brief transparência » revista semanal 83
DESCRIPTION
De 11-03-2013 a 17-03-2013TRANSCRIPT
REVISTA SEMANAL 83
DE 11-03 A 17-03-2013
BRIEFING INTELI » TRANSPARÊNCIA || 2013
Revista de Imprensa18-03-2013
1. (PT) - Público, 11/03/2013, Magistrado despronunciado em processo de fraude fiscal no Nacional daMadeira
1
2. (PT) - Página 1, 11/03/2013, Luta contra a corrupção entre as prioridades de Amadeu Guerra 2
3. (PT) - Jornal de Negócios, 11/03/2013, Inspectores só podem fazer denúncias à justiça depois deprovarem a culpa
4
4. (PT) - Público, 12/03/2013, Sucessor de Cândida Almeida admite que lhe custou aceitar cargo 7
5. (PT) - i, 12/03/2013, Isaltino Morais já apresentou 44 recursos 9
6. (PT) - i, 12/03/2013, Novo director quer contribuir para fim do descrédito na justiça 11
7. (PT) - Jornal de Notícias, 12/03/2013, Novo diretor promete DCIAP discreto, corajoso e isento 13
8. (PT) - Diário Económico, 12/03/2013, Procuradora impõe rapidez e reserva ao director do DCIAP 15
9. (PT) - Diário de Viseu, 12/03/2013, Crimes económicos e corrupção nas prioridades do DCIAP 16
10. (PT) - Diário de Notícias, 12/03/2013, Conselho do MP avança para limitação de mandatos 17
11. (PT) - Diário de Leiria, 12/03/2013, Crimes económicos e corrupção nas prioridades do DCIAP 19
12. (PT) - Diário de Coimbra, 12/03/2013, Crimes económicos e corrupção nas prioridades do DCIAP 20
13. (PT) - Diário de Aveiro, 12/03/2013, Crimes económicos e corrupção nas prioridades do DCIAP 21
14. (PT) - Correio da Manhã, 12/03/2013, Amadeu exige coragem e isenção 22
15. (PT) - Público, 13/03/2013, Esgotaram-se os recursos para travar perda de mandato 24
16. (PT) - i, 13/03/2013, Caso Isaltino Morais. Quem tem o poder de pôr um ponto final? 27
17. (PT) - Correio da Manhã, 13/03/2013, «Fui alvo de ameaças» 29
18. (PT) - Sábado, 14/03/2013, Interrogado em Abril 30
19. (PT) - Record, 14/03/2013, Isaltino Morais perde recurso no Constitucional 31
20. (PT) - i, 14/03/2013, Isaltino. Constitucional não aceita um recurso, mas há outros pendentes 32
21. (PT) - Sol, 15/03/2013, Acusação desmonta teia de negócios e offshores do BPN 34
22. (PT) - Jornal de Negócios, 15/03/2013, Procuradoria avalia restrições da IGF às inspecções às câmaras 35
23. (PT) - Diário de Notícias, 15/03/2013, Isaltino ainda tem dois recursos pendentes 37
24. (PT) - Diário de Notícias, 15/03/2013, Árbitros e família de Cardinal exigem quase 200 mil a Cristóvão 38
25. (PT) - Correio da Manhã, 15/03/2013, Isaltino livre para sair de Portugal 40
26. (PT) - Bola, 15/03/2013, Recusado recurso de Isaltino Morais 42
A1
Tiragem: 40595
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 10
Cores: Cor
Área: 16,51 x 30,54 cm²
Corte: 1 de 1ID: 46569119 11-03-2013DR
O director regional dasFinanças, João Machado, continua em funções
O Tribunal da Relação de Lisboa não
pronunciou o magistrado Jorge Car-
los Santos, único dos membros da
direcção do Clube Desportivo Nacio-
nal que foi excluído do processo de
fraude fi scal que começa hoje a ser
julgado pelo Tribunal da Vara Mista
do Funchal.
A Relação concluiu pela não exis-
tência de indícios probatórios que
permitam imputar a Carlos Santos a
prática de crime fi scal qualifi cado ou
do crime de branqueamento, de que
são acusados o presidente do clube,
Rui Alves, e restantes membros da
direcção.
O magistrado que exerceu fun-
ções de procurador da República
no Círculo Judicial do Funchal, de-
clarou nos autos ter exercido fun-
ções de vice-presidente entre 6 de
Julho de 2002 e 12 de Setembro de
2003 e não ter conhecimento de
contratos de imagem estabelecidos
entre o clube e jogadores e técni-
cos para ocultar pagamento de parte
dos respectivos salários, para esca-
Magistrado despronunciado em processo de fraude fiscal no Nacional da Madeira
par ao fi sco e à Segurança Social.
Noutro inquérito aberto pelo Con-
selho de Magistratura do Ministério
Público que culminou com o arqui-
vamento do consequente processo
disciplinar pela sua conduta na re-
gião, o mesmo magistrado reiterou
ter apresentado o pedido de renún-
cia do cargo de dirigente do Nacio-
nal no referido dia 12 de Setembro
de 2003. Mas na acusação deduzi-
da no caso que começa hoje a ser
julgado o Ministério Público refere
que Carlos Santos e João Machado
(director regional das Finanças),
membros da direcção eleita para o
triénio 2002/05, exerceram funções
até 29 de Março de 2004, conforme
acta que este último dirigente fez
anexar ao processo.
A prova apresentada por João
Machado, já na fase de instrução,
de que deixou a direcção do CDN
em 2004, não foi sufi ciente para o
despronunciar.
Membro do governo de Alberto
João Jardim desde 2000, ano em que
foi nomeado director regional do
Orçamento, o também membro da
comissão política regional do PSD,
passou a dirigir a Direcção Regio-
nal dos Assuntos Fiscais a partir de
2005.
