curumim - 8 de março de 2015

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CALVIN & HAROLDO PASSATEMPO PARABÉNS MULHERES Página 02 Página 07 Página 03

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Curumim - Caderno de entretenimento do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Curumim - 8 de março de 2015

CALVIN & HAROLDO PASSATEMPO PARABÉNS MULHERESPágina 02 Página 07 Página 03

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Page 2: Curumim - 8 de março de 2015

MULHERES QUE FIZERAM HISTÓRIA

2 7

EXPEDIENTE

PresidenteOtávio Ramam NevesDiretor Execu� voJoão Bosco AraújoDiretor de RedaçãoMário AdolfoDiretor de CriaçãoMarcus ViníciusDesign e IlustraçãoJosiney EncarnaçãoDiagramaçãoMarcelo Robert

Uma criação Mário Adolfo Produções LTDA.Todos os direitos reservados

CALVIN & HAROLDO

Criados pelo norte-americano Bill Wa� erson, Calvin & Haroldo são personagens com humor fi no e cheios de ironia. Suas � ras começaram a ser distribuídas em 1958 e foram produzidas

até 1995, quando o ar� sta anunciou sua aposentadoria da série. No quadrinho, o Calvin vive lindas aventuras ao lado de seu � gre de pelúcia, que ganha vida na sua imaginação, em diálogos inteligentes e � radas bem-humoradas.

Calvin & Haroldo chamam a atenção por debaterem o jeito de ser dos ser humano, as peculiaridades do mundo infan� l e contradições da vida adulta. Juntos eles formam uma das mais famosas duplas do mundo dos quadrinhos, que durante o seu período a� vo che-garam a marcar presença em mais de dois mil jornais ao redor do mundo. Seus livros já venderam mais de 30 milhões de exemplares em todo o planeta.

Seu autor recebeu os principais prêmios dos qua-drinhos, como o Harvey Award, o Prêmio Eisner e o Reuben Award. No brasil, Calvin & Haroldo � veram todas as suas 3.160 � rinhas lançadas pela editora Con-rad em uma coleção de livros em diversos volumes.

Corria o ano de 1990, o jornal Amazonas em Tempo funcionava em um prtédio de quatro andares, na Avenida André Araújo, Aleixo e � nha como Diretora Execu� va a

jornalista Hermengarda Junqueira. Naquele ano, o suplemento infan� l Curumim realizou um concurso de desenhos para sortear dez camisas do Clube do Curumim - a primeira que foi lançada pela Mário Adolfo Produções. No dia em que nossos sócios do clubinho, que venceram o concurso, foram buscar seus prêmio, convidamos para entregar as camisas a nossa diretora Menga, ao lado do editor Mário Adolfo (foto). Foi uma festa na redação e todo mundo saiu feliz. Os garotos que ganharam a lembrança e nós, por estarmos fazendo as crianças felizes.

CURIOSIDADES

corte acima dos ombros. MADRE TEREZA DE CALCUTÁ �1910�1997�

Agnes Gonxha Bojaxhiu, posteriormente conheci-da como Madre Tereza de Calcutá, recebeu o prêmio Nobel da Paz por dedicar sua

vida aos pobres, fundou casas religiosas e foi beati-

ficada pelo Papa João Paulo 2º. Tereza nasceu em uma comunidade albanesa do sul da antiga Iugoslávia.

De origem católica, a reli-giosa ingressou na Congre-gação Mariana e logo depois fez parte da Casa das Irmãs de Nossa Senhora do Loreto, em Dublin, na Irlanda. Foi lá que a Madre fez votos de obediência, pobreza e cas-tidade, mudando seu nome de Agnes para Tereza

LEILA DINIZ �1945�1972�Leila Roque Diniz rompeu

tabus no Brasil. Ela parou o país ao exibir sua gra-videz usando um biquíni, em plena ditadura militar. Nas décadas de 60 e 70, a atriz falava abertamente de temas como sexo, relaciona-mentos e sempre manteve sua vida aberta ao público

