curso direito processual civil p/ analista do cnmp

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Aula 00 Direito Processual Civil p/ Analista CNMP (Área Direito) Professor: Gabriel Borges 99999999999 - Filip Polvo

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  • Aula 00

    Direito Processual Civil p/ Analista CNMP (rea Direito)Professor: Gabriel Borges

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  • Direito Processual Civil CNMP Teoria e Exerccios comentados

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    DIREITO PROCESSUAL CIVIL P/ ANALISTA DO CNMP

    AULA 00: INTRODUO

    Apresentao do curso

    Primeiramente, quero dizer que um grande prazer encarar este desafio com vocs. Faremos um curso de teoria e exerccios voltado para o concurso do Conselho Nacional do Ministrio Pblico.

    Faremos um curso bastante didtico, deixando de lado a linguagem excessivamente tcnica e a formalidade. Utilizaremos recursos visuais: marcadores de texto, negrito e muitas questes de concurso, no corpo da aula, bem como ao final.

    As questes so de provas passadas e eventualmente inditas (elaboradas pelo prprio professor). O objetivo preparar o candidato para resoluo de questes no grau de complexidade que a banca tem atribudo aos certames mais concorridos.

    O curso visa a preparar os candidatos para o cargo de analista. Ser um curso de 10 encontros, alm deste, em que iremos trabalhar todo o contedo exigido pela Fundao Carlos Chagas, por meio de teoria e exerccios de concursos anteriores. Alm das questes elaboradas pela FCC, resolveremos questes de outras bancas, para darmos ao contedo um tratamento completo e com foco na sua preparao para o certame.

    Sobre o Prof. Gabriel Borges

    O Professor Gabriel Borges Consultor Legislativo do Senado Federal; ps-graduado em Direito e Relaes Internacionais; e leciona a matria de Direito Processual Civil para concursos desde 2010. At tornar-se Consultor, foi aprovado em vrios concursos pblicos.

    OBSERVAO IMPORTANTE: Este curso protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislao sobre direitos autorais e d outras providncias. Grupos de rateio e pirataria so clandestinos, violam a lei e prejudicam os

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    professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente atravs do site Estratgia Concursos ;-)

    x Vamos ao nosso cronograma: DIREITO PROCESSUAL CIVIL P/ ANALISTA DO CNMP

    AULA CONTEDO DATA

    Aula 0 Processo e procedimento. Procedimentos ordinrio e

    sumrio. Procedimento ordinrio. Petio inicial. Requisitos, pedido e indeferimento.

    18/12

    Aula 1 Partes e procuradores. 22/12

    Aula 2 Ministrio Pblico. Juiz. 8/1/2015

    Aula 3 Competncia. 15/1/2015

    Aula 4 Atos processuais. 19/1/2015

    Aula 5 Resposta do ru. Revelia. Providncias preliminares. Julgamento conforme o estado do processo.

    22/1/2015

    Aula 6 Das Provas. Audincia. Conciliao, instruo e julgamento. 29/1/2015

    Aula 7 Recursos. 5/2/2015

    Aula 8 Sentena e coisa julgada. Liquidao e cumprimento da sentena.

    12/2/2015

    Aula 9 Processo de execuo. 19/2/2015

    Aula 10

    Processo cautelar e medidas cautelares. Mandado de Segurana (Lei n 12.016, de 7 de agosto de 2009). Da

    matria de Interesses Difusos e Coletivos: Inqurito Civil. Tutela. Processual dos Direitos Difusos e

    Coletivos. Mandado de Segurana Coletivo. Ao Civil Pblica. Ao Popular.

    26/2/2015

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    Antes de iniciarmos, vamos conhecer a dinmica das nossas aulas. Elas sero dispostas da seguinte maneira:

    a) Parte terica: formada por texto, quadros, tabelas, grficos, comentrios.

    Usaremos questes na parte terica da aula tambm, o que nos auxiliar na fixao da matria e na percepo de como a banca cobra o contedo, assim como as famosas pegadinhas.

    b) Resumo da aula: vir ao final da parte terica. c) Questes comentadas. d) Questes da aula (sem gabarito). e) Gabarito

    SUMRIO PGINA 1. Apresentao 02

    2. Cronograma 03

    3. Captulo I: Processo e procedimento. Procedimentos ordinrio e sumrio. Procedimento ordinrio. Petio inicial. Requisitos, pedido e indeferimento.

    04

    4. Resumo 30

    5. Questes comentadas 34

    6. Lista das questes apresentadas 39

    7. Gabarito 40

    8. Bibliografia 41

    "No procure fora, o sucesso est dentro de si" (Mary Lou Cook)

    INTRODUO Para comear, devemos destacar que o conflito uma caracterstica inerente do

    ser humano. Quando no havia um Estado organizado, a soluo dos conflitos dava-se pela atuao dos prprios interessados - aquele que dispusesse de maior fora ou

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    sagacidade vencia a disputa. A soluo dos conflitos consolidava-se, desse modo, por instrumentos parciais.

    A partir da consolidao do Estado, passou a existir um poder central para a soluo dos conflitos, o poder estatal. Ao poder judicirio, no participante do litgio, portanto imparcial, atribuiu-se a funo de aplicar a lei, em regra abstrata, em busca da pacificao social. Atribuiu-se a ele o chamado poder jurisdicional.

    Percebam, ento, que a consolidao de um poder central veio acompanhada de um sistema que desse segurana jurdica sua populao, sob risco de o poder central ser mera pea de manobra de foras preponderantes.

    So duas figuras indissociveis: 1) O Poder Central (Estatal) e 2) a instituio de um controle imparcial da conduta dos jurisdicionados. Imaginem a existncia de uma sociedade onde no h segurana jurdica, onde no se sabe ao certo como garantir a propriedade sobre seus bens e a justeza no conflito com seus pares. Esse cenrio impediria os indivduos de buscarem prosperidade porque estariam voltados, a todo momento, para questes de segurana. A jurisdio veio dar ao Estado a legitimidade para agir em nome do interesse pblico e ao jurisdicionado a segurana jurdica para prosperar.

    Em seu conceito tradicional, jurisdio o poder de resolver um conflito entre as partes, substituindo a vontade delas pela da lei. Ela tem como caracterstica a substitutividade, que consiste em dizer que o Estado, na figura do juiz, ao solucionar a lide, estaria substituindo a vontade das partes, proibindo a elas de estarem, em regra, fazendo valer a justia do mais forte. No entanto, no somente quando h conflito entre as partes que o poder estatal atua, nem sempre que h substituio da vontade das partes.

    Na concepo moderna, jurisdio a atuao estatal ao caso concreto; uma atuao com carter de definitividade diz respeito imutabilidade da sentena, que faz coisa julgada material , objetivando a pacificao social.

    Assim, a jurisdio consiste no poder conferido ao estado, por meio dos seus representantes, de atuar no caso concreto quando h situao que no pde ser dirimida no plano extrajudicial, revelando a necessidade da interveno do estado para que a pendenga estabelecida seja solucionada.

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    Mas vocs devem estar se perguntando, como organizado o poder judicirio? quem so e como se formam os rgos investidos de jurisdio?

    Vamos responder a essas perguntas nas prximas linhas, antes de avanar na matria.

    1. ORGANIZAO JUDICIRIA Onde houver rgo jurisdicional haver jurisdio, sendo ela limitada pela

    competncia. Desse modo, todos os juzes esto investidos de jurisdio, mas no quer isso dizer que todos podero julgar todo tipo de litgio em qualquer lugar. O que define o litgio e o lugar em que cada um deles ir atuar a competncia.

    Para saber se o juiz detentor de determinada competncia, deve-se analisar a Constituio, as leis processuais e leis de ordem judiciria. A Carta Magna determina a estrutura do Poder Judicirio e, de modo geral, distribui as competncias matria regulada por legislao ordinria.

    No sistema brasileiro, os rgos judicantes so divididos em singulares e coletivos. Nos dois casos, quem exerce o poder jurisdicional, atuando em nome do Estado, so os juzes.

    a) No Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justia, esses juzes recebem o nome de Ministros;

    b) Nos Tribunais de Justia, de Desembargadores; c) Nos Tribunais Regionais Federais, de juzes mesmo, sendo que o regimento

    interno de vrios tribunais regionais federais fala em desembargadores.

