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REVISTA SEMANAL 79 DE 11-02 A 17-02-2013 BRIEFING INTELI » TRANSPARÊNCIA || 2013

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De 11-02-2013 a 17-02-2013

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Page 1: BRIEF Transparência » Revista Semanal 79

REVISTA SEMANAL 79

DE 11-02 A 17-02-2013

BRIEFING INTELI » TRANSPARÊNCIA || 2013

Page 2: BRIEF Transparência » Revista Semanal 79

Revista de Imprensa18-02-2013

1. (PT) - Diário de Notícias, 11/02/2013, Escândalo de corrupção no PP não dá votos a PSOE 1

2. (PT) - Público, 12/02/2013, Autarca de Vila de Rei julgada por favorecer instituições a que estava ligada 3

3. (PT) - Público, 12/02/2013, Associação cívica lamenta atrasos no combate à corrupção, Governo refutaconclusões

4

4. (PT) - Jornal de Notícias, 12/02/2013, Troika é desculpa do Governo para não combater a corrupção 5

5. (PT) - Jornal de Notícias, 12/02/2013, Líder da Conforlimpa e mais três acusados de fraude de 42 milhões 6

6. (PT) - Jornal da Madeira, 12/02/2013, Pouco combate à corrupção em Portugal 8

7. (PT) - Jornal da Madeira, 12/02/2013, MJ reage a críticas da TIAC 9

8. (PT) - i, 12/02/2013, Presidente da Conforlimpa foi acusado de fraude 10

9. (PT) - i, 12/02/2013, Oeiras. Isaltino rectifica proposta de revisão do PDM mantendo a estratégia inicial 11

10. (PT) - i, 12/02/2013, João Rendeiro acusado de burla qualificada 13

11. (PT) - i, 12/02/2013, Associação denuncia falhas no combate à corrupção 16

12. (PT) - Diário de Notícias, 12/02/2013, Fraude fiscal na Conforlimpa 17

13. (PT) - Correio da Manhã, 12/02/2013, Último recurso para Isaltino travar prisão 18

14. (PT) - Correio da Manhã, 12/02/2013, PP recua e deixa cair Sepúlveda 19

15. (PT) - Correio da Manhã, 12/02/2013, Corrupção sem resposta no País 20

16. (PT) - Correio da Manhã, 12/02/2013, Conforlimpa - Acusação de fraude 22

17. (PT) - Público, 13/02/2013, IGF deixou de tornar públicos os relatórios das inspecções às autarquias 23

18. (PT) - Jornal de Notícias, 13/02/2013, Subornado para dar obras no aeroporto de Lisboa 26

19. (PT) - Jornal de Negócios, 13/02/2013, Portugal só cumpriu na formação de magistrados 28

20. (PT) - Diário de Notícias, 13/02/2013, Detenção do CEO afunda Finmeccanica 29

21. (PT) - Diário de Notícias, 13/02/2013, Corrupção para obras no Aeroporto de Lisboa 30

22. (PT) - Correio da Manhã, 13/02/2013, Funcionário detido 32

23. (PT) - Correio da Manhã, 13/02/2013, Estado foi lesado em 42 milhões 33

24. (PT) - Público, 14/02/2013, Quadro da ANA detido foi suspenso de funções 34

25. (PT) - Público, 14/02/2013, Defesa tenta acabar com processo Taguspark logo no início do julgamento 35

26. (PT) - Jornal de Notícias, 14/02/2013, Gestores do Taguspark julgados por pagarem apoio de Figo aSócrates

37

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27. (PT) - i, 14/02/2013, Luís Figo e José Mourinho vão testemunhar no processo Taguspark 39

28. (PT) - Diário de Notícias, 14/02/2013, Detido na ANA fica suspenso de funções 40

29. (PT) - Sol, 15/02/2013, Relação dá razão a Isaltino 41

30. (PT) - Sol, 15/02/2013, Funcionário da ANA suspeito de corrupção 42

31. (PT) - Sol, 15/02/2013, Taguspark recusa pagar 43

32. (PT) - Público, 15/02/2013, Ex-administrador do Taguspark revela que tentou enganar Luís Figo 45

33. (PT) - i, 15/02/2013, Rui Pedro Soares diz que Figo ter apoiado Sócrates foi coincidência 47

34. (PT) - i, 15/02/2013, Mário Lino repudia acusações do Ministério Público 49

35. (PT) - Diário Económico, 15/02/2013, Rui Pedro Soares diz que caso Taguspark é uma especulação 50

36. (PT) - Jornal de Notícias, 15/02/2013, «Nunca disse a Figo para apoiar José Sócrates» 51

37. (PT) - Correio da Manhã, 15/02/2013, Combater a corrupção 52

38. (PT) - i, 16/02/2013, Corrupção no governo espanhol ameaça sobrevivência à crise 53

39. (PT) - DiáriOnline Algarve Online, 16/02/2013, Combate à corrupção a alternativa à austeridade! 55

40. (PT) - Diário de Notícias, 16/02/2013, Acesso ilegal a contas bancárias rendeu no ano passado 1,4milhões

57

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A1

Tiragem: 41543

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 22

Cores: Cor

Área: 27,36 x 32,57 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46106189 11-02-2013

Página 1

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Tiragem: 41543

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 5,41 x 4,76 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46106189 11-02-2013

Página 2

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A3

Tiragem: 40595

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 16

Cores: Cor

Área: 11,12 x 30,48 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46123170 12-02-2013

O Tribunal da Sertã vai começar a

julgar, na quinta-feira, a presidente

da Câmara de Vila de Rei, Irene Ba-

rata (PSD), assim como um vereador

e outros três arguidos, suspeitos de

ilegalidades em processos de obras,

alguns deles de 2003.

Depois de terem sido acusados pelo

Ministério Público, os arguidos re-

quereram a instrução do processo,

no termo da qual o juiz Telmo Alves

decidiu, a 25 de Outubro de 2012,

“haver indícios sufi cientes” para o

caso avançar para julgamento, tal

como proposto pela acusação.

Na altura, o magistrado não deu

provimento a outra pretensão do

Ministério Público, que pedia a sus-

pensão de funções autárquicas da

presidente e do vereador Paulo Cé-

sar Luís. O juiz, citado pela agência

Lusa, rejeitou então o pedido do Mi-

nistério Público, por entender que

a medida de suspensão do mandato

nestas situações já foi considerada

“inconstitucional” noutros proces-

sos, mas também por considerar

que ela era “dispensável”.

A acusação do Ministério Público

relata três casos de práticas ilegais.

Um deles diz respeito ao licencia-

mento de anexos habitacionais da

Casa do Idoso da Santa Casa da Mi-

sericórdia de Vila de Rei, instituição

dirigida pela autarca desde 1998.

Os arguidos são acusados de for-

jar documentos para conseguir a

Autarca de Vila de Rei julgada por favorecer instituições a que estava ligada

licença camarária das obras que já

haviam sido feitas sem que os res-

pectivos projectos tivessem sido

submetidos a aprovação e licencia-

mento pela autarquia.

