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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL MODALIDADE A DISTÂNCIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL UFPB VIRTUAL CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL METODOLOGIA CIENTÍFICA E TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO POLÍTICA PÚBLICA DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO ESCOLAR: Um estudo de caso na Escola Municipal de Ensino Fundamental João Alves Torres Josinéia Batista da Silva Pós-graduando lato sensu em Gestão Pública Muncicipal -UFPB Profª Maria Elizabeth Batista Pimenta Braga Orientadora RESUMO O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), implantado em 1955, garante, por meio da transferência de recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos da educação infantil ao ensino médio matriculados em escolas públicas. Mediante contrastes e problemas vivenciados pela sociedade atual faz necessário a presença do poder público no espaço social. A construção de políticas públicas resultantes de diálogos entre o Estado, sociedade e o mercado parece ser o caminho para a construção de melhores condições de vida para a população. A educação é indicador importante para melhorar a qualidade de vida humana, mas os desafios que vivenciados no dia-a-dia, como a falta de vagas nas escolas, infra- estrutura, ausência de materiais didáticos, entre outros, tem privado muitos de uma educação promissora. A metodologia adotada na pesquisa foi a qualitativa expressando nos resultados as condições de armazenamento, qualidade, higiene e aceitabilidade dos cardápios colhidos na escola. A realização da pesquisa teve como objetivo identificar até que ponto uma boa alimentação escolar interfere no desenvolvimento físico e intelectual dos alunos. A pesquisa ocorreu em três fases: Primeiramente, houve uma ampla revisão bibliográfica, leitura e pesquisa na internet; no segundo momento realizou-se visitas a instituição onde ocorreu a pesquisa e coletas de dados; a fase final constitui-se da análise, interpretação e avaliação dos dados coletados, os quais permitiram estabelecer perspectivas para abordagem a respeito da problemática. A merenda oferecida pela Escola João Alves Torres é regular e de boa qualidade. Os alunos demonstram estar satisfeito com a variedade do cardápio servido, esse fator representa uma grande importância para freqüência contínua dos alunos na escola, evitando o problema da evasão. Palavras-Chaves: Políticas Públicas. Merenda escolar. Aluno. Escola

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL MODALIDADE A DISTÂNCIA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UFPB VIRTUAL

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL

METODOLOGIA CIENTÍFICA E TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

POLÍTICA PÚBLICA DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO ESCOLAR: Um estudo

de caso na Escola Municipal de Ensino Fundamental João Alves Torres

Josinéia Batista da Silva

Pós-graduando lato sensu em Gestão Pública Muncicipal -UFPB

Profª Maria Elizabeth Batista Pimenta Braga

Orientadora

RESUMO

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), implantado em 1955, garante, por

meio da transferência de recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos da educação

infantil ao ensino médio matriculados em escolas públicas. Mediante contrastes e problemas

vivenciados pela sociedade atual faz necessário a presença do poder público no espaço social.

A construção de políticas públicas resultantes de diálogos entre o Estado, sociedade e o

mercado parece ser o caminho para a construção de melhores condições de vida para a

população. A educação é indicador importante para melhorar a qualidade de vida humana,

mas os desafios que vivenciados no dia-a-dia, como a falta de vagas nas escolas, infra-

estrutura, ausência de materiais didáticos, entre outros, tem privado muitos de uma educação

promissora. A metodologia adotada na pesquisa foi a qualitativa expressando nos resultados as

condições de armazenamento, qualidade, higiene e aceitabilidade dos cardápios colhidos na escola. A

realização da pesquisa teve como objetivo identificar até que ponto uma boa alimentação

escolar interfere no desenvolvimento físico e intelectual dos alunos. A pesquisa ocorreu em

três fases: Primeiramente, houve uma ampla revisão bibliográfica, leitura e pesquisa na

internet; no segundo momento realizou-se visitas a instituição onde ocorreu a pesquisa e

coletas de dados; a fase final constitui-se da análise, interpretação e avaliação dos dados

coletados, os quais permitiram estabelecer perspectivas para abordagem a respeito da

problemática. A merenda oferecida pela Escola João Alves Torres é regular e de boa

qualidade. Os alunos demonstram estar satisfeito com a variedade do cardápio servido, esse

fator representa uma grande importância para freqüência contínua dos alunos na escola,

evitando o problema da evasão.

Palavras-Chaves: Políticas Públicas. Merenda escolar. Aluno. Escola

1 INTRODUÇÃO

Uma alimentação adequada proporciona um maior rendimento escolar, equilíbrio

necessário para o crescimento e desenvolvimento de um indivíduo. O Programa Nacional de

Alimentação Escolar (PNAE), implantado em 1955, garante, por meio da transferência de

recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos da educação infantil ao ensino médio

matriculados em escolas públicas, e tem como objetivo atender as necessidades nutricionais

dos alunos durante sua permanência na escola.

A realização desse estudo foi pautada pelo reconhecimento da importância das

políticas públicas na área educacional, notadamente das que proporcionam ambiente favorável

à aprendizagem, pois enquanto processo social permite que todos aqueles que exercem suas

atividades no cenário escolar, principalmente o aluno, possam ter efetivo desenvolvimento.

O interesse pela problemática surgiu da necessidade de verificar a qualidade da

alimentação escolar da instituição em análise. Além de violência, reprovação, evasão,

necessidade urgente que nas dependências de escolas era algo insubstituível e que esta afeta

diretamente o processo de ensino e aprendizagem na escola.

Enquanto educadora e pesquisadora, observou-se que a situação sócio-econômica da

região, em que grande parte da comunidade escolar do município de Araruna, principalmente

os alunos das Escolas Públicas, não dispõem de uma alimentação adequada no seu dia-a-dia,

logo, tais alunos são oriundas de famílias desfavorecidas economicamente e socialmente.

Diante dessa realidade vários aspectos ganham realce e conduzem a questionamentos

do tipo: O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) para a educação tem

desempenhado a função de reduzir a evasão escolar?

Este trabalho pretende identificar até que ponto uma boa alimentação escolar interfere

no desenvolvimento físico e intelectual dos alunos, se escola assegura o direito humano à

alimentação adequada, e se promove a segurança alimentar e nutricional de forma a contribuir

para erradicação da evasão escolar.

Para tanto, foi necessário levantar dados referentes à qualidade da merenda servida na

instituição e a sua contribuição na formação do aluno, identificando assim fatores que

determinam e concorrem para o desenvolvimento dos fenômenos.

O presente trabalho de pesquisa foi estruturado em sete tópicos: introdução, referencial

teórico, metodologia da pesquisa, caracterização do campo de pesquisa, análise dos

resultados, conclusões e referência bibliográfica.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

O referencial teórico está subdividido em quatro subtópicos: a importância das

políticas públicas no sistema educacional, Programa Nacional de Alimentação Escolar no

Brasil – PNAE, os benefícios de uma boa alimentação escolar, merenda consumida na escola

João Alves Torres e cardápio da alimentação escolar do município de Araruna-PB.

