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DIREITO CONSTITUCIONAL – MATÉRIA: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE Embora o STF esteja vinculado ao pedido, essa vinculação não se impõe como regra em relação aos seus fundamentos ou à causa de pedir, o que significa dizer que a Corte é livre para declarar a inconstitucionalidade da norma não apenas pelos motivos indicados pelo impetrante da ação, mas também poderá fazê-lo com base em qualquer outro fundamento que seus membros reputarem existente. Concluí-se, dessa forma, que a causa de pedir aberta permite que o Supremo Tribunal Federal declare a inconstitucionalidade de um artigo ou de uma lei com base em dispositivo constitucional diferente do apontado pelo autor como ensejador da incompatibilidade com a Constituição Federal Entretanto, cabe ressaltar que o autor não está dispensado de apontar o fundamento jurídico do pedido em face da causa de pedir aberta, de forma que não se dispensa a motivação do pedido, que sempre deverá estar presente. Na petição inicial da Ação Direta de Inconstitucionalidade, não basta a simples formulação do pedido ou a alegação genérica de inconstitucionalidade. A admissão da inicial pressupõe fundamentação concernente aos motivos pelos quais se pretende a procedência do pedido formulado; Apesar de exigir-se que a petição inicial da ação direta de inconstitucionalidade indique pontualmente os fundamentos do pedido (causa petendi), sob pena de ser declarada inepta, o Supremo Tribunal Federal não tem sua atividade cognitiva limitada aos argumentos invocados pelo legitimado ativo. É dizer, ainda que a petição inicial apresente fundamento constitucional irrelevante ou até mesmo equivocado, a Corte não estará impossibilitada de examinar a inconstitucionalidade arguida com base em outros fundamentos. Diz-se, portanto, que a causa petendi é aberta; Sob o prisma do princípio da causa de pedir aberta, nos processos de controle de constitucionalidade de natureza objetiva, não caberá a reapreciação da constitucionalidade ou inconstitucionalidade da mesma lei, ainda que outro legitimado ativo, ou o próprio Supremo Tribunal Federal, apresente abordagem inovadora a respeito da matéria. Em outras palavras, pode-se dizer que, o efeito vinculante das decisões proferidas em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade ou Declaratória de Constitucionalidade alcança a todos, inclusive, a própria Corte;

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Page 1: Controle de Constitucionalidade

DIREITO CONSTITUCIONAL – MATÉRIA: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

Embora o STF esteja vinculado ao pedido, essa vinculação não se impõe como regra em relação aos seus fundamentos ou à causa de pedir, o que significa dizer que a Corte é livre para declarar a inconstitucionalidade da norma não apenas pelos motivos indicados pelo impetrante da ação, mas também poderá fazê-lo com base em qualquer outro fundamento que seus membros reputarem existente.

Concluí-se, dessa forma, que a causa de pedir aberta permite que o Supremo Tribunal Federal declare a inconstitucionalidade de um artigo ou de uma lei com base em dispositivo constitucional diferente do apontado pelo autor como ensejador da incompatibilidade com a Constituição Federal

Entretanto, cabe ressaltar que o autor não está dispensado de apontar o fundamento jurídico do pedido em face da causa de pedir aberta, de forma que não se dispensa a motivação do pedido, que sempre deverá estar presente.

Na petição inicial da Ação Direta de Inconstitucionalidade, não basta a simples formulação do pedido ou a alegação genérica de inconstitucionalidade. A admissão da inicial pressupõe fundamentação concernente aos motivos pelos quais se pretende a procedência do pedido formulado;

Apesar de exigir-se que a petição inicial da ação direta de inconstitucionalidade indique pontualmente os fundamentos do pedido (causa petendi), sob pena de ser declarada inepta, o Supremo Tribunal Federal não tem sua atividade cognitiva limitada aos argumentos invocados pelo legitimado ativo. É dizer, ainda que a petição inicial apresente fundamento constitucional irrelevante ou até mesmo equivocado, a Corte não estará impossibilitada de examinar a inconstitucionalidade arguida com base em outros fundamentos. Diz-se, portanto, que a causa petendi é aberta;

Sob o prisma do princípio da causa de pedir aberta, nos processos de controle de constitucionalidade de natureza objetiva, não caberá a reapreciação da constitucionalidade ou inconstitucionalidade da mesma lei, ainda que outro legitimado ativo, ou o próprio Supremo Tribunal Federal, apresente abordagem inovadora a respeito da matéria. Em outras palavras, pode-se dizer que, o efeito vinculante das decisões proferidas em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade ou Declaratória de Constitucionalidade alcança a todos, inclusive, a própria Corte;

Com o conhecimento das ADI 2.777/SP e 1.926/PE, instaurou-se uma crise no Supremo Tribunal Federal quanto à extensão e profundidade da causa petendi nas ações e controle abstrato da constitucionalidade.Diante do exposto, e considerando-se a relevância do Controle Concentrado de Constitucionalidade para o ordenamento jurídico, urge que o Supremo Tribunal Federal pacifique o seu entendimento a respeito da possibilidade, ou não, de se reapreciar, em sede de ADI ou ADC, matéria já julgada pela Corte Constitucional. Em outras palavras, é necessário que se esclareça se o efeito vinculante dessas ações estendem-se, ou não, ao Supremo Tribunal Federal. Em caso afirmativo, corroborar-se-á o princípio da abertura da causa de pedir. Por outro lado, na hipótese de a Corte decidir pela sua não-submissão ao aludido efeito vinculante, estar-se-á colocando um fim à causa petendi aberta.

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O STF, NO CONTROLE ABSTRATO DE CONSTITUCIONALIDADE, NÃO ESTÁ ADSTRITO AO PEDIDO FORMULADO NA INICIAL, PODENDO, INCLUSIVE, FAZER UMA INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO, A DESPEITO DE EXPRESSO REQUERIMENTO PELA DECLARAÇÃO DE INVALIDADE DA NORMA.

