participaÇÃo cidadà no acompanhamento e controle...

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL MODALIDADE A DISTÂNCIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PARTICIPAÇÃO CIDADÃ NO ACOMPANHAMENTO E CONTROLE DA GESTÃO PÚBLICA EM PEDRAS DE FOGO/PB Bruna Regina de Andrade Cabral Gomes Pós-graduando lato sensu em Gestão Pública Municipal - UFPB Profª. Ms. Tatiana Aguiar Porfírio de Lima Professora Convidada pela UFPB Virtual do Curso de Especialização em Gestão Pública Municipal RESUMO A participação cidadã favorece o controle da gestão pública e busca propiciar o bem estar social. Os conselhos municipais foram criados para auxiliar na fiscalização e acompanhamento dos gastos públicos, emitindo opiniões e colaborando na elaboração das políticas públicas e na aplicação eficiente dos recursos. Neste norte, este estudo tem como objetivo analisar a participação dos cidadãos do município de Pedras de Fogo/PB nos cinco Conselhos Municipais em funcionamento, averiguando as ações efetivadas, a contribuição e participação social em cada Conselho sob a perspectiva dos membros representantes da sociedade. Caracteriza-se como um estudo de caso, exploratório-descritivo, predominantemente qualitativo. O instrumento de pesquisa usado foi um questionário estruturado, analisado por meio da categorização e síntese do conteúdo, com uso de planilha eletrônica. Nos resultados verificou-se que os membros dos Conselhos Municipais de Pedras de Fogo/PB acreditam que a sua participação na gestão pública faz a diferença porque com suas ações é possível emitir opinião, reivindicar, fiscalizar e favorecer a aprovação das contas municipais. Constatou-se que para melhorar a participação desses Conselhos é necessário: maior comprometimento, participação e quantidade de membros; mais divulgação dos conselhos e conscientizar a população da sua importância; aquisição de sedes, equipamentos e transportes; promoção de capacitações para os conselheiros; realização de visitas na comunidade para atender melhor as necessidades da população; e ampliar a quantidade de reuniões dos conselhos. E ao final, apresentou-se algumas sugestões e recomendações, buscando compreender e melhorar a participação cidadã nos Conselhos Municipais de Pedras de Fogo/PB. Palavras-chave: Participação Cidadã, Conselhos Municipais, Gestão Pública

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL MODALIDADE A DISTÂNCIA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

PARTICIPAÇÃO CIDADÃ NO ACOMPANHAMENTO E

CONTROLE DA GESTÃO PÚBLICA EM PEDRAS DE FOGO/PB

Bruna Regina de Andrade Cabral Gomes

Pós-graduando lato sensu em Gestão Pública Municipal - UFPB

Profª. Ms. Tatiana Aguiar Porfírio de Lima

Professora Convidada pela UFPB Virtual do

Curso de Especialização em Gestão Pública Municipal

RESUMO

A participação cidadã favorece o controle da gestão pública e busca propiciar o bem estar

social. Os conselhos municipais foram criados para auxiliar na fiscalização e

acompanhamento dos gastos públicos, emitindo opiniões e colaborando na elaboração das

políticas públicas e na aplicação eficiente dos recursos. Neste norte, este estudo tem como

objetivo analisar a participação dos cidadãos do município de Pedras de Fogo/PB nos cinco

Conselhos Municipais em funcionamento, averiguando as ações efetivadas, a contribuição

e participação social em cada Conselho sob a perspectiva dos membros representantes da

sociedade. Caracteriza-se como um estudo de caso, exploratório-descritivo,

predominantemente qualitativo. O instrumento de pesquisa usado foi um questionário

estruturado, analisado por meio da categorização e síntese do conteúdo, com uso de

planilha eletrônica. Nos resultados verificou-se que os membros dos Conselhos Municipais

de Pedras de Fogo/PB acreditam que a sua participação na gestão pública faz a diferença

porque com suas ações é possível emitir opinião, reivindicar, fiscalizar e favorecer a

aprovação das contas municipais. Constatou-se que para melhorar a participação desses

Conselhos é necessário: maior comprometimento, participação e quantidade de membros;

mais divulgação dos conselhos e conscientizar a população da sua importância; aquisição

de sedes, equipamentos e transportes; promoção de capacitações para os conselheiros;

realização de visitas na comunidade para atender melhor as necessidades da população; e

ampliar a quantidade de reuniões dos conselhos. E ao final, apresentou-se algumas

sugestões e recomendações, buscando compreender e melhorar a participação cidadã nos

Conselhos Municipais de Pedras de Fogo/PB.

Palavras-chave: Participação Cidadã, Conselhos Municipais, Gestão Pública

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

1 - INTRODUÇÃO

Um dos elementos essenciais da democracia é a participação dos cidadãos no

processo de decisão político-administrativa. Quando a sociedade passa a intervir na esfera

pública, interagindo com o Estado no debate e deliberação de questões coletivas, está

promovendo a efetiva participação cidadã na política, bem como o controle social.

O controle social realizado pelo acompanhamento e fiscalização das ações

públicas é de suma importância para o país, pois gera uma gestão pública mais eficiente e

democrática, na qual a sociedade pode exercer a cidadania e assegurar que as ações

governamentais visem principalmente o desenvolvimento do país e o bem estar social.

A realização do controle social na gestão pública pode ser nas mais diversas áreas,

como saúde, educação, assistência social, e por meio de vários meios ou instrumentos

existentes, tais como: atuação dos conselhos, na elaboração do Plano Diretor Participativo

e do Orçamento Participativo.

A participação cidadã e o controle social nos municípios paraibanos são

importantes para o desenvolvimento do Estado e ampliação dos instrumentos utilizados

para acompanhar as ações públicas.

