analista processual civil aula 04

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    PACOTE DE EXERCCIOS MPU ANALISTA PROCESSUAL AULA 4 DIREITO PROCESSUAL CIVIL

    PROF FLVIA BOZZI

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    Ol, Pessoal!Na aula 1, estudamos:

    1. Da jurisdio e da ao: conceito, natureza e caractersticas; das condies da ao.2. Das partes e procuradores: da capacidade processual e postulatria; dos deveres e da substituiodas partes e procuradores.3. Do litisconsrcio e da assistncia.

    Na aula 2, vimos:

    4. Da interveno de terceiros:4.1 Oposio;4.2 Nomeao autoria;

    4.3 Denunciao da lide;4.4 Chamamento ao processo.5. Do Ministrio Pblico.6. Da competncia: em razo do valor e da matria; competncia funcional e territorial; modificaesde competncia e declarao de incompetncia.7. Do Juiz.8. Dos atos processuais: da forma dos atos; dos prazos; da comunicao dos atos; das nulidades.

    Na aula 3, vimos:

    9. Da formao, suspenso e extino do processo.10. Do processo e do procedimento; dos procedimentos ordinrio e sumrio.11. Do procedimento ordinrio: da petio inicial: requisitos, pedido e indeferimento.12. Da resposta do ru: contestao, excees e reconveno.13. Da revelia.14. Do julgamento conforme o estado do processo.

    Na aula de hoje, vamos estudar:

    15. Das provas: nus da prova; depoimento pessoal; confisso; provas documental e testemunhal.16. Da audincia: da conciliao e da instruo e julgamento.17. Da sentena e da coisa julgada.18. Da liquidao e do cumprimento da sentena.Obs.: estudaremos o procedimento de cumprimento de sentena junto ao tpico 20, que trata doprocesso de execuo.19. Dos recursos: das disposies gerais.20. Do processo de execuo: da execuo em geral; das diversas espcies de execuo execuopara entrega de coisa, execuo das obrigaes de fazer e de no fazer.

    21. Da execuo de aes coletivas.

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    PRIMEIRA PARTE QUESTES

    PONTO 15. DAS PROVAS: NUS DA PROVA; DEPOIMENTOPESSOAL; CONFISSO; PROVAS DOCUMENTAL ETESTEMUNHAL.

    217. (Advogado da Unio/Advocacia-Geral da Unio/2009) A regra geral dadistribuio do nus da prova a de que cabe ao autor provar o fato constitutivo deseu direito, enquanto ao ru cabe provar a existncia de fato impeditivo, modificativo

    ou extintivo do direito do autor. Contudo, em determinada hiptese, se o prprio rucontribuiu de forma definitiva para a comprovao do fato constitutivo do direito doautor, nada impede que o juiz julgue procedente o pedido deste ltimo, visto que asregras de distribuio dos nus da prova no determinam quem deve produzir aprova, mas apenas quem deve arcar com as consequncias de sua no produo.

    218. (Advogado da Unio/Advocacia-Geral da Unio/2009) No CPC, admite-se a

    prova emprestada, visto que no h proibio de meios que sejam legais emoralmente legtimos. Exige-se, por outro lado, que seja respeitado o contraditrio,de modo que a prova emprestada deve ter sido produzida entre as partes envolvidasno novo processo, at porque vincula o juiz, nesse caso, concluso alcanada emprocesso anterior que tenha sido encerrado por sentena transitada em julgado.

    219. (Analista Judicirio/rea: Judiciria/TRE-MA/2009) Quando o depoimento

    pessoal determinado de ofcio pelo juiz, sendo a parte intimada pessoalmente,constando do mandado que se presumem confessados os fatos contra ela alegados,caso injustificadamente no comparea ou, comparecendo, se recuse a depor, o juizaplica a ela a pena de confisso.

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    Considerando que o autor, em ao de nunciao de obra nova, junte a sua contestaodocumento pblico que no atenda todas as formalidades legais previstas para suaformao, visando provar a existncia de uma regra condominial que alegava existir,assinale a opo correta luz da disciplina das provas prevista no CPC.

    220. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) O documento pblico far prova de sua formao e dos fatos que ooficial declarar que ocorreram em sua presena, independentemente dos eventuais

    vcios de forma.

    221. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Detectada a ausncia de formalidade legal no documento pblico, ter-se- como inexistente a prova e nenhuma outra, por mais especial que seja, podersuprir a sua falta.

    222. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) O fato de o documento pblico no atender as formalidades legaisatinge a sua eficcia apenas quanto prova da sua formao, mas no a sua eficciaquanto aos fatos que o oficial declarar que ocorreram em sua presena.

    223. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Caso o documento pblico cuja formao se deu de modo viciado seja

    subscrito pelas partes, ter a mesma eficcia probatria do documento particular.

    224. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Se o documento pblico, produzido em desconformidade com as for-malidades legais, tiver a sua autenticidade declarada pelo advogado da parte que o juntou, far prova de sua formao e dos fatos que o oficial tiver declarado comoocorridos em sua presena.

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    PONTO 16. DA AUDINCIA: DA CONCILIAO E DA INSTRUO EJULGAMENTO.

    225. Audincia o ato processual solene realizado na sede do juzo que se prestapara o juiz colher a prova oral e ouvir pessoalmente as partes e seus procuradores.

    226. Na audincia, antes de iniciar a instruo, o magistrado tentar conciliar aspartes. Chegando a acordo, o juiz mandar tom-lo por termo. O termo deconciliao, assinado pelas partes e homologado pelo juiz, ter valor de sentena.

    PONTO 17. DA SENTENA E DA COISA JULGADA.

    227. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) A sentena que decide o pedido de medida cautelar no faz coisa jul-gada, de modo que poder ser proposta outra ao com o mesmo fundamento se aparte autora mantiver seu interesse na providncia.

    228. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Se a sentena prolatada em ao cautelar de sequestro abordar temaatinente prpria existncia do bem ou direito cuja proteo foi requerida, servedado s partes voltar a discutir em ao de natureza diversa a mesma matria.

    229. (Analista Judicirio/rea: Judiciria/TRE-MA/2009) O efeito formal da coisa julgada pode ser declaratrio, condenatrio ou constitutivo.

    230. (Analista Judicirio/rea: Judiciria/TRE-MA/2009) Mostra-se cabvel apropositura da ao de mandado de segurana contra deciso judicial de mrito sob omanto da coisa julgada material.

    PONTO 18. DA LIQUIDAO E DO CUMPRIMENTO DA SENTENA

    Ateno:Deixaremos para estudar o novo procedimento para cumprimento de sentena,institudo pela Lei n 11.232/2005, junto ao tpico 20, que trata da Execuo.

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    PONTO 18.1. DA LIQUIDAO

    231. (Tcnico Judicirio/rea: Administrativa/TRT da 5 Regio/2008) Aliquidao de sentena tem natureza jurdica de ao de conhecimento autnoma,porm preparatria fase de cumprimento da sentena ou do processo de execuopor ttulo extrajudicial.

    PONTO 19. DOS RECURSOS: DAS DISPOSIES GERAIS.

    Ateno:a princpio, tudo indica queno seroobjeto de questo tpicos referentes arecursos em espciee ao rescisria, visto que tais institutos no foram expressamentemencionados no edital. Contudo, no se assuste caso eles sejam abordados na sua prova.Como assim? que nas provas da AGU e DPU, o Cespe/UnB inseriu, de forma abusiva eabsurda, itens no explicitados no contedo programtico. Mesmo sob protestos, de 5questes impugnadas apenas uma foi anulada. O argumento utilizado pela banca tem sido oseguinte: embora no mencionados expressamente no edital, os institutos podem ser cobrados pois dizem respeito anlise global dos respectivos tpicos inclusos no edital.

    No quero sugerir que voc estude tais tpicos da mesma forma que estudar aquelesexpressos no edital, mas se for o caso, se sobrar um tempinho, no deixe de dar uma olhadanos recursos em espcie mais cobrados nas provas do Cespe/UnB.

    Por cautela, incluirei, com essa ressalva, algumas questes referentes arecursos emespciee ao rescisrianeste tpico. Se voc quiser estudar esses institutos apenas pelasquestes desta nossa aula, acredito que j estar de bom tamanho.

    232. (Analista Judicirio/rea: Judiciria/TRE-MA/2009) O efeito devolutivo dosrecursos enseja o retorno da matria impugnada ao prprio rgo judicirio prolatorda deciso recorrida.

    233. (Advogado da Unio/Advocacia-Geral da Unio/2009) No caso de julgamentorealizado por rgo colegiado em sede de apelao, o crime de prevaricaocometido por um dos membros componentes desse rgo viciar o acrdo mesmoque o voto do citado membro tenha sido vencido, independentemente da interposiode embargos infringentes.

    234. (Advogado da Unio/Advocacia-Geral da Unio/2009) Diz-se na doutrina queexiste presuno da existncia de repercusso geral nos recursos extraordinrios, o

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    que se comprova pela necessidade de quorum diferenciado para o no conhecimentodo recurso com base na ausncia de tal requisito e na dispensa da demonstrao dasua presena na pea de interposio do recurso, cabendo ao recorrido demonstrar aausncia.

    235. (Advogado da Unio/Advocacia-Geral da Unio/2009) Em regra, no existecontraditrio nos embargos de declarao, uma vez que recurso destinado a supriromisso, obscuridade ou contradio da deciso recorrida. Parte majoritria dadoutrina e da jurisprudncia, entretanto, entende pela necessidade de intimao daoutra parte para apresentao de contrarrazes, caso os embargos tenham sidointerpostos visando a efeitos modificativos, tambm chamados infringentes.

