direito civil contratos

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01/04/15 04:03 Direito Civil 22/02/10 Página 1 de 4 http://notasdeaula.org/dir5/direito_civil4_22-02-10.html Direito Civil segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010 Introdução Professora Adriana Brill. A professora dá aula no CEUB há cinco anos. É advogada empresarial, é especialista em Direito Civil e Processo Civil, trabalha com processo do trabalho e tem mestrado em políticas públicas. Gosta de dar aula. Só não gosta de Direito de Família. O que acontece? Excepcionalmente ela se prende em contratos e Direito do Consumidor. Gosta porque, assim que começarmos com o Direito do Consumidor, veremos que todos quererão nossa ajuda. Todos nós já fizemos muitos contratos. E fizemos errado muitas vezes. Mas é tudo o que já vimos. Compra e venda, por exemplo. Consumidor, locação, empréstimo, doação... Aqui é bom porque as pessoas participam muito, pois são coisas que já vivenciamos. Temos certa experiência, e estamos vendo a teoria. Não funciona assim? Assim também pode? É bom porque é prática. Usaremos hoje, amanhã, e ali na esquina. Por isso a professora gosta disso: é uma área é bem prática. A primeira parte é a parte geral dos contratos. É a menos prática, mas muito útil. Depois vemos os contratos em espécie. A parte geral são as regras básicas para qualquer contrato. Para ser contrato, deve haver algumas regras básicas. O programa é muito extenso. Não acabaremos; não veremos alguns contratos. Ela entregará o programa em breve. Ela também não segue em ordem. Os tipos mais simples de contratos ela deixará para o fim. Tentaremos ver todas as matérias. A professora dará algumas coisas apenas de relance, para termos noção. Vamos ver os critérios de avaliação. Como ela organiza? Veja a folha que ela distribuirá. Participem. Todo professor tem a tendência de saber quem é o que participa, e deve bonificá-lo. 19 faltas é reprovação mesmo, não insista. Ela não abona atestado. Vá à secretaria se tiver com um na mão. Pode ser que haja dois trabalhos. Material necessário: ladrão sem canivete não é ladrão. Tragam um pequeno Código Civil pelo menos! Ela não indica nenhuma doutrina. No plano de ensino haverá bibliografia básica. Lá está tudo ótimo. Pessoalmente, ela indica a que você já tem. Não esqueça que parte geral e contratos em espécie são individualmente necessários. A aula é corrida. Não traga doutrina para a aula. Haverá duas avaliações, não mais. Uma para parte geral e outra para contratos em espécie. As objetivas são tiradas de concursos e da prova da OAB. As subjetivas são probleminhas que a

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Direito Civil contratos

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    Direito Civilsegunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

    Introduo

    Professora Adriana Brill.

    A professora d aula no CEUB h cinco anos. advogada empresarial, especialista em DireitoCivil e Processo Civil, trabalha com processo do trabalho e tem mestrado em polticas pblicas.

    Gosta de dar aula. S no gosta de Direito de Famlia. O que acontece? Excepcionalmente ela seprende em contratos e Direito do Consumidor. Gosta porque, assim que comearmos com oDireito do Consumidor, veremos que todos querero nossa ajuda. Todos ns j fizemos muitoscontratos. E fizemos errado muitas vezes. Mas tudo o que j vimos. Compra e venda, porexemplo. Consumidor, locao, emprstimo, doao... Aqui bom porque as pessoas participammuito, pois so coisas que j vivenciamos. Temos certa experincia, e estamos vendo a teoria. Nofunciona assim? Assim tambm pode? bom porque prtica. Usaremos hoje, amanh, e ali naesquina. Por isso a professora gosta disso: uma rea bem prtica.

    A primeira parte a parte geral dos contratos. a menos prtica, mas muito til. Depois vemos oscontratos em espcie. A parte geral so as regras bsicas para qualquer contrato. Para ser contrato,deve haver algumas regras bsicas.

    O programa muito extenso. No acabaremos; no veremos alguns contratos. Ela entregar oprograma em breve. Ela tambm no segue em ordem. Os tipos mais simples de contratos eladeixar para o fim.

    Tentaremos ver todas as matrias. A professora dar algumas coisas apenas de relance, paratermos noo.

    Vamos ver os critrios de avaliao. Como ela organiza? Veja a folha que ela distribuir.Participem. Todo professor tem a tendncia de saber quem o que participa, e deve bonific-lo. 19faltas reprovao mesmo, no insista. Ela no abona atestado. V secretaria se tiver com um namo.

    Pode ser que haja dois trabalhos.

    Material necessrio: ladro sem canivete no ladro. Tragam um pequeno Cdigo Civil pelomenos!

    Ela no indica nenhuma doutrina. No plano de ensino haver bibliografia bsica. L est tudotimo. Pessoalmente, ela indica a que voc j tem. No esquea que parte geral e contratos emespcie so individualmente necessrios. A aula corrida. No traga doutrina para a aula.

    Haver duas avaliaes, no mais. Uma para parte geral e outra para contratos em espcie. Asobjetivas so tiradas de concursos e da prova da OAB. As subjetivas so probleminhas que a

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    professora inventa. Nada de consultar. Quem perguntar se tem consulta perde ponto. Peguemprovas antigas dela, ela recomenda!

