brief transparência » revista semanal 112

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REVISTA SEMANAL 112 DE 23-12-2013 A 29-12-2013 BRIEFING INTELI|CEIIA » TRANSPARÊNCIA || 2013

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De 23-12-2013 a 29-12-2013

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REVISTA SEMANAL 112

DE 23-12-2013 A 29-12-2013

BRIEFING INTELI|CEIIA » TRANSPARÊNCIA || 2013

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Revista de Imprensa30-12-2013

1. (PT) - Diário Económico, 23/12/2013, PGR recebe queixa-crime sobre subconcessão 1

2. (PT) - Público, 24/12/2013, Arquivada queixa contra Sá Fernandes 2

3. (PT) - i, 24/12/2013, Bragaparques. Sá Fernandes ilibado pela Ordem dos Advogados 3

4. (PT) - Correio da Manhã, 24/12/2013, Ordem ´absolve´ Sá Fernandes 4

5. (PT) - Correio da Manhã, 24/12/2013, Corrupção 6

6. (PT) - Correio da Manhã, 26/12/2013, Ministros saem 7

7. (PT) - i, 26/12/2013, Turquia. Ministro demite-se e sugere a Erdogan que siga exemplo 8

8. (PT) - Sol, 27/12/2013, Razia no Governo da Turquia 9

9. (PT) - Sol, 27/12/2013, Ordem iliba Sá Fernandes 10

10. (PT) - Record, 27/12/2013, Brasil concentrado em diminuir corrupção 11

11. (PT) - Público, 27/12/2013, Suspeitas de corrupção aproximam-se dos fi lhos do primeiro-ministro turco 12

12. (PT) - Jornal de Notícias, 27/12/2013, Renovação não convence 13

13. (PT) - i, 27/12/2013, Turquia. PM reage em força à crise substituindo metade do governo 14

14. (PT) - Diário de Notícias, 27/12/2013, Escândalo de corrupção renova Governo turco 15

15. (PT) - Público, 28/12/2013, Justiça turca desafia tentativas de controlo de Erdogan 16

16. (PT) - i Online, 28/12/2013, Turquia. Tribunal anula decreto que obriga polícia a informar governo deinvestigações - Pag 1 de 2 | iOnline

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17. (PT) - i, 28/12/2013, Turquia. Tribunal anula decreto que obriga polícia a informar governo deinvestigações

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18. (PT) - Expresso, 28/12/2013, Erdogan no seu ponto mais baixo é forçado a mudar meio Governo 20

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A1

Tiragem: 17566

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 31

Cores: Cor

Área: 5,51 x 15,87 cm²

Corte: 1 de 1ID: 51463092 23-12-2013

A eurodeputada socialista naGomes apresentou junto da PGRuma queixa-crime contra incertospor causa da subconcessão dosEstaleiros Navais de Viana doCastelo (ENVC). Na base daqueixa está a consideração que,“na atribuição da subconcessão,por parte do Estado Português,dos terrenos e infraestruturas daempresa pública Estaleiros Navaisde Viana do Castelo (ENVC)ao agrupamento empresarialNavalria/Martifer Energy,anunciada pela administração dosENVC em 18 de Outubro de 2013,terá havido violação de normasque, nos termos do Código Penal,punem a corrupção, o tráfico deinfluência, o abuso de poder, ofavorecimento de interessesprivados”, explicou Ana Gomes.

Estaleiros de VianaPGR recebequeixa-crime sobresubconcessão

Página 1

Page 4: Brief transparência » revista semanal 112

A2

Tiragem: 38013

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 9

Cores: Cor

Área: 5,24 x 29,76 cm²

Corte: 1 de 1ID: 51480760 24-12-2013

O conselho de deontologia da Or-

dem dos Advogados arquivou uma

queixa apresentada há mais de se-

te anos contra o advogado Ricardo

Sá Fernandes pela sua colega de

escritório Rita Matias, no âmbito

do caso Bragaparques. A queixosa

diz que vai recorrer da decisão.

