direito processual civil aula 3

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL Professor Fabiano Manquevich de Lima [email protected] http://www.professorfabianolima.blogspot.com.br/ 1

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Professor Fabiano Manquevich de Lima

[email protected]

http://www.professorfabianolima.blogspot.com.br/

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INTERVENÇÃO DE TERCEIROS

Terceiro é aquele que pode sofrer as consequências jurídicas da decisão judicial. Características:

1. Tem uma ligação própria (interesse), direto ou indireto com a relação material discutida em juízo;

2. É um estranho que passa a ser parte (exceto assistência).

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RESTRIÇÕES

Alguns ritos não aceitam intervenção de terceiros:

1. Juizados Especiais Cíveis - art. 10º - exclui;2. Procedimento Sumário - limita somente as

hipóteses de assistência; e em contrato de seguro (denunciação da lide ou chamamento ao processo);

3. Lei 9.869-99 - ADI e ADECON veda modalidades de intervenção;

4. MS - É pacífico no STF a não admissão de intervenção.

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ASSISTÊNCIA

É quando um terceiro (assistente) ingressa no processo em curso para auxiliar uma das partes, com o objetivo de evitar (minorar) as consequências da decisão judicial. O interesse deve ser jurídico, não podendo ser meramente econômico ou afetivo.

Art. 50, §1º do CPC

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ESPÉCIES DE ASSISTÊNCIA Simples - o terceiro tem uma relação jurídica com uma das

partes, mas que é distinta da discutida judicialmente, podendo sofrer por reflexo os efeitos da sentença. Ex. o sublocatário que ingressa no processo para auxiliar o locador na ação de despejo proposto pelo proprietário do imóvel. Obs: não pode opor-se à desistência da ação, ao reconhecimento jurídico do pedido e à eventual transação.

Litisconsorcial - Existe uma relação jurídica entre o assistente e o adversário assistido. Poderia desde o começo ser parte, mas não o fez. Agora pode ingressar. Ex. Condômino litigando para defender coisa comum.

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 PROCEDIMENTO

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OPOSIÇÃO

É uma ação prejudicial proposta por um terceiro que se julga titular de bem ou de direito que está em disputa. Art. 56 e segs. Dois tipos:

I. Autônoma - quando oferecida depois de iniciada a audiência de instrução e julgamento - o juiz deve decidir antes a oposição;

II. Interventiva - art. . 59 - antes da audiência de instrução, o juiz deve decidir oposição e ação simultaneamente.

Obs: 1. Pode ingressar até a prolação da sentença;

2. O objetivo é que o bem jurídico seja declarado do opoente (terceiro interessado)

3. Não comporta a ampliação da causa de pedir e do pedido

Ex. Financeira como opoente em face de dois possuidores na ALG.

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OPOSIÇÃO

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NOMEAÇÃO À AUTORIA

Art. 62 e sgs. e art. 1.198, caputÉ um acertamento do pólo passivo da demandaExemplo é o fâmulo da posse ou o caseiro que é

colocado na ação possessória como réu, sendo que o verdadeiro proprietário é o acertado réu.

O réu é obrigado a nomear à autoria (reutoria), pois caso não o faça (ou indique a pessoa errada), arcará com perdas e danos.

Outra situação é o preposto demandado em ação de indenização por danos à coisa; é o exemplo de que praticou o ato por ordem ou em cumprimento de instruções de terceiro e, assim, deverá indicar o réu.

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NOMEAÇÃO A AUTORIA - CONTINUAÇÃO Deverá o réu requerer a nomeação à autoria no prazo

para resposta: Deferido, o juiz suspende o processo e manda ouvir o

autor em 5 dias; Indeferido, por entender não presentes pressupostos

dos arts. 62 e 63, deve conceder novo prazo para contestar (STJ - PACÍFICO).

O autor pode:1. Aceitar expressamente a nomeação, devendo

promover-lhe a citação;2. Permanecer silente, que presume aceitar (em 5 dias

nada requer);3. Recusar a nomeação, prosseguindo com o réu original,

e o retorno integral do prazo para a resposta

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PROCEDIMENTO

Extromissão de parte.

