curumim - 15 de fevereiro de 2015

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MARCHINHAS DEIXAM A FOLIA MAIS DIVERTIDA LAMARTINE BABO, O REI DO CARNAVAL QUADRINHOS DO CURUMIM EN- TRAM NO CLIMA DE CARNAVAL

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Curumim - Caderno de entretenimento do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Curumim - 15 de fevereiro de 2015

MARCHINHAS DEIXAM A FOLIA MAIS DIVERTIDA

LAMARTINE BABO,O REI DO CARNAVAL

QUADRINHOS DO CURUMIM EN-TRAM NO CLIMA DE CARNAVAL

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Hellboy foi criado em 1993 pelo desenhista e roteirista Mike Mi-gnola. Sua primeira história foi publicada na revista San Diego

Comic-Con Comics no 2, publicada pela editora Dark Horse; a revista que leva seu nome, Hellboy, foi publicada pela primeira vez em 1994, e ganhou um spin-off , BPRD em 2002. Hellboy foi o primei-ro personagem criado por Mignola, que antes disso só havia trabalhado para a Marvel, como colorista do Demolidor e ilustrador de capas de várias edições, e para a DC, onde desenhou capas de vári-as minisséries.

Hellboy é o resultado de um pacto entre uma mulher e um demônio. Na Segunda Guerra Mundial, um grupo de cienti stas liderados por Rasputi n ten-

tou ajudar o Führer contra os Aliados através de magia negra, e acabaram tra-zendo Hellboy para a Terra, na forma de um “garoto demônio” com uma grande manopla de ferro na mão direita. O garo-to terminou sob os cuidados do cienti sta inglês Trevor Butt enholm, que o educou.

Apesar de ser um demônio, Hellboy não segue o estereóti po de sua raça: ele tem bom coração, está sempre disposto a ajudar, é leal a seus amigos, e talvez seu único defeito seja um mau humor constante. Após dez anos vivendo aven-turas nos quadrinhos, Hellboy chegou ao cinema pelas mãos do diretor Guiller-mo del Toro. A produção não fi ca deven-do nada aos fi lmes de super-heróis mais famosos, embora não seja tão grandioso nem tão badalado.

Para tentar conter a infl ação, o Brasil cri-ou muitos pacotes econômicos. Infl ação,

amiguinhos, Infl ação, curu-mins, é o aumento persistente e generalizado no valor dos preços. Quan-do a infl ação chega a zero dizemos que houve uma estabilidade nos preços. Um desses pacotes no governo José Sarney, em janeiro de 1989, cortou os três zeros do nosso dinheiro, para tentar zerar a infl ação. Foi por isso que no quadrinho daquele ano, em pleno Car-naval, nossa atrevida tartaruguinha Sarah Patel saiu com a fantasia “ Mulher nota 1” . Se não ti vesse caído os três zeros ela seria mulher nota 1.000. Muito criati va essa tartaruga questi onadora.

O maior compositor de marchinhas de carnaval era um cara muito engraçado. Uma das pessoas mais bem humoradas e diverti das de sua época, não perdendo uma chance de um trocadilho ou de uma piada. Em uma entrevista afi rmou “Eu me achava um colosso. Mas um dia, ol-hando-me no espelho, vi que não tenho colo, só tenho osso”.

HELLBOY

LAMARTINE BABO

G I B I T E C A

JANEIRO DE 1989

EXPEDIENTEPresidenteOtávio Ramam Neves

Diretor Executi voJoão Bosco Araújo

Diretor de RedaçãoMário Adolfo

Diretor de CriaçãoMarcus Vinícius

Design e IlustraçãoJosiney Encarnação

DiagramaçãoMarcelo Robert

Uma criação Mário Adolfo Produções LTDA.Todos os direitos reservados

TelegrafistaE aconteceu também o caso

dos correios: Lalá foi enviar um telegrama. O telegrafista bateu então o lápis na mesa em morse para seu colega: “Magro, feio e de voz fina”. Lalá tirou o seu lápis e bateu: “Magro, feio, de voz fina e ex-telegrafista”.