No município de Pedras de Fogo/PB, a população está cada vez mais presente na

gestão pública, propondo idéias, debatendo os temas propostos pelo Poder Público

Municipal, e participando da construção de um município melhor e mais desenvolvido.

Porém, observa-se que o número de cidadãos que participam efetivamente e

atuam no acompanhamento e controle da gestão pública é reduzido, o que pode melhorar

ao longo dos anos se houver a conscientização da população. Resta a dúvida: será o

quantitativo de cidadãos participantes do município de Pedras de Fogo/PB representativo

nos instrumentos existentes?

O presente estudo é importante porque mostra como a participação dos cidadãos

na gestão pública pode favorecer o desenvolvimento local e a transparência das ações do

governo municipal.

Já existem estudos realizados sobre o tema, como por exemplo o artigo “Gestão

Pública e Participação: a experiência do orçamento participativo em Porto Alegre”,

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elaborado por Laranjeira (1996). Mas este será o primeiro realizado no município de

Pedras de Fogo/PB para avaliar se a participação cidadã é efetiva, ou seja, se os cidadãos

realmente acompanham, fiscalizam, apresentam sugestões e interferem na gestão

municipal.

Há um interesse particular em relação à temática visto que a pesquisadora

participa do Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS do município de Pedras de

Fogo e é salutar a divulgação da existência não só deste Conselho, como dos outros

Conselhos Municipais, para que a população tenha conhecimento deste tipo de instrumento

de controle social, e também se interesse em participar, debatendo e opinando sobre as

questões de interesse coletivo.

A pesquisa tem por objetivo geral analisar a participação dos cidadãos do

município de Pedras de Fogo/PB nos Conselhos existentes, buscando favorecer o controle

social; e como objetivos específicos: apontar os Conselhos existentes no município de

Pedras de Fogo/PB; quantificar a participação dos cidadãos em cada Conselho; e averiguar

como ocorre a participação social em cada Conselho sob a perspectiva do membro

representante dos cidadãos.

2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Participação cidadã no controle da gestão pública

A Constituição Federal de 1988, produto da força de intensos movimentos

populares ocorridos no país durante as décadas de 1970 e 1980, introduziu importantes

instrumentos de participação dos cidadãos e de exercício do poder popular, ficando,

portanto, conhecida como a Constituição Cidadã.

A participação cidadã é uma garantia constitucional decorrente do Estado

Democrático de Direito estabelecido na Carta Magna e está prevista em diversos artigos,

como por exemplo, no parágrafo único do artigo 1º: “todo o poder emana do povo, que o

exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”

(BRASIL, 1988). Também está prevista no artigo 37, §3º, onde garante que “a lei

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disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e

indireta” (BRASIL, 1988).

Lock (2004, p. 123) afirma que:

a participação popular enquanto princípio constitucional ocorre quando o

cidadão, sem interesse individual imediato, tem como objetivo o interesse

comum, buscando algo por vias administrativas ou judiciais. Ou seja, é o direito de participação política, de decidir junto, de compartilhar a administração, opinar

sobre as prioridades e fiscalizar a aplicação dos recursos públicos, confirmar,

reformar ou anular atos públicos.

Quando o cidadão utiliza os instrumentos de participação, previstos na legislação,

para alcançar objetivos comuns junto à administração pública, está favorecendo a criação

de governos mais democráticos, tendo em vista que a participação da sociedade é essencial

para a democratização do país, e este envolvimento dos cidadãos com o governo pode

gerar o fortalecimento do exercício da cidadania, a transparência da gestão, a melhoria da

qualidade dos serviços públicos oferecidos, e outros benefícios.

A democracia participativa no Brasil prevê várias formas de atuação popular na

esfera pública, como permitir ao cidadão participar do processo de controle junto a Órgãos

Governamentais, como os Tribunais de Contas da União, dos Estados e dos Municípios, o

Ministério Público e o Poder Judiciário.

Salles (2010, p. 41) acredita que “a existência de mecanismos de participação

mantém os cidadãos ativos, atentos, e a representação faz com que os cidadãos deleguem

completamente aos representantes o cuidado com a cidade”. O poder de decisão é do povo,

que o delega aos representantes eleitos para administrar, cuidar da cidade e tomar decisões

que atendam as demandas da população.

2.2 O controle social

Existem três formas importantes de controle na administração pública, o controle

interno, o controle externo e o controle social. Fonseca (2009) define os tipos de controle

como:

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2 Controle interno

O Controle Interno existe para que possa haver responsabilidade publica, com

objetivo de inibir e precaver ações ilícitas ou que possam ir contra os princípios da Constituição Federal, tanto que este tem amparo no artigo 74 da Constituição

Fedeal, servindo de auxiliar no controle externo. Por isso podemos dizer que é o

controle que articula entre as ações administrativas e a analise de legalidade.

O controle interno tem fundamento na ordem administrativa, jurídica e política.

Este controle deve possibilitar ao cidadão que acompanhe com transparência a

gestão da coisa publica, tanto que deve servir como agencia accountability.

3 Controle Externo

O Controle Externo é realizado pelo órgão estranho ao que se realizou o ato, é a

verificação do exercício regular da competência atribuída pela lei, ou seja, são

órgãos externos no qual fiscalizam as ações da administração publica e o seu funcionamento.

Embora seja um controle demasiadamente importante, o controle externo não

pode revisar atos compelidos por efeito de discricionariedade, já que isso

acontece quando os atos da administração pública não são regulados por lei, e

sim feitos por discricionariedade.

4 Controle Social

O Controle Social é a integração da sociedade com a administração publica, com

a finalidade de solucionar problemas e as deficiências sociais com mais

eficiência.

