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Transparência 27 REVISTA SEMANAL 23.01 - 29.01_2012

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De 23-01-2012 a 29-01-2012

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Page 1: BRIEF Transparência » Revista Semanal 27

Transparência

27

REVISTA SEMANAL ↘ 23.01 - 29.01_2012

Page 2: BRIEF Transparência » Revista Semanal 27

Revista de Imprensa

30-01-2012

1. (PT) - Correio da Manhã, 29/01/2012, Forte investiga corrupção interna 1

2. (PT) - Diário de Notícias, 29/01/2012, Inspector do Trabalho abre inquérito interno 2

3. (PT) - Jornal de Notícias, 29/01/2012, ´Não foi o cidadão que criou desgraça´ - Entrevista a Alberto Pinto

Nogueira

3

4. (PT) - Público - Pública, 29/01/2012, RDP acusada de censura 7

5. (PT) - Expresso, 28/01/2012, Suspeitas de corrupção na Inspecção do Trabalho 8

6. (PT) - Expresso, 28/01/2012, Nas mãos da juíza. Outra vez 10

7. (PT) - Público, 28/01/2012, Silva Carvalho propôs reforma das secretas ao Governo 11

8. (PT) - Correio da Manhã, 27/01/2012, Corrupção abala Cidade do Vaticano 13

9. (PT) - Jornal de Notícias, 27/01/2012, PJ investiga urbanismo de Coimbra 14

10. (PT) - Vida Económica, 27/01/2012, Certificação de programas de faturação contribui para combate à

fraude e evasão fiscais

16

11. (PT) - Sol, 27/01/2012, Ministério Público ataca PPP ruinosas 17

12. (PT) - Público, 27/01/2012, Jorge Silva Carvalho diz ser vítima de retaliação da Impresa contra a

Ongoing

18

13. (PT) - Correio da Manhã, 26/01/2012, Recursos travam prisão 20

14. (PT) - Destak, 26/01/2012, MP pediu duas vezes a prisão de Isaltino 21

15. (PT) - Diário de Notícias, 26/01/2012, Defesa diz que há provas de inocência 22

16. (PT) - Página 1, 25/01/2012, Ministra da Justiça promete atacar fraude e corrupção na saúde 23

17. (PT) - Público, 25/01/2012, GOL criou comissão para investigar casos de corrupção 25

18. (PT) - Público, 25/01/2012, Ministério Público pediu prisão de Isaltino Morais duas vezes desde

Novembro

26

19. (PT) - Correio da Manhã, 24/01/2012, Veiga quer SAD em tribunal 28

20. (PT) - Correio da Manhã, 24/01/2012, Isaltino 29

Page 3: BRIEF Transparência » Revista Semanal 27

21. (PT) - Diário de Notícias, 24/01/2012, "Caso João Pinto" adiado entre recurso e prescrição 30

22. (PT) - Diário Económico, 24/01/2012, Transferência de João Pinto com julgamento adiado para 16 de

Abril

31

23. (PT) - Público, 24/01/2012, Conselho da Corrupção contra fim da disciplina de Formação Cívica nas

escolas

33

24. (PT) - Jornal de Notícias, 24/01/2012, Tribunal quer IRS do Sporting no caso João Pinto 34

25. (PT) - Jornal da Madeira, 24/01/2012, 3,4 milhões omitidos lesam Estado português 35

26. (PT) - Público, 24/01/2012, Provedor pede código de conduta à AR 36

27. (PT) - Público, 24/01/2012, Julgamento de Veiga e João Pinto adiado 37

28. (PT) - Correio da Manhã, 23/01/2012, Milhões de João Pinto esperam julgamento 38

29. (PT) - Diário Económico, 23/01/2012, Ministério Público só acusa em3% das investigações de crime

económico

41

Page 4: BRIEF Transparência » Revista Semanal 27

A1

Tiragem: 156337

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 26

Cores: Cor

Área: 21,17 x 31,09 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39910780 29-01-2012

Página 1

Page 5: BRIEF Transparência » Revista Semanal 27

A2

Tiragem: 52107

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 36

Cores: Cor

Área: 5,09 x 14,97 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39908607 29-01-2012

Página 2

Page 6: BRIEF Transparência » Revista Semanal 27

A3

Tiragem: 106854

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 3

Cores: Cor

Área: 26,16 x 33,08 cm²

Corte: 1 de 4ID: 39908375 29-01-2012

Página 3

Page 7: BRIEF Transparência » Revista Semanal 27

Tiragem: 106854

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 4

Cores: Cor

Área: 27,45 x 33,44 cm²

Corte: 2 de 4ID: 39908375 29-01-2012

Página 4

Page 8: BRIEF Transparência » Revista Semanal 27

Tiragem: 106854

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 5

Cores: Cor

Área: 26,99 x 33,21 cm²

Corte: 3 de 4ID: 39908375 29-01-2012

Página 5

Page 9: BRIEF Transparência » Revista Semanal 27

Tiragem: 106854

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 21,11 x 10,54 cm²

Corte: 4 de 4ID: 39908375 29-01-2012

Página 6

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A7

Tiragem: 43909

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 8

Cores: Preto e Branco

Área: 5,00 x 9,76 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39911409 29-01-2012 | Públicapolémica RDP acusada de censura Pedro Rosa Mendes criticou, na sua crónica para a RDP, o programa Reencontro, emissão especial da RTP a partir de Luanda, dizendo: “[é] um dos mais nauseantes e grosseiros exercícios de propaganda e mistifi cação a que alguma vez assisti.” Quem tivesse visto as redes sociais na noite da emissão de Reencontro feita para acompanhar a visita a Angola do ministro dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas perceberia que o jornalista não estava isolado. Acresce que Pedro Rosa Mendes conhece bem o país, denunciou casos de corrupção e sofreu as retaliações do Governo de José Eduardo dos Santos. Mas a RDP não gostou e decidiu acabar com o programa, onde participavam mais quatro comentadores.

