditos – 04 Créditos – 04 C/H Semanal – 04 C/H Semanal – 04 Equivalência – 3° Semestre Equivalência – 3° Semestre Matriz Curricular aprovada pela Resolução CONSEPE n° Matriz Curricular aprovada pela Resolução CONSEPE n° 091/2003 de 22 de Dez de 2003. 091/2003 de 22 de Dez de 2003. DISCIPLINA: DIREITO PENAL I DISCIPLINA: DIREITO PENAL I

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO C/ 80 H/ACONTEÚDO PROGRAMÁTICO C/ 80 H/A

1ª PARTE: Introdutória1ª PARTE: Introdutória

UNIDADE-I – Fundamentos do Direito PenalUNIDADE-I – Fundamentos do Direito Penal

UNIDADE-II – Fins e Objetivos do Direito PenalUNIDADE-II – Fins e Objetivos do Direito Penal

UNIDADE-III – Princípios Informadores do Direito PenalUNIDADE-III – Princípios Informadores do Direito Penal

2ª PARTE: Teoria da Lei Penal2ª PARTE: Teoria da Lei Penal

UNIDADE-IV – Norma PenalUNIDADE-IV – Norma Penal

UNIDADE-V – Aplicação da Lei PenalUNIDADE-V – Aplicação da Lei Penal

Créditos – 04Créditos – 04

C/H Semanal – 04C/H Semanal – 04

Equivalência – 3° SemestreEquivalência – 3° Semestre

Matriz Curricular aprovada pela Resolução CONSEPE n° 091/2003 de 22 de Dez Matriz Curricular aprovada pela Resolução CONSEPE n° 091/2003 de 22 de Dez de 2003.de 2003.

DISCIPLINA: DIREITO PENAL IDISCIPLINA: DIREITO PENAL I

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Assuntos das Respectivas Unidades do Assuntos das Respectivas Unidades do Conteúdo ProgramáticoConteúdo Programático

1ª Parte: Introdutória1ª Parte: Introdutória

Unidade-I – Fundamentos do Direito PenalUnidade-I – Fundamentos do Direito Penal

1.1- Conceito, evolução e relações1.1- Conceito, evolução e relações1.2- Direito Penal Objetivo e Subjetivo1.2- Direito Penal Objetivo e Subjetivo1.3- Direito Penal na história e seus períodos1.3- Direito Penal na história e seus períodos

- Vingança Privada- Vingança Privada- Vingança Pública- Vingança Pública- Período Humanitário- Período Humanitário

1.4- O Código Penal de 1940 e a Reforma de 1984.1.4- O Código Penal de 1940 e a Reforma de 1984.1.5- Direito Penal e Direito Constitucional – Teoria do Garantismo1.5- Direito Penal e Direito Constitucional – Teoria do Garantismo1.6- Direito Penal e Ciências Auxiliares.1.6- Direito Penal e Ciências Auxiliares.

DISCIPLINA: DIREITO PENAL IDISCIPLINA: DIREITO PENAL I

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Unidade-II – Fins e Objetivos do Direito PenalUnidade-II – Fins e Objetivos do Direito Penal

2.1- Direito Penal e Controle Social:2.1- Direito Penal e Controle Social: - O Direito Penal no Estado Democrático de Direito- O Direito Penal no Estado Democrático de Direito

2.2- Proteção de Bens Jurídicos: conceitos e funções do bem 2.2- Proteção de Bens Jurídicos: conceitos e funções do bem Jurídico PenalJurídico Penal

2.3- Função simbólica do Direito Penal2.3- Função simbólica do Direito Penal

DISCIPLINA: DIREITO PENAL-IDISCIPLINA: DIREITO PENAL-I

Assuntos das Respectivas Unidades do Assuntos das Respectivas Unidades do Conteúdo Programático-ContinuaçãoConteúdo Programático-Continuação

Page 4: Direito Penal I - e-mail.ppt

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3.1- Princípio da legalidade3.1- Princípio da legalidade

3.2- Princípio da culpabilidade3.2- Princípio da culpabilidade

3.3- Princípio da dignidade da pessoa humana3.3- Princípio da dignidade da pessoa humana

3.4- Princípio da intervenção mínima3.4- Princípio da intervenção mínima

3.5- Princípio da exclusiva proteção dos bens jurídicos3.5- Princípio da exclusiva proteção dos bens jurídicos

3.6- Princípio da fragmentariedade3.6- Princípio da fragmentariedade

3.7- Princípio da subsidiariedade3.7- Princípio da subsidiariedade

3.8- Princípio da proporcionalidade3.8- Princípio da proporcionalidade

3.9- Princípio da adequação mínima3.9- Princípio da adequação mínima

3.10- Princípio da insignificância3.10- Princípio da insignificância

Unidade-III – Princípios Informadores do Direito PenalUnidade-III – Princípios Informadores do Direito Penal

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Unidade-IV – Norma PenalUnidade-IV – Norma Penal

4.1- Fontes do Direito Penal4.1- Fontes do Direito Penal4.2- Classificação das Normais Penais:4.2- Classificação das Normais Penais:

- incriminadoras- incriminadoras- não-incriminadoras- não-incriminadoras- norma penal em branco- norma penal em branco- norma penal incompleta- norma penal incompleta

4.3- Conteúdo: norma como regra de determinação e juízo valorativo4.3- Conteúdo: norma como regra de determinação e juízo valorativo4.4- Função da norma penal4.4- Função da norma penal4.5- Interpretação da norma penal4.5- Interpretação da norma penal4.6- Conflito aparente de normas penais4.6- Conflito aparente de normas penais

DISCIPLINA: DIREITO PENAL-IDISCIPLINA: DIREITO PENAL-I

Assuntos das Respectivas Unidades do Assuntos das Respectivas Unidades do Conteúdo Programático-Continuação Conteúdo Programático-Continuação

2ª Parte: Teoria da Lei Penal2ª Parte: Teoria da Lei Penal

Page 6: Direito Penal I - e-mail.ppt

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Unidade-V – Aplicação da Lei PenalUnidade-V – Aplicação da Lei Penal

5.1- A lei penal no tempo5.1- A lei penal no tempo5.1.1- Promulgação e derrogação5.1.1- Promulgação e derrogação5.1.2- Tempo do crime5.1.2- Tempo do crime5.1.3- Irretroatividade e retroatividade5.1.3- Irretroatividade e retroatividade5.1.4- Leis temporárias e Leis excepcionais5.1.4- Leis temporárias e Leis excepcionais5.1.5- Lei intermediária e Combinação de leis5.1.5- Lei intermediária e Combinação de leis

DISCIPLINA: DIREITO PENAL-IDISCIPLINA: DIREITO PENAL-I

Assuntos das Respectivas Unidades do Assuntos das Respectivas Unidades do Conteúdo Programático-ContinuaçãoConteúdo Programático-Continuação

2ª Parte: Teoria da Lei Penal2ª Parte: Teoria da Lei Penal

Page 7: Direito Penal I - e-mail.ppt

DPI 7

5.2.1- Conceito jurídico de território5.2.1- Conceito jurídico de território

5.2.2- Princípios da territorialidade e da extraterritorialidade.5.2.2- Princípios da territorialidade e da extraterritorialidade.

5.2.3- Outros princípios aplicáveis à Lei Penal no espaço.5.2.3- Outros princípios aplicáveis à Lei Penal no espaço.

5.2.4- Eficácia da sentença penal estrangeira5.2.4- Eficácia da sentença penal estrangeira

5.2.5- Regra NON BIS IN IDEM5.2.5- Regra NON BIS IN IDEM

5.2- A lei penal no espaço5.2- A lei penal no espaço

5.3- 5.3- A lei penal em relação a pessoa que exercem A lei penal em relação a pessoa que exercem determinadas funções públicasdeterminadas funções públicas

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3ª Parte: Teoria Geral do Delito3ª Parte: Teoria Geral do Delito

Unidade-VI – O delito como ponto nuclear do Direito PenalUnidade-VI – O delito como ponto nuclear do Direito Penal

6.1- Classificação das infrações penais6.1- Classificação das infrações penais

6.2- Classificação doutrinária dos crimes6.2- Classificação doutrinária dos crimes

6.3- Conceitos formal, material e analítico do crime6.3- Conceitos formal, material e analítico do crime

DISCIPLINA: DIREITO PENAL-IDISCIPLINA: DIREITO PENAL-I

Assuntos das Respectivas Unidades do Assuntos das Respectivas Unidades do Conteúdo Programático-ContinuaçãoConteúdo Programático-Continuação

Page 9: Direito Penal I - e-mail.ppt

DPI 9

7.1- A conduta humana como base da teoria do delito7.1- A conduta humana como base da teoria do delito

7.1.1- Ação: teorias e conceitos7.1.1- Ação: teorias e conceitos

7.1.2- A missão relevante para a lei penal: a conduta omissiva própria e 7.1.2- A missão relevante para a lei penal: a conduta omissiva própria e a conduta omissiva imprópriaa conduta omissiva imprópria

7.1.3- As condutas culposas e dolosas7.1.3- As condutas culposas e dolosas

7.2- Resultado: jurídico e material7.2- Resultado: jurídico e material

7.3- Reação de causalidade7.3- Reação de causalidade

7.3.1- Teoria adotada pela lei penal e suas críticas7.3.1- Teoria adotada pela lei penal e suas críticas

7.3.2- Crimes que admitem o nexo de causalidade7.3.2- Crimes que admitem o nexo de causalidade

7.3.3- Espécies de causas absolutamente independentes e 7.3.3- Espécies de causas absolutamente independentes e relativamente independentesrelativamente independentes

7.3.4- Teoria da imputação objetiva7.3.4- Teoria da imputação objetiva

Unidade-VII – Do fato típicoUnidade-VII – Do fato típico

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7.4- Tipicidade e Tipo penal7.4- Tipicidade e Tipo penal

7.4.1- Adequação típica, classificação, elementos e função do tipo7.4.1- Adequação típica, classificação, elementos e função do tipo

7.4.2- Evolução histórica da tipicidade, tipicidade formal e 7.4.2- Evolução histórica da tipicidade, tipicidade formal e conglobante, , tipicidade e ilicitudetipicidade e ilicitude

Unidade-VIII –Tipos de Crime e Erro de TipoUnidade-VIII –Tipos de Crime e Erro de Tipo

  

8.1- Tipos: doloso, culposo, qualificado pelo resultado e 8.1- Tipos: doloso, culposo, qualificado pelo resultado e preterdoloso

8.2- Erro do tipo8.2- Erro do tipo

Unidade-IX – O Iter CriminisUnidade-IX – O Iter Criminis

9.1- Fases9.1- Fases

9.2- Consumação dos delitos: materiais, formais, de mera conduta, 9.2- Consumação dos delitos: materiais, formais, de mera conduta, permanentes, culposos, omissivos e qualificados pelo resultadopermanentes, culposos, omissivos e qualificados pelo resultado

9.3- Desistência voluntária, arrependimento eficaz, arrependimento 9.3- Desistência voluntária, arrependimento eficaz, arrependimento posterior e crime impossívelposterior e crime impossível

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DISCIPLINA: DIREITO PENAL-IDISCIPLINA: DIREITO PENAL-I  

Bibliografia Básica – Conteúdo ProgramáticoBibliografia Básica – Conteúdo Programático  

CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal – Parte Geral. VI. São Paulo: Saraiva, 2000.CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal – Parte Geral. VI. São Paulo: Saraiva, 2000.

BITENCOURT, Cezar Roberto. BITENCOURT, Cezar Roberto. Manual de Direito Penal. Parte Geral, V1. 6ª ed. SãoManual de Direito Penal. Parte Geral, V1. 6ª ed. SãoPaulo: Saraiva, 2000.Paulo: Saraiva, 2000.

COSTA JÚNIOR, Paulo José. Curso de Direito Penal. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 1995.COSTA JÚNIOR, Paulo José. Curso de Direito Penal. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 1995.

FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de Direito Penal. Rio de Janeiro: Forense, 1995.FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de Direito Penal. Rio de Janeiro: Forense, 1995.

GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito Penal: Parte Geral. São Paulo: Saraiva,GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito Penal: Parte Geral. São Paulo: Saraiva,2000.2000.

JESÚS, Damásio E. de. Direito Penal. 19ª ed. São Paulo: Saraiva, 1999.JESÚS, Damásio E. de. Direito Penal. 19ª ed. São Paulo: Saraiva, 1999.

MIRABETE, Júlio Fabrini. Manual de Direito Penal. MIRABETE, Júlio Fabrini. Manual de Direito Penal. 11ª ed. 11ª ed. V.1. São Paulo: Atlas, 1995.V.1. São Paulo: Atlas, 1995.

NORONHA, E. Magalhães. Direito Penal. 30ª ed. V.1. São Paulo: Saraiva, 1995.NORONHA, E. Magalhães. Direito Penal. 30ª ed. V.1. São Paulo: Saraiva, 1995.

ROSA, Antonio José Miguel Fem. Direito Penal: Parte Geral. São Paulo: Revista dosROSA, Antonio José Miguel Fem. Direito Penal: Parte Geral. São Paulo: Revista dosTribunais, 1995.Tribunais, 1995.

Page 12: Direito Penal I - e-mail.ppt

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DISCIPLINA: DIREITO PENAL-IDISCIPLINA: DIREITO PENAL-I

  Bibliografia ComplementarBibliografia Complementar

ANDREUCCI, Ricardo Antonio. ANDREUCCI, Ricardo Antonio. Curso de Direito Penal. Parte Geral. V.1.São Curso de Direito Penal. Parte Geral. V.1.São Paulo: Juarez de Oliveira, 1999.Paulo: Juarez de Oliveira, 1999.

BARROS, Flávio Augusto Monteiro de. Direito Penal. Parte Geral. V.1. São BARROS, Flávio Augusto Monteiro de. Direito Penal. Parte Geral. V.1. São Paulo: Saraiva, 1999.Paulo: Saraiva, 1999.

BLASI NETO, Frederico. BLASI NETO, Frederico. Prescrição Penal: Manual Prático Para Entendê-la e Prescrição Penal: Manual Prático Para Entendê-la e Calculá-la. São Paulo: J. de Oliveira, 1999.Calculá-la. São Paulo: J. de Oliveira, 1999.

DAMÁSIO, E de Jesus. Interpretação Objetiva. São Paulo: Saraiva, 2000.DAMÁSIO, E de Jesus. Interpretação Objetiva. São Paulo: Saraiva, 2000.

DELMANTO, Celso. Código Penal Anotado. São Paulo: Saraiva, 1995.DELMANTO, Celso. Código Penal Anotado. São Paulo: Saraiva, 1995.

FRANCO, Alberto Silva. Crimes Hediondos. Notas Sobre a Lei 8.072 de 1990. FRANCO, Alberto Silva. Crimes Hediondos. Notas Sobre a Lei 8.072 de 1990. São Paulo: LTR, 1994.São Paulo: LTR, 1994.

Page 13: Direito Penal I - e-mail.ppt

DPI 13

HERKENHOFF, João Batista. Crime: Tratamento Sem Prisão. 2ª ed. Porto HERKENHOFF, João Batista. Crime: Tratamento Sem Prisão. 2ª ed. Porto AlegreAlegre: Livraria do Advogado, 1995.: Livraria do Advogado, 1995.

HUNGRIA, Nelson & FRAGOSO, Heleno Cláudio. Comentários ao Código HUNGRIA, Nelson & FRAGOSO, Heleno Cláudio. Comentários ao Código Penal. Rio de Janeiro: Forense, 1978.Penal. Rio de Janeiro: Forense, 1978.

LUNA, Everardo Cunha. Estrutura Jurídica do Crime. 4ª ed. São Paulo: LUNA, Everardo Cunha. Estrutura Jurídica do Crime. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 1993.Saraiva, 1993.

LYRA, Roberto. Criminologia. Rio de Janeiro: Forense, 1964LYRA, Roberto. Criminologia. Rio de Janeiro: Forense, 1964

OLIVEIRA, Edmundo. A Identidade Humana do Crime. Belém: OLIVEIRA, Edmundo. A Identidade Humana do Crime. Belém: CEJUP,1993.CEJUP,1993.

RODRIGUES, Paulo Daher. Pena de Morte. Belo Horizonte: Del Rey,1996.RODRIGUES, Paulo Daher. Pena de Morte. Belo Horizonte: Del Rey,1996.

DISCIPLINA: DIREITO PENAL-IDISCIPLINA: DIREITO PENAL-I  

Bibliografia Complementar-ContinuaçãoBibliografia Complementar-Continuação

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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E METODOLOGIADIDÁTICA EMPREGADA

Avaliação continuada;Avaliação continuada; Leituras em sala de aula: interpretações legais;Leituras em sala de aula: interpretações legais; Testes de verificação imediata;Testes de verificação imediata; Testes de aferição de conhecimentos;Testes de aferição de conhecimentos; Discussões de fatos (análise jurídico-criminal);Discussões de fatos (análise jurídico-criminal); Conduta – comportamento acadêmico – participação;Conduta – comportamento acadêmico – participação; Reflexões quanto a estudo de casos;Reflexões quanto a estudo de casos; Apreciações de documentários e entrevistas a autoridades, Apreciações de documentários e entrevistas a autoridades,

juristas, professores, etc;juristas, professores, etc; Exposição de slides – sinopses;Exposição de slides – sinopses; Levantamentos doutrinários e jurisprudenciais;Levantamentos doutrinários e jurisprudenciais; Outras atividades acadêmicas...Outras atividades acadêmicas...

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Objetivos a Serem AtingidosObjetivos a Serem Atingidos

01-01- Ter uma visão crítica do fenômeno do estado na história da Ter uma visão crítica do fenômeno do estado na história da Sociedade, compreendendo a importância da norma constitucional Sociedade, compreendendo a importância da norma constitucional em um Estado Democrático de Direito, como fundamento e diretriz em um Estado Democrático de Direito, como fundamento e diretriz para todo o ordenamento jurídico.para todo o ordenamento jurídico.

02-02- Compreender e interpretar a evolução histórica do direito de punir Compreender e interpretar a evolução histórica do direito de punir do Estado, entender e debater as políticas públicas e sociais de do Estado, entender e debater as políticas públicas e sociais de recuperação do infrator, com uma visão crítica da legislação e dos recuperação do infrator, com uma visão crítica da legislação e dos sistemas em vigor no Brasil.sistemas em vigor no Brasil.