2.1 O Estado e as políticas públicas

Mediante os contrastes e problemas vivenciados pela sociedade atual se faz necessário

a presença do poder público no espaço social, uma vez que o setor público precisa assumir a

responsabilidade de fomentar mudanças organizacionais, em termos de políticas públicas

coletivas, de forma a favorecer escolhas saudáveis no campo individual. A construção de

políticas públicas resultantes de diálogos entre o Estado, sociedade e o mercado parece ser o

caminho para a construção de um modo de viver que permita melhores condições de saúde

para a população.

[...] as políticas sociais fazem parte de um conjunto de iniciativas públicas, com o

objetivo de realizar, fora da esfera privada, o acesso a bens, serviços e renda. Seus

objetivos são amplos e complexos, podendo organizar-se não apenas para a

cobertura de riscos sociais, mas também para a equalização de oportunidades, o

enfrentamento das situações de destituição e pobreza, o combate às desigualdades

sociais e a melhoria das condições sociais da população (JACCOUD, 2007, p. 3).

As políticas públicas traduzem, no seu processo de elaboração, implantação e,

sobretudo, em seus resultados, formas de exercício do poder político, envolvendo a

distribuição e redistribuição de poder, o papel do conflito social nos processos de decisão, a

repartição de custos e benefícios sociais.

Neste contexto o poder público representado pelo Estado surgi com as políticas

públicas como propostas de melhorias sociais, enquanto os movimentos sociais configuram-se

como de fundamental importância para tais políticas serem executadas eficazmente e que

possam atingir realmente aqueles que se encontram desfavorecido social e economicamente.

Como o poder é uma relação social que envolvem vários atores com projetos e

interesses diferenciados e até contraditórios, há necessidade de mediações sociais e

institucionais, para que se possa adquirir um mínimo de consenso e, assim, as políticas

públicas possam ser legitimadas e obter eficácia.

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Nesta perspectiva é interessante destacar que o poder local está revestido atualmente

de maiores capacidades para oferecer melhores serviços ao público, visando um

desenvolvimento econômico e social muito mais abrangente.

As estruturas de poder local passaram a espaço de possibilidades de experimentos

democráticos inovadores e do exercício da cidadania ativa. Da condição de

importância diante do crescente desafio de oferecer bens e serviços públicos

eficientes e de qualidade e da incapacidade de formular saídas econômicas, o poder

local passou a ser portador de possibilidades de gerenciamento eficiente dos recursos públicos e protagonista de iniciativas de desenvolvimento da vida

econômica e social. (COSTA, 1996, p. 113)

O Estado é o principal responsável pelo desenvolvimento do espaço que o pertence

administrativamente, inclusive de toda sociedade que está neste espaço, pois é o Estado que

dispõem de mecanismos capazes de resolver principalmente os problemas sociais e

econômicos que a população enfrenta.

A participação da sociedade no processo administrativo do Estado é fundamental, logo

os cidadãos devem está constantemente atentos na maneira que os recursos públicos estão

sendo gastos. Neste contexto, o exercício da cidadania se torna essencial para haver melhorias

reais na educação, saúde, segurança e obviamente toda população possa obter melhores

condições de vida.

A presença cada vez mais ativa da sociedade civil que se baseia em questões de

interesse geral, torna a política fundamental. As políticas públicas se fazem necessário, pois

tratam de recursos públicos direcionados que envolvem interesses públicos. Elas se realizam

num campo extremamente contraditório onde se entrecruzam interesses e visões de mundo

conflitantes e onde os limites entre público e privado são de difícil demarcação.

2.2 A importância das Políticas Publicas no Sistema Educacional

Para Teixeira (2002), as políticas públicas expressam o sentido do desenvolvimento

histórico-social dos atores sociais na disputa para construir a hegemonia; refletem, pois, as

concepções que têm do papel do Estado e da sociedade civil, constituindo programas de ações

que respondem as suas carências e demandas.

As ações do Estado se traduzem através das políticas públicas para oferecer ao

público, sobretudo aqueles que se caracterizam por estarem socialmente em condições

desfavoráveis, serviços essenciais e extremamente importantes, como por exemplo, educação

de qualidade.

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A educação é um indicador importante para melhorar a qualidade de vida humana,

mas os desafios que se vivencia no dia-a-dia, como a falta de vagas nas escolas, infra

estrutura, ausência de materiais didáticos, entre outros, tem privado muitos de uma educação

de qualidade.

A democratização da educação escolar, como meio de desenvolvimento do

educando, do ponto de vista coletivo e individual, sustenta-se em três elementos

básicos: acesso universal ao ensino, permanência na escola, qualidade satisfatória da

instrução. Nem todas as crianças, jovens e adultos deste País têm acesso ao ensino;

muitíssimos daqueles que conseguem ingressar na escola, nela não permanecem; e,

mais, aqueles que ali permanecem nem sempre obtêm uma instrução e um ensino de

qualidade. (LUCKESI, 2002, p.122-123).

O índice de analfabetismo é um problema enfrentado pelo sistema educacional, que

retrata a realidade e a necessidade de ações urgentes, fator este que está diretamente

relacionado com as condições de vida precária de sobrevivência de muitas famílias, onde na

maioria das vezes falta até alimentação.

Uma nação com grande número de analfabeto pode ser considerada atrasada, mesmo

que seja desenvolvida economicamente, pois a principal condição para qualquer população

ser considerada desenvolvida atualmente é a educação. Sabe-se que é através da educação

também que o ser pode obter crescimento em todos os sentidos na vida.

a educação (...) não é apenas um direito do cidadão, mas um patrimônio estratégico

do país, uma ferramenta indispensável ao seu desenvolvimento. (...) Percebida a

educação não como um fim em si mesma mas como uma alavanca para o progresso

do país, e entendidos os mecanismos que regem e influenciam essa alavanca, nota-se

que a simples concessão de vagas em instituições de ensino não é o final da relação

entre Estado e escola, mas apenas o seu começo (IOSCHPE, 2004, p. 15).

Na área da educação um fator preponderante que merece maior atenção é a questão da

merenda escolar. Uma alimentação adequada proporciona um maior rendimento escolar,

equilíbrio necessário para o crescimento e desenvolvimento de um indivíduo.

A alimentação escolar tem características de assistência nutricional, desde que

ofereça alimentos adequados em quantidade e qualidade, para satisfazer às

necessidades nutricionais do escolar, no período do dia em que permanece na escola.

(Mas também,) por ser servida na escola, adquire características de ferramenta

educativa, que pode e deve ser utilizada para os fins maiores da educação, (...)

habilitando o aluno a intervir na própria realidade (Conselho Federal..., 1995).

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Quando o aluno satisfaz suas necessidades nutricionais, sem sombra de dúvidas,

poderá alcançar melhores resultados no processo de aprendizagem. Isso implica dizer que a

alimentação está vinculada ao rendimento escolar do aluno, podendo o mesmo ser

considerado um elemento essencial que contribui na educação.

