curumim - 22 de fevereiro de 2015

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51 ANOS DE PETELECADAS AO MESTRE COM CARINHO MASTERS OF THE UNIVERSE Página 05 Página 03 Página 06

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Curumim - Caderno de entretenimento do jornal Amazonas EM TEMPO

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51 ANOS DE PETELECADAS

P05

AO MESTRE COM CARINHO MASTERS OF THE UNIVERSEPágina 05 Página 03 Página 06

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EXPEDIENTE

PresidenteOtávio Ramam NevesDiretor Execu� voJoão Bosco AraújoDiretor de RedaçãoMário AdolfoDiretor de CriaçãoMarcus ViníciusDesign e IlustraçãoJosiney EncarnaçãoDiagramaçãoMarcelo Robert

Uma criação Mário Adolfo Produções LTDA.Todos os direitos reservados

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No início dos anos 1990, um grupo de desenhistas aban-donaram as editoras Marvel e Dc para formar um con-

junto de estúdios, onde poderiam exercitar sua criatividade com mais liberdade, e sem terem os direitos autorais violados. Dentre eles o genial Todd McFarlane.

A história conta a história do as-sassino Al Simmons que, morto em combate, faz um pacto para rever sua esposa, Wanda. Ao acordar, Simmons se vê sem memória, cinco anos após sua morte e transformado num ser horrendo, Spawn.

O traço de Todd McFarlane, ao lado de seus personagens carismáticos fez a série um sucesso de vendas e público. Nas primeiras dez edições, criadores respeitados comprovaram o potencial criativo da série, como Alan Moore,

Neil Gaiman e Frank Miller.Spawn é considerado um marco na

história dos quadrinhos por ter sua marca aproximada ao que acontece no mercado de quadrinhos japoneses: ligados ao mercado de brinquedos. Todd McFarlane fundou uma empresa apenas para esse fim. Inicialmente, a arte da revista era feita pelo próprio McFarlane, que depois passou o lápis para Greg Capullo, passando a fazer apenas a arte-final. Anos depois, o traço ficou sob a responsabilidade de Angel Medina e Capullo passou a de-senhar apenas as capas.

No ano de 1997 chegou às telonas a adaptação dele para os cinemas. Dirigi-do por Mark A.Z. Dippe, o fi lme trouxe grande expecta� va aos fãs de quadrinhos, mas, como quase todos os fi lmes criados na época baseado em HQ’s ou games, acabou sendo um fracasso.

“A.E.I. ÓPERA” NA BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO No ano de 2000, a convite do secretário de estado da

Cultura, Robério Braga, o jornalista e cartunista Mário Adolfo foi convidado para fazer a história da Ópera em quadrinhos, contada pela turma do Curumim, como parte da programação do Festival Amazonas de Ópera. Mário criou a revistinha “A.E.I. Ópera”. O trabalho ficou tão interessante, que o secretário resolveu lança na Bienal Internacional do Livro, realizada no Rio de Janeiro s. Mário. A fila formada em frente ao stand do Amazonas foi tão grade que Robério autorizou que a revistinha fosse distribuída de graça. Mário Adolfo autografou 410 livros e pediu para parar. E mais uma vez o indiozinho Curumim fez sucesso.

������������ NECROMANCIAOs gregos chamavam a arte

de ventriloquismo gastro-mancia, e estava associada às práticas divinatórias da necromancia, sendo usada para parecer que o espírito do morto estava presente para dar informações de além-tú-mulo. Durante a Idade Mé-dia a prática era associada à feitiçaria.

ARTE CÊNICAO ventríloquo usa do artifí-

cio de falar, ao mesmo tempo que manipula um boneco. Por exemplo, o artista dissimula o timbre natural da própria voz e entabula um verdadeiro di-álogo com a peça inanimada, o que contribui para reforçar a ilusão.

GRANDES VENTRÍLOQUOSNos Estados Unidos um

grande ventríloquo, que

atuou no filme da Disney Fun and Fancy Free (no Brasil: “Como é bom se divertir”), foi Edgar Bergen, com seus fan-toches “Charlie McCarthy” e “Mortimer Snerd”.

