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De 14-07-2014 a 20-07-2014TRANSCRIPT
REVISTA SEMANAL 141
DE 14-07-2014 A 20-07-2014
BRIEFING INTELI|CEIIA » TRANSPARÊNCIA || 2014
Revista de Imprensa21-07-2014
1. Diário de Notícias, 20-07-2014, Benfica, Sporting e FC Porto com 49 jogadores emfundos
1
2. Bola, 19-07-2014, Escândalo leva médicos a prisão preventiva 16
3. Correio da Manhã, 19-07-2014, Corrupção 17
4. Correio da Manhã, 19-07-2014, Ex-cônsul era "algo maçador" 18
5. Correio da Manhã, 19-07-2014, 13 acusados por corrupção do SNS 19
6. Diário de Notícias, 19-07-2014, Fraude com medicamentos no valor de 848 mileuros
21
7. Diário de Notícias, 19-07-2014, Portas fugiu do cônsul por ser um "maçador" 22
8. i, 19-07-2014, SNS. 13 acusados por corrupção 24
9. Jornal de Notícias, 19-07-2014, Contrapartidas foram "melhores que nada" 25
10. Jornal de Notícias, 19-07-2014, Investigação da PJ revela fraude de quase ummilhão
26
11. Público, 19-07-2014, Quatro médicos acusados por corrupção e burla 27
12. Público, 19-07-2014, Portas reclama poupança de mil milhões no seu mandato naDefesa
28
13. Sol, 18-07-2014, Vítor Bento responsabiliza Salgado 30
14. Correio da Manhã, 17-07-2014, Escutas tramam inspetor corrupto 33
15. Jornal de Notícias, 17-07-2014, Inspetor do Fisco paga 3500EUR para não ir preso 35
16. Público, 17-07-2014, Proposta para evitar prescrições na banca está parada noParlamento
37
17. Sábado, 17-07-2014, Ministério Público segue os milhões do BESA 39
18. Jornal de Notícias, 16-07-2014, Suspeita de tráfico de influências termina emabsolvição
45
19. Jornal de Notícias, 15-07-2014, Analfabetos compram cartas por 4000 euros 46
20. Correio da Manhã, 14-07-2014, Preso por corrupção 48
21. Diário de Notícias, 14-07-2014, O colapso do principal arguido do Face Oculta 49
22. Diário de Notícias da Madeira, 14-07-2014, Movimento Cristão pede fim dacorrupção na Igreja
50
23. Negócios, 14-07-2014, 80 médicos arguidos por corrupção 51
24. Página 1, 14-07-2014, Oitenta médicos constituídos arguidos por corrupção 52
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Justiça
Quatro médicos acusados por corrupção e burlaQuatro médicos, três farmacêuticos e três delegados de informação médica estão entre os 13 arguidos acusados por corrupção, burla qualificada e outros crimes, que causaram um prejuízo ao Estado de 848 mil euros. Segundo adiantou ontem o DDIAP, dois médicos, um farmacêutico e um delegado de informação médica estão presos preventivamente, e um outro médico sujeito a prisão domiciliária com vigilância electrónica.
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ENRIC VIVES-RUBIO
Portas reclama poupança de mil milhões no seu mandato na Defesa
O vice-primeiro-ministro prestou depoimento na comissão de inquérito à aquisição de material militar
O vice-primeiro-ministro, Paulo
Portas, compareceu ontem no Par-
lamento para assumir a responsabili-
dade em três decisões no Ministério
da Defesa, enquanto tutelou a pasta,
entre 2002 e 2005.
Perante os deputados da comissão
de inquérito aos programas milita-
res, Portas assumiu a opção de redu-
zir de três para dois os submarinos
a adquirir pelo Estado português,
assumiu a paternidade na decisão de
avançar com a aquisição do equipa-
mento alemão contra o concorrente
fi nal francês e ainda na redução da
percentagem de leasing utilizada
nesses negócios.
O centrista sustentou que foi de-
pois da sua chegada ao ministério,
e com a sua revisão da Lei de Pro-
gramação Militar, que o recurso à
locação desceu dos 70%, que esta-
vam previstos no Governo anterior,
para “cerca de 50%”. “Uma redução
dos juros a pagar de mais de mil mi-
lhões de euros”, frisou. “Foi melhor
para os contribuintes, pior para o
sistema fi nanceiro e seus bancos”,
congratulou-se.
