aula 52 - direito processual civil - aula 05

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TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUÇÃO DE MANDADOS AULA 5 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 1 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) Aula 5 de Direito Processual Civil! Desejo a todos sucesso em seus estudos! Agora vamos lá! QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 1. Atos Processuais (Parte 2). a. Comunicação dos Atos Processuais. b. Nulidades Processuais.

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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre

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TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ)

Aula 5 de Direito Processual Civil!

Desejo a todos sucesso em seus estudos!

Agora vamos lá!

QUADRO SINÓPTICO DA AULA:

1. Atos Processuais (Parte 2).

a. Comunicação dos Atos Processuais.

b. Nulidades Processuais.

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1. Atos Processuais (Parte 2).

a) Comunicação dos Atos Processuais.

Cartas Processuais.

Os Atos Processuais praticados ou a serem práticos pelas partes e pelo Juiz, em regra, devem ser devidamente comunicados aos sujeitos participantes do Processo. Exemplo: se o autor interpõe ação contra o réu, solicitando que este deixe de fazer algo, será logicamente necessário que seja cientificado da instauração do processo para que possa defender-se da demanda do autor; esta comunicação ao réu para responder à ação apresentada pelo autor é chamada de CITAÇÃO.

Os Atos Processuais serão comunicados na esfera de competência do Juiz, por ordem judicial específica para cientificação do sujeito participante do processo. Exemplo: determinação de intimação de testemunha que resida na Comarca do Magistrado, para comparecer em juízo e prestar depoimento.

Esta intimação será realizada em virtude da ordem do Juiz, que “manda” em sua Comarca, Seção Judiciária (circunscrição territorial de sua competência jurisdicional). Um Juiz de outra localidade não pode determinar a mesma intimação, sem a prévia ciência e participação do Magistrado vinculado ao seu respectivo território em que exerce competência. Burlar tal regra geraria invasão da competência de outro Juiz (conflito de competências).

Se um Juiz necessitar cumprir ou comunicar determinado Ato Processual a pessoa localizada em outra Comarca (outra circunscrição territorial) diversa da que exerce competência, terá que expedir uma CARTA.

As Cartas expedidas entre Magistrados são de 3 Espécies diversas:

o Carta PRECATÓRIA – expedida entre Juízes ou Tribunais de

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mesma hierarquia ou mesmo grau jurisdicional (Exemplo: de um Juiz de uma Comarca para o Juiz de outra Comarca, do mesmo ou de outro Estado; de um Tribunal para outro Tribunal);

o Carta de ORDEM – expedida de um Tribunal para um Juiz a ele vinculado. A Carta é de Ordem, pois existe uma relação de hierarquia entre o Tribunal e o Juiz (ordem “de cima para baixo”).

o Carta ROGATÓRIA – expedida para autoridade judiciária estrangeira (ato a ser realizado no exterior).

Deprecante X Deprecado...

a) Juízo Deprecante, Ordenante, Rogante - quem expede a Carta Precatória, de Ordem ou Rogatória.

b) Juízo Deprecado, Ordenado, Rogado – quem recebe a Carta Precatória, de Ordem ou Rogatória para cumprimento.

CPC

Art. 200. Os atos processuais serão cumpridos por ordem judicial ou requisitados por carta, conforme hajam de realizar-se dentro ou fora dos limites territoriais da comarca.

Art. 201. Expedir-se-á carta de ordem se o juiz for subordinado ao tribunal de que ela emanar; carta rogatória, quando dirigida à autoridade judiciária estrangeira; e carta precatória nos demais casos.

A Lei prevê que todas as 3 espécies de Cartas devem obedecer aos seguintes requisitos legais:

� a indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato;

� o inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido ao Advogado

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(Procuração);

� a menção do ato processual, que lhe constitui o objeto (Ex: citação, intimação, penhora, oitiva de testemunha, etc);

� o encerramento com a assinatura do juiz.

Peculiaridades das CARTAS:

o Se na diligência requerida na Carta Precatória, de Ordem ou Rogatória for necessário o exame de peças do processo pelas partes, peritos ou testemunhas, inclusive, de mapa, desenho ou gráfico, tais peças devem ser encaminhadas juntamente com a Carta.

o Se a Carta visar exame pericial de documento, este deve ser encaminhado com a Carta, no original. Nos autos do processo originário ficará apenas cópia.

o Com o processo eletrônico da atualidade, é possível a expedição de Carta de Precatória, de Ordem ou Rogatória por MEIO ELETRÔNICO, com assinatura digital (eletrônica) do Juiz.

o O Juiz que expedir a Carta deve fixar o prazo para o cumprimento da solicitação.

o A Carta tem caráter itinerante, isto é, não é vinculada ao Juízo inicialmente destinatário. Se após a sua expedição for verificado que o cumprimento do ato processual deve ocorrer em outro juízo, a este deverá ser remetido. Exemplo: Juiz da Comarca de Porto Alegre/RS encaminha carta precatória a Juiz da Comarca de Campo Grande/MS, mas, posteriormente descobre que o ato deve ser cumprido em Cuiabá/MT; outro exemplo é caso do réu que deverá ser citado da ação mudar-se de domicílio, necessitando a alteração do Juízo destinatário da Carta. Com isso, a Carta poderá ser remetida para o novo destinatário, dada sua itinerância.

o Admite-se em casos de urgência, a transmissão de Carta por telegrama, radiograma ou telefone. Mesmo as Cartas

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transmitidas com urgência por tais meios, devem obedecer aos requisitos descritos acima e devem conter declaração da agência expedidora (Ex: Agência dos Correios), de reconhecimento da assinatura do Juiz.

o Estas Cartas transmitidas por telegrama, radiograma ou telefone serão executadas de ofício (iniciativa própria e imediata do Juízo Deprecado, Ordenado ou Rogado). No entanto, a parte requerente deve depositar na Secretaria do tribunal ou no Cartório do juízo deprecante, a importância correspondente às despesas que serão feitas no juízo em que houver de praticar-se o ato.

o A respeito de Cartas por Telefone, o Secretário do Tribunal ou o Escrivão do Juízo Deprecante transmitirá, a carta de ordem, ou a carta precatória ao juízo, em que houver de cumprir-se o ato, mediante o aparelho telefônico. Esta Carta deverá ser dirigida ao escrivão do 1º Ofício da 1ª Vara da Comarca, caso existam mais de uma. O escrivão do Juízo Deprecado ou Ordenado deverá retornar a ligação ao Juízo Deprecante ou Ordenante no mesmo dia ou no próximo dia útil para confirmar o teor da Carta. Somente após esta confirmação por telefone é que a Carta será submetida a Despacho do Juiz (será conclusa para julgamento).

o Depois que a Carta Precatória, de Ordem ou Rogatória for cumprida, deverá ser encaminhada ao Juízo de origem em até 10 DIAS, devendo as custas ser pagas pela parte requerente.

Recusa do cumprimento de Carta Precatória.

A Lei autoriza ao Juiz recusar o cumprimento de Carta precatória nas seguintes hipóteses, nas quais poderá devolvê-la com um Despacho Motivado (fundamentado):

o quando não estiver revestida dos requisitos legais (ex: não houver menção ao ato a ser praticado; ausência de

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assinatura do Juiz, etc);

o quando carecer de competência em razão da matéria ou da hierarquia (quando o Juiz for incompetente funcional para julgar o caso – incompetência absoluta, não apenas relativa); a doutrina sustenta que a incompetência territorial também é caso para recusa da Carta Precatória (exemplo: Juiz de uma Comarca não poderá cumprir uma Carta materialmente deverá ser cumprida no território de outra comarca).

o quando tiver dúvida acerca de sua autenticidade.

Carta Rogatória.

As Cartas Rogatórias encaminhadas ou recebidas do estrangeiro devem observar ao disposto em Convenção Internacional quanto a sua admissibilidade e forma de cumprimento em cada País. Se não houver Convenção Internacional a Carta será remetida não diretamente à autoridade judiciária estrangeira, mas por Diplomática, traduzida para a língua do país rogado.

As Cartas Rogatórias que devam ser cumpridas aqui no Brasil devem observar às regras previstas no Regimento Interno do STF quanto à concessão de exequibilidade (execução).

Citações.

A Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o RÉU ou o interessado para defender-se das alegações do autor. A Citação é o ato de chamamento do sujeito passivo a juízo, que o vincula ao processo e a seus efeitos.

Sem a realização da citação não será fechada a relação jurídica triangular entre Autor, Juiz e Réu. Mediante a citação válida, a relação jurídica processual torna completa com a integração do réu ao processo, sendo. Por isso, a lei torna obrigatória a citação do sujeito passivo em todos

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os processos judiciais.

A ausência de citação válida do réu é uma irregularidade processual de natureza gravíssima, que pode ensejar a nulidade absoluta do processo por meio de Ação própria (Querela nullitatis).

A despeito da necessidade de citação expressa, em sua falta, caso o réu compareça espontaneamente em juízo a ausência de citação será suprida para todos os fins processuais. Se ele comparece em juízo, não há motivo para uma exigência burocrática e inútil de nova citação, não é verdade? Se o comparecimento do réu em juízo for apenas para pugnar a nulidade do ato de citação, a própria citação será reconhecida e reputada para a data em que o Advogado do réu foi intimado da decisão que decretar a nulidade (reconhecer o vício da falta de citação válida).

CPC

Art. 214. Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu.

§ 1o O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de citação. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

§ 2o Comparecendo o réu apenas para argüir a nulidade e sendo esta decretada, considerar-se-á feita a citação na data em que ele ou seu advogado for intimado da decisão.

Citação Pessoal.

A regra é que a citação do réu seja PESSOAL, isto é, na pessoa do réu ou de quem detenha poderes específicos de representação (representante legal ou procurador legalmente autorizado).

A citação só não será na pessoa do réu quando este estiver ausente. Neste caso, a citação será realizada na pessoa, não do réu, mas de seu mandatário, administrador, feitor ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados. Exemplo: um Pecuarista que seria citado em ação de cobrança de dívidas de empréstimos rurais encontra-se em viagem; neste caso a citação poderá ser realizada na pessoa do Administrador ou Gerente da

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Fazenda.

No caso específico de ausência de Locador de Imóvel, o CPC prevê expressamente que na hipótese de sua ausência do país sem a devida ciência ao Locatário acerca de eventuais procuradores, é determinada a citação na pessoa do Administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis.

Lugar da Citação.

O réu poderá ser citado em qualquer lugar em que se encontre (Ex: em casa, no trabalho, no fórum, etc). Apenas se for Militar ativo, é que deverá ser citado na unidade em que estiver servindo se não for conhecida a sua residência ou nela não for encontrado.

Impedimentos para a Citação do réu.

A Lei prevê algumas hipóteses em que a citação não será realizada (como regra). São situações temporárias em que não é recomendada a citação, que poderá ser realizada tão somente quando for estritamente necessária para evitar o perecimento do direito (ex: prescrição de dívida).

Hipóteses de não citação do réu, salvo para evitar o perecimento do direito:

1. a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso;

2. ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consangüíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral em 2º GRAU, no dia do falecimento e nos 7 DIAS seguintes – até após a Missa do 7º dia do falecido os parentes até o 2º GRAU não poderão ser citados!

3. aos NOIVOS, nos 3 primeiros DIAS de bodas;

4. aos DOENTES, enquanto grave o seu estado.

Como colocado, nestas hipóteses acima ainda é possível a citação se for caso de urgente, para evitar o perecimento do direito do autor. De

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outro lado, o CPC prevê que NÃO será realizada citação, mesmo se for caso urgente, se o réu for Demente ou estiver impossibilitado de recebê-la. Mesmo que o direito esteja próximo de perecer, se o réu não estiver em condições físico-mentais (incapacidade) para receber a citação ou estiver demente, a citação não será realizada.

Neste caso de incapacidade do réu, o Oficial de Justiça deve certificar o fato para que seja nomeado médico perito, que elaborará Laudo em 5 DIAS. Se for reconhecida a impossibilidade do réu de receber a citação, o Juiz nomeará um CURADOR para a prática do ato citatório. Esta nomeação do Curador não é para todo e qualquer processo, mas apenas para aquele especificamente tratado nos autos (restrita à causa). O Curador terá o encargo de receber a citação e de defender o réu.

Espécies de Citação.

