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Transparência 28 REVISTA SEMANAL 30.01 - 05.02_2012

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De 30-01-2012 a 05-02-2012

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Page 1: BRIEF Transparência » Revista Semanal 28

Transparência

28

REVISTA SEMANAL ↘ 30.01 - 05.02_2012

Page 2: BRIEF Transparência » Revista Semanal 28

Revista de Imprensa

06-02-2012

1. (PT) - Correio da Manhã, 30/01/2012, Procurador sai em Setembro 1

2. (PT) - Público - Público Porto, 31/01/2012, Militares da GNR condenados por corrupção, abuso de poder e

prevaricação

2

3. (PT) - Jornal de Notícias, 31/01/2012, Cadeia para polícias da BT que cobravam para perdoar multas 3

4. (PT) - Jornal de Notícias, 31/01/2012, Antigo primeiro-ministro condenado 5

5. (PT) - i, 31/01/2012, Militares da GNR condenados a sete e cinco anos de prisão 6

6. (PT) - Correio da Manhã, 31/01/2012, Militares corruptos na cadeia 7

7. (PT) - Correio da Manhã, 31/01/2012, "Repudiamos este caso" - entrevista a César Nogueira 9

8. (PT) - Público, 01/02/2012, Isaltino ilibado no caso dos terrenos do Meco 10

9. (PT) - Público, 01/02/2012, Críticos e apelos ao consenso na abertura de mais um ano judicial 11

10. (PT) - Público, 01/02/2012, Antigo braço direito de Godinho resolve falar e provoca reviravolta no Face

Oculta

15

11. (PT) - Jornal de Notícias, 01/02/2012, Governo de Dilma sofre nova baixa ministerial 16

12. (PT) - Jornal de Notícias, 01/02/2012, Braço direito de Godinho quebra silêncio pela «verdade» 17

13. (PT) - Jornal de Notícias, 01/02/2012, «Se mapa tiver erros Ministério será o primeiro a corrigi-los» 19

14. (PT) - Diário de Notícias, 01/02/2012, MP tem de provar crime de enrequecimento ilícito 22

15. (PT) - Diário de Notícias, 01/02/2012, Arguido disposto a falar sobre "todos os assuntos" 23

16. (PT) - Diário de Aveiro, 01/02/2012, Ex-colaborador de Manuel Godinho quebra silêncio 25

17. (PT) - Correio da Manhã, 01/02/2012, Namércio confirma favores em concursos 26

18. (PT) - Sábado, 02/02/2012, PGR angolano escreve carta a defender Álvaro Sobrinho 28

19. (PT) - Sábado, 02/02/2012, Adelino Maltez, o caça-corruptos 30

20. (PT) - Público, 02/02/2012, Ex-braço direito de Godinho com protecção policial 31

21. (PT) - Jornal de Notícias, 02/02/2012, Juíza não vai mandar prender Isaltino... "por ora" 32

Page 3: BRIEF Transparência » Revista Semanal 28

22. (PT) - Jornal da Madeira, 02/02/2012, Medeiros Gaspar garante programas anti-corrupção 33

23. (PT) - Diário Económico, 02/02/2012, Enriquecimento injustificado só será crime acima de 48,5 mil euros 35

24. (PT) - Diário de Notícias, 02/02/2012, Isaltino investigado por novo crime de fraude fiscal 37

25. (PT) - Correio da Manhã, 02/02/2012, Namércio recebe protecção policial 39

26. (PT) - Sol - Confidencial, 03/02/2012, Inspecção do trabalho encobriu denúncias de corrupção 41

27. (PT) - Sol - Confidencial, 03/02/2012, Angola - Nova le do combate ao branqueamento de capitais e do

financiamento ao terrorismo

45

28. (PT) - Sol, 03/02/2012, Isaltino tentou negócio na Mata de Sesimbra 46

29. (PT) - Sol, 03/02/2012, Impasse PSD/CDS durou até ao limite 47

30. (PT) - Jornal de Notícias, 03/02/2012, Finanças de Lisboa investigam Isaltino Morais por fraude fiscal 49

31. (PT) - i, 03/02/2012, Isaltino Morais. Finanças investigam nova suspeita de fraude fiscal 51

32. (PT) - Jornal de Negócios, 03/02/2012, Isaltino investigado por novo crime de fraude fiscal 53

33. (PT) - Diário de Notícias, 03/02/2012, Valetim absolvido de burla 54

34. (PT) - Diário de Notícias, 03/02/2012, Milhões do Banco de Angola deram a volta ao mundo 55

35. (PT) - Diário de Notícias, 03/02/2012, Finanças investigam Isaltino 59

36. (PT) - Diário de Notícias, 03/02/2012, Arguido revela favores em "circuito fechado" 61

37. (PT) - Correio da Manhã, 03/02/2012, Ex-árbitro assusta Namércio e obriga a vigilância 63

38. (PT) - Público, 04/02/2012, Depoimento de ex-braço direito de Godinho implica José Penedos e Armando

Vara

69

39. (PT) - Público, 04/02/2012, Ana Gomes faz nova queixa sobre submarinos 70

40. (PT) - Jornal de Notícias, 04/02/2012, Entidade das Contas vai ser ouvida 71

41. (PT) - Jornal de Notícias, 04/02/2012, Ana Gomes assistente no processo dos submarinos 72

42. (PT) - Expresso, 04/02/2012, Isaltino investigado por fraude fiscal 73

43. (PT) - Correio da Manhã, 04/02/2012, Investigação a partir de 48 500EUR 74

44. (PT) - Correio da Manhã, 04/02/2012, Dilma já perdeu nove ministros 75

Page 4: BRIEF Transparência » Revista Semanal 28

45. (PT) - Correio da Manhã, 04/02/2012, Corrupção no futebol é crime sem castigo 76

46. (PT) - Correio da Manhã, 05/02/2012, Offshores 79

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A1

Tiragem: 156337

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 24

Cores: Cor

Área: 15,83 x 24,90 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39918161 30-01-2012

Página 1

Page 6: BRIEF Transparência » Revista Semanal 28

A2

Tiragem: 43909

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 22

Cores: Cor

Área: 22,65 x 12,35 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39937807 31-01-2012 | Público Porto

Militares da GNR condenados por corrupção, abuso de poder e prevaricação

a O Tribunal de Estarreja condenou ontem a sete anos e a cinco anos e meio de prisão dois militares da GNR, actualmente suspensos de funções, alegadamente envolvidos numa rede de corrupção, num processo com um total de 13 arguidos.

A pena mais pesada foi aplicada ao cabo da GNR Vítor Liberato, do Sub-destacamento de Trânsito de Santa Maria da Feira, que foi condenado pela prática de dez crimes de corrup-ção passiva para acto ilícito, três de abuso de poder e um de prevaricação

na forma tentada, o que resultou nu-ma pena única de sete anos de prisão em cúmulo jurídico.

O seu colega, o soldado Manuel Augusto, foi condenado pela prática de sete crimes de corrupção passiva para acto ilícito e um crime de abuso de poder, o que resultou numa pena única de cinco anos e seis meses de prisão em cúmulo jurídico.

Outros quatro arguidos foram con-denados a penas de prisão suspensas, tendo ainda de entregar mil euros a instituições particulares de solidarie-dade social de Estarreja, Ovar e Lis-boa e aos Bombeiros de Estarreja.

Duas empresas também arguidas foram condenadas ao pagamento de multas no valor de 12 mil euros, deci-diu o colectivo de juízes de Estarreja, que absolveu os restantes cinco argui-dos, incluindo um terceiro elemento da GNR do Destacamento do Porto.

No despacho de acusação, o Mi-nistério Público (MP) sustenta que os principais arguidos elaboraram um plano que consistia na aborda-gem de camionistas quando estavam conjuntamente em missão de fi scali-zação nas auto-estradas ou acessos em zonas do Grande Porto e do norte do distrito de Aveiro.

Quando os militares detectavam alguma infracção, pediam aos mo-toristas o contacto dos respectivos patrões, a quem exigiam posterior-mente vantagens patrimoniais e não patrimoniais, no sentido de não os autuarem.

Segundo o MP, os arguidos coloca-ram em prática este plano desde pelo menos 2006 e até 2009, recebendo, como resultado desta prática ilícita, “quantias monetárias, pagamentos de almoços e abastecimentos gratui-tos de gasóleo”.

Segundo o Ministério

Público, os arguidos exigiam

aos donos dos camiões

fiscalizados vantagens

patrimoniais e não só para

não os autuarem

Processo tinha 13 arguidos

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Page 7: BRIEF Transparência » Revista Semanal 28

A3

Tiragem: 106854

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 9

Cores: Cor

Área: 27,72 x 24,40 cm²

Corte: 1 de 2ID: 39936782 31-01-2012

Página 3

Page 8: BRIEF Transparência » Revista Semanal 28

Tiragem: 106854

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 6,00 x 7,11 cm²

Corte: 2 de 2ID: 39936782 31-01-2012

Página 4

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A5

Tiragem: 106854

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 28

Cores: Preto e Branco

Área: 4,66 x 6,36 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39936889 31-01-2012

Página 5

Page 10: BRIEF Transparência » Revista Semanal 28

A6

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 7

Cores: Cor

Área: 5,00 x 8,08 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39937114 31-01-2012

Página 6

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A7

Tiragem: 156337

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 14

Cores: Preto e Branco

Área: 21,48 x 24,64 cm²

Corte: 1 de 2ID: 39937474 31-01-2012

Página 7

Page 12: BRIEF Transparência » Revista Semanal 28

Tiragem: 156337

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 2,98 x 2,91 cm²

Corte: 2 de 2ID: 39937474 31-01-2012

Página 8

Page 13: BRIEF Transparência » Revista Semanal 28

A9

Tiragem: 156337

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 51

Cores: Cor

Área: 11,07 x 12,52 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39937477 31-01-2012

Página 9

Page 14: BRIEF Transparência » Revista Semanal 28

A10

Tiragem: 43909

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 9

Cores: Cor

Área: 5,80 x 13,40 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39956875 01-02-2012

Isaltino ilibado no caso dos terrenos do Meco

a O Ministério Público (MP) mandou arquivar o inquérito relativo a uma permuta de terrenos, ocorrida em 2003, entre a Mata de Sesimbra e a Aldeia do Meco e que, de acordo com a Polícia Judiciária, teria sido realizada de modo irregular e com a conivência do então ministro do Ambiente e ac-tual presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais.