Página 7

Page 11: BRIEF Transparência » Revista Semanal 27

A8

Tiragem: 132175

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 17

Cores: Cor

Área: 29,34 x 44,39 cm²

Corte: 1 de 2ID: 39896869 28-01-2012

Página 8

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Tiragem: 132175

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 4,91 x 11,80 cm²

Corte: 2 de 2ID: 39896869 28-01-2012

Página 9

Page 13: BRIEF Transparência » Revista Semanal 27

A10

Tiragem: 132175

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 16

Cores: Cor

Área: 9,81 x 21,21 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39896854 28-01-2012

Página 10

Page 14: BRIEF Transparência » Revista Semanal 27

A11

Tiragem: 43909

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 4

Cores: Cor

Área: 29,27 x 33,64 cm²

Corte: 1 de 2ID: 39896471 28-01-2012

Serviços secretos Ex-espião projectou mudanças na eventualidade de ir para o SIRP

Detractores do ex-chefe do SIED foram já afastados dos serviçosSilva Carvalho propôs reforma das secretas ao GovernoDocumento, entregue no ano passado, apostava num aumento do orçamento para operações e na fusão do SIS e SIED

a No ano passado, numa altura em que foi sondado pelo actual Governo para vir a assumir o cargo de secretá-rio-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), su-cedendo a Júlio Pereira, Jorge Silva Carvalho, então já a trabalhar na On-going, entregou ao executivo um pla-no de reestruturação dos serviços de informação.

O documento expunha os seus pro-jectos para uma reforma no Serviço de Informações de Segurança (SIS) e no Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) – que, segundo fon-tes consultadas pelo PÚBLICO, pode-ria traduzir uma “revolução feita em 24 horas” – e apostava num aumen-to do orçamento para a capacidade operacional das secretas, apesar de Silva Carvalho saber de antemão que o montante fi nanceiro atribuído aos serviços poderia vir a ser reduzido no Orçamento do Estado para 2012.

O plano continha ainda a proposta da fusão do SIS e do SIED, também implicitamente inscrita no programa de Governo do PSD, para o qual, aliás, Silva Carvalho e Júlio Pereira contribu-íram. Esta promessa eleitoral, porém, está longe de vir a ser cumprida, uma vez que os sociais-democratas enfren-tam as resistências do PS (o líder so-cialista, António José Seguro, terá já manifestado ao primeiro-ministro a sua recusa em apoiar esta iniciativa) e também do seu parceiro de coligação governamental, o CDS. Está prevista, no entanto, uma fusão da secreta in-terna e da externa ao nível das instala-ções, já que o SIED poderá abandonar o Forte do Alto do Duque, em Monsan-to, e transitar para a sede do SIS, no Forte de D. Carlos I, na Ameixoeira.

Nas mãos do Governo, o projecto de Silva Carvalho para os serviços de informação é um dos documentos que estarão a servir de base de estudo para a reforma em curso nas secretas. As alterações internas tiveram início na

última semana de Dezembro com a ex-tinção de três departamentos no SIED e outros tantos no SIS, a redução de chefi as e a exoneração de funcionários que terão fornecido dados ao semaná-rio Expresso sobre as irregularidades alegadamente cometidas por Silva Carvalho (antes e depois de sair do SIED). Esta decisão de afastar diversos técnicos superiores terá sido susten-tada com as acusações de violação do segredo de Estado e adulteração de informações. Poucos dias depois, o Expresso noticiou que a reestrutura-ção nos serviços, nomeadamente a gestão dos quadros, manteve em lu-gares de chefi a pessoas que tinham sido nomeadas por Júlio Pereira e por Jorge Silva Carvalho, “reforçando” as-sim a infl uência do antigo espião nas secretas.

A reforma em curso (estará fi naliza-da em Março) opera ainda mudanças ao nível do poder: o emagrecimento de algumas estruturas de chefi a vai permitir uma exponenciação do po-der do secretário-geral. Isso mesmo foi já admitido pelo primeiro-ministro, que, através de uma nota do seu gabi-nete divulgada há cerca de um mês, falou numa “enfatização” da “dimen-são aglutinadora da intervenção do secretário-geral” e ainda no “reforço da intervenção da direcção superior dos serviços na componente opera-cional”.

Através do seu gabinete, o primei-ro-ministro negou que Silva Carvalho tenha sido consultado sobre a sua dis-ponibilidade para ser secretário-geral do SIRP e que exista alguma espécie de colaboração entre o ex-chefe do SIED e os responsáveis pela refor-ma das secretas. Através de email, o gabinete de Passos disse que não irá “alimentar folhetins a este respeito”. O PÚBLICO perguntou ainda ao SIRP se quem está a coordenar a reforma é a tutela ou o gabinete do ministro ad-junto e dos Assuntos Parlamentares, mas até à hora de fecho desta edição não obteve resposta.

Maria José Oliveira

ENRIC VIVES-RUBIO

Jorge Silva Carvalho apresentou ontem uma queixa a Maria José Morgado, directora do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP), sobre os “claros indícios” de violação do segredo de justiça que surgiram em notícias de diversos órgãos de comunicação social, “em especial a [revista] Visão”, disse ontem ao PÚBLICO o advogado do ex-chefe das secretas, Nuno Morais Sarmento.

A queixa apresentada a Morgado é justificada por ser no DIAP, nomeadamente na 9.ª secção,

que está a decorrer um inquérito “três em um”: os agentes da Unidade Nacional de Combate à Corrupção estão a investigar a alegada transmissão de dados confidenciais à Ongoing, por parte de Silva Carvalho, o acesso ilícito aos registos telefónicos do jornalista Nuno Simas, no Verão de 2010, e ainda a eventual violação da correspondência privada do antigo responsável pelos serviços secretos (este último processo foi aberto na sequência de uma queixa apresentada por Silva Carvalho). Ao PÚBLICO, Morais

Sarmento salientou que existe uma “prática reiterada do crime de violação do segredo de justiça” por parte dos media, atentando na “gravidade” de o processo estar a ser investigado “por aquele departamento”.

O advogado não quis especificar quais as notícias a que se referia. Mas nomeou a Visão que, na sua edição desta semana, noticiou que o telemóvel de Silva Carvalho confiscado pela PJ continha “centenas” de “fichas detalhadas” sobre personalidades da vida económica e política. M.J.O.

Silva Carvalho apresenta queixa por violação do segredo de justiça

Página 11

Page 15: BRIEF Transparência » Revista Semanal 27

Tiragem: 43909

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 22,81 x 8,20 cm²

Corte: 2 de 2ID: 39896471 28-01-2012

O projecto do antigo espião foi entregue ao Governo de Pedro Passos Coelhonuma altura em que julgava que iria ser nomeado secretário-geral do SIRP

a No ano passado, numa altura em que foi sondado pelo actual Governo para vir a assumir o cargo de secretá-rio-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), su-

cedendo a Júlio Pereira, Jorge Silva Carvalho, então já a trabalhar na Ongoing, entregou ao executivo de Passos Coelho um plano de reestru-turação dos serviços de informação.

