curso de especializaÇÃo em gestÃo pÚblica municipal...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL MODALIDADE A DISTÂNCIA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UFPB VIRTUAL
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL
METODOLOGIA CIENTÍFICA E TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
POLÍTICA PÚBLICA DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO ESCOLAR: Um estudo
de caso na Escola Municipal de Ensino Fundamental João Alves Torres
Josinéia Batista da Silva
Pós-graduando lato sensu em Gestão Pública Muncicipal -UFPB
Profª Maria Elizabeth Batista Pimenta Braga
Orientadora
RESUMO
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), implantado em 1955, garante, por
meio da transferência de recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos da educação
infantil ao ensino médio matriculados em escolas públicas. Mediante contrastes e problemas
vivenciados pela sociedade atual faz necessário a presença do poder público no espaço social.
A construção de políticas públicas resultantes de diálogos entre o Estado, sociedade e o
mercado parece ser o caminho para a construção de melhores condições de vida para a
população. A educação é indicador importante para melhorar a qualidade de vida humana,
mas os desafios que vivenciados no dia-a-dia, como a falta de vagas nas escolas, infra-
estrutura, ausência de materiais didáticos, entre outros, tem privado muitos de uma educação
promissora. A metodologia adotada na pesquisa foi a qualitativa expressando nos resultados as
condições de armazenamento, qualidade, higiene e aceitabilidade dos cardápios colhidos na escola. A
realização da pesquisa teve como objetivo identificar até que ponto uma boa alimentação
escolar interfere no desenvolvimento físico e intelectual dos alunos. A pesquisa ocorreu em
três fases: Primeiramente, houve uma ampla revisão bibliográfica, leitura e pesquisa na
internet; no segundo momento realizou-se visitas a instituição onde ocorreu a pesquisa e
coletas de dados; a fase final constitui-se da análise, interpretação e avaliação dos dados
coletados, os quais permitiram estabelecer perspectivas para abordagem a respeito da
problemática. A merenda oferecida pela Escola João Alves Torres é regular e de boa
qualidade. Os alunos demonstram estar satisfeito com a variedade do cardápio servido, esse
fator representa uma grande importância para freqüência contínua dos alunos na escola,
evitando o problema da evasão.
Palavras-Chaves: Políticas Públicas. Merenda escolar. Aluno. Escola
1 INTRODUÇÃO
Uma alimentação adequada proporciona um maior rendimento escolar, equilíbrio
necessário para o crescimento e desenvolvimento de um indivíduo. O Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE), implantado em 1955, garante, por meio da transferência de
recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos da educação infantil ao ensino médio
matriculados em escolas públicas, e tem como objetivo atender as necessidades nutricionais
dos alunos durante sua permanência na escola.
A realização desse estudo foi pautada pelo reconhecimento da importância das
políticas públicas na área educacional, notadamente das que proporcionam ambiente favorável
à aprendizagem, pois enquanto processo social permite que todos aqueles que exercem suas
atividades no cenário escolar, principalmente o aluno, possam ter efetivo desenvolvimento.
O interesse pela problemática surgiu da necessidade de verificar a qualidade da
alimentação escolar da instituição em análise. Além de violência, reprovação, evasão,
necessidade urgente que nas dependências de escolas era algo insubstituível e que esta afeta
diretamente o processo de ensino e aprendizagem na escola.
Enquanto educadora e pesquisadora, observou-se que a situação sócio-econômica da
região, em que grande parte da comunidade escolar do município de Araruna, principalmente
os alunos das Escolas Públicas, não dispõem de uma alimentação adequada no seu dia-a-dia,
logo, tais alunos são oriundas de famílias desfavorecidas economicamente e socialmente.
Diante dessa realidade vários aspectos ganham realce e conduzem a questionamentos
do tipo: O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) para a educação tem
desempenhado a função de reduzir a evasão escolar?
Este trabalho pretende identificar até que ponto uma boa alimentação escolar interfere
no desenvolvimento físico e intelectual dos alunos, se escola assegura o direito humano à
alimentação adequada, e se promove a segurança alimentar e nutricional de forma a contribuir
para erradicação da evasão escolar.
Para tanto, foi necessário levantar dados referentes à qualidade da merenda servida na
instituição e a sua contribuição na formação do aluno, identificando assim fatores que
determinam e concorrem para o desenvolvimento dos fenômenos.
O presente trabalho de pesquisa foi estruturado em sete tópicos: introdução, referencial
teórico, metodologia da pesquisa, caracterização do campo de pesquisa, análise dos
resultados, conclusões e referência bibliográfica.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
O referencial teórico está subdividido em quatro subtópicos: a importância das
políticas públicas no sistema educacional, Programa Nacional de Alimentação Escolar no
Brasil – PNAE, os benefícios de uma boa alimentação escolar, merenda consumida na escola
João Alves Torres e cardápio da alimentação escolar do município de Araruna-PB.
2.1 O Estado e as políticas públicas
Mediante os contrastes e problemas vivenciados pela sociedade atual se faz necessário
a presença do poder público no espaço social, uma vez que o setor público precisa assumir a
responsabilidade de fomentar mudanças organizacionais, em termos de políticas públicas
coletivas, de forma a favorecer escolhas saudáveis no campo individual. A construção de
políticas públicas resultantes de diálogos entre o Estado, sociedade e o mercado parece ser o
caminho para a construção de um modo de viver que permita melhores condições de saúde
para a população.
[...] as políticas sociais fazem parte de um conjunto de iniciativas públicas, com o
objetivo de realizar, fora da esfera privada, o acesso a bens, serviços e renda. Seus
objetivos são amplos e complexos, podendo organizar-se não apenas para a
cobertura de riscos sociais, mas também para a equalização de oportunidades, o
enfrentamento das situações de destituição e pobreza, o combate às desigualdades
sociais e a melhoria das condições sociais da população (JACCOUD, 2007, p. 3).
As políticas públicas traduzem, no seu processo de elaboração, implantação e,
sobretudo, em seus resultados, formas de exercício do poder político, envolvendo a
distribuição e redistribuição de poder, o papel do conflito social nos processos de decisão, a
repartição de custos e benefícios sociais.
Neste contexto o poder público representado pelo Estado surgi com as políticas
públicas como propostas de melhorias sociais, enquanto os movimentos sociais configuram-se
como de fundamental importância para tais políticas serem executadas eficazmente e que
possam atingir realmente aqueles que se encontram desfavorecido social e economicamente.
Como o poder é uma relação social que envolvem vários atores com projetos e
interesses diferenciados e até contraditórios, há necessidade de mediações sociais e
institucionais, para que se possa adquirir um mínimo de consenso e, assim, as políticas
públicas possam ser legitimadas e obter eficácia.
