aula 5 - teoria das relações humanas

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1 Prof. Leonardo Rocha

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Aula 5 da disicplina de TGA. Conteúdo: Teoria das Relações Humanas. Turma de primeiro período de Administração da Unibrasil.

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Page 1: Aula 5  - Teoria das Relações Humanas

11Prof. Leonardo Rocha

Page 2: Aula 5  - Teoria das Relações Humanas

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Abordagem Humanística ocorre com o aparecimento da

Teoria das Relações Humanas, nos EUA, a partir da

década de 1930.

Surgiu graças ao desenvolvimento das ciências sociais, notadamente

da Psicologia e, em particular, a Psicologia do Trabalho, que por sua

vez, desenvolveu-se em duas etapas:

1. A análise do trabalho ;

2. A adaptação do trabalhador ao trabalho e vice versa.

Page 3: Aula 5  - Teoria das Relações Humanas

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Page 4: Aula 5  - Teoria das Relações Humanas

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ELTON GEORGE MAYO1. O trabalho é uma atividade tipicamente

grupal.

2. O operário não reage como indivíduo isolado, mas como membro de um grupo social.

3. A tarefa básica da Administração é formar uma elite capaz de compreender e de comunicar ...

4. O ser humano é motivado pela necessidade de “estar junto”, de “ser reconhecido”, de receber adequada comunicação.

5. A civilização industrializada traz como consequência a desintegração dos grupos primários da sociedade ...

Page 5: Aula 5  - Teoria das Relações Humanas

A TRH mostra o esmagamento do homem pelo impetuoso desenvolvimento da civilização industrializada.

A civilização baseada na industrialização e na tecnologia trouxe sérios problemas humanos, sociais e políticos, e Elton Mayo dedicou três livros a esses problemas.

A cooperação humana não é o resultado das determinações legais ou da lógica organizacional.

Page 6: Aula 5  - Teoria das Relações Humanas

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EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE

Page 7: Aula 5  - Teoria das Relações Humanas

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“ Tinha por objetivo inicial estudar a fadiga, os acidentes, a rotação do pessoal (turnover) e o efeito das condições físicas de trabalho sobre a produtividade dos empregados.

Na primeira fase se pretendia confirmar a influência da iluminação sobre o desempenho dos operários. Os observadores não encontraram correlação direta entre as variáveis, não havendo comprovação do objetivo inicial, e sim a preponderância do fator psicológico ao fisiológico.

Na segunda fase ocorreu o desenvolvimento dos seguintes campos: social, gerado pelo trabalho em equipe; e de liderança, gerado pelos objetivos comuns. As condições da sala experimental permitia que se trabalhasse com liberdade e menor ansiedade: supervisão branda (sem temor ao supervisor, desempenhando um papel mais para orientador), ambiente amistoso e sem pressões, proporcionando um desenvolvimento social e a integração do grupo entre si.

Seguiu-se a terceira fase, na qual foi verificada, por meio do Programa de Entrevistas que compreendia entrevistas com os empregados para conhecer suas opiniões e sentimentos, onde foi constatado a existência de uma organização informal de operários, em que existia lealdade e liderança de certos funcionários em relação ao grupo. A punição não era formalizada, mas aplicada pelo grupo ao membro.

Por fim, veio à quarta fase, tendo como foco de observação a igualdade de sentimentos entre os membros do grupo e a relação de organização formal e informal, que tinha por finalidade a proteção contra o que o grupo considerava ameaças da Administração”

Page 8: Aula 5  - Teoria das Relações Humanas

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CONCLUSÕES DA EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE

• O nível de produção é resultante da integração social normas sociais e expectativas grupais

• O comportamento do individuo se apóia totalmente no grupo comportamento social dos empregados.

• O comportamento dos trabalhadores está condicionado a normas sociais recompensas e sanções sociais.

• As pessoas participam de grupos e mantêm uma constante interação social relações humanas.

• Os grupos definem suas regras d comportamentos, valores sociais e crençasGrupos Informais.

• A especialização não é a maneira mais eficiente de divisão de trabalhoimportância do conteúdo do cargo.

• O elementos emocionais não planejados e irracionais do comportamento ênfase nos aspectos emocionais.

Page 9: Aula 5  - Teoria das Relações Humanas

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ORGANIZAÇÕES INFORMAIS

“O agregado de contatos e interações pessoais e o

agrupamento de pessoas associadas, que pode ser

estabelecido entre duas ou mais pessoas. Pode se dar de

forma hostil ou amigável, acidental ou incidental”

1. Existência inerente à qualquer estrutura

2. A necessidade de pertencer a um grupo

3. Propósito comum

Page 10: Aula 5  - Teoria das Relações Humanas

As Funções Básicas da Organização

Produzir bens e serviços

Dar satisfação a seus funcionários e clientes

Page 11: Aula 5  - Teoria das Relações Humanas

A Civilização Industrializada e o HomemA Civilização Industrializada e o Homem

Preocupações

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“A Teoria das Relações Humanas preocupou-se intensamente com o esmagamento do homem pelo impetuoso desenvolvimento da civilização industrializada.

Mayo salienta que, enquanto a eficiência material aumentou poderosamente nos últimos duzentos anos, a capacidade humana para o trabalho colectivo não manteve o mesmo ritmo de desenvolvimento.

O que deve haver é uma nova concepção das relações humanas no trabalho.

Como resultado da Experiência de Hawthorne, verificou-se que a colaboração na sociedade industrializada não pode ser entregue ao acaso, enquanto se cuida apenas dos aspectos materiais e tecnológicos do progresso humano.

