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DENGUE Universidade Católica de Brasília Internato em Pediatria-6ª Série Apresentação: Maria Alice de Sá Coordenação: Carmen Lívia Brasília, 02 de setembro de 2015 www.paulomargotto.com.br Brasília, 8 de setembro de 2015

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Page 1: DENGUE Universidade Católica de Brasília Internato em Pediatria-6ª Série Apresentação: Maria Alice de Sá Coordenação: Carmen Lívia Brasília, 02 de setembro

DENGUEUniversidade Católica de Brasília

Internato em Pediatria-6ª SérieApresentação: Maria Alice de Sá

Coordenação: Carmen LíviaBrasília, 02 de setembro de

2015www.paulomargotto.com.brBrasília, 8 de setembro de 2015

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Introdução Doença + comum transmitida por mosquitos no Brasil 50.000.000 de

casos anuais no mundo;

Arbovírus do gênero Flavivirus; 4 sorotipos: DEN- 1 (+ frequente no Brasil), DEN-2, DEN-3, DEN-4

possuem semelhanças estruturais imunidade temporária e parcial aos demais sorotipos;

Transmissão: picada da fêmea do Aedes sp. Mosquito de hábitos diurnos, urbanos, antropofílico;

Casos + graves são frequentes no grupo pediátrico difícil DX (semelhança clínica com outras viroses).

2003: aumento proporcional de casos de febre hemorrágica em < de 15 anos;

2006: aumento endêmico tipo 2 aumento no nº de casos graves em < de 15 anos de idade e > nº de internações Grande impacto na rede ambulatorial

Emergências Clínicas, 2013 Dengue : diagnóstico e manejo clínico, 2011

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Epidemiologia

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Espectro clínico

Dengue : diagnóstico e manejo clínico, 2011

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Espectro clínico 1ª manifestação clínica pode já ser o quadro grave

agravamento súbito;

3º - 7º dia do início da doença:

CUIDADO: derrames cavitários* ALERTA: possibilidade de extravasamento plasmático1 e evolução para formas graves da doença CHOQUE!

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Espectro Clínico - Exantema Precoce ou tardio;

Máculo-papular e/ou petequial (pleomorfismo); Inicio em tronco e segmento cefálico, progredindo para membros,

desaparecendo nos locais iniciais; Acomete palmas das mãos e planta dos pés, com descamação fina

posteriormente; Dura de 1 a 5 dias;

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Espectro clínicoFormas graves da doença podem desencadear:

Disfunção cardiovascular: Choque, depressão miocárdica, diminuição da fração de ejeção ventricular, ICC e miocardite;

Disfunção respiratória: Insuficiência respiratória, EAP, SDRA;

Insuficiência hepática: Hepatite e discrasia sanguínea;

Disfunção hematológica: Plaquetopenia, CIVD, vasculopatia, leucopenia grave e supressão medular;

Disfunção SNC: Delírio, sonolência, coma, depressão, irritabilidade, psicose, demência, amnésia, sinais meníngeos, paresias, paralisias, polineuropatias, Síndrome de Reye, Síndrome de Guillain-Barré e encefalite;

Dengue : diagnóstico e manejo clínico, 2011

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Atendimento ao paciente com suspeita de dengue Caso suspeito: paciente com doença febril aguda,

duração máx. de 7 dias, acompanhada de pelo menos 2 dos sinais ou sintomas :

Cefaléia, dor retro-orbitária, mialgia, artralgia, prostração ou exantema, associados ou não à presença de hemorragias

História epidemiológica positiva*,

IMPORTANTE: Todo caso suspeito de dengue deve ser notificado à Vigilância Epidemiológica.

Dengue : diagnóstico e manejo clínico, 2011

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Atendimento ao paciente com suspeita de dengue Anamnese:

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Atendimento ao paciente com suspeita de dengue Anamnese:

1) Pesquisar epidemiologia (casos semelhantes na comunidade; viagens, nos últimos 15 dias, para área endêmica; infecção pregressa por dengue);

2) Uso de medicações 1 ;

3) Exame físico:Manifestações hemorrágicas de pele e mucosas? Exantema? Edema subcutâneo?Sinais vitais (Temp. axilar, FC, PA*);

4) Prova do laço 2: OBRIGATÓRIA em todo paciente com suspeita de dengue que não apresente sangramento espontâneo a prova será + se houver 10 ou mais petéquias .

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Diagnóstico diferenciala) Síndrome febril: enteroviroses, influenza e outras viroses

respiratórias, hepatites virais, malária, febre tifóide;

b) Síndrome exantemática febril: rubéola, sarampo, escarlatina, eritema infeccioso, exantema súbito, enteroviroses, mononucleose infecciosa, parvovirose, citomegalovirose, farmacodermias, doença de Kawasaki;

c) Síndrome hemorrágica febril: hantavirose, febre amarela, leptospirose, malária grave, riquetsioses e púrpuras;

d) Síndrome dolorosa abdominal: apendicite, obstrução intestinal, abscesso hepático, abdome agudo, pneumonia, infecção urinária, etc.;

e) Síndrome do choque: meningococcemia, septicemia, síndrome do choque tóxico e choque cardiogênico;

f) Síndrome meníngea: meningites virais, meningites bacteriana e encefalite.

