aula 80 - direito processual civil - aula 10

Upload: paulo-silva

Post on 10-Jan-2016

216 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Aula 80 - Direito Processual Civil - Aula 10

TRANSCRIPT

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    1

    TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ)

    Aula 10 de Direito Processual Civil!

    Desejo a todos sucesso em seus estudos!

    Agora vamos l!

    QUADRO SINPTICO DA AULA:

    1. Do Litisconsrcio e da Assistncia;

    2. Da Interveno de Terceiros: oposio, nomeao autoria, denunciao lide e chamamento ao processo.

    3. Ao Civil Pblica.

    4. Da impenhorabilidade do Bem de Famlia (Lei no 8.009/1990) Questes.

    5. Ao rescisria Questes.

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    2

    1. Do Litisconsrcio e da Assistncia.

    a) Litisconsrcio.

    Conceito de Litisconsrcio.

    Em regra, o processo formado apenas entre 1 (um) Autor e 1 (um) Ru. Esta a simplicidade ordinria do processo.

    Todavia, pode o conflito de interesses ocorrer entre vrios sujeitos ao mesmo tempo, isto , vrios pretendentes (autores) tutela jurisdicional ou vrios resistentes (rus). Este o fenmeno do LITISCONSRCIO.

    O Litisconsrcio pode ser conceituado como a reunio de 2 ou + pessoas como autores e/ou rus no processo. Ou seja, corresponde pluralidade de partes ou pluralidade subjetiva do processo, no polo ativo (autores) e/ou no polo passivo (rus).

    Espcies de Litisconsrcio.

    O Litisconsrcio classificado em diversas espcies, dentre as quais destaco as mais relevantes:

    Quanto pluralidade de partes ou ao polo da relao processual:

    1. ATIVO quando houver + 1 AUTOR (2 ou + autores);

    2. PASSIVO - quando houver + 1 RU (2 ou + rus);

    3. MISTO - quando houver + 1 AUTOR (2 ou + autores) e + 1 RU (2 ou + rus) pluralidade de autores e de rus simultaneamente!

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    3

    Quanto ao momento de sua formao:

    1. INICIAL formado desde o incio do processo, com a propositura da ao com vrios autores ou quando so citados vrios rus. o litisconsrcio formado desde os primeiros atos processuais, com + 1 autor ou + 1 ru.

    2. ULTERIOR ou POSTERIOR ou INCIDENTAL formado aps o processo ter-se iniciado (no decorrer do processo j instaurado), aps a citao do ru. O litisconsrcio posterior hiptese excepcional, somente sendo admissvel nos casos previstos em Lei. Entre outros casos, ressalto as seguintes hipteses de litisconsrcio ulterior:

    a) Interveno de Terceiros casos de denunciao da lide e chamamento ao processo (arts. 74 e 79 do CPC);

    b) Substituio da parte por sucesso processual de + 1 Substituto Exemplo: entrada no processo de inventrio de diversos herdeiros, em sucesso ao de cujus.

    c) Citao de Terceiros Juridicamente interessados caso do art. 47, pargrafo nico, do CPC;

    d) Conexo de processos hipteses legais de reunio de causas para processamento conjunto, conforme art. 103 e 105 do CPC.

    Quanto obrigatoriedade de sua formao:

    1. FACULTATIVO a formao do litisconsrcio fica a critrio do autor, por meio de escolha de ajuizar o processo acompanhado de + 1 autor e contra + 1

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    4

    ru. As hipteses de litisconsrcio facultativo so previstas no art. 46 do CPC:

    a) COMUNHO de direitos ou obrigaes relativamente lide Ocorre quando h 1 nico direito com + de 1 titular ou 1 nica obrigao com + 1 devedor ou credor. Exemplo: credores ou devedores solidrios ou co-proprietrios na defesa de bem comum; possuidores diversos de um mesmo bem (caso de composse);

    b) COMUNHO de direitos ou de obrigaes resultantes de 1 mesmo fato ou de 1 mesmo direito o mesmo fato gera situaes jurdicas distintas. Exemplo: um acidente de trnsito ocasionado por culpa do motorista e da m conservao da rodovia gera o direito de indenizao da vtima contra o motorista e contra o Estado (2 relaes jurdicas e obrigaes distintas);

    c) CONEXO se entre 2 aes houver o mesmo pedido (objeto) ou a mesma causa de pedir, haver conexo de causas. A conexo visa evitar decises conflitantes acerca de causas similares e correlatas. Exemplo: 2 vtimas de acidente de veculos (1 motoboy e 1 motorista de carro), que demandam em conjunto contra motorista de caminho que ocasionou o incidente neste caso, cada uma das vtimas poderia demandar separadamente, mas tambm podero, facultativamente, faz-lo de forma conjunta;

    d) AFINIDADE de Questes hiptese de conexo de causas por mera afinidade, em virtude de um ponto comum de fato ou de direito. Exemplo: um conjunto de

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    5

    consumidores de um produto; contribuintes de um mesmo imposto ou taxa. Neste caso, as relaes jurdicas so completamente dspares, mas se aproximam por serem similares.

    O Litisconsrcio Facultativo poder ser limitado em nmero de sujeitos litigantes (como autores ou como rus), quando este comprometer a rpida soluo do litgio ou dificultar a defesa. o caso de litisconsrcio de multido ou multitudinrio. Exemplo: se por mera afinidade de questes for interposta 1 nica ao por mais de 100 Consumidores de uma franquia especfica do McDonalds, que sofreram com possvel alimento estragado (litisconsrcio ativo facultativo por afinidade).

    Neste caso, dado o volume de autores e casos especficos, o Juiz poder limitar o nmero de autores, devendo o conjunto de consumidores afins adentrarem com aes individuais ou em grupos menores. Caso a ao fosse interposta com os 100 consumidores, a celeridade processual seria severamente atingida.

    A partir da deciso de limitao de litigantes em litisconsrcio (de ofcio ou a pedido do ru), o prazo de resposta da parte R recomea (o pedido de limitao do Ru interrompe o prazo de resposta: zera e comea do incio novamente).

    2. NECESSRIO caso de litisconsrcio com formao obrigatria para que a relao processual seja vlida e eficaz. O Litisconsrcio Necessrio determinado pela LEI ou pela natureza jurdica da relao de direito material.

    O Litisconsrcio Necessrio decorre da necessidade de deciso uniforme para todas as partes no processo (autor ou ru). Exemplo: como um Juiz poder decidir um processo de inventrio sem que todos os herdeiros

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    6

    sejam previamente ouvidos e habilitados formalmente?

    a) Litisconsrcio NECESSRIO por LEI a Lei prev em vrias situaes a hiptese de necessidade de litisconsrcio obrigatrio das partes. Um exemplo expresso no prprio CPC a hiptese de Litisconsrcio Necessrio Passivo dos cnjuges nas aes que versem sobre direitos reais imobilirios e outros (Cf. art. 10, 1, do CPC):

    CPC

    Art. 10. O cnjuge somente necessitar do consentimento do outro para propor aes que versem sobre direitos reais imobilirios (neste caso NO litisconsrcio necessrio ativo! trata-se de mera exigncia de consentimento que compor a capacidade processual ativa do outro cnjuge).

    1o Ambos os cnjuges sero necessariamente citados para as aes:

    I - que versem sobre direitos reais imobilirios;

    II - resultantes de fatos que digam respeito a ambos os cnjuges ou de atos praticados por eles;

    III - fundadas em dvidas contradas pelo marido a bem da famlia, mas cuja execuo tenha de recair sobre o produto do trabalho da mulher ou os seus bens reservados;

    IV - que tenham por objeto o reconhecimento, a constituio ou a extino de nus sobre imveis de um ou de ambos os cnjuges.

    b) Litisconsrcio NECESSRIO pela natureza jurdica da relao de direito material decorre da prpria relao jurdica discutida, que no cindvel (divisvel). Ou seja, deve abranger todos os participantes da relao jurdica, de forma necessria. Exemplo: se um imvel locado por 3 (trs) pessoas ao mesmo tempo,

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    7

    como locatrias, o proprietrio locador no pode demandar apenas como 1 ou 2 duas delas, devendo acionar os 3 (trs) locatrios ao mesmo tempo.

    Observem que no foi a lei que determinou isso, mas a prpria relao jurdica material. Questo de lgica, no verdade?

    Nos casos de litisconsrcio necessrio, a eficcia da sentena depender da citao de todos os litisconsortes no processo. O Juiz deve determinar que o autor promova a citao de todos os litisconsortes necessrios, dentro do prazo que definir. Sem a citao, isto , na hiptese de no conformao do litisconsrcio, com as outras partes compondo a Lide, o processo ser extinto SEM resoluo de mrito, cabendo inclusive a nulidade de eventual sentena por querela nullitatis.