No controle de constitucionalidade difuso, o efeito da decisão é inter partes e o objeto de cognição da decisão não é o dispositivo normativo em si, como no controle de constitucionalidade concentrado, mas, sim, a questão prejudicial, que é necessária a análise para decidir a questão principal

CONTROLE CONCENTRADO -EFEITO VINCULANTE E ERGA OMNES - EFICÁCIA DA DECISÃO DO STF QUE SE INICIA NA DATA DA DECISÃO E NÃO DO TRÂNSITO EM JULGADO - RECURSO DESPROVIDOO STF entende que suas decisões passam a valer a partir da publicação da ata de julgamentono DJU, sendo desnecessário aguardar o trânsito em julgado da decisão, conforme ADI 711

A eficácia geral e o efeito vinculante de decisão proferida pelo STF em ação declaratória de constitucionalidade ou direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal não alcançam o Poder Legislativo, que pode editar nova lei com idêntico teor ao texto anteriormente censurado pela Corte. Perfilhando esse entendimento, e tendo em conta o disposto no § 2º do art. 102 da CF e no parágrafo único do art. 28 da Lei 9.868/99, o Plenário negou provimento a agravo regimental em reclamação na qual se alegava que a edição da Lei 14.938/2003, do Estado de Minas Gerais, que instituiu taxa de segurança pública, afrontava a decisão do STF na ADI 2424 MC/CE (acórdão pendente de publicação), em que se suspendera a eficácia de artigos da Lei 13.084/2000, do Estado do Ceará, que criara semelhante tributo. Ressaltou-se que entender de forma contrária afetaria a relação de equilíbrio entre o tribunal constitucional e o legislador, reduzindo o último a papel subordinado perante o poder incontrolável do primeiro, acarretando prejuízo do espaço democrático-representativo da legitimidade política do órgão legislativo, bem como criando mais um fator de resistência a produzir o inaceitável fenômeno da chamada fossilização da Constituição.Rcl 2617 AgR/MG, rel. Min. Cezar Peluso, 23.2.2005. (Rcl-2617)

Recentemente o STF, em seu informativo de n. 702, reafirmou tal posicionamento estabelecendo que as decisões definitivas de mérito, proferidas em ADI e ADC, produzem eficácia contra todos e efeito vinculante. Tais efeitos não vinculam, contudo, o próprio STF. Assim, se o STF decidiu, em uma ADI ou ADC, que determinada lei é CONSTITUCIONAL, a Corte poderá, mais tarde, mudar seu entendimento e decidir que esta mesma lei é INCONSTITUCIONAL por conta de mudanças no cenário jurídico, político, econômico ou social do país. Trata-se do fenômeno da inconstitucionalidade superveniente da lei . Esta mudança de entendimento do STF sobre a constitucionalidade de uma norma pode ser decidida durante o julgamento de uma reclamação constitucional.

No Brasil, o STF, quando adota a técnica de interpretação conforme a Constituição, julga procedente a ação direta de inconstitucionalidade, o que equivale a declarar inconstitucionais todas as interpretações, mesmo que não possam ser expressamente enunciadas, que não sejam aquela (ou aquelas) que a Corte afirma ser compossível com o Texto Magno.

A regra no Brasil é que o controle repressivo é feito pelo Judiciário.Exceções (o repressivo pode ser feito por outros poderes): Poder Legislativo: ex. lei delegada – a delegação ao presidente da república terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que

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especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. Se o Presidente ao solicita autorização para legislar sobre X, vem e legisla sobre X e Y. No caso de delegação típica, onde o congresso não pede para ver o projeto antes, ou seja, já nasce uma lei, tratará de controle repressivo. O Congresso irá sustar o que exorbitou da autorização. Isso é controle de constitucionalidade repressivo. Ex.2: art. 49,V – Decreto Regulamentar – editado pelo executivo para fiel execução da lei - Se o Presidente editar decreto que diz mais que poderia, isto é, afronta a lei, O Congresso Nacional pode sustar. Nesse caso ocorre controle de legalidade.Ex.3: Medida Provisória. O Presidente edita MP e esta não tem os requisitos de relevância e urgência. O CN pode entender que a MP é inconstitucional.Ex.4: Tribunal de Contas (órgão que auxilia o legislativo). Ele pode reconhecer a inconstitucionalidade no caso concreto que está a julgar. Súmula 347 do STF.

“Decreto do presidente da República que viole os limites legais pode ser objeto do controle político repressivo de constitucionalidade pelo Congresso Nacional.” Logo, o CESPE considera tal ato de sustação pelo CN como um controle político (ou seja, não jurisdicional) de constitucionalidade REPRESSIVO (ou seja, POSTERIOR, não é preventivo, porque houve violação da CF).

Sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem dos limites da delegação legislativa (leis delegadas) exerce controle repressivo de constitucionalidade. Mas, no caso de atos normativos que exorbitem do poder regulamentar (decreto regulamentar), se trata de controle de legalidade realizado pelo legislativo e não de constitucionalidade.

Decretos regulamentares, não pode ser objeto de ADI “Se o ato regulamentar vai além do conteúdo da lei, ou se afasta dos limites que esta lhe traça, pratica ilegalidade e não inconstitucionalidade, pelo que não se sujeita à jurisdição constitucional”, segundo o STF.(RE 189.550-SP, RTJ 166/611; RE 154.027-SP, RTJ 166/584; ADIN 763-SP, RTJ 145/136)

O regime constitucional brasileiro não admite o controle político de constitucionalidade

O controle incidental pode ser feito por qualquer juiz diante de um caso concreto, e não é vedado a declaração de inconstitucionalidade de ofício. Conforme entendimento doutrinário e jurisprudencial, há possibilidade de o juízo   declarar   a   inconstitucionalidade de norma, no âmbito de controle difuso, mesmo sem provocação, isso é um dos mecanismos capazes de garantir a supremacia da Constituição no sistema jurídico brasileiro.

O controle de constitucionalidade abstrato encontra-se sujeito ao denominado princípio do pedido. Isso significa que o Poder Judiciário somente pode exercer a fiscalização da validade das leis em abstrato quando provocado, não por iniciativa própria. o controle de constitucionalidade é exercido por meio de ação que, no modelo concentrado, só pode ser proposta pelos legitimados do art. 103, da CF. O Judiciário não tem autonomia para agir de ofício nesse diapasão.

Poderá ser de maioria relativa o quorum da incostitucionalidade incidental quando:(A) já houver julgamento da mesma matéria pelo respectivo tribunal ou órgão especial, logicamente por maioria absoluta via controle difuso (isso é uma exceção da reserva de plenário) (b) já houver julgamento incidental ou concentrado pelo STF de matéria igual.

O controle de constitucionalidade de norma pré-constitucional frente à constituição atual é feito por meio do controle concentrado de constitucionalidade. A Constituição de 1988 (art. 102, §1º) previu o instrumento da argüição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) que, em

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acordo ao disposto na Lei Federal de n. 9.882/99 que a regulamenta, permite que o controle recaia sobre atos normativos editados anteriormente à atual Carta Magna. Não é possível é ação direta de constitucionalidade em face de direito pré-constitucional, mas controle incidental sim.

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. POSSIBILIDADE DE CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE NA AÇÃO CIVIL PÚBLICANão há impedimento para o controle incedental, difuso, em concreto, na causa de pedir, mediante Ação Civil Pública. A vedação diz respeito às ações civis públicas que tenham como pedido a decretação de inconstitucionalidade. "Não é possível ação civil pública com objetivo do exercício de controle concentrado de constitucionalidade de leis e atos normativos do Poder Público. (...)(...) Quando o STF decreta a inconstitucionalidade da norma ele a retira do ordenamento jurídico; quando a ACP declara incidentalmente a inconstitucionalidade para atingir um objetivo concreto, apenas afasta a aplicação da norma para aquele caso, mesmo que beneficiando todo o grupo". (Hermes Zaneti Jr. e Leonardo Garcia - Coleção Leis Especiais para Concursos pag 37, 38, 3a. edição, Editora Juspodivm, 2012).