O documento continha a proposta da fusão do SIS e do SIED, também implicitamente inscrita no programa de Governo do PSD, para o qual, ali-ás, Silva Carvalho e Júlio Pereira con-

tribuíram. O projecto do ex-chefe do SIED para os serviços de informação é um dos documentos que estarão a servir de base para a reforma em cur-so nas secretas. c Portugal, 4

Jorge Silva Carvalho fez plano para reestruturar secretas já na Ongoing

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Page 16: BRIEF Transparência » Revista Semanal 27

A13

Tiragem: 156337

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 32

Cores: Cor

Área: 21,19 x 24,17 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39875581 27-01-2012

Página 13

Page 17: BRIEF Transparência » Revista Semanal 27

A14

Tiragem: 106854

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 12

Cores: Cor

Área: 15,99 x 24,59 cm²

Corte: 1 de 2ID: 39874570 27-01-2012

Página 14

Page 18: BRIEF Transparência » Revista Semanal 27

Tiragem: 106854

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 4,57 x 3,44 cm²

Corte: 2 de 2ID: 39874570 27-01-2012

Página 15

Page 19: BRIEF Transparência » Revista Semanal 27

A16

Tiragem: 20300

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 32

Cores: Cor

Área: 20,29 x 20,54 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39874381 27-01-2012

O Governo regulamentou o processo de certificação dos programas informáticos de faturação. Para o efeito, definiu um con-junto de regras técnicas a serem observa-das pelas empresas produtoras de software. O Executivo considera que se trata de um reforço no combate à fraude e à evasão fis-cais.

Progressivamente será alargado o univer-so de contribuintes que têm de utilizar pro-gramas certificados como meio de emissão de faturas ou documentos equivalentes e talões de venda. “Com esta medida, os contribuintes abrangidos deixam de po-der utilizar equipamentos que, não sendo certificáveis, oferecem menores garantias de inviolabilidade dos registos efetuados. A Portaria nº 22-A/2012 define as regras que os equipamentos ou programas infor-máticos não certificados devem observar na emissão de documentos entregues aos clientes, quando se trate de contribuintes não abrangidos pela obrigatoriedade de utilização de programas certificados de fa-turação”, de acordo com o Ministério das Finanças.

Os contribuintes de IRS ou IRC, para emissão de faturas ou documentos equiva-lentes e talões de venda, ficam obrigados a utilizar, exclusivamente, programas in-formáticos de faturação que tenham sido objeto de certificação prévia por parte da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). Excluem-se destas regras os contribuintes que reúnam alguns requisitos. Utilizem software produzido internamente ou por empresa integrada no mesmo grupo eco-nómico, do qual sejam detentores dos seus direitos de autor e tenham apresentado, no

período de tributação anterior, um volu-me de negócios inferior ou igual a 100 mil euros ou tenham emitido um número de faturas, documentos equivalentes ou talões de venda inferior a mil unidades. Também se aplica a transmissões de bens através de aparelhos de distribuição automática ou prestações de serviços em que seja habitu-al a emissão de talão, bilhete de ingresso ou transporte, senha ou outro documento pré-impresso e ao portador comprovativo

do pagamento. A certificação dos progra-mas de faturação depende da verificação cumulativa de requisitos como a possibi-lidade de exportar o ficheiro, possuir um sistema que permita identificar a gravação do registo de faturas ou documentos equi-valentes e talões de venda, através de um algoritmo de cifra assimétrica e de uma chave privada de conhecimento exclusivo do produtor do programa. Implica ainda possuir um controlo do acesso ao sistema informático, obrigando a uma autenti-cação de cada utilizador e não dispor de qualquer função que, no local ou remota-mente, permita alterar – direta ou indire-tamente – a informação de natureza fiscal, sem gerar evidência agregada à informação original.

Importa notar que as empresas produto-ras de software, antes da comercialização dos programas, para efeitos de certificação, devem enviar à AT uma declaração de modelo oficial, aprovado por despacho do Ministério das Finanças e a chave pública que permita validar a autenticidade e a in-tegridade do conjunto de dados, assinados com a correspondente chave privada. AT mantém no seu sítio uma lista atualizada dos programas e as respetivas versões certi-ficadas, bem como a identificação dos pro-dutores. De notar que a versão certificada de um programa de faturação tem de ob-servar os correspondentes requisitos, ainda que seja utilizada por um contribuinte não obrigado a ter programa certificado. A AT pode, em qualquer momento, efetuar tes-tes de conformidade, devendo o produtor de software disponibilizar um exemplar do programa e a documentação necessária.

GOVERNO APRESENTA REGULAMENTAÇÃO

Certificação de programas de faturação contribui para combate à fraude e evasão fiscais

Página 16

Page 20: BRIEF Transparência » Revista Semanal 27

A17

Tiragem: 59041

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 19

Cores: Cor

Área: 17,24 x 26,29 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39875241 27-01-2012

Página 17

Page 21: BRIEF Transparência » Revista Semanal 27

A18

Tiragem: 43909

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

Cores: Cor

Área: 28,52 x 33,42 cm²

Corte: 1 de 2ID: 39875101 27-01-2012

Demissão Ex-director do SIED não quer continuar a ser “arma de arremesso”

Jorge Silva Carvalho diz ser vítima de retaliação da Impresa contra a OngoingAntigo chefe das secretas demitiu-se ontem do grupo de Nuno Vasconcellos. Em comunicado, criticou o “olhar passivo” da Justiça perante violações dos segredos de Estado e de justiça

a Ao fi m da tarde de ontem, Jorge Silva Carvalho, ex-chefe do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) e membro da administração da Ongoing desde Dezembro de 2010, anunciou a sua demissão deste grupo económico, alegando recusar ser uma “arma de arremesso para ataques de grupos empresariais”. Embora não o refi ra explicitamente no comunicado que enviou para a comunicação so-cial, Silva Carvalho assumiu estar a ser um alvo colateral do litígio judicial entre a Ongoing e o grupo Impresa, proprietário do Expresso e da revista Visão (o grupo presidido por Nuno Vasconcellos tem uma participação de 22,89% na Impresa).

Foi o semanário Expresso que noti-ciou as alegadas irregularidades come-tidas por Silva Carvalho antes e depois de abandonar o SIED – nomeadamen-te a alegada transmissão de informa-ção classifi cada para a Ongoing e o acesso ilícito aos registos telefónicos do jornalista Nuno Simas – e a Visão, na sua edição de ontem, escreveu que o telemóvel confi scado pela PJ con-tinha “fi chas detalhadas” de fi guras nacionais da economia e da política. Esta notícia, que cita as investigações levadas a cabo pelo Ministério Público (MP) e cujo inquérito está em segredo de justiça, terá sido a gota de água pa-ra Silva Carvalho, que, num dos pon-tos do comunicado, acusou o “olhar passivo das autoridades” perante a “campanha” que “viola impunemente o segredo de Estado e agora também o segredo de justiça”.