Isaltino assinou em Março de 2003 um acordo que permitiu a transferên-cia de direitos de construção do Meco para a Mata de Sesimbra, onde deveria ser construído um empreendimento turístico e imobiliário com capacidade para 19 mil camas, tendo em contra-partida, e de acordo com as investiga-ções então realizadas, recebido verbas indevidas no valor de 400 mil euros. O que o MP apurou agora é que parte dessa verba integra outro processo de fraude fi scal e branqueamento de capitais, no qual o autarca foi já con-denado a dois anos de prisão.

Página 10

Page 15: BRIEF Transparência » Revista Semanal 28

A11

Tiragem: 43909

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 2

Cores: Cor

Área: 29,35 x 35,37 cm²

Corte: 1 de 4ID: 39956759 01-02-2012

Justiça Ano Judicial arrancou ontem

Críticos e apelos ao consenso na abertura de mais um ano judicialPresidente do Supremo Tribunal de Justiça advertiu que a extinção dos “direitos adquiridos” pode levar à abertura de uma “caixa de Pandora”

a O procurador-geral da República criticou as intromissões do poder político na Justiça; o bastonário dos advogados referiu as privatizações na área da justiça e defendeu a necessi-dade de “proclamar bem alto que a justiça não é um bem de mercado e não pode ser gerida segundo as leis da oferta e da procura”; o Presidente da República apelou ao fi m das “con-trovérsias públicas estéreis entre os responsáveis” do sistema judicial; a ministra recapitulou as medidas já postas em prática no seu mandato e deixou uma mensagem: “É proibido deixar de acreditar.” Abriu ontem mais um Ano Judicial.

O discurso do bastonário dos ad-vogados, António Marinho e Pinto, deu início à cerimónia e às críticas ao sistema que pautaram todas as intervenções. Depois de lamentar a

degradação que se tem verifi cado na “justiça e no país” (...) “sem que se vislumbrem soluções que restabele-çam a confi ança do povo português” no sistema judicial e político”, Ma-rinho e Pinto referiu-se à questão das privatizações e, em concreto, a uma “justiça semi-clandestina que são os tribunais arbitrais em que as partes escolhem e pagam aos pseudo-juízes”.

“É preciso proclamar bem alto que a justiça não é um bem de mercado e não pode ser gerida segundo as leis da oferta e da procura”, defendeu.

O bastonário criticou também a “desjudicialização” da Justiça que prevê o recurso a outras entidades que não os tribunais, e cujo “escopo é o lucro”. Alertou para os proble-mas da actual situação social e elo-giou o Tribunal Constitucional na sua luta pela defesa da Constituição e o procurador-geral da República que “honrou a magistratura portuguesa e dignifi cou a justiça e os tribunais”.

Na sua última intervenção por oca-sião do ano judicial, já que termina o seu mandato em Outubro próximo, Pinto Monteiro deixou clara a neces-sidade da separação entre os pode-res político e judicial, “um dos pilares centrais da democracia” e alertou: “As intromissões levarão a uma sub-versão de valores democráticos há muito consagrados e a uma regressão no tempo, que não se deseja”.

“É preciso dar à política o que é da política e aos tribunais o que é dos tribunais”, defendeu Pinto Montei-ro. Como exemplo, notou que “não se pode (...) atribuir à inefi cácia da justiça na punição dos crimes eco-nómicos, os problemas da economia do país”, sublinhando que “nunca tais crimes foram tão investigados em Portugal como agora”.

Com base em dados disponíveis, o PGR notou que “quer em acusações, quer em prisões, quer em condena-ções” os resultados “são superiores aos do passado”. Tal verifi ca-se não “por ser maior a corrupção (...) o que não é verdade, mas tão só porque tu-do é investigado”, diz, sublinhando: “Hoje não há zonas de impunidade para a investigação”. E exemplifi ca:

“Desporto, políticos, autarcas, em-presas, bancos, são investigados co-mo nunca tinham sido”. Os resulta-dos, observa, “não são ainda o que se pretende, mas a sua melhoria dá esperança de maiores êxitos”.

A civilização de Noronha“Falar na inexistência de direitos ad-quiridos num discurso unilateral ou unipolar, ainda por cima num país de rendimentos tão desiguais, pode ser a abertura da caixa de Pandora”, disse por seu lado o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noro-nha Nascimento. No seu entender, os direitos adquiridos são o “produ-to fi nal de uma civilização avançada que se estruturou à volta da teoria do pacto social”.

Notando que “os problemas da justiça não dão mostras signifi ca-tivas de melhoria” o Presidente da República, Cavaco Silva, apelou no discurso que encerrou a cerimónia, “a que se substituam as controvérsias públicas estéreis entre responsáveis do sistema de justiça por uma nova cultura adequada às necessidades do presente”. Os consensos são necessá-rios à reforma da justiça, observou, tanto para restituir a credibilidade no

Paula Torres de Carvalho

Pequena criminalidade r

A pequena criminalidade representa cerca de 10% do total de processos que passam pelos tribunais portugueses. Dos mais de 440 mil processos que entraram nas 20 comarcas do país entre 2008 e 2010, 45 mil foram direccionados para os tribunais de Pequena Instância Criminal, de acordo com os dados da Direcção-Geral da Administração da Justiça.

Estes casos de pequenos delitos cuja moldura penal

não ultrapassa os cinco anos de prisão determinam

o julgamento por um tribunal singular, com a intervenção de apenas um juiz. Na maioria dos casos, são relativos a injúrias e furtos, como o que ontem foi

decidido nos Juízos Criminais do Porto. O tribunal condenou a

250 euros de multa um sem-abrigo, de 40 anos,

por tentativa de furto de

Vem de longe a solenidade da celebração da abertura do ano judicial. Terá sido no tempo em que se preparava a Constituição de 1822 que se instituiu a tradição nos tribunais superiores de colocar na Sala das Sessões o retrato do Rei, bem como a cerimónia anual da Festa da Justiça que se organizava na Casa da Suplicação (depois convertida em Sessão Solene de Abertura do Ano Judicial). Mais tarde, quando se instalou um Supremo Tribunal de Justiça na capital do Reino composto por juízes promovidos entre os mais antigos, foi retomado o título de Conselheiro para os que atingiam esse topo da carreira. Hoje, a cerimónia da abertura do ano judicial mantém-se como uma das mais solenes, contando com a presença das mais altas figuras do Estado.

Cerimónia antigaA festa anual da Justiça começou a celebrar-se nos anos de 1800

Cavaco Silva apelou ao fim das controvérsias públicas entre os responsáveis do sistema judicial

sistema, como para cumprir os com-promissos relativamente às reformas programadas no sector.

Destas falou a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz que aprovei-tou para esclarecer a polémica provo-cada pela proposta de um novo mapa judiciário e do encerramento de 47 tribunais (ver página 4). Esta reforma “não é uma agressão contra o poder local, os cidadãos ou a cidadania”, nem é “uma imposição da troika”, disse a ministra

“Antes pelo contrário”, frisou, adiantando que “mercê de um atu-rado trabalho com a troika, o Minis-tério da Justiça conseguiu alterar substancialmente as medidas que constavam do Memorando relacionadas com a reforma do processo civil e a estrutu-ra dos Tribunais”. Tornou-se assim possível entender que as NUT’s “são conceitos ope-racionais para fi ns estatísti-cos que nada têm a ver com a realidade administrativa e sociológica dos portugueses”, disse, notando que a “reforma do processo civil não podia ser dissociada da reforma da orga-nização judiciária”.

Página 11

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Tiragem: 43909

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 3

Cores: Cor

Área: 29,27 x 35,44 cm²

Corte: 2 de 4ID: 39956759 01-02-2012

representa 10% dos processos em tribunal

Paula Teixeira da Cruz admite reduzir fechos de tribunais

Os discursos entre a subtileza da ministra e a dureza do bastonário

Mariana Oliveira

Numa sessão cheia de

pompa e circunstância, os

discursos variaram entre

apelos à serenidade e as

críticas ao funcionamento

do sistema judicial

a A ordem dos discursos não é ar-bitrária, mas protocolar. Primeiro, num discurso incendiário e a soar a oposição, falou o bastonário da Or-dem dos Advogados, Marinho e Pinto. O presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha do Nascimento, optou por um discurso em que aler-tou para o perigo de, num Estado de Direito, não se reconhecer os direitos adquiridos, sem falar, contudo, dos salários e dos subsídios dos magis-trados. A seguir falou o Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, que usou a palavra para tentar reba-ter grande parte das críticas que lhe são feitas e insitir que “hoje não há zonas de impunidade para a inves-tigação”. Omitiu, como é habitual, tocar num caso polémico, o alegado plano para controlar a comunicação social, que envolvia o ex-primeiro-ministro José Sócrates, caso esse que arquivou liminarmente, sem sequer abrir um inquérito. Depois foi a vez da ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, que usou o discurso para explicar os critérios que serviram de base à selecção dos 47 tribunais que vão encerrar e de forma subtil admi-tiu que parte destes não irão de facto fechar. “Está aberta a discussão de se-rem encontradas formas de não afas-tar demasiado a justiça da proximi-dade”, afi rmou. Depois da presidente da Assembleia da República, coube ao presidente Cavaco Silva terminar a sessão. E, no discurso, pedir aos representantes dos vários operadores judiciários, bastonário incluído, para participar num diálogo construtivo, sereno e discreto sobre as reformas da Justiça. As frases, o que deixam claro e o que fi ca implícito.