    Tirem nota boa na primeira avaliao. Boa a nota maior que MM. A primeira mais fcil. MM +MI = contratos no semestre que vem novamente.

    SR numa nica prova tambm implica reprovao. II requer SS na prxima. Nada menos.

    Trabalhos: um mais longo e outro mais curto.

    Nada de prova de segunda chamada. Se tiver algo a fazer, avise antes!

    Chamada no comeo. No final tambm.

    Meno final: a professora d a nota que quer.

    Cuidado com a correo gramatical! Ela costuma apenar os que escrevem mal.

    Fazer para aula que vem: pesquisa de vocabulrio (respostas abaixo):

    1. Obrigao de meio e de resultado.2. Obrigao civil e obrigao natural3. Obrigao de execuo instantnea, diferida ou peridica.4. Obrigao principal e acessria5. Bem fungvel e bem infungvel6. Tradio7. Assuno de dvida (cesso de dbito)8. Pagamento com sub-rogao9. Novao

    10. Compensao11. Confuso12. Remisso13. Caso fortuito e fora maior (sinnimo ou no?).14. Mora15. Purgao da mora16. Clusula penal17. Arras

    Respostas:

    1- Obrigao de meio: aquela em que a prestao consiste na realizao de determinada tarefa,sem enfoque no produto final. O devedor se desobriga ao realizar a atividade,independentemente do resultado. Obrigao de resultado: aquela em que o devedor sedesobriga quando completa determinada atividade ou objetivo final, como construir umacasa, independente da tcnica de construo usada.

    2- Obrigao civil aquela respaldada pelo ordenamento jurdico e prev sanes para sua no-prestao. A ela corresponde o direito do credor de exig-la perante o Judicirio. Aobrigao natural a prestao que no vincula o devedor juridicamente, portanto h,associado a ela, o direito do credor de exig-la perante o Poder Judicirio, mas decorre de

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    um imperativo moral. Assim, garantido ao credor o direito de ret-la e negar a pretensodo devedor de reav-la caso tenha pago de livre e espontnea vontade.

    3- Obrigao de execuo imediata aquela cuja prestao dada de uma s vez, extinguindo-selogo em seguida realizao do ato. A de execuo peridica aquela em que o devedor sedesobriga ao realizar a atividade um determinado nmero de vezes, e/ou durantedeterminado tempo. Exemplo: ministrar doze aulas particulares ao longo de um ms.

    4- Obrigao principal a que no depende da existncia ou do cumprimento de uma outra paraexistir ou ser realizada. A acessria pressupe a existncia de uma principal. Exemplo:contrato de emprstimo (obrigao principal) e juros (obrigao acessria).

    5- Bem fungvel o que pode ser substitudo por outro da mesma espcie sem perda do valor. Osinfungveis so os bens cujos corpos tm valor intrnseco individualmente considerados,como barras de ouro esculpidas com insgnias reais.

    6- Troca de proprietrio de bens mveis. Cuidado. Entrega do bem.

    7- Troca de sujeito passivo de uma relao obrigacional, com o consentimento do credor, semextino da obrigao. um terceiro assumir o lugar do devedor originrio.

    8- Pagamento com sub-rogao o pagamento seguido de substituio daquele que estava naqualidade de credor. Exemplo: terceiro que se antecipa e paga a dvida que A tem com B sesubrogar no direito de B em receber a prestao.

    9- Extino de uma dvida seguida da substituio por uma nova, que pode ou no ser idntica emrelao prestao ou aos sujeitos.

    10- Abatimento que se opera no valor de uma prestao quando o credor deve algo ao seu devedor,ou seja, quando eles so mutuamente devedores e credores um do outro.

    11- Fuso das figuras de credor e devedor na mesma pessoa.

    12- Perdo de dvida. Liberalidade do credor, no sendo um direito do devedor.

    13- Caso fortuito: incidente imprevisvel que, acometendo um devedor, pode livr-lo de algumasobrigaes ou justificar a no-prestao no tempo e/ou lugar acordado. Fora maior:incidente inevitvel, porm no necessariamente imprevisvel. Tem os mesmos efeitosjurdicos do caso fortuito salvo disposio contratual contrria.

    14- Demora no cumprimento da prestao por parte do devedor, ou demora do credor em tomar ainiciativa de receber a prestao que lhe devida. A mora do devedor constituda de plenodireito quando chega o dia do vencimento da prestao (dies interpellat pro homine).

    15- Ato de fazer cessar os efeitos da mora, como pelo oferecimento de toda ou parte da prestaodevida, evitando as sanes previstas na lei ou no contrato.

    16- Clusula contratual que estabelece penalidades ao descumprimento total da obrigao ou pelaocorrncia da mora. O valor da clusula penal no pode exceder o da obrigao principal.

    17- Valor em dinheiro ou bens mveis adiantado por uma das partes com o objetivo de assegurar aefetiva realizao da prestao. Depois, seu valor poder ser computado na prestao

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    principal, dada posteriormente, ou retido pela parte quando a outra no cumprir ocontratado.