curumim - 1º de fevereiro de 2015

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VAMOS ENTENDER PORQUE CHOVE TANTO NA NOSSA REGIÃO.

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Curumim - Caderno de entretenimento do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Curumim - 1º de fevereiro de 2015

VAMOS ENTENDER PORQUE CHOVE TANTO

NA NOSSA REGIÃO.

O ÚLTIMO HÉROI DA AMAZONIAAPRESENTA

Murupi, a indefesa

amiguinha do Curumim, vez ou outra se depara com os riscos da

floresta.

Socorro, uma onça!

Socorro, um jacaré!

Deixa comigo!

Sai fora,

bocão!

Enfim, sós!

Socorro, indiozinho saliente!

02_07_CURUMIM.indd 8-1 31/01/2015 00:34:50

Page 2: Curumim - 1º de fevereiro de 2015

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Antes de ser um desenho animado e até mesmo uma série de TV, The Tick foi uma história em

quadrinhos underground. Cria-do em 1986, por Ben Edlund, The Tick foi um personagem desenvolvido para ser mas-cote da editora americana New England Comics.

Em 1988 o personagem gan-hou sua própria HQ que acabou dando origem a série anima-da que teve 36 episódios em 3 temporadas e se popularizou nos anos 90. Além da animação, The Tick virou um jogo e até um seriado live-action lançado em 2001 pela Fox.

O Tick tem algumas particu-laridades interessantes, como o fato de patrulhar a cidade pulando de prédio em prédio, e seu curioso grito de guerra “Colher!” que surgiu quando ele procurava um bom grito de guerra, e por acaso estava com uma colher na mão.

No fundo The Tick é uma sátira sobre o mundo dos su-per-heróis e seus conflitos psi-cológicos. Misturando todos os clichês com piadas ácidas e um humor escrachado. Um fato cu-rioso é que o autor de The Tick é conhecido hoje em dia como o roteirista e produtor executi-vo da série Supernatural!

No ano de 1997, o Amazonas sofreu uma grande crise energia. Diariamente, as famílias de Manaus fi cavam horas a fi o sem luz elétri-ca. A revolta e os protestos eram intensos.

As pessoas dormiam do lado de fora da casa porque não suportavam o calor, acendiam velas para poder enxerga e, quem ti nha dinheiro, comprava gerador. Atento à tudo que se passa em sua volta, o Curumim publicou um quadrinho onde encontrava uma alter-nati va de energia independente para nossa cidade. Sabe qual foi? Isso mesmo, nosso inteligente indi-ozinho encontrou o vagalume, aquele bichinho que acende uma luzinha quando voa. Esse Curumim é mesmo incrível, não é mesmo molecada?

Em todo o mundo, caem dezes-seis bilhões de litros de água por segundo em forma de chuva.

CONTINENTE SECOAlém de ser o mais frio, a Antár-

ti da é o conti nente mais seco, ventoso e montanhoso da Terra. Chove menos de 50 milímetros ao ano por lá, o mesmo que nas regiões mais secas do inóspito de-serto do Saara.

SEM UMA GOTALima, capital do Peru, já che-

gou a fi car 30 anos sem uma gota de chuva.

MAIS CHUVOSAA cidade mais chuvosa do mun-

do é Lloró, na Colômbia. Lá, chove uma média de 280 dias por ano.

CHUVARADA NO AMAPÁA cidade mais chuvosa do Brasil

é Calçoene, no Amapá. Entre os meses de janeiro a junho são reg-istrados cerca de 25 dias de chu-va/mês.

101 DIAS CHOVENDOO recorde de dias consecuti vos

de chuva pertence a Ketchikan, no estado norte-americano do Alas-ka, onde chegou a chover durante 101 dias seguidos.

1.400 ANOS SEM CHOVERO lugar da Terra que passou

mais tempo sem registrar chu-va foi o deserto do Atacama, no Chile. Acredite se quiser, ele pas-sou 1.400 anos sem nenhum in-dício de chuva.