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Nesta perspectiva é interessante destacar que o poder local está revestido atualmente
de maiores capacidades para oferecer melhores serviços ao público, visando um
desenvolvimento econômico e social muito mais abrangente.
As estruturas de poder local passaram a espaço de possibilidades de experimentos
democráticos inovadores e do exercício da cidadania ativa. Da condição de
importância diante do crescente desafio de oferecer bens e serviços públicos
eficientes e de qualidade e da incapacidade de formular saídas econômicas, o poder
local passou a ser portador de possibilidades de gerenciamento eficiente dos recursos públicos e protagonista de iniciativas de desenvolvimento da vida
econômica e social. (COSTA, 1996, p. 113)
O Estado é o principal responsável pelo desenvolvimento do espaço que o pertence
administrativamente, inclusive de toda sociedade que está neste espaço, pois é o Estado que
dispõem de mecanismos capazes de resolver principalmente os problemas sociais e
econômicos que a população enfrenta.
A participação da sociedade no processo administrativo do Estado é fundamental, logo
os cidadãos devem está constantemente atentos na maneira que os recursos públicos estão
sendo gastos. Neste contexto, o exercício da cidadania se torna essencial para haver melhorias
reais na educação, saúde, segurança e obviamente toda população possa obter melhores
condições de vida.
A presença cada vez mais ativa da sociedade civil que se baseia em questões de
interesse geral, torna a política fundamental. As políticas públicas se fazem necessário, pois
tratam de recursos públicos direcionados que envolvem interesses públicos. Elas se realizam
num campo extremamente contraditório onde se entrecruzam interesses e visões de mundo
conflitantes e onde os limites entre público e privado são de difícil demarcação.
2.2 A importância das Políticas Publicas no Sistema Educacional
Para Teixeira (2002), as políticas públicas expressam o sentido do desenvolvimento
histórico-social dos atores sociais na disputa para construir a hegemonia; refletem, pois, as
concepções que têm do papel do Estado e da sociedade civil, constituindo programas de ações
que respondem as suas carências e demandas.
As ações do Estado se traduzem através das políticas públicas para oferecer ao
público, sobretudo aqueles que se caracterizam por estarem socialmente em condições
desfavoráveis, serviços essenciais e extremamente importantes, como por exemplo, educação
de qualidade.
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A educação é um indicador importante para melhorar a qualidade de vida humana,
mas os desafios que se vivencia no dia-a-dia, como a falta de vagas nas escolas, infra
estrutura, ausência de materiais didáticos, entre outros, tem privado muitos de uma educação
de qualidade.
A democratização da educação escolar, como meio de desenvolvimento do
educando, do ponto de vista coletivo e individual, sustenta-se em três elementos
básicos: acesso universal ao ensino, permanência na escola, qualidade satisfatória da
instrução. Nem todas as crianças, jovens e adultos deste País têm acesso ao ensino;
muitíssimos daqueles que conseguem ingressar na escola, nela não permanecem; e,
mais, aqueles que ali permanecem nem sempre obtêm uma instrução e um ensino de
qualidade. (LUCKESI, 2002, p.122-123).
O índice de analfabetismo é um problema enfrentado pelo sistema educacional, que
retrata a realidade e a necessidade de ações urgentes, fator este que está diretamente
relacionado com as condições de vida precária de sobrevivência de muitas famílias, onde na
maioria das vezes falta até alimentação.
Uma nação com grande número de analfabeto pode ser considerada atrasada, mesmo
que seja desenvolvida economicamente, pois a principal condição para qualquer população
ser considerada desenvolvida atualmente é a educação. Sabe-se que é através da educação
também que o ser pode obter crescimento em todos os sentidos na vida.
a educação (...) não é apenas um direito do cidadão, mas um patrimônio estratégico
do país, uma ferramenta indispensável ao seu desenvolvimento. (...) Percebida a
educação não como um fim em si mesma mas como uma alavanca para o progresso
do país, e entendidos os mecanismos que regem e influenciam essa alavanca, nota-se
que a simples concessão de vagas em instituições de ensino não é o final da relação
entre Estado e escola, mas apenas o seu começo (IOSCHPE, 2004, p. 15).
Na área da educação um fator preponderante que merece maior atenção é a questão da
merenda escolar. Uma alimentação adequada proporciona um maior rendimento escolar,
equilíbrio necessário para o crescimento e desenvolvimento de um indivíduo.
A alimentação escolar tem características de assistência nutricional, desde que
ofereça alimentos adequados em quantidade e qualidade, para satisfazer às
necessidades nutricionais do escolar, no período do dia em que permanece na escola.
(Mas também,) por ser servida na escola, adquire características de ferramenta
educativa, que pode e deve ser utilizada para os fins maiores da educação, (...)
habilitando o aluno a intervir na própria realidade (Conselho Federal..., 1995).
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Quando o aluno satisfaz suas necessidades nutricionais, sem sombra de dúvidas,
poderá alcançar melhores resultados no processo de aprendizagem. Isso implica dizer que a
alimentação está vinculada ao rendimento escolar do aluno, podendo o mesmo ser
considerado um elemento essencial que contribui na educação.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), implantado em 1955, garante,
por meio da transferência de recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos da
educação infantil ao ensino médio matriculados em escolas públicas, e tem como objetivo
atender as necessidades nutricionais dos alunos durante sua permanência na escola.
A alimentação se torna completa quando é realizada com os alimentos necessários
para o crescimento saudável da criança. Desta maneira, a merenda escolar deve ser pensada
considerando-se a realidade em que os alunos estão inseridos, buscando-se utilizar os
alimentos que fazem parte do seu cotidiano. Também é importante considerar tanto a
quantidade de alimentos que precisam consumir para um crescimento saudável como a
qualidade desses alimentos que serão ingeridos.
2.3 Programa Nacional de alimentação escolar no Brasil – PNAE
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) constitui-se dos princípios de
universalidade, continuidade, equidade, descentralização, respeito aos hábitos alimentares e
outros, por isso, considerado o maior programa de suplementação alimentar do país, tanto em
recursos quanto em população atendida, além de ser o mais antigo dos programas de nutrição
do país. Entre os programas com maior tempo de existência, em muitos países é uma proposta
grandiosa, pois promove a descentralização, a participação social e o desenvolvimento da
economia local. (PEDRAZA; ANDRADE, 2006).
Em relação ao Brasil, as concepções são diferentes, o programa é visto como uma
questão social, tomando um sentido de combate à fome, miséria, relevante como indicadores
educacionais de redução na evasão escolar e repetência.
A merenda escolar representa uma política pública que assume um significado
importantíssimo no Brasil por se tratar de uma ação que se estende para fora do espaço
escolar, pois atende crianças que pertencem a famílias que muitas vezes não tem se quer as
três principais refeições do dia.