As formas de citação são classificadas pela doutrina em 2 Grupos, a depender da certeza da citação do réu:

� Citações REAIS – as citações reais são aqueles em que se tem a certeza da efetiva citação do réu (que este realmente foi citado e tem inteiro conhecimento da existência do processo). São também chamadas de Citações Pessoais (na pessoa do réu). As modalidades de citações reais geram os efeitos da revelia do réu na hipótese de não apresentação de resposta do réu (Ex: falta de contestação à Ação). Formas de Citação REAL:

a) Por CORREIO – a citação feita pelo Correio (correspondência) poderá ser realizada em qualquer Comarca do País, salvo as exceções legais. Tem sido a adotada como regra geral na Justiça, pela facilidade de comunicação mediante os Correios, salvo nas seguintes hipóteses (vedação de citação pelos Correios):

o nas Ações de Estado (Estado Civil da pessoa física: casamento, separação,

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divórcio, investigação de paternidade, etc);

o quando for RÉ pessoa incapaz;

o quando for RÉ pessoa de direito público;

o nos processos de Execução;

o quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência (Ex: alguns vilarejos do interior do Rio Amazonas);

o quando o autor a requerer de outra forma.

Na citação pelos Correios o escrivão ou chefe da secretaria remeterá ao citando cópias da petição inicial e do despacho do juiz, expressamente consignada em seu inteiro teor a advertência de que se não for contestada a Ação serão presumidos como verdadeiros todos os fatos descritos pelo autor, se o litígio versar sobre direitos disponíveis. Ademais, deve-se comunicar o prazo de resposta (Ex: 15 DIAS para Contestar), o juízo e cartório, com o endereço respectivo.

A validade da citação depende da assinatura do réu ou de quem o represente no Aviso de Recebimento da própria citação. No caso do réu ser Pessoa Jurídica, a entrega e assinatura do Aviso de Recebimento da citação será na pessoa com poderes de gerência geral ou de administração.

b) Por OFICIAL DE JUSTIÇA – a regra é que se o autor não optar pela citação pelos Correios ou esta for frustrada (sem sucesso), a citação será por meio do Oficial de Justiça, que cumprirá o mandado de citação com o seguinte conteúdo:

o os nomes do Autor e do Réu, bem como

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os respectivos domicílios ou residências;

o o fim da citação (finalidade), com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como a advertência do dever de contestar, sob pena da presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor, se o litígio versar sobre direitos disponíveis;

o a cominação, se houver;

o o dia, hora e lugar do comparecimento;

o a cópia do despacho;

o o prazo para defesa;

o a assinatura do escrivão e a declaração de que o subscreve por ordem do Juiz.

O autor deve apresentar uma quantidade de cópias da Petição Inicial idêntica ao número de réus no processo, que serão encaminhadas para cada um deles, pois farão parte integrante do mandado de citação.

Ao Oficial de Justiça cabe citar o réu onde o encontrar e:

o Ler o mandado e entregar a contrafé;

o Portar por fé se recebeu ou recusou a contrafé (o Oficial de Justiça deve certificar se o réu recebeu ou recusou de assinar a citação);

o Obter a nota de ciente, ou certificando que o réu não a apôs no mandado – esta certidão tem fé pública e presunção relativa de veracidade.

O Oficial de Justiça poderá realizar as citações e intimações nas Comarcas contíguas (interligadas)

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ou nas da mesma região metropolitana (Ex: Comarca do Rio de Janeiro e Niterói), mesmo que não seja especificamente a Comarca onde exerce prioritariamente suas funções.

c) Por MEIO ELETRÔNICO – com o advento do processo eletrônico, as citações agora também podem ser realizadas por meio eletrônico, desde que sejam obedecidos os requisitos previstos no art. 5º da Lei nº 11.419/2006. Esta citação pode ser considerada como real, pois permite ao réu amplo e irrestrito acesso aos autos.

� Citações FICTAS ou PRESUMIDAS – são formas de citação em que apenas se presume formalmente a citação do réu, dadas as dificuldades para sua citação real. Nestes casos, o réu não sofrerá os efeitos da revelia, sendo nomeado Curador Especial para sua defesa. São formas de citação Ficta ou Presumida:

a) Por EDITAL – a citação por mero edital ocorrerá quando:

1. For desconhecido ou incerto a pessoa do RÉU – o desconhecimento ou a incerteza refere-se à pessoa física do réu (“se o réu é ele mesmo”);

2. For ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o RÉU – localização imprecisa ou absoluto desconhecimento do paradeiro do réu.

3. Hipóteses expressamente previstas em Lei Especial (Ex: processos de Usucapião, inventário, etc, que preveem a citação por

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edital).

Se um País recusar o cumprimento de carta rogatória, este será considerado inacessível para fins de citação por Edital.

Ademais, nas hipóteses de inacessibilidade do réu, a sua citação por edital será acompanhada de notícia divulgada no Rádio (se na comarca houver emissora de radiodifusão).

Requisitos de validade do Edital de citação:

1. a afirmação do AUTOR, ou a certidão do oficial, de ser desconhecido ou incerto a pessoa física do réu ou de ser ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o réu;

2. a afixação do Edital na sede do juízo certificada pelo escrivão;

3. a publicação do Edital no prazo máximo de 15 DIAS, 1 VEZ no Órgão Oficial e pelo menos 2 VEZES em Jornal Local – se a parte for beneficiária da Justiça Gratuita, a publicação será realizada apenas no órgão oficial.

4. a fixação do prazo de contestação da Ação entre 20 e 60 DIAS, correndo da data da 1ª publicação;

5. a advertência do dever de contestar, sob pena da presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor, se o litígio versar sobre direitos disponíveis;

O autor responderá por perdas e danos caso venha a informar dolosamente desconhecer o lugar onde se encontra o réu ou quem é o próprio réu, ensejando a

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citação por Edital de forma indevida. Neste caso, sofrerá multa de 5 VEZES o salário mínimo, que será revertida ao réu a ser citado.

b) Por HORA CERTA – para os casos em que o réu estiver furtando-se deliberadamente de receber a citação, a Lei prevê que o Oficial de Justiça deve comparecer por 3 VEZES no domicílio do réu. Se não o encontrar e houver suspeita da sua ocultação para não ser citado, deverá o Oficial de Justiça informar a qualquer pessoa da família do réu, bem como a qualquer vizinho, que no próximo dia (dia imediato) retornará em horário previamente marcado para realizar a citação do réu. Chegando ao local no dia e hora marcado, caso não encontre o réu, o Oficial de Justiça o citará, deixando a contrafé com os familiares ou vizinhos.

Por fim, depois de ter Ficticiamente citado o Réu, mediante a Hora Certa, o escrivão enviará ao réu Carta Registrada dando-lhe ciência do ocorrido, que não exige o efetivo aviso de recebimento.

CPC

Art. 227. Quando, por três vezes, o oficial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da família, ou em sua falta a qualquer vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, na hora que designar.

Art. 228. No dia e hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou residência do citando, a fim de realizar a diligência.

§ 1o Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça

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procurará informar-se das razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca.

§ 2o Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com pessoa da família ou com qualquer vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome.

Art. 229. Feita a citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu carta, telegrama ou radiograma, dando-lhe de tudo ciência.

Efeitos da Citação.

A Citação do Réu é um ato processual de extrema relevância, que gera diversos efeitos processuais (Prevenção, Litispendência e Litigiosidade da coisa) e efeitos materiais (constituição em mora do devedor e interrupção da prescrição). Não entendi nada Professor!

A citação gera 5 efeitos diversos:

1. Prevenção – a prevenção é a fixação da competência quando 2 ou + juízes são igualmente competentes para conhecer do pedido. Ela ocorre quando o 1º Juiz realiza a citação válida (afastando a competência do outro), servindo como solução do conflito entre juízes de competência territorial distintas.

2. Litispendência – a litispendência ocorre quando, pendente uma ação, outra idêntica é apresentada (identidade de 2 ou mais ações). “Lide Pendente”. A identidade de ações, neste caso, envolve as mesmas partes, o mesmo pedido e a mesma causa de pedir (identidade de ações). O primeiro processo em que houver citação prosseguirá normalmente, mas os demais serão extintos sem resolução de mérito.

3. Litigiosidade do Objeto – implica na caracterização de eventual fraude à execução do processo. Isto porque a alienação da coisa discutida em juízo, após a citação válida, é ineficaz para o processo, não gerando a alteração das partes e vinculando seu destino à futura sentença.

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4. Constituição em Mora do Devedor – a mora decorrente da citação tem os efeitos de uma interpelação judicial, gerando, entre outros efeitos, a incidência de juros moratórios (por atraso no pagamento).

5. Interrupção da Prescrição – a prescrição é a perda da pretensão à reparação de um direito violado pela inércia de seu titular por determinado tempo previsto em lei. Com a citação, a prescrição que começou a correr anteriormente, a partir da violação ao direito, é interrompida (zerada e recontada novamente – o prazo de prescrição é zerado e começa novamente) com a citação válida. Esta interrupção tem seus efeitos retroagidos à data da propositura da ação e não à data da própria citação.

O Autor deve promover a citação do réu, deve requerer e diligenciar a citação no prazo de 10 DIAS após o despacho que a ordenar, devendo fornecer o endereço do réu e pagar as custas e despesas processuais pela citação. Este prazo de 10 DIAS pode ser prorrogado por até 90 DIAS. Eventual superação deste prazo por conta de atraso do serviço judiciário não prejudica o autor para fins interrupção da prescrição. Somente se a citação não ocorrer por conta do autor é que não será reputada como interrompida.

Atualmente, o Juiz deve pronunciar de ofício a prescrição, a despeito de ser ainda matéria de livre disposição das partes e não de ordem pública.

Os efeitos processuais da citação (Prevenção, Litispendência, Litigiosidade) não são gerados quando a citação é realizada por Juiz Absolutamente incompetente. De outro lado, os efeitos materiais (Constituição em mora do devedor e interrupção da prescrição) são plenamente gerados após a citação do réu, mesmo quando realizada por Juiz Absolutamente incompetente.

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CPC

Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

§ 1o A interrupção da prescrição retroagirá à data da propositura da ação.(Redação dada pela Lei nº 8.952, de 1994)

§ 2o Incumbe à parte promover a citação do réu nos 10 (dez) dias subseqüentes ao despacho que a ordenar, não ficando prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 1994)

§ 3o Não sendo citado o réu, o juiz prorrogará o prazo até o máximo de 90 (noventa) dias.(Redação dada pela Lei nº 8.952, de 1994)

§ 4o Não se efetuando a citação nos prazos mencionados nos parágrafos antecedentes, haver-se-á por não interrompida a prescrição. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

§ 5o O juiz pronunciará, de ofício, a prescrição. (Redação dada pela Lei nº 11.280, de 2006)

§ 6o Passada em julgado a sentença, a que se refere o parágrafo anterior, o escrivão comunicará ao réu o resultado do julgamento. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

Art. 220. O disposto no artigo anterior aplica-se a todos os prazos extintivos previstos na lei.

Intimações.

O CPC não diferencia o que é Intimação de Notificação. No entanto, para a doutrina a Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos ou termos do processo que já foram praticados. Já a Notificação seria a comunicação da prática de um ato a ser realizado, convocando alguém para

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que faça ou deixe de fazer alguma coisa no futuro.

Esta diferenciação não tem relevância para o CPC, que conceitua a Intimação genericamente como o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa.

A Citação é o ato inicial pelo qual o réu toma conhecimento da existência do processo, passando a fazer parte dele. Já as Intimações são atos de informação da prática dos demais atos do processo. Exemplo: intimação para acompanhar oitiva de testemunha previamente marcada; intimação de juntada de prova pericial, etc.

Peculiaridades das Intimações:

� Enquanto a citação deve ser requerida pelo Autor, em regra, as intimações são realizadas por impulso oficial (ex-oficio) nos processos já deflagrados, salvo as exceções em que a própria lei prevê a possibilidade de requerimento de alguma das partes.

� As intimações podem ser realizadas por Escrivão, por Oficial de Justiça, por publicação na imprensa e por Meio Eletrônico. Igual às citações, as intimações podem ser realizadas por meio eletrônico, de acordo com a Lei nº 11.419/2006.

� A regra é que as intimações sejam realizadas pelos Correios (por meio de carta registrada com AR) ou, se presentes as partes em cartório, diretamente pelo Escrivão ou Chefe de Secretaria. Nesse sentido, a Lei presume que as comunicações processuais diversas encaminhadas ao endereço declinado na Petição Inicial, Contestação ou Embargos são válidas, cabendo às partes a atualização do endereço.

� No DF e nas Capitais dos Estados consideram-se feitas as intimações pela só publicação dos atos no órgão oficial. Contudo, tais publicações devem constar com os nomes das partes e de seus Advogados, suficientes para sua

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identificação, sob pena de nulidade.

� A intimação do Ministério Público, em qualquer caso será feita PESSOALMENTE, por vista dos autos.

� Nas outras Comarcas do interior (fora do DF e das Capitais), será possível intimação por publicação no órgão oficial se existir referido órgão. De todo modo, ao Escrivão será possível intimar as partes, seus representantes legais ou Advogados pessoalmente, se tiver domicílio na sede do juízo, ou por carta registrada com Aviso de Recebimento (AR), se tiver domicílio fora do juízo.