    H uma discusso doutrinria forte acerca da existncia ou no de Litisconsrcio Necessrio Ativo, posto que no seria possvel obrigar algum a entrar em uma ao necessariamente. Por outro lado, como fica o direito de um dos possveis autores litigantes de entrar com a ao independentemente? Esta ao com litisconsrcio ativo necessrio apresentada por apenas um dos autores no seria recebida?

    Alguns doutrinadores defendem pela inexistncia de Litisconsrcio Necessrio Ativo, enquanto outros sustentam exatamente o contrrio (a necessidade de respeito ao litisconsrcio ativo necessrio). Contudo, este ponto no pacfico no meio jurdico.

    Quanto aos efeitos da sentena:

    1. SIMPLES a deciso judicial pode ter efeitos diversos entre os litigantes. Cada litigante tratado como parte autnoma e pode receber provimento judicial igual ou diferente.

    Exemplo: 2 (dois) filhos entram com ao de alimentos contra o Pai; so 2 (duas) relaes jurdicas, mas a

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    8

    deciso judicial poder ser diferente para os 2 (dois) casos; um filho podero no receber alimentos porque j possui renda prpria e tem idade incompatvel.

    Exemplo 2: Ao de Usucapio movida por 3 (trs) posseiros ou em face de 2 (dois) proprietrios de terras distintas; o resultado desta ao pode ser o mais diferente possvel para todos os litigantes.

    Apesar dos litisconsortes (ativo e passivo) atuarem conjuntamente, no litisconsrcio SIMPLES, eles so considerados litigantes distintos em relao a outra parte. Assim, em regra, a atuao de cada litisconsorte realizada de forma independente (sem prejuzo ou benefcio aos outros). Ressalto que esta regra s aplicvel para Litisconsrcio Simples, no para o Litisconsrcio Unitrio.

    No entanto, toda defesa de um litisconsorte do que for comum a todos ser aproveitada (apensas defesa aproveita aos demais).

    O recurso interposto por um litisconsorte simples NO se estende aos demais que no hajam recorrido.

    De todo modo, cada litisconsorte tem o direito de promover o andamento do processo e todos devem ser intimados dos respectivos atos.

    2. UNITRIO a deciso ser uniforme (nica) para todos os litigantes do mesmo polo (ativo ou passivo). Neste caso, a autonomia de atuao dos litigantes mitigada.

    certo que o recurso interposto por um dos litisconsortes unitrios aproveita a todos, salvo se distintos ou opostos os seus interesses. Em caso de solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor aproveitar aos outros, quando as defesas opostas ao credor lhes forem comuns.

    Ademais, os atos benficos praticados por um litigante comunicam-se a todos. Os atos prejudicais NO se comunicam. Ex: desistncia, renncia, etc.

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    9

    CPC

    Art. 509. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses.

    Pargrafo nico. Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor aproveitar aos outros, quando as defesas opostas ao credor Ihes forem comuns.

    Os litisconsortes com diferentes procuradores (Advogados) tm prazo em DOBRO (2 Vezes) para falar nos autos, inclusive Contestar e Recorrer.

    CPC

    Art. 191. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-o contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.

    b) Assistncia.

    O Assistente um terceiro interveniente. Apesar do CPC no classificar a assistncia dentro do captulo da interveno de terceiros, a natura da assistncia esta. O Assistente considerado uma parte acessria, coadjuvante da parte principal.

    O Assistente intervir como um Terceiro juridicamente interessado que uma das partes reste vitoriosa (assistente do autor ou do ru). Para tanto, o Assistente ir auxiliar a parte em busca do xito processual. O Assistente deve ostentar interesse jurdico na causa, decorrente de uma relao jurdica entre ele e a parte assistida ou o prprio litgio lhe atinge diretamente.

    CPC

    Art. 50. Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    10

    terceiro, que tiver interesse jurdico em que a sentena seja favorvel a uma delas, poder intervir no processo para assisti-la

    Os Assistentes podem ser classificados como:

    Assistentes SIMPLES aquele que tem interesse meramente jurdico na causa, posto que a relao jurdica dele com uma das partes e pode ser atingida pela deciso posta em juzo.

    Exemplo de possveis assistentes simples:

    a) sublocatrio de imvel, em ao movida pelo locador contra o locatrio;

    b) adquirente de imvel j litigioso.

    Observem que nos 2 casos os possveis assistentes guardam relao jurdica com o assistido.

    Assistentes LITISCONSORCIAIS quando a relao jurdica do assistente com a prpria parte contrria ao assistido. Neste caso, o assistente litisconsorcial poderia ter sido litisconsorte facultativo e no o foi inicialmente.

    Exemplo de possveis assistentes litisconsorciais:

    a) caso de herdeiro que ingressa posteriormente em ao contra o esplio. Neste caso, o herdeiro poderia ter sido parte desde o incio do feito, mas no foi arrolada.

    b) Scio de Pessoa Jurdica que demanda contra a sociedade; qualquer outro scio tambm poderia faz-lo, mas facultativamente no o fizeram inicialmente.

    CPC

    Art. 54. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente, toda vez que a sentena houver de influir na relao jurdica entre ele e o adversrio do assistido.

    Pargrafo nico. Aplica-se ao assistente litisconsorcial, quanto

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    11

    ao pedido de interveno, sua impugnao e julgamento do incidente, o disposto no art. 51.

    Peculiaridades da Assistncia (Simples e Litisconsorcial):

    cabvel a assistncia em qualquer procedimento (comum, ordinrio, procedimentos especiais e cautelar) e em todos os graus da jurisdio (1 e 2 GRAUS);

    O assistente recebe o processo no estado em que se encontra (o processo no ser reiniciado s porque o assistente entendeu por ingressar no meio do procedimento).

    O Assistente deve apresentar petio para ingressar no feito. O Juiz espera 5 DIAS por possveis impugnaes. Caso no sejam apresentadas, o pedido do assistente ser deferido. De outro lado, caso sejam apresentadas impugnaes no prazo de 5 DIAS, o rito sumrio do incidente ser o seguinte:

    1. O Juiz determinar o desentranhamento da petio e da impugnao, para autuao em apenso aos autos principais. Neste caso, o processo principal NO ser suspenso;

    2. Ser autorizada a produo de provas;

    3. O Juiz decidir em 5 DIAS o incidente processual de assistncia.

    O Assistente NO Parte no processo! Todavia, o assistente ter poderes iguais e menores do que a parte principal. A regra que o Assistente tenha os mesmos poderes da parte, mas no poder opor-se aos atos de disposio do assistido (desistncia, reconhecimento da procedncia do pedido, transao, etc). Nestes casos, o assistente inclusive perder a qualidade de assistente, pois acaba a sua interveno.

    Contudo, apesar de estar relativamente limitado quanto aos poderes processuais, o assistente sujeitar-se aos mesmos nus processuais que o assistido. Portanto, ser

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    12

    assistente no nada fcil. Tem menos bnus e tem todo o nus das partes.

    Caso a assistncia seja oferecida em favor de Ru Revel (ru citado que no compareceu em juzo), o assistente passa a ser gestor de negcios do assistido. Neste caso, o assistente passa a atuar em legitimidade extraordinria (em nome prprio na defesa de interesse alheio).

    A regra que o assistente NO pode discutir a justia da deciso j transitada em julgado. Contudo, o assistente poder apresentar a exceptio male gesti processos:

    1. Que, pelo estado em que recebera o processo, ou pelas declaraes e atos do assistido, fora impedido de produzir provas suscetveis de influir na sentena;

    2. Que, desconhecia a existncia de alegaes ou de provas, de que o assistido, por dolo ou culpa, no se valeu.

    2. Da Interveno de Terceiros.

    Oposio.

    A oposio forma de interveno de terceiros na qual o opoente (autor da oposio) ingressa ao mesmo tempo contra o autor e o ru do processo originrio. O opoente postula em juzo o todo ou parte do objeto do litgio j existente, contra o autor e o ru.

    Exemplo: Autor e Ru de ao de reivindicao brigam judicialmente pela propriedade de imvel; o opoente intervm no feito alegando que o imvel no nem do autor e nem do ru, mas seu.

    CPC

    Art. 56. Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    13

    direito sobre que controvertem autor e ru, poder, at ser proferida a sentena, oferecer oposio contra ambos.

    Procedimento da Oposio:

    1. A oposio uma ao/demanda como qualquer outra, portanto deve seguir os requisitos da petio inicial previstos no CPC (arts. 282 e 283).