GUARDA-CHUVAO guarda-chuva foi inventado na

Mesopotâmia há cerca de 3.400 anos. Detalhe: ele servia para pro-teger do sol, não da chuva.

THE TICK

A CHUVA

G I B I T E C A

NOVEMBRO DE 1997

EXPEDIENTEPresidenteOtávio Ramam Neves

Diretor Executi voJoão Bosco Araújo

Diretor de RedaçãoMário Adolfo

Diretor de CriaçãoMarcus Vinícius

Design e IlustraçãoJosiney Encarnação

DiagramaçãoMarcelo Robert

Uma criação Mário Adolfo Produções LTDA.Todos os direitos reservados

CURIOSIDADES

DESERTO DO ATACAMA, NO CHILEANTÁRTIDA É O CONTINENTE MAIS SECO

LIMA, CAPITAL DO PERU KETCHIKAN, NO ALASKA

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Page 3: Curumim - 1º de fevereiro de 2015

3

O guarda-chuva é uma in-venção genial, pois livra o homem de andar na chu-va e ficar gripado. Toda

vez que chove a gente grita logo pra mamãe:

— Manhê, cadê o guarda-chuva? Mas alguém sabe de onde nasceu este invento que nos protege e vi-rou símbolo de pessoas organiza-das e precavidas? O guarda-chuva surgiu no Antigo Egito e era uti-lizado tanto pela família real quan-to pelos nobres como símbolo da posição que ocupavam na hierar-quia teocrática.

Projetado originariamente para cobrir um homem de porte médio das chuvas, ele nunca esteve tão pequeno. Antigamente tinha de dois metros à dois metros e vinte de diâmetro e era feito com mate-rial resistente.

Os guarda-chuvas, ao contrário dos guarda-sóis, tendem a ser fabri-cados com materiais leves a fi m de que possam ser facilmente transpor-tados, mesmo quando abertos. O te-cido protetor é atualmente feito de diversos materiais impermeáveis.

Mas nada se compara ao “guar-da-chuva de ar” que, ao invés de

usar uma cobertura de te-cido para evitar os pingos, utiliza uma espécie de ventilador movido por uma bateria de lítio que cria um campo de força de ar para afastar as gotas.

De acordo com os desen-volvedores, uma equipe formada por designers e engenheiros da Universidade de Aeronáutica e Astronáutica de Nanquim, o “air umbrella” conseg-ue proteger até duas pessoas, exceto em tempestades muito intensas.

sxsxsxs sxsxsxs sxsxsx

REPÓRTER CURUMIM

Está chovendo muito em Manaus. No dia em que geralmente eu escol-ho para pensar o tema

do CURUMIM, estava assim, meio que sem estímulo: “Falar sobre o quê? Já falamos sobre tanta coisas!” Estava lá med-itando diante do computador e da mesa de desenho, quan-do observei os pingos da chu-va batendo na vidraça do meu estúdio e tive a ideia.

— Caramba, o tema está na minha frente! – pensei –, vou falar sobre a chuva!

Aí pensei no que eu gosto de fazer nos dias de chuva. Na verdade, esse dia é bom mesmo para ficar em casa, enroladinho na cama quente, vendo um bom filme, comen-do pipoca ou lendo um gibi do Recruta Zero, Fantasma, Asterix ou Tintim. Ou então tomando chocolate quente.

Apesar de muita gente não

gosta do dia de chuva, eu gos-to. Um poeta chamado Fer-nando Pessoa certa vez es-creveu que “Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol. Ambos existem; cada um como é..”

Isso é verdade. Tem coisa que é só possível fazer nos dias de sol. Piscina, igarapé, praia, empinar papagaio... Mas, existem coisas que só é possível de se fazer na chuva. Por exemplo, tomar banho de chuva.

Isso é muito legal, mas se for uma tempestade com raios, melhor ficar em casa e não manusear aparelhos elétricos.

Um cheiro da floresta e uma bela chuva, curumins!