Noutro caso, Irene Barata e o ve-

reador Paulo César Luís são acusa-

dos de favorecer o Centro de Dia

Família Dias Cardoso através da

mobilização de recursos do mu-

nicípio para obras da instituição e

ao encarregar o engenheiro muni-

cipal Luís Lopes (outros dos argui-

dos) da realização dos projectos.

A instituição benefi ciada era presi-

dida por um irmão da presidente da

câmara, a qual também ali desem-

penhou cargos directivos até 2004.

No terceiro caso, Irene Barata é

acusada de peculato e falsifi cação,

no âmbito de um processo em que

autorizou, em 2008, o município a

suportar encargos de cerca de 27 mil

euros com obras feitas pela Escola

Prática de Engenharia de Tancos em

terrenos da mesma instituição. Para

isso, a autarca terá feito constar num

protocolo celebrado com os milita-

res que o terreno era propriedade

municipal, quando pertencia ao

Centro de Dia há vários anos.

A autarca vai ser julgada por dois

crimes de prevaricação, um de pe-

culato e três de crimes de falsifi ca-

ção de documentos agravada. Paulo

César Luís é acusado de dois crimes

de prevaricação e dois de falsifi ca-

ção, assim como Luís Lopes. O Mi-

nistério Público atribui ainda um

crime de prevaricação e outro de

falsifi cação ao fi scal José Conceição

e ao engenheiro Jorge Miguel.

Num comunicado distribuído a

30 de Outubro de 2012, cinco dias

depois de conhecida a decisão de

ir a julgamento, a autarca falou em

seu nome e dos arguidos: “Ninguém

lucrou, seja o que for, com aquilo de

que somos acusados.” Irene Barata

disse estar a ser alvo de uma tenta-

tiva de denegrir a sua imagem e diz

ter sempre agido em prol do “bem

comum”. A autarca, de 69 anos, foi

eleita em 2009 para o sexto manda-

to pelo PSD como presidente da Câ-

mara de Vila de Rei e está impedida

de se recandidatar ao cargo pela lei

de limitação de mandatos.

No fi m de Janeiro o Tribunal da

Sertã condenou um ex-deputado do

PS, Carlos Lopes, a 11 anos de prisão

por corrupção, peculato e falsifi ca-

ção de documentos. O ex-deputado

havia sido absolvido dos mesmos

crimes num primeiro julgamento

efectuado no Tribunal de Figueiró

dos Vinhos e que foi mandado repe-

tir pela Relação de Coimbra.

Justiça

Autarca, vereador e técnicos começam a ser julgados quinta-feira por crimes como prevaricação, peculato e falsificação

Irene Barata vai no sexto mandato Página 3

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A4

Tiragem: 40595

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

Cores: Preto e Branco

Área: 10,85 x 13,81 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46123077 12-02-2013

Portugal aplicou apenas uma das 13

recomen dações do Con selho da Eu-

ropa para melhorar a incriminação

de sus peitos e a transparên cia do

fi nan cia mento par tidário, lamenta

a associação cívica Transparência

e Integridade. A organização ci-

ta o mais recente relatório Grupo

de Estados contra a Corrupção do

Conselho da Europa, elaborado com

dados até 2011, para lamentar “a rei-

terada falta de progressos por par-

te das autoridades portuguesas” no

combate a este tipo de crimes. Das

medidas em causa, “quatro foram

par cial mente imple men tadas e oito

não foram imple men tadas de todo”,

acusa a Transparência e Integridade.

“É de lamen tar que haja cidadãos

a respon der em tri bunal pelo crime

de difamação por se terem insurgido

Associação cívica lamenta atrasos no combate à corrupção, Governo refuta conclusões

con tra a pre potên cia, o clien telismo

e a inop erân cia das autori dades judi-

ciárias, enquanto eleitos condenados

por crimes de fraude e abuso de po-

der con tin uam em funções”, obser-

va o presidente da associação cívica.

Já o Ministério da Justiça assegura

que as conclusões da Transparên-

cia e Integridade são “destituídas de

fundamento”. A tutela diz que está

a preparar alterações legislativas,

nomeadamente no que diz respeito

ao tráfi co de infl uências, incluindo

a alteração do prazo de prescrição

deste crime. “Encontra-se ainda em

elaboração uma nova proposta de

criminalização do enriquecimento

ilícito, indo assim além das reco-

mendações de diferentes organi-

zações internacionais”, recorda o

ministério, acrescentando que já

alterou o regime penal de corrup-

ção no comércio internacional e no

sector privado, designadamente au-

mentando as sanções.

GovernoAna Henriques

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A5

Tiragem: 92344

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 24

Cores: Cor

Área: 26,75 x 21,96 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46123528 12-02-2013

Página 5

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A6

Tiragem: 92344

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

Cores: Cor

Área: 13,28 x 25,48 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46123219 12-02-2013

Página 6

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Tiragem: 92344

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 8

Cores: Cor

Área: 8,83 x 1,97 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46123219 12-02-2013

Página 7

Page 11: BRIEF Transparência » Revista Semanal 79

A8

Tiragem: 14900

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 15

Cores: Preto e Branco

Área: 28,61 x 8,01 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46125074 12-02-2013

Portugal não aplica recomendações do Conselho da Europa.

Portugal continua semcombatera corrupção e aplicou apenas umadas 13 recomendações feitas peloConselho da Europa para melho-rar a incriminação de suspeitos e atransparência do financiamentopartidário, denunciou a associaçãocívica Transparência e Integridade(TIAC).Em comunicado, a direção da

TIAC, representante portuguesa darede global anti-corrupção Trans-parency International, lamentouhoje «a reiterada falta de progres-sos na luta contra a corrupção porparte das autoridades portuguesas,sublinhadamais uma vez noúltimorelatório de avaliação doGrupodeEstados Contra a Corrupção(GRECO)», doConselhoda Europa.

Estas conclusões constam do re-latório doGRECO sobre o cumpri-mento das recomendações dosavaliadores, no âmbito da terceiraronda de avaliação, que incide so-bre os procedimentos de incrimi-nação e a regulação e supervisãodo financiamento político. Os re-sultados desta avaliação «são de-soladores», sublinha a TIAC. 1

Pouco combate à corrupção em Portugal7 PAÍS SÓ APLICOU UMA DAS 13 RECOMENDAÇÕES FEITAS PELO CONSELHO DA EUROPA

JM

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A9

Tiragem: 14900

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 37

Cores: Preto e Branco

Área: 22,35 x 15,32 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46125557 12-02-20137 ASSOCIAÇÃO TRANSPARÊNCIA E INTEGRIDADE CONSIDERA QUE PORTUGAL CONTINUA SEM COMBATER A CORRUPÇÃO

OMinistério da Justiça (MJ) refutou ontem as denúncias da direção da associação cívicaTransparência e Integridade (TIAC), de que Portugal continua sem combater a corrupção.