    2. A oposio ser distribuda por dependncia ao processo principal (ao mesmo Juiz, que estar prevento).

    3. O autor e o ru do processo principal (opostos) sero citados, nos seus advogados, para Contestar no prazo de 15 DIAS.

    4. Caso uma das partes opostas desista do processo, a oposio continuar contra o opoente remanescente.

    5. A oposio poder ser oferecida antes ou depois da audincia de instruo:

    a. Oposio antes da audincia a oposio correr em paralelo ao processo principal (autos apensos). Como os 2 (dois) processos sero instrudos conjuntamente, o julgamento ser conjunto (na mesma sentena), devendo o Juiz decidir, na sentena, em 1 Lugar a oposio, por ser questo prejudicial ao processo principal.

    b. Oposio depois da audincia no ser autuada em apenso ao processo principal, seguindo a oposio o procedimento ordinrio, posto que a fase probatria do processo originrio j foi iniciada (este no pode esperar por muito tempo a instruo da oposio).

    Apesar disso, a Lei autoriza ao Juiz a suspender os autos principais por at 90 DIAS, para

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    14

    julgamento conjunto.

    Nomeao Autoria.

    A nomeao autoria uma modalidade de interveno de terceiro que corrige o equvoco na determinao do ru por parte do autor na petio inicial, sendo atribudo o ru correto (definio precisa da legitimidade passiva ad causam).

    O ru eventualmente ilegtimo tem o dever de corrigir a legitimidade passiva, por meio da indicao do ru correto (nomeao do ru verdadeiro autoria).

    O nomeado autoria vem assumir a posio que deveria ter sido sua desde o incio. Por isso, no se trata exatamente de interveno de terceiro, mas reinsero do legtimo passivamente.

    Cabimento da Nomeao autoria:

    1. Caso do detentor de bem mvel ou imvel (por posse ou propriedade) que no lhe pertence, que acionado judicialmente. Este mero detentor de coisa alheia deve nomear autoria o legtimo possuidor ou proprietrio.

    Ex: caseiro de Fazenda que acionado como ru em processo de demarcao de terras, dever nomear autoria o legtimo proprietrio ou possuir.

    CPC

    Art. 62. Aquele que detiver a coisa em nome alheio, sendo-lhe demandada em nome prprio, dever nomear autoria o proprietrio ou o possuidor.

    2. Caso de Ao de Indenizao contra mandatrio - se o autor dos prejuzos (que pratica atos em nome de outro) for demandado, dever nomear autoria (indicar) a pessoa a

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    15

    quem representou.

    Ex: caso o ru de um processo seja demandado a pagar indenizao pela prtica de ato ilcito; caso seu ato decorra de ordem de terceiro, o ru deve nomear este terceiro para responder ao (o mandatrio nomeia autoria do mandante).

    Peculiaridades da nomeao autoria:

    O Ru deve requerer a nomeao autoria no prazo para a defesa (nos 15 DIAS da Contestao!);

    Com o deferimento do pedido de nomeao autoria, o Juiz suspender o processo e mandar ouvir o autor no prazo de 5 DIAS.

    O Autor poder:

    o Aceitar o nomeado e No se manifestar ocorre a extromisso (nomeado passa a ser ru, saindo o nomeante do cenrio), devendo ser citado o ru nomeado;

    o Recusar o nomeado o processo volta a correr contra o ru original (fica sem efeito a nomeao).

    O Nomeado tambm ter as seguintes opes:

    o Aceitar a nomeao e No se manifestar o feito continua contra ele, abrindo-se novo prazo para resposta (15 DIAS);

    o Recusar a nomeao o processo volta a correr contra o ru original. Neste caso, o processo poder ser extinto sem resoluo de mrito se ficar confirmado que o ru correto seria o nomeado.

    Considera-se presumida a aceitao do nomeado se:

    o autor nada requereu (autor silente), no prazo em que

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    16

    deveria se manifestar;

    o nomeado no comparecer ou nada alegar.

    O descumprimento da obrigao legal de nomear autoria ou deixar de nomear quando devia faz-lo gera a responsabilidade por perdas e danos ao ru.

    Denunciao da Lide.

    A denunciao da lide a forma de interveno de terceiro na qual o autor ou o ru da ao denunciam um terceiro/denunciado contra quem o denunciante ter direito a uma ao de regresso.

    Em outro termos, a denunciao da lide forma de interveno forada de um terceiro, requerida por uma das partes, como forma de traz-lo ao processo por ser garantidor da relao jurdica principal discutida no processo. Para que o denunciante denuncie preciso que tenha um direito de regresso contra o denunciado.

    Existem 2 (duas) relaes jurdicas distintas:

    Relao entre as partes;

    Relao entre o denunciante e o denunciado.

    A denunciao uma forma de economia processual em caso do denunciante restar perdedor na ao principal. No mesmo processo o denunciado o ressarcir de eventuais prejuzos.

    Cabimento da denunciao da lide:

    1. Caso de Evico se o bem alienado vier a ser perdido por fora de uma ao judicial, o alienante deve responsabilizar-se ao ru pelo bem. Neste caso, o ru em ao que discuta a propriedade de bem (este ru chamado de evicto) deve denunciar da lide o alienante (garantidor) para que este garanta no mesmo processo o eventual direito de regresso do ru.

    2. Caso de Perda de posse o possuidor direto nos casos de usufruto, penhor ou locao pode desde j denunciar da

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    17

    lide o possuidor indireto (proprietrio que deve garantir a posse direta do bem). Ex: o locador deve garantir a posse direta do bem; caso o possuir direto (locatrio) venha a ser demandado judicialmente sobre a posse do bem, dever denunciar da lide para que fixe a responsabilidade regressiva sobre o locador.

    3. Caso de previso em Lei ou Contrato de Direito Regressivo se terceiro tiver obrigao legal ou contratual de indenizar por meio de ao regressiva, o prejuzo do perdedor da demanda, este deve ser denunciado da lide para que no mesmo processo possa garantir a indenizao parte.

    Peculiaridades da denunciao da lide:

    1. A denunciao da lide OBRIGATRIA;

    2. Caso o denunciante seja o AUTOR da ao, deve requerer a citao do Ru e do Denunciado ao mesmo tempo.

    3. Se o denunciante for o RU da ao, este deve requerer a citao do denunciado no prazo de resposta (da contestao);

    4. Com a ordem de citao, o processo ser suspenso. A citao ser realizada em prazos distintos, a depender se o citando possui domiclio na mesma Comarca ou no:

    a) 10 DIAS se na mesma Comarca;

    b) 30 DIAS se em outra Comarca ou em lugar incerto.

    5. Se no for realizada a citao no prazo legal, o processo continuar como iniciou, prosseguindo unicamente em relao ao denunciante. Neste caso ocorre precluso e prossegue o processo entre autor e ru.

    6. Se a Denunciao da Lide for apresentada pelo AUTOR da ao principal, o denunciado poder:

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    18

    a) Comparecer e assumir a ao neste caso assumir a posio de litisconsorte do autor denunciante, tendo poderes para aditar a petio inicial;

    b) No responder a relao de garantidor entre o denunciado e o denunciante ser definida a sua revelia;

    c) Negar a sua qualidade de garantidor este questionamento ser definido ao final do processo.

    7. Se a Denunciao da Lide for apresentada pelo RU da ao principal, o denunciado poder:

    a) Comparecer e assumir a ao neste caso assumir a posio de litisconsorte do RU denunciante e Contestar a Ao;

    b) No responder a relao de garantidor entre o denunciado e o denunciante ser definida a sua revelia (neste caso o denunciante deve prosseguir com a defesa at o final);

    c) Negar a sua qualidade de garantidor este questionamento ser definido ao final do processo (neste caso o denunciante deve prosseguir com a defesa at o final);

    8. Ao final do processo, a Sentena deve apreciar a denunciao da lide, com definio acerca do direito regressivo (direito do evicto) e eventual condenao por perdas e dano. Neste caso, a Sentena tem valor de ttulo executivo.

    Chamamento ao Processo.

    O chamamento ao processo um instituto exclusivo do RU, que chama os co-obrigados para comporem o plo passivo da demanda. O ru traz aos autos os demais coobrigados pela dvida para obteno de condenao

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    19

    regressiva que lhe possibilite execut-los se for obrigado a pagar.

    Cabimento do chamamento ao processo:

    Fiador que chama o devedor, na ao em que aquele (fiador) for ru;

    Fiador que chama os outros fiadores, quando apenas um deles for citado como ru;

    Devedor que chama os demais devedores solidrios (dvida comum).

    O Ru deve chamar os outros rus no prazo da contestao. O processo ser tambm suspenso. A sentena que condenar os devedores valer como ttulo executivo em favor do que satisfizer a dvida, para exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou de cada um dos co-devedores a sua quota.

    3. Ao Civil Pblica.

    Conceito e Natureza Jurdica.

    A Ao Civil Pblica (ACP) constitui-se um importante instrumento processual de tutela de interesses transindividuais, disciplinado pela Lei n 7.347/85. Trata-se de uma Ao Constitucional, de natureza Cvel, que serve defesa coletiva dos direitos fundamentais, especialmente acerca da responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artstico, esttico, histrico, turstico e paisagstico, bem como a qualquer outro interesse difuso ou coletivo.

