brief transparência » revista semanal 63
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De 01-10-2012 a 07-10-2012TRANSCRIPT
Transparência
63
REVISTA SEMANAL ↘ 01.10 - 07.10_2012
Revista de Imprensa08-10-2012
1. (PT) - Diário Económico, 02/10/2012, Justicialismo ou impunidade? 1
2. (PT) - Diário Económico, 02/10/2012, Empresa de sucata de Manuel Godinho adere ao Revitalizar 3
3. (PT) - Público - Público - Porto, 03/10/2012, Vereadora não geria empresa suspeita de fraude fiscal 6
4. (PT) - Jornal de Notícias, 03/10/2012, Vereadora do Porto assinou cheques sem saber de fraude 7
5. (PT) - Jornal de Negócios, 03/10/2012, Crimes imputados a Vale e Azevedo não prescreveram 10
6. (PT) - i, 03/10/2012, Procuradoria nega prescrição de crimes de Vale e Azevedo 11
7. (PT) - Diário de Notícias, 03/10/2012, Vereadora do Porto demarca-se de negócio familiar sob suspeita 12
8. (PT) - Correio da Manhã, 03/10/2012, Roubados documentos dis submarinos 13
9. (PT) - Correio da Manhã, 03/10/2012, Cristóvão com perdão negado 16
10. (PT) - Correio da Manhã, 03/10/2012, "Irmãos pediam e eu assinava os cheques" 18
11. (PT) - Sol, 04/10/2012, Supremo do Brasil confirma "mensalão" 20
12. (PT) - Sábado, 04/10/2012, Já corrompeu ou foi corrompido por alguém? "Não. E nunca me sentipressionado" - Entrevista a Paulo Campos
21
13. (PT) - Público, 04/10/2012, Ministério Público sem meios para fiscalizar riqueza dos políticos 27
14. (PT) - Público, 04/10/2012, Juíza de instrução pede para ser afastada do processo das secretas 29
15. (PT) - Jornal de Notícias, 04/10/2012, Mais de 1600 participações de corrupção no site da PGR 30
16. (PT) - Correio da Manhã, 04/10/2012, Dirceu "liderava" rede de corrupção 32
17. (PT) - Bola Online, 04/10/2012, Juíza pede escusa no «Caso das Secretas» 33
18. (PT) - Público, 05/10/2012, Juíza pediu para ser afastada por conhecer irmã do ex-director das secretas 34
19. (PT) - Público, 05/10/2012, Antigo homem forte do Governo de Lula recebe primeira condenação 35
20. (PT) - Jornal de Notícias, 05/10/2012, Juíza pede escusa no caso das secretas 36
21. (PT) - i, 05/10/2012, Operação Furacão tem 74 processos suspensos 37
22. (PT) - Expresso, 05/10/2012, Mensalão mais perto de Lula 38
23. (PT) - Expresso, 05/10/2012, Juíza é amiga da irmã de Silva Carvalho 39
24. (PT) - Diário de Notícias, 05/10/2012, Juíza das secretas pede escusa por conhecer irmã do ex-espião 40
25. (PT) - Correio da Manhã, 05/10/2012, Tribunal chama políticos 41
26. (PT) - Público, 06/10/2012, Dirceu a três votos de ser condenado por corrupção 43
27. (PT) - Diário de Notícias, 06/10/2012, A nomeação do PGR 44
28. (PT) - Correio da Manhã, 06/10/2012, Dirceu mais perto da condenação 45
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Tiragem: 14985
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 43
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Área: 17,64 x 17,64 cm²
Corte: 1 de 2ID: 44024555 02-10-2012
Em tempos de crise o sentimentode injustiça torna-se mais agudo,o único modo legitimar a austeridadeque nos aperta os rins é um combatesem quartel à corrupção.
Fomos há dias surpreendidos com asbuscas feitas a três ex-governantesno âmbito da investigação sobre cri-mes de corrupção e administraçãodanosa relacionados com as PPP.No mesmo dia a ministra da Justiçaafirmou que o tempo da impunidadeterminou. Estas palavras caíramcomo uma bomba entre os deputa-
dos socialistas. Zorrinho esclareceu que o deputadoPaulo Campos não foi acusado de nada e AlbertoMartins falou da presunção de inocência.
O que pensar disto? Devemos esperar por umadecisão judicial para termos uma opinião sobre osnossos políticos?
Não é fácil definir a fronteira entre o juízopolítico e legal. Mas neste caso o TC dá-nos umaajuda. Numa auditoria sobre a renegociação dasPPP rodoviárias, os juízes denunciam não apenaso aumento injustificado do risco assumido peloEstado, mas também “benefícios sombra” ilegaisque, se fossem “conhecidos pelos juízes, teriamconduzido ao chumbo dos projectos.” Vale a penaler a auditoria (www.tcontas.pt), com um longocardápio de gestão ruinosa, demolidor para ogoverno anterior.