Foi também o esforço de conten-
ção orçamental que levou Portas a
tomar outra das suas opções. “O Go-
verno português decidiu reduzir de
três para dois [submarinos] porque
não tinha os meios fi nanceiros para
adquirir três”, assegurou Paulo Por-
tas em São Bento, depois de lembrar
que, com essa decisão, o custo pas-
sava dos 1700 milhões para os 973
milhões de euros.
Durante a audição, o PS tentou
fazer valer a ideia de que essa de-
cisão já vinha de Rui Pena, o último
ministro da Defesa de António Gu-
terres. O que Portas tratou de con-
testar: “Não foi o ministro Rui Pena
que decidiu. Essa decisão implicou
rever a Lei de Programação Militar
(LPM) e propor aos concorrentes
uma nova BAFO (best and fi nal off er
— melhor oferta fi nal). Uma coisa era
o ministro pensar, mas pensar não é
decidir. A lei em vigor quando [Rui
Pena] deixou o Governo previa três
submarinos.”
Quanto à decisão fi nal sobre os
submarinos, Portas escudou a sua
opção na vitória dos alemães em
termos de critérios. Entre os qua-
partidas dos submarinos tem de-
fi ciências desde o primeiro dia. O
Estado não disse o que é que queria
nessa matéria, demorou dois anos
a mandar os termos de referência,
houve disputas permanentes entre
quem é que valorizava as contrapar-
tidas, quem é que tinha o poder de
decisão, entre órgãos da administra-
ção”, afi rmou Paulo Portas.
E o atraso referido tornou a posi-
ção negocial do Estado português
mais difícil. “Dois anos depois, o Es-
tado lembra-se de dizer aos concor-
rentes quais são os termos de refe-
rência das contrapartidas”, afi rmou,
numa resposta ao deputado do CDS-
PP Filipe Lobo d’Ávila, sublinhan-
do que, nessa altura, já nenhum dos
concorrentes concordou em assinar
esse compromisso. “Quando o Es-
tado chegou a momentos de maior
defi nição, os concorrentes acabaram
por não aceitar. Aquilo que o Estado
assinou em 2000, quando ainda não
era ministro da Defesa, foi já con-
sideravelmente diferente daquilo
que pretendia exigir”, disse, já num
período em que respondia ao PCP.
O governante teve ainda de res-
ponder às dúvidas relacionadas com
o Grupo Espírito Santo. O deputado
e coordenador do BE João Semedo
criticou o facto de a empresa ESCOM
e o banco BESI, ambos da família Es-
pírito Santo, representarem, respec-
tivamente, o consórcio germânico e
apoiar o fi nanciamento do Estado
português na operação.
Portas respondeu lembrando que
o apoio do BESI já vinha de trás. E
apresentou outros dois concursos
em que as candidaturas suportadas
pelo grupo tinham sido preteridas.
“Estou à vontade”, atirou.
O deputado do PCP António Fili-
pe quis saber qual o relacionamento
com Jürgen Adolff , o cônsul hono-
rário de Portugal em Munique, que
acabou por ser condenado por cor-
rupção nas vendas de submarinos
para Portugal e Grécia.
O ministro precisou que privara
apenas em momentos fugazes com
o condenado, quando este o foi re-
ceber ao aeroporto e seguiu no mes-
mo carro a caminho de uma reunião
de ministros da Defesa a propósito
de uma conferência em Munique. E
que até recusara um jantar depois
de o seu chefe de gabinete o ter
avisado de que o cônsul era “algo
maçador”.
Vice-primeiro-ministro foi ao Parlamento garantir que, enquanto ministro da Defesa, reduziu o recurso ao leasing em 20% e decidiu a aquisição de apenas dois submarinos, e não três, como estava previsto
Comissão de inquérito Nuno Sá Lourenço
tro factores que fi zeram pender a
opção para o consórcio GSC, Portas
enumerou o preço, a manutenção
e o prazo de entrega. A proposta
francesa tinha como vantagem as
contrapartidas.
O actual vice-primeiro-ministro
reclamou ainda o mérito de ter pre-
parado uma operação fi nanceira que
evitou uma derrapagem. Lembrou
que a verba inicial era de 973 mi-
lhões, tendo o custo fi nal fi cado nos
1001 milhões. Uma diferença que im-
putou a um atraso ocorrido em 2010.
O presidente do CDS evitou, ao
longo da comissão, apontar respon-
sabilidades a anteriores e posterio-
res ministros de forma explícita. Mas
não deixou de enumerar falhas, no-
meadamente no processo de prepa-
ração do dossier das contrapartidas.