    Assim, a ACP visa tutelar todos os interesses difusos, coletivos e individuais homogneos.

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    20

    A previso em sede da CF-88 encontra-se no art. 129, III, que prev como um dos competentes para interpor a ACP o Ministrio Pblico. Lgico que a competncia do MP no impede a dos demais legitimados ativos, conforme veremos frente.

    CF-88

    Art. 129. So funes institucionais do Ministrio Pblico:

    III - promover o inqurito civil e a ao civil pblica, para a proteo do patrimnio pblico e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;

    Bens Tutelados.

    A CF-88 determinou que a ACP servir para proteo do Patrimnio Pblico e Social, do Meio Ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. Na realidade, a ACP serve para proteo de TODOS os direitos difusos, coletivos e individuais homogneos.

    o Direitos Difusos direitos ou interesses de um nmero indeterminado de pessoas e indivisveis (ex: direitos dos usurios do transporte pblico);

    o Direitos Coletivos direitos ou interesses de uma coletividade determinada ou determinvel (ex: direitos de servidores pblicos, que podem mover por meio de seus Sindicatos);

    o Direitos Individuais Homogneos direitos de individuais que podem ser movidos de forma coletiva (ex: consumidores de um carro X que apresenta o mesmo problema, passvel de correo geral; alunos de escola que tm sua mensalidade aumentada de forma abusiva).

    De todo modo, a Lei n 7.347/85 previu, de forma apenas exemplificativa, os seguintes direitos protegidos pela ACP:

    a. ao meio-ambiente;

    b. ao consumidor;

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    21

    c. a bens e direitos de valor artstico, esttico, histrico, turstico e paisagstico;

    d. a qualquer outro interesse difuso ou coletivo;

    e. por infrao da ordem econmica e da economia popular;

    f. ordem urbanstica.

    A Lei n 7.347/85 tratou de EXCLUIR do cabimento de ACP s pretenses jurdicas que envolvam:

    1. Tributos

    2. Contribuies Previdencirias

    3. FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Servio

    4. Outros Fundos Constitucionais com beneficirios determinados

    Ademais, a ACP no pode ser utilizada como meio de controle concentrado de constitucionalidade de lei ou ato normativo em face da CF-88, pois tal possibilidade usurparia a funo constitucional da Ao Direta de Inconstitucionalidade (ADIN). Logicamente possvel alegar a inconstitucionalidade no caso concreto (controle difuso) na ACP.

    Objeto Jurdico da ACP.

    A ACP visa apurar as responsabilidades pelos possveis danos patrimoniais e morais causados aos direitos difusos, coletivos e individuais homogneos, podendo ter por objeto uma condenao do ru em Dinheiro (pedido de perdas e danos) ou em Obrigao de Fazer ou No fazer (ex: construir obra pblica; parar a construo de obra irregular, que atinja o meio ambiente).

    Se a condenao for em Obrigao de Fazer ou No Fazer, mesmo que o autor no requeira, o Juiz poder de ofcio determinar que seja realizada a atividade devida ou a cessao da atividade nociva, sob pena de execuo especfica (adoo de providncias unilaterais) ou de multa

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    22

    diria.

    Caso a condenao seja em Dinheiro, o valor ser revertido a um FUNDO gerido pelo Conselho Federal ou Conselhos Estaduais, que tm participao do Ministrio Pblico e da comunidade, para reconstituio dos bens lesados. At a constituio do Fundo, o dinheiro ficar depositado em estabelecimento oficial de crdito (Bancos Oficiais), com correo monetria.

    Importante inovao trazida pela Lei n 12.288/2010 a previso de que eventual acordo ou condenao por ato de discriminao tnica (preconceito racial e tnico), o valor ser destinado ao referido FUNDO, mas com destinao s aes de promoo igualdade tnica.

    LACP

    Art. 13

    2o Havendo acordo ou condenao com fundamento em dano causado por ato de discriminao tnica nos termos do disposto no art. 1o desta Lei, a prestao em dinheiro reverter diretamente ao fundo de que trata o caput e ser utilizada para aes de promoo da igualdade tnica, conforme definio do Conselho Nacional de Promoo da Igualdade Racial, na hiptese de extenso nacional, ou dos Conselhos de Promoo de Igualdade Racial estaduais ou locais, nas hipteses de danos com extenso regional ou local, respectivamente. (Includo pela Lei n 12.288, de 2010)

    A ACP poder ser Repressiva, quando visa reparar o dano, ou Preventiva, quando visa evitar a ocorrncia do dano, por meio de Ao Cautelar da Ao Civil Pblica.

    LACP

    Art. 1 Regem-se pelas disposies desta Lei, sem prejuzo da ao popular, as aes de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: (Redao dada pela Lei n 8.884, de 11.6.1994)

    Art. 3 A ao civil poder ter por objeto a condenao em dinheiro ou o cumprimento de obrigao de fazer ou no

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    23

    fazer.

    Art. 4o Poder ser ajuizada ao cautelar para os fins desta Lei, objetivando, inclusive, evitar o dano ao meio ambiente, ao consumidor, ordem urbanstica ou aos bens e direitos de valor artstico, esttico, histrico, turstico e paisagstico.

    Legitimidade ATIVA da ACP.

    A legitimidade ATIVA (quem pode interpor a Ao Principal e a Ao Cautelar da ACP: ser o AUTOR) conferida pela Lei aos seguintes agentes:

    a. Ministrio Pblico;

    b. Defensoria Pblica;

    c. Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios;

    d. Autarquia, empresa pblica, fundao ou sociedade de economia mista;

    e. ASSOCIAO

    Para as Associaes serem legitimadas a interporem ACPs, devem preencher os seguintes requisitos:

    o constituio h pelo menos 1 ANO nos termos da lei civil este requisito poder ser dispensado pelo Juiz se houver manifesto interesse social ou relevncia do bem jurdico;

    o incluso nas finalidades institucionais da proteo ao meio ambiente, ao consumidor, ordem econmica, livre concorrncia ou ao patrimnio artstico, esttico, histrico, turstico e paisagstico.

    Peculiaridades das Partes Autora e R da ACP:

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    24

    obrigatria a interveno do Ministrio Pblico na ACP se o MP no for o Autor, ser necessariamente interveniente (como fiscal da lei).

    Fica facultado ao Poder Pblico e a outras Associaes legitimadas a habilitar-se como litisconsortes de qualquer das partes. Assim, o Poder Pblico (entes estatais) e as Associaes, desde que no sejam inicialmente os autores, entrarem no processo em curso, tanto do lado do Autor quanto do Ru (litisconsrcio ativo ou passivo).

    Em caso de desistncia infundada ou abandono da ao por Associao legitimada, o Ministrio Pblico ou outro legitimado assumir a titularidade ativa. Observem que a desistncia tratada apenas da Associao, no sendo autorizada substituio da Defensoria e dos demais legitimados.

    possvel litisconsrcio facultativo entre os Ministrios Pblicos da Unio, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos difusos e coletivos. Desse modo, o MPF e o MP dos Estados podero interpor conjuntamente ACPs com mesmo objeto (litisconsortes ativos 2 autores). Ex: proteo do meio ambiente de um Rio em determinado municpio; o MPF e o MP do Estado podero interpor conjuntamente a mesma ACP.

    Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) - todos os rgos pblicos legitimados (todas as entidades pblicas legitimadas a interporem ACP: MP, Defensoria, etc, no sendo cabvel s entidades privadas) podero tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta s exigncias legais, mediante cominaes, que ter eficcia de ttulo executivo extrajudicial. Os TACs so instrumentos de ajustamento da conduta do autor da leso s exigncias legais. Exemplo: MP celebrada TAC com Gestor de Escola pblica para que este fornea merenda escolar com a devida qualidade e nos padres bsicos de

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    25

    higiene e nutrio.

    Competncia para julgamento da ACP.

    Em regra, a competncia para julgamento da ACP definida pelo LOCAL do DANO (Foro do dano). Exemplo: Dano ao meio ambiente gerado na construo de edifcio da Caixa Econmica Federal localizado no Rio de Janeiro/RJ, o foro competente ser Vara da Justia Federal do Rio de Janeiro, por ser a CEF Empresa Pblica Federal, atraindo competncia Federal e pelo local do dano ser o Rio de Janeiro.

    A fixao da comarca em que ocorrer o dano tem fundamento por ser este o foro mais habilitado e mais indicado na espcie pela proximidade fsica do evento.

    A competncia funcional prevista na Lei absoluta e improrrogvel (no admite flexibilizao).