TERRY FATORTambém tem Terry Fator,

ganhador do Programa AGT ( America´s Got Talent) em que imitava grandes artistas como Ella Fitzgerald, Tony Bennette Roy Orbison.

SHARI LEWISShari Lewis, ventríloquo

norte-americano e apresen-tador de programa infantil da TV, muito popular du-rante os anos sessenta com seus fantochese espetáculo de ventriloquia.

BATISTANo Brasil, o ventriloquo

mais famoso é Batista Jú-nior, que atuou na primeira metade do século XX. Alguns

programas televisivos che-garam a apresentar bonecos “falantes”, como o humorís-tico A Praça é Nossa.

BONEQUEIROTambém Augusto Oliveira,

conhecido por “Augusto Bo-nequeiro”, ganhou fama in-ternacional, apesar de relati-vamente pouco conhecido no país.

O dom de falar fazendo parecer que a voz vem de outro lugar é possível devido ao uso do estômago durante a ina-lação (o latim venter loquisignifica barriga falante). O ven-tríloquo inspira e expira devagar, pressionando com força as cordas vocais. As palavras são formadas pelo estreitamento da garganta; a boca abre-se o mínimo e a língua move-se apenas na ponta.

O ventríloquo Edgar Bergen e seu boneco Charlie McCarthy em cena do fi lme Stage Door Canteen (1943)

WIKIPEDIA.ORG

CURUMIM NA HISTORIACURUMIM NA HISTORIA

( America´s Got Talent) em que imitava grandes artistas como Ella Fitzgerald, Tony

Shari Lewis, ventríloquo

tador de programa infantil

rante os anos sessenta com seus fantochese espetáculo

nior, que atuou na primeira metade do século XX. Alguns

vamente pouco conhecido no país.

01_08_CURUMIM.indd 10-11 20/02/2015 10:22:53## CURUMIM.indd 2-3 20/2/2015 21:25:43

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Uma mensagem enviada pelo celular há duas se-manas, mudou a pauta do CURUMIM. Veja se

não é emocionante:“Hoje, depois de alguns anos, eu matei a sau-dade do CURUMIM! Chorei emo-cionado. (Pensei que ELE tivesse ‘acabado’). Abraços! Oscarino”

Isso mesmo! Esta mensagem nos foi enviada por Oscarino Varjão, o grande ventríloquo, criador do boneco Peteleco. Da nossa parte nós também nos emocionamos muito. Por isso esquecemos a ou-tra pauta e resolvemos editar um CURUMI todo em homenagem à genial dupla Oscarino & Peteleco. Nossos caminhos já se cruzaram muitas vezes. A primeira vez foi quando escrevi uma matéria es-pecial – ainda no jornal A Crítica –, onde contei a trajetória de Oscarino “a Arte de Sobreviver Pete-lecando”. Depois,

dei um furo quando noticiei em primeira mão que Oscarino ia ser entrevistado no Jô Soares.

Oscarino, amiguinhos, talvez seja o maior ventríloquo do mun-do, porque fala sem mexer os lábios. Este é o mais difícil estilo de ventriloquismo.Por conta dis-so, Oscarino nos presenteou com um boneco do CURUMIM, que até hoje está lá no meu estúdio de desenho.

Esse CURUMIM é para você Os-carino, que, com seu moleque Peteleco vem levando alegria às crianças Do Amazonas.

Obrigado amigo. Longa vida a Oscarino e Peteleco!

No ano 2000, o ventríloquo Oscari-no e seu boneco Peteleco conse-guira uma façanha espetacular. Os dois foram entrevistados no

programa de Jô Soares, pela Rede Globo. A indicação da dupla de ar� stas amazonenses para o Jô foi feita pelo ex-ministro da jus� ça, Bernardo Cabral que deu um toque para o apresentador.

— Lá no Amazonas tem um dos melhores ventríloquos do mundo. Com o seu boneco Peteleco ele leva alegria para as crianças há 43 anos – , informou Cabral.

