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TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUÇÃO DE MANDADOS AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 1 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) Prezados Alunos! Aula 11 de Direito Processual Civil! Nesta Aula veremos os Aspectos Gerais do Processo de Execução, Cautelar e de Procedimentos Especiais, que, inclusive, são os mais cobrados nas provas. Na próxima Aula estudaremos os Aspectos específicos de cada assunto. Desejo a todos sucesso em seus estudos! Agora vamos lá! QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 1. Processo de Execução. 2. Processo Cautelar. 3. Procedimentos Especiais.

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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre

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TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ)

Prezados Alunos!

Aula 11 de Direito Processual Civil!

Nesta Aula veremos os Aspectos Gerais do Processo de Execução, Cautelar e de Procedimentos Especiais, que, inclusive, são os mais cobrados nas provas. Na próxima Aula estudaremos os Aspectos específicos de cada assunto.

Desejo a todos sucesso em seus estudos!

Agora vamos lá!

QUADRO SINÓPTICO DA AULA:

1. Processo de Execução.

2. Processo Cautelar.

3. Procedimentos Especiais.

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1. Processo de Execução.

Disposições Gerais da Execução em Geral.

Enquanto o processo de Conhecimento visa definir de forma concreta a relação jurídica controvertida em juízo (especialmente certificar direitos), o processo ou fase de Execução tem por finalidade concretizar o quanto definido e consolidado na fase de Conhecimento.

Nesse sentido, com a recusa do devedor de cumprir a obrigação já certificada no processo de conhecimento, surge uma lide entre o credor e o obrigado ao adimplemento. Daí a necessidade da execução, que busca a satisfação ou a realização de um direito certificado e definido em um título judicial ou extrajudicial.

Como estudado, em regra, a Execução é uma mera FASE do Processo, pós-fase de Conhecimento (certificação). Nesse sentido, as mesmas regras legais do processo de conhecimento são aplicadas, de forma subsidiária, ao processo de execução.

No processo de Execução o Juiz pode, em qualquer momento do processo:

• ordenar o comparecimento das partes;

• advertir ao devedor que o seu procedimento constitui ato atentatório à dignidade da justiça.

A própria lei define como atentatório à dignidade da Justiça o ato do executado que:

1. frauda a execução (Ex: aliena o bem antes da execução propriamente dita, tentando desfazer-se do patrimônio)

2. opõe-se maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos (Ex: falsificação documental dos registros de determinado bem imóvel ou móvel);

3. resiste injustificadamente às ordens judiciais (Ex: executado

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que não comparece em juízo ou não atende às intimações do Juiz);

4. intimado, não indica ao juiz, em 5 DIAS, quais são e onde se encontram os bens sujeitos à penhora e seus respectivos valores.

Pela prática de ato atentatório à dignidade da Justiça o ato do executa, o devedor poderá ser sancionado com MULTA de até 20% do valor do débito atualizado, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material, multa essa que reverterá em proveito do credor, exigível na própria execução.

O Juiz relevará a pena (perdoará), se o devedor se comprometer a não mais praticar qualquer dos atos atentatórios à dignidade da Justiça e der fiador idôneo, que responda ao credor pela dívida principal, juros, despesas e honorários advocatícios.

Remição e adjudicação.

Na Execução por quantia certa contra devedor solvente, busca-se satisfazer o credor por meio da expropriação de bens do devedor. Esta expropriação de bens poderá ser realizada por meio:

• da Adjudicação em favor do exequente;

• da alienação por iniciativa particular;

• da alienação em hasta pública;

• do usufruto de bem móvel ou imóvel.

A Adjudicação é a forma preferencial de expropriação em que o credor fica com o bem penhorado pelo valor da avaliação, não necessitando exibir o preço, salvo se o valor do bem for superior ao valor da dívida (neste caso deverá depositar a diferença correspondente).

São legitimados para adjudicar os bens penhorados o Exequente, o credor com garantia real, pelos credores concorrentes que hajam penhorado o mesmo bem, pelo cônjuge, pelos descendentes ou ascendentes do executado. Se houver concorrência entre legitimados, será

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realizada licitação entre eles (quem oferecer o maior preço leva). Se os preços forem idênticos, terá preferência o cônjuge, descendente ou ascendente, nessa ordem.

Em caso de penhora de cota social (cota de sociedade), os sócios terão preferência na adjudicação.

Considera-se perfeita e acabada a Adjudicação com a assinatura do Auto de Adjudicação pelo Juiz, pelo adjudicante, pelo escrivão e, se for presente, pelo executado, expedindo-se a Carta de Adjudicação no caso de Bem Imóvel, ou Mandado de Entrega do se for Bem Móvel.

No caso de Bem Imóvel, a carta de adjudicação de conter a descrição do imóvel, com remissão a sua matrícula e registros, a cópia do auto de adjudicação e a prova de quitação do imposto de transmissão.

A REMIÇÃO da Execução é o ato do devedor de pagamento do débito atualizado + juros, custas e honorários advocatícios. A qualquer tempo da execução, antes da Adjudicação ou da Arrematação dos Bens, é facultado ao devedor remir a execução pelo efetivo pagamento. Com a Remição por meio do pagamento ao credor, a Execução é extinta.

Observem que a REMIÇÃO da Execução é ato do devedor no bojo da execução. Não confundir com Remissão de Dívida, que é o mero perdão da dívida pelo credor ao devedor.

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2. Medidas Cautelares.

O Processo judicial brasileiro é estruturado nas 3 fases básicas (conhecimento, execução e cautelar). O processo cautelar tem por finalidade assegurar o resultado útil do processo (assegurar que a decisão judicial possa, no futuro, realmente produzir efeitos), afastando os perigos que podem ocorrer com a demora no processo.

O processo cautelar não tem por objetivo satisfazer desde logo a pretensão da parte, mas tão somente viabilizar que esta seja assegurada e que, de fato, possa ser satisfeita.

Portanto, o processo cautelar visa proteger, assegurar, a pretensão veiculada na fase de conhecimento.

O processo cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do processo principal, mas guarda obrigatória dependência do processo principal. Se for interposta depois de instaurado o processo principal, deverá ser requerida a cautelar ao próprio Juiz da causa. Contudo, se a cautelar for apresentada antes da ação principal, como medida preparatória, deverá ser dirigira ao juiz natural em tese competente para conhecer da ação principal.

Contudo, se for interposto recurso, a medida cautelar será requerida diretamente ao tribunal.

A regra é que as medidas cautelares dos processos só podem ser determinadas COM audiência das partes. O CPC dispõe que só em casos excepcionais, expressamente autorizados por lei, é que o juiz poderá determinar medidas cautelares sem a audiência das partes.

O CPC autoriza a concessão liminar de medida cautelar ou depois de justificação prévia, mas SEM audiência do Réu, quando verificar que se o Réu for citado, poderá tornar a medida cautelar ineficaz. Nessa hipótese, o Juiz poderá determinar que o requerente preste caução real ou fidejussória de ressarcir os danos que o requerido possa vir a sofrer.

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O Juiz possui o chamado Poder Geral de Cautela, que garante ao magistrado a possibilidade de determinar providências cautelares nominadas (previstas expressamente na legislação) ou inominadas (inventadas da cabeça do Juiz), quando houver fundado receio de que uma parte, antes do julgamento da lide, cause ao direito da outra lesão grave e de difícil reparação.