GUARDA-CHUVA, PROTEÇÃONOSSA DE CADA TEMPORAL

CHOVE, CHUVA!

6

Air Umbrella é projeto de guar-da-chuva que promete usar apenas ar para manter seu dono seco

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Page 4: Curumim - 1º de fevereiro de 2015

4 5

Quem pinta no “Fala Curumim” de hoje é a pequena Gabrielle, uma nova leitora que já es-colheu o seu person-agem preferido.

Mande você também o seu desenho para o Cu-rumim.

Maria Auxilaidora

Mário Adolfo

Minha querida Gabrielle, realmente o casco de flores da Sarah Patel é bem mais interes-sante do que aquele casco todo rachadas das outras tartaruguinhas. A Sarah preferiu mandar pintar flores no dela porque é uma militante ecológica. Diga ao seu paizão que ele pode continua lendo nosso jornalzinho, porque ele é feito para crianças de 6 a 60 anos.

Um cheiro da floresta e um sorvete de graviola!

Olá Turma do Curumim. Tenho 6 anos e essa é a primeira vez que eu escrevo para vocês. Estou gostando muito do Curumim pois meu pai também gostava quando tinha a minha idade. Meu personagem favorito é a Sarah Patel porque eu gosto das flores e queria ler mais historinhas com ela. Um grande beijo.

Olha só a nossa pequena e fiel leitora Nicole de Resende Prestes marcando presença no Cu-rumim. Dessa vez ela nos enviou um lindo de-senho de sua família brincando no jardim com a super amiga joaninha.

Mande você também o seu desenho para o Curumim.

Márcia Rêgo, uma anti ga leit-ora do Curumim, enviou a foto dos seus lindos fi lhotes, Leon-ardo Rêgo de 11 anos e Laécio Filho de 3 aninhos. Adoramos conhecer a nova geração de le-itores do nosso jornalzinho.

Mande as fotos da sua curuminzada para:

Mesmo com todas as di-fi culdades, nosso amiguin-ho Jadilson, de 11 anos, fez questão de nos presentear com esse lindo sorrisão. A Sa-rah Patel está mandado um beijo para você!

O ano de 2014 fechou com mais um dado preocupante sobre o desmatamento na Amazônia Legal no segundo

semestre de 2014. Segundo a ONG Imazon, em novembro

houve uma perda de 195 km² de flores-

tas, o que equivale a um aumento de 427% sobre no-vembro de 2013.

O número se ref-ere ao chamado

desmatamento to-tal. O Imazon também

monitora a área de fl oresta degradada. Nesse caso, houve 86 km² de degradação neste novem-bro contra 9 km² em no-vembro passado.

Quase todo o desmata-mento (corte raso) ocor-

reu ou em terras privadas (64%) ou em assentamentos de reforma agrária (31%). O restante foi em áre-as protegidas (4%) e Terras Indígenas, que contribuíram com apenas 1%.

Na divisão por estado, 70% das perdas (137 km²) ocorreram no Pará, seguido do Mato Grosso, com 18% (35 km²). Entre os 10 municípios mais afetados, 9 estão no Pará.

DESMATAMENTO TEM AUMENTO DE 427% EM 2014

A CHUVA

Caramba, como janeiro é cha-to. Chove todo dia, toda hora, todo instante. Que saco! – rec-lamou a índia Murupi.

— É mesmo, não dá nem pra gente brincar! – comple-tou Sarah Patel. O CURUMIM resolveu interferir.

— Ah, as mulheres! Sempre recla-mando de tudo!

— Mas estamos certas. É muita água para um mês só! – protes-tou Murupi.

— É verdade – admiti u Curumim –, mas gente as chuvas são funda-mentais para o nosso planeta, pois contribuem para o desenvolvimen-to das diversas formas de vida an-imal e vegetal. Principalmente na Amazônia, que tem a maior fl oresta tropical do mundo e rios gigantes-cos, como o Rio Negro, o Amazonas, o Solimões, o Madeira...