“Situações em que o tempo

exigível para deslocação

ao tribunal seja demasiado

elevado impedem o seu

encerramento, mesmo que

o volume processual seja

diminuto”

Ministra da Justiça

A ministra da Justiça, Paula Teixei-ra da Cruz, não se referiu a nenhum tribunal em concreto dos 47 que uma lista feita pela Direcção-Geral da Administração da Justiça propõe fechar.Mas pelas suas palavras qua-se se adivinha que se refere ao caso

de Sines, em que um dos tribunais que vai receber os processos, Setú-bal, em vez da cerca de fi car a uma hora de distância, fi ca a duas horas e meia de camioneta Expresso. Além dos 25 euros de distância, que custa o bilhete de ida e volta. De carro é mais rápido, mas, com as portagens, fi ca mais caro. Este não é, contudo, o único caso em que os critérios que ontem a ministra fez questão de ex-plicar detalhadamente não estão a ser respeitados.

“Trata-se de um processo

que exige a participação

de todos, dos responsáveis

políticos e institucionais e

dos agentes da justiça, num

clima de apaziguamento,

de diálogo e de colaboração

construtivos“

Cavaco Silva, Presidente da

República

Quem ouviu primeiro o discurso do bastonário da Ordem dos Advoga-dos, Marinho e Pinto, e, no fi m, o do Presidente da República podia pen-sar que Cavaco Silva falava só para o bastonário. O presidente mandou um recado para todos os representantes dos operadores judiciários, sem no-mear nem excluir nenhum. E as pa-lavras cabiam que nem uma luva ao bastonário da Ordem dos Advogados conhecido pelos seus discursos in-cendiários. O Presidente da Repúbli-ca insistiu que as reformas da Justiça devem ser discutidas de forma sereni-da e discreta, sem grandes alaridos. Só assim se conseguirá dignifi car a Justiça, uma frase feita que, referiu, muitos repetem sem perceber o seu verdadeiro signifi cado.

““Falar na inexistência de

direitos adquiridos num

discurso unilateral ou

unipolar, ainda por cima

num país de rendimentos

tão desiguais, pode ser

a abertura da caixa de

Pandora”,

Noronha Nascimento,

Presidente do STJ

O presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha do Nascimento, aproveitou o palco para dizer aquilo que muitos juízes e procuradortes pensam. Sem nunca referir os cortes dos salários e dos subsídios dos ma-gistrados, Noronha falou em direitos adquiridos e mandou uma mensagem para o Tribunal Constitucional, que admite como juízes conselheiros in-dividualidades sem carreira na ma-gistratura.

“Perguntar-se-á se as

reformas dos códigos e

outras modificações têm

contribuído para uma

justiça mais célere e mais

transparente. A resposta é,

necessariamente, negativa”,

Pinto Monteiro, PGR

Num discurso usado, em grande parte, para rebater algumas das crí-ticas de que é alvo, o procurador-ge-ral da República, Pinto Monteiro, fez também algumas críticas merecidas aos políticos e à Assembleia da Repú-blica. O labirínto jurídico que refor-mas legislativas em cima de reformas legislativas tem criado são muitas ve-zes criticadas por quem aplica e usa o direito. Pinto Monteiro esqueceu-se apenas de referir a vez em que suge-riu uma lei só para resolver o caso do seu vice-procurador-geral, que exce-dera o limite de idade para continuar em funções.

MIGUEL MANSO

MIGUEL MANSO

uma embalagem de polvo e de um champô num Pingo Doce da cidade. Os artigos totalizavam o valor de 25,66 euros. O advogado Pedro Miguel Branco, defensor do arguido, requereu ao tribunal a comutação da pena em trabalho comunitário. “São bagatelas penais. Isto não merece que o tribunal perca tempo com isto”, lembrou o causídico. Contudo, os Juízos Criminais do Porto não consideram estar perante o chamado “crime formigueiro” e não esqueceram que em causa estava um arguido que já fora condenado por furto e desobediência à autoridade. Fonte Judicial explicou ao PÚBLICO que estes processos “representam por vezes gastos para o Estado muitos superiores aos valores dos furtos em causa, o que, amiúde, torna o processo irrisório”. Porém, o Ministério Público não tem outra solução senão levar o caso a tribunal. “Na maioria dos processos, os

supermercados constituem-se assistentes e não desistem da queixa”, explicou a mesma fonte. A desistência poderia, antes do julgamento, culminar no arquivamento do processo. Por outro lado, “o Ministério Público poderia decidir a suspensão provisória do processo, mas apenas com o acordo do arguido e do assistente. Na maioria das vezes as superfícies comerciais não concordam”, lembra João Rato, director adjunto do Centro de Estudos Judiciários e inspector do Ministério Público. Já António Martins, presidente da Associação Sindical dos Juízes, sublinha que “a justiça não pode reduzir-se à contabilidade e aos seus custos” e que do “ponto de vista da sociedade há que pensar se queremos continuar assim ou mudar o sistema transferindo estes pequenos delitos para Julgados de Paz ou para serem julgados por um homem bom da comunidade”, diz. Pedro Sales Dias

Página 12

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Tiragem: 43909

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 4

Cores: Cor

Área: 29,35 x 35,44 cm²

Corte: 3 de 4ID: 39956759 01-02-2012

Justiça Polémica na reorganização das comarcas sobe de tom

Mapa que indica os tribunais que vão ser extintos não cumpre os critérios da distância indicados pelo Governo

a Entre o Tribunal Castelo de Pai-va, que deverá fechar, e o de Arouca, que fi cará com os seus processos, são 27km de distância, como escreve a Direcção Geral da Administração da Justiça (DJAD) na proposta de encerra-mento de 47 tribunais em todo o país. Mas é impossível fazer as 365 curvas da EN-224 em 27 minutos, como se refere no mesmo documento. Tal só é mesmo possível nas contas do site www.viamichelin.com, que os autores da proposta usaram para estimar as distâncias.

A Câmara de Castelo de Paiva, do PS, garante que esse trajecto é “pés-simo” e demora cerca de uma hora e, que entre os dois municípios só há uma ligação diária de autocarro. Re-correr a um táxi custa 35 euros, ida e volta. Por isso, esta autarquia consi-dera a proposta do Governo “injusta e inqualifi cável” e criou um grupo de trabalho para a rebater.

Este é apenas um dos casos em que a proposta da DGAJ não respeita sem margem para dúvidas os critérios defi nidos pelo próprio Ministério da Justiça para decidir quais os tribunais que deveriam encerrar. Aliás, ontem no discurso da cerimónia ofi cial do ano judicial, a ministra Paula Teixeira da Cruz, admitiu que alguns dos tri-bunais que constam da proposta não irão fechar, exactamente porque não respeitam esse critério: a distância entre o tribunal a encerrar e aquele que vai receber o processo tem de ser percorrida em menos de uma hora.

ANMP discordaA Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) exigiu ontem, em comunicado, ser ouvida pela minis-tra. “Não se começa uma reforma que implica populações sem se ouvirem os seus legítimos representantes: os municípios”, lamenta a ANMP. A as-sociação informa que vai convocar os 47 municípios abrangidos e convidar a ministra da Justiça para debater a proposta. “Adoptando critérios em absoluto discutíveis – se o movimen-to judicial é insufi ciente, porque não circula o juiz entre duas comarcas em vez de se obrigarem milhares de ci-dadãos a fazê-lo?”, pergunta a ANMP. Ignora, contudo, que alguns dos tribu-nais cujo encerramento está previsto, como é o caso de Paredes de Coura, já são comarcas de competência parti-lhada. Isso signifi ca que o procurador e o juíz de Paredes de Coura e de Vila Nova de Cerveira (que curiosamente vai receber os processos) são os mes-

mos e se deslocam de acordo com a conveniência de serviço.

O comunicado da ANMP continua insistindo que o resultado desta refor-ma “só poderia ser a perda, para mui-tos, de um dos direitos fundamentais de cidadania que é o acesso à Justiça”. E remata: “A existência de tribunais constitui um factor de coesão territo-rial, contribuindo para a fi xação de populações”.

Em Sines, a notícia do encerramen-to do tribunal já levou Manuel Coelho, presidente da autarquia, a repudiar a proposta. Os processos referentes ao Tribunal de Família e de Menores

passarão para Santiago do Cacém, a 19km de distância, enquanto a ex-tinção do Tribunal do Trabalho leva mais de 500 processos para Setúbal, a mais de 120km. As viagens de ida e de volta, em transporte público, entre Sines e a capital de distrito demoram cerca de cinco horas em média (duas horas e meia por percurso). Também vale a pena não esquecer que os dois tribunais de Sines foram criados há menos de dois anos.

Outro caso curioso é o do Cadaval, do Norte do distrito de Lisboa, que fi ca a 32km do Tribunal de Torres Ve-dras, que vai receber os processos. O

percurso até pode ser feita nos 29 mi-nutos previstos pela DGAJ e há alguns transportes públicos. Mas o que é mais estranho é que o Tribunal do Cadaval tem instalações novas, inauguradas há exactamente seis anos, num inves-timento de 1,9 milhões de euros. E a cerimónia inaugural até foi presidida pelo então ministro da Justiça, José Pedro Aguiar Branco, actual ministro da Defesa. Aguiar Branco, de facto, disse, na altura, que pensava avançar com o estudo de uma reforma do ma-pa judiciário, mas não previu que in-tegraria um Governo que ia propor o encerramento deste mesmo tribunal.