O crime de branqueamento im-
putado aos dirigentes do Nacional
abrange o período entre 2002 e
2005, enquanto os crimes de fraude
fi scal qualifi cada e de fraude contra
a Segurança Social dizem respeito
a este último, ano em que o con-
troverso processo de transferência
de atribuições e competências tri-
butárias para a região teve início,
concretizando-se assim uma das 38
medidas acordadas entre Jardim e o
primeiro-ministro Durão Barroso,
em Outubro de 2002.
Acusado com os restantes dirigen-
tes do Nacional pelo MP a 13 de Julho
de 2011 e pronunciado pelo Tribunal
Central de Instrução Criminal a 31 de
Outubro de 2012, Machado manteve-
se em funções e contou com o apoio
de Jardim, que considerou “falsos”
os factos imputados no processo.
Machado é acusado de ter criado,
com outros três dirigentes do Nacio-
nal, uma empresa off -shore registada
nas Ilhas Virgens Britânicas, utiliza-
da pelo clube madeirense, de que
era vice-presidente, para fugir às
contribuições ao fi sco e à Seguran-
ça Social, entre 2002 e 2005.
Segundo o DIAP, os crimes prati-
cados entre 2002 e 2005 terão ori-
ginado prejuízos ao Estado de cerca
de 1,3 milhões de euros. Mas os ar-
guidos só poderão ser julgados pelos
crimes fi scais praticados em 2005,
no montante de 91,7 mil euros, uma
vez que o Nacional recorreu à lei do
repatriamento extraordinário de ca-
pitais, aplicável apenas a montantes
que não estivessem no território até
31 de Dezembro de 2004, para regu-
larizar anteriores infracções.
Justiça Tolentino de Nóbrega
Jorge Carlos Santos foi o único dos vice-presidentes do clube de futebol da Madeira que não foi constituído arguido
Página 1
A2
Tiragem: 0
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 18
Cores: Preto e Branco
Área: 5,43 x 9,13 cm²
Corte: 1 de 2ID: 46590827 11-03-2013DCIAP
Luta contra a corrupção entre as prioridades de Amadeu Guerra
O novo director do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) elegeu como priori-dades o “combate à criminalidade económica-fi nanceira e violenta e a luta contra a corrupção”.No discurso de tomada de posse, Amadeu Guerra disse também ser defensor de uma actuação discreta, mas reconheceu que o novo cargo tem uma certa notoriedade públi-ca, devido aos processos de grande complexidade ligados ao combate da criminalidade organizada.
Página 2
Tiragem: 0
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 7,19 x 0,49 cm²
Corte: 2 de 2ID: 46590827 11-03-2013
DCIAP: Novo director promete luta contra a corrupção
Página 3
A4
Tiragem: 15528
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 28
Cores: Preto e Branco
Área: 27,19 x 34,37 cm²
Corte: 1 de 3ID: 46569321 11-03-2013
Página 4
Tiragem: 15528
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 29
Cores: Preto e Branco
Área: 26,84 x 34,23 cm²
Corte: 2 de 3ID: 46569321 11-03-2013
Página 5
Tiragem: 15528
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 9,12 x 7,57 cm²
Corte: 3 de 3ID: 46569321 11-03-2013
Página 6
A7
Tiragem: 40595
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 11
Cores: Cor
Área: 15,95 x 24,30 cm²
Corte: 1 de 2ID: 46588919 12-03-2013
ENRIC VIVES-RUBIO
Amadeu Guerra está preocupado com a credibilidade da justiça
O sucessor de Cândida Almeida à
frente do Departamento Central de
Investigação e Acção Penal (DCIAP),
Amadeu Guerra, admitiu ontem, du-
rante a sua tomada de posse, que
não lhe foi fácil aceitar o convite
para o cargo.
Dizendo-se ciente das difi culdades
que vai encontrar, nomeadamente
“a crise de credibilidade e de con-
fi ança que abala o sistema judicial”,
o procurador-geral adjunto explicou
que, sendo partidário da discrição,
“assim pretendia continuar”. Mas tal
não será possível nos próximos três
anos que durará este mandato, re-
conheceu: “Estou consciente de que
a direcção do DCIAP tem uma cer-
ta notoriedade, na medida em que
aqui são investigados processos de
especial complexidade e relevância
social, cujos resultados são determi-
nantes para aprofundar a defesa da
legalidade enquanto componente
essencial do Estado de direito”.
A reconquista da confi ança dos
cidadãos na justiça foi também abor-
dada pela procuradora-geral da Re-
pública, Joana Marques Vidal, que
falou na necessidade de as investi-
gações serem feitas “em tempo útil
e razoável”, respeitando o segredo
de justiça. Para Amadeu Guerra, de
58 anos, a descrença no sistema “só
pode ser minorada”, no que aos ma-
gistrados do Ministério Público diz
respeito, com isenção, independên-
cia e coragem.
“Este representa o maior desafi o
da minha carreira de mais de 30
anos como magistrado”, referiu,
apontando as somas que fez pou-
Sucessor de Cândida Almeida admite que lhe custou aceitar cargo
par ao Estado como o motivo que
poderá ter estado na origem da sua
escolha para encabeçar o comba-
te à corrupção e à criminalidade
económico-fi nanceira. E detalhou:
“No ano de 2012 foram julgadas e
transitaram em julgado acções con-
tra o Estado no valor de quase 500
milhões de euros, tendo o Estado
sido condenado em pouco mais de
200 mil”.
Amadeu Guerra exercia funções
de coordenador do Ministério Públi-
co no Tribunal Central Administra-
tivo do Sul. Antes disso esteve mais
de uma década na Comissão Nacio-
nal de Protecção de Dados, tendo
também passado pela Comissão de
Acesso aos Documentos Adminis-
trativos. Em meados dos anos 80
chegou a trabalhar com Cândida
Almeida no Tribunal de Trabalho
de Lisboa. Também pertenceu à
unidade de controlo da Europol,
a polícia europeia, tendo aí publi-
cado estudos sobre criminalidade
económico-fi nanceira.