Fora do TomNão perdeu o humor nem

no final da vida. Em 63, um repórter que fora ao Copaca-bana para entrevistar Car-los Machado, aproveitou que Lamartine estava lá para também fazer uma entrevis-ta. Lalá perguntou se a re-portagem sairia naquele dia, e o repórter disse que não, naquele dia seria exibida uma entrevista com Tom Jobim, que chegara dos Estados Uni-dos. Lalá: “Ah! Quer dizer que agora estou um tom abaixo?”.

Faleceu em 16 de Junho do mesmo ano, no Rio de Janeiro.

Fã apaixonadaCerta vez, recebeu de Boa

Esperança, MG, uma carta apaixonada de uma certa Nair Pimenta de Oliveira, pedindo fotografias para um álbum de recordações. Lalá mandou as fotos e se correspondeu por um ano com a fã apaixonada, até que esta interrompeu as cartas porque ia se casar.

Fã apaixonada 2Convidado, tempos depois, para

ir à Boa Esperança por um denti -sta, Lalá se apressa para conhecer Nair - surpresa, não existi a nenhu-ma Nair, quem lhe escrevia era o próprio denti sta, que colecionava fotos de celebridades, e viu essa forma como a única de conseguir o queria. Lamarti ne, então compôs uma de suas mais belas canções “Serra da Boa Esperança”.

CURIOSIDADES

A

“Serra da Boa Esperança”.

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O Curumim continua recebendo mensagens emocionantes de novos e antigos leitores.

Mande você também a sua mensagem para o Curumim.

Márcia Costa

Mário Adolfo

Ada Beatriz desenhou o jardim de sua vó Ziza e comparti lhou sua arte com o Curumim. Adinha, adoramos o seu desenho, principalmente a Sarah Patel que tem uma quedinha por fl ores. Um beijo.

Mande você também o seu desenho para o Cu-rumim.

Com apenas 7 anos, Maria Fernanda Vazquez Pinheiro já mostra que tem talento para os esportes e o que não falta é incenti ve dos pais Ricardo e Fernanda Pinheiro. Conti nue treinando para representar o Amazonas, Fernandinha.

Mande as fotos da sua curuminzada para:

Antony kalebe tem 6 anos e adora o curumim. Segundo sua mãe ele é o príncipe da casa e orgulho dos avós Almir Nogueira e Lúcia Garcia.

Um filhote de pei-x e - b o i -da-ama-

zônia (Trichecus inunguis), provavel-mente recém-nasci-do, foi resgatado no sábado, na boca do igarapé Matupiri, um afluente do Rio

Madeira, em Manicoré (AM), a 390 Km de Ma-naus. Ele estava enrolado em uma rede de pesca e foi encontrado por pescadores, pela manhã.

Foi entregue à Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Manicoré e ao Instituto Chico Mendes. À tarde, acompanhado pelo gestor da Reserva Extrativista do Lago Capanã Grande, Davi Araújo de França, ele viajou de avião até a capital do estado, onde foi entregue aos cuida-dos da Associação Amigos do Peixe-Boi da Ama-zônia (Ampa) e do Instituto Nacional de Pesqui-sas da Amazônia.

Em média, por ano, o Inpa recebe entre 7 e 8 animais. Geralmente são filhotes que se se-pararam ou tiveram as mães mortas por pesca-dores. O pequeno peixe-boi está bem de saúde, segundo a avaliação feita no Inpa, mas bastante estressado. Ele recebeu um leite especial, sem lactose, e foi colocado em um tanque. Ainda esta semana, os pesquisadores vão colocá-lo junto com uma fêmea mais velha, na esperança de quê ela adote o filhote.

INPA RECEBE FILHOTE RECÉM-NASCIDO DE

O CARNAVAL“E u vou/ eu vou/

pra mata do Xingu/ índio, mora de gra-

ça/ índio come caça/ índio anda nu!...” vinha cantan-do o CURUMIM no terrei-ro de sua aldeia.

Sarah Patel, curiosa como o que, foi logo perguntando:

— Que tipo de música é essa Curumim?

— Ah, tartaruguinha, isso é uma marchinha de carnaval.

— Mas é um ritual in-dígena|?