Isso só é possível porque a sociedade de hoje esta mais interessada e ainda que

sofram com essas deficiências, são as mesmas que buscam as soluções.

O controle interno é aquele realizado por órgão da própria administração pública,

como a Controladoria Geral da União. Já o controle externo é aquele em que a fiscalização

é realizada pelo Poder Legislativo e Tribunais de Contas. E o controle social é exercido por

grupos, por entidades ou cidadão ao fiscalizar o poder público, participando da gestão e

contribuindo com as soluções aos problemas existentes.

O controle social, aquele que garante aos cidadãos o poder de fiscalizar os atos do

Estado, é exercido principalmente pelos conselhos sociais, que são formados por

representantes do poder público e usuários dos serviços públicos. Este controle também

pode ser exercido por meio de audiências públicas, plebiscito, orçamento participativo,

ações populares, entre outras formas.

Rua (2009, p. 50) apresenta a definição dos Conselhos:

os conselhos são espaços públicos (não estatais) que sinalizam a possibilidade de

representação de interesses coletivos na cena política e na definição da agenda pública, apresentando um caráter híbrido, uma vez que são, ao mesmo tempo,

parte do Estado e da sociedade. Os conselhos são canais de participação política,

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de controle público sobre a ação governamental, de deliberação legalmente

institucionalizada e de publicização das ações do governo.

Ainda sobre os Conselhos de Políticas Públicas, também chamados de conselhos

de gestão ou conselhos de direitos, Ciconello (2008, p. 4) afirma que:

os chamados Conselhos de Políticas Públicas foram criados com o objetivo de

operacionalizar os ideais participativos presentes na Constituição Federal,

permitindo a população brasileira um maior acesso aos espaços de formulação, implementação e controle social das políticas públicas. Em vez das decisões

governamentais ficarem restritas aos membros do poder executivo e aos gestores

públicos, elas passaram a ser compartilhadas com a sociedade civil.

Os conselhos possuem várias atribuições legais, entre as quais a de formular

estratégias e definir prioridades para a área de atuação do conselho, acompanhar e avaliar

as ações governamentais, além de aprovar a aplicação de recursos públicos.

O controle social pode ser exercido pelos conselhos que podem desempenhar

funções de fiscalização, de mobilização, de deliberação ou de consultoria. A Cartilha de

Controle Social da Controladoria Geral da União (2009, p. 48), define como:

a função de fiscalização pressupõe o acompanhamento e o controle dos atos

praticados pelo governante.

A função de mobilização refere-se ao estímulo à participação popular na gestão

pública e contribui para a formulação e disseminação de estratégias de informação para a sociedade sobre as políticas públicas.

A função de deliberação, por sua vez, refere-se a prerrogativa do conselho de

decidir sobre as estratégias utilizadas nas políticas públicas de sua competência.

A função de consultoria refere-se a emissão de opiniões e sugestões sobre

assuntos que são relacionados ao Conselho.

Segundo Rua (2009, p. 50), em algumas áreas como saúde e educação, o

envolvimento da sociedade nos conselhos, vai além da formulação e tomada de decisão,

atinge a gestão de recursos, a fiscalização e o controle das políticas públicas.

De acordo com a Cartilha da Controladoria Geral da União – CGU, os conselhos

municipais foram criados com o intuito de ajudar as prefeituras a utilizar bem o dinheiro

público, sendo exemplos de Conselhos Municipais o de Alimentação Escolar, o de Saúde,

o do FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de

Valorização dos Profissionais da Educação, e o de Assistência Social.

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Cada conselho possui atribuições e composição próprias, conforme o Quadro 1,

elaborado de acordo com Cartilha Olho vivo no dinheiro público da Controladoria Geral da

União – CGU:

Quadro 1- Atribuições e composições dos Conselhos

Conselho Atribuições Composição

Alimentação Escolar • Controla o dinheiro para a merenda.

Parte da verba vem do Governo Federal.

A outra parte vem da prefeitura.

• Verifica se o que a prefeitura comprou

está chegando nas escolas.

• Analisa a qualidade da merenda

comprada.

• Olha se os alimentos estão bem

guardados e conservados.

• 1 representante da prefeitura.

• 1 representante da câmara municipal.

• 2 representantes dos professores.

• 2 representantes de pais de alunos.

• 1 representante de outro segmento da

sociedade, como sindicatos ou

associações.

(cada órgão ou entidade indica seu

representante).

Saúde • Controla o dinheiro da saúde.

•Acompanha as verbas que chegam pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e os

repasses de programas federais.

• Participa da elaboração das metas para

a saúde.

• Controla a execução das ações na

saúde.

• Deve se reunir pelo menos uma vez

por mês.

• Representantes das pessoas que usam

o Sistema Único de Saúde. • Profissionais da área de saúde

(médicos, enfermeiras).

• Representantes de prestadores de

serviços de saúde (hospitais

particulares).

• Representantes da prefeitura.

FUNDEB • Acompanha e controla a aplicação dos

recursos, quanto chegou e como está

sendo gasto.

• Supervisiona a realização do Censo

Escolar Anual. • Controla também a aplicação dos

recursos do Programa Nacional de

Apoio ao Transporte Escolar e do

Programa de Apoio aos Sistemas de

Ensino para Atendimento à Educação

de Jovens e Adultos e comunica

ao FNDE a ocorrência de

irregularidades.

• 2 representantes da prefeitura, sendo

pelo menos 1 deles da Secretaria

Municipal de Educação ou órgão

equivalente.

• 1 representante dos professores da educação básica pública.

• 1 representante dos diretores das

escolas básicas públicas.

• 1 representante dos servidores

técnico-administrativos das escolas

básicas públicas.

• 2 representantes dos pais de alunos

da educação básica pública.

