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REVISTA SEMANAL 83 DE 11-03 A 17-03-2013 BRIEFING INTELI » TRANSPARÊNCIA || 2013

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De 11-03-2013 a 17-03-2013

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Page 1: BRIEF Transparência » Revista Semanal 83

REVISTA SEMANAL 83

DE 11-03 A 17-03-2013

BRIEFING INTELI » TRANSPARÊNCIA || 2013

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Revista de Imprensa18-03-2013

1. (PT) - Público, 11/03/2013, Magistrado despronunciado em processo de fraude fiscal no Nacional daMadeira

1

2. (PT) - Página 1, 11/03/2013, Luta contra a corrupção entre as prioridades de Amadeu Guerra 2

3. (PT) - Jornal de Negócios, 11/03/2013, Inspectores só podem fazer denúncias à justiça depois deprovarem a culpa

4

4. (PT) - Público, 12/03/2013, Sucessor de Cândida Almeida admite que lhe custou aceitar cargo 7

5. (PT) - i, 12/03/2013, Isaltino Morais já apresentou 44 recursos 9

6. (PT) - i, 12/03/2013, Novo director quer contribuir para fim do descrédito na justiça 11

7. (PT) - Jornal de Notícias, 12/03/2013, Novo diretor promete DCIAP discreto, corajoso e isento 13

8. (PT) - Diário Económico, 12/03/2013, Procuradora impõe rapidez e reserva ao director do DCIAP 15

9. (PT) - Diário de Viseu, 12/03/2013, Crimes económicos e corrupção nas prioridades do DCIAP 16

10. (PT) - Diário de Notícias, 12/03/2013, Conselho do MP avança para limitação de mandatos 17

11. (PT) - Diário de Leiria, 12/03/2013, Crimes económicos e corrupção nas prioridades do DCIAP 19

12. (PT) - Diário de Coimbra, 12/03/2013, Crimes económicos e corrupção nas prioridades do DCIAP 20

13. (PT) - Diário de Aveiro, 12/03/2013, Crimes económicos e corrupção nas prioridades do DCIAP 21

14. (PT) - Correio da Manhã, 12/03/2013, Amadeu exige coragem e isenção 22

15. (PT) - Público, 13/03/2013, Esgotaram-se os recursos para travar perda de mandato 24

16. (PT) - i, 13/03/2013, Caso Isaltino Morais. Quem tem o poder de pôr um ponto final? 27

17. (PT) - Correio da Manhã, 13/03/2013, «Fui alvo de ameaças» 29

18. (PT) - Sábado, 14/03/2013, Interrogado em Abril 30

19. (PT) - Record, 14/03/2013, Isaltino Morais perde recurso no Constitucional 31

20. (PT) - i, 14/03/2013, Isaltino. Constitucional não aceita um recurso, mas há outros pendentes 32

21. (PT) - Sol, 15/03/2013, Acusação desmonta teia de negócios e offshores do BPN 34

22. (PT) - Jornal de Negócios, 15/03/2013, Procuradoria avalia restrições da IGF às inspecções às câmaras 35

23. (PT) - Diário de Notícias, 15/03/2013, Isaltino ainda tem dois recursos pendentes 37

24. (PT) - Diário de Notícias, 15/03/2013, Árbitros e família de Cardinal exigem quase 200 mil a Cristóvão 38

25. (PT) - Correio da Manhã, 15/03/2013, Isaltino livre para sair de Portugal 40

26. (PT) - Bola, 15/03/2013, Recusado recurso de Isaltino Morais 42

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27. (PT) - i, 16/03/2013, Isaltino apresenta novo recurso extraordinário no Supremo 43

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Tiragem: 40595

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

Cores: Cor

Área: 16,51 x 30,54 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46569119 11-03-2013DR

O director regional dasFinanças, João Machado, continua em funções

O Tribunal da Relação de Lisboa não

pronunciou o magistrado Jorge Car-

los Santos, único dos membros da

direcção do Clube Desportivo Nacio-

nal que foi excluído do processo de

fraude fi scal que começa hoje a ser

julgado pelo Tribunal da Vara Mista

do Funchal.

A Relação concluiu pela não exis-

tência de indícios probatórios que

permitam imputar a Carlos Santos a

prática de crime fi scal qualifi cado ou

do crime de branqueamento, de que

são acusados o presidente do clube,

Rui Alves, e restantes membros da

direcção.

O magistrado que exerceu fun-

ções de procurador da República

no Círculo Judicial do Funchal, de-

clarou nos autos ter exercido fun-

ções de vice-presidente entre 6 de

Julho de 2002 e 12 de Setembro de

2003 e não ter conhecimento de

contratos de imagem estabelecidos

entre o clube e jogadores e técni-

cos para ocultar pagamento de parte

dos respectivos salários, para esca-

Magistrado despronunciado em processo de fraude fiscal no Nacional da Madeira

par ao fi sco e à Segurança Social.

Noutro inquérito aberto pelo Con-

selho de Magistratura do Ministério

Público que culminou com o arqui-

vamento do consequente processo

disciplinar pela sua conduta na re-

gião, o mesmo magistrado reiterou

ter apresentado o pedido de renún-

cia do cargo de dirigente do Nacio-

nal no referido dia 12 de Setembro

de 2003. Mas na acusação deduzi-

da no caso que começa hoje a ser

julgado o Ministério Público refere

que Carlos Santos e João Machado

(director regional das Finanças),

membros da direcção eleita para o

triénio 2002/05, exerceram funções

até 29 de Março de 2004, conforme

acta que este último dirigente fez

anexar ao processo.

A prova apresentada por João

Machado, já na fase de instrução,

de que deixou a direcção do CDN

em 2004, não foi sufi ciente para o

despronunciar.