    Considere que, proferida sentena de mrito em determinado processo no qual as duaspartes locador e locatrio discutiam um pedido de despejo, o sublocatrio, noprazo legal, interponha apelao invocando a sua posio de terceiro prejudicado. Emface dessas consideraes e tendo em conta a disciplina dos recursos prevista no CPC,

    julgue os itens a seguir.

    236. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Considerando que o terceiro prejudicado no participou da relao jurdica processual da qual se originou a sentena, o seu prazo para interposio dorecurso ser contado do primeiro ato de execuo da ordem de despejo.

    237.

    (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) A condio de terceiro prejudicado do apelante confere a este a possi-bilidade de, em sua pea recursal, alegar fato novo, independentemente daocorrncia, ou no, de motivo de fora maior capaz de impedir que as partes originaisdo processo o tivessem feito antes da sentena.

    238. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de

    Alagoas/2009) Dispensa-se o preparo da apelao por parte do terceiro prejudicado,

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    impondo-se o posterior recolhimento parte em favor de quem o recurso interpostofavorea, sendo este uma condio para o exame do recurso.

    239. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Quando trata da possibilidade da interposio de recurso pelo terceiroprejudicado, a lei processual amplia a noo do interesse necessrio configuraodessa posio processual, de modo a abranger at mesmo o interesse simplesmentemoral no resultado do processo.

    240. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Do mesmo modo que as partes do processo, o terceiro prejudicadosomente poder invocar direito superveniente ou matria sobre a qual o juiz deva sepronunciar de ofcio, sendo vedado invocar o chamadoius novorum.

    Proferida sentena que julgou improcedente o pedido de nomeao realizado porcandidatos aprovados em determinado concurso pblico sob o argumento de que no

    foi obedecida condio constante de decreto legislativo, alguns dos sucumbentes,passado o prazo para recurso, ajuizaram ao rescisria, alegando que houve violao adisposio literal de lei.

    Com referncia situao hipottica acima descrita e tomando em considerao adisciplina dos recursos no CPC, , julgue os itens seguintes.

    241. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de

    Alagoas/2009) A ao rescisria no dever ser admitida se a violao apontada tiversido de texto do decreto legislativo, j que a palavra lei deve ser entendida comoestrita violao a lei ordinria, no includas as demais espcies normativas.

    242. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Decorre do texto legal que a parte autora dever indicar expressa-mente qual o dispositivo violado, apontando o nmero do artigo ou pargrafo, ainda

    que seja possvel deduzir qual seja ante o contedo da fundamentao.

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    243. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Demonstrada a violao a literal disposio de lei, no necessrioque a parte autora comprove que houve abordagem do tema na deciso cuja resciso requerida, porque no se exige prequestionamento como pressuposto da rescisria.

    244. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Ajuizada a ao rescisria com fundamento na violao de literal dis-posio de lei, a parte autora poder tornar a discutir os fatos alegados na primeira

    instncia, de maneira que o rgo julgador da rescisria possa re-examin-los.

    245. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Ainda que a interpretao da lei cuja violao ampara a rescisria sejacontrovertida nos tribunais, ser admitida a ao, pois o Poder Judicirio no poderse negar a resolver uma questo jurdica regularmente proposta.

    Jos, residente em Macei, ajuizou ao ordinria contra a Unio, no foro do DF,visando obter indenizao por prejuzos que sofreu em virtude da coliso deveculo oficial com o seu.

    O juiz de primeira instncia julgou improcedente o pedido. Insatisfeito, Josapelou, e o tribunal manteve a sentena. Jos interps, ento, recurso especial.Distribudo o recurso no STJ, o relator negou-lhe seguimento aps verificar queera intempestivo, j que fora interposto 16 dias aps a publicao do acrdo

    recorrido. Com referncia situao hipottica acima e disciplina dos recursos nos tri-bunais, julgue os itens seguintes.

    246. (Analista Judicirio/rea: Judiciria/STJ/2008) A deciso proferida pelorelator do processo observou as normas processuais relativas ao julgamento dosrecursos nos tribunais, uma vez que ao relator cabe negar seguimento ao recurso

    manifestamente inadmissvel.

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    247. (Analista Judicirio/rea: Judiciria/STJ/2008) Caso queira recorrer dadeciso mais recente, Jos poder interpor agravo de instrumento ao rgocompetente para julgamento do recurso, providenciando, para isso, cpia da decisoagravada, da certido de intimao e das procuraes outorgadas aos advogados daspartes.

    248. (Analista Judicirio/rea: Judiciria/STJ/2008) Mesmo que o recurso fosseadmissvel, seria defeso ao relator, em deciso monocrtica, dar-lhe provimento,

    ainda que a deciso recorrida esteja em manifesto confronto com smula do STJ, porinvadir competncia privativa de rgo colegiado.

    249. (Analista Judicirio/rea: Judiciria/STJ/2008) No cabem embargos dedivergncia em relao a questo j pacificada em repetidos julgados, firmando-se aorientao jurisprudencial do tribunal no mesmo sentido do acrdo embargado.

    250. (Analista Judicirio/rea: Judiciria/STJ/2008) Os embargos de divergnciadevem ser opostos contra decises proferidas pelas turmas, sendo que, em caso dedivergncia entre uma turma do STJ e uma turma do STF, o julgamento do recursocaber ao Plenrio do STF.

    Considerando que um indivduo, insatisfeito com acrdo proferido pelo TRF da 1Regio em sede de apelao, interponha recurso especial para o STJ, julgue os itens a

    seguir.

    251. (Analista Judicirio/rea: Judiciria/STJ/2008) De acordo com entendimentosumulado pelo STJ, a despeito de o tribunala quono ter apreciado questo propostano recurso especial, deve-se admiti-lo caso tenha havido prvia oposio deembargos de declarao.

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    252. (Analista Judicirio/rea: Judiciria/STJ/2008) Caso o recurso especial noseja admitido ante a alegao de que o acrdo recorrido est em consonncia com jurisprudncia dominante do STF, o recorrente poder interpor agravo deinstrumento, no prazo de 10 dias, para o STJ.

    A respeito dos recursos para o STF, julgue os itens subsequentes.

    253. (Analista Judicirio/rea Judiciria/Execuo de Mandados/STF/2008) Osrequisitos de admissibilidade do recurso ordinrio para o STF contra deciso quedenegue ao de mandado de segurana, dehabeas dataou de mandado de injuno

    so comuns aos exigidos para o recurso extraordinrio.

    254. (Analista Judicirio/rea Judiciria/Execuo de Mandados/STF/2008) cabvel recurso extraordinrio, desde que preenchidos os demais pressupostos deadmissibilidade, contra sentena terminativa proferida em causa decidida, em nicainstncia, por ofensa a norma expressa da CF.

    255. (Analista Judicirio/rea Judiciria/Execuo de Mandados/STF/2008) Adeciso da turma recursal do juizado especial pode ser impugnada por recursoextraordinrio quando violar norma expressa da CF.

    256. (Analista Judicirio/rea Judiciria/Execuo de Mandados/STF/2008) Oterceiro prejudicado que deixar de intervir no processo em primeiro grau, naqualidade de assistente, poder interpor recurso objetivando amparo a direito prprio,

    ou, adesivamente, recorrer visando vitria de seu assistido.

    257. (Analista Judicirio/rea Judiciria/Execuo de Mandados/STF/2008) Oautor da ao rescisria julgada improcedente poder interpor embargos infringentesse a deciso se der por maioria de votos.

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    258. (Analista Judicirio/rea Judiciria/Execuo de Mandados/STF/2008) Alegitimidade ativa para a propositura da ao rescisria conferida no apenas aquem foi parte no processo originrio ou seu sucessor, ainda que o processo tenhacorrido revelia do ru, mas tambm ao Ministrio Pblico ou ao terceiro juridicamente interessado.

    259. (Analista Judicirio/rea Judiciria/Execuo de Mandados/STF/2008) Ocabimento da ao rescisria com fundamento em erro de fato, necessrio, entreoutros pressupostos, que o erro seja apurvel independentemente da produo denovas provas; que sobre o fato no tenha havido controvrsia entre as partes nempronunciamento judicial.

    260. (Procurador do Estado do Esprito Santo/Procuradoria Geral/2008)Impedimento, suspeio e incompetncia do juiz so hipteses de cabimento de aorescisria. Em todos esses casos, autoriza-se a reviso da deciso proferida que setornou imprestvel em razo da atuao do juiz no processo em caso de violao a

    disposio expressa em lei.

    261. (Procurador do Estado do Esprito Santo/Procuradoria Geral/2008) Umasentena de mrito somente pode ser rescindida em razo de violao de norma denatureza material, no se admitindo resciso em razo de violao de normaprocessual.

    262. (Procurador do Estado do Esprito Santo/Procuradoria Geral/2008) Para queuma ao rescisria seja processada e julgada, exige-se a ocorrncia de coisa julgadamaterial sobre a sentena rescindenda e que o autor tenha utilizado todos os recursosadmissveis contra a sentena, antes de seu trnsito em julgado.

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    263. (Procurador do Estado do Esprito Santo/Procuradoria Geral/2008) Todos osmeios de impugnao de decises judiciais so voluntrios, internos relaoprocessual em que se forma o ato judicial atacado e objetivam a anulao, a reformaou o aprimoramento do ato recorrido.

    264. (Procurador do Estado do Esprito Santo/Procuradoria Geral/2008) No recursoespecial, no possvel o novo exame da prova da causa, ou seja, a formao de novaconvico sobre os fatos, pois tal recurso tem mbito restrito, permitindo apenas o

    reexame da soluo que pode ter violado a lei federal.