— Não, sua boba, é um tipo de mú-sica que anima uma festa dos brancos c h a m a d a c a r n ava l . Já fui em Ma-naus e a d o -rei vê t a n t a g e n t e na rua brincando feliz e can-tando!

Sarah Pa-tel pediu para que o Curumim explicasse me-lhor esse gênero de música.

— Conheço samba, toada de boi, forró...mas marchinha não sei. Conta aí, indiozinho!

— A marcha de carnaval, Sahrinha, também conhe-cida como “marchinha”, é um gênero de música po-pular que surgiu no car-naval dos brasileiros dos anos 20 aos anos 60 do século XX, altura em que começou a ser substitu-ída pelo samba enredo. O Curumim continua seu

relato. Muito antes de os sambas-enredo e os trios elétricos baianos se tor-narem as estrelas dessa festa, eram as marchinhas que alegravam os foliões. O gênero foi criado a par-tir da cadência da marcha portuguesa. O ritmo ficou ainda mais animado com os instrumentos de sopro inspirados nas bandas de jazz americanas, como sa-xofone e trompete.

A primeira música re-conhecida como marcha

de carnaval foi “Abre Alas”, composta pela pianista e re-

gente Chiquinha Gonzaga, em

1889, para o cordão car-n av a l e s c o

Rosa de O u r o . O auge d a s m a r -

chinhas a c o n t e -ceu anos

depois, en-tre as déca-

das de 1920 e 1960, mas isso

não quer dizer que as músicas foram esquecidas com o tempo. Os

sucessos de um ano eram repetidos nos próximos carnavais e até hoje emba-lam várias festas pelo país.

— Em Manaus, existe uma banda que só toca Mar-chinhas, a Banda Indepen-dente da Confraria do Aran-do (BICA). É muito animada!

Ele explicou também que as marchinhas já fo-ram conhecidas como as caricaturas da sociedade brasileira: as letras são ma-liciosas e divertidas, têm

um humor escrachado e retratam os costumes e a história do país no século passado. O politicamente correto - não tem espaço, não existe tema proibido, as frases de duplo sentido são bem–vindas e qualquer tema sério se transforma em uma grande brincadei-ra. Entre compositores que se destacaram estão Bra-guinha, Lamartine Babo, João Roberto Kelly, Roberto Roberti, Manoel Ferreira, Ruth Amaral, Haroldo Lobo e muitos outros.

Olá, Curumim. Quando eu ti nha 10 anos minha família precisou se mudar para o Rio de janeiro. Na época, além dos meu amigos, uma das coisas que eu mais senti a falta era o Curumim. Hoje, já casada, ti ve oportunidade de voltar para Manaus e para a minha felicidade me deparei novamente com o meu querido indiozinho. Em breve serei mamãe de mais um leitor do Curumim. Muito obrigada e parabéns.

Minha querida Márcia, poucas cartas me emocionaram tanto quanto a sua. Confesso, sem nenhuma vergonha ou constrangimento que li seu e-mail com os olhos cheios de lágrimas. Já estudei fora, longe de casa, dos amigos e da família. A saudade é tão grande que chega a doer. Suas palavras, ditas com tanta sensibilidade e pureza de alma, revelam a missão do Curumim de levar informação, um pouco de cultura, divertimento e... sentimentos. E foi isso que você fez, transbordar sentimentos. A gente faz o Curumim com o coração, alma e cére-bro. Vamos continuar nos esforçando para que o Curuminzinho que está chegando também tenha, em breve, um jornalzinho bonito e inteligente em suas mão. Feito só para ele.

Obrigado e um cheiro da fl oresta!

PEIXE-BOI

BRAGUINHA

LAMARTINE BABO

— Mas é um ritual in-dígena|?

— Não, sua boba, é um tipo de mú-sica que anima uma festa dos brancos c h a m a d a c a r n ava l . Já fui em Ma-

g e n t e na rua brincando feliz e can-

Sarah Pa-tel pediu para que o Curumim

conhecida como marcha de carnaval foi “Abre

Alas”, composta pela pianista e re-

gente Chiquinha Gonzaga, em

1889, para o cordão car-n av a l e s c o

Rosa de O u r o . O auge

chinhas a c o n t e -ceu anos

depois, en-tre as déca-

das de 1920 e 1960, mas isso

não quer dizer que as músicas CHIQUINHA

GONZAGA

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O Curumim continua recebendo mensagens emocionantes de novos e antigos leitores.

