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Transparência 32 REVISTA SEMANAL 27.02 - 04.03_2012

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De 27-02-2012 a 04-03-2012

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Page 1: BRIEF Transparência » Revista Semanal 32

Transparência

32

REVISTA SEMANAL ↘ 27.02 - 04.03_2012

Page 2: BRIEF Transparência » Revista Semanal 32

Revista de Imprensa

05-03-2012

1. (PT) - Jornal de Notícias, 27/02/2012, Apito Parado - MP quer saber porquê 1

2. (PT) - Diário de Notícias, 27/02/2012, Pinto Monteiro diz que não há meios para uma política criminal 2

3. (PT) - Correio da Manhã, 27/02/2012, Corrupção silenciosa 5

4. (PT) - Diário de Notícias, 28/02/2012, PGR culpa juízes pelo insucesso no combate ao crime económico 6

5. (PT) - Diário Económico, 29/02/2012, Pacote anti-corrupção do PS arrisca chumbo no Parlamento 9

6. (PT) - Diário de Coimbra, 29/02/2012, Destaque desproporcional dado a Paulo Penedos 10

7. (PT) - Correio da Manhã, 29/02/2012, Sobrinho pode reaver 18 milhões 11

8. (PT) - Público, 01/03/2012, Advogada de Rui Pedro Soares tenta implicar Cavaco e Ferreira Leite em fugas

do Face Oculta

12

9. (PT) - Jornal de Notícias, 01/03/2012, AR "*pacote da transparência" do PS adiado 14

10. (PT) - Diário de Notícias, 01/03/2012, PSD e CDS aceitam mudar lei criminal 15

11. (PT) - Diário de Aveiro, 01/03/2012, Providência cautelar contra arresto de bens em fase final 16

12. (PT) - Jornal de Notícias, 02/03/2012, Crise é pretexto para Ministério Público apertar cerco à corrupção 17

13. (PT) - Jornal de Notícias, 02/03/2012, "Godinho dava as prendas melhores" 18

14. (PT) - Diário de Aveiro, 02/03/2012, Códigos de ética para reduzir corrupção 19

15. (PT) - Correio da Manhã, 02/03/2012, Ordem vai investigar pagamento a médicos 20

16. (PT) - Correio da Manhã, 02/03/2012, Juiz pede escutas de Sócrates - Entrevista a José Sócrates 21

17. (PT) - Correio da Manhã, 02/03/2012, Álvaro Sobrinho alvo de buscar 24

18. (PT) - Público, 03/03/2012, Prescrevem em média três processos por dia nos tribunais 25

19. (PT) - Correio da Manhã, 03/03/2012, Reunião com FMI 28

20. (PT) - Correio da Manhã, 03/03/2012, Combate à corrupção prioritário 29

21. (PT) - Correio da Manhã, 04/03/2012, "Nâo pode ser subordinado" 31

22. (PT) - Correio da Manhã, 04/03/2012, 300 têm dinheiro em offshores 33

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23. (PT) - Diário de Notícias da Madeira, 04/03/2012, CDU pede inquérito "à corrupção" nas Pescas 34

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A1

Tiragem: 0

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 8

Cores: Cor

Área: 26,92 x 27,72 cm²

Corte: 1 de 1ID: 40424309 27-02-2012

Página 1

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A2

Tiragem: 49755

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 2

Cores: Cor

Área: 26,73 x 33,44 cm²

Corte: 1 de 3ID: 40424138 27-02-2012

Página 2

Page 6: BRIEF Transparência » Revista Semanal 32

Tiragem: 49755

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 3

Cores: Cor

Área: 26,41 x 31,84 cm²

Corte: 2 de 3ID: 40424138 27-02-2012

Página 3

Page 7: BRIEF Transparência » Revista Semanal 32

Tiragem: 49755

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 17,81 x 9,30 cm²

Corte: 3 de 3ID: 40424138 27-02-2012

Página 4

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A5

Tiragem: 161374

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 52

Cores: Cor

Área: 4,95 x 17,33 cm²

Corte: 1 de 1ID: 40425302 27-02-2012

Página 5

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A6

Tiragem: 49755

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

Cores: Cor

Área: 27,36 x 33,35 cm²

Corte: 1 de 3ID: 40441709 28-02-2012

Página 6

Page 10: BRIEF Transparência » Revista Semanal 32

Tiragem: 49755

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 7

Cores: Cor

Área: 28,23 x 32,48 cm²

Corte: 2 de 3ID: 40441709 28-02-2012

Página 7

Page 11: BRIEF Transparência » Revista Semanal 32

Tiragem: 49755

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 6,82 x 9,08 cm²

Corte: 3 de 3ID: 40441709 28-02-2012

Página 8

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A9

Tiragem: 18729

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 40

Cores: Cor

Área: 21,24 x 16,85 cm²

Corte: 1 de 1ID: 40459558 29-02-2012

Inês David [email protected]

A maioria dos projectos do pacoteanti-corrupção do PS deverá re-ceber a oposição do PSD e do CDS.O deputado social-democrataHugo Velosa disse ontem ao Diá-rio Económico que o PSD “não éfavorável” à maioria das propos-tas, argumentando que na dis-cussão na especialidade não fo-ram feitas “alterações à essência”dos projectos.

