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    CURSO REGULAR DE DIREITO TRIBUTRIO P/ A RECEITA FEDERAL TEORIA COMPLETA E QUESTES COMENTADAS TURMA 5

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    Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br

    PROFESSOR EDVALDO NILOCURSO REGULAR DE DIREITO TRIBUTRIO PARA A RECEITA

    FEDERAL 5 TURMA TEORIA COMPLETA E QUESTESCOMENTADAS

    Ol, prezado (a) amigo (a) concursando (a)!

    Bem-vindo (a) aula demonstrativa do nosso Curso Regularde Direito Tributrio 5 TURMA para o prximo concurso deAuditor Fiscal da Receita Federal do Brasil.

    Meu nome EDVALDO NILO.

    Sou Procurador do Distrito Federal, professor de Direito

    Tributrio e Financeiro, tendo sido aprovado em diversos concursos eselees pblicas, a saber: Procurador do Distrito Federal (ESAF),Procurador do Municpio de Recife (FCC), Ministrio Pblico de Contasdo Mato Grosso (FMP/RS), Procurador do Municpio de Belo Horizonte(FUNDEP/UFMG), Tcnico de Nvel Superior do Ministrio da Sade(CESPE/UNB); Tcnico de Nvel Superior do Ministrio dasComunicaes (CESPE/UNB); Tcnico de Nvel Superior do Ministriodo Turismo (ESAF); Professor Substituto de tica Geral e Profissionalda Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA);Professor de Direito Tributrio do Centro Universitrio da Bahia

    (CUB/FIB), Mestrado Acadmico em Direito Constitucional doInstituto Brasiliense de Direito Pblico (IDP) e Doutorado em Direitoda Universidade de Braslia (UNB).

    Possuo trs ps-graduaes e um curso de extenso na reado Direito: Especializao em Direito Tributrio pelo InstitutoBrasileiro de Estudos Tributrios (IBET); Especializao em DireitoTributrio pela Universidade Federal da Bahia (UFBA); Especializaoem Planejamento Tributrio pela Faculdade de Tecnologia Empresarial(FTE); Curso de Extenso Universitria em Prtica Processual

    Tributria pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributrio (IBPT).

    Atualmente estou concluindo o Mestrado em DireitoConstitucional pelo Instituto Brasiliense de Direito Pblico (IDP) e, noano de 2004, fui pesquisador da rea de Direito Constitucional daFundao de Amparo Pesquisa do Estado da Bahia.

    Tambm j consegui vencer trs prmios jurdicos, quaissejam:Prmio Luiz Tarqunio da Fundao Orlando Gomes no ano de2002; Prmio Ministro Carlos Coqueijo Costa da AMATRA (Associao

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    de Magistrados Trabalhistas), EMATRA (Escola de MagistradosTrabalhistas) e ABAT (Associao Bahiana dos AdvogadosTrabalhistas) no ano de 2003 e Prmio Lus Eduardo Magalhes daAssemblia Legislativa do Estado da Bahia no ano de 2004.

    Por sua vez, no que diz respeito apresentao do nossocurso, vamos trabalhar com base no programa completo das matriasDireito Tributrio do ltimo concurso para Auditor Fiscal da ReceitaFederal do Brasil.

    Logo, o curso ter a seguinte metodologia:

    Contedo ampliado, revisto e atualizadssimo, conforme ajurisprudncia do Supremo Tribunal Federal (STF), do Superior

    Tribunal de Justia (STJ) e dos Tribunais Regionais Federais(TRFs);

    Questes objetivas e discursivas mais recentescontextualizadas com a teoria completa;

    Milhares de questes comentadas, sobretudo da ESAF; Sntese fundamental no final de cada aula; Frum de dvidas at um ms (30 dias) aps o trmino daltima aula; Lista com os exerccios comentados na respectiva aula; Aulas atualizadas at a data do envio da respectiva aula.

    Assim sendo, o curso ter dez aulas e ser iniciado com aAula 1 no dia 03 de fevereiro de 2012 e a Aula 10 ser postada nodia 08 de junho.

    Logo, o nosso curso ocorrer quinzenalmente e as aulas serorealizadas s sextas.

    A seguir, a sequncia e os tpicos que sero estudados:

    Aula 0 Imunidade Tributria. Competncia Tributria.

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    Aula 1 Limitaes Constitucionais do Poder de Tributar.Princpios Constitucionais Tributrios. Conceito e Classificao dosTributos -(03/02).

    Aula 2 Tributos de Competncia da Unio. Imposto sobre aImportao. Imposto sobre a Exportao. Imposto sobre aPropriedade Territorial Rural. Imposto sobre a Renda e Proventos deQualquer Natureza. Imposto sobre Produtos Industrializados. Impostosobre Operaes Financeiras. Imposto sobre Grandes Fortunas -(17/02).

    Aula 3 Tributos de Competncia dos Estados (ICMS, ITCMD eIPVA) e dos Municpios (ISS, IPTU e ITBI) -(02/03).

    Aula 4 Simples. Legislao Tributria. Constituio Emendas Constituio. Leis Complementares. Leis Ordinrias. Leis Delegadas.Medidas Provisrias. Tratados Internacionais. Decretos. Resolues.Decretos Legislativos Convnios. Normas Complementares -(16/03).

    Aula 5 Vigncia da Legislao Tributria. Aplicao daLegislao Tributria. Interpretao e Integrao da LegislaoTributria. Obrigao Tributria Principal e Acessria. Fato Gerador daObrigao Tributria - (30/03).

    Aula 6 Sujeio Ativa e Passiva. Solidariedade. CapacidadeTributria. Domiclio Tributrio. Responsabilidade Tributria. Conceito.Responsabilidade dos Sucessores. Responsabilidade de Terceiros.Responsabilidade por Infraes - (13/04).

    Aula 7 Crdito Tributrio. Conceito. Constituio do CrditoTributrio. Lanamento. Modalidades de Lanamento. Hipteses dealterao do lanamento - (27/04).

    Aula 8 Suspenso da Exigibilidade do Crdito Tributrio.Modalidades. Extino do Crdito Tributrio. Modalidades - (11/05).

    Aula 9 Pagamento Indevido. Excluso do Crdito Tributrio.Modalidades. Garantias e Privilgios do Crdito Tributrio - (25/05).

    Aula 10 Administrao Tributria. Fiscalizao. Dvida Ativa.Certides Negativas - (08/06).

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    Pois bem. Sem sombra de dvidas, este ser um cursocompleto, em razo da disponibilidade de tempo para dedicao asaulas e, tambm, principalmente, da bagagem acumulada nestes trsanos e meio de intensas aulas nesta consagrada escola de ensino

    online.Por sua vez, destacamos que indispensvel o

    comprometimento e a dedicao constante s aulas, eis que amatria ser tratada de forma completa e sem esquivas.

    Ento, vamos juntos iniciar esta jornada rumo aprovao.

    Boa sorte, bons estudos e que Deus abenoe a todos.

    A seguir, uma pequena demonstrao do nosso curso.

    AULA DEMONSTRATIVA IMUNIDADE TRIBUTRIA ECOMPETNCIA TRIBUTRIA

    O nosso sumrio de hoje o seguinte:

    1. Introduo.2. Conceito de imunidade tributria:2.1 Distines entre imunidade, iseno, incidncia, no-

    incidncia e alquota zero;2.2 Classificaes fundamentais;2.3 Imunidades genricas e fundamento constitucional:2.3.1 Imunidade recproca;2.3.2 Imunidade dos templos de qualquer culto;2.3.3 Imunidade dos partidos polticos, entidades sindicaisdos trabalhadores, instituies de educao e de assistnciasocial;2.3.4 Imunidade dos livros, jornais, peridicos e o papeldestinado a sua impresso;

    2.3.5 Imunidades tpicas ou especficas.3. Questes comentadas da ESAF sobre imunidade.4. Competncia tributria4.1 Conceito;4.2 Competncia legislativa e classificao;4.3 Classificao da competncia tributria;4.4 Caractersticas4.4.1 Assertivas elementares sobre competncia,fiscalizao, arrecadao e capacidade tributria ativa

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    5. Separao horizontal e vertical do poder tributrio nosistema tributrio federado6. Bitributao x bis in idem7. Iniciativa dos projetos de lei de direito tributrio

    8. Snteses fundamentais da aula.9. Lista com exerccios comentados em sala de aula;10. Gabarito puro.

    Ento, vamos l.

    1. INTRODUO

    A CF/88 possui um captulo denominado de Sistema TributrioNacional (art. 145 a 162) que estabelece uma seo especfica sob o

    titulo Limitaes ao Poder de Tributar (arts. 150 a 152).

    Dentro da seo Limitaes ao Poder de Tributar oulimitaes constitucionais ao poder de tributar, como prefere adoutrina predominante, encontramos as chamadas imunidadestributrias como balizas importantes e tambm diversos princpiosconstitucionais tributrios.

    2. CONCEITO DE IMUNIDADE TRIBUTRIA

    A imunidade tributria uma hiptese constitucional deintributabilidade ou de no-incidncia constitucionalmente qualificada.

    Nesse rumo, destaca-se o aspecto formal e material daimunidade tributria.

    A respeito do aspecto formal, entende-se que a imunidade aimpossibilidade jurdica da tributao, em razo da ausncia decompetncia tributria dos entes federativos. Sob o aspectomaterial ou substancial, compreende-se que a imunidade o

    direito pblico subjetivo de no ser tributado, segundo o especificadoexpressamente ou implicitamente nas normas constitucionais.

    Destacamos que a imunidade tributria no exclui a atribuio,por lei, s entidades nele referidas, da condio de responsveispelos tributos que lhes caiba reter na fonte, e no as dispensa daprtica de atos, previstos em lei, assecuratrios do cumprimento deobrigaes tributrias por terceiros, de acordo com o 1, do art. 9,do CTN, que ainda tem validade jurdica.

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    Isto , a imunidade tributria no dispensa a pessoa alcanadapor ela de ser responsvel tributrio (arts. 128 a 138 do CTN), bemcomo do cumprimento das obrigaes tributrias acessrias.

