aula 68 - direito processual civil - aula 06

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TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUÇÃO DE MANDADOS AULA 6 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 1 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) Aula 6 de Direito Processual Civil! Desejo a todos sucesso em seus estudos! Agora vamos lá! QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 1. Da Formação, da Suspensão e da Extinção do Processo. 2. Do Procedimento Ordinário: Da petição inicial; Da resposta do réu; Das provas; Da audiência (da instrução e julgamento).

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AULA 6 PROF: RICARDO GOMES

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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre

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TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ)

Aula 6 de Direito Processual Civil!

Desejo a todos sucesso em seus estudos!

Agora vamos lá!

QUADRO SINÓPTICO DA AULA:

1. Da Formação, da Suspensão e da Extinção do

Processo.

2. Do Procedimento Ordinário: Da petição inicial; Da

resposta do réu; Das provas; Da audiência (da

instrução e julgamento).

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1. Da Formação, da Suspensão e da Extinção do Processo.

Formação do Processo.

O Processo é formado e constituído em momentos distintos para cada sujeito do processo. O processo inicia-se por meio da proposição da Ação pelo Autor, sendo considerado desde já existente para o Autor e para o Juiz.

Princípio do Impulso Oficial: o Autor dispara o gatilho do processo por meio da proposição da Ação e a partir da ai vige o impulso oficial dos atos do processo, isto é, o desenvolvimento do processo será realizado independentemente de requerimento da parte logo após a apresentação da Demanda pelo Autor (o processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial).

Segundo o CPC, somente será considerada proposta a Ação quando:

• Petição Inicial for Despachada pelo Juiz – esta é a regra, quando for juízo único;

• Ação for Distribuída, quando houver + 1 Vara.

O processo inicia-se para o RÉU quando? Somente com a sua CITAÇÃO VÁLIDA! Por meio da Citação o réu é chamado para integrar o processo, passando a existir formalmente para ele.

A Citação do Réu é um ato processual de extrema relevância, que gera diversos efeitos processuais (Prevenção, Litispendência e Litigiosidade da coisa) e efeitos materiais (constituição em mora do devedor e interrupção da prescrição).

CPC

Art. 214. Para a validade do processo é indispensável a citação

inicial do réu.

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Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz

litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e

interrompe a prescrição.

Alteração da Ação pelo Autor.

Depois de proposta a Ação é possível alterá-la?

Regra: é possível alterar a Ação até o Saneamento do Processo, que a fase processual onde o Juiz fixa os pontos controvertidos e determina a produção de provas. Nesta fase o processo já deve estar com maior estabilidade. Esta alteração deve obedecer às seguintes regras:

• Antes da citação do RÉU, o Autor poderá modificar normalmente sua Ação (alterar pedido, causa de pedir, etc).

• DEPOIS da citação do RÉU, o Autor poderá alterar a Ação, mas somente com o consentimento do Réu.

CPC

Art. 264. Feita a citação, é defeso ao autor modificar o pedido ou a causa de pedir, sem o consentimento do réu, mantendo-se as mesmas partes, salvo as substituições permitidas por lei.

Parágrafo único. A alteração do pedido ou da causa de pedir em nenhuma hipótese será permitida após o saneamento do processo.

Suspensão do Processo.

O processo desenvolve-se no decorrer do tempo, por isso é possível que ocorram situações imprevistas que afetem seu curso normal. Algumas situações foram previstas na lei que implicam na suspensão (paralisação temporária) do processo. São casos que excepcionam a regra do Impulso Oficial. O curso do processo é suspenso:

1. pela Morte ou perda da capacidade processual de qualquer das Partes, de seu representante legal ou de seu

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procurador – com a comunicação da morte de alguma das partes, representantes legais ou procuradores, o Juiz deve suspender o processo até a situação processual seja regularizada (habilitação do espólio, alteração do representante ou do procurador, extinção do processo, etc).

a) Direitos Intransmissíveis – no caso de processos envolvendo direitos intransmissíveis (ex: separação judicial; reconhecimento de união estável), em caso de morte do autor ou do réu o processo será extinto sem resolução de mérito e não apenas suspenso; a suspensão somente ocorrerá em processos que envolvam direitos disponíveis/transmissíveis.

b) Morte do Representante – se o representante legal falecer, basta realizar sua alteração, se a parte dispor de outro eventual substituto (Ex: Pai ou Mãe); se não houver outros possíveis representantes, o Juiz dará Curador Especial à parte.

c) Perda da capacidade processual da Parte – neste caso o processo será suspenso para habilitação do representante legal.

Visando garantir a continuidade de atos processuais de maior relevância, o CPC prevê que no caso de Morte ou Perda da capacidade processual de qualquer das Partes, ou de seu representante legal, sendo provado o falecimento ou a incapacidade, o Juiz só suspenderá o processo se não tiver iniciado a Audiência de Instrução e Julgamento. Ou seja, se já tiver sido iniciada a audiência de instrução e julgamento não será suspenso o processo. Neste caso:

� o Advogado continuará no processo até o encerramento da audiência de instrução e julgamento;

� o processo só se suspenderá a partir da publicação da Sentença ou do Acórdão.

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d) Morte do Advogado (Procurador) – se o Advogado falecer, o processo será suspenso por apenas 20 DIAS, até que seja realizada sua substituição. Esta suspensão ocorrerá sempre, pouco importa se antes ou depois da Audiência de Instrução e Julgamento, ok? Findo este prazo sem a substituição, poderá ocorrer 2 situações diversas:

� se for Advogado Autor – o processo será extinto sem resolução de mérito, pois ficará demonstrado que o Autor não quer mais prosseguir com o processo;

� se for Advogado do RÉU – o processo continuará contra ela, à REVELIA.

2. pela Convenção das Partes – as partes podem entrar em acordo e transacionarem um período de suspensão do processo por até 6 MESES. Este prazo é total, podendo ser a soma de vários prazos de suspensão menores ou o total de uma única suspensão. Após a ultimação do prazo o Juiz deve ordenar o prosseguimento do feito. Esta suspensão é ato das partes, devendo o Juiz despachá-la, em observância à vontade das partes.

3. quando for oposta Exceção de Incompetência do juízo, da câmara ou do tribunal, bem como de Suspeição ou Impedimento do Juiz – sendo oposta uma Exceção de Incompetência, Suspeição ou Impedimento do Juiz o processo deve ser suspenso até sua decisão final em 1º grau de jurisdição. Trata-se de defesa processual contra a incompetência relativa do Magistrado ou contra sua parcialidade para julgar o feito.

4. quando a Sentença de Mérito depender de questões prejudiciais internas e externas, que impactam diretamente

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no trâmite regular do processo. As questões prejudiciais são impeditivas do julgamento da ação, pois determinarão a análise do mérito do processo. A suspensão do processo é importante para evitar eventuais decisões contraditórias entre dois ou mais processos que tem objetos semelhantes. Exemplo: a usucapião decidida em outro processo é questão prejudicial ao pedido de reivindicação do imóvel; ação de alimentos pode ser dependente de ação de investigação de paternidade se cada um dos pedidos for realizado em processos distintos. São as seguintes as questões prejudiciais que podem gerar a suspensão do processo quando a Sentença de Mérito:

a) depender do julgamento de outra causa (de outro processo) – aqui é a prejudicialidade externa, decorrente de decisão a ser exarada no bojo de outro processo, proposto anteriormente à causa suspensa;

b) depender da declaração da existência ou inexistência da relação jurídica, que constitua o objeto principal de outro processo pendente – questão prejudicial interna, a ser decidida pelo próprio Juiz em outro processo;

c) não puder ser proferida senão depois de verificado determinado fato, ou de produzida certa prova, requisitada a outro juízo – somente haverá suspensão se a prova for requerida antes do saneamento. Caso seja requerida depois do saneamento não haverá suspensão.

d) tiver por pressuposto o julgamento de questão de estado (questões relacionadas ao estado civil e direitos de família da pessoa), requerido como declaração incidente – Ex: em ação de anulação de casamento a parte apresenta pedido incidente anulação da aquisição de determinado bem que faz parte do

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acervo dos ainda cônjuges.

5. por motivo de força maior – todo motivo que torne impossível o funcionamento do órgão jurisdicional, sendo razão inevitável e imprevisível que impeça a realização do ato processual. Abrange o conceito de caso fortuito. Exemplo: greve dos servidores do Tribunal, que impeçam a prática de atos processuais; os prazos são suspensos até o fim da greve.

Nos casos de suspensão do Processo por questões prejudiciais a suspensão não poderá ser superior a 1 ANO. Com a finalização do prazo, o Juiz deve determinar que o processo volte ao seu rumo normal.

O processo será suspenso por questões prejudiciais quando a Sentença de Mérito depender de questões internas e externas, que impactam diretamente no trâmite regular do processo: depender do julgamento de outra causa (de outro processo); depender da declaração da existência ou inexistência da relação jurídica, que constitua o objeto principal de outro processo pendente; não puder ser proferida senão depois de verificado determinado fato, ou de produzida certa prova, requisitada a outro juízo; tiver por pressuposto o julgamento de questão de estado (questões relacionadas ao estado civil e direitos de família da pessoa), requerido como declaração incidente.

Então, a suspensão do processo quando envolver questões prejudiciais é de até 1 ANO!

No período em que o processo estiver suspenso não será possível praticar qualquer ato processual, salvo a realização de atos urgentes para evitar danos irreparáveis, sob pena de serem considerados inexistentes para o processo. Exemplo: oitiva de testemunha importante que está com doença grave, prestes ao falecimento.

Extinção do Processo.

O processo poderá ser extinto de duas formas: COM ou SEM a

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resolução do mérito da causa. A regra é que o processo seja extinto com a composição do conflito de interesse posto pelas partes, resolvendo o mérito da questão discutida, sendo uma exceção a extinção do processo sem a resolução do mérito da causa.

O processo será extinto sem a resolução de mérito por ausência de alguns dos requisitos de admissibilidade do mérito da causa (pressupostos processuais, condições da ação, etc), isto é, por questões a serem enfrentadas antes da análise do mérito. Neste caso será exarada Sentença TERMINATIVA - Art. 267 – Extinção da Fase de Conhecimento SEM Resolução de Mérito - O art. 267 prevê hipóteses processuais de extinção do processo (leia-se: extinção da Fase de Conhecimento) SEM resolução de mérito, isto é, sem a análise da questão de fundo, a questão principal pela qual foi instaurado o processo (exemplo: Ação de Alimentos é encerrada porque o Autor desistiu da Ação).

As hipóteses previstas no art. 267 do CPC implicam na chamada Sentença Terminativa – põe fim a Fase do Processo SEM o exame do mérito. Por não decidir o mérito do processo (o que mais almeja a parte), em regra, a Sentença Terminativa faz coisa julgada meramente formal, isto é, torna a decisão imutável apenas dentro do processo em que foi proferida, não impedindo que seja rediscutido em outro processo eventualmente iniciado.

Sentença Terminativa, SEM resolução do mérito do Processo (Art. 267 do CPC):

a. quando o Juiz indeferir a petição inicial;

b. quando ficar parado durante mais de 1 ANO por negligência das partes;

c. quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o AUTOR abandonar a causa por mais de 30 DIAS;

d. quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;

e. quando o Juiz acolher a alegação de perempção,

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litispendência ou de coisa julgada;

f. quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;

g. pela convenção de arbitragem;

h. quando o AUTOR desistir da ação;

i. quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal;

j. quando ocorrer confusão entre AUTOR e RÉU;

Hipóteses comentadas de extinção do processo SEM a resolução de mérito:

1. quando o juiz indeferir a petição inicial – é o caso mais grave de extinção do processo sem resolução do mérito. Entre outros motivos, o art. 295 do CPC prevê que a Petição inicial será indeferida:

a. quando for INEPTA – será inepta a inicial quando:

1) lhe faltar pedido ou causa de pedir;

2) da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão –falta de coerência;

3) o pedido for juridicamente impossível;

4) contiver pedidos incompatíveis entre si.

b. quando a parte for manifestamente ilegítima – se o Juiz puder verificar desde o início do processo que o autor ou o réu não preenchem as qualidades da legitimação ordinária ou extraordinária necessárias para a figurarem no processo, poderá indeferir de plano a inicial.

c. quando o autor carecer de interesse processual - Ocorre quando não há necessidade de intervenção

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judicial. Exemplo: já houver prévio acordo entre as partes homologado judicialmente.

d. quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou a prescrição – apesar de tal previsão legal, a doutrina majoritária entende que o reconhecimento da decadência e da prescrição é realizado em análise de mérito, pois resolve definitivamente a causa, não podendo ser reproposta.

e. quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à natureza da causa, ou ao valor da ação; caso em que só não será indeferida, se puder adaptar-se ao tipo de procedimento legal – a regra deve ser a adaptação ao procedimento correto, de acordo com o princípio da conservação dos atos processuais;

f. petição inicial não contiver o endereço onde o advogado receberá intimação ou não preencher os requisitos legais; e a parte não promover a emendas (arts. 39, parágrafo único, primeira parte, e 284 do CPC).

2. quando ficar parado durante + 1 ANO por negligência das partes ou por não promover os atos e diligências que lhe competir (contumácia das partes), ou autor abandonar a causa por mais de 30 DIAS – a despeito do princípio do impulso oficial, a parte tem o dever de praticar os atos processuais a seu cargo, configurando inércia ou desídia deixar o processo paralisado por + 1 ANO ou abandonar a causa por + 30 DIAS (culpa exclusiva do autor – maior interessado no feito). Nestes casos a lei exige a intimação PESSOAL da parte para suprir a falta em 48 HORAS. Isto porque é possível que o Advogado venha a se omitir de realizar atos processuais e a parte nem fique sabendo do verdadeiro andamento do feito.

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A extinção do processo por abandono do autor depende de requerimento do réu, não podendo ser declarado ex-oficio (Súmula 240 do STJ).

No caso de paralisação do processo por + 1 ANO sem a prática de atos, o Autor e o réu serão condenados ao pagamento das custas processuais de forma proporcional. Se for caso de abandono do processo por 30 DIAS por parte do Autor, somente este será condenado ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios.

3. quando se verificar a ausência de pressupostos processuais (pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo);

4. quando não concorrer qualquer das Condições da Ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual - quando o autor interpõe qualquer Ação, o Juiz deve verificar se foram preenchidos todos os requisitos legais para seu processamento, entre eles, as Condições da Ação, juntamente com os pressupostos processuais (os dois são requisitos necessários para a Sentença de Mérito). Somente após a superação de tais requisitos legais é que o Juiz analisará o mérito da questão (pretensão material do autor da demanda). Isto é, a análise de mérito do caso, que será pela procedência ou improcedência da demanda, será um passo à frente da análise do preenchimento dos requisitos legais para o processamento da ação. Assim, ao receber o processo o Juiz analisa a pretensão processual do autor. Se não preenchidas as Condições da Ação ou atendidos os Pressupostos Processuais, o processo iniciado pelo autor será extinto SEM resolução do mérito. Esta é a chamada pela doutrina de Carência de Ação. Se preenchidos, será iniciada a análise de mérito do processo. Os pressupostos processuais, estudados de forma apartada, são requisitos necessários à validade e eficácia da relação processual, enquanto que as

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condições da ação são requisitos que legitimam o autor a pleitear a tutela jurisdicional.

5. quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada;

Perempção – perda do direito de ação por ter o autor dado causa anteriores extinções do processo por abandono, no total de 3 vezes. Neste caso, o réu não poderá intentar nova ação contra o Réu com o mesmo objeto, mas poderá alegar a mesma matéria em defesa de seu direito.

Litispendência – a litispendência ocorre quando, pendente uma ação, outra idêntica é apresentada (identidade de 2 ou mais ações). “Lide Pendente”. A identidade de ações, neste caso, envolve as mesmas partes, o mesmo pedido e a mesma causa de pedir (identidade de ações). O primeiro processo em que houver citação prosseguirá normalmente, mas os demais serão extintos sem resolução de mérito.

Coisa Julgada – ocorre quando da sentença não cabe mais qualquer recurso. Se há decisão definitiva sobre a pretensão doa autor, a ele é vedado buscar novamente a intervenção do poder judiciário.

6. pela Convenção de Arbitragem – a convenção de arbitragem abrange o compromisso arbitral (acordo específico e concreto para dirimir determinado caso concreto por meio da arbitragem) ou cláusula compromissória (pacto futuro e abstrato para solução de eventual litígio por meio da arbitragem). Se as partes firmaram acordo para comporem suas lides por meio da arbitragem, não faz sentido continuar com um processo judicial, não é verdade?