MJ reage a críticas da TIACOMinistério da Justiça (MJ) re-

futou ontem as denúncias da di-reção da associação cívica Trans-parência e Integridade (TIAC), deque Portugal continua sem com-bater a corrupção.Em nota distribuída à Comuni-

cação Social, o MJ nega incum-primento, por parte de Portugal,das recomendações doGRECO -Grupo de Estados Contra a Cor-rupção, designadamente as res-peitantes a alterações legislativas,no âmbito da corrupção e do trá-fico de influências."As referidas alterações foram

expedidas peloMinistério da Jus-tiça, para efeitos de subsequenteprocesso legislativo, pelos canaisinstitucionais normais, no pas-sado dia 22 de novembro de2012", diz o comunicado.

O MJ acrescenta que "estasmedidas contemplam alteraçõesao Código Penal, concretamenteo alargamento do conceito de'funcionário', o regime aplicável

ao crime de tráfico de influênciae a alteração do prazo de pres-crição deste ilícito".O documento esclarece ainda

que as alterações à Lei n.º 34/87,

de 16 de julho, "que respeita acrimes da responsabilidade detitulares de cargos políticos",alargou a criminalização "a de-tentores de cargos políticos emorganismos internacionais,membros de assembleias parla-mentares, incluindo de outrosEstados, com poderes legislati-vos ou administrativos"."Procedeu-se também à alte-

ração da Lei n.º 20/2008, de 21de abril, relativa ao regime penalde corrupção no comércio in-ternacional e no sector privado,designadamente aumentando assanções penais", salienta o Mi-nistério da Justiça, acentuandoque está a elaborar "uma novaproposta de criminalização doenriquecimento ilícito".1

O Ministério da Justiça reagiu, em comunicado, às críticas da TIAC.

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A10

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

Cores: Cor

Área: 4,88 x 10,99 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46123556 12-02-2013

Página 10

Page 14: BRIEF Transparência » Revista Semanal 79

A11

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 28

Cores: Cor

Área: 24,81 x 30,27 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46123606 12-02-2013

Página 11

Page 15: BRIEF Transparência » Revista Semanal 79

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 28

Cores: Cor

Área: 24,98 x 31,02 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46123606 12-02-2013

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Page 16: BRIEF Transparência » Revista Semanal 79

A13

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

Cores: Cor

Área: 14,80 x 28,93 cm²

Corte: 1 de 3ID: 46123578 12-02-2013

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Page 17: BRIEF Transparência » Revista Semanal 79

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 7

Cores: Cor

Área: 5,51 x 28,76 cm²

Corte: 2 de 3ID: 46123578 12-02-2013

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Page 18: BRIEF Transparência » Revista Semanal 79

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 19,08 x 0,87 cm²

Corte: 3 de 3ID: 46123578 12-02-2013

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Page 19: BRIEF Transparência » Revista Semanal 79

A16

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

Cores: Preto e Branco

Área: 4,76 x 28,52 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46123545 12-02-2013

Página 16

Page 20: BRIEF Transparência » Revista Semanal 79

A17

Tiragem: 41543

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 34

Cores: Cor

Área: 4,81 x 12,62 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46123324 12-02-2013

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Page 21: BRIEF Transparência » Revista Semanal 79

A18

Tiragem: 154475

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 33

Cores: Preto e Branco

Área: 5,17 x 23,11 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46123851 12-02-2013

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Page 22: BRIEF Transparência » Revista Semanal 79

A19

Tiragem: 154475

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 34

Cores: Preto e Branco

Área: 21,46 x 23,83 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46123928 12-02-2013

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Page 23: BRIEF Transparência » Revista Semanal 79

A20

Tiragem: 154475

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 32

Cores: Preto e Branco

Área: 21,63 x 23,66 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46123816 12-02-2013

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Page 24: BRIEF Transparência » Revista Semanal 79

Tiragem: 154475

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 2,96 x 3,25 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46123816 12-02-2013

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A22

Tiragem: 154475

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 48

Cores: Preto e Branco

Área: 8,15 x 3,71 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46123935 12-02-2013

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Page 26: BRIEF Transparência » Revista Semanal 79

A23

Tiragem: 40595

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 7

Cores: Cor

Área: 27,57 x 30,68 cm²

Corte: 1 de 3ID: 46139968 13-02-2013

IGF deixou de tornar públicos os relatórios das inspecções às autarquias

Os relatórios das inspecções às autarquias, que eram de acesso livre desde 1995, estão em segredo desde que Relvas anunciou a integração da IGAL na Inspecção-Geral de Finanças, que vai passar a publicar resumos

DANIEL ROCHA

Quando Miguel Relvas anunciou a integração na IGF, o inspector-geral da IGAL comentou que “a corrupção ganhou”

A fusão da Inspecção-Geral da Ad-

ministração Local (IGAL) com a

Inspecção-Geral de Finanças (IGF),

anunciada por Miguel Relvas em Se-

tembro de 2011, já teve pelo menos

um resultado objectivo: desde então

nenhum relatório das acções inspec-

tivas às câmaras municipais, juntas

de freguesia e empresas municipais

foi tornado público.

A divulgação integral desses do-

cumentos e respectivos anexos, à

excepção das matérias em segredo

de justiça, era uma prática ininter-

rupta de todos os governos desde

1995. Agora, por decisão do ministro

das Finanças, Vítor Gaspar, a IGF vai

passar a publicar no seu site resu-

mos de pouco mais de 30 linhas de

todos os seus relatórios.

No fi nal do ano passado, por ini-

ciativa do ministro das Finanças e

com o objectivo declarado de “me-

lhorar a accountability [escrutínio] e

reforçar a transparência”, a IGF pro-

duziu um conjunto de regras sobre

a divulgação dos seus relatórios, os

referentes às autarquias e os outros,

que foi aprovada por Vítor Gaspar

no dia 10 de Dezembro.

De acordo com o documento, in-

titulado Política de Publicitação de

Relatórios da IGF, “o formato a uti-

lizar para a divulgação das acções

executadas é o do abstract (resumo),

o qual deve permitir, sempre que

possível e aplicável, tomar conheci-

mento de forma acessível, rápida e

focada sobre os principais elemen-

tos da acção”.

Os resumos em causa deverão ser

previamente homologados pelo mi-

nistro das Finanças e não poderão

ter mais de mil caracteres, “incluin-

do os espaços”, para as conclusões —

“até ao máximo de cinco” — e outros

tantos (cerca de 15 linhas de papel

A4) para as recomendações.

Cada resumo deverá também ter

um título “com o limite máximo de

cem caracteres”, um descritivo até

600 caracteres, podendo conter ain-

da o “follow-up” da acção realizada,

desde que também não ultrapasse

mil caracteres. Os resumos começa-

rão a ser inseridos no site da IGF em

data ainda desconhecida, “devendo

intemporalmente aí permanecer”.

Odiada por muitos autarcas de to-

IGAL na IGF. E Orlando Nascimento

afi rmava com estrondo, numa car-

ta que foi colocada no site da IGAL,

que “a corrupção ganhou”, sendo

demitido logo a seguir.