� A intimação por meio de Oficial de Justiça é também subsidiária, somente sendo cabível quando frustrada a realização pelo Correio.

� As citações e as intimações serão NULAS, quando feitas sem observância das prescrições legais.

Prazos e Intimação e Citação.

Os prazos para as partes manifestarem-se nos autos após a prática do ato processual de intimação ou citação começam a correr seguindo as seguintes regras:

1. quando a citação ou intimação for pelo CORREIO, da data de juntada aos autos do Aviso de Recebimento (AR);

2. quando a citação ou intimação for por Oficial de Justiça, da data de juntada aos autos do mandado cumprido;

3. quando houver vários réus, da data de juntada aos autos do ÚLTIMO Aviso de Recebimento (AR) ou mandado citatório cumprido;

4. quando o ato se realizar em cumprimento de Carta de Ordem, Precatória ou Rogatória, da data de sua juntada aos autos devidamente cumprida;

5. quando a citação for por EDITAL, finda a dilação assinada

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pelo juiz – o Juiz pode fixar o prazo de contestação da Ação entre 20 e 60 DIAS, correndo da data da 1ª publicação.

Peculiaridades do prazo das intimações:

� Se a intimação ocorrer em dia não útil (sem expediente forense. Ex: domingo, feriado), o dia da intimação a ser considerado é o próximo dia útil.

� O prazo para a interposição de RECURSO conta-se da data, em que os Advogados são intimados da decisão, da sentença ou do acórdão.

� Reputam-se intimados na audiência, quando nesta é publicada a decisão ou a sentença.

� Havendo antecipação da audiência, o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, mandará intimar pessoalmente os Advogados para ciência da nova designação.

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b) NULIDADES.

Os Atos Processuais estão sujeitos a vícios com três ordens diversas, que resumo brevemente:

1. Inexistência – atos processuais inexistentes são aqueles impossíveis sequer de ocorrer e de gerar qualquer efeito jurídico prático. Exemplo: Sentença prolatada por um Delegado ou por um Promotor.

2. Nulidade Absoluta - os atos que não respeitam os requisitos essenciais previstos em lei em razão do interesse público são nulos de pleno direito. Exemplo: desrespeito ao contraditório e à ampla defesa; ausência de citação do réu; parcialidade do Juiz, etc.

3. Nulidade Relativa – decorre da não observância da forma prevista em lei para o ato processual, mas que não é impeditiva para a produção dos efeitos jurídicos do ato, salvo se a parte alegar prejuízo. A nulidade relativa visa proteger o interesse privado. Se a parte entende que não foi violado, o vício será convalidado, precluindo o direito de alegá-lo posteriormente. Exemplo: incompetência relativa do Juiz; recolhimento a menor das custas processuais; publicação de ato processual com equívoco na nomenclatura da parte, etc.

A Teoria das Nulidades do Direito Processual elenca, na realidade, uma série de princípios processuais. Seguindo esta principiologia, o CPC previu uma série de postulados normativos acerca das nulidades processuais:

o Princípio da Instrumentalidade das Formas – o processo é um meio para se alcançar um fim, e não um fim em si mesmo, por isso, é considerado válido o ato praticado de forma diferente da prescrita em lei, desde que atinja o seu objetivo. Isso somente ocorrerá se a lei

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não prescrever a sanção de nulidade do ato.

o Ninguém pode beneficiar-se da própria torpeza - a Nulidade deve ser decretada a requerimento da parte que sofreu prejuízos e não da parte causadora dos vícios.

o Princípio da Preclusão – as nulidades relativas devem ser alegadas na 1ª oportunidade em que couber alega-las nos autos, sob pena de serem convalidadas, precluindo o direito de aduzi-las novamente. Se houver legítimo impedimento será possível a parte alegar as nulidades relativas posteriormente. As nulidades relativas não pode ser reconhecidas de ofício pelo Juiz.

As nulidades absolutas podem ser arguidas a qualquer tempo, podendo ser reconhecidas de ofício pelo Juiz.

o Intimação Obrigatória do MP – quando for o caso de intervenção do Ministério Público e este não for intimado para intervir, o processo será declarado NULO. Se a ausência de intervenção for apenas parcial, a anulação será apenas dos atos praticados a partir do momento em que o órgão devia ter sido intimado.

o Princípio da Causalidade ou Consequencialidade – a anulação do processo somente atingirá os atos que tiverem uma relação de causa e efeito (interdependência). Tal princípio está em consonância com outro Princípio: o da Economia Processual. Exemplo: nos atos instrutórios de um processo, será plenamente possível anular uma perícia realizada irregularmente, permanecendo com as outras provas já colhidas; de outro lado, a nulidade de um documento falso juntado aos autos contamina os depoimentos colhidos sobre aquele mesmo documento falso. Por isso que, anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subseqüentes, que dele dependam. Todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam independentes.

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o Princípio do Prejuízo – só haverá nulidade de houver prejuízo à parte; não será declarada nulidade se não houve prejuízo às partes e não aproveita a quem deu causa. Há causas de nulidade absoluta que o prejuízo é presumido, não precisa ser provado. Exemplo: imparcialidade do Juiz. Com isso, o ato não se repetirá nem se lhe suprirá a falta quando não prejudicar a parte.

o Princípio da Conservação - O juiz deve pronunciar a nulidade, declarar quais serão os atos atingidos, ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou retificados, mas somente os estritamente necessários. No entanto, quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a declaração da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta.

Ademais, o erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo praticar-se os que forem necessários, a fim de se observarem, quanto possível, as prescrições legais. Como regra, devem-se aproveitar os atos praticados, desde que não resulte prejuízo à defesa.

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EXERCÍCIOS COMENTADOS

QUESTÃO 139: PGE - RO - Procurador do Estado Substituto [FCC] - 01/05/2011.

Como preconizado pelo Código de Processo Civil, se o autor requerer na peça inicial a citação pelo correio ela poderá ser normalmente realizada

a) nas ações de estado.

b) quando for ré a Fazenda Pública do Estado de Rondônia.

c) quando for ré empresa pública.

d) nos processos de execução.

e) quando for ré pessoa incapaz.

COMENTÁRIOS:

Citação por CORREIO – a citação feita pelo Correio (correspondência) poderá ser realizada em qualquer Comarca do País, salvo as exceções legais. Tem sido a adotada como regra geral na Justiça, pela facilidade de comunicação mediante os Correios, salvo nas seguintes hipóteses (vedação de citação pelos Correios):

o nas Ações de Estado (Estado Civil da pessoa física: casamento, separação, divórcio, investigação de paternidade, etc);

o quando for RÉ pessoa incapaz;

o quando for RÉ pessoa de direito público;

o nos processos de Execução;

o quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência (Ex: alguns vilarejos do interior do Rio Amazonas);

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o quando o autor a requerer de outra forma.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 140: TJ - PE - Juiz Substituto [FCC] - 27/03/2011.

No tocante às nulidades processuais, é INCORRETO afirmar:

a) Sob pena de preclusão, a nulidade dos atos processuais deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte manifestar-se nos autos, mesmo quando deva o juiz decretá-la de ofício.

b) Em ação na qual haja interesse de incapaz, a não intervenção do Ministério Público acarreta a nulidade do processo.

c) Pelo princípio da instrumentalidade das formas, realizado o ato processual de modo diverso ao previsto em lei, sem nulidade estabelecida, o juiz terá tal ato como válido se alcançar sua finalidade.

d) Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará os atos atingidos, ordenando as providências necessárias para que sejam repetidos ou retificados.

e) São nulas as citações e intimações, quando feitas sem observância das prescrições legais.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. As nulidades relativas devem ser alegadas na 1ª oportunidade em que couber alega-las nos autos, sob pena de serem convalidadas, precluindo o direito de aduzi-las novamente. Se houver legítimo impedimento será possível a parte alegar as nulidades relativas posteriormente. As nulidades relativas não pode ser reconhecidas de ofício pelo Juiz.

As nulidades absolutas podem ser arguidas a qualquer tempo, podendo ser reconhecidas de ofício pelo Juiz.

CPC

Art. 245. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira

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oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.

Parágrafo único. Não se aplica esta disposição às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão, provando a parte legítimo impedimento.

Item B – correto. É hipótese de intervenção obrigatória do MP, gerando a nulidade absoluta do processo a sua não intervenção.

Item C – correto. Princípio da Instrumentalidade das Formas – o processo é um meio para se alcançar um fim, e não um fim em si mesmo, por isso, é considerado válido o ato praticado de forma diferente da prescrita em lei, desde que atinja o seu objetivo. Isso somente ocorrerá se a lei não prescrever a sanção de nulidade do ato.

CPC

Art. 243. Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que Ihe deu causa.

Item D – correto. Princípio da Conservação - O juiz deve pronunciar a nulidade, declarar quais serão os atos atingidos, ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou retificados, mas somente os estritamente necessários. No entanto, quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a declaração da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta.

CPC

Art. 249. O juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos são atingidos, ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou retificados.

Item E – correto. As citações e as intimações serão NULAS, quando feitas sem observância das prescrições legais.

RESPOSTA CERTA: A

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QUESTÃO 141: TRE - RN - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 06/02/2011.

Mário e Mariana se casaram ontem (domingo), e na manhã de hoje (segunda-feira) receberam oficial de justiça para citá-los em ação ordinária de cobrança. Neste caso, em regra, o oficial de justiça

a) deverá citá-los normalmente, não havendo impedimento legal.

b) não poderá citá-los, tendo em vista que o casal contraiu matrimônio ontem.

c) deverá citá-los, mas fornecerá prazo de quarenta e oito hora para assinatura do mandato.

d) só poderá citá-los se decorreram vinte e quatro horas da cerimônia matrimonial, tendo em vista a proteção legal existente no Código de Processo Civil.

e) só poderá citá-los se decorreram doze horas da cerimônia matrimonial, tendo em vista a proteção legal existente no Código de Processo Civil.

COMENTÁRIOS:

Hipóteses de não citação do réu, salvo para evitar o perecimento do direito:

1. a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso;

2. ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consangüíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral em 2º GRAU, no dia do falecimento e nos 7 DIAS seguintes – até após a Missa do 7º dia do falecido os parentes até o 2º GRAU não poderão ser citados!

3. aos NOIVOS, nos 3 primeiros DIAS de bodas;

4. aos DOENTES, enquanto grave o seu estado.

Como o prazo de Bodas é de 3 DIAS, a regra é que o oficial de justiça só cite os noivos após este prazo, salvo para evitar perecimento do direito.

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RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 142: TRT 22ª - Analista Judiciário – Judiciário [FCC] - 14/11/2010.

A carta precatória

a) poderá ser dirigida a cumprimento por juiz subordinado ao que a expediu ou a autoridade judiciária estrangeira.

b) não poderá ser apresentada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato, pois não tem caráter itinerante.

c) que tiver por objeto exame pericial sobre documento deverá ser instruída com cópia deste, ficando nos autos o original.

d) não poderá em nenhuma situação ser recusada pelo juízo deprecado, ainda que através de despacho motivado.

e) poderá ser transmitida por telefone, havendo urgência, entre o escrivão do juízo deprecante e o do juízo deprecado.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. O juiz subordinado recebe Carta de Ordem; para o estrangeiro, será carta Rogatória.

As Cartas expedidas entre Magistrados são de 3 Espécies diversas:

o Carta PRECATÓRIA – expedida entre Juízes ou Tribunais de mesma hierarquia ou mesmo grau jurisdicional (Exemplo: de um Juiz de uma Comarca para o Juiz de outra Comarca, do mesmo ou de outro Estado; de um Tribunal para outro Tribunal);

o Carta de ORDEM – expedida de um Tribunal para um Juiz a ele vinculado. A Carta é de Ordem, pois existe uma relação de hierarquia entre o Tribunal e o Juiz (ordem “de cima para baixo”).

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o Carta ROGATÓRIA – expedida para autoridade judiciária estrangeira (ato a ser realizado no exterior).

Deprecante X Deprecado...

a) Juízo Deprecante, Ordenante, Rogante - quem expede a Carta Precatória, de Ordem ou Rogatória.

b) Juízo Deprecado, Ordenado, Rogado – quem recebe a Carta Precatória, de Ordem ou Rogatória para cumprimento.

CPC

Art. 200. Os atos processuais serão cumpridos por ordem judicial ou requisitados por carta, conforme hajam de realizar-se dentro ou fora dos limites territoriais da comarca.

Art. 201. Expedir-se-á carta de ordem se o juiz for subordinado ao tribunal de que ela emanar; carta rogatória, quando dirigida à autoridade judiciária estrangeira; e carta precatória nos demais casos.