7. quando o autor desistir da ação – o autor poderá desistir da ação independentemente de consentimento do até a data da contestação (resposta do réu; não é da data de citação!). O autor poderá desistir da ação, mas isso não

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impede que possa novamente repropô-la, pois tal fato não implica no julgamento do processo com resolução de mérito. A desistência é cabível até a sentença, mas sempre dependerá da homologação pelo Juiz, que participa do processo. É cabível retratação do pedido de desistência apenas até a decisão do Juiz (pedido para o processo continuar após pedido de desistência).

8. quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal – Exemplo: falecimento de parte em ação de separação judicial; neste caso o processo não poderá continuar porque não como habilitar herdeiros ou espólio, sendo extinto sem resolução de mérito.

9. quando ocorrer confusão entre autor e réu – autor e réu passam a confundir-se em uma mesma pessoa, por força de contrato ou sucessão. Este fato superveniente da confusão põe fim à lide. Exemplo: locatário devedor, réu de uma ação de desejo, que posteriormente adquire o mesmo imóvel do locador.

Deve o Juiz conhecer de ofício, enquanto não proferida a sentença de mérito, a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição:

1. a ausência de pressupostos processuais (pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo);

2. a falta de qualquer das Condições da Ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual

3. a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada;

Apesar de o Juiz poder reconhecer de ofício tais matérias, caso o RÉU não as alegue na 1ª oportunidade em que lhe couber falar nos autos (Ex: na contestação da ação), responderá pelas custas do retardamento do

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processo. O réu deixa de alegar e deixa o processo transcorrer, quando seria o caso de extingui-lo desde o início.

Em qualquer caso de extinção do processo SEM resolução de mérito será possível o Autor repropor a Ação, salvo quando for reconhecida litispendência, coisa julgada ou perempção. A nova propositura da ação depende da prévia prova do pagamento ou do depósito das custas e dos honorários de advogado.

A Extinção do Processo COM resolução de mérito ocorre por meio da chamada Sentença DEFINITIVA – Art. 269 – Extinção da Fase de Conhecimento COM Resolução de Mérito.

O art. 269 prevê hipóteses processuais de resolução da Fase de Conhecimento COM resolução de mérito, isto é, com o exame da questão principal do processo requerida pela parte (Exemplo: Ação de Investigação de Paternidade – o Juiz decidirá se Fulano é ou não Pai da criança, acolhendo ou rejeitando o pedido da parte).

Esta Sentença enseja a extinção definitiva da Fase de Conhecimento, com o exame do mérito, decidindo definitivamente a questão de direito discutida nos autos (questão principal – mérito): acolhendo ou não a pretensão do autor. Esta Sentença Definitiva faz coisa julgada formal e material, torna a questão de mérito indiscutível no processo em que foi proferida e em qualquer outro. Assim, após o esgotamento dos prazos de recursos, a questão posta em juízo não poderá mais ser discutida em nenhum outro processo (ou seja, não poderá mais ser instaurado novo processo para rediscutir a mesma questão de mérito já pacificada na Sentença Definitiva).

Extinção do processo COM resolução de mérito por meio de Sentença Definitiva (Art. 269 do CPC):

a. quando o Juiz ACOLHER ou REJEITAR o pedido do autor;

b. quando o Réu reconhecer a procedência do pedido;

c. quando as Partes transigirem (transação);

d. quando o Juiz pronunciar a decadência ou a

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prescrição;

e. quando o AUTOR renunciar ao direito sobre que se funda a ação.**

Detalharemos abaixo as hipóteses de extinção do processo COM resolução de mérito:

a. quando o Juiz ACOLHER ou REJEITAR o pedido do autor – esta é a regra de extinção com mérito, pois o Juiz decidirá a lide aplicando o direito ao caso, seja para negar ou conceder o pedido do autor, mas de forma definitiva.

b. quando o Réu reconhecer a procedência do pedido – é hipótese de Autocomposição do conflito de interesses por meio da submissão do réu ao pedido do autor (o réu aceita o pedido e realiza um acordo com o autor).

c. quando as Partes transigirem (transação) – esta é também uma forma de Autocomposição do processo, mediante a qual ambas as partes concedem e abrem mão de seus interesses para chegarem a um fim comum (concessões recíprocas).

d. quando o Juiz pronunciar a decadência ou a prescrição.

A Prescrição é a perda do direito de ação pelo seu não exercício no prazo legal, atingindo de forma indireta o direito pleiteado pela parte. De outro lado, a Decadência é a perda do próprio direito material pleiteado, por não ter sido exercido no prazo legal.

A prescrição e a decadência podem ser reconhecidas tanto no início quanto no meio do processo. Quando reconhecidas no início do processo, haverá também extinção do processo, mas COM análise de mérito, apesar da previsão do art. 295, IV, que prevê o

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indeferimento da inicial por prescrição e decadência. Este indeferimento tem natureza de resolução de mérito!

e. quando o AUTOR renunciar ao direito sobre que se funda a ação – é o contrário do reconhecimento jurídico do pedido do autor. Neste caso de renúncia, o autor abre mão do seu direito material pleiteado na própria ação manejada por ele. O processo perde o objeto ou sua finalidade, sendo a sentença meramente homologatória.

Registre-se que os direitos indisponíveis não são renunciáveis (são irrenunciáveis).

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2. Do Procedimento Ordinário: Da petição inicial; Da resposta do réu; Das provas; Da audiência (da instrução e julgamento).

a) Petição Inicial.

Noções Gerais do Procedimento Ordinário.

O procedimento é a forma pela qual o processo é conduzido (rito processual). No direito processual brasileiro o procedimento COMUM é dividido em Ordinário ou Sumário.

O procedimento utilizado como regra é o Ordinário, salvo nas hipóteses expressamente previstas em lei para o Sumário ou para procedimentos especiais (Ex: rito do Mandado de Segurança). Assim, o procedimento Ordinário será aplicável quando não for cabível o Procedimento Sumário e nenhum outro especial previsto em lei. O Procedimento Ordinário serve como rito subsidiário dos demais procedimentos.

A doutrina costuma dividir o procedimento comum Ordinário em quatro fases distintas: postulatória, saneatória, instrutória (probatória) e decisória. A fase postulatória ocorre desde a Petição Inicial até a Resposta do Réu. A fase Saneatória é a das diligências, enquanto que a fase instrutória destina-se à coleta de material probatória e a fase decisória ao proferimento de sentença.

Vamos estudar agora o início do Procedimento Ordinário.

Requisitos da Petição Inicial.

O Procedimento Ordinário tem início com a petição inicial escrita, que deverá atender aos requisitos legais e ser instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.

A Petição Inicial é o ato do autor pelo qual provoca o

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exercício da jurisdição, levando a juízo o conflito de interesses a ser solucionado e o pedido do autor. Para o direito processual civil brasileiro, a petição inicial é um ato formal, devendo ser escrita em língua pátria atender aos seguintes requisitos básicos:

a. o Juiz ou Tribunal, a que é dirigida – toda petição inicial deve dirigir-se à autoridade judiciária competente para julgar a matéria posta em juízo. Este é o requisito do endereçamento correto.

b. os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu – Qualificação das partes – são dados de grande relevância para o processo, pois servem para individualização dos participantes da relação processual (autor e réu), comunicação dos atos processuais, verificação da legitimação para o processo.

c. o fato e os fundamentos jurídicos do pedido – constituem a CAUSA DE PEDIR remota e próxima, respectivamente. A Causa de Pedir é a descrição dos fatos envolvidos, bem como dos respectivos efeitos jurídicos deles decorrentes. A Causa de Pedir é dividida pela doutrina em duas (aplicação da Teoria da Substanciação):

i. Causa de Pedir Remota (Fática) – relaciona-se com o fato, sendo apenas a descrição fática da lide, com indicação da efetiva e concreta lesão ou ameaça de lesão ao direito do autor. O fato terá repercussões jurídicas, por isso precisa ser delimitado e descrito.

ii. Causa de Pedir Próxima (Jurídica) – é a descrição das consequências jurídicas decorrentes do fato alegado. Não é necessária a descrição do fundamento legal preciso que dê sustentáculo ao pedido, basta a enunciação das próprias

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consequências jurídicas (isto é, não precisa mencionar em que lei, artigo, dispositivo de norma, etc, encontra-se o direito requerido). Não há esta necessidade porque o Juiz conhece o direito (Princípio do iura novit cúria). O que importa é o autor mencionar qual a consequência jurídica do fato.

d. o PEDIDO, com as suas especificações – é objeto da Ação, consistente na solicitação ao Estado-Juiz da prestação da tutela jurisdicional, obrigando ao réu o respeito à pretensão do autor. Para a doutrina, o pedido divide-se em 2:

• Pedido Imediato – é exigência formulada contra o Estado-Juiz de prestação da tutela jurisdicional; ou seja, é a providência jurisdicional ou espécie tutela jurisdicional solicitada pelo autor. Exemplo: tutela condenatória, constitutiva ou meramente declaratória; executiva ou cautelar.

• Pedido Mediato – é o pedido do autor para que o réu submeta-se à pretensão de direito material do autor, isto é, trata-se do bem jurídico pretendido. Exemplo: o autor, locador de imóvel no qual o locatário está inadimplente, solicita que o Estado-Juiz condene o réu (Pedido Imediato: condenatório) ao pagamento do valor devido (Pedido Mediato: que o réu atenda à determinação judicial de conferir o bem jurídico desrespeitado/lesado).

e. o VALOR DA CAUSA – toda causa tem um valor certo, mesmo que a questão em litígio não tenha cunho de natureza pecuniária/econômica. O valor de causa deve ser fixado na inicial, pois tem 3 diversas consequências jurídicas:

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o cálculo da taxa judiciária a ser paga;

o definição da competência em razão do valor da causa (Ex: causas dos Juizados Especiais, de até 20 salários mínimos) e da adoção do procedimento sumário;

o fixação das verbas da sucumbência entre 10 e 20% do valor da causa;

f. as PROVAS com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados – os documentos indispensáveis à propositura da ação devem ser juntados com a petição inicial, devendo o autor especificar todas as provas com que pretende demonstrar os fatos alegados, descrevendo a intenção de produzir posteriormente outras provas na fase instrutória, por todos os meios permitidos em direito.

g. o requerimento para a citação do réu – é o ato pelo qual o autor requer que seja o réu chamado para participar da relação jurídica processual. O autor não deve requerer apenas a citação, mas também indicar qual o meio para a citação do réu (nome, endereço, etc).

Despacho da Petição Inicial.

Ao receber a Petição Inicial o Juiz dispõe de 4 medidas a serem adotadas (4 saídas possíveis):

1. Deferir a Petição Inicial – se a inicial preencher todos os requisitos formais essenciais (Petição em ordem), o Juiz determinará a citação do réu após o deferimento.

2. Saneamento da Petição Inicial – se a petição inicial apresentar lacunas, omissões ou contradições capazes de dificultar o futuro julgamento do mérito, o Juiz poderá conceder o prazo de 10 DIAS para que o autor EMENDE a Inicial, sob pena de indeferimento. Exemplo: falta de instrução da inicial com os documentos necessários para

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a propositura da ação; insuficiência na descrição dos fatos ou da causa de pedir.

3. Declarar improcedente o pedido de forma liminar – se a matéria discutida for somente de direito (não matéria fática, de determinado caso concreto) e no juízo já houver sido proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada. Esta foi uma importante inovação que trouxe maior celeridade no julgamento de casos repetitivos de matéria eminentemente jurídica (quando a discursão de mérito no processo é apenas de direito, matéria jurídica, não sendo relevante a questão fática do caso concreto).

Requisitos para declaração de improcedência liminar da inicial:

o Sentença anterior no mesmo juízo, com matéria idêntica;

o Julgamento de total improcedência do pedido (sentença paradigma à decisão liminar);

o Questão unicamente de direito a ser tratada;

Desta específica decisão de improcedência liminar da inicial, cabe o recurso de APELAÇÃO, sendo possível facultado ao Juiz realizar juízo de retratação no prazo de 5 DIAS. Se o Tribunal manter a Sentença do Juiz de improcedência da petição inicial, o Réu será citado para responder ao Recurso de Apelação.

Atenção que o prazo geral para retratação do Juiz, no caso de indeferimento da petição inicial, é de 48 HORAS e não de apenas 5 DIAS.

4. Indeferimento da Petição Inicial – se o vício

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apresentado na inicial for insanável, caracterizando alguma das hipóteses do art. 295 do CPC, a Petição Inicial deve ser indeferida, sendo extinto o processo SEM resolução de mérito. É o caso mais grave de extinção do processo sem resolução do mérito, tanto o é que poderá ser reconhecido a qualquer tempo e grau de jurisdição.

A decisão de indeferimento da Petição Inicial é APELÁVEL, mas o Juiz poderá retratar-se, reformando a decisão no prazo de 48 HORAS. Se a decisão não for reformada os autos serão encaminhados ao tribunal para julgamento da apelação.

Repiso as hipóteses de indeferimento da Petição inicial já descritos anteriormente:

a. quando for INEPTA – será inepta a inicial quando:

1) lhe faltar pedido ou causa de pedir -

2) da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão –falta de coerência;

3) o pedido for juridicamente impossível;

4) contiver pedidos incompatíveis entre si.

b. quando a parte for manifestamente ilegítima – se o Juiz puder verificar desde o início do processo que o autor ou o réu não preenchem as qualidades da legitimação ordinária ou extraordinária necessárias para a figurarem no processo, poderá indeferir de plano a inicial.

c. quando o autor carecer de interesse processual - Ocorre quando não há necessidade de intervenção judicial. Exemplo: já houver prévio acordo entre as partes homologado judicialmente.

d. quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou a prescrição – apesar de tal previsão legal, a doutrina majoritária entende que o reconhecimento da

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decadência e da prescrição é realizado em análise de mérito, pois resolve definitivamente a causa, não podendo ser reproposta.

e. quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à natureza da causa, ou ao valor da ação; caso em que só não será indeferida, se puder adaptar-se ao tipo de procedimento legal – a regra deve ser a adaptação ao procedimento correto, de acordo com o princípio da conservação dos atos processuais;

f. petição inicial não contiver o endereço onde o advogado receberá intimação ou não preencher os requisitos legais; e a parte não promover a emendas (arts. 39, parágrafo único, primeira parte, e 284 do CPC).

O PEDIDO na Petição Inicial.

O Pedido do autor é o objeto da ação e do processo. São requisitos do pedido a certeza e a determinação (o pedido deve ser certo quanto ao que se quer e determinado, a quantidade do que se quer). O CPC fala em pedido certo ou determinado, mas o aplicado pela doutrina é certo E determinado, conjuntamente.

Como exceção, admite-se pedido NÃO certo e NÃO determinado, o chamado Pedido GENÉRICO, que é aquele indeterminável no momento da propositura da Ação. Ações lícitas com pedidos Genéricos:

1. Ações Universais, quando o autor não puder individualizar os bens demandados – refere-se às universalidades de fato ou de direito. Ex: direito de herança não é possível a individualização.

2. quando não for possível determinar, de modo definitivo, as conseqüências do ato ou do fato ilícito – ocorre quando se formula uma ação judicial de responsabilidade civil, na

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qual se sabe da ocorrência do dano e do dever de indenizar, mas a real quantificação do dano será auferida no decorrer do processo.

3. quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu – Exemplo: ação de prestação de contas.

Espécies de Pedidos:

a) Pedido Alternativo – é aquele formulado quando o autor se encontra diante de uma obrigação alternativa, na qual o devedor adimplirá com o cumprimento de qualquer das alternativas postas pelo autor (o autor pede A ou B, ficando satisfeito com uma das duas prestações). De acordo com o negócio pactuado, se a escolha da forma de pagamento da obrigação competir ao credor, pode o autor formular um pedido simples na Petição Inicial indicando de qual forma deseja o cumprimento da obrigação. De outro lado, se a escolha pertencer ao réu, somente este poderá escolher a melhor forma de cumprimento, mesmo que o autor venha formular pedido alternativo.

CPC

Art. 288. O pedido será alternativo, quando, pela natureza da

obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo.

Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz Ihe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo.

b) Pedido Cominatório – nas ações que versam sobre o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o pedido pode constar de uma cominação de multa (pena pecuniária)

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pelo não cumprimento, como meio de coerção. São as chamadas Astreintes.