    De forma semelhante Ao Popular, a interposio da ACP gera a preveno (vinculao) do Juzo competente para o julgamento de outras aes que envolvam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. Ex: nova Ao contra o mesmo ato lesivo deve ser interposta no mesmo juzo, que j se tornou prevento/vinculado.

    LACP

    Art. 2 As aes previstas nesta Lei sero propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juzo ter competncia funcional para processar e julgar a causa.

    Pargrafo nico A propositura da ao prevenir a jurisdio do juzo para todas as aes posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. (Includo pela Medida provisria n 2.180-35, de 2001)

    Indicao de fatos passveis de ACP.

    A LACP determina que qualquer pessoa (cidado) poder provocar a iniciativa do MP, enquanto que o servidor pblico (vocs)

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    26

    dever. A representao ao MP deve ser composta com informaes e documentos que possam indicar elementos de convico da irregularidade passvel de ACP.

    Da mesma forma, caso os Juzes e os Tribunais venham a ter conhecimento de fatos ensejadores de ACP, devem remeter as peas ao MP.

    Inqurito Civil.

    A LACP prev a figura do Inqurito Civil, de competncia instauradora do Ministrio Pblico.

    O Inqurito Civil nada mais do que um procedimento administrativo de natureza inquisitiva (sem contraditrio) e investigatrio que visa amealhar elementos de convico para a propositura de uma eventual Ao Civil Pblica.

    A ACP independe do Inqurito Civil, da mesma forma que a Ao Penal independe do Inqurito Policial.

    Se aps a investigao realizada no resultar nenhum fundamento para propositura de ACP, o Membro do Ministrio Pblica promover o arquivamento do Inqurito Civil, sempre de forma fundamentada. Este arquivamento no ser imediato, necessita de aprovao do Conselho Superior do Ministrio Pblico. Para tanto, o Membro do MP deve encaminhar os autos do Inqurito Civil em at 3 DIAS, sob pena de falta grave.

    Se o Conselho Superior do MP no homologar o arquivamento, designar outro Membro do MP para ajuizar a ACP.

    LIMINAR na ACP.

    Da mesma forma que na Ao Popular, cabvel LIMINAR na ACP, tanto na Ao Principal da ACP, quanto na Ao Cautelar. A Liminar pode ser concedida com ou sem justificao prvia (procedimento especificamente iniciado para comprovar, justificar, os argumentos concessrios da Liminar).

    A deciso que defere ou indefere a Liminar recorrvel por

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    27

    AGRAVO.

    Possvel multa aplicada ao ru pelo descumprimento da determinao na liminar ser devida desde o dia em que houver configurado o descumprimento, mas s ser cobrada aps o trnsito em julgado da deciso do autor.

    Pedido de Suspenso de Segurana.

    Outra prerrogativa conferida ao Estado o chamado Pedido de Suspenso de Segurana (PSS).

    O PSS um mecanismo para suspender liminar ou sentena nas na ACP, quando grave leso ordem, sade, segurana e economia pblicas.

    A Pessoa Jurdica de Direito Pblico interessada poder interpor o PSS nestas hipteses ao Presidente do Tribunal que competir o julgamento do Recurso, que poder suspender a Liminar.

    A deciso de suspenso da Liminar recorrvel por meio de Agravo para uma das Turmas julgadoras no prazo de 5 DIAS.

    Efeito suspensivo aos recursos.

    A Lei prev que o Juiz tem a faculdade de conferir efeito SUSPENSIVO aos recursos interpostos das decises em ACPs, desde que tenha a finalidade de evitar dano irreparvel.

    Execuo da Sentena da Ao Civil Pblica.

    Com o trnsito em julgado da Sentena na ACP, passados 60 DIAS, podero requerer a Execuo da Sentena o Ministrio Pblico e os demais legitimados.

    Ao Popular X Ao Civil Pblica.

    A AP e ACP podem ser interpostas visando tutelar o mesmo

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    28

    direito, incidindo sobre o mesmo fato. Com isso, possvel que se interpunham as duas aes ao mesmo tempo. isso o que dispe art. 1 da LACP:

    LACP

    Art. 1 Regem-se pelas disposies desta Lei, sem prejuzo da ao popular, as aes de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: (Redao dada pela Lei n 8.884, de 11.6.1994)

    Coisa Julgada na ACP.

    O art. 16 da LACP prev que a Sentena da Ao Civil Pblica faz coisa julgada nas erga omnes, mas nos limites territoriais do rgo prolator. Isto , o legislador limitou a incidncia da coisa julgada, nas demandas oriundas da LACP, competncia territorial do rgo prolator. Assim, imps-se uma limitao territorial ao alcance subjetivo da coisa julgada relativa ACP.

    De outro lado, se a Sentena for por improcedncia da Ao por insuficincia de provas, esta NO far coisa julgada, admitindo-se nova proposio da ACP, desde que com prova nova.

    H forte discusso doutrinria acerca da constitucionalidade de referido dispositivo. No entanto, deve-se responder conforme consta do dispositivo.

    LACP

    Art. 16. A sentena civil far coisa julgada erga omnes, nos limites da competncia territorial do rgo prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficincia de provas, hiptese em que qualquer legitimado poder intentar outra ao com idntico fundamento, valendo-se de nova prova. (Redao dada pela Lei n 9.494, de 10.9.1997)

    Associao litigante de m-f.

    Se a Associao ou seus Diretores proporem ACP de m-f

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    29

    (com conscincia da ausncia de fundamento), poder sofrer conjuntamente condenao solidria (os 2 juntos: Associao + Diretores que propuseram) nos honorrios advocatcios e a 10 VEZES as Custas (DCUPLO), alm de perdas e danos.

    De outro lado, se no comprovada m-f, a Associao autora no ser condenada em honorrios advocatcios, custas e despesas processuais (isto , sempre gozar de iseno de todas as custas e despesas processuais).

    Na realidade, no processo da ACP no haver adiantamento de custas, emolumentos, honorrios periciais e todas as demais despesas processuais, salvo se comprovada m-f da parte.

    LACP

    Art. 17. Em caso de litigncia de m-f, a associao autora e os diretores responsveis pela propositura da ao sero solidariamente condenados em honorrios advocatcios e ao dcuplo das custas, sem prejuzo da responsabilidade por perdas e danos. (Renumerado do Pargrafo nico com nova redao pela Lei n 8.078, de 1990)

    Art. 18. Nas aes de que trata esta lei, no haver adiantamento de custas, emolumentos, honorrios periciais e quaisquer outras despesas, nem condenao da associao autora, salvo comprovada m-f, em honorrios de advogado, custas e despesas processuais. (Redao dada pela Lei n 8.078, de 1990)

    Aplicao do CPC e do CDC.

    ACP aplicam-se as disposies do Cdigo de Processo Civil e do Cdigo de Defesa do Consumidor, no que no for contrrio LACP.

    Smulas do STF de ACP e AP.

    SMULA N 101

    O MANDADO DE SEGURANA NO SUBSTITUI A AO POPULAR.

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    30

    SMULA N 365

    PESSOA JURDICA NO TEM LEGITIMIDADE PARA PROPOR AO POPULAR.

    SMULA N 643

    O MINISTRIO PBLICO TEM LEGITIMIDADE PARA PROMOVER AO CIVIL PBLICA CUJO

    FUNDAMENTO SEJA A ILEGALIDADE DE REAJUSTE DE MENSALIDADES ESCOLARES.

    EXERCCIOS COMENTADOS

    QUESTO 269. CESPE 03/04/2011 - TJ - ES - Analista Judicirio 2 Administrativa.

    Com referncia s regras do litisconsrcio e da interveno de terceiros, julgue os itens consecutivos.

    Nos termos do Cdigo de Processo Civil, no obrigatria a denunciao da lide ao alienante pelo comprador evicto.

    COMENTRIOS:

    Dentre as peculiaridades da denunciao da lide a sua obrigatoriedade.

    Cabimento da denunciao da lide:

    1. Caso de Evico se o bem alienado vier a ser perdido por fora de uma ao judicial, o alienante deve responsabilizar-se ao ru pelo bem. Neste caso, o ru em ao que discuta a propriedade de bem (este ru chamado de evicto) deve denunciar da lide o alienante (garantidor) para que este garanta no mesmo processo o eventual direito de regresso do ru.

    CPC

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    31

    Art. 70. A denunciao da lide obrigatria:

    I - ao alienante, na ao em que terceiro reivindica a coisa, cujo domnio foi transferido parte, a fim de que esta possa exercer o direito que da evico Ihe resulta;

    RESPOSTA CERTA: E

    QUESTO 270. CESPE 03/04/2011 - TJ - ES - Analista Judicirio 2 Administrativa.

    O litisconsrcio pode ser classificado, quanto obrigatoriedade de formao, em simples ou unitrio, dependendo a formao desse ltimo de disposio de lei ou da natureza da relao jurdica discutida em juzo.