Para acabar com a reclamação, o Curumim resolveu explicar que a chuva é um fenômeno climáti-co e como ela ocorre. O indiozin-ho contou que a água, quando é aquecida pelo Sol ou outro pro-

cesso de aquecimento, evapora e se transforma em vapor de água.

— Este vapor de água se mistura com o ar e, como é mais leve, começa a subir, formando as nuvens carrega-das de vapor de água. Quanto mais escura é a nuvem mais carregada de vapor de água condensado está! – ex-plicou o últi mo herói da Amazônia.

E aí acontece o fenômeno. Ao atingir altitudes elevadas ou en-contrar massas de ar frias, o va-por de água condensa, transfor-mando-se novamente em água. Como ; é pesada e não consegue

sustentar-se no ar, a água acaba caindo em forma de chuva.

— Existem regiões do mundo em que ocorrem poucas chuvas. Nos desertos (Saara, Atacama, Arábia), por exemplo, o índice de umidade é baixíssimo. Isto difi culta a formação de nuvens e das chuvas. Já em regiões como a nossa Floresta Amazônica, as chuvas ocorrem em grande quan-ti dade em função do alto índice de evaporação da água.

TemporaisMuitas vezes as chuvas ocor-

rem em forma de temporais. Es-tas se caracterizam pelos ventos fortes, trovoadas e relâmpagos. Os relâmpagos são descargas elétricas provocadas pelo choque entre nu-vens carregadas com muita água e energia. Já o trovão, é o som provo-cado por este choque. As estações meteorológicas conseguem prever as chuvas, pois observam as im-agens de satélites que mostram a posição e o deslocamento das massas de ar. Com dados de outros fatores (umidade, ventos, temper-aturas) conseguem prever, com el-evado índice de precisão, o horário e quanti dade de chuvas.

Para poder acompanhar a quanti -dade de chuvas numa determinada região, os pesquisadores climáti cos criaram o índice pluviométrico (me-dido em milímetros). Este é calculado da seguinte forma: as estações me-teorológicas marcam um espaço no terreno de uma determinada região. Medem e acompanham a quanti dade de chuva que cai ali durante o ano. Este índice é uma boa referência para se conhecer o clima de uma região.

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Quem pinta no “Fala Curumim” de hoje é a pequena Gabrielle, uma nova leitora que já es-colheu o seu person-agem preferido.

Mande você também o seu desenho para o Cu-rumim.

Maria Auxilaidora

Mário Adolfo

Minha querida Gabrielle, realmente o casco de flores da Sarah Patel é bem mais interes-sante do que aquele casco todo rachadas das outras tartaruguinhas. A Sarah preferiu mandar pintar flores no dela porque é uma militante ecológica. Diga ao seu paizão que ele pode continua lendo nosso jornalzinho, porque ele é feito para crianças de 6 a 60 anos.

Um cheiro da floresta e um sorvete de graviola!

Olá Turma do Curumim. Tenho 6 anos e essa é a primeira vez que eu escrevo para vocês. Estou gostando muito do Curumim pois meu pai também gostava quando tinha a minha idade. Meu personagem favorito é a Sarah Patel porque eu gosto das flores e queria ler mais historinhas com ela. Um grande beijo.

Olha só a nossa pequena e fiel leitora Nicole de Resende Prestes marcando presença no Cu-rumim. Dessa vez ela nos enviou um lindo de-senho de sua família brincando no jardim com a super amiga joaninha.

Mande você também o seu desenho para o Curumim.

Márcia Rêgo, uma anti ga leit-ora do Curumim, enviou a foto dos seus lindos fi lhotes, Leon-ardo Rêgo de 11 anos e Laécio Filho de 3 aninhos. Adoramos conhecer a nova geração de le-itores do nosso jornalzinho.

Mande as fotos da sua curuminzada para:

Mesmo com todas as di-fi culdades, nosso amiguin-ho Jadilson, de 11 anos, fez questão de nos presentear com esse lindo sorrisão. A Sa-rah Patel está mandado um beijo para você!