Numa outra auditoria a três PPP rodoviáriasassinadas nos últimos dois anos, os juízesdetectaram situações que podem gerar prejuízos dedois mil milhões, a que acresce a duplicação dadívida das EP. Tudo isto seria cómico se não fosseruinoso. Adivinhem quem vai, ou melhor, já está apagar a conta? Para ter uma ideia, o corte nosubsídio de Natal dos funcionários públicos equivale
a 800 milhões, quando se calcula que as PPP,em 40 anos, custem 59,6 mil milhões de euros.Uma autêntica máquina expropriativapara as novas gerações.
Mas as PPP não são apenas uma opção políticainfeliz de governantes deslumbrados. Para o TChouve ilegalidades e uma intenção deliberada deomitir informação. Segundo a imprensa, o MP estáa investigar se houve tráfico de influência sobre oregulador InIR, cujo presidente acusou PauloCampos de coacção e censura de informação.
É essencial que a investigação vá até às últimasconsequências. Mas enquanto os tribunais fazem oseu papel, era o que faltava que a presunção deinocência nos impedisse de tirar conclusões políticas.Sobretudo quando o TC foi tão claro na suaapreciação. Prefiro ser acusado de justicialismo doque deixar apodrecer o meu país num caldo deimpunidade, que mina insidiosamente a democracia.O sistema torna-se iníquo quando protege melhorum ex-secretário de Estado que nos custou milhões –e que se passeia agora pelos corredores da AR – doque um empresário que é acusado de crime fiscalquando se atrasa a pagar o IVA.
Mesmo na Grécia, já houve ex-governantespresos por corrupção e evasão fiscal, mas nadadisto aconteceu entre nós. As investigaçõesesbarram numa cultura judicial burocrática egarantística, para não falar noutro tipo deinteresses. Em tempos de crise, quando osentimento de injustiça se torna mais agudo, oúnico modo legitimar a austeridade que nos apertaos rins é um combate sem quartel à corrupção. ■
Justicialismoou impunidade?
PauloMarceloJurista
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Tiragem: 14985
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 3
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Corte: 2 de 2ID: 44024555 02-10-2012
Paulo MarceloJusticialismo ou impunidade?Em tempos de crise o sentimento de injustiçatorna-se mais agudo, o único modo de legitimara austeridade que nos aperta os rins é umcombate sem quartel à corrupção. ➥ P43
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Tiragem: 14985
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 26
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Área: 27,19 x 30,26 cm²
Corte: 1 de 3ID: 44024452 02-10-2012
Mónica [email protected]
A empresa O.2 de Manuel Go-dinho, envolvido no processoFace Oculta, aderiu em Se-tembro ao Processo Especialde Revitalização (PER), apu-rou o Diário Económico. Emcausa estão dívidas superioresa dois milhões de euros.
A empresa, em conjuntocom a Manuel J. Godinho –Administrações Prediais S.A.,uma empresa do grupo, apre-sentaram-se ao PER, criadopara tentar evitar a falênciadas empresas, que optam as-sim por um processo de recu-peração e reestruturação. OPER prevê que basta a empre-sa ter o acordo de um dos cre-dores para poder aceder a esteinstrumento criado à seme-lhança do ‘chapter 11’ dos Es-tados Unidos. A Manuel J. Go-dinho – Administrações Pre-diais S.A. reclama dívidas novalor de 178,86 mil euros,apurou o Diário Económicojunto do administrador de in-solvência.
Carlos Alberto Vecino Viei-ra, o administrador de insol-vência encarregue deste pro-cesso, explica que “ainda estána fase de reconhecimento decréditos” e, por isso, não podeavançar com o montante glo-bal. Ainda assim, o responsá-vel revelou que só o Fisco estáa exigir 2,57 milhões de eurosem dívidas. Recorde-se queno início do caso Face Oculta,a empresa de Manuel Godinhotinha dívidas fiscais certifica-das de quase um milhão deeuros em IVA e IRS, segundovalores avançados pela im-prensa.
Segundo o administradorde insolvências ainda vai levarentre três a seis meses paraaveriguar quais os valores emcausa. Por outro lado, VecinoVieira explica que o plano derevitalização da empresa “fi-cará a cargo da administra-ção” da mesma embora possa“intervir e dar pareceres” so-bre o plano.