CPC

Art. 287. Se o autor pedir que seja imposta ao réu a abstenção da prática de algum ato, tolerar alguma atividade, prestar ato ou entregar coisa, poderá requerer cominação de pena pecuniária para o caso de descumprimento da sentença ou da decisão antecipatória de tutela (arts. 461, § 4o, e 461-A).

c) Pedido Subsidiário ou Sucessivo – é aquele em que o autor requer + de 1 pedido ao mesmo tempo em ordem sucessiva, a fim de que o Juiz conheça do posterior se não puder acolher o anterior (o autor pede A e B ao mesmo tempo; mas o Juiz só analisará B se indeferir o pedido A). Neste caso há uma ordem de apresentação dos pedidos, sendo que o Juiz somente analisará o pedido sucessivo em não acolhendo o principal. Exemplo: autor que celebrou contrato de compra e venda com incorporadora que atrasou a obra em + 1 ano, solicita a efetiva entrega do bem ou a rescisão do contrato com a devolução de todas as prestações pagas; se não for possível a entrega do bem, o Juiz pode acolher pelo menos o pedido de devolução do quanto pago.

CPC

Art. 289. É lícito formular mais de um pedido em ordem

sucessiva, a fim de que o juiz conheça do posterior, em não podendo acolher o anterior.

d) Pedido de Prestações Periódicas – as prestações de trato sucessivo (que se prolongam no tempo. Ex: prestações de leasing; financiamento bancário; pensão alimentícia, etc) são incluídas implicitamente no pedido do autor, mesmo que não tenha requerido expressamente. Assim, até o final do

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processo, as prestações vencidas e não pagas serão incluídas na sentença como devidas, inclusive na hipótese do Autor não solicitá-las.

e) Pedido Cumulado – é aquele formulado em adição contra o réu, em decorrência de um mesmo fato constitutivo do direito do autor, ainda que sem conexão entre os pedidos. Exemplo: o autor não se limita a pedir A, pedindo A e ao mesmo B; o autor deseja os dois ao mesmo tempo, não em ordem sucessiva ou alternada (é A e B). Os pedidos cumulados são analisados conjuntamente pelo Juiz e podem ser concedidos integral ou parcialmente (A e B ou A ou B).

A Cumulação de Pedidos pode ser:

1) Simples – o autor pode formular pedidos cumulados, mesmo que não haja conexão entre eles. Exemplo: cobrança simultânea de 2 dívidas diversas de aluguel envolvendo o mesmo locador e 2 diferentes locatários.

2) Sucessiva – o autor formula mais de um pedido, sendo que o segundo é pressupostos do primeiro (pedido sucessivo). Exemplo: ação de investigação de paternidade e ação de alimentos.

3) Incidental – ocorre quando após a propositura da ação é realizado pedido declaratório incidental. Na realidade, o pedido decorre de uma ação incidental ao processo.

Requisitos para a Cumulação de pedidos:

o compatibilidade entre os pedidos – devem ser compatíveis entre si;

o o mesmo juízo deve ser o competente para julgar todos os pedidos;

o o procedimento deve ser adequado para todos os pedidos; se os procedimentos a serem seguidos forem distintos, admite-se a cumulação se a ação seguir o procedimento

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ordinário.

Peculiaridades da petição inicial e do pedido:

o Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, qualquer dos credores poderá cobrar a dívida. No entanto, aquele que não participou do processo também terá direito de receber a sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito.

o Os pedidos são interpretados RESTRITIVAMENTE. Apesar disso, estão compreendidos no valor principal os juros LEGAIS (não os juros convencionais das partes).

o Possibilidade de alteração do pedido: apenas antes da citação o autor poderá aditar o pedido, correndo a sua conta as custas acrescidas em razão dessa iniciativa. Depois da citação o processo já está formado, com partes causa de pedir e pedido, não podendo ser alterado, salvo se houver o consentimento do réu.

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b) Resposta do Réu.

Disposições Gerais.

Após a apresentação da petição inicial, sendo esta deferida, o Réu deverá ser Citado para apresentar sua resposta. A defesa do Réu será realizada por meio de Contestação, Exceção ou Reconvenção, a depender da natureza do processo, no prazo de 15 DIAS.

Pode o Réu optar por não responder, sofrendo os efeitos da revelia (serem reputados verdadeiros os fatos alegados pelo autor).

Se no processo forem citados vários Réus (2 ou + Réus), caso de Litisconsórcio Passivo, o prazo para resposta poderá ser Comum (igual para todos) ou em DOBRO, de acordo com a seguinte regra:

o Prazo Comum – todos os Réus possuírem o mesmo Procurador – todos terão 15 DIAS para a resposta;

o Prazo em DOBRO – os Réus possuírem diferentes Procuradores – todos terão 30 DIAS para a resposta.

Eventual desistência com relação a algum réu ainda não citado, o prazo será iniciado da publicação da decisão que a homologar.

CPC

Art. 298. Quando forem citados para a ação vários réus, o prazo para responder ser-lhes-á comum, salvo o disposto no art. 191.

Parágrafo único. Se o autor desistir da ação quanto a algum réu ainda não citado, o prazo para a resposta correrá da intimação do despacho que deferir a desistência.

Art. 191. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.

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Contestação.

A Contestação é o ato do Réu que resiste à pretensão do Autor apresentada na Petição Inicial (o réu impugna o pedido do autor). A Contestação é a defesa do réu, na qual deve deduzir toda a matéria possível contrária às alegações do autor, expondo as razões de fato e de direito para afastar o pedido do autor, bem como especificando as provas a serem produzidas na fase instrutória.

Princípio da Eventualidade ou da Concentração – toda a matéria defensiva deve ser exposta no momento oportuno, mesmo que haja contradição entre uma e outra defesa. Isto é, deve o Réu impugnar todos os fatos contra ele alegados, mesmo que incompatíveis entre si, sob pena de preclusão e de serem considerados incontroversos (verdadeiros) os fatos não impugnados. Este é o chamado Ônus da Impugnação Especificada do réu em sua resposta. Exemplo: não ocorreu o acidente de veículo; se ocorreu, não foi por ato ilegal; não há a consequência jurídica do dever de indenizar.

Não serão presumidos como verdadeiros os fatos narrados pelo autor, mesmo que não impugnados pelo Réu:

1) se não for admissível, a seu respeito, a confissão – caso dos direitos indisponíveis;

2) se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a lei considerar da substância do ato – Exemplo: ausência de escritura pública ou procuração emitida por tabelionato de notas.

3) se estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto – a simples alegação do réu de que o fato não ocorreu pode ser entendida como uma defesa genérica, que afasta a presunção de veracidade.

Este ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica de forma indistinta a todos os Réus, pois estão fora de tal obrigatoriedade:

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• o Advogado Dativo;

• o Curador Especial;

• o órgão do Ministério Público.

As defesas do Réu podem ser classificadas em Defesas de Mérito e Defesas Processuais. O Réu poderá alegar na Contestação uma ou as duas defesas ao mesmo tempo.

Nas Defesas de MÉRITO o Réu ataca o mérito (fatos constitutivos e o pedido mediato) e não o processo em si. As Defesas de Mérito podem ser classificadas como:

� Diretas – o Réu nega os fatos apresentados pelo autor ou os aceita como verdadeiros, mas impugna as consequências jurídicas deles decorrentes. Exemplo: réu se defende de ação de perdas e danos por ato ilícito; poderá negar que o fato ocorreu ou aceitar sua ocorrência, mas impugnar que as consequências jurídicas dele decorrentes não implicam em perdas e danos.

� Indiretas – o réu admite os fatos alegados pelo autor, mas levanta outros fatos que são impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor. Exemplo: alega que o ato ilícito de lesão corporal foi em legítima defesa, razão pela qual não seria devida indenização; pagamento da dívida; compensação, etc.

Já as Defesas PROCESSUAIS atacam a relação jurídica-processual. As Defesas Processuais estão previstas no art. 301 e devem ser alegadas antes da abordagem do Mérito, como Preliminares da Contestação. Estas Defesas Processuais são divididas pela doutrina em:

o Dilatórias – não geram a extinção do processo, mas apenas uma dilação pela necessidade de um ajuste no processo. Exemplo: incompetência relativa.

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o Peremptórias – geram a extinção do processo sem a resolução de mérito. Exemplo: alegação de coisa julgada, litispendência, etc.

Preliminares de Mérito (Defesas Processuais):

1) inexistência ou nulidade da citação – é defesa dilatória, pois deve-se abrir prazo para a regularização da falta de citação, bem como o comparecimento espontâneo do réu supre a falta de citação. Somente se não for realizada a citação dentro do prazo concedido é que o processo será extinto sem resolução de mérito.

2) incompetência absoluta – é defesa dilatória porque compete ao juízo absolutamente incompetente declinar de sua competência e remeter os autos ao juízo competente. A arguição da incompetência relativa é por meio de Exceção, enquanto que a incompetência absoluta deve ser formulada na própria Contestação.

3) inépcia da petição inicial – é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

4) perempção - é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

5) Litispendência - é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

6) coisa julgada - é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

7) Conexão – é defesa dilatória, pois visa a mera reunião de 2 ou + processos.

8) incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização – são defesas dilatórias, pois podem ser sanadas tais irregularidades. Somente se não o forem é que geram a extinção do processo sem resolução de mérito.

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9) convenção de arbitragem – é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

10) carência de ação - é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

11) falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar – é defesa dilatória, pois admite correção da falta de caução ou de prestação, salvo se não for regularizado o feito pelo autor no prazo fixado pelo Juiz.

Peculiaridades acerca das Preliminares Processuais:

� O Juiz conhecerá de ofício de todas as Preliminares processuais estudadas acima, salvo quanto ao compromisso arbitral. Tais matérias são de ordem pública, por isso podem ser reconhecidas de ofício.

� A litispendência ou a coisa julgada ocorrem quando se reproduz ação anteriormente ajuizada (2 ações idênticas). A identidade de ações ocorre quando possuem: mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.

� A litispendência é uma ação proposta quando outra ainda está vigente (que ainda está em curso). Já a coisa julgada é operada quando se repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso.

Não estão sujeitas à preclusão (podem ser alegadas mesmo depois da contestação) as alegações:

1) relativas a direito superveniente – mudando-se os fatos e normas, muda-se o direito;

2) que competir ao Juiz conhecer delas de ofício (todas as preliminares, salvo compromisso arbitral)

3) por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em

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qualquer tempo e juízo. Exemplo: decadência.

Exceções.

As Exceções são incidentes processuais apresentados em defesa do órgão jurisdicional impugnado como imparcial (impedimento ou suspeição) ou incompetente (incompetência relativa).

As Exceções devem ser arguidas em 15 DIAS da data do fato ocasionador do vício e em qualquer grau de jurisdição (1ª ou 2ª instância). Isto não quer dizer que deve ser sempre no início do processo. As Exceções poderão ser apresentadas a qualquer tempo, desde que seja no prazo de 15 DIAS do fato ensejador.

A partir do recebimento da exceção o processo ficará suspenso, até que seja definitivamente julgada.

Exceção de Incompetência.

Atenção!

A Exceção de Incompetência visa impugnar a incompetência RELATIVA do Juiz. A incompetência ABSOLUTA é impugnada por Preliminar na Contestação! Isso cai toda hora!

A Exceção de Incompetência é exclusiva do RÉU! O Autor não pode apresentar a exceção, pois é ele quem escolhe o juízo territorialmente competente. A Lei autoriza que o Réu protocolize no juízo de seu domicílio, com requerimento de imediata remessa ao juízo que determinou a citação. Esta previsão é recente e visa conferir maior acesso à justiça aos réus citados para responder a processos em juízos diversos dos de sua residência.

Excipiente é o autor da Exceção e o Excepto é o Réu.

Peculiaridades da exceção de incompetência:

• A petição da exceção de incompetência deve ser fundamentada e devidamente instruída, indicando o juízo

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para o qual declina.

• O prazo da Exceção é de 15 DIAS, sendo arguida no mesmo prazo da contestação, sob pena de preclusão. A incompetência relativa, se não arguida no prazo, preclui.

• O Excepto é ouvido em 10 DIAS e a Exceção é decidida em igual prazo de 10 DIAS.

• Havendo necessidade de prova testemunhal, o Juiz designará audiência de instrução, decidindo dentro de 10 DIAS.

• O juiz indeferirá a petição inicial da exceção, quando manifestamente improcedente.

• Se a exceção for julgada procedente, os autos serão remetidos ao juiz competente.

Exceção de Impedimento e de Suspeição.

A parte poderá apresentar Exceção de Impedimento ou de Suspeição quando reputar possível a parcialidade do Juiz. Uma das facetas do Princípio do Juiz Natural é a garantia da imparcialidade do Juiz. Todo magistrado deve exercer sua função de forma imparcial, equidistante das partes. É garantia da Justiça Material (independência e imparcialidade dos Magistrados).

Para que ele seja considerado imparcial, não poderá guardar vinculação com as partes que atuam no processo, nem dele ter tomado conhecimento em instância anterior, entre outras hipóteses legais. Por isso, a lei criou as figuras do IMPEDIMENTO e da SUSPEIÇÃO do Magistrado para exercer suas funções em determinados processos.

A petição da Exceção de Impedimento ou de Suspeição é dirigida ao próprio Juiz da Causa, que poderá reconhecer o impedimento ou suspeição, remetendo o processo ao seu substituto. Se o Juiz não reconhecer sua suspeição ou impedimento, deverá emitir suas Razões no prazo de 10 DIAS, com documentos e rol de testemunhas, encaminhando os autos ao Tribunal,

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pra decisão.

A decisão do Tribunal acerca da Exceção de Impedimento ou Suspeição poderá ser pelo:

o Deferimento da Exceção: o Juiz será condenado nas custas processuais e o processo será remetido ao substituto.

o Indeferimento da Exceção: a exceção será arquivada.

Características do Impedimento e da Suspeição:

IMPEDIMENTO SUSPEIÇÃO

Fato mais gravoso Fato menos gravoso

Pode ser arguido a qualquer tempo do processo, inclusive após a coisa julgada, por meio de Ação Rescisória (art. 485, II, do CPC). É questão de ordem pública que não preclui.

Somente poderá ser arguido até o início do julgamento. Se não arguido, precluirá o direito, sendo abarcado pela coisa julgada.

Hipóteses legais objetivas, comprovadas de plano.

Hipóteses legais subjetivas que dependem de provas.

Presunção absoluta (juris et de jure) de parcialidade do Juiz.

Presunção relativa (juris tantum) de parcialidade do Juiz.

Hipóteses legais de IMPEDIMENTO do Juiz de atuar no processo (de jurisdição voluntária ou contenciosa):

a. de que for PARTE – se o Juiz é o autor ou o réu do processo, é lógico que jamais poderá julgar tal processo!

b. em que já interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como órgão do

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Ministério Público, ou prestou depoimento como testemunha – se o Juiz já participou do processo de alguma forma, ele, antes mesmo de estudar os autos já terá uma opinião formada, o que macula sua imparcialidade. Com isso, se o Juiz já foi Advogado da parte no processo, já foi perito, era Promotor no caso ou foi testemunha de uma das partes, ele jamais poderá julgar este processo.

c. que conheceu em 1º GRAU de jurisdição, tendo-lhe proferido Sentença ou Decisão – se o Juiz que foi promovido a Desembargador ou Membro de Tribunal já tiver atuado em processo iniciado na 1ª Instância (1º Grau), também não poderá atuar novamente no caso. Seria possível o Desembargador julgar o recurso de sua própria decisão, quando era Juiz de 1º grau? NÃO!

d. quando o seu CÔNJUGE (marido ou mulher) ou qualquer PARENTE seu (de TODOS os Graus), consangüíneo ou afim, em linha RETA, ou na linha COLATERAL até o 2º GRAU for ADVOGADO da parte (Advogado do Autor ou do Réu) – se qualquer parente na linha reta do Juiz for Advogado da parte, não faz qualquer sentido o magistrado julgar o processo. Observe-se que na linha colateral a limitação é até o 2º grau. Vejam quadro de parentesco abaixo.

Obs: Interessante notar que somente será impedido o Juiz se o Advogado parente já estiver exercendo o patrocínio da causa no momento em que tomar conhecimento do processo. Isto porque, se o Advogado parente ingressar posteriormente na tentativa de causar o impedimento do Juiz, tal ato não surtirá efeito impeditivo (o Juiz continuará como Juiz do processo). Esta previsão evita a proliferação de fraudes processuais de afastamentos deliberados de Juízes de determinadas causas.

e. Quando ele for CÔNJUGE, parente, consangüíneo ou

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afim, de alguma das PARTES, em linha reta ou, na colateral, até o 3º GRAU – o Juiz não pode julgar uma causa de um parente seu até o 3º GRAU. Ressalte-se que parentes de graus superiores (ex: primo – parente de 4º grau), em tese, não são vedados.

f. quando for Órgão de direção ou de Administração de pessoa jurídica, Parte na causa – é o caso do Juiz que era, por exemplo, Diretor de uma Associação, de uma Instituição Pública ou Privada, etc. Hoje este dispositivo quase não tem mais aplicação, pois a CF-88 proíbe aos Magistrados o exercício de qualquer outra atividade pública ou privada, a de magistério.