• 2 representantes dos estudantes da

educação básica pública, um dos quais

indicado por entidade de estudantes secundaristas.

Assistência Social Acompanha a chegada do dinheiro e a

aplicação da verba para os programas

de assistência social.

• Os programas são voltados para as

crianças (creches), idosos,

portadores de deficiências físicas.

• O conselho aprova o plano de

assistência social feito pela prefeitura.

• Representantes indicados pela

prefeitura e pelas entidades que fazem

assistência social no município, como

creches, associações de apoio ao

adolescente, ao idoso e associações

comunitárias.

Fonte: adaptado da Cartilha Olho vivo no dinheiro público da Controladoria Geral da União, 2009.

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Os conselhos possuem em suas composições representantes da administração

pública e também representantes da sociedade civil, mas todos contribuem para que o

conselho realize suas funções e atribuições.

Cada Conselho funciona de acordo com a realidade local e dentro de sua área de

atuação, inclusive com a realização de reuniões periódicas e de conferências com a

participação dos cidadãos.

2.3 Controle Social no município de Pedras de Fogo/PB

Pedras de Fogo é um município brasileiro localizado no litoral sul do Estado da

Paraíba que possui 27.116 habitantes e uma área de 401,12 km2, segundo dados do IBGE

(2011). Possui como municípios limítrofes Cruz do Espírito Santo ao Norte, Santa Rita,

Alhandra e Caaporã ao Leste, Itambé/PE ao Sul, e Juripiranga e São Miguel de Taipú a

Oeste. Atualmente faz parte da Região Metropolitana de João Pessoa, pela Lei

Complementar nº. 93, de 11 de dezembro de 2009.

Pedras de Fogo é uma cidade pequena, de população pobre, que concentra grande

parte de seus habitantes na zona rural, e tem como principais atividades o cultivo de cana-

de-açúcar e de abacaxi, e a mineração de areia.

É geralmente no município que o cidadão participa mais efetivamente do controle

da gestão pública, pois está mais próximo dos problemas que são colocados para debate

pelos gestores e conhece bem a realidade local discutida.

Regoso et al. (2005, p. 4) falam sobre o processo decisório sem consulta aos

principais interessados, os cidadãos:

mas como os serviços prestados pelos Municípios são considerados de primeira necessidade, até mesmo para a sobrevivência da comunidade, em alguns casos,

ou para que se logre um mínimo de bem-estar, tem sido proposto um novo

modelo de planejamento, ou seja, administrar com democracia e participação, de

forma que a população seja personagem central do processo decisório da

administração pública, em especial no campo dos chamados serviços sociais:

educação, saúde, saneamento básico, transportes coletivos, entre outros. É

fundamental a participação do cidadão nas decisões que resultem na prestação

daqueles serviços ou que se refiram a ações que venham prejudicar o bem-estar

coletivo.

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O município de Pedras de Fogo possui atualmente 07 (sete) Conselhos

Municipais, dos quais apenas cinco estão efetivamente funcionando, são eles: Conselho

Municipal de Saúde, Conselho Municipal de Assistência Social, Conselho Municipal de

Alimentação Escolar, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e

Conselho Municipal de Educação. O Conselho Municipal do FUNDEB e o Conselho

Municipal da Cidade – COMCIDADE, não estão funcionando atualmente.

A composição do Conselho Municipal de Saúde está descrita na Portaria GP nº.

12/2010, de 08 de junho de 2010, a qual designa os representantes titulares e suplentes da

seguinte maneira:

Governo Municipal – Secretaria de Saúde: 1 (um) titular e 1 (um) suplente.

Governo Municipal – demais secretarias: 1 (um) titular e 1 (um) suplente.

Prestadores de Serviços: 1 (um) titular e 1 (um) suplente.

Trabalhadores em Saúde: 3 (três) titulares e 3 (três) suplentes.

Conselho de Desenvolvimento Rural: 1 (um) titular e 1 (um) suplente.

Entidades Religiosas: 1 (um) titular e 1 (um) suplente.

Sindicato dos Servidores Municipais: 1 (um) titular e 1 (um) suplente.

SINCOTRAP/Pedras de Fogo-PB: 1 (um) titular e 1 (um) suplente.

Sindicato dos Trabalhadores Rurais: 1 (um) titular e 1 (um) suplente.

Associação AFAC – GANDHI: 1 (um) titular e 1 (um) suplente.

O Conselho Municipal de Assistência Social foi constituído através do Decreto

Municipal nº. 10/2009, de 03 de abril de 2009, o qual designa os membros da seguinte

maneira:

Governamental: 1 (um) representante titular e 1 (um) suplente de cada

Secretaria Municipal - Assistência Social; Saúde; Educação, Cultura e Esportes;

Infraestrutura e Administração.

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Não Governamental: 1 (um) representante titular e 1 (um) suplente do

Sindicato dos Trabalhadores Rurais, da Associação Comunitária dos Amigos de Pedras de

Fogo, do Santuário Nossa Senhora da Conceição, dos Trabalhadores da Assistência Social

– Secretaria, e dos Trabalhadores da Assistência Social – PETI.

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente tem a sua

composição descrita no Decreto Municipal nº. 17/2009, de 07 de julho de 2009, da

seguinte maneira:

Governamental: 1 (um) representante titular e 1 (um) suplente das seguintes

Secretarias Municipais: Assistência Social; Saúde; Educação, Cultura e Esportes; e

Administração.

Não Governamental: 1 (um) representante titular e 1 (um) suplente da

Escola Santa Mônica, da Pastoral da Criança, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, e do

Santuário Nossa Senhora da Conceição.