Item B – errado. A Carta tem caráter itinerante, isto é, não é vinculada ao Juízo inicialmente destinatário. Se após a sua expedição for verificado que o cumprimento do ato processual deve ocorrer em outro juízo, a este deverá ser remetido. Exemplo: Juiz da Comarca de Porto Alegre/RS encaminha carta precatória a Juiz da Comarca de Campo Grande/MS, mas, posteriormente descobre que o ato deve ser cumprido em Cuiabá/MT; outro exemplo é caso do réu que deverá ser citado da ação mudar-se de domicílio, necessitando a alteração do Juízo destinatário da Carta. Com isso, a Carta poderá ser remetida para o novo destinatário, dada sua itinerância.

Item C – errado. Se a Carta visar exame pericial de documento, este deve ser encaminhado com a Carta, no original. Nos autos do processo originário ficará apenas cópia.

Item D – correto. A Lei autoriza ao Juiz recusar o cumprimento de Carta precatória nas seguintes hipóteses, nas quais poderá devolvê-la com um Despacho Motivado (fundamentado):

o quando não estiver revestida dos requisitos legais (ex: não

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houver menção ao ato a ser praticado; ausência de assinatura do Juiz, etc);

o quando carecer de competência em razão da matéria ou da hierarquia (quando o Juiz for incompetente funcional para julgar o caso – incompetência absoluta, não apenas relativa); a doutrina sustenta que a incompetência territorial também é caso para recusa da Carta Precatória (exemplo: Juiz de uma Comarca não poderá cumprir uma Carta materialmente deverá ser cumprida no território de outra comarca).

o quando tiver dúvida acerca de sua autenticidade.

Item E – correto. Admite-se em casos de urgência, a transmissão de Carta por telegrama, radiograma ou telefone. Mesmo as Cartas transmitidas com urgência por tais meios, devem obedecer aos requisitos descritos acima e devem conter declaração da agência expedidora (Ex: Agência dos Correios), de reconhecimento da assinatura do Juiz.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 143: TRT 8ª - Analista Judiciário – Judiciário [FCC] - 24/10/2010.

A citação poderá ser feita pelo correio

a) quando o réu for pessoa incapaz.

b) nas ações de estado.

c) quando o réu for pessoa jurídica de direito público.

d) quando o réu residir em outra comarca do país.

e) nos processos de execução.

COMENTÁRIOS:

Citação por CORREIO – a citação feita pelo Correio

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(correspondência) poderá ser realizada em qualquer Comarca do País, salvo as exceções legais. Tem sido a adotada como regra geral na Justiça, pela facilidade de comunicação mediante os Correios, salvo nas seguintes hipóteses (vedação de citação pelos Correios):

o nas Ações de Estado (Estado Civil da pessoa física: casamento, separação, divórcio, investigação de paternidade, etc);

o quando for RÉ pessoa incapaz;

o quando for RÉ pessoa de direito público;

o nos processos de Execução;

o quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência (Ex: alguns vilarejos do interior do Rio Amazonas);

o quando o autor a requerer de outra forma.

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 144: TRT 9ª - Téc- Judiciário – Administrativa [FCC] - 25/07/2010.

Os atos processuais que devam ser cumpridos no exterior, em outra comarca ou por juiz subordinado a tribunal, serão requisitados, respectivamente, através de carta

a) rogatória, carta precatória e carta de ordem.

b) precatória, carta rogatória e carta de ordem.

c) de ordem, carta precatória e carta rogatória.

d) rogatória, carta de ordem e carta precatória.

e) de ordem, carta rogatória e carta precatória.

COMENTÁRIOS:

As Cartas expedidas entre Magistrados são de 3 Espécies

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diversas:

o Carta PRECATÓRIA – expedida entre Juízes ou Tribunais de mesma hierarquia ou mesmo grau jurisdicional (Exemplo: de um Juiz de uma Comarca para o Juiz de outra Comarca, do mesmo ou de outro Estado; de um Tribunal para outro Tribunal);

o Carta de ORDEM – expedida de um Tribunal para um Juiz a ele vinculado. A Carta é de Ordem, pois existe uma relação de hierarquia entre o Tribunal e o Juiz (ordem “de cima para baixo”).

o Carta ROGATÓRIA – expedida para autoridade judiciária estrangeira (ato a ser realizado no exterior).

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 145: TRF 4ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] - 17/04/2010.

Considere as seguintes assertivas a respeito da citação:

I. Não se fará a citação aos noivos, salvo para evitar o perecimento do direito, nos sete primeiros dias de bodas, incluindo o dia das núpcias.

II. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.

III. Quando, por duas vezes, o oficial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da família de que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, na hora que designar.

IV. Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu. O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de citação.

De acordo com o Código de Processo Civil, está correto o que consta APENAS

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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre

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em

a) II, III e IV.

b) I, II e III.

c) II e IV.

d) I, II e IV.

e) I e IV.

COMENTÁRIOS:

Item I – errado. O prazo de bodas é de 3 DIAS.

Item II – correto.

CPC

Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.

Item III – errado. 3 VEZES e não 2 Vezes.

Citação por HORA CERTA – para os casos em que o réu estiver furtando-se deliberadamente de receber a citação, a Lei prevê que o Oficial de Justiça deve comparecer por 3 VEZES no domicílio do réu. Se não o encontrar e houver suspeita da sua ocultação para não ser citado, deverá o Oficial de Justiça informar a qualquer pessoa da família do réu, bem como a qualquer vizinho, que no próximo dia (dia imediato) retornará em horário previamente marcado para realizar a citação do réu. Chegando ao local no dia e hora marcado, caso não encontre o réu, o Oficial de Justiça o citará, deixando a contrafé com os familiares ou vizinhos.

Item IV – correto. A ausência de citação válida do réu é uma irregularidade processual de natureza gravíssima, que pode ensejar a nulidade absoluta do processo por meio de Ação própria (Querela nullitatis).

A despeito da necessidade de citação expressa, em sua falta, caso o réu compareça espontaneamente em juízo a ausência de citação será suprida para

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todos os fins processuais. Se ele comparece em juízo, não há motivo para uma exigência burocrática e inútil de nova citação, não é verdade? Se o comparecimento do réu em juízo for apenas para pugnar a nulidade do ato de citação, a própria citação será reconhecida e reputada para a data em que o Advogado do réu foi intimado da decisão que decretar a nulidade (reconhecer o vício da falta de citação válida).

CPC

Art. 214. Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu.

§ 1o O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de citação. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 146: TRE - AM – Administrativa [FCC] - 31/01/2010.

Considere as assertivas abaixo a respeito das cartas.

I. Cumprida a carta, será devolvida ao juízo de origem, no prazo de 30 dias, mediante traslado e pagamento das custas pela parte.

II. A carta tem caráter itinerante; antes ou depois de Ihe ser ordenado o cumprimento, poderá ser apresentada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato.

III. Quando o objeto da carta for exame pericial sobre documento, este será remetido em cópia fotográfica de alta resolução, ficando nos autos o documento original.

IV. A carta de ordem, carta precatória ou carta rogatória pode ser expedida por meio eletrônico, situação em que a assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei.

De acordo com o Código de Processo Civil, está correto o que se afirma APENAS em

a) I, II e III.

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b) I, II e IV.

c) II e IV.

d) III e IV.

e) II, III e IV.

COMENTÁRIOS:

Item I – errado. Depois que a Carta Precatória, de Ordem ou Rogatória for cumprida, deverá ser encaminhada ao Juízo de origem em até 10 DIAS, devendo as custas ser pagas pela parte requerente.

CPC

Art. 212. Cumprida a carta, será devolvida ao juízo de origem, no prazo de 10 (dez) dias, independentemente de traslado, pagas as custas pela parte.

Item II – correto. A Carta tem caráter itinerante, isto é, não é vinculada ao Juízo inicialmente destinatário. Se após a sua expedição for verificado que o cumprimento do ato processual deve ocorrer em outro juízo, a este deverá ser remetido. Exemplo: Juiz da Comarca de Porto Alegre/RS encaminha carta precatória a Juiz da Comarca de Campo Grande/MS, mas, posteriormente descobre que o ato deve ser cumprido em Cuiabá/MT; outro exemplo é caso do réu que deverá ser citado da ação mudar-se de domicílio, necessitando a alteração do Juízo destinatário da Carta. Com isso, a Carta poderá ser remetida para o novo destinatário, dada sua itinerância.

CPC

Art. 204. A carta tem caráter itinerante; antes ou depois de Ihe ser ordenado o cumprimento, poderá ser apresentada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato.

Item III – errado. . Se a Carta visar exame pericial de documento, este deve ser encaminhado com a Carta, no original. Nos autos do processo originário ficará apenas cópia.

CPC

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Art. 202

§ 2o Quando o objeto da carta for exame pericial sobre documento, este será remetido em original, ficando nos autos reprodução fotográfica.

Item IV – correto. Com o processo eletrônico da atualidade, é possível a expedição de Carta de Precatória, de Ordem ou Rogatória por MEIO ELETRÔNICO, com assinatura digital (eletrônica) do Juiz.

CPC

Art. 202

§ 3o A carta de ordem, carta precatória ou carta rogatória pode ser expedida por meio eletrônico, situação em que a assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 147: TRE - AM – Judiciária [FCC] - 31/01/2010.

Com relação as nulidades é INCORRETO afirmar:

a) Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa.

b) O erro de forma do processo acarreta a nulidade absoluta de todos os atos nele praticado em razão da inobservância legal pré-determinada, sendo vedado o aproveitamento de atos.

c) Em regra, a nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.

d) Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subsequentes, que dele dependam; todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam independentes.

e) Se o processo em que deva intervir tiver corrido sem conhecimento do Ministério Público o juiz o anulará a partir do momento em que o órgão devia

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ter sido intimado.

COMENTÁRIOS:

Item A – correto. Princípio do Prejuízo – só haverá nulidade de houver prejuízo à parte; não será declarada nulidade se não houve prejuízo às partes e não aproveita a quem deu causa. Há causas de nulidade absoluta que o prejuízo é presumido, não precisa ser provado. Exemplo: imparcialidade do Juiz. Com isso, o ato não se repetirá nem se lhe suprirá a falta quando não prejudicar a parte.

CPC

Art. 243. Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que Ihe deu causa.

Item B – errado. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo praticar-se os que forem necessários, a fim de se observarem, quanto possível, as prescrições legais. Como regra, devem-se aproveitar os atos praticados, desde que não resulte prejuízo à defesa.

Item C – correto. Princípio da Preclusão – as nulidades relativas devem ser alegadas na 1ª oportunidade em que couber alega-las nos autos, sob pena de serem convalidadas, precluindo o direito de aduzi-las novamente. Se houver legítimo impedimento será possível a parte alegar as nulidades relativas posteriormente. As nulidades relativas não pode ser reconhecidas de ofício pelo Juiz.

CPC

Art. 245. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.

Item D – correto. Princípio da Causalidade ou Consequencialidade – a anulação do processo somente atingirá os atos que tiverem uma relação de causa e efeito (interdependência). Tal princípio está em consonância com outro

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Princípio: o da Economia Processual. Exemplo: nos atos instrutórios de um processo, será plenamente possível anular uma perícia realizada irregularmente, permanecendo com as outras provas já colhidas; de outro lado, a nulidade de um documento falso juntado aos autos contamina os depoimentos colhidos sobre aquele mesmo documento falso. Por isso que, anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subseqüentes, que dele dependam. Todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam independentes.

CPC

Art. 248. Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subseqüentes, que dele dependam; todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam independentes.

Item E – correto. Intimação Obrigatória do MP – quando for o caso de intervenção do Ministério Público e este não for intimado para intervir, o processo será declarado NULO. Se a ausência de intervenção for apenas parcial, a anulação será apenas dos atos praticados a partir do momento em que o órgão devia ter sido intimado.

CPC

Art. 246. É nulo o processo, quando o Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir.

Parágrafo único. Se o processo tiver corrido, sem conhecimento do Ministério Público, o juiz o anulará a partir do momento em que o órgão devia ter sido intimado.

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 148: TRT - 7ª Região - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 11/10/2009.

O despacho que ordenar a citação se prolatado por juiz

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a) incompetente, constitui em mora o devedor e suspende prescrição.

b) competente, constitui em mora o devedor e suspende a prescrição.

c) competente ou incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.

d) incompetente, constitui em mora o devedor mas não interrompe a prescrição.

e) competente, não constitui em mora o devedor mas suspende a prescrição.

COMENTÁRIOS:

Os efeitos processuais da citação (Prevenção, Litispendência, Litigiosidade) não são gerados quando a citação é realizada por Juiz Absolutamente incompetente. De outro lado, os efeitos materiais (Constituição em mora do devedor e interrupção da prescrição) são plenamente gerados após a citação do réu, mesmo quando realizada por Juiz Absolutamente incompetente.