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), implantado em 1955, garante,

por meio da transferência de recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos da

educação infantil ao ensino médio matriculados em escolas públicas, e tem como objetivo

atender as necessidades nutricionais dos alunos durante sua permanência na escola.

A alimentação se torna completa quando é realizada com os alimentos necessários

para o crescimento saudável da criança. Desta maneira, a merenda escolar deve ser pensada

considerando-se a realidade em que os alunos estão inseridos, buscando-se utilizar os

alimentos que fazem parte do seu cotidiano. Também é importante considerar tanto a

quantidade de alimentos que precisam consumir para um crescimento saudável como a

qualidade desses alimentos que serão ingeridos.

2.3 Programa Nacional de alimentação escolar no Brasil – PNAE

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) constitui-se dos princípios de

universalidade, continuidade, equidade, descentralização, respeito aos hábitos alimentares e

outros, por isso, considerado o maior programa de suplementação alimentar do país, tanto em

recursos quanto em população atendida, além de ser o mais antigo dos programas de nutrição

do país. Entre os programas com maior tempo de existência, em muitos países é uma proposta

grandiosa, pois promove a descentralização, a participação social e o desenvolvimento da

economia local. (PEDRAZA; ANDRADE, 2006).

Em relação ao Brasil, as concepções são diferentes, o programa é visto como uma

questão social, tomando um sentido de combate à fome, miséria, relevante como indicadores

educacionais de redução na evasão escolar e repetência.

A merenda escolar representa uma política pública que assume um significado

importantíssimo no Brasil por se tratar de uma ação que se estende para fora do espaço

escolar, pois atende crianças que pertencem a famílias que muitas vezes não tem se quer as

três principais refeições do dia.

Rua (2009), faz considerações importantes sobre os atores sociais para implementação

desses programas, que são verdadeiras políticas publicas de assistências, nas reivindicações,

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no monitoramento, as necessidades de conselhos municipais atuantes, nas diversas áreas para

desenvolvimento e soluções dos problemas sociais.

A participação da sociedade de forma organizada na execução de programas sociais é

essencial para haver maior eficácia na realização dos mesmos, porque os verdadeiros

conhecedores dos problemas locais de uma comunidade são aqueles que estão inseridos no

seu contexto social. Por isso a necessidade de formação de conselhos municipais para

acompanhar as ações realizadas por determinadas políticas públicas.

A merenda escolar de boa qualidade oferecida aos alunos acaba sendo uma forma de

oferecer assistência àquelas famílias desses alunos, por isso a importância da aplicação de

investimentos mais elevados na educação para obter maior qualidade na merenda que, por sua

vez, influencia diretamente no aprendizado do aluno.

Os maiores investimentos devem ser direcionados à educação para tornar a escola um

local adequado para produção e distribuição da alimentação escolar segura. Precisa de

recursos humanos em todos os níveis para acompanhar a execução do programa. (ABREU,

1995).

A aplicação dos recursos necessários de maneira eficaz na educação, sobretudo, numa

merenda de qualidade, acontece quando existem pessoas responsáveis pelo monitoramento da

distribuição e aplicação dos recursos destinados à educação, esse acompanhamento é

essencial para o sucesso de qualquer política pública.

O volume de recursos destinados à merenda escolar representa uma justificativa

adicional para se pensar em monitoramento das ações relacionadas à distribuição de

alimentação no âmbito escolar, pois é importante a total aplicação de tais recursos numa

alimentação de qualidade para proporcionar melhores condições de aprendizagem ao aluno de

escola pública, sobretudo, alunos pertencentes às famílias carentes.

2.4 Os benefícios de uma boa alimentação escolar

Destaca-se principalmente que alimentação e nutrição adequadas são condições

básicas para o crescimento, desenvolvimento e saúde, sobretudo de crianças, onde uma

alimentação adequada influencia positivamente no rendimento escolar, uma vez que aumenta

a capacidade de concentração do aluno.

A importância de oferecer para os alunos na Escola uma alimentação equilibrada que

contenha todos os nutrientes e vitaminas necessárias para o seu desenvolvimento como um

todo e, é claro, na prevenção de doenças que os poderiam afastar do convívio escolar.

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Corroborando com outros autores, MUNIZ e CARVALHO (2007) fazem

considerações importantes sobre a descentralização do programa, alimentação escolar o

modelo escolarizado de gerenciamento adotado desde 1999 pelo município de João Pessoa, o

que proporcionou uma maior autonomia das escolas para definir, comprar e administrar a

confecção dos cardápios. Os hábitos alimentares e a essencialidade do Programa para reduzir

a evasão escolar.

A merenda escolar influencia positivamente, em vários aspectos, o desenvolvimento

de uma educação de qualidade. Quando a escola oferece uma boa alimentação se torna mais

atrativa, pois a criança poderá está motivada a participar mais ativamente das atividades

realizadas pelo o professor em sala de aula, além disso, vai estar com mais energia para

interagir dentro do espaço escolar.

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

A metodologia aplicada no estudo aborda os métodos qualitativo e os resultados

expressam as condições de armazenamento, qualidade, higiene e aceitabilidade dos cardápios

colhidos na escola.

Segundo Trivinos (apoud ZANELLA, 2009), o método qualitativo tem o ambiente

natural como fontes direta de dados e o método quantitativo se caracteriza pelo emprego dos

instrumentos estatísticos, tanto na coleta de dados de acordo com tabelas e gráficos

apresentados.

Uma vez que houve uma preocupação escrever os fenômenos por meios dos relatos

dos entrevistados e material de pesquisa.

Para realização da pesquisa foi dividido em três fases: Primeiramente, uma ampla

revisão bibliográfica, leitura em material e pesquisa na internet, buscando-se subsídios

temáticos sobre o problema proposto, através do aprofundamento teórico/metodológico em

bibliografia e literatura especializada na temática em análise, a chamada pesquisa documental

realizada na escola e na Secretaria municipal de Educação.

No segundo momento realizou-se visitas a instituição onde ocorreu a pesquisa, e

coletas de dados, informando aos entrevistados o objetivo do trabalho realizado, o fichamento

do material, proporcionou um embasamento específico do objeto de estudo desta pesquisa,

que serviu para avaliar a qualidade do serviço prestado pela instituição, armazenamento,

produção da alimentação e aceitabilidade dos cardápios, por parte dos alunos na referida

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instituição de ensino. Quanto a este aspecto, aceitabilidade da merenda escolar foi realizada

entrevistas com aplicação de questionário aos alunos das turmas do 6º ao 9º ano do ensino

fundamental.

Logo em seguida, ocorreu à entrevista informal com profissionais da educação

(professores e gestora escolar), onde avaliaram a qualidade da merenda escolar servida na

instituição e a sua importância para o desenvolvimento do aluno.

A partir deste momento iniciou-se a análise do material produzido, que permitiu uma

melhor compreensão das informações coletada. Os instrumentos utilizados na realização da

coleta de dados foi o material impresso e câmera fotográfica para produção de fotos que

servirão de ilustração e comprovação da pesquisa.

