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REVISTA SEMANAL 109 DE 02-12-2013 A 08-12-2013 BRIEFING INTELI|CEIIA » TRANSPARÊNCIA || 2013

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REVISTA SEMANAL 109

DE 02-12-2013 A 08-12-2013

BRIEFING INTELI|CEIIA » TRANSPARÊNCIA || 2013

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Revista de Imprensa09-12-2013

1. (PT) - Público, 03/12/2013, Combater a imagem do latino corrupto com um site 1

2. (PT) - i, 03/12/2013, Índice mundial mostra que a corrupção em Portugal não abranda 3

3. (PT) - i, 03/12/2013, DCIAP. Só 8,4% dos processos terminados deram acusação 5

4. (PT) - Correio da Manhã, 03/12/2013, 56 milhões de euros sob investigação 6

5. (PT) - Jornal de Notícias, 04/12/2013, Antero Henrique recorre da absolvição de Filipe Vieira 8

6. (PT) - Correio da Manhã, 04/12/2013, Reforça combate a crime económico 10

7. (PT) - Sábado, 05/12/2013, Os negócios em Angola de Ricardo Salgado 13

8. (PT) - Sábado, 05/12/2013, Kangamba comprou casa com 2 milhões de euros em notas 19

9. (PT) - Diário Económico, 05/12/2013, Só 28% das acusações de grande crime resultam em condenação 20

10. (PT) - Diário de Notícias, 05/12/2013, João Pinto contesta no Supremo 23

11. (PT) - Correio da Manhã, 05/12/2013, João Vieira Pinto vai recorrer 24

12. (PT) - Jornal de Notícias, 06/12/2013, Militar da GNR recebia dinheiro para esquecer multas 25

13. (PT) - Diário de Notícias, 06/12/2013, GNR detido por corrupção esteve em "lista negra" para sair da BT 26

14. (PT) - Correio da Manhã, 06/12/2013, GNR preso por corrupção 27

15. (PT) - i, 07/12/2013, Auditoria IGF. Câmara de Oeiras inflacionou receitas para poder fazer mais despesa 28

16. (PT) - Expresso - Economia, 07/12/2013, 33 é a posição... 30

17. (PT) - Expresso - Economia, 07/12/2013, "Até no Vaticano há corrupção" - Entrevista a João Gama Leão 31

18. (PT) - Público, 08/12/2013, Lei para que empresas não financiem partidos 35

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País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Combatera imagem dolatino corruptocom um site

Um ano depois de ter sido criado, o simulador online que analisa os riscos de corrupção para as PME portuguesas torna-se bilingue. Com a bênção do Instituto Basileia

Passou quase um

ano desde que um

conjunto de oito

empresas lançou

no Centro Cultural

d e B e l é m , e m

Lisboa, o simula-

dor online Gestão

Transparente. Hoje,

o projecto torna-se

bilingue, com uma versão em in-

glês do site criado para ajudar à

internacionalização das empresas

portuguesas que pretendam inves-

tir no estrangeiro — sobretudo fora

da União Europeia — avaliando o

nível de risco de corrupção a que

estão expostas.

Foram cerca de 8700 euros in-

vestidos num ano numa página

electrónica diferente que chamou

a atenção do Instituto Basileia, a

mais de dois mil quilómetros. Ho-

je, Gretta Fenner, directora do Ins-

tituto, e Gemma Aiolfi , que lidera

a divisão de Governança Corpora-

tiva da mesma organização, estarão

no primeiro aniversário do projecto.

Para apoiar uma ideia “inovadora”

na área do combate à corrupção.

A mais-valia do projecto é o si-

mulador pensado para ser um

“instrumento prático, dando reco-

mendações e sugerindo medidas

adequadas ao perfi l da entidade

que consulta o site”, explica ao PÚ-

BLICO Gualter Crisóstomo, director

de Governança Corporativa do Cen-

tro para A Excelência e Inovação na

Indústria Automóvel (CEiiA).

De forma gratuita, qualquer em-

presa pode recorrer à pagina electró-

nica para ter um primeiro vislumbre

sobre os riscos que enfrenta ao ten-

tar a internacionalização. As empre-

sas inserem os mais variados dados,

sobre a sua área de actividade, o tipo

de empresa e a sua dimensão, país

onde tencionam investir, se existirá

relacionamento com a administra-

ção pública local, se ponderam ter

intermediários ou parceiros locais.

O simulador apresenta-lhes depois

um resultado que refl ecte todas as

variáveis em questão.

dar formas de colaborar no futuro

com as entidades responsáveis pelo

projecto.