O site foi imediatamente desacti-

vado e os relatórios das inspecções

que lá tinham sido acumulados des-

de 2007 desapareceram. A acompa-

nhar esses relatórios encontravam-

se, tal como o então secretário de

Estado Eduardo Cabrita (PS) tinha

determinado por despacho, todos os

pareceres técnicos e jurídicos elabo-

rados na IGAL acerca dos mesmos,

bem como a contestação dos autar-

cas visados nas inspecções.

A divulgação de toda essa docu-

mentação começou a ser feita em

1995, quando Valente de Oliveira era

ministro do Planeamento de Cavaco

Silva e proferiu um despacho desti-

nado a assegurar a transparência da

actividade da IGAT. Outro dos ob-

jectivos visados consistia em mini-

mizar as polémicas partidárias que

regularmente rodeavam as fugas de

informação sobre os resultados das

inspecções, até aí comunicados ape-

nas às partes envolvidas.

Entre 1995 e 2007, o acesso aos

relatórios, depois de expurgados

das matérias que tinham a ver com

ilícitos criminais participados ao MP

e de homologados pelo secretário

de Estado, foi assim facultado, em

papel, a quem quer que o solicitas-

se na secretaria-geral do ministério

que tutelava as autarquias. Depois

disso os relatórios fi caram dispo-

níveis na Internet até que Orlando

Nascimento foi afastado e o site da

IGAL desactivado.

Desde essa altura não só os relató-

rios dos últimos quatro anos fi caram

inacessíveis, como os que foram en-

tretanto despachados deixaram de

estar disponíveis para os cidadãos.

Transparência José António Cerejo

das as cores políticas, a IGAL (e a sua

antecessora IGAT) era responsável

pelo “exercício da tutela adminis-

trativa e fi nanceira” sobre as autar-

quias, que a Constituição atribui ao

Governo, e competia-lhe participar

ao Ministério Público (MP) todas as

irregularidades e ilegalidades detec-

tadas no decurso das suas acções.

As infracções de natureza admi-

nistrativa eram encaminhadas para

os tribunais administrativos, que em

certos casos podiam declarar a per-

da de mandato dos autarcas envol-

vidos, enquanto as infracções fi nan-

ceiras eram participadas ao Tribunal

de Contas. Em ambos os casos, as

participações ao MP dependiam da

prévia homologação dos relatórios

da inspecção pelo secretário de Es-

tado da Administração Local.

Já no que respeita aos indícios da

prática de crimes, a comunicação

ao MP cabia exclusivamente ao ins-

pector-geral, que, nos termos da lei,

era sempre um juiz desembargador

ou um procurador-geral adjunto,

ou outro magistrado de categoria

superior. Só à posteriori é que o se-

cretário de Estado era informado

de que essa comunicação tinha si-

do feita.

“A corrupção ganhou”Foi o que sucedeu em Julho de 2011,

quando o juiz Orlando Nascimen-

to, então inspector-geral da IGAL,

remeteu ao MP uma queixa-crime

contra o ex-presidente da Câmara

de Penela Paulo Júlio — que no mês

anterior assumira as funções de se-

cretário de Estado da Administração

Local (das quais se demitiu há duas

semanas após ser acusado de pre-

varicação pelo MP).

Pouco depois, Miguel Relvas, de

quem Paulo Júlio dependia no Go-

verno, anunciava a integração da

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Tiragem: 40595

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 7

Cores: Cor

Área: 27,35 x 14,03 cm²

Corte: 2 de 3ID: 46139968 13-02-2013

A actividade da IGF no domínio au-

tárquico saldou-se — desde Abril, al-

tura em que aborveu a IGAL — em

quatro participações ao Ministério

Público (MP). Em 2011, último ano

completo em que esteve a funcionar,

a IGAL fez 171. O PÚBLICO tentou sa-

ber se as quatro participações feitas

pela IGF são de natureza administra-

tiva, fi nanceira ou criminal, mas não

obteve resposta. O gabinete de Vítor

Gaspar também não esclareceu se as

participações criminais feitas pela

IGF têm de merecer o acordo prévio

da tutela ou não. Até à integração da

IGAL na IGF elas eram feitas sem co-

municação prévia à tutela. “Qualquer

funcionário público, quando detec-

ta um crime, tem de o participar ao

MP. Não precisa de autorização de

nenhum ministro. Foi isso que eu fi z

no caso de Penela [contra o autarca

Paulo Júlio, que ocupava o lugar se-

cretário de Estado (ver texto princi-

pal)] com as consequências que toda

a gente sabe”, disse ao PÚBLICO o

juiz desembargador Orlando Nasci-

mento, o inspector-geral da IGAL que

foi demitido por Miguel Relvas.

No caso das 171 participações feitas

pela IGAL em 2011, 81 prendiam-se

com indícios de crimes. Relacionadas

com ilícitos administrativos foram

feitas 58 participações, relacionando-

se as restantes com ilícitos de natu-

reza fi nanceira.

A lei diz que a intervenção da IGF

nas autarquias é agora exercida “na

dependência funcional do membro

do Governo responsável pela área

das Finanças, em articulação com

o membro do Governo responsável

pela área da administração local”.

Informações recolhidas pelo PÚBLI-

CO indicam, contudo, que a área da

administração local passou a estar

completamente arredada do traba-

lho dos inspectores. A cultura da

IGF, que privilegia a função de audi-

toria, esmagou a tradição de tutela

da legalidade que vinha da IGAL. O

termo “ilegalidade”, praticamente

ausente do léxico da IGF, foi, aliás,

banido dos relatórios e há casos em

que a hierarquia da IGF o expurgou

dos documentos fi nais, o mesmo fa-

zendo às propostas de participação

criminal.

Ao contrário da tradição da IGAL, a

actividade da IGF foi sempre rodeada

de um grande sigilo, sendo a sua di-

vulgação geralmente limitada a cur-

tas referências nos relatórios anuais.

Nessa medida, a futura publicação de

resumos dos relatórios que antes es-

capavam à opinião pública pode ser

vista como um progresso. Já quanto

aos relatórios sobre as autarquias,

Eduardo Cabrita, deputado do PS e

antigo secretário de Estado da Ad-

ministração Local, não hesita: “Se

passarem a ser publicados apenas

resumos, é claramente um retroces-

so da transparência. A partir do mo-

mento em que o processo está con-

cluído não há razão nenhuma para

não ser público.” Para o deputado,

porém, o mais grave é que a IGF “não

tem vocação” nem “indepedência”

para trabalhar com as autarquias.

“Trocou-se uma entidade que tinha

à frente um juiz desembargador por

uma entidade que tem à frente um

chefe de gabinete do dr. Durão Barro-

so. Estamos conversados.” J.A.C.