O Diário Económico con-tactou o administrador da O.2– que é também administra-dor na Raplus, Soluções Am-bientais – que não quis darquaisquer informações “jáque está nomeado um admi-nistrador judicial”. Rui Mar-telo também não quis darquaisquer detalhes sobre oplano de revitalização porque“seria deselegante” revelá-loprimeiro na comunicação so-cial”. Caso a assembleia decredores aprove o plano de re-vitalização, a empresa de tra-tamentos de resíduos O.2 po-derá candidatar-se aos fundosde Revitalização que contamcom uma dotação de 220 mi-lhões de euros financiados empartes iguais pelo Quadro deReferência Estratégico Nacio-nal (QREN) e pelo sistemabancário.
Decisão nas mãos dos credoresA O.2 poderá ter viabilidadetendo em conta o “potencialdo negócio e o ‘know how’acumulado”, o que poderá“permitir, se os credores oentenderem, a viabilidade daempresa”, disse, ao DiárioEconómico, fonte conhecedo-ra do processo, recordandoque “a O.2 já chegou a factu-rar 25 milhões de euros”. Re-corde-se que a O.2 já estevesob investigação da Polícia Ju-diciária, no início de 2009 porapresentar indícios de fraude,uma vez que entre 2004 e2008, a sua facturação quin-tuplicou, fixando-se em 34,2milhões de euros, avançou oDiário de Notícias. Em apenasum ano, de 2007 a 2008, asvendas da O.2 aumentaram77%. A Judiciária suspeitavaque este desempenho terápassado por tráfico de in-fluências, corrupção activa eassociação criminosa, o queterá estado na origem da de-tenção de Manuel Godinhoque ainda hoje está sujeito auma medida de coacção que oproíbe de se ausentar da áreade residência, como avançouo Sol no início de Setembro. ■
Empresa de sucatade Manuel Godinhoadere ao RevitalizarA O.2, uma das empresas que está envolvida no caso FaceOculta, candidatou-se no início de Setembro ao PER.
DÍVIDAS FISCO
2,57 milhõesO Ministério das Finançasreclama uma dívida de2.579.391,98 euros. A SegurançaSocial até agora não reclamouqualquer dívida. Já a Manuel J.Godinho – AdministraçõesPrediais S.A. reclama uma dívidade 178.860, 65 euros.
Programa tem já 158As 158 empresas que aderiramrepresentam seis mil postosde trabalho.
São já 158 as empresas que seapresentaram ao Programa Es-pecial de Revitalização (PER)para tentar evitar a falência, op-tando por um processo de recu-peração e reestruturação. Noseu conjunto estão em causaseis mil postos de trabalho ecerca de 668 milhões de euros,revelou o secretário de estadoadjunto da Economia, AntónioAlmeida Henriques.
O responsável, que coordenaa comissão interministerial doPrograma Revitalizar, subli-nhou que este número de ade-sões é “um sinal inequívoco daactualidade e pertinência do
Revitalizar, que confere umasegunda possibilidade de recu-peração e crescimento a empre-sas viáveis”. Em declarações emAlcobaça, a semana passada, osecretário de Estado avançoucom o novo balanço deste pro-grama que deverá ter um novoimpulso quando forem conhe-cidas as sociedades gestoras dostrês fundos de capital de riscode base regional que vão apoiaros programas de revitalizaçãodas empresas. “Os fundos re-gionais são importantes para al-guns devedores de alguma di-mensão e sofisticação”, disse,ao Diário Económico, TomásPessanha. O sócio da PLMJ ex-plica que estes fundos poderãoser determinantes para essasempresas aderirem ao programa
Caso a assembleia de credores aprove oplano de revitalização, a empresa detratamentos de resíduos O.2 , de ManuelGodinho (à direita na foto), poderácandidatar-se aos fundos de Revitalização.
Trofense tambémaderiu ao PERO Clube Desportivo Trofensetambém aderiu ao ProcessoEspecial de Revitalização (PER) a 5de Setembro. O administrador deInsolvências, José AugustoMachado Ribeiro Gonçalves, disseao Diário Económico que está em“fase de reconhecimento doscréditos”. “Vou fazer a relaçãoprovisória de créditos, apurar asresponsabilidades do clube”, disse oresponsável. O Trofense é o 13º da IILiga, treinado pelo professor Neca e,em Junho, era um dos oito clubesprofissionais impedidos de inscreverjogadores devido a incumprimentos,devendo ser responsável pelo seupróprio plano de revitalização,segundo apurou o Diário Económico.Em causa estarão dívidas quesuperam os 3,33 milhões de euros,sendo que o maior credor é MartinsAzevedo Silva, anterior presidente,que reclama valores em dívidasuperiores ao próprio Estado. OFisco deverá ter em dívida 769,99mil euros e a Segurança Social 81,22mil euros. O processo foidesencadeado pelo antigopresidente Azevedo Silva, pelopróprio clube e pela empresa Quintados Migueis – gestão imobiliária SA.