03-03- Analisar tratados, convenções e acordos internacionais e as Analisar tratados, convenções e acordos internacionais e as relações daí decorrentes, contextualizando-os no mundo relações daí decorrentes, contextualizando-os no mundo globalizado, questionar o direito posto e contribuir para a formação globalizado, questionar o direito posto e contribuir para a formação de um direito novo.de um direito novo.

DIREITO PENAL-I – Guia Acadêmico DIREITO PENAL-I – Guia Acadêmico Curso de Direito (Pag. 51)Curso de Direito (Pag. 51)

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04 H/A – Por Unidade = 36H/A04 H/A – Por Unidade = 36H/A04 H/A – Para Aplicação das AV. N.I04 H/A – Para Aplicação das AV. N.I04 H/A – Discussão Questões Avaliações04 H/A – Discussão Questões Avaliações02 H/A – Discussão Prova Substitutiva02 H/A – Discussão Prova Substitutiva02 H/A – Para Discussão Questões Prova Substitutiva02 H/A – Para Discussão Questões Prova Substitutiva

DIREITO PENAL-IDIREITO PENAL-I

CRONOGRAMACRONOGRAMA

AJUSTE PRÉVIOAJUSTE PRÉVIO

04- Ajuste Prop Dito04- Ajuste Prop Dito

05- Tempo Reserva – 24h/a05- Tempo Reserva – 24h/a06- Ítens a Considerar: Tempo Real X Tempo Fictício06- Ítens a Considerar: Tempo Real X Tempo Fictício07- Marcar N.I’s 07- Marcar N.I’s

01- Semestre – 80 H/A01- Semestre – 80 H/A02- CH/SEM – 04H/A02- CH/SEM – 04H/A03- Assuntos – 08Unidades03- Assuntos – 08Unidades

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Nota IntrodutóriaNota Introdutória

- Vida em Sociedade- Vida em Sociedade- Regras – Convívio entres os indivíduos- Regras – Convívio entres os indivíduos- Conjunto das regras – direito positivo- Conjunto das regras – direito positivo- Historicamente – Pacto Social – Jean Jacques Rosseau- Historicamente – Pacto Social – Jean Jacques Rosseau - - O Contrato SocialO Contrato Social- Cumprimento por parte de todos os integrantes- Cumprimento por parte de todos os integrantes- Conseqüências – Sanções – Violação dos preceitos- Conseqüências – Sanções – Violação dos preceitos  

Conceito de Direito PenalConceito de Direito Penal

““Reunião de Reunião de Normas JurídicasNormas Jurídicas pelas quais o pelas quais o EstadoEstado proíbeproíbe determinadas determinadas condutascondutas, sob , sob ameaça de Sanção Penalameaça de Sanção Penal, estabelecendo ainda os princípios , estabelecendo ainda os princípios gerais e os pressupostos para a aplicação das gerais e os pressupostos para a aplicação das penas e das medidas de penas e das medidas de segurançasegurança” ” (MIRABETE, Júlio Frabrini. (MIRABETE, Júlio Frabrini. Manual de Direito Penal. Parte GeralManual de Direito Penal. Parte Geral – – Artigos 1° a 120 do CP. 18ª ed. São Paulo: Atlas, 2002, p.24)Artigos 1° a 120 do CP. 18ª ed. São Paulo: Atlas, 2002, p.24)

DIREITO PENAL-IDIREITO PENAL-I

UNIDADE-I – Fundamentos do Direito PenalUNIDADE-I – Fundamentos do Direito Penal

1.1- Conceito – Evolução – Relações1.1- Conceito – Evolução – Relações

Page 18: Direito Penal I - e-mail.ppt

DPI 18

- Sistema de interpretação da legislação penal, ou seja, a Ciência do - Sistema de interpretação da legislação penal, ou seja, a Ciência do Direito Penal. (ZAFFARONI, Eugênio Raul. Manual de Derecho Penal: Direito Penal. (ZAFFARONI, Eugênio Raul. Manual de Derecho Penal: Parte General. Buenos Aires: Ediar, 1977. p. 21)Parte General. Buenos Aires: Ediar, 1977. p. 21)

  - Conjunto de conhecimentos e princípios ordenados metodicamente, de Conjunto de conhecimentos e princípios ordenados metodicamente, de

modo que torne possível a elucidação do conteúdo, das normas e dos modo que torne possível a elucidação do conteúdo, das normas e dos institutos em que eles se agrupam, com vistas em sua aplicação aos institutos em que eles se agrupam, com vistas em sua aplicação aos casos ocorrentes,segundo critérios rigorosos de justiça (TOLEDO, casos ocorrentes,segundo critérios rigorosos de justiça (TOLEDO, Francisco de Assis. Princípios Básicos de Direito Penal. São Paulo: Francisco de Assis. Princípios Básicos de Direito Penal. São Paulo: Saraiva, 1982. p.1-2)Saraiva, 1982. p.1-2)

DIREITO PENAL-IDIREITO PENAL-I

Unidade-I – ContinuaçãoUnidade-I – Continuação

Outras Designações da Expressão Direito PenalOutras Designações da Expressão Direito Penal

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Unidade-I – ContinuaçãoUnidade-I – Continuação  

Denominações TradicionaisDenominações Tradicionais  

- Direito Penal: Países Ocidentais (Alemanha, França, Itália, etc...)- Direito Penal: Países Ocidentais (Alemanha, França, Itália, etc...)  

- Direito Criminal- Direito Criminal  

BrasilBrasil- Código Penal da República - 1890- Código Penal da República - 1890- Consolidação da Leis Penais - 1936- Consolidação da Leis Penais - 1936- Código Penal - 1940- Código Penal - 1940- Termo utilizado pela CF/88- Termo utilizado pela CF/88

Competência de visão para legislar sobre direito penal – art 22, Inc ICompetência de visão para legislar sobre direito penal – art 22, Inc I  

- Resquícios da Denominação - Resquícios da Denominação Direito CriminalDireito Criminal- Leis de Organização Judiciária: Varas Criminais- Leis de Organização Judiciária: Varas Criminais- Advogado criminalista- Advogado criminalista- Advocacia Criminal- Advocacia Criminal

DIREITO PENAL-IDIREITO PENAL-I

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Outros Conceitos de Direito PenalOutros Conceitos de Direito Penal  

- Direito Penal- Direito Penal é a proteção da sociedade e, mais precisamente, a é a proteção da sociedade e, mais precisamente, a defesa dos bens jurídicos fundamentais (vida, integridade física e defesa dos bens jurídicos fundamentais (vida, integridade física e mental, honra, liberdade, patrimônio, costumes, paz pública, etc... ) mental, honra, liberdade, patrimônio, costumes, paz pública, etc... ) (MIRABETE, in op. cit pág. 24 ).(MIRABETE, in op. cit pág. 24 ).

  

- Direito Penal- Direito Penal é o conjunto de normas jurídicas que o Estado estabelece é o conjunto de normas jurídicas que o Estado estabelece para combater o crime, através das penas e medidas de segurança para combater o crime, através das penas e medidas de segurança (Basileu Garcia)(Basileu Garcia)

  

- Direito Penal- Direito Penal é o conjunto de normas jurídicas que regulam o poder é o conjunto de normas jurídicas que regulam o poder punitivo do Estado, tendo em vista os fatos de natureza criminal e as punitivo do Estado, tendo em vista os fatos de natureza criminal e as medidas aplicáveis a quem os pratica. (NORONHA, E. Magalhães. medidas aplicáveis a quem os pratica. (NORONHA, E. Magalhães. Direito Penal. 15 ed. São Paulo: Saraiva, 1978, V1, p.12). Direito Penal. 15 ed. São Paulo: Saraiva, 1978, V1, p.12).

  

- - Direito PenalDireito Penal é o conjunto de normas que ligam ao crime, como fato, a é o conjunto de normas que ligam ao crime, como fato, a pena como consequência, e disciplinam também as relações jurídicas pena como consequência, e disciplinam também as relações jurídicas daí derivadas, para estabelecer a aplicabilidade das medidas de daí derivadas, para estabelecer a aplicabilidade das medidas de segurança e a tutela do direito de liberdade em face do poder de punir segurança e a tutela do direito de liberdade em face do poder de punir do Estado. (MARQUES, José Frederico. Curso de Direito Penal. São do Estado. (MARQUES, José Frederico. Curso de Direito Penal. São Paulo: Saraiva, 1954, V. 1, Pag.11)Paulo: Saraiva, 1954, V. 1, Pag.11)

Page 21: Direito Penal I - e-mail.ppt

DPI 21

Unidade-I – ContinuaçãoUnidade-I – Continuação

Relações do Direito PenalRelações do Direito Penal

- Aspecto Introdutório- Aspecto Introdutório

- Sistema – Elementos – Completam-se- Sistema – Elementos – Completam-se

- Sistema jurídico – Não há contradições- Sistema jurídico – Não há contradições

- Correlação com os demais ramos das ciências jurídicas- Correlação com os demais ramos das ciências jurídicas

- Ciências Jurídicas Fundamentais X Direito Penal- Ciências Jurídicas Fundamentais X Direito Penal

-  -   Filosofia do Direito:Filosofia do Direito: princípios, formulação de conceitos, definição de princípios, formulação de conceitos, definição de categorias fundamentais, ex: dolo, culpa, delito, pena, imputabilidade – categorias fundamentais, ex: dolo, culpa, delito, pena, imputabilidade – valores – ética – filosofia moral – juízo de valor – sanção – valores – ética – filosofia moral – juízo de valor – sanção – antijuridicidade...antijuridicidade...

DIREITO PENAL-IDIREITO PENAL-I

Page 22: Direito Penal I - e-mail.ppt

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- Teoria Geral do Direito- Teoria Geral do Direito

- Conceitos e institutos jurídicos válidos para todos os ramos do - Conceitos e institutos jurídicos válidos para todos os ramos do direitodireito

- Método e técnica jurídica- Método e técnica jurídica

- Serve de intermediário entre a Filosofia do Direito e o Direito Penal- Serve de intermediário entre a Filosofia do Direito e o Direito Penal

- Conceituação de institutos penais.- Conceituação de institutos penais.

  

- Sociologia Jurídica- Sociologia Jurídica

- Fenômeno jurídico como fato social- Fenômeno jurídico como fato social

- Processos sociais- Processos sociais

- A conduta humana e o aspecto sociológico- A conduta humana e o aspecto sociológico

- A realidade social- A realidade social

- A sociologia criminal- A sociologia criminal

DIREITO PENAL-IDIREITO PENAL-I

Page 23: Direito Penal I - e-mail.ppt

DPI 23

- Estado e os seus fins- Estado e os seus fins

- Direitos individuais- Direitos individuais

- Direitos políticos- Direitos políticos

- Direitos sociais- Direitos sociais

- Supremacia da Constituição na hierarquia das leis- Supremacia da Constituição na hierarquia das leis

- Normas específicas (Indivíduo X Sociedade)- Normas específicas (Indivíduo X Sociedade)

- Anterioridade da lei penal art 5°, Inciso XXXIX, CF- Anterioridade da lei penal art 5°, Inciso XXXIX, CF

- Irretroatividade da lei penal e retroatividade da mais b- Irretroatividade da lei penal e retroatividade da mais benigna art 5°, art 5°, Inc. XL, CFInc. XL, CF

- Fonte da Legislação penal art 22, CF.- Fonte da Legislação penal art 22, CF.

- Crimes extravagantes (preconceito racial, tortura, terrorismo, tráfico - Crimes extravagantes (preconceito racial, tortura, terrorismo, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas a fins...)ilícito de entorpecentes e drogas a fins...)

- Art 5°, inc. XLII, XLIII (racismo, tráfico de drogas, terrorismo etc).- Art 5°, inc. XLII, XLIII (racismo, tráfico de drogas, terrorismo etc).

Relações do Direito Penal Com Outros Ramos de Ciências Relações do Direito Penal Com Outros Ramos de Ciências JurídicasJurídicas

Direito Constitucional:Direito Constitucional:

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                  - - Agentes AdministrativosAgentes Administrativos

                  - - Conceitos de Direito AdministrativoConceitos de Direito Administrativo

- - CargoCargo

- F- Funçãounção

- Rendas públicas- Rendas públicas

Crimes contra a administração públicaCrimes contra a administração pública

do art 312 ao 350, CP.do art 312 ao 350, CP.

- - Crimes praticados por funcionários públicosCrimes praticados por funcionários públicos

do art 312 ao 326,CP.do art 312 ao 326,CP.

- - Efeitos de condenação na esfera administrativa:Efeitos de condenação na esfera administrativa: art.92, I, CP; art.92, I, CP;

- - Perda do cargo – art. 15, III, CF/88 (Condenação criminal).Perda do cargo – art. 15, III, CF/88 (Condenação criminal).

- - Perda da funçãoPerda da função

- - Lei 4898/65 – Extravagância penal (abuso de autoridadeLei 4898/65 – Extravagância penal (abuso de autoridade

- - Dentre outrosDentre outros

Direito AdministrativoDireito Administrativo

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Direito processual PenalDireito processual Penal

Já denominado Direito Penal AdjetivoJá denominado Direito Penal Adjetivo Ramo jurídico autônomoRamo jurídico autônomo Forma de realização e aplicação da Lei PenalForma de realização e aplicação da Lei Penal Aplicação do Aplicação do jus puniendijus puniendi (D.P. Subjetivo do estado) (D.P. Subjetivo do estado) Ação Penal (Dispositivos no Código Penal) – Ação Penal (Dispositivos no Código Penal) – DisciplinamentoDisciplinamento no no

Código de Processo PenalCódigo de Processo Penal

  

Direito Processual CivilDireito Processual Civil

Normas Comuns do Direito Processual PenalNormas Comuns do Direito Processual Penal Atos processuais – dispositivosAtos processuais – dispositivos Às ações, às sentençasÀs ações, às sentenças Recursos, etc...Recursos, etc...

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Direito Penal InternacionalDireito Penal Internacional

Repressão ao crimeRepressão ao crime Criminalidade universalCriminalidade universal Ordem internacional na repressão aos delitosOrdem internacional na repressão aos delitos Regulamenta a cooperação internacionalRegulamenta a cooperação internacional Art 7°, inc I e II e ainda § 3°Art 7°, inc I e II e ainda § 3° Jurisdição penal internacionalJurisdição penal internacional Estatuto de Roma – D.P.IEstatuto de Roma – D.P.I  

Direito PrivadoDireito Privado

Direito Civil – Reparação civil – ObrigaçãoDireito Civil – Reparação civil – Obrigação Danos sofridos – vítimas – indenizaçãoDanos sofridos – vítimas – indenização Tutela do patrimônioTutela do patrimônio Termos jurídicos Termos jurídicos oriundidosoriundidos do Direito Civil: do Direito Civil: Casamento, erro, ascendente, Casamento, erro, ascendente,

descendente, conjugue, irmão, tutor, curador...descendente, conjugue, irmão, tutor, curador...  

Direito ComercialDireito Comercial cheque, duplicata, fraude...crimes falimentares – Lei nº 11.101/2005.cheque, duplicata, fraude...crimes falimentares – Lei nº 11.101/2005.  

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Direito Penitenciário/execução penal-lei nº Direito Penitenciário/execução penal-lei nº 7.210/847.210/84

Autonomia da execução da penaAutonomia da execução da pena

Elaboração da Lei de Execução PenalElaboração da Lei de Execução Penal

Tratamento da pena, da custódiaTratamento da pena, da custódia

A problemática da prevenção, da retribuição, da recuperação, da A problemática da prevenção, da retribuição, da recuperação, da sanção em sisanção em si

Organização e direção das instituições e estabelecimentos penaisOrganização e direção das instituições e estabelecimentos penais

A reabilitação, as penas alternativas, a prestação de serviços à A reabilitação, as penas alternativas, a prestação de serviços à comunidade...comunidade...

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Direito do TrabalhoDireito do Trabalho

Crimes contra a organização do trabalho (art 197 a 207 – CF)Crimes contra a organização do trabalho (art 197 a 207 – CF)Efeitos trabalhistas da sentença penal (art. 482, d, e parágrafo Efeitos trabalhistas da sentença penal (art. 482, d, e parágrafo único, e 483 “e” e “f” da CLT)...único, e 483 “e” e “f” da CLT)...