CARMEN MIRANDA �1909�1955�

Com suas roupas coloridas e as músicas contagiantes, Maria do Carmo Miranda da Cunha conquistou os solos tupiniquins e o mundo. Car-men Miranda foi a conexão artística entre Brasil e Esta-dos Unidos, até a década de 50. A cantora trabalhou no rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão. Chegou a receber o maior salário até então pago a uma mulher nos Estados Unidos

COCO CHANEL �1883�1971�Agradeça a Gabrielle Bonheur Chanel por poder usar

suas calças compridas e seu vestidinho tubinho. A estilista francesa inverteu os padrões da moda nos anos 20 e con-seguiu atribuir ao vestuário feminino, peças masculinas e roupas que valorizam as curvas. Para completar, lançou o clássico perfume Chanel nº5 (seu número da sorte) e o

DIVULGAÇÃO

sxsxs

1990

G I B I TECA

CARMEN MIRANDA

MADRE TEREZA

COCO CHANEL

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Page 3: Curumim - 8 de março de 2015

REPÓRTER CURUMIM

Muitos poetas já cantaram e decantaram a importância das mulheres em nossas vi-das. Mas um deles, Erasmo

Carlos, traduziu muito bem o que represen-ta a mulher esposa, mãe e companheira. Na verdade trata-se de uma canção, que escolhemos para homenagear a mulher em seu dia.

Leiam com atenção

Mulher (Sexo Frágil)Erasmo Carlos

Dizem que a mulher é o sexo frágil

Mas que men� ra absurda!Eu que faço parte da ro� na de uma delas

Sei que a força está com elas

Vejam como é forte a que eu conheçoSua sapiência não tem preço

Sa� sfaz meu ego, se fi ngindo submissaMas no fundo me enfei� ça

Quando eu chego em casa à noi� nha

Quero uma mulher só minha

Mas pra quem deu luz não tem mais jeitoPorque um fi lho quer seu peito

O outro já reclama a sua mão

E o outro quer o amor que ela � verQuatro homens dependentes e carentes

Da força da mulher

Mulher! Mulher!Do barro de que você foi gerada

Me veio inspiraçãoPra decantar você nessa canção

Mulher! Mulher!

Na escola em que você foi ensinadaJamais � rei um 10

Sou forte, mas não chego aos seus pés

Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, a Aninha, nasceu em Goiás em nasceu na Cidade de Goiás em 20 de agosto

de 188 e fi cou nacionalmente conhecida, ganhando o respeito de poetas como Carlos Drummond de Andrade, que foi o grande responsável por despertar o interesse do público nacional para a escritora até então conhecida apenas regionalmente.

Em 1905, quando estava com dezesseis anos de idade, enviou uma crônica de sua autoria para o jornal “Tribuna Espírita”, da cidade do Rio de Janeiro, sendo essa sua primeira publicação. Em 1908, aos dezeno-ve anos, criou, com a ajuda de duas amigas, o jornal de poemas femininos “A Rosa”. Seu primeiro conto, “Tragédia na Roça”, foi publicado em 1910 no “Anuário Histórico e Geográfi co do Estado de Goiás”.

Cora começou cedo, porém o reconheci-mento chegou quando já era uma senhora de setenta anos. Passou a maior parte de

sua vida no estado de São Paulo, lugar onde nasceu seus seis fi lhos, registrando passagens por Jabo� cabal, Penápolis, An-dradina e a própria cidade de São Paulo. Regressou para a cidade de Goiás já idosa e viúva, retornando para a Velha Casa da Ponte sobre o Rio Vermelho, residência ancestral de sua família.

”Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais”, seu primeiro livro, foi publicado pela Editora José Olympio em 1965. O livro foi enviado por Cora para vários escritores, tendo sido Drummond um deles, e foi justamente pelas mãos do poeta que a fi gura da escritora ganhou projeção nacional. Drummond louvou a personagem idosa que escrevia ver-sos singelos, sem muito adentrar as par� cularidades da escrita de Cora. Construiu-se então um mito, a fi gura da velhinha que começara a escrever tardia-mente, cuja obra poucas vezes ganhou a devida atenção da crí� ca literária.