Segundo de cinco fi lhos de uma
família humilde chefi ada por um ca-
bo da GNR, nasceu em Tábua, no
distrito de Coimbra, tendo passado
a adolescência já em Lisboa.
JustiçaAna Henriques
Amadeu Guerra passou ontem a encabeçar o combate à corrupção e à criminalidade económico--financeira no DCIAP
O Ministério Público “continuará a contar com Cândida Almeida no exercício de
outras funções igualmente relevantes”. Foi assim que a procuradora-geral da República ontem se referiu ao futuro daquela que foi, durante 12 anos, o rosto do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, e que decidiu recentemente não reconduzir. Onde, Joana Marques Vidal não disse. Presente na tomada de posse do seu sucessor, Cândida Almeida, de 63 anos, também não. Parte do discurso da PGR foi-lhe dirigido: “Concordará comigo que a mudança de pessoas constitui factor essencial do funcionamento de qualquer instituição, reflectindo a sua vitalidade”.
Reforma não é para já
Página 7
Tiragem: 40595
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 48
Cores: Preto e Branco
Área: 5,10 x 3,69 cm²
Corte: 2 de 2ID: 46588919 12-03-2013
Sucessor de Cândida Almeida no DCIAP tomou ontem posse p11
Amadeu Guerra admite que lhe custou aceitar cargo
Página 8
A9
Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 29
Cores: Cor
Área: 24,32 x 30,82 cm²
Corte: 1 de 2ID: 46589698 12-03-2013
Página 9
Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 14,69 x 22,81 cm²
Corte: 2 de 2ID: 46589698 12-03-2013
Página 10
A11
Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 6
Cores: Cor
Área: 9,80 x 30,10 cm²
Corte: 1 de 2ID: 46589560 12-03-2013
Página 11
Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 7
Cores: Cor
Área: 14,44 x 29,66 cm²
Corte: 2 de 2ID: 46589560 12-03-2013
Página 12
A13
Tiragem: 91363
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 11
Cores: Cor
Área: 22,47 x 22,60 cm²
Corte: 1 de 2ID: 46589366 12-03-2013
Página 13
Tiragem: 91363
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 16,07 x 0,58 cm²
Corte: 2 de 2ID: 46589366 12-03-2013
Página 14
A15
Tiragem: 16903
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 16
Cores: Cor
Área: 20,92 x 30,65 cm²
Corte: 1 de 1ID: 46589088 12-03-2013
Inês David [email protected]
A Procuradora Geral da Repúbli-ca (PGR) traçou ontem os princí-pios e linhas-orientadoras quequer que sejam seguidas pelonovo director do DepartamentoCentral de Investigação e AcçãoPenal (DCIAP). Durante a ceri-mónia em que tomou posse,Amadeu Guerra ouviu JoanaMarques Vidal dizer que metasquer para o departamento queinvestiga a criminalidade maisgrave e a corrupção: rigor, plani-ficação, celeridade, decisões emtempo útil, não omissão de dili-gências, sem fugas de informa-ção e sem impunidade.
O novo director do DCIAP -disse a Procuradora - deve con-duzir “todas as investigações,sem excepção, com rigor, emtempo útil e razoável, sem omitirqualquer diligência necessária àdescoberta da verdade, respei-tando o segredo de justiça e, in-transigentemente, a igualdadedo cidadão face à lei”.
Perante o olhar atento de
muitos magistrados do Ministé-rio Público (MP) e titulares deórgãos de soberania, que se des-locaram ao salão nobre da PGRpara assistir à tomada de posse,Joana Marques Vidal considerouque as “qualidades de liderança,organização e coordenação deequipas” de Amadeu Guerra,bem como a sua “isenção e inde-pendência”, são “uma garantiasegura” de que o DCIAP cumpri-rá as suas competências.
O procurador-geral adjunto,de 58 anos, que está no MP há 33,sucede a Cândida Almeida, queesteve 12 anos ao leme do DCIAP.A comissão de serviço da maisantiga procuradora do MP ter-minou no passado dia 8 e a PGRdecidiu não a renovar. Uma de-cisão que se insere na estratégiada nova Procuradora de rees-truturar o departamento quetem a cargo as grandes investi-gações ao crime económico-fi-nanceiro. Joana Marques Vidalquer novos métodos de trabalhono DCIAP, incluindo o fim dosmega-processos e celeridade nasinvestigações, e vai começar
agora com Amadeu Guerra a re-pensar o departamento.
Além daquelas linhas-orien-tadoras, a PGR deixou outrameta, partilhada por AmadeuGuerra: uma maior cooperaçãoentre entidades, não só entreprocuradores e órgãos de políciacriminal, mas entre DCIAP e osquatro departamentos de inves-tigação e acção penal. A Procu-radora avisou mesmo que a lutacontra a criminalidade violentae organizada - que deve ser umaprioridade - “depende da arti-culação com os restantes depar-tamentos de investigação, dainteracção com as demais áreasde intervenção jurídica do MP eda planificação cuidada das in-vestigações”.
Amadeu Guerra prometeu“isenção, independência, cora-gem” e uma “actuação discreta”,disse que terá como “preocupa-ção constante a institucionaliza-ção de mecanismos de coopera-ção” e manifestou a esperança denão “frustrar expectativas” nocombate à criminalidade maisorganizada e à corrupção. ■
Procuradora impõe rapidez ereserva ao director do DCIAPAmadeu Guerra tomou ontem posse como director do departamento queinvestiga corrupção. PGR traçou linhas-orientadoras para serem seguidas.