Para além das críticas implícitas ao Ministério Público, Silva Carva-lho reiterou, ao longo da nota, que a “campanha injuriosa, manipuladora e cheia de falsidades” traduz uma re-presália do grupo de Francisco Pinto Balsemão à Ongoing, presidida por Nuno Vasconcellos. “O essencial des-tes ataques”, escreveu, “parte de uma empresa que mantém uma disputa societária com o grupo onde desem-penhei funções no último ano, o que, por si só, retira a essas acusações o ca-rácter de imparcialidade que se exige à boa actividade jornalística.”

No entanto, apesar de assumir o seu papel de joguete na guerra entre as duas empresas, Silva Carvalho ad-mite que a “natureza” das acusações de que tem sido alvo e as funções que desempenhou nos serviços de infor-mação “limitam” a sua “capacidade

de intervenção pública”, pelo que a demissão da Ongoing afi gurou-se a única solução. Referindo-se ao Expres-so, embora não o tenha nomeado, es-creveu que a “campanha mantém-se, ininterrupta, semana após semana”, atingindo-o “directamente” e penali-zando “terceiros”, como a sua família e o grupo empresarial.

Para o fi nal, Silva Carvalho reafi r-mou, como já o tinha feito num comu-nicado distribuído aos jornalistas no fi nal da sua audição no Parlamento, em Setembro do ano passado, que “sempre” respeitou o segredo de Es-tado e o dever de sigilo a que estão submetidos os funcionários das “se-

cretas”. Com a saída da Ongoing, on-

de foi membro da administra-ção da Ongoing Services, CEO

da Ongoing Shared Services (cujo acrónimo, OSS, é igual ao da agência de intelligence precursora da CIA) e

Maria José OliveiraO antigo espião foi ouvido no Parlamento em Setembro do ano passado

ENRIC VIVES-RUBIO

Há inquéritos em curso e outros já concluídos. Entre estes últimos estão dois realizados nos serviços de informação a pedido de Passos Coelho, depois de noticiadas as alegadas irregularidades cometidas por Jorge Silva Carvalho. Os resultados do primeiro, sobre as fugas de informações para a Ongoing, foram enviados para a Procuradoria-Geral da República. O segundo, destinado a averiguar o acesso aos dados telefónicos do jornalista Nuno Simas, foi inconclusivo. Em curso continuam as investigações do

Ministério Público, que, entre outras diligências, ordenou buscas no gabinete de Carvalho na Ongoing e em sua casa. A PJ confiscou então um computador e um telemóvel, que, sabe o PÚBLICO, contém uma base de dados de cerca de cinco mil registos. Os agentes da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, que estão a investigar o caso, reportam exclusivamente aos procuradores da 9.ª secção do Departamento de Investigação e Acção Penal. M.J.O.

Investigações do MP ainda em cursoTelemóvel de Silva Carvalho, confiscado pela PJ, terá uma base de dados com 5 mil registos

administrador da Ongoing Strategy Investiments, entre outras funções, Silva Carvalho diz que vai concentrar-se “em absoluto no esclarecimento de todas as acusações” que lhe são imputadas. “Imponho-me levar até ao fi m a defesa do meu bom nome”, con-clui, antecipando, porém, que nessa altura “o assunto já não terá interesse jornalístico”.

Pouco depois da divulgação deste comunicado, o conselho de adminis-tração da Ongoing informou, através de uma nota, que aceitou o pedido de renúncia de Silva Carvalho, manifes-tando ainda crença na Justiça e espe-rando que “a verdade seja totalmente reposta no mais breve prazo possível”. Sobre o desempenho do antigo espião no grupo os administradores subli-nharam que o seu trabalho na “estru-turação e organização” da Ongoing “é visível e demonstrativo da sua enorme mais-valia como gestor”.

Página 18

Page 22: BRIEF Transparência » Revista Semanal 27

Tiragem: 43909

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 22,57 x 7,30 cm²

Corte: 2 de 2ID: 39875101 27-01-2012

Jorge Silva Carvalho, ex-chefe do SIED, renunciou a todos os cargos no grupo de Nuno Vasconcellos e critica passividade da justiça neste caso

a Jorge Silva Carvalho, ex-chefe do Serviço de Informações Estratégi-cas de Defesa (SIED) e membro da administração da Ongoing desde

Dezembro de 2010, anunciou a sua demissão deste grupo económico, alegando recusar ser uma “arma de arremesso para ataques de grupos

empresariais”. Embora não o refi ra explicitamente no comunicado on-tem divulgado, o ex-espião Jorge Sil-va Carvalho assumiu estar a ser um

Guerra entre Impresa e Ongoing leva à demissão de ex-espião

alvo colateral do litígio judicial entre a Ongoing, de Nuno Vasconcellos, e o grupo Impresa, de Francisco Pinto Balsemão. c Portugal, 6

Página 19

Page 23: BRIEF Transparência » Revista Semanal 27

A20

Tiragem: 156337

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 29

Cores: Cor

Área: 10,58 x 6,22 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39852558 26-01-2012

Página 20

Page 24: BRIEF Transparência » Revista Semanal 27

A21

Tiragem: 135000

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 2

Cores: Cor

Área: 4,49 x 17,48 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39851303 26-01-2012

MP pediu duas vezes a prisão de Isaltino

Isaltino Morais foi man-dado prender duas

vezes pelo Ministério Públi-co desde Novembro, mas só agora a juíza do Tribunal de Oeiras recebeu o processo e vai decidir se prescreveu ou não. A defesa de Morais ale-ga que um dos dois crimes de fraude fiscal de que é acu-sado – além de um crime de branqueamento de capi- tais – prescreveu a 4 de No-vembro de 2011, o que signi-fica que não terá de cumprir essa pena. O Tribunal da Relação considera que a de-cisão que condena o autar-ca a dois anos de prisão efec-tiva não transitará em julga-do com recursos pendentes.

EM 3 MESES

MP afirma que a sentença transitou em julgado a 31/10

LUÍS ANICETO

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Tiragem: 52107

País: Portugal

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

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Corte: 1 de 1ID: 39851628 26-01-2012

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 17

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Área: 5,19 x 11,41 cm²

Corte: 1 de 2ID: 39851745 25-01-2012Paula Teixeira da Cruz

Ministra da Justiça promete atacar fraude e corrupção na saúde

A ministra da Justiça promete ata-car de forma prioritária a fraude e a corrupção na saúde.Perante uma plateia com vários responsáveis da área criminal e do sistema de fi scalização do sector da saúde, a ministra Paula Teixeira da Cruz disse que o fenómeno não está quantifi cado, mas há muitos casos em investigação. “Há muitos casos e que envolvem desde aquisições de equipamen-tos à construção de determinados equipamentos e fármacos”, disse, sublinhando que “a corrupção nos sistemas de saúde envolve, muitas vezes, planos bem estruturados, onde impera uma lógica organizati-va direccionada para a obtenção de lucros, em que a corrupção assume grande relevância”.

