cnap 2015 - módulo tabagismo -...

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1 08h00 – 08h25: Contribuição do Pneumologista para o Controle do Tabagismo - Luiz Carlos Corrêa da Silva (RS) 08h25 – 08h50: Abordagem do Tabagismo na Asma e na DPOC - Maria Vera Cruz de Oliveira Castellano (SP) 08h50 – 09h15: Associação de medicamentos e duração do tempo de tratamento - Irma de Godoy (SP) 09h15 – 09h40: Controvérsias sobre cigarro eletrônico e narguilé: muita paixão e pouca razão- José Miguel Chatkin (RS) 09h40 – 09h50: Discussão CNAP 2015 - Módulo Tabagismo XVI Curso Nacional de Atualização em PNEUMOLOGIA - CNAP SBPT 2015 - São Paulo, 17/Abril/2015 (última atualização: 16-04-2015; 23h) Comissão de Tabagismo (2015-2016) Coordenador: Luiz Carlos Corrêa da Silva (RS) Comitê Científico Regimental: -Alberto José de Araújo (RJ) -Ângela Maria Dias de Queiroz (MS) -Maria da Penha Uchoa Sales (CE) -Maria Vera Cruz de Oliveira Castellano (SP) Membros: mais de 200 associados da SBPT SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA Comitê Científico Ampliado: Pneumologistas líderes no Setor Tabagismo Consultores: ex-Coordenadores da Comissão COMISSÃO DE TABAGISMO SBPT MISSÃO: “Desenvolver ações para reduzir a Epidemia do Tabagismo no Brasil, dentro do espectro de atuação da SBPT.” Setores de atuação: -comunicação (informações científicas, fórum) -capacitação do Pneumologista p/ tratamento do Tabagismo -rede com outras instituições -políticas (“advocacy”) -defesa profissional -linhas diretivas da SBPT -comunicação -capacitação do Pneumologista Informações sobre a Comissão de Tabagismo: site da SBPT Participe do Fórum de Tabagismo da SBPT!

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• 08h00 – 08h25: Contribuição do Pneumologista para o Controle doTabagismo - Luiz Carlos Corrêa da Silva (RS)

• 08h25 – 08h50: Abordagem do Tabagismo na Asma e na DPOC -• Maria Vera Cruz de Oliveira Castellano (SP)

• 08h50 – 09h15: Associação de medicamentos e duração do tempo de tratamento - Irma de Godoy (SP)

• 09h15 – 09h40: Controvérsias sobre cigarro eletrôni co e narguilé: • ““““muita paixão e pouca razão ”””” - José Miguel Chatkin (RS)

• 09h40 – 09h50: Discussão

CNAP 2015 - Módulo Tabagismo

XVI Curso Nacional de Atualização em PNEUMOLOGIA - CNAP SBPT 2015 -

São Paulo, 17/Abril/2015

(última atualização: 16-04-2015; 23h)

Comissão de Tabagismo (2015-2016)

Coordenador: Luiz Carlos Corrêa da Silva (RS)

Comitê Científico Regimental:

-Alberto José de Araújo (RJ)

-Ângela Maria Dias de Queiroz (MS)

-Maria da Penha Uchoa Sales (CE)

-Maria Vera Cruz de Oliveira Castellano (SP)

Membros: mais de 200 associados da SBPT

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA

Comitê Científico Ampliado: Pneumologistas líderes no Setor Tabagismo

Consultores: ex-Coordenadores da Comissão

COMISSÃO DE TABAGISMO SBPT

MISSÃO:

“Desenvolver ações para reduzir a Epidemia do Tabagismono Brasil, dentro do espectro de atuação da SBPT.”

Setores de atuação:-comunicação (informações científicas, fórum) -capacitação do Pneumologista p/ tratamento do Tabagismo-rede com outras instituições-políticas (“advocacy”)-defesa profissional-linhas diretivas da SBPT

-comunicação -capacitação do Pneumologista

Informações sobre a Comissão de Tabagismo: site da SBPTParticipe do Fórum de Tabagismo da SBPT!

