a informÁtica como estratÉgia governamental de...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL MODALIDADE A DISTÂNCIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO A INFORMÁTICA COMO ESTRATÉGIA GOVERNAMENTAL DE INCLUSÃO E COMBATE À EVASÃO NA ESCOLA MUNICIPAL LUIZ IGNÁCIO RIBEIRO COUTINHO Jorge Galdino de Almeida Pós-graduando lato sensu em Gestão Pública Municipal - UFPB Edmery Tavares Barbosa Professora-Orientadora do Departamento de Finanças e Contabilidade - UFPB RESUMO Este artigo apresenta, inicialmente, algumas reflexões sobre a utilização da informática na educação, analisando a utilização de ferramentas tecnológicas como estratégia governamental de inclusão e combate à evasão educacional; a formatação de políticas públicas direcionadas à inclusão digital; o aprimoramento de metodologias e o aperfeiçoamento dos conteúdos curriculares, principalmente no enfrentamento do problema da evasão de crianças e jovens na Educação Básica. A pesquisa consiste no estudo de caso de uma escola da rede pública municipal de ensino do município de Sapé-PB, procurando identificar como se dá a integração da ludicidade, tecnologia, estratégias pedagógicas e as políticas governamentais, apresentando parâmetros para o desenvolvimento de atividades interativas que promovam a inclusão, o desenvolvimento intelectual, o pensamento simbólico e o aprofundamento dos conteúdos curriculares da Educação Básica. Os resultados revelam que, mesmo diante das mais diversificadas ferramentas tecnológicas, existe uma subutilização destes recursos, principalmente na área pedagógica e na formatação de políticas públicas que utilizem este aparato tecnológico no enfrentamento da evasão escolar, na inclusão digital e no aprimoramento e diversificação do aprendizado. Palavras-chave: Informática. Ludicidade. Inclusão. Evasão. Políticas Públicas. 1 INTRODUÇÃO A tecnologia pode ser utilizada na educação como forma de combater a evasão escolar, promover a inclusão e criar mecanismos pedagógicos para aprofundar

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL MODALIDADE A DISTÂNCIA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

A INFORMÁTICA COMO ESTRATÉGIA GOVERNAMENTAL

DE INCLUSÃO E COMBATE À EVASÃO NA ESCOLA

MUNICIPAL LUIZ IGNÁCIO RIBEIRO COUTINHO

Jorge Galdino de Almeida

Pós-graduando lato sensu em Gestão Pública Municipal - UFPB

Edmery Tavares Barbosa

Professora-Orientadora do Departamento de Finanças e Contabilidade - UFPB

RESUMO

Este artigo apresenta, inicialmente, algumas reflexões sobre a utilização da

informática na educação, analisando a utilização de ferramentas tecnológicas como

estratégia governamental de inclusão e combate à evasão educacional; a formatação

de políticas públicas direcionadas à inclusão digital; o aprimoramento de

metodologias e o aperfeiçoamento dos conteúdos curriculares, principalmente no

enfrentamento do problema da evasão de crianças e jovens na Educação Básica. A

pesquisa consiste no estudo de caso de uma escola da rede pública municipal de

ensino do município de Sapé-PB, procurando identificar como se dá a integração da

ludicidade, tecnologia, estratégias pedagógicas e as políticas governamentais,

apresentando parâmetros para o desenvolvimento de atividades interativas que

promovam a inclusão, o desenvolvimento intelectual, o pensamento simbólico e o

aprofundamento dos conteúdos curriculares da Educação Básica. Os resultados

revelam que, mesmo diante das mais diversificadas ferramentas tecnológicas, existe

uma subutilização destes recursos, principalmente na área pedagógica e na

formatação de políticas públicas que utilizem este aparato tecnológico no

enfrentamento da evasão escolar, na inclusão digital e no aprimoramento e

diversificação do aprendizado.

Palavras-chave: Informática. Ludicidade. Inclusão. Evasão. Políticas Públicas.

1 INTRODUÇÃO

A tecnologia pode ser utilizada na educação como forma de combater a evasão

escolar, promover a inclusão e criar mecanismos pedagógicos para aprofundar

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conteúdos curriculares em qualquer série ou nível de ensino. Usar o computador

somente para ensinar planilhas ou edição de textos é desperdício e nem sempre os

professores sabem como usar esta ferramenta ou tampouco como adequar softwares

para ajudar na ludicidade das disciplinas.

Ter apenas equipamentos na escola não basta, o desafio é utilizar bem a

tecnologia. Porém, o desafio maior é transformar os conteúdos em atividades lúdicas,

agradáveis e que despertem o interesse de crianças e jovens, desmistificando a ideia de

que o computador é para adultos e que as crianças podem “quebrar” a máquina, pois

não são capazes de utilizá-la.

Outro desafio é posto aos gestores, pois o computador e os softwares nem

sempre são utilizados como atrativos para que os alunos despertem o interesse pela

escola, para que passem a ver o ambiente escolar como um lugar onde se aprende

coisas úteis, contemporâneas e contextualizadas com a realidade e com o mundo em

que vivem.

A existência de computadores e seu uso por parte de educadores e alunos se

constitui em uma realidade em expansão. Na era da informação, em um mundo

globalizado, seria impensável uma ação educativa separada do conhecimento e do uso

da informática. Nesse contexto, o computador deve ser apresentado como uma

ferramenta educativa, contemporânea e divertida, ampliando essa visão para o

ambiente escolar, mostrando ao aluno que a escola disponibiliza várias formas de

brincar e de aprender.

A escola pública é, em sua grande maioria, sem atrativos. Muitas delas sequer

disponibilizam área de lazer, biblioteca ou sala de leitura, contudo, programas

governamentais têm inserido computadores e acesso a internet na maioria das escolas,

mudando a realidade e disponibilizando ferramentas poderosas no combate à evasão e

no despertar do interesse dos alunos em uma nova metodologia de ensino, um contexto

onde a internet e o computador são vistos como revolucionários nesse processo,

contudo, observa-se que só as ferramentas não resolvem o problema, pois falta

estratégia, adequação e preparo da equipe pedagógica, do professor e do gestor público

na hora de utilizar estes recursos.