Jô Soares passou a dica para a sua pro-dução e lá se oram para os estúdios da Globo nossos amigos Oscarino e Peteleco. No sofá do Gordo, a dupla fez o Brasil in-teiro rir. De saída, ao saber que Oscarino trabalhava com o “ peralta” Peteleco há 43 anos, comentou:

— Isso é que é uma parceria longa, não

é Oscarino.— Um casamento perfeito, Jô! – respon-

deu o ventríloquo.Aí Jô percebeu que o som estava ruim,

pois o microfone de lapela estava na gola da camisa do ventríloquo Oscarino. O Gordo chamou a produção e Peteleco, como gente grande, recebeu seu primeiro microfone de lapela (que chique). Depois Jô Soares quis saber quem fez o boneco. E Oscarino perguntou do próprio:

— Quem foi que te fez?— Foi tu. droga – respondeu Peteleco

arranco risadas do auditório.— Então, você me deve obediência, por-

que sou mais velho e foi eu que te fi z.— De jeito nenhum.— Tem que me obedecer, Peteleco. Sem

não fosse eu você não exis� a.— E se não fosse eu tu já � nhas morrido

de fome! (risos).

Na entrevista, Jô Soares pediu e o Peteleco cantou a marchinha “O Con-selho do Peteleco” – “ Estuda criança, do Brasil és a esperança/ Eu sou teu amiguinho/ contigo ninguém dá certo/ estuda criança/ quem te aconselha é teu amigo Peteleco...”

A entrevista foi um sucesso, e Oscarino com seu talento entrou para a história da TV brasileira.

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O DIA EM QUE PETELECO DEU SHOW NO JÔ SOARESO ventríloquo Oscarino e seu irreverente boneco fi zeram a plateia rir no Gordo

Oscarino “a Arte de Sobreviver Pete-lecando”. Depois,

AO MESTRE COM CARINHO

01_08_CURUMIM.indd 12-13 20/02/2015 10:23:57## CURUMIM.indd 4-5 20/2/2015 21:28:32

O desenho de hoje foi enviado por nossa leitora Júlia Me-nezes de 7 anos. Segundo Júlia , seu desenho representa o coração de todas as crianças do mundo: grande e colorido. Valeu, Júlia. Bem que os adultos também poderiam pensar assim, não é mesmo?

Mande você também o seu desenho para o Curumim.

O Curumim continua recebendo mensagens emocionantes de novos e antigos leitores.

Mande você também a sua mensagem para o Curumim.

Meus queridos leitores Mariana e Gabriel, estamos muito contentes em saber que vocês curtem nosso trabalho. O CURUMIM é um jornalzinho com uma missão muito especial: levar lazer, entrete-nimento e cultura para nossos baixinhos da Amazônia. O sonho de vocês assistirem a um desenho do CURUMIM na TV é o mesmo nosso. Estamos trabalhando para chegar lá. Um dia Tupã nos abençoa e a gente aparece na telinha.

Um cheiro da floresta e um sorvete de cupuaçu!

Querido Curumim, meu nome é Mariana e tenho 5 anos. Também tenho um irmão de 3 anos de nome Gabriel e estamos gostando muito do Curumim. Queremos saber quando vamos assistir o desenho do Curumim na televisão. Um grande beijo.

E-mail enviado pelo pai Nelson Mesquita.

Mário Adolfo

Nelson Mesquita

���������� Pe���ecada�

Em meio à crise hídri-ca, uma das princi-pais recomendações é reusar água para

reduzir o consumo diário.Mas fazer isso não é exa-

tamente fácil ou prá� co, ao menos quando se fala de um dos hábitos diários que mais demandam água: o banho.

Mas o designer húngaro Alberto Vasquez criou uma técnica simples, que permite que até 90% da água do ba-nho seja reaproveitada.

“O Gris é resultado de um trabalho de dois anos que fi z durante minha faculdade”.