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Tiragem: 14985
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
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Corte: 2 de 3ID: 44024452 02-10-2012Bruno Barbosa
candidatospois terão mais garantias de queos seus “planos de revitalizaçãoserão viabilizados por um in-vestimento externo”.
As PME em dificuldades po-dem aceder a apoios até um má-ximo de 1,5 milhões de euros,por cada período de 12 meses,mas para isso têm de apresentarum plano de viabilização daempresa que seja aceite peloscredores. O Estado disponibiliza110 milhões de euros do Quadrode Referência Estratégico Na-cional (QREN), através dos Fun-dos Revitalizar, que são alavan-cados por igual quantia dispo-nibilizada por sete instituiçõesbancárias - Caixa Geral de De-pósitos, BPI, BES, MillenniumBCP, Banif, Montepio Geral e aCaixa Central de Crédito Agrí-
EMPRESAS ADERENTES
1627 32
60
80
158
1 deOutubro
9 deAgosto
26 deJulho
10 deJulho
27 deJunho
23 deJunho
São já 158 as empresas queaderiram ao PER.
Fonte: Ministério da Economia e Diário EconómicoPágina 4
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Âmbito: Economia, Negócios e.
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Empresa deManuel Godinhoconcorreaos fundosdo Revitalizar
A empresade sucata O.2,envolvida no casoFace Oculta,candidatou-se aoProcesso Especial deRevitalização. Emcausa estão dívidasacima de dois milhõesde euros. ➥ P26
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Público - Porto Tiragem: 44837
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Âmbito: Informação Geral
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Porto
Vereadora “não geria empresa” suspeita de fraude fiscalA vereadora da Câmara do Porto Guilhermina Rego, que está a ser julgada por associação criminosa e fraude fiscal qualificada no âmbito da sua actividade empresarial, disse ontem aos juízes do Tribunal de Gaia que “não geria a empresa” herdada do pai. A firma, onde era administradora vogal, surge no centro de um esquema de facturas falsas no sector das sucatas que lesou o Estado em quase cinco milhões de euros através da dedução indevida de IVA. Também arguido, António Rego, irmão de Guilhermina, fez questão de ilibar a vereadora. “Não tinha nada a ver com a gestão”, garantiu. A empresa era gerida por ele e por outra irmã. Ambos negaram também os crimes. No total, estão em julgamento 18 arguidos, cinco dos quais são empresas.
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Tiragem: 101637
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Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Tiragem: 45116
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Ministério Público sem meios para fi scalizar riqueza dos políticos
O alerta é lançado no relatório da
Procuradoria-Geral da República
(PGR) relativo a 2011. Se o Gabine-
te do Ministério Público (MP) que
funciona junto do Tribunal Consti-
tucional (TC) não for reforçado, fi ca
em causa uma das suas missões: o
controlo da riqueza dos titulares de
cargos políticos. “A manter-se a di-
mensão do gabinete do MP junto do
tribunal, pode colocar-se seriamente
em risco a possibilidade prática de se
poder realizar uma indagação fáctica
inicial e posteriormente”, refere o
relatório agora tornado público.
A Lei 19/2008 confere ao MP junto
do TC o “dever de proceder, em par-
ticular após o termo dos mandatos
ou à cessação de funções, à análise
das declarações de património, ren-
dimentos e cargos sociais, de forma a
poder comparar, sistematicamente,
a situação patrimonial dos titulares
de cargos políticos e equiparados
nos momentos do início e termo
das funções”. O relatório sublinha
a necessidade de reforçar o gabine-
te com, pelo menos, mais um pro-
curador, para além de se garantir a
“colaboração, ainda que pontual, de
outro pessoal qualifi cado que, sob
a orientação do MP, colabore com
este na análise dos vários milhares
de declarações que, em cada ano, se-
rá necessário analisar e comparar”.
A estrutura do MP no TC, que data
ainda dos anos 90, conta com dois
procuradores-gerais adjuntos, dois
procuradores da República, como
assessores, e dois funcionários de
secretariado.
A sua composição “mantém-se,
assim, inalterada há mais de uma
década, apesar do sensível acrésci-
mo de funções que ao mesmo gabi-
nete têm, nos últimos anos, vindo a
ser cometidas”, lamenta o MP. Em
causa está também a fi scalização
das contas dos partidos políticos e
as incompatibilidades, impedimen-
tos e declarações de património e
rendimentos dos titulares de cargos
políticos. O relatório da PGR estima
tratar-se de uma “dezena e meia de
milhares de declarações”.