CPC

Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 149: TJ - PI - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 06/09/2009.

Manifestação do princípio do contraditório, a citação constitui o ato de integração do réu na relação processual e sua validade é essencial para possibilitar a regularidade da prestação jurisdicional. Por tal razão, deve ser

a) realizada, ainda que o réu se encontre gravemente doente.

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b) dirigida pessoalmente ao réu, apenas.

c) realizada, ainda que o oficial de justiça constate ser o réu demente.

d) dirigida pessoalmente ao réu, ao seu representante legal ou ao procurador legalmente autorizado.

e) realizada, ainda que no dia do falecimento do cônjuge do réu.

COMENTÁRIOS:

A regra é que a citação do réu seja PESSOAL, isto é, na pessoa do réu ou de quem detenha poderes específicos de representação (representante legal ou procurador legalmente autorizado).

CPC

Art. 215 Far-se-á a citação pessoalmente ao réu, ao seu representante legal ou ao procurador legalmente autorizado.

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 150: TJ - PI - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] – 06/09/2009.

É correto afirmar que a intimação aos advogados das partes

a) não precisa ser realizada quando houver revelia.

b) pode ser realizada através do órgão oficial, sempre.

c) deve ser feita pessoalmente, em caso de antecipação da audiência.

d) pode ser dispensada, a critério do juiz.

e) não se faz necessária no procedimento sumário.

COMENTÁRIOS:

Havendo antecipação da audiência, o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, mandará intimar pessoalmente os Advogados para

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ciência da nova designação.

CPC

Art. 242

§ 2o Havendo antecipação da audiência, o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, mandará intimar pessoalmente os advogados para ciência da nova designação. (§ 3o renumerado pela Lei nº 8.952, de 1994)

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 151: TJ - SE - Técnico Judiciário – Judiciária [FCC] – 23/08/2009.

Com relação a citação podemos afirmar que começa a correr o prazo, da data

a) da sua publicação, se a citação for por edital.

b) do cumprimento do mandado, se a citação for por oficial de justiça.

c) da citação pessoal de cada réu, se houver vários.

d) do carimbo do correio, se a citação for por carta.

e) de juntada aos autos devidamente cumprida, se a citação for por carta precatória.

COMENTÁRIOS:

Os prazos para as partes manifestarem-se nos autos após a prática do ato processual de intimação ou citação começam a correr seguindo as seguintes regras:

1. quando a citação ou intimação for pelo CORREIO, da data de juntada aos autos do Aviso de Recebimento (AR);

2. quando a citação ou intimação for por Oficial de Justiça, da data de juntada aos autos do mandado cumprido;

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3. quando houver vários réus, da data de juntada aos autos do ÚLTIMO Aviso de Recebimento (AR) ou mandado citatório cumprido;

4. quando o ato se realizar em cumprimento de Carta de Ordem, Precatória ou Rogatória, da data de sua juntada aos autos devidamente cumprida;

5. quando a citação for por EDITAL, finda a dilação assinada pelo juiz – o Juiz pode fixar o prazo de contestação da Ação entre 20 e 60 DIAS, correndo da data da 1ª publicação.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 152: MPE - SE - Técnico do Ministério Público – Administrativa [FCC] – 19/04/2009.

Se o processo tramita perante Tribunal de Justiça, o ato processual, cuja execução deva ser feita por Juiz de Comarca do interior do Estado, deve ser requisitado através de carta

a) simples.

b) registrada.

c) precatória.

d) rogatória.

e) de ordem.

COMENTÁRIOS:

Como há hierarquia entre o TJ e o Juiz de 1ª Instância, a Carta do TJ será de ORDEM.

RESPOSTA CERTA: E

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QUESTÃO 153: DPE - MA - Defensor Público [FCC] – 29/03/2009.

A citação poderá ser feita pelo correio, para qualquer comarca do País

a) quando o autor residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência.

b) quando for ré pessoa incapaz.

c) quando for ré pessoa de direito público.

d) nos processos de execução.

e) nas ações de estado.

COMENTÁRIOS:

Citação por CORREIO – a citação feita pelo Correio (correspondência) poderá ser realizada em qualquer Comarca do País, salvo as exceções legais. Tem sido a adotada como regra geral na Justiça, pela facilidade de comunicação mediante os Correios.

CPC

Art. 222. A citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do País, exceto: (Redação dada pela Lei nº 8.710, de 1993)

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 154: TRT - SP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] – 16/11/2008.

Numa ação ordinária movida contra cinco réus, Paulo foi pessoalmente citado por oficial de justiça, tendo o mandado de citação sido juntado aos autos em 10/09/2005; Pedro foi citado por edital, cujo prazo se expirou em 10/10/2005; João foi citado por carta rogatória, juntada aos autos em 13/11/2005; José foi citado por carta precatória, juntada aos autos em 15/11/ 2005; e Luiz foi citado pelo correio, tendo o aviso de recebimento sido juntado aos autos em 20/11/2005. O prazo para contestação em relação a Paulo começou a

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correr da data da juntada aos autos

a) da carta precatória expedida para citação de José.

b) da carta rogatória expedida para citação de João.

c) do mandado da sua citação pessoal por oficial de justiça.

d) do aviso de recebimento da carta de citação de Luiz.

e) do decurso do prazo do edital de citação de Pedro.

COMENTÁRIOS:

Os prazos para as partes manifestarem-se nos autos após a prática do ato processual de intimação ou citação começam a correr seguindo as seguintes regras:

1. quando a citação ou intimação for pelo CORREIO, da data de juntada aos autos do Aviso de Recebimento (AR);

2. quando a citação ou intimação for por Oficial de Justiça, da data de juntada aos autos do mandado cumprido;

3. quando houver vários réus, da data de juntada aos autos do ÚLTIMO Aviso de Recebimento (AR) ou mandado citatório cumprido;

4. quando o ato se realizar em cumprimento de Carta de Ordem, Precatória ou Rogatória, da data de sua juntada aos autos devidamente cumprida;

5. quando a citação for por EDITAL, finda a dilação assinada pelo juiz – o Juiz pode fixar o prazo de contestação da Ação entre 20 e 60 DIAS, correndo da data da 1ª publicação.

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 155: DPU - Agente Administrativo [CESPE] - 30/05/2010.

Artur, representado por sua mãe, ajuizou ação de investigação de paternidade

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em face de Pedro, seu suposto pai, declinando na inicial a qualificação e o endereço residencial do réu.

Nessa situação hipotética, a citação inicial se dará

a) por meio eletrônico.

b) pelo correio.

c) pessoalmente.

d) com hora certa.

e) por edital.

COMENTÁRIOS:

A citação feita pelo Correio (correspondência) poderá ser realizada em qualquer Comarca do País, salvo as exceções legais. Tem sido a adotada como regra geral na Justiça, pela facilidade de comunicação mediante os Correios.

Vedação de citação pelos Correios:

o nas Ações de Estado (Estado Civil da pessoa física: casamento, separação, divórcio, investigação de paternidade, etc);

o quando for RÉ pessoa incapaz;

o quando for RÉ pessoa de direito público;

o nos processos de Execução;

o quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência (Ex: alguns vilarejos do interior do Rio Amazonas);

o quando o autor a requerer de outra forma.

Como a Ação citada é de Estado, não como ser por Correios, que é a regra, mas apenas pessoalmente, por Oficial de Justiça.

Para a citação ter sido por meio eletrônico, a questão deveria informar se o processo era ou não eletrônico.

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RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 156: OAB - Exame de Ordem 2010-1 [CESPE] - 13/06/2010.

Com relação aos atos processuais, assinale a opção correta.

a) Comparecendo o réu apenas para arguir a nulidade da citação e sendo esta decretada, será considerada feita a citação na data em que for juntado aos autos o mandado de nova citação, devidamente cumprido, com os requisitos legais.

b) São requisitos da citação por edital, entre outros, a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre vinte e quarenta dias, a partir da data da primeira publicação.

c) Tratando-se de ações de estado, a citação será feita pelo correio, nas localidades atendidas pela entrega domiciliar de correspondência.

d) Para a fixação do termo inicial da contagem de prazo processual, se a comunicação for feita por edital, o prazo para a prática do ato processual terá início a partir do termo final do prazo previsto no próprio edital para aperfeiçoamento da citação.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. Se ele comparece em juízo, não há motivo para uma exigência burocrática e inútil de nova citação, não é verdade? Se o comparecimento do réu em juízo for apenas para pugnar a nulidade do ato de citação, a própria citação será reconhecida e reputada para a data em que o Advogado do réu foi intimado da decisão que decretar a nulidade (reconhecer o vício da falta de citação válida).

CPC

Art. 214. Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu.

§ 1o O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a

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falta de citação. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

§ 2o Comparecendo o réu apenas para argüir a nulidade e sendo esta decretada, considerar-se-á feita a citação na data em que ele ou seu advogado for intimado da decisão.

Item B – errado. Entre os requisitos da citação por edital encontra-se a fixação do prazo de contestação da Ação entre 20 e 60 DIAS, correndo da data da 1ª publicação.

Item C – errado. Como vimos, é vedação expressa a citação pelos Correios nas ações de Estado.

Item D – correto. Quando a citação for por EDITAL, a contagem do prazo iniciará finda a dilação assinada pelo juiz – o Juiz pode fixar o prazo de contestação da Ação entre 20 e 60 DIAS, correndo da data da 1ª publicação.

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 157: TJ - ES - Analista Judiciário 2 – Administrativa [CESPE] - 03/04/2011.

Para a validade do processo, é indispensável a intimação inicial do réu, a qual, mesmo ordenada por juiz incompetente, tornará prevento o juízo e interromperá a prescrição.

COMENTÁRIOS:

Não é intimação, mas CITAÇÃO do réu! Cuidado!

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 158: OAB - Exame de Ordem 2009-2 [CESPE] – 13/09/2009.

São modalidades de citação ficta

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a) a citação por via postal e a citação por edital.

b) a citação com hora certa e a citação por edital.

c) a citação por oficial de justiça e a citação por meio eletrônico.

d) a citação com hora certa e a citação por oficial de justiça.

COMENTÁRIOS:

As formas de citação são classificadas pela doutrina em 2 Grupos, a depender da certeza da citação do réu:

� Citações REAIS – as citações reais são aqueles em que se tem a certeza da efetiva citação do réu (que este realmente foi citado e tem inteiro conhecimento da existência do processo). São também chamadas de Citações Pessoais (na pessoa do réu). As modalidades de citações reais geram os efeitos da revelia do réu na hipótese de não apresentação de resposta do réu (Ex: falta de contestação à Ação). Formas de Citação REAL:

a) Por CORREIO –

b) Por OFICIAL DE JUSTIÇA –

c) Por MEIO ELETRÔNICO –

� Citações FICTAS ou PRESUMIDAS – são formas de citação em que apenas se presume formalmente a citação do réu, dadas as dificuldades para sua citação real. Nestes casos, o réu não sofrerá os efeitos da revelia, sendo nomeado Curador Especial para sua defesa. São formas de citação Ficta ou Presumida:

a) Por EDITAL –

b) Por HORA CERTA –

RESPOSTA CERTA: B

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QUESTÃO 159: TRT 17-ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] - 19/04/2009.

Em que pese a citação válida ser essencial para o desenvolvimento regular do processo, é possível que seja suprida a sua falta ou nulidade.

COMENTÁRIOS:

Gente, essa pergunta não é fácil! Tem que pensar um pouco para respondê-la.

A despeito da necessidade de citação expressa, em sua falta, caso o réu compareça espontaneamente em juízo a ausência de citação será suprida para todos os fins processuais. Se ele comparece em juízo, não há motivo para uma exigência burocrática e inútil de nova citação, não é verdade? Se o comparecimento do réu em juízo for apenas para pugnar a nulidade do ato de citação, a própria citação será reconhecida e reputada para a data em que o Advogado do réu foi intimado da decisão que decretar a nulidade (reconhecer o vício da falta de citação válida).

CPC

Art. 214. Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu.

§ 1o O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de citação. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 160: OAB - SP - 137º Exame de Ordem [CESPE] – 11/01/2009.

A interrupção da prescrição operada em razão da citação válida é o efeito material dessa espécie de comunicação dos atos processuais, o qual

a) não retroage.

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b) retroage à data do despacho que ordena a citação.

c) retroage à data da propositura da ação.

d) retroage à data da propositura da ação somente se o réu contestar.

COMENTÁRIOS:

Interrupção da Prescrição – a prescrição é a perda da pretensão à reparação de um direito violado pela inércia de seu titular por determinado tempo previsto em lei. Com a citação, a prescrição que começou a correr anteriormente, a partir da violação ao direito, é interrompida (zerada e recontada novamente – o prazo de prescrição é zerado e começa novamente) com a citação válida. Esta interrupção tem seus efeitos retroagidos à data da propositura da ação e não à data da própria citação.