    Importante: Imunidade. (...) Inaplicabilidade s hipteses deresponsabilidade ou substituio tributria. (...) Recursoextraordinrio interposto de acrdo que considerou vlida aresponsabilizao tributria do Servio Social da Indstria (SESI) pelorecolhimento de ICMS devido em operao de circulao demercadoria, sob o regime de diferimento. A responsabilidade ou asubstituio tributria no alteram as premissas centrais datributao, cuja regra-matriz continua a incidir sobre aoperao realizada pelo contribuinte. Portanto, a imunidadetributria no afeta, to-somente por si, a relao deresponsabilidade tributria ou de substituio e no exonera oresponsvel tributrio ou o substituto. (RE 202.987, DJEde 25-9-09)

    2.1 DISTINES ENTRE IMUNIDADE, ISENO, INCIDNCIA,NO-INCIDNCIA E ALQUOTA ZERO

    Consideramos relevantes as distines entre imunidade,iseno, incidncia, no-incidncia e alquota zero

    A imunidade uma delimitao negativa de competncia

    tributria, ou seja, no h competncia tributria. Como acompetncia tributria a aptido para determinado ente criar otributo, a imunidade traduz um elemento de incompetncia tributria,sendo considerada uma zona na qual no poder haver tributao econsequentemente incidncia tributria.

    A imunidade tem sede na CF/88, materializando uma dispensaconstitucional de pagamento de tributo. Sendo assim, h dispositivosconstitucionais que transmitem o teor de falsas isenes,representando ntidas imunidades, existindo equvoco por parte do

    legislador constitucional. Por exemplo, o art. 195, 7, da CF/88, quedispe: So isentas de contribuies para a seguridade social sentidades beneficentes de assistncia social que atendam sexigncias estabelecidas em lei. Esta uma imunidade subjetiva,segundo entendimento do STF.

    A iseno a dispensa legal de pagamento de um tributodevido, isto , a autoridade no pode cobrar o tributo, eis que,mesmo acontecendo incidncia tributria (ocorre o fato gerador),est impedido de realizar o lanamento tributrio.

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    Portanto, a iseno est dentro do campo da incidncia edecorre do exerccio da competncia tributria, sendo veiculada emnorma infraconstitucional e acontece o fato gerador (obrigaotributria), porm no h constituio do crdito tributrio.

    A incidncia a situao ocorrida no mundo dos fatos que prevista como hiptese de incidncia do tributo. o momento daconcretizao do fato gerador tributrio, com o nascimento daobrigao tributria.

    A no-incidncia o acontecimento no mundo dos fatos queno corresponde descrio legal tributria. Assim, na no-incidnciafaltam elementos para enquadrar determinado fato na hiptese deincidncia (fato gerador in abstrato), ou seja, a no previso do

    fato na hiptese de incidncia. Com efeito, no h obrigaotributria e, por conseguinte, no h crdito tributrio.

    Decerto, a no-incidncia pode decorrer da falta decompetncia ou do no exerccio da competncia em toda a suaamplitude (caracterstica da facultatividade do exerccio dacompetncia tributria).

    A alquota zero, da mesma forma que a iseno, encontra-seno campo da incidncia tributria. Por conseguinte, h obrigao

    tributria, mas o valor do tributo inexistente (aspecto quantitativo),por simples razo matemtica. Isto , a multiplicao da base declculo por zero igual a zero (BC x AL = 0). Ento, o valor dotributo a ser pago nulo.

    Imunidade Iseno No-incidncia

    Alquotazero

    Quanto leicriadora

    Constituio Em regra,lei

    ordinria.

    Falta depreviso.

    Em regra,lei

    ordinria.

    Quanto aoexerccio dacompetnciatributria.

    No h. Existe. No h. Existe.

    Quanto obrigaotributria

    No h. Existe. No h. Existe.

    Quanto aocrdito

    tributrio

    No h. No h. No h. Em regra,no h,salvo

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    dispositivode lei emcontrrio.

    Importante: Conforme disposto no inciso II do 3 do art.153 daCF, observa-se o princpio da no cumulatividade compensando-se oque for devido em cada operao com o montante cobrado nasanteriores, ante o que no se pode cogitar de direito a crdito quandoo insumo entra na indstria considerada a alquota zero. (RE353.657,DJEde 7-3-2008; RE 488.357-ED, DJEde 11-9-2009; RE370.682, DJ de 19-12-2007); Com o advento do art. 11 da Lei9.779/99 que o regime jurdico do IPI se completou, apenas a partirdo incio de sua vigncia se tendo o direito ao crdito tributriodecorrente da aquisio de insumos ou matrias-primas tributadas e

    utilizadas na industrializao de produtos isentos ou submetidos alquota zero (RE 475.551, DJEde 13-11-2009; RE 460.785, DJEde11-9-2009). Vamos trabalhar este tema no captulo sobre IPI.

    2.2 CLASSIFICAES

    As imunidades tributrias podem ser classificadas nas seguintescategorias: (i) subjetivas ou pessoais, objetivas ou reais e mistas(subjetiva e objetiva); (ii) ontolgicas e polticas; (iii) gerais ougenricas e tpicas ou especiais; (iv) condicionadas ou

    incondicionadas; (v) explcitas ou implcitas; (vi) excludentes eincisivas.

    Subjetivas, objetivas e mistas: considera-se a forma depreviso da norma imunizante. A imunidade subjetiva oupessoal aquela que leva em considerao o sujeito, isto , concedida pela norma constitucional em razo da qualidade dapessoa. Por exemplo, a imunidade das entidades sindicais dostrabalhadores (art. 150, VI, c). A imunidade objetiva ou real concedida em virtude da qualidade da coisa, do objeto ou da

    mercadoria, ou seja, refere-se a matria tributvel. Porexemplo, a imunidade dos livros, jornais, peridicos e o papeldestinado a sua impresso (art. 150, VI, d). Por sua vez, aimunidade mista (subjetiva e objetiva) envolve aspectospessoais e reais. Como exemplo, a imunidade concernente aoITR no que se refere s pequenas glebas rurais, definidas emlei, quando as explore o proprietrio que no possua outroimvel.

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    Ontolgicas e polticas: considera-se o aspecto da imunidadetributria ser ou no ser conseqncia direta ou necessria deprincpio constitucional fundamental. A imunidade ontolgica conseqncia necessria do princpio da igualdade, sendo seu

    exemplo clssico a imunidade recproca disposta no art. 150,VI, a, da CF/88. caracterstica bsica da imunidadeontolgica a qualidade de ser clausula ptrea, isto , propostade emenda constitucional tendente abolir tal imunidade nodeve ser objeto de deliberao pelo Poder Legislativo. J aimunidade poltica deve ser reconhecida expressamente pelotexto constitucional, eis que no decorre necessariamente deprincpio constitucional fundamental, podendo, portanto, seralterado pelo exerccio do poder constituinte derivado. Porexemplo, a imunidade referente aos impostos incidentes sobre

    operaes de transferncia de imveis desapropriados para finsde reforma agrria (art. 184, 5).

    Gerais e tpicas: considera-se o alcance das normasconstitucionais imunizantes. A imunidade geral dirigida atodos os entes federativos e alcanam os impostos de formagenrica, estando prevista no art. 150, VI, da CF/88. Aimunidade tpica ou especfica se dirige a um nico tributo,podendo ser, por exemplo, um imposto ou uma taxa, tais comoo IPI que no pode incidir sobre a exportao de produtos

    industrializados (art. 153, 3, III, da CF/88) e a taxa que nopode incidir na obteno de certides em reparties pblicas,para a defesa de direitos e esclarecimentos de situaes deinteresse pessoal (art. 5, XXXIV, b, da CF/88).

    Condicionadas e incondicionadas: considera-se a existnciaou no de autorizao na norma constitucional imunizante paraque as normas infraconstitucionais fixem requisitos para aconcesso da imunidade. Neste sentido, a imunidadecondicionada aquela que depende da observncia de

    requisitos legais para a sua implementao. Por exemplo, aimunidade estabelecida para as instituies de educao e deassistncia social, sem fins lucrativos, que devem atender osrequisitos da lei, de acordo com o art. 150, VI, c, da CF/88.Por outro lado, a imunidade incondicionada independe dequalquer condio estabelecida pela legislaoinfraconstitucional para operar sua eficcia plena eaplicabilidade imediata. Por exemplo, a imunidade recproca(CF, art. 150, VI, a).

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    Explcitas e implcitas: adota-se como critrio a explicitudeou no do texto da norma constitucional. A imunidadeexplcita est expressamente ou literalmente prevista no textoconstitucional, tal como as dispostas nas alneas a a d, do

    inc. VI, do art. 150. A imunidade implcita decorre dainterpretao sistemtica do prprio texto constitucional, talcomo a imunidade que garante o mnimo existencial, que soas condies mnimas para a sobrevivncia digna do serhumano.

    Excludentes e incisivas: por fim, ainda se adota como critriode classificao abrangncia da vedao contida na normaimunizante. A imunidade excludente restringe determinadasituao tributao por apenas um tipo de imposto. Por

    exemplo, o art. 153, 5, da CF, que afirma que o ouro,quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumentocambial, sujeita-se exclusivamente incidncia do IOF, devidona operao de origem. A imunidade incisiva que estabeleceque certa situao possa ser tributada por alguns impostos. Porexemplo, o art. 155, 3, da CF, que dispe que exceo doICMS, do II e do IE, nenhum outro imposto poder incidirsobre operaes relativas a energia eltrica, servios detelecomunicaes, derivados de petrleo, combustveis eminerais do Pas.

    IMUNIDADES TRIBUTRIASSUBJETIVAS, OBJETIVAS E MISTAS;

    ONTOLGICAS E POLTICAS;GERAIS E TPICAS;

    CONDICIONADAS E INCONDICIONADAS;EXPLCITAS E IMPLCITAS;

    EXCLUDENTES E INCISIVAS.

    2.3 IMUNIDADES GENRICAS E FUNDAMENTOCONSTITUCIONAL

    As imunidades genricas so previstas no art. 150, VI, daCF/88, a saber:Sem prejuzo de outras garantias asseguradas aocontribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aosMunicpios: instituir impostos sobre: a) patrimnio, renda ouservios, uns dos outros; b) templos de qualquer culto; c)patrimnio, renda ou servios dos partidos polticos, inclusive suasfundaes, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituies

    de educao e de assistncia social, sem fins lucrativos, atendidos os

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    requisitos da lei; d) livros, jornais, peridicos e o papel destinado asua impresso.