Rita Matias acusa o seu colega de

escritório da violação dos seus de-

veres de sigilo profi ssional e ainda

de ter incorrido num confl ito de in-

teresses, por causa dos encontros

que este teve com o patrão da Bra-

gaparques, o empresário Domin-

gos Névoa, na sequência dos quais

foi condenado por corrupção.

Cliente de Rita Matias, Domin-

gos Névoa manteve encontros se-

cretos com o colega desta com o

objectivo de convencer o irmão

do advogado, o vereador José Sá

Fernandes, a desistir de se opor

publicamente à permuta do Par-

que Mayer pela Feira Popular, a

ser negociada entre a Câmara de

Lisboa e a Bragaparques. Em tro-

ca, o empresário oferecia ao au-

tarca 200 mil euros.

Fingindo interesse na proposta,

o advogado gravou as conversas

com o patrão da Bragaparques,

denunciando-o em seguida às

autoridades. Condenado graças

às gravações, Domingos Névoa

nunca desistiu de ripostar, tendo

processado Ricardo Sá Fernandes

várias vezes, alegando que as gra-

vações que este havia feito eram

ilícitas e que este lhe tinha preju-

dicado a imagem pública. Várias

destas acções aguardam ainda

desfecho.

Apresentou também, juntamen-

te com a sua representante legal,

Rita Matias, queixa no conselho de

deontologia da Ordem dos Advoga-

dos, por entender que Ricardo Sá

Fernandes não podia ter agido da

forma como fez, uma vez que esta-

va a prejudicar os seus interesses

enquanto cliente do escritório por

estar ao serviço da parte contrária

no caso Bragaparques, o seu irmão

José Sá Fernandes.

“O advogado não pode represen-

tar dois ou mais clientes no mesmo

assunto ou em assunto conexo, se

existir confl ito entre os interesses

desses clientes”, estabelece o es-

tatuto da Ordem dos Advogados,

que, no caso das sociedades, alarga

esta norma quer à associação quer

a cada um dos seus membros.