Nesse sentido, o presente estudo busca responder a seguinte questão-problema:

Como as escolas municipais da cidade de Sapé podem diminuir a evasão escolar por

meio da inclusão digital? Para responder essa questão, tem-se como objetivo verificar

como as escolas do município de Sapé utilizam a informática para dinamizar o

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processo de ensino-aprendizagem na educação básica de forma lúdica. Para alcançar

esse objetivo, fazem-se necessárias ações específicas para verificar como os recursos

tecnológicos são utilizados nas salas de aula, observando as estratégias estabelecidas

para a execução do trabalho com a informática e como docentes e discentes usufruem

desse processo de utilização da tecnologia na ludicidade dos conteúdos curriculares.

Desenvolver atividades utilizando computadores, internet e softwares

educacionais em uma metodologia que congrega os conteúdos curriculares de forma

paralela às atividades escolares tradicionais, é saber utilizar as ferramentas virtuais

para dar ludicidade a conteúdos de ciências, português, matemática, artes e demais

componentes curriculares, tornando os assuntos vistos em sala de aula mais

interessantes, servindo como uma revisão e ampliação do conhecimento, propiciando

uma visão diferenciada, lúdica e agradável aos temas abordados e, consequentemente,

promovendo a inclusão digital, mantendo os alunos interessados pela escola e

minimizando o problema da evasão escolar principalmente nas primeiras séries do

ensino fundamental.

É fato que boa parte dos alunos da rede pública nas séries iniciais advém de

famílias carentes, que encontram na merenda escolar e no Programa Bolsa Família os

motivos para manter os filhos na escola. Estratégias como a utilização do computador

não só para pesquisa ou jogos eletrônicos, mas de forma permanente e ativa nos

conteúdos curriculares, podem contribuir para mudar esta realidade, ao mesmo tempo

em que a gestão pública pode conter a evasão escolar, estimular o aprendizado e

promover a inclusão digital de milhões de estudantes da rede pública.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Evasão escolar e políticas públicas

A problemática envolvendo a evasão escolar é um desafio para a gestão pública

em todas as esferas de governo. Os recursos do Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação

(Fundeb) advêm do número de alunos matriculados no ano letivo anterior, tendo como

fonte as informações do censo escolar, o que força a gestão pública a trabalhar com

dados e recursos de um ano base com aplicabilidade no ano subsequente.

O abandono dos estudos e da evasão escolar preocupa a sociedade e os

governos, esses responsáveis pelas políticas públicas. De acordo com o Ministério da

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Educação (MEC), a evasão atinge 6,9% no Ensino Fundamental e 10% no Ensino

Médio. Além da evasão, outro problema preocupante é a distorção idade e série. Mais

2,9 milhões de alunos - dados de 2007 - abandonam as aulas em um ano e retornam no

ano seguinte.

A evasão nos anos iniciais da Educação Básica, modalidade da educação que

está sob a responsabilidade dos municípios, desafia a gestão pública no combate ao

problema da evasão escolar, „boicotando‟ muitos programas educacionais, frustrando

os objetivos de manter a criança na escola e, principalmente, o de incluí-la numa

rotina que desperte interesse, participação e aprendizagem.

Mesmo com a entrada de novos alunos a cada ano, o problema da evasão

escolar persiste, pois o problema atualmente não é colocar as crianças na escola, mas

fazer com que elas permaneçam na sala de aula, o que remete a reflexão dos porquês

da evasão, já que tanto tem se investido em merenda escolar, melhoria das instalações

físicas, distribuição de livros didáticos, Programa Bolsa Família, além de outras

políticas e ações locais colocadas em prática.

É evidente que tais atrativos têm surtido efeito na captação de alunos, sem,

contudo, ter eficácia na manutenção dessas crianças e jovens nas unidades de ensino, o

que remete ao questionamento de que tais assuntos “captação e manutenção” não

deveriam ser trabalhados de forma distinta, com ações específicas, mas de forma

estruturada em uma mesma política.

Além da questão educacional, o abandono da escola traz consequências sociais

e financeiras para o município. Quando a criança abandona a sala de aula o destino

dela é a marginalização na rua ou o trabalho infantil. Se não bastasse o problema

social causado, os recursos do Fundeb, que são destinados aos municípios, são

reduzidos drasticamente, já que os repasses do fundo são calculados pelo número de

alunos matriculados. Estes recursos são rateados na proporção de, no mínimo, 60%

para o pagamento de salários do magistério e o máximo de 40% para a manutenção da

educação no município, que inclui a logística do sistema e a mão de obra dos demais

funcionários que atuam diretamente no processo educacional.

Os caminhos para a inovação da grade curricular, inserindo ferramentas

tecnológicas, desperta o interesse do aluno, atuando na “raiz” do problema através da

ludicidade dos conteúdos e em uma nova proposta para a escola pública. De acordo

com Fichtner (1998, apud Martins, Filho e Stahalin, 2007),

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O desenvolvimento desenfreado de novas tecnologias está

gerando mudanças nas funções sociais do conhecimento, das

comunicações e no modo de vida das pessoas. A escola sendo

uma instituição responsável pela universalização do

conhecimento, nem sempre consegue cumprir sua função de

garantir a apropriação do conhecimento científico como forma de

inserção social e cultural do sujeito no mundo. (FISHTNER 1998

apud Martins, Filho e Stahalin, 2007, p. 25)

É a partir desta concepção que os governos devem atuar para adequar as

políticas públicas educacionais para garantir a formação de cidadãos mais conscientes

e uma sociedade mais justa e desenvolvida.

A informática desponta neste contexto como uma forte ferramenta de

interação, ludicidade e transformação desta realidade. A política social deve ser

antecedida de uma política educacional voltada para o mundo atual, para as novas

concepções do processo de ensino-aprendizagem, adequando ferramentas

informatizadas ao contexto escolar para garantir o sucesso de toda a cadeia de

produção do conhecimento. Encarar o desafio e se adequar a essa nova realidade é ter

como perspectiva cidadãos abertos e conscientes, cidadãos que sejam capazes de

aprender a aprender e a utilizar a tecnologia para construir e reconstruir continuamente

os seus conhecimentos. Segundo Silveira,

A sociedade é cada vez mais a sociedade da informação e os

agrupamentos sociais que não souberem manipular, reunir,

desagregar, processar e analisar informações ficarão distantes da

produção do conhecimento, estagnados ou vendo se agravar sua

condição de miséria. (SILVEIRA, 2001, p. 21)

É evidente que a transformação da escola também passa pelo professor, que é

parte integrante e agente desse processo de mudança, ou de ampliação, já que a

informática já está incorporada à escola de forma transversal, observada nas pesquisas

dos alunos, nos computadores na biblioteca, nos celulares dos próprios alunos.