    O sistema constitucional brasileiro divide os rgos jurisdicionais em: rgo federal, com jurisdio nacional, e rgos estaduais, com jurisdio em cada Estado.

    Em matria constitucional a ltima palavra do Supremo Tribunal Federal e em se tratando de matria comum (legal), cabe ao Superior Tribunal de Justia o poder decisrio de ltima instncia. Tanto o STF como o STJ exercem jurisdio em todo o territrio nacional e tm sede na Capital Federal.

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    Alm da justia civil, o aparelho federal compreende os rgos da justia especial, como justia militar, eleitoral e trabalhista.

    So rgos do Poder Judicirio:

    1 Supremo Tribunal Federal 2 Conselho Nacional de Justia (rgo administrativo e disciplinar). Importante

    ressaltar que a Emenda Constitucional n 45/2004 instituiu o Conselho Nacional de Justia que no rgo jurisdicional, mas sim, rgo de carter administrativo e disciplinar.

    3 Superior Tribunal de Justia 4 Tribunais Regionais Federais e Juzes Federais 5 Tribunais e Juzes do Trabalho 6 Tribunais e Juzes Eleitorais 7 Tribunais e Juzes Militares 8 Tribunais e Juzes dos Estados e do Distrito Federal e Territrios. - O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justia e os Tribunais

    Superiores tm sede na Capital Federal.

    - O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores tm jurisdio em todo o territrio nacional.

    Os rgos Judicirios so representados em uma pirmide que tem como pice o STF. Seguindo o STF est o STJ e, na base, ficam os juzes estaduais e federais de 1 grau de jurisdio.

    Assim, a matria de jurisdio civil administrada pelos rgos federais Tribunais Regionais Federais e juzes federais e pelos rgos estaduais Tribunais e juzes estaduais.

    Em cada aparelho, federal e estadual, os juzes so situados em dois planos: 1 grau de jurisdio e 2 grau de jurisdio.

    a) 1 grau de jurisdio: Juzes de direito e federais. b) 2 grau de jurisdio: TRF e Tribunais de Justia

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    Os Tribunais so rgos de competncia recursal que se colocam acima dos juzes. Entre eles existe uma hierarquia orgnica e funcional, pois os Tribunais exercem o poder de reexame e disciplina. J entre os rgos federais e estaduais e o STF e STJ existe somente hierarquia funcional, pois s exercido o poder de reexame.

    Alm disso, so dotados de autonomia administrativa e funcional, podendo elaborar suas propostas oramentrias.

    Primeiro grau de jurisdio rgos judicirios civis: singulares ou monocrticos: apenas um juiz.

    Graus superiores instncias recursais

    rgos coletivos ou colegiados: tribunais com vrios juzes.

    2. DA AO Alm da jurisdio, outro instituto, que por sua relevncia no Direito Processual

    merece destaque a ao, j que, devido ao princpio da inrcia de jurisdio, o Estado somente se manifestar depois de ser provocado pela parte interessada.

    A provocao se d pelo exerccio da ao.

    INRCIA O Estado s pronunciar o direito se provocado, pois a jurisdio tem como uma de suas caractersticas a inrcia GDt YHP R GLWDGR D MXVWLoD QmR VRFRUUH DRV TXHGRUPHP1RHQWDQWRXPDYH]TXHR(VWDGR-juiz seja provocado, ele agir por impulso oficial, de ofcio.

    Existem excees inrcia exemplo: o juiz pode determinar que se inicie o inventrio, se nenhum dos legitimados o requerer no prazo legal.

    CPC:

    Art. 989. O juiz determinar, de ofcio, que se inicie o inventrio, se nenhuma das pessoas mencionadas nos artigos antecedentes o requerer no prazo legal.

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    A definio da ao pode ser analisada constitucional, processual e materialmente. 1) Em sua definio constitucional, direito fundamental, abstrato e autnomo. 2) Na concepo processual, o direito de ir a juzo. 3) Na material, consiste no poder de pleitear um direito perante algum.

    Para nosso estudo consideraremos, sobretudo, a tica processual (2), que dissemos, modo geral, VHU R GLUHLWR GH LU D MXt]R. No aprofundaremos para a nossa prova o estudo deste instituto, basta sabermos seu conceito em linhas gerais, e mais um dado: os elementos da ao.

    So trs os elementos da ao: as partes, o pedido e a causa de pedir. Eles fixam limites relao processual, verificando quem ser atingido e quem ser beneficiado pelos efeitos do processo. Alm disso, os elementos impedem a propositura de aes repetidas, o que caracterizaria litispendncia, e servem igualmente para indicar aes marcadas pela conexo [que esto ligadas, conexas] e que, portanto, podem ser julgadas conjuntamente.

    2.1. Elementos da Ao:

    x PARTES Seu conceito distingue-se em duas linhas: uma aberta, que considera parte todo

    sujeito que atua na relao processual, defendendo seu direito ou de terceiro; outra estrita, que considera parte somente o demandante da tutela jurisdicional ou contra quem se demanda. A primeira linha, mais abrangente, a que prevalece em nosso estudo.

    O processualista Tullio Liebman considera que VmR SDUWHV GR SURFHVVR RVVXMHLWRVGRFRQWUDGLWyULRLQVWLWXtGRSHUDQWHRMXL]RVsujeitos do processo diversos do juiz, para as quais este deve proferir o seu provimento).

    Desse modo:

    Formao clssica do processo O processo envolve apenas o autor, o ru (como partes) e o juiz.

    Extenso das partes no processo Ingresso de terceiros: para apoiar uma das

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    partes principais ou defender interesse prprio: autor, ru e terceiros.

    x PEDIDO O pedido aquilo que se pretende com a ao, a providncia jurisdicional.

    Costuma-se classificar o pedido em imediato (processual) e mediato (material). Ele deve ser certo e determinado, diferente do que diz o artigo 286 do CPC, que utiliza a conjuno alternativa [ou] em lugar da aditiva [e].

    Art. 286. O pedido deve ser certo ou determinado. lcito, porm, formular pedido genrico: [...]

    x CAUSA DE PEDIR O Brasil adota para a causa de pedir a teoria da substanciao, criada pelo Direito

    alemo, no qual a causa de pedir independe da natureza da ao, sendo criada somente pelos fatos jurdicos descritos pela autoria.

    A causa de pedir no se define pelo que alega o autor, mas pelos fatos por ele alegados e resistidos pela outra parte. No importa, assim, os dispositivos legais mencionados pelo autor, o juiz poder decidir a causa com base em outros dispositivos, levando em conta os fatos narrados na demanda.

    3. DO PROCESSO E DO PROCEDIMENTO

    Uma vez compreendidos os institutos da jurisdio e da ao, vamos estudar o fenmeno relativo ao processo, que se unem a esses dois para formar a trade: jurisdio-ao-processo.

    Quando o Estado assume a funo de pacificar os conflitos de interesses (por meio do exerccio da funo jurisdicional), conferindo ao interessado o direito de requerer a interveno estatal (direito de ao), percebemos que essa soluo s possvel por meio do processo, que consiste na operao destinada a obter a composio de um litgio.

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    Assim, o processo o instrumento utilizado pela parte que exerceu o direito de ao na busca de uma resposta judicial que coloque fim ao conflito de interesses instaurado ou em vias de instaurar-se.

    Portanto, o processo o meio de soluo de conflitos, de litgios.

    x Processo pode ser entendido como: relao que se estabelece entre as partes conflitantes, denominada relao jurdica processual.

    Para solucionar os conflitos de interesses, o Estado dispe de trs opes de tutela jurisdicional: a espcie de cognio, de execuo e de cautela. Cada um desses tipos de tutela forma um livro do Cdigo de Processo Civil. So os livros principais do CPC. Assim temos:

    I. Processo de Conhecimento:

    Busca-se uma sentena que, depois, servir execuo. Por esse meio tenta-se solucionar a lide. o modo encontrado para que aquele que se sentiu lesado busque a satisfao do seu direito.

    II. Processo de Execuo:

    Pressupe a existncia de um ttulo executivo. Ex.: duplicata. A pessoa, assim, ingressa diretamente no processo de execuo.