Arquivada queixa contra Sá Fernandes

JustiçaAna Henriques

Página 2

Page 5: Brief transparência » revista semanal 112

A3

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

Cores: Cor

Área: 14,23 x 30,83 cm²

Corte: 1 de 1ID: 51481060 24-12-2013

Página 3

Page 6: Brief transparência » revista semanal 112

A4

Tiragem: 154796

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 20

Cores: Preto e Branco

Área: 15,87 x 21,82 cm²

Corte: 1 de 2ID: 51481801 24-12-2013

Página 4

Page 7: Brief transparência » revista semanal 112

Tiragem: 154796

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 3,25 x 3,11 cm²

Corte: 2 de 2ID: 51481801 24-12-2013

Página 5

Page 8: Brief transparência » revista semanal 112

A6

Tiragem: 154796

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 35

Cores: Cor

Área: 3,61 x 4,17 cm²

Corte: 1 de 1ID: 51481960 24-12-2013

Página 6

Page 9: Brief transparência » revista semanal 112

A7

Tiragem: 154796

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 31

Cores: Cor

Área: 3,61 x 4,97 cm²

Corte: 1 de 1ID: 51495531 26-12-2013

Página 7

Page 10: Brief transparência » revista semanal 112

A8

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

Cores: Cor

Área: 14,34 x 29,39 cm²

Corte: 1 de 1ID: 51495772 26-12-2013

Página 8

Page 11: Brief transparência » revista semanal 112

A9

Tiragem: 50160

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 52

Cores: Preto e Branco

Área: 6,17 x 4,00 cm²

Corte: 1 de 1ID: 51515107 27-12-2013

Página 9

Page 12: Brief transparência » revista semanal 112

A10

Tiragem: 50160

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 50

Cores: Cor

Área: 5,00 x 11,36 cm²

Corte: 1 de 1ID: 51515080 27-12-2013

Página 10

Page 13: Brief transparência » revista semanal 112

A11

Tiragem: 84290

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Desporto e Veículos

Pág: 22

Cores: Cor

Área: 4,80 x 6,36 cm²

Corte: 1 de 1ID: 51515008 27-12-2013

Página 11

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A12

Tiragem: 38013

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 20

Cores: Cor

Área: 27,64 x 31,67 cm²

Corte: 1 de 1ID: 51513683 27-12-2013

UMIT BEKTAS/REUTERS

Suspeitas de corrupção aproximam-se dos fi lhos do primeiro-ministro turco

Erdogan reforçou o Governo com elementos que lhe são leais

Para o primeiro-ministro turco,

Recep Tayyip Erdogan, não há dú-

vidas: o objectivo do inquérito de

corrupção que está a ser conduzido

na Turquia e já chegou a três minis-

tros e ao presidente de um banco

público é alcançá-lo a ele, através

dos seus fi lhos Bilal e Burak, que li-

deram grandes empresas e estariam

prestes a ser detidos. “Se tentarem

chegar a Erdogan, fi carão de mãos

vazias. Como sabem disso, estão a

atacar os ministros”, afi rmou Erdo-

gan, falando de si próprio, depois de

remodelar metade do seu Governo.

Enquanto isto se passava, o procu-

rador que tinha ordenado a prisão

de mais 30 suspeitos por corrupção

denunciou nos media que o inquérito

foi bloqueado.

“Todos os meus colegas e o pú-

blico devem saber que, enquanto

procurador, fui impedido de lançar

um inquérito”, declarou Muammer

Akkas, num comunicado divulgado

pelo jornal em inglês Today’s Zaman,

em que apontava o dedo à polícia.

O Ministério Público usa os agentes

nos inquéritos judiciais, uma vez

que não existe uma polícia judicial

na Turquia, mas na semana passada

foi emitido um decreto que obriga os

chefes de polícia a notifi car os seus

superiores de todas as investigações

iniciadas pelos procuradores — algo

visto como uma forma de limitar a

independência dos tribunais.

A investigação do procurador

Akkas foi travada após vários jornais

noticiarem que os fi lhos de Erdogan

tinham sido convocados a depor. Há

reproduções da convocatória a cor-

rer nas redes sociais. Estaria a ser

destruída documentação compro-

metedora, diziam ainda as notícias.

Segundo a versão turca do Za-

man, a Justiça poderá estar interes-

sada nas relações de amizade entre

o primeiro-ministro, um dos seus

ex-conselheiros, Cuneyt Zapsu, e o

empresário saudita Yassine Al-Qadi

— suspeito de ter ligações à Al-Qaeda.

O correspondente na Turquia do Le

Monde adianta ainda que o Ministério

Público de Ancara terá aberto outro

inquérito, contra a Empresa Nacional

de Caminhos-de-Ferro (TCDD), por

fraude em concursos públicos.

Por trás destas investigações de

corrupção está uma guerra que mi-

na os alicerces do regime conserva-

dor islâmico mas laico — algo como

um país ocidental governado por um

partido democrata-cristão conserva-

dor, como o de Angela Merkel — que

Erdogan e o Partido da Justiça e do

Desenvolvimento (AKP) criaram na

Turquia durante a última década.

Guerra sem tréguas O AKP de Erdogan fi lia-se politica-

mente no movimento transnacional

da Irmandade Muçulmana, fundado

no Egipto em 1928, mas a sua chega-

da ao poder na Turquia deve bastante

aos seguidores do imã Fethullah Gü-

len, que se exilou nos EUA em 1999.

Erdogan e Gülen foram aliados na

construção de uma sociedade turca

islâmica laica, amiga do progresso

económico, e empenharam-se em

desmontar o controlo dos militares

sobre a república turca. Mas Gülen

tornou-se cada vez mais crítico da

forma como Erdogan dirige o país,

e o abismo tornou-se real a partir do

Verão, com a forma brutal como o

primeiro-ministro reprimiu os ma-

nifestantes que tomaram a Praça

Taksim, em Istambul, para protes-

tar contra a destruição de um jardim,

mas muito mais do que isso: contra

as empreitadas faraónicas lançadas

por toda a Istambul, uma série de leis

que interferiam nos comportamento,

como o consumo de álcool na via pú-

blica, e uma percepção geral de cor-

rupção e impunidade de empresas e

fi guras ligadas a Erdogan.