CPC

Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.

§ 1o A interrupção da prescrição retroagirá à data da propositura da ação.(Redação dada pela Lei nº 8.952, de 1994)

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 161: OAB - SP - 136º Exame de Ordem [CESPE] – 14/09/2008.

Nas ações de estado, a citação pelo correio é inadmissível.

COMENTÁRIOS:

Já vimos que é vedada citação pelo Correio nas ações de Estado. Vejam como cai muito!

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RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 162: PGE- ES - Procurador do Estado de 1ª Categoria [CESPE] – 27/04/2008.

A respeito dos atos processuais, julgue os itens subseqüentes

Em se tratando de nulidade absoluta, o juiz é obrigado a declará-la, salvo quando o mérito possa ser decidido em favor da parte que aproveite a declaração de nulidade.

COMENTÁRIOS:

Princípio da Conservação - O juiz deve pronunciar a nulidade, declarar quais serão os atos atingidos, ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou retificados, mas somente os estritamente necessários. No entanto, quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a declaração da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 163: PGE- ES - Procurador do Estado de 1ª Categoria [CESPE] – 27/04/2008.

A citação ficta ocorre quando a parte requerida toma ciência da propositura da ação por meio de ficção legal, na pessoa de seu representante legal com poderes para representá-la judicialmente ou por edital. Nos demais casos, considera-se a citação como pessoal.

COMENTÁRIOS:

Esta é hipótese de citação pessoal! Não confundir!

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RESPOSTA CERTA: E

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EXERCÍCIOS com GABARITO

QUESTÃO 139: PGE - RO - Procurador do Estado Substituto [FCC] - 01/05/2011.

Como preconizado pelo Código de Processo Civil, se o autor requerer na peça inicial a citação pelo correio ela poderá ser normalmente realizada

a) nas ações de estado.

b) quando for ré a Fazenda Pública do Estado de Rondônia.

c) quando for ré empresa pública.

d) nos processos de execução.

e) quando for ré pessoa incapaz.

QUESTÃO 140: TJ - PE - Juiz Substituto [FCC] - 27/03/2011.

No tocante às nulidades processuais, é INCORRETO afirmar:

a) Sob pena de preclusão, a nulidade dos atos processuais deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte manifestar-se nos autos, mesmo quando deva o juiz decretá-la de ofício.

b) Em ação na qual haja interesse de incapaz, a não intervenção do Ministério Público acarreta a nulidade do processo.

c) Pelo princípio da instrumentalidade das formas, realizado o ato processual de modo diverso ao previsto em lei, sem nulidade estabelecida, o juiz terá tal ato como válido se alcançar sua finalidade.

d) Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará os atos atingidos, ordenando as providências necessárias para que sejam repetidos ou retificados.

e) São nulas as citações e intimações, quando feitas sem observância das prescrições legais.

QUESTÃO 141: TRE - RN - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 06/02/2011.

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Mário e Mariana se casaram ontem (domingo), e na manhã de hoje (segunda-feira) receberam oficial de justiça para citá-los em ação ordinária de cobrança. Neste caso, em regra, o oficial de justiça

a) deverá citá-los normalmente, não havendo impedimento legal.

b) não poderá citá-los, tendo em vista que o casal contraiu matrimônio ontem.

c) deverá citá-los, mas fornecerá prazo de quarenta e oito hora para assinatura do mandato.

d) só poderá citá-los se decorreram vinte e quatro horas da cerimônia matrimonial, tendo em vista a proteção legal existente no Código de Processo Civil.

e) só poderá citá-los se decorreram doze horas da cerimônia matrimonial, tendo em vista a proteção legal existente no Código de Processo Civil.

QUESTÃO 142: TRT 22ª - Analista Judiciário – Judiciário [FCC] - 14/11/2010.

A carta precatória

a) poderá ser dirigida a cumprimento por juiz subordinado ao que a expediu ou a autoridade judiciária estrangeira.

b) não poderá ser apresentada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato, pois não tem caráter itinerante.

c) que tiver por objeto exame pericial sobre documento deverá ser instruída com cópia deste, ficando nos autos o original.

d) não poderá em nenhuma situação ser recusada pelo juízo deprecado, ainda que através de despacho motivado.

e) poderá ser transmitida por telefone, havendo urgência, entre o escrivão do juízo deprecante e o do juízo deprecado.

QUESTÃO 143: TRT 8ª - Analista Judiciário – Judiciário [FCC] - 24/10/2010.

A citação poderá ser feita pelo correio

a) quando o réu for pessoa incapaz.

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b) nas ações de estado.

c) quando o réu for pessoa jurídica de direito público.

d) quando o réu residir em outra comarca do país.

e) nos processos de execução.

QUESTÃO 144: TRT 9ª - Téc- Judiciário – Administrativa [FCC] - 25/07/2010.

Os atos processuais que devam ser cumpridos no exterior, em outra comarca ou por juiz subordinado a tribunal, serão requisitados, respectivamente, através de carta

a) rogatória, carta precatória e carta de ordem.

b) precatória, carta rogatória e carta de ordem.

c) de ordem, carta precatória e carta rogatória.

d) rogatória, carta de ordem e carta precatória.

e) de ordem, carta rogatória e carta precatória.

QUESTÃO 145: TRF 4ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] - 17/04/2010.

Considere as seguintes assertivas a respeito da citação:

I. Não se fará a citação aos noivos, salvo para evitar o perecimento do direito, nos sete primeiros dias de bodas, incluindo o dia das núpcias.

II. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.

III. Quando, por duas vezes, o oficial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da família de que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, na hora que designar.

IV. Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu. O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de citação.

De acordo com o Código de Processo Civil, está correto o que consta APENAS

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em

a) II, III e IV.

b) I, II e III.

c) II e IV.

d) I, II e IV.

e) I e IV.

QUESTÃO 146: TRE - AM – Administrativa [FCC] - 31/01/2010.

Considere as assertivas abaixo a respeito das cartas.

I. Cumprida a carta, será devolvida ao juízo de origem, no prazo de 30 dias, mediante traslado e pagamento das custas pela parte.

II. A carta tem caráter itinerante; antes ou depois de Ihe ser ordenado o cumprimento, poderá ser apresentada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato.

III. Quando o objeto da carta for exame pericial sobre documento, este será remetido em cópia fotográfica de alta resolução, ficando nos autos o documento original.

IV. A carta de ordem, carta precatória ou carta rogatória pode ser expedida por meio eletrônico, situação em que a assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei.

De acordo com o Código de Processo Civil, está correto o que se afirma APENAS em

a) I, II e III.

b) I, II e IV.

c) II e IV.

d) III e IV.

e) II, III e IV.

QUESTÃO 147: TRE - AM – Judiciária [FCC] - 31/01/2010.

Com relação as nulidades é INCORRETO afirmar:

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a) Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa.

b) O erro de forma do processo acarreta a nulidade absoluta de todos os atos nele praticado em razão da inobservância legal pré-determinada, sendo vedado o aproveitamento de atos.

c) Em regra, a nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.

d) Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subsequentes, que dele dependam; todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam independentes.

e) Se o processo em que deva intervir tiver corrido sem conhecimento do Ministério Público o juiz o anulará a partir do momento em que o órgão devia ter sido intimado.

QUESTÃO 148: TRT - 7ª Região - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 11/10/2009.

O despacho que ordenar a citação se prolatado por juiz

a) incompetente, constitui em mora o devedor e suspende prescrição.

b) competente, constitui em mora o devedor e suspende a prescrição.

c) competente ou incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.

d) incompetente, constitui em mora o devedor mas não interrompe a prescrição.

e) competente, não constitui em mora o devedor mas suspende a prescrição.

QUESTÃO 149: TJ - PI - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 06/09/2009.

Manifestação do princípio do contraditório, a citação constitui o ato de integração do réu na relação processual e sua validade é essencial para possibilitar a regularidade da prestação jurisdicional. Por tal razão, deve ser

a) realizada, ainda que o réu se encontre gravemente doente.

b) dirigida pessoalmente ao réu, apenas.

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c) realizada, ainda que o oficial de justiça constate ser o réu demente.

d) dirigida pessoalmente ao réu, ao seu representante legal ou ao procurador legalmente autorizado.

e) realizada, ainda que no dia do falecimento do cônjuge do réu.

QUESTÃO 150: TJ - PI - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] – 06/09/2009.

É correto afirmar que a intimação aos advogados das partes

a) não precisa ser realizada quando houver revelia.

b) pode ser realizada através do órgão oficial, sempre.

c) deve ser feita pessoalmente, em caso de antecipação da audiência.

d) pode ser dispensada, a critério do juiz.

e) não se faz necessária no procedimento sumário.

QUESTÃO 151: TJ - SE - Técnico Judiciário – Judiciária [FCC] – 23/08/2009.

Com relação a citação podemos afirmar que começa a correr o prazo, da data

a) da sua publicação, se a citação for por edital.

b) do cumprimento do mandado, se a citação for por oficial de justiça.

c) da citação pessoal de cada réu, se houver vários.

d) do carimbo do correio, se a citação for por carta.

e) de juntada aos autos devidamente cumprida, se a citação for por carta precatória.

QUESTÃO 152: MPE - SE - Técnico do Ministério Público – Administrativa [FCC] – 19/04/2009.

Se o processo tramita perante Tribunal de Justiça, o ato processual, cuja execução deva ser feita por Juiz de Comarca do interior do Estado, deve ser requisitado através de carta

a) simples.

b) registrada.

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c) precatória.

d) rogatória.

e) de ordem.

QUESTÃO 153: DPE - MA - Defensor Público [FCC] – 29/03/2009.

A citação poderá ser feita pelo correio, para qualquer comarca do País

a) quando o autor residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência.

b) quando for ré pessoa incapaz.

c) quando for ré pessoa de direito público.

d) nos processos de execução.

e) nas ações de estado.

QUESTÃO 154: TRT - SP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] – 16/11/2008.

Numa ação ordinária movida contra cinco réus, Paulo foi pessoalmente citado por oficial de justiça, tendo o mandado de citação sido juntado aos autos em 10/09/2005; Pedro foi citado por edital, cujo prazo se expirou em 10/10/2005; João foi citado por carta rogatória, juntada aos autos em 13/11/2005; José foi citado por carta precatória, juntada aos autos em 15/11/ 2005; e Luiz foi citado pelo correio, tendo o aviso de recebimento sido juntado aos autos em 20/11/2005. O prazo para contestação em relação a Paulo começou a correr da data da juntada aos autos

a) da carta precatória expedida para citação de José.

b) da carta rogatória expedida para citação de João.

c) do mandado da sua citação pessoal por oficial de justiça.

d) do aviso de recebimento da carta de citação de Luiz.

e) do decurso do prazo do edital de citação de Pedro.

QUESTÃO 155: DPU - Agente Administrativo [CESPE] - 30/05/2010.

Artur, representado por sua mãe, ajuizou ação de investigação de paternidade em face de Pedro, seu suposto pai, declinando na inicial a qualificação e o

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endereço residencial do réu.

Nessa situação hipotética, a citação inicial se dará

a) por meio eletrônico.

b) pelo correio.

c) pessoalmente.

d) com hora certa.

e) por edital.

QUESTÃO 156: OAB - Exame de Ordem 2010-1 [CESPE] - 13/06/2010.

Com relação aos atos processuais, assinale a opção correta.

a) Comparecendo o réu apenas para arguir a nulidade da citação e sendo esta decretada, será considerada feita a citação na data em que for juntado aos autos o mandado de nova citação, devidamente cumprido, com os requisitos legais.

b) São requisitos da citação por edital, entre outros, a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre vinte e quarenta dias, a partir da data da primeira publicação.

c) Tratando-se de ações de estado, a citação será feita pelo correio, nas localidades atendidas pela entrega domiciliar de correspondência.

d) Para a fixação do termo inicial da contagem de prazo processual, se a comunicação for feita por edital, o prazo para a prática do ato processual terá início a partir do termo final do prazo previsto no próprio edital para aperfeiçoamento da citação.

QUESTÃO 157: TJ - ES - Analista Judiciário 2 – Administrativa [CESPE] - 03/04/2011.

Para a validade do processo, é indispensável a intimação inicial do réu, a qual, mesmo ordenada por juiz incompetente, tornará prevento o juízo e interromperá a prescrição.

QUESTÃO 158: OAB - Exame de Ordem 2009-2 [CESPE] – 13/09/2009.

São modalidades de citação ficta

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a) a citação por via postal e a citação por edital.

b) a citação com hora certa e a citação por edital.

c) a citação por oficial de justiça e a citação por meio eletrônico.

d) a citação com hora certa e a citação por oficial de justiça.