Cora Coralina faleceu em Goiânia em 10 de abril de 1985. Após sua morte, a Velha Casa da Ponte foi transformada no Museu de Cora Coralina, que guarda diversos de seus manuscritos, livros, objetos pessoais e as correspondências trocadas durante anos com o amigo Carlos Drummond de Andrade.

6 3

Uma grande mulher, uma grande poeta

Parabéns, mulheres!

CORA CORALINA

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Page 4: Curumim - 8 de março de 2015

A edição de hoje fi cou ainda mais linda com o desenho simplesmente maravilhoso da nossa leitora Le� cia Cabral. A nossa pequeno ar� sta, de apenas 9 anos, colocou o no papel o castelo de princesa mais lindo que já recebemos. Até a Sarah Patel gostou dessa história de ser princesa e está pensando em se mudar da fl oresta. Será que tem um espacinho pra nossa tartaruguinha, Le� cia? Grande beijo.

Mande você também o seu desenho para o Curumim.

O Curumim continua recebendo mensagens emocionantes de novos e antigos leitores.

Mande você também a sua mensagem para o Curumim.

Ih, Jorge, a Leiloca anda meio desaparecida dos nossos quadrinhos. Eu também ando com saudades dela. Mas prometo que vou desenhar um quadrinho – em sua homenagem –, trazendo de volta Lei-loca, a minhoca. A bichinha é uma minhoca dengosa e doce, a única minhoca sem terra do mundo! Espero que você esteja gostando de Fortaleza, é uma bela cidade e os amazonenses adoram. Quando vier em Manaus entre em contato conosco. Teremos prazer em apertar sua mão e agradecer por ser um leitor tão fiel do Curumim.

Um cheiro da floresta e um sorvete de açaí!

Saudações, turma do Curumim.Quem escreve é um an� go e fi el leitor. Me chamo Jorge Paulo e sou nascido em Manaus, mas infelizmente � ve que deixar

a cidade há muitos anos para estudar e hoje moro em Fortaleza. Recentemente redescobri o Curumim através do Facebook e fi quei muito feliz. Parabéns pelo trabalho.

PS: Mandem um beijo para a Leiloca, minha personagem favorita.

Mário Adolfo

Jorge Paulo

O DIA INTERNACIONAL

DA MULHER

Um casal de arari-nhas-azuis, espé-cie considerada extinta na natu-

reza, chegou nesta terça-feira (3) ao Brasil. Nascidas na Alemanha, as ararinhas, batizadas de Carla e Tiago, são filhas de uma fêmea brasileira e devem ajudar a aumentar a população dos pássaros dessa espécie, no Brasil.

De acordo com o Minis-tério do Meio Ambiente, atualmente existem ape-nas 11 animais da espécie no país, todas vivendo em um criadouro no interior de São Paulo.

Nascidas de uma fêmea brasileira, que foi levada ao país europeu para repro-dução, as ararinhas foram s animais desembarcaram no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Em segui-da, foram levados para um

quaternário oficial do Mi-nistério da Agricul-

tura, onde per-maneceram

em obser-vação por 15 dias. O p r ó x i m o destino do

casal será um criadou-

ro científico da fauna silves-tre para fins de conservação, no interior paulista.batizadas de Car-la e Tiago .

Ararinhas-azuis Nascem na Alemanha

4 5

Ana Beatriz, 6 aninhos, é mais uma princesinha que teve sua foto enviada pela mãe Ana Mello. A cinderela que nos perdoe, mas nos quesito beleza, a nossa Beatriz ganha de goleada. Um beijo do Curumim.

Sophia Almeida tem 6 anos e cursa o primeiro ano no Colégio Dom Bosco. Além de muito linda, Sophia é carinhosa, adora os ani-mais e não perde suas aulas de bale. Orgulho dos pais Daniel Rocha e Kelly Almeida.