Entre as mais diversas medidas adotadas pelo Juiz, ele poderá autorizar ou vedar a prática de determinados atos, ordenar a guarda judicial de pessoas e depósito de bens e impor a prestação de caução.

A Medida Cautelar deve ser fundada nos 2 (dois) famosos pilares: relevantes fundamentos (fumaça do bom direito) e o fundado receio de grave dano de difícil ou incerta reparação (perigo da demora).

Após a apresentação da petição inicial da ação cautelar, o requerido será para contestar o pedido no prazo de 5 DIAS, indicando as provas que pretende produzir. Este prazo será contado da juntada aos autos do mandado de citação devidamente cumprido ou da execução da medida cautelar, quando concedida liminarmente ou após justificação prévia.

Se o requerido não contestar, os fatos alegados serão presumidos como aceitos pelo Juiz. No entanto, se o requerido contestar no prazo de 5 DIAS, o juiz designará audiência de instrução e julgamento, havendo prova a ser nela produzida.

Com a concessão da medida cautelar, o requerido pode ficar em uma situação extremamente gravosa, muitas vezes desnecessária. Com isso, o legislador previu a possibilidade de substituir a medida liminar pela prestação de caução ou outra garantia menos gravosa para o requerido, sempre que adequada e suficiente para evitar a lesão ou repará-la integralmente.

Após a apresentação do pedido de medida cautelar preparatória (antes da ação principal), a parte requerente deve propor a ação principal no prazo de até 30 DIAS.

As medidas cautelares têm perenidade, nos 30 DIAS da medida cautelar preparatória e durante o processo principal já instaurado. Contudo, elas podem ser revogadas ou modificadas a qualquer tempo.

A medida cautelar cessará sua eficácia nos seguintes casos:

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• se a parte não intentar a ação nos 30 DIAS da medida cautelar preparatória;

• se não for executada dentro de 30 DIAS;

• se o juiz declarar extinto o processo principal (dependência do cautelar para com o principal) com ou sem julgamento do mérito.

A medida cautelar indeferida não interfere no exame do mérito da ação principal (se esta poderá ou não ser intentada e analisada), ressalvado apenas se o juiz, no procedimento cautelar, acolher a alegação de decadência ou de prescrição do direito do autor.

A responsabilidade pelo pedido da medida cautelar é do requerente. Assim, o requerente do procedimento cautelar responde ao requerido pelo prejuízo que lhe causar a execução da medida, nos seguintes casos:

a) se a sentença no processo principal lhe for desfavorável;

b) se, obtida liminarmente a medida cautelar, não for promovida a citação do requerido dentro em 5 DIAS;

c) se ocorrer a cessação da eficácia da medida, em qualquer dos casos previstos acima;

d) se o juiz acolher, no procedimento cautelar, a alegação de decadência ou de prescrição do direito do autor.

A indenização a ser paga pelo requerente será liquidada nos próprios autos do procedimento cautelar.

Os autos físicos do procedimento cautelar serão apensados aos do processo principal.

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3. Procedimentos Especiais de Jurisdição Contenciosa.

O próprio Código de Processo Civil (CPC) classifica a Jurisdição em Contenciosa e Voluntária.

CPC

Art. 1o A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida pelos juízes, em todo o território nacional, conforme as disposições que este Código estabelece.

Portanto, a Jurisdição pode ser classificada em 2 (duas) principais espécies, que passamos a detalhar:

o Jurisdição Contenciosa – é a jurisdição propriamente dita, sendo a atividade estatal exercida pelo Poder Judiciário, consistente no poder de dizer o direito no caso concreto, solucionando as lides em substituição aos interesses das partes.

o Jurisdição Voluntária – consiste na integração e fiscalização de negócios firmados entre particulares. Há muita discussão na doutrina acerca da natureza da Jurisdição Voluntária, se também seria ou não propriamente uma Jurisdição (se não seria uma mera Administração Pública de interesses privados).

Como estudamos, a Jurisdição Contenciosa é a própria jurisdição do Estado, com todas as suas características, princípios e finalidades descritas. De outro lado, cabe definir a natureza jurídica da Jurisdição Voluntária (se seria jurisdição ou administração pública de interesses privados).

A Jurisdição Voluntária foi definida pelo legislador para os casos em

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que o Juiz é chamado para atuar perante o particular como forma de integração de sua vontade e de fiscalização de seus atos. Isto é, sem a participação do Magistrado o interesse do particular não seria tutelado. Com isso, o exercício dessa jurisdição tem uma finalidade clara: fiscalizar a atuação do particular em hipóteses específicas em que haja interesse público envolvido.

O Juiz atua como um assistente das partes para a formalização do ato. Exemplo: solicitação de notificação ou interpelação judicial do estado de inadimplente perante o particular; procedimentos de justificação (produção de prova antecipada, antes da instauração do processo); processo de interdição de incapaz; processo de emancipação; homologação de acordo ou transação; alienação de coisas; nomeação e destituição de tutores e curadores, etc, entre tantos outros.

Para a chamada Doutrina CLÁSSICA, a Jurisdição Voluntária NÃO é Jurisdição! Isto porque o Juiz figura como simples integrador e fiscalizador dos atos praticados pelos particulares, agindo como um Administrador Público (não como um Juiz) de interesses privados. Para esta Doutrina Clássica, a Jurisdição Voluntária seria materialmente Administrativa e subjetivamente/formalmente Judiciária.

Elenco abaixo as características da Jurisdição Voluntária para a Doutrina Clássica:

1. não há LIDE - por não haver brigas e conflitos, mas apenas concurso ou convergência de vontades;

2. não há PARTES – por não haver lide, não há partes parciais, mas apenas interessados;

3. o Juiz é um Administrador Público e não um Juiz;

4. não há a Substitutividade, tendo em vista que o Estado não substitui a vontade das partes, mas a integra para formalizar o ato (o Juiz se insere entre os participantes do negócio jurídico);

5. não há Ação e nem Processo, mas apenas um simples Procedimento;

6. não há Sentença de mérito, mas mera homologação de

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acordo de vontades;

7. não há formação da Coisa Julgada (Definitividade) e nem possibilidade de Ação Rescisória, tendo em vista ser a jurisdição voluntária negócio jurídico consensual;

Para uma Doutrina mais Moderna, que vem crescendo em aceitação no Brasil, a Jurisdição Voluntária é Jurisdição, pelos seguintes motivos principais:

1. A não configuração de LIDE no início do processo não significa que no processo de jurisdição voluntária não seja possível o surgimento de conflito de interesses. Por isso, o fato não haver Lide inicial não descaracterizaria a Jurisdição Voluntária;

2. Apesar de não existir conflito entre partes, o conceito de PARTES do processo é aquela que postula e não necessariamente quem seja litigante;

3. A função jurisdicional abrange a tutela de interesses particulares sem litigiosidade, desde que exercida por órgãos investidos das garantias necessárias de impessoalidade e independência. Ou seja, a atuação da jurisdição não está cingida à conformação do direito às situações concretas, a solucionar conflitos, mas também a tutelar também interesses de particulares, como órgão do Estado;

4. O Juiz é uma autoridade imparcial e desinteressada, como em qualquer atividade jurisdicional, diferentemente da Administração Pública, que visa seus interesses parciais (defesa legal dos interesses do Estado);

5. A Jurisdição Voluntária possui natureza Preventiva e não a apenas de solucionar conflitos já existentes;

6. Existe um Processo Judicial de Jurisdição Voluntária (Ação, Sentença, Apelação, etc). Note-se que os processos

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de Jurisdição Voluntária são encerrados por Sentença, de que cabe o Recurso de Apelação para o Tribunal, e não por decisão administrativa;

CPC

Art. 1.110. Da sentença caberá apelação.