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COMISSÃO DE TABAGISMO SBPT

PRINCIPAIS AÇÕES PARA 2015:

-CNAP 2015 (São Paulo, Abril)

-VI Congresso de Tabagismo (C. de Jordão, SP, Agosto)

-PECs (diversas regiões)

-Datas emblemáticas do Tabagismo (31/Maio, 29/Agosto)

-Advocacy (parcerias: ACTBr, INCA, CONICQ, MS, e outras)

-Inserções na Mídia

COMISSÃO DE TABAGISMO SBPT

NOSSOS DIFERENCIAIS E DESAFIOS:

-““““SBPT: líder no Controle do Tabagismo. ””””

-““““Pneumologista: Especialista mais preparadopara tratar o Fumante. ””””

-Um conceito a ser incorporado pela sociedade:“Tabagismo: doença que tem tratamento”.

“Etiologia”: cigarro.

“O TABAGISMO É UMA DOENÇA PANDÊMICA”

Fatores que aumentam a “virulência” do agente (cigarro)e/ou reduzem a “resistência” do hospedeiro:-aditivos => odor/sabor agradáveis para atrair a vítima-artimanhas midiáticas => aumentam indução e impulso-genótipos e comportamentos => facilitam a dependência

“Vetores”:- Indústria e comerciantes do tabaco => disseminadores-“amigos” e “demais indutores” => contagiantes

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XVI CURSO NACIONAL DE ATUALIZAÇÃO EM PNEUMOLOGIA - CNAP SBPT 2015 -

São Paulo, 17/Abril/2015 - 8h00-8h25 -

TABAGISMO:Contribuição do Pneumologista

para o Controle

Dr. Luiz Carlos Corrêa da Silva

- Apresentação do Palestrante -Dr. Luiz Carlos Corrêa da Silva

- Pneumologista do Pavilhão Pereira Filho(Serviço de Pneumologia e Cirurgia Torácica da Santa Casa de P. Alegre - SCMPA)

- Doutor em Medicina: Pneumologia (UFRGS)- Professor de Pneumologia (UFRGS, UFCSPA, UPF)- Membro da Academia Sul-Riograndense de Medicina- Organizador de Livros de Pneumologia:““““Compêndio, 1981, 1991””””, ““““Condutas,

2001””””, ““““Princípios e Prática, 2012””””,““““Tabagismo: Doença que tem Tratamento, 2012””””------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Título de Especialista em Pneumologia pela SBPT - Presidente da SBPT (2000-2002)- Membro do Conselho Deliberativo da SBPT- Coordenador da Comissão de Tabagismo da SBPT (2013-14; 2015-16)--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Colaborador em Programas e Comissões de Controle do Tabagismo:

- Coordenador do Programa de Controle do Tabagismo da Santa Casa de Porto Alegre- Membro do Conselho Consultivo da ACTBr (Aliança de Controle do Tabagismo)- Membro da Comissão de Tabagismo da AMB

DECLARAÇÃO SOBRE CONFLITOS DE INTERESSE(seguindo norma da ANVISA)

“Não tenho conflitos de interesse...”Luiz Carlos Corrêa da Silva

“Tenho grandes conflitos com oSetor Político que não assume seu papel ecom a Indústria do Tabacoque causa enormes danos!”E um enorme interesse de controlaro Tabagismo!

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1. PRÉ-REQUISITOS- Incorporar conceitos e atualizar-se

2. ATITUDES- Não fumar- Promover Ambientes 100% Livres do Tabaco- Sempre abordar fumantes

3. INTERVENÇÕES- Prevenção => para os jovens- Proteção => para todos do tabagismo passivo- Tratamento => para todos os fumantes

4. ADVOCACY- Exercer muita pressão no setor político

CONTRIBUIÇÃO DO PNEUMOLOGISTA PARA O CONTROLE DO TABAGISMO

1. PRÉ-REQUISITOS- Conceitos, informações e atualização

FUMANTE

MICROAMBIENTE

MACROAMBIENTE

-APOIO P/ PARAR-TRATAMENTO

-AMBIENTES SEMFUMAÇA DETABACO

-POLÍTICAS DE CONTROLE= LEIS ANTIFUMO =

NÃO FUMANTE

-PREVENÇÃO-EVITAR FUMOPASSIVO

INDIVÍDUO:

TRATAMENTO

Cobertura “direta”: <5% dos fumantes

Cobertura “indireta”: atinge toda população (100%)

AS POLÍTICAS, ATRAVÉS DAS LEIS, PREVINEM O TABAGISMO E

REFORÇAM A MOTIVAÇÃO PARA CESSAÇÃO

(Lei Antifumo)

POLÍTICAS – LEIS ANTIFUMO

Tabagismo: estratégias para controle

TABAGISMO: NA SANTA CASA DE PORTO ALEGRE

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-PREVALÊNCIA DE TABAGISMO NO CHSCPA(2007): (12%)

-PREVALÊNCIA DO TABAGISMO NO CHSCPA(2009): (09%)

-PREVALÊNCIA DO TABAGISMO NA ISCMPA (2011): (07%)

-PREVALÊNCIA DO TABAGISMO NA ISCMPA (2014): (06%)

META: Redução da prevalência de 1 a 2% ao ano= 50 a 100 fumantes/ano devem parar de fumar!

PROGRAMA DE CONTROLE DO TABAGISMO(desde 2007)

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OMS (Organização Mundial da Saúde) MUNDO

= CONVENÇÃO QUADRO

Ministério da Saúde (INCA) PAÍS(Programa Nacional de Controle do Tabagismo)

Entidades Médicas, Sociedades de Especialidade PAÍS

Instituições - Hospitais, Universidades... LOCAL

SBPT (Soc. Brasileira de Pneumologia e Tisol.) PAÍS

CONTROLE DO TABAGISMOAÇÃO EM REDE MULTIPLICADORA

CONICQ PAÍS

ACT+ (Aliança de Controle do Tabagismo) PAÍS

Locais de convívio social LOCAL

SBPT (Soc. Brasileira de Pneumologia e Tisologia) PAÍS

LEI FEDERAL 12.546/2011

-REFORÇA “AMBIENTES 100% LIVRES DE TABACO”

-PROÍBE FUMÓDROMO

-AUMENTA PREÇOS DE CIGARROS

-CONTROLA PROPAGANDA (Pontos de Venda)

-AUMENTO DA ÁREA DE ADVERTÊNCIA NAS CARTEIRAS

ASSINADA: DEZEMBRO/2011REGULAMENTADA: MAIO/14

VIGORANDO: DESDE DEZEMBRO/14

““““A INTERVENÇÃO QUE MAIS AJUDA A CONTROLARO TABAGISMO É A QUE MAIS SE OBEDECE: A LEI!””””

O TABAGISMO É UMA DOENÇADE DEPENDÊNCIA DA NICOTINA (DN).

CONCEITOS QUE DEVEM SER INCORPORADOS E DIVULGADOS

WHO. Tobacco country profiles. Proceedings of the 12th World Conference on Tobacco or Health, 2003, Helsinki.

ALÉM DA DN, HÁ OUTROS FATORES, PRINCI-PALMENTE COMPORTAMENTAIS, INDIVIDUAIS OUCOLETIVOS, QUE INDUZEM A FUMAR E DIFICULTAMPARAR DE FUMAR.

Tabagismo: conceitos

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FATORES INTERVENIENTES NO TABAGISMO

Dependência química (DN)

Dependência psicológica

Automatismos / Gatilhos

Ansiedade / Depressão / outros transtornos

Psicossociais / Culturais / Costumes

Auto-estima baixa

Genética

Censuras / PressõesLeis “Antifumo”Outros...

Tabagismo: conceitos

Nucleusaccumbens

(nAcc)Área

tegmentarventral(VTA)

Nicotina

Dopamina

AUMENTANDO O NÍVEL DA DOPAMINA – ocorrem

“efeitos positivos”,que possibilitam as

sensações gratificantes,percebidas pelo fumante.

“O TABAGISMO É UMA DOENÇA DE DEPENDÊNCIA DA NICOTINA”

AS PESSOAS NÃO FUMAM PORQUE QUEREM!

FUMAM POR SEREM DEPENDENTES!