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Tiragem: 0

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

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Área: 5,94 x 0,43 cm²

Corte: 2 de 2ID: 39851745 25-01-2012 - SAÚDE: Governo promete combate à fraude

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Tiragem: 43909

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 7

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Corte: 1 de 1ID: 39829940 25-01-2012

GOL criou comissão para investigar casos de corrupção

Margarida Gomes

a Fernando Lima, grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL), anunciou ontem, numa tertúlia rea-lizada no café Astória, no Porto, que constituiu uma comissão para inves-tigar o eventual envolvimento de ma-çons em casos de corrupção.

Sem aludir directamente à polémi-ca criada pela loja Mozart49 sobre as ligações alegadamente pouco trans-parentes entre a Maçonaria, as secre-tas, o poder económico e o político, Fernando Lima explicou que decidiu criar aquela comissão pouco depois de passar a ser grão-mestre do GOL, em Junho de 2011.

Antes deste anúncio que ocorreu já durante o debate, Lima escolheu um outro ângulo para falar da Maçonaria – “uma ordem iniciática, no sentido de ser uma ordem fi losófi ca, huma-nista, que tem uma linguagem simbó-lica e que assenta em valores”.

Feita a defi nição, o 43.º grão-mes-tre do GOL – o único sem fi liação par-tidária – empenhou-se em dizer que a Maçonaria não é uma sociedade secreta (“não há nenhum secretis-mo”) e não pretende controlar o po-der. “A maçonaria é uma instituição onde toda a gente cabe, à excepção dos intolerantes”, frisou, afi rmando que “a Maçonaria não é rigorosamen-te nada secreta, e que esse é um dos grandes equívocos relativamente à Maçonaria”, disse o grão-mestre da GOL, explicando, todavia, que em tempos foi secreta “quando teve de resistir às grandes tiranias”.

Fernando Lima manifestou-se con-tra à obrigatoriedade de os maçons assumirem que são maçons. “Não vejo razão nenhuma para isso”, de-clarou, porque, explicou, isso abriria “uma das maiores brechas na demo-cracia para além de ser anti-constitu-cional, anti-jurídico, anti-direitos dos homens”. “Estou de acordo que os maçons se assumam se assim o enten-derem, mas sou frontalmente contra a obrigatoriedade da declaração de ser maçon. Isso é inconstitucional e vai contra todas as convenções euro-peias”, decretou.

Fernando Lima, grão-mestre do GOL Página 25

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Tiragem: 43909

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

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Justiça Defesa do autarca garante que parte dos crimes prescreveu no dia 4 desse mês

Ministério Público pediu prisão de Isaltino Morais duas vezes desde NovembroProcesso regressou anteontem ao Tribunal de Oeiras e já nada impede a juíza de decidir se manda prender o autarca. A questão está em saber se parte dos crimes já prescreveu

a O Tribunal de Oeiras deverá decidir dentro de dias se o procedimento cri-minal contra Isaltino Morais prescre-veu parcialmente a 4 de Novembro, como diz o arguido, ou se o manda prender, como já pediu o Ministério Público (MP) por duas vezes desde No-vembro. A decisão só agora será toma-da porque só anteontem chegaram a Oeiras os autos relativos ao acórdão de 14 de Dezembro em que o Tribunal da Relação de Lisboa mandou a juíza titular do processo avaliar se houve ou não prescrição, ou seja, se foram ex-cedidos os prazos máximos previstos na lei para que Isaltino possa cumprir a pena de dois anos de prisão efectiva a que foi condenado.

O autarca sustenta que a prescrição de um dos dois crimes de fraude fi s-cal — a condenação abrange também um crime de branqueamento de ca-pitais — ocorreu a 4 de Novembro pas-sado, pelo que não terá de cumprir a parte da pena correspondente a esse crime, conforme consta do processo que o PÚBLICO consultou nos últimos dias. Contrariamente ao arguido, o MP entende que a sentença condenató-ria transitou em julgado dias antes, tornando-se irreversível e não haven-do qualquer hipótese de prescrição. Por isso mesmo, o procurador Luís Eloy requereu à juíza Carla Cardador a emissão de mandados de detenção contra o autarca em 9 de Novembro e, novamente, em 30 de Novembro.

Juíza de mãos atadasEm ambas as ocasiões, a magistrada decidiu adiar a sua decisão para de-pois de se tornar defi nitivo o acórdão da Relação que rejeitou o pedido do arguido para afastá-la do processo — facto que ocorreu em 29 de Novem-bro. A juíza tem-se mantido, no en-tanto, em silêncio, por ter estado a aguardar a chegada ao tribunal dos autos relativos a dois outros recursos de Isaltino, os quais foram decididos pela Relação em acórdãos de 14 de Dezembro, mas só anteontem “bai-xaram” a Oeiras.

Num desses acórdãos, os desem-bargadores indeferem o pedido de revogação do despacho que atribuiu “carácter urgente” ao processo. No outro, o principal, é dada razão ao arguido, ordenando-se a apreciação pelo Tribunal de Oeiras da prescrição por ele alegada desde Maio, sem qual-quer referência ao dia 4 de Novembro.

José António Cerejo

PEDRO CUNHAciar sobre a sua prisão enquanto não forem defi nitivamente decididos os incidentes referentes ao afastamen-to da juíza (cujo acórdão da véspera era ainda passível de reclamação) e à apreciação da prescrição.

No segundo pedido à juíza para prender Isaltino, o procurador já é peremptório, ao afi rmar, a 30 de No-vembro, que “o acórdão condenató-rio transitou em julgado, de forma in-controversa, no dia 31 de Outubro”, data em que o TC rejeitou o último recurso ali interposto pelo autarca, e manifesta inclusive algum desagrado por, “decorridos mais de 20 dias sobre a promoção da emissão de mandados de detenção, e não obstante tratar-se de processo declarado urgente”, não existir ainda qualquer decisão. No contraditório, Isaltino argumentou que a “condução à cadeia” só pode ser ordenada “quando não subsisti-rem questões por decidir”.