O presidente do Sindicato dos
Magistrados do Ministério Público
(SMMP), Rui Cardoso, sublinha a pre-
ocupação. “É um problema que não
é de todo novo, mas que se pode ter
agudizado. Os recursos são realmen-
te escassos”, disse ao PÚBLICO. Já
o Ministério da Justiça (MJ) garante
nada poder fazer em relação a esta
questão, uma vez que “o orçamento
do Tribunal Constitucional não de-
pende do MJ”.
A carência de magistrados e fun-
cionários não ocorre apenas no TC.
A PGR lembra que também nou-
tras estruturas judiciais se verifi ca
a escassez de recursos humanos.
O relatório identifi ca o problema
no Departamento de Investigação
e Acção Penal do Porto, no Tribu-
nal de Execução de Penas do Porto,
Tribunal de Família e Menores do
Porto (TFMP) e ainda nos tribunais
de Évora. No TFMP, os magistrados
admitem a incapacidade. “É de seis
o quadro de magistrados, o que é
gritantemente desadequado. Não é
possível com este número desempe-
nhar convenientemente as inúmeras
funções a cargo”, refere o relatório.
Rui Cardoso diz que a não-realização
de um curso, no ano passado, no
Centro de Estudos Judiciários, que
forma juízes e procuradores, poderá
ter contribuído para a escassez de
profi ssionais. Já o MJ diz que a re-
forma do mapa judiciário em curso
poderá ajudar a atenuar o problema,
uma vez que prevê “uma distribui-
ção mais equilibrada dos recursos
humanos, de acordo com as neces-
sidades dos diversos serviços”.
Casinos por investigarTambém no Departamento Cen-
tral de Investigação e Acção Penal
(DCIAP) o número de magistrados
e funcionários é insufi ciente. O MP
diz, aliás, que, “por falta de elemen-
tos humanos e informáticos, não foi
possível ainda proceder à análise e
tratamento da informação das parti-
cipações dos casinos, sendo estes ti-
dos, internacionalmente, como fon-
te privilegiada de branqueamento”
de capitais. Aquele departamento
conta com 13 procuradores, 12 pro-
curadores adjuntos e 16 funcioná-
rios judiciais.
As limitações no Núcleo de As-
sessoria Técnica e na Unidade de
Análise e Informação do DCIAP e
“as sucessivas anomalias nos sis-
temas informáticos inviabilizam a
execução de um trabalho com maior
qualidade e minuciosidade”, reco-
nhece ainda o documento. Apesar
de, ofi cialmente, o departamento
dispor de sete viaturas, no relatório
frisa-se que na realidade são apenas
três, o que obrigou a que os magis-
trados tivessem “por várias vezes”
de se deslocar “no seu próprio meio
de transporte”.
Por outro lado, o relatório da PGR
salienta também as más condições
de trabalho em edifícios muito anti-
gos, degradados e exíguos, nomea-
damente no Porto, Vila Real, Santa-
rém e Aveiro. No Tribunal de Família
e Menores do Porto, “ambas as sec-
ções estão como que mergulhadas
em verdadeiros muros de processos
e em que o espaço para cada um dos
cada vez menos funcionários se tor-
na exíguo, difi culta sobremaneira
o trabalho e desmotiva, atentas as
caóticas condições”. “O mobiliário
está degradado e o edifício não tem
segurança”, alerta o MP.
Procuradores no Tribunal Constitucional são poucos para o muito que lhes é pedido, assume PGR no seu relatório anual de actividades. No DCIAP, a falta de meios já inviabilizou análise de participações
JustiçaPedro Sales Dias
Aumento de inquéritos em 2011
Pendência baixou mais de 25% a nível nacional
O relatório anual da PGR refere um acréscimo dos inquéritos judiciais em 2011, por se verificar
“um muito ligeiro aumento da criminalidade participada”. No último ano, o MP instaurou um total de 551.009 processos de inquérito, mais 615 do que os registados em 2010. No total, foram movimentados 769.867 inquéritos, tendo sido concluídos 568.342, mais 7094 do que em 2010. O número de inquéritos pendentes fixou-se em 201.525. Na distribuição
dos inquéritos, os distritos de Lisboa e Évora registaram um acréscimo no número, enquanto Porto e Coimbra tiveram uma diminuição. Lisboa passou de 223.968 inquéritos em 2010 para 226.781 em 2011 e Évora registou 534 a mais, para um total de 73.761. Relativamente à pendência, verificou-se uma descida de 26,18% a nível nacional. No ano passado ocorreram menos 5116 processos sumários (total de 26.183 em 2011) e mais 1233 sumaríssimos (6272). P.S.D.