Reservatórios interligados – O Gris é composto por uma plataforma an� derrapante formada por quatro reser-vatórios interligados que se inclinam ligeiramente para o

centro, onde entradas permi-tem que a água se acumule em seu interior.

Cada reservatório compor-ta até dez litros, o mesmo que um balde comum. Quando estão cheios, a pessoa pode desconectá-los e usar a água armazenada para outros fi ns, como dar descarga ou fazer a limpeza da casa. Assim, o uso do sistema Gris permi-� ria reu� lizar quase toda a água usada no banho.

Desde que apresentou o Gris no ano passado, o designer já ganhou dois dos prêmios inter-nacionais, o iF Design Award e o A’Design Award, além de ter sido premiado pelo governo húngaro.

O protó� po do equipa-mento já foi criado e agora há a intenção de produzi-lo em larga escala, sendo co-mercializado a preços entre U$ 20 e U$ 40. Segundo Vas-quez, a intenção é baratear os custos ao máximo para que o Gris esteja acessível a qualquer pessoa.

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4 5

Ana kemilly, 2 aninhos, nos mostra que não existe limites para a fofura. Não é por acaso que sua mãe, Ana Mello, fez questão de enviar a foto da pequena para o Curumim.

Davi William tem 1 aninho e também não fi ca atrás no quesito “lindeza”. Davi é irmão de Ana kemilly. Eita família bonita!

Até parece que foi on-tem, mas a dupla Osca-rino & Peteleco já está na estrada há 51 anos.

O irreverente negrinho Peteleco é o instrumento de trabalho do ventríloquo Oscarino Var-jão, amazonense que nasceu de família pobre no Paraná do Xiborena, localidade próxima ao Encontro das Águas.

Para os amiguinhos que não sabem, ventriloquismo é um dom da mãe natureza que já nasce com a pessoa. É a arte de falar sem mexer a boca, mudando a voz de tal forma que chega a parecer que ela vem de outra fonte. No caso de Oscarino, é o ar� sta quem fala, mas a voz parece sair do boneco Peteleco, que mexe a beiçola vermelha e arranca gar-galhadas de crianças e adultos com a sua irreverência.

Foi Vovô Branco”, o saudoso Américo Alvarez um homem que dedicou toda a sua vida a diver� r as crianças – que des-cobriu o “fenômeno” Oscarino. Naquela época, com 13 anos, Oscarino Farias Varjão veio es-tudar em Manaus. Nas horas vagas reunia os meninos de rua e começa a falar sem mexer a boca. E o pior é que “nem sa-bia o que era aquilo”. Um dia resolveu mostrar isso para o Vovô Branco, que franziu a testa e disparou.

— Menino, você é um ven-tríloquo!

— Era o ano de 1957, para ser mais preciso, dia 15 de maio,

quando Oscarino, então com 20 anos, apresentou pela primeira vez o boneco Peteleco. Um ne-grinho irreverente que conversa com o seu “mestre” e sempre leva o assunto para o terreno da galhofa.

PETELECADANaquele ano, Oscarino estava

decidido a assumir seu talento e tentar ganhar dinheiro com o dom de ventríloquo. O “palco” de estreia foi a rua Marquês de Santa Cruz, centro de Manaus.

— Atenção senhoras e se-nhores, vai começar a pete-lecada! – anunciou Oscarino. Segundo ele, o termo “pete-lecada” É uma mistura de Peteleco com piada.

E aí começou sua vida ar� s� ca, chegando ao topo do sucesso

quando apresentou um progra-ma na ex� nta “TV Ajuricaba”, que iniciou suas a� vidades em 1967. A dupla � nha um espaço no programa “Cirandinha na TV”, apresentado por Maria do Céu. Logo em seguida foi para a TV Amazonas, onde apresentou o “Clube do Peteleco”.

Hoje, depois de divertir várias gerações, Oscarino so-brevive de suas “petelecadas”. Pode até não ser um homem realizado financeiramente, mas, por certo, é muito feliz. Afinal, existe algum artista amazonense mais querido pe-las crianças do que Oscarino? E qual o adulto de hoje que não recorda, com uma ponta de saudade, os bons tempos de menino e os inesquecíveis sho-ws de Oscarino e Peteleco?