7. Apesar da permissão de modificação das decisões por fato superveniente, a regra é pela possibilidade de constituição de coisa julgada. Ademais, da mesma forma em que há processos de Jurisdição Contenciosa sem coisa julgada (exceção), o mesmo pode ocorrer com os processos de Jurisdição Voluntária.

CPC

Art. 1.111. A sentença poderá ser modificada, sem prejuízo dos efeitos já produzidos, se ocorrerem circunstâncias

supervenientes.

Deve-se ressaltar que predomina ainda no Brasil (posição majoritária) o entendimento da Doutrina Clássica, o de que a Jurisdição Voluntária tem natureza de Administração Pública de interesses privadas, isto é, que NÃO é jurisdição.

Resumo do entendimento acerca da Natureza Jurídica da Jurisdição Voluntária:

JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA

DOUTRINA CLÁSSICA DOUTRINA MODERNA

É atividade ADMINISTRATIVA É atividade JURISDICIONAL

NÃO há Jurisdição Há Jurisdição

NÃO há Processo, mas mero Procedimento

Há Processo

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NÃO há Partes, mas Interessados Há Partes

Não há Coisa Julgada Há Coisa Julgada

NÃO há LIDE Pode haver LIDE

Juiz é Administrador Público Juiz é Juiz

O processo de jurisdição contenciosa conhecido é aquele que se divide na fase de conhecimento, de execução ou de natureza cautelar. No entanto, esta “forma de bolo” não consegue abarca das diversas peculiaridades dos casos concretos tutelados pelo Direito Processual, que demandam formas procedimentais mais específicas e especiais, diversas do mero procedimento ordinário.

Com isso, o legislador criou uma série de procedimentos especiais, para as mais variadas situações práticas, tanto na jurisdição contenciosa quanto na voluntária. Exemplo: Ações Possessórias; Embargos de Terceiro, etc.

Para Elpídio Donizete, as técnicas de especialização procedimental compreendem:

a) a simplificação e agilização dos trâmites processuais, por meio da redução de prazos e eliminação de atos desnecessários;

b) delimitação do tema deduzido na inicial e contestação;

c) alteração das regras relativas à legitimidade e iniciativa da parte;

d) fusão de providências de natureza cognitiva, executiva e cautelar;

e) fixação de regras especiais de competência, bem como de citação e suas finalidades;

f) derrogação dos princípios da inalterabilidade do pedido e da legalidade estrita.

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Os mais variados procedimentos especiais e seus inúmeros detalhamentos são previstos no Código de Processo Civil (CPC) e na legislação extravagante (Ex: Mandado de Segurança – Lei nº 12.016/2009; e Lei da Ação Discriminatória – Lei 6.383/76).

Os procedimentos especiais de jurisdição contenciosa previstos no CPC são os seguintes:

a) Ação de Consignação em Pagamento;

b) Ação de Depósito;

c) Ação de Anulação e Substituição de Títulos ao Portador;

d) Ação de Prestação de Contas;

e) Ações Possessórias;

f) Ação de Nunciação de Obra Nova;

g) Ação de Usucapião de Terras Públicas;

h) Ação da Divisão e da Demarcação de Terras Particulares;

i) Inventário e Partilha;

j) Embargos de Terceiro;

k) Habilitação;

l) Restauração de Autos;

m) Vendas a crédito com reserva de domínio.

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EXERCÍCIOS COMENTADOS

QUESTÃO 318: TRT 14ª - Juiz do Trabalho Substituto [TRT 14ª] - 20/05/2009.

Examine as proposições dadas, apontando abaixo a alternativa CORRETA. Considera-se atentatório à dignidade da justiça o ato do devedor que:

I - frauda os credores.

II - frauda a execução.

III - resiste injustificadamente às ordens judiciais.

IV - não indica ao juiz onde se encontram os bens sujeitos à execução.

a) Todas as proposições estão corretas;

b) Apenas a proposição I está incorreta;

c) Apenas a proposição II está incorreta;

d) Apenas a proposição III está incorreta;

e) Apenas a proposição IV está incorreta;

COMENTÁRIOS:

No processo de Execução o Juiz pode, em qualquer momento do processo:

• ordenar o comparecimento das partes;

• advertir ao devedor que o seu procedimento constitui ato atentatório à dignidade da justiça.

A própria lei define como atentatório à dignidade da Justiça o ato do executado que:

1. frauda a execução (Ex: aliena o bem antes da execução

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propriamente dita, tentando desfazer-se do patrimônio)

2. opõe-se maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos (Ex: falsificação documental dos registros de determinado bem imóvel ou móvel);

3. resiste injustificadamente às ordens judiciais (Ex: executado que não comparece em juízo ou não atende às intimações do Juiz);

4. intimado, não indica ao juiz, em 5 DIAS, quais são e onde se encontram os bens sujeitos à penhora e seus respectivos valores.

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 319. TJ - SC 25/07/2010 - TJ - SC - Oficial de Justiça e Avaliador

Considera-se fraude à execução civil:

a) Quando o devedor citado não oferece ou indica bens passíveis de penhora.

b) Quando o devedor se recusa a receber a citação do processo executivo

c) Quando o devedor não comparece perante o juiz apesar de intimado a fazê-lo.

d) Quando o devedor onera bens sobre os quais pende ação fundada em direito real.

e) Quando o devedor resiste injustificadamente às ordens do juízo.

COMENTÁRIOS:

A Lei considera que se o executado cometer certos atos de alienação e oneração de bens, na tentativa de livrar-se da execução, terá os seus efeitos mitigados por força de decisão judicial. Para tanto, os atos denominados em fraude à execução serão considerados sem efeito legal.

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Além de outros casos previstos na lei, são considerados como Fraude de Execução a alienação ou oneração de bens:

• quando sobre eles pender ação fundada em direito REAL;

• quando, ao tempo da alienação ou oneração, corria contra o devedor demanda (AÇÃO) capaz de reduzi-lo à insolvência;

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 320. CESPE 07/03/2010 - BRB - Advogado

Quanto à execução em geral, julgue os itens a seguir

a) [101] A lei processual admite que o cessionário do crédito promova a execução, caso em que o cedente poderá permanecer no processo atuando em nome próprio na defesa do interesse do cessionário como substituto processual.

COMENTÁRIOS:

São legitimados ativos para promover a Execução:

1. o credor a quem a lei confere título executivo;

2. o Ministério Público, nos casos prescritos em lei.

3. o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo;

4. o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe foi transferido por ato entre vivos;

5. o sub-rogado (que passa ao lugar do exequente), nos casos de sub-rogação legal ou convencional.