Ainda assim, o deputado ‘la-ranja’ não quis assumir já o votocontra, dado que os deputados daComissão dos Assuntos Constitu-cionais tinham uma reunião mar-cada para ontem (à hora do fechodesta edição) com a direcção dabancada para decidir a votaçãoem cada um dos seis projectos delei do PS. A votação foi adiada nasemana passada para hoje porquefaltavam pareceres das assem-bleias regionais e corre o risco deser adiada mais uma semana, seos pareceres, entretanto, nãochegarem, disse ontem ao Diário

Económico o deputado do PS Ri-cardo Rodrigues, que admite quea maioria “chumbe quase todas aspropostas” do pacote do PS. Odeputado reconhece que os di-plomas “não sofreram alterações”na especialidade e que a maioria“sempre se opôs” aos mesmos.

Na generalidade, PSD e CDSmanifestaram sérias reservas aosdiplomas, por considerarem queeram alterações “pontuais” e“sem significado”, não resolven-do o problema da corrupção. Atéporque, alegaram, muitas das al-terações estavam já previstas nalei e criavam “desequilíbrios ins-titucionais”. Na altura, a maioria,explicou Hugo Velosa, decidiuabster-se e deixar passar os di-plomas à especialidade “porqueestava em discussão a criação docrime de enriquecimento ilícito”,que viria a ser aprovado com osvotos a favor de todos os partidos,à excepção do PS. Posição que po-derá dar agora argumentos àmaioria que sustenta o Governopara travar o pacote do PS.

Entre outras propostas cons-

tantes no “Pacote da Transparên-cia”, prevê-se o reforço do con-trolo dos processos de privatiza-ção, dando poderes à comissão deacompanhamento das medidas da‘troika’, intenção liminarmenteafastada pelo PSD e CDS. O PSquer ainda apertar o controlo dafiscalização do financiamento dospartidos e das campanhas, pro-posta que o PSD considerou poucoousada. A maioria recebeu tam-bém com reservas a intenção doPS de generalizar a mais serviçosdo Estado (incluindo à Presidênciada República) a elaboração de có-digos de conduta, bem como aobrigação de os membros do gabi-nete do chefe de Estado fazeremdeclarações de interesse. Os so-cialistas querem também impedi-dos os deputados de serem advo-gados em acções em que interve-nham a favor do Estado. Propostatambém mal recebida na maioria.A medidas que recebeu maiorabertura do PSD diz respeito à de-finição de regras mais clarasquando o Estado recorre ao‘outsourcing’.■

Pacote anti-corrupção do PSarrisca chumbo no ParlamentoPSD pode deixar passar alguma medida mas mantém reservas sobre a essênciado Pacote da Transparência do PS. Votação na especialidade marcada para hoje.

PACOTE DA TRANSPARÊNCIA

● Apertar os prazos parao Tribunal Constitucional sepronunciar sobre financiamentodos partidos e campanhas.

● Das à comissãode acompanhamento da ‘troika’poder para ‘vigiar’ processosde privatização.

● Criar lei da transparênciaactiva da informação, obrigandoas entidades públicas a dar todaa informação relevante.● Reforçar as incompatibilidadesdos titulares de cargos políticose altos cargos públicos.

● Todos os órgãos, incluindoPresidência, têm que ter códigode conduta anti-corrupção.

● Obrigação de apresentaçãode declarações de rendimentosmesmo três anos apósa cessação da função pública.

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A10

Tiragem: 10321

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 24

Cores: Preto e Branco

Área: 9,22 x 19,71 cm²

Corte: 1 de 1ID: 40461261 29-02-2012

PROCESSO FACE OCULTA

Destaque “desproporcional”dado a Paulo Penedos

�O advogado Ricardo Sá Fernan-des, que defende o arguido PauloPenedos no processo Face Oculta,considerou ontem «despropor-cional» o destaque que está a serdado ao seu cliente no julgamentoa decorrer no Tribunal de Aveiro.

«Paulo Penedos está acusadode um crime e parece que este jul-gamento gira à volta dele», disseRicardo Sá Fernandes, após oconjunto de questões colocadaspelo procurador do MinistérioPúblico sobre a relação familiarque existia entre Paulo Penedos eo gestor Lopes Barreira, co-argui-do no processo.

Lopes Barreira era primo damãe de Paulo Penedos, mas oarguido afirmou nunca ter referi-do essa relação familiar ao empre-sário das sucatas Manuel Godi-nho, principal arguido no caso.