A singularidade do simulador está

no facto de ser gratuito e de resultar

da conjugação de esforços de em-

presas privadas, mas validado por

entidades públicas como o Depar-

tamento Central de Investigação e

Acção Penal (DCIAP) e a Universi-

dade do Minho.

Gemma Aiolfi — que no passado

foi responsável pela aplicação de po-

líticas anticorrupção em entidades

como o banco suíço UBS ou a mul-

tinacional ABB — elogia o empenho

das empresas que criaram o projec-

to. Além da CEiiA, estão envolvidas

a EDP, Inteli, Microsoft, Siemens,

REN, MTS e EPAL. “É promovida

pelas empresas. São as empresas a

assumir as suas responsabilidades

perante os riscos que enfrentam,

não sendo imposto pelo Governo.

Isso torna-o mais credível perante

outras empresas”, destaca Aiolfi .

O alvo do site são as PME. Que ac-

tualmente são as menos preparadas

para enfrentar os riscos da corrup-

Crisóstomo não esconde o orgulho

de ter em Portugal duas representan-

tes daquela que é a “instituição de

referência a nível mundial que mais

trabalha em colective actions [inicia-

tivas promovidas por empresas]”.

Representando assim o reconheci-

mento internacional de um projecto

pensado para as pequenas e médias

empresas (PME) portuguesas por

uma entidade que “colabora com a

OCDE, o Banco Mundial e o G20”.

Afi nal, um site que custou me-

nos de dez mil euros, que resultou

do trabalho de cerca de 15 colabo-

radores, totalmente realizado em

Portugal, podia mostrar que, “em

Portugal, há também exemplos de

boas práticas” que no estrangeiro

querem replicar. Uma resposta para

os que, lá fora, “olham só para nós

como uns latinos corruptos”.

Gretta Fenner — com um currículo

construído como consultora inde-

pendente nas áreas da Governança

e do Combate à Corrupção — reco-

nhece que veio expressamente a

Lisboa para o primeiro aniversário

do GestãoTransparente e para estu-

ção no mercado global. “Empresas

com 30 ou 40 trabalhadores, que

não sabem fazer uma análise de

mercado, dos países e sectores”

onde tencionam investir, explica

Crisóstomo.

E que entram num mercado bem

diferente. “Se quer investir no ex-

terior é melhor estar preparado.

É um campeonato diferente”, diz

Fenner. “Aceitar pagar um suborno

no estrangeiro pode arranjar-lhes

problemas no seu país de origem.

Portugal já tem leis anticorrupção

que se aplicam a transacções no es-

trangeiro. E mesmo uma PME por-

tuguesa pode ter uma ligação a um

qualquer Estado-membro da OCDE

que tem as suas próprias leis, que

talvez as aplique de uma forma mais

veemente. Pode acontecer uma em-

presa portuguesa ver-se escrutinada

no Reino Unido por um negócio que

fez no Brasil. Esse conceito é novo e

o risco de tal acontecer é cada vez

maior”, acrescenta Aiolfi . Já há ca-

sos concretos que o confi rmam: “A

Alstom, uma empresa francesa, foi

acusada na Suíça por causa de negó-

Nuno Sá Lourenço

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País: Portugal

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Âmbito: Informação Geral

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cios feitos na Letónia e na Malásia. E

eles foram multados em 31 milhões

de euros.”

Uma mudança de mentalidade

que vai sendo feita aos poucos nas

multinacionais. “O nível de cons-

ciencialização acerca dos riscos

do suborno aumentou. Tem mui-

to maior visibilidade mediática e

a expectativa dos accionistas e dos

investidores é que as empresas ne-

goceiem de forma ética. Já há pres-

são das organizações internacionais,

veja-se a lista negra do Banco Mun-

dial. Os riscos para as empresas são

cada vez mais elevados. E ninguém

quer ter de pagar 2500 milhões de

multa como a Siemens teve de fazer

há uns anos”, remata Aiolfi .

A julgar pelas estatísticas do site,

alguém no sector privado perce-

beu a mensagem. No seu primei-

ro ano foram feitas mais de 2300

simulações. Desse universo, mais

de 71% foram realizadas por PME.

Que testaram negócios, não só em

Portugal mas também em países

como Angola, Espanha, Brasil ou

Moçambique.

Crisóstomo assinala a semelhança:

“Se olharmos para a taxa de cresci-

mento das exportações, vemos que

esta casa com as consultas feitas. Foi

de encontro à economia real.”

O objectivo agora é exponenciar a

visibilidade do site, tornado-o aces-

sível a qualquer empresa do mundo.

directora do DCIAP, Maria Cândida

Almeida, durante uma conferência.