Uma questão de diasÉ sobre estas duas questões — a pres-crição e a prisão de Isaltino — que a juíza terá agora de se pronunciar. Ca-so venha a confi rmar a tese de que a prescrição aconteceu a 4 de Novem-bro, a questão essencial está em saber se, nessa altura, a condenação tinha transitado em julgado, o que retiraria qualquer efeito à prescrição.

Pelo sim e pelo não, Isaltino já jogou um trunfo complementar, requeren-do a junção aos autos da notifi cação que lhe foi feita pelo TC, relativa ao acórdão de 31 de Outubro. O docu-mento tem data de 2 de Novembro mas, nos termos da lei, a notifi cação só é considerada feita três dias úteis depois, ou seja, a 7 de Novembro. Ora, alega o autarca, “nos casos em que seja fi xado o trânsito em julgado, a decisão que o determinar apenas pode operar os seus efeitos [...] com a notifi cação da mesma ao arguido”. Dito de outro modo, a defesa de Isal-tino aposta em que, mesmo que seja considerado que o trânsito em julga-do resulta do acórdão de 31 de Outu-bro, este só produz efeitos em 7 de Novembro, ou seja, três dias depois da alegada prescrição.

“Saber se transitou ou não a 31 de Outubro, e se prescreveu ou não, de-pende da leitura, são questões de di-reito, e aí cada cabeça sua sentença”, disse ao PÚBLICO um juiz desembar-gador. Em qualquer dos casos, acres-centou, dessa decisão caberá sempre recurso para a Relação.

Isaltino foi condenado nos tribunais a dois anos de prisão efectiva

Na origem desse recurso esteve o facto de a juíza se ter recusado em Setem-bro a decidir se já tinha ou não havi-do prescrição, por entender — desco-nhecendo que havia um outro recurso pendente no Tribunal Constitucional (TC) — que a condenação do arguido já tinha transitado em julgado e or-denando a sua detenção, que durou menos de 24 horas.

A “baixa” dos autos destes dois re-cursos só agora se verifi cou — embora uma cópia dos acórdãos tivesse sido enviada para Oeiras logo a 14 de De-zembro — devido ao facto de terem estado a correr os prazos para uma eventual reclamação, os quais sus-penderam durante as férias judiciais, entre 22 de Dezembro e 3 de Janeiro. Terá sido esse facto que levou a juíza

a não se pronunciar até hoje sobre os requerimentos em que Luís Eloy pede a prisão de Isaltino Morais.

No primeiro, de 9 de Novembro, dia seguinte à data do acórdão que indefe-riu o pedido de afastamento da juíza, o representante do MP sustenta que a sentença já transitou em julgado. Nes-se mesmo dia, Isaltino alega, contudo, que o tribunal não se pode pronun-

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Tiragem: 43909

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

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Cision Portugal

a O Tribunal de Oeiras deverá decidir dentro de dias se o procedimento cri-minal contra Isaltino Morais prescre-veu parcialmente a 4 de Novembro, como diz o arguido, ou se o manda

prender, como já pediu o Ministério Público (MP) por duas vezes desde Novembro. A decisão só agora será tomada porque só anteontem che-garam a Oeiras os autos relativos ao

acórdão de 14 de Dezembro em que o Tribunal da Relação de Lisboa man-dou a juíza avaliar se houve ou não prescrição, ou seja, se foram excedi-dos os prazos máximos previstos na

lei para que Isaltino possa cumprir a pena de dois anos de prisão efectiva a que foi condenado. O autarca alega a prescrição de um dos dois crimes de fraude fi scal. c Portugal, 6

MP pediu prisão de Isaltino duas vezes desde Novembro

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Tiragem: 156337

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Tiragem: 156337

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 2

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Tiragem: 52107

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 38

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Tiragem: 18739

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Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 36

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Área: 5,92 x 30,85 cm²

Corte: 1 de 2ID: 39806537 24-01-2012

TRANSFERÊNCIA DE JOÃO

A acusação é de fraudefiscal e branqueamentode capitais, o tema é atransferência de JoãoPinto para o Sportingno ano 2000 e, alémdo ex-jogador, estãoindiciados José Veiga(seu empresário naaltura), Luís Duque eRui Meireles, ambosadministradores da SADquando se processou onegócio. O julgamentodeveria ter começadoontem, na 6ª Vara doTribunal Criminal emLisboa, mas foi adiadopara 16 de Abril apedido da defesa. OMinistério Públicoconsidera que o Estadosaiu prejudicado porcausa do prémio deassinatura de 3,4milhões de euros nãoreferido no contrato.

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Tiragem: 18739

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 37

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Área: 16,00 x 30,94 cm²

Corte: 2 de 2ID: 39806537 24-01-2012

PINTO COM JULGAMENTO ADIADO PARA 16 DE ABRIL

Miguel A. Lopes/Lusa

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Tiragem: 43909

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 9

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Área: 11,73 x 19,34 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39808545 24-01-2012

Conselho da Corrupção contra fi m da disciplina de Formação Cívica nas escolas

a O Conselho de Prevenção da Cor-rupção (CPC) defende que a disciplina de Formação Cívica deve manter-se nas escolas, ao contrário do que pre-vê a proposta de revisão da estrutura curricular, apresentada a 12 de Dezem-bro, e que está em discussão pública até ao fi nal do mês.

No documento que enviou ao Mi-nistério da Educação e Ciência (MEC) com o seu contributo para o debate público sobre a revisão curricular nos ensinos básico e secundário, este or-ganismo, que funciona no âmbito do Tribunal de Contas (liderado por Gui-lherme d’Oliveira Martins), considera que a Formação Cívica deve continu-ar “com espaço autónomo”, tendo presente o momento que se vive no nosso país, o qual exige “a promoção de uma cidadania activa, na qual se enquadra um combate acrescido à corrupção, incidindo especialmente

na prevenção”. “Esta Formação Cívi-ca, no que diz respeito à prevenção da corrupção, pode incidir sobre várias temáticas como por exemplo a educa-ção fi scal, a educação fi nanceira, os di-reitos dos consumidores, a economia paralela e o fenómeno da corrupção e a sua prevenção”, defende o CPC.

Entre as iniciativas que se propõe fazer para apoiar o MEC, este Con-selho sugere a “elaboração de uma pequena brochura para os alunos, adaptando as boas experiências do Brasil”, a elaboração “de um livro de banda desenhada sobre educação fi s-cal, aproveitando os ensinamentos ob-tidos com edições similares no domí-nio da educação fi scal” e “procurar organizar uma exposição móvel sobre educação e corrupção, em colabora-ção com os ministérios da Educação e das Finanças”.