Amadeu Guerra cumprimentaCândida Almeida, a quem vai
suceder à frente do DCIAP.
Paula Nunes
INQUÉRITOS A CORRER
● Operação Furacão: arrasta-sehá sete anos e envolve crimesfiscais de empresas.
● Submarinos: está eminvestigação e respeitaao contrato assinado duranteo Governo de Durão Barroso.
● Freeport: acabou semcondenações mas juiz pediucertidões para averiguarenvolvimento de Sócrates.
● Monte Branco: está a decorrerno DCIAP e envolve crimes debranqueamento e banqueiros.
● Angolanos: decorreminquéritos e pré-averiguaçãono DCIAP contra notáveisangolanos.
Página 15
A16
Tiragem: 3500
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Regional
Pág: 12
Cores: Cor
Área: 12,28 x 21,80 cm²
Corte: 1 de 1ID: 46591468 12-03-2013
Crimes económicose corrupção nasprioridades do DCIAP
n O novo director do Departa-mento Central de Investigação eAcção Penal (DCIAP) considerouontem o combate à criminalidadecomplexa uma pri oridade e disseser preciso «competência técnica,rigor e capacidade» para dimi-nuir a «desconfiança» na Justiça.
«O combate à criminalidadeeconómica-financeira e violen tae a luta contra a corrupção sãoobjectivos específicos e pri -oridades no âmbito da políticacriminal, quer ao nível da pre-venção quer ao nível da investi-gação prioritária», disse AmadeuGuerra, no primeiro discur socomo director do órgão de depen-dência directa da Procuradoria-Geral da República.
O procurador-geral adjunto,que sucede no cargo a CândidaAlmeida, referiu a necessidade de«um trabalho persistente, ima-ginativo, de cooperação com to-dos os operadores capazes decontribuir (na sua especialidade)para a descoberta da verdade».
No «maior desafio» da sua car-reira, de 33 anos na magistratura,Amadeu Guerra disse que «nãofoi fácil» aceitar dirigir o DCIAPe deixou uma palavra «de ami-zade e apreço a Cândida Al-meida», sua «coordenadora noTribunal de Trabalho de Lisboa,em meados dos anos 80».
O magistrado foi indicado para
o cargo pela procuradora-geralda República, Joana Marques Vi-dal, e nomeado pelo Conselho Su-perior do Ministério Público. Em19 conselheiros, 16 pronuncia-ram-se favoravelmente e apenastrês se opuseram à designação deAmadeu Guerra para a direcçãodo DCIAP.
Na tomada de posse, a procu-radora-geral disse que é neces-sário manter o combate à crimi-nalidade «altamente organizada,
transnacional e globalizada, com-plexa e sofisticada e com elevadosrecursos financeiros e tecnológi-cos».
Joana Marques Vidal conside-rou que as qualidades de AmadeuGuerra constituem «uma garan-tia de que o DCIAP conseguirácumprir as competências que lheestão cometidas, contribuindopara o reforço do prestígio do MPe para a reconquista da confiançado cidadão na Justiça».
AMADEU GUERRA foi indicado para o cargo por Joana Marques Vidal
Novo director enunciou os principais objectivosdo “maior desafio” da sua carreira na magistratura
Página 16
A17
Tiragem: 41543
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 19
Cores: Cor
Área: 27,16 x 32,84 cm²
Corte: 1 de 2ID: 46589250 12-03-2013
Página 17
Tiragem: 41543
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 5,77 x 4,59 cm²
Corte: 2 de 2ID: 46589250 12-03-2013
Página 18
A19
Tiragem: 36413
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Regional
Pág: 12
Cores: Cor
Área: 12,52 x 21,80 cm²
Corte: 1 de 1ID: 46592327 12-03-2013
Crimes económicose corrupção nasprioridades do DCIAP
n O novo director do Departa-mento Central de Investigação eAcção Penal (DCIAP) considerouontem o combate à criminalidadecomplexa uma pri oridade e disseser preciso «competência técnica,rigor e capacidade» para dimi-nuir a «desconfiança» na Justiça.
«O combate à criminalidadeeconómica-financeira e violen tae a luta contra a corrupção sãoobjectivos específicos e pri -oridades no âmbito da políticacriminal, quer ao nível da pre-venção quer ao nível da investi-gação prioritária», disse AmadeuGuerra, no primeiro discur socomo director do órgão de depen-dência directa da Procuradoria-Geral da República.
O procurador-geral adjunto,que sucede no cargo a CândidaAlmeida, referiu a necessidade de«um trabalho persistente, ima-ginativo, de cooperação com to-dos os operadores capazes decontribuir (na sua especialidade)para a descoberta da verdade».
No «maior desafio» da sua car-reira, de 33 anos na magistratura,Amadeu Guerra disse que «nãofoi fácil» aceitar dirigir o DCIAPe deixou uma palavra «de ami-zade e apreço a Cândida Al-meida», sua «coordenadora noTribunal de Trabalho de Lisboa,em meados dos anos 80».
O magistrado foi indicado para
o cargo pela procuradora-geralda República, Joana Marques Vi-dal, e nomeado pelo Conselho Su-perior do Ministério Público. Em19 conselheiros, 16 pronuncia-ram-se favoravelmente e apenastrês se opuseram à designação deAmadeu Guerra para a direcçãodo DCIAP.
Na tomada de posse, a procu-radora-geral disse que é neces-sário manter o combate à crimi-nalidade «altamente organizada,
transnacional e globalizada, com-plexa e sofisticada e com elevadosrecursos financeiros e tecnológi-cos».
Joana Marques Vidal conside-rou que as qualidades de AmadeuGuerra constituem «uma garan-tia de que o DCIAP conseguirácumprir as competências que lheestão cometidas, contribuindopara o reforço do prestígio do MPe para a reconquista da confiançado cidadão na Justiça».