“A não publicação dos relatórios é um claro retrocesso da transparência”Eduardo CabritaEx-secretário de Estado da Administração Local

““““AAAAAAdoooclltrrEdEx--Ad

IGF fez quatro participações ao Ministério Público em dez meses. A IGAL, antes de ser integrada na IGF, fez 171 num ano. Palavra “ilegalidade” foi banida

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Tiragem: 40595

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 18,84 x 8,01 cm²

Corte: 3 de 3ID: 46139968 13-02-2013

Relatórios de inspecções às autarquias em segredo desde “fusão” de RelvasIntegração da Inspecção-Geral da Administração Local nas Finanças, anunciada por Miguel Relvas, pôs fi m ao acesso livre aos relatórios das inspecções às autarquias. Agora, só resumos de 30 linhas. Portugal, 6

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A26

Tiragem: 92344

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

Cores: Cor

Área: 21,97 x 27,36 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46140535 13-02-2013

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Tiragem: 92344

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 5,71 x 3,67 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46140535 13-02-2013

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Tiragem: 15668

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Corte: 1 de 1ID: 46140222 13-02-2013

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A29

Tiragem: 41543

País: Portugal

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 33

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Área: 5,20 x 4,85 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46140584 13-02-2013

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Tiragem: 41543

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Âmbito: Informação Geral

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Cores: Preto e Branco

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Corte: 1 de 2ID: 46140709 13-02-2013

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Tiragem: 41543

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 5,48 x 5,77 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46140709 13-02-2013

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Tiragem: 158524

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 23

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Corte: 1 de 1ID: 46141157 13-02-2013

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Tiragem: 154475

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 21

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Área: 21,84 x 31,99 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46141025 13-02-2013

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Tiragem: 40595

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 17

Cores: Cor

Área: 4,81 x 7,94 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46159835 14-02-2013

Suspeitas de corrupção

Quadro da ANA detido foi suspenso de funçõesO quadro da ANA – Aeroportos de Portugal detido por suspeitas de favorecimento em adjudicações de obras públicas a troco de dinheiro, alegadamente pago pelos construtores a quem as empreitadas eram atribuídas, ficou suspenso de funções.Além da suspensão, o técnico ficou proibido de contactar pessoas ligadas ao processo e sujeito a termo de identidade e residência.

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Tiragem: 40595

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Âmbito: Informação Geral

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Área: 26,92 x 30,61 cm²

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Defesa tenta acabar com processo Taguspark logo no início do julgamento

A defesa de Américo Thomati, um

dos três arguidos do processo Tagus-

park, vai tentar acabar com o caso

logo no início do julgamento, que

hoje se inicia no Tribunal de Oeiras.

Em causa está um requerimento

apresentado há umas semanas que

pede a despronúncia dos arguidos,

acusados de um crime de corrupção

passiva para acto ilícito, punido com

pena de prisão até oito anos.

A acusação sustenta que a Tagus-

park assinou um contrato de cedên-

cia de imagem do ex-futebolista Lu-

ís Figo no valor mínimo de 350 mil

euros como contrapartida para este

apoiar José Sócrates nas eleições le-

gislativas de Setembro de 2009.

A tese da defesa de Thomati ba-

seia-se numa decisão do presidente

do Tribunal Constitucional que con-

siderou — para efeitos de apresenta-

ção da declaração de rendimentos

dos administradores da Taguspark —

a sociedade como uma empresa em

economia mista. Os membros deste

tipo de sociedades deixaram, após

uma recente alteração legislativa,

de estar obrigados a entregarem as

declarações de rendimentos, o que

a defesa quer que seja considerado

relevante para o apuramento de

responsabilidade penal dos antigos

administradores da Taguspark, uma

empresa de capitais maioritariamen-

te públicos.

Esta questão é importante porque

o crime de corrupção passiva pelo

qual os arguidos estão acusados pres-

supõe a qualidade de funcionário,

um conceito complexo previsto no

próprio Código Penal. E se a Tagus-

park não for considerada uma em-

presa pública, os seus gestores tam-

bém podem não ser considerados

equiparados a funcionários.

Apesar do requerimento ter sido

apresentado pela defesa de Thomati

ela poderá benefi ciar os outros argui-

dos que se encontram juridicamente

na mesma posição. Apesar da ques-

tão já ter sido levantada no fi nal do

ano passado, a juíza ainda não se pro-

nunciou sobre ela o que poderá acon-

tecer hoje, no início do julgamento.

A questão da Taguspark ser ou não

uma empresa pública é levantada

ainda pelas restantes defesas nas suas

contestações. Os três arguidos (além

de Thomati, Rui Pedro Soares e João

Carlos Silva — ver caixa) defendem

também que não podem ser acusa-

dos de corrupção porque este crime

só pode ser imputado a funcionários

públicos ou equiparados, recusando

a tese do Ministério Público.

Na contestação do processo, Rui

Pedro Soares clama inocência e faz

duras críticas à investigação, à co-

municação social e a Paulo Pene-

dos, seu antigo assessor jurídico na

PT. Penedos é arguido no processo

Face Oculta e foi uma escuta de uma

conversa que manteve com Marcos

Perestrello, antigo secretário de Esta-

do no Governo de Sócrates, no Verão

de 2009, que esteve na base da inves-

tigação. Na conversa, Penedos diz a

Perestrello que Rui Pedro Soares “co-

nhece toda a gente e mais alguma” e

que “todos os gajos em que ele trope-

ça do mundo da bola estão a apoiar

o PS e o Sócrates”. E remata: “Mas

depois todos têm por trás contratos”.

As escutas são consideradas de

“enorme relevo” pela acusação, mas

para Rui Pedro Soares não passam de

interpretações distorcidas da realida-

de. E acusa Paulo Penedos, testemu-

nha de acusação, de intuito difamató-

rio. Contactado pelo PÚBLICO, Paulo

Penedos diz que não se quer alongar

em considerações antes do seu de-

poimento, mas avança que confi rma-

rá o que disse durante a investigação.

“Manterei na íntegra o que disse na

fase de inquérito”, sublinha. Quanto

às acusações que lhe são feitas pela

defesa de Rui Pedro Soares, afi rma:

“Reajo com o sorriso de quem nunca

precisou de atacar ninguém para se

defender e dizer a verdade”.

O julgamento será um desfi le de

fi guras públicas do futebol e da po-

lítica. O MP aditou à sua lista inicial o

treinador José Mourinho e o director

do Diário Económico, António Costa,

que vão depor a par de outras per-

sonalidades. Na lista está o ex-fute-

bolista Luís Figo, o presidente da Câ-

mara de Oeiras, Isaltino Morais, e os

administradores da PT Zeinal Bava e

Henrique Granadeiro. Rui Costa, Sá

Pinto e Vítor Baía vão testemunhar

a pedido de Rui Pedro Soares.João

Carlos Silva apresentou como teste-

munhas abonatórias o ex-ministro

das Finanças Teixeira dos Santos, o

ex-secretário de Estado para a Comu-

nicação Social Arons de Carvalho, o

jornalista Rodrigues dos Santos e o

advogado António Lobo Xavier.