Membro do governo de Alberto

João Jardim desde 2000, ano em que

foi nomeado director regional do

Orçamento, o também membro da

comissão política regional do PSD,

passou a dirigir a Direcção Regio-

nal dos Assuntos Fiscais a partir de

2005.

O crime de branqueamento im-

putado aos dirigentes do Nacional

abrange o período entre 2002 e

2005, enquanto os crimes de fraude

fi scal qualifi cada e de fraude contra

a Segurança Social dizem respeito

a este último, ano em que o con-

troverso processo de transferência

de atribuições e competências tri-

butárias para a região teve início,

concretizando-se assim uma das 38

medidas acordadas entre Jardim e o

primeiro-ministro Durão Barroso,

em Outubro de 2002.

Acusado com os restantes dirigen-

tes do Nacional pelo MP a 13 de Julho

de 2011 e pronunciado pelo Tribunal

Central de Instrução Criminal a 31 de

Outubro de 2012, Machado manteve-

se em funções e contou com o apoio

de Jardim, que considerou “falsos”

os factos imputados no processo.

Machado é acusado de ter criado,

com outros três dirigentes do Nacio-

nal, uma empresa off -shore registada

nas Ilhas Virgens Britânicas, utiliza-

da pelo clube madeirense, de que

era vice-presidente, para fugir às

contribuições ao fi sco e à Seguran-

ça Social, entre 2002 e 2005.

Segundo o DIAP, os crimes prati-

cados entre 2002 e 2005 terão ori-

ginado prejuízos ao Estado de cerca

de 1,3 milhões de euros. Mas os ar-

guidos só poderão ser julgados pelos

crimes fi scais praticados em 2005,

no montante de 91,7 mil euros, uma

vez que o Nacional recorreu à lei do

repatriamento extraordinário de ca-

pitais, aplicável apenas a montantes

que não estivessem no território até

31 de Dezembro de 2004, para regu-

larizar anteriores infracções.

Justiça Tolentino de Nóbrega

Jorge Carlos Santos foi o único dos vice-presidentes do clube de futebol da Madeira que não foi constituído arguido

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A2

Tiragem: 0

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 18

Cores: Preto e Branco

Área: 5,43 x 9,13 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46590827 11-03-2013DCIAP

Luta contra a corrupção entre as prioridades de Amadeu Guerra

O novo director do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) elegeu como priori-dades o “combate à criminalidade económica-fi nanceira e violenta e a luta contra a corrupção”.No discurso de tomada de posse, Amadeu Guerra disse também ser defensor de uma actuação discreta, mas reconheceu que o novo cargo tem uma certa notoriedade públi-ca, devido aos processos de grande complexidade ligados ao combate da criminalidade organizada.

Página 2

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Tiragem: 0

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 7,19 x 0,49 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46590827 11-03-2013

DCIAP: Novo director promete luta contra a corrupção

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A4

Tiragem: 15528

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 28

Cores: Preto e Branco

Área: 27,19 x 34,37 cm²

Corte: 1 de 3ID: 46569321 11-03-2013

Página 4

Page 8: BRIEF Transparência » Revista Semanal 83

Tiragem: 15528

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 29

Cores: Preto e Branco

Área: 26,84 x 34,23 cm²

Corte: 2 de 3ID: 46569321 11-03-2013

Página 5

Page 9: BRIEF Transparência » Revista Semanal 83

Tiragem: 15528

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 9,12 x 7,57 cm²

Corte: 3 de 3ID: 46569321 11-03-2013

Página 6

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A7

Tiragem: 40595

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

Cores: Cor

Área: 15,95 x 24,30 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46588919 12-03-2013

ENRIC VIVES-RUBIO

Amadeu Guerra está preocupado com a credibilidade da justiça

O sucessor de Cândida Almeida à

frente do Departamento Central de

Investigação e Acção Penal (DCIAP),

Amadeu Guerra, admitiu ontem, du-

rante a sua tomada de posse, que

não lhe foi fácil aceitar o convite

para o cargo.

Dizendo-se ciente das difi culdades

que vai encontrar, nomeadamente

“a crise de credibilidade e de con-

fi ança que abala o sistema judicial”,

o procurador-geral adjunto explicou

que, sendo partidário da discrição,

“assim pretendia continuar”. Mas tal

não será possível nos próximos três

anos que durará este mandato, re-

conheceu: “Estou consciente de que

a direcção do DCIAP tem uma cer-

ta notoriedade, na medida em que

aqui são investigados processos de

especial complexidade e relevância

social, cujos resultados são determi-

nantes para aprofundar a defesa da

legalidade enquanto componente

essencial do Estado de direito”.

A reconquista da confi ança dos

cidadãos na justiça foi também abor-

dada pela procuradora-geral da Re-

pública, Joana Marques Vidal, que

falou na necessidade de as investi-

gações serem feitas “em tempo útil

e razoável”, respeitando o segredo

de justiça. Para Amadeu Guerra, de

58 anos, a descrença no sistema “só

pode ser minorada”, no que aos ma-

gistrados do Ministério Público diz

respeito, com isenção, independên-

cia e coragem.

“Este representa o maior desafi o

da minha carreira de mais de 30

anos como magistrado”, referiu,

apontando as somas que fez pou-

Sucessor de Cândida Almeida admite que lhe custou aceitar cargo

par ao Estado como o motivo que

poderá ter estado na origem da sua

escolha para encabeçar o comba-

te à corrupção e à criminalidade

económico-fi nanceira. E detalhou:

“No ano de 2012 foram julgadas e

transitaram em julgado acções con-

tra o Estado no valor de quase 500

milhões de euros, tendo o Estado

sido condenado em pouco mais de

200 mil”.

