contabilidade governamental x contabilidade
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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO
.
Mrcia Bittencourt da Costa
CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL X CONTABILIDADE NACIONAL:
A mensurao do investimento pblico no Brasil
Braslia
2008
Mrcia Bittencourt da Costa
CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL X CONTABILIDADE NACIONAL:
A mensurao do investimento pblico no Brasil
Monografia apresentada para aprovao no
curso de Especializao em Oramento
Pblico, realizado em parceria pelo Instituto
Serzedello Corra do Tribunal de Contas da
Unio, o Centro de Formao, Treinamento e
Aperfeioamento da Cmara dos Deputados e
a Universidade do Legislativo Brasileiro, do
Senado Federal.
Orientador: Francisco Glauber Lima Mota
Braslia
2008
Autorizao
Autorizo a divulgao do texto completo no stio do Tribunal de Contas da Unio,
da Cmara dos Deputados e do Senado Federal, bem como a reproduo total
ou parcial, exclusivamente, para fins acadmicos e cientficos.
Assinatura: ___________________________
Data: 31/03/2009
Costa, Mrcia Bittencourt da
Contabilidade Governamental x Contabilidade Nacional: a mensurao do investimento pblico no Brasil / Mrcia Bittencourt da Costa. Braslia: 2008. 141 f.
Monografia Curso de Especializao em Oramento Pblico Tribunal de Contas da Unio Cmara dos Deputados Senado
Federal, 2008.
1. (Contabilidade). 2. (Investimento). I. Contabilidade Governamental x Contabilidade Nacional: a mensurao do investimento pblico no Brasil.
Contabilidade Governamental x Contabilidade Nacional: a mensurao do investimento pblico no Brasil
Monografia Curso de Especializao em Oramento Pblico Tribunal de Contas da Unio, Cmara dos Deputados, Senado Federal 2 Semestre de 2008. Aluna: Mrcia Bittencourt da Costa Banca Examinadora:
Francisco Glauber Lima Mota (orientador)
Nilson Rodrigues de Assis (examinador)
Braslia, 12 de janeiro de 2009.
DEDICATRIA
Dedico este trabalho a meus pais, Lus da Costa e Magnlia Valentina Bittencourt da
Costa, que, com seu exemplo e abnegao, inspiraram-me o gosto pelo estudo e ensinaram-
me a valorizar cada oportunidade de crescimento pessoal.
AGRADECIMENTOS
Agradeo a Deus, a Fora Maior que nos guia e estimula a seguir adiante.
A meus pais, Lus e Magnlia, a quem devo todas as conquistas.
Ao Professor Francisco Glauber, pelo paciente e percuciente trabalho de orientao,
bem como aos demais professores e colegas de curso, pelo convvio e aprendizado
proporcionados.
Por fim, agradeo especialmente a meu irmo e cunhada, Lus e Eva, pela
compreenso e apoio incondicionais.
Sem vocs, nada disto seria possvel.
Resumo
Quando dos primeiros esforos para produo de informaes sistemticas e
padronizadas sobre o funcionamento das economias, a iniciativa de buscar na Contabilidade
os dados necessrios alimentao de um novo sistema de contas nacionais objetivou o
aproveitamento de premissas contbeis relevantes ao desenvolvimento do novo sistema em
especial a estruturao em contas e o uso de partidas dobradas. Tal fato, contudo, implicou
dificuldades conceituais, na medida em que o foco da Contabilidade concentra-se no
patrimnio da entidade contbil, enquanto que o foco da Economia concentra-se no capital
dos agentes econmicos.
Atualmente, no Brasil, tomando por base os sistemas de Contabilidade Governamental
(SIAFI/STN) e o de Contas Nacionais (IBGE) , constata-se que os montantes de
investimento bruto da Unio gerados pela Contabilidade Pblica brasileira mostram-se
bastante superiores aos apurados nas Contas Nacionais para os mesmos perodos, gerando
incerteza dos usurios acerca de quais dados melhor retratariam o ambiente econmico, ou
quais atenderiam a sua necessidade de informao.
Tal fato conduz indagao: seria a metodologia de apurao do investimento,
adotada pela Contabilidade Governamental brasileira, consistente com a Contabilidade
Nacional, ou, em ltima anlise, com a teoria econmica?
O presente estudo demonstra que no, e as divergncias, detalhadas ao longo do
presente estudo, so de naturezas diversas: diferentes premissas da Contabilidade Nacional e
da Contabilidade Pblica, impropriedades na classificao econmica (por natureza) do
oramento, lacunas na Contabilidade Pblica brasileira e at mesmo a forma de apresentao
das estatsticas de investimento pblico haja vista o interesse do Executivo em divulgar um
maior volume de investimentos pblicos.
Com base nessas constataes, so apresentadas propostas, que poderiam ser
observadas quando da adaptao do GFS realidade brasileira.
Palavras-chave: Investimento pblico; Contabilidade Pblica; Economia; Macroeconomia;
Contabilidade Nacional; Contabilidade Social.
SUMRIO
Pg. INTRODUO.................................................................................................................................... 11 2. CONTABILIDADE NACIONAL ............................................................................................ 16 2.1. Conceitos e objetivos .................................................................................................................. 16 2.2. Origens........................................................................................................................................ 16 2.2.1. Ragnar Frisch.............................................................................................................................. 17 2.2.2. Simon Smith Kuznets................................................................................................................. 18 2.2.3. John Maynard Keynes................................................................................................................ 19 2.2.4. Wassily Leontief ....................................................................................................................... 24 2. 3. Padronizao dos Sistemas de Contas ....................................................................................... 28 2.4. A Moderna Contabilidade Nacional .......................................................................................... 37 2.5. Contas nacionais no Brasil ........................................................................................................ 38 2.5.1. Histrico ..................................................................................................................................... 38 2.5.2. Evoluo dos sistemas de contas nacionais do Brasil ................................................................ 41 3. O INVESTIMENTO ............................................................................................................... 52 3.1. Conceito econmico ................................................................................................................... 52 3.2. Conceito contbil 54 4. CONTABILIDADE PBLICA (OU CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL)............ 56 4.1. Origens e Evoluo ................................................................................................................... 56 4.1.1. No mundo ................................................................................................................................... 56 4.1.2. No Brasil ................................................................................................................................... 57 4.2 . Peculiaridades da Contabilidade Governamental brasileira ....................................................... 61 4.3. Classificaes oramentrias ..................................................................................................... 64 4.3.1. Classificao econmica do oramento ..................................................................................... 66 4.3.2. A classificao econmica no Brasil .......................................................................................... 70 4.3.2.1. Receita ........................................................................................................................................ 72 4.3.2.2. Despesa ...................................................................................................................................... 76 5. O PROBLEMA: DIFERENTES FORMAS DE MENSURAO DO INVESTIMENTO PBLICO NO BRASIL ........................................................................................................................ 86 5.1. O conceito e a composio do item Investimento .................................................................. 88 5.1.1. Nas Contas Nacionais ................................................................................................................ 88 5.1.1.1. Formao Bruta de Capital Fixo (FBCF) ................................................................................ 88 5.1.1.2. Variaes de Estoques ................................................................................................................ 98 5.1.2. Na Contabilidade Governamental ............................................................................................. 98 5.1.2.1. Investimento x Despesas de Capital ......................................................................................... 91 5.1.2.2. Vida til do material/equipamento ..........................................