    COMENTRIOS:

    O Litisconsrcio classificado em diversas espcies, dentre as quais:

    Quanto obrigatoriedade de sua formao:

    1. FACULTATIVO a formao do litisconsrcio fica a critrio do autor, por meio de escolha de ajuizar o processo acompanhado de + 1 autor e contra + 1 ru.

    2. NECESSRIO caso de litisconsrcio com formao obrigatria para que a relao processual seja vlida e eficaz. O Litisconsrcio Necessrio determinado pela LEI ou pela natureza jurdica da relao de direito material.

    Quanto aos efeitos da sentena:

    1. SIMPLES a deciso judicial pode ter efeitos diversos entre os litigantes. Cada litigante tratado como parte autnoma e pode receber provimento judicial igual ou

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    32

    diferente.

    2. UNITRIO a deciso ser uniforme (nica) para todos os litigantes do mesmo polo (ativo ou passivo).

    CPC

    Art. 47. H litisconsrcio necessrio, quando, por disposio de lei ou pela natureza da relao jurdica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes; caso em que a eficcia da sentena depender da citao de todos os litisconsortes no processo.

    RESPOSTA CERTA: E

    QUESTO 271. CESPE 05/09/2010 - PM - DF - Oficiais Policiais Militares

    O assistente tem a funo de auxiliar a parte principal, submetendo-se, para tanto, aos mesmos nus processuais impostos ao assistido.

    COMENTRIOS:

    O Assistente NO Parte no processo! Todavia, o assistente ter poderes iguais e menores do que a parte principal. A regra que o Assistente tenha os mesmos poderes da parte, mas no poder opor-se aos atos de disposio do assistido (desistncia, reconhecimento da procedncia do pedido, transao, etc). Nestes casos, o assistente inclusive perder a qualidade de assistente, pois acaba a sua interveno.

    Contudo, apesar de estar relativamente limitado quanto aos poderes processuais, o assistente sujeitar-se aos mesmos nus processuais que o assistido. O assistente tem menos bnus e tem todo o nus das partes.

    CPC

    Art. 52. O assistente atuar como auxiliar da parte principal,

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    33

    exercer os mesmos poderes e sujeitar-se- aos mesmos nus processuais que o assistido.

    RESPOSTA CERTA: C

    QUESTO 272. CESPE 30/05/2010 - DPU - Agente Administrativo

    Se uma pessoa pretender determinada coisa sobre a qual controvertem autor e ru em um determinado processo poder, at ser proferida a sentena, ingressar com

    a) assistncia simples.

    b) oposio.

    c) nomeao autoria.

    d) denunciao lide.

    e) chamamento ao processo.

    COMENTRIOS:

    A oposio forma de interveno de terceiros na qual o opoente (autor da oposio) ingressa ao mesmo tempo contra o autor e o ru do processo originrio. O opoente postula em juzo o todo ou parte do objeto do litgio j existente, contra o autor e o ru.

    CPC

    Art. 56. Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e ru, poder, at ser proferida a sentena, oferecer oposio contra ambos.

    RESPOSTA CERTA: B

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    34

    QUESTO 273. CESPE 07/03/2010 - BRB - Advogado

    Quanto s partes e ao litisconsrcio, julgue os itens que se seguem

    Considere que Luiz, Andr e Marcos tenham se obrigado solidariamente a pagar a Felipe a importncia de R$ 2.100,00. Nessa situao, em caso de inadimplncia, Felipe deve propor a ao de cobrana contra os trs devedores, visto que h entre eles um litisconsrcio unitrio.

    COMENTRIOS:

    Se h litisconsrcio unitrio passivo, haver solidariedade passiva. Basta Felipe interpor ao contra qualquer um dos devedores (no precisa ser os trs devedores de uma nica vez).

    RESPOSTA CERTA: E

    QUESTO 274. CESPE 17/01/2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado 2009-3

    Marcelo, fiador de seu primo Andr em contrato de locao de imvel, foi citado para responder ao de cobrana de aluguis devidos ao locador e verificou que o primo no est no polo passivo da demanda. Nessa situao hipottica, para fazer que o locatrio integre a lide, Marcelo poder valer-se de

    a) chamamento ao processo.

    b) nomeao autoria.

    c) oposio.

    d) denunciao da lide.

    COMENTRIOS:

    O chamamento ao processo um instituto exclusivo do RU, que chama os co-obrigados para comporem o plo passivo da demanda. O ru traz aos autos os demais coobrigados pela dvida para obteno de

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    35

    condenao regressiva que lhe possibilite execut-los se for obrigado a pagar.

    Cabimento do chamamento ao processo:

    Fiador que chama o devedor, na ao em que aquele (fiador) for ru;

    Fiador que chama os outros fiadores, quando apenas um deles for citado como ru;

    Devedor que chama os demais devedores solidrios (dvida comum).

    RESPOSTA CERTA: A

    QUESTO 275. CESPE 19/04/2009 08:02:11 - TRT 17- Regio - Analista Judicirio - Administrativa

    Quanto interveno de terceiros, julgue os itens subsequentes.

    O alienante pode ingressar na relao processual em que terceira pessoa reivindica a coisa vendida do adquirente como opoente com a finalidade de preservar a validade da alienao e garantir sentena favorvel a este ltimo.

    COMENTRIOS:

    O alienante ingressa como denunciado na denunciao da lide e no como opoente.

    Cabimento da denunciao da lide:

    1. Caso de Evico se o bem alienado vier a ser perdido por fora de uma ao judicial, o alienante deve responsabilizar-se ao ru pelo bem. Neste caso, o ru em ao que discuta a propriedade de bem (este ru chamado de evicto) deve denunciar da lide o alienante (garantidor) para que este garanta no mesmo processo o eventual direito de regresso

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    36

    do ru.

    RESPOSTA CERTA: E

    QUESTO 276. CESPE 19/04/2009 08:02:11 - TRT 17- Regio - Analista Judicirio - Administrativa

    O inquilino pode denunciar lide o senhorio, caso uma terceira pessoa ajuze contra o primeiro ao possessria com o fim de reaver a posse do bem alugado, j que, se houver a perda da posse em razo da ao, caber ao senhorio pagar-lhe indenizao.

    COMENTRIOS:

    Entre as opes legais de cabimento da denunciao da lide, encontra-se a de perda de posse:

    1. Caso de Evico se o bem alienado vier a ser perdido por fora de uma ao judicial, o alienante deve responsabilizar-se ao ru pelo bem. Neste caso, o ru em ao que discuta a propriedade de bem (este ru chamado de evicto) deve denunciar da lide o alienante (garantidor) para que este garanta no mesmo processo o eventual direito de regresso do ru.

    2. Caso de Perda de posse o possuidor direto nos casos de usufruto, penhor ou locao pode desde j denunciar da lide o possuidor indireto (proprietrio que deve garantir a posse direta do bem). Ex: o locador deve garantir a posse direta do bem; caso o possuir direto (locatrio) venha a ser demandado judicialmente sobre a posse do bem, dever denunciar da lide para que fixe a responsabilidade regressiva sobre o locador.

    3. Caso de previso em Lei ou Contrato de Direito Regressivo se terceiro tiver obrigao legal ou contratual

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    37

    de indenizar por meio de ao regressiva, o prejuzo do perdedor da demanda, este deve ser denunciado da lide para que no mesmo processo possa garantir a indenizao parte.

    RESPOSTA CERTA: C

    QUESTO 277. CESPE 19/04/2009 08:02:11 - TRT 17- Regio - Tcnico Judicirio - Administrativa

    A respeito da disciplina do litisconsrcio, julgue o item seguinte.

    No litisconsrcio unitrio, existem atos que, praticados por apenas um dos litisconsortes, aproveitaro a todos.

    COMENTRIOS:

    O recurso interposto por um dos litisconsortes unitrios aproveita a todos, salvo se distintos ou opostos os seus interesses. Em caso de solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor aproveitar aos outros, quando as defesas opostas ao credor lhes forem comuns.

    Ademais, os atos benficos praticados por um litigante comunicam-se a todos. Os atos prejudicais NO se comunicam. Ex: desistncia, renncia, etc.

    CPC

    Art. 509. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses.

    Pargrafo nico. Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor aproveitar aos outros, quando as defesas opostas ao credor Ihes forem comuns.

    RESPOSTA CERTA: C

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    38

    QUESTO 278. CESPE 18/01/2009 08:02:11 - OAB - Exame de Ordem 2008-3

    Suponha que Antnio, empregado de Carlos, tenha cumprido ordens deste para retirar madeira na fazenda de Celso, que, diante disso, tenha proposto a ao de reparao de danos materiais contra Antnio. Nessa situao, no prazo para a defesa, lcito a Antnio

    a) requerer a denunciao da lide contra Carlos.

    b) deduzir pedido de chamamento ao processo contra Carlos.

    c) requerer a nomeao autoria contra Carlos.

    d) requerer a citao de Carlos na qualidade de litisconsorte passivo necessrio.