Muitos doutrinadores civilistas tentam definir os graus de parentesco, mas muitas vezes o fazem de forma um pouco complexa. Para um melhor entendimento, faço uso de Tabela de Grau de Parentesco disponibilizada no Sítio do TRE/SP, que esquematiza de forma simplificada os vínculos consanguíneos e afins1:

TABELA DE GRAU DE PARENTESCO LINHA COLATERAL FEMININA LINHA RETA LINHA COLATERAL MASCULINA

Trisavô(ó) 4º grau

Bisavô(ó) 3º grau

Tia-avó 4º grau

Avô(ó) 2º grau

Tio-avô 4º grau

Filha da Tia-avó 5º grau

Tia 3º grau

Pai-mãe Sogro(a) 1º grau

Tio

3º grau

Filho do Tio-avô 5º grau

Neto da Tia-avó 6º grau

Prima 4º grau

Irmã Cunhado 2º grau

EU Cônjuge

Irmão Cunhada 2º grau

Primo 4º grau

Neto do Tio-avô 6º grau

Bisneto da Tia-avó 7º grau

Filho da Prima

5º grau

Sobrinha 3º grau

Filho(a) 1º grau

Sobrinho 3º grau

Filho do Primo

5º grau

Bisneto do Tio-avô 7º grau

Trineto da Tia-avó 8º grau

Neto da Prima

6º grau

Neto da Irmã 4º grau

Neto(a) 2º grau

Neto do Irmão 4º

grau

Neto do Primo

6º grau

Trineto do Tio-avô 8º grau

Bisneto da

Prima 7º grau

Bisneto da Irmã

5º grau

Bisneto(a) 3º grau

Bisneto do Irmão

5º grau

Bisneto do Primo

7º grau

1 Extraído do site do TRE/SP: http://www.tre-sp.gov.br/eleicoes/elei2002/parentesco.htm.

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Trineto da

Prima 8º grau

Trineto da Irmã

6º grau

Trineto(a) 4º grau

Trineto do Irmão

6º grau

Trineto do Primo

8º grau

Para uma melhor análise do parentesco, basta partir sempre da pessoa referência e ir contando sucessivamente os graus de parentesco, conforme gráfico ilustrativo abaixo2:

São hipóteses legais de SUSPEIÇÃO da parcialidade do Juiz, quando:

� for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes (Autor ou Réu) – se o Juiz figurar em dos dois polos de amizade (amizade íntima ou inimizade mortal) do autor ou do réu, será considerado suspeito;

� alguma das partes (Autor ou Réu) for credora ou devedora do próprio Juiz, de seu cônjuge ou de parentes destes, em linha reta ou na colateral até o 3º GRAU – relação de crédito ou débito do Juiz ou seus parentes até 3º GRAU para com uma das partes;

2 Extraído do site: http://direitofipmoc.blogspot.com/2011/04/direito-de-familia.html.

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� herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes:

O herdeiro presuntivo é aquele que, se não mudarem as circunstâncias legais e fáticas, certamente será o herdeiro do que vier a falecer;

O donatário é o beneficiário de uma doação.

Se o Juiz for herdeiro presuntivo, donatário ou empregado de alguma das partes, a relação entre eles é tão estreita que a lei o considera suspeito.

� receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo; aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meios para atender às despesas do litígio – se uma das partes agraciar o Juiz com benefícios diretos ou indiretos (dádivas); se o Juiz vier a aconselhar a parte acerca da melhor forma de proceder no processo, bem como efetivar o pagamento das despesas processuais (Ex: pagar as custas e os honorários do Advogado), este também será considerado suspeito de sua parcialidade.

� for interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes – este interesse é jurídico e não simplesmente pessoal (ex: o Juiz é um fiador de um contrato de aluguel objeto de uma ação judicial, no qual litigam autor e réu; neste caso o Juiz não é inicialmente parte, mas é juridicamente interessado).

� o Juiz se autodeclarar suspeito por motivo íntimo – o Juiz pode entender que no caso específico ele é parcial, decorrente de questões íntimas (pessoais). Exemplo: por questões religiosas o Juiz pode abster-se de julgar um processo de autorização de intervenção médica. O Juiz não está obrigado a manifestar a causa da suspeição por foro íntimo.

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Reconvenção.

A reconvenção é um contra-ataque do Réu, que formula pedido contra o Autor da Ação, tornando-se o Réu da Ação o Autor da Reconvenção. O Réu tem a faculdade de reconvir, enquanto que a Contestação é uma obrigação. Tal previsão decorre do Princípio da Economia Processual, possibilitando o aproveitamento do processo já instaurado.

A Contestação e a Reconvenção devem ser oferecidas simultaneamente, mas em peças autônomas. A Exceção será processada em apenso aos autos principais.

Regras Gerais da Reconvenção:

o Não pode o réu, em seu próprio nome, reconvir ao autor, quando este demandar em nome de outrem. Isto é, não cabe reconvenção contra mero substituto processual.

o Oferecida a reconvenção, o autor reconvindo será intimado, na pessoa do seu Procurador, para contestá-la no prazo de 15 DIAS.

o O fato do Autor da Ação Principal desistir da Ação ou a existência de qualquer causa que a extinga, não obsta ao prosseguimento da reconvenção! Assim, a Reconvenção depois de deflagrada não fica dependente da Ação Principal.

o O Juiz da causa principal julga as duas ações na mesma sentença (Ação Principal e a Reconvenção).

o A Reconvenção não supre a Contestação. Se não apresentada a Contestação, os fatos serão reputados como verdadeiros, mesmo que seja apresentada a Reconvenção.

o Não cabe Reconvenção quando pleiteia o mesmo que a Contestação (falta interesse processual na reconvenção).

o Não é cabível Reconvenção da Reconvenção (doutrina majoritária).

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Requisitos legais para a Reconvenção:

1) Conexão da Reconvenção com a Ação Principal ou com o fundamento da defesa;

2) Competência do mesmo juízo para ambas (Reconvenção e Ação Principal);

3) Procedimento idêntico – a Reconvenção só pode ser oferecida quando seguir o mesmo rito da Ação Principal.

4) Identidade de partes – o Reconvinte não pode demandar contra sujeitos que não seja o autor ou autores da Ação Principal. Isto é, o Reconvinte não pode fazer contra-ataque em que não é autor da ação.

5) Apresentação simultânea com a Contestação – a Reconvenção deve ser apresentada simultaneamente com a Contestação, sob pena de precluir o direito de reconvir. Assim, se a contestação for apresentada sozinha no 1º dia do prazo e ainda faltarem 14 dias para o prazo final da contestação, não será mais possível apresentar a reconvenção, que deve ser protocolada em conjunto.

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c) PROVAS. Audiência de Instrução e Julgamento.

O Juiz poderá marcar Audiência quando reputar indispensável para produção de prova oral ou para esclarecimentos de perito e assistentes técnicos.

Procedimentos da Audiência de Instrução e Julgamento:

1) Abertura pelo Juiz, com Pregão Oficial das Partes e Advogados;

2) Tentativa de conciliar as partes – sempre se deve tentar conciliar as partes; se não conseguir:

3) Juiz fixa os pontos controvertidos, sobre os quais a prova incidirá;

4) Colheita de provas na seguinte ordem:

a. o perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de esclarecimentos;

b. o depoimentos pessoais das partes (1º AUTOR e depois o RÉU);

c. inquiridas as testemunhas arroladas pelo Autor e pelo RÉU.

5) Debates Orais dos Advogados do Autor e do RÉU, bem como ao órgão do Ministério Público, sucessivamente, pelo prazo de 20 MINUTOS para cada um, prorrogável por 10 MINUTOS, a critério do juiz. Se houver litisconsórcio Ativo ou Passivo, o prazo será de 30 MINUTOS, mas divididos entre as partes. Se houver Opoente (apresentação Oposição por terceiro), este falará em 1º lugar e depois os Opostos (Autor e Réu da Ação Principal) por 20 MINUTOS.

Se as Questões forem complexas os Debates Orais podem ser substituídos por Memoriais (Alegações ou Razões

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Escritas).

6) Encerrado o debate ou oferecidos os memoriais, o Juiz proferirá a sentença desde logo ou no prazo de 10 DIAS.

Peculiaridades da Audiência de Instrução e Julgamento.

� A audiência é una e contínua. A regra é que termine no mesmo dia, no entanto se não for possível concluir num só dia, a instrução, o debate e o julgamento, o Juiz marcará o seu prosseguimento para dia próximo.

� A audiência poderá ser ADIADA:

a. por convenção das partes, caso em que só será admissível 1 VEZ;

b. se não puderem comparecer, por motivo justificado, o Perito, as PARTES (Autor e Réu), as testemunhas ou os Advogados.

� O Advogado deve provar o impedimento todos em comparecer à Audiência até a abertura dela. Se não o fizer, o Juiz procederá à instrução normalmente.

� O Juiz pode dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo Advogado não compareceu à audiência.

� A Parte que der causa ao adiamento responderá pelas despesas acrescidas.

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EXERCÍCIOS COMENTADOS

QUESTÃO 164: TRE - AP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 05/06/2011

O processo W foi suspenso porque a sentença de mérito depende do julgamento de outra causa e o processo Z foi suspenso por convenção das partes. Nestes casos, o prazo máximo de suspensão processual é, respectivamente, de

a) um ano e seis meses.

b) seis meses e um ano.

c) três e seis meses.

d) seis e três meses.

e) um e dois anos.

COMENTÁRIOS:

Nos casos de suspensão do Processo por questões prejudiciais a suspensão não poderá ser superior a 1 ANO. Com a finalização do prazo, o Juiz deve determinar que o processo volte ao seu rumo normal.

O processo será suspenso por questões prejudiciais quando a Sentença de Mérito depender de questões internas e externas, que impactam diretamente no trâmite regular do processo: depender do julgamento de outra causa (de outro processo); depender da declaração da existência ou inexistência da relação jurídica, que constitua o objeto principal de outro processo pendente; não puder ser proferida senão depois de verificado determinado fato, ou de produzida certa prova, requisitada a outro juízo; tiver por pressuposto o julgamento de questão de estado (questões relacionadas ao estado civil e direitos de família da pessoa), requerido como declaração incidente.

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Então, a suspensão do processo quando envolver questões prejudiciais é de até 1 ANO!

Ainda, o processo poderá ser suspenso por Convenção das Partes – as partes podem entrar em acordo e transacionarem um período de suspensão do processo por até 6 MESES. Este prazo é total, podendo ser a soma de vários prazos de suspensão menores ou o total de uma única suspensão. Após a ultimação do prazo o Juiz deve ordenar o prosseguimento do feito. Esta suspensão é ato das partes, devendo o Juiz despachá-la, mas em observância à vontade das partes.

Então, as suspensões somadas totalizam 1,5 ANO (1 ANO + 6 MESES).

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 165: TRT 23ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados [FCC] – 15/05/2011.

A respeito da suspensão e extinção do processo, é correto afirmar:

a) Extingue-se o processo, sem resolução do mérito, quando as partes transigirem.

b) Suspende-se o processo quando for oposta exceção de incompetência do juiz, da câmara ou do tribunal.

c) Suspende-se o processo quando o juiz acolher a alegação de perempção ou litispendência.

d) Extingue-se o processo, com resolução do mérito, quando ocorrer confusão entre autor e réu.

e) Extingue-se o processo, com resolução do mérito, quando o juíz indeferir a petição inicial.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. A transação é caso de extinção do processo COM resolução

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de mérito.

Extinção do processo COM resolução de mérito por meio de Sentença Definitiva (Art. 269 do CPC):

a. quando o Juiz ACOLHER ou REJEITAR o pedido do autor;

b. quando o Réu reconhecer a procedência do pedido;

c. quando as Partes transigirem (transação);

d. quando o Juiz pronunciar a decadência ou a prescrição;

e. quando o AUTOR renunciar ao direito sobre que se funda a ação.**

Item B – correto. O processo será suspenso quando for oposta Exceção de Incompetência do juízo, da câmara ou do tribunal, bem como de Suspeição ou Impedimento do Juiz – sendo oposta uma Exceção de Incompetência, Suspeição ou Impedimento do Juiz o processo deve ser suspenso até sua decisão final em 1º grau de jurisdição. Trata-se de defesa processual contra a incompetência relativa do Magistrado ou contra sua parcialidade para julgar o feito.

CPC

Art. 265. Suspende-se o processo:

III - quando for oposta exceção de incompetência do juízo, da câmara ou do tribunal, bem como de suspeição ou impedimento do juiz;

Item C – errado. Neste caso o processo será extinto SEM julgamento do mérito. Item D – errado. O processo é extinto SEM resolução de mérito. Item E – errado. Se há o indeferimento da petição inicial, o Mérito sequer foi analisado!

RESPOSTA CERTA: B

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QUESTÃO 166: PGE - RO - Procurador do Estado Substituto [FCC] – 01/05/2011.

NÃO haverá resolução de mérito, nos termos preconizados pelo Código de Processo Civil, quando

a) a ação for considerada intransmissível por disposição legal.

b) as partes transigirem.

c) o juiz pronunciar a decadência.

d) o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação.

e) o réu reconhecer a procedência do pedido.

COMENTÁRIOS:

Sentença Terminativa, SEM resolução do mérito do Processo (Art. 267 do CPC):

a. quando o Juiz indeferir a petição inicial;

b. quando ficar parado durante mais de 1 ANO por negligência das partes;

c. quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o AUTOR abandonar a causa por mais de 30 DIAS;

d. quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;

e. quando o Juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada;

f. quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;

g. pela convenção de arbitragem;

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h. quando o AUTOR desistir da ação;

i. quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal;

j. quando ocorrer confusão entre AUTOR e RÉU;

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 167: TRF 1ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados [FCC] – 27/03/2011.

Considere:

I. Inépcia da petição inicial.

II. Conexão.

III. Defeito de representação.

IV. Convenção de arbitragem.

V. Falta de caução que a lei exige como preliminar.

De acordo com o Código de Processo Civil brasileiro, o juiz conhecerá de ofício as matérias enumeradas SOMENTE em:

a) I, II e V.

b) I, II, III e V.

c) I, II, IV e V.

d) III e IV.

e) II, III e V.

COMENTÁRIOS:

O Juiz conhecerá de ofício de todas as Preliminares processuais estudadas acima, salvo quanto ao compromisso arbitral. Tais matérias são de ordem pública, por isso podem ser reconhecidas de ofício.

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Preliminares de Mérito (Defesas Processuais):

1) inexistência ou nulidade da citação – é defesa dilatória, pois deve-se abrir prazo para a regularização da falta de citação, bem como o comparecimento espontâneo do réu supre a falta de citação. Somente se não for realizada a citação dentro do prazo concedido é que o processo será extinto sem resolução de mérito.

2) incompetência absoluta – é defesa dilatória porque compete ao juízo absolutamente incompetente declinar de sua competência e remeter os autos ao juízo competente. A arguição da incompetência relativa é por meio de Exceção, enquanto que a incompetência absoluta deve ser formulada na própria Contestação.

3) inépcia da petição inicial – é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

4) perempção - é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

5) Litispendência - é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

6) coisa julgada - é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

7) Conexão – é defesa dilatória, pois visa a mera reunião de 2 ou + processos.

8) incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização – são defesas dilatórias, pois podem ser sanadas tais irregularidades. Somente se não o forem é que geram a extinção do processo sem resolução de mérito.

9) convenção de arbitragem – é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

10) carência de ação - é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

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11) falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar – é defesa dilatória, pois admite correção da falta de caução ou de prestação, salvo se não for regularizado o feito pelo autor no prazo fixado pelo Juiz.

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 168: TJ - AP - Outorga de Delegação de Serviços de Notas e Registros [FCC] – 27/03/2011.

O processo extingue-se com resolução de mérito quando

a) o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição.

b) o autor desistir da ação, por implicar em renúncia ao direito material.

c) o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada.

d) ocorrer confusão entre autor e réu.

e) ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes.

COMENTÁRIOS:

O Item A está correto. É caso de análise do mérito da causa, pois por fim ao processo. O resto dos itens, conforme vimos, são casos de extinção do feito SEM o exame do mérito.

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 169: TRT 24ª - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] – 27/02/2011.