    2.3.1 IMUNIDADE RECPROCA

    A imunidade recproca, tambm denominada de imunidadeintergovernamental, refere-se proibio da Unio, dos Estados, doDistrito Federal e dos Municpios de instituir impostos sobrepatrimnio, renda ou servios, uns dos outros, bem como extensivas autarquias e s fundaes institudas e mantidas pelo PoderPblico, no que se refere ao patrimnio, renda e aos servios,vinculados a suas finalidades essenciais ou s delas decorrentes.

    Importante: A imunidade tributria gozada pela OAB da espcie

    recproca, na medida em que desempenha atividade prpria deEstado. A imunidade tributria recproca alcana apenas asfinalidades essenciais da entidade protegida. O reconhecimentoda imunidade tributria s operaes financeiras no impede aautoridade fiscal de examinar a correo do procedimento adotadopela entidade imune. Constatado desvio de finalidade, aautoridade fiscal tem o poder-dever de constituir o crditotributrio e de tomar as demais medidas legais cabveis.Natureza plenamente vinculada do lanamento tributrio, que noadmite excesso de carga (RE 259.976-AgR, DJEde 30-4-2010); A

    circunstncia de a Caixa de Assistncia dos Advogados integrar aestrutura maior da OAB no implica na extenso da imunidade,dada a dissociao entre as atividades inerentes atuao da OAB eas atividades providas em benefcio individual dos associados. (RE233.843, DJEde 18-12-2009).

    Assim, entende-se que a imunidade recproca subjetiva,porque diz respeito a determinadas pessoas jurdicas, sendo aplicvelaos impostos. Deste modo, no deve ser invocada na hiptese decontribuies previdencirias (ADI 2.024) e no alcana as taxas (RE

    364.202).

    A imunidade recproca ontolgica, sendo consequncianecessria do princpio da isonomia das pessoas polticas e suasconcretizaes lgicas, como o princpio federativo do Estadobrasileiro, a autonomia dos Municpios e a capacidade contributiva.Portanto, clausula ptrea e garantia fundamental da Federao,conforme entendimento do STF (ADI 939).

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    A imunidade recproca incondicionada, porque no necessitade normas infraconstitucionais para sua plena eficcia, que decorrncia imediata do texto constitucional.

    A CF/88 estabelece expressamente que a imunidade recprocaapenas incide sobre os impostos incidentes sobre servio, patrimnioou renda. Portanto, de acordo com o sentido literal do texto, aimunidade recproca no alcana os impostos sobre circulao deriquezas e produo (IPI e ICMS).

    Importante: A jurisprudncia do Supremo firmou-se no sentido deque a imunidade de que trata o art. 150, VI, a, da CF, somente seaplica a imposto incidente sobre servio, patrimnio ou renda doprprio Municpio (AI 671.412-AgR,DJEde 25-4-2008; AI 574.042-

    AgR, DJEde 29-10-2009; AI 634.050-AgR, DJEde 14-8-2009).No 23 Concurso para Procurador da Repblica se afirmou o seguinte:Em matria de imunidade recproca, segundo a CF, correto afirmarque a imunidade recproca no compreende os impostos incidentessobre a produo e a circulao de riquezas (IPI e ICMS). Nestemesmo sentido, no concurso do CESPE para Promotor/SE/2010 ocomo errado o seguinte enunciado: A imunidade recproca, ou seja,entre os entes federados, no est limitada a certos tipos deimpostos.

    O STF tambm j assentou que quando o fornecedor dailuminao pblica no o Municpio, mas sim determinada sociedadede economia mista (contribuinte de direito), que paga o ICMS aoEstado e o inclui no preo do servio disponibilizado ao usurio, noh que se falar em imunidade tributria recproca, pressupondo estaa instituio de imposto incidente sobre servio, patrimnio ou rendado prprio Municpio (ADI 457-MC).

    Assim, entende-se que imunidade ou a iseno tributria do

    comprador no se estende ao produtor, contribuinte do IPI, conformea smula 591 do STF.

    Nesse rumo, o STF afirma que a imunidade de que trata oartigo 150, VI, a, da CF/88, somente se aplica a imposto incidentesobre servio, patrimnio ou renda do prprio Municpio, sendo queeste no contribuinte de direito do ICMS incidente sobre energiaeltrica, descabendo confundi-lo neste caso tambm com a figura docontribuinte de fato e a imunidade recproca no beneficia ocontribuinte de fato (AI 671.412-AgR). Nesta hiptese, o

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    contribuinte de direito a concessionria de energia eltrica. Porexemplo, em Braslia, a Companhia Energtica de Braslia (CEB).

    Por outro lado, o STF j reconheceu a imunidade tributria

    recproca ao Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria -INCRA (CF, art. 150, VI, a, e 2), relativamente ao norecolhimento de ICMS por eventual explorao de unidadeagroindustrial. No caso, o INCRA era contribuinte de direito,entendendo-se que a atividade exercida pela mencionada autarquiafederal no se enquadra dentre aquelas sujeitas ao regime tributrioprprio das empresas privadas, considerando que a ocasionalexplorao dessa unidade est no mbito de sua destinao social emsetor relevante para a vida nacional. Observou tambm o STF que aimunidade tributria disposta no 2, do art. 150, da CF/88, s deixa

    de operar quando a natureza jurdica da entidade estatal deexplorao de atividade econmica (RE-242827).

    Importante: Em relao ao IOF, apesar de ser classificado pelo CTNcomo imposto sobre a produo e a circulao, o entendimento doSTF no sentido da plena eficcia da imunidade recproca nasoperaes financeiras realizadas pelos Municpios, Estados ou DistritoFederal (RE 196.415-PR). O STF tambm j decidiu mais de uma vezque a imunidade alcana os ganhos resultantes de operaesfinanceiras (AI 172.890-AgR, ACO 502).

    Noutro ponto, a imunidade recproca no se aplica aopatrimnio, renda e aos servios, relacionados com explorao deatividades econmicas regidas pelas normas aplicveis aempreendimentos privados, ou em que haja contraprestao oupagamento de preos ou tarifas pelo usurio, nem exonera opromitente comprador da obrigao de pagar imposto relativamenteao bem imvel, segundo o 3, do art. 150, da CF/88.

    Importante: A imunidade tributria prevista no art. 150, VI, a da

    Constituio aplica-se s operaes de importao de bens realizadaspor municpios, quando o ente pblico for o importador do bem(identidade entre o contribuinte de direito e o contribuinte de fato).Compete ao ente tributante provar que as operaes de importaodesoneradas esto influindo negativamente no mercado, a ponto deviolar o art. 170 da Constituio. Impossibilidade de presumir risco livre-iniciativa e concorrncia. (AI 518.325-AgR, DJE de 30-4-2010).

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    No mesmo sentido, a CF/88 fixa que a empresa pblica, asociedade de economia mista e suas subsidirias que explorematividade econmica de produo ou comercializao de bens ou deprestao de servios devem se submeter ao regime jurdico prprio

    das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigaestributrias, bem como preceitua que as empresas pblicas e associedades de economia mista no podero gozar de privilgiosfiscais no extensivos s do setor privado (art. 173, 1, II c/c 2).

    Destarte, em princpio, a imunidade tributria recproca noalcanaria as empresas pblicas e sociedades de economia mista,exceto quanto s atividades tipicamente estatais.

    Assim, o STF afirma que a imunidade recproca alcana a

    empresa pblica prestadora de servio pblico e a sociedade deeconomia mista prestadora de servio pblico, pois estas no seconfundem com empresas pblicas que exercem atividade econmicaem sentido estrito.

    Importante: irrelevante para definio da aplicabilidade daimunidade tributria recproca a circunstncia de a atividadedesempenhada estar ou no sujeita a monoplio estatal. O alcance dasalvaguarda constitucional pressupe o exame (i) da caracterizaoeconmica da atividade (lucrativa ou no), (ii) do risco

    concorrncia e livre-iniciativa e (iii) de riscos ao pacto federativopela presso poltica ou econmica. Deste modo, a imunidadetributria recproca no se aplica Petrobrs (RE 285.716-AgR, DJEde 26-3-2010); aplicvel a imunidade tributria recproca sautarquias e empresas pblicas que prestem inequvoco serviopblico, desde que, entre outros requisitos constitucionais e legaisno distribuam lucros ou resultados direta ou indiretamente aparticulares, ou tenham por objetivo principal conceder acrscimopatrimonial ao poder pblico (ausncia de capacidade contributiva) eno desempenhem atividade econmica, de modo a conferir

    vantagem no extensvel s empresas privadas. O Servio Autnomode gua e Esgoto imune tributao por impostos. A cobrana detarifas, isoladamente considerada, no altera a concluso (RE399.307-AgR, DJEde 30-4-2010).

    Neste contexto, o STF compreendeu que a Empresa Brasileirade Infra-Estrutura Aeroporturia (INFRAERO) est abrangida pelaimunidade tributria recproca, uma vez que empresa pblicafederal que tem por atividade-fim prestar servios de infra-estruturaaeroporturia, mediante outorga da Unio, a quem

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    constitucionalmente deferido, em regime de monoplio, tal encargo,de acordo com o art. 21, XII, c (RE 363.412-AgR).

    Do mesmo modo, em relao a Empresa Brasileira de Correios

    e Telgrafos (ECT), reputando-se plausvel a extenso da imunidaderecproca propriedade de veculos automotores destinados prestao de servios postais (ACO 765-AgR), bem como se estendeua aplicao da imunidade recproca Companhia de guas e Esgotosde Rondnia (CAERD), sociedade de economia mista estadualprestadora de servio pblico (AC 1550-2).

    Nessa senda, o STF tambm entende que a imunidade recprocaabrange bens pblicos sob uso de concessionrias de servio pblico,afirmando que imveis que compem o acervo patrimonial do Porto

    de Santos, integrantes do domnio da Unio so imunes a tributaodo IPTU pela municipalidade, independentemente de encontrarem-setais bens ocupados pela empresa dos servios porturios (RE253.394; RE 597.563-AgR).