    III. Processo Cautelar:

    o processo utilizado para acautelar direito, quando presentes os requisitos do fumus boni iuris (fumaa do bom direito) e o periculum in mora (perigo de demora). Ex.: medida cautelar de produo antecipada de provas.

    O processo se desenvolve por meio de uma srie de atos processuais que se originam, em regra, das partes. Alguns so praticados pelos juzes e outros pelos auxiliares da justia. Desse modo, a sucesso de atos processuais representa a forma como o processo se desenvolve e a qual damos o nome de procedimento.

    Complexo Simples

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    Quanto mais complexo for o procedimento, maior ser a durao do processo. Essa uma caracterstica marcante nos procedimentos comum e ordinrio.

    Prtica de mltiplos atos.

    Quanto mais simples for o procedimento, mais curta ser a durao do processo. Essa uma caracterstica marcante nos procedimentos sumrios e sumarssimos.

    Prtica de poucos atos.

    Vimos que:

    A parte provoca o Estado por meio do exerccio do direito de ao, o que faz gerar um processo, que se desenvolve por meio de um procedimento (sucesso de atos processuais) at a prolao da sentena.

    Obs.: As expresses rito e procedimento so sinnimas.

    3.1. Espcies de procedimentos

    A Lei de Ritos prev dois tipos de procedimento para a soluo dos conflitos de interesses: Procedimento comum e especial.

    I. Procedimento Comum:

    Aplica-se a todas as causas para as quais a lei processual no haja institudo um rito prprio ou especfico (art. 272, CPC).

    A maioria das demandas segue o procedimento comum; e sempre que uma lei for omissa, aplica-se, supletivamente e de modo automtico, o disposto para o procedimento comum.

    Assim, as normas do procedimento comum so observadas, em regra, na tramitao de toda e qualquer ao judicial.

    O procedimento comum um rito, que se subdivide em rito sumrio e rito ordinrio.

    PROCEDIMENTO COMUM

    RITO SUMRIO

    RITO ORDINRIO

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    II. Procedimento Especial:

    Ritos prprios para o processamento de determinadas causas selecionadas pelo legislador no Livro IV (DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS) do Cdigo de Processo Civil ou em leis esparsas. (No objeto de nosso estudo).

    III. Procedimento Comum Ordinrio

    o procedimento mais complexo e longo de todos, uma vez que no seu curso so admitidos inmeros atos processuais. Caracteriza-se pela cognio ampla e pela produo de todo tipo de provas (lcitas), respeitando, assim, o princpio do contraditrio e da ampla defesa.

    Dessa forma, podemos concluir que o procedimento ordinrio o mais adequado realizao do processo de conhecimento, pela amplitude com que permite s partes e ao juiz pesquisar a verdade real. Este o procedimento mais relevante para nosso estudo, ele que fundamentar nosso curso.

    x Dinmica do procedimento comum ordinrio O procedimento ordinrio divide-se em quatro etapas: postulatria, saneadora,

    instrutria e decisria.

    1. Fase postulatria: da propositura da ao resposta do ru, sendo possvel, em algumas situaes, penetrar nas providncias preliminares pelo juiz, como prembulo do saneamento.

    A resposta do ru pode consistir em contestao, reconveno ou exceo, art. 297, CPC.

    O ru poder oferecer, no prazo de 15 dias, em petio escrita, dirigida ao juiz da causa, contestao, exceo e reconveno.

    2. Fase Saneadora: O magistrado verificar a regularidade do processo, desde o recebimento da inicial at o incio da fase de instruo, podendo decretar as nulidades insanveis ou suprir as nulidades que forem sanveis.

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    Esta fase compreende as diligncias de emenda ou complementao da inicial (art. 284, CPC), as providncias preliminares (arts. 323 a 328, CPC) e o saneamento do processo (art. 331, CPC).

    Pode conduzir ao reconhecimento de estar o processo em ordem, ou pode levar sua extino sem julgamento do mrito. Nessa ltima opo, o juiz conclui que o caso no contm os requisitos necessrios para uma deciso da lide.

    3. Fase Instrutria: Destina-se coleta do material probatrio, que servir de suporte deciso de mrito.

    Em casos de revelia ou naqueles em que juiz entender pela suficincia da prova documental e de questes meramente de direito, a fase instrutria eliminada e ocorre, assim, julgamento antecipado da lide logo aps a fase postulatria, no momento normalmente reservado ao saneamento do processo.

    4. Fase Decisria: Destina-se prolao da sentena de mrito. A sentena pode ser proferida oralmente, ao final da audincia de instruo e julgamento, ou ser elaborada por escrito nos dez dias seguintes, art. 456, CPC.

    Encerrado o debate ou oferecidos os memoriais, o juiz proferir a sentena desde logo ou no prazo de 10 dias.

    A sentena, todavia, s assume a feio de ato processual com sua publicao, ou seja, com sua integrao efetiva ao processo. A publicao pode ser feita por ato do escrivo, quando proferida fora da audincia, ou pela leitura da sentena pelo prprio juiz, quando divulgada na audincia de instruo e julgamento, ou em outra especialmente designada para a publicao.

    Etapas do procedimento ordinrio

    1. Ocorre a propositura da ao e o despacho do juiz ordenando a citao.

    2. O ru pode se defender por meio da apresentao de ampla defesa, que se desdobra nas formas de: contestao, reconveno e exceo.

    3. A defesa apresentada EXCLUSIVAMENTE por ESCRITO, fora do mbito de qualquer audincia, no prazo de 15 dias, podendo esse prazo ser prolongado nos casos previstos

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    em Lei (Fazenda Pblica, Ministrio Pblico, o pobre na forma da lei). 4. Aps a defesa o autor poder manifestar-VHVREUHDFRQWHVWDomRSRUPHLRGDUpSOLFDreferindo-se a documentos ou sobre preliminares que tenham sido sucitadas pelo ru. Essa manifestao deve ser apresentada no prazo de 5 dias e por escrito se impugnar somente a documentao, ou em 10 dias se impugna preliminares arguidas pelo ru.

    5. designada a audincia preliminar ( art. 331 do CPC), se no for um caso de extino de processo sem a resoluo do mrito ou de julgamento antecipado da lide. 6. Frustrada a tentativa de conciliao ou havendo necessidade de produo de prova pericial ou oral, ser desiganada a audincia de instruo e julgamento. 7. Uma vez produzida as provas, enseja-se a apresentao das razes finais, na forma oral ou escrita, para que seja dada a sentena. Esta deve ser prolatada nos de 10 dias seguintes (inciso II, art. 180, CPC). Obs: Em regra esse prazo de 10 dias no observado devido aos acmulos de servios foremses. A inobservancia no acarreta nenhuma penalidade processual ao magistrado.

    muito importante que tenham entendido como funciona, de modo amplo, o processo civil, porque isso facilitar muito o entendimento da matria.

    Passemos, agora, ao estudo da Petio Inicial, que o instrumento pelo qual a parte ir propor a ao, provocando o Estado e dando incio relao processual.

    4. Procedimento sumrio

    O procedimento sumrio uma subespcie do procedimento comum que est previsto no art. 275 ss, CPC.

    Tem como objetivo a simplificao dos atos processuais com o intuito de obter, em um menor intervalo de tempo, uma soluo para a lide.

    Devemos ressaltar que o autor no pode, nem mesmo com consentimento do ru, substituir o procedimento sumrio pelo ordinrio nos casos em que a lei determina a observncia do primeiro. Excetuam-se as hipteses de pedidos cumulados, art. 292, 2.

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    No entanto, o emprego do procedimento ordinrio, em vez do sumrio, no causa de nulidade do processo. De acordo com o art. 250:

    O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulao dos atos que no possam ser aproveitados, devendo praticar-se os que forem necessrios, a fim de se observarem, quanto possvel, as prescries legais.

    Pargrafo nico. Dar-se- o aproveitamento dos atos praticados, desde que no resulte prejuzo defesa.

    Quando se trata apenas de erro de forma, o magistrado aproveita os atos teis e manda que o feito tome o rito adequado.

    Ao converter a causa ordinria em sumria, o juiz d prazo ao autor para que ele complete a inicial, juntando rol de testemunhas, para evitar prejuzo, uma vez que, alm dessa, no haver, em regra, mais oportunidade.