“Os métodos de trabalho tendem todos para a eficiência, nenhum para a cooperação…surge o conflito social nessa sociedade industrial: a incompatibilidade entre os objectivos organizacionais da empresa e os objectivos pessoais dos empregados…As relações humanas e cooperação constituem a chave para evitar o conflito social.”

"O conflito é uma chaga social, a cooperação é o bem-estar social.“

Page 12: Aula 5  - Teoria das Relações Humanas

O homem SocialO homem Socialnova concepção sobre a natureza do homem:

O homem é motivado, não por estímulos económicos ou salariais (homo economicus), mas por recompensas sociais, simbólicas e não materiais.

Page 13: Aula 5  - Teoria das Relações Humanas

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O Homem Social

Page 14: Aula 5  - Teoria das Relações Humanas

1. MOTIVAÇÃO

2. ORGANIZAÇÃO INFORMAL

3. DINÂMICA DE GRUPO

4. COMUNICAÇÃO

5. LIDERANÇA

TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANASTEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS

Page 15: Aula 5  - Teoria das Relações Humanas

Motivação no comportamento humanoTeoria de Campo de Lewin

o comportamento humano é derivado da totalidade de factos coexistentes esses factos coexistentes têm um carácter de um campo dinâmico, no qual cada parte do campo depende de uma inter-relação com as demais partes

C = f (P,M)C = f (P,M)comportamento (C) é função (f) ou resultado da interacção entre a pessoa (P) e o meio ambiente (M) que a rodeia.

MOTIVAÇÃO são forças conscientes ou inconscientes que levam

um indivíduo a um determinado comportamento. No caso da motivação, é o comportamento que é causado por necessidades dentro do individuo e que é dirigido aos

objetivos que podem satisfazer essas necessidades.

Page 16: Aula 5  - Teoria das Relações Humanas

As necessidades humanas básicasAs necessidades humanas básicasAo longo da vida o homem evolui por 3 níveis ou estágios do motivação:

Necessidades fisiológicas Necessidades vitais ou vegetativas relacionadas com a sobrevivência do individuo, inatas e instintivas, comuns aos animais. Exigem satisfação periódica e cíclica.

Necessidades psicológicas Exclusivas do homem, aprendidas e adquiridas no decorrer da vida. São raramente satisfeitas na sua plenitude e com o passar do tempo vão desenvolvendo-se e sofisticando-se (segurança intima, autoconfiança, afeição).

Necessidades de auto realizaçãoSão produto da educação e da cultura. São a síntese de todas as outras necessidades, é o impulso de cada um realizar o seu próprio potencial, continuo auto-desenvolvimento no sentido mais elevado.

Page 17: Aula 5  - Teoria das Relações Humanas

Ciclo motivacional

frustraçãofrustração

Desorganização do comportamento,Agressividade,Reações emocionais,Alienação,Apatia.

BARREIRA

Page 18: Aula 5  - Teoria das Relações Humanas

Moral e suas atitudes Moral e suas atitudesFanatismo

Euforia

Atitudes positivas

Satisfação

Optimismo

cooperação

Coesão

Aceitação dos objectivos

Boa vontade

Identificação

Atitudes negativas

Insatisfação

Pessimismo

Oposição negação

Rejeição dos objectivos

Má vontade resistência

Dispersão

Agressão

Moral elevado

Moral baixo

O moral é uma consequência do grau de

Satisfação das necessidades individuais.

É um conceito abstrato, porém perceptível.

Uma atitude mental provocada pela satisfação ou não das necessidades dos indivíduos.

Page 19: Aula 5  - Teoria das Relações Humanas

Após o domínio da Teoria das Relações humanas por cerca de mais de uma década, ao final dos anos 50, entrou em declínio, passando a ser intensamente criticada, a tal ponto que suas concepções passaram a ser profundamente revistas e alteradas. Citamos a seguir as principais críticas à teoria:

• Oposição cerrada à Teoria Clássica

• Inadequada visualização dos problemas das relações industriais

• Concepção ingénua e romântica do operário

• Limitação do campo experimental

• Parcialidade das conclusões

• Ênfase nos grupos informais

• Enfoque manipulativo das relações humanas

CRÍTICAS À TRH

Page 20: Aula 5  - Teoria das Relações Humanas

Outras críticasOutras críticas

Enfatizou os aspectos informais da organização passando os aspectos formais para um nível bastante inferior.

Enfatizou os aspectos informais da organização passando os aspectos formais para um nível bastante inferior.

Investigou a indústria

com a exclusão quase completa do

seu background social.

Investigou a indústria

com a exclusão quase completa do

seu background social.

Ambiente de pesquisa: fábrica (administração

Cientifica), ficando de parte os ambientes

como os bancos, hospitais, universidades…

Ambiente de pesquisa: fábrica (administração

Cientifica), ficando de parte os ambientes

como os bancos, hospitais, universidades…

Manipulação

Apresenta uma tendência de

favorecer a Gestão em detrimento dos

trabalhadores

Manipulação

Apresenta uma tendência de

favorecer a Gestão em detrimento dos

trabalhadores

Ignora a teoria e exalta o empirismo,

a observação e a descoberta de

dados.

Ignora a teoria e exalta o empirismo,

a observação e a descoberta de

dados.

Empirismo radical

Restringe-se á área operacional, deixando de lado as outras áreas da empresa.

Restringe-se á área operacional, deixando de lado as outras áreas da empresa.