P rimeiro foi a india-zinha Murupí que passou com um car-taz onde se lia “COM

LICENÇA, AS MULHERES VÃO À LUTA!” Depois foi Sarah Patel que trazia uma placa no casco: “MULHERES DO MUN-DO INTEIRO, UNI-VOS!”

O Curumim que estava ca-çando em uma clareira ficou curioso e perguntou:

— Ei, Sarah Patel, vai ha-ver alguma manifestação na floresta?

— Vai sim Curumim, esta-mos indo para lá!

— E de que se trata?—Sabe não? Dia 8 de Mar-

ço, indiozinho, comemora-mos o Dia Internacional da Mulher.

— E por que tem que ser nesta data?

— É uma longa história Curumim. No Dia Interna-cional da Mulher lembramos da luta por valorização na sociedade, lembramos de sua força e sensibilidade para conquistar seu espaço. Mas acho quem melhor pode ex-plicar isso é Murupi.

— Ei Murupi! – gritou o Curumim – explica aí essa história do Dia da Mulher.

— A data. Meu indiozi-nho, está relacionada aos movimentos feministas que buscavam mais dignidade para as mulheres, tentan-do organizar uma sociedade mais justa e igualitária. Ape-sar da discriminação contra a mulher ser bem antiga, é a partir da Revolução Indus-trial, em 1789, que os movi-mentos e reivindicações co-meçam a crescer – explicou a indiazinha.

— Mas tem um episó-dio chocante, que aconte-ceu no dia 8 e deu origem ao Dia da Mulher, não é mesmo, Murupí?

— É verdade, Sarah Patel. Vou contar: Tudo começou com a mobilização organi-zada por operárias de uma fábrica de tecidos em Nova York, Estados Unidos, em 8 de março de 1857. Neste dia, 129 operárias parali-saram suas atividades para reivindicar melhores condi-ções de trabalho, redução de carga horária de 14 horas para 10 horas e direito à licença maternidade. A po-lícia e os donos da fábrica reagiram duramente. A ma-nifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada.

Aproximadamente 130 te-celãs morreram carboniza-das, num ato total-mente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma confe-rência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Inter-nacional da Mulher”, em ho-menagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um de-creto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

— Isso mesmo. E a partir daí esse dia foi escolhido para ser o Dia Internacional da Mulher em homenagem a essas operárias, que re-presentam as diversas lutas empreendidas pelas mulhe-res na sociedade.

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A edição de hoje fi cou ainda mais linda com o desenho simplesmente maravilhoso da nossa leitora Le� cia Cabral. A nossa pequeno ar� sta, de apenas 9 anos, colocou o no papel o castelo de princesa mais lindo que já recebemos. Até a Sarah Patel gostou dessa história de ser princesa e está pensando em se mudar da fl oresta. Será que tem um espacinho pra nossa tartaruguinha, Le� cia? Grande beijo.

Mande você também o seu desenho para o Curumim.

O Curumim continua recebendo mensagens emocionantes de novos e antigos leitores.

Mande você também a sua mensagem para o Curumim.

Ih, Jorge, a Leiloca anda meio desaparecida dos nossos quadrinhos. Eu também ando com saudades dela. Mas prometo que vou desenhar um quadrinho – em sua homenagem –, trazendo de volta Lei-loca, a minhoca. A bichinha é uma minhoca dengosa e doce, a única minhoca sem terra do mundo! Espero que você esteja gostando de Fortaleza, é uma bela cidade e os amazonenses adoram. Quando vier em Manaus entre em contato conosco. Teremos prazer em apertar sua mão e agradecer por ser um leitor tão fiel do Curumim.

Um cheiro da floresta e um sorvete de açaí!

Saudações, turma do Curumim.Quem escreve é um an� go e fi el leitor. Me chamo Jorge Paulo e sou nascido em Manaus, mas infelizmente � ve que deixar

a cidade há muitos anos para estudar e hoje moro em Fortaleza. Recentemente redescobri o Curumim através do Facebook e fi quei muito feliz. Parabéns pelo trabalho.

PS: Mandem um beijo para a Leiloca, minha personagem favorita.