    Na hiptese de a causa no ser convertida por descuido do juiz e chegar a ser julgada no rito ordinrio, o Tribunal no poder anular o processo, salvo se houver gerado dano ao ru (arts. 250 e 244 do CPC).

    H hipteses em que o processo ajuizado como sumrio pode, por motivo superveniente, converte-se em ordinrio. Isso se d quando o juiz acolhe a impugnao ao valor da causa, ou sobre a natureza da demanda (art. 277, 4, CPC), e quando durante a instruo da causa, torna-se necessrio prova de maior complexidade tcnica (art. 277, 5, CPC).

    So princpios orientadores do procedimento sumrio: oralidade, concentrao dos atos processuais, celeridade. Vejamos cada um deles. 1. Princpio da oralidade: Admite que a defesa do ru seja feita de modo oral na prpria audincia de conciliao. Lembramos que esse princpio no afasta a forma escrita. Este princpio encontra-se, de modo implcito, no art. 278, CPC.

    2. Princpio da concentrao dos atos processuais: Garante que os atos do processo sumrio no sejam praticados de maneira dispersa. Essa concentrao permite que o fim do processo seja alcanado mais rapidamente. Podemos encontrar esse princpio nos arts. 276, 277 e 278 do CPC.

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    3. Princpio da celeridade: Decorre da observncia dos dois princpios anteriores e da proibio de que determinados atos sejam praticados no procedimento sumrio, como exemplo a vedao do exerccio da interveno de terceiros, exceto a assistncia, o recurso de terceiro prejudicado e a interveno fundada em contrato de seguro (art. 280).

    4.1. Dinmica do Procedimento Sumrio

    Etapas do procedimento sumrio

    1. Aps ingressar com a petio inicial, o juiz determinar o aperfeioamento da citao do ru para que comparea audincia de conciliao, art. 277, CPC, ficando advertido de que deve apresentar a defesa no desdobrar do ato, sob pena de revelia.

    2. Na audincia de conciliao, realizada no mnimo dez dias aps a juntada do mandado de citao aos autos, o ru ter a oportunidade de apresentar sua defesa, escrita ou oral, nas espcies: contestao, exceo de impedimento, incompetncia, de suspeio, alm da impugnao ao valor da causa. No se admite a formulao de reconveno.

    3. O magistrado examina as questes pendentes na audincia de conciliao; saneamento do processo; fixao dos pontos controvertidos; designao da data da audincia de instruo e julgamento, quando for necessria a produo de prova oral. 4. Ao autor e ao ru determinado que se apresente o rol de testemunhas nas peas de ataque e defesa, sob pena de precluso consumativa.

    5. Petio inicial

    importante comearmos esclarecendo a diferena entre petio inicial e GHPDQGD'LGLHUUHODWDTXHDUHODomRHQWUHSHWLomRLQLFLDOHGHPDQGDpDPHVPDTXHVHestabelece entre a forma e o seu contedo. Do mesmo modo que o instrumento de um FRQWUDWRQmRpRFRQWUDWRDSHWLomRLQLFLDOQmRpDGHPDQGD

    DGHmanda um ato jurdico que requer forma especial. A petio inicial a forma da demanda, o seu instrumento; a demanda o FRQWH~GRGDSHWLomRLQLFLDO (Didier).

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    Bem, uma vez estabelecida essa diferena, vamos analisar a petio inicial.

    O processo se inicia por meio da manifestao da parte interessada. Assim, a materializao da tutela jurisdicional a petio inicial.

    PETIO INICIAL: materializao da tutela jurisdicional

    A petio inicial tem duas funes: provocar a instaurao do processo e identificar a demanda.

    Ela deve seguir alguns requisitos formais, ou seja, a petio um ato processual solene. Quando os requisitos de formalidade no so preenchidos podemos ter uma nulidade sanvel ou insanvel. Aquela pode ser suprida pela emenda da petio inicial e esta causar indeferimento liminar da petio.

    1. Requisitos

    Os requisitos estruturais esto elencados no art. 282 do CPC e no art. 39, I, do CPC. Este determina a indicao do endereo do patrono que a subscreve.

    Art. 282. A petio inicial indicar:

    I - o juiz ou tribunal, a que dirigida; II - os nomes, prenomes, estado civil, profisso, domiclio e residncia do autor e

    do ru;

    III - o fato e os fundamentos jurdicos do pedido; IV - o pedido, com as suas especificaes;

    V - o valor da causa;

    VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;

    VII - o requerimento para a citao do ru.

    Art. 39. Compete ao advogado, ou parte quando postular em causa prpria:

    I - declarar, na petio inicial ou na contestao, o endereo em que receber intimao;

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    II - comunicar ao escrivo do processo qualquer mudana de endereo.

    Pargrafo nico. Se o advogado no cumprir o disposto no n I deste artigo, o juiz, antes de determinar a citao do ru, mandar que se supra a omisso no prazo de 48 horas, sob pena de indeferimento da petio; se infringir o previsto no n II, reputar-se-o vlidas as intimaes enviadas, em carta registrada, para o endereo constante dos autos.

    O art. 282 do CPC determina que na primeira pgina da petio inicial, em seu topo, dever conter o "juiz ou tribunal" a que se dirige. Essa indicao necessria para a remessa da petio inicial e formao dos autos perante o rgo competente.

    Lembrem-se que a indicao nunca ser de carter pessoal. Indicar sempre o juzo, mesmo nos casos em que haja, somente, um juiz. Vale ressaltar que o descumprimento desse requisito acarretar uma irregularidade, mas no produzir efeitos significativos nos processos.

    Alm disso, a petio inicial dever conter a qualificao das partes. Esses elementos exercem duas funes precpuas: permitir a citao do ru e a individuao dos sujeitos processuais parciais.

    Os elementos so importantes para verificar se existe a inobservncia de algum requisito que possa gerar prejuzo ao ru ou ao processo. Alm disso, verificar se existem irregularidades.

    Sem a efetiva comprovao do prejuzo, o processo no ser nulo, pois nesses casos aplica-se o princpio da instrumentalidade das formas.

    Obs.: Caso o autor tenha informaes que possam auxiliar na localizao do ru, como RG, CPF, CNPJ, local onde exerce a profisso ou desfruta das horas de lazer, dever indic-las na petio inicial.

    Obs.: A indicao do estado civil importante, pois em certas causas poder ser exigida a presena de ambos os cnjuges. Obs.: O litisconsrcio passivo multitudinrio uma exceo aos requisitos de identificao. Nesse caso, o autor dever identificar apenas algumas pessoas.

    Obs.: A petio inicial poder conter mais de um fato e mais de um fundamento jurdico.

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    Tambm requisito da petio inicial a indicao da pretenso jurisdicional, pois o pedido pode ser analisado tendo uma viso processual (pedido imediato) ou uma viso material (pedido mediato).

    Requisitos formais da petio inicial

    1) Forma: deve ser escrita, datada e assinada. H casos em que se admite a petio inicial oral, como nos Juizados Especiais, procedimento especial da ao de alimentos.

    2) Assinatura de quem tem capacidade postulatria. Regra geral pelo Advogado regularmente inscrito na OAB, o Defensor Pblico e o Ministrio Pblico.

    3) Indicao do juzo a que dirigida a demanda. Cabe ao autor indicar o juzo singular ou colegiado fazendo o endereamento no cabealho da petio inicial.

    4) Qualificao das partes. dever, do demandante, qualificar as partes, explicitando: o nome, o estado civil, profisso, domiclio e residncia do autor e do ru.

    5) O fato e o fundamento jurdico do pedido: Esses dois elementos formam a causa de pedir.

    6) O pedido: um requisito elementar da demanda. Toda petio inicial deve ter pelo menos um pedido.

    7) Valor da Causa: Toda petio deve conter o valor da causa, que dever ser certo e fixado em moeda nacional.

    8) A indicao dos meios de prova: O demandante dever apresentar os meios de prova que ir usar para demonstrar a verdade das suas alegaes.

    9) Requerimento para a citao do ru: O demandante dever formular o requerimento de citao do ru.

    10)Documentos indispensveis propositura da demanda.

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    2. Pedido

    Pode ser definido sob duas ticas: material e processual.

    Na viso material, considera-se o resultado prtico pretendido pedido mediato, que traga vantagem no plano dos fatos.