Direito do TributárioDireito do Tributário

Repressão aos crimes de sonegação fiscal (Lei 4.729/65);crimes contra a Repressão aos crimes de sonegação fiscal (Lei 4.729/65);crimes contra a ordem tributária – Lei nº 8.137/90ordem tributária – Lei nº 8.137/90

Relação do Direito Penal com as Disciplinas AuxiliaresRelação do Direito Penal com as Disciplinas Auxiliares

Ciências Auxiliares Ciências Auxiliares – – Servem de aplicação prática do Direito PenalServem de aplicação prática do Direito Penal

A Medicina Legal - Extensão e natureza dos A Medicina Legal - Extensão e natureza dos danosdanos

a saúdea saúde

à vidaà vida

TanatologiaTanatologia

ToxicologiaToxicologia

Lesões Lesões CorporaisCorporais

Atentados Atentados SexuaisSexuais

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Imputabilidade Imputabilidade Inimputabilidade –art.26, CPInimputabilidade –art.26, CPSemi – Imputabilidade- § único do art.26, CP;Semi – Imputabilidade- § único do art.26, CP;Presunção da violência- art. 224, CP;Presunção da violência- art. 224, CP;Alienação – exame de sanidade mental – art. 149, CPP;Alienação – exame de sanidade mental – art. 149, CPP;Debilidade mentalDebilidade mental

PegadasPegadas

ManchasManchas

Impressões DigitaisImpressões Digitais

ProjéteisProjéteis

Locais de CrimeLocais de Crime

A Criminalística: Investigação criminal – Perícias em geralA Criminalística: Investigação criminal – Perícias em geral

A Psiquiatria Forense – distúrbios mentais face aos problemas A Psiquiatria Forense – distúrbios mentais face aos problemas judiciários:judiciários:

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Criminologia – Fenômenos e causas da criminalidade– Fenômenos e causas da criminalidade

- A personalidade do cidadão infrator- A personalidade do cidadão infrator

- A conduta delituosa- A conduta delituosa

- A ressocialização do infrator- A ressocialização do infrator

- Preocupação dogmática – norma enquanto norma- Preocupação dogmática – norma enquanto norma

(Direito Penal) X Enciclopédia das Ciências Penais(Direito Penal) X Enciclopédia das Ciências Penais

- Fato humano X Social – ser biológico, agente social- Fato humano X Social – ser biológico, agente social

- A causação do crime – a pessoa do infrator- A causação do crime – a pessoa do infrator

- As medidas para se evitar a prática do delito- As medidas para se evitar a prática do delito

- Os caminhos da recuperação- Os caminhos da recuperação

- A criminologia critica- A criminologia critica

- A vitimologia – aspectos – reflexões- A vitimologia – aspectos – reflexões

Relação do Direito Penal com outros Ramos Relação do Direito Penal com outros Ramos

Científicos – CriminológicosCientíficos – Criminológicos

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Biologia CriminalBiologia Criminal::

Crime – fenômeno individual – condições do homem criminosoCrime – fenômeno individual – condições do homem criminoso Antropologia criminal (César Lambroso) – raça – hereditariedadeAntropologia criminal (César Lambroso) – raça – hereditariedade Psicologia criminal (condições psicológicas do homem)Psicologia criminal (condições psicológicas do homem) Endocrinologia criminal – glândulas endócrinasEndocrinologia criminal – glândulas endócrinas Henrique FerriHenrique Ferri

Sociologia Criminal:

Condições do grupo social – delitos Condições do grupo social – delitos Fatores externos (exógenos) na sensação do crimeFatores externos (exógenos) na sensação do crime Conseqüências da prática do crimeConseqüências da prática do crime Estatística criminal – instrumento (estudo quantitativo dos fenômenos criminais).Estatística criminal – instrumento (estudo quantitativo dos fenômenos criminais).

Política Criminal:Política Criminal:

Estado – Prevenção e repressãoEstado – Prevenção e repressão PrincípiosPrincípios Produtos da investigação científicaProdutos da investigação científica Experiência adquiridaExperiência adquirida Fornecimento de orientaçõesFornecimento de orientações Criticas e reformas recomendadasCriticas e reformas recomendadas

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Vitimologia:Vitimologia:

Pessoa do sujeito passivoPessoa do sujeito passivo Contribuição para a existência do crimeContribuição para a existência do crime Vítima nata (personalidades insuportáveis, impacientes, grupos de risco...)Vítima nata (personalidades insuportáveis, impacientes, grupos de risco...) Comportamento da vítima – art 59 CP – juiz fixação da pena.Comportamento da vítima – art 59 CP – juiz fixação da pena.

Biotipologia Criminal:Biotipologia Criminal: Classificação dos criminosos – correta aplicação da execução da pena.Classificação dos criminosos – correta aplicação da execução da pena.

CONCEITO DE DIREITO PENALCONCEITO DE DIREITO PENALObra: Direito Penal. Parte Geral. Introdução. 2ª ed. Revista editora RT; ELF, Obra: Direito Penal. Parte Geral. Introdução. 2ª ed. Revista editora RT; ELF,

2004, pág. 13 e 142004, pág. 13 e 14

Por Luiz Flávio GomesPor Luiz Flávio Gomes

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Conceito Social de Direito PenalConceito Social de Direito Penal““Do ponto de vista Do ponto de vista socialsocial (dinâmico (dinâmico) o Direito Penal é um dos ) o Direito Penal é um dos instrumentos de instrumentos de controle social formalcontrole social formal por meio do qual o Estado, por meio do qual o Estado, mediante um determinado sistema normativo (as leis penais), castiga mediante um determinado sistema normativo (as leis penais), castiga com sanções de particular gravidade (com sanções de particular gravidade (penas ou medidas de segurança penas ou medidas de segurança e outras conseqüências afinse outras conseqüências afins) as condutas desviadas ofensivas a ) as condutas desviadas ofensivas a bens jurídicos e nocivas para a convivência humana”.bens jurídicos e nocivas para a convivência humana”.

Conceito Formal de Direito PenalConceito Formal de Direito Penal

““Sob o enfoque Sob o enfoque formal (estáticoformal (estático), pode-se afirmar que o Direito Penal é ), pode-se afirmar que o Direito Penal é um conjunto de normas jurídico-públicas que definem certas condutas um conjunto de normas jurídico-públicas que definem certas condutas como infração(delitos ou contravenções) associando-lhes penas ou como infração(delitos ou contravenções) associando-lhes penas ou medidas de segurança, assim como outras conseqüências jurídicas”.medidas de segurança, assim como outras conseqüências jurídicas”.

Conceitos AtuaisConceitos AtuaisContemporâneosContemporâneos

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Conjunto de normas, como ordenamento (parte do ordenamento Conjunto de normas, como ordenamento (parte do ordenamento jurídico)jurídico)

Ius poenale – Direito penal objetivo (Luiz Flávio Gomes)Ius poenale – Direito penal objetivo (Luiz Flávio Gomes)

È o conjunto de normas que regulam a ação estatal, definindo os crimes È o conjunto de normas que regulam a ação estatal, definindo os crimes e caminhando as respectivas sanções (MIRABETE, Júlio Fabbrini, in e caminhando as respectivas sanções (MIRABETE, Júlio Fabbrini, in ob. Cit. Pág 25)ob. Cit. Pág 25)

É o conjunto de normas que definem os delitos e as sanções que lhes É o conjunto de normas que definem os delitos e as sanções que lhes correspondem, orientando, também a sua aplicação (PRADO, Luis correspondem, orientando, também a sua aplicação (PRADO, Luis Régis. Curso de Direito Penal Brasileiro, V1: Parte Geral, art 1°- 120, 4° Régis. Curso de Direito Penal Brasileiro, V1: Parte Geral, art 1°- 120, 4° ed. Ver. Atual ampe. São Paulo: ed Ver dos trib, 2004, pág 56)ed. Ver. Atual ampe. São Paulo: ed Ver dos trib, 2004, pág 56)

É a normatividade criadora de delitos e sanções.É a normatividade criadora de delitos e sanções.

Direito Penal ObjetivoDireito Penal Objetivo

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Direito Penal SubjetivoDireito Penal Subjetivo

Diz respeito Diz respeito ao direito de punir do Estadoao direito de punir do Estado (jus puniendi) (jus puniendi)

Princípio de soberaniaPrincípio de soberania

Faculdade de impor sanção penal diante da prática do delitoFaculdade de impor sanção penal diante da prática do delito

Exclusividade estatalExclusividade estatal

Encontra limitação nos princípios penais fundamentaisEncontra limitação nos princípios penais fundamentais

Direito penal ObjetivoDireito penal Objetivo

Expressa-se o Direito Penal objetivo:Expressa-se o Direito Penal objetivo:

A – No direito de ameaçar condutas desviadas com penasA – No direito de ameaçar condutas desviadas com penas

B – No direito de aplicar tais penas na infração da norma penalB – No direito de aplicar tais penas na infração da norma penal

C – No direito de executar as penas impostas – de acordo com o devido C – No direito de executar as penas impostas – de acordo com o devido processo legal. (GOMES, Luis Flávio. In. Ob. Cit. – pág. 16)processo legal. (GOMES, Luis Flávio. In. Ob. Cit. – pág. 16)

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Tempos PrimitivosTempos Primitivos Direito Penal surge com o próprio homem;Direito Penal surge com o próprio homem; Não havia um sistema orgânico de princípios penais;Não havia um sistema orgânico de princípios penais; ““Fenômenos naturais maléficos” – resultantes de forças divinas (TOTEM) Fenômenos naturais maléficos” – resultantes de forças divinas (TOTEM)

encolerizadas pela prática de condutas que encolerizadas pela prática de condutas que exigiam recuperação.exigiam recuperação. Ambiente “mágico” e “Ambiente “mágico” e “religioso”religioso” Pestes, secas, terremotos, inundações, explosões de vulcões e produção Pestes, secas, terremotos, inundações, explosões de vulcões e produção

de lavas, trovões, descargas elétricas, ventanias, furações, ciclones, de lavas, trovões, descargas elétricas, ventanias, furações, ciclones, dentre outros...dentre outros...

Aplacar a ira dos “deuses” – proibições (religiosas, sociais e políticas) –Aplacar a ira dos “deuses” – proibições (religiosas, sociais e políticas) – TABU – quando não obedecidas acarretavam castigos (WALTER DE TABU – quando não obedecidas acarretavam castigos (WALTER DE

ABREU – Citado por Mirabete)ABREU – Citado por Mirabete)

O Direito Penal na História e Seus PeríodosO Direito Penal na História e Seus PeríodosVingança privadaVingança privadaVingança divinaVingança divinaVingança públicaVingança públicaPeríodo humanitárioPeríodo humanitário

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Sanções PrimitivasSanções Primitivas

A infração ao ToTem ou desobediência A infração ao ToTem ou desobediência TABUTABU Punição do infrator – crime e pena – desagravar a “entidade”Punição do infrator – crime e pena – desagravar a “entidade” Sacrifício da própria vida do transgressorSacrifício da própria vida do transgressor Oferendas:Oferendas: - Objetos preciosos- Objetos preciosos

- Animais- Animais- Objetos- Objetos- Peles- Peles- Frutas- Frutas

““A pena A pena em sua origem remota, nada mais significativa senão a vingança, Revide à agressão sofrida, desproporcionada com a ofensa e aplicada sem preocupação de justiça” (JUAREZ TAVARES)

JOHANNES WESSELS – O Direito Penal não existiu sempre. Sem aparecimento se dá, propriamente, no período superior da barbárie, com a Primeira grande divisão social do trabalho e a conseqüente divisão da sociedade em classes e a implantação do Estado.

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Vingança Penal – FasesVingança Penal – Fases1ª Fase – Vingança privada1ª Fase – Vingança privada CrimeCrime Reação – vítima, parentes, grupo social (tribo)Reação – vítima, parentes, grupo social (tribo) Desproporção à ofensaDesproporção à ofensa Atingindo o ofensor e respectivo grupoAtingindo o ofensor e respectivo grupo Expulsão da paz – banimentoExpulsão da paz – banimento Outros grupos – morteOutros grupos – morte Vingança de sangue (elemento estranho a tribo)Vingança de sangue (elemento estranho a tribo) Eliminação de tribos inteirasEliminação de tribos inteiras Surgimento da lei de TALIÃO (Tales-Tal)Surgimento da lei de TALIÃO (Tales-Tal)

Evitar a dizimação das tribosEvitar a dizimação das tribos Limite da reação à ofensaLimite da reação à ofensa Criar proporção (olho por olho, dente por dente...)Criar proporção (olho por olho, dente por dente...) Código de Hamurabi (babilônia)Código de Hamurabi (babilônia) Êxodo (povo hebraico)Êxodo (povo hebraico) Leis das XII tábuas (Roma)Leis das XII tábuas (Roma)

Reduziu a abrangência da Ação punitivaReduziu a abrangência da Ação punitiva

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Surgimento da ComposiçãoSurgimento da Composição

Origem remota das formas modernas de indenização do direito civil e da multa do Direito Origem remota das formas modernas de indenização do direito civil e da multa do Direito PenalPenal

Ofensor – compra da liberdadeOfensor – compra da liberdade moedamoeda gadogado armasarmas

Código de Hamurabi (Babilônia)Código de Hamurabi (Babilônia) Pentateuco (Hebreus)Pentateuco (Hebreus) Código de Manu (Índia)Código de Manu (Índia)

Aceita e aperfeiçoa pelo Aceita e aperfeiçoa pelo Direito GermânicoDireito Germânico

2ª Fase – Vingança Divina2ª Fase – Vingança Divina

Influência da Religião – Povos antigos (Fustel de Coulanges-1954-Cidade Antiga)Influência da Religião – Povos antigos (Fustel de Coulanges-1954-Cidade Antiga) Castigo, oferenda – delegação divina – sacerdotesCastigo, oferenda – delegação divina – sacerdotes

penas severas, crúeis, desumanaspenas severas, crúeis, desumanas intimidaçãointimidação Código de Manu (Índia)Código de Manu (Índia) Einco Livros (Egito)Einco Livros (Egito) Livro das cinco penas (China)Livro das cinco penas (China) Avesta (Pérsia)Avesta (Pérsia) Pentateuco (Hebreus)Pentateuco (Hebreus)

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3ª Fase – Vingança Pública3ª Fase – Vingança Pública

Estabilidade e Formação – EstadoEstabilidade e Formação – Estado Segurança do Soberano/príncipeSegurança do Soberano/príncipe

Pena ainda severa e cruelPena ainda severa e cruel Soberanos governavam em nome do “divino”Soberanos governavam em nome do “divino”

Grécia-ZeusGrécia-Zeus Roma-Lei das XII TábuasRoma-Lei das XII Tábuas

Fase última – libertação do caráter religioso Fase última – libertação do caráter religioso Vigiar e Punir – Michel Foucault; Vigiar e Punir – Michel Foucault;

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Direito Penal – Período Humanitário

Surge com o IluminismoSurge com o Iluminismo

Final do século XVIIIFinal do século XVIII Reforma das leisReforma das leis Reforma da justiça penalReforma da justiça penal

Enfoque filosóficoEnfoque filosófico Enfoque jurídicoEnfoque jurídico ÊnfaseÊnfase ao ao direito de punirdireito de punir e e à legitimidade das penasà legitimidade das penas

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Autores e Filosóficos que influenciaram o advento

do período Humanitário

Jean Jacques Rousseau (1757) – Do contrato social ou Princípios do Jean Jacques Rousseau (1757) – Do contrato social ou Princípios do Direito Político.Direito Político.

Nasce (1712 – Genebra Suíça) Estado Social legítimo .Nasce (1712 – Genebra Suíça) Estado Social legítimo . Morre (1778 – 66 anos) Decretos naturais em direitos civis – Morre (1778 – 66 anos) Decretos naturais em direitos civis –

transformaçãotransformação O homem nasce bom – a sociedade que o corrompe;teoria do bom O homem nasce bom – a sociedade que o corrompe;teoria do bom

selvagem;selvagem; Cuidado com o bem comumCuidado com o bem comum Desenvolver a parte dogmática do pensamento político universalDesenvolver a parte dogmática do pensamento político universal

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Montesquieu – O Espírito das Leis

Montesquieu (1748) – Dogma dos Estados LiberaisMontesquieu (1748) – Dogma dos Estados Liberais

1ª Constituição escrita – adota os princípios elaborados por1ª Constituição escrita – adota os princípios elaborados porMontesquieu – Virgínia – 1776Montesquieu – Virgínia – 1776

Depois:Depois: Massachusseetts, Maryland, New Hampshire Massachusseetts, Maryland, New Hampshire

Sistema de Freios e Contra-PesosSistema de Freios e Contra-Pesos

Separação dos Poderes – Legislativo, Executivo e JudiciárioSeparação dos Poderes – Legislativo, Executivo e Judiciário

Divisão formal, - Não-substâncialDivisão formal, - Não-substâncial

O poder é um só – O exercício é que se triparte em órgãos distintos.O poder é um só – O exercício é que se triparte em órgãos distintos.

Brasil – Brasil – 1824 – art 9°1824 – art 9° - Ênfase ao princípio de Montesquieu - Ênfase ao princípio de Montesquieu

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Cesare Bonesana – Marques de Beccaria

Nasce – 1738 – MilãoNasce – 1738 – Milão 1763 – Começa a escrever “Dei delitti e delle pene” (Postulados 1763 – Começa a escrever “Dei delitti e delle pene” (Postulados

Básicos do Direito Penal Moderno)Básicos do Direito Penal Moderno)

Brechas no Sistema penal – origem no direito de punir.Brechas no Sistema penal – origem no direito de punir. Segurança geral da sociedadeSegurança geral da sociedade Proclama a humanização, a razão, o sentimentoProclama a humanização, a razão, o sentimento Denuncia a crueldade dos suplíciosDenuncia a crueldade dos suplícios Julgamentos secretosJulgamentos secretos Torturas para a obtenção de provasTorturas para a obtenção de provas As penas desproporcionais, os confiscos...As penas desproporcionais, os confiscos...

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Escola Clássica

Idéias básicas do Iluminismo (Beccaria)Idéias básicas do Iluminismo (Beccaria)

1ª Metade Séc XIX – (Autores – Obras)1ª Metade Séc XIX – (Autores – Obras)

Principal Representante: Francesco Carrara/Principal Representante: Francesco Carrara/

““Programa del corso di diritto criminale”Programa del corso di diritto criminale” (1859) (1859) DelitoDelito MoralMoral Vontade Livre e Consciente/livre arbítrio;Vontade Livre e Consciente/livre arbítrio; ResponsabilidadeResponsabilidade Aplicação da penaAplicação da pena

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Definição de crime (Carrara)

Infração da Lei do estadoInfração da Lei do estado

Proteção e segurança – CidadãosProteção e segurança – Cidadãos

Ato externo positivo ou negativoAto externo positivo ou negativo

Moralmente imputávelMoralmente imputável

Politicamente danosoPoliticamente danoso

Método dedutivo ou lógico – abstrato (ciência jurídica)Método dedutivo ou lógico – abstrato (ciência jurídica) E não experimental (Ciências Naturais)E não experimental (Ciências Naturais) Pena – tutela jurídicaPena – tutela jurídica Sanção – defesa socialSanção – defesa social

•Direito Penal

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Escola Positiva X Período Criminológico

Pensamento Positivista – Campo filosóficoPensamento Positivista – Campo filosófico Augusto Comte – No campo da filosofia em geralAugusto Comte – No campo da filosofia em geral Henrique Ferri – Sociologia Criminal (discípulo dissidente de Lombroso)Henrique Ferri – Sociologia Criminal (discípulo dissidente de Lombroso) Fatores antropológicos dos delitos Fatores antropológicos dos delitos sociais e físicossociais e físicos

Positivismo – movimento naturalista do Séc XVIII – supremacia da investigação experimental em oposição à indagação puramente racional.Início – bases em 1878 – César LombrosoAprofundamento: doutrina de positivismo jurídico

Norberto BobbioColeção Elementos de DireitoÍcone Editora

Juízo de validade X Juízo de valorNorma válida X norma eficazTeoria do ordenamento jurídico

- Método- Teoria- Ideologia

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Conclusões quanto aos Princípios Básicos da Escola Positiva

1- Crime:1- Crime: fenômeno natural e social, sujeito às influências do meiofenômeno natural e social, sujeito às influências do meio Múltiplos fatoresMúltiplos fatores Exige método experimentalExige método experimental

2- Responsabilidade penal:2- Responsabilidade penal: é socialé social Tem por base a Tem por base a periculosidade do agente.periculosidade do agente.