A área de Formação Cívica foi in-troduzida no ensino básico a partir de 2001. Nos últimos anos, tem sido utilizada sobretudo pelos directores de turma para resolver problemas e confl itos dos seus alunos. A proposta da sua extinção, a partir do próximo ano lectivo, tem sido contestada por directores, professores e pais. Foram apresentadas propostas para que, com este ou outro nome, se mantenham tempos lectivos destinados a esta ges-tão de confl itos no espaço da turma. Nuno Crato já se manifestou sensível a estes argumentos. O CDS e a JSD tam-bém se manifestaram a favor da manu-tenção deste espaço. com C.V.

João d’Espiney

Guilherme d’Oliveira Martins

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Tiragem: 106854

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

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Área: 15,92 x 15,92 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39807356 24-01-2012

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Tiragem: 15000

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 17

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Área: 11,97 x 8,93 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39808582 24-01-2012

3,4 milhões omitidoslesam Estado português

O início do julgamento de José Veiga ede João Vieira Pinto, acusados dos cri-mes de fraude fiscal e branqueamentode capitais, foi adiado para 16 de Abril.Em causa está um alegado esquemade fraude fiscal na transferência do fu-tebolista do Benfica para o Sporting,em Julho de 2000.A acusação refereque o prémio de assinatura de transfe-rência do jogador, no valor de cerca de3,4 milhões de euros, foi omitido nocontrato, lesando o Estado no valor cor-respondente ao imposto por cobrar.1

JM

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Tiragem: 43909

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

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Área: 6,28 x 13,10 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39808462 24-01-2012

Provedor pede código de conduta à AR

a O Provedor de Justiça recomendou à Assembleia da República a adopção de um Código de Conduta para a ad-ministração pública que garanta igual acesso a todos os cidadãos e afi rme os valores fundamentais do serviço pú-blico. Na recomendação, Alfredo José de Sousa recomendou que, “tendo em vista o aprofundamento de uma admi-nistração pública de qualidade, trans-parente e ao serviço dos cidadãos, seja adoptado um código de conduta na es-fera da atuacção dos respectivos agen-tes”, lê-se no documento. O provedor afi rma que “não pretende enformar um código de conduta específi co so-bre questões de corrupção no âmbi-to da função pública” e explica que a iniciativa se repete depois de ter feito a mesma recomendação ao anterior Governo. “A proposta pretende reunir os princípios de boa administração que devem guiar a conduta de todo o agente público nas suas relações com os cidadãos” explica. Lusa

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Tiragem: 43909

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 27

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Área: 6,09 x 17,84 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39808544 24-01-2012

Julgamentode Veiga e João Pinto adiado

a O início do julgamento de José Veiga e de João Vieira Pinto, acusados dos crimes de fraude fi scal e branquea-mento de capitais, foi adiado para 16 de Abril, devido ao facto de os arguidos ainda não terem sido notifi cados sobre documentos que requereram, relati-vos ao Sporting e à Comissão do Mer-cado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em causa está um alegado esquema de fraude fi scal na transferência do fu-tebolista João Vieira Pinto do Benfi ca para o Sporting, em Julho de 2000. A Polícia Judiciária (PJ) teve acesso a documentos emitidos pela sociedade Goodstone, referentes a um pagamen-to de prémio de assinatura de contra-to, no valor de 3,4 milhões de euros e que, alegadamente, não foi declarado. Ficou provado que a Goodstone de-tinha os direitos desportivos de João Pinto e que José Veiga tinha poderes de representação da sociedade, sedia-da num paraíso fi scal.

A investigação do DIAP e da Unida-de Nacional de Combate à Corrupção da PJ foi iniciada em 2005 e José Veiga foi detido a 20 de Novembro de 2006 para ser ouvido no Tribunal de Ins-trução Criminal (TIC) de Lisboa. O ex-director-geral do Benfi ca (2004-2006), terá participado na transferência de João Pinto dos “encarnados” para os “leões”, consumada na madrugada de 1 para 2 de Julho de 2000. Lusa

Justiça

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Tiragem: 156337

País: Portugal

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Âmbito: Informação Geral

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Tiragem: 156337

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Âmbito: Informação Geral

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Tiragem: 156337

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Âmbito: Informação Geral

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Tiragem: 18739

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Âmbito: Economia, Negócios e.

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Corte: 1 de 3ID: 39788401 23-01-2012

Inês David [email protected]

O departamento do MinistérioPúblico, que tem a cargo a cri-minalidade económico-finan-ceira e ainda os casos mais gra-ves e complexos, trabalhou em2010 em mais de 700 investiga-ções mas só 20 resultaram naacusação dos arguidos, isto é2,7%. Os dados, os últimos,constam do relatório anual daProcuradoria Geral da República(PGR) no capítulo do DCIAP -Departamento Central de In-vestigação e Acção Penal -, quetem em mãos as mais complexasinvestigações, nomeadamentedos crimes de corrupção.

Dos 726 inquéritos que oDCIAP movimentou em 2010,205 foram dados como termina-dos e destes 20 resultaram numaacusação. Os restantes foramarquivados (58) ou suspensos,além de “outros motivos” que orelatório não especifica. Umapercentagem - menos de 3% -que fica abaixo da obtida em2009, quando o DCIAP, em 715investigações acusou 27 argui-dos, o que equivale a 3,7%. Masem declarações ao Diário Eco-nómico, a directora do departa-mento, Cândida Almeida, frisaque a esmagadora maioria dasacusações são confirmadas pelojuiz e resultam numa condena-ção (ver entrevista ao lado).

No relatório, Cândida Almei-da queixa-se de falta de meiospara cumprir em pleno a funçãopara que o departamento foicriado em 1998: coordenação edirecção da investigação e daprevenção da criminalidadeviolenta, altamente organizadaou de especial complexidade.Destaca-se o combate ao cha-mado crime de ‘colarinho bran-co’ e à corrupção, que tem sidoapontado como uma prioridadede vários governos porque im-pede o saudável desenvolvi-mento da economia. Um argu-mento que ganha agora pesocom a situação de crise econó-

mica do país. No que toca à na-tureza dos crimes investigados,o relatório refere as infracçõeseconómico-financeiras, ilícitoscriminais levados a cabo porresponsáveis de instituiçõesbancárias, burla, fraude fiscal,branqueamento de capital, cor-rupção e crimes de associaçãocriminosa.