Foi no dia 15 de maio de 1957 que, aos 20 anos, Oscarino apresentou pela primeira vez o boneco Peteleco

01_08_CURUMIM.indd 14-15 20/02/2015 10:24:22## CURUMIM.indd 6-7 20/2/2015 21:26:26

O desenho de hoje foi enviado por nossa leitora Júlia Me-nezes de 7 anos. Segundo Júlia , seu desenho representa o coração de todas as crianças do mundo: grande e colorido. Valeu, Júlia. Bem que os adultos também poderiam pensar assim, não é mesmo?

Mande você também o seu desenho para o Curumim.

O Curumim continua recebendo mensagens emocionantes de novos e antigos leitores.

Mande você também a sua mensagem para o Curumim.

Meus queridos leitores Mariana e Gabriel, estamos muito contentes em saber que vocês curtem nosso trabalho. O CURUMIM é um jornalzinho com uma missão muito especial: levar lazer, entrete-nimento e cultura para nossos baixinhos da Amazônia. O sonho de vocês assistirem a um desenho do CURUMIM na TV é o mesmo nosso. Estamos trabalhando para chegar lá. Um dia Tupã nos abençoa e a gente aparece na telinha.

Um cheiro da floresta e um sorvete de cupuaçu!

Querido Curumim, meu nome é Mariana e tenho 5 anos. Também tenho um irmão de 3 anos de nome Gabriel e estamos gostando muito do Curumim. Queremos saber quando vamos assistir o desenho do Curumim na televisão. Um grande beijo.

E-mail enviado pelo pai Nelson Mesquita.

Mário Adolfo

Nelson Mesquita

���������� Pe���ecada�

Em meio à crise hídri-ca, uma das princi-pais recomendações é reusar água para

reduzir o consumo diário.Mas fazer isso não é exa-

tamente fácil ou prá� co, ao menos quando se fala de um dos hábitos diários que mais demandam água: o banho.

Mas o designer húngaro Alberto Vasquez criou uma técnica simples, que permite que até 90% da água do ba-nho seja reaproveitada.

“O Gris é resultado de um trabalho de dois anos que fi z durante minha faculdade”.

Reservatórios interligados – O Gris é composto por uma plataforma an� derrapante formada por quatro reser-vatórios interligados que se inclinam ligeiramente para o

centro, onde entradas permi-tem que a água se acumule em seu interior.

Cada reservatório compor-ta até dez litros, o mesmo que um balde comum. Quando estão cheios, a pessoa pode desconectá-los e usar a água armazenada para outros fi ns, como dar descarga ou fazer a limpeza da casa. Assim, o uso do sistema Gris permi-� ria reu� lizar quase toda a água usada no banho.

Desde que apresentou o Gris no ano passado, o designer já ganhou dois dos prêmios inter-nacionais, o iF Design Award e o A’Design Award, além de ter sido premiado pelo governo húngaro.

O protó� po do equipa-mento já foi criado e agora há a intenção de produzi-lo em larga escala, sendo co-mercializado a preços entre U$ 20 e U$ 40. Segundo Vas-quez, a intenção é baratear os custos ao máximo para que o Gris esteja acessível a qualquer pessoa.

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Ana kemilly, 2 aninhos, nos mostra que não existe limites para a fofura. Não é por acaso que sua mãe, Ana Mello, fez questão de enviar a foto da pequena para o Curumim.

Davi William tem 1 aninho e também não fi ca atrás no quesito “lindeza”. Davi é irmão de Ana kemilly. Eita família bonita!

Até parece que foi on-tem, mas a dupla Osca-rino & Peteleco já está na estrada há 51 anos.

O irreverente negrinho Peteleco é o instrumento de trabalho do ventríloquo Oscarino Var-jão, amazonense que nasceu de família pobre no Paraná do Xiborena, localidade próxima ao Encontro das Águas.