    Na processual, considera-se a tutela pleiteada pedido imediato, que representa a prpria providencia jurisdicional solicitada. Pode ser condenao, constituio, declarao, satisfao etc.

    Art. 286. O pedido deve ser certo ou determinado. lcito, porm, formular pedido genrico:

    I - nas aes universais, se no puder o autor individuar na petio os bens demandados;

    II - quando no for possvel determinar, de modo definitivo, as consequncias do ato ou do fato ilcito;

    III - quando a determinao do valor da condenao depender de ato que deva ser praticado pelo ru.

    No caput desse artigo usa-VHDFRQMXQomRDOWHUQDWLYD RXPDVRFRUUHXIDOKDQDUHGDomR2FHUWRVHULDDFRQMXQomRDGLWLYDH2pedido deve ser certo, uma vez que a tutela jurisdicional precisa estar clara, expressa; mas tambm deve ser determinado, ou seja, a quantidade e a qualidade do bem material estarem definidas.

    2.1. Espcies de pedidos

    PEDIDO IMPLCITO Ainda que no esteja explcito na demanda, integra o objeto do processo por determinao da lei. Exemplo: Juros legais; despesas processuais; honorrios advocatcios.

    Admite-se em trs situaes:

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    PEDIDO GENRICO I - nas aes universais, se no puder o autor individuar na petio os bens demandados

    II - quando no for possvel determinar, de modo definitivo, as consequncias do ato ou do fato ilcito;

    III - quando a determinao do valor da condenao depender de ato que deva ser praticado pelo ru.

    PEDIDO ALTERNATIVO

    O direito pode ser satisfeito por prestaes autnomas e excludentes.

    O pedido ser alternativo, quando, pela natureza da obrigao, o devedor puder cumprir a prestao de mais de um modo (art.288 do CPC). Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurar o direito de cumprir a prestao de um ou de outro modo, ainda que o autor no tenha formulado pedido alternativo (pargrafo nico).

    PEDIDO COMINATRIO

    Possibilita ao autor formular pedido ao juiz para que este aplique pena pecuniria para o caso de descumprimento da sentena ou da deciso antecipatria de tutela.

    PEDIDO EM OBRIGAO INDIVISVEL

    Na obrigao indivisvel com pluralidade de credores, aquele que no participou do processo receber a sua parte, deduzidas as despesas na proporo de seu crdito (art.291 do CPC).

    2.2. Cumulao de pedidos 2.2.1. Cumulao prpria

    Ocorre cumulao prpria quando se formulam vrios pedidos no intuito de todos serem acolhidos simultaneamente. H duas espcies de cumulao prpria: a simples e a sucessiva.

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    1) Simples: no h relao de precedncia lgica entre os pedidos. A pretenso pode ser analisada de modo independente; acolhida total ou parcialmente; rejeitada, sem que o resultado do outro pedido seja perquirido.

    2) Sucessiva: Existe entre os pedidos precedncia lgica, ou seja o acolhimento de um pressupe o acolhimento do anterior. Essa dependncia poder ocorrer de duas maneiras:

    a) o primeiro pedido prejudicial ao segundo; o no acolhimento do primeiro implicar a rejeio do segundo.

    b) o primeiro pedido preliminar ao segundo; o no acolhimento do primeiro implicar a impossibilidade de anlise do segundo.

    2.2.2. Cumulao imprpria a formulao de vrios pedidos ao mesmo tempo. No entanto, somente um

    pedido ser analisado. A cumulao imprpria pode ser eventual ou alternativa.

    1) Eventual: Tambm chamada de subsidiria, consiste no estabelecimento, pelo autor, de uma hierarquia entre os pedidos a serem analisados. O magistrado dever analisar os pedidos de acordo com a hierarquia estabelecida pelo autor.

    2) Alternativa: importante lembrarmos que no h previso expressa dessa hiptese de cumulao. No entanto, a doutrina e a jurisprudncia tm-na aceitado. A cumulao alternativa a formulao, pelo demandante, de mais de um pedido sem, porm, determinar uma hierarquia entre eles.

    2.2.3. Cumulao inicial e ulterior 1) inicial: ligada ao ato que originariamente contm a demanda. 2) ulterior: a parte pode agregar novo pedido demanda inicial, como o

    aditamento permitido da petio inicial.

    2.2.4. Requisitos para a cumulao

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    COMPETNCIA O juzo dever ter competncia absoluta para reconhecer os pedidos.

    COMPATIBILIDADE DE PEDIDOS Devero os pedidos ser compatveis entre si. Caso isso no ocorra, haver inpcia da petio inicial.

    IDENTIDADE DO PROCEDIMENTO necessria a compatibilidade procedimental das postulaes.

    3. Valor da causa

    O CPC versa sobre o valor da causa.

    Art. 258. A toda causa ser atribudo um valor certo, ainda que no tenha contedo econmico imediato.

    Art. 259. O valor da causa constar sempre da petio inicial e ser:

    I - na ao de cobrana de dvida, a soma do principal, da pena e dos juros vencidos at a propositura da ao;

    II - havendo cumulao de pedidos, a quantia correspondente soma dos valores de todos eles;

    III - sendo alternativos os pedidos, o de maior valor;

    IV - se houver tambm pedido subsidirio, o valor do pedido principal;

    V - quando o litgio tiver por objeto a existncia, validade, cumprimento, modificao ou resciso de negcio jurdico, o valor do contrato;

    VI - na ao de alimentos, a soma de 12 (doze) prestaes mensais, pedidas pelo autor;

    VII - na ao de diviso, de demarcao e de reivindicao, a estimativa oficial para lanamento do imposto.

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    Caso no possa aplicar os critrios legais para estipular o valor da causa, o autor apresentar o valor da vantagem econmica pleiteada. Se no houver valor econmico do bem perseguido, caber o autor dar qualquer valor causa.

    Lembrem-se, caso haja cumulao de pedidos, sendo um determinado pelo critrio legal e o outro por estimativa, prevalecer aquele na definio do valor.

    4. Citao

    Esse tpico ser detalhado na DXOD GH $WRV 3URFHVVXDLV. Agora, destacamos uma questo:

    O art. 282 do CPC traz a exigncia do requerimento da citao do ru. O autor indicar a forma que ocorrer a citao sempre que a lei lhe autorizar. Essa indicao relevante quando o autor opta pela citao por edital.

    5. Indeferimento da petio inicial

    Quando o juiz deparar com vcios insanveis ter que indeferir a petio inicial. Dever indeferir, tambm, nos casos em que a emenda no tiver sanado o vcio, a irregularidade ou no tenha sido feita a apresentao da emenda, no prazo de dez dias, pelo autor.

    Art. 295. A petio inicial ser indeferida:

    I - quando for inepta;

    II - quando a parte for manifestamente ilegtima;

    III - quando o autor carecer de interesse processual;

    IV - quando o juiz verificar, desde logo, a decadncia ou a prescrio (art. 219, 5);

    V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, no corresponder natureza da causa, ou ao valor da ao; caso em que s no ser indeferida, se puder adaptar-se ao tipo de procedimento legal;

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    VI - quando no atendidas as prescries dos arts. 39, pargrafo nico, primeira parte, e 284.

    Pargrafo nico. Considera-se inepta a petio inicial quando:

    I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;

    II - da narrao dos fatos no decorrer logicamente a concluso;

    III - o pedido for juridicamente impossvel; IV - contiver pedidos incompatveis entre si.

    Existem dois tipos de indeferimento da petio inicial:

    a) total: o pronunciamento ser uma sentena recorrvel por apelao. b) parcial: deciso interlocutria recorrvel por agravo de instrumento.

    DICA:

    Indeferimento da petio inicial no Tribunal:

    a) Competncia originria: o recurso cabvel depender do nmero de julgadores.

    b) Julgamento monocrtico: recorrvel por agravo interno para o rgo colegiado.

    c) Deciso colegiada: recurso especial ou extraordinrio e embargos infringentes.

    Obs.: No Tribunal, como no primeiro grau, somente haver indeferimento da petio inicial antes da citao do ru.

    Obs.: O art. 296 do CPC trata da possibilidade de o juiz se retratar, em 48 horas, sobre o indeferimento da petio inicial.

    Indeferida a petio inicial, o autor poder apelar, facultado ao juiz, no prazo de 48 horas, reformar sua deciso.