Mário Adolfo

Jorge Paulo

O DIA INTERNACIONAL

DA MULHER

Um casal de arari-nhas-azuis, espé-cie considerada extinta na natu-

reza, chegou nesta terça-feira (3) ao Brasil. Nascidas na Alemanha, as ararinhas, batizadas de Carla e Tiago, são filhas de uma fêmea brasileira e devem ajudar a aumentar a população dos pássaros dessa espécie, no Brasil.

De acordo com o Minis-tério do Meio Ambiente, atualmente existem ape-nas 11 animais da espécie no país, todas vivendo em um criadouro no interior de São Paulo.

Nascidas de uma fêmea brasileira, que foi levada ao país europeu para repro-dução, as ararinhas foram s animais desembarcaram no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Em segui-da, foram levados para um

quaternário oficial do Mi-nistério da Agricul-

tura, onde per-maneceram

em obser-vação por 15 dias. O p r ó x i m o destino do

casal será um criadou-

ro científico da fauna silves-tre para fins de conservação, no interior paulista.batizadas de Car-la e Tiago .

Ararinhas-azuis Nascem na Alemanha

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Ana Beatriz, 6 aninhos, é mais uma princesinha que teve sua foto enviada pela mãe Ana Mello. A cinderela que nos perdoe, mas nos quesito beleza, a nossa Beatriz ganha de goleada. Um beijo do Curumim.

Sophia Almeida tem 6 anos e cursa o primeiro ano no Colégio Dom Bosco. Além de muito linda, Sophia é carinhosa, adora os ani-mais e não perde suas aulas de bale. Orgulho dos pais Daniel Rocha e Kelly Almeida.

P rimeiro foi a india-zinha Murupí que passou com um car-taz onde se lia “COM

LICENÇA, AS MULHERES VÃO À LUTA!” Depois foi Sarah Patel que trazia uma placa no casco: “MULHERES DO MUN-DO INTEIRO, UNI-VOS!”

O Curumim que estava ca-çando em uma clareira ficou curioso e perguntou:

— Ei, Sarah Patel, vai ha-ver alguma manifestação na floresta?

— Vai sim Curumim, esta-mos indo para lá!

— E de que se trata?—Sabe não? Dia 8 de Mar-

ço, indiozinho, comemora-mos o Dia Internacional da Mulher.

— E por que tem que ser nesta data?

— É uma longa história Curumim. No Dia Interna-cional da Mulher lembramos da luta por valorização na sociedade, lembramos de sua força e sensibilidade para conquistar seu espaço. Mas acho quem melhor pode ex-plicar isso é Murupi.

— Ei Murupi! – gritou o Curumim – explica aí essa história do Dia da Mulher.

— A data. Meu indiozi-nho, está relacionada aos movimentos feministas que buscavam mais dignidade para as mulheres, tentan-do organizar uma sociedade mais justa e igualitária. Ape-sar da discriminação contra a mulher ser bem antiga, é a partir da Revolução Indus-trial, em 1789, que os movi-mentos e reivindicações co-meçam a crescer – explicou a indiazinha.

— Mas tem um episó-dio chocante, que aconte-ceu no dia 8 e deu origem ao Dia da Mulher, não é mesmo, Murupí?

— É verdade, Sarah Patel. Vou contar: Tudo começou com a mobilização organi-zada por operárias de uma fábrica de tecidos em Nova York, Estados Unidos, em 8 de março de 1857. Neste dia, 129 operárias parali-saram suas atividades para reivindicar melhores condi-ções de trabalho, redução de carga horária de 14 horas para 10 horas e direito à licença maternidade. A po-lícia e os donos da fábrica reagiram duramente. A ma-nifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada.

Aproximadamente 130 te-celãs morreram carboniza-das, num ato total-mente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma confe-rência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Inter-nacional da Mulher”, em ho-menagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um de-creto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

— Isso mesmo. E a partir daí esse dia foi escolhido para ser o Dia Internacional da Mulher em homenagem a essas operárias, que re-presentam as diversas lutas empreendidas pelas mulhe-res na sociedade.