Amadeu Guerra exercia funções

de coordenador do Ministério Públi-

co no Tribunal Central Administra-

tivo do Sul. Antes disso esteve mais

de uma década na Comissão Nacio-

nal de Protecção de Dados, tendo

também passado pela Comissão de

Acesso aos Documentos Adminis-

trativos. Em meados dos anos 80

chegou a trabalhar com Cândida

Almeida no Tribunal de Trabalho

de Lisboa. Também pertenceu à

unidade de controlo da Europol,

a polícia europeia, tendo aí publi-

cado estudos sobre criminalidade

económico-fi nanceira.

Segundo de cinco fi lhos de uma

família humilde chefi ada por um ca-

bo da GNR, nasceu em Tábua, no

distrito de Coimbra, tendo passado

a adolescência já em Lisboa.

JustiçaAna Henriques

Amadeu Guerra passou ontem a encabeçar o combate à corrupção e à criminalidade económico--financeira no DCIAP

O Ministério Público “continuará a contar com Cândida Almeida no exercício de

outras funções igualmente relevantes”. Foi assim que a procuradora-geral da República ontem se referiu ao futuro daquela que foi, durante 12 anos, o rosto do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, e que decidiu recentemente não reconduzir. Onde, Joana Marques Vidal não disse. Presente na tomada de posse do seu sucessor, Cândida Almeida, de 63 anos, também não. Parte do discurso da PGR foi-lhe dirigido: “Concordará comigo que a mudança de pessoas constitui factor essencial do funcionamento de qualquer instituição, reflectindo a sua vitalidade”.

Reforma não é para já

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Tiragem: 40595

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 48

Cores: Preto e Branco

Área: 5,10 x 3,69 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46588919 12-03-2013

Sucessor de Cândida Almeida no DCIAP tomou ontem posse p11

Amadeu Guerra admite que lhe custou aceitar cargo

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A9

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 29

Cores: Cor

Área: 24,32 x 30,82 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46589698 12-03-2013

Página 9

Page 13: BRIEF Transparência » Revista Semanal 83

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 14,69 x 22,81 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46589698 12-03-2013

Página 10

Page 14: BRIEF Transparência » Revista Semanal 83

A11

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

Cores: Cor

Área: 9,80 x 30,10 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46589560 12-03-2013

Página 11

Page 15: BRIEF Transparência » Revista Semanal 83

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 7

Cores: Cor

Área: 14,44 x 29,66 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46589560 12-03-2013

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Page 16: BRIEF Transparência » Revista Semanal 83

A13

Tiragem: 91363

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

Cores: Cor

Área: 22,47 x 22,60 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46589366 12-03-2013

Página 13

Page 17: BRIEF Transparência » Revista Semanal 83

Tiragem: 91363

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 16,07 x 0,58 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46589366 12-03-2013

Página 14

Page 18: BRIEF Transparência » Revista Semanal 83

A15

Tiragem: 16903

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 16

Cores: Cor

Área: 20,92 x 30,65 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46589088 12-03-2013

Inês David [email protected]

A Procuradora Geral da Repúbli-ca (PGR) traçou ontem os princí-pios e linhas-orientadoras quequer que sejam seguidas pelonovo director do DepartamentoCentral de Investigação e AcçãoPenal (DCIAP). Durante a ceri-mónia em que tomou posse,Amadeu Guerra ouviu JoanaMarques Vidal dizer que metasquer para o departamento queinvestiga a criminalidade maisgrave e a corrupção: rigor, plani-ficação, celeridade, decisões emtempo útil, não omissão de dili-gências, sem fugas de informa-ção e sem impunidade.

O novo director do DCIAP -disse a Procuradora - deve con-duzir “todas as investigações,sem excepção, com rigor, emtempo útil e razoável, sem omitirqualquer diligência necessária àdescoberta da verdade, respei-tando o segredo de justiça e, in-transigentemente, a igualdadedo cidadão face à lei”.

Perante o olhar atento de

muitos magistrados do Ministé-rio Público (MP) e titulares deórgãos de soberania, que se des-locaram ao salão nobre da PGRpara assistir à tomada de posse,Joana Marques Vidal considerouque as “qualidades de liderança,organização e coordenação deequipas” de Amadeu Guerra,bem como a sua “isenção e inde-pendência”, são “uma garantiasegura” de que o DCIAP cumpri-rá as suas competências.

O procurador-geral adjunto,de 58 anos, que está no MP há 33,sucede a Cândida Almeida, queesteve 12 anos ao leme do DCIAP.A comissão de serviço da maisantiga procuradora do MP ter-minou no passado dia 8 e a PGRdecidiu não a renovar. Uma de-cisão que se insere na estratégiada nova Procuradora de rees-truturar o departamento quetem a cargo as grandes investi-gações ao crime económico-fi-nanceiro. Joana Marques Vidalquer novos métodos de trabalhono DCIAP, incluindo o fim dosmega-processos e celeridade nasinvestigações, e vai começar

agora com Amadeu Guerra a re-pensar o departamento.

Além daquelas linhas-orien-tadoras, a PGR deixou outrameta, partilhada por AmadeuGuerra: uma maior cooperaçãoentre entidades, não só entreprocuradores e órgãos de políciacriminal, mas entre DCIAP e osquatro departamentos de inves-tigação e acção penal. A Procu-radora avisou mesmo que a lutacontra a criminalidade violentae organizada - que deve ser umaprioridade - “depende da arti-culação com os restantes depar-tamentos de investigação, dainteracção com as demais áreasde intervenção jurídica do MP eda planificação cuidada das in-vestigações”.