QUESTÃO 159: TRT 17-ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] - 19/04/2009.

Em que pese a citação válida ser essencial para o desenvolvimento regular do processo, é possível que seja suprida a sua falta ou nulidade.

QUESTÃO 160: OAB - SP - 137º Exame de Ordem [CESPE] – 11/01/2009.

A interrupção da prescrição operada em razão da citação válida é o efeito material dessa espécie de comunicação dos atos processuais, o qual

a) não retroage.

b) retroage à data do despacho que ordena a citação.

c) retroage à data da propositura da ação.

d) retroage à data da propositura da ação somente se o réu contestar.

QUESTÃO 161: OAB - SP - 136º Exame de Ordem [CESPE] – 14/09/2008.

Nas ações de estado, a citação pelo correio é inadmissível.

QUESTÃO 162: PGE- ES - Procurador do Estado de 1ª Categoria [CESPE] – 27/04/2008.

A respeito dos atos processuais, julgue os itens subseqüentes

Em se tratando de nulidade absoluta, o juiz é obrigado a declará-la, salvo quando o mérito possa ser decidido em favor da parte que aproveite a declaração de nulidade.

QUESTÃO 163: PGE- ES - Procurador do Estado de 1ª Categoria [CESPE] – 27/04/2008.

A citação ficta ocorre quando a parte requerida toma ciência da propositura da ação por meio de ficção legal, na pessoa de seu representante legal com

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poderes para representá-la judicialmente ou por edital. Nos demais casos, considera-se a citação como pessoal.

GABARITOS OFICIAIS

139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 C A B E D A C C B C

149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 D C E E A D C D E B

159 160 161 162 163 C C C C E

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RESUMO DA AULA

As Cartas expedidas entre Magistrados são de 3 Espécies diversas:

o Carta PRECATÓRIA – expedida entre Juízes ou Tribunais de mesma hierarquia ou mesmo grau jurisdicional (Exemplo: de um Juiz de uma Comarca para o Juiz de outra Comarca, do mesmo ou de outro Estado; de um Tribunal para outro Tribunal);

o Carta de ORDEM – expedida de um Tribunal para um Juiz a ele vinculado. A Carta é de Ordem, pois existe uma relação de hierarquia entre o Tribunal e o Juiz (ordem “de cima para baixo”).

o Carta ROGATÓRIA – expedida para autoridade judiciária estrangeira (ato a ser realizado no exterior).

Deprecante X Deprecado...

a) Juízo Deprecante, Ordenante, Rogante - quem expede a Carta Precatória, de Ordem ou Rogatória.

b) Juízo Deprecado, Ordenado, Rogado – quem recebe a Carta Precatória, de Ordem ou Rogatória para cumprimento.

A Lei autoriza ao Juiz recusar o cumprimento de Carta precatória nas seguintes hipóteses, nas quais poderá devolvê-la com um Despacho Motivado (fundamentado):

o quando não estiver revestida dos requisitos legais (ex: não houver menção ao ato a ser praticado; ausência de assinatura do Juiz, etc);

o quando carecer de competência em razão da matéria ou da hierarquia (quando o Juiz for incompetente funcional para julgar o caso – incompetência absoluta, não apenas relativa); a doutrina sustenta que a incompetência territorial também é caso para recusa da Carta Precatória (exemplo: Juiz de uma Comarca não poderá cumprir uma

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Carta materialmente deverá ser cumprida no território de outra comarca).

o quando tiver dúvida acerca de sua autenticidade.

A regra é que a citação do réu seja PESSOAL, isto é, na pessoa do réu ou de quem detenha poderes específicos de representação (representante legal ou procurador legalmente autorizado).

Hipóteses de não citação do réu, salvo para evitar o perecimento do direito:

1. a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso;

2. ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consangüíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral em 2º GRAU, no dia do falecimento e nos 7 DIAS seguintes – até após a Missa do 7º dia do falecido os parentes até o 2º GRAU não poderão ser citados!

3. aos NOIVOS, nos 3 primeiros DIAS de bodas;

4. aos DOENTES, enquanto grave o seu estado.

As formas de citação são classificadas pela doutrina em 2 Grupos, a depender da certeza da citação do réu:

� Citações REAIS – as citações reais são aqueles em que se tem a certeza da efetiva citação do réu (que este realmente foi citado e tem inteiro conhecimento da existência do processo). São também chamadas de Citações Pessoais (na pessoa do réu). As modalidades de citações reais geram os efeitos da revelia do réu na hipótese de não apresentação de resposta do réu (Ex: falta de contestação à Ação). Formas de Citação REAL:

a) Por CORREIO –

b) Por OFICIAL DE JUSTIÇA –

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c) Por MEIO ELETRÔNICO –

� Citações FICTAS ou PRESUMIDAS – são formas de citação em que apenas se presume formalmente a citação do réu, dadas as dificuldades para sua citação real. Nestes casos, o réu não sofrerá os efeitos da revelia, sendo nomeado Curador Especial para sua defesa. São formas de citação Ficta ou Presumida:

a) Por EDITAL –

b) Por HORA CERTA –

A citação gera 5 efeitos diversos:

1. Prevenção – a prevenção é a fixação da competência quando 2 ou + juízes são igualmente competentes para conhecer do pedido. Ela ocorre quando o 1º Juiz realiza a citação válida (afastando a competência do outro), servindo como solução do conflito entre juízes de competência territorial distintas.

2. Litispendência – a litispendência ocorre quando, pendente uma ação, outra idêntica é apresentada (identidade de 2 ou mais ações). “Lide Pendente”. A identidade de ações, neste caso, envolve as mesmas partes, o mesmo pedido e a mesma causa de pedir (identidade de ações). O primeiro processo em que houver citação prosseguirá normalmente, mas os demais serão extintos sem resolução de mérito.

3. Litigiosidade do Objeto – implica na caracterização de eventual fraude à execução do processo. Isto porque a alienação da coisa discutida em juízo, após a citação válida, é ineficaz para o processo, não gerando a alteração das partes e vinculando seu destino à futura sentença.

4. Constituição em Mora do Devedor – a mora decorrente da citação tem os efeitos de uma interpelação judicial, gerando, entre outros efeitos, a incidência de juros moratórios (por

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atraso no pagamento).

5. Interrupção da Prescrição – a prescrição é a perda da pretensão à reparação de um direito violado pela inércia de seu titular por determinado tempo previsto em lei. Com a citação, a prescrição que começou a correr anteriormente, a partir da violação ao direito, é interrompida (zerada e recontada novamente – o prazo de prescrição é zerado e começa novamente) com a citação válida. Esta interrupção tem seus efeitos retroagidos à data da propositura da ação e não à data da própria citação.

Os efeitos processuais da citação (Prevenção, Litispendência, Litigiosidade) não são gerados quando a citação é realizada por Juiz Absolutamente incompetente. De outro lado, os efeitos materiais (Constituição em mora do devedor e interrupção da prescrição) são plenamente gerados após a citação do réu, mesmo quando realizada por Juiz Absolutamente incompetente.

Os prazos para as partes manifestarem-se nos autos após a prática do ato processual de intimação ou citação começam a correr seguindo as seguintes regras:

1. quando a citação ou intimação for pelo CORREIO, da data de juntada aos autos do Aviso de Recebimento (AR);

2. quando a citação ou intimação for por Oficial de Justiça, da data de juntada aos autos do mandado cumprido;

3. quando houver vários réus, da data de juntada aos autos do ÚLTIMO Aviso de Recebimento (AR) ou mandado citatório cumprido;

4. quando o ato se realizar em cumprimento de Carta de Ordem, Precatória ou Rogatória, da data de sua juntada aos autos devidamente cumprida;

5. quando a citação for por EDITAL, finda a dilação assinada pelo juiz – o Juiz pode fixar o prazo de contestação da Ação

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entre 20 e 60 DIAS, correndo da data da 1ª publicação.

Os Atos Processuais estão sujeitos a vícios com três ordens diversas, que resumo brevemente:

1. Inexistência – atos processuais inexistentes são aqueles impossíveis sequer de ocorrer e de gerar qualquer efeito jurídico prático. Exemplo: Sentença prolatada por um Delegado ou por um Promotor.

2. Nulidade Absoluta - os atos que não respeitam os requisitos essenciais previstos em lei em razão do interesse público são nulos de pleno direito. Exemplo: desrespeito ao contraditório e à ampla defesa; ausência de citação do réu; parcialidade do Juiz, etc.

3. Nulidade Relativa – decorre da não observância da forma prevista em lei para o ato processual, mas que não é impeditiva para a produção dos efeitos jurídicos do ato, salvo se a parte alegar prejuízo. A nulidade relativa visa proteger o interesse privado. Se a parte entende que não foi violado, o vício será convalidado, precluindo o direito de alegá-lo posteriormente. Exemplo: incompetência relativa do Juiz; recolhimento a menor das custas processuais; publicação de ato processual com equívoco na nomenclatura da parte, etc.

Até a próxima Aula!

Ricardo Gomes

Por sua aprovação!

LEGISLAÇÃO

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

TÍTULO V

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DOS ATOS PROCESSUAIS

CAPÍTULO IV

DAS COMUNICAÇÕES DOS ATOS

Seção I

Das Disposições Gerais

Art. 200. Os atos processuais serão cumpridos por ordem judicial ou requisitados por carta, conforme hajam de realizar-se dentro ou fora dos limites territoriais da comarca.

Art. 201. Expedir-se-á carta de ordem se o juiz for subordinado ao tribunal de que ela emanar; carta rogatória, quando dirigida à autoridade judiciária estrangeira; e carta precatória nos demais casos.

Seção II

Das Cartas

Art. 202. São requisitos essenciais da carta de ordem, da carta precatória e da carta rogatória:

I - a indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato;

II - o inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido ao advogado;

III - a menção do ato processual, que Ihe constitui o objeto;

IV - o encerramento com a assinatura do juiz.

§ 1o O juiz mandará trasladar, na carta, quaisquer outras peças, bem como instruí-la com mapa, desenho ou gráfico, sempre que estes documentos devam ser examinados, na diligência, pelas partes, peritos ou testemunhas.

§ 2o Quando o objeto da carta for exame pericial sobre documento, este será remetido em original, ficando nos autos reprodução fotográfica.

§ 3o A carta de ordem, carta precatória ou carta rogatória pode ser expedida por meio eletrônico, situação em que a assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei. (Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006).

Art. 203. Em todas as cartas declarará o juiz o prazo dentro do qual deverão ser cumpridas, atendendo à facilidade das comunicações e à natureza da diligência.

Art. 204. A carta tem caráter itinerante; antes ou depois de Ihe ser ordenado o cumprimento, poderá ser apresentada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato.

Art. 205. Havendo urgência, transmitir-se-ão a carta de ordem e a carta precatória por telegrama, radiograma ou telefone.

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Art. 206. A carta de ordem e a carta precatória, por telegrama ou radiograma, conterão, em resumo substancial, os requisitos mencionados no art. 202, bem como a declaração, pela agência expedidora, de estar reconhecida a assinatura do juiz.

Art. 207. O secretário do tribunal ou o escrivão do juízo deprecante transmitirá, por telefone, a carta de ordem, ou a carta precatória ao juízo, em que houver de cumprir-se o ato, por intermédio do escrivão do primeiro ofício da primeira vara, se houver na comarca mais de um ofício ou de uma vara, observando, quanto aos requisitos, o disposto no artigo antecedente.

§ 1o O escrivão, no mesmo dia ou no dia útil imediato, telefonará ao secretário do tribunal ou ao escrivão do juízo deprecante, lendo-lhe os termos da carta e solicitando-lhe que Iha confirme.

§ 2o Sendo confirmada, o escrivão submeterá a carta a despacho.

Art. 208. Executar-se-ão, de ofício, os atos requisitados por telegrama, radiograma ou telefone. A parte depositará, contudo, na secretaria do tribunal ou no cartório do juízo deprecante, a importância correspondente às despesas que serão feitas no juízo em que houver de praticar-se o ato.

Art. 209. O juiz recusará cumprimento à carta precatória, devolvendo-a com despacho motivado:

I - quando não estiver revestida dos requisitos legais;

II - quando carecer de competência em razão da matéria ou da hierarquia;

III - quando tiver dúvida acerca de sua autenticidade.

Art. 210. A carta rogatória obedecerá, quanto à sua admissibilidade e modo de seu cumprimento, ao disposto na convenção internacional; à falta desta, será remetida à autoridade judiciária estrangeira, por via diplomática, depois de traduzida para a língua do país em que há de praticar-se o ato.

Art. 211. A concessão de exeqüibilidade às cartas rogatórias das justiças estrangeiras obedecerá ao disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Art. 212. Cumprida a carta, será devolvida ao juízo de origem, no prazo de 10 (dez) dias, independentemente de traslado, pagas as custas pela parte.