“Achámos que estava na altura de

parar com os diagnósticos e come-

çar a agir”, recorda Crisóstomo.

Curiosamente, o GestãoTranspa-

rente assinala o seu aniversário no

mesmo dia em que a Transparência

“Não vejo porque isso não poderá

acontecer. O projecto está defi nido

a partir dos padrões internacionais.

Qualquer empresa, esteja sediada

onde estiver, tem de ter em contas

estas regras”, defende Fenner, do

Instituto Basileia.

Tudo isto após o desafi o da então

Internacional torna público o Ín-

dice de Percepção da Corrupção

para 2013. Os dados compilados

a partir de uma miríade de relató-

rios de entidades internacionais

especializadas em Política, Eco-

nomia e Finanças, colocam Por-

tugal em 33.º lugar numa lista de

177 países.

O mesmo lugar obtido em 2012

permitiu ultrapassar a Espanha —

que caiu para o 40.º posto após

uma queda de 10 posições — e dei-

xando a Grécia bem longe, em 80.º

lugar. Mas, ainda assim, abaixo de

Chipre (em 31.º). E mais distante

da Irlanda, que num ano quase

chegou ao top 20, trepando 4 lu-

gares.

Numa primeira análise, o resul-

tado português parecer ter sido

negativamente infl uenciado por

uma variável em particular: o Guia

Internacional de Países em Risco,

da norte-americana Political Risk

Services, que quantifi cou de forma

mais severa o ambiente político em

Portugal e o seu impacto na econo-

mia e nas fi nanças do país.

Da mesma forma, o relatório

anual da Faculdade de Gestão

suíça IMD penalizou Portugal na

sua avaliação ao nível da compe-

titividade.

Crisóstomo acredita que a ges-

tão responsável é uma forma de

tornar as empresas portuguesas

mais competitivas a nível mundial.

“Se as indústrias nacionais apreen-

derem estes conceitos rapidamen-

te, podem, no futuro, apresentar

estas boas práticas como um ele-

mento diferenciador”, assegura,

antes de repetir um jargão politi-

camente correcto. “Nós acredita-

mos que clean businesses are good

businesses [negócios limpos são

negócios lucrativos].”

Gretta Fenner concorda, mas a

“longo prazo”. Para as empresas

ocidentais é um desafi o particu-

lar, pois vão ter de competir com

companhias de outras regiões do

mundo onde as exigências legais

não é tão elevada.

Ainda assim, o projecto foi anga-

riando mais aderentes. A cerimó-

nia de hoje assinalará a adesão de

11 novas entidades ao projecto. Em-

presas como a fabricante de lâm-

padas OSRAM/Portugal, a empresa

do Grupo Barraqueiro, Fertagus,

ou os dois poderosos escritórios

de advogados PLMJ e Cuatrecasas.

Que se comprometem a “recorrer

ao simulador e a promovê-lo jun-

to dos seus parceiros”, acrescenta

Crisóstomo.

Resta um sector de actividade

onde o director de Governança

Corporativa da CEiiA reconhece

não ter ainda chegado. “Olha-se

para os parceiros, para as entida-

des colaboradoras e para os obser-

vadores do projecto e não vemos a

banca. E não foi por falta de tenta-

tiva. Até faz falta ter a visão desse

sector.”

DANIEL ROCHA

MIGUEL MANSO

Gretta Fenner e Gemma Aiolfi, ambas directoras do Instituto Basileia, uma instituição de referência a nível mundial de combate à corrupção

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Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Tiragem: 27259

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Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Âmbito: Informação Geral

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Âmbito: Informação Geral

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Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Tiragem: 100000

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 58

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Tiragem: 100000

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 59

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Tiragem: 100000

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 60

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País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

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Tiragem: 100000

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 64

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Tiragem: 100000

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

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Tiragem: 100000

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 22

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Tiragem: 17566

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

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Só 28% das acusações de grandecrime resultam em condenaçãoInês David [email protected]

O departamento do MinistérioPúblico que investiga a grandecriminalidade económica e fi-nanceira proferiu 63 acusaçõesnum total de 707 inquéritos ins-taurados, mas viu os tribunaisconfirmarem apenas 18 dessasacusações. Isto é, apenas menosde um terço (28,6%) dos argui-dos que o Departamento Centralde Investigação Penal (DCIAP)acusou e contra quem reuniuprovas pela prática de um crimegrave ou económico - como cor-rupção ou branqueamento decapitais - acabaram por ser con-denados em tribunal. Em relaçãoaos restantes, o tribunal enten-deu que não havia prova sufi-ciente para a condenação.