A composição do Conselho Municipal de Alimentação Escolar está descrita no

Decreto Municipal nº. 40/2010, de 08 de setembro de 2010, a qual designa os

representantes da seguinte maneira:

Representantes do Poder Executivo: 1 (um) titular e 1 (um) suplente.

Representantes de Entidade Civil Organizada: 1 (um) titular e 1 (um)

suplente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e do Conselho de Desenvolvimento Rural

Sustentável.

Representantes dos Professores das Escolas Municipais: 2 (dois) titulares e

2 (dois) suplentes.

Representantes dos pais dos alunos: 2 (dois) titulares e 2 (dois) suplentes.

O Conselho Municipal de Educação tem na sua composição os seguintes

representantes:

Secretaria de Educação: 2 (dois) titulares e 2 (dois) suplentes.

Conselhos Escolares: 1 (um) titular e 1 (um) suplente.

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Gestores Escolares do Município: 1 (um) titular e 1 (um) suplente.

Gestores Escolares Estaduais: 1 (um) titular e 1 (um) suplente.

Professores Municipais: 1 (um) titular e 1 (um) suplente.

Pais de Alunos: 1 (um) titular e 1 (um) suplente.

Alunos: 1 (um) titular e 1 (um) suplente.

Funcionários: 1 (um) titular e 1 (um) suplente.

Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente: 1 (um) titular e 1 (um)

suplente.

Poder Executivo: 1 (um) titular e 1 (um) suplente.

Escolas Particulares: 1 (um) titular e 1 (um) suplente.

O Conselho Municipal do FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento

da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, foi constituído

através da Portaria GP nº. 223/11, de 26 de maio de 2011, mas atualmente não está

funcionando porque está sendo formada uma nova composição.

O Conselho Municipal da Cidade – COMCIDADE tem a sua composição descrita

no Decreto Municipal nº. 25/2010, de 04 de junho de 2010, mas atualmente não está

funcionando.

3 - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa se caracteriza como sendo um estudo de natureza pura ou básica

(COLLIS; HUSSEY, 2005, ZANELLA, 2009), pois pretende ampliar o conhecimento

acerca da participação social nos conselhos, todavia sem ênfase em qualquer aplicação

imediata.

Quanto ao método é dedutivo (ZANELLA, 2009), pois a partir do caso em

particular, averiguação da participação dos cidadãos em cada conselho, poderá ser

analisada a participação de todos os cidadãos no município de Pedras de Fogo/PB.

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E no tocante a forma de abordar o problema é predominantemente qualitativa com

traços quantitativos (ZANELLA, 2009), pois buscará apontar e quantificar a participação

dos cidadãos nos conselhos existentes, por meio de documentação e de questionário com

dois quesitos abertos, utilizando instrumentos estatísticos na análise dos dados e análise de

conteúdo, bem como auxílio de planilha eletrônica.

Quanto aos objetivos, a pesquisa é descritiva e exploratória, pois tem por objetivo

descrever e analisar as características de determinado fato ou fenômeno da realidade

(ZANELLA, 2009), como por exemplo, analisar a participação dos cidadãos do município

de Pedras de Fogo/PB nos Conselhos existentes.

Já quanto aos procedimentos adotados na coleta de dados, a pesquisa é

bibliográfica, tendo em vista que se fundamenta a partir do conhecimento disponível em

fontes bibliográficas, principalmente os livros, os artigos científicos e documentos. Mas

também é um estudo de caso, pois pesquisa uma situação real, num ambiente real, ou seja,

no Município de Pedras de Fogo/PB (LAKATOS, MARCONI, 2004).

O instrumento usado foi um questionário composto por 12 (doze) quesitos, sendo

04 (quatro) destinados a caracterização dos sujeitos da pesquisa e 08 (oito) referentes a

forma de participação nos conselhos.

A aplicação dos questionários foi previamente agendada, levando-se em

consideração a disponibilidade de tempo e a acessibilidade necessária a coleta de dados. O

roteiro do questionário se fundamentou nas funções do conselho: fiscalização, de

mobilização, de deliberação ou de consultoria, conforme a classificação da CGU (2009).

O universo da pesquisa é formado pelos 05 (cinco) Conselhos do Município de

Pedras de Fogo que atualmente estão funcionando, quais sejam: Conselho Municipal de

Saúde, Conselho Municipal de Assistência Social, Conselho Municipal de Alimentação

Escolar, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e Conselho

Municipal de Educação e a amostra da pesquisa foi pelo menos um membro de cada

Conselho. Ao todo, 12 (doze) membros se dispuseram a responder, conforme apresenta-se

a seguir.

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4 - ANÁLISE DOS RESULTADOS

No tocante à caracterização dos sujeitos da pesquisa, participaram da presente

investigação 12 (doze) membros dos conselhos municipais de Pedras de Fogo/PB

representantes da sociedade civil como um todo.

A Tabela 1 mostra o perfil dos participantes quanto às variáveis: cidade que

reside, faixa etária, gênero, escolaridade, conselho a qual pertence, entidade que

representa, tempo de participação no conselho, o que pode auxiliar na compreensão do

perfil dos membros dos conselhos do município de Pedras de Fogo/PB.

Tabela 1- Perfil dos participantes da pesquisa

VARIÁVEL CATEGORIA MEMBROS %

Cidade que reside Itambé/PE 4 33,33

Pedras de Fogo/PB 8 66,67

Faixa Etária

até 20 anos 0 0

21 a 40 anos 7 58,33

41 a 60 anos 4 33,33

acima de 60 anos 1 8,33

Gênero Masculino 4 33,33

feminino 8 66,67

Escolaridade

fundamental incompleto 1 8,33

fundamental completo 0 0

médio incompleto 0 0

médio completo 1 8,33

superior incompleto 7 58,33

superior completo 3 25,00

pós-graduação 0 0

Fonte: dados da pesquisa, 2011.