É cabível o questionamento incidental de inconstitucionalidade nos autos de uma ação civil pública, mas seus efeitos ficam restritos apenas as partes e somente naquele caso concreto; Nestes termos, o controle difuso é “incidenter tantum”, pois a inconstitucionalidade é questão incidente e prejudicial, não principal, que por isso será resolvida na fundamentação da decisão judicial, possuindo somente eficácia “inter partes”, enquanto apenas o dispositivo da sentença é que fará coisa julgada com eficácia “erga omnes”

Quando a questão afirma que o Supremo Tribunal Federal, ainda que composto por Turmas, não suscita incidente de inconstitucionalidade, quer dizer que a turma pode declarar a inconstitucionalidade sem submeter a questão ao pleno, fazendo isso, não estará ferindo a claúsula de reserva do plenário prevista no art. 97 da CF. Esse é o entendimento do STF.

Art. 7º/lei 11.417 Da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou outros meios admissíveis de impugnação. § 1o Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das vias administrativas. Súmula 734 do STF - Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.

Em tese, os atos normativos infralegais só se submetam ao controle de legalidade (não de constitucionalidade.

A lei estadual poderá ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça, tendo por parâmetro a Constituição Estadual, podendo ser interposto recurso extraordinário, contra o acórdão proferido pelo Tribunal Estadual, se presentes os pressupostos recursais.

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Para uma decisão de ADIn Estadual, onde a norma impugnada estiver indo de encontro com texto constitucional de reprodução obrigatória da Constituição Federal, é plenamente possível a utilização de Recurso Extraordinário para o STF.

O STF, ao julgar o RExtr, o fará da forma ordinariamente prevista, ou seja, uma decisão de RE não necessita da observância da maioria absoluta dos ministros para que seja declarada a inconstitucionalidade, que, por sinal, para este caso, terá eficácia erga omnes. Isso mesmo! Uma ADIn, que, em regra, precisa observar a regra da reserva de plenário, e da decisão da maioria absoluta dos membros para ser declarada a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo impugnado, para esta situação, como estará sendo julgada em Recurso Extraordinário, não necessitará de tal pressuposto, porém, mesmo assim, a decisão terá eficácia contra todos.

Na ADI por omissão não há o que se declarar nulo, a nulidade está na omissão.

O controle de constitucionalidade político preventivo é aquele manifestado pelas Comissões de Constituição e Justiça (???????confirmar isso??????)

É inconstitucional toda norma que, impondo a Defensoria Pública estadual, para prestação de serviço jurídico integral e gratuito aos necessitados, a obrigatoriedade de assinatura de convênio exclusivo com a OAB, ou com qualquer outra entidade, viola, por conseguinte, a autonomia funcional, administrativa e financeira daquele órgão público." (ADI 4.163, rel. min. Cezar Peluso, julgamento em 29-2-2012, Plenário, DJE de 1º-3-2013.)

Bloco de constitucionalidade, a grosso modo, refere-se ao conjunto de normas que tem status constitucional, ou seja, força de constituição. Dessa forma, tratados de Direitos Humanos aprovados pelo quórum de 3/5, em dois turnos, em cada casa do CN possuem status constitucional e, assim, compõem o bloco de constitucionalidade. Até hoje (30/05/2013) existe apenas um tratado que foi aprovado mediante esse procedimento e, por isso, integra o bloco de constitucionalidade: A convenção dos direitos das pessoas portadoras de deficiência e seu protocolo facultativo

Atualmente, tem se entendido que as cláusulas pétreas podem ser alteradas.A divergência doutrinária que existe diz respeito à extensão da modificação. José Afonso da Silva sustenta que uma cláusula pétrea só comporta modificações ampliativas, de modo a aumentar a proteção de determinada cláusula pétrea (posição majoritária na doutrina). Por outro lado, Gilmar Mendes defende que a CF protege, no art. 60, § 4º, o núcleo base/essencial do direito, permitindo alterações ampliativas ou restritivas, desde que não afete o núcleo base.

Questão: No controle abstrato de constitucionalidade, mediante ação direta de inconstitucionalidade, o Ministério Público (por meio do procurador geral da justiça) atua de forma vinculada, devendo formular seu parecer final pela procedência da ação, no caso de ação iniciada pelo procurador-geral da República. (Falso)Gilmar Ferreira MENDES, sobre este tema, esclarece que "Em relação ao Procurador-Geral da República, o Supremo Tribunal Federal não tem exigido que ele sustente a inconstitucionalidade da norma, afigurando-se suficiente que indique ser relevante o fundamento jurídico do requerimento que lhe foi endereçado por diferentes entidades. Assim, pode o Procurador-Geral da República ao submeter ações diretas de inconstitucionalidade, perante ao Supremo Tribunal Federal, que lhe foram requeridas por terceiros, manifestar-se no parecer definitivo pela improcedência da argüição.

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Na ação declaratória de constitucionalidade e na ação direta de inconstitucionalidade, o Procurador-Geral da República é legitimado universal. E mesmo sendo o autor da ação deverá oferecer, em virtude de expresso mandamento constitucional, parecer em todas as ações declaratórias. O Procurador-Geral da República, portanto, é o único do rol dos legitimados que além de deter legitimidade ativa ad causam deve funcionar como custos legis. Enquanto legitimado ativo, exerce função sui generis, por estar apto a receber representações de inconstitucionalidades e constitucionalidades das leis e atos normativos federais, podendo ou não apresentá-los ao Supremo Tribunal Federal. Apesar disso, em qualquer hipótese de declaração favorável ou não à constitucionalidade, deverá ele sempre proferir seu parecer, por ser membro do Ministério Público e possuir função de custos legis em sentido lato.

Considerado como certo para a CESP: O mandado de injunção é remédio jurídico apto a enfrentar a inconstitucionalidade por omissão.

Embora os Tribunais Contas não detenham competência para declarar a inconstitucionalidade das leis ou dos atos normativos em abstrato, eles podem, no caso concreto, reconhecer a desconformidade formal ou material de normas jurídicas com a CF, deixando de aplicar, ou providenciando a sustação, de atos que considerem inconstitucionais.STF Súmula nº 347 - O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder público.