3- Pena:3- Pena: Medidas de defesa socialMedidas de defesa social Recuperação do criminosoRecuperação do criminoso Neutralização do criminosoNeutralização do criminoso

4- Criminoso:4- Criminoso: psicologicamente – um anormalpsicologicamente – um anormal Temporariamente ou permanente (forma de anormalidade) Temporariamente ou permanente (forma de anormalidade)

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Direito Penal – Atuais Tendências

Considerações axiológicas (valorativas) de raízes XXXX Considerações axiológicas (valorativas) de raízes XXXX (tentativas de superação do positivismo jurídico)(tentativas de superação do positivismo jurídico)

Ponto crítico quanto ao positivismo jurídico – excesso no Ponto crítico quanto ao positivismo jurídico – excesso no formalismoformalismo

Ponto de vista dos valores – Neo KantismoPonto de vista dos valores – Neo Kantismo

Tipicidade não é neutraTipicidade não é neutra A antijuridicidade não é a contradição do fato com a A antijuridicidade não é a contradição do fato com a

norma. É a norma. É a conduta lesiva ao bem jurídico.conduta lesiva ao bem jurídico. A Culpabilidade – é também psicológico – normativaA Culpabilidade – é também psicológico – normativa Frank – 1907 – Requisitos da culpabilidade:Frank – 1907 – Requisitos da culpabilidade:

imputabilidadeimputabilidade dolo e culpadolo e culpa exigibilidade de conduta diversaexigibilidade de conduta diversa

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Atuais Tendências

Propostas funcionalistasPropostas funcionalistas Propostas teológicasPropostas teológicas Roxin e JakobsRoxin e Jakobs Preocupação prática (Direito Penal X Política Criminal)Preocupação prática (Direito Penal X Política Criminal)

Plano Político CriminalPlano Político CriminalTendências Atuais – Direito PenalTendências Atuais – Direito Penal

(Luiz Flávio Gomes)(Luiz Flávio Gomes)

Neo-retribucionismo:Neo-retribucionismo: intervenção máxima do Direito Penal intervenção máxima do Direito Penal Abolicionismo:Abolicionismo: Eliminação total do Direito Penal (Consenso) Eliminação total do Direito Penal (Consenso) Direito penal mínimo:Direito penal mínimo: corrente moderada. corrente moderada. Intervenção mínima com Intervenção mínima com

máximas garantias.máximas garantias. Garantismo penal – Direito e Razão de Luigi FerrajoliGarantismo penal – Direito e Razão de Luigi Ferrajoli

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O Código penal de 1940 – Brasil

1- Período Colonial – 1500 – Livro V – Dir. penal e Proc. Penal.1- Período Colonial – 1500 – Livro V – Dir. penal e Proc. Penal. Intimidação e terror – penasIntimidação e terror – penas Severidade e crueldadeSeveridade e crueldade Penas de morte, infamantes, confisco e galésPenas de morte, infamantes, confisco e galés Prisão – coerção – a critério do Rei em alguns casos até 1521 não Prisão – coerção – a critério do Rei em alguns casos até 1521 não

havia núcleo colonizador no Brasilhavia núcleo colonizador no Brasil

2- Ordenação Manuelinas – 1514 – 16032- Ordenação Manuelinas – 1514 – 1603

Prisão coerção pessoal até julgamento e condenaçãoPrisão coerção pessoal até julgamento e condenação Complemento: ordenações Sebastiânicas – 1569Complemento: ordenações Sebastiânicas – 1569 Leis extravagantesLeis extravagantes

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3- Ordenações Filipinas (D. Felipe II – Espanha) – 1603

Até o código Criminal do império – 1830Até o código Criminal do império – 1830 Em relação a legislação civil – 1916 – com o código civilEm relação a legislação civil – 1916 – com o código civil Não há técnica legislativaNão há técnica legislativa Crimes – longas oraçõesCrimes – longas orações Luta contra a justiça privadaLuta contra a justiça privada Confusão – crime X pecado – ofensa moralConfusão – crime X pecado – ofensa moral Penas desproporcionais e cruéisPenas desproporcionais e cruéis Açoites, corte de membros, galés, trabalhos forçadosAçoites, corte de membros, galés, trabalhos forçados Penas de mortePenas de morte Não havia o respeito pelo princípio da legalidade pena Não havia o respeito pelo princípio da legalidade pena

criminal arbitrária criminal arbitrária

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Período Imperial – Código Criminal de 1830

Modelo do Código Francês – mais importante fonte (1810)Modelo do Código Francês – mais importante fonte (1810) Brasil –Independência 07 set 1822Brasil –Independência 07 set 1822 Idéias de Beccaria - dos delitos e das penasIdéias de Beccaria - dos delitos e das penas Redução de hipóteses de penas de morteRedução de hipóteses de penas de morte Eliminação da crueldade na execução da pena de morteEliminação da crueldade na execução da pena de morte Aboliu-se pena de açoites para os escravos e o perdão do Aboliu-se pena de açoites para os escravos e o perdão do

ofendidoofendido Foi o 1° Código penal Autônomo da América LatinaFoi o 1° Código penal Autônomo da América Latina

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Período Republicano – Código Penal de 1890

Princípios da Escola Clássica (iluminismo – Carrara):Princípios da Escola Clássica (iluminismo – Carrara):

Proporcionalidade delito X PenaProporcionalidade delito X Pena Exclusão de arbítrio judicialExclusão de arbítrio judicial Distingue autor de cúmpliceDistingue autor de cúmplice Taxou circunstancias atenuantes X agravantesTaxou circunstancias atenuantes X agravantes Aboliu-se a pena de morte – regime penitenciárioAboliu-se a pena de morte – regime penitenciário 1932 – Consolidação das Leis Penais1932 – Consolidação das Leis Penais

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O CÓDIGO PENAL DE 1940

Confronto:

Escola Clássica (Carrara, Fenerbach)

X

Escola Positiva (Lombroso, Ferri e Garofalo)

Últimos anos: século XIX

Origem: anteprojeto Alcântara Machado

Comissão revisora: Nélson Hungria

Vieira Braga

Narcélio de Queiroz

Roberto Lyra

Presidente da comissão: Min. Francisco Campos

Promulgação: 07-DEZ-1940 – Dec. Lei 2.848

Publicado: 31-DEZ-1940

Entrou em vigor: 01-JAN-1942

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O CÓDIGO PENAL DE 1940

Grande parte continua em vigor – Parte Especial

Boa técnica;

Simplicidade;

Sofreu e ainda sofre muitas modificações (a mais relevante: 1984)

Reforma de 1984 – Parte Geral

Lei 7.209, de 11 JUL 1984

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REFORMA DA PARTE GERAL DO CÓDIGO PENAL

Lei nº 7.209, de 11 de JUL de 1984

Alterou totalmente a parte geral do Código Penal de 1940.

Comissão revisora do anteprojeto da Parte Geral do Código Penal:

Francisco de Assis Toledo Dinio de Santos Garcia Jair Leonardo Lopes Miguel Reale Júnior

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Principais Inovações:

REFORMA DA PARTE GERAL DO CÓDIGO PENAL

Rol de penas: prisão, detenção, multa, restrição a certos direitos...;

Adotado o princípio da culpabilidade “nulla poena sine culpa”;

Abolição da medida de segurança para o imputável (abandono do duplo binário);

Maior maleabilidade à execução da pena;

Política criminal mais próxima aos direitos humanos;

Estabelece limite máximo de cumprimento de pena – 30 anos (elimina-se a possibilidade de perpetuação da pena);

Dentre outras.

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DIREITO PENAL X DIREITO CONSTITUCIONALTeoria do Garantismo Penal

“As normas de um ordenamento não estão todas no mesmo

plano. Há normas superiores e normas inferiores. As inferiores

dependem das superiores.” (BOBBIO, Norberto. Teoria do

Ordenamento Jurídico, pág. 49).

Há uma norma suprema – não depende de nenhuma outra norma – a CONSTITUIÇÃO – visão piramidal (KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito);

Constituição – fonte de validade de todas as normas. “Mãe” de todas as normas;

Constituição – garantia de direitos;

Direitos fundamentais – direitos humanos constitucionalizados.

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Teoria do Garantismo Penal

““Estado constitucional de Direito”: Conjunto de vínculos e de regras racionais Estado constitucional de Direito”: Conjunto de vínculos e de regras racionais impostos a todos os poderes na tutela dos direitos de todos (FERRAJOLI, impostos a todos os poderes na tutela dos direitos de todos (FERRAJOLI, Luigi. O Garantismo e a Filosofia do Direito, p. 132)Luigi. O Garantismo e a Filosofia do Direito, p. 132)

Critérios de racionalidade e de civilidade na intervenção penalCritérios de racionalidade e de civilidade na intervenção penal Cautela para não se colocar a “defesa social de maneira vulgar” – acima Cautela para não se colocar a “defesa social de maneira vulgar” – acima

dos direitos e garantias fundamentais.dos direitos e garantias fundamentais. Instrumental prático-teórico – tutela dos direitos contra a irracionalidade dos Instrumental prático-teórico – tutela dos direitos contra a irracionalidade dos

poderes – públicos ou privadospoderes – públicos ou privados Limites do direito penal nas sociedades democráticasLimites do direito penal nas sociedades democráticas Tipicidade – Formal + Conglobante (material)Tipicidade – Formal + Conglobante (material) O resultado jurídico (lesão ou perigo concreto de lesão)O resultado jurídico (lesão ou perigo concreto de lesão) Sentido crítico – ex: beijo com lascívia – 6 anos de prisãoSentido crítico – ex: beijo com lascívia – 6 anos de prisão Legalismo X sentido crítico – reflexão.Legalismo X sentido crítico – reflexão.

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DIREITO PENAL-IDIREITO PENAL-I

UNIDADE-II – FINS E OBJETIVOS DO DIREITO PENALUNIDADE-II – FINS E OBJETIVOS DO DIREITO PENAL

Direito Penal e Controle SocialDireito Penal e Controle Social

Ponto de vista social – dinâmico

Instrumento de controle social – FORMAL por meio do qual o Estado, mediante sistema normativo (leis penais), castiga com sanções (penas ou medidas de segurança e outras conseqüências) as condutas ofensivas a bens jurídicos e nocivos a convivência humana (Luiz Flávio Gomes).

Controle Social Informal (não segue o devido processo legal)

IgrejaEscolaTrabalhoFamília

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Direito Penal no Estado Democrático de Direito

Direito e Garantias

Teoria constitucionalista do delito;

Dogmática Penal X Constitucionalismo;

Roxin – Direito Penal X Princípios político-criminais;

A Constituição orienta as finalidades do Direito Penal – base constitucional da teoria do delito – vínculos – o Direito Penal se exprime por meio de normas – normas orientam a teoria do direito;

Conceito de delito como ofensa a um bem jurídico: dimensão constitucional;

Afeta a liberdade: delito X existência de outro bem jurídico relevante.

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MISSÕES E FUNÇÕES DO DIREITO PENAL

Missões do Direito Penal – finalidades

Metas; São as conseqüências queridas ou procuradas

oficialmente pelo sistema:

Proteção dos bens jurídicos (os mais relevantes: vida, liberdade, etc);

Diminuição da violência estatal; Diminuição da violência individual; Prevenção da vingança privada; Conjunto de garantias para todos os envolvidos no

conflito penal .

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MISSÕES E FUNÇÕES DO DIREITO PENAL

Funções do Direito Penal – Reais no sistema

Conseqüências efetivas – reais:

Promocional: Promover na sociedade o convencimento da relevância do Direito Penal na tutela de determinados bens jurídicos.Ex.: Lei nº 9.605/98(crimes ambientais)- no Brasil (mais de 60 tipos penais – média mundial: 06 tipos penais).

Simbólica: Uso do Direito Penal para acalmar a ira da população, a ânsia de segurança, o medo, a insatisfação.Ex.: Lei 8.072/90 – Lei dos crimes hediondos (opinião pública); Lei Maria da Penha – nº 11.340/2006;

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Direito Penal – I1a Parte: Aspectos Introdutórios Unidade-III – Princípios Informadores do Direito Penal

““Da conjugaDa conjugaçção do Direito Penal com a Constituião do Direito Penal com a Constituiçção podemos ão podemos e (devemos) extrair a conclusão de que he (devemos) extrair a conclusão de que háá princ princíípios pios constitucionais penais que norteiam a aplicaconstitucionais penais que norteiam a aplicaçção do Direito ão do Direito PenalPenal””..

Princípio – [ Do Lat Principiu.] S. m. 2.Causa primária. 3. Elemento predominante na Constituição de um corpo orgânico. 4. Preceito, regra, lei. 6. Filos. Fonte ou causa de uma ação. 7. Filos. Proposição que se põe no início de uma dedução, e que não é deduzida de nenhuma outra dentro do sistema considerado, sendo admitida provisoriamente, como inquestionável. [são princípios os axiomas, os postulados, os teoremas, etc...].

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Formulação Clássica do Princípio da Formulação Clássica do Princípio da Legalidade – Feuerbach (Escola Clássica)Legalidade – Feuerbach (Escola Clássica)

Concretização do ideal iluministaOrigem remota – Magna Carta de João sem terra –

Inglaterra “Nenhum homem livre poderia ser punido senão pela

Lei da Terra” – art 39o Causa Próxima – Iluminismo – Séc. XVIIIArt 8o – da declaração dos Direitos do Homem e do

Cidadão – 26 de Ago 1789 – França“Ninguém pode ser punido senão em virtude de uma

lei estabelecida e promulgada anteriormente ao delito e legalmente aplicada.”

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1o Princípio da Legalidade (Luiz Flávio Gomes)

Abrange 4 Dimensões:Abrange 4 Dimensões:

1- Criminal

2- Penal

3- Jurisdicional ou Processual

4- Execucional

“Não há crime sem lei anterior que o defina”Código penal, art 1o “nullum rimen sine lege”“Nullum crimen sine lege”

A – Criminal:

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“Não há pena sem prévia cominação penal”Código Penal – art 1o “nulla poena sine lege”

A- Criminal

B- Penal

CF, art 5o , inc XXXIX

“Não há crime sem lei anterior que o defina. Nem pena sem prévia cominação legal”

“Ninguém pode ser privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”

CF, art 5o, inc LIV

“Nulla coatio sine lege”

B – Penal:

C– Jurisdicional ou Processual:

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D– Execucional

A jurisdição penal dos juízos ou tribunais da justiça ordinária, A jurisdição penal dos juízos ou tribunais da justiça ordinária, em todo o território nacional, no processo de execução, na em todo o território nacional, no processo de execução, na conformidade da Lei de Execução Penais e do Código de conformidade da Lei de Execução Penais e do Código de Processo Penal.Processo Penal.

Lei de Execução Penais, art 2Lei de Execução Penais, art 2oo

“ “Nulla executio sine lege”Nulla executio sine lege”

E– Sub-Princípios da Legalidade: Princípio da Taxatividade: ex.: art. 33 da Lei 11.343/06Princípio da Taxatividade: ex.: art. 33 da Lei 11.343/06

Princípio da Reserva Legal Princípio da Reserva Legal

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2o Princípio da Culpabilidade •Somente deverá ser punido (sanção penal) o autor de fato, tido como

criminoso e punível que poderia comportar-se conforme o Direito e não se comportar.

•Essência da Culpabilidade: O poder agir de modo diverso.

Exigência de Requisitos: Capacidade de culpabilidade

Consciência da Ilicitude

Exigibilidade de conduta diversa

•Conceito Contrário à Responsabilidade Objetiva: Ninguém responderá pelo resultado se não tiver agido pelo menos com dolo ou com culpa.

•É a culpabilidade fundamento da pena; da determinação ou medição da pena.

•“Nulla poena sine culpa” – “Nullum crimen sine culpa”

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3o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana

•Proscrição de penas cruéis e infamantes (inclui-se a pena de

morte e prisão perpétua)

•Proibição da tortura e maus-tratos

•Obrigação do Estado em dotar sua infra-estrutura carcerária de

meios e recursos que impeçam a degradação e a dissocialização

dos condenados.

Direito Penal: Justiça distributiva – porém com humanidade

•O poder punitivo estatal não pode aplicar sanções que atinjam a

dignidade da pessoa humana.

•CF – art 1o, inc III – um dos pilares do Estado Constitucional de

direito Brasileiro;

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Dos Princípios Fundamentais

A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (...)

III – A dignidade da pessoa humana

Toda lei que viole tal princípio deve ser reputada inconstitucional

4o Princípio da Intervenção Mínima

“ULTIMA RATIO”

Orienta e limita o poder incriminador do Estado

A criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de um determinado bem jurídico

Se para o restabelecimento da ordem jurídica violada forem suficientes medidas civis ou administrativas – são estas que devem ser empregadas e não as penais.

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O Direito Penal deve atuar somente quando os demais ramos do direito revelaram-se incapazes de dar a tutela devida a bens relevantes na vida do indivíduo e da própria sociedade.

É fundamento político-estatal – o Castigo penal produz dano social (Claus Roxin) – devem-se esgotar meios extra-penais de controle social.

A intervenção deve ser mínima.