    O STF firmou o posicionamento de que os imveis situados noporto, rea de domnio pblico da Unio, e que se encontram sobcustdia da companhia, em razo de delegao prevista na Lei deConcesses Porturias, no podem sofrer incidncia do IPTU, portratar-se de bem e servio de competncia atribuda ao poder pblico

    (artigos 21, XII, fe 150, VI, CF). Entretanto, inexiste imunidaderecproca no que se refere s taxas, uma vez que o preceitoconstitucional s faz aluso expressa a imposto (AI 458.856-AgR).

    Com efeito, ressaltamos que o STF (RE 580.264,julgamentoem 16/12/2010) igualmente entendeu que hospitais comparticipao acionria majoritria e controle da Unio (nahiptese, 99,99% das aes) e que atendem apenas pelo Sistemanico de Sade (SUS) tm o direito a imunidade tributriarecproca.

    Destacamos, por sua vez, que o STF compreende comoconstitucional os Municpios institurem ISS sobre os servios deregistros pblicos, cartorrios e notariais, entendendo-se tratar-se,no caso, de atividade estatal delegada, tal como a explorao deservios pblicos essenciais, mas que, enquanto exercida emcarter privado, com intuito de lucrativo, seria servio sobre oqual incidiria o ISS (Informativo 494).

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    Por fim, realamos a interpretao da parte final do 3, do art.150, da CF/88, dispondo que a imunidade no exonera o promitentecomprador da obrigao de pagar imposto relativamente ao bemimvel, ou seja, a imunidade do ente pblico referente ao pagamento

    de imposto incidente sobre bem imvel no ocorre no caso do imvelobjeto de promessa de venda a particular ou a terceiro noacobertado pela imunidade tributria. Da a smula 583 do STF,dispondo que o promitente comprador de imvel residencial transcritoem nome de autarquia contribuinte do IPTU.

    2.3.2 IMUNIDADE DOS TEMPLOS DE QUALQUER CULTO

    Igualmente denominada de imunidade religiosa, est previstano art. 150, VI, b e 4, da CF/88, alcanando os impostos sobre o

    patrimnio, a renda e os servios, relacionados com as finalidadesessenciais das entidades religiosas.

    A imunidade dos templos de qualquer culto tem fundamento napreservao da liberdade religiosa, eis que o texto constitucionalgarante a inviolabilidade da liberdade de conscincia e de crena,sendo assegurado o livre exerccio dos cultos religiosos e garantida,na forma da lei, a proteo aos locais de culto e as suas liturgias, deacordo com o art. 5, VI.

    Neste contexto, o Brasil um Estado laico, pois no h umareligio oficial e a imunidade deve abranger qualquer culto religioso,atingindo, portanto, todas as religies.

    Importante: a imunidade tributria religiosa probe o IPTU sobreimveis de propriedade dos templos que se encontram alugados, eisque deve abranger no somente os prdios destinados ao culto, mas,tambm, o patrimnio, a renda e os servios relacionados comas finalidades essenciais das entidades religiosas (RE 325.822).

    O STF tambm entende que os cemitrios que consubstanciamextenses de entidades de cunho religioso esto abrangidos pelaimunidade religiosa, como a impossibilidade da incidncia de IPTU emrelao a eles (RE 578.562).

    2.3.3 IMUNIDADE DOS PARTIDOS POLTICOS, ENTIDADESSINDICAIS DOS TRABALHADORES, INSTITUIES DEEDUCAO E DE ASSISTNCIA SOCIAL

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    O texto constitucional estabelece a proibio de se criarimpostos sobre patrimnio, renda ou servios dos partidos polticos,inclusive suas fundaes, das entidades sindicais dostrabalhadores, das instituies de educao e de assistncia social,

    sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei, bem como dispeque tal vedao compreende somente o patrimnio, a renda e osservios, relacionados com as finalidades essenciais destas entidades,segundo o art. 150, VI, c e 4.

    No concurso da ESAF para o MPE/GO/2007 foi considerado errado oseguinte item: Os partidos polticos so entidades imunes, benefcioque no se estende s suas fundaes.

    Neste contexto, salientamos que o enunciado sem fins

    lucrativos diz respeito s instituies de educao e de assistnciasocial, estabelecendo o STF que a CF/88 remete lei ordinria afixao de normas sobre a constituio e o funcionamento daentidade educacional ou assistencial imune, mas no os lindes daimunidade, que, quando susceptveis de disciplina infraconstitucional,ficou reservado lei complementar, de acordo com o art. 146, II(ADI 1.802-MC).

    Deste modo, para ser considerada entidade sem finslucrativos se deve atender o art. 14 do CTN, estabelecendo os

    requisitos de: (i) no distribuir qualquer parcela de seu patrimnioou de suas rendas, a qualquer ttulo; (ii) aplicar integralmente, noPas, os seus recursos na manuteno dos seus objetivosinstitucionais; (iii) manterem escriturao de suas receitas edespesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurara sua exatido.

    Portanto, na falta de cumprimento destes requisitos, aautoridade competente pode suspender a aplicao do benefcio daimunidade tributria.

    A respeito da abrangncia desta imunidade, destacamos desdej que ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU oimvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150,VI, c, desde que o valor dos aluguis seja aplicado nasatividades essenciais de tais entidades (Smula 724 do STF),bem como que a imunidade tributria conferida a instituies deassistncia social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, c, apenasalcana as entidades fechadas de previdncia social privada se nohouver contribuio dos beneficirios (Smula 730 do STF).

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    Com base na smula 724, o STF assentou a imunidade deinstituio de educao sem finalidade lucrativa (SENAC)relativamente ao ITBI referente aquisio por ela de imvel locado

    a terceiro, destinando-se os aluguis a ser aplicados em suasfinalidades institucionais (RE 235.737).

    Por sua vez, o STF entende que a utilizao do imvel paraatividade de lazer e recreao no configura desvio de finalidade comrelao aos objetivos da fundao caracterizada como entidade deassistncia social. Portanto, no agride o texto constitucional decisoque afasta o desvio de finalidade para o fim de assegurar aimunidade tributria com base no reconhecimento de que a atividadede recreao e lazer est no alcance dos objetivos de especfica

    fundao (RE 236.174).

    Da mesma forma,o fato de os imveis estarem sendo utilizadoscomo escritrio e residncia de membros das instituies de educaoe assistncia social, sem fins lucrativos, no afasta a imunidadeprevista no artigo 150, inciso VI, alnea c, 4 da ConstituioFederal (RE 221.395).

    Noutro ponto, a imunidade em favor das instituies deassistncia social, abrange o II e o IPI, que incidem sobre bens a

    serem utilizados na prestao de seus servios especficos (RE243.807).

    Nesse rumo, o STF tem entendido que a imunidade dasentidades de assistncia social abrange o ICMS incidente sobre aimportao de mercadorias utilizadas na prestao de serviosespecficos (AI 669.257-AgR) e o ICMS incidente as aquisies deprodutos no mercado interno, desde que os bens adquiridos integremo patrimnio dessas entidades beneficentes (AI 535.922-AgR).

    Tal entendimento fundamentado na premissa de que no hque invocar, para o fim de ser restringida a aplicao da imunidade,critrios de classificao dos impostos adotados por normasinfraconstitucionais, mesmo porque no adequado distinguir entrebens e patrimnio, dado que este se constitui do conjunto daqueles.O que cumpre perquirir, portanto, se o bem adquirido, no mercadointerno ou externo, integra o patrimnio da entidade abrangida pelaimunidade (RE 203.755; RE 540.725-AgR).

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    Importante: a jurisprudncia mais atual do STF compreende que aimunidade discutida neste item no se restringe aos impostosclassificados no CTN como impostos sobre o patrimnio e a renda(ITR, IPTU, ITBI, IR e ISS), abrangendo do mesmo modo o ICMS, o

    IPI e o IOF, que so classificados pelo CTN como impostos sobre aproduo e a circulao.

    Decerto, o STF tem reconhecido a imunidade de instituio deensino e de entidade de assistncia social, sem fins lucrativos,referente ao IOF sobre operaes bancrias (RE 249.980-AgR, RE241.090).

    Com feito, eventual renda obtida pela instituio de assistnciasocial mediante cobrana de estacionamento de veculos em rea

    interna da entidade, destinada ao custeio das atividades desta,tambm est abrangida pela imunidade (RE 144.900), bem como arenda obtida na prestao de servios de diverso pblica, mediantea venda de ingressos de cinema ao pblico em geral, e aproveitadaem suas finalidades assistenciais (AI 155.822-AgR).

    De mais a mais, salientamos que o STF compreende queterrenos baldios sem vinculao s finalidades essenciais daentidade afastam a imunidade prevista no art. 150, VI, c, da CF(RE 375.715-ED, D JEde 24-9-2010) e que a Smula n 70 do

    Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) dispe que imune ao ITR o imvel pertencente s entidades indicadas no artigo150, VI, c, da Constituio, que se encontra arrendado, desde que areceita assim obtida seja aplicada nas atividades essenciais daentidade.

    2.3.4 IMUNIDADE DOS LIVROS, JORNAIS, PERIDICOS E OPAPEL DESTINADO A SUA IMPRESSO

    Tambm chamada de imunidade cultural, est prevista no art.

    150, VI, d, visando concretizar diversas normas jurdicasconstitucionais, tais como a livre manifestao de pensamento (art.5, IV), da atividade artstica, intelectual, cientfica e da comunicao(art. 5, IX) e o acesso informao (art. 5, XIV).

    Segundo a smula 657 do STF, a imunidade cultural abrangeos filmes e papis fotogrficos necessrios publicao de jornais eperidicos.

    Nessa senda, o STF entende como imunes os filmes destinados

    produo de capas de livros, denominados de filme Bopp (AI

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    597.746-AgR); o chamado papel fotogrfico filmes noimpressionados (RE 203.859); o papel, papel fotogrfico e papel paraartes grficas consumidos no processo produtivo do jornal (RE276.842-ED); os materiais relacionados somente com papel, tais

    como papel fotogrfico, papel telefoto, filmes fotogrficos,sensibilizados, no impressionados, para imagens monocromticas,papel fotogrfico para fotocomposio por laser(RE 178.863).