    265. (Procurador do Estado do Esprito Santo/Procuradoria Geral/2008) Caso o juiz julgue uma ao cautelar e uma principal na mesma sentena, e caso seja interpostaapelao nica que impugne a sentena relativamente a ambas as aes, esta apelaodeve ser recebida com efeitos distintos. Quanto cautelar, o apelo deve ser recebidono efeito devolutivo. Quanto parte que impugnar a ao principal, nos efeitos

    legais, o apelo pode ser suspensivo e devolutivo ou apenas devolutivo.

    PONTO 18.2 e PONTO 20. DO CUMPRIMENTO DA SENTENA. DOPROCESSO DE EXECUO: DA EXECUO EM GERAL; DASDIVERSAS ESPCIES DE EXECUO EXECUO PARAENTREGA DE COISA, EXECUO DAS OBRIGAES DE FAZER EDE NO FAZER.

    Regina foi condenada, em sentena transitada em julgado, a pagar a Tereza R$ 200,00 attulo de danos morais, R$ 900,00 a ttulo de danos materiais e R$ 100,00 a ttulo dehonorrios advocatcios.

    Com base nessa situao hipottica e de acordo com a disciplina legal relativa a esseassunto, julgue os itens seguintes.

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    266. (Analista Judicirio/rea: Judiciria/STJ/2008) Regina dever efetuar opagamento do montante relativo condenao no prazo de 15 dias, sob pena de haveracrscimo de multa de 10% do montante, e, a requerimento de Tereza, ser expedidomandado de penhora e avaliao.

    267. (Analista Judicirio/rea: Judiciria/STJ/2008) Caso Regina venha a oferecerimpugnao, poder alegar nulidade de citao, mesmo que o processo no tenhacorrido sua revelia, j que se trata de norma processual de ordem pblica.

    268. (Procurador do Estado do Esprito Santo/Procuradoria Geral/2008) Umasentena que rejeita embargos execuo, seja ela fundada em ttulo judicial ouextrajudicial oposto pela fazenda pblica, no est sujeita ao reexame necessrio.

    269. (Analista Judicirio/rea: Judiciria/TRT da 5 Regio/2008) Se o executadoquiser discutir a validade da penhora, ou a correo quanto ao valor da avaliao, terde faz-lo por ocasio de sua impugnao, que, necessariamente, deve ser oferecida

    no prazo de quinze dias, contados a partir de sua intimao do auto de penhora eavaliao.

    270. (Tcnico Judicirio/rea: Administrativa/TRT da 5 Regio/2008) Aliquidao de sentena tem natureza jurdica de ao de conhecimento autnoma,porm preparatria fase de cumprimento da sentena ou do processo de execuopor ttulo extrajudicial.

    271. (Advogado da Unio/Advocacia-Geral da Unio/2009) Considere que oadquirente de determinado bem, visando proteo de sua posse, tenha ajuizadoembargos de terceiro para afastar ato de constrio judicial decorrente de sentena deprocedncia proferida em ao reivindicatria. Nessa situao hipottica, oembargado poder, nos prprios embargos e independentemente do ajuizamento deoutra ao, demonstrar que a venda ocorreu enquanto pendente a demanda

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    reivindicatria, fato que importa fraude execuo, sendo ineficaz diante do cum-primento do julgado.

    Acerca da impugnao ao cumprimento da sentena, julgue o item a seguir.

    272. (Advogado da Unio/Advocacia-Geral da Unio/2009) Ultrapassado o prazopara impugnao do cumprimento da sentena, no ser mais possvel manej-la paraalegar prescrio; contudo, essa defesa poder ser alegada via objeo deexecutividade, independentemente de segurana do juzo.

    273. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Diante da necessidade de processar a execuo pelo modo menos gra-voso ao executado, possvel ao juiz determinar que se proceda preferencialmente penhora de veculos em lugar da penhora de dinheiro depositado em instituiofinanceira, j que isso preservaria o poder de compra do devedor.

    274. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de

    Alagoas/2009) A penhora tem como um de seus efeitos tornar ineficaz a alienao dobem penhorado, de modo que este continuar vinculado dvida garantida, desde queo exequente comprove a existncia de conluio entre o executado e o comprador.

    275. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Diante da constatao de que os bens passveis de penhora sequer se-ro capazes de produzir valor suficiente ao pagamento das custas do processo, o

    oficial no dever realizar o ato, limitando-se a certificar essa situao,independentemente da descrio dos bens localizados.

    276. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Sendo penhorado o imvel cuja acesso ainda se encontra em fase deconstruo, os materiais que seriam empregados para o encerramento da obratambm podero ser objeto de penhora.

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    277. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Um casal que tenha dois imveis em seu patrimnio s ter aquele emque no reside penhorado se o outro cnjuge no for alheio execuo, ou seja, se advida do executado tiver sido contrada por ambos em benefcio do outro.

    278. (Analista Judicirio/rea: Judiciria/TRT da 5 Regio/2008) dispensada aavaliao no caso de concordncia tcita do credor com a estimativa de valor feitapelo devedor que, citado para efetuar o pagamento, nomeia bens penhora.

    279. (Analista Judicirio/rea: Judiciria/TRT da 5 Regio/2008) possvel que apenhora seja feita por escrivo de justia, por termo nos autos, mas, mesmo nessasituao, a avaliao do bem continua sendo atribuio do oficial de justia avaliador.

    280. (Analista Judicirio/rea: Judiciria/TRT da 5 Regio/2008) atribuio dooficial de justia que realiza a penhora avaliar o bem penhorado. Se, todavia, aavaliao demandar conhecimento tcnico especializado, o credor deve indicar ao

    juzo profissional habilitado que ser nomeado como avaliador exclusivamente paraesse ato.

    281. (Analista Judicirio/rea: Judiciria/TRT da 5 Regio/2008) O devedor podealegar excesso de execuo como matria de defesa, devendo, nesse caso, declarar ovalor que considera correto at a prolao da sentena.

    282. (Analista Judicirio/rea: Judiciria/TRT da 5 Regio/2008) Remio daexecuo no a mesma coisa que remio do bem executado. A primeira verifica-sequando efetuado o resgate de toda a dvida executada, em virtude do pagamento oudepsito do principal, acrescido de juros, custas e honorrios. A segunda consiste emresgatar o bem executado e evitar a sua transferncia para o patrimnio do exequenteou mesmo para o de um terceiro, estranho relao processual.

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    283. (Tcnico Judicirio/rea: Administrativa/TRT da 5 Regio/2008) O prazopara a apresentao de embargos execuo de 5 dias, aps garantida a execuoou penhorados os bens.

    Quanto ao processo de execuo, julgue os prximos itens.

    284. (Procurador do Estado do Esprito Santo/Procuradoria Geral/2008) Acontagem do prazo para os embargos do devedor, em qualquer modalidade deexecuo de ttulo extrajudicial, inicia-se com a citao do executado. O termo inicial determinado pela juntada aos autos do mandado com que se cumpriu a citao.

    285. (Procurador do Estado do Esprito Santo/Procuradoria Geral/2008) Noprocesso de execuo, quando a citao ocorrer por meio de carta precatria, conta-seo prazo para o oferecimento dos embargos a partir da juntada da carta precatria aosautos.

    286. (Procurador do Estado do Esprito Santo/Procuradoria Geral/2008) Quando,

    no processo de execuo, a penhora, a avaliao ou a alienao de bens forem feitaspor meio de carta precatria, os embargos podero ser oferecidos tanto no juzodeprecante quanto no juzo deprecado; e a competncia para processar e julgar osembargos distribuda segundo a origem do ato impugnado. Assim, o juzodeprecado competente para julgar os embargos que tratem de impugnao dapenhora, avaliao ou alienao de bens.

    PONTO 21. DA EXECUO DE AES COLETIVAS.287. A execuo coletiva deve ser promovida exclusivamente pelo legitimado

    coletivo que tiver que tiver sido autor da ao coletiva de conhecimento.

    288. possvel que a sentena proferida em um processo em que se discutemdireitos difusos ou coletivos seja utilizada por um indivduo como ttulo de umaexecuo individual, tendo em vista a extensoin utilibusda coisa julgada coletivaao plano individual.

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    289. competente para a execuo coletiva o juzo (i) da liquidao da sentena ouda ao condenatria, no caso de execuo individual; (ii) da ao condenatria,quando coletiva a execuo.

    290. O Ministrio Pblico tem poder para promover a execuo da sentenapronunciada no curso da ao popular.

    GABARITO

    217. C218. E219. E220. E221. E222. E223. C

    224. E225. C226. C227. E228. E229. E230. E

    231. E232. E

    233. E234. E235. E236. E237. E

    238. E239. E240. E241. E242. E243. C244. E

    245. E246. C247. E248. E249. C250. E251. E

    252. C253. E

    254. C255. C256. E257. E258. C

    259. C260. E261. E262. E263. E264. C265. C

    266. C267. E268. C269. C270. E271. C272. C

    273. E274. E

    275. E276. C277. E278. E279. C

    280. E281. E282. C283. ANULADO284. C285. E286. C

    287. E288. C289. C290. C

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    SEGUNDA PARTE QUESTES COMENTADAS

    PONTO 15. DAS PROVAS: NUS DA PROVA; DEPOIMENTOPESSOAL; CONFISSO; PROVAS DOCUMENTAL ETESTEMUNHAL.