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DENUNCIAÇÃO DA LIDETrês características:1. Pode ser provocada tanto pelo autor como pelo réu;2. Tem natureza jurídica de ação, embora não

implique a formação de processo autônomo;3. Todas as hipóteses de denunciação são associadas

ao direito de regresso, permitindo economia processual.

TERCEIRO(AUTOR)---->JUIZ---->RÉU (Adquirente/denunciante)

verdadeiro titular Alienante (denunciado)

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DENUNCIAÇÃO À LIDE - ART. 70 E SEGUINTES

ESCLARECIMENTO INICIAL:

Autor ----------- Juiz ----------- Réu (denunciante)--> denunciação à

lide

Terceiro venha integrar a lide , pois se o réu for condenado dará origem a uma nova demanda de regresso (há prejudicialidade entre a demanda originária e a denunciação), dentro do mesmo processo

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DENUNCIAÇÃO DA LIDE – TRÊS HIPÓTESES: TRÊS HIPÓTESES: I - ao alienante, na ação em que terceiro reivindica a

coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a fim de que esta possa exercer o direito que da evicção Ihe resulta;

Evicção - art. 447 CC e sgs (456).

Exemplo de evicção em denunciação à lide."A" aliena uma casa a "B""C" legítimo proprietário demanda contra "B""B" denuncia à lide "A"

C ------- JUIZ ----- B---->Denuncia a A

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DENUNCIAÇÃO DA LIDE - CONTINUAÇÃO

II - ao proprietário ou ao possuidor indireto quando, por força de obrigação ou direito, em casos como o do usufrutuário, do credor pignoratício, do locatário, o réu, citado em nome próprio, exerça a posse direta da coisa demandada;

Exemplo:A ---- JUIZ ---- B (locatário) possuidor direto

---> denuncia à lide C (proprietário) possuidor indireto

III - àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda.

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PROCEDIMENTO

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OBSERVAÇÕES:

Obs: o juiz pode indeferir de plano, e nesse caso o denunciante pode interpor o recurso de agravo .

Citação do denunciado - 10 dias mesma comarca, 30 dias em outra.

As demandas serão julgadas na mesma sentença, primeiro a principal, e em capítulo seguinte a denunciação atendendo o direito do evicto ou perdas e danos.

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DENUNCIAÇÃO PER SALTUM

Ou denunciação sucessiva - art. 456 CC e 70 do CPC

En. 29 Jornada de Direito Civil do STJ: – Art. 456: A interpretação do art. 456 do novo

Código Civil permite ao evicto a denunciação direta de qualquer dos responsáveis pelo vício.

A ----VENDE ----B ---- VENDE ---- C

D --- JUIZ ---- C DENUNCIA a B, que por sua vez DENUNCIA a A.

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CHAMAMENTO AO PROCESSO

É uma forma de facilitar a cobrança de dívida com devedores solidários, fiador e devedor ou fiadores.

Com o chamamento ocorre ampliação subjetiva passiva (solidariedade).

É feito pelo exclusivamente pelo réu, no prazo da sua resposta - artigos 77 a 80.

Observação:1. somente é cabível no processo de conhecimento;2. cria um litisconsórcio passivo facultativo;3. tem natureza jurídica de ação condenatória3. três hipóteses:

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CHAMAMENTO AO PROCESSO

I - DO DEVEDOR, NA AÇÃO EM QUE O FIADOR FOR RÉU;

É o caso do benefício de ordem(827CC), solicitando que sejam executados primeiro os bens do devedor principal e subsidiariamente os seus.

II - DOS OUTROS FIADORES, QUANDO CIATADO APENAS UM DELES; pode chamar outros fiadores ou o devedor principal.

III - DE TODOS OS DEVEDORES SOLIDÁRIOS QUANDO O CREDOR EXIGIR DE UM OU MAIS DELES, PARCIAL OU TOTALMENTE , A DÍVIDA COMUM. É o caso do art. 275 CC, em que se pode exigir a dívida integralmente de um devedor, mas este pode chamar os demais.

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PROCEDIMENTO

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CONCLUSÃO FINAL

FI CHADE NOMERE DE

"Ficha de nome rede"