    Assim sendo, o STF assenta a impossibilidade de a imunidadecultural ser estendida a outros insumos no compreendidos nosignificado do enunciado papel destinado sua impresso (RE324.600-AgR).

    Destarte, no tem imunidade a tinta utilizada para a impressodos livros, jornais e peridicos ou os servios de composio grficanecessrios confeco dos livros, jornais e peridicos (RE 230.782).

    Do mesmo modo, o STF tem compreendido que a imunidadetributria cultural s vale para livros impressos e no para livroseletrnicos (CD-ROM), conforme RE n 416.579/RJ, RE n282.387/RJ e AI n 530.958/GO.

    Importante: O STF j afirmou que apenas os materiaisrelacionados com o papel - assim, papel fotogrfico, inclusive parafotocomposio por laser, filmes fotogrficos, sensibilizados, noimpressionados, para imagens monocromticas e papel para telefoto- esto abrangidos pela imunidade tributria (RE n 229.703/SP, AIn 307.932/SP-AgR, RE n 324.600/SP-AgR).

    Importante: Em julgamento realizado em 14/06/2010, a SegundaTurma do STF deferiu medida cautelar para outorgar efeitosuspensivo a RE em que se discute a exigibilidade, ou no, doestorno de crditos de ICMS relativos a operaes queantecedem a prtica de atos imunes fornecimento dematerial para produo de papel destinado impresso delivros, jornais, peridicos (CF, art. 150, VI, d) (...) Consignou-seque, embora a jurisprudncia do STF tenha revelado tendnciarestritiva ao interpretar o alcance da mencionada norma, a situaoversada nos autos diferiria dos precedentes, sustentando-se, porconseguinte, a possibilidade de interpretao extensiva dopostulado da imunidade tributria na hiptese prevista no art.150, VI, d, da CF (...) Registrou-se que tal perspectiva fundar-se-iano entendimento de que a efetiva e plena realizao do institutoda imunidade tributria somente se completaria com a manutenodos crditos, pois a impossibilidade de utilizao dos crditos

    resultantes das operaes de compra de insumos vinculados

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    produo de papel com a consequente exigncia fiscal de estornodos crditos referentes a matrias-primas e a outros insumosutilizados na fabricao de papel destinado impresso de livros,jornais e peridicos frustraria, indevidamente, por completo, a

    concretizao da tutela constitucional propiciada por essa limitaoao poder de tributar do Estado (AC 2.559-REF-MC, Informativo591).

    Por sua vez, o STF compreende que o poder constituinteoriginrio no fez qualquer ressalva quanto ao valor artstico oudidtico, relevncia das informaes divulgadas ou qualidadecultural de uma publicao. Decerto, no cabe ao aplicador da normaconstitucional afastar a imunidade cultural instituda para protegerdireito to importante ao exerccio da democracia, por fora de um

    juzo subjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor pedaggicode uma publicao (RE 221.239).

    Neste sentido, a imunidade alcana o lbum de figurinhas;listas telefnicas (RE 114.790); as chamadas apostilas para estudo,considerando-as manuais tcnicos didticos (RE 183.403).

    Entretanto, o produto tem que ser algo considerado livro, jornalou peridico, o que no inclui, por exemplo, cadernos e blocos depapel para anotaes, livros contbeis, calendrios, agendas de

    anotaes e os encartes exclusivos de propaganda distribudos comjornais e peridicos (RE 213.094).

    Noutro ponto, ressalta-se que esta imunidade objetiva, poisse relaciona aos livros, jornais, peridicos e o papel destinado a suaimpresso, portanto no se estende s editoras, autores, empresasjornalsticas ou de publicidade, que permanecem sujeitas tributaopelas receitas e pelos lucros auferidos (RE 206.774).

    Com efeito, no so alcanados pela imunidade cultural os

    impostos incidentes sobre os rendimentos (IRPF e IRPJ) dasatividades da livraria, da banca de jornal ou dos empresrios desteramo.

    Nos concursos da ESAF para Procurador de Contas/GO/2007 e doCESPE para TCE/AC/2009 e Promotor/SE/2010 foram consideradoserrados, respectivamente, os seguintes itens: A imunidade tributriaincidente sobre livros s extensvel ao papel nele utilizado se a obrativer fins didtico-educacionais. As normas relativas imunidadetributria devem ser interpretadas restritivamente, razo pela qual os

    lbuns de figurinhas e os respectivos cromos adesivos no esto

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    alcanados pela imunidade prevista na CF para os livros, jornais,peridicos e o papel destinado sua impresso; As editoras quetm como nica atividade a produo de livros e jornais esto imunesao imposto incidente sobre a renda.

    2.3.5 IMUNIDADES TPICAS OU ESPECFICAS

    So as imunidades espalhadas ou esparsas pelo textoconstitucional.

    I m u n i d a d e s t p i c a s o u e s p e cf i c a s

    (i) So a todos assegurados, independentemente do pagamento detaxas: (a) o direito de petio aos Poderes Pblicos em defesa de

    direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; (b) a obteno de

    certides em reparties pblicas, para defesa de direitos eesclarecimento de situaes de interesse pessoal (art. 5, XXXIV);(ii) Ao popular, salvo comprovada m-f, isento (diga-se

    tecnicamente imune) de custas judiciais, que uma taxa de serviopblico (art. 5, LXXIII);

    (iii) So gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma dalei, o registro civil de nascimento e a certido de bito (art. 5,

    LXXVI);(iv) So gratuitas as aes de habeas-corpus e habeas-data, e,na forma da lei, os atos necessrios ao exerccio da cidadania (art.

    5, LXXVII);(v) As contribuies sociais e de interveno no domnio econmicono incidiro sobre as receitas decorrentes de exportao (art. 149,

    2, I);(vi) O IPI no incidir sobre produtos industrializados destinados ao

    exterior (art. 153, 3, III);(vii) O ITR no incidir sobre pequenas glebas rurais, definidas emlei, quando as explore o proprietrio que no possua outro imvel

    (art. 153, 3, II);

    (viii) O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ouinstrumento cambial, sujeita-se exclusivamente incidncia do IOF(art. 153, 5), isto , no pode incidir qualquer outro tributo;(ix) O ICMS no incidir: (a) sobre operaes que destinemmercadorias para o exterior, nem sobre servios prestados a

    destinatrios no exterior; (b) sobre operaes que destinem aoutros Estados petrleo, inclusive lubrificantes, combustveis lquidose gasosos dele derivados, e energia eltrica; (c) nas prestaes de

    servio de comunicao nas modalidades de radiodifuso sonora e desons e imagens de recepo livre e gratuita (art. 155, 2, X);

    (x) exceo do II, IE e ICMS nenhum outro imposto poder incidir

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    sobre operaes relativas a energia eltrica, servios detelecomunicaes, derivados de petrleo, combustveis e minerais do

    Pas (art. 155, 3), isto , a imunidade se refere apenas aosimpostos (exceto II, IE e ICMS), podendo incidir, por exemplo,

    contribuies tributrias. Anota-se a smula 659 do STF, dispondoque legtima a cobrana da COFINS, do PIS e do FINSOCIAL sobreas operaes relativas a energia eltrica, servios de

    telecomunicaes, derivados de petrleo, combustveis e minerais dopas;

    (xi) O ITBI no incidir (a) sobre transmisso de bens ou direitosincorporados ao patrimnio de pessoa jurdica em realizao de

    capital; (b) sobre a transmisso de bens ou direitos decorrente defuso, incorporao, ciso ou extino de pessoa jurdica, salvo se,

    nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra

    e venda desses bens ou direitos; (c) locao de bens imveis; (d)arrendamento mercantil (art. 156, 2, I);(xii) So isentas (diga-se tecnicamente imune) de impostos

    federais, estaduais e municipais as operaes de transferncia deimveis desapropriados para fins de reforma agrria (art. 184, 5);(xiii) A contribuio previdenciria no incide sobre aposentadoria epenso concedidas pelo regime geral de previdncia social (art. 195,

    II);(xiv) So isentas (diga-se tecnicamente imune) de contribuio para

    a seguridade social as entidades beneficentes de assistncia social

    que atendam s exigncias estabelecidas em lei (art. 195, 7);(xv) A celebrao do casamento gratuita, portanto, imune a taxas

    (art. 226, 1).

    3. QUESTES COMENTADAS

    1. (ESAF/ISS/RJ/2010) Sobre a imunidade constitucionalrecproca, que veda a instituio e a cobrana de impostospelos entes tributantes sobre o patrimnio, a renda ou os

    servios, uns dos outros, incorreto afirmar que:a) a imunidade tributria recproca alcana apenas asfinalidades essenciais da entidade protegida. Oreconhecimento da imunidade tributria s operaesfinanceiras no impede a autoridade fiscal de examinar acorreo do procedimento adotado pela entidade imune.Constatado desvio de finalidade, a autoridade fiscal tem opoder-dever de constituir o crdito tributrio e de tomar asdemais medidas legais cabveis.b) a imunidade tributria recproca extensiva s

    autarquias, no que se refere ao patrimnio, renda e aos

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    servios vinculados a suas finalidades essenciais ou s delasdecorrentes.c) a imunidade constitucional recproca alcana as empresaspblicas prestadoras de servio pblico, bem como as

    empresas pblicas que exercem atividade econmica emsentido estrito.d) a imunidade tributria recproca diz respeito aosimpostos, no alcanando as contribuies.e) a imunidade tributria recproca aplica-se s operaesde importao de bens realizadas por municpios, quando oente pblico for o importador do bem (identidade entre ocontribuinte de direito e o contribuinte de fato).