Amadeu Guerra prometeu“isenção, independência, cora-gem” e uma “actuação discreta”,disse que terá como “preocupa-ção constante a institucionaliza-ção de mecanismos de coopera-ção” e manifestou a esperança denão “frustrar expectativas” nocombate à criminalidade maisorganizada e à corrupção. ■

Procuradora impõe rapidez ereserva ao director do DCIAPAmadeu Guerra tomou ontem posse como director do departamento queinvestiga corrupção. PGR traçou linhas-orientadoras para serem seguidas.

Amadeu Guerra cumprimentaCândida Almeida, a quem vai

suceder à frente do DCIAP.

Paula Nunes

INQUÉRITOS A CORRER

● Operação Furacão: arrasta-sehá sete anos e envolve crimesfiscais de empresas.

● Submarinos: está eminvestigação e respeitaao contrato assinado duranteo Governo de Durão Barroso.

● Freeport: acabou semcondenações mas juiz pediucertidões para averiguarenvolvimento de Sócrates.

● Monte Branco: está a decorrerno DCIAP e envolve crimes debranqueamento e banqueiros.

● Angolanos: decorreminquéritos e pré-averiguaçãono DCIAP contra notáveisangolanos.

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Page 19: BRIEF Transparência » Revista Semanal 83

A16

Tiragem: 3500

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 12

Cores: Cor

Área: 12,28 x 21,80 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46591468 12-03-2013

Crimes económicose corrupção nasprioridades do DCIAP

n O novo director do Departa-mento Central de Investigação eAcção Penal (DCIAP) considerouontem o combate à criminalidadecomplexa uma pri oridade e disseser preciso «competência técnica,rigor e capacidade» para dimi-nuir a «desconfiança» na Justiça.

«O combate à criminalidadeeconómica-financeira e violen tae a luta contra a corrupção sãoobjectivos específicos e pri -oridades no âmbito da políticacriminal, quer ao nível da pre-venção quer ao nível da investi-gação prioritária», disse AmadeuGuerra, no primeiro discur socomo director do órgão de depen-dência directa da Procuradoria-Geral da República.

O procurador-geral adjunto,que sucede no cargo a CândidaAlmeida, referiu a necessidade de«um trabalho persistente, ima-ginativo, de cooperação com to-dos os operadores capazes decontribuir (na sua especialidade)para a descoberta da verdade».

No «maior desafio» da sua car-reira, de 33 anos na magistratura,Amadeu Guerra disse que «nãofoi fácil» aceitar dirigir o DCIAPe deixou uma palavra «de ami-zade e apreço a Cândida Al-meida», sua «coordenadora noTribunal de Trabalho de Lisboa,em meados dos anos 80».

O magistrado foi indicado para

o cargo pela procuradora-geralda República, Joana Marques Vi-dal, e nomeado pelo Conselho Su-perior do Ministério Público. Em19 conselheiros, 16 pronuncia-ram-se favoravelmente e apenastrês se opuseram à designação deAmadeu Guerra para a direcçãodo DCIAP.

Na tomada de posse, a procu-radora-geral disse que é neces-sário manter o combate à crimi-nalidade «altamente organizada,

transnacional e globalizada, com-plexa e sofisticada e com elevadosrecursos financeiros e tecnológi-cos».

Joana Marques Vidal conside-rou que as qualidades de AmadeuGuerra constituem «uma garan-tia de que o DCIAP conseguirácumprir as competências que lheestão cometidas, contribuindopara o reforço do prestígio do MPe para a reconquista da confiançado cidadão na Justiça».

AMADEU GUERRA foi indicado para o cargo por Joana Marques Vidal

Novo director enunciou os principais objectivosdo “maior desafio” da sua carreira na magistratura

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Page 20: BRIEF Transparência » Revista Semanal 83

A17

Tiragem: 41543

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 19

Cores: Cor

Área: 27,16 x 32,84 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46589250 12-03-2013

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Page 21: BRIEF Transparência » Revista Semanal 83

Tiragem: 41543

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 5,77 x 4,59 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46589250 12-03-2013

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Page 22: BRIEF Transparência » Revista Semanal 83

A19

Tiragem: 36413

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 12

Cores: Cor

Área: 12,52 x 21,80 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46592327 12-03-2013

Crimes económicose corrupção nasprioridades do DCIAP

n O novo director do Departa-mento Central de Investigação eAcção Penal (DCIAP) considerouontem o combate à criminalidadecomplexa uma pri oridade e disseser preciso «competência técnica,rigor e capacidade» para dimi-nuir a «desconfiança» na Justiça.

«O combate à criminalidadeeconómica-financeira e violen tae a luta contra a corrupção sãoobjectivos específicos e pri -oridades no âmbito da políticacriminal, quer ao nível da pre-venção quer ao nível da investi-gação prioritária», disse AmadeuGuerra, no primeiro discur socomo director do órgão de depen-dência directa da Procuradoria-Geral da República.

O procurador-geral adjunto,que sucede no cargo a CândidaAlmeida, referiu a necessidade de«um trabalho persistente, ima-ginativo, de cooperação com to-dos os operadores capazes decontribuir (na sua especialidade)para a descoberta da verdade».

No «maior desafio» da sua car-reira, de 33 anos na magistratura,Amadeu Guerra disse que «nãofoi fácil» aceitar dirigir o DCIAPe deixou uma palavra «de ami-zade e apreço a Cândida Al-meida», sua «coordenadora noTribunal de Trabalho de Lisboa,em meados dos anos 80».

O magistrado foi indicado para

o cargo pela procuradora-geralda República, Joana Marques Vi-dal, e nomeado pelo Conselho Su-perior do Ministério Público. Em19 conselheiros, 16 pronuncia-ram-se favoravelmente e apenastrês se opuseram à designação deAmadeu Guerra para a direcçãodo DCIAP.