AMADEU GUERRA foi indicado para o cargo por Joana Marques Vidal
Novo director enunciou os principais objectivosdo “maior desafio” da sua carreira na magistratura
Página 19
A20
Tiragem: 122220
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Regional
Pág: 20
Cores: Cor
Área: 12,36 x 19,85 cm²
Corte: 1 de 1ID: 46592189 12-03-2013
Crimes económicose corrupção nasprioridades do DCIAP
O novo director do Departa-mento Central de Investigaçãoe Acção Penal (DCIAP) consi-derou ontem o combate à cri-minalidade complexa uma pri -oridade e disse ser preciso«competência técnica, rigor ecapacidade» para diminuir a«desconfiança» na Justiça.
«O combate à criminalidadeeconómica-financeira e violen -ta e a luta contra a corrupçãosão objectivos específicos e pri -oridades no âmbito da políticacriminal, quer ao nível da pre-venção quer ao nível da inves-tigação prioritária», disse Ama-deu Guerra, no primeiro discur -so como director do órgão dedependência directa da Procu-radoria-Geral da República.
O procurador-geral adjunto,que sucede no cargo a CândidaAlmeida, referiu a necessidadede «um trabalho persistente,imaginativo, de cooperaçãocom todos os operadores ca-pazes de contribuir (na sua es-pecialidade) para a descobertada verdade».
No «maior desafio» da suacarreira, de 33 anos na magis-tratura, Amadeu Guerra, naturalde Tábua, disse que «não foi fá-
cil» aceitar dirigir o DCIAP e dei-xou uma palavra «de amizadee apreço a Cândida Almeida»,sua «coordenadora no Tribunalde Trabalho de Lisboa, em mea-dos dos anos 80». O magistradofoi indicado para o cargo pelaprocuradora-geral da Repú-blica, Joana Marques Vidal, enomeado pelo Conselho Supe-rior do Ministério Público. Em19 conselheiros, 16 pronuncia-ram-se favoravelmente e ape-nas três se opuseram à desig-nação de Amadeu Guerra paraa direcção do DCIAP.
Na tomada de posse, a pro-
curadora-geral disse que é ne-cessário manter o combate àcriminalidade «altamente orga-nizada, transnacional e globali-zada, complexa e sofisticada ecom elevados recursos finan-ceiros e tecnológicos».
Joana Marques Vidal consi-derou que as qualidades deAmadeu Guerra constituem«uma garantia de que o DCIAPconseguirá cumprir as compe-tências que lhe estão cometidas,contribuindo para o reforço doprestígio do MP e para a recon-quista da confiança do cidadãona Justiça». |
Amadeu Guerra foi indicado para o cargo por Joana Marques Vidal
Posse Novo director enunciou os principais objectivosdo “maior desafio” da sua carreira na magistratura
LUSA
Página 20
A21
Tiragem: 7014
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Regional
Pág: 19
Cores: Preto e Branco
Área: 12,43 x 19,85 cm²
Corte: 1 de 1ID: 46592219 12-03-2013
Crimes económicose corrupção nasprioridades do DCIAP
O novo director do Departa-mento Central de Investigaçãoe Acção Penal (DCIAP) consi-derou ontem o combate à cri-minalidade complexa uma pri -oridade e disse ser preciso«competência técnica, rigor ecapacidade» para diminuir a«desconfiança» na Justiça.
«O combate à criminalidadeeconómica-financeira e violen -ta e a luta contra a corrupçãosão objectivos específicos e pri -oridades no âmbito da políticacriminal, quer ao nível da pre-venção quer ao nível da inves-tigação prioritária», disse Ama-deu Guerra, no primeiro discur -so como director do órgão dedependência directa da Procu-radoria-Geral da República.
O procurador-geral adjunto,que sucede no cargo a CândidaAlmeida, referiu a necessidadede «um trabalho persistente,imaginativo, de cooperaçãocom todos os operadores ca-pazes de contribuir (na sua es-pecialidade) para a descobertada verdade».
No «maior desafio» da suacarreira, de 33 anos na magis-tratura, Amadeu Guerra disseque «não foi fácil» aceitar dirigir
o DCIAP e deixou uma palavra«de amizade e apreço a CândidaAlmeida», sua «coordenadorano Tribunal de Trabalho de Lis-boa, em meados dos anos 80».
O magistrado foi indicadopara o cargo pela procuradora-geral da República, Joana Mar-ques Vidal, e nomeado peloConselho Superior do Ministé-rio Público. Em 19 conselheiros,16 pronunciaram-se favoravel-mente e apenas três se opuse-ram à designação de AmadeuGuerra para a direcção doDCIAP.
Na tomada de posse, a pro-
curadora-geral disse que é ne-cessário manter o combate àcriminalidade «altamente orga-nizada, transnacional e globali-zada, complexa e sofisticada ecom elevados recursos finan-ceiros e tecnológicos».