Rua (2009), faz considerações importantes sobre os atores sociais para implementação
desses programas, que são verdadeiras políticas publicas de assistências, nas reivindicações,
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no monitoramento, as necessidades de conselhos municipais atuantes, nas diversas áreas para
desenvolvimento e soluções dos problemas sociais.
A participação da sociedade de forma organizada na execução de programas sociais é
essencial para haver maior eficácia na realização dos mesmos, porque os verdadeiros
conhecedores dos problemas locais de uma comunidade são aqueles que estão inseridos no
seu contexto social. Por isso a necessidade de formação de conselhos municipais para
acompanhar as ações realizadas por determinadas políticas públicas.
A merenda escolar de boa qualidade oferecida aos alunos acaba sendo uma forma de
oferecer assistência àquelas famílias desses alunos, por isso a importância da aplicação de
investimentos mais elevados na educação para obter maior qualidade na merenda que, por sua
vez, influencia diretamente no aprendizado do aluno.
Os maiores investimentos devem ser direcionados à educação para tornar a escola um
local adequado para produção e distribuição da alimentação escolar segura. Precisa de
recursos humanos em todos os níveis para acompanhar a execução do programa. (ABREU,
1995).
A aplicação dos recursos necessários de maneira eficaz na educação, sobretudo, numa
merenda de qualidade, acontece quando existem pessoas responsáveis pelo monitoramento da
distribuição e aplicação dos recursos destinados à educação, esse acompanhamento é
essencial para o sucesso de qualquer política pública.
O volume de recursos destinados à merenda escolar representa uma justificativa
adicional para se pensar em monitoramento das ações relacionadas à distribuição de
alimentação no âmbito escolar, pois é importante a total aplicação de tais recursos numa
alimentação de qualidade para proporcionar melhores condições de aprendizagem ao aluno de
escola pública, sobretudo, alunos pertencentes às famílias carentes.
2.4 Os benefícios de uma boa alimentação escolar
Destaca-se principalmente que alimentação e nutrição adequadas são condições
básicas para o crescimento, desenvolvimento e saúde, sobretudo de crianças, onde uma
alimentação adequada influencia positivamente no rendimento escolar, uma vez que aumenta
a capacidade de concentração do aluno.
A importância de oferecer para os alunos na Escola uma alimentação equilibrada que
contenha todos os nutrientes e vitaminas necessárias para o seu desenvolvimento como um
todo e, é claro, na prevenção de doenças que os poderiam afastar do convívio escolar.
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Corroborando com outros autores, MUNIZ e CARVALHO (2007) fazem
considerações importantes sobre a descentralização do programa, alimentação escolar o
modelo escolarizado de gerenciamento adotado desde 1999 pelo município de João Pessoa, o
que proporcionou uma maior autonomia das escolas para definir, comprar e administrar a
confecção dos cardápios. Os hábitos alimentares e a essencialidade do Programa para reduzir
a evasão escolar.
A merenda escolar influencia positivamente, em vários aspectos, o desenvolvimento
de uma educação de qualidade. Quando a escola oferece uma boa alimentação se torna mais
atrativa, pois a criança poderá está motivada a participar mais ativamente das atividades
realizadas pelo o professor em sala de aula, além disso, vai estar com mais energia para
interagir dentro do espaço escolar.
3 METODOLOGIA DA PESQUISA
A metodologia aplicada no estudo aborda os métodos qualitativo e os resultados
expressam as condições de armazenamento, qualidade, higiene e aceitabilidade dos cardápios
colhidos na escola.
Segundo Trivinos (apoud ZANELLA, 2009), o método qualitativo tem o ambiente
natural como fontes direta de dados e o método quantitativo se caracteriza pelo emprego dos
instrumentos estatísticos, tanto na coleta de dados de acordo com tabelas e gráficos
apresentados.
Uma vez que houve uma preocupação escrever os fenômenos por meios dos relatos
dos entrevistados e material de pesquisa.
Para realização da pesquisa foi dividido em três fases: Primeiramente, uma ampla
revisão bibliográfica, leitura em material e pesquisa na internet, buscando-se subsídios
temáticos sobre o problema proposto, através do aprofundamento teórico/metodológico em
bibliografia e literatura especializada na temática em análise, a chamada pesquisa documental
realizada na escola e na Secretaria municipal de Educação.
No segundo momento realizou-se visitas a instituição onde ocorreu a pesquisa, e
coletas de dados, informando aos entrevistados o objetivo do trabalho realizado, o fichamento
do material, proporcionou um embasamento específico do objeto de estudo desta pesquisa,
que serviu para avaliar a qualidade do serviço prestado pela instituição, armazenamento,
produção da alimentação e aceitabilidade dos cardápios, por parte dos alunos na referida
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instituição de ensino. Quanto a este aspecto, aceitabilidade da merenda escolar foi realizada
entrevistas com aplicação de questionário aos alunos das turmas do 6º ao 9º ano do ensino
fundamental.
Logo em seguida, ocorreu à entrevista informal com profissionais da educação
(professores e gestora escolar), onde avaliaram a qualidade da merenda escolar servida na
instituição e a sua importância para o desenvolvimento do aluno.
A partir deste momento iniciou-se a análise do material produzido, que permitiu uma
melhor compreensão das informações coletada. Os instrumentos utilizados na realização da
coleta de dados foi o material impresso e câmera fotográfica para produção de fotos que
servirão de ilustração e comprovação da pesquisa.
Baseado nas indagações subjetivas e especulação sobre a temática alimentação nas
escolas publicas, espera-se esclarecer e apresentar a comunidade escolar contemplada nesta
pesquisa, a real situação da alimentação escolar no município a partir de uma amostra ,
visando à qualidade e benefício no rendimento escolar.
A fase final constitui-se da análise, interpretação e avaliação dos dados coletados em
fontes primárias e secundárias, as quais permitirão estabelecer perspectivas para a
problemática proposta da importância de uma alimentação escolar de qualidade e melhoria no
atendimento da merenda das escolas publicas do município e seus benefícios. Para conclusão
do trabalho será produzido um artigo de cunho científico com defesa pública na UFPB.
4 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE PESQUISA
4.1 Caracterização histórica
O município de Araruna teve origem por volta de 1845 quando Feliciano Soares do
Nascimento, morador da localidade de Jacu dos Órgãos, no estado do Rio Grande do Norte,
recebeu cerca de duas léguas de terras numa área inserida na serra que era completamente
desabitada. Posteriormente, sua primeira atitude foi construir uma residência neste local e
cultivar produtos agrícolas.