Na tomada de posse, a procu-radora-geral disse que é neces-sário manter o combate à crimi-nalidade «altamente organizada,

transnacional e globalizada, com-plexa e sofisticada e com elevadosrecursos financeiros e tecnológi-cos».

Joana Marques Vidal conside-rou que as qualidades de AmadeuGuerra constituem «uma garan-tia de que o DCIAP conseguirácumprir as competências que lheestão cometidas, contribuindopara o reforço do prestígio do MPe para a reconquista da confiançado cidadão na Justiça».

AMADEU GUERRA foi indicado para o cargo por Joana Marques Vidal

Novo director enunciou os principais objectivosdo “maior desafio” da sua carreira na magistratura

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Page 23: BRIEF Transparência » Revista Semanal 83

A20

Tiragem: 122220

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 20

Cores: Cor

Área: 12,36 x 19,85 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46592189 12-03-2013

Crimes económicose corrupção nasprioridades do DCIAP

O novo director do Departa-mento Central de Investigaçãoe Acção Penal (DCIAP) consi-derou ontem o combate à cri-minalidade complexa uma pri -oridade e disse ser preciso«competência técnica, rigor ecapacidade» para diminuir a«desconfiança» na Justiça.

«O combate à criminalidadeeconómica-financeira e violen -ta e a luta contra a corrupçãosão objectivos específicos e pri -oridades no âmbito da políticacriminal, quer ao nível da pre-venção quer ao nível da inves-tigação prioritária», disse Ama-deu Guerra, no primeiro discur -so como director do órgão dedependência directa da Procu-radoria-Geral da República.

O procurador-geral adjunto,que sucede no cargo a CândidaAlmeida, referiu a necessidadede «um trabalho persistente,imaginativo, de cooperaçãocom todos os operadores ca-pazes de contribuir (na sua es-pecialidade) para a descobertada verdade».

No «maior desafio» da suacarreira, de 33 anos na magis-tratura, Amadeu Guerra, naturalde Tábua, disse que «não foi fá-

cil» aceitar dirigir o DCIAP e dei-xou uma palavra «de amizadee apreço a Cândida Almeida»,sua «coordenadora no Tribunalde Trabalho de Lisboa, em mea-dos dos anos 80». O magistradofoi indicado para o cargo pelaprocuradora-geral da Repú-blica, Joana Marques Vidal, enomeado pelo Conselho Supe-rior do Ministério Público. Em19 conselheiros, 16 pronuncia-ram-se favoravelmente e ape-nas três se opuseram à desig-nação de Amadeu Guerra paraa direcção do DCIAP.

Na tomada de posse, a pro-

curadora-geral disse que é ne-cessário manter o combate àcriminalidade «altamente orga-nizada, transnacional e globali-zada, complexa e sofisticada ecom elevados recursos finan-ceiros e tecnológicos».

Joana Marques Vidal consi-derou que as qualidades deAmadeu Guerra constituem«uma garantia de que o DCIAPconseguirá cumprir as compe-tências que lhe estão cometidas,contribuindo para o reforço doprestígio do MP e para a recon-quista da confiança do cidadãona Justiça». |

Amadeu Guerra foi indicado para o cargo por Joana Marques Vidal

Posse Novo director enunciou os principais objectivosdo “maior desafio” da sua carreira na magistratura

LUSA

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A21

Tiragem: 7014

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 19

Cores: Preto e Branco

Área: 12,43 x 19,85 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46592219 12-03-2013

Crimes económicose corrupção nasprioridades do DCIAP

O novo director do Departa-mento Central de Investigaçãoe Acção Penal (DCIAP) consi-derou ontem o combate à cri-minalidade complexa uma pri -oridade e disse ser preciso«competência técnica, rigor ecapacidade» para diminuir a«desconfiança» na Justiça.

«O combate à criminalidadeeconómica-financeira e violen -ta e a luta contra a corrupçãosão objectivos específicos e pri -oridades no âmbito da políticacriminal, quer ao nível da pre-venção quer ao nível da inves-tigação prioritária», disse Ama-deu Guerra, no primeiro discur -so como director do órgão dedependência directa da Procu-radoria-Geral da República.

O procurador-geral adjunto,que sucede no cargo a CândidaAlmeida, referiu a necessidadede «um trabalho persistente,imaginativo, de cooperaçãocom todos os operadores ca-pazes de contribuir (na sua es-pecialidade) para a descobertada verdade».

No «maior desafio» da suacarreira, de 33 anos na magis-tratura, Amadeu Guerra disseque «não foi fácil» aceitar dirigir

o DCIAP e deixou uma palavra«de amizade e apreço a CândidaAlmeida», sua «coordenadorano Tribunal de Trabalho de Lis-boa, em meados dos anos 80».

O magistrado foi indicadopara o cargo pela procuradora-geral da República, Joana Mar-ques Vidal, e nomeado peloConselho Superior do Ministé-rio Público. Em 19 conselheiros,16 pronunciaram-se favoravel-mente e apenas três se opuse-ram à designação de AmadeuGuerra para a direcção doDCIAP.

Na tomada de posse, a pro-

curadora-geral disse que é ne-cessário manter o combate àcriminalidade «altamente orga-nizada, transnacional e globali-zada, complexa e sofisticada ecom elevados recursos finan-ceiros e tecnológicos».