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Classificação de risco e tratamento

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Classificação de risco e tratamento

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Classificação de risco e tratamento – Grupo A

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Classificação de risco e tratamento

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Classificação de risco e tratamento – Grupo B

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Classificação de risco e tratamento

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Classificação de risco e tratamento – Grupo C e D

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Conduta Grupo D

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Esquema de hidratação – Grupo D

Avaliar periodicamente fase de reposição (aumentando ou diminuindo a infusão ), a PA, pulso, TEC, cor de pele, temperatura, hidratação das mucosas, nível de consciência, diurese, ausculta pulmonar e cardíaca, aumento ou surgimento de hepatomegalia;

Fazer controle radiológico e/ou ultrassonográfico nos derrames cavitários evitar hiperhidratação.

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Característica do choque da dengue A febre hemorrágica da dengue (FHD) e a Síndrome do Choque da Dengue (SCD):

SIRS por vírus Aumento de permeabilidade vascular generalizada Extravasamento de fluidos e ptns do leito vascular para os espaços intersticiais e cavidades distúrbio de coagulação sanguínea choque e Síndrome de Disfunção de Múltiplos Órgãos (SDMO).

Choque : súbito e acontece na fase de defervescência (depois de 2 a 5 dias do início da febre). É de curta duração (não excede a 24-48 horas)

Dengue : diagnóstico e manejo clínico, 2011

Hipovolemia, aumento do HT, diminuição da albumina e do débito urinário, baixo DC, hipoperfusão tecidual, hipotensão

arterial e choque, disfunção orgânica pós-choque e óbito. Via final

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Considerações importantes para os Grupos C e D Oferecer O2 em todas as situações de choque;

Acesso venoso profundo e intubação traqueal devem ser realizados nos pacientes graves;

O choque com disfunção miocárdica pode necessitar de inotrópicos:

tanto na fase de extravasamento como na fase de reabsorção plasmática, lembrar que, na 1ª fase, necessita reposição hídrica e, na 2ª, há restrição hídrica.

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Característica do choque da dengue ATENÇÃO!

Depois de restabelecido o choque , o paciente inicia a fase de recuperação reabsorção espontânea do plasma extravasado (48 horas após o término do choque).

Instalam-se então: hipervolemia, diminuição do HT, aumento da diurese, normalização da função cardiovascular e regressão progressiva dos derrames

serosos.

Fase de grande mobilização de líquido de retorno ao compartimento intravascular IMPORTANTE diminuir ou descontinuar a infusão de líquidos RISCO: sobrecarga

volêmica, edema pulmonar e insuficiência cardíaca.

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Definição e classificação da Dengue hemorrágica Febre ou história de febre recente, com duração de 7 dias ou menos;

Trombocitopenia (≤100.000/mm3);

Tendências hemorrágicas evidenciadas por 1 ou + dos seguintes sinais: prova do laço +, petéquias, equimoses ou púrpuras, sangramento de mucosas, do TGI e outros;

Extravasamento de plasma , HT com aumento de 20% do valor basal (ou de valores superiores a 45% em crianças), ou queda do HT em 20% após o tratamento; ou presença de derrame cavitários e hipoproteinemia;

Confirmação laboratorial específica.

Classificação (OMS) da febre hemorrágica da dengue: a) Grau I – febre acompanhada de sintomas inespecíficos, em que a única manifestação

hemorrágica é a prova do laço positiva; b) Grau II – além das manifestações do Grau I, hemorragias espontâneas leves

(sangramento de pele, epistaxe, gengivorragia e outros); c) Grau III – colapso circulatório, com pulso fraco e rápido, estreitamento da pressão

arterial ou hipotensão, pele pegajosa e fria e inquietação; d) Grau IV – Síndrome do Choque da Dengue (SCD), ou seja, choque profundo, com

ausência de pressão arterial e pressão de pulso imperceptível.

Dengue : diagnóstico e manejo clínico, 2011

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Distúrbios de coagulação, hemorragia e uso de hemoderivados Hidratação precoce: fator determinante para a prevenção

de fenômenos hemorrágicos;

O uso de concentrado de plaquetas (a critério do médico) assistente. Indicações:

a) plaquetopenia < 50.000/mm3 + suspeita de sangramento do SNC;b) plaquetopenia < 20.000/mm3 + sangramentos ativos importantes.

Concentrado de plaquetas: 1U/ 10 Kg, de 8x8h ou de 12x12 h, até o controle do quadro hemorrágico;

Sangramentos com alterações de TAP e TTPA* : plasma fresco (10 ml/Kg de 8x8h ou de 12x12h), + vit. K até a estabilização do quadro hemorrágico.;

Concentrado de hemácias : indicado em caso de hemorragias importantes, com descompensação hemodinâmica, na dose de 10 ml/Kg.