A morte do réu foi comunicada ao Tribunal competente, com prova do falecimento, durante o julgamento de recurso de apelação. Em tal situação, o processo

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a) será julgado extinto quando da publicação do acórdão.

b) será imediatamente suspenso.

c) será imediatamente extinto.

d) só se suspenderá a partir da publicação do acórdão.

e) será anulado a partir da citação.

COMENTÁRIOS:

O curso do processo é suspenso pela Morte ou perda da capacidade processual de qualquer das Partes, de seu representante legal ou de seu procurador – com a comunicação da morte de alguma das partes, representantes legais ou procuradores, o Juiz deve suspender o processo até a situação processual seja regularizada (habilitação do espólio, alteração do representante ou do procurador, extinção do processo, etc).

Visando garantir a continuidade de atos processuais de maior relevância, o CPC prevê que no caso de Morte ou Perda da capacidade processual de qualquer das Partes, ou de seu representante legal, sendo provado o falecimento ou a incapacidade, o Juiz só suspenderá o processo se não tiver iniciado a Audiência de Instrução e Julgamento. Ou seja, se já tiver sido iniciada a audiência de instrução e julgamento não será suspenso o processo. Neste caso:

� o Advogado continuará no processo até o encerramento da audiência de instrução e julgamento;

� o processo só se suspenderá a partir da publicação da Sentença ou do Acórdão.

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 170: TRT 8ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados [FCC] – 24/10/2010.

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Numa ação ordinária de cobrança, o juiz acolheu preliminar arguida pelo réu na contestação e reconheceu a prescrição do crédito reclamado pelo autor. Nesse caso, deverá

a) julgar procedente a ação, mas suspender-lhe a execução.

b) julgar improcedente a ação.

c) julgar extinto o processo sem resolução de mérito.

d) indeferir a petição inicial.

e) julgar extinto o processo com resolução de mérito.

COMENTÁRIOS:

Caso de julgamento de processo por prescrição é COM resolução de mérito.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 171: TCE - RO – Procurador [FCC] – 05/09/2010.

Segundo a terminologia adotada pelo Código de Processo Civil, se no curso de uma ação reivindicatória o réu adquire a propriedade do imóvel reivindicado,

a) o processo extingue-se sem resolução de mérito por confusão.

b) o processo extingue-se sem resolução de mérito por perempção.

c) o processo extingue-se sem resolução de mérito por ilegitimidade de parte ativa.

d) o processo extingue-se sem resolução de mérito por falta de possibilidade jurídica do pedido.

e) haverá resolução de mérito, julgando-se o pedido improcedente.

COMENTÁRIOS:

Será hipótese de suspensão do processo COM resolução de mérito quando ocorrer confusão entre autor e réu – autor e réu passam a confundir-se em

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uma mesma pessoa, por força de contrato ou sucessão. Este fato superveniente da confusão põe fim à lide. Exemplo: locatário devedor, réu de uma ação de desejo, que posteriormente adquire o mesmo imóvel do locador.

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 172: TRT 9ª - Téc- Judiciário – Administrativa [FCC] – 25/07/2010.

Suspende-se o processo quando

a) o juiz acolher alegação de perempção.

b) ocorrer confusão entre autor e réu.

c) a ação for considerada intransmissível por disposição legal.

d) o autor desistir da ação.

e) for oposta exceção de incompetência do juízo.

COMENTÁRIOS:

Os itens A a D são casos de extinção SEM resolução de mérito. Item E – correto. A partir do recebimento da exceção o processo ficará suspenso, até que seja definitivamente julgada.

CPC

Art. 306. Recebida a exceção, o processo ficará suspenso (art. 265, III), até que seja definitivamente julgada.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 173: TRE - RS - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] – 18/07/2010.

Determinado o processo ficou parado durante mais de um ano por negligencio

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das partes. Neste caso, o juiz ordenará

a) O arquivamento dos autos, declarando a extinção do processo sem resolução do mérito, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em cinca dias.

b) O arquivamento dos autos, declarando a extinção do processo sem resolução do mérito, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48 horas.

c) A suspensão do processo, intimando as partes para dar regular andamento ao mesmo no prazo improrrogável de dez dias.

d) A suspensão do processo, intimando as partes para dar regular andamento ao mesmo no prazo improrrogável de quinze dias.

e) O arquivamento dos autos, declarando a extinção do processo sem resolução do mérito, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 24 horas.

COMENTÁRIOS:

O processo será extinto SEM resolução de mérito quando ficar parado durante + 1 ANO por negligência das partes ou por não promover os atos e diligências que lhe competir (contumácia das partes), ou autor abandonar a causa por mais de 30 DIAS – a despeito do princípio do impulso oficial, a parte tem o dever de praticar os atos processuais a seu cargo, configurando inércia ou desídia deixar o processo paralisado por + 1 ANO ou abandonar a causa por + 30 DIAS (culpa exclusiva do autor – maior interessado no feito).

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 174: TRE - RS - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] – 18/07/2010.

Determinado processo foi suspenso porque a sentença de mérito depende da declaração da existência ou inexistência da relação jurídica, que constitua o objeto principal de outro processo pendente. Neste caso, de acordo com o

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Código de Processo Civil, o período de suspensão nunca poderá exceder

a) um ano. Findo este prazo, o juiz extinguirá liminarmente o processo sem resolução do mérito.

b) seis meses. Findo este prazo, o juiz mandará prosseguir no processo.

c) um ano. Findo este prazo, o juiz mandará prosseguir no processo.

d) seis meses. Findo este prazo, o juiz extinguirá liminarmente o processo sem resolução do mérito.

e) dois anos. Findo este prazo, o juiz extinguirá liminarmente o processo sem resolução do mérito.

COMENTÁRIOS:

Nos casos de suspensão do Processo por questões prejudiciais a suspensão não poderá ser superior a 1 ANO. Com a finalização do prazo, o Juiz deve determinar que o processo volte ao seu rumo normal.

O processo será suspenso por questões prejudiciais quando a Sentença de Mérito depender de questões internas e externas, que impactam diretamente no trâmite regular do processo: depender do julgamento de outra causa (de outro processo); depender da declaração da existência ou inexistência da relação jurídica, que constitua o objeto principal de outro processo pendente; não puder ser proferida senão depois de verificado determinado fato, ou de produzida certa prova, requisitada a outro juízo; tiver por pressuposto o julgamento de questão de estado (questões relacionadas ao estado civil e direitos de família da pessoa), requerido como declaração incidente.

Então, a suspensão do processo quando envolver questões prejudiciais é de até 1 ANO!

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 175: METRÔ - Advogado Trainee [FCC] – 21/03/2010.

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Marta ajuizou ação de cobrança em face de Joana. Citada, Joana procurou Marta para uma tentativa de conciliação amigável.

Neste caso, o processo

a) poderá ser suspenso por convenção das partes, por prazo nunca superior a 120 dias.

b) poderá ser suspenso por convenção das partes, por prazo nunca superior a três meses.

c) poderá ser suspenso por convenção das partes, por prazo nunca superior a 90 dias.

d) poderá ser suspenso por convenção das partes, por prazo nunca superior a seis meses.

e) não poderá ser suspenso por convenção das partes não havendo previsão legal neste sentido.

COMENTÁRIOS:

Já vimos que o prazo de Suspensão por convenção das partes é de 6 MESES.

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 176: TRE - AL - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] – 07/02/2010.

No processo A o réu faleceu. No processo B o procurador do autor faleceu. No processo C o representante legal do autor faleceu. Nestes casos, os processos serão

a) extintos sem resolução do mérito.

b) suspensos.

c) extintos com resolução do mérito.

d) extinto sem resolução do mérito, suspenso, e suspenso, respectivamente.

e) suspenso, suspenso, e extinto sem resolução do mérito,

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respectivamente.

COMENTÁRIOS:

O processo será SUSPENSO pela Morte ou perda da capacidade processual de qualquer das Partes, de seu representante legal ou de seu procurador – com a comunicação da morte de alguma das partes, representantes legais ou procuradores, o Juiz deve suspender o processo até a situação processual seja regularizada (habilitação do espólio, alteração do representante ou do procurador, extinção do processo, etc).

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 177: TRE - AM – Judiciária [FCC] – 31/01/2010.

Quando ficar parado o processo durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes, o juiz ordenará o arquivamento dos autos, declarando a extinção do processo sem resolução de mérito

a) se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48 horas.

b) se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 24 horas.

c) se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 5 dias.

d) de imediato, sem a intimação das partes.

e) se a parte, intimada através de procurador, não suprir a falta em 5 dias.

COMENTÁRIOS:

O Juiz extinguirá o processo SEM resolução de mérito quando ficar parado durante + 1 ANO por negligência das partes ou por não promover os atos e diligências que lhe competir (contumácia das partes), ou autor abandonar a causa por mais de 30 DIAS – a despeito do princípio do impulso oficial, a parte tem o dever de praticar os atos processuais a seu cargo, configurando inércia ou desídia deixar o processo paralisado por + 1 ANO ou abandonar a causa por + 30 DIAS (culpa exclusiva do autor – maior

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interessado no feito).

Nestes casos a lei exige a intimação PESSOAL da parte para suprir a falta em 48 HORAS. Isto porque é possível que o Advogado venha a se omitir de realizar atos processuais e a parte nem fique sabendo do verdadeiro andamento do feito.

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 178: TJ - PI - Analista Judiciário - Escrivão Judicial [FCC] – 06/09/2009.

A morte do único advogado da parte, logo depois de ter sido intimado da sentença, determina

a) a suspensão do processo, mas sem prejuízo do prazo recursal, que é contínuo e peremptório.

b) a suspensão do processo e a suspensão do prazo recursal.

c) a suspensão do processo e interrupção do prazo recursal.

d) o seguimento regular do processo, pois não se trata de fato jurídico processual.

e) a extinção do processo.

COMENTÁRIOS:

O processo será suspenso até que seja substituído o Advogado.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 179: TJ - SE - Técnico Judiciário – Judiciária [FCC] – 23/08/2009.

Suspende-se o processo quando

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a) as partes transigirem.

b) o juiz acolher exceção de litispendência.

c) for oposta exceção de incompetência do juízo.

d) o juiz pronunciar a decadência.

e) o juiz acolher a alegação de perempção.

COMENTÁRIOS:

Os Itens A, B, D e E são casos de extinção do processo COM e SEM resolução de mérito.

Apenas suspende o processo, enquanto pendente o julgamento, as Exceções de Incompetência, Impedimento e Suspeição.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 180: TRT - 15 Região - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] – 12/07/2009.

Considere as seguintes assertivas sobre a Formação, Extinção e Suspensão do Processo:

I. A alteração do pedido ou da causa de pedir em nenhuma hipótese será permitida após o saneamento do processo.

II. Extingue-se o processo, com resolução de mérito, pela convenção de arbitragem.

III. Extingue-se o processo sem resolução do mérito quando as partes transigirem.

IV. Realizada a citação e iniciado o prazo resposta, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação.

Está correto o que se afirma SOMENTE em

a) I.

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b) I, II e III.

c) I, III e IV.

d) III e IV.

e) I, II e IV.

COMENTÁRIOS:

Item I – correto. Regra: é possível alterar a Ação até o Saneamento do Processo, que a fase processual onde o Juiz fixa os pontos controvertidos e determina a produção de provas. Nesta fase o processo já deve estar com maior estabilidade. Esta alteração deve obedecer às seguintes regras:

• Antes da citação do RÉU, o Autor poderá modificar normalmente sua Ação (alterar pedido, causa de pedir, etc).

• DEPOIS da citação do RÉU, o Autor poderá alterar a Ação, mas somente com o consentimento do Réu.

CPC

Art. 264. Feita a citação, é defeso ao autor modificar o pedido ou a causa de pedir, sem o consentimento do réu, mantendo-se as mesmas partes, salvo as substituições permitidas por lei.

Parágrafo único. A alteração do pedido ou da causa de pedir em nenhuma hipótese será permitida após o saneamento do processo.

Item II – errado. É caso SEM exame de mérito, pois a convenção de arbitragem implica na desnecessidade de processo. Item III – errado. Caso de EXAME do mérito. Item IV – errado. O autor poderá desistir da ação independentemente de consentimento do até a data da contestação (resposta do réu; não é da data de citação!). O autor poderá desistir da ação, mas isso não impede que possa novamente repropô-la, pois tal fato não implica no julgamento do processo com resolução de mérito. A desistência é cabível até a sentença, mas sempre dependerá da homologação pelo Juiz, que participa do processo. É cabível retratação do pedido de desistência apenas até a decisão do Juiz

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(pedido para o processo continuar após pedido de desistência).

CPC

Art. 267

§ 4o Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação.

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 181: TRT - 16 Região - Analista Judiciário - Execução de Mandado [FCC] – 14/06/2009.

No processo civil, o acolhimento da alegação de perempção

a) provoca a suspensão do processo por até 30 dias.

b) acarreta a suspensão do processo por até 6 meses.

c) implica na extinção do processo sem resolução do mérito.

d) é causa de extinção do processo com resolução do mérito.

e) não impede o prosseguimento do processo.

COMENTÁRIOS:

Sem resolução de mérito, pois não é mais conferido o direito de ação ao autor.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 182: AGU - ADV - Advogado da União [CESPE] - 01/02/2009.

Acerca da formação, suspensão e extinção do processo, julgue os itens a seguir

A estabilização da relação processual por meio da citação é essencial à própria existência do processo, considerando-se proposta a ação a partir do momento

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em que ocorre citação válida, o que também implica a litispendência, torna prevento o juízo e faz litigiosa a coisa.

COMENTÁRIOS:

Segundo o CPC, somente será considerada proposta a Ação quando:

• Petição Inicial for Despachada pelo Juiz – esta é a regra, quando for juízo único;

• Ação for Distribuída, quando houver + 1 Vara.

O processo inicia-se para o RÉU quando? Somente com a sua CITAÇÃO VÁLIDA! Por meio da Citação o réu é chamado para integrar o processo, passando a existir formalmente para ele.

A Citação do Réu é um ato processual de extrema relevância, que gera diversos efeitos processuais (Prevenção, Litispendência e Litigiosidade da coisa) e efeitos materiais (constituição em mora do devedor e interrupção da prescrição).

CPC

Art. 214. Para a validade do processo é indispensável a citação

inicial do réu.

Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz

litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e

interrompe a prescrição.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 183: AGU - ADV - Advogado da União [CESPE] - 01/02/2009.

O CPC permite que as partes, mediante convenção, suspendam o processo por prazo que não exceda seis meses, o que revela a existência de um direito à

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suspensão do processo, a qual independe da declinação de motivo.

COMENTÁRIOS:

O processo poderá ser suspenso pela Convenção das Partes – as partes podem entrar em acordo e transacionarem um período de suspensão do processo por até 6 MESES. Este prazo é total, podendo ser a soma de vários prazos de suspensão menores ou o total de uma única suspensão. Após a ultimação do prazo o Juiz deve ordenar o prosseguimento do feito. Esta suspensão é ato das partes, devendo o Juiz despachá-la, em observância à vontade das partes.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 184: TCE - AP - Procurador de Contas [FCC] - 17/10/2011.

NÃO é inepta a petição inicial quando

a) a parte for manifestamente ilegítima.

b) da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão.

c) o pedido for juridicamente impossível.

d) contiver pedidos incompatíveis entre si.

e) lhe faltar pedido ou causa de pedir.

COMENTÁRIOS:

Será INEPTA a inicial quando:

1. lhe faltar pedido ou causa de pedir;

2. da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão –falta de coerência;

3. o pedido for juridicamente impossível;

4. contiver pedidos incompatíveis entre si.

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A parte manifestamente ilegítima é hipótese de extinção SEM resolução de mérito.

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 185: TJ - PI - Assessor Jurídico de Gabinete de Juiz de Entrância Final [FCC] - 01/06/2011.

Sobre a petição inicial, analise as seguintes assertivas:

I. Contra ato judicial que indeferir liminarmente a petição inicial deverá o autor insurgir-se por agravo de instrumento.

II. A petição inicial deverá conter, obrigatoriamente, a indicação do juiz ou tribunal a que é dirigida, o valor da causa e o requerimento de citação do réu.

III. Será indeferida a petição inicial quando a parte for manifestamente ilegítima.

IV. Será considerada inepta quando tiver pedidos incompatíveis entre si.

V. Se não constar o pedido, com suas especificações, deverá a petição inicial ser indeferida de plano pelo juiz.

Estão corretas as assertivas

a) I, II e III.

b) I, III e V.

c) II, III e IV.

d) II, IV e V.

e) III, IV e V.

COMENTÁRIOS:

Item I – errado. O indeferimento da Petição Inicial é recorrível por meio de APELAÇÃO, pois é decisão que põe fim a processo.