Joana Marques Vidal consi-derou que as qualidades deAmadeu Guerra constituem«uma garantia de que o DCIAPconseguirá cumprir as compe-tências que lhe estão cometidas,contribuindo para o reforço doprestígio do MP e para a recon-quista da confiança do cidadãona Justiça». |

Amadeu Guerra foi indicado para o cargo por Joana Marques Vidal

Posse Novo director enunciou os principais objectivosdo “maior desafio” da sua carreira na magistratura

LUSA

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A22

Tiragem: 156102

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 16

Cores: Preto e Branco

Área: 21,45 x 31,02 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46589879 12-03-2013

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Page 26: BRIEF Transparência » Revista Semanal 83

Tiragem: 156102

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 3,93 x 4,86 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46589879 12-03-2013

Página 23

Page 27: BRIEF Transparência » Revista Semanal 83

A24

Tiragem: 40595

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 2

Cores: Cor

Área: 27,28 x 30,75 cm²

Corte: 1 de 3ID: 46608447 13-03-2013

Esgotaram-se os recursos para travar perda de mandatoAutarca de Faro anunciou que, apesar de mais uma decisão adversa do Tribunal Constitucional (TC), continuará em funções. Tem na manga novo recurso. O TC acusa-o de recorrer a expedientes dilatórios para se manter no cargo

O Tribunal Constitucional res-

pondeu a 7 de Março a um

pedido de “aclaração” de

Macário Correia confi rman-

do a perda do seu mandato

de presidente da Câmara de

Faro. Com esta diligência, o autarca

esgotou os recursos para travar a deci-

são proferida pelo Supremo Tribunal

Administrativo (STA) no Verão pas-

sado. Quando esta decisão transitar

em julgado, o que deverá suceder

dentro de meses, Macário deixará

de poder exercer funções autárqui-

cas, sob pena de os actos que prati-

car serem considerados inválidos.

O social-democrata não se dá, po-

rém, por vencido. “Ao abrigo da lei,

continuarei a exercer as funções para

que fui eleito”, anunciou ontem num

comunicado em que dá conta de ter

sido notifi cado da terceira e derra-

deira decisão do Tribunal Constitu-

cional sobre a sua perda de mandato.

O comunicado do autarca, que pre-

side à Comunidade Intermunicipal

do Algarve, termina com uma pro-

messa: “Aguardarei e cumprirei com

serenidade a última decisão do STA,

qualquer que ela seja e no momento

que venha a ser conhecida”.

Condenado por ter violado leis do

ordenamento e urbanismo em 2006,

quando era presidente da Câmara

de Tavira, Macário prepara-se para

entregar um recurso extraordinário,

alegando que o STA proferiu no pas-

sado, num qualquer caso idêntico

ao seu, uma decisão diametralmente

oposta. Mas este tipo de recurso só

pode ser entregue depois de o acór-

dão que o condena transitar em jul-

gado, ou seja, após perder o manda-

to. E os recursos extraordinários não

O comunicado de Macário Correia

deixa entrever que a via que escolheu

não será, de resto, esta, “O processo

regressa ao STA, onde já se solicitou a

correcção de erros materiais do acór-

dão. Isto porque o mesmo assentou

sobre sete situações, das quais se

sabe agora que três não existem na

realidade. Das outras, quatro soube-

se que não foram, até ao momento,

consideradas ilegais em ações ad-

ministrativas especiais”, diz o seu

comunicado.

Na Justiça, porém, a sucessão de

recursos merece críticas aos magis-

trados. No seu mais recente acórdão,

datado de 7 de Março, os conselhei-

ros do Constitucional consideram

que o requerimento do autarca do

PSD pedindo a “aclaração” da sen-

tença que haviam proferido em Ja-

neiro, e que já confi rmava uma de-

cisão sumária de Outubro de 2012,

não é senão uma manobra destinada

a adiar o inevitável: “Revela que ape-

nas pretende obstar ao trânsito em

julgado do acórdão”. Já no acórdão

de 6 de Fevereiro passado o mesmo

tribunal dissera “só por mero lap-

so” ou por “uma leitura desatenta

do respectivo conteúdo” da senten-

ça Macário Correia pode ter alegado

no seu recurso contradição entre a

decisão proferida e os respectivos

fundamentos.

Piscinas na RENO autarca foi condenado por aprovar,

contra o parecer emitido pelos técni-

cos, a construção de duas piscinas,

duas moradias e a reconstrução de

duas casas antigas em zonas classi-

fi cadas de Reserva Ecológica Nacio-

nal. “Eu também sou arquitecto e

engenheiro e conheço o território”.

Assim justifi cara, no passado mês de

Janeiro, os actos que violaram o Pla-

no Director Municipal. A emissão dos

alvarás, alegou o autarca, foi supor-

tada pelas “razões ponderosas” – um

poder discricionário que o Plano de

Ordenamento (Prot/Algarve) conferia

aos autarcas.

Por outro lado, os Projectos de Po-

tencial Interesse Nacional aprovados

pela administração central multipli-

caram-se pelas falésias e outras zonas

sensíveis. A Comissão de Coordena-

ção e Desenvolvimento Regional, há

cerca de seis anos, quando avaliou a

entrada do novo Prot, concluiu que

na faixa dos 500 metros junto ao mar

já só estava por ocupar 1,3% da área

disponível para construção. Assim,

a um interior cada vez mais deserto,

impôs-se um litoral de prédios enca-

valitados – e, actualmente, muitos

deles abandonados.

Talvez com base nesta percepção

dos desequilíbrios entre a serra e o li-

toral algarvio, do ponto de vista públi-

co as ilegalidades praticadas por Ma-

cário Correia ainda não mereceram

reprovação. “Sou contra o abandono

e a desertifi cação da serra algarvia.

Esta é uma causa da qual não abdi-

co”, tem vindo a afi rmar o presiden-

te da Câmara de Faro, sublinhando

que só “prendeu ajudar as pessoas”.