Contudo, essa ferramenta ainda não está sendo usada como política de combate à

evasão e no despertar do interesse do aluno pelos conteúdos aplicados em sala de aula.

Neste contexto, Fichtner salienta:

Repensar a escola não é um jogo intelectual, não é tarefa, nem

um dever que tenha que ser intelectualmente ou conceitualmente

resolvido por solitários teóricos e estudiosos. Repensar a escola

só poderá ser realizado quando ela já tiver na prática novas

funções. E este repensar a escola dependerá fundamentalmente

da postura dos professores que na lida diária com o aluno

incorporem ao processo de ensino o desenvolvimento do novo,

porém, de forma construtiva para a construção do cidadão.

(FISHTNER 1998 apud Martins, Filho e Stahalin, 2007, p. 25).

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Não dá para tratar a evasão, o desinteresse do aluno pela escola e demais

problemas educacionais como problemas pedagógicos apenas. O enfrentamento desses

e de outros desafios devem ser encarados num contexto de uma política de governo,

ciente de que a solução, ou amenização destes percalços, terão reflexos em várias

outras áreas sociais.

Todos concordam que a utilização de computadores nas escolas vai contribuir

de maneira importante para o aprendizado, qualificando o ensino por meio de muitos

recursos, utilizando ferramentas de colaboração e interação, mas a proposta vai mais

além. Não é só a presença da máquina no ambiente, mas a interação da ferramenta

com os conteúdos curriculares, expandindo a compreensão e injetando ludicidade às

aulas.

2.2 Informática e educação

A informática e a educação transcendem o espaço físico da sala de aula, rompe

fronteiras e amplia percepções, e é exatamente esta concepção e conexão que se

procura. Contudo não se busca a inclusão digital nas escolas com finalidades

meramente recreativas, para fins de pesquisa escolar ou para o aprendizado de

utilização de planilhas ou formatação de texto em editores.

Segundo Pretto,

Quando se reduz as características fundamentais das tecnologias

educacionais, elas se esvaziam, convertendo-se em meras

animadoras da educação, o que se desfaz rapidamente, tão logo

passe o encanto da novidade. A educação continua como está, só que

com novos e avançados recursos tecnológicos (PRETTO, 1996,

p.112).

Busca-se a integração da informática aos conteúdos escolares, às tarefas

cotidianas e à ampliação do conhecimento integrado com a grade curricular, para que a

informatização seja uma ferramenta a serviço da escola e do processo de ensino-

aprendizagem, revigorando a metodologia, oferecendo sons, imagens, movimento,

interação, sofisticação e principalmente resultados. Segundo Demo (2006, p. 24), “na

sociedade crescente movida por conhecimento, cada vez mais pessoas procuram a

educação como esperança para um futuro melhor.”.

Segundo Silveira,

A Educação que cultiva a ideia do saber consolidado deve ser

substituída pela que ensina e prepara a pessoa para o aprendizado

permanente. Agora a escola é apenas um polo de orientação

diante do dilúvio de informações gerado e constantemente

alimentado pela rede mundial de computadores. A política

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educacional deve ser formulada para absorver e utilizar as

tecnologias intelectuais que amplificaram a inteligência humana

e suas funções cognitivas. (SILVEIRA, 2001, p.28)

2.3 Inclusão digital

A inclusão digital se dá pelo processo de democratização do acesso às

Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), permitindo a entrada de todos na

sociedade da informação. Incluir é simplificar processos e rotinas, disponibilizar

acesso à tecnologia, maximizar o tempo e potencializar resultados, utilizando a

linguagem do “mundo digital”, para o acesso à informação e à comunicação, fazendo

uso desse suporte tecnológico para melhorar as condições de vida de cada um.

O processo de inclusão deve ter início pela escola, atraindo os alunos para esse

novo padrão de acesso ao conhecimento e a gestão pública participa disponibilizando

recursos financeiros, tecnológicos e pedagógicos para esse processo, tornando a escola

mais moderna e contemporânea e a aprendizagem mais dinâmica, lúdica e eficaz,

ajudando na captação de novos alunos e na contenção da evasão escolar.

Contudo, é importante ressaltar que captar não é incluir, o ato em si de trazer o

aluno à escola com atrativos eficientes, não o inclui no processo de ensino-

aprendizagem de forma efetiva, nem tampouco o leva à inclusão digital, faltando

assim a atuação do gestor público também nas concepções pedagógicas, na

valorização e qualificação do magistério, na aquisição e adaptação de softwares

educacionais e principalmente na pesquisa e investimento de novas metodologias e

ferramentas a serem usadas de forma lúdica, contemporânea e que seja aplicável e

reconhecida pelo aluno no contexto do mundo em que ele realmente está inserido.

O ensino básico requer mudanças, passando da perspectiva meramente

disciplinar para uma ótica transdisciplinar, que promova o desenvolvimento do

educando nos aspectos físico, motor, cognitivo, fazendo-se necessário uma postura de

inclusão onde a utilização de ferramentas de integração, interação e comunicação

global sejam disponibilizadas de forma igualitária, independente da condição social,

racial ou orientação sexual de cada um.

Não é exagero afirmar que qualquer inclusão tem que contemplar o uso da

tecnologia e de ferramentas informatizadas. A inclusão digital é uma questão de

cidadania, de oferecer igualdades de condições ao desenvolvimento intelectual, social

e cultural, propiciando uma verdadeira revolução na área educacional quando

direcionada ao aprendizado de forma planejada, articulada e avaliada, voltada à

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autonomia, cidadania e igualdade social, e essa revolução deve ser iniciada nos

primeiros anos da vida escolar, de forma lúdica e prazerosa, desmistificando a

tecnologia e integrando-a ao cotidiano dos alunos, preservando valores, crenças,

modos de vida, atitudes, em uma perspectiva multicultural, incorporando

comportamentos socialmente relevantes, em um espaço de vivência dos direitos

humanos e de interação entre culturas e conhecimentos.

Segundo Gonçalves (2005),

A Tecnologia da Informação oferece um enorme leque de

possibilidades para o armazenamento, processamento e

veiculação do conhecimento e traduz o saber a partir de um

método reducionista, onde jogos de linguagem passam a ter

papel fundamental: é preciso dominar novas técnicas e formatos

para decodificar mensagens e usufruir dos benefícios. Trata-se de

um processo dinâmico que, sutil ou violentamente, vem

produzindo grandes mudanças no cotidiano das pessoas e das

organizações. (GONÇALVES, 2005, p.355).