Tabagismo: conceitos

100 mil jovensiniciam a fumar

a cada dia

1,3 bilhãode pessoas

fumam

6 milhões de mortes/ano, por doenças

tabaco-relacionadas

SITUAÇÃO MUNDIAL (seg. OMS, 2014)

100.000 x 365 = 36,5 Milhões

O consumo do tabaco está aumentando nas regiões mais pobres do mundo (particularmente,África, Índia e China) e entre as pessoas mais pobres/menor escolaridade de qualquer país.

A EPIDEMIA DO TABAGISMO, NO MUNDO, ESTÁ AVANÇANDO!

Tabagismo: informações

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- Legislação é atualizada. Mas, falta processo educativo,decisão política e mais envolvimento das lideranças.

- Número de fumantes: 24 milhões.

- No. ex-fumantes: 26 milhões. Muitos fumantes parando!

- Lei antifumo 12.546 (14/12/2011):- extingue fumódromo, ���� preços, ���� alertas na embalagem- aumenta controle da propaganda nos pontos de venda,- aumenta área de advertência na carteira de cigarros

- Pontos negativos para o controle do tabagismo:- enorme movimento financeiro: indústria, impostos, mídia- muitos lobistas trabalham para a indústria do fumo

NO BRASIL, ESTÁ DIMINUINDO!- Prevalência: 35% (1980) => 14% (2014) = está dimin uindo

(O GOVERNO ESTABELECEU A META DE 9% PARA 2020)

Tabagismo: informações

DCV – Doença Cardio-Vascular (IAM)Câncer – de Pulmão e outrosAVE – Derrame CerebralDPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

(= Enfisema + Bronquite Crônica)

As principais causas de mortalidade humana (>70%)são as Doenças Crônicas Não Transmissíveis(DCNT), muito relacionadas com o Tabagismo:

Parando de fumar, estas doenças diminuem maisde 30%, chegando a 90% no Câncer de Pulmão eDPOC. Sem cigarros, ganha-se mais 10-15 anosde Vida e melhor Qualidade (QV)!

CONSEQUÊNCIAS DO TABAGISMO

(WHO, 2010)

Tabagismo: informações

TABAGISMO É:

-DOENÇA DE DEPENDÊNCIA DA NICOTINA-MULTIFATORIAL.-FATOR DE RISCO PARA DOENÇAS GRAVES.-RELACIONADO COM ALTA MORTALIDADE.

ENFATIZAR CONCEITOS SIMPLES

TABAGISMO NÃO É:

-ESTILO DE VIDA. CHARME. FATOR DE SOCIABILIDADE.-EXPRESSÃO DE “LIVRE ARBÍTRIO”.-OPÇÃO PARA A VIDA DAS PESSOAS.-VANTAGEM ECONÔMICA PARA A SOCIEDADE.

Tabagismo: conceitos

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1. PRÉ-REQUISITOS- Conceitos, informações e atualização

2. ATITUDES- Não fumar- Promover Ambientes 100% Livres do Tabaco- Sempre abordar fumantes

3. INTERVENÇÕES- Prevenção => para os jovens- Proteção => para todos do tabagismo passivo- Tratamento => para todos os fumantes

4. ADVOCACY- Exercer muita pressão no setor político

CONTRIBUIÇÃO DO PNEUMOLOGISTA PARA O CONTROLE DO TABAGISMO

Contribuição do Pneumologista no Controle do Tabagi smo

TUDO INICIA COM A ATITUDE.

(1) NÃO FUMAR

(2) PROMOVER INCESSANTEMENTE “AMBIENTES

100% LIVRES DO TABACO”

(3) POSICIONAR-SE SEMPRE CONTRA O TABAGISMO

(2) INCENTIVAR SEMPRE A PRÁTICA DE UM ESTILO

DE VIDA SAUDÁVEL, QUE INCLUI PREVENÇÃO E

CESSAÇÃO DO TABAGISMO.

ABORDAGEM MÍNIMA PARA PACIENTES

(1) Você fuma?Se não: ainda é fumante passivo?Se sim, prosseguir.

(2) Quer parar?

(3) Como pretende parar?

(4) Quer auxílio?

Contribuição do Pneumologista no Controle do Tabagi smo

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Maneiras de parar de fumar

1.Iniciativa própria – o fumante para por conta própria

2.Intervenção breve - o aconselhamento sistemático(é importante acompanhar o paciente!)