O presidente da comissão política

local do PS, Luís Graça, resume todo

o caso numa palavra: “Isaltinices”. Ao

autarca, diz, “faltam condições para

exerce o cargo. Não está a dignifi car

o poder local”, sublinha. Graça con-

sidera que o “mais grave” na conduta

do autarca é ele “ter desrespeitado os

pareces técnicos, foi avisado e não

quis saber de nada”. Ao persistir no

cargo, sublinha, “dá uma imagem pú-

blica de que há uma Justiça para os

grandes, outra para os pequenos”.

Já no que toca aos actos praticados,

admite, “situações de outros autarcas

que falharam, mas tiveram a humil-

dade de reconhecer o erro”.

MACÁRIO CORREIA

Idálio Reveze Ana Henriques

suspendem a pena, explica o consti-

tucionalista José Fontes. “Se lhe for

dada razão nesta questão isso pode

suceder depois do mandato já ter

terminado”, refere. Quando, daqui

a algum tempo, perder o mandato, o

social-democrata terá de abandonar

a Câmara de Faro. “Não pode conti-

nuar num serviço público sem ter um

título jurídico que o habilite a tal”,

refere o mesmo especialista.

“É como se estivesse impedido de

exercer funções”, corrobora o admi-

nistrativista da Universidade Católica

do Porto Mário Aroso de Almeida,

que se mostra surpreendido com as

declarações do autarca de que pre-

tende continuar a exercer o cargo.

“Não estou a ver como”, observa.

Se insistir em continuar à frente da

Câmara de Faro, Macário Correia de-

pois de o acórdão do STA transitar

em julgado, “estará a usurpar fun-

ções”. Uma vez declarada a perda de

mandato, não se torna necessário fa-

zer novas eleições. “O seu substituto

legal é o vice-presidente da câmara”,

esclarece Mário Aroso de Almeida.

O caso poderá, no entanto, ainda

voltar uma quarta vez ao Tribunal

Constitucional, equaciona o advoga-

do Artur Marques, que em 2003 não

conseguiu evitar a ida para a prisão

do presidente da Câmara de Vila Ver-

de. “Macário Correia pode evocar a

inconstitucionalidade da norma que

diz que os recursos extraordinários

não têm efeitos suspensivos. E essa

diligência já tem efeitos suspensivos”

da perda de mandato, faz notar. Mas

José Fontes não acredita que os juízes

do Tribunal Constitucional, que já

acusaram o autarca de recorrer a ex-

pedientes dilatórios para se manter

em funções, vão nisso. Pensa que dei-

xarão a perda de mandato efectivar-

se antes de se pronunciarem sobre

uma eventual alegação deste tipo.

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Tiragem: 40595

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 3

Cores: Cor

Área: 27,64 x 30,26 cm²

Corte: 2 de 3ID: 46608447 13-03-2013PEDRO CUNHA/ARQUIVO

Quando esta decisão transitar em julgado, Macário deixará de poder exercer funções, sob pena de os actos que praticar serem considerados inválidos

Há alguma comparação entre

o caso de Macário Correia

e o do major Valentim

Loureiro? “Não. São pro-

cessos que não são compa-

ráveis”, afi rma convicto o

advogado do presidente da Câmara

de Gondomar, Amílcar Fernandes.

Tal como o autarca algarvio, ou como

Isaltino Morais, Valentim foi conde-

nado à perda de mandato, mas nos

códigos processuais parece haver

muita margem para evitar a concre-

tização das penas aplicadas.

Apesar de serem “processos di-

ferentes” e de “consubstanciarem

questões técnicas diferentes”, ale-

gadamente, há um aspecto que é co-

mum aos dois presidentes: ambos

foram acusados de “infracção” a “re-

gras de conduta dos autarcas”, o que

tem como consequência a perda de

mandato. Tal como Macário Correia,

também Valentim Loureiro viu o Tri-

bunal de Gondomar aplicar-lhe essa

pena no acórdão do processo Apito

Dourado sobre eventual corrupção

na arbitragem e no futebol profi ssio-

nal que começou em 2003.

Depois de conhecerem a sentença,

em fi nais de Outubro do ano passa-

do, os advogados do presidente de

Gondomar fi zeram saber que iam re-

correr. Na sua leitura, a condenação

era “completamente errada e inacei-

tável”. Valentim Loureiro insistiu em

que o acórdão do Apito Dourado só

permite aplicar a sanção ao mandato

de 2005-2009 e não ao de 2009-2013,

como considerou o Tribunal. Em de-

clarações ao PÚBLICO, Amílcar Fer-

nandes reafi rmou a sua convicção

de que a perda de mandato é alusiva

ao anterior mandato (2005/2009) e

acrescentou que “a decisão está sus-

pensa até que a Relação do Porto se

pronuncie”. Mas, prometeu, “se a

decisão for em sentido contrário ao

que consideramos será apresentado

de imediato recurso para o Tribunal

Constitucional”. Se houver recurso

e se o acórdão do TC for conhecido

em fi nais de Setembro e for no sen-

tido da perda de mandato, Valentim

terá de abandonar o cargo, antes da

realização das eleições autárquicas. E

neste caso, Valentim poderá ver com-

prometida uma eventual candidatura

à Assembleia Municipal de Gondo-

mar pelo Movimento Independente

pelo qual foi eleito.

Mas se as semelhanças entre o

imbróglio judicial que envolve Ma-

cário Correia e aquele que respeita

a Valentim Loureiro se concentram

no facto de ambos terem sido alvo

de declarações de perda de manda-

to, já a comparação com o caso do

presidente da Câmara de Oeiras faz

sentido, sobretudo, no que tem a ver

com a resistência à execução das de-

cisões judiciais. Isto porque Isaltino

Morais chegou a ser condenado, em

2009, a uma pena acessória de per-

da de mandato, mas no ano seguin-

te o Tribunal da Relação de Lisboa

anulou essa condenação e reduziu

a pena inicial de sete anos de prisão

efectiva para dois anos.