    217. (Advogado da Unio/Advocacia-Geral da Unio/2009) A regra geral dadistribuio do nus da prova a de que cabe ao autor provar o fatoconstitutivo de seu direito, enquanto ao ru cabe provar a existncia de fato

    impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Contudo, emdeterminada hiptese, se o prprio ru contribuiu de forma definitiva para acomprovao do fato constitutivo do direito do autor, nada impede que o juiz julgue procedente o pedido deste ltimo, visto que as regras de distribuio dosnus da prova no determinam quem deve produzir a prova, mas apenas quemdeve arcar com as consequncias de sua no produo.

    Cada parte tem o nus de provar os pressupostos fticos do direito que pretenda sejaaplicado pelo juiz na soluo do litgio. No h o dever de provar, mas um simplesnus, de modo que o litigante assume o risco de perder o litgio se no demonstrarconsistentemente os fatos por ela alegados. A finalidade da prova certificar a verdadedos fatos deduzidos pela parte em juzo, e o seu destinatrio o juiz, que, pelolivreconvencimento motivado, dar soluo jurdica ao litgio. Por esse motivo, a questoest correta.

    Cabe s partes indicar, na petio inicial e na contestao, os meios de prova que desejautilizar para demonstrar suas alegaes, ou seja, o fato constitutivo do direito do autor,ou eventual fato impeditivo, modificativo ou extintivo, arguido pelo ru. Pode ainda o juiz determinar as provas necessrias instruo do processo (art. 130 do CPC), semcom isso quebrar o princpio da isonomia.

    Segundo Humberto Theodoro Jnior, no processo civil, onde quase sempre predominao princpio dispositivo, que entrega a sorte da causa diligncia ou interesse da parte,

    assume especial relevncia a questo pertinente ao nus da prova. Esse nus consiste naconduta processual exigida da parte para que a verdade dos fatos por ela arrolados seja

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    admitida pelo juiz. No h um dever de provar, nem parte contrria assiste o direito deexigir a prova do adversrio. H um simples nus, de modo que o litigante assume orisco de perder a causa se no provar os fatos alegados dos quais depende a existnciado direito subjetivo que pretende resguardar atravs da tutela jurisdicional. Isto porque,segundo mxima antiga, fato alegado e no provado o mesmo que fato inexistente.

    No estabelece o CPC qualquer critrio valorativo da prova, pois prevalece, em nossosistema atual, olivre convencimento motivadoou a persuaso racional do juiz, queapresenta as seguintes caractersticas:

    (a) o livre convencimento fica condicionado s alegaes das partes e s provas dosautos;

    (b) a observncia de certos critrios legais sobre provas e sua validade no pode serdesprezada pelo juiz;

    (c) em falta de normas jurdicas particulares, o juiz aplicar as regras de experinciacomum, subministradas pela observao do que ordinariamente acontece (art. 335 doCPC);

    (d) as sentenas devem ser sempre fundamentadas, o que impede julgamentos

    arbitrrios ou desassociados da prova dos autos. Art. 332. Todos os meios legais, bem como os moralmente legtimos, ainda queno especificados neste Cdigo, so hbeis para provar a verdade dos fatos,em que se funda a ao ou a defesa.

    Art. 333. O nus da prova incumbe:

    I ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;

    II ao ru, quanto existncia de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do

    direito do autor.

    Gabarito: Certo

    218. (Advogado da Unio/Advocacia-Geral da Unio/2009) No CPC, admite-sea prova emprestada, visto que no h proibio de meios que sejam legais emoralmente legtimos. Exige-se, por outro lado, que seja respeitado ocontraditrio, de modo que a prova emprestada deve ter sido produzida entre as

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    219. (Analista Judicirio/rea: Judiciria/TRE-MA/2009) Quando odepoimento pessoal determinado de ofcio pelo juiz, sendo a parte intimadapessoalmente, constando do mandado que se presumem confessados os fatoscontra ela alegados, caso injustificadamente no comparea ou, comparecendo,se recuse a depor, o juiz aplica a ela a pena de confisso.

    Independentemente de o depoimento pessoal da parte ser determinado de ofcio pelo juiz ou a requerimento da outra parte, sendo aquela intimada pessoalmente, constando

    do mandado que se presumem confessados os fatos contra ela alegados, casoinjustificadamente no comparea ou, comparecendo, se recuse a depor, o juiz poderaplicar a pena de confisso (art. 342 c/c art. 343, 2).

    Art. 342. O juiz pode, de ofcio, em qualquer estado do processo, determinar o comparecimento pessoal das partes, a fim de interrog-las sobre os fatosda causa.

    Art. 343. Quando o juiz no o determinar de ofcio, compete a cada parte

    requerer o depoimento pessoal da outra, a fim de interrog-la na audinciade instruo e julgamento.

    1 A parte ser intimada pessoalmente, constando do mandado que se presumiro confessados os fatos contra ela alegados, caso no compareaou, comparecendo, se recuse a depor.

    2 Se a parte intimada no comparecer, ou comparecendo, se recusar adepor, o juiz Ihe aplicar a pena de confisso.

    Gabarito: Errado

    Considerando que o autor, em ao de nunciao de obra nova, junte a sua contestaodocumento pblico que no atenda todas as formalidades legais previstas para suaformao, visando provar a existncia de uma regra condominial que alegava existir,assinale a opo correta luz da disciplina das provas prevista no CPC.

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    220. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) O documento pblico far prova de sua formao e dos fatos queo oficial declarar que ocorreram em sua presena, independentemente doseventuais vcios de forma.

    Documento todo e qualquer registro material de um fato jurdico. Para que ele sejaeficaz como meio de prova, indispensvel que seja autntico e subscrito por seuautor. S documento o escrito assinado ou de outra forma inegavelmentereconhecido por seu autor; s tem autenticidade quando se tem certeza acerca daveracidade da assinatura nele contida ou da origem do documento.

    O documento pblico goza de presuno legal de autenticidade entre as partes e entreterceiros, fato que decorre da f pblica conferida aos rgos estatais. Contudo, talpresuno s atinge os elementos de formao do ato e a autoria das declaraes daspartes, e no o contedo dessas declaraes de vontade.

    O documento pblico far prova de sua formao e dos fatos que o escrivo, tabelio,ou funcionrio declarar que ocorreram em sua presena (art. 364 do CPC), ressalvadas

    as hipteses de vcios de formao.Gabarito: Errado

    221. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Detectada a ausncia de formalidade legal no documento pblico,ter-se- como inexistente a prova e nenhuma outra, por mais especial que seja,poder suprir a sua falta.

    Pelo princpio da ampla defesa e do contraditrio, no se pode impedir a parte de levarao juzo provas que demonstrem a veracidade dos fatos por ela alegados. Portanto,sendo invlido o documento pblico, ela poder valer-se, por exemplo, da provatestemunhal e pericial. J o instrumento pblico, quando for exigido pela lei, como dasubstncia do ato (por exemplo, os atos de transmissointer vivosde bens imveis),no poder ser substitudo por nenhuma outra prova, por mais especial que seja (art.366 do CPC).

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    Gabarito: Errado

    222.

    (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) O fato de o documento pblico no atender as formalidades legaisatinge a sua eficcia apenas quanto prova da sua formao, mas no a suaeficcia quanto aos fatos que o oficial declarar que ocorreram em sua presena.

    Caso o documento pblico no atenda s formalidades legais, perder a fora prpriados documentos oficiais, que se refere: (1) s circunstncias da formao do ato; (2)

    s declaraes de vontade que o oficial ouvir das partes.

    Gabarito: Errado

    223. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Caso o documento pblico cuja formao se deu de modo viciadoseja subscrito pelas partes, ter a mesma eficcia probatria do documentoparticular.

    Certa. O documento pblico, quando elaborado por oficial incompetente ou sem asformalidades legais, embora perca a fora prpria dos instrumentos oficiais, ter amesma eficcia probatria do documento particular, se estiver subscrito pelas partes(art. 367 do CPC).

    Gabarito: Correto

    224. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Se o documento pblico, produzido em desconformidade com asformalidades legais, tiver a sua autenticidade declarada pelo advogado da parteque o juntou, far prova de sua formao e dos fatos que o oficial tiver

    declarado como ocorridos em sua presena.

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    A declarao de advogado no sana as irregularidades legais do documento pblico. OCPC dispe apenas que o advogado poder declarar a autenticidade das cpias depeas do prprio processo judicial, se esta no for impugnada (art. 365, IV, do CPC).

    Art. 364. O documento pblico faz prova no s da sua formao, mastambm dos fatos que o escrivo, o tabelio, ou o funcionrio declarar queocorreram em sua presena.

    Art. 366. Quando a lei exigir, como da substncia do ato, o instrumento pblico, nenhuma outra prova, por mais especial que seja, pode suprir-lhe a falta.

    Art. 367. O documento, feito por oficial pblico incompetente, ou sem aobservncia das formalidades legais, sendo subscrito pelas partes, tem amesma eficcia probatria do documento particular.

    Gabarito: Errado

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    PONTO 16. DA AUDINCIA: DA CONCILIAO E DA INSTRUO EJULGAMENTO.

    225. Audincia o ato processual solene realizado na sede do juzo que sepresta para o juiz colher a prova oral e ouvir pessoalmente as partes e seusprocuradores.

    Certo. Em regra, a designao da audincia de instruo e julgamento no faculdade

    conferida ao juiz, e sim imposio da lei para sempre que houver a necessidade deproduo probatria. Trata-se de ato solene presidido pelo juiz que se presta instruo,discusso e deciso da causa.

    Segundo Humberto Theodoro Jr., a audincia s indispensvel quando haja necessidadede prova oral ou esclarecimentos de perito e assistentes tcnicos. Fora desses casos, o julgamento da lide antecipado e prescinde da solenidade de audincia (art. 330 do CPC).