4o Princípio da Intervenção Mínima

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5o Princípio da Exclusiva Proteção aos Bens Jurídicos

A tutela penal só é legítima quando socialmente necessária

Bem jurídico – conjugação do social e o individual – visa a harmonia e a convivência social

Bem jurídico – juízos de valor – constituinte – legislador ordinário

Sistema social X momento histórico – bens jurídicos

Constituição – Diretrizes e valores consagrados

Escopo imediato do Direito Penal – Proteção de bens jurídicos

Não há delito sem que haja lesão ou perigo de lesão a um bem jurídico determinado

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Principais funções desempenhadas pelo bem jurídico na área penal:

a) - Garantia: Conceito – limite – restrição – do jus puniendi

b) - Teleológica: finalidade de proteçãoc) - Individualizadora: medida da penad) - Sistemática: Grupos de tipos penais

(Parte Especial do CP)

Não se protege em Direito Penal determinada religião ou determinado partido político, ou determinada forma de governo...

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6o Princípio da Fragmentariedade

É conseqüência dos princípios da legalidade e da intervenção mínima;

O Direito Penal não protege todos os bens jurídicos de violações: só os mais importantes. Dentre os mais importantes não os tutela de todas as lesões: só os casos de maior gravidade;

Protege um fragmento de todos os interesses jurídicos;

É fragmentário;

Há posições doutrinárias divergentes .

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7o Princípio da Subsidiariedade

Confunde-se com o princípio da intervenção mínima (ultima ratio)

Utiliza-se do Direito Penal quando os demais ramos do Direito revelaram-se incapazes de condicionar a devida tutela a bens de relevância para a existência do homem e da sociedade.

“A intervenção do Direito Penal só se justifica quando fracassam as demais formas protetoras do bem jurídico previstas em outros ramos do Direito” (Muñoz Conde)

“Antes de se recorrer ao Direito Penal, devem-se esgotar todos os meios extrapenais de controle social”. (BARROS, Francisco Dirceu. Direito Penal - Parte Geral.Rio de Janeiro: impetus, 2003, Pag. 37)

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8o Princípio da Proporcionalidade / Razoabilidade / Proibição do Excesso

Rechaça o estabelecimento de cominações legais e a imposição de penas que careçam de relação valorativa com o fato cometido.

Tem 02 destinatários principais:

Poder Legislativo:

Penas Proporcionais em abstrato

Gravidade do delito Poder Judiciário :

JuizImposição de penas

Autores / co-autores

Participes

Gravidade-crime

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Resposta estatal-sanções

Tipificação de delitos

CF – art 5o , inc XLVI

A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

a) - Privação ou restrição da liberdade;

b) - Perda dos bens;

c) - Multa;

d) - Prestação social alternativa;

e) - Suspensão ou interdição de direitos.

8o Princípio da Proporcionalidade / Razoabilidade / Proibição do Excesso

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9o Princípio da Adequação Mínima ou Princípio da Adequação Social - Teoria da Adequação Social

Concebida por Hans Welzel

Não será típica uma conduta se for socialmente adequada ou reconhecida, ou seja, se estiver de acordo com a ordem social da vida historicamente condicionada

“Condutas que se mantêm dentro de marcos da liberdade de ação social” (WELZEL, Hans. Derecho penal Alemán, p.85)

Há conformidade com o Direito.

Concordâncias com determinações jurídicas de comportamentos já estabelecidos.

Exemplo: práticas desportivas X exercício regular de um direito.

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Tem as funções:

- De restringir a abrangência do tipo penal.- De orientar o legislador na seleção de condutas que deseja proibir.- De repensar os tipos de penas (Revogação – conduta já adaptadas)

Exemplo Prático: LEI nº 11.106/05 Novas modificações no CP (28-Mar-05)

ABOLITIOCRIMINISSEDUÇÃO

Revogação do ART 217 – CP – “Seduzir mulher virgem, menor de 18 anos e maior de 14 e, ter com ela conjunção carnal, aproveitando-se de sua inexperiência ou justificável confiança”

9o Princípio da Adequação Mínima ou Princípio da Adequação Social - Teoria da Adequação Social

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10o Princípio da Insignificância

Formulado por Claus Roxin;

Manifestação contrária ao uso excessivo da Sanção Criminal;

Devem ser tidas como atípicas às sanções ou omissões que afetem infimamente a um bem jurídico-penal;

“A irrelevante lesão do bem jurídico protegido não justifica a imposição de uma pena, devendo-se excluir a tipicidade em caso de danos de pouca importância”. (PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro, Vol 1, Parte Geral – 4ª ed. rev, atual e amp – São Paulo: ed RT, 2004, pag 145);

É critério geral de interpretação e de determinação do injusto penal;

Deve-se ter o cuidado de não se atingir a segurança jurídica.

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Direito Penal – I2ª Parte – Teoria da Lei PenalUnidade IV – Norma Penal

4.1 Fontes do Direito Penal

Fonte – [Do Latim . fonte] s.t...6. Procedência, proveniência, origem. (FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 29ª ed. Ver e aumentada. 32ª impressão. Ed. Nova Fronteira, pág. 797).

Fonte – Origem – Princípio – Causa.

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Fontes em Direito Penal:

Gênese, matéria, substância de que é feito o Direito Penal.

Materiais ou substanciais ou de Produção

Formais ou de Conhecimento ou de Cognição

Modo pelo qual se exterioriza o direito

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Fontes Materiais do Direito Penal:

Estado

CF/88 – art 22, inc I

Compete privativamente à União legislar sobre “direito penal”

Há a possibilidade – em tese – de Lei Complementar autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relevadas no art 22.

Matéria específica – restrição

Lei Complementar autorizando o Estado a legislar.

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Direito – Dialética JurídicaNecessidade de Transformação

Evolução científica e tecnológica;Internet;

Transplante de órgãos;

Inseminação artificial;

“Bebês de proveta”;

Cirurgia em “transexuais”;

Escuta (vida privada das pessoas);

Poluição em suas diversas modalidades...

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Fontes Formais: Exteriorizam o Direito

Dão forma ao Direito

Revelam o Direito

Fontes Formais – Classificação:

Diretas ou Imediatas – A LEI E

TRATADOS

Princípio da Reserva Legal

Princípio da Legalidade

Os costumes (influência na interpretação e elaboração da lei penal)

Os princípios gerais do Direito (premissas éticas) (Referência – Lei de Introdução ao CC – art 4°)

Indiretas ou Mediatas ou Subsidiárias

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Quanto aos costumes como fonte formal mediata de produção do Direito Penal

Regra de conduta – modo geral;

Constante e uniforme (consciência coletiva);

Influencia na interpretação e na produção da lei penal.

•Honra, dignidade, decoro (art. 140 – Crime de Injúria);

•Meios de correção e disciplina (art 136 – Maus-tratos);

•Ato obsceno (art 233 – Ato Obsceno).

Significado de termos no C. P:

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Quanto aos costumes como fonte formal mediata de produção do Direito Penal

Reconhecimento geral

Vontade geral

Requisitos Exigíveis:

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Quanto aos princípios gerais do direito como fonte formal mediata de produção do Direito Penal

Premissas éticas extraídas da legislação do ordenamento jurídico

Determina civilização – supre lacunas e omissões da lei penal

Não-punição da mãe que fura as orelhas da filha para colocar brincos (crime, em tese, de lesões corporais – art 129 – C.P)

Exemplo prático:

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Quanto à Eqüidade, Doutrina e Jurisprudência

Eqüidade:

Estudo, pesquisa, conclusões de juristas;Investigação doutrinária;Lição dos doutos (NASCIMENTO, Amaury Mascaro. Instituições de

Direito Público e Privado, pág 57).

Correspondência jurídica e ética: aplicação da norma aos casos concretos (NORONHA, Edgar Magalhães).

Doutrina:

Jurisprudência:Decisões reiteradas de juízes e tribunais.

Formas de INTERPRETAÇÃO DA NORMA

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Quanto À ANALOGIA como Forma de auto-integração da Lei Penal

Contemplada no art. 4° da LICC;

Na lacuna da lei penal aplica-se a analogia ao fato não regulado expressamente pela norma jurídica-dispositiva que disciplina hipótese semelhante;

É inadmissível o emprego de analogia para criar ilícitos penais ou estabelecer sanções penais;

É admissível – por princípio da eqüidade, na lacuna da lei, em normas não incriminadoras favorecendo a situação do réu – “ANALOGIA IN BONAM PARTEM”.

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Quanto à Analogia como Forma de Auto-integração da Lei Penal

Exemplos práticos:

1- Exclusão da Pena – Aborto – mulher vítima de atentado violento ao pudor, gravidez pela prática do ato delituoso (art. 128°, inc II, CP) –

2- Exclusão de Pena: escusa absolutória – 348 – Aplicação favorecimento pessoal – art. 351 – fuga de pessoa presa – sem ameaça ou violência – autor descendente, ascendente, conjugue ou irmão.

“refere-se apenas ao crime de estupro.” Atentado violento ao pudor – ato libidinoso diverso da conjunção carnal. Lei nº 12.015, de 7 de agosto de 2009.

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Quanto à Interpretação Analógica

O Código Penal atento ao princípio da legalidade detalha todas as situações que quer regular e, posteriormente, permite que tudo aquilo que a elas seja semelhante possa também ser abrangido pelo mesmo artigo.

A uma fórmula casuística – segue-se fórmula genérica

Ex: art. 121, § 2°, III, CPSe o homicídio é cometido com emprego de veneno, fogo,

explosivo, asfixia, tortura ou “outro meio insidioso ou cruel...”

Amplia o conteúdo da lei penal – fim: abranger hipóteses não previstas expressamente pelo legislador, mas que por ele foram desejadas.

É diferente de analogia (somente in bonam partem)

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Comentários Didáticos – Questões de Concursos Públicos – Paralelismo com a Disciplina Estudada

1 - (Promotor de Justiça / MG – 1990) O Direito Penal consentirá a interpretação analógica somente quando:

a) A lei for omissa, exigindo outra que discipline matéria análoga.

b) A norma não satisfizer, sendo complementada simplesmente por outra.

c) For exigido um raciocínio que parta do geral para o particular.

d) O próprio dispositivo legal determinar sua aplicação.

e) Houver mudança na legislação, pois a atual não admite analogia

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Comentários Didáticos – Questões de Concursos Públicos – Paralelismo com a Disciplina Estudada

2 - (Juiz Federal – 1991) No Direito Penal, segundo o entendimento geral, a aplicação de analogia:

a) É possível em qualquer hipótese, pois tem função integrante de norma jurídica.

b) É impossível em face da lei prévia e escrita.

c) É possível, quando encontrar justificativa em princípio de eqüidade.

d) Confunde-se com interpretação analógica.

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3 - (Juiz Federal – 1991) A interpretação analógica

Comentários Didáticos – Questões de Concursos Públicos – Paralelismo com a Disciplina Estudada

a) Não é admitida em Direito Penal.

b) É admitida em Direito Penal, quando for in bonam partem.

c) Ocorre quando a própria norma penal possibilitar a sua aplicação.

d) Aplica-se quando a norma penal diz menos que o pretendido pelo intérprete.

e) É raciocínio que parte do geral para o especial.

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Direito Penal – I2ª Parte – Teoria da Lei PenalUnidade IV – Norma Penal

4.2 Classificação das Normas Penais:

Incriminadoras;

Não – Incriminadoras;

Norma Penal em Branco;

Norma Penal Incompleta.

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• São aquelas que definem o tipo penal;

• Comina as sanções penais;

• São as leis penais em sentido estrito;

• Figuram no CP a partir do art. 121 (Parte Especial);

• Têm preceito primário – descrição da conduta e preceito secundário – cominação da sanção em abstrato.

Incriminadoras:

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Normas penais não-incriminadoras:

São as leis penais em sentido amplo;

Podem serPermissivas justificativas, exculpantes, Explicativas e complementares

Exemplos de norma penal não-incriminadoras explicativas (explicitam conceitos, orientam a aplicações de sanção...).

• Art. 150, §4°, CP (Conceito de casa)• Art. 327, CP (Conceito de funcionário Publico)• Art. 63, CP (Conceitos de reincidência)• Art. 1° e seguinte, CP (referente à aplicação da lei penal)• Art. 59 e 60, CP (referente à aplicação de pena)

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Normas penais não-incriminadoras:

Exemplos de norma penal não-incriminadoras permissivas justificativas (Não consideram como ilícitas / isentam de pena autores de fatos que, em tese, sejam típicos)Art. 23, 24 e 25, CP (excludentes de ilicitude)

Estado de necessidadeLegitima defesaEstrito cumprimento do dever legal

Art. 348, § 2° (escusa absolutória)

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Norma penal em branco :

• São as que tem preceitos indeterminadores ou genéricos – devem ser preenchidas ou completadas

• São de conteúdo incompleto, vago;• Exigem complementação de outra norma jurídica (lei,

decreto, regulamento, portaria...)• O complemento pode ser anterior ou posterior à norma• A sanção está prevista integral e exatamente, mas o

preceito fica indeterminado quanto ao seu conteúdo, que deve ser complementado por outra norma. Seja de natureza penal ou civil – decreto ou portaria administrativa.

( Barros, Francisco Dirceu. Direito Penal – Parte Geral, Rio de Janeiro: Impetus, 2003, Pág. 55 )

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Exemplo prático: Art. 33 da lei n° 11.343,de 23 de agosto de 2006 (Nova Lei Drogas)

“Importar,exportar,remeter,preparar,adquirir, vender,expor a venda,oferecer,ter em deposito, transportar,trazer consigo,guardar ,prescrever,ministrar,entregar a consumo ou fornecer drogas,ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.”Indaga-se:

Quais são as substancias consideradas entorpecentes ou que determinem dependência física ou psíquica? e, ainda de uso proibido?Álcool?Cigarro?

Norma penal em branco :

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Complementação: Exige-se complementação como no exemplo: Portaria expedida pela Divisão Nacional de Vigilância Sanitária e Drogas, Medicamentos, Insumos Farmacêuticos, Produtos Dietéticos e Correlatos. – Órgão do Ministério da Saúde (DIMED).

Norma penal em branco :

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DIVISÃO DOUTRINARIA DA

NORMA PENAL EM BRANCO

• Homogêneas (sentido amplo) – complemento da mesma fonte

• Heterogênea (sentido estrito) – complemento de fonte diversa

Exemplo prático: Homogênea: Art. 237. Contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento que lhe cause nulidade absoluta.

Indagação – impedimento? Quais? Tem-se que verificar no artigo 1521, incisos de I a VII do Código Civil (no Código Civil revogado era o art. 183).

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DIVISÃO DOUTRINARIA DA

NORMA PENAL EM BRANCO

Indaga-se - A fonte da produção do Código Civil é a mesma do Código Penal (Congresso Nacional) – Normas penais em branco homogêneas.

Heterogêneas: A fonte de produção de complemento é diferente da do Código Penal ou da Lei Penal – exemplo – portaria da DIMED (Art. 33/Lei 11.343/2006)

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Norma penal incompleta ou imperfeita :

São aquelas que para se saber a conseqüência jurídica a Lei nos remete a outro texto de Lei – a outro tipo penal.

Exemplo prático:

A Lei n° 2.889/56 remete a punição ao art. 121 § 2°, do CP, no caso da prática da letra ‘a’ do artigo 1° do seu corpo legal.

Lei n° 2.889/56 – Define e pune o crime de genocídio.

“Art. 1° Quem, com a intenção de destruir, no todo, ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal:

a) matar membros do grupo;b) [...]c) [...]d) [...]e) [...]Será punido: Com as penas do art. 121, § 2º,

do Código Penal, no caso da letra a”

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Direito Penal – I2ª Parte – Teoria da Lei PenalUnidade IV – Norma Penal

4.3 Norma como regra de determinação e juízo valorativo

“A Lei é fonte da norma penalA norma é conteúdo da Lei Penal.”

(Damásio Evangelista de Jesus)

“A norma proíbe ou impõe concretamente a respectiva conduta que descreve.”

(Eduardo Correia)

4.4 Função da Norma Penal

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4.4 Função da Norma Penal

• Toda norma jurídica é elaborada a partir de um juízo de valor prévio da realidade (fato/ação humana).

• O que se quer preservar ou criar é valorado juridicamente.

(Luiz Regis Prado)

“O fundamento da Lei é a norma A Lei contém uma norma.”

(Rogério Greco)

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Função – Norma X Lei

“A norma jurídica prescreve – ordena ou proíbe – uma determinada maneira de agir, regulando, assim, a vida do homem em sociedade. Através dela, enuncia-se o modo como devem ser disciplinadas as relações sociais.”

(PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro, Vol 1: Parte Geral, arts 1º ao 120º - 4ª Ed. Ver. Atual e ampliada. São Paulo: Ed RT, 2004, pág. 164)

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4.5 Interpretação da Norma Penal

Interpretar – buscar o alcance da norma. O conteúdo, o significado.

Interpretar é buscar o efetivo alcance da norma. É procurar descobrir aquilo que ela tem a nos dizer com a maior precisão possível.

(HUNGRIA, Nelson. Comentários ao Código Penal, V. I, T I, p. 62)

Espécies de Interpretação – Em relação ao sujeito que realiza:

a) Autêntica ou legislativa – no corpo da Lei – Art 327 CP – func pub – conceito;

b) Doutrinária – “communis opnio doctorum” – opinião dos juristas/estudiosos do direito penal ;

c) Judicial – aplicadores do Direito. Juízes e Tribunais

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4.5 Interpretação da Norma Penal

a) Literal – gramatical – real e efetivo significado das palavras. estupro X mulher – O que é estupro? O que é mulher?

b) Teleológica – busca alcançar a finalidade da Lei (ex.: Lei 8.069/90 – ECA – proteção às crianças e aos adolescentes – tipos penais).

c) Sistêmica – análise do dispositivo legal no sistema sob o qual está contido – ordenamento jurídico como um todo. Ex.: art 157 §3º - latrocínio -Crime contra o patrimônio – não se aplica ao Tribunal do Júri ( a Constituição Federal esclarece que somente crimes dolosos contra a vida);

Espécies de Interpretação – Em relação aos meios empregados:

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4.5 Interpretação da Norma Penal

Espécies de Interpretação – Em relação aos resultados:

a) Declaratória – declara-se a vontade da Lei – art 141, III, CP – “as penas cominadas para os crimes de calúnia, difamação e injúria serão aumentadas de um terço se qualquer dos crimes for praticado na presença de “várias pessoas”;qual o número mínimo de pessoas ? Superior a duas.

b) Extensiva – o intérprete necessita alargar o seu alcance – ex.: art 235 – bigamia – atinge a poligamia também – não é somente a bigamia; art.130, CP; expor a contágio...

c) Restritiva – restringe-se o alcance da Lei – disse mais do que deveria dizer (a Lei) ex.: inc. II do art 28 – a embriaguez voluntária ou culposa não exclui a imputabilidade penal. (deve-se entender que a embriaguez patológica não está incluída).