Diante dessa necessidade lúdica e da utilização de ferramentas modernas para a

efetivação dessa inclusão ao mundo globalizado, o computador representa um

importante instrumento de inclusão digital e que pode ser utilizado de forma lúdica

para que o aluno aprenda brincando, permitindo que, paralelamente, os objetivos

pedagógicos sejam alcançados. Na introdução de computadores no processo

educacional, é preciso considerar que “as novas práticas são inventadas,

conquistadas, construídas coletivamente, e não no isolamento individual”.

(HUTMACHER, 1995 apud ALMEIDA, 2007, p.123).

O computador é o “brinquedo” mais desejado pelas crianças e jovens

atualmente. Apesar da necessidade de mantermos as brincadeiras tradicionais, no

resgate e manutenção da cultura, e da importância dos brinquedos educativos

tradicionais, é inegável a rápida e irreversível inserção da tecnologia no ato de brincar

e da preferência pela informática na hora de escolher o brinquedo. Diante dessa

realidade, sem, contudo, querer substituir os brinquedos e brincadeiras tradicionais

pelos brinquedos eletrônicos e informatizados, faz-se necessário adequar ferramentas

computadorizadas ao universo educacional, direcionado, potencializando e adequando

a tecnologia aos componentes curriculares, aproveitando a forte característica lúdica

do computador e de seus componentes para o processo de ensino-aprendizagem

voltado aos novos tempos e como estratégia governamental de contenção da evasão

escolar.

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A dificuldade de adequar as novas Tecnologias da Informação e Comunicação

aos conteúdos curriculares representa um desafio para os governos, professores e

equipe pedagógica. A dificuldade na escolha e disponibilidade de softwares

educacionais adequados aos conteúdos escolares dificulta o processo ensino-

aprendizagem utilizando a computação, relegando a informática apenas a simples

atividades de digitação de trabalhos, pesquisa na internet, jogos ou operacionalização

de programas de forma técnica, sem, contudo, explorar a principal função dessa

tecnologia na educação: melhorar o aprendizado de forma lúdica, inclusiva,

interdisciplinar e transdisciplinar, daí a importância da informática como estratégia

governamental de inclusão e combate à evasão no ensino básico.

Para os professores Fernando José de Almeida e Maria Elizabeth Bianconcini

de Almeida da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP),

Enfrentar essa nova realidade significa ter como perspectiva

cidadãos abertos e conscientes, que saibam tomar decisões e

trabalhar em equipe. Cidadãos que tenham capacidade de

aprender a aprender e de utilizar a tecnologia para a busca, a

seleção, a análise e a articulação entre informações e, dessa

forma, construir e reconstruir continuamente os conhecimentos,

utilizando-se de todos os meios disponíveis, em especial dos

recursos do computador. Pessoas que atuem em sua realidade

tendo em vista a construção de uma sociedade mais humana e

menos desigual. (MEC – SALTO PARA O FUTURO, 1998,

p.50).

A escola não pode perder a oportunidade de promover a inclusão digital de

forma orientada e voltada ao conhecimento, mesmo porque é notório que crianças,

jovens e a adultos já usufruem da tecnologia em suas casas, nas repartições, nos

bancos, e por toda a parte é visível a crescente utilização da tecnologia em celulares,

computadores portáteis, brinquedos, jogos, eletrodomésticos, meios de comunicação,

além dos ambientes virtuais que disponibilizam conteúdos, interação, comunicação e

até formas de relacionamento através das redes sociais. Diante desta realidade, é

fundamental o papel da escola nesse novo padrão de vida, orientando à correta

utilização destes recursos com a finalidade de promover a expansão e acesso ao

conhecimento em benefício da sociedade.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa foi realizada através de embasamentos teóricos e estudo de caso,

quando foram distribuídos dez questionários entre os professores e um questionário foi

entregue à Secretária Municipal e Educação, Maria América Assis de Castro. Dos

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onze questionários, apenas cinco foram respondidos pelos professores e um

respondido pela secretária. Os demais questionários não foram entregues pelos

professores, alguns alegaram esquecimento e outros não foram encontrados na escola

nas datas combinadas.

Nos procedimentos adotados na coleta de dados, foi utilizado o estudo de caso,

tendo como fonte a aplicação de questionários com perguntas objetivas e abertas,

procurando levantar dados advindos de pessoas que vivem a realidade da escola. Na

definição de Robert K. YIN (2001, p. 32), o estudo de caso tem por objetivo

“investigar um fenômeno contemporâneo, no contexto da vida real, especialmente

quando as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não estão perfeitamente

delimitadas”.

O local escolhido foi o município de Sapé-PB. Distante 55 quilômetros da

capital paraibana João Pessoa, o município possui uma área territorial com 316,33 km²

e uma população aproximada de 50.151 habitantes. Situada na Microrregião de Sapé,

Mesorregião da Mata Paraibana, Sapé apresenta um Índice de Desenvolvimento

Humano (IDH) de 0,556 médio (PNUD/2000), Produto Interno Bruto (PIB) de R$

214.536,661 mil (IBGE/2008) e PIB per capita de R$ 4.498,57 (IBGE/2008). A rede

pública municipal é composta de 40 unidades de ensino, sendo elas 18 na cidade e 22

na Zona Rural do Município. O município apresenta um bom desenvolvimento no

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), antecipando em 2009 a meta

proposta para este ano (2011) que é de 3.2 (três, ponto, dois).

Segundo informações da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e

Desportos de Sapé, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Luiz Ignácio Ribeiro

Coutinho é a maior escola, em número de alunos, da rede pública municipal de Sapé,

com 1.560 alunos matriculados, sendo 838 no Ensino Fundamental (do 6º ao 9º ano) e

722 na Educação de Jovens e Adultos (EJA), distribuídos em 13 salas de aula,

funcionando nos três turnos. A escola possui um laboratório de informática com 27

computadores, sendo um para uso administrativo e 26 para uso dos alunos, todos

conectados à internet, com recursos do Projeto Banda Larga na Escola, instalada em

2009. Estas características contribuíram na escolha da Unidade de Ensino para a

realização da pesquisa e estudo de caso, apresentando um ambiente bem representativo

da realidade das demais escolas da rede pública municipal de ensino de Sapé.

A pesquisa também utilizou mecanismos complementares como consultas

bibliográficas, pesquisas na internet e publicações especializadas, para ressaltar através

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desta amostragem a realidade do uso da informática na educação, as estratégias

utilizadas para a contenção da evasão escolar e a forma como os recursos tecnológicos

são aplicados nos conteúdos curriculares no dia a dia dos alunos da rede pública

municipal.