Conforme estudado acerca da legitimação processual, o cessionário funciona como um substituto processual (defende em nome próprio interesse alheio).

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ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUÇÃO DE MANDADOS

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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre

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RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 321. FCC 27/03/2011 - TJ - PE - Juiz Substituto

São títulos executivos extrajudiciais, EXCETO

a) o contrato de abertura de crédito, desde que acompanhado de extrato da conta-corrente.

b) a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque.

c) o crédito decorrente de foro e laudêmio.

d) o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio.

e) os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem como os de seguro de vida.

COMENTÁRIOS:

São considerados Títulos Executivos JUDICIAIS:

1. a Sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia;

2. a Sentença Penal condenatória transitada em julgado;

3. a Sentença Homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua matéria não posta em juízo (matéria não apreciada pelo Poder Judiciário);

4. a Sentença Arbitral (decorrente de Arbitragem convencional);

5. o Acordo Extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente;

6. a Sentença Estrangeira, homologada pelo STJ;

7. o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a

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título singular ou universal.

São considerados Títulos Executivos EXTRAJUDICIAIS:

1. a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;

2. a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;

3. o documento particular assinado pelo devedor e por 2 testemunhas;

4. o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos transatores;

5. os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem como os de seguro de vida;

6. o crédito decorrente de foro e laudêmio;

7. o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;

8. o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou honorários forem aprovados por decisão judicial;

9. a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;

10. todos os demais títulos a que, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.

O STJ sumulou o entendimento de que o extrato de conta corrente demonstrativo da movimentação da conta não supre a iliquidez da nota promissória vinculada ao contrato de abertura de conta corrente. Isso porque o

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extrato é um documento unilateral expedido pelo banco. Assim, o STJ sumulou o seguinte posicionamento:

Súmula 233 - STJ

O contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato de conta corrente, não é título executivo.

Desse modo, apenas o item A atende à questão.

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 322. PGE - GO 24/01/2010 - PGE - GO - Procurador

São títulos executivos judiciais, EXCETO

a) a sentença arbitral

b) a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua matéria não posta em juízo.

c) o credito de serventuário da justiça, de perito, de interprete ou de tradutor, quando à custa, os emolumentos ou os honorários forem aprovados por decisão judicial.

d) a sentença estrangeira, homologada pelo STJ.

e) a sentença penal condenatória transitada em julgado.

COMENTÁRIOS:

Como vimos, são considerados, entre outros, Títulos Executivos EXTRAJUDICIAIS:

1. o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou honorários forem aprovados por decisão judicial;

RESPOSTA CERTA: C

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QUESTÃO 323. TRT 8ª 13/05/2007 - TRT 8ª - Juiz do trabalho substituto - 1ª etapa

Quanto ao executado, são atos atentatórios à dignidade da Justiça, conforme a dicção do Código de Processo Civil, salvo:

a) Fraudar a execução.

b) Opor-se maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos.

c) Resistir injustificadamente às ordens judiciais.

d) Intimado, não indicar ao juiz, em cinco dias, quais são e onde se encontram os bens sujeitos à penhora e seus respectivos valores.

e) Dificultar ou embaraçar a realização da penhora.

COMENTÁRIOS:

A própria lei define como atentatório à dignidade da Justiça o ato do executado que:

1. frauda a execução (Ex: aliena o bem antes da execução propriamente dita, tentando desfazer-se do patrimônio)

2. opõe-se maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos (Ex: falsificação documental dos registros de determinado bem imóvel ou móvel);

3. resiste injustificadamente às ordens judiciais (Ex: executado que não comparece em juízo ou não atende às intimações do Juiz);

4. intimado, não indica ao juiz, em 5 DIAS, quais são e onde se encontram os bens sujeitos à penhora e seus respectivos valores.

RESPOSTA CERTA: E

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QUESTÃO 324. FCC 04/03/2007 - TRF 4ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados

De acordo com o Código de Processo Civil, é título executivo extrajudicial

a) o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público.

b) a sentença arbitral.

c) o formal e a certidão de partilha em relação ao inventariante.

d) a sentença penal condenatória transitada em julgado.

e) a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça.

COMENTÁRIOS:

São considerados Títulos Executivos EXTRAJUDICIAIS:

1. o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos transatores;

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 325. FCC 11/06/2006 - TRT 20ª - Técnico Judiciário - Administrativa

Considere os seguintes documentos:

I. Sentença penal condenatória transitada em julgado.

II. Sentença estrangeira definitiva traduzida, mas não homologada pela Justiça brasileira.

III. Sentença homologatória de transação, ainda que verse sobre matéria não posta em juízo.

IV. Documento particular assinado pelo devedor, mas não subscrito por testemunhas.

São títulos executivos judiciais APENAS os indicados em:

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a) I, II e III.

b) I e III.

c) II e III.

d) II, III e IV.

e) II e IV.

COMENTÁRIOS:

São considerados Títulos Executivos JUDICIAIS:

1. a Sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia;

2. a Sentença Penal condenatória transitada em julgado;

3. a Sentença Homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua matéria não posta em juízo (matéria não apreciada pelo Poder Judiciário);

4. a Sentença Arbitral (decorrente de Arbitragem convencional);

5. o Acordo Extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente;

6. a Sentença Estrangeira, homologada pelo STJ;

7. o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal.

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 326. FCC 22/01/2006 - OAB-SP - OAB

São sujeitos passivos na ação de execução:

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a) o devedor, reconhecido como tal no título executivo; o novo devedor; o espólio; o responsável tributário e o fiador.

b) o devedor, seus herdeiros e sucessores a título universal ou singular.

c) o devedor; o sócio ou acionista, independentemente de se desconsiderar a pessoa jurídica ou atribuir-lhe responsabilidade direta.

d) tão somente o devedor reconhecido no título como tal; outras pessoas somente responderão pela execução se participarem do processo executivo.

COMENTÁRIOS:

Vimos os sujeitos ATIVOS da Execução. Agora, vamos estudar os sujeitos PASSIVOS.

Podem sofrer Execução:

1. devedor, reconhecido como tal no título executivo;

2. espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;

3. novo devedor, que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo;

4. fiador judicial;

5. responsável tributário, assim definido na legislação própria.

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 327. TJ - PA 26/06/2010 - TJ - AP - Analista Judiciário

Assinale a alternativa que completa erroneamente a afirmativa a seguir:

A Parte poderá requerer substituição da penhora com sucesso ..........................................:

a) ... Apenas se, havendo bens no foro da execução, outro situado Em foro diverso houver sido penhorado.

b) ... Quando houver incidido sobre bens de baixa liquidez.

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c) ... Se fracassar a tentativa de alienação judicial do bem Penhorado.

d) ... Se, havendo bens livres, houver recaído a constrição sobre Bens já penhorados.

COMENTÁRIOS:

A substituição do ônus da Penhora poderá ocorrer em diversas situações previstas em lei.