Rui Pedro Soares, Américo Thomati e João Carlos Silva são acusados de corrupção passiva para acto ilícito.Do rol de testemunhas constam diversas fi guras do mundo futebolístico como Figo, Mourinho e Vítor Baía

Justiça Mariana Oliveira

RUI SOARES

Luís Figo é uma das testemunhas do processo Taguspark, por causa da campanha de apoio a Sócrates

Os três arguidos do processo Taguspark

Entre a administração da Portugal Telecom e a advocaciaRui Pedro Soares

Licenciado em Marketing, o ex-administrador da PT e da Taguspark Rui Pedro Soares continua a ser aos 40 anos um quadro

superior da PT, empresa para onde entrou em 2001. Aos 33 anos, foi nomeado administrador executivo, um cargo a que renunciou em Fevereiro de 2010. Em Dezembro passado, o também empresário foi notícia por ter adquirido 46,93% da SAD do Belenenses e ter lançado de seguida uma OPA às restantes acções do clube, que atravessa uma situação financeira complicada. Rui Pedro Soares é do PS, foi candidato à liderança da JS, uma corrida que perdeu.

Américo ThomatiLicenciado em Direito, Américo Patrício Cipriano Thomati, de 58 anos, nascido em Lisboa, também se

mantém como quadro superior da Portugal Telecom, empresa que o destacou para a administração da Taguspark. Em Maio de 2008, tornou-se presidente da comissão executiva do Taguspark, tendo sido forçado pelos accionistas do parque tecnológico de Oeiras a abandonar estas funções em Junho de 2010. Isto já depois de, em Abril, o Ministério Público o ter acusado de co-autoria de um crime de corrupção passiva para acto ilícito.

João Carlos SilvaLicenciado em Direito, João Carlos Silva foi administrador da Taguspark entre Maio de 2009 e Junho

de 2010. O antigo secretário de Estado do Orçamento do segundo Governo de António Guterres e ex-administrador da RTP continua a sua actividade de advogado, tendo uma sociedade com o seu nome, no Porto. Antes teve uma outra com Jorge Neto, o ex-deputado do PSD e actual candidato a bastonário dos Advogados. Em Setembro passado, foi ouvido no Parlamento na comissão de inquérito às Parcerias Público-Privadas (PPP).

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Tiragem: 40595

País: Portugal

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Âmbito: Informação Geral

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Cores: Preto e Branco

Área: 5,31 x 4,81 cm²

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Defesa de Américo Thomati, um dos três arguidos do Taguspark, quer acabar com o caso no arranque do processo, que começa hoje p14

Taguspark: Defesa joga a matar no primeiro round

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Tiragem: 92344

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 12

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Área: 27,43 x 24,25 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46160089 14-02-2013

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Tiragem: 92344

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

Cores: Cor

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Period.: Diária

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Pág: 7

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Corte: 1 de 1ID: 46160256 14-02-2013

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Tiragem: 41543

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Cores: Cor

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Tiragem: 51909

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Pág: 14

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Área: 10,37 x 12,70 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46182852 15-02-2013

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Tiragem: 51909

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Period.: Semanal

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Pág: 55

Cores: Preto e Branco

Área: 5,22 x 11,50 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46183046 15-02-2013

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Tiragem: 51909

País: Portugal

Period.: Semanal

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Área: 27,01 x 16,87 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46183023 15-02-2013

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Tiragem: 51909

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 55

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Área: 5,36 x 17,14 cm²

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Tiragem: 40595

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Área: 27,14 x 30,48 cm²

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Ex-administrador do Taguspark revela que tentou enganar Luís Figo

ENRIC VIVES-RUBIO

Rui Pedro Soares foi o primeiro dos três arguidos a ser ouvido ontem no processo Taguspark

O antigo administrador Taguspark

João Carlos Silva disse ontem, na pri-

meira sessão do julgamento do caso

em que é acusado de ter comprado

o apoio de Luís Figo a José Sócrates

com verbas do parque tecnológico,

que aquilo que afi nal tentou fazer

foi enganar o futebolista. Objecti-

vo? Segundo explicou, quis poupar

dinheiro a esta sociedade de capitais

maioritariamente públicos. Daí ter

afi rmado, numa conversa escutada

pela PJ, que era preciso “cozinhar

aquilo” de modo a “tapar os olhos”

a quem não precisava de saber de-

masiado do assunto.

O caso remonta a 2009. Dois dias

antes das eleições legislativas de Se-

tembro a estrela do futebol toma o

pequeno-almoço com o primeiro-

ministro, demonstrando-lhe o seu

apoio. Antes disso expressa a sua

simpatia pelo líder do PS numa en-

trevista ao Diário Económico. Só que

por essa altura Figo havia vendido

direitos de imagem seus ao Tagus-

park por um valor mínimo de 350

mil euros, para promover o parque

tecnológico de Oeiras num vídeo

que deveria ter sido exibido aquém

e além fronteiras.

Baseado sobretudo em várias es-

cutas, o Ministério Público diz que

está tudo ligado e acusou Rui Pedro

Soares, então administrador da Por-

tugal Telecom, empresa accionista

da Taguspark, de corrupção passiva,

crime por que respondem igualmen-

te no Tribunal de Oeiras os dirigen-

tes do parque tecnológico Américo

Thomati e João Carlos Silva.

Militantes socialistas, Rui Pedro

Soares e João Carlos Silva — que foi

secretário de Estado no tempo de An-

tónio Guterres — negam ter algum dia

tido a veleidade de misturar a mili-

tância com os negócios. As escutas

demonstram, porém, que algum pra-

zer terá havido, ou não se houvesse

congratulado o então assessor de Rui

Pedro Soares, Paulo Penedos, por o

seu chefe estar prestes a celebrar com

o antigo futebolista internacional

português um contrato “um bocado

pornográfi co”. Fê-lo numa conversa

telefónica com outro homem do PS,

Marcos Perestrello, relacionando o

apoio político do futebolista com o

negócio que ia ter lugar. Ontem, em

tribunal, Rui Pedro Soares atribuiu

estas afi rmações a mera especulação

do seu ex-colaborador, de quem era

amigo há muitos anos.

Já João Carlos Silva disse que ten-

tou enganar o representante de Lu-

ís Figo durante as negociações para

este promover o Taguspark. Em cau-

sa, relatou, estavam as condições e

honorários do futebolista, que con-

siderava incomportáveis. “Queria ce-

lebrar um contrato por três anos no

valor de 250 mil euros anuais, mas eu

não precisava dele por mais do que

um. A minha intenção era rescindir o

contrato ao fi m do primeiro ano e fi -

car com os materiais promocionais”,

contou. Nas escutas o ex-secretário

de Estado recorre ao vernáculo com

mais frequência do que diz que gos-

taria de ter feito, quando se queixa a

Penedos de que as negociações com

o agente de Figo não estão a correr de

feição. “Não sabia que dizia tantas ve-

zes ‘merda’. Tenho vergonha disso”,

declarou ontem aos juízes, perante os

quais repetiu várias vezes a palavra.

De resto, foi o que fez: um ano de-

pois, já a PJ tinha entrado Taguspark

adentro para buscas, o administrador

rescindiu mesmo com Figo, a quem o

Taguspark se tinha obrigado a pagar

350 mil euros logo no primeiro ano.