Mande você também a sua mensagem para o Curumim.

Márcia Costa

Mário Adolfo

Ada Beatriz desenhou o jardim de sua vó Ziza e comparti lhou sua arte com o Curumim. Adinha, adoramos o seu desenho, principalmente a Sarah Patel que tem uma quedinha por fl ores. Um beijo.

Mande você também o seu desenho para o Cu-rumim.

Com apenas 7 anos, Maria Fernanda Vazquez Pinheiro já mostra que tem talento para os esportes e o que não falta é incenti ve dos pais Ricardo e Fernanda Pinheiro. Conti nue treinando para representar o Amazonas, Fernandinha.

Mande as fotos da sua curuminzada para:

Antony kalebe tem 6 anos e adora o curumim. Segundo sua mãe ele é o príncipe da casa e orgulho dos avós Almir Nogueira e Lúcia Garcia.

Um filhote de pei-x e - b o i -da-ama-

zônia (Trichecus inunguis), provavel-mente recém-nasci-do, foi resgatado no sábado, na boca do igarapé Matupiri, um afluente do Rio

Madeira, em Manicoré (AM), a 390 Km de Ma-naus. Ele estava enrolado em uma rede de pesca e foi encontrado por pescadores, pela manhã.

Foi entregue à Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Manicoré e ao Instituto Chico Mendes. À tarde, acompanhado pelo gestor da Reserva Extrativista do Lago Capanã Grande, Davi Araújo de França, ele viajou de avião até a capital do estado, onde foi entregue aos cuida-dos da Associação Amigos do Peixe-Boi da Ama-zônia (Ampa) e do Instituto Nacional de Pesqui-sas da Amazônia.

Em média, por ano, o Inpa recebe entre 7 e 8 animais. Geralmente são filhotes que se se-pararam ou tiveram as mães mortas por pesca-dores. O pequeno peixe-boi está bem de saúde, segundo a avaliação feita no Inpa, mas bastante estressado. Ele recebeu um leite especial, sem lactose, e foi colocado em um tanque. Ainda esta semana, os pesquisadores vão colocá-lo junto com uma fêmea mais velha, na esperança de quê ela adote o filhote.

INPA RECEBE FILHOTE RECÉM-NASCIDO DE

O CARNAVAL“E u vou/ eu vou/

pra mata do Xingu/ índio, mora de gra-

ça/ índio come caça/ índio anda nu!...” vinha cantan-do o CURUMIM no terrei-ro de sua aldeia.

Sarah Patel, curiosa como o que, foi logo perguntando:

— Que tipo de música é essa Curumim?

— Ah, tartaruguinha, isso é uma marchinha de carnaval.

— Mas é um ritual in-dígena|?

— Não, sua boba, é um tipo de mú-sica que anima uma festa dos brancos c h a m a d a c a r n ava l . Já fui em Ma-naus e a d o -rei vê t a n t a g e n t e na rua brincando feliz e can-tando!

Sarah Pa-tel pediu para que o Curumim explicasse me-lhor esse gênero de música.

— Conheço samba, toada de boi, forró...mas marchinha não sei. Conta aí, indiozinho!

— A marcha de carnaval, Sahrinha, também conhe-cida como “marchinha”, é um gênero de música po-pular que surgiu no car-naval dos brasileiros dos anos 20 aos anos 60 do século XX, altura em que começou a ser substitu-ída pelo samba enredo. O Curumim continua seu

relato. Muito antes de os sambas-enredo e os trios elétricos baianos se tor-narem as estrelas dessa festa, eram as marchinhas que alegravam os foliões. O gênero foi criado a par-tir da cadência da marcha portuguesa. O ritmo ficou ainda mais animado com os instrumentos de sopro inspirados nas bandas de jazz americanas, como sa-xofone e trompete.