O CPC elenca as seguintes condições para a substituição da penhora:

1. se não obedecer à ordem legal de Penhora (preterição da ordem de penhora);

2. se não incidir sobre os bens designados em lei, contrato ou ato judicial para o pagamento;

3. se, havendo bens no foro da execução, outros houverem sido penhorados;

4. se, havendo bens livres, a penhora houver recaído sobre bens já penhorados ou objeto de gravame;

5. se incidir sobre bens de baixa liquidez;

6. se fracassar a tentativa de alienação judicial do bem;

7. se o devedor não indicar o valor dos bens ou omitir qualquer das indicações previstas no CPC.

O item A está errado porque prevê o termo “apenas”. Não é só naquele caso em que é possível a substituição da penhora.

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 328. FCC 23/08/2009 - TJ - SE - Analista Judiciário – Direito (ADAPTADA).

A respeito da execução por quantia certa contra devedor solvente, é correto afirmar que:

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a) A avaliação do bem penhorado, em regra, não poderá ser feita pelo oficial de justiça.

b) A alienação por iniciativa particular depende da expressa anuência do devedor.

c) Na alienação em segunda praça ou leilão será aceito lanço de qualquer valor.

d) Se o valor do crédito for superior ao dos bens adjudicados, a execução prosseguirá pelo saldo remanescente.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. A regra é que a avaliação seja feita por oficial de justiça, salvo se o exequente aceitar o valor indicado pelo executado.

CPC

Art. 680. A avaliação será feita pelo oficial de justiça (art. 652), ressalvada a aceitação do valor estimado pelo executado (art. 668, parágrafo único, inciso V); caso sejam necessários conhecimentos especializados, o juiz nomeará avaliador, fixando-lhe prazo não superior a 10 (dez) dias para entrega do laudo.

Item B – errado. Não há essa condição. A Lei prevê a faculdade do exequente de realizar a alienação por iniciativa particular.

CPC

Art. 685-C. Não realizada a adjudicação dos bens penhorados, o exeqüente poderá requerer sejam eles alienados por sua própria iniciativa ou por intermédio de corretor credenciado perante a autoridade judiciária.

Item C – errado. Na segunda praça ou leilão não será vinculativo o valor da avaliação do bem. Contudo, não será aceito o chamado preço VIL (preço irrisório ou desproporcional), a critério do Juiz.

CPC

Art. 692. Não será aceito lanço que, em segunda praça ou leilão,

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ofereça preço vil.

Item D – correto. Caso o valor do crédito seja superior aos dos bens adjudicados, o valor restante será objeto do prosseguimento da execução. Até porque a obrigação deve ser toda cumprida.

Art. 685-A.

§ 1o Se o valor do crédito for inferior ao dos bens, o adjudicante depositará de imediato a diferença, ficando esta à disposição do executado; se superior, a execução prosseguirá pelo saldo remanescente. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006).

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 329. FCC 12/11/2008 - TRT 2ª - Analista Judiciário - Judiciária

Na execução por quantia certa contra devedor solvente, ao despachar a inicial, o juiz fixou os honorários advocatícios a serem pagos pelo executado em 10% do valor da execução.

Se o executado, citado, efetuar o pagamento da dívida no prazo de 3 dias, a verba honorária

a) será reduzida à metade.

b) deverá ser integralmente paga.

c) não será devida.

d) será reduzida em um terço.

e) será reduzida em dois terços.

COMENTÁRIOS:

Neste caso, a Lei prevê que o Juiz fixará o montante dos honorários como forma de compelir o executado ao pagamento imediato do valor da dívida. Caso o devedor pague em até 3 DIAS, os honorários serão reduzidos pela

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METADE.

CPC

Art. 652-A. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários de advogado a serem pagos pelo executado (art. 20, § 4o).

Parágrafo único. No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, a verba honorária será reduzida pela metade.

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 330. CESPE 28/11/2010 - TRT 21ª - Analista Judiciário - Judiciária

Julgue os itens que se seguem, que versam sobre sentença, coisa julgada, execução e embargos do devedor

Apesar da proximidade da data do casamento, o fotógrafo remarcou, de forma reiterada e injustificadamente, a data da sessão de fotos, razão pela qual Rosa ingressou com uma ação cujo objeto é o cumprimento de obrigação de fazer. Nessa situação, o juiz pode, de ofício, converter a tutela específica da obrigação, ainda passível de obtenção de perdas e danos.

b) [99] A resistência injustificada às ordens judiciais é ato atentatório à dignidade da justiça e à dignidade da jurisdição, portanto é possível a cumulação da sanção referente ao pagamento de multa de até 20% do valor da execução para o exequente com a multa de 20% do valor da causa para o Estado, fato que não caracteriza o bis in idem.

COMENTÁRIOS:

A lei define como atentatório à dignidade da Justiça o ato do executado que:

1. frauda a execução (Ex: aliena o bem antes da execução propriamente dita, tentando desfazer-se do patrimônio)

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2. opõe-se maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos (Ex: falsificação documental dos registros de determinado bem imóvel ou móvel);

3. resiste injustificadamente às ordens judiciais (Ex: executado que não comparece em juízo ou não atende às intimações do Juiz);

4. intimado, não indica ao juiz, em 5 DIAS, quais são e onde se encontram os bens sujeitos à penhora e seus respectivos valores.

Pela prática de ato atentatório à dignidade da Justiça o ato do executa, o devedor poderá ser sancionado com MULTA de até 20% do valor do débito atualizado, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material, multa essa que reverterá em proveito do credor, exigível na própria execução.

O Estado não deve receber qualquer multa, pois não tem nada haver com a relação discutida.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 331. CESPE 28/11/2010 - TRT 21ª - Analista Judiciário - Judiciária

c) [100] Nos embargos à execução, decorreram diretamente da Lei n.º 11.382/2006 as mudanças referentes à dispensa de qualquer garantia do juízo para a sua interposição, ao prazo para o seu oferecimento que passou a ser contado da juntada aos autos do mandado de citação e, ao menos como regra geral, à retirada do efeito suspensivo.

COMENTÁRIOS:

Importantes premissas acerca dos Embargos à Execução cobradas nesta questão:

1. Não é necessária prévia penhora, depósito ou caução para a

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oposição dos embargos;

2. Os Embargos do Executado são oferecidos em 15 DIAS, da data da juntada do mandado de citação aos autos;

3. Os Embargos NÃO têm efeito suspensivo.

CPC

Art. 736. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à execução por meio de embargos.

Art. 738. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de citação.

Art. 739-A. Os embargos do executado não terão efeito suspensivo.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 332. FCC 14/11/2010 - TRT 22ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados

Os embargos do devedor

a) poderão ser opostos no prazo de 15 dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de citação.

b) poderão ser opostos no dobro do prazo legal quando os executados tiverem diferentes procuradores.

c) terão sempre efeito suspensivo, ficando a execução paralisada até o seu julgamento.

d) não poderão ser rejeitados liminarmente, mesmo quando manifestamente protelatórios.

e) impedirão, uma vez recebidos, a efetivação dos atos de penhora e de avaliação dos bens.

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COMENTÁRIOS:

Item A – correto. Os Embargos do Executado são oferecidos em 15 DIAS, da data da juntada do mandado de citação aos autos;

CPC

Art. 738. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de citação.

Item B – errado. A prerrogativa processual de prazo em DOBRO para partes com diferentes procuradores NÃO se aplica aos Embargos à Execução.

CPC

Art. 738

§ 3o Aos embargos do executado não se aplica o disposto no art. 191 desta Lei.