    Pargrafo nico. No sendo reformada a deciso, os autos sero imediatamente encaminhados ao tribunal competente.

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    5.1. Hipteses de indeferimento

    5.1.1. Inpcia da petio inicial

    O pargrafo nico do art. 295 do CPC (supracitado), elencou as situaes em que ocorrer inpcia da petio inicial. Vamos relembr-las: falta de pedido ou causa de pedir, da narrao dos fatos no decorrer logicamente a concluso, pedido juridicamente impossvel, pedidos incompatveis entre si.

    J sabemos que a petio deve conter os seguintes elementos: o pedido, a causa de pedir e as partes. Ademais, essencial a narrao dos dois primeiros elementos, porque viabiliza a fixao dos limites objetivos da ao e da pretenso do autor.

    A falta de descrio da causa de pedir e do pedido prejudica o exerccio do direito de defesa do ru (o contraditrio) e a deciso juiz.

    Tambm necessria na petio inicial a ordem lgica entre os argumentos e a concluso do autor.

    Outra causa de inpcia da petio inicial o pedido juridicamente impossvel, ou seja, aquele vedado pelo ordenamento jurdico. Dessa forma, por tratar de expressa previso legal, dever o juiz, de ofcio, indeferir o pedido inicial.

    Por fim, os pedidos incompatveis so causa de inpcia da petio inicial.

    Os pedidos incompatveis, somente, geram indeferimento da petio inicial na cumulao prpria. Nos casos de cumulao subsidiria ou cumulao alternativa pode haver a coexistncia de pedidos incompatveis, uma vez que o juiz s atender a um dos pedidos cumulados.

    5.1.2. Manifesta ilegitimidade de parte

    Essa possibilidade de indeferimento depender da apreciao e do convencimento do juiz. Podemos concluir que esse dispositivo existe meramente para evitar, em casos de dvida do juiz acerca do tema, o indeferimento.

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    5.1.3. Falta de interesse de agir

    Falta do interesse de agir tambm motivo para o indeferimento da petio inicial e nada mais do que a ausncia do interesse processual.

    5.1.4. Prescrio e decadncia

    Essa hiptese de indeferimento est prevista no inciso IV, do art. 269 do CPC, a sentena de mrito, geradora da coisa julgada material, que reconhece a prescrio e decadncia.

    Haver resoluo de mrito:

    I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor; II - quando o ru reconhecer a procedncia do pedido;

    III - quando as partes transigirem;

    IV - quando o juiz pronunciar a decadncia ou a prescrio; V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ao.

    O juiz poder de ofcio reconhecer a prescrio independentemente dos sujeitos ou do direito material tutelado. Isso est previsto no 5 do art. 219, CPC.

    5: O juiz pronunciar, de ofcio, a prescrio.

    5.1.5. Procedimento inadequado

    Essa causa de indeferimento da petio inicial est relacionada escolha inadequada do autor, em razo da natureza da causa ou do seu valor. No entanto, o indeferimento s ocorrer em casos em que no seja possvel a adaptao ao procedimento adequado.

    Caso seja possvel a correo do procedimento, ao autor ser dada a oportunidade de sanar o vcio por meio de emenda petio inicial.

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    5.1.6. Ausncia de indicao do nome do patrono e no realizao de emenda

    Por fim, podemos expor a ausncia de indicao do nome do patrono do autor e a realizao da emenda como causas de indeferimento da petio inicial. Estas possibilidades esto previstas nos arts. 39, pargrafo nico, e 284 do CPC.

    6. Julgamento de Improcedncia Liminar

    A possibilidade de julgamento de improcedncia do pedido do autor antes da citao est prevista na Lei 11.277/2006, que modificou o CPC, introduzindo:

    Art. 285-A. Quando a matria controvertida for unicamente de direito e no juzo j houver sido proferida sentena de total improcedncia em outros casos idnticos, poder ser dispensada a citao e proferida sentena, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada.

    1 Se o autor apelar, facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 (cinco) dias, no manter a sentena e determinar o prosseguimento da ao.

    2 Caso seja mantida a sentena, ser ordenada a citao do ru para responder ao recurso.

    O dispositivo tem como objetivo o encerramento de demandas repetitivas. Vale ressaltar que dois princpios basilares para essa previso so, novamente, os onipresentes princpios da economia processual e da celeridade do processo.

    Para o julgamento de improcedncia so exigidos dois requisitos: 1) Na demanda, a matria controvertida deve ser de direito. Contudo, se a matria

    for de fato no controvertido, os requisitos legais tambm estaro preenchidos.

    2) Existncia de sentena de total improcedncia anteriormente proferida em casos idnticos.

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    RESUMO

    - Conceito: Jurisdio: consiste no poder conferido ao estado, por meio dos seus representantes, de atuar no caso concreto quando h situao que no pde ser dirimida no plano extrajudicial, revelando a necessidade da interveno do estado para que a pendenga estabelecida seja solucionada. - Organizao Judiciria: So rgos do Poder Judicirio:

    1 Supremo Tribunal Federal 2 Conselho Nacional de Justia (rgo administrativo e disciplinar). Importante

    ressaltar que a Emenda Constitucional n 45/2004 instituiu o Conselho Nacional de Justia que no rgo jurisdicional, mas sim, rgo de carter administrativo e disciplinar.

    3 Superior Tribunal de Justia 4 Tribunais Regionais Federais e Juzes Federais 5 Tribunais e Juzes do Trabalho 6 Tribunais e Juzes Eleitorais 7 Tribunais e Juzes Militares 8 Tribunais e Juzes dos Estados e do Distrito Federal e Territrios.

    - Ao: pode ser analisada constitucional, processual e materialmente. 1) Em sua definio constitucional, direito fundamental, abstrato e autnomo. 2) Na concepo processual, o direito de ir a juzo. 3) Na material, consiste no poder de pleitear um direito perante algum.

    - Elementos da Ao:

    a) Partes: VmRSDUWHVGRSURFHVVRRVVXMHLWRVGRFRQWUDGLWyULR LQVWLWXtGRSHUDQWHR MXL](os sujeitos do processo diversos do juiz, para as quais este deve proferir o seu provimento). b) Pedido: aquilo que se pretende com a ao, a providncia jurisdicional. Pode ser classificado em imediato (processual) e mediato (material). Ele deve ser certo e determinado.

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    c) Causa de Pedir: independe da natureza da ao, sendo criada somente pelos fatos jurdicos descritos pela autoria. A causa de pedir no se define pelo que alega o autor, mas pelos fatos por ele alegados e resistidos pela outra parte.

    - Processo: o instrumento utilizado pela parte que exerceu o direito de ao na busca de uma resposta judicial que coloque fim ao conflito de interesses instaurado ou em vias de instaurar-se.

    - O procedimento a exteriorizao da relao processual que pode assumir vrias feies. Procedimento sinnimo de rito do processo: formas externas diferentes de movimentao do processo.

    - Espcies de procedimentos

    Procedimento comum e especial.

    - Procedimento Comum: aplica-se a todas as causas para as quais a lei processual no haja institudo um rito prprio ou especfico (art. 272, CPC). O procedimento comum um rito, que se subdivide em rito sumrio e rito ordinrio. - Procedimento Especial: ritos prprios para o processamento de determinadas causas selecionadas pelo legislador.

    - Procedimento Comum Ordinrio: o procedimento mais complexo e longo de todos, uma vez que no seu curso so admitidos inmeros atos processuais. Caracteriza-se pela cognio ampla e pela produo de todo tipo de provas (lcitas), respeitando, assim, o princpio do contraditrio e da ampla defesa.

    Etapas do procedimento ordinrio

    1. Ocorre a propositura da ao e o despacho do juiz ordenando a citao.

    2. O ru pode se defender por meio da apresentao de ampla defesa, que se desdobra nas formas de: contestao, reconveno e exceo.

    3. A defesa apresentada EXCLUSIVAMENTE por ESCRITO, fora do mbito de qualquer audincia, no prazo de 15 dias, podendo esse prazo ser prolongado nos casos previstos em Lei (Fazenda Pblica, Ministrio Pblico, o pobre na forma da lei). 4. Aps a defesa o autor poder manifestar-VHVREUHDFRQWHVWDomRSRUPHLRGDUpSOLFD

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    referindo-se a documentos ou sobre preliminares que tenham sido sucitadas pelo ru. Essa manifestao deve ser apresentada no prazo de 5 dias e por escrito se impugnar somente a documentao, ou em 10 dias se impugna preliminares arguidas pelo ru.