Mas o corte fi nal foi quando o pri-

meiro-ministro ordenou o encerra-

mento das escolas privadas de pre-

paração para os exames de acesso

à universidade – muitas são do mo-

vimento Hizmet (serviço) de Gülen

e uma das suas principais fontes de

fi nanciamento e de recrutamento.

O Hizmet está muito representado

na polícia e na Justiça – diz ter um

milhão de pessoas nestes sectores.

Por isso o avanço do inquérito judi-

cial é encarado como um golpe de

Gülen contra Erdogan. O primeiro-

ministro tem retaliado contra a po-

lícia e o Ministério Público: foram

afastados 170 dirigentes, incluindo

o chefe da polícia de Istambul, e 400

outros polícias.

A quatro meses das eleições muni-

cipais – e com as eleições presiden-

ciais no Verão, e legislativas em 2015

– a guerra fratricida não dá sinais

de abrandar, muito pelo contrário.

“Não haverá tréguas”, prevê o edito-

rialista liberal do diário Vatan Rusen

Cakir. “Pelo contrário, esta guerra

vai tornar-se cada vez mais violen-

ta, vai transformar-se numa luta de

sobrevivência.”

Governo de combateOs novos ministros nomeados por

Erdogan são para um governo de

combate, sem fi guras que se lhe opo-

nham, acusou Kemal Kilicdaroglu, o

líder do CHP, o maior partido da opo-

sição. Efkan Ala, o novo ministro do

Interior, até agora subsecretário do

primeiro-ministro e ex-governador

da província de Diyarbakir (onde vi-

vem sobretudo curdos), é um bom

exemplo – é considerado o cérebro

da repressão das manifestações da

Praça Taksim.

“Não seria incorrecto dizer que,

com esta nomeação, Erdogan assu-

miu pessoalmente as rédeas dos as-

suntos internos”, disse à CNN Turk

Sedat Ergin, colunista do jornal Hür-

riyet. Enquanto subsecretário do

primeiro-ministro, Efkan Ala advo-

gou o uso da força para dispersar os

manifestantes de Istambul e outras

cidades para protestar contra o auto-

ritarismo de Erdogan, diz a Reuters,

citando fontes políticas.

O responsável pelas negociações

com Bruxelas para a adesão à União

Europeia, Egemen Bagis, também

sob suspeita de fraude e corrupção,

foi substituído por Mevlüt Cavuso-

glu, um ex-presidente da assembleia

parlamentar do Conselho da Europa,

mas que é conhecido pelas posições

antieuropeias, diz o Le Monde.

Binali Yildirim, que há 11 anos de-

tinha a pasta dos Transportes — e po-

derá estar sob suspeita, se avançar o

inquérito sobre a Empresa Nacional

de Caminhos-de-Ferro — foi substitu-

ído. Para a Justiça foi escolhido Bekir

Bozdag, um teólogo islâmico cujas

posições suscitam regularmente con-

trovérsia, diz o jornal francês.

30pessoas foram mandadas deter pelo procurador Muammer Akkas quarta-feira, que estaria a investigar os filhos de Erdogan, mas o caso foi bloqueado

Erdogan remodelou metade do seu Governo para fi car rodeado de fi éis e garante que os seus opositores fi carão “de mãos vazias”, se tentarem chegar a ele. A luta interna de poder na Turquia intensifi ca-se