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4.6 Conflito Aparente das Normas

Pressupostos: Unidade de fato;

Pluralidade de normas (aparentemente) aplicaveis ao mesmo fato delituoso.

Princípio – NON BIS INIDEM

Impossibilidade de que 02 normas incriminadoras venham a incidir sobre um só fato natural (MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal. 18 ed. São Paulo: Atlas, 2002, pág. 120)

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Soluções Aplicáveis ao Conflito Aparente de Normais Penais

Aplicação de 4 Princípios:

1. Princípio da Especialidade

2. Princípio da Subsidiariedade

3. Princípio da Consunção

4. Princípio da Alternatividade

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01 – Princípio da Especialidade

A Lei geral é derrogada pela lei especial

• Autora: mãe da vítima

• Atuação: estado puerperal

• Ofendido: recém-nascido

Art. 12 – Legislação Especial

“As regras gerais deste código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso”.

Lei especial: quando acrescenta à norma geral um ou vários requisitos O infanticídio (ART 121 – CP) é norma especial em relação ao homicídio (ART 121 – CP).

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02 – Princípio da Subsidiariedade

Anula-se a lei subsidiaria pela lei principal.

A norma subsidiária é uma espécie do tipo de reserva.

Exemplos:

• Haverá apenas o crime de ameaça (art. 147) quando não é proferida para forçar alguém a não fazer o que a lei permite ou a não fazer o que ela não manda. Caso contrário caracterizará o crime de constrangimento ilegal (Art. 146).

• Subsidiária expressa: parágrafo único do artigo 132 do CP (perigo para a vida ou saúde de outrem): Somente se aplica a pena prevista para o delito em questão se o fato não constituir crime mais grave.

• 239 do CP – Simular casamento mediante engano de outra pessoa – simulação de casamento - somente se o agente não pretende obter vantagem ilícita, caso contrário – estelionato (Art. 171 – CP)

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05 – Princípio da Consunção ou Absorção

Anulação da norma que já está contida em outra.

Exemplo prático:

Crime de roubo – Art. 157, CP.Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência.

Crime de furto – Art. 155, CPSubtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel

Observação: O crime menor (furto) é componente do crime complexo (roubo) que inclui o furto + lesões corporais ou ameaça.

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03 – Princípio da Consunção ou Absorção

Exemplo prático 2:

O tipo consumido (absorvido) seja meio de um crime maior.

Furto (Art. 157) Violação de domicílio (Art. 157)

A violação de domicílio (tipo consumido) é meio para que ocorra o crime de furto, que absorve o primeiro.

Exemplo prático 3:

Absorção no crime progressivo.

Homicídio (Art. 121) anula a aplicação do Art. 129 – lesões corporais.

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04 – Princípio da Alternatividade

Indica que o agente só será punido por uma das modalidades inscritas nos crimes de ação múltipla, embora possa praticar duas ou mais condutas do mesmo tipo penal.

Exemplo prático:

Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio (Art. 122)

O agente pode induzir e auxiliar ao esmo tempo, porém só responde pelo 122 – como prática de um só crime.

Fraudes e abusos na fundação ou administração de sociedade por ações ( Art. 177) – raciocínio idêntico: o agente pode fraudar e praticar abusos na fundação ou administração de sociedade, porém só responde pelo 177- como prática de um só crime.

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DIREITO PENAL I

UNIDADE V – APLICAÇÃO DA LEI PENAL

5.1 – A LEI PENAL NO TEMPO

5.1.1 – Promulgação e derrogação

5.1.2 – Tempo do crime

5.1.3 – Irretroatividade e retroatividade

5.1.4 – Leis temporárias e Leis excepcionais

5.1.5 – Leis intermediárias e combinações de Leis

5.2 – A LEI PENAL NO ESPAÇO

5.2.1 – Conceito jurídico penal de território

5.2.2 – Princípios da territorialidade e da extraterritorialidade

5.2.3 – Outro princípios aplicáveis a Lei penal no espaço

5.2.4 – Eficácia da sentença penal estrangeira

5.2.5 – Regra NON BIS IN IDEM

5.3 – A LEI PENAL EM RELAÇÃO A PESSOAS QUE EXERCEM DETERMINADAS FUNÇÕES PÚBLICAS

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DIREITO PENAL IUNIDADE V – APLICAÇÃO DA LEI PENAL5.1 – A LEI PENAL NO TEMPO

Aspectos Introdutórios• Princípio aplicado: “tempus regit actum”• A Lei rege, em geral os fatos praticados durante a sua vigência;• Não pode, em tese, a Lei alcançar fatos que ocorreram em

período anterior ao início de sua vigência, nem, ainda, ser aplicada a fatos ocorridos após sua revogação;

• É possível, todavia, por disposição expressa na Lei penal a ocorrência da Retroatividade e da Ultratividade da Lei penal:

Retroatividade – a norma é aplicada a fato ocorrido antes do início de sua vigência.

Ultratividade – a norma é aplicada a fato ocorrido após a sua revogação.

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DIREITO PENAL I

A LEI PENAL NO TEMPO

Princípio: “Tempus Regit Actum”

• Garantia da reserva legal

• Estudo da casos hipotéticos:

“praticada a conduta delituosa durante a vigência da Lei penal, posteriormente modificada por novos preceitos, surge um conflito de leis penais no tempo se ainda não se esgotaram as conseqüências jurídicas da prática dessa infração penal.”

Ex.: Prática de delito – vigência Lei “X”

Consumação – vigência da Lei “Y”

Julgamento do fato – revogação Lei “Y”

Conflito de Leis penais no tempo?

Como resolver?

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DIREITO PENAL I

A LEI PENAL NO TEMPO

# Promulgação de uma Lei #

Do Latim: promulgatio – pro + mulgeo – ordenhar, fazer sair, fixar, ostentar.

Significação técnica: Etapa de elaboração da Lei que atesta, oficialmente a sua existência – patenteia a existência da Lei com a ordem de seu cumprimento.

Estudo básico:

Do processo legislativo da Art 59 ao 69 – CF/88

Sessão de promulgação da CF/88

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DIREITO PENAL I

A LEI PENAL NO TEMPO

Fases de elaboração das Leis:

Sinópse didática:

Elaboração das Leis

1. Iniciativa:

2. Discussão:- Comissões técnicas permanentes;

- Plenários das casas.

3. Votação: - Plenário manifesta a vontade deliberativa (ato decisório do processo legislativo).

Deflagração do processo legislativo;

4. Sanção e veto: Participação do chefe do Poder Executivo.

Sanção: - acordância expressa- acordância tácita (15d)

Veto: - discordância – pode ser derrubado (art 66, § 4º, CF)

- pode ser total ou parcial (art 66, §2º)

5. Promulgação e publicação:• Publicação – texto promulgado – jornal Oficial

- Lei já existente

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DIREITO PENAL I

A LEI PENAL NO TEMPO

Derrogação de uma Lei

Do Latim: “derogatio” – derrogação.

Significado: Revogação parcial de uma Lei, por outra Lei.

Ab-rogação de uma Lei

Do Latim: “abrogatio” – revogação total.

Significado: Revogação total de uma Lei, por outra Lei.

• LICC: art 2º - tempo de obrigatoriedade de uma Lei

Dec-Lei nº 4.657/1942 – 18 artigos

• Conjunto de normas sobre normas

• Caráter universal – aplica-se a todos os ramos do direito.

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VIGÊNCIA E REVOGAÇÃO DA LEI PENAL

- Em princípio - A lei é elaborada para viger por tempo indeterminado.

- Após a promulgação - publicação

- Período decorrente da publicação ao início da vigência da lei:Vacacio legisVacância da lei

- Especificação do período

- 45d – quanto a lei não dispõe de modo contrário;- 03m – de aplicação nos Estados estrangeiros ( art. 1° e § 1° da lei LICC )- Contagem do prazo para que a lei entre em vigor (§§ 1° e 2° do art. 8° de LC n° 95, de 26 – 2 – 98). Redação: LC – n° 107, de 26 – 4 – 01. ( Alterar a LC n° 95)

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- Encerramento da vigência da lei

Com a revogação:

● Expressa – declarada na lei revogada.

● Tácita – quando trata da mesma matéria de modo inverso.

● Parcial – derrogação

● Total – ab-rogação

VIGÊNCIA E REVOGAÇÃO DA LEI PENAL

Auto-revogação: - cessa situação de emergência-calamidade pública, guerra;

- esgota-se o prazo – Lei temporária-crimes contra a economia popular – tabela de preços;art.2º,VI da Lei nº 1.521/51(Crime contra a economia popular e saúde pública).

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PRINCÍPIOS DA LEI PENAL NO TEMPO

Principio da anterioridade da lei penal – Art. 1° - CP

• Não há crime ou pena sem lei ANTERIOR

• Regra geral – irretroatividade da lei penal

• Aplicação: lei mais severa que a anterior

• A lei nova mais benigna (lex mitior) vai alcançar o fato praticado antes do início da sua vigência – retroatividade da lei mais benigna.

Preceito constitucional – Art. 5°, inc XL:

“A lei penal não-retroage, exceto para beneficiar o réu” Lex gravior – não alcança fatos praticados antes de sua

vigência. Continua a ser aplicada a lei anterior mesmo após sua

revogação - ultratividade da lei mais benigna.

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PRINCÍPIOS DA LEI PENAL NO TEMPO

Pacto de São José da Costa Rica – Dec. n° 678, de 6 – 11 – 1992. Promulgação da Convenção Americana sobre Direitos Humanos – 22 - 11 - 1969 - art. 9°.

”Ninguém pode ser condenado por ações ou omissões que no momento em que forem cometidas, não sejam delituosas, de acordo com o direito aplicável.” (Idem para as sanções).

Solução legal das hipóteses de conflito de leis penais no tempo:

1ª) Novatio Legis Incriminadora;2°) Abolito Criminis;3°) Novatio Legis In Pejus;4°) Novatio Legis In Mellius

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1ª NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA

• Lei nova.• Torna típico fato antes não-típico;

Inc. XXXIX, do art. 5º da CF/88“Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem previa comunicação legal.”

Art. 1° - CP/1940“Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.”

IRRETROATIVIDADE

Exemplos Práticos:Art. 231 - A-CP- Acrescido péla Lei 11.102 de 28-3-2005 (Crime de Assédio Sexual)

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2ª ABOLITIO CRIMIS

Lei nova já não incrimina fato anteriormente considerado ilícito penal.

Art. 2° - CP:“Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.”

Retroatividade da lei mais benigna.

Exemplos práticos:

Abolitio criminis

• Se sentenciado – posto em liberdade;

• Voltar à condição de primário;

• Se for indiciado, o IPL será arquivado;

• Permanecem os efeitos civis;

• Alcança fatos definitivamente julgados;

• Alcança a execução da sentença condenatória e os efeitos penais da decisão;

• É causa de extinção da punibilidade – art 107, III, CP.

• Art 240 – CP (adultério) revogado pela Lei nº 11.106, de 28-03-2005.

• Art 217 – CP (sedução) revogado pela Lei nº 11.106, de 28-03-2005.

• Art 219 a 222 – CP (rapto) revogado pela Lei nº 11.106, de 28-03-2005.

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3ª NOVATIO LEGIS IN PEJUS (Lex Gravior)

Lei nova

Lei mais severa que a anterior

Vige o princípio da irretroatividade da Lei penal

Art 5º, inc XL, CF/88:

“A Lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.”

Exemplos: Penas mais graves em qualidade (reclusão em vez de detenção);

Penas mais graves em quantidade (de 2 a 8 anos em vez de 1 a 4 anos);

Circunstâncias agravantes...

Exemplos práticos:

Aplicação da Lei nº 7.209, de 11-07-1984;

Dispositivos mais severos (acrescidos);

Lei 8.072 de 25-07-1990 – Lei dos Crimes Hediondos;

Artigos 263 e 264 da Lei 8.069 de 13-07-1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente)

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4ª NOVATIO LEGIS IN MELLIUS (Lex Mitior)

Regulação do princípio: Art 2º - CP, Parágrafo Único.

“A Lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.”

Penas menos gravosas: • Em qualidade ou em quantidade;

• Favorecimento do agente de outra forma (acréscimo de circunstância atenuante).

Prevalece sempre a lex mitior – que de qualquer modo favorece o agente. (qualquer modo)

Palavra réu – interpretação extensiva obrigatória:

“A Lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu (Art 5º, inc XL, CF)”

Inclui: • Execução da pena (condenado);

• Execução da medida de segurança (periculosidade).

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Exemplos Práticos: Novatio Legis In Mellius (LEX MITIOR)

dispositivos previstos pela Lei 7.209, de 11-7-1984

Arrependimento posterior: A reparação do dano ou a restituição da coisa até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, como causa geral de diminuição de pena, com a redução de um a dois terços (art16).

• Participação de menor importância na prática delituosa: Causa geral de diminuição de pena-

de um sexto a um terço (art 29, §1ª).

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Direito Penal IUnidade V – Aplicação da Lei Penal5.1 – A lei penal no tempo5.1.4 Leis Temporárias e Leis Excepcionais

Previsibilidade: Art 3º -CP: “A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante a sua vigência.”

Leis Temporárias - Possuem vigência previamente fixada pelo legislador.

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Direito Penal IUnidade V – Aplicação da Lei Penal5.1 – A lei penal no tempo5.1.4 Leis Temporárias e Leis Excepcionais

Leis Excepcionais – vigem durante situações de emergência.

São Ultrativas: • Aplicam-se aos fatos cometidos durante seu império, mesmo após terem sido revogadas pelo decurso do tempo ou pela superação do estado excepcional.

• Exemplos práticos: • Tabelas de preços (crime contra a economia popular);

• Estado de sítio / calamidades;• Públicas, defesa civil.

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Direito Penal IUnidade V – Aplicação da Lei Penal5.2 – LEI PENAL NO ESPAÇO

TERRITORIALIDADE (atenuada ou temperada)Art. 5º Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.- V. arts. 4º, 5º, LII e § 2º, e 84, VIII, da CF.- V. arts. 1º e 70 do CPP.

§ 1º Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.- V. art. 20, VI, da CF.

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Direito Penal IUnidade V – Aplicação da Lei Penal5.2 – LEI PENAL NO ESPAÇO

§ 2º É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.

- V. arts. 89 e 90 do CPP.- V. art. 2º do Dec.-Iei n. 3.688/41 (Lei das Contravenções Penais).- V. arts. 76 a 94 da Lei n. 6.815/80 (Estatuto do Estrangeiro).

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I - DOUTRINA

1. Princípios dominantesA lei penal, em decorrência do princípio de soberania, vige em todo o território de um Estado politicamente organizado. No entanto, pode ocorrer, em certos casos, para um combate eficaz à criminalidade, a necessidade de que os efeitos da lei penal ultrapassem os limites territoriais para regular fatos ocorridos além de sua soberania, ou, então, a ocorrência de determinada infração penal pode afetar a ordem jurídica de dois ou mais Estados soberanos. Surge, assim, a necessidade de limitar a eficácia espacial da lei penal, disciplinando qual lei deve ser aplicada em tais hipóteses.

Direito Penal IUnidade V – Aplicação da Lei Penal5.2 – LEI PENAL NO ESPAÇO

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Direito Penal IUnidade V – Aplicação da Lei Penal5.2 – LEI PENAL NO ESPAÇO

2. Princípio da territorialidadePor este princípio, aplica-se a lei penal brasileira aos fatos puníveis pratica dos no território nacional, independentemente da nacionalidade do agente, da vítima ou do bem jurídico lesado. É a principal forma de delimitação do âmbito de vigência da lei penal. O CP brasileiro adota essa diretriz como regra geral, ainda que de forma atenuada ou temperada (art. 5º, caput, do CP), uma vez que ressalva a validade de convenções, tratados e regras internacionais.

2.1. Fundamento do princípio da territorialidadeO fundamento deste princípio é a soberania política do Estado, que, segundo Juarez Cirino dos Santos, apresenta três caracteres: "a plenitude, como totalidade de competências sobre questões da vida social; a autonomia, como rejeição de influências externas nas decisões sobre essas questões; e a exclusividade, como monopólio do poder nos limites de seu território".

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Direito Penal IUnidade V – Aplicação da Lei Penal5.2 – LEI PENAL NO ESPAÇO

3. Princípio real, de defesa ou de proteção

Este princípio permite a extensão da jurisdição penal do Estado titular do bem jurídico lesado, para além dos seus limites territoriais, fundamentado na nacionalidade do bem jurídico lesado (art. 7º, I, do CP), independentemente do local em que o crime foi praticado ou da nacionalidade do agente infrator. Protegem-se, assim, determinados bens jurídicos que o Estado considera fundamentais. Exemplo: Genocídio.

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4. Princípio da nacionalidade ou da personalidadeAplica-se a lei penal da nacionalidade do agente, pouco importando o local em que o crime foi praticado. O Estado tem o direito de exigir que o seu nacional no estrangeiro tenha determinado comportamento. Este princípio pode apresentar-se sob duas formas: personalidade ativa - caso em que se considera somente a nacionalidade do autor do delito (art. 7º, II, b, do CP); personalidade passiva – nesta hipótese importa somente se a vítima do delito é nacional (art. 7º, § 3º, do CP). Visa impedir a impunidade de nacionais, por crimes praticados em outros países, que não sejam abrangidos pelo critério da territorialidade.

Direito Penal IUnidade V – Aplicação da Lei Penal5.2 – LEI PENAL NO ESPAÇO

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5. Princípio da universalidade ou cosmopolita ou justiça universalAs leis penais devem ser aplicadas a todos os homens, onde quer que se encontrem. Este princípio é característico da cooperação penal internacional, por que permite a punição, por todos os Estados, de todos os crimes que forem objeto de tratados e de convenções internacionais. Aplica-se a lei nacional a todos os fatos puníveis, sem levar em conta o lugar do delito, a nacionalidade de seu autor ou do bem jurídico lesado (ex.: art. 7º, II, a, do CP). Exemplos: tráfico de drogas, pirataria, tráfico internacional de pessoas, tortura, destruição de cabos submarinos.