Baseado nas indagações subjetivas e especulação sobre a temática alimentação nas

escolas publicas, espera-se esclarecer e apresentar a comunidade escolar contemplada nesta

pesquisa, a real situação da alimentação escolar no município a partir de uma amostra ,

visando à qualidade e benefício no rendimento escolar.

A fase final constitui-se da análise, interpretação e avaliação dos dados coletados em

fontes primárias e secundárias, as quais permitirão estabelecer perspectivas para a

problemática proposta da importância de uma alimentação escolar de qualidade e melhoria no

atendimento da merenda das escolas publicas do município e seus benefícios. Para conclusão

do trabalho será produzido um artigo de cunho científico com defesa pública na UFPB.

4 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE PESQUISA

4.1 Caracterização histórica

O município de Araruna teve origem por volta de 1845 quando Feliciano Soares do

Nascimento, morador da localidade de Jacu dos Órgãos, no estado do Rio Grande do Norte,

recebeu cerca de duas léguas de terras numa área inserida na serra que era completamente

desabitada. Posteriormente, sua primeira atitude foi construir uma residência neste local e

cultivar produtos agrícolas.

Quando Feliciano Soares se instalou no local resolveu construir uma capela, isso

ocorreu depois de algum tempo e o objetivo era cumprir uma promessa a Nossa Senhora da

Conceição. Passado alguns anos foi criada a Freguesia de Araruna, fato que ocorreu no dia 04

de julho de 1854, pela Lei Provincial Nº 25.

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Naquele período os moradores da freguesia enfrentavam várias dificuldades para

resolver seus problemas, pois caso alguém quisesse resolver qualquer problema, tinham que

se deslocar para a cidade Bananeiras, onde estava localizada a Jurisdição administrativa que

Araruna pertencia. Depois de vários anos Araruna recebe a titulação de Vila que representava

maior autonomia, esse fato ocorreu no dia 10 de julho de 1876 através da Lei Nº 616

sancionada pelo o Barão de Mamanguape. (LUCENA, 1985).

O termo Araruna peculiar da linguagem indígena significa Arara-Preta. Essa palavra

foi utilizada para nomear o município e tem sua origem pelo fato da área ter sido no passado

um local de inúmeras Araras de plumagem azul-escuro. (LUCENA, 1985).

No decorrer do tempo, surgiram várias residências numa área que seria posteriormente

a zona urbana, foi então que o nome emprestado à serra passou a ser utilizado para denominar

o povoado que surgiu no ponto mais alto do planalto.

4.2 Caracterização geográfica

O município de Araruna tem as típicas características de um município de interior

nordestino, pois tem uma população razoavelmente pequena. Segundo o último

recenseamento do IBGE (2010), a sua população é de 18.879 habitantes.

O contingente populacional pode ter sofrido algumas variações consideráveis, pois

surgiu um campus da UEPB na cidade que aumentou um pouco o número de habitantes

devido aos universitários que passaram a residir no município, por isso é interessante destacar

que o último censo populacional pode não representar com fidelidade o número da população

do município.

O território que compõem Araruna difere do quadro geral do Curimataú, devido à

altitude em que se encontra. Essa característica lhe proporciona um clima ameno, cuja

temperatura no inverno chega aos 18°C e os índices de pluviosidade média são de 900 a 1.100

mm³.

A área mais elevada do município apresenta uma altitude de 580 metros acima do

nível do mar. Ocupa uma área territorial de 245, 72 km2, tendo como coordenadas geográficas

35º 44’ 31’’ Longitude Oeste e 6º 33’ 28’’ Latitude Sul. Limita-se ao Leste com Dona Inês,

Riachão e Campo de Santana. Ao Sul e Oeste com Cacimba de Dentro. Ao Norte com Monte

das Gameleiras, Serra de São Bento e Passa e Fica No Rio Grande do Norte. (SILVA, 2008).

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O município de Araruna faz parte do semi-árido paraibano, encontrando-se na

microrregião do Curimataú Oriental no Agreste Paraibano. Encontra-se localizada

geograficamente no início do planalto da Borborema denominada frente do planalto. (IBGE,

1997).

A Serra de Araruna é uma Chapada Sedimentar constituída por sedimentos que

recobrem o cristalino. Sua localização se encontra no inicio do Planalto da Borborema, o qual

se caracteriza pelo fato de representar uma área de relevo mais elevado, sua altitude varia

entre 300 e 800 metros e se estende pelos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio

Grande do Norte. (CARVALHO, 1982).

L O

S

N

Figura 01: Localização Geográfica do Município de Araruna– PB.

Fonte: Adaptado do Atlas Escolar da Paraíba (2002), Rodriguez (2001) e IBGE (2000)

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As elevações na região representam pontos turísticos bastante visitados. Neste

contexto destacam-se a Serra do Calabouço e a Serra da Confusão. No segundo destaca-se a

Pedra da Boca, a Pedra da Caveira, a Pedra do Letreiro e a Pedra da Macambira

4.3 Delineamento do campo de estudo

A Escola Municipal de Ensino Fundamental João Alves Torres, fica localizada na Rua

Coronel Pedro Targino, S/N, Araruna -PB. Sua fundação data do ano de 1988, na gestão da

Prefeita Maria Celeste Torres. O nome da Escola foi dado em homenagem a João Alves

Torres, pai da então prefeita. Quatro anos após sua fundação a escola apresentou problemas

na sua estrutura física, permanecendo paralisada por um certo período de tempo. No ano de

1998 foi restaurada pelo então Prefeito Benjamim Gomes Maranhão Neto, onde voltou a

funcionar.

A sua estrutura física é dividida em 26 dependências subdivididas em: 13 salas de

aulas, 2 laboratórios de informática, 1 sala de leitura, 1 sala de professores, 1 cantina, 2

almoxarifados, 1 diretoria, 2 secretarias, e 3 banheiros. Atualmente a escola oferece como

modalidades de ensino o Fundamental de segunda fase, funcionando nos turnos manhã e tarde

e a Educação de Jovens e Adultos do segundo e terceiro segmentos, funcionando no turno

noite, além dessas modalidades, a escola também conta com o Programa Projovem Urbano,

programa do governo federal para inclusão de jovens na sociedade.

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1 A Merenda consumida na escola João Alves Torres

No panorama educacional do município de Araruna- PB é apresentada a escola João

Alves Torres, a maior escola da rede municipal, a qual atende atualmente alunos da zona

urbana e zona rural no ensino fundamental médio (6º ao 9º ano) diurno e o ensino de Jovens e

Adultos, noturno. Como escola publica contempla todas as classes sociais e principalmente a

classe média baixa.