Vários tribunais ameaçados

de extinção ficam a mais

de uma hora de distância

dos que vão receber os seus

processos. Críticas ao mapa

judiciário sobem de tom

Mariana Oliveira Proposta do Governo prevê extinção de um quinto das comarcasCoimbra e Viseu são os maiores perdedores

Faro

Setúbal

Portalegre

Évora

Beja

SantarémLisboa

Leiria

Guarda

Coimbra

Aveiro

Vila Real

Viseu

V. Castelo

Porto

BragançaBraga

Quem ganha e quem perde com o novo mapa judiciário

ComarcasNova proposta

Pessoal ao serviço

Fonte: Ministério da Justíça

47185

Comarcasa extinguir

Comarcasa manter

Hoje

232

Juíses Magistrados do Min. Público

Oficiais de Justíça

Actual Proposta

1285 1292

964

-3211189

-103

73976521

Actual

Proposta -876

Madeira

C. Branco

Açores

246,1

160,9

244,9

207,2

378,2

450,5

136,5

167,4

195,9

119

152,7

714,3

849,8

429,7

454,5

470,8

848,4

267,9

2245

1816

10 8

12 11

12 8

17 11

11 7

12 8

12 9 7 5

7 5

17 17

18 16

14 8

15 12

12 11

101189

910

68

45

----

1213

Pop. abrangidaem milhares

Comarcas

Actuais Propostas

Distância ao tribunal mais próximo (km)

Sines a S. Cacém/SetúbalPamp. Serra a ArganilPortel a Reg. MonsarazAlmodôvar a MértolaF. C. Rodrigo a V. N. F. CôaAlf. da Fé a T. Moncorvo Penamacor a Id.-a-NovaSabugal a Guarda Cadaval a Torres VedrasVinhais a BragançaMeda a TrancosoTabuaço a S. J. PesqueiraAlvaiázere a Fig. VinhosMonchique a SilvesVimioso a Mir. do DouroOleiros a SertãCast. Vide a NisaCast. Paiva a AroucaPenacova a CoimbraTábua a Oliveira HospitalF Zêzere a TomarP. Coura a V. N. CerveiraSabrosa a Vila RealAvis a FronteiraMação a AbrantesC. Daire a S. Pedro do SulAnsião a Fig. dos VinhosMelgaço a MonçãoResende a CinfãesCab. Basto a Celor. BastoArraiolos a Mont.-o-NovoBoticas a ChavesArmamar a Moim. BeiraSão Vicente a Ponta do SolMurça a AlijóNordeste a PovoaçãoBombarral a C. da RainhaS. Vouga a Alber.-a-VelhaC. Ansiães a Vila FlorSoure a Montemor-o-VelhoMira a CantanhedeF. Algodres a Celor. BeiraAlcanena a Torres NovasPenela a Condeixa-a-NovaMesão Frio a Peso RéguaNelas a MangualdeOliv. Frades a Vouzela

(A extinguir) - (Destino)

19/124 km5447413735323232313131

30292828282727272626262525252424242323232322222121

2018181717161514138

O encerramento de cinco tribunais no Alentejo é encarado pelos autar-cas e empresários da região como mais um contributo para acelerar o despovoamento. Almodôvar é o caso mais grave. A deslocação dos serviços judiciais para Mértola não relevou a inexistência de transportes públicos entre os dois concelhos e que a liga-ção rodoviária se faz por uma estrada em péssimas condições de circulação e de segurança, um percurso que de-mora mais de uma hora.

Igualmente preocupante é o encer-ramento do Tribunal de São Vicente, na Madeira. O PSD apresentou ontem um voto de protesto na Assembleia Legislativa da Madeira relativamente à intenção do Governo encerrar este tribunal. Alega que “é o tribunal que fi ca mais distante de qualquer outro existente na região e é o único no nor-te da ilha da Madeira”. O Tribunal de São Vicente é de competência gené-rica, ou seja, reúne processos civis, criminais, de trabalho e de família e menores num número que a DGAJ estima será de 122 processos após a reorganização. O seu encerramento implicará o reforço do congestiona-mento de um outro tribunal desde já congestionado, o da Ponta de Sol.

Mação é outro caso grave. É um município do norte do distrito de Santarém com graves problemas de desertifi cação e de envelhecimento da população. Fazer o percurso en-tre Mação e o “Tribunal de Destino”, em Abrantes, não é fácil. Pela EN3, o trajecto é sinuoso. A melhor alterna-tiva será seguir através da A23, onde só metade do percurso está sujeita a portagem, mas mesmo assim os uten-tes têm que pagar 80 cêntimos por cada viagem.

No distrito de Bragança prevê-se o encerramento de quatro tribunais. Al-fândega da Fé é o caso mais fl agrante, com uma distância estimada de cerca de 40 minutos até Torre de Moncor-vo, apesar de o tribunal de Macedo de Cavaleiros fi car mais próximo. A pre-sidente da câmara, Berta Nunes, teme que deixe de haver acesso universal à Justiça, pois praticamente não exis-tem transportes públicos. Por outro lado, as habitantes de Vinhais terão de se deslocar mais de 30km até Bragan-ça por uma estrada de montanha.

O Tribunal de Cabeceiras de Basto, inaugurado em Junho de 2009 com um investimento de cerca de três mi-lhões de euros, é um dos casos mais polémicos. Os processos desta comar-ca passam para Celorico de Basto, que dista 23km daquela vila. A autarquia, presidida pelo líder da distrital de Bra-ga do PS, Joaquim Barreto, garante que “há todas as razões para manter em funcionamento” aquele equipamento tendo em conta os critérios defi nidos pelo Ministério da Justiça. O tribunal é novo, é propriedade do Estado e te-ve, no ano passado, um movimento de 1505 processos. com S.D.O, C.D., TdN., S.S, J.T.,A.G.R e N.A.

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Tiragem: 43909

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 23,03 x 22,96 cm²

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MIG

UE

L M

AN

SO

Muitas das comarcas extintas fi cam a mais de uma hora das que vão herdar os seus processos. Ministra reconhece falhas e admite rever proposta

aA distância e o tempo de viagem en-tre os tribunais que vão ser extintos no âmbito do novo mapa judiciário e os que vão acolher os seus proces-sos foram obtidos no Guia Michelin

e, em muitos casos, estão longe da realidade. O surto de contestação de autarcas de todo o país tem sus-citado dúvidas sobre se os critérios fi xados pelo Governo para a extinção

de tribunais estão a ser cumpridos, mas em muitos casos não estão. A ministra da Justiça admitiu ontem inclusivamente que a lista de tribu-nais apontados para encerrar pode

ser sujeita a alterações. Ontem teve início o novo ano judicial entre dis-cursos de apelo à moderação e fortes críticas ao funcionamento da Justiça. c Destaque, 2 a 4 e Editorial

Proposta para fecho de tribunais não cumpre critérios do Governo

Cavaco Silva presidiu à abertura do ano judicial

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Tiragem: 43909

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 9

Cores: Cor

Área: 22,65 x 13,01 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39956866 01-02-2012

Antigo braço direito de Godinho resolve falar e provoca reviravolta no Face Oculta

Maria José Santana

a A sessão de ontem do julgamento do processo Face Oculta fi cou marca-da pela inesperada decisão do argui-do Namércio Cunha, ex-colaborador de Manuel Godinho, de falar perante o tribunal. O antigo braço direito do empresário de Ovar, que acabou por ser uma importante peça para a in-vestigação do processo — assumiu a fi gura do “arrependido” e resolveu colaborar com a Justiça —, come-çou a prestar declarações durante a tarde. E promete falar sobre tu-do e não apenas sobre um ou outro

facto que pretenda ver esclarecido. No início do julgamento, em No-

vembro do ano passado, Namércio Cunha optou por remeter-se ao si-lêncio. Contudo, e segundo referiu na sessão de ontem, foi sempre sua intenção prestar declarações, tendo entendido, agora, que era chegado o momento de falar.

De acordo com o que fi cou estipu-lado na audiência de ontem, o depoi-mento de Namércio Cunha irá partir da leitura das declarações que prestou tanto na fase de inquérito como de ins-trução, para que o arguido possa clari-fi car alguns dos factos do processo. É isso que irá acontecer já esta manhã, quando for retomado o seu depoimen-to no Tribunal de Aveiro.

O ex-director comercial da O2, prin-cipal empresa de Manuel Godinho, es-tá acusado de um crime de associação criminosa e outro de corrupção activa para acto ilícito, e é assim o sexto ar-guido do processo Face Oculta a ser

ouvido em audiência de julgamento. Segundo a acusação, Namércio Cunha era o “principal coadjuvante” de Ma-nuel Godinho nas diligências por si empreendidas no sentido de ver as suas empresas favorecidas.

No processo, refere-se que o ar-guido “funcionou não só como con-selheiro técnico, mas também como

auxiliar no estabelecimento de con-tactos com indivíduos que exercem funções de poder, detêm capacidade pessoal de decisão, com capacidade para infl uenciar determinantemente o decisor e com acesso a informação privilegiada”. A Namércio Cunha com-petia, igualmente, organizar a lista dos

indivíduos a quem Manuel Godinho oferecia prendas no Natal, bem com dos objectos a ofertar e do seu valor.

Ao decidir prestar depoimento, Namércio Cunha junta-se, assim, ao lote de cinco arguidos que já respon-deram perante o tribunal, entre os quais Armando Vara, antigo ministro e ex-vice presidente do BCP, José Pe-nedos, ex-presidente da REN (Redes Energéticas Nacionais), e o seu fi lho Paulo Penedos.

Também ontem, o juiz presidente Raul Cordeiro indeferiu a irregularida-de de audiência que tinha sido arguida na última sessão pela defesa de José Penedos. Em causa estava o depoi-mento do inspector da Polícia Judici-ária António Costa que, na opinião do requerente, não era “legalmente ad-missível em toda a sua extensão”, ale-gando que a testemunha “deu conta ao tribunal não de aspectos concretos de diligências que tenha feito, mas das suas conclusões sobre a prova”.

Único arguido no processo

a colaborar com a Justiça

começou ontem a prestar

depoimento, recuando

naquilo que havia anunciado

no início do julgamentoNo início do julgamento, em Novembro do ano passado, Namércio Cunha optou por se remeter ao silêncio

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Tiragem: 106854

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 29

Cores: Cor

Área: 21,28 x 21,50 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39956704 01-02-2012

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Tiragem: 106854

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 15

Cores: Cor

Área: 20,71 x 13,59 cm²

Corte: 1 de 2ID: 39956862 01-02-2012

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Tiragem: 106854

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 4,57 x 2,93 cm²

Corte: 2 de 2ID: 39956862 01-02-2012

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Tiragem: 106854

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

Cores: Cor

Área: 27,67 x 29,29 cm²

Corte: 1 de 3ID: 39957661 01-02-2012

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Tiragem: 106854

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 7

Cores: Cor

Área: 26,79 x 29,73 cm²

Corte: 2 de 3ID: 39957661 01-02-2012

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Tiragem: 106854

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 20,87 x 10,51 cm²

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Tiragem: 52107

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 8

Cores: Cor

Área: 26,79 x 32,62 cm²

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Tiragem: 52107

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

Cores: Cor

Área: 15,70 x 33,57 cm²

Corte: 1 de 2ID: 39956490 01-02-2012

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Tiragem: 52107

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 5,27 x 3,88 cm²

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Tiragem: 7014

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 9

Cores: Preto e Branco

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Ex-colaboradorde Manuel Godinhoquebra silêncio� O arguido no processo FaceOculta Namércio Cunha, antigobraço direito do empresário dassucatas Manuel Godinho, voltouatrás na sua decisão e começou,ontem, a prestar declarações aotribunal.