Estes dados constam do rela-tório anual da Procuradoria Ge-

ral da República referente a 2012.Números que revelam o que hámuito tem sido dito por váriosprocuradores e especialistas naárea da criminalidade organiza-da e económica: que estes sãocrimes de difícil prova.

Os mesmos dados revelamque no ano passado mais metadedas investigações que passarampelas mãos dos procuradores doDCIAP - departamento quecoordena a nível nacional asmega-investigações - não tive-ram fim, mantendo-se em in-quérito. Das 1353 investigaçõescoordenadas pelo departamen-to, 707 tiveram um fim e apenas63 resultaram em acusação, oque corresponde a 8,6% do to-tal, e 215 foram arquivados. Maisde 450 ficaram ‘pendurados’. AoDiário Económico, fonte da PGRexplicou que uma parte destesinquéritos foi “incorporada,

dada a sua conexão subjectivaou objectiva, em outro inquéri-to, que passa a ser o único pen-dente no DCIAP”. Outra partefoi remetida “a outros departa-mentos de investigação ou co-marcas por não serem da com-petência do DCIAP”.

Luís de Sousa, especialista noestudo da corrupção e dirigenteda associação cívica Transpa-

rência e Integridade, reagiu semsurpresa aos dados da PGR sobreinvestigações de corrupção. AoDiário Económico, o politólogolembra que estes crimes econó-micos e financeiros “são com-plexos ao nível da produção deprova”, o que leva ao arquiva-mento de muitos inquéritos e,em tribunal, à absolvição. Luísde Sousa explica que, no quetoca à corrupção, existe não sófalta de especialização dos pro-curadores que mexem com estarealidade, como uma deficienteformação. A pouca celeridadenas investigações é outro dosproblemas apontados: “A Justi-ça é lenta a recolher prova e nes-tes crimes - sobretudo de natu-reza financeira - a prova desma-terializa-se rapidamente”, ar-gumenta o especialista, lamen-tando a “falta de assertividade epositivismo” com que a grande

criminalidade económico-fi-nanceira é tratada, tanto nasuniversidades, como nos tribu-nais. “Falta robustez para prote-ger o que é público nestes pro-cessos”, acrescenta, referindo--se ao facto de menos de meioterço das acusações resultaremem condenações efectivas.

O DCIAP abriu em 2012 mais156 investigações que em 2011.Mas acabou o ano com mais de600 investigações pendentes.Entre os crimes investigados poreste departamento, cuja direcçãopassou das mãos de Cândida Al-meida para Amadeu Guerra, es-tão o branqueamento de capitaise a corrupção (peculato, partici-pação em negócio e tráfico de in-fluências), que deram lugar a al-guns dos processos mais mediá-ticos, envolvendo políticos. Casodo Freeport ou Face Oculta ouOperação Furacão. ■

Corrupção Dos 707 inquéritos findos em 2012, 63 deram acusação. E destes só 18 foram confirmados em tribunal.

Procuradora mudou o ano passadoa direcção do DCIAP. Tirou CândidaAlmeida e colocou Amadeu Guerra.

Paulo Alexandre Coelho

Dirigenteda Integridadee Transparênciadiz que ainda hápouca especializaçãoe formação, o queleva à dificuldade naprodução de prova.

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País: Portugal

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Âmbito: Economia, Negócios e.

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ACTIVIDADE DA PGR

Branqueamentode capitais

Crimesde corrupção

O número de suspensõesbancárias derivadas de suspeitasdo crime de branqueamentode capitais aumentou em 2012.Foram suspensas 50 operações.No total das investigações, estãona mira do DCIAP 56 milhõesde euros, mais 20 milhõesde euros do que a verba de 2011.

O ano passado, foram registadosno Departamento Central deInvestigação e Acção Penal 686novos inquéritos, mais 156doque no ano de 2011.A estes juntaram-se os processosque transitaram de 2011, peloque nas mãos dos procuradoresestiveram 1353 mega-processos.

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Inquéritoscrescem ano a anoTodos os anos o númerode inquéritos abertos no DCIAPtem aumentado. Em 2008,o departamento tinha em mãos464 investigações, passandopara 1353 em 2012, o que equivalea um aumento de 889 inquéritos.A maior subida deu-se entreo ano de 2010 e 2011.

3

Investigaçõesde âmbito penalEm 2012, em todo o MinistérioPúblico, foram abertos 541.163inquéritos, menos 9.846do queem 2011, o que representauma diminuição da criminalidadeparticipada em cerca de 1,8%.Neste caso, são crimes de menosgravidade e complexidade,os que saem fora do DCIAP.