Questão: "O STF possui competência para apreciar a inconstitucionalidade por omissão, legislativa ou administrativa, de órgãos federais em face da CF, mas, no que diz respeito aos órgãos estaduais, a competência para conhecer essas omissões pertence aos tribunais de justiça dos estados." ERRADO. O CORRETO SERIA: "O STF possui competência para apreciar a inconstitucionalidade por omissão, legislativa ou administrativa, de órgãos federais e estaduais em face da CF (parâmetro de controle da ADI por omissão)."Quando o parâmetro for a Constituição Federal para apreciar a inconstitucionalidade por omissão = A COMPETÊNCIA SOMENTE SERÁ DO STF, POUCO IMPORTA A NATUREZA DO ÓRGÃO.

O STF analisa a constitucionalidade do Decreto EXECUTIVO que internalizou o tratado internacional, e não o legislativo. Este é mero autorizador da ratificação do tratado no plano internacional e da internalização no plano interno. Note-se que o Presidente da República pode ou não ratificar o referido tratado e internalizá-lo, mesmo após a autorização do Congresso. Assim, a norma que efetivamente internaliza o tratado é o Decreto EXECUTIVO, e, portanto, é este que sofre o controle de constitucionalidade.

a) a norma internacional contida em um ato ou Tratado do qual o Brasil seja signatário, por si só, não dispõe de qualquer vigência e eficácia no direito brasileiro interno;b) o direito constitucional brasileiro não exige a edição de lei formal para a incorporação do Ato ou Tratado Internacional (dualismo extremado);c) a incorporação do Ato ou Tratado Internacional, no âmbito interno, exige primeiramente a aprovação de um decreto legislativo pelo Congresso Nacional, e posteriormente a promulgação do Presidente da República, via decreto, do texto convencional (dualismo moderado);d) a simples aprovação do Ato ou Tratado Internacional por meio de decreto legislativo, devidamente promulgado pelo Presidente do Senado Federal e publicado, não assegura a incorporação da norma ao direito interno;

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e) após a aprovação realizada pelo Congresso Nacional, será a promulgação do Chefe do Poder Executivo que garantirá a aplicação imediata da norma na legislação interna;f) as normas previstas nos Atos Internacionais devidamente aprovadas pelo Poder Legislativo e promulgadas pelo Presidente da República, inclusive quando preveem normas sobre direitos fundamentais, ingressam no ordenamento jurídico como atos normativos infraconstitucionais, salvo na hipótese do § 3º, do art. 5º. Por meio da Emenda Constitucional nº 45/04 estabeleceu-se que os Tratados e Convenções Internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais."

Conforme entendimento pacificado no âmbito desta Corte, a remanescência de efeitos concretos pretéritos à revogação do ato normativo não autoriza, por si só, a continuidade de processamento da ação direta de inconstitucionalidade. A solução de situações jurídicas concretas ou individuais não se coaduna com a natureza do processo objetivo de controle de constitucionalidade. Precedentes. Agravo a que se nega provimento. (explicação: havia uma ADI contra uma lei, mas antes da decisão da ADI a lei foi revogada. Por ter sido revogada, os atos pretéritos que se pretendia desconstituir com a ADI, não foram desconstituídos. Logo, o agravo regimental acima foi proposto para se dar continuidade a ADI que a principio perdeu o seu objeto)

" É que a pacífica jurisprudência deste Tribunal é no sentido de que a revogação ou perda de vigência da norma impugnada constitui causa superveniente de perda de objeto da ação, com o consequente desaparecimento do interesse de agir do autor. Nesse sentido, destacam-se os julgados do Plenário desta Casa, assim ementados:“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - QUESTÃO DE ORDEM - IMPUGNAÇÃO A MEDIDA PROVISÓRIA QUE SE CONVERTEU EM LEI - LEI DE CONVERSÃO POSTERIORMENTE REVOGADA POR OUTRO DIPLOMA LEGISLATIVO - PREJUDICIALIDADE DA AÇÃO DIRETA. - A revogação superveniente do ato estatal impugnado faz instaurar situação de prejudicialidade que provoca a extinção anômala do processo de fiscalização abstrata de constitucionalidade, eis que a ab-rogação do diploma normativo questionado opera, quanto a este, a sua exclusão do sistema de direito positivo, causando, desse modo, a perda ulterior de objeto da própria ação direta, independentemente da ocorrência, ou não, de efeitos residuais concretos. Precedentes.”(ADI 1445 QO/DF)(...)3. Não se alegue que eventuais efeitos jurídicos da norma revogada justificam o interesse no julgamento da declaração de sua inconstitucionalidade. Isto porque esta Casa de Justiça tem o remansoso entendimento de que, no âmbito do controle concentrado de constitucionalidade, não são apreciáveis atos concretos, oriundos de relações jurídicas subjetivas (ADI-QO 1445/DF, ADI 1280/TO, ADI 3162/PE, ADI 2.006-DF, ADI 3.831/DF, ADI 1.920/BA, etc) . Noutras palavras, “esse entendimento jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal nada mais reflete senão a própria natureza jurídica do controle normativo abstrato, em cujo âmbito não se discutem situações de caráter concreto ou individual”(RTJ 160/145, Rel. Ministro Celso de Mello).

(memorizar essa assertiva) Não ocorre a prejudicialidade da ação de inconstitucionalidade quando a lei superveniente mantém em vigor as regras da norma anterior impugnada pela ação e sua revogação, a revogação da lei pretérita, somente se dará pelo implemento de condição futura e incerta. (explicação: foi proposta uma ADI contra uma norma A, a lei superveniente B manteve em vigor as regras da lei A, a qual só será revogada quando implementar a condição futura e incerta. Logo, a norma A continua sendo objeto da ADI)

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A cessação superveniente da eficácia da lei arguida de inconstitucionalidade inibe o prosseguimento da ação direta de inconstitucionalidade, desde que inexistam efeitos residuais concretos, derivados da aplicação do ato estatal impugnado. Precedentes do STF. - a extinção anômala do processo de controle normativo abstrato, motivada pela perda superveniente de seu objeto, tanto pode decorrer da revogação pura esimples do ato estatal impugnado como do exaurimento de sua eficácia, tal como sucede nas hipóteses de normas legais destinadas a vigência temporária

O Senado Federal tem competência para suspender a execução de todas as leis declaradas inconstitucionais pelo STF, sejam elas federais, estaduais ou municipais. Isso se explica pelo fato de o Senado ser um órgão de caráter nacional, e não propriamente federal. O Senado possui competência para suspender a execução de lei ou ato federal, estadual ou municipal considerado inconstitucional perante o STF INCIDENTALMENTE. No controle CONCENTRADO/ABSTRATO o Senado não pode suspender.

De acordo com a Constituição Federal brasileira, em matéria de controle difuso de constitucionalidade, o Senado Federal poderá editar uma resolução suspendendo a execução, no todo ou em parte, de lei ou ato normativo declarado inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. Esta resolução senatorial terá efeitos erga omnes, porém ex nunc, ou seja, a partir da sua publicação.