    Gabarito: certo.

    226. Na audincia, antes de iniciar a instruo, o magistrado tentar conciliaras partes. Chegando a acordo, o juiz mandar tom-lo por termo. O termo deconciliao, assinado pelas partes e homologado pelo juiz, ter valor desentena.

    Certo. Vejamos:

    Art. 447. Quando o litgio versar sobre direitos patrimoniais de carter privado, o juiz,de ofcio, determinar o comparecimento das partes ao incio da audincia de instruo e julgamento.

    Pargrafo nico. Em causas relativas famlia, ter lugar igualmente a conciliao, nos

    casos e para os fins em que a lei consente a transao.

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    Art. 448. Antes de iniciar a instruo, o juiz tentar conciliar as partes. Chegando aacordo, o juiz mandar tom-lo por termo.

    Art. 449. O termo de conciliao, assinado pelas partes e homologado pelo juiz, tervalor de sentena.

    Gabarito: certo.

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    O mandado de segurana no pode ser utilizado como sucedneo de ao rescisria ou dequalquer outro recurso contra deciso judicial nem como ao autnoma de impugnaotendente desconstituio da autoridade da coisa julgada, motivo pelo qual a petio dowrit constitucional contra deciso judicial j transitada em julgado deve ser indeferida deplano (arts. 5, III, e 10 da Lei n 12.016, de 7 de agosto de 2009).

    Art. 5 da Lei n 12.016/2009. No se conceder mandado de segurana quando se tratar: I de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente decauo; II de deciso judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; III de deciso judicial transitada em julgado.Smula 268 do STF. No cabe mandado de segurana contra deciso judicial com transito em julgado.

    Gabarito: Errado

    PONTO 18. DA LIQUIDAO E DO CUMPRIMENTO DA SENTENA

    Ateno:Deixaremos para estudar o novo procedimento para cumprimento de sentena,

    institudo pela Lei n 11.232/2005, junto ao tpico 20, que trata da Execuo.

    PONTO 18.1. DA LIQUIDAO

    231. (Tcnico Judicirio/rea: Administrativa/TRT da 5 Regio/2008) Aliquidao de sentena tem natureza jurdica de ao de conhecimentoautnoma, porm preparatria fase de cumprimento da sentena ou doprocesso de execuo por ttulo extrajudicial.

    A Lei n 11.232/2005 alterou substancialmente a natureza da liquidao. No regime anterior,a liquidao constitua processo de conhecimento autnomo, o qual se iniciava com oajuizamento da ao, completava-se com a citao e finalizava com o trnsito em julgado dasentena. Havia a triconomia do processo: conhecimento, liquidao e execuo. No sistemaatual, a liquidao, regulada pelos arts. 475-A a 475-H, constitui uma simples fase doprocesso de conhecimento, o qual somente se encerra com o integral cumprimento dasentena. Com fulcro nessa nova sistemtica, a questo est errada.Portanto, segundo Elpdio Donizetti,a liquidao constitui um complemento do ttulo judicial ilquido. Consiste em deciso declaratria limitada ao contedo do ttulo liquidando

    (sentena ou acrdo), sendo pressuposto para o cumprimento da sentena.

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    Vale ressaltar que o CPC prev trs modalidades de liquidao: por arbitramento(art. 475-Ce 475-D), por artigos(art. 475-E e 475-F) e por clculo do contador (art. 475-J). No caso dettulo executivo extrajudicial, a liquidao feita to somente por demonstrativo do dbito(incluindo juros, correo monetria e demais encargos) por parte do credor.

    1. Liquidao por arbitramento:a liquidao por arbitramento continua em vigor quandodeterminada pela sentena ou convencionado pelas partes, bem como quando a natureza doobjeto da liquidao assim exigir. Neste caso, o juiz nomear o perito para fazer oarbitramento e fixar prazo razovel para apresentao do laudo. No houve alteraessubstanciais nesta questo, com relao ao antigo sistema de liquidao.

    2. Liquidao por artigos:havendo necessidade de prova de fatos novos, a liquidao se darpor artigos, sendo proibidas a rediscusso da lide e a modificao do teor da deciso. Houveuma importante alterao nesse sistema: da deciso que julgar a liquidao de sentena, umavez que no se trata de processo autnomo, caber o recurso de agravo de instrumento. evidente que o agravo de instrumento pode ser recebido no efeito suspensivo, se existirpossibilidade de leso de difcil reparao.

    3. Liquidao por clculo do contador:sendo possvel a liquidao da sentena por clculoaritmtico, o credor requerer o cumprimento da sentena, na forma do art. 475-J, instruindoo pedido com a memria discriminada e atualizada do clculo. Caso a parte necessite dedados existentes em poder do devedor ou de terceiro, esta poder, nos prprios autos,requerer a exibio dos mesmos, sendo fixado prazo de at 30 dias para apresentar. Havendorecusa por parte do devedor, sero aceitos os clculos do credor. Se a recusa for de terceiro,poder se utilizar da busca e apreenso e imputao de crime de desobedincia. Apsapresentados os memoriais de clculo do credor, caso haja um aparente excesso do valorapresentado, o juiz poder valer-se do contador do juzo. Cabe ressaltar que o juiz pode faz-

    lo de ofcio, no sendo necessrio, sequer, pedido da parte contrria. Tambm poder valer-sedo contador do juzo no caso de assistncia judiciria.

    Captulo IX Da liquidao de sentena Art. 475-A. Quando a sentena no determinar o valor devido, procede-se sua liquidao. 1o Do requerimento de liquidao de sentena ser a parte intimada, na pessoa de seuadvogado. 2o A liquidao poder ser requerida na pendncia de recurso, processando-se em autosapartados, no juzo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cpias das peas processuais pertinentes. 3o Nos processos sob procedimento comum sumrio, referidos no art. 275, inciso II,alneas d e e desta Lei, defesa a sentena ilquida, cumprindo ao juiz, se for o caso, fixar de plano, a seu prudente critrio, o valor devido. Art. 475-B. Quando a determinao do valor da condenao depender apenas de clculoaritmtico, o credor requerer o cumprimento da sentena, na forma do art. 475-J desta Lei,instruindo o pedido com a memria discriminada e atualizada do clculo. 1 Quando a elaborao da memria do clculo depender de dados existentes em poder dodevedor ou de terceiro, o juiz, a requerimento do credor, poder requisit-los, fixando prazode at trinta dias para o cumprimento da diligncia.

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    2 Se os dados no forem, injustificadamente, apresentados pelo devedor, reputar-se-ocorretos os clculos apresentados pelo credor, e, se no o forem pelo terceiro, configurar-se- a situao prevista no art. 362. 3 Poder o juiz valer-se do contador do juzo, quando a memria apresentada pelo credor aparentemente exceder os limites da deciso exeqenda e, ainda, nos casos de assistncia judiciria. 4 Se o credor no concordar com os clculos feitos nos termos do 3o deste artigo, far-se- a execuo pelo valor originariamente pretendido, mas a penhora ter por base o valor encontrado pelo contador. Art. 475-C. Far-se- a liquidao por arbitramento quando: I determinado pela sentena ou convencionado pelas partes; II o exigir a natureza do objeto da liquidao. Art. 475-D. Requerida a liquidao por arbitramento, o juiz nomear o perito e fixar o prazo para a entrega do laudo.Pargrafo nico. Apresentado o laudo, sobre o qual podero as partes manifestar-se no prazo de dez dias, o juiz proferir deciso ou designar, se necessrio, audincia. Art. 475-E. Far-se- a liquidao por artigos, quando, para determinar o valor dacondenao, houver necessidade de alegar e provar fato novo. Art. 475-F. Na liquidao por artigos, observar-se-, no que couber, o procedimento comum(art. 272). Art. 475-G. defeso, na liquidao, discutir de novo a lide ou modificar a sentena que a julgou. Art. 475-H. Da deciso de liquidao caber agravo de instrumento.

    Gabarito: Errado

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    PONTO 19. DOS RECURSOS: DAS DISPOSIES GERAIS.

    Ateno:a princpio, tudo indica queno seroobjeto de questo tpicos referentes arecursos em espciee ao rescisria, visto que tais institutos no foram expressamentemencionados no edital. Contudo, no se assuste caso eles sejam abordados na sua prova.Como assim? que nas provas da AGU e DPU, o Cespe/UnB inseriu, de forma abusiva eabsurda, itens no explicitados no contedo programtico. Mesmo sob protestos, de 5questes impugnadas apenas uma foi anulada. O argumento utilizado pela banca tem sido oseguinte: embora no mencionados expressamente no edital, os institutos podem ser cobrados pois dizem respeito anlise global dos respectivos tpicos inclusos no edital.

    No quero sugerir que voc estude tais tpicos da mesma forma que estudar aquelesexpressos no edital, mas se for o caso, se sobrar um tempinho, no deixe de dar uma olhadanos recursos em espcie mais cobrados nas provas do Cespe/UnB.

    Por cautela, incluirei, com essa ressalva, algumas questes referentes arecursos emespciee ao rescisrianeste tpico. Se voc quiser estudar esses institutos apenas pelasquestes desta nossa aula, acredito que j estar de bom tamanho.

    232. (Analista Judicirio/rea: Judiciria/TRE-MA/2009) O efeito devolutivo

    dos recursos enseja o retorno da matria impugnada ao prprio rgo judicirioprolator da deciso recorrida.

    O efeito devolutivo dos recursos enseja a transferncia da matria impugnada aorgo ad quem, isto , ao rgo judicirio via de regra hierarquicamente superiorquele que prolatou a deciso. O efeito devolutivo comum a todos os recursos, pois da essncia do recurso provocar o reexame da deciso.