4.Programa de Tratamento promovido por instituição,multidisciplinar, estruturado, com base em:(1) tratamento cognitivo-comportamental (TCC)(2) medicamentos (TRN, BUP, VAR)

(psicoativos para tratamento de transtornos)

3.Tratamento com recursos simples recomendadospelas Diretrizes do INCA, SBPT (TCC, TRN, BUP)

<06%

<10%

20-40%

>40%

Abstinência12 meses

SEMPRE PROPOR AO PACIENTE UM PLANO PARA CESSAÇÃO E

TRANSMITIR-LHE COM CONVICÇÃO:

“SE VOCÊ QUER PARAR DE FUMAR,

VOCÊ VAI PARAR.

VAMOS, JUNTOS, ACHAR O CAMINHO...”

Contribuição do Pneumologista no Controle do Tabagi smo

1. PRÉ-REQUISITOS- Conceitos, informações e e atualização

2. ATITUDES- Não fumar- Promover Ambientes 100% Livres do Tabaco- Sempre abordar fumantes

3. INTERVENÇÕES- Prevenção => para os jovens- Proteção => para todos do tabagismo passivo- Tratamento => para todos os fumantes

4. ADVOCACY- Exercer muita pressão no setor político

CONTRIBUIÇÃO DO PNEUMOLOGISTA PARA O CONTROLE DO TABAGISMO

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PROGRAMA DE TRATAMENTO DO TABAGISMO

Definir o programa mais adequado: INDIVIDUAL, GRUPO ou MISTO

No planejamento do Programa de Cessação, sempre considerar prioritariamente a realidade do paciente: - perfil socio-cultural - crenças, tabus, temores - outras dependências, e - especialmente seu grau de motivação e

aspectos comportamentais.

Contribuição do Pneumologista no Controle do Tabagi smo

Programa de Tratamento do Tabagismono Consultório (abordagem intensiva)

FASE INTENSIVA (2 meses):

1ª.Consulta: avaliação (aspectos pessoais; histórico do tabagismo;

exames necessários). Entrevista Motivacional. Plano Terapêutico.

2ª.Cons.(2ª.Semana): cont. + escolher esquema (TCC / Medic amentos?).

3ª.Cons.(3ª.Semana): cont. + Dia “D” (preparação).

4ª.Cons.(4ª.Semana): cont. + prevenção recaída + ajustes m edic.

5ª.Cons.(5ª.Semana): idem

6ª.Cons.(6ª.Semana): idem

7ª.Cons.(7ª.Semana): idem

8ª.Cons.(8ª.Semana): idem

FASE DE MANUTENÇÃO (tempo?) (6 meses / 12 meses/ ou mais?)

A SBPT JÁ ENVIOU ESTA PROPOSTA PARA A AMB, VISANDO MELHORAR A REMUNERACÃO. EM SEGUIDA PODERÁ SER ACEITA E INCLUÍDA

NA CBHPM(pagamento de 8 consultas nos 2 meses iniciais do

tratamento intensivo do fumante)

QUATRO PASSOS

PROGRAMA PARA CESSAÇÃO DO TABAGISMO

1. Querer (Desejo / Motivação)

2. Preparar (Apoio técnico)

(TCC: Terapia Cognitivo-Comportamental, Medicamentos,...)

3. Marcar Dia “D” (Compromisso objetivo)

4. Manter (Prevenção da recaída)

Contribuição do Pneumologista no Controle do Tabagi smo

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- Enfocar OBJETIVO(s) para a cessação- Fortalecer a MOTIVAÇÃO do paciente- Promover MUDANÇAS (hábitos, exercícios, alimentação, etc.)