Joana Marques Vidal consi-derou que as qualidades deAmadeu Guerra constituem«uma garantia de que o DCIAPconseguirá cumprir as compe-tências que lhe estão cometidas,contribuindo para o reforço doprestígio do MP e para a recon-quista da confiança do cidadãona Justiça». |
Amadeu Guerra foi indicado para o cargo por Joana Marques Vidal
Posse Novo director enunciou os principais objectivosdo “maior desafio” da sua carreira na magistratura
LUSA
Página 21
A22
Tiragem: 156102
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 16
Cores: Preto e Branco
Área: 21,45 x 31,02 cm²
Corte: 1 de 2ID: 46589879 12-03-2013
Página 22
Tiragem: 156102
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 3,93 x 4,86 cm²
Corte: 2 de 2ID: 46589879 12-03-2013
Página 23
A24
Tiragem: 40595
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 2
Cores: Cor
Área: 27,28 x 30,75 cm²
Corte: 1 de 3ID: 46608447 13-03-2013
Esgotaram-se os recursos para travar perda de mandatoAutarca de Faro anunciou que, apesar de mais uma decisão adversa do Tribunal Constitucional (TC), continuará em funções. Tem na manga novo recurso. O TC acusa-o de recorrer a expedientes dilatórios para se manter no cargo
O Tribunal Constitucional res-
pondeu a 7 de Março a um
pedido de “aclaração” de
Macário Correia confi rman-
do a perda do seu mandato
de presidente da Câmara de
Faro. Com esta diligência, o autarca
esgotou os recursos para travar a deci-
são proferida pelo Supremo Tribunal
Administrativo (STA) no Verão pas-
sado. Quando esta decisão transitar
em julgado, o que deverá suceder
dentro de meses, Macário deixará
de poder exercer funções autárqui-
cas, sob pena de os actos que prati-
car serem considerados inválidos.
O social-democrata não se dá, po-
rém, por vencido. “Ao abrigo da lei,
continuarei a exercer as funções para
que fui eleito”, anunciou ontem num
comunicado em que dá conta de ter
sido notifi cado da terceira e derra-
deira decisão do Tribunal Constitu-
cional sobre a sua perda de mandato.
O comunicado do autarca, que pre-
side à Comunidade Intermunicipal
do Algarve, termina com uma pro-
messa: “Aguardarei e cumprirei com
serenidade a última decisão do STA,
qualquer que ela seja e no momento
que venha a ser conhecida”.
Condenado por ter violado leis do
ordenamento e urbanismo em 2006,
quando era presidente da Câmara
de Tavira, Macário prepara-se para
entregar um recurso extraordinário,
alegando que o STA proferiu no pas-
sado, num qualquer caso idêntico
ao seu, uma decisão diametralmente
oposta. Mas este tipo de recurso só
pode ser entregue depois de o acór-
dão que o condena transitar em jul-
gado, ou seja, após perder o manda-
to. E os recursos extraordinários não
O comunicado de Macário Correia
deixa entrever que a via que escolheu
não será, de resto, esta, “O processo
regressa ao STA, onde já se solicitou a
correcção de erros materiais do acór-
dão. Isto porque o mesmo assentou
sobre sete situações, das quais se
sabe agora que três não existem na
realidade. Das outras, quatro soube-
se que não foram, até ao momento,
consideradas ilegais em ações ad-
ministrativas especiais”, diz o seu
comunicado.
Na Justiça, porém, a sucessão de
recursos merece críticas aos magis-
trados. No seu mais recente acórdão,
datado de 7 de Março, os conselhei-
ros do Constitucional consideram
que o requerimento do autarca do
PSD pedindo a “aclaração” da sen-
tença que haviam proferido em Ja-
neiro, e que já confi rmava uma de-
cisão sumária de Outubro de 2012,
não é senão uma manobra destinada
a adiar o inevitável: “Revela que ape-
nas pretende obstar ao trânsito em
julgado do acórdão”. Já no acórdão
de 6 de Fevereiro passado o mesmo
tribunal dissera “só por mero lap-
so” ou por “uma leitura desatenta
do respectivo conteúdo” da senten-
ça Macário Correia pode ter alegado
no seu recurso contradição entre a
decisão proferida e os respectivos
fundamentos.
Piscinas na RENO autarca foi condenado por aprovar,
contra o parecer emitido pelos técni-
cos, a construção de duas piscinas,
duas moradias e a reconstrução de
duas casas antigas em zonas classi-
fi cadas de Reserva Ecológica Nacio-
nal. “Eu também sou arquitecto e
engenheiro e conheço o território”.
Assim justifi cara, no passado mês de
Janeiro, os actos que violaram o Pla-
no Director Municipal. A emissão dos
alvarás, alegou o autarca, foi supor-
tada pelas “razões ponderosas” – um
poder discricionário que o Plano de
Ordenamento (Prot/Algarve) conferia
aos autarcas.
Por outro lado, os Projectos de Po-
tencial Interesse Nacional aprovados
pela administração central multipli-
caram-se pelas falésias e outras zonas
sensíveis. A Comissão de Coordena-
ção e Desenvolvimento Regional, há
cerca de seis anos, quando avaliou a
entrada do novo Prot, concluiu que
na faixa dos 500 metros junto ao mar
já só estava por ocupar 1,3% da área
disponível para construção. Assim,
a um interior cada vez mais deserto,
impôs-se um litoral de prédios enca-
valitados – e, actualmente, muitos
deles abandonados.
Talvez com base nesta percepção
dos desequilíbrios entre a serra e o li-
toral algarvio, do ponto de vista públi-
co as ilegalidades praticadas por Ma-
cário Correia ainda não mereceram
reprovação. “Sou contra o abandono
e a desertifi cação da serra algarvia.
Esta é uma causa da qual não abdi-
co”, tem vindo a afi rmar o presiden-
te da Câmara de Faro, sublinhando
que só “prendeu ajudar as pessoas”.
O presidente da comissão política
local do PS, Luís Graça, resume todo
o caso numa palavra: “Isaltinices”. Ao
autarca, diz, “faltam condições para
exerce o cargo. Não está a dignifi car
o poder local”, sublinha. Graça con-
sidera que o “mais grave” na conduta
do autarca é ele “ter desrespeitado os
pareces técnicos, foi avisado e não
quis saber de nada”. Ao persistir no
cargo, sublinha, “dá uma imagem pú-
blica de que há uma Justiça para os
grandes, outra para os pequenos”.
Já no que toca aos actos praticados,
admite, “situações de outros autarcas
que falharam, mas tiveram a humil-
dade de reconhecer o erro”.