    5. designada a audincia preliminar ( art. 331 do CPC), se no for um caso de extino de processo sem a resoluo do mrito ou de julgamento antecipado da lide. 6. Frustrada a tentativa de conciliao ou havendo necessidade de produo de prova pericial ou oral, ser desiganada a audincia de instruo e julgamento. 7. Uma vez produzida as provas, enseja-se a apresentao das razes finais, na forma oral ou escrita, para que seja dada a sentena. Esta deve ser prolatada nos de 10 dias seguintes (inciso II, art. 180, CPC). Obs: Em regra esse prazo de 10 dias no observado devido aos acmulos de servios foremses. A inobservancia no acarreta nenhuma penalidade processual ao magistrado.

    - Procedimento Sumrio: o procedimento sumrio uma subespcie do procedimento comum que est previsto no art. 275 ss, CPC.

    Etapas do procedimento sumrio

    1. Aps ingressar com a petio inicial, o juiz determinar o aperfeioamento da citao do ru para que comparea audincia de conciliao, art. 277, CPC, ficando advertido de que deve apresentar a defesa no desdobrar do ato, sob pena de revelia.

    2. Na audincia de conciliao, realizada no mnimo dez dias aps a juntada do mandado de citao aos autos, o ru ter a oportunidade de apresentar sua defesa, escrita ou oral, nas espcies: contestao, exceo de impedimento, incompetncia, de suspeio, alm da impugnao ao valor da causa. No se admite a formulao de reconveno.

    3. O magistrado examina as questes pendentes na audincia de conciliao; saneamento do processo; fixao dos pontos controvertidos; designao da data da audincia de instruo e julgamento, quando for necessria a produo de prova oral. 4. Ao autor e ao ru determinado que se apresente o rol de testemunhas nas peas de ataque e defesa, sob pena de precluso consumativa.

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    - Petio inicial: materializao da tutela jurisdicional. A petio inicial tem duas funes: provocar a instaurao do processo e identificar a demanda.

    - Requisitos formais da petio inicial: forma, assinatura de quem tem capacidade postulatria, indicao do juzo a que dirigida a demanda, qualificao das partes, o fato e o fundamento jurdico do pedido, o fato e o fundamento jurdico do pedido, o pedido, valor da causa, a indicao dos meios de prova, requerimento para a citao do ru, documentos indispensveis propositura da demanda.

    - Pedido: pode ser definido sob duas ticas: material e processual. Na viso material, considera-se o resultado prtico pretendido pedido mediato, que traga vantagem no plano dos fatos. Na processual, considera-se a tutela pleiteada pedido imediato, que representa a prpria providencia jurisdicional solicitada. Pode ser condenao, constituio, declarao, satisfao etc.

    - Espcies de pedidos: pedido implcito, genrico, alternativo, cominatrio e em obrigao indivisvel.

    - Cumulao de pedidos: Prpria, imprpria, inicial, ulterior. - Requisitos para a cumulao

    COMPETNCIA O juzo dever ter competncia absoluta para reconhecer os pedidos.

    COMPATIBILIDADE DE PEDIDOS Devero os pedidos ser compatveis entre si. Caso isso no ocorra, haver inpcia da petio inicial.

    IDENTIDADE DO PROCEDIMENTO necessria a compatibilidade procedimental das postulaes.

    - Indeferimento da petio inicial: quando o juiz deparar com vcios insanveis ter que indeferir a petio inicial. Dever indeferir, tambm, nos casos em que a emenda no tiver sanado o vcio, a irregularidade ou no tenha sido feita a apresentao da emenda, no prazo de dez dias, pelo autor.

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    - Hipteses de indeferimento: Inpcia da petio inicial; Manifesta ilegitimidade de parte; Falta de interesse de agir; Prescrio e decadncia; Procedimento inadequado; Ausncia de indicao do nome do patrono e no realizao de emenda; Julgamento de Improcedncia Liminar.

    QUESTES COMENTADAS

    01. (TJ PA) Jurisdio a) a faculdade atribuda ao Poder Executivo de propor e sancionar leis que regulamentem situaes jurdicas ocorridas na vida em sociedade. b) a faculdade outorgada ao Poder Legislativo de regulamentar a vida social, estabelecendo, atravs das leis, as regras jurdicas de observncia obrigatria. c) o poder das autoridades judicirias regularmente investidas no cargo de dizer o direito no caso concreto.

    d) o direito individual pblico, subjetivo e autnomo, de pleitear, perante o Estado a soluo de um conflito de interesses.

    e) o instrumento pelo qual o Estado procede composio da lide, aplicando o Direito ao caso concreto, dirimindo os conflitos de interesses.

    COMENTRIOS: Conceito de jurisdio: A jurisdio consiste no poder conferido ao Estado, por

    meio dos seus representantes, de atuar no caso concreto quando h situao que no pde ser dirimida no plano extrajudicial, revelando a necessidade da interveno do Estado para que a pendenga estabelecida seja solucionada.

    Lembrem-se: H entendimento da doutrina de que o poder jurisdicional no se restringe a dizer o direito (juris-dico), alcana tambm a imposio do direito (jris-satisfao). Gabarito: C

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    02. (TRT 19 Regio) A respeito da jurisdio e da ao, considere: I. Nenhum juiz prestar tutela jurisdicional, seno quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e formas legais.

    II. O direito de ao objetivo, decorre de uma pretenso e depende da existncia do direito que se pretende fazer reconhecido e executado.

    III. Na jurisdio voluntria, no h lide, tratando-se de forma de administrao pblica de interesses privados.

    correto o que se afirma APENAS em a) II. b) II e III. c) I. d) I e II. e) I e III. COMENTRIOS:

    I: Est correto, pois o juiz dever ser provocado para que possa prestar a tutela jurisdicional. Podemos concluir que o magistrado no pode prestar a tutela de ofcio. Observem o que diz o art. 2 do CPC: Nenhum juiz prestar a tutela jurisdicional seno quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais.

    II: Item errado, uma vez que o direito de ao subjetivo e no objetivo. O direito de ao tambm abstrato - existe independente da existncia do direito material, objeto da controvrsia e autnomo - tem natureza diferente do direito material afirmado pela parte.

    III: Correto. A jurisdio voluntria refere-se homologao de pedidos que no impliquem litgio, ou seja, no se resolve conflitos, mas apenas tutela interesses. So sinnimos de jurisdio voluntria: jurisdio graciosa ou inter-volentes. Gabarito: E

    03. (TRT 22 Regio 2010) "Meio extrnseco pelo qual se instaura, desenvolve e

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    termina o processo" conceito doutrinrio de

    a) ao. b) jurisdio. c) procedimento. d) lide. e) relao processual. COMENTRIOS:

    O procedimento a exteriorizao da relao processual que pode assumir vrias feies. Procedimento sinnimo de rito do processo: formas externas diferentes de movimentao do processo.

    Nas palavras de Cndido Rangel 'LQDPDUFRprocedimento o meio extrnseco pelo qual se instaura, desenvolve-se e termina o processo; a manifestao extrnseca deste, a sua realidade fenomenolgica perceptvel".

    Gabarito: C

    04. (TJ PI 2009) correto afirmar que a) no procedimento sumrio no cabe apelao. b) o rol de testemunhas, no procedimento sumrio, deve ser apresentado at cinco dias antes da audincia de instruo e julgamento. c) o agravo retido, no procedimento sumrio, deve ser necessariamente oral. d) a petio inicial, no procedimento sumrio, pode ser apresentada oralmente. e) o procedimento comum o gnero, de que constituem espcies o ordinrio e o sumrio.

    COMENTRIOS: O art. 272, CPC deixa explicito quem o gnero e quem so as espcies:

    O procedimento comum ordinrio ou sumrio.

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    Lembrem-se: O procedimento comum um rito, que se subdivide em rito sumrio e rito ordinrio.