- Afastar GATILHOS (situações que levam a fumar)- Aprender a lidar com FRUSTRAÇÕES- Descondicionar MECANISMOS AUTOMÁTICOS- Fortificar DECISÃO de parar de fumar- Reforçar MECANISMOS DE GRATIFICAÇÃO- Reforçar que está fazendo a COISA CERTA- Enfatizar BENEFÍCIOS de parar de fumar

TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTALFocar em necessidades individuais

VARIÁVEIS INTERVENIENTES

Dependência químicaDependência psicológica

Automatismo / Gatilhos

Ansiedade / Depressão

Psicossociais / Culturais

Auto-estima baixa

Genética

Outros transtornos

RECURSOS TERAPÊUTICOS

TCC

++++++

+

TRATAMENTO DO TABAGISMO

-TRN-Bloq. Recep.-BUP

-Psicoativos

FÁRMACOS

++

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Nucleusaccumbens

(nAcc)Área

tegmentarventral(VTA)

Nicotina

Dopamina

Mecanismo de Ação dos FármacosUsados no Tratamento do Tabagismo

TRN = nicotina

Bloqueador de receptor

Bupropiona (BUP)

Contribuição do Pneumologista no Controle do Tabagi smo

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É muito importante lembrar sempre!

-Para cessar o tabagismo é preciso tomar uma grandedecisão de vida e... mudar de comportamento!

-80% dos fumantes declaram querer parar de fumar!

-Parando por CONTA PRÓPRIA, sem apoio terapêutico,menos de 6% mantém-se abstinente após 12 meses!

-A maioria dos fumantes só consegue cessação efetiva naenésima (4ª., 5ª., 6ª., ...) tentativa!

-Com o uso de UM MEDICAMENTO, isoladamente, após 12meses, aproximadamente 30% mantém-se abstinente!

-TCC + COMBINAÇÃO DE MEDICAÇÕES => Eficácia > 50%

1. PRÉ-REQUISITOS- Conceitos, informações e atualização

2. ATITUDES- Não fumar- Promover Ambientes 100% Livres do Tabaco- Sempre abordar fumantes

3. INTERVENÇÕES- Prevenção => para os jovens- Proteção => para todos do tabagismo passivo- Tratamento => para todos os fumantes

4. ADVOCACY- Exercer muita pressão no setor político

CONTRIBUIÇÃO DO PNEUMOLOGISTA PARA O CONTROLE DO TABAGISMO

“Um conjunto de atividades planejadas com o

objetivo de transformar certas condições, de

modo a alcançar circunstâncias melhores,

podendo envolver o esforço para mudar

percepções, atitudes e/ou políticas,

sejam elas escritas ou não.”

ADVOCACY

Contribuição do Pneumologista no Controle do Tabagi smo

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O GOVERNO PRECISA SABER QUE SÃO MEDIDAS EFICAZES PARA CONTROLE DO TABAGISMO:

Preços: ↑ 10% => reduz consumo 4%

Ambientes Livres do Tabaco: => reduz 30% dos eventos cardíacos agudos, em curto prazo

Controle da Propaganda (PDV)

(Lightwood, Glantz. Circulation 2009; 120: 1373-79)

(OMS, 2012)

Proibição de aditivosreduzem a iniciação

Contribuição do Pneumologista no Controle do Tabagi smo

Advertências nas carteiras

CONVENÇÃO QUADRO DA OMS

O Brasil precisa alinhar-se com máximo vigor e seriedade com a Convenção Quadro ...

... No momento, é fundamental a implantação DE FATO da Lei Federal Antifumo 12.546, em vigor desde Dezembro/2014.

(Primeiro Tratado Internacional de Saúde Pública)

Esta é uma decisão política!

(2015: primeiros 10 anos = excelentes resultados)

Contribuição do Pneumologista no Controle do Tabagi smo

O TABAGISMO É PROBLEMA DE

TODOS.

NINGUÉM MAIS PODE SE OMITIR.

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DESAFIOS/CONTRIBUIÇÕES DO PNEUMOLOGISTA

(1) Não fumar

(2) Promover ambientes 100% livres do tabaco

(3) Intervir sempre: no mínimo, aconselhar

(4) Capacitar-se para tratar fumantes

(5) Exercer advocacy no setor político

(6) Participar das campanhas antifumo

(7) Usar a mídia para ações antitabagistas

(8) Envolver-se com Tabagismo, ao máximo

(9) Exercer ações multiplicadoras - parcerias

(10) Ser um líder no Controle do Tabagismo

“ Sempre que alguém acende um cigarro, não está decidindo sobre este ato e muito menos exercendo um direito de livre arbítrio, mas, acima de tudo, está obedecendo ao comando de uma dependência da qual é portador - QUE PODE SER TRATADA!.