No final da sessão da manhã, oadvogado Ricardo Sá Fernandesesclareceu a sua intervenção nasala de audiências, afirmando quese tratou de «um desabafo». «O dr.Paulo Penedos responde por umcrime no quadro de muitas deze-nas de crimes que estão em apre-ciação neste julgamento. Parece-me um bocadinho desproporcio-nal tanto enfoque no dr. PauloPenedos», acrescentou o causídico.

Paulo Penedos, filho do ex-pre-sidente da REN José Penedos,igualmente arguido neste proces-so, retomou ontem o seu depoi-mento, que tinha sido interrom-pido há mais de três meses, porforça da ausência do seu defensor.

Durante a sessão da manhã, o

arguido, que é advogado de pro-fissão, voltou a falar sobre as suasfunções nas empresas de ManuelGodinho, reafirmando que a suaactividade era a de um «advogadode empresas».

O procurador quis saber se,quando falou com Manuel Godi-nho, Paulo Penedos se teria dispo-nibilizado para tratar dos assun-tos da REN, na altura em que aempresa estatal era dirigida peloseu pai, ao que o arguido respon-deu que não falaram de empresasespecíficas, mas sim de áreas deactuação.

«Tenho o pai que tenho. Éuma pessoa pública, conhecida.Posso renegar as minhas ori-gens? Tenho de deixar de traba-lhar por ser filho de José Pene-dos?», questionou.

Interrogado sobre qual teriasido a sua intervenção nos assun-tos relacionados com a REN, oarguido reafirmou que tratavados «assuntos estratégicos», eassegurou nunca ter falado comninguém da empresa, para «nãoconstranger ninguém».

Paulo Penedos responde porum crime de tráfico de influênciadevido a supostos favorecimen-tos em concursos da REN a trocode contrapartidas.

O processo Face Oculta estárelacionado com uma alegadarede de corrupção que teria comoobjectivo o favorecimento do gru-po empresarial do sucateiroManuel Godinho, nos negócioscom empresas do sector empresa-rial do Estado e com privadas. l

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A11

Tiragem: 161374

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 22

Cores: Cor

Área: 21,50 x 23,98 cm²

Corte: 1 de 1ID: 40460255 29-02-2012

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A12

Tiragem: 41435

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 9

Cores: Cor

Área: 22,65 x 21,29 cm²

Corte: 1 de 2ID: 40486547 01-03-2012

Advogada de Rui Pedro Soares tenta implicar Cavaco e Ferreira Leite em fugas do Face Oculta

Mariana Oliveira

Ex-administrador da PT

acusa o Correio da Manhã de

ter escondido nomes que diz

terem sido identificados pela

Polícia Judiciária

a A advogada de Rui Pedro Soares, ex-administrador da PT e arguido no processo Taguspark (que surgiu de uma certidão do inquérito Face Ocul-ta), tentou ontem implicar o Presi-dente da República, Cavaco Silva, e a ex-líder do PSD Manuela Ferreira Leite nas fugas de informação do processo Face Oculta. Num requeri-mento ditado para a acta, a advoga-da Ana Grosso Alves, que representa Rui Pedro Soares, que se constituiu assistente no processo Face Oculta, pediu ao colectivo que extraísse uma cópia certifi cada do inquérito sobre as alegadas fugas de informação no Face Oculta, que foi arquivado há uns meses pelo Departamento de Investi-gação e Acção Penal de Lisboa.

“Para mostrar a relevância da certi-dão nestes autos desde já se esclarece que este inquérito se cingiu a analisar suspeitas de uma alegada violação do segredo de justiça, tendo estado em causa o conhecimento prévio que ale-gadamente o Drº. Rui Pedro Soares, o Professor Aníbal Cavaco Silva e a Drª. Manuela Ferreira Leite teriam das escutas em causa”, ditou Ana Grosso Alves.

O juiz não percebeu a pertinên-cia do requerimento, esclarecendo que no Face Oculta não estão a ser julgados factos relativos a alegadas fugas de informação nesse mesmo processo. E além de indeferir o so-

licitado multou a advogada em duas unidades de conta, ou seja, 204 eu-ros. Vários advogados estranharam o requerimento da colega, que não tem assistido habitualmente às audiências do julgamento, quase na 30.ª sessão. À saída do tribunal, o arguido Paulo Penedos, que ontem esteve durante todo o dia a responder a perguntas do seu advogado, comentou que o “fo-guetório político que mais não serve do que vitimizar algumas pessoas”.

Contactado pelo PÚBLICO, Rui Pe-dro Soares acusa o Correio da Manhã de ter escondido o nome de pessoas identifi cadas pela PJ. “O Correio da Manhã e a sua jornalista Tânia Laran-jo dizem sistematicamente que eu ti-ve conhecimento prévio do processo Face Oculta – processo no qual, lem-bro, nunca fui arguido e nunca esti-ve sob escuta”, enfatiza. E completa: “Mas a verdade é que a PJ afi rmou suspeitar que outras pessoas, cujos

nomes identifi cou, tiveram também conhecimento prévio do processo Fa-ce Oculta. O Correio da Manhã tem de explicar a razão pela qual escondeu até hoje outros nomes sobre os quais a PJ disse haver suspeitas de conhe-cimento prévio”.