4 ANÁLISE DE RESULTADOS

Realizada a coleta e tratamento de dados dos questionários aplicados aos

professores e à secretária de Educação, podemos apresentar uma análise consistente da

realidade investigada, municiada de dados estatísticos e referencial teórico que

permitem traçar um retrato do caso em estudo, salientando a importância dos dados

coletados, demonstrando as principais causas da evasão escolar, os atrativos oferecidos

pela escola, a opinião de professores e da secretária municipal de educação, as

dificuldades e falta de planejamento da gestão pública em lidar com o problema e

principalmente a subutilização dos recursos da informática no combate a evasão

escolar, na aplicabilidade desses recursos nos conteúdos curriculares e na ludicidade

desses conteúdos, tão necessária para o despertar do interesse dos alunos pela escola.

Tabela 01 – Utilização dos Computadores da Escola

UTILIZAÇÃO DOS COMPUTADORES DA ESCOLA

ALTERNATIVAS PROFESSORES SECRETÁRIA TOTAL:

Alunos 5 1 6

Professores 5 1 6

Funcionários 5 1 6

OBS. A questão permitia marcar mais de uma alternativa

Fonte: Pesquisa de Campo (2011)

A escola investigada é munida de um laboratório de informática. Segundo

informações fornecidas pelos professores, os computadores do laboratório podem ser

utilizados por professores, alunos e funcionários, informação ratificada também pela

secretária de educação. A questão respondida dava a possibilidade de múltiplas

escolhas, assim, todos os entrevistados marcaram as três alternativas disponíveis.

As informações da Tabela 1 remetem aos conceitos já abordados na

fundamentação teórica, demonstrando que a tecnologia da informação já está

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disponível nas escolas e o acesso muitas vezes é livre para funcionários, professores e

alunos, contudo para finalidades meramente recreativas, de pesquisa e instrução básica

de informática.

Tabela 02 – Utilização dos Computadores no Dia a Dia dos Alunos

Nas respostas ao segundo quesito do questionário, os seis entrevistados

(professores e a secretária) ressaltam que as aulas de informática são basicamente

voltadas à edição de textos, elaboração de planilhas, técnicas de digitação e instruções

de pesquisas na internet, respostas correspondentes à primeira e segunda alternativas,

já que a questão também permitia a possibilidade de escolha de mais de uma opção, e

os entrevistados fizeram uso deste recurso para ampliarem suas respostas. A secretária

de educação também apontou a terceira e quarta alternativas como as correspondentes

à utilização dos computadores no dia a dia dos alunos, destacando que o laboratório

também é utilizado para exibição de vídeos, jogos, atividades recreativas e em

atividades complementares, inclusive na revisão e aperfeiçoamento dos assuntos

curriculares ministrados em sala de aula.

Os dados coletados neste quesito comprovam o conteúdo abordado no tópico

2.3 da fundamentação teórica que trata da inclusão digital, demonstrando que faltam

políticas que atuem nas concepções pedagógicas e nas metodologias que ampliem a

utilização dos recursos tecnológicos em uma ótica transdisciplinar, contextualizada aos

UTILIZAÇÃO DOS COMPUTADORES NO DIA A DIA DOS ALUNOS

ALTERNATIVAS PROFESSORES SECRETÁRIA TOTAL:

Para pesquisas escolares e edição

de textos;

5 1 6

Para aulas de informática

tradicionais Para jogos e atividades

recreativas;

3 1 4

Para aulas complementares,

laboratório, exibição de vídeos e

outros assuntos relacionados ao

complemento e aperfeiçoamento

dos assuntos curriculares

ministrados em sala de aula.

0 1 1

Para pesquisas escolares e edição

de textos;

0 1 1

OBS. A questão permitia marcar mais de uma alternativa

Fonte: Pesquisa de Campo (2011)

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conteúdos curriculares, ao mundo contemporâneo e principalmente voltada à efetiva

inclusão digital.

Tabela 03 – Relação dos Alunos com os Computadores

RELAÇÃO DOS ALUNOS COM OS COMPUTADORES

ALTERNATIVAS PROFESSORES SECRETÁRIA TOTAL:

Eles são monitorados por adultos

no momento da utilização dos

computadores para evitar que os

computadores sejam danificados;

4 0 4

Professores e/ou monitores

ajudam os alunos para que eles

aprendam a usar os computares de

forma orientada para os estudos;

4 1 5

Os alunos são impedidos de usar

os computadores, pois as

máquinas só são utilizadas por

professores e funcionários da

escola;

0 0 0

Os alunos utilizam os

computadores para pesquisas,

entretenimento e aulas de

informática sem qualquer

monitoramento de professores

e/ou funcionários.

0 0 0

OBS. A questão permitia marcar mais de uma alternativa

Fonte: Pesquisa de Campo (2011)

No quesito três, os professores responderam que os alunos são monitorados por

adultos no momento a utilização dos computadores para evitar que as máquinas sejam

danificadas e que os professores e monitores também ajudam os alunos na

aprendizagem, de forma orientada, no momento da utilização dos computadores. A

secretária de educação optou pela segunda alternativa e ainda informou que as aulas de

informática são ministradas por um instrutor contratado pela prefeitura, que ministra

cursos básicos de informática para professores, alunos e funcionários. Este quesito

também permitia que os entrevistados marcassem mais de uma alternativa.

Os dados coletados nesta tabela enfatizam as concepções de Pretto (1996, p.

112) de que “a educação continua como está, só que com novos e avançados recursos

tecnológicos”. A presença no laboratório de informática de um instrutor de

informática ao invés de um professor demonstra que o computador e seus

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componentes são utilizados para fins meramente técnicos, recreativos e de pesquisa,

sem a ênfase nas disciplinas, nos conteúdos abordados em sala de aula, sem a

dinamização do processo de ensino aprendizagem.

Tabela 04 – Desenvolvimento das Atividades Ministradas com Ajuda do Computador

DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES

MINISTRADAS COM AJUDA DO COMPUTADOR

ALTERNATIVAS PROFESSORES SECRETÁRIA TOTAL:

De forma planejada, quando

professores, técnicos e a equipe

pedagógica elaboram atividades

educativas voltadas aos conteúdos

trabalhados em sala de aula;

0 0 0

São utilizados apenas jogos

educativos e incentivo à pesquisa

escolar em sites de busca;

5 1 6

As atividades são relacionadas

apenas a utilização do computador

como cuidados básicos, edição de

textos, pintura, desenho e

planilhas;

0 0 0

As atividades não são planejadas

e os computadores são utilizados

pelos alunos de forma aleatória.