Em termos de perfil, analisando o total de membros representantes da sociedade

nos Conselhos Municipais de Pedras de Fogo/PB, observa-se que a maioria 66,67% reside

no município e os demais moram em Itambé/PE, cidade vizinha de Pedras de Fogo/PB,

demonstrando que os representantes da sociedade civil nos Conselhos é composta por

pessoas que não residem na cidade.

No que tange à faixa etária existe uma predominância 58,33% de pessoas com

idade entre 21 a 40 anos, considera-se portanto, uma representatividade maior dos jovens

nos conselhos.

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Ressalte-se a predominância do gênero feminino representado por 66,67% da

amostra, demonstrando que as mulheres estão participando cada vez mais da vida social e

da gestão pública.

No tocante à escolaridade, 58,33% dos participantes apresentam nível superior

incompleto, nenhum possui pós-graduação. Acrescentando os que possuem nível superior

completo, totaliza-se 83,33%, mostrando um corpo qualificado profissionalmente.

Questionou-se acerca do Conselho que faz parte, da entidade representativa e do

tempo que participa do referido Conselho, como se observa na Tabela 2:

Tabela 2- Síntese dos Conselhos, entidades representativas e tempo de participação dos participantes

VARIÁVEL CATEGORIA MEMBROS %

Conselho faz parte

Alimentação Escolar 1 8,33

Assistência Social 4 33,33

Direito da Criança e

Adolescente 1

8,33

Educação 2 16,67

Saúde 4 33,33

Entidade representativa

Associação de agricultores 1 8,33

Igreja Católica 1 8,33

Pastoral da Criança 1 8,33

Prestadores de Serviços 1 8,33

Professores 2 16,67

Sindicato 3 25,00

Sociedade Civil 2 16,67

Trabalhadores da Saúde 1 8,33

Tempo de participação no Conselho

Menos de 3 anos 5 41,67

3 a 10 anos 6 50,00

11 a 20 anos 1 8,33

21 a 30 anos 0 0

Acima de 30 anos 0 0

Fonte: dados da pesquisa, 2011.

Em relação ao Conselho que faz parte, nota-se que tanto o Conselho de

Assistência Social quanto o Conselho de Saúde apresentam 33,33%, que são as áreas

prioritárias da gestão e que a população mais necessita, possuindo os conselhos mais

atuantes.

No que concerne à entidade representativa, observa-se um equilíbrio, sendo

predominante o sindicato, os professores e a sociedade civil.

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Acerca do tempo de participação no Conselho, constata-se que quase a totalidade

dos participantes (91,67%), está há menos de dez anos, ou seja, correspondendo a

aproximadamente dois mandatos municipais.

Sobre a participação da elaboração das metas para a área de atuação do conselho;

o acompanhamento da aplicação das verbas que chegam do Governo Federal; e se

participação faz a diferença na gestão pública do município, observa-se na Tabela 3:

Tabela 3- Síntese da avaliação da participação nos Conselhos

VARIÁVEL Positiva (%) Negativa (%)

Participação elaboração das metas para a área de atuação do conselho 91,6 8,4

Acompanhamento da aplicação das verbas que chegam do Governo Federal 100 0

Se participação faz a diferença na gestão pública do município 91,6 8,4

Fonte: dados da pesquisa, 2011.

Os resultados demonstram que a maioria dos conselheiros (91,6%) participa da

elaboração das metas para a área de atuação de cada conselho no município e a totalidade

afirma que acompanham a aplicação das verbas que chegam do Governo Federal.

Além disso, a maioria (91,6%) dos conselheiros consideram que a participação

deles nos Conselhos fazem a diferença na gestão pública do município, cujas justificativas

foram analisadas a seguir.

Referente às ações efetivamente realizadas como membro do Conselho, observa-

se a Tabela 4:

Tabela 4- Síntese das ações efetivamente realizadas como membro do Conselho

AÇÃO MEMBROS %

Acompanha e o controla os atos praticados pelo governante. 5 41,67

Estimula à participação popular na gestão pública e contribui para a formulação e

disseminação de estratégias de informação para a sociedade sobre as políticas públicas. 7 58,33

Decide sobre as estratégias utilizadas nas políticas públicas de sua competência 5 41,67

Emite opiniões e sugestões sobre assuntos que são relacionados ao Conselho 12 100

Fonte: dados da pesquisa, 2011.

Com base nos resultados a seguir assevera-se que todos os membros dos

conselhos participantes alegam emitir opiniões e sugestões sobre os assuntos que são

relacionados ao Conselho, portanto exercem mais a função de consultoria conforme a

cartilha da CGU (2009).

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Observa-se também um forte estímulo (58,33%) dos membros para à participação

popular na gestão pública e contribui para a formulação e disseminação de estratégias de

informação para a sociedade sobre as políticas públicas.

Diante da resposta dos membros acerca da diferença pela sua participação na

gestão pública do município de Pedras de Fogo/PB, categorizou-se todas as respostas e

observou-se que isso se justifica conforme os relatos apresentados a seguir.

A opinião é importante para melhorar a gestão, conforme discursos:

pois minha opinião, ajuda a melhorar certas ações que são realizadas na

educação (membro 1)

é pelo fato das participações de todos que se pode criar metas e buscar ajudar a

cumpri-las. Dessa forma meu papel é de suma importância nessa fase de

elaboração e conclusão dos objetivos (membro 2)

analisamos todos os projetos criados e que irão ser enviados para o Ministério da

Saúde, Secretaria de Saúde do Estado ou do próprio município, acompanhando a

execução e o emprego dos recursos (membro 3)

creio que sim, pois a opinião de todos é importante,estou ativo dando sugestões e

incentivando os outros a darem (membro 4)

porque a minha participação contribui para a melhoria da gestão pública do

município (membro 12)

Pela possibilidade de reivindicar, de acordo com os relatos:

porque sempre reivindicar pelos cidadãos, principalmente quando a moradia

(membro 7)

[...] é por isso que sou membro, para lutar por quem não tem e precisa (membro

9)

porque nós como membros temos juntos uma força maior para lutarmos por

nossas idéias a propósito no que necessitamos, na maioria das vezes somos

vencedores naquilo que lutamos (membro 10).

porque reivindica melhorias para a população do município (membro 11).