Lenza adverte que conforme decreto 2346/97, a resolução do SF terá efeitos rega omnes e efeitos ex tunc, em relação exclusivamente a Administração Federal direta e indireta.Conclui-se pois que o efeito ex nunc da resolução do senado se opera em relação a terceiros no controle difuso, nos termos do art 52,X da CF/88.

De acordo com o Decreto 2.346/97, no âmbito do Poder Executivo federal, a resolução produz efeitos retroativos (ex tunc). Essa regra é especificamente aplicável à administração pública federal.

Cabe lembrar que o Senado não pode restringir ou ampliar a extensão do julgado prolatado pelo STF, sob pena de invalidade do seu ato. Embora haja autorização constitucional para que o Senado possa "suspender a execução no todo ou em parte" de lei declarada inconstitucional pelo STF, não há que ser entendida como faculdade de suspender a execução de apenas uma parte daquilo que foi declarado inconstitucional pela Corte Maior. Se toda a lei foi declarada inconstitucional, a suspensão há de ser total; se apenas parcela da lei foi declarada inconstitucional, não poderá o Senado ampliar a decisão do STF.

É cabível a oposição de embargos de declaração para fins de modulação dos efeitos de decisão proferida em ação direta de inconstitucionalidade , ficando seu acolhimento condicionado, entretanto, à existência de pedido formulado nesse sentido na petição inicial. ADI 2791 ED/PR, rel. orig. Min. Gilmar Mendes, rel. p/ o acórdão Min. Menezes Direito, 22.4.2009. (ADI-2791)

STF, Plenário, ADI 4167 AgR (27/02/2013): Foi reiterado o entendimento de que o amicus curiae não tem legitimidade para interpor recursos, assim como assentou-se que, no controle concentrado de constitucionalidade, a oposição de embargos declaratórios impede apenas o trânsito em julgado da decisão, mas não o seu efetivo cumprimento .

Comentários: Sobre o amicus curiae, ressalte-se que o STF admite uma exceção à regra estampada

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acima, qual seja a possibilidade dele interpor recurso para impugnar decisão de não admissibilidade de sua intervenção nos autos. Neste sentido: ADI 3615 ED, j. 17/03/2008.

Apesar de algumas pessoas interpretarem desta forma, a figura do amicus curiae não se confunde com terceiros. Quanto ao tema, em nosso ordenamento jurídico a regra realmente é a inadmissibilidade da intervenão de terceiros no controle concentrado de constitucionalidade (Art. 7o Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade) .

Todavia, conforme §2º do art. 7º a figura do amicus curiae cinge-se a outros órgãos ou entidades, não se confundindo com "terceiros interessados", daí sua permissão de presença na demanda.

O amicus curiae somente pode demandar a sua intervenção até a data em que o relator liberar o processo para pauta de julgamento, e a sua participação será autorizada mediante despacho irrecorrível do relator nas ações diretas de inconstitucionalidade. O único recurso possível ao amicus curiae é justamente o do despacho que não admite sua participação na ação

A manifestação do amicus curiae se dá em 30 dias contados do recebimento do pedido de informações aos órgãos ou entidades das quais emanou a lei ou ato normativo impugnado. Isso ocorre, pois se aplica analogicamente o prazo previsto no art. 6º da Lei n. 9.868/99.

"O veto dar-se-á quando o Chefe do Executivo considerar o projeto de lei Inconstitucional ou contrário ao interesse público. O primeiro é o veto jurídico, sendo o segundo conhecido como veto político".

As associações que congregam exclusivamente pessoas jurídicas, as denominadas associações de associações, têm legitimidade, segundo a jurisprudência do STF, para propor a ADI perante o tribunal. São as chamadas "federações nacionais das associações"

Informativo STF 356, o Plenário do Supremo Tribunal abandonou o entendimento que excluía as entidades de classe de segundo grau – as chamadas ‘associações de associações’ – do rol dos legitimados à ação direta

Cabe ao STF realizar o controle concentrado de constitucionalidade de leis municipais em relação à CF. cabe controle concentrado, no entanto não cabe ADI - Ação Direta de Inconstitucionalidade.Com relação à lei municipal contrária à Constituição cabe controle difuso ou ADPF - e neste último caso pode ser exercido pela via do controle concentrado. É o que ensina o Professor Flávio Martins.

PROCEDÊNCIA DA ADC/IMPROCEDÊNCIA DA ADI: CONSTITUCIONAL. STF pode reapreciar a constitucionalidade, apresentados novos argumentos, fatos, mudanças formais ou informais no sentido da CF ou transformações que modifiquem a percepção da lei. ( no meu entendimento, sentido grosseiro, houve preservação da norma)IMPROCEDÊNCIA DA ADC/PROCEDÊNCIA DA ADI: INCONSTITUCIONAL. Eficácia preclusiva da coisa julgada. Impede novo pronunciamento sobre a matéria. (no meu entendimento, sentido grosseiro, com a procedência da ADI a norma será retirada, com a improcedência da ADC há a possibilidade de ser modificada/retirada)

(sentido contrário ao exposto acima)“Declarada a constitucionalidade de uma lei ou ato normativo federal em ação declaratória de constitucionalidade, não há a possibilidade de nova análise contestatória da matéria, sob a alegação da existência de novos argumentos que ensejariam uma

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nova interpretação no sentido de sua inconstitucionalidade. Ressalte-se, que o motivo impeditivo dessa nova análise decorre do fato do Supremo Tribunal Federal, como já visto anteriormente, quando analisa concentradamente a constitucionalidade das leis e atos normativos, não estar vinculado a causa de pedir, tendo, pois, cognição plena da matéria, examinando e esgotando todos os seus aspectos constitucionais (STF – Agravo de instrumento nº 174.811-7/RS – Rel. Min. Moreira Alves, Diário da Justiça, Seção I, 2 maio, 1996, p. 13.770)”

Questão: A arguição de descumprimento de preceito fundamental não pode ter por objeto ato normativo já revogado. ERRADO. ADPF 33. [...] Revogação da lei ou ato normativo não impede o exame da matéria em sede de ADPF, porque o que se postula nessa ação é a declaração de ilegitimidade ou de não-recepção da norma pela ordem constitucional superveniente. [...].

I - Só cabe ADPF contra decisões judiciais não transitadas em julgado;

Com fundamento na denominada inconstitucionalidade por arrastamento , o STF pode declarar a inconstitucionalidade de norma que não tenha sido objeto do pedido na ADI, sendo a inconstitucionalidade declarada não em decorrência da incompatibilidade direta da norma com a CF, mas da inconstitucionalidade de outra norma com a qual aquela guarde relação de dependência. CORRETO.