Para os amiguinhos que não sabem, ventriloquismo é um dom da mãe natureza que já nasce com a pessoa. É a arte de falar sem mexer a boca, mudando a voz de tal forma que chega a parecer que ela vem de outra fonte. No caso de Oscarino, é o ar� sta quem fala, mas a voz parece sair do boneco Peteleco, que mexe a beiçola vermelha e arranca gar-galhadas de crianças e adultos com a sua irreverência.

Foi Vovô Branco”, o saudoso Américo Alvarez um homem que dedicou toda a sua vida a diver� r as crianças – que des-cobriu o “fenômeno” Oscarino. Naquela época, com 13 anos, Oscarino Farias Varjão veio es-tudar em Manaus. Nas horas vagas reunia os meninos de rua e começa a falar sem mexer a boca. E o pior é que “nem sa-bia o que era aquilo”. Um dia resolveu mostrar isso para o Vovô Branco, que franziu a testa e disparou.

— Menino, você é um ven-tríloquo!

— Era o ano de 1957, para ser mais preciso, dia 15 de maio,

quando Oscarino, então com 20 anos, apresentou pela primeira vez o boneco Peteleco. Um ne-grinho irreverente que conversa com o seu “mestre” e sempre leva o assunto para o terreno da galhofa.

PETELECADANaquele ano, Oscarino estava

decidido a assumir seu talento e tentar ganhar dinheiro com o dom de ventríloquo. O “palco” de estreia foi a rua Marquês de Santa Cruz, centro de Manaus.

— Atenção senhoras e se-nhores, vai começar a pete-lecada! – anunciou Oscarino. Segundo ele, o termo “pete-lecada” É uma mistura de Peteleco com piada.

E aí começou sua vida ar� s� ca, chegando ao topo do sucesso

quando apresentou um progra-ma na ex� nta “TV Ajuricaba”, que iniciou suas a� vidades em 1967. A dupla � nha um espaço no programa “Cirandinha na TV”, apresentado por Maria do Céu. Logo em seguida foi para a TV Amazonas, onde apresentou o “Clube do Peteleco”.

Hoje, depois de divertir várias gerações, Oscarino so-brevive de suas “petelecadas”. Pode até não ser um homem realizado financeiramente, mas, por certo, é muito feliz. Afinal, existe algum artista amazonense mais querido pe-las crianças do que Oscarino? E qual o adulto de hoje que não recorda, com uma ponta de saudade, os bons tempos de menino e os inesquecíveis sho-ws de Oscarino e Peteleco?

Foi no dia 15 de maio de 1957 que, aos 20 anos, Oscarino apresentou pela primeira vez o boneco Peteleco

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Uma mensagem enviada pelo celular há duas se-manas, mudou a pauta do CURUMIM. Veja se

não é emocionante:“Hoje, depois de alguns anos, eu matei a sau-dade do CURUMIM! Chorei emo-cionado. (Pensei que ELE tivesse ‘acabado’). Abraços! Oscarino”

Isso mesmo! Esta mensagem nos foi enviada por Oscarino Varjão, o grande ventríloquo, criador do boneco Peteleco. Da nossa parte nós também nos emocionamos muito. Por isso esquecemos a ou-tra pauta e resolvemos editar um CURUMI todo em homenagem à genial dupla Oscarino & Peteleco. Nossos caminhos já se cruzaram muitas vezes. A primeira vez foi quando escrevi uma matéria es-pecial – ainda no jornal A Crítica –, onde contei a trajetória de Oscarino “a Arte de Sobreviver Pete-lecando”. Depois,

dei um furo quando noticiei em primeira mão que Oscarino ia ser entrevistado no Jô Soares.

Oscarino, amiguinhos, talvez seja o maior ventríloquo do mun-do, porque fala sem mexer os lábios. Este é o mais difícil estilo de ventriloquismo.Por conta dis-so, Oscarino nos presenteou com um boneco do CURUMIM, que até hoje está lá no meu estúdio de desenho.

Esse CURUMIM é para você Os-carino, que, com seu moleque Peteleco vem levando alegria às crianças Do Amazonas.