0 0 0

OBS. A questão permitia APENAS uma alternativa

Fonte: Pesquisa de Campo (2011)

A partir do quesito quatro, as questões permitem a escolha de apenas uma

alternativa, requerendo dos entrevistados mais objetividade nas respostas. Os

entrevistados, de forma unânime, ressaltam que as atividades ministradas com ajuda

do computador são desenvolvidas apenas no sentido de se utilizar o computador para

pesquisa escolar em sites de busca e jogos educativos.

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Tabela 05 – As Atividades no Laboratório de Informática e o Desenvolvimento do

Aluno

AS ATIVIDADES NO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

E O DESENVOLVIMENTO DO ALUNO

ALTERNATIVAS PROFESSORES SECRETÁRIA TOTAL:

Não vejo qualquer contribuição

dessas atividades na sala de aula;

0 0 0

Ajudam pouco, pois as atividades

utilizando a informática pouco têm

a ver com os conteúdos

curriculares aplicados na sala de

aula;

2 0 2

As atividades informatizadas são

muito importantes, pois

complementam de forma lúdica os

conteúdos curriculares;

2 0 2

Existe um intercâmbio de

conhecimento, pois estas

atividades são trabalhadas de

forma planejada para ajudar os

alunos nos conteúdos curriculares

aplicados em sala de aula.

1 1 2

OBS. A questão permitia APENAS uma alternativa

Fonte: Pesquisa de Campo (2011)

Na questão cinco, os dados levantados, baseados nas respostas de professores e

da secretária, são bastante dispersos, quando a secretária e um dos professores

entrevistados afirmam que existe um intercâmbio de conhecimento para um trabalho

planejado como forma de ajudar os alunos nos conteúdos curriculares. Na mesma

linha de pensamento, dois professores respondem que as atividades informatizadas são

muito importantes, complementam, de forma lúdica, os conteúdos curriculares.

Complementado a tabela, dois professores afirmam que as atividades informatizadas

pouco ajudam, pois o conteúdo aplicado não tem relação com os conteúdos

curriculares aplicados em sala de aula.

A falta de planejamento e de uma visão voltada à utilização os recursos

informatizados de forma pedagógica causam dispersão e contradições nas opiniões dos

professores, divergindo sobre as formas, a importância e a relevância de desses

recursos na ludicidade e na aplicabilidade interdisciplinar nos componentes

curriculares, contudo, todos reconhecem que de alguma forma a informática contribui

para o processo de ensino aprendizagem.

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Tabela 06 – Reação dos Alunos Diante das Aulas no Laboratório de Informática

REAÇÃO DOS ALUNOS DIANTE DAS AULAS NO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

ALTERNATIVAS PROFESSORES SECRETÁRIA TOTAL:

Contam as horas para começar as

aulas com computadores;

2 0 2

Já „enjoaram‟ essas aulas e

reclamam da mesmice das

atividades;

1 0 1

Eles consideram as aulas com

computadores a principal razão de

permanecerem na escola;

0 0 0

Querem que todas as aulas sejam

iguais as aulas com

computadores: dinâmicas,

interessantes e lúdicas.

2 1 3

OBS. A questão permitia APENAS uma alternativa

Fonte: Pesquisa de Campo (2011)

Questionados sobre a reação dos alunos diante das aulas no laboratório ou sala

de informática, cinco dos entrevistados se distribuem na primeira e quarta alternativa,

que enfatizam a aceitação dos alunos por este tipo de aula. Dois professores destacam

na primeira alternativa que os alunos contam as horas para começar as aulas nos

computadores. Outros dois professores optam por marcar a quarta alternativa,

destacando que os alunos querem que todas as aulas sejam iguais às aulas com

computadores: dinâmicas, interessantes e lúdicas, opção também escolhida pela

secretária de educação. Apenas um dos professores entrevistados optou pela

alternativa dois, afirmando que os alunos já „enjoaram‟ este tipo de aula e reclamam da

mesmice das atividades.

Tabela 07 – Capacitação dos Professores para o Trabalho de Conteúdos

CAPACITAÇÃO DOS PROFESSORES PARA O TRABALHO DE CONTEÚDOS

ALTERNATIVAS PROFESSORES SECRETÁRIA TOTAL:

Sim 2 1 3

Não 3 0 3

OBS. A questão permitia APENAS uma alternativa

Fonte: Pesquisa de Campo (2011)

Na questão sete, a pergunta permitia uma resposta escolhida entre as

alternativas „SIM‟ ou „NÃO‟. Neste quesito, os entrevistados se dividiram diante do

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questionamento sobre a capacitação dos professores para trabalhar conteúdos

utilizando computadores. Metade dos entrevistados respondeu SIM e outra metade

respondeu NÃO, destacando que a secretária de educação afirma haver capacitação do

corpo docente através do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo).

Alguns professores informaram que a capacitação é meramente técnica, sem uma

orientação para a utilização pedagógica da informática.

Tabela 08 – Relação da Informática com o Combate à Evasão Escolar

RELAÇÃO DA INFORMÁTICA COM O COMBATE À EVASÃO ESCOLAR

ALTERNATIVAS PROFESSORES SECRETÁRIA TOTAL:

A utilização dos computadores

pelos alunos mudou

consideravelmente as Estatísticas

da evasão escola, causando

interesse nos alunos pela a escola

e pelos estudos

0 0 0

O uso da informática nas escolas

não tem qualquer relação com a

evasão, pois nada mudou com a

implantação dos computadores

na escola

0 0 0

Os alunos se mantêm na escola

mais pelo fato da distribuição da

merenda escolar que pelo uso dos

computadores

0 0 0

A informática nas escolas é mais

um incentivo para o aluno

permanecer em sala de aula, pois

além de combater a evasão, atrai

mais alunos e ajuda no

desenvolvimento geral dos

estudos

5 1 6

OBS. A questão permitia APENAS uma alternativa

Fonte: Pesquisa de Campo (2011)

A pesquisa apontou que existe um consenso de que a informática é um

importante instrumento no combate à evasão escolar. Na questão oito, houve a

unanimidade na escolha da quarta alternativa, que confirma que a informática nas

escolas é mais um incentivo para o aluno permanecer em sala de aula, pois além de

combater a evasão escolar, atrai mais alunos e ajuda no desenvolvimento geral dos

estudos.