Item II – correto. Um dos requisitos básicos da petição inicial é a indicação

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do Juiz ou Tribunal, a que é dirigida – toda petição inicial deve dirigir-se à autoridade judiciária competente para julgar a matéria posta em juízo. Este é o requisito do endereçamento correto.

Item III – correto. É caso de indeferimento da Petição Inicial quando a parte for manifestamente ilegítima – se o Juiz puder verificar desde o início do processo que o autor ou o réu não preenchem as qualidades da legitimação ordinária ou extraordinária necessárias para a figurarem no processo, poderá indeferir de plano a inicial.

Item IV – correto. Se a petição inicial contiver pedidos incompatíveis entre si será caso de INÉPCIA.

Item V – errado. Não, deve o Juiz abrir prazo para EMENDA da inicial.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 186: TJ DFT - Analista Judiciário – Área Judiciária [CESPE] - 02/03/2008.

Quanto à defesa do réu no processo civil, julgue os próximos itens.

A incompetência do juízo, independentemente de sua natureza, deve ser argüida pelo réu por meio da exceção de incompetência.

COMENTÁRIOS:

Atenção!

A Exceção de Incompetência visa impugnar a incompetência RELATIVA do Juiz. A incompetência ABSOLUTA é impugnada por Preliminar na Contestação! Isso cai toda hora!

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 187: TJ DFT - Analista Judiciário – Área Judiciária [CESPE] -

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02/03/2008.

A alegação de existência de coisa julgada, de convenção de arbitragem e de carência de ação são defesas peremptórias, enquanto a alegação de conexão é meramente dilatória.

COMENTÁRIOS:

. Estas Defesas Processuais são divididas pela doutrina em:

o Dilatórias – não geram a extinção do processo, mas apenas uma dilação pela necessidade de um ajuste no processo. Exemplo: incompetência relativa.

o Peremptórias – geram a extinção do processo sem a resolução de mérito. Exemplo: alegação de coisa julgada, litispendência, etc.

Preliminares de Mérito (Defesas Processuais):

1) inexistência ou nulidade da citação – é defesa dilatória, pois deve-se abrir prazo para a regularização da falta de citação, bem como o comparecimento espontâneo do réu supre a falta de citação. Somente se não for realizada a citação dentro do prazo concedido é que o processo será extinto sem resolução de mérito.

2) incompetência absoluta – é defesa dilatória porque compete ao juízo absolutamente incompetente declinar de sua competência e remeter os autos ao juízo competente. A arguição da incompetência relativa é por meio de Exceção, enquanto que a incompetência absoluta deve ser formulada na própria Contestação.

3) inépcia da petição inicial – é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

4) perempção - é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

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5) Litispendência - é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

6) coisa julgada - é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

7) Conexão – é defesa dilatória, pois visa a mera reunião de 2 ou + processos.

8) incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização – são defesas dilatórias, pois podem ser sanadas tais irregularidades. Somente se não o forem é que geram a extinção do processo sem resolução de mérito.

9) convenção de arbitragem – é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

10) carência de ação - é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

11) falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar – é defesa dilatória, pois admite correção da falta de caução ou de prestação, salvo se não for regularizado o feito pelo autor no prazo fixado pelo Juiz.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 188: TJ DFT - Analista Judiciário – Área Judiciária [CESPE] - 02/03/2008.

Não pode o réu, em seu nome próprio, reconvir ao autor, quando este demandar em nome de outrem.

COMENTÁRIOS:

Não pode o réu, em seu próprio nome, reconvir ao autor, quando este demandar em nome de outrem. Isto é, não cabe reconvenção contra mero substituto processual.

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CPC

Art. 315.

Parágrafo único. Não pode o réu, em seu próprio nome, reconvir ao autor, quando este demandar em nome de outrem. (§ 1º renumerado pela Lei nº 9.245, de 1995)

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 189: TRT 14ª - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 03/04/2010.

A respeito da audiência de instrução e julgamento, considere:

I. A audiência poderá ser adiada, somente um vez, por convenção das partes.

II. Quem der causa ao adiamento responderá pelas despesas acrescidas.

III. Em virtude da amplitude do direito de defesa, o juiz não poderá, ouvidas as partes, fixar os pontos controvertidos sobre os quais incidirá a prova.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I.

b) I e II.

c) I e III.

d) II e III.

e) III.

COMENTÁRIOS:

Item I – correto. A audiência poderá ser ADIADA por convenção das partes, caso em que só será admissível 1 VEZ.

Item II – correto. A Parte que der causa ao adiamento responderá pelas despesas acrescidas.

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Item III – errado. Procedimentos da Audiência de Instrução e Julgamento:

1) Abertura pelo Juiz, com Pregão Oficial das Partes e Advogados;

2) Tentativa de conciliar as partes – sempre se deve tentar conciliar as partes; se não conseguir:

3) Juiz fixa os pontos controvertidos, sobre os quais a prova incidirá;

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 190: TRT - 16 Região - Analista Judiciário - Execução de Mandado [FCC] - 14/06/2009.

A respeito da audiência de instrução e julgamento no processo civil, é INCORRETO afirmar que

a) os peritos e os assistentes técnicos serão ouvidos após os depoimentos pessoais do autor e do réu.

b) o juiz, ao iniciar a instrução, ouvidas as partes, fixará os pontos controvertidos sobre que incidirá a prova.

c) quem der causa ao adiamento responderá pelas despesas acrescidas.

d) poderá ser dispensada pelo juiz a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado não compareceu à audiência.

e) poderá ser adiada, uma só vez, por convenção das partes.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. Colheita de provas na seguinte ordem:

a. o perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de esclarecimentos;

b. o depoimentos pessoais das partes (1º AUTOR e depois o RÉU);

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c. inquiridas as testemunhas arroladas pelo Autor e pelo RÉU.

Item B – correto. Procedimentos da Audiência de Instrução e Julgamento:

1) Abertura pelo Juiz, com Pregão Oficial das Partes e Advogados;

2) Tentativa de conciliar as partes – sempre se deve tentar conciliar as partes; se não conseguir:

3) Juiz fixa os pontos controvertidos, sobre os quais a prova incidirá;

Item C – correto. A Parte que der causa ao adiamento responderá pelas despesas acrescidas.

Item D – correto. O Juiz pode dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo Advogado não compareceu à audiência.

Item E – correto. Como vimos, é 1 só VEZ o adiamento por convenção das partes.

RESPOSTA CERTA: A

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EXERCÍCIOS com GABARITO

QUESTÃO 164: TRE - AP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 05/06/2011

O processo W foi suspenso porque a sentença de mérito depende do julgamento de outra causa e o processo Z foi suspenso por convenção das partes. Nestes casos, o prazo máximo de suspensão processual é, respectivamente, de

a) um ano e seis meses.

b) seis meses e um ano.

c) três e seis meses.

d) seis e três meses.

e) um e dois anos.

QUESTÃO 165: TRT 23ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados [FCC] – 15/05/2011.

A respeito da suspensão e extinção do processo, é correto afirmar:

a) Extingue-se o processo, sem resolução do mérito, quando as partes transigirem.

b) Suspende-se o processo quando for oposta exceção de incompetência do juiz, da câmara ou do tribunal.

c) Suspende-se o processo quando o juiz acolher a alegação de perempção ou litispendência.

d) Extingue-se o processo, com resolução do mérito, quando ocorrer confusão entre autor e réu.

e) Extingue-se o processo, com resolução do mérito, quando o juíz indeferir a petição inicial.

QUESTÃO 166: PGE - RO - Procurador do Estado Substituto [FCC] – 01/05/2011.

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NÃO haverá resolução de mérito, nos termos preconizados pelo Código de Processo Civil, quando

a) a ação for considerada intransmissível por disposição legal.

b) as partes transigirem.

c) o juiz pronunciar a decadência.

d) o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação.

e) o réu reconhecer a procedência do pedido.

QUESTÃO 167: TRF 1ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados [FCC] – 27/03/2011.

Considere:

I. Inépcia da petição inicial.

II. Conexão.

III. Defeito de representação.

IV. Convenção de arbitragem.

V. Falta de caução que a lei exige como preliminar.

De acordo com o Código de Processo Civil brasileiro, o juiz conhecerá de ofício as matérias enumeradas SOMENTE em:

a) I, II e V.

b) I, II, III e V.

c) I, II, IV e V.

d) III e IV.

e) II, III e V.

QUESTÃO 168: TJ - AP - Outorga de Delegação de Serviços de Notas e Registros [FCC] – 27/03/2011.

O processo extingue-se com resolução de mérito quando

a) o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição.

b) o autor desistir da ação, por implicar em renúncia ao direito material.

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c) o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada.

d) ocorrer confusão entre autor e réu.

e) ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes.

QUESTÃO 169: TRT 24ª - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] – 27/02/2011.

A morte do réu foi comunicada ao Tribunal competente, com prova do falecimento, durante o julgamento de recurso de apelação. Em tal situação, o processo

a) será julgado extinto quando da publicação do acórdão.

b) será imediatamente suspenso.

c) será imediatamente extinto.

d) só se suspenderá a partir da publicação do acórdão.

e) será anulado a partir da citação.

QUESTÃO 170: TRT 8ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados [FCC] – 24/10/2010.

Numa ação ordinária de cobrança, o juiz acolheu preliminar arguida pelo réu na contestação e reconheceu a prescrição do crédito reclamado pelo autor. Nesse caso, deverá

a) julgar procedente a ação, mas suspender-lhe a execução.

b) julgar improcedente a ação.

c) julgar extinto o processo sem resolução de mérito.

d) indeferir a petição inicial.

e) julgar extinto o processo com resolução de mérito.

QUESTÃO 171: TCE - RO – Procurador [FCC] – 05/09/2010.

Segundo a terminologia adotada pelo Código de Processo Civil, se no curso de uma ação reivindicatória o réu adquire a propriedade do imóvel reivindicado,

a) o processo extingue-se sem resolução de mérito por confusão.

b) o processo extingue-se sem resolução de mérito por perempção.

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c) o processo extingue-se sem resolução de mérito por ilegitimidade de parte ativa.

d) o processo extingue-se sem resolução de mérito por falta de possibilidade jurídica do pedido.

e) haverá resolução de mérito, julgando-se o pedido improcedente.

QUESTÃO 172: TRT 9ª - Téc- Judiciário – Administrativa [FCC] – 25/07/2010.

Suspende-se o processo quando

a) o juiz acolher alegação de perempção.

b) ocorrer confusão entre autor e réu.

c) a ação for considerada intransmissível por disposição legal.

d) o autor desistir da ação.

e) for oposta exceção de incompetência do juízo.

QUESTÃO 173: TRE - RS - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] – 18/07/2010.

Determinado o processo ficou parado durante mais de um ano por negligencio das partes. Neste caso, o juiz ordenará

a) O arquivamento dos autos, declarando a extinção do processo sem resolução do mérito, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em cinca dias.

b) O arquivamento dos autos, declarando a extinção do processo sem resolução do mérito, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48 horas.

c) A suspensão do processo, intimando as partes para dar regular andamento ao mesmo no prazo improrrogável de dez dias.

d) A suspensão do processo, intimando as partes para dar regular andamento ao mesmo no prazo improrrogável de quinze dias.

e) O arquivamento dos autos, declarando a extinção do processo sem resolução do mérito, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em

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24 horas.

QUESTÃO 174: TRE - RS - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] – 18/07/2010.

Determinado processo foi suspenso porque a sentença de mérito depende da declaração da existência ou inexistência da relação jurídica, que constitua o objeto principal de outro processo pendente. Neste caso, de acordo com o Código de Processo Civil, o período de suspensão nunca poderá exceder

a) um ano. Findo este prazo, o juiz extinguirá liminarmente o processo sem resolução do mérito.

b) seis meses. Findo este prazo, o juiz mandará prosseguir no processo.

c) um ano. Findo este prazo, o juiz mandará prosseguir no processo.

d) seis meses. Findo este prazo, o juiz extinguirá liminarmente o processo sem resolução do mérito.

e) dois anos. Findo este prazo, o juiz extinguirá liminarmente o processo sem resolução do mérito.

QUESTÃO 175: METRÔ - Advogado Trainee [FCC] – 21/03/2010.

Marta ajuizou ação de cobrança em face de Joana. Citada, Joana procurou Marta para uma tentativa de conciliação amigável.

Neste caso, o processo

a) poderá ser suspenso por convenção das partes, por prazo nunca superior a 120 dias.

b) poderá ser suspenso por convenção das partes, por prazo nunca superior a três meses.

c) poderá ser suspenso por convenção das partes, por prazo nunca superior a 90 dias.

d) poderá ser suspenso por convenção das partes, por prazo nunca superior a seis meses.

e) não poderá ser suspenso por convenção das partes não havendo previsão legal neste sentido.

QUESTÃO 176: TRE - AL - Analista Judiciário – Administrativa [FCC]

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– 07/02/2010.

No processo A o réu faleceu. No processo B o procurador do autor faleceu. No processo C o representante legal do autor faleceu. Nestes casos, os processos serão

a) extintos sem resolução do mérito.

b) suspensos.

c) extintos com resolução do mérito.

d) extinto sem resolução do mérito, suspenso, e suspenso, respectivamente.

e) suspenso, suspenso, e extinto sem resolução do mérito, respectivamente.

QUESTÃO 177: TRE - AM – Judiciária [FCC] – 31/01/2010.

Quando ficar parado o processo durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes, o juiz ordenará o arquivamento dos autos, declarando a extinção do processo sem resolução de mérito

a) se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48 horas.

b) se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 24 horas.

c) se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 5 dias.

d) de imediato, sem a intimação das partes.

e) se a parte, intimada através de procurador, não suprir a falta em 5 dias.

QUESTÃO 178: TJ - PI - Analista Judiciário - Escrivão Judicial [FCC] – 06/09/2009.

A morte do único advogado da parte, logo depois de ter sido intimado da sentença, determina

a) a suspensão do processo, mas sem prejuízo do prazo recursal, que é contínuo e peremptório.

b) a suspensão do processo e a suspensão do prazo recursal.

c) a suspensão do processo e interrupção do prazo recursal.

d) o seguimento regular do processo, pois não se trata de fato jurídico processual.

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e) a extinção do processo.

QUESTÃO 179: TJ - SE - Técnico Judiciário – Judiciária [FCC] – 23/08/2009.

Suspende-se o processo quando

a) as partes transigirem.

b) o juiz acolher exceção de litispendência.

c) for oposta exceção de incompetência do juízo.

d) o juiz pronunciar a decadência.

e) o juiz acolher a alegação de perempção.

QUESTÃO 180: TRT - 15 Região - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] – 12/07/2009.

Considere as seguintes assertivas sobre a Formação, Extinção e Suspensão do Processo:

I. A alteração do pedido ou da causa de pedir em nenhuma hipótese será permitida após o saneamento do processo.

II. Extingue-se o processo, com resolução de mérito, pela convenção de arbitragem.

III. Extingue-se o processo sem resolução do mérito quando as partes transigirem.

IV. Realizada a citação e iniciado o prazo resposta, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação.

Está correto o que se afirma SOMENTE em

a) I.

b) I, II e III.

c) I, III e IV.

d) III e IV.

e) I, II e IV.

QUESTÃO 181: TRT - 16 Região - Analista Judiciário - Execução de

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Mandado [FCC] – 14/06/2009.

No processo civil, o acolhimento da alegação de perempção

a) provoca a suspensão do processo por até 30 dias.

b) acarreta a suspensão do processo por até 6 meses.

c) implica na extinção do processo sem resolução do mérito.

d) é causa de extinção do processo com resolução do mérito.

e) não impede o prosseguimento do processo.

QUESTÃO 182: AGU - ADV - Advogado da União [CESPE] - 01/02/2009.

Acerca da formação, suspensão e extinção do processo, julgue os itens a seguir

A estabilização da relação processual por meio da citação é essencial à própria existência do processo, considerando-se proposta a ação a partir do momento em que ocorre citação válida, o que também implica a litispendência, torna prevento o juízo e faz litigiosa a coisa.

QUESTÃO 183: AGU - ADV - Advogado da União [CESPE] - 01/02/2009.

O CPC permite que as partes, mediante convenção, suspendam o processo por prazo que não exceda seis meses, o que revela a existência de um direito à suspensão do processo, a qual independe da declinação de motivo.

QUESTÃO 184: TCE - AP - Procurador de Contas [FCC] - 17/10/2011.

NÃO é inepta a petição inicial quando

a) a parte for manifestamente ilegítima.

b) da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão.

c) o pedido for juridicamente impossível.

d) contiver pedidos incompatíveis entre si.

e) lhe faltar pedido ou causa de pedir.