    Gabarito: E

    05. (TJ RJ 2014) A alternativa que alude apenas aos elementos da ao : a) rgo jurisdicional, partes e pedido; b) rgo jurisdicional, causa de pedir e demanda; c) partes, causa de pedir e pedido; d) partes, interesse processual e pedido; e) causa de pedir, interesse processual e demanda. COMENTRIOS:

    Como vimos em nossa aula, a petio deve conter os seguintes elementos: o SHGLGRDFDXVDGHSHGLUHDVSDUWHVSRUWDQWROHWUDFpDUHVSRVWDjTXHVWmR Gabarito: C

    06. (TJ RJ 2014) NO se refere a um requisito da petio inicial: a) o rgo judicial ao qual dirigida; b) o dispositivo legal aplicvel ao caso; c) o pedido, com as suas especificaes; d) o valor da causa; e) o endereo em que o advogado dever receber intimao. COMENTRIOS:

    Alm dos requisitos da petio inicial previstos nos artigos 282 e 283 do CPC (expostos abaixo), h que se observar a previso do artigo 39, a saber:

    Art. 39. Compete ao advogado, ou parte quando postular em causa prpria:

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    I - declarar, na petio inicial ou na contestao, o endereo em que receber intimao;

    II - comunicar ao escrivo do processo qualquer mudana de endereo.

    Pargrafo nico. Se o advogado no cumprir o disposto no n I deste artigo, o juiz, antes de determinar a citao do ru, mandar que se supra a omisso no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, sob pena de indeferimento da petio; se infringir o previsto no n II, reputar-se-o vlidas as intimaes enviadas, em carta registrada, para o endereo constante dos autos.

    Requisitos dos artigos 282 e 283:

    Art. 282. A petio inicial indicar: I - o juiz ou tribunal, a que dirigida; II - os nomes, prenomes, estado civil, profisso, domiclio e residncia do autor e do

    ru;

    III - o fato e os fundamentos jurdicos do pedido; IV - o pedido, com as suas especificaes;

    V - o valor da causa;

    VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;

    VII - o requerimento para a citao do ru.

    Art. 283. A petio inicial ser instruda com os documentos indispensveis propositura da ao.

    De todas as opes a serem marcadas na questo, a nica para a qual no h expressa exigncia em lei a da letra B. No se deve confundir o fundamento jurdico do SHGLGR LQFLVR ,,, DUW FRP GLVSRVLWLYR OHJDO DSOLFiYHO DR FDVR DWp SRUTXH Kisituaes em que o pedido se fundar em tese jurdica desprovida de expressa previso legal, e o juiz no poder se furtar de decidir sobre a questo alegando lacuna da lei. Gabarito: B

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    QUESTES DA AULA

    01. (TJ PA) Jurisdio a) a faculdade atribuda ao Poder Executivo de propor e sancionar leis que regulamentem situaes jurdicas ocorridas na vida em sociedade. b) a faculdade outorgada ao Poder Legislativo de regulamentar a vida social, estabelecendo, atravs das leis, as regras jurdicas de observncia obrigatria. c) o poder das autoridades judicirias regularmente investidas no cargo de dizer o direito no caso concreto. d) o direito individual pblico, subjetivo e autnomo, de pleitear, perante o Estado a soluo de um conflito de interesses. e) o instrumento pelo qual o Estado procede composio da lide, aplicando o Direito ao caso concreto, dirimindo os conflitos de interesses.

    02. (TRT 19 Regio) A respeito da jurisdio e da ao, considere: I. Nenhum juiz prestar tutela jurisdicional, seno quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e formas legais. II. O direito de ao objetivo, decorre de uma pretenso e depende da existncia do direito que se pretende fazer reconhecido e executado. III. Na jurisdio voluntria, no h lide, tratando-se de forma de administrao pblica de interesses privados. correto o que se afirma APENAS em a) II. b) II e III. c) I. d) I e II. e) I e III. 03. (TRT 22 Regio 2010) "Meio extrnseco pelo qual se instaura, desenvolve e termina o processo" conceito doutrinrio de a) ao. b) jurisdio. c) procedimento. d) lide. e) relao processual.

    04. (TJ PI 2009) correto afirmar que

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    a) no procedimento sumrio no cabe apelao. b) o rol de testemunhas, no procedimento sumrio, deve ser apresentado at cinco dias antes da audincia de instruo e julgamento. c) o agravo retido, no procedimento sumrio, deve ser necessariamente oral. d) a petio inicial, no procedimento sumrio, pode ser apresentada oralmente. e) o procedimento comum o gnero, de que constituem espcies o ordinrio e o sumrio.

    05. (TJ RJ 2014) A alternativa que alude apenas aos elementos da ao : a) rgo jurisdicional, partes e pedido; b) rgo jurisdicional, causa de pedir e demanda; c) partes, causa de pedir e pedido; d) partes, interesse processual e pedido; e) causa de pedir, interesse processual e demanda.

    06. (TJ RJ 2014) NO se refere a um requisito da petio inicial: a) o rgo judicial ao qual dirigida; b) o dispositivo legal aplicvel ao caso; c) o pedido, com as suas especificaes; d) o valor da causa; e) o endereo em que o advogado dever receber intimao.

    GABARITO

    01 C 04 E

    02 E 05 C

    03 C 06 B

    Essa foi uma degustao da nossa aula. No prximo encontro, outras questes VREUHProcesso e ProcedimentoVHUmRWUDEalhadas.

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    Leitura Complementar APROVADO NOVO CPC

    Aprovado em 17 de dezembro de 2014 o novo Cdigo de Processo Civil.

    A partir de sugesto do Senador Jos Sarney, autor do projeto (PLS 166/2010), o presidente Renan Calheiros separou o texto-base dos destaques no encaminhamento de votao. Assim, aprovou-se primeiro o texto-base e depois os destaques, o que facilitou a aprovao do novo CPC.

    O projeto tramita no Congresso h mais de quatro anos e aguardado por juristas com ansiedade, por trazer novidades que prometem dar maior celeridade ao andamento dos processos.

    Apresentado no Senado em 2010, o texto foi, em seguida, enviado Cmara dos Deputados, e voltou na forma de substitutivo da Cmara. Agora, ser remetido Presidente da Repblica para sano, e, depois de publicado, cumprir um ano de vacatio legis, para a partir de ento entrar em vigor.

    Mais sobre o assunto, no site do Senado: http://www12.senado.gov.br e artigo 7UDPLWDomR GR &3& https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/tramitacao-do-novo-cpc-4/

    BRASIL. CPC (1973). Cdigo de Processo Civil, Braslia, DF, Senado, 1973. BRASIL. Constituio (1988). Constituio da Repblica Federativa do Brasil, Braslia, DF, Senado, 1988. DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil Teoria Geral do Processo e Processo de Conhecimento. 12 ed. Salvador: Edies JUS PODIVM, 2010. v.1. DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil Teoria da Prova, Direito Probatrio, Teoria do Precedente, Deciso Judicial, Coisa Julgada e Antecipao dos Efeitos da Tutela. 2 ed. Salvador: Edies JUS PODIVM, 2010. v.2. DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil Meios de Impugnao s Decises Judiciais e Processo nos Tribunais. 8 ed. Salvador: Edies JUS PODIVM, 2010. v.3.

    BIBLIOGRAFIA DO CURSO

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    DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil Processo Coletivo. 5 ed. Salvador: Edies JUS PODIVM, 2010. v.4. DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil Execuo. 2 ed. Salvador: Edies JUS PODIVM, 2010. v.5. MONTENEGRO FILHO, Misael. Curso de direito Processual Civil, volume 1: teoria geral do processo e processo de conhecimento. 4. ed. So Paulo: Atlas, 2007. MONTENEGRO FILHO, Misael. Curso de direito Processual Civil, volume 2: teoria geral do processo e processo de conhecimento. 4. ed. So Paulo: Atlas, 2007. MONTENEGRO FILHO, Misael. Processo Civil. 7. ed., Rio de Janeiro: Forense; So Paulo: Mtodo, 2010. THEODORO JNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. 18. ed., Rio de Janeiro: Forense, 1999, v1. THEODORO JNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. 18. ed., Rio de Janeiro: Forense, 1999, v2. GONALVES, Marcus Vinicius Rios. Novo Curso de Direito Processual Civil. 7. ed. So Paulo: Saraiva, 2010, v1. GONALVES, Marcus Vinic