Logo no início da 17.a sessão dojulgamento, que está a decorrer notribunal de Aveiro, o ex-directorcomercial da O2, que pertence aManuel Godinho, principal ar-guido no processo, dirigiu-se aojuiz presidente Raul Cordeiro pa-ra dizer que pretendia falar, aocontrário do que havia anunciadono início do julgamento. Namér-cio Cunha, que está acusado deum crime de associação crimino-sa e outro de corrupção activa pa-ra acto ilícito, é, assim, o sexto ar-

guido do processo Face Oculta aser ouvido em audiência de julga-mento. Segundo a acusação, Na-mércio Cunha era o “principal co-adjuvante” de Manuel Godinhonas diligências por si empreendi-das, no sentido de favorecer asempresas do sucateiro.

No processo refere-se que o ar-guido “funcionou não só comoconselheiro técnico, mas tambémcomo auxiliar no estabelecimentode contactos com indivíduos queexercem funções de poder, detêmcapacidade pessoal de decisão,com capacidade para influenciardeterminantemente o decisor ecom acesso a informação privile-giada”. A Namércio Cunha com-petia, igualmente, a propósito daquadra natalícia, organizar a lista

dos indivíduos a serem obsequia-dos por Manuel Godinho, os ob-jectos a ofertar e o seu valor.

Indeferido pedido

de irregularidade

Na sessão de ontem, o juiz presi-

dente Raul Cordeiro indeferiu airregularidade de audiência quetinha sido arguida na última ses-são pela defesa do ex-presidenteda REN, José Penedos. Em causaestava o depoimento do inspectorda Polícia Judiciária, António Cos-

ta que, na opinião do requerente,não era “legalmente admissívelem toda a sua extensão”, alegandoque a testemunha “deu conta aotribunal não de aspectos concre-tos de diligências que tenha feito,mas das suas conclusões sobre a

prova”. O tribunal continuou, as-sim, ontem a ouvir o inspector daPJ António Costa, que esteve a serinterrogado pelos advogados dedefesa ao longo de quase todo odia.

Desde que começou o julga-mento, a 8 de Novembro do anopassado, já prestaram depoimen-to cinco arguidos, incluindo o an-tigo ministro e ex-vice presidentedo BCP, Armando Vara, o ex-pre-sidente da REN José Penedos e oseu filho Paulo Penedos. O depoi-mento deste último foi interrom-pido no dia 18 de Novembro, devi-do à indisponibilidade do seu ad-vogado, e continuará a partir de28 de Fevereiro.

Dos seis arguidos que manifes-taram intenção de prestar decla-rações nesta fase do processo, fal-ta ainda ouvir o gestor Lopes Bar-reira, que está a aguardar autori-zação do hospital de Aveiro parafazer, nesta unidade, o tratamentode hemodiálise a que é sujeito trêsvezes por semana.LUSA

FACE OCULTA

O JULGAMENTO Face Oculta prossegue hoje no Tribunal de Aveiro

ARQUIVO

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Tiragem: 156337

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 30

Cores: Cor

Área: 26,77 x 26,28 cm²

Corte: 1 de 2ID: 39957152 01-02-2012

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Tiragem: 156337

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 7,31 x 5,43 cm²

Corte: 2 de 2ID: 39957152 01-02-2012

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Tiragem: 116250

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 74

Cores: Preto e Branco

Área: 19,39 x 26,60 cm²

Corte: 1 de 2ID: 39978553 02-02-2012

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Tiragem: 116250

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 75

Cores: Cor

Área: 19,22 x 26,53 cm²

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Tiragem: 116250

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 26

Cores: Cor

Área: 9,37 x 7,47 cm²

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Tiragem: 41435

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

Cores: Cor

Área: 22,96 x 11,58 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39978725 02-02-2012

Ex-braço direito de Godinho com protecção policial

Mariana Oliveira

a Namércio Cunha, ex-braço direito do empresário das sucatas Manuel Go-dinho, continuou ontem, pelo segun-do dia consecutivo, a prestar esclareci-mentos aos juízes que estão a julgar o processo Face Oculta, que decorre em Aveiro. A sua advogada, Dália Martins, estimou ontem que o depoimento de-ve demorar, no mínimo, duas sema-nas. O que a advogada não disse, nem confi rmou, é que o cliente está desde ontem com protecção policial, depois do anúncio de que iria prestar declara-ções ter gerado alguma movimentação entre outros arguidos.

O fi lho de Manuel Godinho, João Godinho, apareceu anteontem no tribunal pouco depois do anúncio e o seu pai, o empresário das sucatas, não esteve presente na sessão, mas foi a Aveiro almoçar com o fi lho e com os advogados. O PÚBLICO sabe que

Namércio Cunha já temia algum tipo de represálias há algum tempo, já que durante o inquérito a sua advogada foi abordada por um indivíduo, que lhe deixou um aviso. O episódio foi então reportado à PJ que, apesar de ter feito uma verifi cação do incidente, não conseguiu identifi car o autor do aviso velado.

Namércio Cunha foi uma peça im-portante para a investigação, tendo prestado interrogatório de arguido em Novembro de 2009, dias após a gran-de operação de buscas que tornou es-te caso conhecido, a 28 de Outubro, dia em o ex-director comercial da O2,

a principal empresa do grupo de Godi-nho, foi constituído arguido. Mais tar-de, em Agosto do ano seguinte, a sua advogada entregou um requerimento a informar o Ministério Público que o seu cliente se encontrava disponível “para prestar declarações comple-mentares” sobre os factos que eram do conhecimento do seu cliente.

Entre Agosto e Outubro, Namércio Cunha deslocou-se pelo menos oito vezes à PJ para ser ouvido. Pouco mais de vinte dias após prestar as últimas declarações, o Ministério Público deci-de acusá-lo de dois crimes (associação criminosa e corrupção activa), a par de outros 35 arguidos, entre os quais o ex- ministro socialista Armando Vara e o então presidente da Redes Eléctricas Nacionais (REN) José Penedos.

Ontem, Namércio contou que as empresas do grupo de Godinho gasta-vam cerca de 80 mil euros por ano em presentes de Natal, um valor que dimi-

nuiu para metade em 2008. O antigo braço direito do empresário admitiu ter sido ele a instituir o sistema das lis-tas de presentes, para “sistematizar” um processo que era uma “prática habitual” das empresas do grupo de Manuel Godinho.”Com isto poupava tempo e dinheiro. Em vez de visitar lojas comprava por catálogo”, afi rmou o arguido. Quanto aos nomes que in-tegravam a lista, Namércio Cunha re-feriu que eram fornecidos por Manuel Godinho e pelos fi lhos João e Paulo, por ele próprio e pelos encarregados das empresas que indicavam “pessoas que para eles eram importantes”.

O arguido disse ter sido um “pau mandado”, limitando-se a cumprir ordens.”Fiz coisas que me manda-ram fazer. Executei. Devia essa obe-diência em termos de chefi a, mas o que me prendia na empresa eram os desafi os profi ssionais”, assumiu Na-mércio Cunha.

Namércio Cunha, braço direito de Manuel José Godinho, afirmou que este gastava 80 mil euros em presentes de Natal

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Tiragem: 106854

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

Cores: Cor

Área: 26,62 x 31,67 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39978043 02-02-2012

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A33

Tiragem: 15000

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 5

Cores: Cor

Área: 28,83 x 36,31 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39983470 02-02-2012

O deputado do PSD-M, MedeirosGaspar fez, ontem, uma apresenta-ção exaustiva sobre as medidas anti-corrupção a nível nacional e mun-dial.Medeiros Gaspar falava no âmbito

da discussão, na generalidade, do pro-

jecto de decreto legislativo, da autoriado PCP-M, intitulado “Medidas anti-corrupção face aos compromissos re-gionais para a prevenção e combateao problema da corrupção”.Esta discussão ocupou grande

parte da sessão plenária. Edgar Silva,

deputado único do PCP-M apontou anecessidade de criarmedidas para com-bater a corrupção que considera existirna Madeira, tendo reiterado que, “atéhoje, nada foi feito”.Carlos Pereira, do PS-Mcriticou a “falta

de transparência” que considera estar naorigem dos problemas que conduziu aMadeira à actual situação financeira.Medeiros Gaspar apontou que na Re-

gião, “64 entidades apresentaram umprograma de combate à corrupção, in-cluindo a Assembleia”.O deputado justificou a sua apresen-

tação por considerar que a proposta doPCP “está desprovida de conteúdo, porisso, resolvi dar-vos uma definição clarado tema corrupção”.Na oportunidade, apresentou vários

estudos sobre o fenómeno da corrup-ção e apontou algumas situações de ca-rência com que a Justiça se debate, nonosso país, para poder combater estescrimes.Segundo referiu, “a luta contra a cor-

rupção constitui um problema a nívelmundial, não tem fronteiras” e afirmounão ter dúvidas de que “a democracia éapedrejada quando ocorre este tipo deproblemas”. 1

Medeiros Gaspar garante que 64 entidades regionais apresentaram plano de combate à corrupção.

A discussão do projecto de decreto legislativo, da autoria do PCP-M, intitulado “Medidas anti-corrupçãoface aos compromissos regionais para a prevenção e combate ao problema da corrupção” ocupou,ontem, grande parte da sessão plenária, com o deputado do PSD-M a fazer uma apresentação exaustivasobre o tema, por considerar que a proposta do PCP “está desprovida de conteúdo”. O tema vai continuara ser discutido, na sessão de hoje, com início marcado para as 9 horas.