    Gabarito: Errado

    233. (Advogado da Unio/Advocacia-Geral da Unio/2009) No caso de julgamento realizado por rgo colegiado em sede de apelao, o crime deprevaricao cometido por um dos membros componentes desse rgo viciar o

    acrdo mesmo que o voto do citado membro tenha sido vencido,independentemente da interposio de embargos infringentes.

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    Caso um dos membros de rgo colegiado cometa crime de prevaricao, tal atosomente viciar o acrdo se o voto do citado membro tiver pertinncia com oresultado e influenciar o que for decidido pelo colegiado. Tal raciocnio feito poranalogia disciplina da ao rescisria (art. 485, I), na qual somente podero serarguidas a prevaricao, concusso e corrupo se o voto viciado houver concorridopara o resultado ou para a formao da maioria. Portanto, para que o voto e/ou oacrdo sejam anulados, no basta que o julgador tenha participado do julgamento,sendo necessrio que seu voto seja um dos vencedores. Em se tratando de votovencido, no h consequncia para o julgamento.

    Porm, segundo Fredie Diddier,caso sejam interpostos embargos infringentes para fazer prevalecer o voto vencido, dever, ento, ser acolhido o pedido de anulao(ao rescisria), eis que, nesse caso, o voto dado em prevaricao, concusso oucorrupo influenciou o resultado.

    Prevaricao

    Art. 319 do CP. Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofcio,

    ou pratic-lo contra disposio expressa de lei, para satisfazer interesse ousentimento pessoal.

    Das nulidades

    Art. 249. O juiz, ao pronunciar a nulidade, declarar que atos so atingidos,ordenando as providncias necessrias, a fim de que sejam repetidos, ouretificados.

    1 O ato no se repetir nem se lhe suprir a falta quando no prejudicar a

    parte. 2 Quando puder decidir do mrito a favor da parte a quem aproveite a de-clarao da nulidade, o juiz no a pronunciar nem mandar repetir o ato,ou suprir-lhe a falta.

    Gabarito: Errado

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    234. (Advogado da Unio/Advocacia-Geral da Unio/2009) Diz-se na doutrinaque existe presuno da existncia de repercusso geral nos recursosextraordinrios, o que se comprova pela necessidade de quorum diferenciadopara o no conhecimento do recurso com base na ausncia de tal requisito e nadispensa da demonstrao da sua presena na pea de interposio do recurso,cabendo ao recorrido demonstrar a ausncia.

    A questo est errada porque (1) afirma que o recorrente est dispensado dedemonstrar a presena da repercusso geral na pea de interposio do recurso,contrariando o disposto no art. 543-A, 2, do CPC (tal comprovao deve ser feitaem preliminar de recurso), e (2) afirma que cabe ao recorrido demonstrar a ausnciada repercusso (conforme art. 102, 3, da CF, isso ocorrer pela manifestao dedois teros dos membros do STF).

    O recurso extraordinrio e o recurso especial foram classificados no CPC comoexcepcionais, pois enquanto nos recursos comuns basta a sucumbncia para preencheros requisitos relativos ao interesse e legitimidade, naqueles exige-se tambm aofensa ao direito positivo, constitucional (RE) ou infraconstitucional (REsp). Ashipteses de cabimento do recurso extraordinrio esto elencadas no art. 102, III, daCF:

    Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guardada Constituio, cabendo-lhe:

    III julgar, mediante recurso extraordinrio, as causas decididas em nica

    ou ltima instncia, quando a deciso recorrida:a) contrariar dispositivo desta Constituio;

    b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;

    c) julgar vlida lei ou ato de governo local contestado em face destaConstituio.

    d) julgar vlida lei local contestada em face de lei federal.

    3 No recurso extraordinrio o recorrente dever demonstrar arepercusso geral das questes constitucionais discutidas no caso, nos

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    termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admisso do recurso,somente podendo recus-lo pela manifestao de dois teros de seusmembros.

    Vejamos os requisitos de admissibilidade do recurso extraordinrio:

    1. Obrigatoriedade de esgotamento de todos os recursos ordinrios: inadmissvelrecurso extraordinrio quando couber, na Justia de origem, recurso ordinrio dadeciso impugnada (Smula 281 do STF), logo, s cabe RE nas causas decididas

    em nica ou ltima instncia.2. Prequestionamento da matria:exige-se prvia deciso nos autos acerca da matria

    constitucional que se pretende discutir em sede de recurso extraordinrio. Caso otribunal de origem no o tenha feito, torna-se indispensvel a propositura dosembargos declaratrios pr-questionadores.

    Smula 282 do STF. inadmissvel recurso extraordinrio quando no

    ventilada, na deciso recorrida, a questo federal suscitada. Smula 356 do STF. O ponto omisso da deciso, sobre o qual no foremopostos embargos declaratrios, no pode ser objeto de recursoextraordinrio, por faltar o requisito do prequestionamento.

    3. Alegao de ofensa a direito positivo:o recurso extraordinrio no cabvel parareexame de prova, mas to s para discutir questo de direito, seja de mrito ouprocessual.

    Smula 279 do STF. Para simples reexame de prova no cabe recursoextraordinrio.

    3.1. Deciso contrria a dispositivo da Constituio Federal.

    3.2. Deciso que declara a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal.

    3.3. Deciso que julgar vlida lei ou ato de governo local contestado em face destaConstituio.

    3.4. Deciso que julgar vlida lei local contestada em face de lei federal.

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    4. Regularidade formal:por consistir em meio excepcional de impugnao recursal,exige-se rigor formal no juzo de admissibilidade do recurso extraordinrio.

    5. Obrigatoriedade de interposio conjunta de recurso extraordinrio e recursoespecial quando a deciso recorrida fundamenta-se em questes constitucional einfraconstitucional e qualquer delas for suficiente, por si s, para manter adeciso:

    Smula 126 do STJ. inadmissvel recurso especial, quando o acrdorecorrido assenta em fundamentos constitucional e infraconstitucional,qualquer deles suficiente, por si s, para mant-lo, e a parte vencida nomanifesta recurso extraordinrio.

    6. Repercusso geral da questo constitucional discutida no caso:este requisito foicriado pela EC n 45/04 e exige que o recorrente demonstre, em preliminar dorecurso, a existncia de questes relevantes do ponto de vista econmico, poltico,social ou jurdico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa. A princpioh presuno relativa quanto relevncia da questo constitucional, cabendo aoplenrio do STF, pela deciso de dois teros dos membros (8 ministros), rejeit-la.Em apenas uma situao a presuno absoluta: quando o recurso impugnardeciso contrria a smula ou jurisprudncia dominante do STF (art. 543-A, 3,do CPC).

    Art. 543-A. O Supremo Tribunal Federal, em deciso irrecorrvel, noconhecer do recurso extraordinrio, quando a questo constitucional neleversada no oferecer repercusso geral, nos termos deste artigo.

    1 Para efeito da repercusso geral, ser considerada a existncia, ou no,de questes relevantes do ponto de vista econmico, poltico, social ou jurdico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa.

    2 O recorrente dever demonstrar, em preliminar do recurso, paraapreciao exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existncia darepercusso geral.

    3 Haver repercusso geral sempre que o recurso impugnar decisocontrria a smula ou jurisprudncia dominante do Tribunal.

    4 Se a Turma decidir pela existncia da repercusso geral por, no mnimo,4 (quatro) votos, ficar dispensada a remessa do recurso ao Plenrio.

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    5 Negada a existncia da repercusso geral, a deciso valer para todosos recursos sobre matria idntica, que sero indeferidos liminarmente,salvo reviso da tese, tudo nos termos do Regimento Interno do SupremoTribunal Federal.

    6 O Relator poder admitir, na anlise da repercusso geral, amanifestao de terceiros, subscrita por procurador habilitado, nos termosdo Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

    7 A Smula da deciso sobre a repercusso geral constar de ata, queser publicada no Dirio Oficial e valer como acrdo.

    Art. 543-B. Quando houver multiplicidade de recursos com fundamento emidntica controvrsia, a anlise da repercusso geral ser processada nostermos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, observado odisposto neste artigo.

    1 Caber ao Tribunal de origem selecionar um ou mais recursosrepresentativos da controvrsia e encaminh-los ao Supremo TribunalFederal, sobrestando os demais at o pronunciamento definitivo da Corte.

    2 Negada a existncia de repercusso geral, os recursos sobrestadosconsiderar-se-o automaticamente no admitidos.

    3 Julgado o mrito do recurso extraordinrio, os recursos sobrestadossero apreciados pelos Tribunais, Turmas de Uniformizao ou Turmas Recursais, que podero declar-los prejudicados ou retratar-se.

    4 Mantida a deciso e admitido o recurso, poder o Supremo TribunalFederal, nos termos do Regimento Interno, cassar ou reformar,

    liminarmente, o acrdo contrrio orientao firmada. 5 O Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal dispor sobre asatribuies dos Ministros, das Turmas e de outros rgos, na anlise darepercusso geral.

    Gabarito: Errado

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    235. (Advogado da Unio/Advocacia-Geral da Unio/2009) Em regra, noexiste contraditrio nos embargos de declarao, uma vez que recursodestinado a suprir omisso, obscuridade ou contradio da deciso recorrida.Parte majoritria da doutrina e da jurisprudncia, entretanto, entende pelanecessidade de intimao da outra parte para apresentao de contrarrazes,caso os embargos tenham sido interpostos visando a efeitos modificativos,tambm chamados infringentes.