ADC 12. A Resolução nº 07/05 do CNJ reveste-se dos atributos da generalidade (os dispositivos dela constantes veiculam normas proibitivas de ações administrativas de logo padronizadas), impessoalidade (ausência de indicação nominal ou patronímica de quem quer que seja) e abstratividade (trata-se de um modelo normativo com âmbito temporal de vigência em aberto, pois claramente vocacionado para renovar de forma contínua o liame que prende suas hipóteses de incidência aos respectivos mandamentos). A Resolução nº 07/05 se dota, ainda, de caráter normativo primário, dado que arranca diretamente do § 4º do art. 103-B da Carta-cidadã [...].

ENTIDADE DE CLASSE: Filiados em pelo menos 9 Estados.CONFEDERAÇÃO SINDICAL: Organizadas em um mínimo de 3 federações estabelecidas em pelo menos 3 estados (artigo 535 CLT)

Somente se considera entidade de classe aquela que reúne membros que se dedicam a uma só e mesma atividade profissional ou econômica.Além disso, a legitimidade ativa ad causam de uma confederação ou entidade de classe de âmbito nacional depende, ainda, da comprovação de seu caráter nacional, que não se pressupõe de mera declaração formal, consubstanciada em seus estatutos ou atos constitutivos, decorrendo essa particular característica de índole espacial, além da atuação transregional da instituição, a existência de associados ou membros em pelo menos nove Estados da Federação.

1) QUANTO À NATUREZA: controle político ou controle judicial;2) QUANTO AO MOMENTO DE EXERCÍCIO DO CONTROLE: controle preventivo ou controle repressivo;3) QUANTO AO ÓRGÃO JUDICIAL QUE EXERCE O CONTROLE: controle difuso ou controle concentrado;4) QUANTO À FORMA OU MODO DE CONTROLE JUDICIAL: controle por via incidental ou controle por via principal ou ação direta.

Na hipótese de uma Turma do Tribunal Regional do Trabalho deparar-se com questão ainda não examinada pelo Supremo Tribunal Federal, atinente à constitucionalidade de lei, prejudicial à

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decisão de um caso concreto submetido a seu julgamento, o órgão julgador, em virtude do quanto dispõe a Constituição da República, não poderá declarar a inconstitucionalidade da lei, tampouco afastar sua incidência, sem que haja decisão anterior proferida a esse respeito pela maioria absoluta dos membros do Tribunal Regional do Trabalho ou de seu Órgão Especial.

Não prevalece, em nosso ordenamento, a tese da desconstitucionalização das normas constitucionais anteriores à nova Constituição e que sejam com ela compatíveis. Certo. A ocorrência de desconstitucionalização significa dizer que "as normas da Constituição anterior que forem compatíveis com a nova CF são admitidas com status infraconstitucional. Já falamos que isso não pode ocorrer no Brasil. A Constituição anterior é totalmente revogada, salvo disposição expressa da nova CF". Prof. Roberto Troncoso, Ponto dos Concursos.

Questão: por mutação constitucional entende- se o conjunto de processos que leva à alteração do texto constitucional, englobando a revisão constitucional e as emendas constitucionais. Errado. "Mutação constitucional é um ato de modificação informal da Constituição, por meio da qual a alteração ocorre somente na forma de interpretar a norma constitucional e não em relação ao seu conteúdo, que continua o mesmo".

Controle difuso, também chamado de mutação constitucional, é transformação de sentido do enunciado da Constituição sem que o próprio texto seja alterado em sua redação, vale dizer, na sua dimensão constitucional textual. Quando ela se dá, o intérprete extrai do texto norma diversa daquelas que nele se encontravam originariamente involucradas, em estado de potência. Há, então, mais do que interpretação, esta concebida como processo que opera a transformação de texto em norma. Na mutação constitucional caminhamos não de um texto a uma norma, porém de um texto a outro texto, que substitui o primeiro.

QUESTÃO: "Um deputado federal impetrou mandado de segurança contra ato do presidente da Câmara dos Deputados, alegando violação de normas do Regimento Interno da Casa relacionadas à tramitação de emendas constitucionais. Nessa situação, o mandado de segurança deve ser conhecido, uma vez que o ato do deputado federal é resultado do exercício do controle prévio ou preventivo, cuja execução é de responsabilidade do Poder Judiciário."Resposta: O CONTROLE PREVENTIVO de constitucionalidade poderá ser realizado pelo Poder Legislativo (Comissões de Constituição e Justiça), Poder Executivo (veto do Presidente da República) e excepcionalmente pelo Judiciário.O Poder Judiciário só exercerá o controle preventivo excepcionalmente em uma única hipótese: No caso de Mandado de Segurança, cuja legitimidade seja de Parlamentar, por inobservância do Devido Processo Legislativo Constitucional. Assim, tem que ser um controle pautado pela observância de uma regra da Constituição Federal e não pautado em uma norma regimental. O ERRO ESTA NO FATO DE QUE A VIOLAÇÃO FOI DE NORMA INTERNA DA CASA, LOGO DEVE SER RESOLVIDO ADMINISTRATVAMENTE, OU SEJA, NA PROPRIA CASA ENTRE OS DEPUTADOS.O erro está, realmente, na impossibilidade de controle de constitucionalidade sobre ato "interna corporis" da Câmara dos Deputados. O Prof. Marcelo Novelino distingue duas situações (p. 286): (1) Controle de constitucionalidade das normas de um Regimento Interno de uma Casa Legislativa: é possível, desde que haja violação direta à CF, já que é um verdadeiro ato normativo (foi o que ocorreu na ADI 4029, em que o STF julgou inconstitucional dispositivo da Resolução do Congresso).(2) Controle de constitucionalidade por violação de disposição regimental pelo Parlamento quando da elaboração de ato normativo: é impossível (AgRg 26.062, STF). Canotilho entende que, atualmente, deve-se permitir este controle, por poder gerar uma violação da própria CF.