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REPÓRTER CURUMIM

Muitos poetas já cantaram e decantaram a importância das mulheres em nossas vi-das. Mas um deles, Erasmo

Carlos, traduziu muito bem o que represen-ta a mulher esposa, mãe e companheira. Na verdade trata-se de uma canção, que escolhemos para homenagear a mulher em seu dia.

Leiam com atenção

Mulher (Sexo Frágil)Erasmo Carlos

Dizem que a mulher é o sexo frágil

Mas que men� ra absurda!Eu que faço parte da ro� na de uma delas

Sei que a força está com elas

Vejam como é forte a que eu conheçoSua sapiência não tem preço

Sa� sfaz meu ego, se fi ngindo submissaMas no fundo me enfei� ça

Quando eu chego em casa à noi� nha

Quero uma mulher só minha

Mas pra quem deu luz não tem mais jeitoPorque um fi lho quer seu peito

O outro já reclama a sua mão

E o outro quer o amor que ela � verQuatro homens dependentes e carentes

Da força da mulher

Mulher! Mulher!Do barro de que você foi gerada

Me veio inspiraçãoPra decantar você nessa canção

Mulher! Mulher!

Na escola em que você foi ensinadaJamais � rei um 10

Sou forte, mas não chego aos seus pés

Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, a Aninha, nasceu em Goiás em nasceu na Cidade de Goiás em 20 de agosto

de 188 e fi cou nacionalmente conhecida, ganhando o respeito de poetas como Carlos Drummond de Andrade, que foi o grande responsável por despertar o interesse do público nacional para a escritora até então conhecida apenas regionalmente.

Em 1905, quando estava com dezesseis anos de idade, enviou uma crônica de sua autoria para o jornal “Tribuna Espírita”, da cidade do Rio de Janeiro, sendo essa sua primeira publicação. Em 1908, aos dezeno-ve anos, criou, com a ajuda de duas amigas, o jornal de poemas femininos “A Rosa”. Seu primeiro conto, “Tragédia na Roça”, foi publicado em 1910 no “Anuário Histórico e Geográfi co do Estado de Goiás”.

Cora começou cedo, porém o reconheci-mento chegou quando já era uma senhora de setenta anos. Passou a maior parte de

sua vida no estado de São Paulo, lugar onde nasceu seus seis fi lhos, registrando passagens por Jabo� cabal, Penápolis, An-dradina e a própria cidade de São Paulo. Regressou para a cidade de Goiás já idosa e viúva, retornando para a Velha Casa da Ponte sobre o Rio Vermelho, residência ancestral de sua família.

”Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais”, seu primeiro livro, foi publicado pela Editora José Olympio em 1965. O livro foi enviado por Cora para vários escritores, tendo sido Drummond um deles, e foi justamente pelas mãos do poeta que a fi gura da escritora ganhou projeção nacional. Drummond louvou a personagem idosa que escrevia ver-sos singelos, sem muito adentrar as par� cularidades da escrita de Cora. Construiu-se então um mito, a fi gura da velhinha que começara a escrever tardia-mente, cuja obra poucas vezes ganhou a devida atenção da crí� ca literária.

Cora Coralina faleceu em Goiânia em 10 de abril de 1985. Após sua morte, a Velha Casa da Ponte foi transformada no Museu de Cora Coralina, que guarda diversos de seus manuscritos, livros, objetos pessoais e as correspondências trocadas durante anos com o amigo Carlos Drummond de Andrade.

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Uma grande mulher, uma grande poeta

Parabéns, mulheres!

CORA CORALINA

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MULHERES QUE FIZERAM HISTÓRIA

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EXPEDIENTE

PresidenteOtávio Ramam NevesDiretor Execu� voJoão Bosco AraújoDiretor de RedaçãoMário AdolfoDiretor de CriaçãoMarcus ViníciusDesign e IlustraçãoJosiney EncarnaçãoDiagramaçãoMarcelo Robert

Uma criação Mário Adolfo Produções LTDA.Todos os direitos reservados

CALVIN & HAROLDO

Criados pelo norte-americano Bill Wa� erson, Calvin & Haroldo são personagens com humor fi no e cheios de ironia. Suas � ras começaram a ser distribuídas em 1958 e foram produzidas

até 1995, quando o ar� sta anunciou sua aposentadoria da série. No quadrinho, o Calvin vive lindas aventuras ao lado de seu � gre de pelúcia, que ganha vida na sua imaginação, em diálogos inteligentes e � radas bem-humoradas.