    Letra (A). O enunciado cobrou entendimento literal do STF, que

    afirmou: A imunidade tributria gozada pela Ordem dos Advogadosdo Brasil da espcie recproca (art. 150, VI, a, da Constituio), namedida em que a OAB desempenha atividade prpria de Estado(defesa da Constituio, da ordem jurdica do Estado democrtico dedireito, dos direitos humanos, da justia social, bem como a seleo econtrole disciplinar dos advogados). A imunidade tributriarecproca alcana apenas as finalidades essenciais da entidadeprotegida. O reconhecimento da imunidade tributria soperaes financeiras no impede a autoridade fiscal deexaminar a correo do procedimento adotado pela entidade

    imune. Constatado desvio de finalidade, a autoridade fiscal tem opoder-dever de constituir o crdito tributrio e de tomar as demaismedidas legais cabveis. Natureza plenamente vinculada dolanamento tributrio, que no admite excesso de carga. (RE259.976-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJE de30-4-2010) Logo, correta.

    Letra (B). Segundo o art. 150, VI, a e 2, da CF, aimunidade recproca, refere-se proibio da Unio, dos Estados, doDistrito Federal e dos Municpios de instituir impostos sobre

    patrimnio, renda ou servios, uns dos outros, bem como extensivas autarquias e s fundaes institudas e mantidas pelo PoderPblico, no que se refere ao patrimnio, renda e aos servios,vinculados a suas finalidades essenciais ou s delas decorrentes.Logo, correta.

    Letra (C). Segundo jurisprudncia consolidada do STF, aimunidade constitucional recproca alcana as empresas pblicasprestadoras de servio pblico, mas no as empresas pblicas queexercem atividade econmica em sentido estrito (ACO 959, Rel. Min.

    Menezes Direito, Plenrio, DJEde 16-5-2008; RE 552.736-AgR, Rel.

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    Min. Crmen Lcia, Primeira Turma, DJEde 20-11-2009; AI 690.242-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJEde 17-4-2009). Portanto, incorreta.

    Letra (D). A imunidade tributria recproca apenas alcana aosimpostos e no as contribuies, as taxas ou os emprstimoscompulsrios (art. 150, VI, a, CF). Logo, correta.

    Letra (E). A questo cobrou entendimento recente do STF.Seno, vejamos: A imunidade tributria prevista no art. 150, VI, a,da Constituio, aplica-se s operaes de importao de bensrealizadas por municpios, quando o ente pblico for o importador dobem (identidade entre o contribuinte de direito e o contribuinte defato). Compete ao ente tributante provar que as operaes de

    importao desoneradas esto influindo negativamente no mercado,a ponto de violar o art. 170 da Constituio. Impossibilidade depresumir risco livre-iniciativa e concorrncia (AI 518.325-AgR,Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 6-4-2010, SegundaTurma, DJEde 30-4-2010). Logo, correta.

    2. (ESAF/TRF/2005/Adaptada) Em relao simunidades, avalie as afirmaes abaixo e, em seguida,marque a opo correta.I. A diferena bsica entre imunidade e iseno est em que

    a primeira atua no plano da definio da competncia, e asegunda no plano do exerccio da competncia.II. As imunidades podem ser definidas em funo decondies pessoais de quem venha a vincular-se ssituaes materiais que ensejariam a tributao.III. As imunidades podem ser definidas em funo do objetosuscetvel de ser tributado.IV. A Constituio, ao definir a competncia, excepcionadeterminadas situaes que, no fosse a imunidade,estariam dentro do campo da competncia, mas por fora

    da norma de imunidade, permanecem fora do alcance dopoder de tributar.a) Todos os itens esto corretos.b) H apenas um item correto.c) H dois itens corretos.d) H trs itens corretos.e) Todos os itens esto errados.

    Item I. A diferena bsica ou principal entre imunidade eiseno realmente que a imunidade atua no plano da definio da

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    competncia, e a iseno no plano do exerccio da competncia. Aimunidade pode ser conceituada como uma delimitao negativa decompetncia tributria, ou seja, no h competncia tributria. Aiseno a dispensa legal de pagamento de um tributo devido, isto ,

    a autoridade no pode cobrar o tributo, eis que, mesmo acontecendo incidncia tributria (ocorre o fato gerador), est impedido derealizar o lanamento tributrio. Logo, correto.

    Item II. As imunidades podem ser definidas em funo decondies pessoais de quem venha a vincular-se s situaesmateriais que ensejariam a tributao. Este tipo de imunidade adenominada de subjetiva ou pessoal, pois leva em considerao osujeito imunizado. Por exemplo, a imunidade referente ao patrimnio,renda ou servios dos partidos polticos, inclusive suas fundaes

    (art. 150, VI, c, CF). Logo, correto.

    Item III. As imunidades podem ser definidas em funo doobjeto suscetvel de ser tributado. Este tipo de imunidade adenominada de objetiva ou real, sendo concedida em virtude daqualidade da coisa, do objeto ou da mercadoria. Por exemplo, aimunidade dos livros, jornais, peridicos e o papel destinado a suaimpresso (art. 150, VI, d, CF). Logo, correto.

    Item IV. A Constituio, ao definir a competncia, excepciona

    determinadas situaes que, no fosse a imunidade, estariam dentrodo campo da competncia, mas por fora da norma de imunidade,permanecem fora do alcance do poder de tributar. verdade, umavez que a competncia tributria a aptido para determinado entecriar o tributo e a imunidade traduz um elemento de incompetnciatributria, sendo considerada uma zona na qual no poder havertributao e consequentemente incidncia tributria. Portanto, aimunidade tem sede na CF/88, materializando uma dispensaconstitucional de pagamento de tributo. Logo, correto.

    Portanto, a questo letra a. Todos os itens esto corretos.

    3. (ESAF/AFRFB/2010) Diversos fatos podem resultar nadesonerao tributria. Assinale, entre as que se seguem, aforma de desonerao tributria pela qual no nascem nema obrigao tributria, nem o respectivo crdito por fora dono-exerccio da competncia a que tem direito o podertributante.a) Imunidade.b) No-incidncia.

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    c) Iseno.d) Alquota zero.e) Remisso.

    Inicialmente, registra-se o seguinte quadro elucidativo:

    Imunidade Iseno No-incidncia

    Alquotazero

    Quanto leicriadora

    Constituio Em regra,leiordinria.

    Falta depreviso.

    Em regra,leiordinria.

    Quanto aoexerccio dacompetncia

    tributria.

    No h. Existe. No h. Existe.

    Quanto obrigaotributria

    No h. Existe. No h. Existe.

    Quanto aocrditotributrio

    No h. No h. No h. Em regra,no h,salvodispositivode lei emcontrrio.

    Letra (A). Na imunidade tributria o ente federativo no tem odireito de tributar. Logo, incorreta.

    Letra (B). Na no-incidncia no nasce a obrigao e nem ocrdito tributrio por fora do no-exerccio da competncia a quetem direito o ente federativo. Logo, correta.

    Letra (C). Na iseno (art. 175, CTN) nasce a obrigaotributria. Contudo, o crdito tributrio excludo. Logo, incorreta.

    Letra (D). Na alquota zero h obrigao tributria. Entretanto,o tributo no recolhido porque o valor do tributo inexistente(aspecto quantitativo). Isto , a multiplicao da base de clculo porzero igual a zero (BC x AL = 0). Ento, o valor do tributo a ser pago nulo. Logo, incorreta.

    Letra (E). Na remisso (art. 172, CTN) h obrigao e crditotributrio, que extinto por fora do perdo legal da dvida. Logo,

    incorreta.

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    4. (ESAF/FTE/PA/2002) A no-incidncia de impostos sobreas autarquias e as fundaes pblicas, no que se refere aopatrimnio, renda e aos servios vinculados s suas

    finalidades essenciais ou delas decorrentes, resulta de:a) remisso.b) anistia.c) iseno.d) imunidade.e) moratria.

    A questo diz respeito expressamente ao art. 150, 2, daCF/88. Portanto, sem sombra de dvidas, refere-se a imunidadetributria. Portanto, a resposta a letra d.

    A remisso, modalidade de extino do crdito tributrio, operdo da dvida pelo credor, dependendo sempre de lei especfica(art. 150, 6, da CF/88). Isto significa dizer que a remisso aliberao graciosa da dvida pelo Fisco, tal como o perdo de resduosnfimos quanto ao pagamento de tributo (art. 172, III, do CTN). Logo,incorreta a letra a.

    A anistia e a iseno so as causas de excluso do crditotributrio. Excluso do crdito tributrio quer dizer impedir ou evitar

    a sua constituio. Como a constituio do crdito tributrio ocorrecom o lanamento, afirma-se que as hipteses de anistia e de isenoso situaes ou causas inibitrias do lanamento tributrio,impedindo a sua existncia. A anistia exclui a multa tributria (arts.180 a 182 do CTN) e a iseno exclui o pagamento do tributo (arts.175 a 179 do CTN). Logo, incorretas as letra b e c.

    A moratria, modalidade de suspenso do crdito tributrio, adilao ou prorrogao do prazo legal para o pagamento do tributo(arts. 152 a 155 do CTN). Com efeito, a moratria um favor legal

    ou benefcio fiscal de prorrogao de pagamento, isto , o fiscoestabelece novo prazo para pagamento do tributo. Logo, incorreta aletra e.

    5. (ESAF/SEFAZ/CE/2007) A norma que impede que aUnio, os estados, o Distrito Federal e os municpiostributem, reciprocamente, seus patrimnios, rendas ouservios, denomina-sea) imunidade.b) iseno.

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    c) norma geral anti-elisiva.d) anistia.e) no-incidncia.

    A questo diz respeito expressamente ao art. 150, VI, a, daCF/88. Portanto, deve-se marcar a hiptese mais adequada, que aimunidade tributria. Portanto, a resposta a letra a.

    A norma geral anti-elisiva, segundo doutrina amplamentedominante, est prevista no art. 116, pargrafo nico, do CTN, quedispe que a autoridade administrativa poder desconsiderar atos ounegcios jurdicos praticados com a finalidade de dissimular aocorrncia do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementosconstitutivos da obrigao tributria, observados os procedimentos a

    serem estabelecidos em lei ordinria

    Neste sentido, tal regra chamada de norma antieliso ounorma geral anti-elisiva, pois busca combater os procedimentos deplanejamento tributrio praticados pelo contribuinte com abuso deforma ou/e abuso de direito. registra-se que a doutrina minoritriadenomina o art. 116, pargrafo nico, do CTN, de norma geralantievasiva ou anti-simulao. Logo, incorreta a letra c.