Localizada no centro da cidade é vista como referencial na educação local, mas a nível

nacional apresenta um índice de aprendizagem baixo com 2,9 de média, a qual se atribui a

inúmeros fatores como distorção idade série, índice de reprovação, além das avaliações

nacionais como a Provinha Brasil e Olimpíadas realizadas no decorrer no ano letivo. Já se

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encontrou em condições mais críticas há anos atrás, em que a estrutura do prédio foi

comprometida com rachadura, levando ser interditada para reparos.

Atualmente a escola conta com salas de informáticas, biblioteca, vídeos, professores

concursados, o que melhorou a qualidade do ensino e a alimentação escolar como parceira

importante na redução da evasão escolar e no rendimento do aluno.

A qualidade da merenda escolar distribuída aos alunos das escolas públicas brasileiras

tem sido tema de muita discussão e polêmica, pois problemas como: falta de merenda, a

qualidade do alimento, as péssimas condições de higiene na armazenagem dos alimentos,

rendeu uma reportagem para o programa da Rede Globo “O Fantástico” que teve repercussão

nacional, levando o Ministério Público e da Educação discutir formas de melhorar a

fiscalização e o controle social do uso dos recursos da merenda.

Em cumprimento a Lei da Merenda Escolar (Lei nº 11.947/2009), que determina que

30% dos recursos repassados pelo governo federal para a alimentação escolar é utilizado na

compra de produtos da agricultura familiar, enquanto que os 70% da alimentação escolar do

município é terceirizada, a prefeitura municipal de Araruna compra alimentos dos produtores

locais, o que ajuda no desenvolvimento do município.

A compra de alimentos aos produtores locais oferece maior possibilidade de

circulação de capital dentro do próprio município, contribuindo para o crescimento da

comercialização de produtos alimentícios e outros mais, utilizados dentro do espaço escolar

para o bom funcionamento da instituição.

A merenda escolar não deve ser pensada apenas considerando os aspectos nutricionais,

existem vários aspectos que devem ser considerados para torná-la principalmente mais

atrativa aos alunos, pois de nada adianta oferecer uma alimentação de grande valor nutritivo

se a criança não tiver o interesse de consumi-la.

De acordo com a nutricionista Fabiany Limeira Diniz Brito da Secretaria de Educação

do município, o cardápio da merenda escolar é a relação das preparações de alimentos a serem

oferecidas em cada refeição, o qual contém nome dos alimentos, quantidades e a faixa etária

destinada e que tem como principal objetivo suprir, parcialmente, as necessidades nutricionais

dos alunos, melhorarem a capacidade de aprendizagem, formar bons hábitos alimentares,

manter o aluno na escola.

A elaboração do cardápio das escolas públicas do município é baseada em alguns itens

como: a faixa etária do aluno observa-se as necessidades nutricionais do aluno, o horário mais

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apropriado para ser servido, a localidade (sítios), a possibilidade de substituição na falta de

algum alimento, fruta, verdura, legumes etc.

No município é realizado o teste de aceitabilidade, os alimentos não aceitos podem ser

retirados do cardápio e os novos alimentos que foram aceitos podem ser acrescentados, com

exceção os de 0 a 3 anos (creche). Esse teste evita que o cardápio se torne monótono ou

repetitivo, proporcionando uma alimentação diversificada e interessante, priorizando sempre

os hábitos alimentares saudáveis, priorizando alimentos regionais da culinária nordestina e

geralmente de grande valor nutricional.

A distribuição dos alimentos é feita com base em suas características para não haver

perca de qualidade, ou seja, mensalmente para produtos não perecíveis e a cada quinze dias

para carnes, frios, polpas de frutas, e todas as semanas é feito o abastecimento de verduras,

frutas, legumes e batatas.

Pode se observar os alunos no horário da alimentação escolar na Escola João Alves

Torres, que cerca de 90% dos alunos consomem a merenda servida na escolar, principalmente

os alunos da zona rural e que não há desperdício, chegando até repetir.

Um problema relacionado à merenda escolar da referida escola, está na infra estrutura

dificultando a qualidade de ingestão alimentar por não existir um refeitório propício. A escola

disponibiliza de um refeitório improvisado, com bancadas suspensas, nas paredes e

banquinhos de plásticos.

Segundo a nutricionista as refeições não suprem as necessidades mínimas nutricionais

dos estudantes e mesmo insuficiente, a merenda escolar é de boa qualidade. Na verdade, a

merenda costuma ser de grande aceitabilidade por parte dos alunos, os quais demonstram

grande satisfação com a refeição.

A maior parte das crianças atendidas pela escola são oriundas da zona rural e

costumam sair muito cedo de casa para escola, além disso, algumas dessas crianças não

dispõem se quer do café antes de sair de sua residência, talvez esta seja uma das justificativas

para a merenda não ser suficiente, pois se sabe que as vezes eles querem repetir mas é

possível.

5.2 Análise dos resultados

Baseado-se nas indagações subjetivas e especulação sobre a temática alimentação nas

escolas públicas, tentou-se esclarecer e apresentar a comunidade escolar contemplada nesta

14

pesquisa, a real situação da alimentação escolar no município a partir de uma amostra

qualitativa , visando à qualidade e benefício no rendimento escolar.

A fase final da pesquisa constituiu-se da análise, interpretação e avaliação dos dados

coletados em fontes primárias e secundárias, as quais permitirão estabelecer perspectivas para

a problemática proposta da importância de uma alimentação escolar de qualidade e melhoria

no atendimento da merenda das escolas em análise.

Observando-se os alunos no horário da merenda servida aos alunos na Escola João

Alves Torres, constatou-se que cerca de 90% dos alunos consomem a merenda servida,

principalmente os alunos da zona rural e que não há desperdício, chegando até repetir.

Um problema relacionado à merenda da referida escola, está na infra-estrutura, que

dificulta a qualidade da ingestão alimentar. Isso ocorre pela ausência de um refeitório

propício, pois a escola disponibiliza de um refeitório improvisado, com bancadas suspensas,

nas paredes e banquinhos de plásticos. Outra fragilidade citada pela diretora escolar é a

logística alimentar que está relacionada da falta da merenda, apesar de raramente acontecer,

mas preocupa, visto que os entraves burocráticos podem atrasar os repasses.

Gráfico 1 – Motivos que estimulam o aluno à freqüentar a escola (%).

A análise dos questionários mostrou que os alunos estão na faixa etária de dez a 15

anos, que na sua maioria são de famílias de baixa renda e residentes na zona rural e bairros

pobres da cidade. Em relação ao motivo que leva a vinda à escola, a maioria das crianças

65

19

12

4

0

10

20

30

40

50

60

70

Estudar Bolsa Família Outros motivos Não respondeu

Fonte: Escola João Alves Torres, Araruna-PB.

15

representa por 65%, responderam que para estudar, 19% responderam por causa do bolsa

família e merenda, 12% por outros motivos e 4% do grupo não respondeu.

Para a regularidade da oferta da merenda, 94% dos alunos responderam que a mesma é

servida todos os dias, duas crianças não responderam e quatro disseram que em alguns dias

faltam frutas. Em relação a aceitabilidade da merenda oferecida, 68% das crianças

responderam que gostam sempre, 28% que às vezes gostam e 4% dos pesquisados que não

gostam.