O ano de 2014 fechou com mais um dado preocupante sobre o desmatamento na Amazônia Legal no segundo

semestre de 2014. Segundo a ONG Imazon, em novembro

houve uma perda de 195 km² de flores-

tas, o que equivale a um aumento de 427% sobre no-vembro de 2013.

O número se ref-ere ao chamado

desmatamento to-tal. O Imazon também

monitora a área de fl oresta degradada. Nesse caso, houve 86 km² de degradação neste novem-bro contra 9 km² em no-vembro passado.

Quase todo o desmata-mento (corte raso) ocor-

reu ou em terras privadas (64%) ou em assentamentos de reforma agrária (31%). O restante foi em áre-as protegidas (4%) e Terras Indígenas, que contribuíram com apenas 1%.

Na divisão por estado, 70% das perdas (137 km²) ocorreram no Pará, seguido do Mato Grosso, com 18% (35 km²). Entre os 10 municípios mais afetados, 9 estão no Pará.

DESMATAMENTO TEM AUMENTO DE 427% EM 2014

A CHUVA

Caramba, como janeiro é cha-to. Chove todo dia, toda hora, todo instante. Que saco! – rec-lamou a índia Murupi.

— É mesmo, não dá nem pra gente brincar! – comple-tou Sarah Patel. O CURUMIM resolveu interferir.

— Ah, as mulheres! Sempre recla-mando de tudo!

— Mas estamos certas. É muita água para um mês só! – protes-tou Murupi.

— É verdade – admiti u Curumim –, mas gente as chuvas são funda-mentais para o nosso planeta, pois contribuem para o desenvolvimen-to das diversas formas de vida an-imal e vegetal. Principalmente na Amazônia, que tem a maior fl oresta tropical do mundo e rios gigantes-cos, como o Rio Negro, o Amazonas, o Solimões, o Madeira...

Para acabar com a reclamação, o Curumim resolveu explicar que a chuva é um fenômeno climáti-co e como ela ocorre. O indiozin-ho contou que a água, quando é aquecida pelo Sol ou outro pro-

cesso de aquecimento, evapora e se transforma em vapor de água.

— Este vapor de água se mistura com o ar e, como é mais leve, começa a subir, formando as nuvens carrega-das de vapor de água. Quanto mais escura é a nuvem mais carregada de vapor de água condensado está! – ex-plicou o últi mo herói da Amazônia.

E aí acontece o fenômeno. Ao atingir altitudes elevadas ou en-contrar massas de ar frias, o va-por de água condensa, transfor-mando-se novamente em água. Como ; é pesada e não consegue

sustentar-se no ar, a água acaba caindo em forma de chuva.

— Existem regiões do mundo em que ocorrem poucas chuvas. Nos desertos (Saara, Atacama, Arábia), por exemplo, o índice de umidade é baixíssimo. Isto difi culta a formação de nuvens e das chuvas. Já em regiões como a nossa Floresta Amazônica, as chuvas ocorrem em grande quan-ti dade em função do alto índice de evaporação da água.

TemporaisMuitas vezes as chuvas ocor-

rem em forma de temporais. Es-tas se caracterizam pelos ventos fortes, trovoadas e relâmpagos. Os relâmpagos são descargas elétricas provocadas pelo choque entre nu-vens carregadas com muita água e energia. Já o trovão, é o som provo-cado por este choque. As estações meteorológicas conseguem prever as chuvas, pois observam as im-agens de satélites que mostram a posição e o deslocamento das massas de ar. Com dados de outros fatores (umidade, ventos, temper-aturas) conseguem prever, com el-evado índice de precisão, o horário e quanti dade de chuvas.

Para poder acompanhar a quanti -dade de chuvas numa determinada região, os pesquisadores climáti cos criaram o índice pluviométrico (me-dido em milímetros). Este é calculado da seguinte forma: as estações me-teorológicas marcam um espaço no terreno de uma determinada região. Medem e acompanham a quanti dade de chuva que cai ali durante o ano. Este índice é uma boa referência para se conhecer o clima de uma região.