    A no-incidncia o acontecimento no mundo dos fatos que

    no corresponde descrio legal tributria. Assim, na no-incidnciafaltam elementos para enquadrar determinado fato na hiptese deincidncia, ou seja, a no previso do fato na hiptese deincidncia.

    Com efeito, no h obrigao tributria e, por conseguinte, noh crdito tributrio. Ressalta-se que a imunidade tributria nodeixa de ser uma hiptese de no-incidncia estabelecida pela CF.Contudo, como a questo na letra a se refere explicitamente aimunidade, deve-se considerar inadequada a letra e no caso.

    6.(ESAF/SEFAZ/SP/2009) As imunidades tributrias soclassificadas em:a) ontolgicas e polticas.b) proporcionais e progressivas.c) diretas e indiretas.d) cumulativas e no cumulativas.e) vinculadas e no vinculadas.

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    As imunidades tributrias podem ser classificadas nas seguintescategorias: (i) subjetivas ou pessoais, objetivas ou reais e mistas(subjetiva e objetiva); (ii) ontolgicas e polticas; (iii) gerais ougenricas e tpicas ou especiais; (iv) condicionadas ou

    incondicionadas; (v) explcitas ou implcitas; (vi) excludentes eincisivas.

    Classificaes das imunidades tributrias(i) subjetivas, objetivas e mistas;

    (ii) ontolgicas e polticas;(iii) gerais e tpicas;

    (iv) condicionadas e incondicionadas;(v) explcitas e implcitas;

    (vi) excludentes e incisivas.

    Portanto, a resposta a letra a.

    7. (ESAF/AFTN/96) Quanto s imunidades tributrias, procedente afirmar que:a) so reguladas exclusivamente mediante lei ordinriafederal.b) no se aplicam s taxas e contribuies sociais.c) podem ser institudas por intermdio de leicomplementar.d) so extensivas aos partidos polticos, no que se refere aopatrimnio, renda e aos servios vinculados ou no ssuas atividades essenciais.e) so normas constitucionais que colaboram no desenhodas competncias impositivas.

    A letra a incorreta, uma vez que as imunidades tributriasso institudas pela CF/88 e podem ser reguladas pela leicomplementar, que cabe regular as limitaes constitucionais ao

    poder de tributar (imunidades tributrias e princpios constitucionaistributrios), segundo o art. 146, II, da CF/88.

    A letra b incorreta, pois as imunidades tributrias tambmse aplicam as taxas e contribuies sociais. So as chamadasimunidades tpicas. Por exemplo, so a todos assegurados,independentemente do pagamento de taxas: (a) o direito de petioaos Poderes Pblicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ouabuso de poder; (b) a obteno de certides em reparties pblicas,para defesa de direitos e esclarecimento de situaes de interesse

    pessoal (art. 5, XXXIV, CF). Noutro exemplo, a contribuio

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    previdenciria no incide sobre aposentadoria e penso concedidaspelo regime geral de previdncia social (art. 195, II, CF).

    A letra c incorreta, eis que as imunidades tributrias so

    institudas pelo texto constitucionalA letra d incorreta, uma vez que a imunidade tributria

    concernente aos impostos extensiva aos partidos polticos, no quese refere ao patrimnio, renda e aos servios vinculados s suasatividades essenciais, conforme 4 do art. 150 da CF/88.

    Nesse rumo, a resposta a letra e, pois realmente asimunidades so normas constitucionais que colaboram no desenhodas competncias impositivas, uma vez que impedem a incidncia

    tributria.

    8. (ESAF/AFTN/94) Sobre as imunidades tributrias,podemos afirmar quea) no se aplicam s taxas e aos impostos sobre o comrcioexterior.b) podem ser institudas por intermdio de leicomplementar.c) so extensivas s autarquias e s fundaes institudas emantidas pelo Poder Pblico, no que se refere ao

    patrimnio, renda e aos servios, vinculados ou no asuas finalidades essenciais.d) impossibilitam sejam previstos fatos geradores daobrigao tributria para os casos por ela abrangidos.e) so hipteses de no-incidncia legalmente qualificada.

    A letra a incorreta, uma vez que as imunidades tributriasse aplicam tambm s taxas e aos impostos sobre o comrcioexterior (II e IE).

    A letra b incorreta, eis que as imunidades tributrias spodem ser institudas pelo texto constitucional.

    A letra c incorreta, uma vez que a imunidade tributriaconcernente aos impostos extensiva s autarquias e s fundaesinstitudas e mantidas pelo Poder Pblico, no que se refere aopatrimnio, renda e aos servios, vinculados a suas finalidadesessenciais ou s delas decorrentes, de acordo com o 2 do art. 150da CF/88.

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    Por sua vez, as imunidades tributrias impossibilitam que sejamprevistos fatos geradores da obrigao tributria para os casos porela abrangidos, eis que falta competncia tributria para os entesfederativos no caso. Logo, a resposta a letra d.

    A letra e incorreta, pois a imunidade tributria hiptese deno-incidncia constitucionalmente qualificada.

    9. (ESAF/TRF/2002.2) Assinale a opo correta.a) As empresas pblicas, as sociedades de economia mista esuas subsidirias gozaro dos privilgios tributriosestabelecidos em lei complementar.b) As empresas pblicas, as sociedades de economia mistae suas subsidirias gozaro dos privilgios fiscais

    estabelecidos em lei complementar.c) As empresas pblicas, as sociedades de economia mista esuas subsidirias gozaro dos privilgios tributriosestabelecidos em lei, desde que extensivos s do setorprivado.d) As autarquias federais, municipais e estaduais gozam deimunidade quanto aos tributos dos outros entes polticos emdecorrncia da imunidade recproca.e) O regime jurdico tributrio das empresas pblicas e dassociedades de economia mista que explorem atividade

    econmica de produo ou de comercializao de bens estabelecido em norma complementar da legislaotributria.

    A questo cobra o art. 173, 2, da CF/88, dispondo que asempresas pblicas e as sociedades de economia mista no poderogozar de privilgios fiscais no extensivos s do setorprivado. Portanto, se as empresas do setor privado gozam deprivilgios fiscais, as empresas pblicas e as sociedades de economiamista tambm podero gozar dos mesmos privilgios, obedecendo-se

    o princpio da isonomia.

    E tambm cobra o art. 173, 1, II, afirmando que a lei (nonecessariamente lei complementar) estabelecer o estatuto jurdicoda empresa pblica, da sociedade de economia mista e de suassubsidirias que explorem atividade econmica de produo oucomercializao de bens ou de prestao de servios, dispondo sobrea sujeio ao regime jurdico prprio das empresas privadas,inclusive quanto aos direitos e obrigaes civis, comerciais,trabalhistas e tributrios.

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    Portanto, a resposta a letra c.

    10. (ESAF/AFRFB/2005) No tocante s imunidades

    tributrias conferidas s instituies de assistncia socialsem fins lucrativos, s uma afirmao no pode ser feita:a) subordinada, entre outros, ao requisito de queapliquem integralmente no Pas os seus recursos namanuteno de seus objetivos institucionais, ou de outrosque com estes guardem semelhana.b) Somente alcanam as entidades fechadas de previdnciasocial privada se no houver contribuio dos beneficirios.c) No excluem a atribuio, por lei, s instituies deassistncia social, da condio de responsveis pelos

    tributos que lhes caiba reter na fonte.d) No dispensa tais entidades do cumprimento deobrigaes tributrias acessrias, como a de manteremescriturao de suas receitas e despesas em livrosrevestidos de formalidades capazes de assegurar suaexatido.e) Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune aoIPTU o imvel pertencente a tais instituies, desde que ovalor dos aluguis seja aplicado nas atividades essenciais detais entidades.

    letra a, porque o CTN dispe aplicarem integralmente, noPas, os seus recursos na manuteno dos seus objetivosinstitucionais (art. 14, II) e no tem qualquer referncia a parte finaldo que est expresso nesta letra (ou de outros que com estesguardem semelhana).

    A letra b correta, de acordo com a smula 730 do STF.

    As letras c e d so corretas, segundo a literalidade dos arts.

    9, 1, c/c 14, III, do CTN.

    A letra e correta, de acordo com a smula 724 do STF.

    11. (ESAF/ATN/Recife/2003) vedado Unio, aosEstados, ao Distrito Federal e aos Municpios instituirimpostos sobre patrimnio, renda ou servios dasinstituies de educao e de assistncia social, sem finslucrativos. No entanto, de acordo com o Cdigo TributrioNacional, tal imunidade tributria subordinada

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    observncia, pelas referidas instituies, do seguinterequisito, entre outros:a) aplicarem integralmente, no Brasil ou em suascontroladas no exterior, os seus recursos na manuteno

    dos seus objetivos institucionais.b) no distriburem qualquer parcela de seu patrimnio oude suas rendas, a qualquer ttulo.c) no caso de instituies de educao, ofereceremgratuitamente pelo menos 50% das vagas de seus cursosregulares a alunos carentes.d) no remunerarem seus empregados com salriossuperiores aos pagos por empresas pblicas, em se tratandode cargos de iguais atribuies.e) no distriburem qualquer parcela de seu patrimnio ou

    de suas rendas, a ttulo de lucro ou participao no seuresultado.

    O art. 14 do CTN estabelece os seguintes requisitos: (i) nodistribuir qualquer parcela de seu patrimnio ou de suas rendas, aqualquer ttulo; (ii) aplicar integralmente, no Pas, os seus recursosna manuteno dos seus objetivos institucionais e (iii) manteremescriturao de suas receitas e despesas em livros revestidos deformalidades capazes de assegurar a sua exatido. Portanto, aresposta a letra b.

    12. (ESAF/AFTE/RN/2004) Avalie o acerto das afirmaesadiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas;em seguida, marque a resposta correta.( ) A imunidade tributria conferida pela ConstituioFederal a instituies de assistncia social sem finslucrativos somente alcana as entidades fechadas deprevidncia social privada se no houver contribuio dosbeneficirios.( ) permitido Unio exigir imposto sobre a renda

    auferida por Municpios que provenha de aluguel de imveisa eles pertencentes.( ) O imvel pertencente a entidade sindical detrabalhadores, ainda quando alugado a terceiros, permaneceimune ao imposto sobre propriedade predial e territorialurbana (IPTU), desde que o valor dos aluguis seja aplicadonas atividades essenciais de tal entidade.a) V, V, V.b) V, V, F.c) V, F, V.