Obrigado amigo. Longa vida a Oscarino e Peteleco!

No ano 2000, o ventríloquo Oscari-no e seu boneco Peteleco conse-guira uma façanha espetacular. Os dois foram entrevistados no

programa de Jô Soares, pela Rede Globo. A indicação da dupla de ar� stas amazonenses para o Jô foi feita pelo ex-ministro da jus� ça, Bernardo Cabral que deu um toque para o apresentador.

— Lá no Amazonas tem um dos melhores ventríloquos do mundo. Com o seu boneco Peteleco ele leva alegria para as crianças há 43 anos – , informou Cabral.

Jô Soares passou a dica para a sua pro-dução e lá se oram para os estúdios da Globo nossos amigos Oscarino e Peteleco. No sofá do Gordo, a dupla fez o Brasil in-teiro rir. De saída, ao saber que Oscarino trabalhava com o “ peralta” Peteleco há 43 anos, comentou:

— Isso é que é uma parceria longa, não

é Oscarino.— Um casamento perfeito, Jô! – respon-

deu o ventríloquo.Aí Jô percebeu que o som estava ruim,

pois o microfone de lapela estava na gola da camisa do ventríloquo Oscarino. O Gordo chamou a produção e Peteleco, como gente grande, recebeu seu primeiro microfone de lapela (que chique). Depois Jô Soares quis saber quem fez o boneco. E Oscarino perguntou do próprio:

— Quem foi que te fez?— Foi tu. droga – respondeu Peteleco

arranco risadas do auditório.— Então, você me deve obediência, por-

que sou mais velho e foi eu que te fi z.— De jeito nenhum.— Tem que me obedecer, Peteleco. Sem

não fosse eu você não exis� a.— E se não fosse eu tu já � nhas morrido

de fome! (risos).

Na entrevista, Jô Soares pediu e o Peteleco cantou a marchinha “O Con-selho do Peteleco” – “ Estuda criança, do Brasil és a esperança/ Eu sou teu amiguinho/ contigo ninguém dá certo/ estuda criança/ quem te aconselha é teu amigo Peteleco...”

A entrevista foi um sucesso, e Oscarino com seu talento entrou para a história da TV brasileira.

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O DIA EM QUE PETELECO DEU SHOW NO JÔ SOARESO ventríloquo Oscarino e seu irreverente boneco fi zeram a plateia rir no Gordo

Oscarino “a Arte de Sobreviver Pete-lecando”. Depois,

AO MESTRE COM CARINHO

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PresidenteOtávio Ramam NevesDiretor Execu� voJoão Bosco AraújoDiretor de RedaçãoMário AdolfoDiretor de CriaçãoMarcus ViníciusDesign e IlustraçãoJosiney EncarnaçãoDiagramaçãoMarcelo Robert

Uma criação Mário Adolfo Produções LTDA.Todos os direitos reservados

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No início dos anos 1990, um grupo de desenhistas aban-donaram as editoras Marvel e Dc para formar um con-

junto de estúdios, onde poderiam exercitar sua criatividade com mais liberdade, e sem terem os direitos autorais violados. Dentre eles o genial Todd McFarlane.

A história conta a história do as-sassino Al Simmons que, morto em combate, faz um pacto para rever sua esposa, Wanda. Ao acordar, Simmons se vê sem memória, cinco anos após sua morte e transformado num ser horrendo, Spawn.

O traço de Todd McFarlane, ao lado de seus personagens carismáticos fez a série um sucesso de vendas e público. Nas primeiras dez edições, criadores respeitados comprovaram o potencial criativo da série, como Alan Moore,

Neil Gaiman e Frank Miller.Spawn é considerado um marco na

história dos quadrinhos por ter sua marca aproximada ao que acontece no mercado de quadrinhos japoneses: ligados ao mercado de brinquedos. Todd McFarlane fundou uma empresa apenas para esse fim. Inicialmente, a arte da revista era feita pelo próprio McFarlane, que depois passou o lápis para Greg Capullo, passando a fazer apenas a arte-final. Anos depois, o traço ficou sob a responsabilidade de Angel Medina e Capullo passou a de-senhar apenas as capas.