As dificuldades inerentes àinvestigação dos crimes de cor-rupção - quer ao nível da parti-lha de informação e da recolhade provas (o que muitas vezesleva a arquivamentos), quer daausência de denúncias - são hámuito elencadas pelos mais altosresponsáveis da Justiça e a mi-nistra já fez saber que o combateao crime económico-financeiroserá uma das prioridades da Leide Política Criminal. O próprioPGR disse recentemente numdebate sobre corrupção que“nunca, como actualmente, osbancos, autarquias e o mundodo desporto foram tão escruti-nados” e Paula Teixeira da Cruzanunciou mais apoio ao DCIAPnas investigações e recolha deprovas. A partir de agora, o Ban-co de Portugal e a Comissão doMercado dos Valores Mobiliários(CMVM) vão passar a colaborarmais de perto com o departa-mento de Cândida Almeidasempre que as investigações aoscrimes económico-financeirosrequeiram a realização de perí-cias. Um apoio que poderá in-verter, no futuro, a baixa per-centagem de acusações no totaldos casos investigados.

As queixas de Cândida Al-meida não são de hoje e já nosvários relatórios anuais da PGRa directora do DCIAP dizia queseria expectável que fossemafectos ao departamento “osmeios humanos, logísticos, ma-teriais e técnicos proporcionaisà responsabilidade que o legis-lador lhe impõe”. A procurado-ra diz ainda que “é cada vezmais insuficiente” o número deinvestigadores, sendo certo queas investigações levadas a cabopela sua equipa são as maiscomplexas do país, assumindomuitas vezes forte impacto me-diático, como é o caso é o casodo Face Oculta, Apito Douradoou Freeport. Ao Diário Econó-mico, a directora do DCIAP ga-rante que a ministra se compro-meteu a resolver a falta de meiosdo departamento. ■

Ministério Públicosó acusa em 3%das investigaçõesde crime económicoDos 726 inquéritos por corrupção e crimes complexos, só20 deram acusação. DCIAP queixa-se de falta de meios.

CÂNDIDA ALMEIDA

Directora do Departamento Centralde Investigação e Acção Penal (DCIAP)

TRÊS PERGUNTAS A...

“Ministracomprometeu-sea solucionar faltade meios”

Embora estejam a ser tomadasmedidas para melhorar as condi-ções de trabalho no DCIAP, Cândi-da Almeida considera que aindafaltam procuradores. E congratula-se por 90% das acusações acaba-rem em condenação.

Queixa-se que o número deelementos que compõem oDCIAP “é cada vez maisinsuficiente” e que em algunscasos falham as condições detrabalho. Já foram melhoradasessas condições?O Ministério da Justiça tem vindoa tomar algumas medidasnecessárias para melhorar as

Ministra daJustiça garanteque combate aocrime económicoe financeiro seráuma prioridadee anunciou queBdP e CMVM vãocolaborar como DCIAP.

INVESTIGAÇÕES

726Número de inquéritosmovimentados pelo DCIAP em2010. Destes, 58 foramarquivados e 20 acabaram emacusação. Transitaram para 2011um total de 518 investigações.

DOMINGOS NÉVOA CONDENADO A CINCO MESES DE PRISÃO QUE

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Tiragem: 18739

País: Portugal

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Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 15

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Corte: 2 de 3ID: 39788401 23-01-2012Paulo Figueiredo (arquivo)

condições de trabalho no DCIAP. OConselho Superior do MinistérioPúblico, presidido pelo Procurador-Geral da República, decidiureforçar o número de magistradosem funções no DCIAP, pelo que,neste momento, apenas faltamdois procuradores da república eum procurador-adjunto.A ministra da Justiça tem ditoque vai apostar nainvestigação e que uma dasprioridades da Lei de PolíticaCriminal estará no combate aocrime económico-financeiro.Como dará o DCIAP respostadada a falta de meios?A senhora Ministra da Justiça assu-

miu o compromisso de solucionar afalta de meios mais prementes comque o DCIAP se debate, o que jáestá em vias de solução.Dos mais de 700 processosmovimentados pelo DCIAP em2010 só 20 terminaram emacusação. Porquê?A criminalidade investigada peloDCIAP é altamente organizada ecomplexa, não sendo compatívelcom quantidade, mas sim comqualidade, a qual o DCIAP procurapreservar, sendo prova disso os95% de confirmação dasacusações em despachos depronúncia e cerca de 90%decisões condenatórias. I.D.B.

DIFICULDADES NO MP

Fiscalização dosrendimentos

Falta demagistrados no STA

A PGR alerta para a falta junto doTribunal Constitucional,sobretudo depois da competênciaganha para fiscalizar declaraçõesde rendimentos de titulares decargos políticos. Afirmando queestá “em risco a possibilidadeprática de se poder realizar umaampla indagação fáctica”expressa em verdadeiras acçõesde prevenção da “criminalidadeeconómica, da corrupçãoe do enriquecimento ilegítimo”.

A Procuradoria Geral daRepública alerta para a “situaçãodeficitária do quadro demagistrados do Ministério Públicona secção de contenciosotributário” do Supremo TribunalAdministrativo. É preocupantea circunstância de haver umnúmero significativo de processosapresentados para acórdão semparecer do MP, o que mereceuaté já reparo por partedo presidente do STA.

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Falhas no crimeinformáticoNo capítulo da Procuradoria GeralDistrital de Lisboa, o relatórioalerta para “o aumentoexponencial dos crimesinformáticos e, sobretudo, doscrimes praticados com recurso ameios informáticos. Oenfraquecimento da capacidadede resposta da PJ e a falta decapacitação dos demais órgãos depolícia criminal tende a criar áreasde não resposta, a que importapôr cobro”, diz o relatório.

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Mais criminalidadeparticipadaEm 2010 foram registados550.394 inquéritos, mais 3.490do que em 2009, o querepresenta um ligeiro aumento dacriminalidade participada.Foram movimentados 779.685inquéritos, tendo sido concluídos561.248, ficando, por isso,pendentes 218.437. Foi proferidodespacho de acusação em 74.911dos inquéritos findos o querepresenta uma percentagemde 9,61% dos movimentados.

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PODEM TRANSFORMAR-SE EM MULTA DE 200 MIL EUROS

Domingos Névoa foicondenado pelo Supremoa cinco meses de prisãoque poderão sersuspensos casoo empresário pague200 mil euros ao Estado.Névoa foi condenadonum processo quecomeçou em 2006quando contactou José SáFernandes, vereador naCM de Lisboa, para,a troco de 200 mil euros,facilitar a permuta deterrenos do Parque Mayere da Feira Popular emLisboa. Em tribunalde primeira instância,a multa aplicada tinhasido de cinco mil euros.

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Tiragem: 18739

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

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Só 3% dos inquéritosde crimes económicosresultam em acusaçãoDos 726 inquéritos por corrupção e crimes complexos, só 20 resultaram emacusação. O DCIAP queixa-se de falta de meios para investigar.

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