Medeiros Gaspar garanteprogramas anti-corrupção

O Parlamento regional decidiu,ontem, levantar a imunidade parla-mentar ao deputado do PTP-M,José Manuel Coelho, para que estepossa responder perante nas Varasde Competência Mista do Funchal,no âmbito de um processo que re-monta à época em que esteve en-volvido na distribuição de

propaganda na freguesia de Gaula,concelho de Santa Cruz, numa al-tura em que não tinha funções noParlamento madeirense. Por estarazão, não se aplica a imunidadeconferida pelo Estatuto Político-Ad-ministrativo.A decisão foi a votos. Dos 46 votos,oito foram brancos, houve um nulo,

cinco contra e a maioria, 32, forama favor do levantamento da imuni-dade parlamentar. A bancada doPTP-M não fez quaisquer comentá-rios ao resultado da votação.O assunto vai estar, novamente, emdebate, na sessão plenária destaquinta-feira. Na ordem de trabalhos,é o ponto número três. 1

Parlamento levanta imunidade de Coelho

parlamento7 Dívida da RTP. O deputado do PSD-M,

Coito Pita, na sessão plenária de ontem,teceu críticas à dívida da RTP, nomeada-mente, da RTP-M e a respectiva progra-mação. As críticas surgiram no decorrerda apresentação de um voto de protestodo PCP-M sobre a situação do canal regio-nal. O protesto acabou por merecer os vo-tos contra do PSD e os votos a favor dosrestantes deputados da oposição. CoitoPita contestou o facto da RTP receber doEstado três vezes mais do que as autar-quias de Lisboa, Porto, Oeiras, Cascais eAmadora tendo recordado que no passadodia 15, o Estado abateu uma dívida da-quela estação, no valor de 125 milhões deeuros. “O que nos devia preocupar é a si-tuação dos trabalhadores dos órgãos decomunicação social mas temos o direitode questionar se é serviço público umprograma de culinária, um programa so-bre o jet-set e um programa com jornalis-tas, entre tantos outros", afirmou, refe-rindo-se ao canal regional.

7 Projectos em análise. Foi aprovadocom 25 votos a favor, num total de 46 vo-tantes, a única candidatura apresentadapelo PSD-M para a eleição dos represen-tantes da Assembleia Legislativa da Ma-deira no Conselho Económico e Social (na-cional). Também com 25 votos a favor, foiaprovada a candidatura única subscritapelo PSD-M para a eleição do represen-tante do Parlamento regional no Conselhode opinião da Rádio e Televisão de Portu-gal. O PSD-M rejeitou o projecto do PCP-Msobre a criação do programa de combateàs listas de espera cirúrgicas.

Texto: Élia Freitas Fotos: Élvio Fernandes

A Assembleia Legislativa daMadeira aprovou, ontem, por unani-midade, um voto de protesto do PCP-M contra a extinção da lín-gua portuguesa no estrangeiro. Emanuel Gomes, deputado doPSD-M recordou que ao longo destes anos, o Governo tem apos-tado na língua portuguesa. Lamentou que agora o Estado tenharetirado esses apoios e reafirmou a importância da emigração eda aprendizagem da língua portuguesa por parte dos lusos des-cendentes, para “projectar a Madeira lá fora”.

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Tiragem: 15000

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 5

Cores: Cor

Área: 28,83 x 36,31 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39983470 02-02-2012

O deputado do PSD-M, MedeirosGaspar fez, ontem, uma apresenta-ção exaustiva sobre as medidas anti-corrupção a nível nacional e mun-dial.Medeiros Gaspar falava no âmbito

da discussão, na generalidade, do pro-

jecto de decreto legislativo, da autoriado PCP-M, intitulado “Medidas anti-corrupção face aos compromissos re-gionais para a prevenção e combateao problema da corrupção”.Esta discussão ocupou grande

parte da sessão plenária. Edgar Silva,

deputado único do PCP-M apontou anecessidade de criarmedidas para com-bater a corrupção que considera existirna Madeira, tendo reiterado que, “atéhoje, nada foi feito”.Carlos Pereira, do PS-Mcriticou a “falta

de transparência” que considera estar naorigem dos problemas que conduziu aMadeira à actual situação financeira.Medeiros Gaspar apontou que na Re-

gião, “64 entidades apresentaram umprograma de combate à corrupção, in-cluindo a Assembleia”.O deputado justificou a sua apresen-

tação por considerar que a proposta doPCP “está desprovida de conteúdo, porisso, resolvi dar-vos uma definição clarado tema corrupção”.Na oportunidade, apresentou vários

estudos sobre o fenómeno da corrup-ção e apontou algumas situações de ca-rência com que a Justiça se debate, nonosso país, para poder combater estescrimes.Segundo referiu, “a luta contra a cor-

rupção constitui um problema a nívelmundial, não tem fronteiras” e afirmounão ter dúvidas de que “a democracia éapedrejada quando ocorre este tipo deproblemas”. 1

Medeiros Gaspar garante que 64 entidades regionais apresentaram plano de combate à corrupção.

A discussão do projecto de decreto legislativo, da autoria do PCP-M, intitulado “Medidas anti-corrupçãoface aos compromissos regionais para a prevenção e combate ao problema da corrupção” ocupou,ontem, grande parte da sessão plenária, com o deputado do PSD-M a fazer uma apresentação exaustivasobre o tema, por considerar que a proposta do PCP “está desprovida de conteúdo”. O tema vai continuara ser discutido, na sessão de hoje, com início marcado para as 9 horas.

Medeiros Gaspar garanteprogramas anti-corrupção

O Parlamento regional decidiu,ontem, levantar a imunidade parla-mentar ao deputado do PTP-M,José Manuel Coelho, para que estepossa responder perante nas Varasde Competência Mista do Funchal,no âmbito de um processo que re-monta à época em que esteve en-volvido na distribuição de

propaganda na freguesia de Gaula,concelho de Santa Cruz, numa al-tura em que não tinha funções noParlamento madeirense. Por estarazão, não se aplica a imunidadeconferida pelo Estatuto Político-Ad-ministrativo.A decisão foi a votos. Dos 46 votos,oito foram brancos, houve um nulo,

cinco contra e a maioria, 32, forama favor do levantamento da imuni-dade parlamentar. A bancada doPTP-M não fez quaisquer comentá-rios ao resultado da votação.O assunto vai estar, novamente, emdebate, na sessão plenária destaquinta-feira. Na ordem de trabalhos,é o ponto número três. 1

Parlamento levanta imunidade de Coelho

parlamento7 Dívida da RTP. O deputado do PSD-M,

Coito Pita, na sessão plenária de ontem,teceu críticas à dívida da RTP, nomeada-mente, da RTP-M e a respectiva progra-mação. As críticas surgiram no decorrerda apresentação de um voto de protestodo PCP-M sobre a situação do canal regio-nal. O protesto acabou por merecer os vo-tos contra do PSD e os votos a favor dosrestantes deputados da oposição. CoitoPita contestou o facto da RTP receber doEstado três vezes mais do que as autar-quias de Lisboa, Porto, Oeiras, Cascais eAmadora tendo recordado que no passadodia 15, o Estado abateu uma dívida da-quela estação, no valor de 125 milhões deeuros. “O que nos devia preocupar é a si-tuação dos trabalhadores dos órgãos decomunicação social mas temos o direitode questionar se é serviço público umprograma de culinária, um programa so-bre o jet-set e um programa com jornalis-tas, entre tantos outros", afirmou, refe-rindo-se ao canal regional.

7 Projectos em análise. Foi aprovadocom 25 votos a favor, num total de 46 vo-tantes, a única candidatura apresentadapelo PSD-M para a eleição dos represen-tantes da Assembleia Legislativa da Ma-deira no Conselho Económico e Social (na-cional). Também com 25 votos a favor, foiaprovada a candidatura única subscritapelo PSD-M para a eleição do represen-tante do Parlamento regional no Conselhode opinião da Rádio e Televisão de Portu-gal. O PSD-M rejeitou o projecto do PCP-Msobre a criação do programa de combateàs listas de espera cirúrgicas.

Texto: Élia Freitas Fotos: Élvio Fernandes

A Assembleia Legislativa daMadeira aprovou, ontem, por unani-midade, um voto de protesto do PCP-M contra a extinção da lín-gua portuguesa no estrangeiro. Emanuel Gomes, deputado doPSD-M recordou que ao longo destes anos, o Governo tem apos-tado na língua portuguesa. Lamentou que agora o Estado tenharetirado esses apoios e reafirmou a importância da emigração eda aprendizagem da língua portuguesa por parte dos lusos des-cendentes, para “projectar a Madeira lá fora”.

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Tiragem: 18739

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 14

Cores: Cor

Área: 26,16 x 32,64 cm²

Corte: 1 de 2ID: 39976915 02-02-2012

Inês David [email protected]

O crime de enriquecimento ilíci-to só vai ser aplicado aos casosem que rendimentos não justifi-cados excedam 48,5 mil euros –isto é, 100 salários mínimosnacionais (SMN). Só as discre-pâncias acima deste valor ficamsujeitas a uma investigação doMinistério Público (MP) e incor-rem numa pena de prisão até trêsanos, se o arguido for um cida-dão comum, ou cinco anos se fordetentor de um cargo político oupúblico. Pena que subirá paraoito anos se a diferença entre ariqueza detectada e a declaradafoi de valor “manifestamenteelevado”, ou seja, acima de 169,7mil euros (350 SMN). Estes sãoalguns dos pressupostos da pro-posta ontem apresentada pelamaioria para a criminalização doenriquecimento ilícito, depois dequatro meses de impasse, emque PSD e CDS não se entendiamsobre a versão final.

O CDS acabou por ceder eaceitar que o crime se aplicassea todos os cidadãos (na versãooriginal abrangia apenas políti-cos e detentores de cargos pú-blicos) e pediu, em troca, quefosse aprovado o alargamentodos julgamentos rápidos (em 15dias) a todos os crimes em casode flagrante delito.