Quando Feliciano Soares se instalou no local resolveu construir uma capela, isso
ocorreu depois de algum tempo e o objetivo era cumprir uma promessa a Nossa Senhora da
Conceição. Passado alguns anos foi criada a Freguesia de Araruna, fato que ocorreu no dia 04
de julho de 1854, pela Lei Provincial Nº 25.
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Naquele período os moradores da freguesia enfrentavam várias dificuldades para
resolver seus problemas, pois caso alguém quisesse resolver qualquer problema, tinham que
se deslocar para a cidade Bananeiras, onde estava localizada a Jurisdição administrativa que
Araruna pertencia. Depois de vários anos Araruna recebe a titulação de Vila que representava
maior autonomia, esse fato ocorreu no dia 10 de julho de 1876 através da Lei Nº 616
sancionada pelo o Barão de Mamanguape. (LUCENA, 1985).
O termo Araruna peculiar da linguagem indígena significa Arara-Preta. Essa palavra
foi utilizada para nomear o município e tem sua origem pelo fato da área ter sido no passado
um local de inúmeras Araras de plumagem azul-escuro. (LUCENA, 1985).
No decorrer do tempo, surgiram várias residências numa área que seria posteriormente
a zona urbana, foi então que o nome emprestado à serra passou a ser utilizado para denominar
o povoado que surgiu no ponto mais alto do planalto.
4.2 Caracterização geográfica
O município de Araruna tem as típicas características de um município de interior
nordestino, pois tem uma população razoavelmente pequena. Segundo o último
recenseamento do IBGE (2010), a sua população é de 18.879 habitantes.
O contingente populacional pode ter sofrido algumas variações consideráveis, pois
surgiu um campus da UEPB na cidade que aumentou um pouco o número de habitantes
devido aos universitários que passaram a residir no município, por isso é interessante destacar
que o último censo populacional pode não representar com fidelidade o número da população
do município.
O território que compõem Araruna difere do quadro geral do Curimataú, devido à
altitude em que se encontra. Essa característica lhe proporciona um clima ameno, cuja
temperatura no inverno chega aos 18°C e os índices de pluviosidade média são de 900 a 1.100
mm³.
A área mais elevada do município apresenta uma altitude de 580 metros acima do
nível do mar. Ocupa uma área territorial de 245, 72 km2, tendo como coordenadas geográficas
35º 44’ 31’’ Longitude Oeste e 6º 33’ 28’’ Latitude Sul. Limita-se ao Leste com Dona Inês,
Riachão e Campo de Santana. Ao Sul e Oeste com Cacimba de Dentro. Ao Norte com Monte
das Gameleiras, Serra de São Bento e Passa e Fica No Rio Grande do Norte. (SILVA, 2008).
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O município de Araruna faz parte do semi-árido paraibano, encontrando-se na
microrregião do Curimataú Oriental no Agreste Paraibano. Encontra-se localizada
geograficamente no início do planalto da Borborema denominada frente do planalto. (IBGE,
1997).
A Serra de Araruna é uma Chapada Sedimentar constituída por sedimentos que
recobrem o cristalino. Sua localização se encontra no inicio do Planalto da Borborema, o qual
se caracteriza pelo fato de representar uma área de relevo mais elevado, sua altitude varia
entre 300 e 800 metros e se estende pelos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio
Grande do Norte. (CARVALHO, 1982).
L O
S
N
Figura 01: Localização Geográfica do Município de Araruna– PB.
Fonte: Adaptado do Atlas Escolar da Paraíba (2002), Rodriguez (2001) e IBGE (2000)
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As elevações na região representam pontos turísticos bastante visitados. Neste
contexto destacam-se a Serra do Calabouço e a Serra da Confusão. No segundo destaca-se a
Pedra da Boca, a Pedra da Caveira, a Pedra do Letreiro e a Pedra da Macambira
4.3 Delineamento do campo de estudo
A Escola Municipal de Ensino Fundamental João Alves Torres, fica localizada na Rua
Coronel Pedro Targino, S/N, Araruna -PB. Sua fundação data do ano de 1988, na gestão da
Prefeita Maria Celeste Torres. O nome da Escola foi dado em homenagem a João Alves
Torres, pai da então prefeita. Quatro anos após sua fundação a escola apresentou problemas
na sua estrutura física, permanecendo paralisada por um certo período de tempo. No ano de
1998 foi restaurada pelo então Prefeito Benjamim Gomes Maranhão Neto, onde voltou a
funcionar.
A sua estrutura física é dividida em 26 dependências subdivididas em: 13 salas de
aulas, 2 laboratórios de informática, 1 sala de leitura, 1 sala de professores, 1 cantina, 2
almoxarifados, 1 diretoria, 2 secretarias, e 3 banheiros. Atualmente a escola oferece como
modalidades de ensino o Fundamental de segunda fase, funcionando nos turnos manhã e tarde
e a Educação de Jovens e Adultos do segundo e terceiro segmentos, funcionando no turno
noite, além dessas modalidades, a escola também conta com o Programa Projovem Urbano,
programa do governo federal para inclusão de jovens na sociedade.
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1 A Merenda consumida na escola João Alves Torres
No panorama educacional do município de Araruna- PB é apresentada a escola João
Alves Torres, a maior escola da rede municipal, a qual atende atualmente alunos da zona
urbana e zona rural no ensino fundamental médio (6º ao 9º ano) diurno e o ensino de Jovens e
Adultos, noturno. Como escola publica contempla todas as classes sociais e principalmente a
classe média baixa.
Localizada no centro da cidade é vista como referencial na educação local, mas a nível
nacional apresenta um índice de aprendizagem baixo com 2,9 de média, a qual se atribui a
inúmeros fatores como distorção idade série, índice de reprovação, além das avaliações
nacionais como a Provinha Brasil e Olimpíadas realizadas no decorrer no ano letivo. Já se
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encontrou em condições mais críticas há anos atrás, em que a estrutura do prédio foi
comprometida com rachadura, levando ser interditada para reparos.
Atualmente a escola conta com salas de informáticas, biblioteca, vídeos, professores
concursados, o que melhorou a qualidade do ensino e a alimentação escolar como parceira
importante na redução da evasão escolar e no rendimento do aluno.
A qualidade da merenda escolar distribuída aos alunos das escolas públicas brasileiras
tem sido tema de muita discussão e polêmica, pois problemas como: falta de merenda, a
qualidade do alimento, as péssimas condições de higiene na armazenagem dos alimentos,
rendeu uma reportagem para o programa da Rede Globo “O Fantástico” que teve repercussão
nacional, levando o Ministério Público e da Educação discutir formas de melhorar a
fiscalização e o controle social do uso dos recursos da merenda.