    No so cabveis embargos declaratrios para rever deciso anterior. Contudo, nahiptese de existir defeito material que, aps sanado, obrigue a alterao do resultadodo julgamento, sero admissveis os embargos de declarao com efeitosmodificativos ou infringentes, exigindo-se, consequentemente, a intimao doembargado para apresentar contrarrazes.

    Cabem embargos de declarao para esclarecer deciso obscura (quando a redaono suficientemente clara) ou contraditria (quando o julgado apresenta proposiesinconciliveis, tornando incerto o provimento jurisdicional) e para complementar julgado omisso (quando o rgo julgador no se manifesta sobre determinado pontocontrovertido).

    Os embargos declaratrios sero opostos no prazo de 5 dias e no tero efeitodevolutivo nem suspensivo, ou seja, no transferem o conhecimento da matria aoutro rgo jurisdicional nem suspendem a eficcia da deciso embargada. Mas elestm um efeito peculiar: interrompem o prazo para a interposio de outros recursos,logo, o prazo para a apresentao destes recomea, por inteiro, a partir da intimaodo julgamento dos embargos.

    Ao contrrio dos demais recursos, nos embargos declaratrios no se d oportunidadede resposta parte contrria, exceto na hiptese de a pretenso do embarganteimportar na modificao da deciso final (efeito infringente ou modificativo).Exemplifica Cndido Rangel Dinamarco que a jurisprudncia dos tribunais admite osembargos declaratrios com objetivo infringente em casos teratolgicos, como (a) oerro manifesto na contagem do prazo; (b) a no incluso do nome do advogado daparte na publicao; (c) o julgamento de um recurso como se outro houvesse sidointerposto; (d) os erros materiais de toda ordem. Elpdio Donizete nos apresenta um

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    exemplo: na ao de cobrana, o juiz omite sobre a prescrio arguida na contestaoe condena o ru a pagar o valor pedido na inicial. Interpostos os embargosdeclaratrios com vistas ao suprimento da omisso, o juiz reconhece a prescrio e,em razo disso, julga improcedente o pedido do autor.

    Art. 535. Cabem embargos de declarao quando:

    I houver, na sentena ou no acrdo, obscuridade ou contradio;

    II for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou tribunal.

    Art. 536. Os embargos sero opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petiodirigida ao juiz ou relator, com indicao do ponto obscuro, contraditrio ou

    omisso, no estando sujeitos a preparo. Art. 537. O juiz julgar os embargos em 5 (cinco) dias; nos tribunais, orelator apresentar os embargos em mesa na sesso subsequente, proferindovoto.

    Art. 538. Os embargos de declarao interrompem o prazo para ainterposio de outros recursos, por qualquer das partes.

    Pargrafo nico. Quando manifestamente protelatrios os embargos, o juiz

    ou o tribunal, declarando que o so, condenar o embargante a pagar aoembargado multa no excedente de 1% (um por cento) sobre o valor dacausa. Na reiterao de embargos protelatrios, a multa elevada a at 10% (dez por cento), ficando condicionada a interposio de qualquer outrorecurso ao depsito do valor respectivo.

    Gabarito: Certo

    Considere que, proferida sentena de mrito em determinado processo no qual as duaspartes locador e locatrio discutiam um pedido de despejo, o sublocatrio, noprazo legal, interponha apelao invocando a sua posio de terceiro prejudicado. Emface dessas consideraes e tendo em conta a disciplina dos recursos prevista no CPC,assinale a opo correta.

    236. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Considerando que o terceiro prejudicado no participou da

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    relao jurdica processual da qual se originou a sentena, o seu prazo parainterposio do recurso ser contado do primeiro ato de execuo da ordem dedespejo.

    O 1 do art. 499 do CPC dispe que so legitimados a interpor recurso a partevencida, o terceiro prejudicado e o Ministrio Pblico.Terceiro prejudicado aqueleque, at ento, no participou do processo, embora tenha interesse direto no resultadoda demanda submetida apreciao judicial.

    Segundo Humberto Theodoro Jr.,o direito de recorrer, reconhecido ao estranho ao

    processo, justifica-se pelo reconhecimento da legitimidade de seu interesse em evitar efeitos reflexos da sentena sobre relaes interdependentes, ou seja, relaes que,embora no deduzidas no processo, dependam do resultado favorvel do litgio em prol de um dos litigantes. Dessa maneira, o terceiro que tem legitimidade pararecorrer aquele que, antes, poderia ter ingressado no processo como assistente oulitisconsorte.

    O prazo para o terceiro recorrer o mesmo da parte a que ele assiste, muito embora

    no tenha ele recebido qualquer intimao da deciso. O incio da contagem(dies aquo)ocorre a partir da data da intimao da parte assistida.

    Gabarito: Errado

    237. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) A condio de terceiro prejudicado do apelante confere a este a

    possibilidade de, em sua pea recursal, alegar fato novo, independentemente daocorrncia, ou no, de motivo de fora maior capaz de impedir que as partesoriginais do processo o tivessem feito antes da sentena.

    Pelo princpio da proibio doius novorum, no se pode arguir em segunda instnciafatos novos no alegados no juzoa quo, salvo se a parte provar a ocorrncia demotivo de fora maior (art. 517 do CPC). Contudo, a condio de terceiro prejudicadodo apelante confere a este a possibilidade de, em sua pea recursal, alegar fato novo,

    independentemente da ocorrncia, ou no, de motivo de fora maior capaz de impedir

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    que as partes originais do processo o tivessem feito antes da sentena. Isso ocorre emvirtude de ele no ter participado do processo na 1 instncia.

    Gabarito: Correto

    238. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Dispensa-se o preparo da apelao por parte do terceiroprejudicado, impondo-se o posterior recolhimento parte em favor de quem orecurso interposto favorea, sendo este uma condio para o exame do recurso.

    Consiste o preparo no pagamento das despesas processuais correspondentes aoprocessamento do recurso interposto, que compreendero, alm das custas, os gastospara remessa dos autos ao juzoad queme retorno ao juzoa quo, se o deslocamentose fizer necessrio. Conforme o 3 do art. 6 da Lei n 11.636/07, que cuida doregime de custas perante o STJ,o terceiro prejudicado que recorrer far o preparodo seu recurso, independentemente do preparo dos recursos que, porventura, tenhamsido interpostos pelo autor ou pelo ru.

    Gabarito: Errado

    239. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Quando trata da possibilidade da interposio de recurso peloterceiro prejudicado, a lei processual amplia a noo do interesse necessrio configurao dessa posio processual, de modo a abranger at mesmo ointeresse simplesmente moral no resultado do processo.

    O recurso de terceiro prejudicado apresenta-se como forma ou modalidade deinterveno na fase recursal. Nesse sentido, s hinteresse legtimose o terceiromantiver uma relao jurdica com a parte assistida e puder sofrer algum prejuzo emdecorrncia do resultado adverso da causa. Portanto, o interesse simplesmente moralno resultado do processo no est abrangido nesta concepo.

    Gabarito: Errado

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    240. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Do mesmo modo que as partes do processo, o terceiroprejudicado somente poder invocar direito superveniente ou matria sobre aqual o juiz deva se pronunciar de ofcio, sendo vedado invocar o chamadoius

    novorum .

    No que tange ao sistema recursal, nosso CPC adota o princpio da proibio doiusnovorum, pelo qual no se pode arguir em segunda instncia fatos novos no alegados

    no juzoa quo, salvo se a parte provar a ocorrncia de motivo de fora maior, comoassevera o art. 517 do CPC:

    Art. 517. As questes de fato, no propostas no juzo inferior, podero ser suscitadas na apelao, se a parte provar que deixou de faz-lo por motivode fora maior.

    Salvo as matrias de ordem pblica, a atividade cognitiva da segunda instncia selimita aos trechos da sentena que tenham sido impugnados, no se podendo ampliar a

    matria a ser conhecida pelo tribunal. A exceo quanto ao recurso do terceiroprejudicado: em virtude do terceiro no ter participado do processo na 1 instncia, elepoder, em sua pea recursal, alegar fato novo, independentemente da ocorrncia demotivo de fora.

    Vale destacar que o recurso do terceiro prejudicado no pode trazer questes estranhas ao original. Para Humberto Theodoro,por se tratar de uma assistncia na faserecursal, o recorrente jamais pleitear deciso a seu favor, no podendo ir alm do

    pleito em benefcio de uma das partes do processo. que o assistente nunca intervm para modificar o objeto do processo e sempre para ajudar a parte sucumbente, pois a vitria do assistido que beneficia indiretamente o assistente.

    Gabarito: Errado

    Proferida sentena que julgou improcedente o pedido de nomeao realizado por

    candidatos aprovados em determinado concurso pblico sob o argumento de que no

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    foi obedecida condio constante de decreto legislativo, alguns dos sucumbentes,passado o prazo para recurso, ajuizaram ao rescisria, alegando que houve violao adisposio literal de lei.

    Com referncia situao hipottica acima descrita e tomando em considerao adisciplina dos recursos no CPC, assinale a opo correta.

    241. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) A ao rescisria no dever ser admitida se a violao apontadativer sido de texto do decreto legislativo, j que a palavra lei deve serentendida como estrita violao a lei ordinria, no includas as demais espciesnormativas.

    A ao rescisria consiste num meio de impugnar deciso de mrito transitada em julgado, com vistas desconstituio da coisa julgada material. No se exige que acoisa julgada tenha operado em decorrncia do esgotamento de todos os recursospostos disposio do interessado (Smula 514 do STF).