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O guarda-chuva é uma in-venção genial, pois livra o homem de andar na chu-va e ficar gripado. Toda

vez que chove a gente grita logo pra mamãe:

— Manhê, cadê o guarda-chuva? Mas alguém sabe de onde nasceu este invento que nos protege e vi-rou símbolo de pessoas organiza-das e precavidas? O guarda-chuva surgiu no Antigo Egito e era uti-lizado tanto pela família real quan-to pelos nobres como símbolo da posição que ocupavam na hierar-quia teocrática.

Projetado originariamente para cobrir um homem de porte médio das chuvas, ele nunca esteve tão pequeno. Antigamente tinha de dois metros à dois metros e vinte de diâmetro e era feito com mate-rial resistente.

Os guarda-chuvas, ao contrário dos guarda-sóis, tendem a ser fabri-cados com materiais leves a fi m de que possam ser facilmente transpor-tados, mesmo quando abertos. O te-cido protetor é atualmente feito de diversos materiais impermeáveis.

Mas nada se compara ao “guar-da-chuva de ar” que, ao invés de

usar uma cobertura de te-cido para evitar os pingos, utiliza uma espécie de ventilador movido por uma bateria de lítio que cria um campo de força de ar para afastar as gotas.

De acordo com os desen-volvedores, uma equipe formada por designers e engenheiros da Universidade de Aeronáutica e Astronáutica de Nanquim, o “air umbrella” conseg-ue proteger até duas pessoas, exceto em tempestades muito intensas.

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REPÓRTER CURUMIM

Está chovendo muito em Manaus. No dia em que geralmente eu escol-ho para pensar o tema

do CURUMIM, estava assim, meio que sem estímulo: “Falar sobre o quê? Já falamos sobre tanta coisas!” Estava lá med-itando diante do computador e da mesa de desenho, quan-do observei os pingos da chu-va batendo na vidraça do meu estúdio e tive a ideia.

— Caramba, o tema está na minha frente! – pensei –, vou falar sobre a chuva!

Aí pensei no que eu gosto de fazer nos dias de chuva. Na verdade, esse dia é bom mesmo para ficar em casa, enroladinho na cama quente, vendo um bom filme, comen-do pipoca ou lendo um gibi do Recruta Zero, Fantasma, Asterix ou Tintim. Ou então tomando chocolate quente.

Apesar de muita gente não

gosta do dia de chuva, eu gos-to. Um poeta chamado Fer-nando Pessoa certa vez es-creveu que “Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol. Ambos existem; cada um como é..”

Isso é verdade. Tem coisa que é só possível fazer nos dias de sol. Piscina, igarapé, praia, empinar papagaio... Mas, existem coisas que só é possível de se fazer na chuva. Por exemplo, tomar banho de chuva.

Isso é muito legal, mas se for uma tempestade com raios, melhor ficar em casa e não manusear aparelhos elétricos.

Um cheiro da floresta e uma bela chuva, curumins!

GUARDA-CHUVA, PROTEÇÃONOSSA DE CADA TEMPORAL

CHOVE, CHUVA!

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Air Umbrella é projeto de guar-da-chuva que promete usar apenas ar para manter seu dono seco

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Antes de ser um desenho animado e até mesmo uma série de TV, The Tick foi uma história em

quadrinhos underground. Cria-do em 1986, por Ben Edlund, The Tick foi um personagem desenvolvido para ser mas-cote da editora americana New England Comics.

Em 1988 o personagem gan-hou sua própria HQ que acabou dando origem a série anima-da que teve 36 episódios em 3 temporadas e se popularizou nos anos 90. Além da animação, The Tick virou um jogo e até um seriado live-action lançado em 2001 pela Fox.