Mas o PSD entendeu que eranecessário fixar um limite apartir do qual o enriquecimentoilícito é crime (tal como aconte-ce com a fraude fiscal, que só sedá em valores acima dos 14 mileuros). Começou por ponderarfixar o limite dos 50 SMN masacabou por optar pelos 100(48,5 mil euros). A vice-presi-dente do PSD Teresa Leal Coelhoexplicou ao Diário Económicoporquê: “A ideia é a de nos diri-girmos à grande corrupção, aobranqueamento de capitais, co-locando de lado a chamada ba-gatela. É naquela grande cor-rupção que é preciso atacar”.

O limite, contudo, é vistocomo um “pouco elevado” pelolíder parlamentar do CDS/PP. AoDiário Económico, Nuno Maga-lhães reconhece que teria sidomelhor aplicar regra igual à dafraude fiscal. Embora tivessemambos subscrito a proposta on-tem apresentada - que será deba-tida na comissão dos AssuntosConstitucionais - o enriqueci-mento ilícito foi desde sempre umtema de tensão entre PSD e CDS.

O diploma define que “quempor si ou por interposta pessoaadquirir, possuir ou detiver pa-trimónio, sem origem lícita de-terminada, incompatível comos seus rendimentos e bens legí-timos é punido com pena deprisão até três anos.” E o mesmose aplica a funcionário (da ad-ministração pública) e a políti-cos mas com molduras penaisagravadas. A proposta defineque são considerado bens “todoo activo patrimonial existenteno país ou no estrangeiro”, in-

cluindo património imobiliário,quotas, acções ou partes sociaisdo capital de sociedades civis oucomerciais, direitos sobre bar-cos, aeronaves, carteiras de tí-tulos ou contas bancárias.

A aferição do património,explicou ontem em conferênciade imprensa o líder parlamentardo PSD, Luís Montenegro, seráfeita tendo em conta “as decla-rações para efeitos fiscais, querqualquer outro documento quepossa atestar a origem lícita edeterminada desses bens”,como por exemplo o registopredial. E para salvaguardareventuais problemas de incons-titucionalidade - principal crí-tica feita à versão inicial, sobre-tudo do PS - esta nova “propos-ta de substituição” diz preto nobranco que compete ao MP “fa-zer a prova de todos os elemen-tos do crime de enriquecimentoilícito”, desde a posse do bem àorigem lícita. Desta forma, LuísMontenegro diz que estão sal-vaguardados os princípiosconstitucionais do ónus da pro-va e da presunção de inocência.Questionado sobre eventuaisduvidas de constitucionalidadedo Presidente da República, o lí-der da bancada ‘laranja’ mani-festou “convicção profunda”pela conformidade da propostaà Lei Fundamental.

O vice-presidente da banca-da socialista Ricardo Rodriguesdisse ao Diário Económico que oPS (que se opôs desde o início àversão original do PSD) queranalisar primeiro o diploma,afirmando não ter “uma posiçãode princípio a favor ou contra.”

Contactado pelo Diário Eco-nómico, o presidente do Sindi-cato dos Magistrados do MP, JoãoPalma, saúda a criação de umnovo crime no âmbito da cor-rupção mas avisa: “Receio querecaiam no MP responsabilida-des que não possamos responderporque se levantam problemasde investigação e é um crime dedifícil prova.”■ Com A.P.

Maioria apresentou proposta para o crime de enriquecimentoilícito. Caberá ao Ministério Público fazer toda prova.

NOVO DIRECTOR NACIONAL QUER ESTATUTO REMUNERATÓRIO

Minsitra daJustiça foi desdesempre umadefensora dacriação do crimede enriquecimentoilícito e foi PaulaTeixeira da Cruzque motivou agoraeste processo.

LUIS DE SOUSA

Investigador no Instituto de CiênciasSociais e coordenador de um estudosobre corrupção.

“O controlo dosredimentos aindaé precário”

Especialista em combate àcorrupção, Luís de Sousa espera

Enriquecimentoinjustificado sóserá crime acimade 48,5 mil euros

que a criação do crime deenriquecimento ilícito tragamais-valias na luta contra aquelefenómeno, mas consideraque o que está a ser feitono Parlamento “é pouco”,pois são necessárias medidas“a montante”.

Vê eficácia no crime deenriquecimento ilícito?Sou favorável à criação destecrime, mas espero que sejaexequível e que traga mais-valiano combate à corrupção. Jáaconteceu com outros crimes,como o tráfico de influências,não se conseguir depois muitaefectivação, pelo que memantenho céptico.

O que seria necessário para

TRÊS PERGUNTAS A...

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Tiragem: 18739

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 15

Cores: Cor

Área: 15,92 x 8,62 cm²

Corte: 2 de 2ID: 39976915 02-02-2012garantir a exequibilidadedo crime de enriquecimentoilícito?Não pode ser uma medida isolada,têm que ser tomadas outras amontante, nomeadamente ao níveldo controlo dos rendimentos dosdirigentes políticos e públicos.O que está a ser feito agoraé muito pouco. Tem que haver,também, a informatização demuitas bases de dados, sobretudona área patrimonial e nos imóveis.Algumas já estão feitas masé preciso assegurar que asentidades responsáveis pelainvestigação tenham acesso aessas bases de dados, e só meestou a referir ao controlo dosrendimentos dos eleitos. Porqueo cidadão normal nem prestadeclaração de património. Para os

eleitos, que é o que me preocupamais, tem que haver sistemas decontrolo e esse controlo é aindamuito precário.

Podem colocar-se questõesde constitucionalidade coma criação deste novo crime?A questão da constitucionalidadeé um papão e tenho dúvidas quevenham a ser levantadosproblemas. Há, sim, preocupaçõesconstitucionais mas penso quenão serão um entrave de maiorà aplicação do crime, que nãoé inédito e já existe em outrospaíses da Europa - emboranoutras formas - como em Itáliae na Irlanda, que começou por serpara a criminalidade organizadae estendeu-se, depois, aospolíticos. I.D.B.

Investigadorna área do combateà corrupção, Luísde Sousa diz quetêm que ser tomadasmedidas a montante,nomeadamentena informatizaçãode bases de dados.

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A37

Tiragem: 52107

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

Cores: Preto e Branco

Área: 26,68 x 32,33 cm²

Corte: 1 de 2ID: 39977689 02-02-2012

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Page 42: BRIEF Transparência » Revista Semanal 28

Tiragem: 52107

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 21,05 x 8,40 cm²

Corte: 2 de 2ID: 39977689 02-02-2012

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A39

Tiragem: 156337

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 28

Cores: Cor

Área: 21,55 x 30,61 cm²

Corte: 1 de 2ID: 39978274 02-02-2012

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Tiragem: 156337

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 3,06 x 4,20 cm²

Corte: 2 de 2ID: 39978274 02-02-2012

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A41

Tiragem: 59041

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

Cores: Cor

Área: 27,52 x 36,51 cm²

Corte: 1 de 2ID: 40001214 03-02-2012 | Confidencial

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Tiragem: 59041

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 6,00 x 7,87 cm²

Corte: 2 de 2ID: 40001214 03-02-2012 | Confidencial

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Tiragem: 59041

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

Cores: Cor

Área: 27,52 x 36,51 cm²

Corte: 1 de 2ID: 40001214 03-02-2012 | Confidencial

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Tiragem: 59041

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 6,00 x 7,87 cm²

Corte: 2 de 2ID: 40001214 03-02-2012 | Confidencial

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A45

Tiragem: 59041

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 17

Cores: Cor

Área: 10,53 x 36,28 cm²

Corte: 1 de 1ID: 40001268 03-02-2012 | Confidencial

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A46

Tiragem: 59041

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 20

Cores: Cor

Área: 27,11 x 36,60 cm²

Corte: 1 de 1ID: 40001211 03-02-2012

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A47

Tiragem: 59041

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 18

Cores: Cor

Área: 7,21 x 36,96 cm²

Corte: 1 de 1ID: 40001242 03-02-2012

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Tiragem: 59041

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 18

Cores: Cor

Área: 7,21 x 36,96 cm²

Corte: 1 de 1ID: 40001242 03-02-2012

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A49

Tiragem: 106854

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 12

Cores: Cor

Área: 26,63 x 6,17 cm²

Corte: 1 de 1ID: 40000386 03-02-2012

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Page 54: BRIEF Transparência » Revista Semanal 28

Tiragem: 106854

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 12

Cores: Cor

Área: 26,63 x 6,17 cm²

Corte: 1 de 1ID: 40000386 03-02-2012

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A51

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

Cores: Cor

Área: 15,05 x 29,78 cm²

Corte: 1 de 2ID: 40000051 03-02-2012

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Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 7

Cores: Cor

Área: 5,46 x 30,48 cm²

Corte: 2 de 2ID: 40000051 03-02-2012

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A53

Tiragem: 15516

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 30

Cores: Cor

Área: 5,19 x 10,32 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39999733 03-02-2012