Em cumprimento a Lei da Merenda Escolar (Lei nº 11.947/2009), que determina que
30% dos recursos repassados pelo governo federal para a alimentação escolar é utilizado na
compra de produtos da agricultura familiar, enquanto que os 70% da alimentação escolar do
município é terceirizada, a prefeitura municipal de Araruna compra alimentos dos produtores
locais, o que ajuda no desenvolvimento do município.
A compra de alimentos aos produtores locais oferece maior possibilidade de
circulação de capital dentro do próprio município, contribuindo para o crescimento da
comercialização de produtos alimentícios e outros mais, utilizados dentro do espaço escolar
para o bom funcionamento da instituição.
A merenda escolar não deve ser pensada apenas considerando os aspectos nutricionais,
existem vários aspectos que devem ser considerados para torná-la principalmente mais
atrativa aos alunos, pois de nada adianta oferecer uma alimentação de grande valor nutritivo
se a criança não tiver o interesse de consumi-la.
De acordo com a nutricionista Fabiany Limeira Diniz Brito da Secretaria de Educação
do município, o cardápio da merenda escolar é a relação das preparações de alimentos a serem
oferecidas em cada refeição, o qual contém nome dos alimentos, quantidades e a faixa etária
destinada e que tem como principal objetivo suprir, parcialmente, as necessidades nutricionais
dos alunos, melhorarem a capacidade de aprendizagem, formar bons hábitos alimentares,
manter o aluno na escola.
A elaboração do cardápio das escolas públicas do município é baseada em alguns itens
como: a faixa etária do aluno observa-se as necessidades nutricionais do aluno, o horário mais
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apropriado para ser servido, a localidade (sítios), a possibilidade de substituição na falta de
algum alimento, fruta, verdura, legumes etc.
No município é realizado o teste de aceitabilidade, os alimentos não aceitos podem ser
retirados do cardápio e os novos alimentos que foram aceitos podem ser acrescentados, com
exceção os de 0 a 3 anos (creche). Esse teste evita que o cardápio se torne monótono ou
repetitivo, proporcionando uma alimentação diversificada e interessante, priorizando sempre
os hábitos alimentares saudáveis, priorizando alimentos regionais da culinária nordestina e
geralmente de grande valor nutricional.
A distribuição dos alimentos é feita com base em suas características para não haver
perca de qualidade, ou seja, mensalmente para produtos não perecíveis e a cada quinze dias
para carnes, frios, polpas de frutas, e todas as semanas é feito o abastecimento de verduras,
frutas, legumes e batatas.
Pode se observar os alunos no horário da alimentação escolar na Escola João Alves
Torres, que cerca de 90% dos alunos consomem a merenda servida na escolar, principalmente
os alunos da zona rural e que não há desperdício, chegando até repetir.
Um problema relacionado à merenda escolar da referida escola, está na infra estrutura
dificultando a qualidade de ingestão alimentar por não existir um refeitório propício. A escola
disponibiliza de um refeitório improvisado, com bancadas suspensas, nas paredes e
banquinhos de plásticos.
Segundo a nutricionista as refeições não suprem as necessidades mínimas nutricionais
dos estudantes e mesmo insuficiente, a merenda escolar é de boa qualidade. Na verdade, a
merenda costuma ser de grande aceitabilidade por parte dos alunos, os quais demonstram
grande satisfação com a refeição.
A maior parte das crianças atendidas pela escola são oriundas da zona rural e
costumam sair muito cedo de casa para escola, além disso, algumas dessas crianças não
dispõem se quer do café antes de sair de sua residência, talvez esta seja uma das justificativas
para a merenda não ser suficiente, pois se sabe que as vezes eles querem repetir mas é
possível.
5.2 Análise dos resultados
Baseado-se nas indagações subjetivas e especulação sobre a temática alimentação nas
escolas públicas, tentou-se esclarecer e apresentar a comunidade escolar contemplada nesta
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pesquisa, a real situação da alimentação escolar no município a partir de uma amostra
qualitativa , visando à qualidade e benefício no rendimento escolar.
A fase final da pesquisa constituiu-se da análise, interpretação e avaliação dos dados
coletados em fontes primárias e secundárias, as quais permitirão estabelecer perspectivas para
a problemática proposta da importância de uma alimentação escolar de qualidade e melhoria
no atendimento da merenda das escolas em análise.
Observando-se os alunos no horário da merenda servida aos alunos na Escola João
Alves Torres, constatou-se que cerca de 90% dos alunos consomem a merenda servida,
principalmente os alunos da zona rural e que não há desperdício, chegando até repetir.
Um problema relacionado à merenda da referida escola, está na infra-estrutura, que
dificulta a qualidade da ingestão alimentar. Isso ocorre pela ausência de um refeitório
propício, pois a escola disponibiliza de um refeitório improvisado, com bancadas suspensas,
nas paredes e banquinhos de plásticos. Outra fragilidade citada pela diretora escolar é a
logística alimentar que está relacionada da falta da merenda, apesar de raramente acontecer,
mas preocupa, visto que os entraves burocráticos podem atrasar os repasses.
Gráfico 1 – Motivos que estimulam o aluno à freqüentar a escola (%).
A análise dos questionários mostrou que os alunos estão na faixa etária de dez a 15
anos, que na sua maioria são de famílias de baixa renda e residentes na zona rural e bairros
pobres da cidade. Em relação ao motivo que leva a vinda à escola, a maioria das crianças
65
19
12
4
0
10
20
30
40
50
60
70
Estudar Bolsa Família Outros motivos Não respondeu
Fonte: Escola João Alves Torres, Araruna-PB.
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representa por 65%, responderam que para estudar, 19% responderam por causa do bolsa
família e merenda, 12% por outros motivos e 4% do grupo não respondeu.
Para a regularidade da oferta da merenda, 94% dos alunos responderam que a mesma é
servida todos os dias, duas crianças não responderam e quatro disseram que em alguns dias
faltam frutas. Em relação a aceitabilidade da merenda oferecida, 68% das crianças
responderam que gostam sempre, 28% que às vezes gostam e 4% dos pesquisados que não
gostam.
Quando questionados sobre qual das merendas é a sua preferida, a macarronada de
carne moída, as frutas e cuscuz com salsicha ou sardinha foram as mais indicadas com 54%
das respostas, seguida pela sopa de legumes e frango, com 27% das indicações. Biscoito com
suco ou achocolatado ficou em terceiro lugar, com 14% das preferências 5% não
responderam.
Gráfico 2 – Merenda preferida dos alunos (%).
A merenda que os alunos menos gostam são as verduras, indicadas por 42% do
alunado, seguido pelo arroz com leite, com 28% das indicações e em terceiro lugar a sopa de
feijão 23% das respostas, evidenciando a diversidade das preferências. 7% das crianças não
responderam.