O Tick tem algumas particu-laridades interessantes, como o fato de patrulhar a cidade pulando de prédio em prédio, e seu curioso grito de guerra “Colher!” que surgiu quando ele procurava um bom grito de guerra, e por acaso estava com uma colher na mão.

No fundo The Tick é uma sátira sobre o mundo dos su-per-heróis e seus conflitos psi-cológicos. Misturando todos os clichês com piadas ácidas e um humor escrachado. Um fato cu-rioso é que o autor de The Tick é conhecido hoje em dia como o roteirista e produtor executi-vo da série Supernatural!

No ano de 1997, o Amazonas sofreu uma grande crise energia. Diariamente, as famílias de Manaus fi cavam horas a fi o sem luz elétri-ca. A revolta e os protestos eram intensos.

As pessoas dormiam do lado de fora da casa porque não suportavam o calor, acendiam velas para poder enxerga e, quem ti nha dinheiro, comprava gerador. Atento à tudo que se passa em sua volta, o Curumim publicou um quadrinho onde encontrava uma alter-nati va de energia independente para nossa cidade. Sabe qual foi? Isso mesmo, nosso inteligente indi-ozinho encontrou o vagalume, aquele bichinho que acende uma luzinha quando voa. Esse Curumim é mesmo incrível, não é mesmo molecada?

Em todo o mundo, caem dezes-seis bilhões de litros de água por segundo em forma de chuva.

CONTINENTE SECOAlém de ser o mais frio, a Antár-

ti da é o conti nente mais seco, ventoso e montanhoso da Terra. Chove menos de 50 milímetros ao ano por lá, o mesmo que nas regiões mais secas do inóspito de-serto do Saara.

SEM UMA GOTALima, capital do Peru, já che-

gou a fi car 30 anos sem uma gota de chuva.

MAIS CHUVOSAA cidade mais chuvosa do mun-

do é Lloró, na Colômbia. Lá, chove uma média de 280 dias por ano.

CHUVARADA NO AMAPÁA cidade mais chuvosa do Brasil

é Calçoene, no Amapá. Entre os meses de janeiro a junho são reg-istrados cerca de 25 dias de chu-va/mês.

101 DIAS CHOVENDOO recorde de dias consecuti vos

de chuva pertence a Ketchikan, no estado norte-americano do Alas-ka, onde chegou a chover durante 101 dias seguidos.

1.400 ANOS SEM CHOVERO lugar da Terra que passou

mais tempo sem registrar chu-va foi o deserto do Atacama, no Chile. Acredite se quiser, ele pas-sou 1.400 anos sem nenhum in-dício de chuva.

GUARDA-CHUVAO guarda-chuva foi inventado na

Mesopotâmia há cerca de 3.400 anos. Detalhe: ele servia para pro-teger do sol, não da chuva.

THE TICK

A CHUVA

G I B I T E C A

NOVEMBRO DE 1997

EXPEDIENTEPresidenteOtávio Ramam Neves

Diretor Executi voJoão Bosco Araújo

Diretor de RedaçãoMário Adolfo

Diretor de CriaçãoMarcus Vinícius

Design e IlustraçãoJosiney Encarnação

DiagramaçãoMarcelo Robert

Uma criação Mário Adolfo Produções LTDA.Todos os direitos reservados

CURIOSIDADES

DESERTO DO ATACAMA, NO CHILEANTÁRTIDA É O CONTINENTE MAIS SECO

LIMA, CAPITAL DO PERU KETCHIKAN, NO ALASKA

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Page 8: Curumim - 1º de fevereiro de 2015

VAMOS ENTENDER PORQUE CHOVE TANTO

NA NOSSA REGIÃO.

O ÚLTIMO HÉROI DA AMAZONIAAPRESENTA

Murupi, a indefesa

amiguinha do Curumim, vez ou outra se depara com os riscos da

floresta.

Socorro, uma onça!

Socorro, um jacaré!

Deixa comigo!

Sai fora,

bocão!

Enfim, sós!

Socorro, indiozinho saliente!

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