MACÁRIO CORREIA
Idálio Reveze Ana Henriques
suspendem a pena, explica o consti-
tucionalista José Fontes. “Se lhe for
dada razão nesta questão isso pode
suceder depois do mandato já ter
terminado”, refere. Quando, daqui
a algum tempo, perder o mandato, o
social-democrata terá de abandonar
a Câmara de Faro. “Não pode conti-
nuar num serviço público sem ter um
título jurídico que o habilite a tal”,
refere o mesmo especialista.
“É como se estivesse impedido de
exercer funções”, corrobora o admi-
nistrativista da Universidade Católica
do Porto Mário Aroso de Almeida,
que se mostra surpreendido com as
declarações do autarca de que pre-
tende continuar a exercer o cargo.
“Não estou a ver como”, observa.
Se insistir em continuar à frente da
Câmara de Faro, Macário Correia de-
pois de o acórdão do STA transitar
em julgado, “estará a usurpar fun-
ções”. Uma vez declarada a perda de
mandato, não se torna necessário fa-
zer novas eleições. “O seu substituto
legal é o vice-presidente da câmara”,
esclarece Mário Aroso de Almeida.
O caso poderá, no entanto, ainda
voltar uma quarta vez ao Tribunal
Constitucional, equaciona o advoga-
do Artur Marques, que em 2003 não
conseguiu evitar a ida para a prisão
do presidente da Câmara de Vila Ver-
de. “Macário Correia pode evocar a
inconstitucionalidade da norma que
diz que os recursos extraordinários
não têm efeitos suspensivos. E essa
diligência já tem efeitos suspensivos”
da perda de mandato, faz notar. Mas
José Fontes não acredita que os juízes
do Tribunal Constitucional, que já
acusaram o autarca de recorrer a ex-
pedientes dilatórios para se manter
em funções, vão nisso. Pensa que dei-
xarão a perda de mandato efectivar-
se antes de se pronunciarem sobre
uma eventual alegação deste tipo.
Página 24
Tiragem: 40595
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 3
Cores: Cor
Área: 27,64 x 30,26 cm²
Corte: 2 de 3ID: 46608447 13-03-2013PEDRO CUNHA/ARQUIVO
Quando esta decisão transitar em julgado, Macário deixará de poder exercer funções, sob pena de os actos que praticar serem considerados inválidos
Há alguma comparação entre
o caso de Macário Correia
e o do major Valentim
Loureiro? “Não. São pro-
cessos que não são compa-
ráveis”, afi rma convicto o
advogado do presidente da Câmara
de Gondomar, Amílcar Fernandes.
Tal como o autarca algarvio, ou como
Isaltino Morais, Valentim foi conde-
nado à perda de mandato, mas nos
códigos processuais parece haver
muita margem para evitar a concre-
tização das penas aplicadas.
Apesar de serem “processos di-
ferentes” e de “consubstanciarem
questões técnicas diferentes”, ale-
gadamente, há um aspecto que é co-
mum aos dois presidentes: ambos
foram acusados de “infracção” a “re-
gras de conduta dos autarcas”, o que
tem como consequência a perda de
mandato. Tal como Macário Correia,
também Valentim Loureiro viu o Tri-
bunal de Gondomar aplicar-lhe essa
pena no acórdão do processo Apito
Dourado sobre eventual corrupção
na arbitragem e no futebol profi ssio-
nal que começou em 2003.
Depois de conhecerem a sentença,
em fi nais de Outubro do ano passa-
do, os advogados do presidente de
Gondomar fi zeram saber que iam re-
correr. Na sua leitura, a condenação
era “completamente errada e inacei-
tável”. Valentim Loureiro insistiu em
que o acórdão do Apito Dourado só
permite aplicar a sanção ao mandato
de 2005-2009 e não ao de 2009-2013,
como considerou o Tribunal. Em de-
clarações ao PÚBLICO, Amílcar Fer-
nandes reafi rmou a sua convicção
de que a perda de mandato é alusiva
ao anterior mandato (2005/2009) e
acrescentou que “a decisão está sus-
pensa até que a Relação do Porto se
pronuncie”. Mas, prometeu, “se a
decisão for em sentido contrário ao
que consideramos será apresentado
de imediato recurso para o Tribunal
Constitucional”. Se houver recurso
e se o acórdão do TC for conhecido
em fi nais de Setembro e for no sen-
tido da perda de mandato, Valentim
terá de abandonar o cargo, antes da
realização das eleições autárquicas. E
neste caso, Valentim poderá ver com-
prometida uma eventual candidatura
à Assembleia Municipal de Gondo-
mar pelo Movimento Independente
pelo qual foi eleito.
Mas se as semelhanças entre o
imbróglio judicial que envolve Ma-
cário Correia e aquele que respeita
a Valentim Loureiro se concentram
no facto de ambos terem sido alvo
de declarações de perda de manda-
to, já a comparação com o caso do
presidente da Câmara de Oeiras faz
sentido, sobretudo, no que tem a ver
com a resistência à execução das de-
cisões judiciais. Isto porque Isaltino
Morais chegou a ser condenado, em
2009, a uma pena acessória de per-
da de mandato, mas no ano seguin-
te o Tribunal da Relação de Lisboa
anulou essa condenação e reduziu
a pena inicial de sete anos de prisão
efectiva para dois anos.
Desde então, o autarca recorreu a
todos os meios para evitar o cumpri-
mento da pena a que foi condenado
pela prática de vários crimes de frau-
de fi scal. Os recursos, reclamações,
pedidos de aclaração, arguições de
nulidades e outras diligências com
idêntica fi nalidade são tantos e tais
que o presidente do Supremo Tri-
bunal de Justiça, Noronha do Nasci-
mento, não hesitou em afi rmar, em
Novembro de 2011, que os autos já
constituíam um “case study do que é
o labirinto do processo português”.