54
27
14
5
0
10
20
30
40
50
60
Carne moída, frutas, cuscuz com salsicha ou sardinha
Sopa de legumes e frango
Biscoito com suco ou achocolatado
Não responderam
Fonte: Escola João Alves Torres, Araruna-PB.
16
Gráfico 3 – Merenda de menor preferência dos alunos (%).
Quanto aos demais componentes da escola, os professores, a merenda escolar é uma
atividade essencial na escola, podendo ser entendido como instrumento pedagógico, um
importante complemento com função que recupera a deficiência alimentar do aluno no âmbito
familiar, também determina a freqüência do aluno e contribui para melhor aprendizagem. Em
meio a essa concepção, a merenda surge na fala de todos os professores entrevistados e diretor
como um fator determinante tanto para a freqüência como para o rendimento escolar do aluno,
sendo superado apenas pelo bolsa família e que as principais dificuldades encontradas na
instituição é a manutenção do programa de ordem burocrática e infra- estrutura.
6 CONCLUSÕES
A pretensão de identificar até que ponto uma boa alimentação escolar interfere no
desenvolvimento físico e intelectual dos alunos ou ainda se a escola promove a segurança
alimentar e nutricional de forma a contribuir para erradicação da evasão escolar, resultou em
algumas constatações muito importantes.
A Alimentação Escolar requer consciência e responsabilidade para atender os
requisitos básicos do setor, deve-se fornecer uma alimentação adequada sob o ponto de vista
nutricional, higiênico e sanitário.
A merenda oferecida pela Escola João Alves Torres é regular e de boa qualidade. Os
alunos demonstram estar satisfeito com a variedade do cardápio servido, obviamente isso
42
28
23
7
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Merenda de menor preferencia dos alunos (%)
Verduras
Arroz com leite
Sopa de feijão
Não responderam
Fonte: Escola João Alves Torres, Araruna-PB.
17
contribui na freqüência contínua dos alunos na escola, contribuindo para uma melhor
aprendizagem, além disso, evita a evasão escolar.
No entanto, observou-se que na alimentação servida ainda existem aspectos a serem
melhorados e um dos problemas está relacionado à questão de infra estrutura, que dificulta a
qualidade da ingestão alimentar, necessitando de um refeitório propício, a escola disponibiliza
de um refeitório improvisado, com bancadas suspensas, nas paredes e banquinhos de
plásticos.
De acordo com os relatos de professores, gestores e merendeiras, a merenda escolar é
um fator de grande importância para os alunos e considerada um forte estimulo para a
presença dos mesmos na escola. Percebeu-se que na falta da merenda existem mudanças de
comportamento por parte dos alunos no espaço escolar. Os mesmos não se concentram
durante as aulas, apresentam baixo rendimento, chegando até a evadi-se durante o período em
que não há merenda.
Em relação ao aprendizado os professores e gestores declararam que a oferta da
merenda representa um fator importante para o aprendizado do aluno durante o ano letivo. De
acordo com as merendeiras é possível desenvolver cardápios nutritivos, variados e de baixo
custo, aproveitando de forma diferente os alimentos da merenda e evitando muitas vezes o
desperdício.
Seria propício as parcerias envolvendo as famílias, nutricionistas, educadores para
juntos discutir como utilizar os recursos naturais na alimentação escolar de forma a evitar
desperdício e melhorar os hábitos alimentares dos alunos.
Concluindo, a questão alimentar é um fator preponderante para exercício da cidadania.
O Programa de Merenda Escolar implantado na escola se mostra frágil, pois ainda é visto
como assistencialista e não como direito do educando. Sendo necessário que governo e
gestores escolar melhorem a infra estrutura para o armazenamento dos alimentos como
também invistam na qualificação de profissionais para melhorar a qualidade da merenda
escolar servida.
18
Minicurrículo
Josinéia Batista da Silva
Licenciatura Plena em Geografia pela Universidade Estadual da Paraíba, Especialista em
Geografia e Território: Planejamento urbano, rural e ambiental pela Universidade Estadual da
Paraíba. Atualmente exercendo a função de Professora na Escola Municipal de Ensino Fundamental
João Alves Torres na cidade de Araruna, PB.
Contato: [email protected]
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
ABREU, M. T. Alimentação escolar: combate à desnutrição e ao fracasso escolar ou
direito da criança e ato pedagógico? Em Aberto, Brasília: INEP, v.15, n.67, p.5-20, jul./set.
1995.
BRASIL. Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
Alimentação Escolar [acesso 19 out 2011]. Disponível em: http: //www.fnde.gov.br [ Links ]
CARVALHO, Maria Gelsa R. F. de. Estudo da Paraíba. Classificação Geomorfológica.
João Pessoa: Universitária/UFPB, 1982.
COSTA, João Bosco Araújo. A ressignificação do local: o imaginário político brasileiro
pós-80. Revista São Paulo em Perspectiva. São Paulo: Fundação SEADE, v. 10, n. 3, jul/set
de 1996.
GADOTTI, Moacir. Qualidade da educação. In: VI Congresso Brasileiro de Ensino Superior
a Distância. São Luiz, 2009.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo populacional, 2010. Disponível
em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1> Acesso em: 06 de set. de 2011.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Recursos Naturais e Meio Ambiente:
uma visão do Brasil. 2ª Edição, Rio de Janeiro: IBGE, 1997.
IOSCHPE, Gustavo. A ignorância custa um mundo: o valor da educação no
desenvolvimento do Brasil. São Paulo: Francis, 2004.
JACCOUD, Luciana. Proteção Social no Brasil: Debates e Desafios. Brasília, IPEA, 2007.
LUCENA, Humberto Fonsêca de. Araruna: Anotações para a sua história. João Pessoa:
Uma edição, 1985.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições.
14ª ed., São Paulo: Cortez, 2002.
MUNIZ, V. M; CARVALHO, A.T. O Programa Nacional de Alimentação Escolar em
município do estado da Paraíba: um estudo sob o olhar dos beneficiários do Programa.
UFPB, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Nutrição. João Pessoa, PB -2007.
19
PEDRAZA, Dixis Figueroa; ANDRADE. Sonia Lúcia Lucena Sousa. A Alimentação escolar
Analisada no contexto de um Programa de Alimentação e Nutrição. Revista Brasileira em
Promoção de Saúde. Universidade de Fortaleza. Brasil. 2006
RODRIGUEZ, Janete Lins (coord.). Atlas Escolar da Paraíba. 3 ed. João Pessoa:
GRAFSET, 2002.
RUA, Maria das Graças. Políticas públicas. Departamento de ciência da
Administração/UFSC. CAPES: UAB. Brasília. 2009.