Tânia Laranjo remeteu para a di-recção do Correio da Manhã uma re-acção, tendo o director-adjunto do diário, Eduardo Dâmaso, referido apenas que a afi rmação “é totalmente falsa”. O PÚBLICO falou ainda com di-versas fontes ligadas à investigação do inquérito às fugas de informação que negam que Cavaco Silva ou Manuela Ferreira Leite alguma vez tenham sido suspeitos de violação do segredo de justiça. Alguns admitiram, contudo, que possa haver alguma referência neste processo, eventualmente feita por inspectores da Polícia Judiciária, ao facto de Ferreira Leite e Cavaco Sil-va estarem a par do alegado plano de Sócrates para controlar a TVI.

O Diário de Notícias noticiou em Fe-vereiro de 2010, que a presidente do PSD estava, desde Junho de 2009, a par dos pormenores do negócio PT/TVI. Em causa estavam as conversas entre Rui Pedro Soares e Paulo Pene-dos – captadas no Face Oculta – que envolviam a líder social-democrata, que estaria, paralelamente, a ser in-formada do negócio através “dos On-going” e “do [ José Eduardo] Moniz”. Na altura, Ferreira leite não negou que estaria a ser informada e limitou-se a dizer: “Se fui informada, isso só prova que de facto o esquema estava a ser montado e que o crime estava a ser cometido”. O PÚBLICO tentou obter ontem uma reacção de Manue-la Ferreira Leite e da Presidência da República, mas tal não foi possível. com Leonete BotelhoRui Pedro Soares, ex-administrador da PT, e arguido no caso Taguspark

Depois das insistências, Paulo Penedos admitiu que tinha sido avisado que estava a ser escutado, como tem sustentado o MP que ontem pediu para ouvir várias escutas que comprovariam uma mudança no seu padrão de conversas. Mas recusou-se a identificar quem lhe disse isso. A advogada de Rui Pedro Soares parecia ter ido ao audiência fazer só uma pergunta: “Foi Rui Pedro Soares que o informou que estava a ser escutado?” Ricardo Sá Fernandes aconselhou Penedos a não responder e este repetiu que não dizia porque já tinha processos que chegassem e não queria ser acusado de denúncia caloniosa.

Penedos admite aviso

RUI GAUDÊNCIO

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Page 16: BRIEF Transparência » Revista Semanal 32

Tiragem: 41435

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 5,71 x 6,24 cm²

Corte: 2 de 2ID: 40486547 01-03-2012

Face Oculta

Advogada tentou implicar Cavaco e Ferreira Leitea Advogada de Rui Pedro Soares, ar-guido no caso Tagus Park, tentou on-tem implicar Cavaco Silva, e Manuela Ferreira Leite, nas fugas de informa-ção do Face Oculta, mas o juiz chum-bou requerimento. c Portugal, 9

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A14

Tiragem: 107589

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 27

Cores: Cor

Área: 4,27 x 6,87 cm²

Corte: 1 de 1ID: 40486272 01-03-2012

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Page 18: BRIEF Transparência » Revista Semanal 32

A15

Tiragem: 49755

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 13

Cores: Cor

Área: 4,85 x 11,72 cm²

Corte: 1 de 1ID: 40485892 01-03-2012

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A16

Tiragem: 7014

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 2

Cores: Cor

Área: 17,89 x 19,66 cm²

Corte: 1 de 1ID: 40486818 01-03-2012

� O tribunal de Aveiro ouviu,ontem, as alegações finais do jul-gamento da providência cautelarcontra o arresto preventivo debens a Paulo Penedos e a outrosdois arguidos do processo FaceOculta. Em causa está uma medi-da cautelar pedida, no âmbito des-te processo, a nove arguidos quealegadamente receberam quanti-as em numerário que “não sãocongruentes com os seus rendi-mentos lícitos”.

No caso de Paulo Penedos, aacusação diz que o arguido, queestá acusado de um crime de tráfi-co de influências, terá alegada-

mente recebido 256 mil euros emnumerário, entre Janeiro de 2008 eJaneiro de 2010.

O Ministério Público presumeque esta quantia constitua uma“vantagem de actividade crimino-sa” e solicitou que a mesma fossedeclarada perdida a favor do Es-tado, requerendo o arresto de umacasa em Coimbra e duas em VilaNova de Poiares, para além de umterreno neste concelho.

Os outros dois arguidos queinterpuseram uma providênciacautelar para impedir o arrestodos bens são Lopes Barreira(gestor e amigo do ex-ministroArmando Vara, coarguido no pro-cesso) e Namércio Cunha (ex-

braço direito do sucateiro Ma-nuel Godinho, o principal ar-guido).