No mesmo sentido pronunciou-se já
este ano o procurador Luís Eloy, do
Tribunal de Oeiras. Segundo o jor-
nai i de ontem, Eloy escreveu, em
resposta a mais um recurso do ar-
guido, que os autos daquele processo
se tornaram um “objecto de estudo
sociológico”, na medida em que mos-
tram “o poder judicial enredado na
sua própria teia decisória”.
Valentim e Isaltino, dois casos de resistência à execução de sentenças judiciais
José António Cerejo e Margarida Gomes
Autarcas algarvios condenados
PSD lança sondagem sem nome de Macário
Os presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal de Aljezur (José Amarelinho e Manuel
Marreiros, ambos do PS) foram condenados pelo Tribunal de Lagos, em Junho do ano passado, a perda de mandato e três anos e dois meses de prisão, com pena suspensa. Os autarcas, considerou um colectivo de juízes, cometeram um crime de prevaricação, no licenciamento de obras no Vale da Telha (empreendimento turístico lançado há 35 anos pelo empresário Sousa Cintra).
Dois dias antes de ser conhecida a decisão, a Comunidade Intermunicipal do Algarve, presidida por Macário Correia, emitiu um comunicado em sua defesa, denunciando que existia um “clima de perseguição a autarcas, o que se verifica há alguns anos”. Os autarcas de Aljezur recorreram da sentença, tendo após “apurada reflexão” e consulta ao PS decidido manter-se em funções.
O PSD parece estar refém de decisão que o autarca de Faro venha a tomar (não está afastado o cenário de uma candidatura independente). Reflexo dessa situação é o facto de o PSD ter encomendado uma sondagem para avaliar quem seria o candidato melhor posicionado para disputar as autárquicas, e o nome de Macário Correia não constar da lista. O presidente da concelhia, Cristóvão Norte, interpelado pelo PÚBLICO sobre esta matéria, afirmou, lacónico: “A decisão [escolha do candidato] será tomada nas próximas semanas”.
O Partido Socialista, depois de o ex-secretário de Estado das Pescas, José Apolinário, se ter manifestado indisponível para concorrer, também ainda não escolheu candidato. I.R.
Os recursos de Isaltino mostram “o poder judicial enredado na sua própria teia decisória”, diz um procurador
Página 25
Tiragem: 40595
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 5,60 x 7,45 cm²
Corte: 3 de 3ID: 46608447 13-03-2013
Tribunal Constitucional confi rma perda de mandato. Autarca vai recorrer, mas não suspende a pena p2/3
Macário esgota recursos para evitar perda de mandato
Página 26
A27
Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 26
Cores: Cor
Área: 24,34 x 31,55 cm²
Corte: 1 de 2ID: 46609138 13-03-2013
Página 27
Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 4,20 x 2,87 cm²
Corte: 2 de 2ID: 46609138 13-03-2013
Página 28
A29
Tiragem: 156102
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 34
Cores: Cor
Área: 26,51 x 14,69 cm²
Corte: 1 de 1ID: 46609148 13-03-2013
Página 29
A30
Tiragem: 100000
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Interesse Geral
Pág: 26
Cores: Cor
Área: 9,17 x 15,83 cm²
Corte: 1 de 1ID: 46630660 14-03-2013
Página 30
A31
Tiragem: 85184
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Desporto e Veículos
Pág: 35
Cores: Cor
Área: 10,27 x 7,60 cm²
Corte: 1 de 1ID: 46631446 14-03-2013
Página 31
A32
Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 7
Cores: Cor
Área: 14,12 x 17,07 cm²
Corte: 1 de 2ID: 46630438 14-03-2013
Página 32
Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
Cores: Preto e Branco
Área: 4,59 x 4,18 cm²
Corte: 2 de 2ID: 46630438 14-03-2013
Página 33
A34
Tiragem: 43436
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Informação Geral
Pág: 19
Cores: Cor
Área: 26,19 x 28,47 cm²
Corte: 1 de 1ID: 46653596 15-03-2013
Página 34
A35
Tiragem: 15528
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 29
Cores: Preto e Branco
Área: 16,07 x 34,23 cm²
Corte: 1 de 2ID: 46652725 15-03-2013
Página 35
Tiragem: 15528
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 26
Cores: Cor
Área: 22,43 x 1,67 cm²
Corte: 2 de 2ID: 46652725 15-03-2013
Página 36
A37
Tiragem: 41462
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 11
Cores: Cor
Área: 15,92 x 23,96 cm²
Corte: 1 de 1ID: 46652305 15-03-2013
Página 37
A38
Tiragem: 41462
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 39
Cores: Cor
Área: 27,82 x 33,30 cm²
Corte: 1 de 2ID: 46652727 15-03-2013
Página 38
Tiragem: 41462
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 15,34 x 11,87 cm²
Corte: 2 de 2ID: 46652727 15-03-2013
Página 39
A40
Tiragem: 156102
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 26
Cores: Cor
Área: 21,14 x 30,66 cm²
Corte: 1 de 2ID: 46653332 15-03-2013
Página 40
Tiragem: 156102
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 6,92 x 4,90 cm²
Corte: 2 de 2ID: 46653332 15-03-2013
Página 41
A42
Tiragem: 120000
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Desporto e Veículos
Pág: 44
Cores: Cor
Área: 5,70 x 19,88 cm²
Corte: 1 de 1ID: 46653874 15-03-2013
Página 42
A43
Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 6
Cores: Cor
Área: 13,96 x 29,34 cm²
Corte: 1 de 2ID: 46673935 16-03-2013
Página 43
Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 23,78 x 1,02 cm²
Corte: 2 de 2ID: 46673935 16-03-2013
Página 44