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Tabela 09 – Existência de Políticas Públicas no Incentivo à Utilização da Informática

EXISTÊNCIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS NO

INCENTIVO Á UTILIZAÇÃO DA INFORMÁTICA

ALTERNATIVAS PROFESSORES SECRETÁRIA TOTAL:

Sim 2 1 3

Não 3 0 3

OBS. A questão permitia APENAS uma alternativa

Fonte: Pesquisa de Campo (2011)

O quesito nove fez uma junção de perguntas de escolha entre duas opções e

uma questão aberta relacionada com a opção marcada, que poderia variar entre o SIM

e o NÃO. Perguntados da existência de políticas públicas para incentivar a utilização

da informática como ferramenta pedagógica de inclusão, combate à evasão e

desenvolvimento intelectual do aluno, mais uma vez ocorreu a divergência entre os

entrevistados, quando cinquenta por cento (50%), respondeu SIM e a outra metade do

número de entrevistados optou pelo NÃO. Nas justificativas das respostas, os

entrevistados apontaram o Proinfo como principal política pública de incentivo à

utilização da informática como ferramenta pedagógica, contudo ressaltaram que o

programa não atende às necessidades didáticas relacionadas aos conteúdos

curriculares, por capacitar os professores apenas para as práticas mais técnicas do

computador.

Alguns professores responderam que não existe qualquer política pública

voltada para esta demanda, resposta contestada pela secretária de educação, que afirma

existirem vários incentivos para a utilização da informatização como ferramenta

pedagógica, desde a distribuição de laboratórios de informática pelo MEC, a

computadores portáteis para alunos e professores através do Projeto „Um Computador

Por Aluno‟ (UCA), e que alguns destes projetos já estão disponíveis no município.

A décima e décima primeira questão são abertas, onde os entrevistados são

instigados a propor uma forma de utilizar as aulas nos laboratórios de informática para

ajudar nos conteúdos aplicados na sala de aula tradicional, e na última questão, os

entrevistados são questionados quanto a preparação docente para a utilização dos

recursos da Tecnologia da Informação e Comunicação.

Nas propostas de utilização do laboratório de informática, foram apresentadas

estratégias como a utilização de softwares educativos, planejamento de atividades

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interdisciplinares e a criação da disciplina de Informática na grade curricular,

destacando sempre a forma lúdica que a tecnologia pode atuar nos conteúdos.

No último questionamento, a maioria dos entrevistados se declarou preparada

para utilizar a informática e os meios de comunicação em sala de aula. Alguns

relataram que mesmo tendo recebido capacitação do Proinfo, não se sentem aptos ao

trabalho pedagógico com a utilização dos recursos da Tecnologia da Informação e

Comunicação aplicados aos conteúdos curriculares.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo sobre a utilização da tecnologia em sala de aula como mecanismo

de inclusão digital, ludicidade dos conteúdos e estratégias governamentais na política

de contenção da evasão escolar dá ênfase a questões conjunturais, relacionadas com o

nível de aproveitamento dos investimentos governamentais em recursos tecnológicos

voltados à área pedagógica. Por sua vez, a utilização destas ferramentas informatizadas

necessita da intervenção do governo, no sentido de direcioná-las, de forma sistemática,

à capacitação dos professores, à dinâmica pedagógica e às políticas de inclusão e

contenção da evasão escolar. O governo, principalmente através de seus investimentos

nesse setor essencial à estruturação social, é um elemento fundamental para esta nova

concepção, mas deve também se munir de estratégias pedagógicas para obter sucesso

nesta empreitada.

A questão é ampla e também é bastante complexa e importante, pois acarreta

discussões sobre a finalidade do computador na escola, reavaliando os objetivos e

estratégias dessa política, ampliando sua atuação e resultados num contexto mais

diversificado, abrangendo outras áreas da administração pública pelas múltiplas

possibilidades de utilização que a tecnologia pode oferecer.

Um imenso investimento tem sido disponibilizado na aquisição de

computadores, mobiliário e equipamentos para prover internet e edificação de

laboratórios de informática, sem, contudo, definir estratégias de utilização deste

„arsenal‟, subutilizando estes recursos e desperdiçando verbas, já que nas escolas

públicas acumulam-se laboratórios de informática sem qualquer ligação com o

contexto pedagógico ou encantamento do alunado por essa tecnologia ou pela própria

escola.

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A escola analisada apresentou uma realidade recorrente no setor público de

ensino, demonstrando que os recursos destinados a muitas políticas públicas são

suficientes, o que está em falta são direcionamentos, parâmetros, planejamento e a

efetiva destinação destas verbas aos seus objetivos, de forma monitorada, avaliada e

contextualizada às demandas que originam os projetos.

O estudo mostrou que os investimentos existem, e no caso enfocado falta

convergência entre o setor pedagógico e o setor político, voltando à comunidade

escolar e o governo a objetivos comuns: combater a evasão e tornar a escola mais

lúdica com a utilização das ferramentas tecnológicas.

Minicurrículo

Jorge Galdino de Almeida

Graduado em Letras pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Pós

Graduando em Gestão Pública Municipal pela Universidade Federal da Paraíba

(UFPB), Estudante de Pedagogia na UFPB e do Curso Técnico em Administração

na Escola Técnica do Brasil (Etebrax).

Atualmente atua como Chefe de Gabinete da Prefeitura de Sapé-PB, Agente

de Desenvolvimento do Município e responsável pela Comunicação Institucional da

Prefeitura. Na iniciativa privada é diretor do Instituto de Ensino de Sapé (IES). No

setor sindical, foi presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de

Sapé e vice-presidente da Federação dos Servidores Públicos Municipais do Estado

da Paraíba (FESPM-PB). Sócio Fundador da Ong – Memorial das Ligas

Camponesas, onde atualmente exerce a função de assessor de comunicação.

E-mails: [email protected] / [email protected]

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Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, Seed, 2000.

DEMO, Pedro. Formação permanente e tecnologias. Petrópolis: Vozes, 2006, p. 09-

31.

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educação do Terceiro Milênio: In Anais do II Congresso Internacional de Educação de

Santa Catarina. Florianópolis,SC. SED, 1998.

GONÇALVES, Marcos Flávio R. Manual do Prefeito. 12.Ed. revista, aum. e atual.

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MARTINS, Claudia; FILHO, Eloy João Losso; STAHELIN , Josemar. As demandas

sócio-educacionais para o Proeja na Região Metropolitana de Florianópolis e a

oferta no Cefet-SC. Disponível em: <http://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/4/40/

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_JOSEMAR_STAHBBELIN.pdf> Acesso em: 12 nov. 2008.