A primeira música re-conhecida como marcha

de carnaval foi “Abre Alas”, composta pela pianista e re-

gente Chiquinha Gonzaga, em

1889, para o cordão car-n av a l e s c o

Rosa de O u r o . O auge d a s m a r -

chinhas a c o n t e -ceu anos

depois, en-tre as déca-

das de 1920 e 1960, mas isso

não quer dizer que as músicas foram esquecidas com o tempo. Os

sucessos de um ano eram repetidos nos próximos carnavais e até hoje emba-lam várias festas pelo país.

— Em Manaus, existe uma banda que só toca Mar-chinhas, a Banda Indepen-dente da Confraria do Aran-do (BICA). É muito animada!

Ele explicou também que as marchinhas já fo-ram conhecidas como as caricaturas da sociedade brasileira: as letras são ma-liciosas e divertidas, têm

um humor escrachado e retratam os costumes e a história do país no século passado. O politicamente correto - não tem espaço, não existe tema proibido, as frases de duplo sentido são bem–vindas e qualquer tema sério se transforma em uma grande brincadei-ra. Entre compositores que se destacaram estão Bra-guinha, Lamartine Babo, João Roberto Kelly, Roberto Roberti, Manoel Ferreira, Ruth Amaral, Haroldo Lobo e muitos outros.

Olá, Curumim. Quando eu ti nha 10 anos minha família precisou se mudar para o Rio de janeiro. Na época, além dos meu amigos, uma das coisas que eu mais senti a falta era o Curumim. Hoje, já casada, ti ve oportunidade de voltar para Manaus e para a minha felicidade me deparei novamente com o meu querido indiozinho. Em breve serei mamãe de mais um leitor do Curumim. Muito obrigada e parabéns.

Minha querida Márcia, poucas cartas me emocionaram tanto quanto a sua. Confesso, sem nenhuma vergonha ou constrangimento que li seu e-mail com os olhos cheios de lágrimas. Já estudei fora, longe de casa, dos amigos e da família. A saudade é tão grande que chega a doer. Suas palavras, ditas com tanta sensibilidade e pureza de alma, revelam a missão do Curumim de levar informação, um pouco de cultura, divertimento e... sentimentos. E foi isso que você fez, transbordar sentimentos. A gente faz o Curumim com o coração, alma e cére-bro. Vamos continuar nos esforçando para que o Curuminzinho que está chegando também tenha, em breve, um jornalzinho bonito e inteligente em suas mão. Feito só para ele.

Obrigado e um cheiro da fl oresta!

PEIXE-BOI

BRAGUINHA

LAMARTINE BABO

— Mas é um ritual in-dígena|?

— Não, sua boba, é um tipo de mú-sica que anima uma festa dos brancos c h a m a d a c a r n ava l . Já fui em Ma-

g e n t e na rua brincando feliz e can-

Sarah Pa-tel pediu para que o Curumim

conhecida como marcha de carnaval foi “Abre

Alas”, composta pela pianista e re-

gente Chiquinha Gonzaga, em

1889, para o cordão car-n av a l e s c o

Rosa de O u r o . O auge

chinhas a c o n t e -ceu anos

depois, en-tre as déca-

das de 1920 e 1960, mas isso

não quer dizer que as músicas CHIQUINHA

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Hellboy foi criado em 1993 pelo desenhista e roteirista Mike Mi-gnola. Sua primeira história foi publicada na revista San Diego

Comic-Con Comics no 2, publicada pela editora Dark Horse; a revista que leva seu nome, Hellboy, foi publicada pela primeira vez em 1994, e ganhou um spin-off , BPRD em 2002. Hellboy foi o primei-ro personagem criado por Mignola, que antes disso só havia trabalhado para a Marvel, como colorista do Demolidor e ilustrador de capas de várias edições, e para a DC, onde desenhou capas de vári-as minisséries.

Hellboy é o resultado de um pacto entre uma mulher e um demônio. Na Segunda Guerra Mundial, um grupo de cienti stas liderados por Rasputi n ten-

tou ajudar o Führer contra os Aliados através de magia negra, e acabaram tra-zendo Hellboy para a Terra, na forma de um “garoto demônio” com uma grande manopla de ferro na mão direita. O garo-to terminou sob os cuidados do cienti sta inglês Trevor Butt enholm, que o educou.