Art. 191. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.

Item C – errado. Os Embargos NÃO têm efeito suspensivo.

CPC

Art. 739-A. Os embargos do executado não terão efeito suspensivo.

Item D – errado. Em 3 situações diversas os Embargos poderão ser rejeitados Liminarmente:

1. quando intempestivos;

2. quando inepta a petição;

3. quando manifestamente protelatórios.

RESPOSTA CERTA: A

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QUESTÃO 333. VUNESP 19/08/2007 08:02:11 - OAB - SP - 133º Exame de Ordem

Extingue-se a execução

a) quando verificada a insolvência do devedor.

b) com a morte do devedor.

c) quando o devedor obtém por transação a remissão total da dívida.

d) com a morte do credor.

COMENTÁRIOS:

A fase da Execução será extinta nas seguintes hipóteses:

1. Quando o devedor satisfaz a obrigação;

2. Quando o devedor obtém, por transação ou por qualquer outro meio, a remissão total da dívida;

3. Quando o credor renunciar ao crédito.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 334. TRT 8ª 10/04/2011 - TRT 8ª - Juiz do Trabalho Substituto (ADAPTADA).

A respeito do processo cautelar, julgue o item abaixo.

Somente em casos excepcionais, expressamente autorizados por lei, determinará o juiz medidas cautelares sem a audiência das partes.

COMENTÁRIOS:

A regra é que as medidas cautelares dos processos só podem ser determinadas COM audiência das partes. O CPC dispõe que só em casos excepcionais, expressamente autorizados por lei, é que o juiz poderá determinar medidas cautelares sem a audiência das partes.

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RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 335. CONSULPLAN 13/02/2011 - COFEN - Advogado

De acordo com o Código de Processo Civil, o requerido será citado, qualquer que seja o procedimento cautelar, para, contestar o pedido no prazo de:

a) 24 horas.

b) 48 horas.

c) 3 dias.

d) 5 dias.

e) 10 dias.

COMENTÁRIOS:

Após a apresentação da petição inicial da ação cautelar, o requerido será para contestar o pedido no prazo de 5 DIAS, indicando as provas que pretende produzir. Este prazo será contado da juntada aos autos do mandado de citação devidamente cumprido ou da execução da medida cautelar, quando concedida liminarmente ou após justificação prévia.

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 336. FCC 27/02/2011 - TRT 24ª - Analista Judiciário - Judiciária

Paulo ajuizou ação monitória contra Pedro, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, pleiteando o pagamento de soma em dinheiro. Expedido o mandado de pagamento, Pedro o cumpriu no prazo legal. Em consequência, Pedro ficará isento

a) do pagamento de custas e honorários advocatícios.

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b) somente do pagamento das custas.

c) somente do pagamento dos honorários advocatícios.

d) somente do pagamento da correção monetária do débito.

e) do pagamento da correção monetária do débito, das custas e dos honorários advocatícios.

COMENTÁRIOS:

Na Ação Monitória, se o réu cumprir o mandado de pagamento no prazo dado, este ficará isento das custas e dos honorários advocatícios.

CPC

Art. 1.102-C.

§ 1o Cumprindo o réu o mandado, ficará isento de custas e honorários advocatícios.

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 337. FCC 05/09/2010 - TRE - AC - Analista Judiciário - Judiciária

Com relação a ação de consignação em pagamento, tratando-se de prestações periódicas, uma vez consignada a primeira,

a) pode o devedor continuar a consignar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que os depósitos sejam efetuados até dez dias, contados da data do vencimento.

b) não pode o devedor continuar a consignar, no mesmo processo, as que se forem vencendo, devendo ajuizar nova ação para cada depósito.

c) pode o devedor continuar a consignar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que os depósitos sejam efetuados até cinco dias, contados da data do vencimento.

d) pode o devedor continuar a consignar as que se forem vencendo no mesmo

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processo, desde que requeira expressamente e este requerimento seja deferido e os depósitos efetuados até dez dias, contados da data do vencimento.

e) pode o devedor continuar a consignar as que se forem vencendo no mesmo processo, desde que requeira expressamente e este requerimento seja deferido e os depósitos efetuados até quinze dias, contados da data do vencimento.

COMENTÁRIOS:

Se os valores a serem consignados em juízo forem em prestações periódicas, caso seja realizada a 1ª prestação, o CPC determina que as outras poderão ser realizadas sem mais formalidades, no prazo de até 5 DIAS da data do vencimento.

CPC

Art. 892. Tratando-se de prestações periódicas, uma vez consignada a primeira, pode o devedor continuar a consignar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que os depósitos sejam efetuados até 5 (cinco) dias, contados da data do vencimento.

RESPOSTA CERTA: C

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EXERCÍCIOS com GABARITO

QUESTÃO 318: TRT 14ª - Juiz do Trabalho Substituto [TRT 14ª] - 20/05/2009.

Examine as proposições dadas, apontando abaixo a alternativa CORRETA. Considera-se atentatório à dignidade da justiça o ato do devedor que:

I - frauda os credores.

II - frauda a execução.

III - resiste injustificadamente às ordens judiciais.

IV - não indica ao juiz onde se encontram os bens sujeitos à execução.

a) Todas as proposições estão corretas;

b) Apenas a proposição I está incorreta;

c) Apenas a proposição II está incorreta;

d) Apenas a proposição III está incorreta;

e) Apenas a proposição IV está incorreta;

QUESTÃO 319. TJ - SC 25/07/2010 - TJ - SC - Oficial de Justiça e Avaliador

Considera-se fraude à execução civil:

a) Quando o devedor citado não oferece ou indica bens passíveis de penhora.

b) Quando o devedor se recusa a receber a citação do processo executivo

c) Quando o devedor não comparece perante o juiz apesar de intimado a fazê-lo.

d) Quando o devedor onera bens sobre os quais pende ação fundada em direito real.

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e) Quando o devedor resiste injustificadamente às ordens do juízo.

QUESTÃO 320. CESPE 07/03/2010 - BRB - Advogado

Quanto à execução em geral, julgue os itens a seguir

a) [101] A lei processual admite que o cessionário do crédito promova a execução, caso em que o cedente poderá permanecer no processo atuando em nome próprio na defesa do interesse do cessionário como substituto processual.

QUESTÃO 321. FCC 27/03/2011 - TJ - PE - Juiz Substituto

São títulos executivos extrajudiciais, EXCETO

a) o contrato de abertura de crédito, desde que acompanhado de extrato da conta-corrente.

b) a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque.

c) o crédito decorrente de foro e laudêmio.

d) o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio.

e) os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem como os de seguro de vida.

QUESTÃO 322. PGE - GO 24/01/2010 - PGE - GO - Procurador

São títulos executivos judiciais, EXCETO

a) a sentença arbitral

b) a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua matéria não posta em juízo.

c) o credito de serventuário da justiça, de perito, de interprete ou de tradutor, quando à custa, os emolumentos ou os honorários forem aprovados por decisão judicial.

d) a sentença estrangeira, homologada pelo STJ.

e) a sentença penal condenatória transitada em julgado.