Disse que o processo nasceu torto,
não tendo, por isso, hipóteses de se
endireitar. “O processo de contra-
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Compraram-se dois e não três submarinos, quando era ministro da Defesa, disse p12
Portas diz que se poupou mil milhões no seu mandato
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PEDRO CUNHA/ARQUIVO
Proposta para evitar prescrições na banca está parada no Parlamento
Quatro meses depois de a prescrição
das contra-ordenações a Jardim Gon-
çalves ter indignado o primeiro-mi-
nistro e o líder do PS, poucos avanços
legislativos se registaram para evitar
uma repetição do caso.
O PS apresentou um projecto de lei
que está em banho-maria na comis-
são de Assuntos Constitucionais. O
Governo, por seu turno, pediu uma
autorização legislativa para alterar
prazos de prescrição administrati-
vos, mas as medidas são considera-
das insufi cientes pela oposição.
No início do passado mês de Mar-
ço, o Tribunal de Pequena Instância
Criminal de Lisboa decidiu fechar
o processo interposto pelo Banco
de Portugal a Jardim Gonçalves, ex-
presidente do BCP, por prescrição
dos factos. Assim, as nove contra-or-
denações imputadas ao banqueiro
fi caram sem efeito.
António José Seguro, secretário-
geral do PS, mostrou indignação pú-
blica pelo caso e levou o episódio ao
Presidente da República. Na conde-
nação foi acompanhado pelo primei-
ro-ministro, que chegou a dizer que
“um cidadão comum não conseguiria
um desfecho destes” e que era preci-
so “corrigir injustiças”. Num debate
quinzenal, no Parlamento, Passos Co-
elho mostrou toda a disponibilidade
para “cooperar” com o PS com vista
a legislar sobre o assunto, mas desde
então o caminho não tem sido fácil.
Depois de terem sido ouvidos no
Parlamento, em Abril, responsáveis
do Banco de Portugal, do Conselho
Superior da Magistratura e da Comis-
são de Mercado de Valores Mobiliá-
rios, o PS apresentou, logo a 29 do
mesmo mês, um projecto de lei que
pretende alterar o regime geral de
contra-ordenações. Propõe a eleva-
ção de um para dois anos o prazo
mínimo de prescrição, a suspensão
do prazo se o facto ilícito foi oculta-
do ou se há omissão na entrega de
informações solicitadas e a admis-
são em julgamento de toda a prova
validamente produzida na fase ad-
ministrativa.
Desde então, o projecto está na co-
missão de Assuntos Constitucionais
— já foi entretanto alvo de um parecer
regimental, aprovado um mês depois
—, mas ainda não foi agendado para
ser discutido em plenário. Já não será
debatido nem votado nesta sessão
parlamentar que termina no fi nal do
mês, admitiu ao PÚBLICO Luís Pita
Ameixa, coordenador do PS na Co-
missão de Assuntos Constitucionais.
Mas o deputado sublinha a importân-
cia da proposta e garante que “será a
prioridade” para Setembro, quando
se iniciar a quarta sessão legislativa.
A proposta socialista não é, no en-
tanto, pacífi ca. O PSD tem dúvidas de
constitucionalidade. Hugo Velosa,
coordenador social-democrata na
comissão de Assuntos Constitucio-
nais, considera que a proposta so-
cialista permite que a prescrição de
um processo de contra-ordenação
possa ser eliminada e que isso não é
“admissível”.
Na bancada do PCP e do BE, as dú-
vidas também abundam sobre a efi -
cácia do projecto socialista. Até por-
que uma das soluções propostas foi
alvo de críticas da procuradora-geral
da República, Joana Marques Vidal.
Para o líder da bancada comu-
nista, João Oliveira, o problema das
prescrições está na fase inicial dos
casos. “É preciso criar mecanismos
para que este tipo de ilícitos sejam
detectados tão cedo quanto possí-
vel para que, na fase administrativa
e jurisdicional, a intervenção não
esteja pressionada com os prazos
de prescrição”, afirmou ao PÚ-
BLICO o líder da bancada do PCP.
A mediatização do caso de Jardim
Gonçalves e as audições aos regula-
dores e ao supervisor bancário leva-
ram a maioria PSD/CDS a apresentar
um projecto de resolução para reco-
mendar ao Governo que alterasse re-
gras relativas às prescrições no Regi-
me Geral das Instituições de Crédito
e Sociedades Financeiras.
Mas a iniciativa fi cou a marinar na
comissão de Orçamento, já que entre-
tanto o Governo avançou, em Maio
passado, com uma autorização le-
gislativa que toca no mesmo regime.
É uma proposta de lei que aumenta
os prazos de prescrição nos casos
punidos com sanções mais graves.