As opiniões e reivindicações de cada membro do conselho representa parte das

demandas da sociedade e devem ser respeitadas quando visarem a melhoria do município e

bem estar de sua população.

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Pois fiscaliza e favorece a aprovação das contas municipais, como dispõe:

minha participação no conselho contribui para a fiscalização e aprovação das

contas do município, assim eu passo a passar para as pessoas como está sendo os

gastos das verbas que entram no município (membro 8)

O acompanhamento dos gastos do município é uma atribuição de suma

importância para os conselheiros, pois faz com que a gestão pública seja mais transparente

e evita o desvio de verbas para outros destinos que não aqueles de origem.

Todavia, teve um membro que discordou totalmente ou parcialmente que a

participação do membro faz diferença na gestão pública, conforme as falas a seguir:

mesmo que nossa opinião seja aceita são eles quem decidem o que fazer

(membro 6)

nem sempre, mas quando dão espaço para que nos darmos idéias para a melhoria

de algo que não está certo e que precisa aprimorar, dá uma levantada no ânimo para o melhoramento da população (membro 9)

Para mostrar o que poderia ser feito para melhorar a participação dos Conselhos

Municipais em Pedras de Fogo/PB, categorizou-se todas as respostas e apresentou-se as

seguintes sugestões a serem adotadas.

Maior comprometimento e participação dos membros, conforme relatos abaixo:

é necessário maior comprometimento e participação e consciência de que nosso

papel é fundamental e necessário e de grande responsabilidade (membro 1).

[...] e criar maiores incentivos de participação (membro 2).

Ampliar e renovar a quantidade de membros, de acordo com discurso a seguir:

aumentar o número de participantes (membro 2)

renovação de alguns conselheiros, pois os existentes não estão muito motivados

(membro 3)

aumentar o número dos conselheiros (membro 11)

Para uma melhor atuação dos conselhos, os conselheiros devem ser cidadãos

realmente interessados e comprometidos em cumprir seus deveres e representar a entidade

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da qual faz parte. Um maior número de conselheiros poderia ajudar a dividir as atribuições

e facilitar o trabalho de todos.

Melhorar a divulgação dos conselhos e conscientizar a população, como dispõe:

[...] melhorar a divulgação dos conselhos e seu papel, ressaltando a sua

importância e realizar mais reuniões (membro 2)

a melhor coisa a se fazer é conscientizar a população sobre o conselho e

incentiva a sua participação, pois o que se vê não é um povo desinteressado, mas

sim um povo que não sabe o que fazer ou não é bem orientado (membro 4).

divulgar as ações dos conselhos (membro 5)

poderia ser mais divulgado para que um número de pessoas possam participar e lutar pelos próprios direitos (membro 12)

A divulgação dos atos realizados pelos conselhos municipais é relevante para que

a população conheça o seu papel, se interesse em participar e lutar por seus direitos e por

melhorias para cada localidade do município.

Adquirir sede própria, equipamentos e transporte, conforme solicita os membros a

seguir:

[...] e possuir um local próprio para as reuniões (membro 3)

sede própria com sala para reuniões (membro 5)

adquirir equipamentos e transporte próprios (membro 5)

As reuniões dos conselhos no município de Pedras de Fogo ainda são realizadas

nos prédios públicos, e a aquisição de sede própria, equipamentos e transporte para os

conselhos iria aumentar o desligamento com a administração pública e dar mais

autonomia.

Capacitação dos conselheiros, de acordo com o relato abaixo:

capacitação dos conselheiros (membro 5)

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A capacitação dos conselheiros iria conscientizá-los melhor da importância de

cada um dentro do seu conselho, dos seus direitos e deveres, e também das ações que

podem realizar.

Realizar visitas para atender melhor as necessidades da população, conforme

relatos:

atender melhor as necessidades da população (membro 6)

[...] visitando-as para avaliar se o que eles pedem, é o que realmente eles

necessitam (membro 6)

[...] que as reuniões dos Conselhos fossem feitas nas comunidades existentes

(membro 7)

[...] gostaria que as reuniões dos membros fossem mais abertas a população e as

mesmas acontecessem mensalmente em cada bairro do nosso município,

melhorando a participação da sociedade civil na minha cidade (membro 10)

Se os conselhos municipais tivessem um veículo próprio e mais apoio, facilitaria o

acesso às comunidades mais afastadas para realizar reuniões e conhecer a realidade de cada

uma, além de permitir a participação de um maior número de cidadãos, pois grande parte

da população de Pedras de Fogo mora na zona rural.

E ampliar a quantidade de reuniões, como dispõe:

[...] gostaria que as reuniões dos membros fossem mais abertas a população e as mesmas acontecessem mensalmente em cada bairro do nosso município,

melhorando a participação da sociedade civil na minha cidade (membro 10)

aumentar o número de reuniões (membro 11)

As sugestões apresentadas pelos conselheiros são muito importantes para

melhorar a atuação dos conselhos municipais de Pedras de Fogo/PB, e consequentemente

contribuir para uma gestão pública mais eficiente e transparente.

Assim, pode-se concluir que a participação dos cidadãos é representativa nos

conselhos municipais em Pedras de Fogo/PB, favorecendo o controle social e a

fiscalização da gestão pública.