SILVA, Josinéia Batista da. Desenvolvimento Sustentável nos Assentamentos Rurais de
Araruna-PB. Guarabira: 2008. Monografia (Pós-Graduação em Geografia e Território:
Planejamento Urbano, Rural e Ambiental). Universidade Estadual da Paraíba - UEPB.
TEIXEIRA, E. C. O papel das políticas públicas no desenvolvimento local e na transformação
da realidade. Associação dos Advogados de Trabalhadores Rurais (AATR-BA), Salvador,
2002.
ZANELLA, Liliane Carly Hermes; Metodologia de estudo e de pesquisa em
administração. Departamento de ciência da Administração/UFSC. CAPES: UAB. Brasília.
2009. Disponível em: www.scielo.br/scielo. php?pid=S1415-52732007000300007. Acesso
em 27/09/2011 - ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.
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QUESTIONÁRIO 1
CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE APRESENTADA
1. Função do entrevistado:
______________________________________________________________________
2. Nome da Escola:
______________________________________________________________________
3. Endereço ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
4. O que o Conselho de Alimentação Escolar faz?
1.( ) Cuida do cardápio/merenda que é servida na escola
2( ) Fiscaliza a merenda e denuncia o que está errado
3.( ) Visita a escola/ Visita sua casa
4.( ) Conversa com os alunos sobre a merenda / Conversa com os pais sobre a merenda
5.( ) Outro. O quê?_________________________________________________
( ) NR
5 . Quem decide qual merenda será oferecida aos alunos?
1. ( ) Diretor/vice diretor
2. ( ) Nutricionista
3. ( ) Servente
4. ( ) Professor
5. ( ) Merendeira
6. ( ) Outro funcionário da escola
7. ( ) Membro da Associação de Pais e Mestres ou outro órgão representativo da comunidade
8. ( ) Outro
( ) NR
6. A merenda é preparada para servir também a outras pessoas, além dos alunos?
( ) Não ( ) Sim ( ) NR
7. Quais são as outras pessoas que merendam na escola, além dos alunos
1. ( ) Professores
2. ( ) Funcionários da escola
3. ( ) Membros da comunidade
4. ( ) Outros: ___________________________________________________
( )NR
10. Onde é feita a merenda?
1.( ) Cozinha da própria escola
2.( ) Local adaptado na escola
3.( ) Cozinha central fora da escola
4.( ) Cozinha na própria escola terceirizada
5.( ) Cozinha fora da escola terceirizada
( ) NR
11. Nesta escola existe alguma atividade pedagógica relacionada com a merenda escolar?
(ENTREVISTADOR: trabalhos sobre nutrição na aula de Ciências, palestras com
especialistas falando sobre a importância da alimentação para a saúde das pessoas, etc.).
( ) Não ( ) Sim ( ) NR
12. Esta escola produz algum alimento utilizado na merenda escolar? (por exemplo, tem
uma horta, pomar?)
( ) Não ( ) Sim ( )NR
13. Como funciona o recebimento dos alimentos da merenda nesta escola
1.( ) Todos os alimentos chegam da Prefeitura/Estado
2.( ) Parte dos alimentos vem da Prefeitura/Estado e a escola recebe dinheiro para comprar o
restante
( ) A escola recebe dinheiro para comprar todos os alimentos
14 . As merendeiras realizam algum tipo de curso ou treinamento necessário para
exercer a função de merendeira?
( ) Não ( ) Sim ( ) NR
15. (É realizado o controle de pragas (insetos e roedores) na área da cozinha)?
( ) Não ( ) Sim ( ) NR
16 . Qual a freqüência da realização de controle de pragas?
1.( ) Mensalmente
2.( ) Trimestralmente
3.( ) Semestralmente
4.( ) Anualmente
5.( ) Raramente
( ) NR
17. Existe venda de alimentos na escola?
1.( ) Não
2.( ) Sim. Se sim, quem vende?
3.( )Cantina
4.( ) Funcionários da escola
5.( ) Ambulante
6.( ) Outros
( )NR
QUESTIONÁRIO 2
ACEITAÇÃO DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
Nome do Entrevistador: ____________________________________Data: ___/___/___
IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO
Nome:_____________________________________
Série que leciona: _______ Turno: ( ) Manhã ( ) Tarde ( ) Noite
Data de nascimento: ____/____/____ Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino
1. Você come a merenda oferecida na escola?
( ) Não ( ) Sim ( )NR
2. Você gosta da merenda oferecida na escola?
( ) Não ( ) Sim ( ) NR
2.Se não. Por quê?
1. ( ) Não gosta do cardápio do dia (aparência, sabor, odor)
2. ( ) Refeições muito repetidas
3. ( ) Nunca comeu/ Não sente vontade de comer
4. ( ) Traz comida de casa/ Traz dinheiro para comprar comida
5. ( ) Temperatura inadequada
6. ( ) Outra razão_______________________________________________________
( ) NR
3. Das comidas oferecidas na escola, quais você mais gosta? Cite três.
1) ____________________________________
2) ____________________________________
3) ____________________________________
4. Das comidas oferecidas na escola, quais você menos gosta? Cite três.
1) ____________________________________
2) ____________________________________
3) ____________________________________
5. A comida oferecida na escola é diferente todos os dias?
( ) Não ( ) Sim ( )NR
6 . Você gosta do lugar onde você come a merenda?
( ) Não ( ) Sim ( ) NR
7 . Por que você não gosta do lugar onde você come a merenda?
1. ( ) Local e/ou mobiliário desconfortável (não tem mesa, não tem lugar para todos se
sentarem)
2. ( ) É sujo
3. ( ) Desorganizado
4. ( ) Come em outro local (sala de aula, quadra, pátio)
5. ( ) Outro (s). Qual (is)? ___________________________________________
( ) NR
8. Alguma vez faltou merenda na sua escola?
( ) Não ( ) Sim ( )NR
9. Você comeu ou bebeu antes de vir para a escola hoje?
( ) Não ( ) Sim ( ) NR
10. Você costuma trazer comida / lanche de casa para comer na escola?
( ) Não ( ) Sim ( ) NR
11. Que tipo de comida / lanche você costuma trazer de casa?
1. ( ) Sanduíches/ Salgados
2. ( ) Salgadinhos de pacote
3. ( ) Biscoitos, bolachas
4. ( ) Balas, chocolates, pirulitos
5. ( ) Refrigerantes ou sucos artificiais
6. ( ) Sucos naturais ou frutas
7. ( ) Leites e derivados
8. ( ) Outros. Quais? _____________________________________
( ) NR
12.Você compra alimentos na cantina/ lanchonete da escola ou em algum outro lugar (de
funcionários/ ambulantes)?