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    d) F, F, V.e) F, V, F.

    A imunidade tributria conferida pela Constituio Federal a

    instituies de assistncia social sem fins lucrativos somente alcanaas entidades fechadas de previdncia social privada se no houvercontribuio dos beneficirios, segundo a smula 730 do STF.

    No permitido Unio exigir IR auferida por Municpios queprovenha de aluguel de imveis a eles pertencentes, eis que estarenda est abrangida pela imunidade recproca disposta no art. 150,VI, a, da CF/88.

    O imvel pertencente a entidade sindical de trabalhadores,

    ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao impostosobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU), desde que ovalor dos aluguis seja aplicado nas atividades essenciais de talentidade, de acordo com a smula 724 do STF.

    Portanto, a letra c(V, F, V).

    13. (ESAF/Procurador do TCE/GO/2007) Entre asafirmativas abaixo, relativas imunidade e isenestributrias, assinale a correta.

    a) Os partidos polticos so entidades imunes, benefcio queno se estende s suas fundaes.b) A imunidade de entidade educacional sem fins lucrativosno extensiva aos aluguis de apartamento de suapropriedade revertidos s suas finalidades institucionais.c) A imunidade tributria incidente sobre livros s extensvel ao papel nele utilizado se a obra tiver finsdidtico-educacionais.d) A iseno por prazo certo e em funo de determinadascondies atendidas pelo sujeito passivo gera direito

    adquirido.e) A empresa pblica Caixa Econmica Federal, que exerceatividade econmica, abrangida pela imunidade tributriarecproca, no se sujeitando ao pagamento de impostosobre propriedade de veculos automotores incidentes sobreseus carros.

    A letra a incorreta, pois os partidos polticos so entidadesimunes, benefcio que se estende s suas fundaes, conforme art.150, VI, c, da CF/88.

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    A letra b incorreta, pois a imunidade de entidadeeducacional sem fins lucrativos extensiva aos aluguis deapartamento de sua propriedade revertidos s suas finalidades

    institucionais, de acordo com smula 724 do STF.A letra c incorreta, pois segundo jurisprudncia do STF o

    poder constituinte, ao instituir esta benesse, no fez ressalvasquanto ao valor artstico ou didtico, relevncia dasinformaes divulgadas ou qualidade cultural de umapublicao. No cabe ao aplicador da norma constitucional em telaafastar este benefcio fiscal institudo para proteger direito toimportante ao exerccio da democracia, por fora de um juzosubjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor pedaggico de uma

    publicao destinada ao pblico infanto-juvenil. (RE 221.239, Rel.Min. Ellen Gracie, DJ de 6-8-04; RE 179.893, Rel. Min. MenezesDireito, DJEde 30-5-08).

    Por outro lado, a letra d correta, uma vez que a iseno porprazo certo e em funo de determinadas condies atendidas pelosujeito passivo gera direito adquirido. De acordo com o art. 178 doCTN, as isenes podem revogadas a qualquer tempo, salvo asisenes condicionais (onerosas) e por prazo certo. Assim, conformeo entendimento sumulado 544 do STF: Iseno tributria concedida

    sob condio onerosa no pode ser livremente suprimida.

    A letra e incorreta, pois a empresa pblica Caixa EconmicaFederal exerce atividade econmica, no estando abrangida pelaimunidade tributria recproca, sujeitando-se ao pagamento deimposto sobre propriedade de veculos automotores incidentes sobreseus carros, conforme 3, do art. 150, da CF/88.

    14. (ESAF/AFRF/2003) Entidade fechada de previdnciaprivada, que s confere benefcios aos seus filiados desde

    que eles recolham as contribuies pactuadas, goza deimunidade tributria? Segundo entendimento firmado pelo Supremo TribunalFederal, filmes fotogrficos destinados composio delivros, jornais e peridicos esto abrangidos por imunidadetributria? A Constituio Federal veda a instituio de contribuiosocial para a seguridade social sobre o lucro auferido porpessoas jurdicas, que decorra de comercializao de livros,jornais, peridicos e papel destinado a sua impresso?

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    a) No, sim, no.b) No, no, sim.c) No, no, no.d) Sim, sim, no.

    e) Sim, no, sim.Entidade fechada de previdncia privada, que s confere

    benefcios aos seus filiados desde que eles recolham as contribuiespactuadas, no goza de imunidade tributria, segundo a smula 730do STF.

    Segundo entendimento firmado pelo STF, filmes fotogrficosdestinados composio de livros, jornais e peridicos estoabrangidos por imunidade tributria, de acordo com a smula 657 do

    STF.

    A Constituio Federal no veda a instituio de contribuiosocial para a seguridade social sobre o lucro auferido por pessoasjurdicas, que decorra de comercializao de livros, jornais, peridicose papel destinado a sua impresso. Lembre que a imunidade cultural(art. 150, VI, d) objetiva ou real, referindo-se apenas aosimpostos sobre livros, jornais, peridicos e papel destinado a suaimpresso.

    Logo, a questo a letra a (No, sim, no).

    15. (ESAF/AFTN/94) A Constituio da Repblica prev quesobre a energia eltrica podem incidir somentea) dois impostos.b) trs impostos.c) os impostos de importao e de exportao.d) imposto nico sobre energia eltrica.e) impostos estaduais e municipais.

    A questo letra b, porque exceo do II, IE e ICMS,nenhum outro imposto poder incidir sobre operaes relativas aenergia eltrica, servios de telecomunicaes, derivados de petrleo,combustveis e minerais do Pas, de acordo com o art. 155, 3, daCF/88.

    16. (ESAF/AFTN/94) Quando atendam os requisitosestabelecidos na lei, no podem ser cobrados impostos queincidam sobre a renda, servios e patrimnio, bem como a

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    contribuio para a seguridade social, das seguintesespcies de entidades:a) partidos polticos.b) instituies beneficentes de educao.

    c) fundaes dos partidos polticos.d) instituies beneficentes de assistncia social.e) entidades sindicais dos trabalhadores.

    A questo letra d, segundo expressamente disposto no art.150, VI, c c/c 7, do art. 195 da CF/88, a saber: (i) vedado(proibio) criar impostos sobre patrimnio, renda ou servios dasinstituies de assistncia social, sem fins lucrativos, atendidos osrequisitos da lei (art. 150, VI, c); (ii) so isentas (diga-setecnicamente imune) de contribuio para a seguridade social as

    entidades beneficentes de assistncia social que atendam sexigncias estabelecidas em lei (art. 195, 7).

    Ressalta-se que a imunidade tem sede na CF/88,materializando uma dispensa constitucional de pagamento de tributo.Sendo assim, h dispositivos constitucionais que transmitem o teorde falsas isenes, representando ntidas imunidades, existindoequvoco por parte do legislador constitucional. Por exemplo, o citadoart. 195, 7, da CF.

    17. (ESAF/ISS/RJ/2010) Sobre as limitaesconstitucionais ao poder de tributar, correto afirmar que:a) apenas mediante lei possvel instituir ou aumentartributo.b) nos tributos de competncia da Unio, no se admitemdiscriminaes regionais ou locais com relao aos mesmosfatos geradores ou bases de clculo.c) as fundaes pblicas institudas pela Unio so imunesde impostos estaduais.d) a imunidade recproca de impostos entre os entes da

    federao brasileira abrange todas as rendas de todos eles,salvo se decorrentes de ganhos em aplicaes financeiras.e) inclusive conforme a jurisprudncia do Supremo TribunalFederal, a imunidade dos templos de qualquer culto teminterpretao ampla e finalstica.

    Letra (A). O art. 150, I, da CF, dispe sobre o princpio dalegalidade tributria, que afirma que no pode exigir ou aumentartributo sem lei que o estabelea. Todavia, h uma flexibilizao, porexemplo, com o art. 153, 1, da CF, prescrevendo que facultado

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    ao Poder Executivo, atendidas as condies e os limites estabelecidosem lei, alterar as alquotas do imposto de importao (II), imposto deexportao (IE), imposto sobre produtos industrializados (IPI) e oimposto sobre operaes de crdito, cmbio e seguro, ou relativas a

    ttulos ou valores mobilirios (IOF). Assim sendo, o termo apenastorna a alternativa incorreta.

    Letra (B). O art. 151, I, da CF, permite a Unio concederincentivos fiscais destinados a promover o equilbrio dodesenvolvimento scio-econmico entre as diferentes regies do Pas.Ou seja, a Unio pode tributar de forma diferente as diversas regiesdo Brasil, desde que seja para a promoo do equilbrio dodesenvolvimento scio-econmico do Pas. Por exemplo, em princpio,a tributao dos impostos da Unio pode ser mais gravosa nas

    regies mais ricas e menos gravosas nas regies mais pobres. Logo,incorreta.

    Letra (C). Segundo os termos literais do 2, do art. 150, daCF, a imunidade recproca abarca as fundaes institudas e mantidaspelo Poder Pblico, no que se refere ao patrimnio, renda e aosservios, vinculados a suas finalidades essenciais ou s delasdecorrentes. Noutro ponto, segundo o entendimento dominante, aimunidade recproca no abrange o ICMS, ou seja, no so todos osimpostos estaduais. Neste sentido, a jurisprudncia do STF firmou-se

    no sentido de que a imunidade recproca somente se aplica a impostoincidente sobre servio, patrimnio ou renda do prprio Municpio (AI671.412-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJE de 25-4-2008; AI 518.325-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma,DJEde 30-4-2010; AI 634.050-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,Primeira Turma, DJEde 14-8-2009). Logo, incorreta.

    Letra (D). A imunidade recproca de impostos entre os entes dafederao brasileira alcana as rendas decorrentes de ganhos emaplicaes financeiras. Neste sentido, segundo o STF, a garantia

    constitucional da imunidade recproca impede a incidncia de tributossobre o patrimnio e a renda dos entes federados, inclusive osvalores investidos e a renda auferida pelo membro da federao (AI174.808-AgR, Rel. Min. Maurc