DANIEL ROCHA
O relatório que resume a actividade do MP é o último de Pinto Monteiro como procurador-geral
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Relatório da Procuradoria--Geral da República alerta para falta gritante de meios no Tribunal Constitucional, onde é fi scalizada a riqueza dos titulares de cargos políticos p6
Magistrados sem meios para fiscalizarriqueza dos políticos
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Corte: 1 de 1ID: 44067656 04-10-2012
A juíza do Tribunal de Instrução
Criminal de Lisboa que está com o
processo das secretas pediu para ser
afastada do caso, tendo enviado no
início desta semana um pedido de
escusa para o Tribunal da Relação
de Lisboa. A magistrada informou
as várias partes da sua iniciativa, sem
adiantar os motivos que estão na ori-
gem do pedido.
José Manuel Duro, do Conselho
Superior da Magistratura, diz que
o organismo não conhece os moti-
vos invocados pela juíza, mas realça
Juíza de instrução pede para ser afastada do processo das secretas
que muitas vezes trata-se de matéria
“reservada”.
Os argumentos da magistrada vão
ser agora analisados por dois juízes
de uma das secções criminais da Re-
lação de Lisboa, que irão decidir se
há motivos sufi cientemente fortes
para afastá-la deste caso, em que o
ex-director do Serviço de Informa-
ções Estratégicas de Defesa (SIED),
Jorge Silva Carvalho, é acusado de ter
passado informações ao grupo On-
going, presidido por Nuno Vascon-
cellos. Se os dois juízes da Relação
não estiverem de acordo, é chamado
a intervir o presidente da secção, que
irá desempatar o caso.
A lei penal admite que um juiz pos-
sa pedir o afastamento de um caso
“por existir motivo sério e grave, ade-
quado a gerar desconfi ança sobre a
sua imparcialidade”. A intervenção
do juiz noutro processo ou em fases
anteriores do mesmo caso são alguns
dos motivos previstos na lei.
JustiçaMariana Oliveira
Magistrada informou as partes do pedido de escusa que enviou para o Tribunal da Relação de Lisboa, sem adiantar os motivos
Nas mãos desta juíza de instrução
estaria a decisão de remeter ou não
o caso para julgamento, após ouvir
testemunhas e provas apresenta-
das pela defesa e pela acusação.
Esta fase facultativa do processo
penal só foi pedida pela defesa de
Vasconcellos, acusado de um crime
de corrupção activa. O mesmo não
aconteceu com os outros dois argui-
dos: Jorge Silva Carvalho, acusado
de corrupção passiva, violação do
segredo de Estado, abuso de poder
e acesso indevido a dados pessoais;
e João Luís, ex-director do Departa-
mento Operacional do SIED, acusa-
do de abuso de poder e de acesso
ilegítimo a dados pessoais.
Determinante para o desfecho des-
te caso será a decisão do primeiro-
ministro, Passos Coelho, de levantar
ou não o segredo de Estado a vários
documentos que o advogado de Silva
Carvalho considera essenciais para a
sua defesa. Numa carta enviada em
Abril ao primeiro-ministro, o advoga-
do João Medeiros pedia ainda que o
seu cliente fosse autorizado a depor
sobre alguns factos, também sujeitos
ao segredo de Estado. Até agora, Pas-
sos Coelho ainda não decidiu.
“O primeiro-ministro solicitou pa-
receres sobre essa matéria à Presi-
dência da República, à Presidência
da Assembleia da República, ao Con-
selho de Fiscalização do Sistema de
Informações da República e ao Con-
selho Consultivo da Procuradoria-
Geral da República. Este processo de
consulta não está ainda concluído”,
justifi ca o gabinete de Passos.
Jorge Silva Carvalho, ex-director do SIED, é acusado de ter passado informações ao grupo Ongoing
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Juíza pede escusa no «Caso das Secretas»
Tipo Meio: Internet Data Publicação: 04/10/2012
Meio: Bola Online
URL: http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=355885
/
Por Redação A juíza Marisa Santos Arnedo pediu escusa de realizar a instrução do Caso das Secretas pelo facto deser amiga da irmã do arguido Jorge Silva Carvalho. A juíza explicou ao Tribunal da Relação de Lisboa que conhece a irmã do ex-diretor do Serviço deInformações Estratégicas de Defesa (SIED) pelo facto de ambas terem filhos a estudar no mesmocolégio. Ao fundamentar o pedido de escusa, a magistrada judicial reconhece que foi o presidente da Ongoing,Nuno Vasconcellos, a requerer a fase de instrução e não Jorge Silva Carvalho, mas, como ambos sãoarguidos no mesmo processo, entende que não deve apreciar o caso. Jorge Silva Carvalho está acusado de acesso indevido a dados pessoais, abuso de poder e violação desegredo de Estado, enquanto o presidente da Ongoing, Nuno Vasconcellos, foi acusado de corrupçãoativa. 04-10-2012
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O ex-espião Jorge Silva Carvalho é acusado de quatro crimes
O facto de a juíza Ana Marisa Nunes,
do Tribunal de Instrução Criminal
de Lisboa, conhecer a irmã de Jorge
Silva Carvalho, ex-director do Servi-
ço de Informações Estratégicas de
Defesa (SIED) e um dos três argui-
dos no processo das secretas, foi o
motivo invocado pela magistrada
para pedir o afastamento do caso.