Quando questionados sobre qual das merendas é a sua preferida, a macarronada de

carne moída, as frutas e cuscuz com salsicha ou sardinha foram as mais indicadas com 54%

das respostas, seguida pela sopa de legumes e frango, com 27% das indicações. Biscoito com

suco ou achocolatado ficou em terceiro lugar, com 14% das preferências 5% não

responderam.

Gráfico 2 – Merenda preferida dos alunos (%).

A merenda que os alunos menos gostam são as verduras, indicadas por 42% do

alunado, seguido pelo arroz com leite, com 28% das indicações e em terceiro lugar a sopa de

feijão 23% das respostas, evidenciando a diversidade das preferências. 7% das crianças não

responderam.

54

27

14

5

0

10

20

30

40

50

60

Carne moída, frutas, cuscuz com salsicha ou sardinha

Sopa de legumes e frango

Biscoito com suco ou achocolatado

Não responderam

Fonte: Escola João Alves Torres, Araruna-PB.

16

Gráfico 3 – Merenda de menor preferência dos alunos (%).

Quanto aos demais componentes da escola, os professores, a merenda escolar é uma

atividade essencial na escola, podendo ser entendido como instrumento pedagógico, um

importante complemento com função que recupera a deficiência alimentar do aluno no âmbito

familiar, também determina a freqüência do aluno e contribui para melhor aprendizagem. Em

meio a essa concepção, a merenda surge na fala de todos os professores entrevistados e diretor

como um fator determinante tanto para a freqüência como para o rendimento escolar do aluno,

sendo superado apenas pelo bolsa família e que as principais dificuldades encontradas na

instituição é a manutenção do programa de ordem burocrática e infra- estrutura.

6 CONCLUSÕES

A pretensão de identificar até que ponto uma boa alimentação escolar interfere no

desenvolvimento físico e intelectual dos alunos ou ainda se a escola promove a segurança

alimentar e nutricional de forma a contribuir para erradicação da evasão escolar, resultou em

algumas constatações muito importantes.

A Alimentação Escolar requer consciência e responsabilidade para atender os

requisitos básicos do setor, deve-se fornecer uma alimentação adequada sob o ponto de vista

nutricional, higiênico e sanitário.

A merenda oferecida pela Escola João Alves Torres é regular e de boa qualidade. Os

alunos demonstram estar satisfeito com a variedade do cardápio servido, obviamente isso

42

28

23

7

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

Merenda de menor preferencia dos alunos (%)

Verduras

Arroz com leite

Sopa de feijão

Não responderam

Fonte: Escola João Alves Torres, Araruna-PB.

17

contribui na freqüência contínua dos alunos na escola, contribuindo para uma melhor

aprendizagem, além disso, evita a evasão escolar.

No entanto, observou-se que na alimentação servida ainda existem aspectos a serem

melhorados e um dos problemas está relacionado à questão de infra estrutura, que dificulta a

qualidade da ingestão alimentar, necessitando de um refeitório propício, a escola disponibiliza

de um refeitório improvisado, com bancadas suspensas, nas paredes e banquinhos de

plásticos.

De acordo com os relatos de professores, gestores e merendeiras, a merenda escolar é

um fator de grande importância para os alunos e considerada um forte estimulo para a

presença dos mesmos na escola. Percebeu-se que na falta da merenda existem mudanças de

comportamento por parte dos alunos no espaço escolar. Os mesmos não se concentram

durante as aulas, apresentam baixo rendimento, chegando até a evadi-se durante o período em

que não há merenda.

Em relação ao aprendizado os professores e gestores declararam que a oferta da

merenda representa um fator importante para o aprendizado do aluno durante o ano letivo. De

acordo com as merendeiras é possível desenvolver cardápios nutritivos, variados e de baixo

custo, aproveitando de forma diferente os alimentos da merenda e evitando muitas vezes o

desperdício.

Seria propício as parcerias envolvendo as famílias, nutricionistas, educadores para

juntos discutir como utilizar os recursos naturais na alimentação escolar de forma a evitar

desperdício e melhorar os hábitos alimentares dos alunos.

Concluindo, a questão alimentar é um fator preponderante para exercício da cidadania.

O Programa de Merenda Escolar implantado na escola se mostra frágil, pois ainda é visto

como assistencialista e não como direito do educando. Sendo necessário que governo e

gestores escolar melhorem a infra estrutura para o armazenamento dos alimentos como

também invistam na qualificação de profissionais para melhorar a qualidade da merenda

escolar servida.

18

Minicurrículo

Josinéia Batista da Silva

Licenciatura Plena em Geografia pela Universidade Estadual da Paraíba, Especialista em

Geografia e Território: Planejamento urbano, rural e ambiental pela Universidade Estadual da

Paraíba. Atualmente exercendo a função de Professora na Escola Municipal de Ensino Fundamental

João Alves Torres na cidade de Araruna, PB.

Contato: [email protected]

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

ABREU, M. T. Alimentação escolar: combate à desnutrição e ao fracasso escolar ou

direito da criança e ato pedagógico? Em Aberto, Brasília: INEP, v.15, n.67, p.5-20, jul./set.

1995.

BRASIL. Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

Alimentação Escolar [acesso 19 out 2011]. Disponível em: http: //www.fnde.gov.br [ Links ]

CARVALHO, Maria Gelsa R. F. de. Estudo da Paraíba. Classificação Geomorfológica.

João Pessoa: Universitária/UFPB, 1982.

COSTA, João Bosco Araújo. A ressignificação do local: o imaginário político brasileiro

pós-80. Revista São Paulo em Perspectiva. São Paulo: Fundação SEADE, v. 10, n. 3, jul/set

de 1996.

GADOTTI, Moacir. Qualidade da educação. In: VI Congresso Brasileiro de Ensino Superior

a Distância. São Luiz, 2009.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo populacional, 2010. Disponível

em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1> Acesso em: 06 de set. de 2011.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Recursos Naturais e Meio Ambiente:

uma visão do Brasil. 2ª Edição, Rio de Janeiro: IBGE, 1997.

IOSCHPE, Gustavo. A ignorância custa um mundo: o valor da educação no

desenvolvimento do Brasil. São Paulo: Francis, 2004.

JACCOUD, Luciana. Proteção Social no Brasil: Debates e Desafios. Brasília, IPEA, 2007.

LUCENA, Humberto Fonsêca de. Araruna: Anotações para a sua história. João Pessoa:

Uma edição, 1985.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições.

14ª ed., São Paulo: Cortez, 2002.

MUNIZ, V. M; CARVALHO, A.T. O Programa Nacional de Alimentação Escolar em

município do estado da Paraíba: um estudo sob o olhar dos beneficiários do Programa.

UFPB, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Nutrição. João Pessoa, PB -2007.