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6. Princípio da representação ou da bandeiraTrata-se de um princípio subsidiário, e, quando houver deficiência legislativa ou desinteresse de quem deveria reprimir, aplica-se a lei do Estado em que está registrada a embarcação ou a aeronave ou cuja bandeira ostenta aos delitos pratica dos em seu interior (art. 7º, II, c, do CP).

7. Princípios adotados pelo Código Penal brasileiroO Código Penal brasileiro adotou, como regra, o princípio da territorialidade, e, como exceção, os seguintes princípios:a) real ou de proteção (art. 7º, I e § 3º);b) universal ou cosmopolita (art. 7º, II, a);c) nacionalidade ativa (art. 7º, II, b);d) nacionalidade passiva (art. 7º, § 3º);e) representação (art. 7º, II, c).

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8. Conceito de território nacionalO conceito de território nacional, em sentido jurídico, deve ser entendido como âmbito espacial sujeito ao poder soberano do Estado. "O território nacional - efetivo ou real - compreende: a superfície terrestre (solo e subsolo), as águas territoriais (fluviais, lacustres e marítimas) e o espaço aéreo correspondente. Entende-se, ainda, como sendo território nacional - por extensão ou flutuante - as embarcações e as aeronaves, por força de uma ficção jurídica". Em sentido estrito, território abrange solo (e subsolo) contínuo e com limites reconhecidos, águas interiores, mar territorial (plataforma continental) e respectivo espaço aéreo.

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8.1. Delimitação do território nacionalQuando os limites são fixados por montanhas dois critérios podem ser utilizados: o da linha das cumeadas e o do divisor de águas. Quando os limites fronteiriços entre dois países forem fixados por um rio, no caso internacional, podem ocorrer as seguintes situações:a) quando o rio pertencer a um dos Estados, a fronteira passará pela margem oposta;b) quando o rio pertencer aos dois Estados há duas soluções possíveis:1) a divisa pode ser uma linha mediana do leito do rio, determinada pela eqüidistância das margens;2) a divisa acompanhará a linha de maior profundidade do rio, conhecida como talvegue.

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8.2. Lago ou lagoa: mesmos critérios

Em princípio, os mesmos critérios que acabamos de enunciar são aplicáveis quando os limites territoriais ocorrerem através de lago ou lagoa. Normalmente, o divisor é determinado por uma linha imaginária eqüidistante das margens.

8.3. Rio indiviso

Nada impede que um rio limítrofe de dois Estados seja comum aos dois países. Nesse caso, o rio será indiviso, cada Estado exercendo normalmente sua soberania sobre ele.

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8.4. Mar territorial: 12 milhas

O mar territorial constitui-se da faixa ao longo da costa, incluindo o leito e o subsolo, respectivos, que formam a plataforma continental. Os governos militares, ignorando os limites do alcance de seu arbítrio, estabeleceram os limites do mar territorial brasileiro em 200 milhas, a partir da baixa-mar do litoral continental e insular (Decreto-lei nº 1.098/70). De modo geral os demais países nunca chegaram a admiti-Ias. As 12 milhas acabaram sendo fixadas pela Lei nº 8.617, de 4 de janeiro de 1993.

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8.5. Navios públicos ou privados

Os navios podem ser públicos ou privados. Navios públicos são os de guerra, os em serviços militares, em serviços públicos (polícia marítima, alfândega etc.), e aqueles que são colocados a serviço de Chefes de Estado ou representantes diplomáticos. Navios privados, por sua vez, são os mercantes, de turismo etc.

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8.6. Tratamento dos navios públicos

Os navios públicos, independentemente de onde se encontrem, são considera dos território nacional. Por isso, qualquer crime cometido dentro de um desses navios deverá ser julgado pela Justiça brasileira (art. 5º, § 1º, 1ª parte). Pela mesma razão, os crimes praticados em navios públicos estrangeiros, em águas territoriais brasileiras, serão julgados de acordo com a lei da sua bandeira. No entanto, marinheiro de navio público que descer em porto estrangeiro e lá cometer crime será processado de acordo com a lei local, e não segundo a lei do Estado a que pertence seu navio.

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8.7. Tratamento dos navios privados

Os navios privados têm outro tratamento:a) quando em alto-mar, seguem a lei da bandeira que ostentam;b) quando estiverem em portos ou mares territoriais estrangeiros, seguem a lei do país em que se encontrem (art. 5º § 1º, 2ª parte).

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9. Espaço aéreo

O espaço aéreo é definido por três teorias:a) absoluta liberdade do ar – nenhum Estado domina o ar, sendo permitido a qualquer Estado utilizar o espaço aéreo, sem restrições;b) soberania limitada ao alcance das baterias antiaéreas - representaria, concretamente, os limites do domínio do Estado;c) soberania sobre a coluna atmosférica – o país subjacente teria domínio total sobre seu espaço aéreo, limitado por linhas imaginárias perpendiculares, incluindo o mar territorial.

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9.1. Teoria adotada pelo CBA

O Código Brasileiro do Ar (Dec.-lei nº 32/66), com as modificações do Decreto nº 34/67, adota a teoria da soberania sobre a coluna atmosférica.

9.2. Aeronaves públicas e privadas

As aeronaves, a exemplo dos navios, também podem ser públicas e privadas. E a elas se aplicam os mesmos princípios examinados quanto aos navios (art. 5º, §§ 1º e 2º).

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"Crime cometido a bordo de aeronave pousada. Competência. Concessão que se recomenda em face da incompetência da justiça estadual, dado que, para efeito da competência absoluta da Justiça Federal (CF/1988, art. 109, IX), o estado de pouso da aeronave não afeta a circunstância do delito ter-se dado 'a bordo' " (STJ, HC 6.083/SP (199700544443), ReI. José Dantas, j. 7-4-1998).

"Tráfico internacional de tóxico. Competência de vara federal, em face da prova, do lugar da consumação do crime" (STF, HC 75.507/PA, ReI. Octavio Gallotti, j. 10-3-1998).

II - JURISPRUDÊNCIA SELECIONADA

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EXTRATERRITORIALIDADE

Art. 7º Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:- V. arts. 1º, 70 e 88 do CPP.- V. art. 40, I, da Lei nº 11.343/2006 (Nova Lei de Drogas).

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I - os crimes: Extraterritorialidade incondicionadaa) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;- V. art. 5º, XLIV, da CF.b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;- V. art. 109, IV, da CF.c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;- V. art. 6º da Lei nº 2.889/56 (crime de genocídio).- V. art. 1º, parágrafo único, da Lei nº 8.072/90 (crimes hediondos).

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II – os crimes: Extraterritorialidade condicionada- V. art. 2º do Dec.-Iei nº 3.688/41 (Lei das Contravenções Penais).a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;- V. art. 109, V, da CF.b) praticados por brasileiro;- V. art. 12 da CF.c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade Privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.- V. art. 261 do CP.

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§ 1º Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.§ 2º Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:a) entrar o agente no território nacional;b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;- V. art. 77 da Lei nº 6.815/80 (Estatuto do Estrangeiro).d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;

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e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.- V. arts. 107 a 120 do CP.

§ 3º A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior:a) não foi pedida ou foi negada a extradição;b) houve requisição do Ministro da Justiça.- V. arts. 5º, § 2º, e 116, II, do CP.

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I - DOUTRINA

1. ExtraterritorialidadeAs situações de aplicação extraterritorial da lei penal brasileira estão previs tas no art. 7º e constituem exceções ao princípio geral da territorialidade (art. 5º). As hipóteses são as seguintes:

a) extraterritorialidade incondicionada;b) extraterritorialidade condicionada.

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1.1. Extraterritorialidade incondicionadaAplica-se a lei brasileira sem qualquer condicionante (art. 7º, I, do CP), na hipótese de crimes praticados fora do território nacional, ainda que o agente tenha sido julgado no estrangeiro (art. 7º, I, do CP), com fundamento nos princípios de defesa (art. 7º, I, a, b e c, do CP) e da universalidade (art. 7º, I, d, do CP). Os casos de extraterritorialidade incondicional referem-se a crimes:

a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, Território, Município, empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;c) contra a Administração Pública, por quem está a seu serviço;d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.

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O injustificável e odioso "bis in idem"

A circunstância de o fato ser lícito no país onde foi praticado ou se encontrar extinta a punibilidade será irrelevante. A excessiva preocupação do Direito brasileiro com a punição das infrações relacionadas no inciso I do art. 7º levou à consagração de um injustificável e odioso bis in idem, nos termos do § 1º do mesmo dispositivo, que dispõe: "Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro".

Provimento jurisdicional ignorado

Nenhum Estado Democrático de Direito pode ignorar o provimento jurisdicional de outro Estado Democrático de Direito, devendo, no mínimo, compensar a sanção aplicada no estrangeiro, mesmo que de natureza diversa. Menos mal que o disposto no art. 8º corrige, de certa forma, essa anomalia, prevendo a compensação da pena cumprida no estrangeiro.

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1.2. Extraterritorialidade condicionadaAplica-se a lei brasileira quando satisfeitos certos requisitos (art. 7º, II e §§ 2º e 3º, do CP), com base nos princípios da universalidade (art. 7º, II, a, do CP), da personalidade (art. 7º, II, b, do CP), da bandeira (art. 7º, II, c, do CP) e da defesa (art. 7º, § 3º, do CP). As hipóteses de extraterritorialidade condicionada referem-se a crimes:a) que, por tratado ou convenção, o Brasil obrigou-se a reprimir;b) prati cados por brasileiros;c) praticados em aeronaves ou em embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro, e aí não sejam julgados;d) praticados por estrangeiros contra brasileiro fora do Brasil.

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Cooperação penal internacional

A primeira hipótese de extraterritorialidade condicionada refere-se à cooperação penal internacional, que deve existir entre os povos para prevenir e reprimir aquelas infrações penais que interessam a toda a comunidade internacional. Os tratados e convenções internacionais firmados pelo Brasil e homologados pelo Congresso Nacional ganham status de legislação interna e são de aplicação obrigatória. Convenção de Viena , de 1961, sobre relações diplomáticas, e 1963, sobre relações de consumo. Aprovadas pelos Decreto 56.435/65 e 61.078/67.

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Crimes praticados por brasileiros no exterior

A segunda hipótese, de extraterritorialidade condicionada, refere-se a crimes praticados por brasileiros no exterior. Como vimos, pelo princípio da nacionalidade ou personalidade o Estado tem o direito de exigir que o seu nacional, no estrangeiro, tenha comportamento de acordo com seu ordenamento jurídico. Pelo mesmo princípio, aplica-se a lei brasileira, sendo indiferente que o crime tenha sido praticado no estrangeiro. Por outro lado, em hipótese alguma o Brasil concede extradição de brasileiro nato. Assim, para evitar eventual impunidade, não se concedendo extradição, é absolutamente correto que se aplique a lei brasileira.

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Aeronaves e embarcações mercantes

O terceiro caso refere-se a crimes praticados em aeronaves e embarcações brasileiras, mercantes ou privadas, quando no estrangeiro e aí não tenham sido jul gados (art. 7º, c). Neste caso, na verdade, o agente está sujeito à soberania do Estado onde o crime foi praticado. No entanto, se referido Estado não aplicar sua lei é natural que o Brasil o faça, para evitar a impunidade. Essa orientação fundamenta -se no princípio da representação e aplica-se, subsidiariamente, somente quando houver deficiência legislativa (lacuna) ou desinteresse de quem deveria reprimir.

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Praticado por estrangeiro contra brasileiro

Aplicar-se-á a lei brasileira, ainda, quando o crime praticado por estrangeiro contra brasileiro, fora do Brasil, reunir, além das condições já referidas, mais as seguintes:a) não tiver sido pedida ou tiver sido negada a extradição;b) houver requisição do Ministro da Justiça (art. 72, § 32).

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Condições para aplicação da lei brasileira

São as seguintes:

a) entrada do agente no território nacional;b) o fato ser punível também no país em que foi praticado;c) estar o crime incluído entre aque les em que a lei brasileira autoriza a extradição;d) o agente não ter sido absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;e) não ter sido perdoado no estran geiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável (art. 7º, § 2º).

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA – UNAMAINSITUTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS

CURSO DE DIREITO

DIREITO PENAL - I

PROFESSOR – ALDIR VIANA

UNIDADE – V - APLICAÇÃO DE LEI PENAL

A LEI PENAL EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS QUE EXERCEM DETERMINADAS FUNÇÕES PÚBLICAS (item 5.4)

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LEI PENAL EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS

INTRODUÇÃO

- O artigo 5° do CÓDIGO PENAL brasileiro fez ressalva aos tratados, às convenções e às regras de direito internacional. É o princípio da territorialidade temperada

- Não se aplicará a lei brasileira ao crime praticado no Brasil em virtude das funções internacionais exercidas por aquele que é considerado autor do delito. (é uma exceção quanto à aplicação da lei penal brasileira).

- Isto é o que se chama Imunidade diplomática.

- Consiste na prerrogativa de o autor do delito responder pelo crime praticado no Brasil, porém no seu país de origem.

- As Imunidades diplomáticas são resultantes de direito internacional público. ( São exceções, onde não se aplicará a lei brasileira ).

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QUANTO AO DIREITO PÚBLICO INTERNO

Há exceções também:

As imunidades parlamentares;

As imunidades do Presidente da República e;

A imunidade do Advogado.

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QUANTO AOS PRIVILÉGIOS DAS IMUNIDADES

Não se referem à pessoa do criminoso – têm em vista a função exercida pelo autor do delito. Desta feita, não se pode afirmar que se viola o preceito constitucional da igualdade dos cidadãos perante a lei.

A lei penal é geral, ou seja, em virtude do princípio da generalidade vale para todas as pessoas. Todavia, há pessoas que exercem representações internacionais, de seu país de origem, bem como aquelas que exercem funções públicas ou desenvolvem atividades de interesse público que são consideradas relevantes, desfrutando, desta forma, de certas prerrogativas funcionais, ou prerrogativas profissionais. Não são privilégios pessoais. São, na verdade, em razão das funções exercidas. É em relação à função, não em relação à pessoa.

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QUANTO ÀS IMUNIDADES PROPRIAMENTE DITAS

Imunidades Diplomáticas

Os agentes diplomáticos são a palavra do Príncipe que representam, e essa palavra deve ser livre. (L’ Esprit des lois, Livro 26, Capítulo 21 – Montesquieu)

Montesquieu(1689 - 1755)

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- Heleno Cláudio Fragoso: “ A concessão de privilégios a representantes diplomáticos, relativamente a atos ilícitos por eles praticados, é antiga praxe no direito das gentes, fundando-se no respeito e consideração ao Estado que representam, e na necessidade de cercar sua atividade de garantia para o perfeito desempenho de sua missão diplomática”.

Imunidades Diplomáticas - continuação

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A PLICAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DA IMUNIDADE DIPLOMÁTICA

Exclusão da jurisdição criminal dos países em que exercem suas funções --- Os Chefes de Estados;- Os Representantes de governos estrangeiros;- Agentes diplomáticos em geral:

. embaixadores;

. secretários da embaixada;

. pessoal técnico;

. pessoal administrativo;

. pessoal da família;

. funcionários de organizações internacionais – ONU, OEA, dentre outras....- “ Quando em serviço” – e em “ visita oficial ” (Inclui-se a comitiva)

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A PLICAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DA IMUNIDADE DIPLOMÁTICA

POSSIBILIDADE QUANTO À RENÚNCIA

É admissível;

Competência: Estado acreditante e não do agente diplomático.

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A PLICAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DA IMUNIDADE DIPLOMÁTICA

TIPOS DE DELITOS

Qualquer tipo de delito

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A PLICAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DA IMUNIDADE DIPLOMÁTICA

FUNDAMENTAÇÃO

- Convenção de Viena – 18 de abril de 1961.

- Aprovada no Brasil pelo Decreto Legislativo n° 103, de 1964.

- Ratificada em 23 de fevereiro de 1965.

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A PLICAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DA IMUNIDADE DIPLOMÁTICA

EFEITO PRÁTICO Não pode haver processo no Brasil, nem prisão. O agente está fora de jurisdição brasileira. A polícia federal colhe as provas e envia ao respectivo país do agente que praticou o delito.

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A PLICAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DA IMUNIDADE DIPLOMÁTICA

NÃO-EXTENSÃO

-Não se estende:

Empregados particulares dos agentes diplomáticos ( ainda que da mesma nacionalidade)Cônsules Agentes administrativos que representam interesses de pessoas físicas e jurídicas estrangeiras.

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A PLICAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DA IMUNIDADE DIPLOMÁTICA

SEDES DIPLOMÁTICAS. Embaixadas; . Sedes de organismos internacionais;

- Não são consideradas extensão do território estrangeiro- São consideradas invioláveis –- Garantia aos representantes alienígenas

- Convenção de Viena – os locais das missões diplomáticas são invioláveis- Não podem ser objeto de “ busca “, “ requisição,” “embargo” ou “ medida de execução”

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A PLICAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DA IMUNIDADE DIPLOMÁTICA

NATUREZA JURÍDICA DAS IMUNIDADES DIPLOMÁTICAS

Doutrina clássica: causa pessoal de isenção de

pena;

Doutrina atual: causa impeditiva da punibilidade.

O fato é impunível no Estado onde o agente

desempenha sua função diplomática.

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A PLICAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DA IMUNIDADE DIPLOMÁTICA

NAS SEDES DIPLOMÁTICAS

Assegura-se a proteção a:

- arquivos;

- documentos;

- correspondências em geral;

- Incluem-se os consulados (não pertencem ao cônsul, mas ao Estado a que ele serve).

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A PLICAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DA IMUNIDADE DIPLOMÁTICA

PESSOAS QUE NÃO GOZAM DE IMUNIDADES E DELITO PRATICADO NAS REPRESENTAÇÕES DIPLOMÁTICAS

- A lei Brasileira será aplicada, pois a embaixada estrangeira no Brasil integra o conceito de território brasileiro.