    Cumpre ressaltar que a ao rescisria no tem natureza jurdica de recurso, mas de

    ao constitutiva, pois modifica a relao jurdica anteriormente regulada, ora comeficcia negativa (visando apenas anulao da sentena), ora com eficcia positiva(buscando o novo julgamento do caso concreto). Ela no se confunde com osrecursos, pois enquanto esses se desenvolvem dentro da mesma relao processual, ouseja, antes do trnsito em julgado da sentena, a ao rescisria visa desconstituioda coisa julgada material, o que pressupe a propositura de uma nova ao e ainstaurao de um novo processo.

    O art. 485 do CPC estabelece taxativamente os pressupostos especficos (oufundamentos) da ao rescisria. Segundo este dispositivo, a sentena de mrito,transitada em julgado, pode ser rescindida quando:

    1. Se verificar que foi dada por prevaricao, concusso ou corrupo do juiz:nessescasos, indispensvel que o juiz que prolatou a sentena seja sujeito ativo do delitopenal.

    2. Proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente:a sentena proferida

    por juiz impedido (art. 134 do CPC) anulvel, logo, pode a parte atac-la pormeio da ao rescisria mesmo que nada tenha alegado no curso do processo. Juiz

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    incompetente aquele que exerce suas funes fora dos limites da jurisdio,desrespeitando os critrios da matria, da pessoa e do critrio funcional. Valedestacar que a incompetncia relativa no autoriza o ajuizamento da aorescisria.

    3. Resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou decoluso entre as partes, a fim de fraudar a lei:na primeira hiptese, h atuaoardil da parte vencedora, que se vale de artifcios para obter um pronunciamentoque lhe seja favorvel. necessrio que a conduta dolosa da parte vencedora tenhainfluenciado no contedo da sentena, seja pelo cerceamento de defesa da partecontrria, seja pelo desvio do juiz da deciso tida como correta. Na segundahiptese, as partes, em acordo ou ato simulado, atuam dolosamente a fim defraudar a lei.

    4. Ofender a coisa julgada:se o magistrado proferir sentena de mrito sobre umademanda que j transitou em julgado, ser possvel desconstituir esta ltimadeciso por meio da ao rescisria, a fim de restabelecer o primado da coisa julgada emergente na primeira sentena.

    5. Violar literal disposio de lei:o termo lei deve ser entendido no sentidolatosensu, ou seja, inclui qualquer ato normativo que deveria ter sido aplicado ao caso,bem como as normas de natureza processual. Conforme entendimento do STF naSmula 343, no caracteriza a ofensa da lei quando o julgador elege, dentre asinterpretaes cabveis, uma delas.

    6. Se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ouseja provada na prpria ao rescisria:a prova falsa que tenha sido decisiva aoresultado da sentena permite o oferecimento da ao rescisria.

    7. Depois da sentena, o autor obtiver documento novo, cuja existncia ignorava, oude que no pde fazer uso, capaz, por si s, de lhe assegurar pronunciamento favorvel:o documento j existia no curso do processo, mas o autor desconheciasua existncia ou, por circunstncias alheias sua vontade, era impossvel utiliz-la.

    8. Houver fundamento para invalidar confisso, desistncia ou transao, em que sebaseou a sentena:na hiptese de a sentena se fundamentar em confisso,desistncia (reconhecimento da procedncia do pedido ou renncia ao direito sobre

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    o que se firma a ao art. 269, II e V, do CPC) ou transao invlidas, cabvel aao rescisria.

    9. Fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa:h erroquando a sentena admitir um fato inexistente, ou quando considerar inexistenteum fato efetivamente ocorrido. Se o erro se der na apreciao da prova, na escolhaou na interpretao do fato, no cabvel a rescisria. indispensvel que notenha havido controvrsia, nem pronunciamento judicial sobre o fato.

    Como vimos, o termolei (lato sensu)abrange toda e qualquer espcie legislativa(ato normativo, norma de natureza processual) que deveria ter sido aplicada ouconsiderada na soluo da demanda. No abrange, porm, violao a texto de smula,mesmo se se tratar de smula vinculante.

    Gabarito: Errado

    242. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Decorre do texto legal que a parte autora dever indicar

    expressamente qual o dispositivo violado, apontando o nmero do artigo oupargrafo, ainda que seja possvel deduzir qual seja ante o contedo dafundamentao.

    Sendo a causa de pedir da ao rescisria a violao a literal dispositivo legal, preciso que o autor aponte expressamente o dispositivo que entende ser violado, nopodendo o tribunal suprir a omisso. Contudo, entende a doutrina que desnecessrio

    o apontamento ao nmero de artigo ou ao pargrafo se for claramente identificvel(deduzvel) a norma impugnada ante ao contedo da fundamentao.

    Gabarito: Errado

    243. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Demonstrada a violao a literal disposio de lei, no necessrio que a parte autora comprove que houve abordagem do tema na deci-

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    so cuja resciso requerida, porque no se exige prequestionamento comopressuposto da rescisria.

    Certa. H violao a literal disposio de lei quando a sentena cogita a existncia deuma regra legal mas se recusa a aplic-la; quando a sentena, implcita ouexplicitamente, classifica os fatos numa figura que no adequada; quando nega avigncia da lei ou decide em sentido contrrio a ela. O prequestionamento no pressuposto para o oferecimento da ao rescisria, pois no se exige que a regra legalviolada tenha sido discutida, de forma expressa, na sentena rescindenda.

    Gabarito: Certo

    244. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Ajuizada a ao rescisria com fundamento na violao de literaldisposio de lei, a parte autora poder tornar a discutir os fatos alegados naprimeira instncia, de maneira que o rgo julgador da rescisria possa re-

    examin-los.

    Ajuizada a ao rescisria com fundamento na violao de literal disposio de lei, nose permite o reexame de fatos ou de provas, mas to somente a anlise de questo dedireito. Nesse sentido temos a Smula n 485 do TST:

    Smula n 410 do TST. Ao Rescisria Reexame de Fatos e Provas Viabilidade.

    A ao rescisria calcada em violao de lei no admite reexame de fatos e provas do processo que originou a deciso rescindenda.

    Ademais, a rescisria ao autnoma, sem ndole recursal, e, portanto, despida deefeito devolutivo, da ser inaplicvel o efeito devolutivo previsto no 1 do art. 515do CPC:

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    Art. 515. A apelao devolver ao tribunal o conhecimento da matria impug-nada.

    1 Sero, porm, objeto de apreciao e julgamento pelo tribunal todas asquestes suscitadas e discutidas no processo, ainda que a sentena no astenha julgado por inteiro.

    Gabarito: Errado

    245. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado deAlagoas/2009) Ainda que a interpretao da lei cuja violao ampara a

    rescisria seja controvertida nos tribunais, ser admitida a ao, pois o PoderJudicirio no poder se negar a resolver uma questo jurdica regularmenteproposta.

    O Supremo Tribunal Federal assentou na Smula 343 que no cabe ao rescisriapor ofensa literal disposio de lei quando a deciso rescindenda se tiver baseadoem texto legal de interpretao controvertida nos tribunais.

    Gabarito: Errado

    Jos, residente em Macei, ajuizou ao ordinria contra a Unio, no foro do DF,visando obter indenizao por prejuzos que sofreu em virtude da coliso deveculo oficial com o seu.

    O juiz de primeira instncia julgou improcedente o pedido. Insatisfeito, Josapelou, e o tribunal manteve a sentena. Jos interps, ento, recurso especial.Distribudo o recurso no STJ, o relator negou-lhe seguimento aps verificar queera intempestivo, j que fora interposto 16 dias aps a publicao do acrdorecorrido.

    Com referncia situao hipottica acima e disciplina dos recursos nos tri-bunais, julgue os itens seguintes.

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    246. (Analista Judicirio/rea: Judiciria/STJ/2008) A deciso proferida pelorelator do processo observou as normas processuais relativas ao julgamento dosrecursos nos tribunais, uma vez que ao relator cabe negar seguimento aorecurso manifestamente inadmissvel.

    A questo est em conformidade com o disposto no art. 557,caput , do CPC, quepossibilita ao relator, mediante uma deciso singular, negar seguimento a recursomanifestamente inadmissvel, improcedente, prejudicado ou que contrarie smula ou jurisprudncia dominante do respectivo Tribunal, do STJ ou do STF:

    Art. 557. O relator negar seguimento a recurso manifestamenteinadmissvel, improcedente, prejudicado ou em confronto com smula oucom jurisprudncia dominante do respectivo tribunal, do Supremo TribunalFederal, ou de Tribunal Superior.

    Ao reconhecer estes poderes ao relator, o dispositivo permite que o mesmo, atravs deuma deciso monocrtica, negue seguimento aorecurso manifestamente inadmissvel,improcedente, prejudicadoou quecontrarie smulas do prprio Tribunal, do STJ ou

    do STF , antes de lev-lo a julgamento pelo rgo colegiado.1. Recurso manifestamente inadmissvel aquele que no preenche os pressupostos

    recursais objetivos e subjetivos. Conforme a classificao dada por HumbertoTheodoro Jr., os pressupostos objetivos so: recorribilidade da deciso;tempestividade; singularidade recursal (princpio da unirecorribilidade); preparo;adequao; forma; e motivao. O pressuposto recursal subjetivo a legitimidadepara recorrer.

    Ora, o relator, constatando que o recurso se encontra intempestivo, de plano, negar-lhe- seguimento, sem haver necessidade de lev-lo a julgamento pelos demaisdesembargadores, o que demandaria uma maior e descabida dilao temporal. Afuno deste poder concedido ao relator que, agora, este ir suprir a eventual falhado juzo a quoque deu seguimento ao recurso intempestivo.

    2. Rec