TurquiaClara Barata

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A13

Tiragem: 84905

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 30

Cores: Cor

Área: 17,52 x 21,70 cm²

Corte: 1 de 1ID: 51513845 27-12-2013

Página 13

Page 16: Brief transparência » revista semanal 112

A14

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 29

Cores: Cor

Área: 24,35 x 31,24 cm²

Corte: 1 de 1ID: 51514318 27-12-2013

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A15

Tiragem: 32479

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 24

Cores: Cor

Área: 15,85 x 33,66 cm²

Corte: 1 de 1ID: 51513878 27-12-2013

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A16

Tiragem: 38013

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 23

Cores: Cor

Área: 10,60 x 30,22 cm²

Corte: 1 de 1ID: 51531616 28-12-2013

Alguns membros do AKP de Erdogan deixaram o partido

O Conselho de Estado, a mais alta

instância administrativa da Turquia,

rejeitou o decreto do Governo pa-

ra travar a investigação sobre cor-

rupção em larga escala que já fez

cair ministros e o director de um

banco público. Erdogan queria que

todas as esquadras de polícia pas-

sassem a informar previamente a

respectiva hierarquia dos pedidos

de detenção e de buscas feitos pelo

Ministério Público. A medida era en-

carada como uma forma de interfe-

rir na independência dos tribunais.

Só há sinais de se agudizar a crise

política que esta investigação judi-

cial revela — provocada pelo corte de

relações entre o primeiro-ministro,

Recep Tayyip Erdogan, e o imã Fe-

thullah Gülen, líder de um movimen-

to com ramifi cações a nível mundial,

que apoiou a sua ascensão ao poder

e o ajudou a extirpar a mão de ferro

com que os militares dominavam a

Turquia, intervindo com vários gol-

pes ao longo do século XX.

Outra instituição, o Conselho Su-

premo de Juízes e Procuradores,

que nomeia estes profi ssionais de

justiça e aplica sanções disciplina-

res, pronunciou-se ontem a favor

do procurador Muammer Akkas,

que na quinta-feira se queixou de

ter sido afastado do caso que inves-

tiga — ele não o disse, mas os jor-

nais turcos noticiaram que estaria

Justiça turca desafia tentativas de controlo de Erdogan

prestes a convocar, e talvez deter,

os fi lhos do próprio Erdogan, Bilal

e Burak. O procurador-chefe de Is-

tambul, Turhan Colakkadi, garantiu

que Akkas tinha sido afastado por-

que estava a passar informações aos

media, mas o Conselho Supremo

apoiou-o, condenando também o

decreto que obrigava os polícias a

informar os superiores de todas as

acções, por “violar a Constituição.”

Erdogan respondeu de uma for-

ma que começa a tornar-se carac-

terística: “O Conselho Supremo de

Juízes e Procuradores cometeu um

crime”, afi rmou, num discurso na

Universidade de Sakarya. “Pergunto:

quem vai julgar este Conselho? Se eu

tivesse autoridade para isso, fá-lo ia.”

Mas a actuação de Erdogan não é

unânime dentro do seu próprio par-

tido. Três deputados do Partido da

Justiça e do Desenvolvimento (AKP)

demitiram-se ontem, juntando-se a

outros dois que já se afastaram do

partido conservador islâmico — que

poderia ter um equivalente nas for-

mações democratas-cristãs da Euro-

pa ocidental — desde que rebentou

o escândalo de corrupção, a 17 de

Dezembro, e que eram conotados

com o movimento de Gülen. “Já não

é possível fazer com que ninguém

ouça nada dentro do partido do po-

der”, declarou o ex-ministro da Cul-

tura Ertugrul Günay, que acusou o

AKP de “arrogância”.

O vice-presidente do AKP na cida-

de de Izmir, Erdal Kalkan, foi outro

dos que se demitiram, depois de ter

sido remetido para o comité de disci-

plina do partido por ter considerado

indevida a pressão do Governo sobre

os procuradores que estão a investi-

gar a corrupção na atribuição de ter-

renos para construção, em empreita-

das atribuídas pela TOKI, a agência

governamental para o construção

de habitações a preços controlados.

“Isto não acaba aqui. O nosso povo

honrado vê tudo. Que o árbitro se-

ja o povo”, escreveu no Twitter, ci-

tado pelo jornal em inglês Today’s

Zaman — propriedade de um grupo

de media ligado a Fethullah Gülen.