A empresa do futebolista que ven-

deu os seus direitos de imagem exi-

ge agora ao parque tecnológico mais

de 212 mil euros numa outra acção

judicial, invocando incumprimento

do contrato publicitário. João Carlos

Silva disse ontem aos juízes que era

ao agente de Figo que se referia quan-

do foi apanhado nas escutas a dizer

que era preciso “cozinhar aquilo” de

modo a “tapar os olhos ao outro”.

No caso do treinador José Mouri-

nho, outra fi gura do futebol que acei-

tou promover o parque tecnológico a

troco de um quarto de milhão de eu-

ros por ano, tudo parece ter corrido

de forma menos conturbada. Cele-

brado ainda antes do de Figo, o con-

trato entre a Taguspark e o treinador

acabou por ser desfeito pouco tempo

depois, alegadamente por o guião do

vídeo promocional não ser do agrado

do special one. Tanto um como outro

irão depor em tribunal na qualidade

de testemunha. O desconhecimento

de que o Tagupark era uma socie-

dade de capitais maioritariamente

públicos evitou a Figo ser constituí-

do arguido, apesar de ter sido pago,

embora em com menor abundância

do que desejava e estava previsto.

Na próxima sessão do julgamento

será a vez de o presidente da Câma-

ra de Oeiras, Isaltino Morais, depor

em tribunal, igualmente como tes-

temunha. A autarquia é accionista

do parque tecnológico, mas o rela-

cionamento de Isaltino com os seus

dirigentes nem sempre foi pacífi co.

Rui Pedro Soares disse e repetiu on-

tem que sempre fez questão de que o

autarca “não protagonizasse fosse o

que fosse à boleia dos contratos” com

as estrelas da bola. Seria precisamen-

te a Isaltino que se referia Rui Pedro

Soares quando, em conversa com

Penedos citada ontem pelo procura-

dor, observava que Américo Thomati

“devia ter levado uma cacetada de

alguém”, uma vez que fi cara de re-

pente “imbuído do mesmo espírito”

que o administrador da PT e o ex-go-

vernante? “Eu sou comercialmente

mais agressivo”, esclareceu Rui Pe-

dro Soares a propósito desta escuta.

O tribunal adiou a análise de uma

questão com que o advogado de Tho-

mati pretendia acabar com o caso lo-

go no início do julgamento: o esta-

tuto de funcionários dos arguidos,

com base no pressuposto de que, não

tendo tido esse estatuto, não podem

ser acusados do crime em causa.

Um contrato “um bocado pornográfi co” com um futebolista a cujo agente era preciso “tapar os olhos” enquanto se “cozinhavam as coisas” e um administrador que “levou uma cacetada”: começou o julgamento

JustiçaAna Henriques

Juíza limita cobertura jornalística

Citar testemunhas só com autorização

A presidente do colectivo encarregue do caso Taguspark, a juíza do Tribunal de Oeiras Paula

Albuquerque, decidiu proibir os jornalistas que cobrem o julgamento de publicar as declarações, parciais ou integrais, que as testemunhas prestem em julgamento — a não ser que consigam autorização delas para poderem citar os seus depoimentos em tribunal. Trata-se de uma limitação à cobertura jornalística inédita num julgamento público, justificada pela juíza com o objectivo de “impedir incidentes ou quaisquer actos desnecessários que perturbem o normal andamento dos trabalhos”. Igualmente proibida durante o julgamento, também sob pena de quem o fizer incorrer no crime de desobediência ao tribunal, ficou a reprodução,

parcial ou integral, de quaisquer peças processuais e/ou de documentos integrados no processo Taguspark, até que seja proferido despacho final, salvo se tiverem sido obtidos mediante certidão solicitada com menção do fim a que se destina, ou com autorização expressa da autoridade judiciária — uma disposição que, está, ao contrário da proibição da transcrição dos depoimentos das testemunhas, prevista na lei.

A captação e divulgação de imagens onde se visualizem magistrados judiciais que integrem o colectivo de juízes ou o interior da sala de audiências está igualmente vedada. A juíza Paula Albuquerque entende que nenhuma destas medidas obstaculiza “o acesso à informação por parte dos órgãos de comunicação social nos limites estabelecidos por lei”.

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Tiragem: 40595

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 50

Cores: Cor

Área: 5,60 x 4,05 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46180613 15-02-2013

Revelação foi feita por João Carlos Silva na primeira sessão do julgamento p8

Ex-administrador do Taguspark tentou enganar Luís Figo

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A47

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

Cores: Cor

Área: 14,47 x 28,61 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46180604 15-02-2013

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Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 4,93 x 3,64 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46180604 15-02-2013

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A49

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 26

Cores: Cor

Área: 24,40 x 29,69 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46180915 15-02-2013

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A50

Tiragem: 16995

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 18

Cores: Preto e Branco

Área: 26,80 x 30,80 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46180481 15-02-2013

Inês David [email protected]

Rui Pedro Soares, arguido noprocesso Taguspark, tentou on-tem esvaziar a acusação do Mi-nistério Público (MP), alegandoque a escuta telefónica que deuorigem ao caso (e que o denun-ciou) não passou de uma “espe-culação” de Paulo Penedos. Oex-administrador não executi-vo do pólo tecnológico de Oeirasestá acusado de corrupção pas-siva para acto ilícito, bem comoo então presidente do Tagus-park, Américo Tomatti, e JoãoCarlos Silva, também ex-admi-nistrador do mesmo pólo.

Em causa estão alegadascontrapartidas que a Tagusparkterá dado, por intermédio deRui Pedro Soares ao ex-futebo-lista Luís Figo para que esteapoiasse a campanha de Sócra-tes a primeiro-ministro em2009. O julgamento arrancouontem em Oeiras e Rui PedroSoares foi o primeiro arguido aser ouvido pelo colectivo dejuízes, a quem disse que a es-cuta telefónica entre Paulo Pe-nedos e Marcos Perestrello setratou de especulação do advo-gado, arguido do processo Face

Oculta (é de uma certidão desteprocesso que nasce o caso Ta-guspark).

Na conversa, Penedos diz aPerestrello que Rui Pedro Soares“conhece toda a gente” e que“os gajos em que ele tropeça domundo da bola estão a apoiar oPS e Sócrates” e que “depois to-dos têm por trás contratos”.

Rui Pedro Soares reiterou asua inocência e alegou que todoeste caso judicial “é uma coinci-dência”, afirmando que Pene-dos apenas acertou num nomedas figuras ligadas ao futebolque tinham contratos com a PT,.“Paulo Penedos apenas acertounum nome em quinze. Ne-nhum, que não Luís Figo,apoiou José Sócrates”, disse RuiPedro Soares, lembrando que SáPinto também tinha contratos e,no entanto, apoiou Santana Lo-pes na corrida a Lisboa.