Seção III Das Citações

Art. 213. Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se defender. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

Art. 214. Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

§ 1o O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de citação.

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(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

§ 2o Comparecendo o réu apenas para argüir a nulidade e sendo esta decretada, considerar-se-á feita a citação na data em que ele ou seu advogado for intimado da decisão. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

Art. 215 Far-se-á a citação pessoalmente ao réu, ao seu representante legal ou ao procurador legalmente autorizado.

§ 1o Estando o réu ausente, a citação far-se-á na pessoa de seu mandatário, administrador, feitor ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados.

§ 2o O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou na localidade, onde estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação, será citado na pessoa do administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis.

Art. 216 A citação efetuar-se-á em qualquer lugar em que se encontre o réu.

Parágrafo único. O militar, em serviço ativo, será citado na unidade em que estiver servindo se não for conhecida a sua residência ou nela não for encontrado.

Art. 217. Não se fará, porém, a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:

I - (Revogado pela Lei nº 8.952, de 1994)

I - a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso; (Renumerado do Inciso II pela Lei nº 8.952, de 1994)

II - ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consangüíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes; (Renumerado do Inciso III pela Lei nº 8.952, de 1994

III - aos noivos, nos 3 (três) primeiros dias de bodas; (Renumerado do Inciso IV pela Lei nº 8.952, de 1994

IV - aos doentes, enquanto grave o seu estado. (Renumerado do Inciso V pela Lei nº 8.952, de 1994

Art. 218. Também não se fará citação, quando se verificar que o réu é demente ou está impossibilitado de recebê-la.

§ 1o O oficial de justiça passará certidão, descrevendo minuciosamente a ocorrência. O juiz nomeará um médico, a fim de examinar o citando. O laudo será apresentado em 5 (cinco) dias.

§ 2o Reconhecida a impossibilidade, o juiz dará ao citando um curador, observando, quanto à sua escolha, a preferência estabelecida na lei civil. A nomeação é restrita à causa.

§ 3o A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa do réu.

Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e

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interrompe a prescrição. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

§ 1o A interrupção da prescrição retroagirá à data da propositura da ação.(Redação dada pela Lei nº 8.952, de 1994)

§ 2o Incumbe à parte promover a citação do réu nos 10 (dez) dias subseqüentes ao despacho que a ordenar, não ficando prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 1994)

§ 3o Não sendo citado o réu, o juiz prorrogará o prazo até o máximo de 90 (noventa) dias.(Redação dada pela Lei nº 8.952, de 1994)

§ 4o Não se efetuando a citação nos prazos mencionados nos parágrafos antecedentes, haver-se-á por não interrompida a prescrição. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

§ 5o O juiz pronunciará, de ofício, a prescrição. (Redação dada pela Lei nº 11.280, de 2006)

§ 6o Passada em julgado a sentença, a que se refere o parágrafo anterior, o escrivão comunicará ao réu o resultado do julgamento. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

Art. 220. O disposto no artigo anterior aplica-se a todos os prazos extintivos previstos na lei.

Art. 221. A citação far-se-á:

I - pelo correio;

II - por oficial de justiça;

III - por edital.

IV - por meio eletrônico, conforme regulado em lei própria. (Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006).

Art. 222. A citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do País, exceto: (Redação dada pela Lei nº 8.710, de 1993)

a) nas ações de estado; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 1993)

b) quando for ré pessoa incapaz; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 1993)

c) quando for ré pessoa de direito público; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 1993)

d) nos processos de execução; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 1993)

e) quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 1993)

f) quando o autor a requerer de outra forma. (Incluído pela Lei nº 8.710, de 1993)

Art. 223. Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou chefe da secretaria remeterá ao citando cópias da petição inicial e do despacho do juiz, expressamente consignada em seu inteiro teor a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, comunicando, ainda, o

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prazo para a resposta e o juízo e cartório, com o respectivo endereço. (Redação dada pela Lei nº 8.710, de 1993)

Parágrafo único. A carta será registrada para entrega ao citando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer a entrega, que assine o recibo. Sendo o réu pessoa jurídica, será válida a entrega a pessoa com poderes de gerência geral ou de administração. (Incluído pela Lei nº 8.710, de 1993)

Art. 224. Far-se-á a citação por meio de oficial de justiça nos casos ressalvados no art. 222, ou quando frustrada a citação pelo correio. (Redação dada pela Lei nº 8.710, de 1993)

Art. 225. O mandado, que o oficial de justiça tiver de cumprir, deverá conter: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

I - os nomes do autor e do réu, bem como os respectivos domicílios ou residências;(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

II - o fim da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, se o litígio versar sobre direitos disponíveis;(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

III - a cominação, se houver; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

IV - o dia, hora e lugar do comparecimento; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

V - a cópia do despacho; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

VI - o prazo para defesa; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

VII - a assinatura do escrivão e a declaração de que o subscreve por ordem do juiz. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

Parágrafo único. O mandado poderá ser em breve relatório, quando o autor entregar em cartório, com a petição inicial, tantas cópias desta quantos forem os réus; caso em que as cópias, depois de conferidas com o original, farão parte integrante do mandado. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

Art. 226. Incumbe ao oficial de justiça procurar o réu e, onde o encontrar, citá-lo:

I - lendo-lhe o mandado e entregando-lhe a contrafé;

II - portando por fé se recebeu ou recusou a contrafé;

III - obtendo a nota de ciente, ou certificando que o réu não a apôs no mandado.

Art. 227. Quando, por três vezes, o oficial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da família, ou em sua falta a qualquer vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, na hora que designar.

Art. 228. No dia e hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou residência do citando, a fim de realizar a diligência.

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§ 1o Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca.

§ 2o Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com pessoa da família ou com qualquer vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome.

Art. 229. Feita a citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu carta, telegrama ou radiograma, dando-lhe de tudo ciência.

Art. 230. Nas comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na mesma região metropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar citações ou intimações em qualquer delas.(Redação dada pela Lei nº 8.710, de 1993)

Art. 231. Far-se-á a citação por edital:

I - quando desconhecido ou incerto o réu;

II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar;

III - nos casos expressos em lei.

§ 1o Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento de carta rogatória.

§ 2o No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será divulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão.

Art. 232. São requisitos da citação por edital: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

I - a afirmação do autor, ou a certidão do oficial, quanto às circunstâncias previstas nos ns. I e II do artigo antecedente; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

II - a afixação do edital, na sede do juízo, certificada pelo escrivão; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

III - a publicação do edital no prazo máximo de 15 (quinze) dias, uma vez no órgão oficial e pelo menos duas vezes em jornal local, onde houver; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

IV - a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias, correndo da data da primeira publicação; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

V - a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, se o litígio versar sobre direitos disponíveis.(Incluído pela Lei nº 5.925, de 1973)

§ 1o Juntar-se-á aos autos um exemplar de cada publicação, bem como do anúncio, de que trata o no II deste artigo. (Renumerado do Parágrafo único pela Lei nº 7.359, de 1985)

§ 2o A publicação do edital será feita apenas no órgão oficial quando a parte for beneficiária da Assistência Judiciária. (Incluído pela Lei nº 7.359, de 1985)

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Art. 233. A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente os requisitos do art. 231, I e II, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário mínimo vigente na sede do juízo.

Parágrafo único. A multa reverterá em benefício do citando.

Seção IV Das Intimações

Art. 234. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa.

Art. 235. As intimações efetuam-se de ofício, em processos pendentes, salvo disposição em contrário.

Art. 236. No Distrito Federal e nas Capitais dos Estados e dos Territórios, consideram-se feitas as intimações pela só publicação dos atos no órgão oficial.

§ 1o É indispensável, sob pena de nulidade, que da publicação constem os nomes das partes e de seus advogados, suficientes para sua identificação.

§ 2o A intimação do Ministério Público, em qualquer caso será feita pessoalmente.

Art. 237. Nas demais comarcas aplicar-se-á o disposto no artigo antecedente, se houver órgão de publicação dos atos oficiais; não o havendo, competirá ao escrivão intimar, de todos os atos do processo, os advogados das partes:

I - pessoalmente, tendo domicílio na sede do juízo;

II - por carta registrada, com aviso de recebimento quando domiciliado fora do juízo.

Parágrafo único. As intimações podem ser feitas de forma eletrônica, conforme regulado em lei própria. (Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006).

Art. 238. Não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão feitas às partes, aos seus representantes legais e aos advogados pelo correio ou, se presentes em cartório, diretamente pelo escrivão ou chefe de secretaria.(Redação dada pela Lei nº 8.710, de 1993)

Parágrafo único. Presumem-se válidas as comunicações e intimações dirigidas ao endereço residencial ou profissional declinado na inicial, contestação ou embargos, cumprindo às partes atualizar o respectivo endereço sempre que houver modificação temporária ou definitiva. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006).

Art. 239. Far-se-á a intimação por meio de oficial de justiça quando frustrada a realização pelo correio. (Redação dada pela Lei nº 8.710, de 1993)

Parágrafo único. A certidão de intimação deve conter: (Redação dada pela Lei nº 8.710, de 1993)

I - a indicação do lugar e a descrição da pessoa intimada, mencionando, quando possível, o número de sua carteira de identidade e o órgão que a expediu;

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II - a declaração de entrega da contrafé;

III - a nota de ciente ou certidão de que o interessado não a apôs no mandado. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 1994)

Art. 240. Salvo disposição em contrário, os prazos para as partes, para a Fazenda Pública e para o Ministério Público contar-se-ão da intimação.

Parágrafo único. As intimações consideram-se realizadas no primeiro dia útil seguinte, se tiverem ocorrido em dia em que não tenha havido expediente forense. (Incluído pela Lei nº 8.079, de 1990)

Art. 241. Começa a correr o prazo: (Redação dada pela Lei nº 8.710, de 1993)

I - quando a citação ou intimação for pelo correio, da data de juntada aos autos do aviso de recebimento; (Redação dada pela Lei nº 8.710, de 1993)

II - quando a citação ou intimação for por oficial de justiça, da data de juntada aos autos do mandado cumprido; (Redação dada pela Lei nº 8.710, de 1993)

III - quando houver vários réus, da data de juntada aos autos do último aviso de recebimento ou mandado citatório cumprido; (Redação dada pela Lei nº 8.710, de 1993)

IV - quando o ato se realizar em cumprimento de carta de ordem, precatória ou rogatória, da data de sua juntada aos autos devidamente cumprida; (Redação dada pela Lei nº 8.710, de 1993)

V - quando a citação for por edital, finda a dilação assinada pelo juiz. (Redação dada pela Lei nº 8.710, de 1993)

Art. 242. O prazo para a interposição de recurso conta-se da data, em que os advogados são intimados da decisão, da sentença ou do acórdão.

§ 1o Reputam-se intimados na audiência, quando nesta é publicada a decisão ou a sentença.

§ 2o Havendo antecipação da audiência, o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, mandará intimar pessoalmente os advogados para ciência da nova designação. (§ 3o renumerado pela Lei nº 8.952, de 1994)

CAPÍTULO V

DAS NULIDADES

Art. 243. Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que Ihe deu causa.

Art. 244. Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, Ihe alcançar a finalidade.

Art. 245. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber

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à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.

Parágrafo único. Não se aplica esta disposição às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão, provando a parte legítimo impedimento.

Art. 246. É nulo o processo, quando o Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir.

Parágrafo único. Se o processo tiver corrido, sem conhecimento do Ministério Público, o juiz o anulará a partir do momento em que o órgão devia ter sido intimado.

Art. 247. As citações e as intimações serão nulas, quando feitas sem observância das prescrições legais.

Art. 248. Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subseqüentes, que dele dependam; todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam independentes.

Art. 249. O juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos são atingidos, ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou retificados.

§ 1o O ato não se repetirá nem se Ihe suprirá a falta quando não prejudicar a parte.

§ 2o Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a declaração da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta.

Art. 250. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo praticar-se os que forem necessários, a fim de se observarem, quanto possível, as prescrições legais.

Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados, desde que não resulte prejuízo à defesa.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. 33. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

CÂMARA, Alexandre. Lições de Direito Processual Civil. Lumem júris: 2010.

DIDIER JR., Fredie. Direito Processual Civil, Volume 1. 2010.

DONIZETE, Elpídio. Curso Didático de Direito Processual Civil. 12ª Edição.

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Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2010.

FAGA, Tânia Regina Trombini. Julgamentos e Súmulas do STF e STJ. São Paulo: Método, 2009.

FERRAZ JUNIOR, Tércio Sampaio: Introdução ao estudo de direito: técnica, decisão, dominação. 3.Ed. São Paulo: Atlas, 2001.

MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 25.ed. São Paulo: Atlas, 2010.

PLÁCIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. 18. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2001.