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5 - CONCLUSÕES

Esta pesquisa objetivou analisar a participação cidadã por meio das ações de

acompanhamento da gestão pública e do controle social dos Conselhos Municipais

existentes e em funcionamento no município de Pedras de Fogo/PB, quais sejam: de

Saúde, de Assistência Social, de Alimentação Escolar, dos Direitos da Criança e do

Adolescente, e de Educação.

Conforme as análises realizadas, as ações de controle social desempenhadas pelos

membros dos conselhos interferem e são importantes para a fiscalização e

acompanhamento dos gastos públicos da edilidade, concluindo-se, portanto, que a

participação cidadã é significativa e representativa.

Averiguou-se que os conselheiros participam da elaboração das metas para a área

de atuação de cada conselho no município e acompanham a aplicação das verbas que

chegam do Governo Federal.

Observa-se que os membros dos conselhos municipais de Pedras de Fogo/PB

acreditam que a sua participação na gestão pública faz a diferença porque através de suas

ações é possível emitir opinião, reivindicar, fiscalizar e favorecer a aprovação das contas

municipais.

Constata-se que para melhorar a participação dos Conselhos Municipais em

Pedras de Fogo/PB, é necessário: maior comprometimento e participação dos membros dos

conselhos; ampliar e renovar a quantidade de membros; ampliar a divulgação dos

conselhos e conscientizar a população da sua importância; adquirir sedes próprias,

equipamentos e transportes para os conselhos; promover capacitações para os conselheiros;

realizar de visitas na comunidade para atender melhor as necessidades da população; e

ampliar a quantidade de reuniões dos conselhos.

Recomenda-se que a gestão municipal de Pedras de Fogo/PB adote as sugestões

referenciadas. Que sejam realizados estudos futuros detalhando as ações de cada Conselho

no município de Pedras de Fogo/PB, avaliando a participação dos conselhos sob a

perspectiva da população e comparando com os conselhos de outros municípios

paraibanos.

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Bruna Regina de Andrade Cabral Gomes é graduada em Direito pelo Centro

Universitário de João Pessoa – UNIPÊ, aluna do curso de Especialização em Gestão

Pública Municipal da Universidade Federal da Paraíba – UFPB Virtual, funcionária

pública da Prefeitura Municipal de Pedras de Fogo/PB, e-mail:

[email protected].

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Brasília: Congresso Nacional, 1988.

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<http://www.webartigos.com/artigos/o-que-e-controle-social/23288/>. Acesso em: 13 nov.

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RUA, Maria das Graças. Políticas públicas. Florianópolis: Departamento de Ciências da

Administração/UFSC, 2009.

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SALLES, Helena da Motta. Gestão democrática e participativa. Florianópolis:

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ZANELLA, Liane Carly Hermes. Metodologia de estudo e de pesquisa em

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APÊNDICE

INTRUMENTO DE COLETA DE DADOS - QUESTIONÁRIO

Prezado (a) conselheiro (a)

O presente instrumento de pesquisa constitui um dos elementos integrantes do trabalho de

conclusão do Curso de Especialização em Gestão Pública Municipal-

CEGPM/DE/CCSA/UFPB como exigência para obtenção do Grau de Especialista em

Gestão Pública Municipal, que deverá subsidiar a etapa referente à pesquisa de campo,

cujo objetivo central é analisar a participação dos cidadãos do município de Pedras de

Fogo/PB nos Conselhos existentes, buscando favorecer o controle social. Solicitamos sua

colaboração no sentido de responder com precisão e possível prontidão às questões aqui

elaboradas. Cabe destacar o sigilo relativo aos participantes, que neste estudo não há

respostas certas ou erradas, bem como não haverá individualização de respostas. Esteja

certo de que a sua participação é muito importante para o êxito dessa pesquisa. Cientes de

sua valiosa contribuição, agradecemos antecipadamente.

Bruna Regina de Andrade Cabral Gomes

E-mail: [email protected]

Msc. Tatiana Aguiar Porfírio de Lima, Profª. Orientadora

E-mail: [email protected]

QUESTIONÁRIO

1. Qual a cidade que você mora?

________________________________________

2. Qual a sua faixa de idade?

( ) até 20 ( ) 21 a 40 ( ) 41 a 60 ( ) acima de 60

3. Gênero:

( ) masculino ( ) feminino

4. Qual o seu nível de escolaridade?

( ) fundamental incompleto

( ) fundamental completo

( ) médio completo

( ) médio incompleto

( ) superior completo

( ) superior incompleto

( ) pós-graduação

( ) ______________

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5. Qual o Conselho Municipal que de é membro?

__________________________________________

6. Qual a entidade que representa?

__________________________________________

7. Há quanto tempo participa do Conselho?

__________________________________________

8. Você participa da elaboração das metas para a área de atuação do conselho?

( ) sim ( ) não

9. O Conselho acompanha a aplicação das verbas que chegam do Governo Federal?

( ) sim ( ) não

10. Quais das ações a seguir você efetivamente realiza como membro do Conselho?

( ) acompanha e o controla os atos praticados pelo governante.

( ) estimula à participação popular na gestão pública e contribui para a formulação e

disseminação de estratégias de informação para a sociedade sobre as políticas públicas.

( ) decidi sobre as estratégias utilizadas nas políticas públicas de sua competência.

( ) emite opiniões e sugestões sobre assuntos que são relacionados ao Conselho.

11. Sua participação faz a diferença na gestão pública do município? Justifique

( ) sim ( ) não

Justificativa_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

_________________________________________________________________

12. O que poderia ser feito para melhorar a participação do Conselho que você é

membro? ___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

_________________________________________________________________