O gestor Lopes Barreira, queresponde por três crimes de tráfi-co de influências, terá recebido 242mil euros em numerário e temarrestada a sua moradia em Cas-cais, enquanto Namércio Cunhasupostamente recebeu 82 mil eu-

ros e tem arrestada a sua casa emOliveira do Bairro.

Namércio Cunha, que está acu-sado de um crime de associaçãocriminosa e outro de corrupçãoactiva para acto ilícito, foi o únicoarguido a quem o tribunal devol-veu a caução de 25 mil euros que omesmo tinha sido obrigado apagar como medida de coacção.l

Providência cautelar contra arresto de bens em fase finalAs alegações finais do julgamento da providência cautelar foram ouvidas ontem no tribunal de Aveiro

FACE OCULTA

O PROCESSO Face Oculta decorre no Tribunal de Aveiro

ARQUIVO

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A17

Tiragem: 107589

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 7

Cores: Cor

Área: 26,89 x 29,95 cm²

Corte: 1 de 1ID: 40510458 02-03-2012

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A18

Tiragem: 107589

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 13

Cores: Cor

Área: 8,86 x 13,66 cm²

Corte: 1 de 1ID: 40510599 02-03-2012

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Page 22: BRIEF Transparência » Revista Semanal 32

A19

Tiragem: 7014

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 29

Cores: Preto e Branco

Área: 17,98 x 18,64 cm²

Corte: 1 de 1ID: 40516764 02-03-2012

Códigos de éticapara reduzircorrupção� O Governo aprovou ontemem Conselho de Ministros umquadro de referência para a ela-boração de códigos de condutae ética para funcionários atodos os níveis das administra-ções públicas: central, regional,local e empresas do Estado.

O Governo definiu «os prin-cípios e regras» que deverãoconstar destes códigos, disse osecretário de Estado da Presi-dência, Luís Marques Guedes,numa conferência de imprensaapós a reunião semanal do con-selho de ministros. Os códigosde conduta visarão reduzir «osriscos de corrupção» e aumen-tar a transparência na admi-nistração pública.

Marques Guedes frisou queos códigos de conduta e éticanão substituem, mas antes«complementam», os regula-mentos disciplinares dos fun-cionários públicos. «Os códigosde conduta e ética têm a ver comboas práticas, que podem ounão dar azo a processos disci-plinares. O que se pretende é tercódigos de conduta em todos osserviços, todas as áreas das

administrações públicas – cen-tral, regional, local e tambémsectores empresariais públi-cos», disse Marques Guedes.

No mês passado, o Ministé-rio da Justiça anunciou queuma das regras dos códigos deconduta e ética para a funçãopública seria uma limitação dereceber ofertas de valor superi-or a 150 euros.

Na altura, o presidente doSindicato dos Quadros Técni-cos do Estado (STE) disse que asregras existentes já são maisrestritivas que o limite que ogoverno agora quer impor.«Qualquer trabalhador [dafunção pública] que receba oque quer que seja leva um pro-cesso disciplinar, que pode dardespedimento», disse à Lusa,Bettencourt Picanço.

LUSA

COM O OBJECTIVO DE AUMENTAR TRANSPARÊNCIA NA FUNÇÃO PÚBLICA

Verbas do QREN“desviadas”para dinamizarcompetitividade

�O Conselho de Ministrosaprovou ontem a reorientaçãode fundos do Quadro de Refe-rência Estratégico Nacional(QREN) para programas desti-nados a «dinamizar a competi-tividade e o emprego», disse oministro da Economia, ÁlvaroSantos Pereira.

«O QREN é fundamentalpara Portugal, para a nossaeconomia. Neste momento dediminuição de liquidez, é umafonte de financiamento, essen-

cial não só para construirinfra-estruturas importantespara o país mas principalmen-te para dinamizar a competiti-vidade da economia nacional»,afirmou Santos Pereira emconferência de imprensa, nofinal da reunião do Conselhode Ministros.

Esta reprogramação já estava prevista e destina-se a«focarmos fundos na competi-tividade, apostando na forma-ção, no ensino profissional, nocapital humano, na internacio-nalização da economia nacio-nal», acrescentou o ministro.

O QREN é o instrumentoatravés do qual são canalizadosos fundos comunitários paraprojectos a nível nacional. l

ÁLVARO SANTOS PEREIRA E LUÍS MARQUES GUEDES apresentaram resoluções do Conselho de Ministros

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Page 23: BRIEF Transparência » Revista Semanal 32

A20

Tiragem: 161374

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 20

Cores: Preto e Branco

Área: 21,34 x 26,12 cm²

Corte: 1 de 1ID: 40511524 02-03-2012

Página 20

Page 24: BRIEF Transparência » Revista Semanal 32

A21

Tiragem: 161374

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 26

Cores: Cor

Área: 27,07 x 32,94 cm²

Corte: 1 de 3ID: 40511546 02-03-2012

Página 21

Page 25: BRIEF Transparência » Revista Semanal 32

Tiragem: 161374

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 27

Cores: Cor

Área: 12,47 x 25,97 cm²

Corte: 2 de 3ID: 40511546 02-03-2012

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Page 26: BRIEF Transparência » Revista Semanal 32