O ex-administrador não exe-cutivo do Taguspark disse aindaque à época dos factos o pólotecnológico negociou tambémum contrato de cedência deimagem com José Mourinho,semelhante ao de Figo (que jánegou qualquer contrapartida).

O MP acusa Rui Pedro Soa-res de ter posto “em execução

uma estratégia para obter oapoio à candidatura do PS”através do contrato de cedên-cia de direitos de imagem doex-futebolista ao Taguspark,no valor de 750 mil euros. Osprocuradores que levaram ostrês arguidos a julgamentoconsideram que os dirigentesdo Taguspark “sabiam ser ad-ministradores de uma socieda-de de capitais maioritariamen-te públicos” e que “ao realiza-rem um contrato com Luís Figo“determinaram-se por inte-resses estranhos à sociedade,utilizando-a para beneficia-rem terceiros”. Segundo o MP,após o acordo, Figo concedeuuma entrevista ao Diário Eco-nómico, na qual fez uma ava-liação “muito positiva” do tra-balho do governo PS. Figo, RuiCosta, Sá Pinto e o treinadorJosé Mourinho são testemu-nhas no processo, bem comoos administradores da PT Zei-nal Bava e Henrique Granadei-ro, o director do Diário Econó-mico, António Costa, e o advo-gado Paulo Penedos, arguidodo processo Face Oculto. Isal-tino Morais, autarca em Oei-ras, vai também sentar-se nobanco das testemunhas.■

Rui Pedro Soares diz que casoTaguspark é uma “especulação”Ex-administrador do pólo tecnológico tentou esvaziar acusação. Julgamentopor corrupção arrancou ontem e vai levar a Oeiras vários nomes de notáveis.

Américo TomattiArguido

Presidente do conselhode administração do Taguspark,Américo Tomatti, apresentoude imediato a demissão e estátambém acusado de corrupção.

FIGURAS DO PROCESSO

João Carlos SilvaArguido

O ex-presidente da RTP, suspeitode ter convencido Figo a apoiara campanha de Socrates,diz ter provas de que não houvecorrupção passiva.

Zeinal BavaTestemunha

A Portugal Telecom constituiu-seassistente no processo. ZeinalBava, presidente-executivo,e Henrique Granadeiro,chairman, são testemunhas.

Isaltino MoraisTestemunha

Como autarca de Oeirasé accionista maioritário do parquetecnológico. Não lhe terá sidodada toda a informação sobreo contrato com Figo.

Figo tomou pequeno-almoço comSócrates antes das eleições mas semprenegou ter sido uma contrapartida.

Manuel de Almeida / Lusa

Paulo Penedos apenasacertou num nomeem quinze. Nenhumque não Luís Figo,apoiou José Sócrates.É uma especulação.

Rui Pedro SoaresEx-administrador do Taguspark

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A51

Tiragem: 92344

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

Cores: Cor

Área: 26,85 x 26,85 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46180739 15-02-2013

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A52

Tiragem: 158524

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 16

Cores: Cor

Área: 5,65 x 8,93 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46181896 15-02-2013

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A53

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 34

Cores: Cor

Área: 24,32 x 33,28 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46201443 16-02-2013

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Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 35

Cores: Cor

Área: 24,39 x 31,22 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46201443 16-02-2013

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Combate à corrupção a alternativa à austeridade!

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 16/02/2013

Meio: DiáriOnline Algarve Online

URL: http://www.diario-online.com/print.php?refnoticia=134153

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Habituámo-nos a ouvir"as mentes iluminadas deste país", a começar pelos nossos digníssimosgovernantes(acima de qualquer suspeita) afirmar, repetida e incessantemente, que não há alternativaà austeridade. Ora, como diz o sábio povo"uma mentira repetida muitas vezes passa a ser verdade"!...No entanto, se analisarmos atentamente o contexto e as razões que estiveram na origem da crise,constatamos que, afinal, a verdade é que existe alternativa à austeridade, assim haja vontade paratal, de quem nos (des)governa! Tentaram e tentam, todos os dias, vender-nos a ideia de que a culpa é dos portugueses porqueviveram durante anos acima das suas possibilidades, endividaram-se, gastaram muito mais do queganharam e, agora, têm, por isso, o merecido castigo a austeridade! Isto não passa de uma enorme falácia, ardilosamente arquitectada pelos verdadeiros culpados,aqueles que, durante anos, (des)governaram o país, subvertendo completamente o conceito de"servidor do estado", acautelando apenas os seus próprios interesses e dos seus amigos, servindo-sedo poder e do estatuto que as funções de estado lhes conferiam, afundando o país em dívidasastronómicas, que conduziram à triste e grave situação que vivemos actualmente. O problema é queestes senhores continuam a viver copiosamente, à margem da crise que eles próprios criaram,enquanto o grosso da população (o povo) agoniza mergulhado em dívidas, sem emprego, no limiar dapobreza. Assistimos a um discurso político, ampla e habilmente difundido pelos órgãos de comunicação social,alicerçado numa realidade, propositadamente distorcida,"desenhada a régua e esquadro", de acordocom os interesses dos"mensageiros", cujo verdadeiro (e único) objectivo é condicionar e manipular aatitude do cidadão mais incauto e menos esclarecido. O discurso governamental visa manter o "povo" distraído e ocupado a degladiar-se por migalhas,fazendo crer que a crise, o colapso do estado social, é culpa dos desempregados que auferem subsídiode desemprego e dos beneficiários do rendimento social de inserção. Na verdade istorepresenta"tostões"quando comparado com os milhões que os verdadeiros responsáveis(intocáveisgovernantes e ex-governantes e "amigos" corruptos) desviaram, em benefício próprio, tendo ocuidado de construir leis que lhes permitem passar incólumes pelas malhas da justiça. A verdade é que não há uma estratégia nacional de combate à corrupção porque não há interessenem vontade política. Assistimos à proliferação de organismos, desarticulados entre si, que nãoproduzem efeitos práticos. Existe uma comissão de ética no Parlamento não actuante, um grupo detrabalho de acompanhamento que não produz relatórios e um Conselho de Prevenção da corrupção(no Tribunal de Contas) que conta com um orçamento anual de 120 mil euros. Ao contrário do que nos querem fazer crer, existem soluções, quer a nível político, quer a níveljudicial, para combater a corrupção e evitar as medidas de austeridade. Na esfera política, reforçar atransparência e simplificar a legislação; no domínio da justiça, punir os criminosos e"ir atrás dodinheiro roubado". O combate à corrupção é um dever de cada um de nós, enquanto cidadãos. É fundamental estaralerta e denunciar situações ilícitas de que tenhamos conhecimento, sob pena de que se nãoactuarmos activamente, seremos cúmplices por omissão e estaremos a compactuar com esquemasfraudulentos, que se irão perpetuar e hipotecar a vida das gerações futuras.

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Maria José Pacheco 23:12 sábado, 16 fevereiro 2013

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A57

Tiragem: 41543

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 15

Cores: Cor

Área: 26,84 x 33,79 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46202235 16-02-2013

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Tiragem: 41543

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 17,93 x 10,70 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46202235 16-02-2013

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