Os militares, que tantas vezes in-

tervieram para impor a sua ordem

no país, recusam-se a interferir, diz a

AFP. “As Forças Armadas turcas não

querem ser implicadas nos debates

políticos”, afi rmou o Estado-maior

num comunicado divulgado online,

depois de um jornal pró-governa-

mental ter publicado um artigo de

um conselheiro político de Erdogan

que sugeria que o escândalo de cor-

rupção poderia abrir caminho a uma

intervenção militar.

TurquiaClara Barata

Militares garantem não querer “ser implicados nos debates políticos”. Demitem-se deputados do partido no poder

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Turquia. Tribunal anula decreto que obriga polícia a informar governo deinvestigações - Pag 1 de 2 | iOnline

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 28/12/2013

Meio: i Online

Autores: Joana Azevedo Viana

URL: http://www.ionline.pt/artigos/mundo/turquia-tribunal-anula-decreto-obriga-policia-informar-governo-investigacoes

/

Turquia. Tribunal anula decreto que obriga polícia a informar governo de investigações Reuters Exército já prometeu que não vai envolver-se em "discussões políticas" perante escândalo decorrupção entre membros do governo A mais alta instância judicial administrativa da Turquia anulou ontem um decreto governamental queordenava a polícia a informar os seus superiores antes de lançar qualquer investigação. A medida representa mais um duro golpe para o enfraquecido governo de Recep Tayyip Erdogan esurge um dia depois de o primeiro-ministro turco ter despedido metade dos membros do seu gabineteapós três ministros se terem demitido face ao escândalo de corrupção que estalou há dez dias no país. Na quarta-feira, os ministros do Interior, da Economia e do Ambiente apresentaram as suasdemissões depois de os seus filhos terem sido detidos preventivamente sob acusações de teremparticipado numa rede de subornos para aprovação de projectos de construção e ainda num esquemade transferência ilícita de dinheiro para o Irão. Ao anunciar a sua saída imediata do governo do Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP), o ministrodo Ambiente, Erdogan Bayraktar, tido como um dos mais importantes aliados do primeiro-ministro,exigiu que o chefe do governo seguisse o seu exemplo, já que "uma grande porção" dos projectos deconstrução que estão sob investigação foram aprovados por si, sublinhou Bayraktar. Horas depois, na madrugada de quarta-feira para ontem, Erdogan aparecia aos jornalistas com um arcansado para anunciar a dispensa de dez dos seus ministros, quase metade dos 25 membros do seugoverno. À mesma hora, os habitantes de Ancara, a capital, de Istambul e de Esmirna saíam às ruasem protestos renovados, exigindo a saída imediata de Erdogan do poder e a convocação de eleiçõesantecipadas. A par da decisão judicial pelo Conselho de Estado, o exército turco anunciou ontem em comunicadoque não vai intrometer-se em questões políticas, deixando um aviso: "As Forças Armadas da Turquianão querem envolver-se em discussões políticas. Por outro lado, vão seguir atentamente os próximosdesenvolvimentos no que diz respeito à sua identidade corporativa e posições legais dos seusmembros." Dezenas de familiares de membros do governo, agentes da polícia e funcionários do sistema judicialturco já foram detidos desde o início da investigação. Após as primeiras detenções, o procurador deIstambul, Muammar Akkas, denunciou pressões para a abandonar, acusando a polícia de obstruirprocedimentos ao recusar-se a fazer algumas das detenções que Akkas ordenou. 2013, o ano das "conspirações estrangeiras" contra Erdogan Joana Azevedo Viana

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A19

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 33

Cores: Cor

Área: 24,23 x 33,20 cm²

Corte: 1 de 1ID: 51532733 28-12-2013

Página 19

Page 22: Brief transparência » revista semanal 112

A20

Tiragem: 106700

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 26

Cores: Cor

Área: 24,15 x 33,72 cm²

Corte: 1 de 1ID: 51532172 28-12-2013

Página 20