Tiragem: 161374

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 26,43 x 2,62 cm²

Corte: 3 de 3ID: 40511546 02-03-2012

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A24

Tiragem: 161374

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 30

Cores: Cor

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Justiça Prescrições diminuíram 58 por cento entre 2008 e 2010

Dez magistrados foram investigados por causa da prescrição de processos em 2010

Prescrevem em média três processos por dia nos tribunaisMais de cinco mil arguidos escaparam a eventual condenação nos últimos três anos devido à prescrição dos crimes

a Todos os dias, há três processos-crime que prescrevem nos tribunais portugueses. Cerca de metade diz respeito a “legislação avulsa” referen-te a crimes que não estão tipifi cados no Código Penal e têm um prazo de prescrição mais curto.

Entre 2008 e 2010, foram 5341 os arguidos acusados de terem cometi-do crimes que acabaram por não ser condenados porque os seus proces-sos prescreveram, referem dados do Ministério da Justiça quanto a proces-sos na fase de julgamento fi ndos nos tribunais de primeira instância.

Metade dessas prescrições obser-vou-se em crimes que constam em leis avulsas autónomas dos códigos. Em primeiro lugar, estão os crimes de emissão de cheque sem provisão, seguidos dos crimes fi scais e de con-dução sem habilitação legal. A seguir estão os crimes contra o património e contra as pessoas.

Os dados disponíveis revelam con-tudo que, tanto o número de arguidos, como de prescrições, baixou de forma evidente de ano para ano desde 2008. Nos últimos três anos, a percentagem desse decréscimo é de 58,2%.

Uma nota que acompanha as es-tatísticas da justiça explica que a va-riação de arguidos não condenados observada entre 2008 e 2009 (bai-xou de 2673 para 1552) pode, segundo alguns tribunais, ser atribuída a um acórdão do Tribunal Constitucional publicado em 2008. Em 2010, esse número diminuiu para 1116. Este acór-dão declara com força obrigatória ge-ral a inconstitucionalidade da norma que determinava que a prescrição do procedimento criminal era suspensa com a declaração de contumácia (re-lativamente às pessoas que se recu-sam a apresentar-se em tribunal para serem julgadas). Como resultado, os prazos de prescrição em muitos pro-cessos (que variam consoante o tipo de crime) foram encurtados, termi-nando por esse motivo.

Dados da Procuradoria-Geral da República indicam que também di-minuíram os inquéritos instaurados aos magistrados para averiguação de factos relacionados com a prescrição do procedimento criminal. De 11, em 2009, baixaram para sete, em 2010, voltando a aumentar para 10, em 2011. Destes apenas um foi converti-do em processo disciplinar e a outro aplicada uma pena de multa, tendo

Paula Torres de Carvalhosido os restantes arquivados. No ano anterior, em 2010, três daqueles pro-cessos foram transformados em pro-cessos disciplinares com aplicação da pena de multa e foi aplicada uma pena de advertência. Em 2009, três dos 11 processos foram convertidos em processos disciplinares. Os res-tantes foram arquivados.

No que respeita aos magistrados judiciais, há notícia de apenas uma sanção disciplinar aplicada a um juiz “relacionada com um caso de pres-crição num processo de natureza cri-minal”, segundo o Conselho Superior da Magistratura (CSM).

“Inefi ciência do sistema”Em Março do ano passado, um rela-tório da Transparência e Integrida-de, Associação Cívica (TIAC), o ponto de contacto nacional da organização não governamental Transparency In-ternational, alertava para o facto de muitos acusados de corrupção fi ca-rem impunes devido à prescrição dos processos judiciais.

O seu presidente, Luís de Sousa, considerava então que “a prescrição de processos-crime de corrupção não só demonstra a máxima inefi ciência do sistema judicial e judiciário em

Paula Teixeira da Cruz e João Palma, ontem, em Vilamoura

LUÍS COSTA / STILLS

A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, defendeu ontem na sessão de abertura do IX Congresso do Ministério Público (MP), em Vilamoura, que as garantias de defesa dos arguidos, nomeadamente as hipóteses que dispõem de recorrer das decisões judiciais, não podem impedir a punição.

Perante uma plateia de magistrados, a ministra defendeu que uma decisão condenatória em primeira instância deve suspender o prazo de prescrição, sugestão que irá integrar a proposta de lei com alterações ao Código Processual Penal, que o Governo deverá enviar em breve para a Assembleia da República. Paula Teixeira da Cruz adiantou que uma versão revista do código será enviada aos conselhos superiores do MP e da magistratura no início da próxima semana. “O reconhecimento

de que ao arguido devem e, efectivamente, são asseguradas todas as garantias de defesa não pode operar como fundamento da extinção da responsabilidade criminal do agente, impedindo a sua punição”, afirmou a ministra.