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A54

Tiragem: 52107

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 13

Cores: Preto e Branco

Área: 5,49 x 24,54 cm²

Corte: 1 de 1ID: 39999992 03-02-2012

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Tiragem: 52107

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 19

Cores: Cor

Área: 27,09 x 33,72 cm²

Corte: 1 de 2ID: 40000183 03-02-2012

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Tiragem: 52107

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 3,35 x 4,06 cm²

Corte: 2 de 2ID: 40000183 03-02-2012

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Tiragem: 52107

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 19

Cores: Cor

Área: 27,09 x 33,72 cm²

Corte: 1 de 2ID: 40000183 03-02-2012

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Tiragem: 52107

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 3,35 x 4,06 cm²

Corte: 2 de 2ID: 40000183 03-02-2012

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Tiragem: 52107

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 13

Cores: Cor

Área: 26,70 x 8,47 cm²

Corte: 1 de 2ID: 39999984 03-02-2012

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Tiragem: 52107

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 3,10 x 6,94 cm²

Corte: 2 de 2ID: 39999984 03-02-2012

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Tiragem: 52107

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

Cores: Preto e Branco

Área: 11,00 x 33,57 cm²

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Tiragem: 52107

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

Cores: Preto e Branco

Área: 11,00 x 33,57 cm²

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Tiragem: 161374

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Cores: Cor

Área: 16,80 x 33,45 cm²

Corte: 1 de 3ID: 40000862 03-02-2012

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Tiragem: 161374

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 26-27

Cores: Cor

Área: 21,94 x 31,75 cm²

Corte: 2 de 3ID: 40000862 03-02-2012

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Tiragem: 161374

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

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Área: 13,57 x 1,99 cm²

Corte: 3 de 3ID: 40000862 03-02-2012

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Tiragem: 161374

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 26

Cores: Cor

Área: 16,80 x 33,45 cm²

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Tiragem: 161374

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 26-27

Cores: Cor

Área: 21,94 x 31,75 cm²

Corte: 2 de 3ID: 40000862 03-02-2012

Página 67

Page 72: BRIEF Transparência » Revista Semanal 28

Tiragem: 161374

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 13,57 x 1,99 cm²

Corte: 3 de 3ID: 40000862 03-02-2012

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A69

Tiragem: 41435

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

Cores: Cor

Área: 28,45 x 19,34 cm²

Corte: 1 de 1ID: 40021752 04-02-2012

Depoimento de ex-braço direito de Godinho implica José Penedos e Armando Vara

Mariana Oliveira

a Parece estranho, mas durante as três sessões do julgamento da Face Oculta desta semana em que Namér-cio Cunha, ex-braço direito de Manuel Godinho, prestou declarações ouviu-se mais a voz do juiz que preside ao colectivo do que propriamente a do arguido. Nada de anormal, na reali-dade. É que o juiz optou – com a au-torização do gestor – por ler ponto por ponto todas as declarações que o arguido fez durante o inquérito. E confrontá-lo com os mesmos meios de prova que lhe foram então apre-sentados. E este pouco mais fez que confi rmá-las, sem acrescentar gran-des novidades ao que já tinha dito antes.

Foram lidas mais de cem páginas do processo, incluídas em mais de uma dezena de autos de interroga-tório, que foram realizados ao longo de vários meses, entre Novembro de 2009 e Outubro de 2010, dias antes do Ministério Público proferir a acu-sação, a que Namércio Cunha não es-capou. Está acusado de um crime de associação criminosa e um outro de corrupção activa, apesar de muitos falarem do estatuto de arrependido,

uma fi gura que não existe no orde-namento jurídico português. Tal não implica, contudo, que o próprio Na-mércio se tenha considerado um “pau mandado” de Manuel José Godinho, empresário de Esmoriz, concelho de Ovar, que possuiu um impressionante grupo empresarial na área da gestão dos resíduos.

O facto de Namércio ter trabalhado mais de sete anos para Manuel Godi-nho, tendo assumido cargos como o de director-geral da O2, a principal empresa do grupo, na zona indus-trial de Ovar, (onde estão localizadas várias outras sociedades do grupo), faz do gestor uma peça fundamental da acusação, já que conhece bem o modo de funcionamento do universo

empresarial de Godinho, empresário conhecido em Esmoriz como bene-mérito local, que apoia bombeiros e o clube local. Namércio explicou, por isso, o papel de cada um dos outros arguidos que trabalhavam nas empre-sas de Godinho, tendo descrito Paulo Penedos como advogado da SCI e da O2, com acesso a informação privi-legiada dentro da Redes Energéticas Nacionais (REN), então presidida por José Penedos, pai de Paulo. Apesar de nunca ter afi rmado categoricamen-te que a informação privilegiada que Paulo Penedos teria acesso partia do seu pai, José Penedos (igualmente arguido neste processo), Namércio Cunha considerou tal provável e re-latou situações concretas de informa-

ções que lhe chegaram através de Pau-lo Penedos e permitiram ao grupo de Godinho uma vantagem competitiva sobre os restantes concorrentes.

Em muitas das escutas ouvidas no-vamente em tribunal ( José Penedos também foi confrontado com parte delas quando prestou declarações), Paulo Penedos, Manuel Godinho e Namércio Cunha adoptam uma lin-guagem cifrada e, pelo menos uma vez, referem a necessidade de fala-rem “pessoalmente” das boas notí-cias. Godinho repreeende várias vezes Namércio por este ter tomado deci-sões, muitas baseadas em avaliações técnicas, sem o consultar. Em causa estava, por exemplo, o negócio com a EDP Imobiliária na Rua do Ouro em que uma colaboradora de Namércio elabora um orçamento de 300 mil eu-ros, que mais tarde Godinho ordenou que fosse aumentado para quase 720 mil euros. A O2 acabou por conseguir fi car com duas fases da obra, tendo recebido 365 mil euros por isso. Tam-bém o ex-ministro socialista Arman-do Vara é indirectamente visado por Namércio, já que o gestor garantiu ao tribunal que Lopes Barreira, empre-sário e amigo do ex-governante, lhe foi apresentado como a pessoa que iria resolver os diferendos existentes entre o grupo de Godinho e a Refer uma das principais clientes do gru-po. As afi rmações encaixam com o testemunho da antiga secretário de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, que disse ter sido abordada várias vezes por Lopes Barreira para demitir o presidente da Refer.

Namércio Cunha confirmou

ponto por ponto tudo o que

disse durante o inquérito,

período em que se deslocou

mais de dez vezes à PJ para

ser ouvido

Namércio Cunha considera que foi “um pau mandado” de Godinho

ADRIANO MIRANDA

Namércio Cunha, ex-braço direito de Manuel Godinho, começou a prestar depoimento no Palácio da Justiça de Aveiro na terça-feira passada, tendo as últimas três sessões do julgamento da Face Oculta sido praticamente dedicadas à audição deste arguido acusado de associação criminosa e corrupção activa. A advogada do arguido, Dália Martins, estima que o seu cliente continue a prestar declarações durante, pelo menos, mais duas semanas. Depois do juiz presidente do colectivo, Raul Cordeiro, terminar a inquirição, o Ministério Público deverá colocar as suas questões, seguindo-se depois os assistentes e as defesas dos 35 arguidos, muitos dos quais Namércio Cunha implicou. Espera-se que o advogado do ex-presidente das Redes Energéticas Nacionais (REN) José Penedos, Rui Patrício, peça inúmeros esclarecimentos ao antigo braço direito de Godinho, que é o único arguido que até agora implicou indirectamente o seu cliente. Após Namércio Cunha, deverá falar o arguido Paulo Penedos, filho de José Penedos, que já tem três dias reservados. As sessões estão marcadas para os últimos dias de Fevereiro. Dos arguidos que manifestaram intenção de falar nesta fase fica apenas a faltar o empresário Lopes Barreira, amigo de Armando Vara. M.O.

O depoimento Gestor fala pelo menos mais duas semanas

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A70

Tiragem: 41435

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 7

Cores: Cor

Área: 22,87 x 13,47 cm²

Corte: 1 de 1ID: 40021726 04-02-2012

Ana Gomes faz nova queixa sobre submarinos

Luciano Alvarez

A eurodeputada socialista

anunciou que se vai

constituir assistente no

processo do DCIAP

a A eurodeputada socialista Ana Go-mes revelou ontem que vai pedir a sua constituição como assistente no processo judicial à compra de subma-rinos. O processo relativo à compra de submarinos encontra-se ainda em fase de inquérito, sob segredo de justiça, no Departamento Central de Investi-gação e Acção Penal (DCIAP).

Segundo um comunicado do PS, Ana Gomes entregou também uma segunda queixa formal à Comissão Europeia (CE) relativa aos contratos de aquisição dos submarinos e respecti-vas contrapartidas, desta vez com des-tino à Direcção-Geral da Concorrência da CE, sob a direcção do comissário Almunia. A eurodeputada defende que o esquema de contrapartidas de-rivado da aquisição dos submarinos, e contratualmente a executar até Ou-

tubro de 2012, implica na prática um programa de ajudas de Estado a em-presas privadas, o que constitui uma violação do direito comunitário.

Ana Gomes vai também pedir à co-missária Cecilia Malmström, respon-sável pelos Assuntos Internos, incluin-do a luta contra a corrupção, que os contratos dos submarinos e contra-partidas acordados entre o consórcio alemão GSC e o Estado português se tornem “caso de estudo” no quadro da elaboração do Relatório Anticorrup-ção na UE previsto para 2013.

“Foi graças a negócios opacos e lesivos dos interesses do Estado co-mo estes que Portugal se endividou e acabou obrigado a recorrer a resgate fi nanceiro e a sujeitar-se ao duríssi-mo programa de ajustamento orça-mental”, diz a socialista. “O processo judicial sobre o contrato de compra dos submarinos continua parado, depois de terem sido suspeitamente substituídas em 2010 as procurado-ras que promoveram a investigação. A mesma investigação que na Ale-manha conduziu já à condenação de executivos da Ferrostaal por cor-

romperem portugueses”, acrescenta.“À luz do estipulado no contrato, as

contrapartidas deveriam estar conclu-ídas ainda este ano, mas não há avan-ços signifi cativos na execução, além de que a Comissão Permanente das Contrapartidas está hoje ao abando-

no”, disse Ana Gomes, acrescentando não compreender a inacção do Gover-no no sentido de exigir e pressionar as empresas contratantes a cumprir com o contratado, ainda por cima en-contrando-se Portugal num regime de austeridade recessiva.

Ana Gomes afirma que o processo continua parado

NUNO FERREIRA SANTOS

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Tiragem: 106993

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 28

Cores: Preto e Branco

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Tiragem: 106993

País: Portugal

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

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Tiragem: 132175

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

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Área: 4,27 x 7,81 cm²

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Tiragem: 161374

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 29

Cores: Cor

Área: 10,87 x 33,38 cm²

Corte: 1 de 1ID: 40026922 04-02-2012

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Tiragem: 161374

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 34

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Área: 16,55 x 23,11 cm²

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Tiragem: 161374

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

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Área: 27,41 x 34,66 cm²

Corte: 1 de 3ID: 40026876 04-02-2012

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

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Corte: 2 de 3ID: 40026876 04-02-2012

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Tiragem: 161374

País: Portugal

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

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Área: 3,27 x 3,44 cm²

Corte: 3 de 3ID: 40026876 04-02-2012

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Tiragem: 161374

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 30

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Área: 5,48 x 30,92 cm²

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