QUESTÃO 323. TRT 8ª 13/05/2007 - TRT 8ª - Juiz do trabalho substituto - 1ª etapa

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Quanto ao executado, são atos atentatórios à dignidade da Justiça, conforme a dicção do Código de Processo Civil, salvo:

a) Fraudar a execução.

b) Opor-se maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos.

c) Resistir injustificadamente às ordens judiciais.

d) Intimado, não indicar ao juiz, em cinco dias, quais são e onde se encontram os bens sujeitos à penhora e seus respectivos valores.

e) Dificultar ou embaraçar a realização da penhora.

QUESTÃO 324. FCC 04/03/2007 - TRF 4ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados

De acordo com o Código de Processo Civil, é título executivo extrajudicial

a) o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público.

b) a sentença arbitral.

c) o formal e a certidão de partilha em relação ao inventariante.

d) a sentença penal condenatória transitada em julgado.

e) a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça.

QUESTÃO 325. FCC 11/06/2006 - TRT 20ª - Técnico Judiciário - Administrativa

Considere os seguintes documentos:

I. Sentença penal condenatória transitada em julgado.

II. Sentença estrangeira definitiva traduzida, mas não homologada pela Justiça brasileira.

III. Sentença homologatória de transação, ainda que verse sobre matéria não posta em juízo.

IV. Documento particular assinado pelo devedor, mas não subscrito por testemunhas.

São títulos executivos judiciais APENAS os indicados em:

a) I, II e III.

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b) I e III.

c) II e III.

d) II, III e IV.

e) II e IV.

QUESTÃO 326. FCC 22/01/2006 - OAB-SP - OAB

São sujeitos passivos na ação de execução:

a) o devedor, reconhecido como tal no título executivo; o novo devedor; o espólio; o responsável tributário e o fiador.

b) o devedor, seus herdeiros e sucessores a título universal ou singular.

c) o devedor; o sócio ou acionista, independentemente de se desconsiderar a pessoa jurídica ou atribuir-lhe responsabilidade direta.

d) tão somente o devedor reconhecido no título como tal; outras pessoas somente responderão pela execução se participarem do processo executivo.

QUESTÃO 327. TJ - PA 26/06/2010 - TJ - AP - Analista Judiciário

Assinale a alternativa que completa erroneamente a afirmativa a seguir:

A Parte poderá requerer substituição da penhora com sucesso ..........................................:

a) ... Apenas se, havendo bens no foro da execução, outro situado Em foro diverso houver sido penhorado.

b) ... Quando houver incidido sobre bens de baixa liquidez.

c) ... Se fracassar a tentativa de alienação judicial do bem Penhorado.

d) ... Se, havendo bens livres, houver recaído a constrição sobre Bens já penhorados.

QUESTÃO 328. FCC 23/08/2009 - TJ - SE - Analista Judiciário – Direito (ADAPTADA).

A respeito da execução por quantia certa contra devedor solvente, é correto afirmar que:

a) A avaliação do bem penhorado, em regra, não poderá ser feita pelo oficial

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de justiça.

b) A alienação por iniciativa particular depende da expressa anuência do devedor.

c) Na alienação em segunda praça ou leilão será aceito lanço de qualquer valor.

d) Se o valor do crédito for superior ao dos bens adjudicados, a execução prosseguirá pelo saldo remanescente.

QUESTÃO 329. FCC 12/11/2008 - TRT 2ª - Analista Judiciário - Judiciária

Na execução por quantia certa contra devedor solvente, ao despachar a inicial, o juiz fixou os honorários advocatícios a serem pagos pelo executado em 10% do valor da execução.

Se o executado, citado, efetuar o pagamento da dívida no prazo de 3 dias, a verba honorária

a) será reduzida à metade.

b) deverá ser integralmente paga.

c) não será devida.

d) será reduzida em um terço.

e) será reduzida em dois terços.

QUESTÃO 330. CESPE 28/11/2010 - TRT 21ª - Analista Judiciário - Judiciária

Julgue os itens que se seguem, que versam sobre sentença, coisa julgada, execução e embargos do devedor

Apesar da proximidade da data do casamento, o fotógrafo remarcou, de forma reiterada e injustificadamente, a data da sessão de fotos, razão pela qual Rosa ingressou com uma ação cujo objeto é o cumprimento de obrigação de fazer. Nessa situação, o juiz pode, de ofício, converter a tutela específica da obrigação, ainda passível de obtenção de perdas e danos.

b) [99] A resistência injustificada às ordens judiciais é ato atentatório à dignidade da justiça e à dignidade da jurisdição, portanto é possível a

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cumulação da sanção referente ao pagamento de multa de até 20% do valor da execução para o exequente com a multa de 20% do valor da causa para o Estado, fato que não caracteriza o bis in idem.

QUESTÃO 331. CESPE 28/11/2010 - TRT 21ª - Analista Judiciário - Judiciária

c) [100] Nos embargos à execução, decorreram diretamente da Lei n.º 11.382/2006 as mudanças referentes à dispensa de qualquer garantia do juízo para a sua interposição, ao prazo para o seu oferecimento que passou a ser contado da juntada aos autos do mandado de citação e, ao menos como regra geral, à retirada do efeito suspensivo.

QUESTÃO 332. FCC 14/11/2010 - TRT 22ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados

Os embargos do devedor

a) poderão ser opostos no prazo de 15 dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de citação.

b) poderão ser opostos no dobro do prazo legal quando os executados tiverem diferentes procuradores.

c) terão sempre efeito suspensivo, ficando a execução paralisada até o seu julgamento.

d) não poderão ser rejeitados liminarmente, mesmo quando manifestamente protelatórios.

e) impedirão, uma vez recebidos, a efetivação dos atos de penhora e de avaliação dos bens.

QUESTÃO 333. VUNESP 19/08/2007 08:02:11 - OAB - SP - 133º Exame de Ordem

Extingue-se a execução

a) quando verificada a insolvência do devedor.

b) com a morte do devedor.

c) quando o devedor obtém por transação a remissão total da dívida.

d) com a morte do credor.

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QUESTÃO 334. TRT 8ª 10/04/2011 - TRT 8ª - Juiz do Trabalho Substituto (ADAPTADA).

A respeito do processo cautelar, julgue o item abaixo.

Somente em casos excepcionais, expressamente autorizados por lei, determinará o juiz medidas cautelares sem a audiência das partes.

QUESTÃO 335. CONSULPLAN 13/02/2011 - COFEN - Advogado

De acordo com o Código de Processo Civil, o requerido será citado, qualquer que seja o procedimento cautelar, para, contestar o pedido no prazo de:

a) 24 horas.

b) 48 horas.

c) 3 dias.

d) 5 dias.

e) 10 dias.

QUESTÃO 336. FCC 27/02/2011 - TRT 24ª - Analista Judiciário - Judiciária

Paulo ajuizou ação monitória contra Pedro, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, pleiteando o pagamento de soma em dinheiro. Expedido o mandado de pagamento, Pedro o cumpriu no prazo legal. Em consequência, Pedro ficará isento

a) do pagamento de custas e honorários advocatícios.

b) somente do pagamento das custas.

c) somente do pagamento dos honorários advocatícios.

d) somente do pagamento da correção monetária do débito.

e) do pagamento da correção monetária do débito, das custas e dos honorários advocatícios.