Ontem, Teixeira da Cruz anunciou ainda que vai propor que os comerciantes sejam obrigados a custear uma acusação particular se quiserem punir os autores de pequenos furtos nos seus estabelecimentos, quando os produtos roubados se encontravam expostos e acessíveis ao público.

A governante sublinhou que a justiça penal é a última ratio e, por isso, “não deve ser chamada a intervir nestes casos, sem que o ofendido deduza ele próprio a acusação”. De fora ficam os furtos praticados em grupo ou os casos que impliquem qualquer tipo de violência. M.O.

Condenação deve suspender prescriçãoMinistra introduzirá mudança no Código Penal

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prosseguir com a punição dos agen-tes deste crime, como transmite a ideia da sua fácil manipulação por certos arguidos dotados de maior in-fl uência política ou económica”. Com base num relatório sobre “o impacto dos regimes legais de prescrição no combate à corrupção”, a TIAC reco-mendava “a criação de novos funda-mentos de suspensão e interrupção dos prazos de prescrição, como a suspensão dos prazos em casos de pedidos de cooperação bilateral, ou cartas rogatórias, ou o recurso para Tribunal Constitucional”.

O não exercício de um direito pode levar à sua perda. É o que se verifi ca em certo tipo de prescrições. Outras, são a consequência da demora da jus-tiça e, em certos casos, dos abusos em que são criados incidentes para ganhar tempo nos processos.

Para o bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho e Pinto, estes abusos só se verifi cam porque “os tribunais não decidem em tempo útil”. O verdadeiro problema, acu-sa, em declarações ao PÚBLICO, “está nos magistrados”, que “demo-ram anos a decidir” os processos. As chamadas manobras dilatórias “não são a causa, mas a consequência da

ADRIANO MIRANDA

morosidade da justiça”, observa. O juiz Manuel Ramos Soares, vice-

presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, aponta duas causas principais da prescrição de processos: a primeira, a “excessiva morosidade do inquérito”, que leva, por vezes, os procuradores a acusar quando os processos estão prestes a prescrever e os juízes a não terminar os julgamentos porque, entretanto, os processos prescrevem. Uma pers-pectiva rejeitada por Rui Cardoso, do Sindicato dos Magistrados do Ministé-rio Público (SMMP) que assegura que as prescrições em fase de inquérito são “raríssimas”.

As “manobras” dos advogados para ganharem tempo nos proces-sos são apontadas como o segundo grande motivo das prescrições por Ramos So-ares. Há ainda outros casos em que os juízes têm um excesso de processos aos quais não conseguem dar resposta, como acontece no tribunal de Santa Cruz, na Madeira, em que cada magistrado tem 8000 pro-cessos. “É impossível que não prescrevam”, diz.

No Tribunal Administrativo do Sul

Mais de mil milhões de euros reivindicados em pedidos de indemnização ao Estado

a O número é surpreendente: 1017 milhões de euros. Este foi o montante que cidadãos e empresas reivindica-ram, em pedidos de indemnizações, ao Estado entre 2009 e 2011 junto do Tribunal Central Administrativo (TCA) do Sul, um dos dois existentes no país. Os números foram compila-dos pelo procurador Amadeu Guer-ra, que coordena a actividade do Ministério Público naquele tribunal e foram apresentados ontem numa comunicação feita no IX congresso da classe que decorre até amanhã, em Vilamoura.

Os pedidos de indemnização que visam o Estado tem vindo a crescer desde 2008 no TCA do Sul. Nesse ano foram intentadas, segundo os núme-ros apresentados, 105 processos no valor global de 51,9 milhões de euros. No ano seguinte o número de proces-sos cresceu e o valor das indemniza-ções mais do que quadruplicou, para os 222 milhões de euros. Em 2010, os 157 pedidos de compensação entra-dos totalizavam mais de 295 mil euros um número que, no ano passado, su-biu para 500,5 milhões de euros.

Entre estes casos estão pedidos de indemnização de alguns clientes do Banco Privado Português que recor-reram aos chamados “produtos de retorno garantido” e querem agora uma indemnização do Estado por, alegadamente, este não ter cumpri-do o seu papel de fi scalizador. Outro caso, já julgado e em que o Estado foi condenado a pagar uma indemniza-ção superior a um milhão de euros,

diz respeito aos danos provocados por uma embarcação da Marinha que embateu contra viveiros de ostras.

O procurador Amadeu Guerra de-monstrou que grande parte deste montante, que daria para pagar os dois submarinos que o Estado portu-guês adquiriu a um consórcio alemão, não deverá sair dos cofres do Estado. Isto porque normalmente o tribunal indefere a maioria das pretensões de quem se considera lesado e pede uma indemnização ao Estado.