O PÚBLICO apurou que o conheci-
mento decorre do facto de os fi lhos
de Ana Marisa Nunes estudarem na
mesma escola que os sobrinhos de
Silva Carvalho.
O pedido de escusa foi enviado no
início desta semana para o Tribunal
da Relação de Lisboa, que, dentro
de alguns dias, deverá decidir se há
motivos sufi cientemente fortes para
afastar a magistrada deste caso em
que o ex-director do SIED é acusa-
do de ter passado informações ao
grupo Ongoing, presidido por Nuno
Vasconcellos.
Ana Marisa Nunes informou as
várias partes do processo da sua
iniciativa, mas não adiantou os
motivos que estiveram na origem
do pedido.
O presidente da Associação Sin-
dical dos Juízes Portugueses, Mou-
raz Lopes, explica que este tipo de
pedido tem como objectivo salva-
guardar a imparcialidade do tribu-
nal. “O próprio juiz pode suscitar
Juíza pediu para ser afastada por conhecer irmã do ex-director das secretas
o incidente para que não fi quem
dúvidas da sua imparcialidade. Aí,
o tribunal superior diz que não há
razão que justifi que o impedimento
e o magistrado continua no caso”,
afi rma Mouraz Lopes. Para alguns
dos advogados do caso, a intenção
da juíza é antecipar-se a qualquer
tipo de dúvidas que possam ser le-
vantadas, apesar de acreditarem
que a Relação não vai retirar o caso
à magistrada. A lei penal prevê que
um juiz pode pedir o afastamento de
um caso “por existir motivo sério e
grave, adequado a gerar desconfi an-
ça sobre a sua imparcialidade”.
Os argumentos da juíza vão ser
agora analisados por dois juízes de
uma das secções criminais da Rela-
ção de Lisboa. Se estes não estive-
rem de acordo, é chamado a inter-
vir o presidente da secção, que irá
desempatar o caso.
Nas mãos desta juíza de instrução
estaria a decisão de remeter ou não
o caso para julgamento, após ouvir
testemunhas e provas apresentadas
pela defesa e pela acusação. Esta fa-
se facultativa do processo penal, que
tem o objectivo de confi rmar a exis-
tência de indícios sufi cientes para
o caso seguir para julgamento, só
foi pedida pela defesa de Nuno Vas-
concellos, acusado de um crime de
corrupção activa. Ao fundamentar
o pedido de afastamento, a própria
Ana Marisa Nunes reconhece que
foi Vasconcellos a requerer a fase
de instrução e não Jorge Silva Car-
valho, mas, como ambos são argui-
dos, entende que não deve apreciar
o caso.
Jorge Silva Carvalho está acusado
de corrupção passiva, violação do
segredo de Estado, abuso de poder e
acesso indevido a dados pessoais.
JustiçaMariana Oliveira
Relação de Lisboa deve decidir dentro de alguns dias se há motivos suficientes para juíza ser retirada do processo
ENRIC VIVES-RUBIO
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Corte: 1 de 1ID: 44087844 05-10-2012
O ex-chefe da Casa Civil da Presidên-
cia de Lula da Silva, José Dirceu, foi
condenado por corrupção activa, no
processo conhecido como Mensa-
lão, pelo primeiro dos dez membros
do Supremo Tribunal a pronunciar-
se sobre esta acusação.
Para além de Dirceu, foram tam-
bém condenados o ex-presidente do
Partido dos Trabalhadores (PT) José
Genoino; o ex-tesoureiro do partido
Delúbio Soares; Marcos Valério, do-
no de agências de publicidade que
tinham contratos com o Governo;
MensalãoAlexandre Martins
O primeiro membro do Supremo a pronunciar-se sobre o caso considerou José Dirceu culpado de corrupção activa
e outros quatro acusados. Apenas
dois foram absolvidos.
O relator Joaquim Barbosa con-
siderou que Dirceu foi o “mandan-
te” do esquema e “comandou” as
acções de Delúbio Soares e Marcos
Valério para o pagamento a partidos
em troca do apoio a projectos do
Governo de Lula da Silva.
Para Joaquim Barbosa, fi cou pro-
vado que Dirceu “controlava os
destinos da empreitada criminosa,
especialmente mediante seus bra-
ços executores mais directos, isto é,
Marcos Valério e Delúbio Soares”.