Desde então, o autarca recorreu a

todos os meios para evitar o cumpri-

mento da pena a que foi condenado

pela prática de vários crimes de frau-

de fi scal. Os recursos, reclamações,

pedidos de aclaração, arguições de

nulidades e outras diligências com

idêntica fi nalidade são tantos e tais

que o presidente do Supremo Tri-

bunal de Justiça, Noronha do Nasci-

mento, não hesitou em afi rmar, em

Novembro de 2011, que os autos já

constituíam um “case study do que é

o labirinto do processo português”.

No mesmo sentido pronunciou-se já

este ano o procurador Luís Eloy, do

Tribunal de Oeiras. Segundo o jor-

nai i de ontem, Eloy escreveu, em

resposta a mais um recurso do ar-

guido, que os autos daquele processo

se tornaram um “objecto de estudo

sociológico”, na medida em que mos-

tram “o poder judicial enredado na

sua própria teia decisória”.

Valentim e Isaltino, dois casos de resistência à execução de sentenças judiciais

José António Cerejo e Margarida Gomes

Autarcas algarvios condenados

PSD lança sondagem sem nome de Macário

Os presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal de Aljezur (José Amarelinho e Manuel

Marreiros, ambos do PS) foram condenados pelo Tribunal de Lagos, em Junho do ano passado, a perda de mandato e três anos e dois meses de prisão, com pena suspensa. Os autarcas, considerou um colectivo de juízes, cometeram um crime de prevaricação, no licenciamento de obras no Vale da Telha (empreendimento turístico lançado há 35 anos pelo empresário Sousa Cintra).

Dois dias antes de ser conhecida a decisão, a Comunidade Intermunicipal do Algarve, presidida por Macário Correia, emitiu um comunicado em sua defesa, denunciando que existia um “clima de perseguição a autarcas, o que se verifica há alguns anos”. Os autarcas de Aljezur recorreram da sentença, tendo após “apurada reflexão” e consulta ao PS decidido manter-se em funções.

O PSD parece estar refém de decisão que o autarca de Faro venha a tomar (não está afastado o cenário de uma candidatura independente). Reflexo dessa situação é o facto de o PSD ter encomendado uma sondagem para avaliar quem seria o candidato melhor posicionado para disputar as autárquicas, e o nome de Macário Correia não constar da lista. O presidente da concelhia, Cristóvão Norte, interpelado pelo PÚBLICO sobre esta matéria, afirmou, lacónico: “A decisão [escolha do candidato] será tomada nas próximas semanas”.

O Partido Socialista, depois de o ex-secretário de Estado das Pescas, José Apolinário, se ter manifestado indisponível para concorrer, também ainda não escolheu candidato. I.R.

Os recursos de Isaltino mostram “o poder judicial enredado na sua própria teia decisória”, diz um procurador

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Tiragem: 40595

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 5,60 x 7,45 cm²

Corte: 3 de 3ID: 46608447 13-03-2013

Tribunal Constitucional confi rma perda de mandato. Autarca vai recorrer, mas não suspende a pena p2/3

Macário esgota recursos para evitar perda de mandato

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A27

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 26

Cores: Cor

Área: 24,34 x 31,55 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46609138 13-03-2013

Página 27

Page 31: BRIEF Transparência » Revista Semanal 83

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 4,20 x 2,87 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46609138 13-03-2013

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Page 32: BRIEF Transparência » Revista Semanal 83

A29

Tiragem: 156102

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 34

Cores: Cor

Área: 26,51 x 14,69 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46609148 13-03-2013

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Page 33: BRIEF Transparência » Revista Semanal 83

A30

Tiragem: 100000

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 26

Cores: Cor

Área: 9,17 x 15,83 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46630660 14-03-2013

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A31

Tiragem: 85184

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Desporto e Veículos

Pág: 35

Cores: Cor

Área: 10,27 x 7,60 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46631446 14-03-2013

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A32

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 7

Cores: Cor

Área: 14,12 x 17,07 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46630438 14-03-2013

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Page 36: BRIEF Transparência » Revista Semanal 83

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Preto e Branco

Área: 4,59 x 4,18 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46630438 14-03-2013

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A34

Tiragem: 43436

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 19

Cores: Cor

Área: 26,19 x 28,47 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46653596 15-03-2013

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A35

Tiragem: 15528

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 29

Cores: Preto e Branco

Área: 16,07 x 34,23 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46652725 15-03-2013

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Page 39: BRIEF Transparência » Revista Semanal 83

Tiragem: 15528

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 26

Cores: Cor

Área: 22,43 x 1,67 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46652725 15-03-2013

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Page 40: BRIEF Transparência » Revista Semanal 83

A37

Tiragem: 41462

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

Cores: Cor

Área: 15,92 x 23,96 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46652305 15-03-2013

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A38

Tiragem: 41462

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 39

Cores: Cor

Área: 27,82 x 33,30 cm²

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Tiragem: 41462

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 15,34 x 11,87 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46652727 15-03-2013

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A40

Tiragem: 156102

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 26

Cores: Cor

Área: 21,14 x 30,66 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46653332 15-03-2013

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Page 44: BRIEF Transparência » Revista Semanal 83

Tiragem: 156102

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 6,92 x 4,90 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46653332 15-03-2013

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Tiragem: 120000

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Desporto e Veículos

Pág: 44

Cores: Cor

Área: 5,70 x 19,88 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46653874 15-03-2013

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A43

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

Cores: Cor

Área: 13,96 x 29,34 cm²

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Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 23,78 x 1,02 cm²

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