    COMENTRIOS:

    Cabimento da Nomeao autoria:

    1. Caso do detentor de bem mvel ou imvel (por posse ou propriedade) que no lhe pertence, que acionado judicialmente. Este mero detentor de coisa alheia deve nomear autoria o legtimo possuidor ou proprietrio.

    Ex: caseiro de Fazenda que acionado como ru em processo de demarcao de terras, dever nomear autoria o legtimo proprietrio ou possuir.

    CPC

    Art. 62. Aquele que detiver a coisa em nome alheio, sendo-lhe demandada em nome prprio, dever nomear autoria o proprietrio ou o possuidor.

    2. Caso de Ao de Indenizao contra mandatrio - se o autor dos prejuzos (que pratica atos em nome de outro) for demandado, dever nomear autoria (indicar) a pessoa a

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    39

    quem representou.

    Ex: caso o ru de um processo seja demandado a pagar indenizao pela prtica de ato ilcito; caso seu ato decorra de ordem de terceiro, o ru deve nomear este terceiro para responder ao (o mandatrio nomeia autoria do mandante).

    Neste caso, Antnio mero mandatrio de Carlos, devendo aquele nomear autoria este (corrigindo o polo passivo da demanda).

    RESPOSTA CERTA: C

    QUESTO 279. CESPE 11/01/2009 08:02:11 - OAB - SP - 137 Exame de Ordem

    Jos alienou a Antnio um veculo anteriormente adquirido de Francisco. Logo depois, Antnio foi citado em ao proposta por Petrnio, na qual este reivindicava a propriedade do veculo adquirido de Jos. Na situao hipottica apresentada, para a defesa de seus direitos, alm de contestar, Antnio poderia

    a) propor ao judicial contra Jos, pedindo que fosse declarada a nulidade da compra e venda do veculo reivindicado.

    b) propor ao judicial contra Petrnio, pedindo que fosse declarada a inexistncia da compra e venda do veculo reivindicado.

    c) denunciar a lide contra Jos.

    d) oferecer reconveno contra Francisco.

    COMENTRIOS:

    Cabimento da denunciao da lide:

    1. Caso de Evico se o bem alienado vier a ser perdido por fora de uma ao judicial, o alienante deve responsabilizar-

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    40

    se ao ru pelo bem. Neste caso, o ru em ao que discuta a propriedade de bem (este ru chamado de evicto) deve denunciar da lide o alienante (garantidor) para que este garanta no mesmo processo o eventual direito de regresso do ru.

    RESPOSTA CERTA: C

    QUESTO 280. CESPE 11/01/2009 08:02:11 - OAB - SP - 137 Exame de Ordem

    De acordo com o Cdigo de Processo Civil ( CPC ), na hiptese de afinidade de questes por um ponto de fato ou de direito, duas ou mais pessoas podem litigar em conjunto no mesmo processo, tanto no polo ativo como no passivo. Nessa situao, verifica-se o fenmeno denominado

    a) litisconsrcio necessrio.

    b) assistncia simples.

    c) litisconsrcio unitrio.

    d) litisconsrcio facultativo.

    COMENTRIOS:

    Quanto obrigatoriedade de sua formao:

    1. FACULTATIVO a formao do litisconsrcio fica a critrio do autor, por meio de escolha de ajuizar o processo acompanhado de + 1 autor e contra + 1 ru. As hipteses de litisconsrcio facultativo so previstas no art. 46 do CPC:

    a) COMUNHO de direitos ou obrigaes relativamente lide Ocorre quando h 1 nico direito com + de 1 titular ou 1 nica obrigao com + 1 devedor ou credor. Exemplo:

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    41

    credores ou devedores solidrios ou co-proprietrios na defesa de bem comum; possuidores diversos de um mesmo bem (caso de composse);

    b) COMUNHO de direitos ou de obrigaes resultantes de 1 mesmo fato ou de 1 mesmo direito o mesmo fato gera situaes jurdicas distintas. Exemplo: um acidente de trnsito ocasionado por culpa do motorista e da m conservao da rodovia gera o direito de indenizao da vtima contra o motorista e contra o Estado (2 relaes jurdicas e obrigaes distintas);

    c) CONEXO se entre 2 aes houver o mesmo pedido (objeto) ou a mesma causa de pedir, haver conexo de causas. A conexo visa evitar decises conflitantes acerca de causas similares e correlatas. Exemplo: 2 vtimas de acidente de veculos (1 motoboy e 1 motorista de carro), que demandam em conjunto contra motorista de caminho que ocasionou o incidente neste caso, cada uma das vtimas poderia demandar separadamente, mas tambm podero, facultativamente, faz-lo de forma conjunta;

    d) AFINIDADE de Questes hiptese de conexo de causas por mera afinidade, em virtude de um ponto comum de fato ou de direito. Exemplo: um conjunto de consumidores de um produto; contribuintes de um mesmo imposto ou taxa. Neste caso, as relaes jurdicas so completamente dspares, mas se aproximam por serem similares.

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    42

    RESPOSTA CERTA: D

    QUESTO 281. CESPE 23/11/2008 08:02:11 - TRT 5 Regio - Analista Judicirio - Execuo de Mandados

    Julgue os prximos itens, quanto interveno de terceiros.

    Na hiptese de o fiador ser demandado judicialmente sozinho e desejar a interveno no feito do afianado devedor, ocorrer o que se denomina de chamamento ao processo.

    COMENTRIOS:

    Cabimento do chamamento ao processo:

    Fiador que chama o devedor, na ao em que aquele (fiador) for ru;

    Fiador que chama os outros fiadores, quando apenas um deles for citado como ru;

    Devedor que chama os demais devedores solidrios (dvida comum).

    RESPOSTA CERTA: C

    QUESTO 282. CESPE 23/11/2008 08:02:11 - TRT 5 Regio - Tcnico Judicirio Administrativa.

    Acerca da jurisdio, da ao, das partes e procuradores, do litisconsrcio e da assistncia, julgue os itens seguintes.

    H litisconsrcio necessrio, segundo o CPC, quando, por disposio de lei ou pela natureza da relao jurdica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes.

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    43

    COMENTRIOS:

    O Litisconsrcio classificado em diversas espcies, dentre as quais:

    Quanto aos efeitos da sentena:

    1. SIMPLES a deciso judicial pode ter efeitos diversos entre os litigantes. Cada litigante tratado como parte autnoma e pode receber provimento judicial igual ou diferente.

    2. UNITRIO a deciso ser uniforme (nica) para todos os litigantes do mesmo polo (ativo ou passivo).

    CPC

    Art. 47. H litisconsrcio necessrio, quando, por disposio de lei ou pela natureza da relao jurdica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes; caso em que a eficcia da sentena depender da citao de todos os litisconsortes no processo.

    RESPOSTA CERTA: C

    QUESTO 283. CESPE 14/09/2008 08:02:11 - OAB - Exame de Ordem 2008-2

    Carla e Renata eram fiadoras de Andr em contrato de locao de um apartamento residencial, em carter solidrio e mediante renncia ao benefcio de ordem. Como Andr no pagou os ltimos trs meses de aluguel, o locador ajuizou ao de cobrana contra o locatrio e Carla.

    Considerando a situao hipottica apresentada, correto afirmar que Carla agir corretamente se

    a) requerer a suspenso do processo at que Andr conteste a ao, a fim de obter elementos para apresentar a sua defesa.

    b) promover o chamamento ao processo de Renata, haja vista que as duas

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    44

    so fiadoras.

    c) denunciar Renata lide, visto que ela tambm est obrigada pelo contrato.

    d) nomear Renata autoria, pois se trata de fiana dada pelas duas conjuntamente.

    COMENTRIOS:

    Cabimento do chamamento ao processo:

    Fiador que chama o devedor, na ao em que aquele (fiador) for ru;

    Fiador que chama os outros fiadores, quando apenas um deles for citado como ru;

    Devedor que chama os demais devedores solidrios (dvida comum).

    RESPOSTA CERTA: B

    QUESTO 284. FCC 27/03/2011 - TJ - PE - Juiz Substituto

    Demandado sozinho para responder pela totalidade da dvida, poder o devedor solidrio utilizar-se do instituto

    a) da denunciao da lide.

    b) da oposio.

    c) do chamamento ao processo.

    d) da assistncia litisconsorcial.

    e) da nomeao autoria.

    COMENTRIOS:

    Como j vimos, cabe chamamento ao processo nos casos de devedor que,

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    45

    demandando por dvida comum, chama os demais devedores solidrios.