Depois desta condenação, fi cam
a faltar as decisões dos outros nove
membros do Supremo. Para que um
acusado seja condenado ou absolvi-
do são necessários pelo menos seis
votos.
No Mensalão foram acusadas 37
pessoas. Destas, 22 foram condena-
das por desvio de recursos públicos,
gestão fraudulenta, lavagem de di-
nheiro e corrupção entre partidos.
Em curso está o julgamento por
corrupção activa, faltando as acu-
sações de lavagem de dinheiro pelo
PT, evasão de dívidas e formação de
quadrilha.
Quanto a absolvições, apenas
quatro: Geiza Dias, funcionária das
agências de Marcos Valério (absol-
vida da acusação de lavagem de di-
nheiro, mas a aguardar a decisão
sobre corrupção activa); Ayanna Te-
nório, ex-directora do Banco Rural
(absolvida de gestão fraudulenta e
lavagem de dinheiro mas a aguardar
decisão sobre formação de quadri-
lha); e o ex-ministro Luiz Gushiken e
o ex-assessor Antônio Lamas, ambos
a pedido do Ministério Público.
As penas a aplicar só serão discu-
tidas após o fi nal do julgamento, que
os media brasileiros apontam para
fi nais deste mês. A pena por corrup-
ção activa no Brasil varia entre dois
e 12 anos de prisão.
Antigo homem forte do Governo de Lula recebe primeira condenação
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O ex-chefe da Casa Civil da Presidên-
cia de Lula da Silva está a três votos
de ser condenado por corrupção ac-
tiva no processo conhecido como
Mensalão. Dos quatro membros do
Supremo que já se pronunciaram
sobre o futuro de José Dirceu, três
votaram pela sua condenação, fal-
tando agora saber a decisão dos res-
tantes seis.
Para haver condenação ou absolvi-
ção, são necessários pelo menos seis
votos dos dez membros do Supremo
Tribunal Federal do Brasil que estão
a julgar José Dirceu e nove outros
acusados de corrupção activa no ca-
so do Mensalão. Se for condenado, o
antigo homem forte do Governo de
Lula da Silva fi ca sujeito a uma pena
de prisão de dois a 12 anos.
O julgamento do crime de cor-
rupção activa — um dos oito que
compõem o processo do Mensalão
— começou na quarta-feira, com o
anúncio da decisão do relator Joa-
quim Barbosa, que votou pela con-
denação de José Dirceu, consideran-
do-o “o mandante” do esquema de
pagamentos a partidos em troca do
apoio no Congresso a projectos do
Governo de Lula da Silva.
Na quinta-feira, o revisor Ricardo
Lewandowski absolveu José Dirceu,
defendendo que as acusações do Mi-
nistério Público não passam de “ila-
ções” e “conjecturas”. No mesmo dia
Dirceu a três votos de ser condenado por corrupção
pronunciaram-se mais dois membros
do Supremo. Rosa Weber e Luiz Fux
concordaram com o relator Joaquim
Barbosa e consideraram José Dirceu
culpado de corrupção activa.
“Pelas reuniões, pelos depoimen-
tos, é evidente que esse denunciado
[ José Dirceu] fi gura como articula-
dor político desse caso penal, por
sua posição de destaque no partido
e Governo”, declarou Luiz Fux. Já
Rosa Weber concluiu, “com base em
todos esses elementos, da respon-
sabilidade de Dirceu, especialmente
considerando os limites das impu-
tações por repasses fi nanceiros aos
quatro partidos”.
Dos dez acusados de corrupção ac-
tiva, apenas dois foram absolvidos
por todos os quatro membros do Su-
premo que já se pronunciaram — Gei-
za Dias, funcionária de uma agência
de publicidade de Marcos Valério,
que tinha contratos com o Governo
brasileiro de então; e o ex-ministro
dos Transportes Anderson Adauto.
As outras três personalidades cen-
trais no processo do Mensalão tam-
bém têm visto os seus casos enca-
minhados para uma condenação. O
ex-presidente do Partido dos Traba-
lhadores (PT) José Genoino tem três
condenações e uma absolvição (do
revisor Ricardo Lewandowski, que
também absolveu José Dirceu); o ex-
tesoureiro do PT Delúbio Soares tem
quatro condenações; e o proprietário
de empresas de comunicação Mar-
cos Valério também foi considerado
culpado pelos quatro membros do
Supremo que já se pronunciaram.
As penas a aplicar a eventuais con-
denados só serão discutidas após o
fi nal do julgamento, que os media
brasileiros apontam para fi nais do
mês. A pena por corrupção activa va-
ria entre dois e 12 anos de prisão.
BrasilAlexandre Martins
As outras três personalidades centrais no processo também têm visto os seus casos encaminhados para uma condenação
Os restantes juízes só votam para a semana, depois das municipais
AFP
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