No ano de 1997 chegou às telonas a adaptação dele para os cinemas. Dirigi-do por Mark A.Z. Dippe, o fi lme trouxe grande expecta� va aos fãs de quadrinhos, mas, como quase todos os fi lmes criados na época baseado em HQ’s ou games, acabou sendo um fracasso.

“A.E.I. ÓPERA” NA BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO No ano de 2000, a convite do secretário de estado da

Cultura, Robério Braga, o jornalista e cartunista Mário Adolfo foi convidado para fazer a história da Ópera em quadrinhos, contada pela turma do Curumim, como parte da programação do Festival Amazonas de Ópera. Mário criou a revistinha “A.E.I. Ópera”. O trabalho ficou tão interessante, que o secretário resolveu lança na Bienal Internacional do Livro, realizada no Rio de Janeiro s. Mário. A fila formada em frente ao stand do Amazonas foi tão grade que Robério autorizou que a revistinha fosse distribuída de graça. Mário Adolfo autografou 410 livros e pediu para parar. E mais uma vez o indiozinho Curumim fez sucesso.

������������ NECROMANCIAOs gregos chamavam a arte

de ventriloquismo gastro-mancia, e estava associada às práticas divinatórias da necromancia, sendo usada para parecer que o espírito do morto estava presente para dar informações de além-tú-mulo. Durante a Idade Mé-dia a prática era associada à feitiçaria.

ARTE CÊNICAO ventríloquo usa do artifí-

cio de falar, ao mesmo tempo que manipula um boneco. Por exemplo, o artista dissimula o timbre natural da própria voz e entabula um verdadeiro di-álogo com a peça inanimada, o que contribui para reforçar a ilusão.

GRANDES VENTRÍLOQUOSNos Estados Unidos um

grande ventríloquo, que

atuou no filme da Disney Fun and Fancy Free (no Brasil: “Como é bom se divertir”), foi Edgar Bergen, com seus fan-toches “Charlie McCarthy” e “Mortimer Snerd”.

TERRY FATORTambém tem Terry Fator,

ganhador do Programa AGT ( America´s Got Talent) em que imitava grandes artistas como Ella Fitzgerald, Tony Bennette Roy Orbison.

SHARI LEWISShari Lewis, ventríloquo

norte-americano e apresen-tador de programa infantil da TV, muito popular du-rante os anos sessenta com seus fantochese espetáculo de ventriloquia.

BATISTANo Brasil, o ventriloquo

mais famoso é Batista Jú-nior, que atuou na primeira metade do século XX. Alguns

programas televisivos che-garam a apresentar bonecos “falantes”, como o humorís-tico A Praça é Nossa.

BONEQUEIROTambém Augusto Oliveira,

conhecido por “Augusto Bo-nequeiro”, ganhou fama in-ternacional, apesar de relati-vamente pouco conhecido no país.

O dom de falar fazendo parecer que a voz vem de outro lugar é possível devido ao uso do estômago durante a ina-lação (o latim venter loquisignifica barriga falante). O ven-tríloquo inspira e expira devagar, pressionando com força as cordas vocais. As palavras são formadas pelo estreitamento da garganta; a boca abre-se o mínimo e a língua move-se apenas na ponta.

O ventríloquo Edgar Bergen e seu boneco Charlie McCarthy em cena do fi lme Stage Door Canteen (1943)

WIKIPEDIA.ORG

CURUMIM NA HISTORIACURUMIM NA HISTORIA

( America´s Got Talent) em que imitava grandes artistas como Ella Fitzgerald, Tony

Shari Lewis, ventríloquo

tador de programa infantil

rante os anos sessenta com seus fantochese espetáculo

nior, que atuou na primeira metade do século XX. Alguns

vamente pouco conhecido no país.

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51 ANOS DE PETELECADAS

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AO MESTRE COM CARINHO MASTERS OF THE UNIVERSEPágina 05 Página 03 Página 06

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