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A ideia de norma constitucional interposta, de Gustavo Zagrebelsky, foi trazida por Gilmar Mendes em seu voto monocrático em sede de medida cautelar (MS 26.915 MC/DF). A questão diz respeito ao controle prévio de constitucionalidade exercido pelo Poder Judiciário sobre projetos de atos normativos. Como se sabe, o parlamentar, e somente este, tem o direito subjetivo de participar de um processo legislativo em conformidade com a Constituição Federal. É decorrência prática do §4º, do art. 60, da Constituição Federal, que veda a deliberação de emenda tendente a abolir os bens protegidos em seus incisos. Na hipótese de desrespeito ao devido processo legislativo, caberá o controle do judiciário, quando provocado, pela via da exceção - de modo incidental, portanto. A questão, contudo, se torna complexa quando se busca saber a que regras corresponde o devido processo legislativo. Seriam apenas regras constitucionais? Seriam regras constitucionais e regras de regimento interno do próprio legislativo?Bem, vinha entendendo o STF que o devido processo legislativo corresponderia apenas às regras constitucionais; porém, no mencionado voto do Gilmar Mendes (MS 26.915), ainda pendente de julgamento definitivo, foi trazida a ideia de normas constitucionais interpostas, o que pode modificar a ideia de que o controle de constitucionalidade preventivo do judiciário é devido apenas quando há violação de normas constitucionais referentes ao devido processo legislativo. Conforme aponta Lenza, Gilmar Mendes afirmou que "se as normas constitucionais fizeram referência expressa a outras disposições normativas, a violação constitucional pode advir da violação dessas outras normas, que, muito embora não sejam formalmente constitucionais, vinculam os atos e procedimentos legislativos, constituindo-se normas constitucionais interpostas. Nesses termos, acolhendo-se a ideia de normas constitucionais interpostas, poderia o STF exercer controle preventivo de constitucionalidade por violação a regimento interno de alguma das Casas do Congresso Nacional.

Alternativa errada: Contra lei estadual que desrespeitar princípios sensíveis da CF pode o procurador-geral da República impetrar, no STF, ação direta de inconstitucionalidade interventiva, que, acolhida, implicará a nulificação do ato impugnado (OK) e, ao mesmo tempo, determinará que o presidente da República decrete a intervenção no estado respectivo.

Justificativa: Nos termos do artigo 36, III, da CF, o Procurador-Geral da República representará junto ao STF para que este, caso constate a presença dos pressupostos para a intervenção, requeira ao chefe do executivo a suspensão do ato impugnado, quando esta medida for suficiente para normalizar a situação. Ou seja, não há a pronta intervenção federal no Estado-membro. Neste sentido, é o parágrafo 3 do artigo 36 da CF

Sobre intervenção federal - Em linhas gerais, a intervenção federal ocorre para:

a) manter a integridade nacional; b) repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da federação em outra; c) garantir a ordem pública e a ordem constitucional; d) assegurar a autonomia dos três poderes nos estados; e) reorganizar as finanças; f) ordenar o cumprimento de uma decisão judicial.

O procurador geral da Republica propõe a ação direta de inconstitucionalidade interventiva ao STF. Julgada procedente, o Supremo se limita a suspender a execução do ato impugnado quando o

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pedido tiver sido motivado pelo descumprimento de lei federal, ordem ou decisão judicial, ou ainda pelo desrespeito a princípios constitucionais. Não sendo tal medida suficiente para restabelecer a normalidade, a Corte fará requisição de intervenção federal ao Presidente da República, que expedirá o decreto presidencial fixando-lhe os limites.

A União só pode intervir nos estados-membros e no Distrito Federal (intervenção federal). Os estados-membros, por sua vez, só podem intervir nos municípios relativos aos seus territórios (intervenção estadual).

Para o STF a perda de representação do partido político para prosseguir perante o STF, garante o seu prosseguimento ante a peculiaridade de que no início do julgamento da ação o partido ainda estava devidamente representado no CN. Ademais, o STF já decidiu que a exigência da representação do partido político no CN é preenchida com a existência de apenas um parlamentar em qualquer das casas legislativas.

II - A modulação de efeitos é possível tanto no controle concentrado quanto no controle difuso;

Neoconstitucionalismo ou constitucionalismo contemporâneo se constitui justamente em uma doutrina que tenta transcender ao positivismo, chega-se então ao conceito de pós-positivismo. Para os defensores do neoconstitucionalismo o direito deve ter como foco a Constituição e esta, na verdade, seria um "bloco constitucional" onde os aspectos principiológicos e os valores se tornam tão importantes quanto as regras insculpidas no texto constitucional. A Constituição brasileira de 1988 enquadra-se na categoria das constituições dirigentes,porque, além de estabelecer a estrutura básica do Estado e de garantir direitos fundamentais, impõe ao Estado diretrizes e objetivos principalmente tendentes a promover a justiça social, a igualdade substantiva e a liberdade real. Constituição dirigente ou programática é aquela que além de assegurar os direitos e garantias fundamentais, estabelece programas e diretrizes para a atuação futura dos órgãos estatais.Liberdade real - constituição garantia ou negativa - que se limita a assegurar os direitos e garantias fundamentais frente ao Estado.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) pode realizar controle de constitucionalidade, deixando de aplicar leis e atos normativos que repute incompatíveis com a CF. (assertiva considera certa pelo CESPE)

O STJ pode declarar a inconstitucionalidade de uma lei quando essa questão chegar até ele através de RESP.

Importante: Acerca do instrumento hábil para realizar o controle de constitucionalidade de lei ou ato normativo municipal em face do texto federa l . É fiscalização difusa, exercida, no caso concreto, por qualquer juiz ou tribunal. Não será cabível a ADPF pois o enunciado está se referindo a lei municipal que contraria LEI FEDERAL e NÃO a CF.

Ementa: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI PAULISTA. PROIBIÇÃO DE IMPORTAÇÃO, EXTRAÇÃO, BENEFICIAMENTO, COMERCIALIZAÇÃO, FABRICAÇÃO E INSTALAÇÃO DE PRODUTOS CONTENDO QUALQUER TIPO DE AMIANTO. GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIÁS. LEGITIMIDADE ATIVA. INVASÃO DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO.Lei editada pelo Governo do Estado de São Paulo. Ação direta de inconstitucionalidade proposta pelo Governador do Estado de Goiás. Amianto crisotila. Restrições à sua comercialização imposta

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pela legislação paulista, com evidentes reflexos na economia de Goiás, Estado onde está localizada a maior reserva natural do minério. Legitimidade ativa do Governador de Goiás para iniciar o processo de controle concentrado de constitucionalidade e pertinência temática. 2. Comercialização e extração de amianto. Vedação prevista na legislação do Estado de São Paulo. Comércio exterior, minas e recursos minerais. Legislação. Matéria de competência da União (CF, artigo 22, VIII e XII). Invasão de competência legislativa pelo Estado-membro. Inconstitucionalidade. 3. Produção e consumo de produtos que utilizam amianto crisólita. Competência concorrente dos entes federados. Existência de norma federal em vigor a regulamentar o tema (Lei 9055/95). Conseqüência. Vício formal da lei paulista, por ser apenas de natureza supletiva (CF, artigo 24 §§1º e 4º) a competência estadual para editar normas gerais sobre a matéria.4. Proteção e defesa da saúde e meio ambiente. Questão de interesse nacional. Legitimidade da regulamentação geral fixada no âmbito federal. Ausência de justificativa para tratamento particular e diferenciado pelo Estado de São Paulo.5. Rotulagem com informações preventivas a respeito dos produtos que tenham amianto. Competência da União para legislar sobre comércio interestadual (CF, artigo 22, VIII). Extrapolação da competência concorrente prevista no inciso V do artigo 24 da Carta da República, por haver norma federal regulando a questão

Determinada lei complementar federal, que entrou em vigor em 1990, passa a ter conteúdo incompatível com uma emenda constitucional que, promulgada e publicada em 2011, entrou em vigor na data de sua publicação. Referida emenda constitucional, submetida a controle de constitucionalidade concentrado, é declarada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Neste caso, a lei complementar federal deixa de gerar efeitos a partir da publicação da emenda constitucional.A decisão da ADC é retroativa, ou seja, a EC é constitucional desde sua publicação, sendo que, nesta data, já havia revogado a lei complementar. Resultado diverso, seria a improcedência da ADC, pois neste caso a EC não seria constitucional e a lei complementar não perderia vigência.