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Indicações para internação e critérios de alta hospitalar

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Confirmação laboratorial Importância individual e importância coletiva;

Sorologia (a partir do 6º dia):

•Método Elisa IgM –(detecção de anticorpo), este métodos costuma positivar após o 6º dia da doença ;

•Método Elisa IgG – (detecção de anticorpo), este métodos costuma positivar a partir do 9º dia de doença, na infecção primária, e já estar detectável desde o 1º dia de doença na infecção secundária;

•Método Elisa IgM e IgG – teste rápido (detecção qualitativa e diferencial de anticorpos IgM e IgG) permite DX ou descarte, em curto espaço de tempo.

Detecção de vírus ou antígenos virais:

Isolamento viral; (até o 5º dia da doença) RT-PCR; imunohistoquímica; NS1*

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Dengue : diagnóstico e manejo clínico, 2011

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Novo sistema de classificação da dengue – OMS (2009)

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Caso clínico Relato de um caso clínico de pediatria/infectologia na UPA 24h

Botafogo;

Paciente ACPS, 5 anos, feminina, branca, natural RJ, residente RJ, previamente hígida, procurou atendimento dia 08/04 com quadro de vômitos (2 episódios) de início naquele dia, negando febre e outros sintomas; não apresentava alterações ao exame físico. Feita medicação sintomática e TRO com melhora, sendo liberada com hidratação oral e orientações para retornar em caso de piora.

No dia 11/04, à noite, procurou novamente atendimento com queixa de dor abdominal, prostração e febre de início 2 dias antes. Ao exame físico, apresentava-se corada, hidratada, anictérica, acianótica, sem sinais de irritação meníngea, exame dos aparelhos respiratório e cardiovascular sem alterações, abdome sem visceromegalias, algo doloroso à palpação, otoscopia sem alterações, oroscopia sem alterações e pele sem sinais de vasculite.

2º Grupamento de Socorro de Emergência / Secretaria de Saúde e Defesa Civil – Governo Rio de Janeiro

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Caso clínico Exames 11/4 – 21h :

HC Hemac. 4.500.000; Hb12 ; HT 36%; VCM 80; Leuco 4000; Bastões 3%/Segm57%/Eos1%/Linfo 25%/Mono 14%/PLT 57.000.

Glicemia: 89 ;TGO: 57; TGP: 23EAS: Ligeiramente turvo, Ptns +, Leucócitos >50/campo. Demais parâmetros: normais

Com base no quadro febril associado à dor abdominal e alteração do EAS, foi encaminhada para a sala amarela e iniciado ATB e TRO para posterior reavaliação clínica e novo hemograma na manhã seguinte.

Na reavaliação clínica na manhã de 12/04 a paciente estava hemodinamicamente estável, mantinha dor abdominal, apresentava epistaxe e petéquias em MMII. Foi mantida em hidratação venosa e solicitados novos exames e vaga para internação.

2º Grupamento de Socorro de Emergência / Secretaria de Saúde e Defesa Civil – Governo Rio de Janeiro

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Caso clínico Exames 12/04 - 9:00 hs:

HC: Hemac 4.640.000; Hb 12; HT 37,2; VCM 80,2; Leuco 4400;Bastões 30%/Segm 52%/Linfo 14%/Mono 4%/PLT 26.000.Bioquímica: Na136; K3,7 ; Ur 49; Cr 0,5; TGO 64; TGP 24; Proteínas totais: 5,7 ; Albumina: 3,3. EAS: s/ alterações

Hemocultura: NegativaUrinocultura: Negativa

Foi solicitada vaga no Instituto Fernandes Figueira, para onde a criança foi transferida ainda na manhã do dia 12/04/2010.

Evolução no Instituto Fernandes Figueira: Paciente evoluiu três dias depois com ascite e derrame pleural, plaquetopenia de 15.000, hematócrito 39%; Foi feita hidratação vigorosa e macronebulização com melhora

2º Grupamento de Socorro de Emergência / Secretaria de Saúde e Defesa Civil – Governo Rio de Janeiro

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Caso clínico

HIPÓTESE DIAGNÓSTICA????

?

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Hipóteses diagnósticas

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Hipóteses diagnósticas

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Hipóteses diagnósticas

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Caso clínico Foi confirmado diagnóstico de dengue (PCR,

coletado 13/4);

DX: dengue, forma hemorrágica (febre hemorrágica da dengue).

2º Grupamento de Socorro de Emergência / Secretaria de Saúde e Defesa Civil – Governo Rio de Janeiro

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Referências bibliográficas Dengue : diagnóstico e manejo clínico : criança /

Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2011.

Emergências clínicas: abordagem prática / Herlon Saraiva Martins ... [et al.]. – 8. ed. Ver. e atual. – Barueri, SP : Manole, 2013.

Manual de Pediatria/ organizado por Eduardo de Almeida Rego Filho. 2. ed. Ver. e aum. Londrina : Ed. UEL, 2000.

www.paulomargotto.com.br