QUESTÃO 337. FCC 05/09/2010 - TRE - AC - Analista Judiciário - Judiciária

Com relação a ação de consignação em pagamento, tratando-se de prestações periódicas, uma vez consignada a primeira,

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a) pode o devedor continuar a consignar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que os depósitos sejam efetuados até dez dias, contados da data do vencimento.

b) não pode o devedor continuar a consignar, no mesmo processo, as que se forem vencendo, devendo ajuizar nova ação para cada depósito.

c) pode o devedor continuar a consignar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que os depósitos sejam efetuados até cinco dias, contados da data do vencimento.

d) pode o devedor continuar a consignar as que se forem vencendo no mesmo processo, desde que requeira expressamente e este requerimento seja deferido e os depósitos efetuados até dez dias, contados da data do vencimento.

e) pode o devedor continuar a consignar as que se forem vencendo no mesmo processo, desde que requeira expressamente e este requerimento seja deferido e os depósitos efetuados até quinze dias, contados da data do vencimento.

GABARITOS OFICIAIS

318 319 320 321 322 323 324 325 326 327 B D C A C E A B A A

328 329 330 331 332 333 334 335 336 337 D A E C A C B D A C

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RESUMO DA AULA

No processo de Execução o Juiz pode, em qualquer momento do processo:

• ordenar o comparecimento das partes;

• advertir ao devedor que o seu procedimento constitui ato atentatório à dignidade da justiça.

A própria lei define como atentatório à dignidade da Justiça o ato do executado que:

1. frauda a execução (Ex: aliena o bem antes da execução propriamente dita, tentando desfazer-se do patrimônio)

2. opõe-se maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos (Ex: falsificação documental dos registros de determinado bem imóvel ou móvel);

3. resiste injustificadamente às ordens judiciais (Ex: executado que não comparece em juízo ou não atende às intimações do Juiz);

4. intimado, não indica ao juiz, em 5 DIAS, quais são e onde se encontram os bens sujeitos à penhora e seus respectivos valores.

Pela prática de ato atentatório à dignidade da Justiça o ato do executa, o devedor poderá ser sancionado com MULTA de até 20% do valor do débito atualizado, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material, multa essa que reverterá em proveito do credor, exigível na própria execução.

Quando a Fazenda Pública for RÉ em uma Execução, será utilizado o procedimento previsto no CPC. De outro lado, quando a Fazenda Pública for AUTORA de uma Execução Fiscal, o procedimento adotado será o previsto na

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Lei nº 6.830/80 (Lei das Execuções Fiscais).

Premissa: os bens públicos são IMPENHORÁVEIS! Logo, quando a Fazenda Pública for executada em obrigação de pagar quantia, não será citada em juízo para pagar sob pena de penhora, como ordinariamente é feito. No caso, a Fazenda Pública apenas será citada para apresentar EMBARGOS à Execução no prazo de 10 DIAS.

Se os Embargos não forem opostos ou se o forem, mas resultarem improcedentes, o Juiz requisitará, mediante o Tribunal, a expedição de PRECATÓRIOS para pagamento.

A Adjudicação é a forma preferencial de expropriação em que o credor fica com o bem penhorado pelo valor da avaliação, não necessitando exibir o preço, salvo se o valor do bem for superior ao valor da dívida (neste caso deverá depositar a diferença correspondente).

São legitimados para adjudicar os bens penhorados o Exequente, o credor com garantia real, pelos credores concorrentes que hajam penhorado o mesmo bem, pelo cônjuge, pelos descendentes ou ascendentes do executado. Se houver concorrência entre legitimados, será realizada licitação entre eles (quem oferecer o maior preço leva). Se os preços forem idênticos, terá preferência o cônjuge, descendente ou ascendente, nessa ordem.

A REMIÇÃO da Execução é o ato do devedor de pagamento do débito atualizado + juros, custas e honorários advocatícios. A qualquer tempo da execução, antes da Adjudicação ou da Arrematação dos Bens, é facultado ao devedor remir a execução pelo efetivo pagamento. Com a Remição por meio do pagamento ao credor, a Execução é extinta.

Observem que a REMIÇÃO da Execução é ato do devedor no bojo da execução. Não confundir com Remissão de Dívida, que é o mero perdão da dívida pelo credor ao devedor.

A constituição da Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreende a tributária e a não tributária, e abrange atualização monetária, juros e multa de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato. No âmbito da UNIÃO, a dívida ativa é apurada e inscrita pela PFN (Procuradoria da

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Fazenda Nacional).

A inscrição em Dívida Ativa suspende a prescrição por 180 DIAS ou até que seja distribuída a Execução Fiscal, caso ocorra antes do prazo.

A inscrição regular gera presunção relativa de certeza e liquidez da Dívida Ativa. Como a presunção é relativa, poderá ser superada por prova inequívoca, a cargo do executado ou de terceiro, a quem aproveite.

São sujeitos PASSIVOS da Execução Fiscal:

a. o devedor;

b. o fiador;

c. o espólio;

d. a massa;

e. o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado; e

f. os sucessores a qualquer título.

O processo cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do processo principal, mas guarda obrigatória dependência do processo principal.

A regra é que as medidas cautelares dos processos só podem ser determinadas COM audiência das partes. O CPC dispõe que só em casos excepcionais, expressamente autorizados por lei, é que o juiz poderá determinar medidas cautelares sem a audiência das partes.

O CPC autoria a concessão liminar de medida cautelar ou depois de justificação prévia, mas SEM audiência do Réu, quando verificar que se o Réu for citado, poderá tornar a medida cautelar ineficaz. Nessa hipótese, o Juiz poderá determinar que o requerente preste caução real ou fidejussória de ressarcir os danos que o requerido possa vir a sofrer.

A Medida Cautelar deve ser fundada nos 2 (dois) famosos pilares:

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relevantes fundamentos (fumaça do bom direito) e o fundado receio de grave dano de difícil ou incerta reparação (perigo da demora).

Após a apresentação do pedido de medida cautelar preparatória (antes da ação principal), a parte requerente deve propor a ação principal no prazo de até 30 DIAS.

As medidas cautelares têm perenidade, nos 30 DIAS da medida cautelar preparatória e durante o processo principal já instaurado. Contudo, elas podem ser revogadas ou modificadas a qualquer tempo.

A medida cautelar cessará sua eficácia nos seguintes casos:

• se a parte não intentar a ação nos 30 DIAS da medida cautelar preparatória;

• se não for executada dentro de 30 DIAS;

• se o juiz declarar extinto o processo principal (dependência do cautelar para com o principal) com ou sem julgamento do mérito.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. 33. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

CÂMARA, Alexandre. Lições de Direito Processual Civil. Lumem júris: 2010.

DIDIER JR., Fredie. Direito Processual Civil, Volume 1. 2010.

DONIZETE, Elpídio. Curso Didático de Direito Processual Civil. 12ª Edição. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2010.

FAGA, Tânia Regina Trombini. Julgamentos e Súmulas do STF e STJ. São Paulo: Método, 2009.

FERRAZ JUNIOR, Tércio Sampaio: Introdução ao estudo de direito: técnica, decisão, dominação. 3.Ed. São Paulo: Atlas, 2001.

MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 25.ed. São Paulo: Atlas, 2010.

PLÁCIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. 18. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2001.