A CF, art. 125, estabelece que os TJ´s também podem fazer o concentrado, só que não em relação a Constituição Federal, mas sim em relação a Estadual. § 2º - Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão.

AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. ALEGAÇÃO DE USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INOCORRÊNCIA. UTILIZAÇÃO DE FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA PARA NEGAR SEGUIMENTO AO RECURSO ESPECIAL. EXERCÍCIO DO CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I – O Superior Tribunal de Justiça, ao negar seguimento ao recurso especial com fundamento constitucional, exerceu o chamado controle difuso de constitucionalidade, que é possibilitado a todos os órgãos judiciais indistintamente. II – Em tais casos, só haverá usurpação de competência do Supremo Tribunal Federal se da decisão da corte de origem foram interpostos, simultaneamente, recursos especial e extraordinário. III – agravo a que se nega provimento. (STF, Rcl 8163 AgR)

"O chamado precedente (stare decisis) utilizado no modelo judicialista, é o caso já decidido, cuja decisão primeira sobre o tema (leading case) atua como fonte para o estabelecimento (indutivo) de diretrizes para os demais casos a serem julgados." "Podemos afirmar, então, que, embora com as

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suas particularidades, o instituto do stare decisis influenciou a criação da súmula vinculante do direito brasileiro ." "Assim, a vinculação repercute somente em relação ao Poder Executivo e aos demais órgãos do Poder Judiciário, não atingindo o Legislativo, sob pena de se configurar o “inconcebível fenômeno da fossilização da Constituição”, conforme anotado pelo Ministro Peluso na análise dos efeitos da ADI (Rcl 2.617, Inf. 386/STF), nem mesmo em relação ao próprio STF, sob pena de se inviabilizar, como visto, a possibilidade de revisão e cancelamento de ofício e, assim, a adequação da súmula à evolução social"

Questão: A recepção material de normas constitucionais pretéritas é admitida pelo direito constitucional brasileiro, inclusive de forma tácita. ERRADA"Promulgada a nova Constituição, a anterior é retirada do ordenamento jurídico, globalmente, sem que caiba cogitar de verificação de compatibilidade entre os seus dispositivos, isoladamente. Nada da Constituição anterior sobrevive, razão pela qual é completamente descabido indagar de forma isolada acerca da compatibilidade ou não de qualquer norma constitucional anterior a nova Constituição. Há uma autêntica revogação total, ou ab-rogação." (Direito Constitucional Descomplicado - Vicente Paulo & Marcelo Alexandrino - Pág. 41) Exceção: SOMENTE DE FORMA EXPRESSA, pode a constituição recepcionar norma constitucional pretérita;A assertiva tenta confundir com a recepção das normas jurídicas infraconstitucionais pretéritas, que, no direito brasileiro é admitida a recepção inclusive de forma tácita.

c) Com o advento de uma nova Constituição, toda a legislação infraconstitucional anterior torna-se inválida. ERRADA Se a norma infraconstitucional for incompatível com a nova Constituição ela será revogada.:

TEM MAIS AULAS, ASSISTIR. È AULA DE HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL COM FLÁVIO MARTINS.AULA 02: HTTP://WWW.YOUTUBE.COM/WATCH?V=6TR3XCFNFFI&FEATURE=ENDSCREEN&NR=1

Uma lei federal de 2001 viola frontalmente a garantia do acesso à justiça. Entretanto, a validade dessa norma nunca foi desafiada em sede de controle abstrato. Posteriormente, em 2008, essa lei é revogada por outra lei federal, de conteúdo idêntico, e, portanto, também violadora daquela garantia constitucional. Em 2012, é ajuizada ação direta de inconstitucionalidade contra a lei federal de 2008, revogadora da anterior. A respeito do caso apresentado, assinale a

afirmativa correta. a) O autor da ação deverá, expressamente, requerer que seja apreciada a inconstitucionalidade da lei que vai voltar a produzir efeitos em razão de sua volta à vigência, pena de não ser conhecida a ação direta.

Questão: c) Qualquer alteração na lei questionada por meio da Ação Direta prejudica o seu prosseguimento. ERRADA O erro consiste na generalização. A alteração meramente formal, por exemplo, não prejudica o prosseguimento.d) Não terão impacto no curso processual alterações legislativas que não modifiquem o conteúdo do dispositivo impugnado ou que impliquem alteração meramente formal. CERTA e) A conversão em lei de Medida Provisória questionada em Ação Direta levará sempre à perda superveniente do objeto da ação. ERRADA Trata-se de mudança formal, o que não prejudica o prosseguimento da ação.

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Uma classificação básica para o controle de constitucionalidade é discriminá-lo em formal e material, advindo conforme o seu vício de inconstitucionalidade:No controle formal nós examinamos a constitucionalidade no seu aspecto estritamente jurídico. É ver “se as leis foram elaboradas de conformidade com a constituição” [BONAVIDES, 2001, p. 269]. Deve-se verificar, por exemplo, se o órgão que produziu a espécie normativa tinha competência subjetiva para tal[38], se a lei exigiaquorum qualificado[39] ou não, se foi respeitada a repartição de competências estatuídas pela Constituição. Dessa forma, temos no controle formal um controle predominantemente técnico.Existe inconstitucionalidade por vício formal subjetivo em lei resultante de iniciativa parlamentar que disponha sobre a criação de cargos na administração direta. Tal iniciativa deve ser do chefe do Poder ExecutivoNa busca da efetividade das normas constitucionais, somente o controle formal se mostra um tanto inócuo. Logo, se faz necessário um controle material, sendo de basilar lição o conceito de BONAVIDES [BONAVIDES, idem, ibidem]:O controle material de Constitucionalidade é delicadíssimo em razão do elevado teor de politicidade de que se reveste, pois incide sobre o conteúdo da norma. Desce ao fundo da lei, outorga a quem exerce a competência com que decidir sobre o teor e a matéria da regra jurídica, busca acomodá-la aos cânones da Constituição, ao seu espírito, à sua filosofia, aos seus princípios políticos e fundamentais.