Para Pedro Filipe Soares, a pro-
posta do Governo “não dá resposta
à questão das prescrições”. O diplo-
ma, que já seguiu para promulgação,
é mais abrangente e estabelece, atra-
vés de transposição de directivas,
maiores exigências (de idoneidade,
por exemplo) aos administradores
dos bancos.
A Assembleia da República ainda não agendou o projecto socialista que duplica o prazo de prescrição
Caso das prescrições de Jardim Gonçalves chocou o primeiro-ministro e o líder do PS. Os socialistas apresentaram alterações legislativas, mas o projecto ainda não foi agendado para discussão e aprovação
Legislação Sofia Rodrigues
Caso BES em avaliação
Bancadas prudentes sobre eventual comissão de inquérito
Nem nas bancadas da maioria nem da oposição se admite, para já, a criação de uma comissão de inquérito
em torno do Grupo Espírito Santo ou do Banco Espírito Santo (BES). Mas os pontos de interrogação acumulam-se em torno do acompanhamento do caso por parte do Governo, e da fiscalização por parte do regulador financeiro e do supervisor bancário.
A bancada do PCP pediu, formalmente, os resultados dos testes de stress realizados pelo Banco de Portugal ao BES em 2011 e 2012, bem como informação sobre a intervenção da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) “na violação de regras de mercado por parte do GES e do BES desde 2008”, a propósito das contas daquelas empresas, que agora se sabe não baterem certo.
Questionado sobre se o PCP pondera avançar com uma comissão de inquérito, João Oliveira, líder da bancada, afirma que “não há nada em perspectiva”, mas diz aguardar pelos “desenvolvimentos”. Os deputados vão ouvir hoje as explicações da ministra das Finanças e amanhã o governador do Banco de Portugal sobre o assunto. Na próxima semana, será a vez dos responsáveis da CMVM.
Pedro Filipe Soares, líder da bancada bloquista, admite que espera pelas audições para ter mais informação, mas não exclui a hipótese de comissão de inquérito. “Do lado do Banco de Portugal e da CMVM é preciso perceber o comportamento das entidades reguladoras”, diz Pedro Filipe Soares, deixando uma interrogação: “Como é que foi possível esta exposição
tamanha do BES ao GES sem que houvesse nenhuma acção concreta?”.
Na maioria parlamentar, os deputados nem querem ouvir falar numa eventual comissão parlamentar de inquérito. E sustentam a posição, agarrando-se à mensagem das autoridades e do primeiro-ministro de que o BES está sólido e que não precisará de intervenção do Estado.
O PS não fez qualquer diligência parlamentar sobre o caso (as audições foram requeridas pelo PCP e pelo BE), mas António José Seguro pediu uma audiência ao governador do Banco de Portugal sobre o assunto. No final do encontro, o líder do PS declarou ter saído com menos preocupações e sublinhou a separação que existe entre o banco BES e o Grupo Espírito Santo. S.R.
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O PS apresentou alterações legislativas, mas o projecto ainda não foi agendado p6
Proposta para evitar prescrições na banca está travada na AR
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Oitenta médicosconstituídosarguidos porcorrupçãoRecebiam dinheiro, viagens e bens deconsumo oferecidos por três laboratóriosmédicos para prescreverem aparelhosauditivos de determinadas marcas.
A Polícia Judiciária concluiu uma investigação porpráticas de corrupção relacionadas com a prescrição deaparelhos auditivos. Foram investigados e constituídosarguidos 80 médicos, informa a PJ em comunicado."A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional deCombate à Corrupção (UNCC), no âmbito de uminquérito dirigido pelo Ministério Público,Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP),concluiu uma investigação em que foram constituídosarguidos 80 médicos por práticas de corrupção, através
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Corte: 2 de 2ID: 54820457 14-07-2014do recebimento de contrapartidas em dinheiro,viagens de férias e bens de consumo oferecidos portrês laboratórios médicos, para prescreverem aparelhosmédicos de determinadas marcas representadas porestas empresas", acrescenta a nota. "Essas ofertas eram calculadas pela quantidade deprescrições efectuadas pelos médicos. A investigaçãoincidiu sobre o período de 2007 a 2012 e os valoresapurados das ofertas ultrapassam os 400 mil euros", diza PJ.Para além dos médicos, também foram constituídosarguidos os representantes das empresas.Os médicos identificados pela PJ trabalham um poucopor todo o país, tanto no sector privado, como nopúblico, disse à Renascença fonte da Judiciária.A investigação contou com a colaboração doMinistério da Saúde.[Actualizada às 15h29]
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