Calvin & Haroldo chamam a atenção por debaterem o jeito de ser dos ser humano, as peculiaridades do mundo infan� l e contradições da vida adulta. Juntos eles formam uma das mais famosas duplas do mundo dos quadrinhos, que durante o seu período a� vo che-garam a marcar presença em mais de dois mil jornais ao redor do mundo. Seus livros já venderam mais de 30 milhões de exemplares em todo o planeta.

Seu autor recebeu os principais prêmios dos qua-drinhos, como o Harvey Award, o Prêmio Eisner e o Reuben Award. No brasil, Calvin & Haroldo � veram todas as suas 3.160 � rinhas lançadas pela editora Con-rad em uma coleção de livros em diversos volumes.

Corria o ano de 1990, o jornal Amazonas em Tempo funcionava em um prtédio de quatro andares, na Avenida André Araújo, Aleixo e � nha como Diretora Execu� va a

jornalista Hermengarda Junqueira. Naquele ano, o suplemento infan� l Curumim realizou um concurso de desenhos para sortear dez camisas do Clube do Curumim - a primeira que foi lançada pela Mário Adolfo Produções. No dia em que nossos sócios do clubinho, que venceram o concurso, foram buscar seus prêmio, convidamos para entregar as camisas a nossa diretora Menga, ao lado do editor Mário Adolfo (foto). Foi uma festa na redação e todo mundo saiu feliz. Os garotos que ganharam a lembrança e nós, por estarmos fazendo as crianças felizes.

CURIOSIDADES

corte acima dos ombros. MADRE TEREZA DE CALCUTÁ �1910�1997�

Agnes Gonxha Bojaxhiu, posteriormente conheci-da como Madre Tereza de Calcutá, recebeu o prêmio Nobel da Paz por dedicar sua

vida aos pobres, fundou casas religiosas e foi beati-

ficada pelo Papa João Paulo 2º. Tereza nasceu em uma comunidade albanesa do sul da antiga Iugoslávia.

De origem católica, a reli-giosa ingressou na Congre-gação Mariana e logo depois fez parte da Casa das Irmãs de Nossa Senhora do Loreto, em Dublin, na Irlanda. Foi lá que a Madre fez votos de obediência, pobreza e cas-tidade, mudando seu nome de Agnes para Tereza

LEILA DINIZ �1945�1972�Leila Roque Diniz rompeu

tabus no Brasil. Ela parou o país ao exibir sua gra-videz usando um biquíni, em plena ditadura militar. Nas décadas de 60 e 70, a atriz falava abertamente de temas como sexo, relaciona-mentos e sempre manteve sua vida aberta ao público

CARMEN MIRANDA �1909�1955�

Com suas roupas coloridas e as músicas contagiantes, Maria do Carmo Miranda da Cunha conquistou os solos tupiniquins e o mundo. Car-men Miranda foi a conexão artística entre Brasil e Esta-dos Unidos, até a década de 50. A cantora trabalhou no rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão. Chegou a receber o maior salário até então pago a uma mulher nos Estados Unidos

COCO CHANEL �1883�1971�Agradeça a Gabrielle Bonheur Chanel por poder usar

suas calças compridas e seu vestidinho tubinho. A estilista francesa inverteu os padrões da moda nos anos 20 e con-seguiu atribuir ao vestuário feminino, peças masculinas e roupas que valorizam as curvas. Para completar, lançou o clássico perfume Chanel nº5 (seu número da sorte) e o

DIVULGAÇÃO

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1990

G I B I TECA

CARMEN MIRANDA

MADRE TEREZA

COCO CHANEL

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