19

PEDRAZA, Dixis Figueroa; ANDRADE. Sonia Lúcia Lucena Sousa. A Alimentação escolar

Analisada no contexto de um Programa de Alimentação e Nutrição. Revista Brasileira em

Promoção de Saúde. Universidade de Fortaleza. Brasil. 2006

RODRIGUEZ, Janete Lins (coord.). Atlas Escolar da Paraíba. 3 ed. João Pessoa:

GRAFSET, 2002.

RUA, Maria das Graças. Políticas públicas. Departamento de ciência da

Administração/UFSC. CAPES: UAB. Brasília. 2009.

SILVA, Josinéia Batista da. Desenvolvimento Sustentável nos Assentamentos Rurais de

Araruna-PB. Guarabira: 2008. Monografia (Pós-Graduação em Geografia e Território:

Planejamento Urbano, Rural e Ambiental). Universidade Estadual da Paraíba - UEPB.

TEIXEIRA, E. C. O papel das políticas públicas no desenvolvimento local e na transformação

da realidade. Associação dos Advogados de Trabalhadores Rurais (AATR-BA), Salvador,

2002.

ZANELLA, Liliane Carly Hermes; Metodologia de estudo e de pesquisa em

administração. Departamento de ciência da Administração/UFSC. CAPES: UAB. Brasília.

2009. Disponível em: www.scielo.br/scielo. php?pid=S1415-52732007000300007. Acesso

em 27/09/2011 - ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

20

APÊNDICE

QUESTIONÁRIO 1

CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE APRESENTADA

1. Função do entrevistado:

______________________________________________________________________

2. Nome da Escola:

______________________________________________________________________

3. Endereço ______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

4. O que o Conselho de Alimentação Escolar faz?

1.( ) Cuida do cardápio/merenda que é servida na escola

2( ) Fiscaliza a merenda e denuncia o que está errado

3.( ) Visita a escola/ Visita sua casa

4.( ) Conversa com os alunos sobre a merenda / Conversa com os pais sobre a merenda

5.( ) Outro. O quê?_________________________________________________

( ) NR

5 . Quem decide qual merenda será oferecida aos alunos?

1. ( ) Diretor/vice diretor

2. ( ) Nutricionista

3. ( ) Servente

4. ( ) Professor

5. ( ) Merendeira

6. ( ) Outro funcionário da escola

7. ( ) Membro da Associação de Pais e Mestres ou outro órgão representativo da comunidade

8. ( ) Outro

( ) NR

6. A merenda é preparada para servir também a outras pessoas, além dos alunos?

( ) Não ( ) Sim ( ) NR

7. Quais são as outras pessoas que merendam na escola, além dos alunos

1. ( ) Professores

2. ( ) Funcionários da escola

3. ( ) Membros da comunidade

4. ( ) Outros: ___________________________________________________

( )NR

10. Onde é feita a merenda?

1.( ) Cozinha da própria escola

2.( ) Local adaptado na escola

3.( ) Cozinha central fora da escola

4.( ) Cozinha na própria escola terceirizada

5.( ) Cozinha fora da escola terceirizada

( ) NR

11. Nesta escola existe alguma atividade pedagógica relacionada com a merenda escolar?

(ENTREVISTADOR: trabalhos sobre nutrição na aula de Ciências, palestras com

especialistas falando sobre a importância da alimentação para a saúde das pessoas, etc.).

( ) Não ( ) Sim ( ) NR

12. Esta escola produz algum alimento utilizado na merenda escolar? (por exemplo, tem

uma horta, pomar?)

( ) Não ( ) Sim ( )NR

13. Como funciona o recebimento dos alimentos da merenda nesta escola

1.( ) Todos os alimentos chegam da Prefeitura/Estado

2.( ) Parte dos alimentos vem da Prefeitura/Estado e a escola recebe dinheiro para comprar o

restante

( ) A escola recebe dinheiro para comprar todos os alimentos

14 . As merendeiras realizam algum tipo de curso ou treinamento necessário para

exercer a função de merendeira?

( ) Não ( ) Sim ( ) NR

15. (É realizado o controle de pragas (insetos e roedores) na área da cozinha)?

( ) Não ( ) Sim ( ) NR

16 . Qual a freqüência da realização de controle de pragas?

1.( ) Mensalmente

2.( ) Trimestralmente

3.( ) Semestralmente

4.( ) Anualmente

5.( ) Raramente

( ) NR

17. Existe venda de alimentos na escola?

1.( ) Não

2.( ) Sim. Se sim, quem vende?

3.( )Cantina

4.( ) Funcionários da escola

5.( ) Ambulante

6.( ) Outros

( )NR

QUESTIONÁRIO 2

ACEITAÇÃO DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

Nome do Entrevistador: ____________________________________Data: ___/___/___

IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO

Nome:_____________________________________

Série que leciona: _______ Turno: ( ) Manhã ( ) Tarde ( ) Noite

Data de nascimento: ____/____/____ Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

1. Você come a merenda oferecida na escola?

( ) Não ( ) Sim ( )NR

2. Você gosta da merenda oferecida na escola?

( ) Não ( ) Sim ( ) NR

2.Se não. Por quê?

1. ( ) Não gosta do cardápio do dia (aparência, sabor, odor)

2. ( ) Refeições muito repetidas

3. ( ) Nunca comeu/ Não sente vontade de comer

4. ( ) Traz comida de casa/ Traz dinheiro para comprar comida

5. ( ) Temperatura inadequada

6. ( ) Outra razão_______________________________________________________

( ) NR

3. Das comidas oferecidas na escola, quais você mais gosta? Cite três.

1) ____________________________________

2) ____________________________________

3) ____________________________________

4. Das comidas oferecidas na escola, quais você menos gosta? Cite três.

1) ____________________________________

2) ____________________________________

3) ____________________________________

5. A comida oferecida na escola é diferente todos os dias?

( ) Não ( ) Sim ( )NR

6 . Você gosta do lugar onde você come a merenda?

( ) Não ( ) Sim ( ) NR

7 . Por que você não gosta do lugar onde você come a merenda?

1. ( ) Local e/ou mobiliário desconfortável (não tem mesa, não tem lugar para todos se

sentarem)

2. ( ) É sujo

3. ( ) Desorganizado

4. ( ) Come em outro local (sala de aula, quadra, pátio)

5. ( ) Outro (s). Qual (is)? ___________________________________________

( ) NR

8. Alguma vez faltou merenda na sua escola?

( ) Não ( ) Sim ( )NR

9. Você comeu ou bebeu antes de vir para a escola hoje?

( ) Não ( ) Sim ( ) NR

10. Você costuma trazer comida / lanche de casa para comer na escola?

( ) Não ( ) Sim ( ) NR

11. Que tipo de comida / lanche você costuma trazer de casa?

1. ( ) Sanduíches/ Salgados

2. ( ) Salgadinhos de pacote

3. ( ) Biscoitos, bolachas

4. ( ) Balas, chocolates, pirulitos

5. ( ) Refrigerantes ou sucos artificiais

6. ( ) Sucos naturais ou frutas

7. ( ) Leites e derivados

8. ( ) Outros. Quais? _____________________________________

( ) NR

12.Você compra alimentos na cantina/ lanchonete da escola ou em algum outro lugar (de

funcionários/ ambulantes)?