Em 2010, dos 97 pedidos julgados pelo tribunal mais de 83% foram re-jeitados pelos juízes. No ano seguinte o universo desceu para 52 casos jul-gados e a taxa de indeferimento fi cou ligeiramente abaixo dos 80% (78,8%).

Nesses dois anos os casos julgados envolviam, no total, cerca de 210 mi-lhões de euros, tendo o Estado sido condenado a pagar pouco mais de dois milhões, ou seja, menos de um por cento do valor reivindicado.

Mesmo assim, o procurador Ama-deu Guerra considera que o aumento do valor e do número dos pedidos de indemnização deveria levar o Estado a refl ectir. “Está na hora de se pon-derar se fará sentido criar um depar-tamento de contencioso do Estado”, afi rmou, defendendo que, no actual quadro do país, só fará sentido avan-

çar com estas unidades se se concluir que tal permite poupar dinheiro dos contribuintes.

O magistrado recordou que em Dezembro de 2007 foram introduzi-das alterações relevantes no domínio do regime da responsabilidade civil extracontratual do Estado e demais entidades públicas, o que explica em grande parte o aumento de casos.

O procurador queixa-se da actu-ações de vários ministérios. “Pode dizer-se que em relação à acções em que os elementos são solicitados aos ministérios nem sempre a coopera-ção e disponibilidade é a mesma”. Amadeu Guerra diz que há situações em que foi possível estabelecer um diálogo pronto e efi caz e de mútua colaboração. “Tem sido possível, em alguns casos, estabelecer contactos pontuais em relação a processos de especial complexidade em que tive-ram intervenção a Presidência do Conselho de Ministros, como acon-teceu, por exemplo, com a impug-nação da nacionalização do BPN, por parte da sociedade que controlava o banco”, contou. Contudo, sublinhou, têm existido algumas difi culdades de comunicação, em particular quando os ministérios recorrem à prestação de serviços externos, por exemplo escritórios de advogados, para pre-parar os elementos.

O magistrado sustenta que a defesa dos interesses do Estado poderia ser melhor assegurada se fossem estabe-lecidos, de forma mais ágil e institu-cionalizada, canais de comunicação célere entre o Ministério Público e cada um dos ministérios.

Mariana Oliveira

A ministra da Justiça anunciou ontem que está a ultimar uma nova proposta de lei sobre Política Criminal que vai considerar prioritária a investigação da criminalidade económico-financeira e fiscal. Paula Teixeira da Cruz justificou, na sessão de abertura do IX Congresso do Ministério Público, a prioridade

atribuída aos crimes financeiros por esta corroer os pilares do Estado de Direito.

A ministra avançou que a proposta de lei

sobre Política Criminal também irá incluir a criminalidade informática e a que é cometida no exercício de funções públicas por titulares de cargos políticos ou equiparados. Acabou, contudo, por dizer

que discorda da priorização dos crimes, já que pode interferir com a autonomia dos procuradores. “A verdadeira priorização está no Código Penal”, sublinhou, dizendo que mais que escalonar os crimes, esta lei definirá a alocação dos meios.

Num longo discurso, a ministra falou ainda sobre a revisão das leis penais, da necessidade de recompor a confiança na Justiça e nos seus profissionais defendeu a reforma do mapa judiciário que a Direcção-Geral da Administração da Justiça apresentou aos parceiros do sector com uma proposta de encerramento de 47 tribunais. Insistiu que a eficiência do sistema de Justiça “não se compadece com um tribunal em cada município” e estranhou o “ruído” que se tem feito sentir.

Antes, o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, João Palma, lamentava

as “indecorosas margens de impunidade” que ainda persistem na sociedade portuguesa, num discurso, onde, de forma subtil, criticou o actual Procurador-Geral da República. Pinto Monteiro, e o ex-primeiro-ministro, José Sócrates, que acusou de contribuir para criar a ideia que os magistrados “são uma casta de privilegiados”.

Palma elogiou a cultura de diálogo da nova titular da Justiça mas lançou reparos à proposta para a reorganização geográfica e de funcionamento dos tribunais. “Numa alusão à saída do procurador-geral, que termina o mandato em Outubro, disse: “O próximo Outono trará com ele, inexoravelmente, o cair da folha e anunciará mudanças decisivas no Ministério Público”. E completou: “Ao Outono há-de seguir-se, espera-se, uma Primavera de esperança”. M.O.

Combate à criminalidade económica é prioridade para o GovernoJoão Palma diz que saída de Pinto Monteiro será “Primavera de esperança”

1%Juízes chumbam a maioria dos casos e Estado só pagou um por cento das indemnizações pedidas em 2010 e 2011

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Mais de cinco mil arguidos escaparam a eventual condenação entre 2008 e 2010, mas número de casos caiu 58 por cento a Foram instaurados sete processos disciplinares a magistrados por prescrições desde 2009 Págs. 2/3

Tribunais deixam prescrever, em média, três processos por dia

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