( ) Não
( ) Sim
( ) NR
14 . Quantas refeições você come por dia fora da escola?
1. ( ) Nenhuma
2. ( ) Uma
3. ( ) Duas
4. ( ) Três
5. ( ) Mais de três
( ) NR
15. Você vem para a escola por causa da merenda?
( ) Não ( ) Sim ( ) NR
QUESTIONÁRIO 3
ENTREVISTA COM A MERENDEIRA
Nome do entrevistador:__________________________________Data:___/___/____
1. Você gosta do seu trabalho de merendeira?
( ) sim ( ) não ( ) NR
2. Como você foi escolhida para trabalhar na merenda escolar nesta escola?
______________________________________________________________________
3. Até que ano você estudou?
1.( ) Analfabeta
2.( ) Fundamental (1ª a 8ª série) incompleto
3.( ) Fundamental completo
4.( ) Ensino médio (1º a 3º colegial) incompleto
5.( ) Ensino médio completo
6.( ) Superior incompleto
7.( ) Superior completo
( )NR
4. Você realiza algum outro tipo de atividade na escola além do preparo das refeições?
( ) Não ( ) Sim ( ) NR
5. Qual a outra função realizada?
1. ( ) Limpeza
2. ( ) Servente
3. ( ) Professora
4. ( ) Administrativa
5. ( ) Serviços gerais
6. ( ) Outro. Qual? _________________________________________________
( ) NR
6. Quem deu este curso ou treinamento?
1. ( ) Nutricionista
2. ( ) Outro profissional da saúde
3. ( ) Outros
( ) NR
7.O tipo e tamanho dos equipamentos da cozinha (liquidificador, batedeira) são
suficientes para o preparo de todas as refeições servidas na merenda?
( ) Não ( ) Sim ( )NR
8. Quais utensílios são utilizados pelos alunos na hora da merenda?
1. ( ) Garfo
2. ( ) Colher
3. ( ) Copo
4. ( ) Caneca
5. ( ) Tigela
9. A quantidade de utensílios para os alunos comerem a merenda é suficiente?
( ) Não ( ) Sim ( ) NR
10. Qual a importância de um cardápio variado?
______________________________________________________________________
11. Dos pratos oferecidos, quais estão na preferência dos alunos?
______________________________________________________________________
12. Quais os cuidados que devem ser tomados no preparo da merenda?
______________________________________________________________________
13. Os alunos deixam muito alimento recusado no prato?
______________________________________________________________________
14. O que é feito com essas sobras?
______________________________________________________________________
QUESTIONÁRIO 4
ENTREVISTA COM O PROFESSOR
IDENTIFICAÇÃO DO PROFESSOR
Nome:_____________________________________ Data:___/___/____
Disciplina que leciona: ________________ Turno: ( ) Manhã ( ) Tarde ( ) Noite
Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino
1. De que forma a alimentação escolar pode influenciar no aprendizado do aluno?
______________________________________________________________________
2. Como se dá o desenvolvimento das crianças com carência alimentar na sala de aula?
______________________________________________________________________
3. Qual o comportamento dos alunos quando se aproxima o horário da merenda escolar?
______________________________________________________________
4. Como você avalia a qualidade da merenda servida na escolar João Alves Torres?
______________________________________________________________________
5. Na escola é servida merenda constantemente?
______________________________________________________________________
6. Você consome da merenda servida nesta instituição de ensino?
______________________________________________________________________
7. Há uma preocupação por parte do gestor com a alimentação escolar da escola?
______________________________________________________________________
ESTADO DA PARAÍBA
PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARUNA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
Rua Padre Targino Sobrinho, 22 - Centro – CEP: 58.233-000
E-mail: [email protected]
ALIMENTOS INCLUSOS NO EDITAL DE LICITAÇÃO DO CARDÁPIO DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DO MUNICÍPIO
DE ARARUNA-PB. ANO 2012
CÓDIGO DISCRIMINAÇÃO
1 CEREAL A BASE DE ARROZ PRÉ-COZIDO PARA ALIMENTAÇÃO INFANTIL,
farinha de arroz (68%), açúcar, amido, sais minerais (fosfato de
sódio dibásico, carbonato de cálcio e pirofosfato férrico),
vitaminas (vitamina C, vitamina E, niacina, ácido pantotênico,
vitaminas B6, B2, B1, ácido fólico e vitamina B12) e aromatizante.
Contém traços de leite.
CONTÉM GLÚTEN.
2 FARINHA DE AVEIA, aveia, CONTÉM GLÚTEN. Embalagem que contenha
informações do fabricante e data de vencimento estampado na
embalagem, de acordo com a Resolução 12/78 da CNNPA.
3 SUCO CONCENTRADO DE CAJÚ, suco integral de caju, água, suco
concentrado de caju. Conservadores metabissulfito e benzoato de
sódio, acidulante: ácido cítrico, aromatizante: aroma idêntico ao
natural de caju, estabilizante goma gelana.
NÃO CONTÉM GLÚTEN.
4 SUCO CONCENTRADO DE GOIABA, Polpa de goiaba integral, água,
potável, acidulante ácido cítrico, espessante goma gelana,
conservantes: Benzoato de sódio e metabissulfito de sódio,
aromatizante aroma sintético indêntico ao natural de goiaba,
antioxidante ácido ascórbico (vitamina C), estabilizante citrato
de sódio.
SEM ADIÇÃO DE AÇÚCAR.
NÃO CONTÉM GLÚTEN.
Fabiany Limeira Diniz Brito
Nutricionista CRN: 6274
CARDÁPIO DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DO MUNICÍPIO DE ARARUNA-PB
ESCOLA JOÃO ALVES TORRES
Fabiany Limeira Diniz Brito
Nutricionista CRN: 6274
TURNO Segunda-
feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
MANHÃ
Cuscuz ao
molho de tomate,
sardinha e
soja.
Fruta-laranja
tangerina ao
Natural.
Leite
achocolatado com bolacha
CREAM
CRACKER
Fruta- maçã
- Sopa de Feijão c/
charque - Batata Doce
Suco de Fruta c/
Leite - Biscoito MARIA
Sopa de feijão
com charque, legumes e
batata doce.
TARDE
Macarronada
de carne
moída e soja.
Fruta - banana
Arroz com
leite
Suco de
Goiaba
Cuscuz com
salsicha ou
sardinha.
Suco de Fruta c/
Leite
- Biscoito MARIA
- Vitamina de
Banana
- Biscoito
CREAM
CRACKER
NOITE
Macarronada
de carne
moída e soja e molho de
tomate.
Cuscuz com
leite.
Canja com
legumes e frango
Arroz com
salsicha e legumes
Sopa de Feijão
c/ Charque
- Batata Doce