MEC – MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Salto para o futuro - TV e Informática na

Educação/Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação e

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PRETTO, Nelson De Luca. Uma escola sem/com futuro. Coleção magistério:

formação e trabalho pedagógico Campinas: PAPIRUS, 1996.

SILVEIRA, S. A. Exclusão Digital – A miséria na era da informação: Fundação

Perseu Abramo, São Paulo, 2001.

YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. Ed. Porto Alegre:

Brookman, 2001.

WIKIPÉDIA – A enciclopédia livre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.

org/wiki/Sap%C3%A9 >. Acesso em: 03 nov. 2008.

ZANELLA, Liane Carly Hermes. Metodologia do estudo e de pesquisa em

administração – Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC;

[Brasília]: CAPES: UAB, 2009.

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APÊNDICE A - Questionário

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA - GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL

___________________________________________________________________

PESQUISA SOBRE A UTILIZAÇÃO DA

INFORMÁTICA NO CONTEÚDO CURRICULAR

Caro(a) Professor(a),

Estamos realizando uma pesquisa para avaliarmos de que forma a informática é

utilizada na área pedagógica nas escolas públicas e privadas. Sua colaboração nesta

pesquisa é muito importante na indicação de parâmetros para políticas públicas

relacionadas à utilização da informática na dinamização, ludicidade e complementação

dos conteúdos curriculares ministrados em sala de aula.

Agradecemos sua colaboração neste importante diagnóstico da realidade de

nossas escolas.

1 – Quem utiliza os computadores da sua escola? (pode marcar mais de uma

alternativa).

( ) Alunos;

( ) Professores;

( ) Funcionários.

2 – De que forma esses computadores são utilizados no dia a dia dos alunos e

professores? (pode marcar mais de uma alternativa).

( ) Para pesquisas escolares e edição de textos;

( ) Para aulas de informática tradicionais (digitação, edição de textos, planilhas

eletrônicas, etc.);

( ) Para jogos e atividades recreativas;

( ) Para aulas complementares, laboratório, exibição de vídeos e outros assuntos

relacionados ao complemento e aperfeiçoamento dos assuntos curriculares ministrados

em sala de aula.

3 – Como é a relação dos alunos com os computadores? (pode marcar mais de uma

alternativa).

( ) Eles são monitorados por adultos no momento da utilização dos computadores

para evitar que os computadores sejam danificados;

( ) Professores e/ou monitores ajudam os alunos para que eles aprendam a usar os

computares de forma orientada para os estudos;

( ) Os alunos são impedidos de usar os computadores, pois as máquinas só são

utilizadas por professores e funcionários da escola;

( ) Os alunos utilizam os computadores para pesquisas, entretenimento e aulas de

informática sem qualquer monitoramento de professores e/ou funcionários.

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4 – Como são desenvolvidas as atividades que são ministradas com a ajuda do

computador?

( ) De forma planejada, quando professores, técnicos e a equipe pedagógica elaboram

atividades educativas voltadas aos conteúdos trabalhados em sala de aula;

( ) São utilizados apenas jogos educativos e incentivo à pesquisa escolar em sites de

busca;

( ) As atividades são relacionadas apenas a utilização do computador como cuidados

básicos, edição de textos, pintura, desenho e planilhas;

( ) As atividades não são planejadas e os computadores são utilizados pelos alunos de

forma aleatória.

5 – Em sua opinião, de que forma as atividades ministradas no laboratório ou sala de

informática ajudam no desenvolvimento do aluno em sala de aula?

( ) Não vejo qualquer contribuição dessas atividades na sala de aula;

( ) Ajudam pouco, pois as atividades utilizando a informática pouco têm a ver com os

conteúdos curriculares aplicados na sala de aula;

( ) As atividades informatizadas são muito importantes, pois complementam de forma

lúdica os conteúdos curriculares;

( ) Existe um intercâmbio de conhecimento, pois estas atividades são trabalhadas de

forma planejada para ajudar os alunos nos conteúdos curriculares aplicados em sala de

aula.

6 – Qual a reação dos alunos diante das aulas no laboratório ou sala de informática.

( ) Contam as horas para começar as aulas com computadores;

( ) Já „enjoaram‟ essas aulas e reclamam da mesmice das atividades;

( ) Eles consideram as aulas com computadores a principal razão de permanecerem

na escola;

( ) Querem que todas as aulas sejam iguais as aulas com computadores: dinâmicas,

interessantes e lúdicas.

7 – Os professores são capacitados para trabalhar conteúdos utilizando computadores?

( ) Sim ( ) Não

8 – De que forma você avalia a relação do uso da informática nas escolas e o combate

à evasão escolar?

( ) A utilização dos computadores pelos alunos mudou consideravelmente as

Estatísticas da evasão escola, causando interesse nos alunos pela a escola e pelos

estudos;

( ) O uso da informática nas escolas não tem qualquer relação com a evasão, pois

nada mudou com a implantação dos computadores na escola;

( ) Os alunos se mantêm na escola mais pelo fato da distribuição da merenda escolar

que pelo uso dos computadores;

( ) A informática nas escolas é mais um incentivo para o aluno permanecer em sala

de aula, pois além de combater a evasão, atrai mais alunos e ajuda no desenvolvimento

geral dos estudos;

9 – Existem políticas públicas para incentivar a utilização da informática como

ferramenta pedagógica de inclusão, combate à evasão e desenvolvimento intelectual

do aluno? Comente sua resposta.

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( ) Sim ( ) Não

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

10 – Proponha uma forma de utilizar as aulas nos laboratórios ou sala de informática

para ajudar nos conteúdos que você aplica na sala de aula tradicional.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

11 – Como professor(a), como você se vê diante da utilização de recursos da TIC –

Tecnologia da Informação e Comunicação? Você está preparado para utilizar a

informática e os meios de comunicação em sala de aula?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Nome Completo:

___________________________________________________________________

Professor(a) ( )

Orientador(a) ( )

Coordenador(a) ( )

Supervisor(a) ( )

Outro: _______________________________________

Repartição ou Instituição de Ensino:

___________________________________________________________________

Rede de Ensino: ( ) Pública ( ) Privada

Série(s)/Ano(s) que leciona:

___________________________________________________________________

Disciplina(s) que leciona:

___________________________________________________________________

___________________________________________________

ASSINATURA