( ) Não

( ) Sim

( ) NR

14 . Quantas refeições você come por dia fora da escola?

1. ( ) Nenhuma

2. ( ) Uma

3. ( ) Duas

4. ( ) Três

5. ( ) Mais de três

( ) NR

15. Você vem para a escola por causa da merenda?

( ) Não ( ) Sim ( ) NR

QUESTIONÁRIO 3

ENTREVISTA COM A MERENDEIRA

Nome do entrevistador:__________________________________Data:___/___/____

1. Você gosta do seu trabalho de merendeira?

( ) sim ( ) não ( ) NR

2. Como você foi escolhida para trabalhar na merenda escolar nesta escola?

______________________________________________________________________

3. Até que ano você estudou?

1.( ) Analfabeta

2.( ) Fundamental (1ª a 8ª série) incompleto

3.( ) Fundamental completo

4.( ) Ensino médio (1º a 3º colegial) incompleto

5.( ) Ensino médio completo

6.( ) Superior incompleto

7.( ) Superior completo

( )NR

4. Você realiza algum outro tipo de atividade na escola além do preparo das refeições?

( ) Não ( ) Sim ( ) NR

5. Qual a outra função realizada?

1. ( ) Limpeza

2. ( ) Servente

3. ( ) Professora

4. ( ) Administrativa

5. ( ) Serviços gerais

6. ( ) Outro. Qual? _________________________________________________

( ) NR

6. Quem deu este curso ou treinamento?

1. ( ) Nutricionista

2. ( ) Outro profissional da saúde

3. ( ) Outros

( ) NR

7.O tipo e tamanho dos equipamentos da cozinha (liquidificador, batedeira) são

suficientes para o preparo de todas as refeições servidas na merenda?

( ) Não ( ) Sim ( )NR

8. Quais utensílios são utilizados pelos alunos na hora da merenda?

1. ( ) Garfo

2. ( ) Colher

3. ( ) Copo

4. ( ) Caneca

5. ( ) Tigela

9. A quantidade de utensílios para os alunos comerem a merenda é suficiente?

( ) Não ( ) Sim ( ) NR

10. Qual a importância de um cardápio variado?

______________________________________________________________________

11. Dos pratos oferecidos, quais estão na preferência dos alunos?

______________________________________________________________________

12. Quais os cuidados que devem ser tomados no preparo da merenda?

______________________________________________________________________

13. Os alunos deixam muito alimento recusado no prato?

______________________________________________________________________

14. O que é feito com essas sobras?

______________________________________________________________________

QUESTIONÁRIO 4

ENTREVISTA COM O PROFESSOR

IDENTIFICAÇÃO DO PROFESSOR

Nome:_____________________________________ Data:___/___/____

Disciplina que leciona: ________________ Turno: ( ) Manhã ( ) Tarde ( ) Noite

Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

1. De que forma a alimentação escolar pode influenciar no aprendizado do aluno?

______________________________________________________________________

2. Como se dá o desenvolvimento das crianças com carência alimentar na sala de aula?

______________________________________________________________________

3. Qual o comportamento dos alunos quando se aproxima o horário da merenda escolar?

______________________________________________________________

4. Como você avalia a qualidade da merenda servida na escolar João Alves Torres?

______________________________________________________________________

5. Na escola é servida merenda constantemente?

______________________________________________________________________

6. Você consome da merenda servida nesta instituição de ensino?

______________________________________________________________________

7. Há uma preocupação por parte do gestor com a alimentação escolar da escola?

______________________________________________________________________

ANEXO

ESTADO DA PARAÍBA

PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARUNA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Rua Padre Targino Sobrinho, 22 - Centro – CEP: 58.233-000

E-mail: [email protected]

ALIMENTOS INCLUSOS NO EDITAL DE LICITAÇÃO DO CARDÁPIO DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DO MUNICÍPIO

DE ARARUNA-PB. ANO 2012

CÓDIGO DISCRIMINAÇÃO

1 CEREAL A BASE DE ARROZ PRÉ-COZIDO PARA ALIMENTAÇÃO INFANTIL,

farinha de arroz (68%), açúcar, amido, sais minerais (fosfato de

sódio dibásico, carbonato de cálcio e pirofosfato férrico),

vitaminas (vitamina C, vitamina E, niacina, ácido pantotênico,

vitaminas B6, B2, B1, ácido fólico e vitamina B12) e aromatizante.

Contém traços de leite.

CONTÉM GLÚTEN.

2 FARINHA DE AVEIA, aveia, CONTÉM GLÚTEN. Embalagem que contenha

informações do fabricante e data de vencimento estampado na

embalagem, de acordo com a Resolução 12/78 da CNNPA.

3 SUCO CONCENTRADO DE CAJÚ, suco integral de caju, água, suco

concentrado de caju. Conservadores metabissulfito e benzoato de

sódio, acidulante: ácido cítrico, aromatizante: aroma idêntico ao

natural de caju, estabilizante goma gelana.

NÃO CONTÉM GLÚTEN.

4 SUCO CONCENTRADO DE GOIABA, Polpa de goiaba integral, água,

potável, acidulante ácido cítrico, espessante goma gelana,

conservantes: Benzoato de sódio e metabissulfito de sódio,

aromatizante aroma sintético indêntico ao natural de goiaba,

antioxidante ácido ascórbico (vitamina C), estabilizante citrato

de sódio.

SEM ADIÇÃO DE AÇÚCAR.

NÃO CONTÉM GLÚTEN.

Fabiany Limeira Diniz Brito

Nutricionista CRN: 6274

CARDÁPIO DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DO MUNICÍPIO DE ARARUNA-PB

ESCOLA JOÃO ALVES TORRES

Fabiany Limeira Diniz Brito

Nutricionista CRN: 6274

TURNO Segunda-

feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira

MANHÃ

Cuscuz ao

molho de tomate,

sardinha e

soja.

Fruta-laranja

tangerina ao

Natural.

Leite

achocolatado com bolacha

CREAM

CRACKER

Fruta- maçã

- Sopa de Feijão c/

charque - Batata Doce

Suco de Fruta c/

Leite - Biscoito MARIA

Sopa de feijão

com charque, legumes e

batata doce.

TARDE

Macarronada

de carne

moída e soja.

Fruta - banana

Arroz com

leite

Suco de

Goiaba

Cuscuz com

salsicha ou

sardinha.

Suco de Fruta c/

Leite

- Biscoito MARIA

- Vitamina de

Banana

- Biscoito

CREAM

CRACKER

NOITE

Macarronada

de carne

moída e soja e molho de

tomate.

Cuscuz com

leite.

Canja com

legumes e frango

Arroz com

salsicha e legumes

Sopa de Feijão

c/ Charque

- Batata Doce