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ENTENDIMENTO GERAL NO CAMPO PENAL QUANTO A TRATADOS, CONVENÇÕES E REGRAS DE DIREITO INTERNACIONAL

- Pelo Decreto Legislativo N 87, de 20 de fevereiro de 1992, o Senado Federal aprovou os textos do Tratado de Extradição e do Tratado sobre Cooperação Judiciária em matéria penal.

A PLICAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DA IMUNIDADE DIPLOMÁTICA

- “Tem-se entendido que, mesmo no campo penal, os tratados, convenções e regras de direito internacional prevalecem sobre a lei nacional.” (Mirabete, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal. 18. Ed. São Paulo: Atlas, 2002, p. 82)

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DIREITO PENAL – 1

UNIDADE – V - APLICAÇÃO DE LEI PENAL

A LEI PENAL EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS QUE EXERCEM DETERMINADAS FUNÇÕES PÚBLICAS (item 5.4)

- DAS IMUNINDADES DIPLOMÁTICAS (JÁ VISTO);

- DAS IMUNIDADES PARLAMENTARES;

- OUTRA FUNÇÕES PÚBLICAS QUE GOZAM DE IMUNIDADE

- DAS IMUNIDADES DOS VEREADORES, PREFEITOS, GOVERNADORES E PRESIDENTE DA REPÚBLICA;

- DA IMUNIDADE DE ADVOGADO;

- EXECUÇÃO DA SENTENÇA ESTRANGEIRA NO BRASIL

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IMUNIDADES PARLAMENTARES INTRODUÇÃO

Para que o poder legislativo possa exercer seu múnus público com liberdade e independência, a constituição assegura-lhe algumas prerrogativas, dentre as quais se destacam as imunidades. A imunidade, por não ser um direito do parlamentar, mas do próprio parlamento, é irrenunciável. A imunidade parlamentar é um privilégio ou prerrogativa de direito público interno e de cunho personalíssimo, decorrente da função exercida. (Bitencourt, Cezar Roberto. Código Penal comentado – São Paulo; Saraiva, 2002, pág 24).

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IMUNIDADES PARLAMENTARES(CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS)

(CONTINUAÇÃO)

As imunidades parlamentares compõem a prerrogativa que assegura aos membros do Congresso Nacional a mais ampla liberdade de palavra, no exercício de suas funções, e os protege contra abusos e violações por parte dos outros poderes constitucionais. (Maximiliano, Carlos. Comentários à constituição brasileira. 5 ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1954. V. II, p. 44- 45).

Não há poder legislativo que possa representar, com fidelidade e coragem, os interesses do povo sem essa garantia constitucional. (Mirabete, Julio Fabrini. Manual de Direito Penal. 18 ed. São Paulo: Atlas, 2002. Parte Geral, Art. 1º ao 120, p. 83).

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DAS IMUNIDADES PARLAMENTARES

ESPÉCIEIS DE IMUNIDADES PARLAMENTARES:

A de natureza material Imunidade absoluta ouou substantiva. inviolabilidade.

A de naturezaformal ou processual Imunidade Relativa

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DAS IMUNIDADES PARLAMENTARES DE NATUREZA MATERIAL OU SUBSTANTIVA:

IMUNIDADE ABSOLUTA OU INVIOLABILIDADE

“Após inúmeras modificações nos textos constitucionais do país, a carta Magna ainda assegura aos parlamentares (deputados e senadores) a inviolabilidade ou imunidade absoluta pelas suas opiniões, palavras e votos”. (Mirabete, Julio Fabrini. Manual de Direito Penal. 18 ed. São Paulo: Atlas 2002. Parte Geral, Art. 1º ao 120, pág. 83)

PREVISIBILIDADE CONSTITUCIONAL – Imunidade Absoluta “Os deputados e Senadores são invioláveis civil e penalmente,

por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”. (Art. 53, Caput da CF- estabelecimento conforme previsões versada na EC nº 35, promulgada em 20 de dezembro de 2001).

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NEXO FUNCIONAL DA IMUNIDADE PARLAMENTAR

È imprescindível.Se o parlamento está fora de suas funçõesNão tem imunidade. (Luis Flávio Gomes).

LEVANTAMENTO JURISPRUDENCIAL SOBRE A UMPRESCINDIBILIDADE DO NEXO DE

FUNCIONABILIDADE

“Não importa se a manifestação do parlamentar ocorreu dentro ou fora do Congresso. Fundamental é que tenha sido em razão da função”. (TRF 4ª Região, Representações 94.04.53933-3- PR, REL Élcio Pinheiro de Castro, DJU de 03.07.02, p.247,j. 19.06.020.

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PARLAMENTAR FORA DO EXERCÍCIO DO PARLAMENTO

A inviolabilidade não o alcança. (Luis Flávio Gomes).

Parlamentar licenciado:A inviolabilidade não o alcança. (Luis Flávio Gomes).

Suplente:A inviolabilidade não alcança o suplente.

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NATUREZA JURÍDICA DA INVIOLABILIDADE PARLAMENTAR:

Posições na Doutrina

- Causa excludente de crime:Antonio Edying Caccuri;Pontes de Miranda;Nelson Hungria;José Celso de Mello Filho.

- Causa que se opõe a formação do crime:(raciocínio semelhante à causa excludente de crime)

Basileu Garcia

- Causa Pessoal de exclusão de pena:Heleno Cláudio Fragoso.

- Causa funcional de exclusão ou isenção de pena:Damásio E. de Jesus

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NATUREZA JURÍDICA DA INVIOLABILIDADE PARLAMENTAR:

Posições na Doutrina

- Causa pessoal e funcional de isenção de pena:Aníbal Bruno

- Causa de exclusão de criminalidade:Vicente Sabino Junior

- Causa da irresponsabilidade:Magalhães Noronha

- Causa de incapacidade penal por razões políticas:José Frederico Marques

- Causa de atipicidade (Tipicidade Conglobante)

- Fato Atípico:Luiz Flávio Gomes

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CAUSA DE ATIPICIDADE – Natureza Jurídica Da imunidade parlamentar – doutrina.

“Se existe uma norma no ordenamento jurídico que formenta uma determinada conduta (Art. 53 da CF), outra não pode punir essa mesma conduta. O que está fomentado por uma norma não pode estar proibido por outra”. (Eugênio Raul Zaffaroni).

APLICAÇÃO PRÁTICA:- Não pode haver processo;- Não pode haver inquérito policial;- Não pode haver ação judicial.

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EXTENSÃO DA IMUNIDADE PARLAMENTAR ABSOLUTA

- Todos os crimes de opinião (crimes de palavra)- Não respondem os parlamentares por:

Crimes contra a honra;Incitação ao crime;Apologia de crime;Apologia de criminoso;Delitos definidos na lei de imprensa;Delitos definidos na lei de segurança nacional;Qualquer outra lei penal especial

- Somente matérias penal e civil.- Não protege matérias administrativas, disciplinares e política.

IRRENUNCIABILIDADE:A imunidade absoluta é irrenunciável.Visa preservar não a pessoa do parlamentar, mas o regime

representativo. Possibilita a atuação livre e consciente do parlamento.

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SÚMULAS DO STF – Quanto à imunidade parlamentar absoluta

Súmula nº 03:

A imunidade concedida a deputados estaduais é restrita à justiça do Estado.

Súmula nº 04:

Não perde a imunidade parlamentar o congressista no meado ministro de Estado.

Súmula nº 245:

A imunidade parlamentar não se estende ao co – réu sem essa prerrogativa.

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CONCLUSÕES FINAIS SOBRE A IMUNIDADE ABSOLUTA:

O período coberto pela imunidade absoluta inicia-se com a diplomação do deputado ou senador, já que este é o termo inicial previsto na Constituição Federal, expressamente para as imunidades relativas. (Art. 53, 1 غ º), e se encerra com o término do mandato. Mesmo após o término ou a perda do mandato, o deputado ou o senador não poderá ser processado pelo fato constitutivo de crime de opinião praticado por ele durante o período de imunidade.

A regra que concede a imunidade absoluta é lei penal e teve efeito retroativo, sendo auto aplicável.

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DAS IMUNIDADES PARLAMENTARES DE NATUREZA FORMAL OU PROCESSUAL

IMUNIDADES RELATIVAS

São as que se referem à prisão, ao processo, às prerrogativas de foro e para servir como testemunha.

Previsões Constitucionais das Imunidades Relativas

Foro especial por prerrogativa funcional:“Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.” (§1º, do art 53 da CF/88)

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Imunidade Prisional

“Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.” (§2º, do art 53. de CF/88)

Imunidade Processual

“Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplo9mação. O Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.” (§3º, do art 53. de CF/88)

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Pedido de Sustação

“O pedido de sustação será apreciados pela casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora.” ((§4º, do art 53. de CF/88)

Suspensão da Prescrição

“A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.” (§5º, do art 53. de CF/88)

Imunidade Probatória

“Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiram ou deles recebam informações.” (§6º, do art 53. de CF/88)

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SUBCLASSIFICAÇÃO DAS IMUNIDADES RELATIVAS DE ACORDO COM AS PREVISÕES

CONSTITUCIONAIS

Imunidades Relativas:

Imunidade Processual – Art 53, §3º, CF/88;Imunidade Prisional – Art 53, §2º, CF/88;Foro especial por prerrogativa funcional – Art 53, §1º,

CF/88;Imunidade Probatória – Art 53, §6º, CF/88.

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DISTINÇÕES QUANTO AO MOMENTO

Crime cometido antes do início da função parlamentar:

Se havia processo em andamento, a partir do início das funções parlamentares deve ser remetido para o STF.

Crime cometido durante o exercício das funções:Está assegurado o foro especial, mesmo depois de cessado o seu exercício

Crime cometido após o exercício das funções:Não conta com foro especial;Súmula nº 451 – STF.

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OUTRAS FUNÇÕES PÚBLICAS QUE GOZAM DE IMUNIDADE

VEREADORESImunidade Material

Opiniões, palavras e votos;Só no âmbito municipal respectivo.

Imunidade Relativa (não depende de licença da Câmara Municipal)

Não gozam

Foro EspecialNão gozam (Juiz da comarca);Exceção – se a Constituição Estadual dispuser de

forma diversa.

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OUTRAS FUNÇÕES PÚBLICAS QUE GOZAM DE IMUNIDADE

PREFEITOSImunidade Penal

Não têm

Imunidade Relativa (não dependem de licença da Câmara para serem processados)

Não têm

Foro EspecialGozam – Tribunal de JustiçaSe afeta interesses da União – TRF

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OUTRAS FUNÇÕES PÚBLICAS QUE GOZAM DE IMUNIDADE

GOVERNADORESImunidade Penal

Não têm

Imunidade Relativa - processualTêm – só podem ser processados se houver licença

da Assembléia Legislativa.

Foro EspecialTêmSTJ – nos crimes comuns

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OUTRAS FUNÇÕES PÚBLICAS QUE GOZAM DE IMUNIDADE

PRESIDÊNTE DA REPÚBLICAImunidade Material

Não tem

Imunidade Processual – processadoAcusação for admitida por dois terços da Câmara dos

Deputados (CF, art 86);Exigência – prévia licença da Câmara dos Deputados;O Presidente da República, na vigência do seu

mandato não pode ser processado por atos estranhos ao exercício de suas funções (CF, art 86, §4º);

Não corre a prescrição.

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OUTRAS FUNÇÕES PÚBLICAS QUE GOZAM DE IMUNIDADE

PRESIDÊNTE DA REPÚBLICAImunidade Prisional

Enquanto não sobrevém sentença condenatória final, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito à prisão (CF, art 86, §3º).

Foro Especial por prerrogativa funcionalCrimes comuns: julgado pelo STF (CF, art 102, I, b);Crimes de responsabilidade: julgado perante o Senado

Federal, presidido pelo Presidente do STF (CF, art 85, caput e incisos, art 86, caput);

Mesmo depois de cessadas suas funções: continuação do foro especial para os crimes cometidos durante o seu exercício. (Lei 10.628/02).

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DA IMUNIDADE DO ADVOGADO

Atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da Lei:

Art. 133 – CF: “O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.”

- Não é imunidade absoluta.

- Não há imunidade processual.

- Imunidade Prisional: No exercício da profissão: só pode ser

preso em flagrante delito por crime inafiançável (art 7º, §3º, da Lei nº 8.906 de 1994 – Estatuto dos Advogados do Brasil).

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DA IMUNIDADE DO ADVOGADO

Imunidade material (penal)Nos termos do §2º, do art 7º, da Lei 8.906 de 1994: o

advogado tem imunidade profissional, não consistindo injúria, difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer.

Em relação à prática do desacatoO STF em ADIN eliminou essa prerrogativa;O advogado não tem imunidade por desacato;Desacato é crime afiançável;É crime de menor potencial ofensivo.

Imunidade judiciária:Não constitui injúria ou difamação punível a ofensa irrogada

em Juízo, na discussão de causa, pela parte ou por seu procurador (CP, art 142).

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EXECUÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA NO BRASIL

Em regra: A sentença estrangeira não pode ser executada no Brasil

Exceções:“A sentença estrangeira, quando a aplicação da Lei brasileira produz

na espécie as mesmas conseqüências, pode ser homologada no Brasil para:I- obrigar o condenado à reparação de dano, a restituições e a outros efeitos civis;II- sujeitá-lo a medida de segurança.Parágrafo único: A homologação depende:

a) Para os efeitos previstos no inc I – de pedido da parte interessada.

b) Para outros efeitos – da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça. (CP, art 9º)

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EXECUÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA NO BRASIL

HOMOLOGAÇÃO E CONCESSÃO DE EXEQUATUR

Previsão ConstitucionalArt. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

I - processar e julgar, originariamente:(...)i) a homologação de sentenças estrangeiras e a

concessão de exequatur às cartas rogatórias; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

- Para os efeitos previstos no art 9º do CP, a sentença estrangeira depende de homologação do STJ- É juízo de Delibação – o STF não entra no mérito da condenação estrangeira.

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Tipos de Crime – Unid VIII

Unidade VIII – Tipos de CrimesUnidade VIII – Tipos de Crimes DolosoDoloso CulposoCulposo Qualificado pelo resultadoQualificado pelo resultado PreterdolosoPreterdoloso

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Crime Doloso – Teorias sobre o dolo

Teoria da Vontade – age dolosamente quem Teoria da Vontade – age dolosamente quem pratica a ação consciente e voluntariamente. pratica a ação consciente e voluntariamente. É necessário para sua existência, portanto, a É necessário para sua existência, portanto, a consciência da conduta e do resultado, e consciência da conduta e do resultado, e ainda que o agente a pratique de maneira ainda que o agente a pratique de maneira voluntária.voluntária.

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Crime Doloso – Teorias sobre o dolo

Teoria da Representação – o dolo vem a ser a Teoria da Representação – o dolo vem a ser a simples previsão do resultado. Não se nega a simples previsão do resultado. Não se nega a existência da vontade na ação. O que importa para existência da vontade na ação. O que importa para a Teoria da Representação é a consciência de que a Teoria da Representação é a consciência de que a conduta provocará o resultado. Sofre críticas, a conduta provocará o resultado. Sofre críticas, uma vez que, a simples previsão do resultado, sem uma vez que, a simples previsão do resultado, sem a vontade efetiva exercida na ação, nada vem a a vontade efetiva exercida na ação, nada vem a representar, bem como quem tem vontade de representar, bem como quem tem vontade de causar o resultado evidentemente tem a causar o resultado evidentemente tem a representação deste, assim em tese a representação representação deste, assim em tese a representação já estaria contida na Teoria da Vontade. já estaria contida na Teoria da Vontade.

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Crime Doloso – Teorias sobre o dolo

Teoria do Assentimento – ou do Teoria do Assentimento – ou do Consentimento – faz parte do dolo a Consentimento – faz parte do dolo a previsão do resultado a que o agente adere, previsão do resultado a que o agente adere, não sendo, porém necessário que ele o não sendo, porém necessário que ele o queira. Assim, existe dolo simplesmente queira. Assim, existe dolo simplesmente quando o agente consente em causar o quando o agente consente em causar o resultado ao praticar a conduta. resultado ao praticar a conduta.

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Crime Doloso – Teorias sobre o dolo

Teorias adotadas pelo Código Penal Teorias adotadas pelo Código Penal Brasileiro.Brasileiro.

Teoria da Vontade – quanto ao dolo diretoTeoria da Vontade – quanto ao dolo direto Teoria do Assentimento – quanto ao dolo Teoria do Assentimento – quanto ao dolo

eventualeventual

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Dolo – conceituação doutrinária

Dolo é a consciência e a vontade na Dolo é a consciência e a vontade na realização da conduta típica.(Heleno realização da conduta típica.(Heleno Cláudio Fragoso). Cláudio Fragoso).

Dolo é a vontade da ação orientada para a Dolo é a vontade da ação orientada para a realização do tipo. (Hans Welzel ).realização do tipo. (Hans Welzel ).

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Dolo – Elementos do dolo Consciência – conhecimento do fato que constitui a ação Consciência – conhecimento do fato que constitui a ação

típica.típica. Vontade – elemento volitivo de realizar esse fato.Vontade – elemento volitivo de realizar esse fato. Observação doutrinária : a consciência do autor deve Observação doutrinária : a consciência do autor deve

referir-se a todos os elementos do tipo, prevendo ele os referir-se a todos os elementos do tipo, prevendo ele os dados essenciais dos elementos típicos futuros em especial dados essenciais dos elementos típicos futuros em especial o resultado e o processo causal. É a idéia do ânimo que o resultado e o processo causal. É a idéia do ânimo que alimenta o agente. É a má-fé criminosa.alimenta o agente. É a má-fé criminosa.

Concepção psicodinâmica de dolo – atitude interior de Concepção psicodinâmica de dolo – atitude interior de adesão aos próprios impulsos intrapsíquicos anti-adesão aos próprios impulsos intrapsíquicos anti-sociais(conclusão inspirada na Psicanálise – Freud ) sociais(conclusão inspirada na Psicanálise – Freud ) (Mirabete)(Mirabete)

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Dolo – Inclusões : meios e consequências O dolo inclui não só o objetivo que o agente O dolo inclui não só o objetivo que o agente

pretende alcançar, mas também os meios pretende alcançar, mas também os meios empregadosempregados