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Tiragem: 17566

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

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Cores: Cor

Área: 5,51 x 5,20 cm²

Corte: 3 de 3ID: 51165074 05-12-2013

Dos 707 investigações do MinistérioPúblico à criminalidade económica,apenas 63 chegaram a tribunal. ➥ P8

Justiça sóconseguecondenaçõesem 28% dasacusações

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Tiragem: 33083

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 22

Cores: Cor

Área: 4,98 x 6,22 cm²

Corte: 1 de 1ID: 51165577 05-12-2013

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Tiragem: 174397

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 48

Cores: Cor

Área: 8,15 x 4,91 cm²

Corte: 1 de 1ID: 51166546 05-12-2013

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Page 27: Brief transparência » revista semanal 109

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Tiragem: 84905

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 15

Cores: Cor

Área: 27,48 x 7,87 cm²

Corte: 1 de 1ID: 51189674 06-12-2013

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Tiragem: 33083

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 18

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Área: 27,26 x 9,80 cm²

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Página 26

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A27

Tiragem: 174397

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 48

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Área: 7,91 x 5,02 cm²

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A28

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 26

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Corte: 1 de 2ID: 51209485 07-12-2013

Página 28

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Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 27

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Área: 24,39 x 31,36 cm²

Corte: 2 de 2ID: 51209485 07-12-2013

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A30

Tiragem: 106700

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 28

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Área: 4,61 x 7,89 cm²

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A31

Tiragem: 106700

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 22

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Área: 30,07 x 46,51 cm²

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Tiragem: 106700

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 23

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Área: 30,19 x 44,39 cm²

Corte: 2 de 4ID: 51208714 07-12-2013 | Economia

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Tiragem: 106700

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

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Área: 14,63 x 29,93 cm²

Corte: 3 de 4ID: 51208714 07-12-2013 | Economia

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Tiragem: 106700

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 2

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Área: 5,07 x 2,64 cm²

Corte: 4 de 4ID: 51208714 07-12-2013 | Economia

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A35

Tiragem: 38650

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 29

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Área: 5,60 x 30,54 cm²

Corte: 1 de 1ID: 51217300 08-12-2013

O Governo espanhol quer proibir as

doações de empresas aos partidos po-

líticos. O novo pacote legislativo sur-

ge como uma resposta a escândalos

de corrupção, como o caso Bárcenas,

que envolve o Partido Popular (PP).

A alteração à lei de fi nanciamento

dos partidos vai incluir a proibição

de doações por pessoas colectivas,

ou seja, empresas. O presidente do

Governo, Mariano Rajoy, prevê apro-

var o projecto de lei em Dezembro,

segundo o diário El País, estando em

processo de discussão entre os gru-

pos parlamentares.

Acossado pelo escândalo que en-

volve o fi nanciamento do PP, Rajoy

quer fazer aprovar o novo diploma

para que “tal não volte a acontecer”.

Fontes da Moncloa, citadas pelo El País, não escondem que a proibição

das doações de empresas é uma res-

posta directa ao caso Bárcenas.

Uma investigação às contas do PP

revelou a existência de uma conta-

bilidade paralela, orquestrada pelo

ex-tesoureiro Luis Bárcenas, mas de

que teriam conhecimento dos líderes

do partido, e se incluíam doações de

empresas públicas, o que já era proi-

bido por lei.

O PP tem sido o principal benefi -

ciário das doações de empresas. Se-

gundo dados do Tribunal de Contas,

em 2011 — ano de eleições — os con-

servadores terão recebido 1,3 milhões

de euros, muito à frente dos 600 mil

que couberam à União Democrática

(partido da coligação catalã Conver-

gência e União) e dos 350 mil que o

PSOE recebeu.

O diploma deixa de fora as funda-

ções próximas dos partidos: pode-

rão continuar a receber doações de

empresas. O El País calcula que 70%

dos rendimentos destes organismos

fogem ao controlo fi scal. Existem de-

zenas destas entidades, que actuam

como think tanks de apoio aos par-

tidos — só o PSOE tem 11 que lhe são

próximas. Entre 2009 e 2011 regis-

taram, em conjunto, rendimentos

de 77 milhões de euros, dos quais

mais de 55 milhões não foram fi s-

calizados.

Em Portugal, a lei proíbe aos parti-

dos de receber donativos de empre-

sas nacionais ou estrangeiras.

Lei para que empresas não financiem partidos

Espanha

Reforma legislativa é vista como resposta ao caso Bárcenas, que envolve o Partido Popular. Fundações ficam de fora

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