    RESPOSTA CERTA: C

    QUESTO 285. FCC 27/02/2011 - TRT 24 - Analista Judicirio - Judiciria

    Na ao em que o terceiro reivindica a coisa, cujo domnio foi transferido parte, a fim de que esta possa exercer o direito que da evico lhe resulta, a interveno do alienante no processo se far por meio do instituto denominado

    a) chamamento ao processo.

    b) nomeao autoria.

    c) oposio.

    d) assistncia.

    e) denunciao da lide.

    COMENTRIOS:

    Cabimento da denunciao da lide:

    1. Caso de Evico se o bem alienado vier a ser perdido por fora de uma ao judicial, o alienante deve responsabilizar-se ao ru pelo bem. Neste caso, o ru em ao que discuta a propriedade de bem (este ru chamado de evicto) deve denunciar da lide o alienante (garantidor) para que este garanta no mesmo processo o eventual direito de regresso do ru.

    2. Caso de Perda de posse o possuidor direto nos casos de usufruto, penhor ou locao pode desde j denunciar da lide o possuidor indireto (proprietrio que deve garantir a posse direta do bem). Ex: o locador deve garantir a posse direta do bem; caso o possuir direto (locatrio) venha a ser

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    46

    demandado judicialmente sobre a posse do bem, dever denunciar da lide para que fixe a responsabilidade regressiva sobre o locador.

    3. Caso de previso em Lei ou Contrato de Direito Regressivo se terceiro tiver obrigao legal ou contratual de indenizar por meio de ao regressiva, o prejuzo do perdedor da demanda, este deve ser denunciado da lide para que no mesmo processo possa garantir a indenizao parte.

    RESPOSTA CERTA: E

    QUESTO 286. FCC 05/09/2010 - TCE - RO - Auditor Substituto de Conselheiro

    A denunciao da lide

    a) ato exclusivo do ru.

    b) pode ser realizada at o incio da audincia de instruo.

    c) cabvel ao proprietrio, quando o ru, citado em nome prprio, exerce posse direta da coisa demandada.

    d) coletiva no permitida.

    e) feita pelo ru, autoriza a emenda da petio inicial.

    COMENTRIOS:

    Item A errado. A denunciao da lide a forma de interveno de terceiro na qual o autor ou o ru da ao denunciam um terceiro/denunciado contra quem o denunciante ter direito a uma ao de regresso.

    Item B errado. Caso o denunciante seja o AUTOR da ao, deve requerer a citao do Ru e do Denunciado ao mesmo tempo. Se o denunciante for o RU da ao, este deve requerer a citao do denunciado no prazo de resposta

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    47

    (da contestao).

    No confundir com Oposio, que poder ser oferecida antes ou depois da audincia de instruo:

    a. Oposio antes da audincia a oposio correr em paralelo ao processo principal (autos apensos). Como os 2 (dois) processos sero instrudos conjuntamente, o julgamento ser conjunto (na mesma sentena), devendo o Juiz decidir, na sentena, em 1 Lugar a oposio, por ser questo prejudicial ao processo principal.

    b. Oposio depois da audincia no ser autuada em apenso ao processo principal, seguindo a oposio o procedimento ordinrio, posto que a fase probatria do processo originrio j foi iniciada (este no pode esperar por muito tempo a instruo da oposio).

    Item C correto. Conforme j amplamente citado em questes anteriores.

    Item D errado. No h restrio legal denunciao da lide coletiva.

    Item E errado. Se feita pelo AUTOR que cabe emenda inicial.

    RESPOSTA CERTA: C

    QUESTO 287. FCC 05/09/2010 - TCE - RO - Auditor Substituto de Conselheiro

    admissvel a nomeao autoria

    a) a quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e ru.

    b) do devedor, na ao em que o fiador for ru.

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    48

    c) dos outros fiadores, quando para a ao for citado apenas um deles.

    d) para corrigir a ilegitimidade passiva da causa, quando o detentor demandado como se fosse proprietrio.

    e) de todos os devedores solidrios, quando o credor exigir de um ou de alguns deles, parcial ou totalmente, a dvida comum.

    COMENTRIOS:

    A nomeao autoria uma modalidade de interveno de terceiro que corrige o equvoco na determinao do ru por parte do autor na petio inicial, sendo atribudo o ru correto (definio precisa da legitimidade passiva ad causam).

    O ru eventualmente ilegtimo tem o dever de corrigir a legitimidade passiva, por meio da indicao do ru correto (nomeao do ru verdadeiro autoria).

    O nomeado autoria vem assumir a posio que deveria ter sido sua desde o incio. Por isso, no se trata exatamente de interveno de terceiro, mas reinsero do legtimo passivamente.

    Cabimento da Nomeao autoria:

    1. Caso do detentor de bem mvel ou imvel (por posse ou propriedade) que no lhe pertence, que acionado judicialmente. Este mero detentor de coisa alheia deve nomear autoria o legtimo possuidor ou proprietrio.

    Ex: caseiro de Fazenda que acionado como ru em processo de demarcao de terras, dever nomear autoria o legtimo proprietrio ou possuir.

    CPC

    Art. 62. Aquele que detiver a coisa em nome alheio, sendo-lhe demandada em nome prprio, dever nomear autoria o proprietrio ou o possuidor.

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    49

    2. Caso de Ao de Indenizao contra mandatrio - se o autor dos prejuzos (que pratica atos em nome de outro) for demandado, dever nomear autoria (indicar) a pessoa a quem representou.

    Ex: caso o ru de um processo seja demandado a pagar indenizao pela prtica de ato ilcito; caso seu ato decorra de ordem de terceiro, o ru deve nomear este terceiro para responder ao (o mandatrio nomeia autoria do mandante).

    RESPOSTA CERTA: D

    QUESTO 288: TCE - AC - Analista de Controle Externo - Administrao Pblica [CESPE] 26/04/2009.

    A ao civil pblica no o instrumento adequado ao controle de atos lesivos ao meio ambiente.

    COMENTRIOS:

    Tanto a Ao Civil Pblica quanto a Ao Popular prestam proteo do Meio Ambiente. A CF-88 determinou que a ACP servir para proteo do Patrimnio Pblico e Social, do Meio Ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. Na realidade, a ACP serve para proteo de TODOS os direitos difusos, coletivos e individuais homogneos.

    CF-88

    Art. 129. So funes institucionais do Ministrio Pblico:

    III - promover o inqurito civil e a ao civil pblica, para a proteo do patrimnio pblico e social, do MEIO AMBIENTE e de outros interesses difusos e coletivos;

    RESPOSTA CERTA: E

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    50

    QUESTO 289: CGE-PB - Auditor de Contas Pblicas [CESPE] 09/03/2009.

    A ao civil pblica no se presta ao controle de atos lesivos ao meio ambiente.

    COMENTRIOS:

    Como j vimos, cabe sim para proteo do Meio Ambiente.

    RESPOSTA CERTA: E

    QUESTO 290: TJ-TO - Juiz Substituto [CESPE] 24/06/2009.

    O Ministrio Pblico no tem legitimidade para propor ao civil pblica para deduzir pretenso alusiva a benefcio fiscal concedido por meio de portaria com violao lei de regncia.

    COMENTRIOS:

    A Lei n 7.347/85 tratou de EXCLUIR do cabimento de ACP s pretenses jurdicas que envolvam:

    1. TRIBUTOS

    2. Contribuies Previdencirias

    3. FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Servio

    4. Outros Fundos Constitucionais com beneficirios determinados

    Assim, incabvel ACP movida pelo MP versando sobre benefcio fiscal (questo tributria).

    LACP

    Art. 1

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUO DE MANDADOS

    AULA 10 PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

    51

    Pargrafo nico. No ser cabvel ao civil pblica para veicular pretenses que envolvam tributos, contribuies previdencirias, o Fundo de Garantia do Tempo de Servio - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficirios podem ser individualmente determinados. (Includo pela Medida provisria n 2.180-35, de 2001)

    RESPOSTA CERTA: C

    QUESTO 291: Banco Central Analista [CESPE] 01/01/1999.

    O ajuizamento de ao civil publica pelo Ministrio Publico Federal pressupe, necessariamente, a instaurao e a concluso do respectivo inqurito civil.

    COMENTRIOS:

    A ACP independe do Inqurito Civil, da mesma forma que a Ao Penal independe do Inqurito Policial.

    O Inqurito Civil um procedimento investigativo tendente a buscar elementos para eventual instaurao de uma ACP. No entanto, se j estiverem formados todos os elementos necessrios convico, ser desnecessria a instaurao de Inqurito.

    RESPOSTA CERTA: E

    QUESTO 292: STM - Analista Judicirio Administrao [CESPE] 30/01/2011.

    Os pr-requisitos para a ao civil pblica incluem a ocorrncia ou a ameaa de dano ao patrimnio pblico.

    COMENTRIOS:

  • TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO REA