QUESTÃO 185: TJ - PI - Assessor Jurídico de Gabinete de Juiz de Entrância Final [FCC] - 01/06/2011.

Sobre a petição inicial, analise as seguintes assertivas:

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I. Contra ato judicial que indeferir liminarmente a petição inicial deverá o autor insurgir-se por agravo de instrumento.

II. A petição inicial deverá conter, obrigatoriamente, a indicação do juiz ou tribunal a que é dirigida, o valor da causa e o requerimento de citação do réu.

III. Será indeferida a petição inicial quando a parte for manifestamente ilegítima.

IV. Será considerada inepta quando tiver pedidos incompatíveis entre si.

V. Se não constar o pedido, com suas especificações, deverá a petição inicial ser indeferida de plano pelo juiz.

Estão corretas as assertivas

a) I, II e III.

b) I, III e V.

c) II, III e IV.

d) II, IV e V.

e) III, IV e V.

QUESTÃO 186: TJ DFT - Analista Judiciário – Área Judiciária [CESPE] - 02/03/2008.

Quanto à defesa do réu no processo civil, julgue os próximos itens.

A incompetência do juízo, independentemente de sua natureza, deve ser argüida pelo réu por meio da exceção de incompetência.

QUESTÃO 187: TJ DFT - Analista Judiciário – Área Judiciária [CESPE] - 02/03/2008.

A alegação de existência de coisa julgada, de convenção de arbitragem e de carência de ação são defesas peremptórias, enquanto a alegação de conexão é meramente dilatória.

QUESTÃO 188: TJ DFT - Analista Judiciário – Área Judiciária [CESPE] - 02/03/2008.

Não pode o réu, em seu nome próprio, reconvir ao autor, quando este demandar em nome de outrem.

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QUESTÃO 189: TRT 14ª - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 03/04/2010.

A respeito da audiência de instrução e julgamento, considere:

I. A audiência poderá ser adiada, somente um vez, por convenção das partes.

II. Quem der causa ao adiamento responderá pelas despesas acrescidas.

III. Em virtude da amplitude do direito de defesa, o juiz não poderá, ouvidas as partes, fixar os pontos controvertidos sobre os quais incidirá a prova.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I.

b) I e II.

c) I e III.

d) II e III.

e) III.

QUESTÃO 190: TRT - 16 Região - Analista Judiciário - Execução de Mandado [FCC] - 14/06/2009.

A respeito da audiência de instrução e julgamento no processo civil, é INCORRETO afirmar que

a) os peritos e os assistentes técnicos serão ouvidos após os depoimentos pessoais do autor e do réu.

b) o juiz, ao iniciar a instrução, ouvidas as partes, fixará os pontos controvertidos sobre que incidirá a prova.

c) quem der causa ao adiamento responderá pelas despesas acrescidas.

d) poderá ser dispensada pelo juiz a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado não compareceu à audiência.

e) poderá ser adiada, uma só vez, por convenção das partes.

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GABARITOS OFICIAIS

164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 A B A B A D E A E B

174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 C D B A C C A C E C

184 185 186 187 188 189 190 A C E C C B A

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RESUMO DA AULA

Segundo o CPC, somente será considerada proposta a Ação quando:

• Petição Inicial for Despachada pelo Juiz – esta é a regra, quando for juízo único;

• Ação for Distribuída, quando houver + 1 Vara.

O processo inicia-se para o RÉU quando? Somente com a sua CITAÇÃO VÁLIDA! Por meio da Citação o réu é chamado para integrar o processo, passando a existir formalmente para ele.

A Citação do Réu é um ato processual de extrema relevância, que gera diversos efeitos processuais (Prevenção, Litispendência e Litigiosidade da coisa) e efeitos materiais (constituição em mora do devedor e interrupção da prescrição).

Regra: é possível alterar a Ação até o Saneamento do Processo, que a fase processual onde o Juiz fixa os pontos controvertidos e determina a produção de provas. Nesta fase o processo já deve estar com maior estabilidade. Esta alteração deve obedecer às seguintes regras:

• Antes da citação do RÉU, o Autor poderá modificar normalmente sua Ação (alterar pedido, causa de pedir, etc).

• DEPOIS da citação do RÉU, o Autor poderá alterar a Ação, mas somente com o consentimento do Réu.

O curso do processo é suspenso:

6. pela Morte ou perda da capacidade processual de qualquer das Partes, de seu representante legal ou de seu procurador – com a comunicação da morte de alguma das partes, representantes legais ou procuradores, o Juiz deve suspender o processo até a situação processual seja

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regularizada (habilitação do espólio, alteração do representante ou do procurador, extinção do processo, etc).

7. pela Convenção das Partes – as partes podem entrar em acordo e transacionarem um período de suspensão do processo por até 6 MESES. Este prazo é total, podendo ser a soma de vários prazos de suspensão menores ou o total de uma única suspensão. Após a ultimação do prazo o Juiz deve ordenar o prosseguimento do feito. Esta suspensão é ato das partes, devendo o Juiz despachá-la, em observância à vontade das partes.

8. quando for oposta Exceção de Incompetência do juízo, da câmara ou do tribunal, bem como de Suspeição ou Impedimento do Juiz – sendo oposta uma Exceção de Incompetência, Suspeição ou Impedimento do Juiz o processo deve ser suspenso até sua decisão final em 1º grau de jurisdição. Trata-se de defesa processual contra a incompetência relativa do Magistrado ou contra sua parcialidade para julgar o feito.

9. quando a Sentença de Mérito depender de questões prejudiciais internas e externas, que impactam diretamente no trâmite regular do processo. As questões prejudiciais são impeditivas do julgamento da ação, pois determinarão a análise do mérito do processo. A suspensão do processo é importante para evitar eventuais decisões contraditórias entre dois ou mais processos que tem objetos semelhantes. Exemplo: a usucapião decidida em outro processo é questão prejudicial ao pedido de reivindicação do imóvel; ação de alimentos pode ser dependente de ação de investigação de paternidade se cada um dos pedidos for realizado em processos distintos. São as seguintes as questões prejudiciais que podem gerar a suspensão do processo quando a Sentença de Mérito:

a) depender do julgamento de outra causa (de outro processo) – aqui é a prejudicialidade externa,

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decorrente de decisão a ser exarada no bojo de outro processo, proposto anteriormente à causa suspensa;

b) depender da declaração da existência ou inexistência da relação jurídica, que constitua o objeto principal de outro processo pendente – questão prejudicial interna, a ser decidida pelo próprio Juiz em outro processo;

c) não puder ser proferida senão depois de verificado determinado fato, ou de produzida certa prova, requisitada a outro juízo – somente haverá suspensão se a prova for requerida antes do saneamento. Caso seja requerida depois do saneamento não haverá suspensão.

d) tiver por pressuposto o julgamento de questão de estado (questões relacionadas ao estado civil e direitos de família da pessoa), requerido como declaração incidente – Ex: em ação de anulação de casamento a parte apresenta pedido incidente anulação da aquisição de determinado bem que faz parte do acervo dos ainda cônjuges.

10. por motivo de força maior – todo motivo que torne impossível o funcionamento do órgão jurisdicional, sendo razão inevitável e imprevisível que impeça a realização do ato processual. Abrange o conceito de caso fortuito. Exemplo: greve dos servidores do Tribunal, que impeçam a prática de atos processuais; os prazos são suspensos até o fim da greve.

Nos casos de suspensão do Processo por questões prejudiciais a suspensão não poderá ser superior a 1 ANO. Com a finalização do prazo, o Juiz deve determinar que o processo volte ao seu rumo normal.

Sentença Terminativa, SEM resolução do mérito do Processo (Art.

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267 do CPC):

k. quando o Juiz indeferir a petição inicial;

l. quando ficar parado durante mais de 1 ANO por negligência das partes;

m. quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o AUTOR abandonar a causa por mais de 30 DIAS;

n. quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;

o. quando o Juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada;

p. quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;

q. pela convenção de arbitragem;

r. quando o AUTOR desistir da ação;

s. quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal;

t. quando ocorrer confusão entre AUTOR e RÉU;

Extinção do processo COM resolução de mérito por meio de Sentença Definitiva (Art. 269 do CPC):

f. quando o Juiz ACOLHER ou REJEITAR o pedido do autor;

g. quando o Réu reconhecer a procedência do pedido;

h. quando as Partes transigirem (transação);

i. quando o Juiz pronunciar a decadência ou a prescrição;

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j. quando o AUTOR renunciar ao direito sobre que se funda a ação.**

Para o direito processual civil brasileiro, a petição inicial é um ato formal, devendo ser escrita em língua pátria atender aos seguintes requisitos básicos:

a. o Juiz ou Tribunal, a que é dirigida – toda petição inicial deve dirigir-se à autoridade judiciária competente para julgar a matéria posta em juízo. Este é o requisito do endereçamento correto.

b. os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu –

c. o fato e os fundamentos jurídicos do pedido – constituem a CAUSA DE PEDIR remota e próxima, respectivamente.

d. o PEDIDO, com as suas especificações – é objeto da Ação, consistente na solicitação ao Estado-Juiz da prestação da tutela jurisdicional, obrigando ao réu o respeito à pretensão do autor.

e. o VALOR DA CAUSA – toda causa tem um valor certo, mesmo que a questão em litígio não tenha cunho de natureza pecuniária/econômica.

f. as PROVAS com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados – os documentos indispensáveis à propositura da ação devem ser juntados com a petição inicial, devendo o autor especificar todas as provas com que pretende demonstrar os fatos alegados, descrevendo a intenção de produzir posteriormente outras provas na fase instrutória, por todos os meios permitidos em direito.

g. o requerimento para a citação do réu – é o ato pelo qual o autor requer que seja o réu chamado para participar da relação jurídica processual. O autor não deve requerer apenas a citação, mas também indicar qual o meio para a citação do réu (nome, endereço, etc).

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Como exceção, admite-se pedido NÃO certo e NÃO determinado, o chamado Pedido GENÉRICO, que é aquele indeterminável no momento da propositura da Ação. Ações lícitas com pedidos Genéricos:

1. Ações Universais, quando o autor não puder individualizar os bens demandados – refere-se às universalidades de fato ou de direito. Ex: direito de herança não é possível a individualização.

2. quando não for possível determinar, de modo definitivo, as conseqüências do ato ou do fato ilícito – ocorre quando se formula uma ação judicial de responsabilidade civil, na qual se sabe da ocorrência do dano e do dever de indenizar, mas a real quantificação do dano será auferida no decorrer do processo.

3. quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu – Exemplo: ação de prestação de contas.

Requisitos para a Cumulação de pedidos:

o compatibilidade entre os pedidos – devem ser compatíveis entre si;

o o mesmo juízo deve ser o competente para julgar todos os pedidos;

o o procedimento deve ser adequado para todos os pedidos; se os procedimentos a serem seguidos forem distintos, admite-se a cumulação se a ação seguir o procedimento ordinário.

Se no processo forem citados vários Réus (2 ou + Réus), caso de Litisconsórcio Passivo, o prazo para resposta poderá ser Comum (igual para todos) ou em DOBRO, de acordo com a seguinte regra:

o Prazo Comum – todos os Réus possuírem o mesmo Procurador – todos terão 15 DIAS para a resposta;

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o Prazo em DOBRO – os Réus possuírem diferentes Procuradores – todos terão 30 DIAS para a resposta.

Este ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica de forma indistinta a todos os Réus, pois estão fora de tal obrigatoriedade:

• o Advogado Dativo;

• o Curador Especial;

• o órgão do Ministério Público.

Preliminares de Mérito (Defesas Processuais):

1) inexistência ou nulidade da citação – é defesa dilatória, pois deve-se abrir prazo para a regularização da falta de citação, bem como o comparecimento espontâneo do réu supre a falta de citação. Somente se não for realizada a citação dentro do prazo concedido é que o processo será extinto sem resolução de mérito.

2) incompetência absoluta – é defesa dilatória porque compete ao juízo absolutamente incompetente declinar de sua competência e remeter os autos ao juízo competente. A arguição da incompetência relativa é por meio de Exceção, enquanto que a incompetência absoluta deve ser formulada na própria Contestação.

3) inépcia da petição inicial – é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

4) perempção - é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

5) Litispendência - é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

6) coisa julgada - é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

7) Conexão – é defesa dilatória, pois visa a mera reunião de 2

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ou + processos.

8) incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização – são defesas dilatórias, pois podem ser sanadas tais irregularidades. Somente se não o forem é que geram a extinção do processo sem resolução de mérito.

9) convenção de arbitragem – é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

10) carência de ação - é defesa peremptória, pois gera a extinção do processo sem resolução de mérito.

11) falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar – é defesa dilatória, pois admite correção da falta de caução ou de prestação, salvo se não for regularizado o feito pelo autor no prazo fixado pelo Juiz.

Não estão sujeitas à preclusão (podem ser alegadas mesmo depois da contestação) as alegações:

1) relativas a direito superveniente – mudando-se os fatos e normas, muda-se o direito;

2) que competir ao Juiz conhecer delas de ofício (todas as preliminares, salvo compromisso arbitral)

3) por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e juízo. Exemplo: decadência.

Requisitos legais para a Reconvenção:

1) Conexão da Reconvenção com a Ação Principal ou com o fundamento da defesa;

2) Competência do mesmo juízo para ambas (Reconvenção e Ação Principal);

3) Procedimento idêntico – a Reconvenção só pode ser oferecida quando seguir o mesmo rito da Ação Principal.

4) Identidade de partes – o Reconvinte não pode demandar

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contra sujeitos que não seja o autor ou autores da Ação Principal. Isto é, o Reconvinte não pode fazer contra-ataque em que não é autor da ação.

5) Apresentação simultânea com a Contestação – a Reconvenção deve ser apresentada simultaneamente com a Contestação, sob pena de precluir o direito de reconvir. Assim, se a contestação for apresentada sozinha no 1º dia do prazo e ainda faltarem 14 dias para o prazo final da contestação, não será mais possível apresentar a reconvenção, que deve ser protocolada em conjunto.

Procedimentos da Audiência de Instrução e Julgamento:

1) Abertura pelo Juiz, com Pregão Oficial das Partes e Advogados;

2) Tentativa de conciliar as partes – sempre se deve tentar conciliar as partes; se não conseguir:

3) Juiz fixa os pontos controvertidos, sobre os quais a prova incidirá;

4) Colheita de provas na seguinte ordem:

a. o perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de esclarecimentos;

b. o depoimentos pessoais das partes (1º AUTOR e depois o RÉU);

c. inquiridas as testemunhas arroladas pelo Autor e pelo RÉU.

5) Debates Orais dos Advogados do Autor e do RÉU, bem como ao órgão do Ministério Público, sucessivamente, pelo prazo de 20 MINUTOS para cada um, prorrogável por 10 MINUTOS, a critério do juiz. Se houver litisconsórcio Ativo ou Passivo, o prazo será de 30 MINUTOS, mas divididos entre as partes. Se houver Opoente (apresentação Oposição

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por terceiro), este falará em 1º lugar e depois os Opostos (Autor e Réu da Ação Principal) por 20 MINUTOS.

Se as Questões forem complexas os Debates Orais podem ser substituídos por Memoriais (Alegações ou Razões Escritas).

6) Encerrado o debate ou oferecidos os memoriais, o Juiz proferirá a sentença desde logo ou no prazo de 10 DIAS.

Peculiaridades da Audiência de Instrução e Julgamento.

� A audiência é una e contínua. A regra é que termine no mesmo dia, no entanto se não for possível concluir num só dia, a instrução, o debate e o julgamento, o Juiz marcará o seu prosseguimento para dia próximo.

� A audiência poderá ser ADIADA:

a. por convenção das partes, caso em que só será admissível 1 VEZ;

b. se não puderem comparecer, por motivo justificado, o Perito, as PARTES (Autor e Réu), as testemunhas ou os Advogados.

� O Advogado deve provar o impedimento todos em comparecer à Audiência até a abertura dela. Se não o fizer, o Juiz procederá à instrução normalmente.

� O Juiz pode dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo Advogado não compareceu à audiência.

� A Parte que der causa ao adiamento responderá pelas despesas acrescidas.

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LEGISLAÇÃO

DA FORMAÇÃO, DA SUSPENSÃO E DA EXTINÇÃO DO PROCESSO

CAPÍTULO I DA FORMAÇÃO DO PROCESSO

Art. 262. O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial.