Apesar de ser um demônio, Hellboy não segue o estereóti po de sua raça: ele tem bom coração, está sempre disposto a ajudar, é leal a seus amigos, e talvez seu único defeito seja um mau humor constante. Após dez anos vivendo aven-turas nos quadrinhos, Hellboy chegou ao cinema pelas mãos do diretor Guiller-mo del Toro. A produção não fi ca deven-do nada aos fi lmes de super-heróis mais famosos, embora não seja tão grandioso nem tão badalado.

Para tentar conter a infl ação, o Brasil cri-ou muitos pacotes econômicos. Infl ação,

amiguinhos, Infl ação, curu-mins, é o aumento persistente e generalizado no valor dos preços. Quan-do a infl ação chega a zero dizemos que houve uma estabilidade nos preços. Um desses pacotes no governo José Sarney, em janeiro de 1989, cortou os três zeros do nosso dinheiro, para tentar zerar a infl ação. Foi por isso que no quadrinho daquele ano, em pleno Car-naval, nossa atrevida tartaruguinha Sarah Patel saiu com a fantasia “ Mulher nota 1” . Se não ti vesse caído os três zeros ela seria mulher nota 1.000. Muito criati va essa tartaruga questi onadora.

O maior compositor de marchinhas de carnaval era um cara muito engraçado. Uma das pessoas mais bem humoradas e diverti das de sua época, não perdendo uma chance de um trocadilho ou de uma piada. Em uma entrevista afi rmou “Eu me achava um colosso. Mas um dia, ol-hando-me no espelho, vi que não tenho colo, só tenho osso”.

HELLBOY

LAMARTINE BABO

G I B I T E C A

JANEIRO DE 1989

EXPEDIENTEPresidenteOtávio Ramam Neves

Diretor Executi voJoão Bosco Araújo

Diretor de RedaçãoMário Adolfo

Diretor de CriaçãoMarcus Vinícius

Design e IlustraçãoJosiney Encarnação

DiagramaçãoMarcelo Robert

Uma criação Mário Adolfo Produções LTDA.Todos os direitos reservados

TelegrafistaE aconteceu também o caso

dos correios: Lalá foi enviar um telegrama. O telegrafista bateu então o lápis na mesa em morse para seu colega: “Magro, feio e de voz fina”. Lalá tirou o seu lápis e bateu: “Magro, feio, de voz fina e ex-telegrafista”.

Fora do TomNão perdeu o humor nem

no final da vida. Em 63, um repórter que fora ao Copaca-bana para entrevistar Car-los Machado, aproveitou que Lamartine estava lá para também fazer uma entrevis-ta. Lalá perguntou se a re-portagem sairia naquele dia, e o repórter disse que não, naquele dia seria exibida uma entrevista com Tom Jobim, que chegara dos Estados Uni-dos. Lalá: “Ah! Quer dizer que agora estou um tom abaixo?”.

Faleceu em 16 de Junho do mesmo ano, no Rio de Janeiro.

Fã apaixonadaCerta vez, recebeu de Boa

Esperança, MG, uma carta apaixonada de uma certa Nair Pimenta de Oliveira, pedindo fotografias para um álbum de recordações. Lalá mandou as fotos e se correspondeu por um ano com a fã apaixonada, até que esta interrompeu as cartas porque ia se casar.

Fã apaixonada 2Convidado, tempos depois, para

ir à Boa Esperança por um denti -sta, Lalá se apressa para conhecer Nair - surpresa, não existi a nenhu-ma Nair, quem lhe escrevia era o próprio denti sta, que colecionava fotos de celebridades, e viu essa forma como a única de conseguir o queria. Lamarti ne, então compôs uma de suas mais belas canções “Serra da Boa Esperança”.

CURIOSIDADES

A

“Serra da Boa Esperança”.

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MARCHINHAS DEIXAM A FOLIA MAIS DIVERTIDA

LAMARTINE BABO,O REI DO CARNAVAL

QUADRINHOS DO CURUMIM EN-TRAM NO CLIMA DE CARNAVAL

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