Daí, lhe resta manter diuturnamente o cigarro na boca e a nicotina no cérebro para enfrentamento das suas lides cotidianas!”

O dia em que as pessoas, particularmente os líderes dapolítica e da justiça, entenderem o significado des ta verdade, não apenas científica, mas acima de tudo humanística, se terá um caminho mais concreto para o controle do tabagismo, e para melhorar a Saúde e a Vida.

Luiz Carlos Corrêa da Silva

PENSAMENTO DE PNEUMOLOGISTA

U.S. Department of Health and Human Services Center s for Disease Control and Prevention Morbidity and Mortality Weekly Report. Vol. 63 / No. 13 - April 4, 2014. CDC Grand Rounds: Global Tobacco ControlSamira Asma, Yang Song, Joanna Cohen, Michael Eriksen, Terry Pechacek, Nicole Cohen, John Iskander.

- Século XX: tabaco contribuiu para 100 milhões de mortes; metade dos

fumantes morreram devido ao tabaco, em média 14 anos antes.

- 2011: 6 milhões de mortes (superior à AIDS + TB + Malária).

- 2030: 8 milhões de mortes (salvo se houver mudanças nas políticas)

- Produção mundial de cigarros, anualmente:

(1880=10 bilhões) => (2009=6 trilhões) (QUASE MIL VEZES MAIS)

-5 países consomem 58% do total de cigarros do Mundo:

China=38%, Rússia=7%, EEUU=5%, Indonésia=4%, Japão=4%.

- 500 milhões de pessoas, vivas hoje, morrerão por fu mar .

- O Brasil é o maior exportador de folha de tabaco.

A ENORME DIMENSÃO DO TABAGISMO

- O Brasil é o maior exportador de folha de tabaco.

Tabagismo: informações

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MANIFESTO DA SBPT SOBRE CONTROLE DO TABAGISMO

CARTA DE GRAMADOOutubro/2014

Por ocasião do XXXVII Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia, a SBPT através da Comissão de Tabagismo declara sua intenção de continuar se empenhandoao máximo na defesa da saúde dos brasileiros e priorizar ações efetivas e continuadas para o banimento definitivo do tabagismo do nosso país. Para isso, compromete-se de atuar cada vez mais na grande rede que pratica o advocacy junto ao setor político governamental, particularmente para a implementação da Convenção Quadro para Controle do Tabaco (OMS) no Brasil. Os pneumologistas comprometem-se a continuar se especializando e dedicando ao tratamento dos fumantes e tudo fazer para o Controle do Tabagismo.

Também, a SBPT posiciona-se sobre outras formas de consumo de tabaco e nicotina, particularmente os chamados cigarros eletrônicos: “até que surjam estudos consistentes de segurança e eficácia para indicações propostas, não pode ser autorizada sua comercialização, devendo vigorar as mesmas normas de controle aplicadas para cigarros e outros produtos fumígenos. Também, para narguilé e outras formas de consumo detabaco que venham a surgir, pelos seus riscos, que se apliquem as mesmas normas.”

Gramado, Outubro de 2014.

Dr. Jairo Sponholz de Araújo - Presidente da SBPTDr. José Miguel Chatkin - Presidente do SBPT 2014Dr. Luiz Carlos Corrêa da Silva – Com. Tabagismo SBPT

Fontes para leitura:

-Diretrizes SBPT (www.sbpt.org.br)Reichert e cols. JBP 2008; 34(10):845-80.

-Fiore et al. Guidelines to treating tobacco dependence,US, update 2008.

-Convenção Quadro da OMS (www.who.int)-ACTBr (www.act.org.br)-INCA (www.inca.gov.br)

Tabagismo: a Doença e seu Controle

- Corrêa da Silva LC e cols. Tabagismo – Doença que temTratamento , 2012, Artmed Editora, 309 pgs.

- Corrêa da Silva LC e cols. Tabagismo (12 capítulos). In:Pneumologia: Princípios e Prática, 2011, Artmed Editora.