Art. 263. Considera-se proposta a ação, tanto que a petição inicial seja despachada pelo juiz, ou simplesmente distribuída, onde houver mais de uma vara. A propositura da ação, todavia, só produz, quanto ao réu, os efeitos mencionados no art. 219 depois que for validamente citado.

Art. 264. Feita a citação, é defeso ao autor modificar o pedido ou a causa de pedir, sem o consentimento do réu, mantendo-se as mesmas partes, salvo as substituições permitidas por lei.(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

Parágrafo único. A alteração do pedido ou da causa de pedir em nenhuma hipótese será permitida após o saneamento do processo. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

CAPÍTULO II DA SUSPENSÃO DO PROCESSO

Art. 265. Suspende-se o processo:

I - pela morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador;

II - pela convenção das partes; (Vide Lei nº 11.481, de 2007)

III - quando for oposta exceção de incompetência do juízo, da câmara ou do tribunal, bem como de suspeição ou impedimento do juiz;

IV - quando a sentença de mérito:

a) depender do julgamento de outra causa, ou da declaração da existência ou inexistência da relação jurídica, que constitua o objeto principal de outro processo pendente;

b) não puder ser proferida senão depois de verificado determinado fato, ou de produzida certa prova, requisitada a outro juízo;

c) tiver por pressuposto o julgamento de questão de estado, requerido como declaração incidente;

V - por motivo de força maior;

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VI - nos demais casos, que este Código regula.

§ 1o No caso de morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, ou de seu representante legal, provado o falecimento ou a incapacidade, o juiz suspenderá o processo, salvo se já tiver iniciado a audiência de instrução e julgamento; caso em que:

a) o advogado continuará no processo até o encerramento da audiência;

b) o processo só se suspenderá a partir da publicação da sentença ou do acórdão.

§ 2o No caso de morte do procurador de qualquer das partes, ainda que iniciada a audiência de instrução e julgamento, o juiz marcará, a fim de que a parte constitua novo mandatário, o prazo de 20 (vinte) dias, findo o qual extinguirá o processo sem julgamento do mérito, se o autor não nomear novo mandatário, ou mandará prosseguir no processo, à revelia do réu, tendo falecido o advogado deste.

§ 3o A suspensão do processo por convenção das partes, de que trata o no Il, nunca poderá exceder 6 (seis) meses; findo o prazo, o escrivão fará os autos conclusos ao juiz, que ordenará o prosseguimento do processo.

§ 4o No caso do no III, a exceção, em primeiro grau da jurisdição, será processada na forma do disposto neste Livro, Título VIII, Capítulo II, Seção III; e, no tribunal, consoante Ihe estabelecer o regimento interno.

§ 5o Nos casos enumerados nas letras a, b e c do no IV, o período de suspensão nunca poderá exceder 1 (um) ano. Findo este prazo, o juiz mandará prosseguir no processo.

Art. 266. Durante a suspensão é defeso praticar qualquer ato processual; poderá o juiz, todavia, determinar a realização de atos urgentes, a fim de evitar dano irreparável.

CAPÍTULO III DA EXTINÇÃO DO PROCESSO

Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005)

I - quando o juiz indeferir a petição inicial;

Il - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;

III - quando, por não promover os atos e diligências que Ihe competir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;

IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;

V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada;

Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;

Vll - pela convenção de arbitragem; (Redação dada pela Lei nº 9.307, de 1996)

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Vlll - quando o autor desistir da ação;

IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal;

X - quando ocorrer confusão entre autor e réu;

XI - nos demais casos prescritos neste Código.

§ 1o O juiz ordenará, nos casos dos ns. II e Ill, o arquivamento dos autos, declarando a extinção do processo, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48 (quarenta e oito) horas.

§ 2o No caso do parágrafo anterior, quanto ao no II, as partes pagarão proporcionalmente as custas e, quanto ao no III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e honorários de advogado (art. 28).

§ 3o O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a sentença de mérito, da matéria constante dos ns. IV, V e Vl; todavia, o réu que a não alegar, na primeira oportunidade em que Ihe caiba falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento.

§ 4o Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação.

Art. 268. Salvo o disposto no art. 267, V, a extinção do processo não obsta a que o autor intente de novo a ação. A petição inicial, todavia, não será despachada sem a prova do pagamento ou do depósito das custas e dos honorários de advogado.

Parágrafo único. Se o autor der causa, por três vezes, à extinção do processo pelo fundamento previsto no no III do artigo anterior, não poderá intentar nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito.

Art. 269. Haverá resolução de mérito: (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005)

I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor;(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

III - quando as partes transigirem; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

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TÍTULO VIII DO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

CAPÍTULO I DA PETIÇÃO INICIAL

Seção I Dos Requisitos da Petição Inicial

Art. 282. A petição inicial indicará:

I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida;

II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu;

III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;

IV - o pedido, com as suas especificações;

V - o valor da causa;

VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;

VII - o requerimento para a citação do réu.

Art. 283. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.

Art. 284. Verificando o juiz que a petição inicial não preenche os requisitos exigidos nos arts. 282 e 283, ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor a emende, ou a complete, no prazo de 10 (dez) dias.

Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.

Art. 285. Estando em termos a petição inicial, o juiz a despachará, ordenando a citação do réu, para responder; do mandado constará que, não sendo contestada a ação, se presumirão aceitos pelo réu, como verdadeiros, os fatos articulados pelo autor. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

Art. 285-A. Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada. (Incluído pela Lei nº 11.277, de 2006)

§ 1o Se o autor apelar, é facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 (cinco) dias, não manter a sentença e determinar o prosseguimento da ação. (Incluído pela Lei nº 11.277, de 2006)

§ 2o Caso seja mantida a sentença, será ordenada a citação do réu para responder ao recurso. (Incluído pela Lei nº 11.277, de 2006)

Seção II

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Do Pedido

Art. 286. O pedido deve ser certo ou determinado. É lícito, porém, formular pedido genérico: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

I - nas ações universais, se não puder o autor individuar na petição os bens demandados; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

II - quando não for possível determinar, de modo definitivo, as conseqüências do ato ou do fato ilícito; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

III - quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

Art. 287. Se o autor pedir que seja imposta ao réu a abstenção da prática de algum ato, tolerar alguma atividade, prestar ato ou entregar coisa, poderá requerer cominação de pena pecuniária para o caso de descumprimento da sentença ou da decisão antecipatória de tutela (arts. 461, § 4o, e 461-A). (Redação dada pela Lei nº 10.444, de 2002)

Art. 288. O pedido será alternativo, quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo.

Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz Ihe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo.

Art. 289. É lícito formular mais de um pedido em ordem sucessiva, a fim de que o juiz conheça do posterior, em não podendo acolher o anterior.

Art. 290. Quando a obrigação consistir em prestações periódicas, considerar-se-ão elas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor; se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las, a sentença as incluirá na condenação, enquanto durar a obrigação.

Art. 291. Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não participou do processo receberá a sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito.

Art. 292. É permitida a cumulação, num único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.

§ 1o São requisitos de admissibilidade da cumulação:

I - que os pedidos sejam compatíveis entre si;

II - que seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;

III - que seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.

§ 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, admitir-se-á a cumulação, se o autor empregar o procedimento ordinário.

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Art. 293. Os pedidos são interpretados restritivamente, compreendendo-se, entretanto, no principal os juros legais.

Art. 294. Antes da citação, o autor poderá aditar o pedido, correndo à sua conta as custas acrescidas em razão dessa iniciativa. (Redação dada pela Lei nº 8.718, de 1993)

Seção III Do Indeferimento da Petição Inicial

Art. 295. A petição inicial será indeferida: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

I - quando for inepta; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

II - quando a parte for manifestamente ilegítima; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

III - quando o autor carecer de interesse processual; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

IV - quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou a prescrição (art. 219, § 5o); (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à natureza da causa, ou ao valor da ação; caso em que só não será indeferida, se puder adaptar-se ao tipo de procedimento legal; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

Vl - quando não atendidas as prescrições dos arts. 39, parágrafo único, primeira parte, e 284. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

Parágrafo único. Considera-se inepta a petição inicial quando: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

I - Ihe faltar pedido ou causa de pedir; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

II - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

III - o pedido for juridicamente impossível; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

Art. 296. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, reformar sua decisão. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 1994)

Parágrafo único. Não sendo reformada a decisão, os autos serão imediatamente encaminhados ao tribunal competente. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 1994)

CAPÍTULO II DA RESPOSTA DO RÉU

Seção I

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Das Disposições Gerais

Art. 297. O réu poderá oferecer, no prazo de 15 (quinze) dias, em petição escrita, dirigida ao juiz da causa, contestação, exceção e reconvenção.

Art. 298. Quando forem citados para a ação vários réus, o prazo para responder ser-lhes-á comum, salvo o disposto no art. 191.

Parágrafo único. Se o autor desistir da ação quanto a algum réu ainda não citado, o prazo para a resposta correrá da intimação do despacho que deferir a desistência.

Art. 299. A contestação e a reconvenção serão oferecidas simultaneamente, em peças autônomas; a exceção será processada em apenso aos autos principais.

Seção II Da Contestação

Art. 300. Compete ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito, com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.

Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

I - inexistência ou nulidade da citação; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

II - incompetência absoluta; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

III - inépcia da petição inicial; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

IV - perempção; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

V - litispendência; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

Vl - coisa julgada; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

VII - conexão; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

Vlll - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

IX - convenção de arbitragem; (Redação dada pela Lei nº 9.307, de 1996)

X - carência de ação; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

Xl - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar. (Incluído pela Lei nº 5.925, de 1973)

§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

§ 2o Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

§ 3o Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há coisa julgada,

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quando se repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

§ 4o Com exceção do compromisso arbitral, o juiz conhecerá de ofício da matéria enumerada neste artigo. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

Art. 302. Cabe também ao réu manifestar-se precisamente sobre os fatos narrados na petição inicial. Presumem-se verdadeiros os fatos não impugnados, salvo:

I - se não for admissível, a seu respeito, a confissão;

II - se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a lei considerar da substância do ato;

III - se estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.

Parágrafo único. Esta regra, quanto ao ônus da impugnação especificada dos fatos, não se aplica ao advogado dativo, ao curador especial e ao órgão do Ministério Público.

Art. 303. Depois da contestação, só é lícito deduzir novas alegações quando:

I - relativas a direito superveniente;

II - competir ao juiz conhecer delas de ofício;

III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e juízo.

Seção III Das Exceções

Art. 304. É lícito a qualquer das partes argüir, por meio de exceção, a incompetência (art. 112), o impedimento (art. 134) ou a suspeição (art. 135).

Art. 305. Este direito pode ser exercido em qualquer tempo, ou grau de jurisdição, cabendo à parte oferecer exceção, no prazo de 15 (quinze) dias, contado do fato que ocasionou a incompetência, o impedimento ou a suspeição.

Parágrafo único. Na exceção de incompetência (art. 112 desta Lei), a petição pode ser protocolizada no juízo de domicílio do réu, com requerimento de sua imediata remessa ao juízo que determinou a citação. (Incluído pela Lei nº 11.280, de 2006)

Art. 306. Recebida a exceção, o processo ficará suspenso (art. 265, III), até que seja definitivamente julgada.

Subseção I Da Incompetência

Art. 307. O excipiente argüirá a incompetência em petição fundamentada e devidamente instruída, indicando o juízo para o qual declina.

Art. 308. Conclusos os autos, o juiz mandará processar a exceção, ouvindo o excepto dentro em 10 (dez) dias e decidindo em igual prazo.

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Art. 309. Havendo necessidade de prova testemunhal, o juiz designará audiência de instrução, decidindo dentro de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

Art. 310. O juiz indeferirá a petição inicial da exceção, quando manifestamente improcedente. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

Art. 311. Julgada procedente a exceção, os autos serão remetidos ao juiz competente.

Subseção II Do Impedimento e da Suspeição

Art. 312. A parte oferecerá a exceção de impedimento ou de suspeição, especificando o motivo da recusa (arts. 134 e 135). A petição, dirigida ao juiz da causa, poderá ser instruída com documentos em que o excipiente fundar a alegação e conterá o rol de testemunhas.

Art. 313. Despachando a petição, o juiz, se reconhecer o impedimento ou a suspeição, ordenará a remessa dos autos ao seu substituto legal; em caso contrário, dentro de 10 (dez) dias, dará as suas razões, acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas, se houver, ordenando a remessa dos autos ao tribunal.

Art. 314. Verificando que a exceção não tem fundamento legal, o tribunal determinará o seu arquivamento; no caso contrário condenará o juiz nas custas, mandando remeter os autos ao seu substituto legal.

Seção IV Da Reconvenção

Art. 315. O réu pode reconvir ao autor no mesmo processo, toda vez que a reconvenção seja conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.

Parágrafo único. Não pode o réu, em seu próprio nome, reconvir ao autor, quando este demandar em nome de outrem. (§ 1º renumerado pela Lei nº 9.245, de 1995)

§ 2º (Revogado pela Lei nº 9.245, de 1995)

Art. 316. Oferecida a reconvenção, o autor reconvindo será intimado, na pessoa do seu procurador, para contestá-la no prazo de 15 (quinze) dias.

Art. 317. A desistência da ação, ou a existência de qualquer causa que a extinga, não obsta ao prosseguimento da reconvenção.

Art. 318. Julgar-se-ão na mesma sentença a ação e a reconvenção.

CAPÍTULO VI DAS PROVAS

Seção III Da Instrução e Julgamento

Art. 450. No dia e hora designados, o juiz declarará aberta a audiência, mandando

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apregoar as partes e os seus respectivos advogados.

Art. 451. Ao iniciar a instrução, o juiz, ouvidas as partes, fixará os pontos controvertidos sobre que incidirá a prova.

Art. 452. As provas serão produzidas na audiência nesta ordem:

I - o perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de esclarecimentos, requeridos no prazo e na forma do art. 435;

II - o juiz tomará os depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu;

III - finalmente, serão inquiridas as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu.

Art. 453. A audiência poderá ser adiada:

I - por convenção das partes, caso em que só será admissível uma vez;

Il - se não puderem comparecer, por motivo justificado, o perito, as partes, as testemunhas ou os advogados.

§ 1o Incumbe ao advogado provar o impedimento até a abertura da audiência; não o fazendo, o juiz procederá à instrução.

§ 2o Pode ser dispensada pelo juiz a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado não compareceu à audiência.

§ 3o Quem der causa ao adiamento responderá pelas despesas acrescidas.

Art. 454. Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e ao do réu, bem como ao órgão do Ministério Público, sucessivamente, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez), a critério do juiz.

§ 1o Havendo litisconsorte ou terceiro, o prazo, que formará com o da prorrogação um só todo, dividir-se-á entre os do mesmo grupo, se não convencionarem de modo diverso.

§ 2o No caso previsto no art. 56, o opoente sustentará as suas razões em primeiro lugar, seguindo-se-lhe os opostos, cada qual pelo prazo de 20 (vinte) minutos.

§ 3o Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral poderá ser substituído por memoriais, caso em que o juiz designará dia e hora para o seu oferecimento.

Art. 455. A audiência é una e contínua. Não sendo possível concluir, num só dia, a instrução, o debate e o julgamento, o juiz marcará o seu prosseguimento para dia próximo.

Art. 456. Encerrado o debate ou oferecidos os memoriais, o juiz proferirá a sentença desde logo ou no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

Art. 457. O escrivão lavrará, sob ditado do juiz, termo que conterá, em resumo, o ocorrido na audiência, bem como, por extenso, os despachos e a sentença, se esta for proferida no ato.

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§ 1o Quando o termo for datilografado, o juiz Ihe rubricará as folhas, ordenando que sejam encadernadas em volume próprio.

§ 2o Subscreverão o termo o juiz, os advogados, o órgão do Ministério Público e o escrivão.

§ 3o O escrivão trasladará para os autos cópia autêntica do termo de audiência.

§ 4o Tratando-se de processo eletrônico, observar-se-á o disposto nos §§ 2o e 3o do art. 169 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006).

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. 33. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

CÂMARA, Alexandre. Lições de Direito Processual Civil. Lumem júris: 2010.

DIDIER JR., Fredie. Direito Processual Civil, Volume 1. 2010.

DONIZETE, Elpídio. Curso Didático de Direito Processual Civil. 12ª Edição. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2010.

FAGA, Tânia Regina Trombini. Julgamentos e Súmulas do STF e STJ. São Paulo: Método, 2009.

FERRAZ JUNIOR, Tércio Sampaio: Introdução ao estudo de direito: técnica, decisão, dominação. 3.Ed. São Paulo: Atlas, 2001.

MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 25.ed. São Paulo: Atlas, 2010.

PLÁCIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. 18. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2001.