2 º simulado de direito tributÁrio - silviosande.com.br · gabarito 9 questÕes comentadas 10 ......
TRANSCRIPT
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 1 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
2 º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO
SUMÁRIO
SEGUNDO SIMULADO 1
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1
GABARITO 9
QUESTÕES COMENTADAS 10
Meus amigos, vamos ao nosso segundo simulado gratuito. Muito bom
né?
Aproveitem bastante esses materiais que estão à nossa disposição.
Vamos em frente, os concursos estão saindo, mas não chorem, esse
simulado tá PUNK.
Vamos hoje falar sobre
QUESTÃO 1- PREF NATAL-AUDITOR-ESAF/ 2008
Acerca dos poderes da autoridade administrativa e sobre a certidão de
dívida ativa, marque a única opção correta.
a) Todas as pessoas naturais e jurídicas estão sujeitas à fiscalização
tributária, inclusive aquelas que gozam de imunidade tributária.
b) Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária os livros
obrigatórios de escrituração comercial e fiscal, limitado o exame aos
pontos objeto da investigação. Contudo, não são sujeitos à
fiscalização os livros opcionais.
c) A autoridade fiscal, mesmo considerando indispensável, não pode requisitar diretamente às instituições financeiras informações
protegidas pelo sigilo bancário, devendo valer-se, nessa situação, da
autoridade judicial.
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 2 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
d) É legal a requisição, pela autoridade fiscal, de força policial, na
situação em que o contribuinte nega acesso a estabelecimento
comercial em que se encontram os livros obrigatórios necessários à
fiscalização tributária.
e) O vício formal da certidão de dívida ativa que não altera o valor do
tributo devido e não traz prejuízo ao devedor acarreta a extinção da
execução.
QUESTÃO 2-RECEITA FEDERAL-ANALISTA-ESAF/2009
Sobre o sigilo fiscal, previsto no art. 198 do Código Tributário
Nacional, analise os itens a seguir, classificando-os como verdadeiros
ou falsos. Escolha, em consequência, a opção que seja adequada às
suas respostas:
I. é vedada a divulgação para qualquer fim, como regra, por parte da
Fazenda Pública e de seus funcionários, de qualquer informação
obtida em razão do ofício, sobre a situação econômica ou financeira
dos sujeitos passivos ou de terceiros;
II. não é vedado o fornecimento de informações para autoridade
judiciária, mediante requisição, no interesse da justiça;
III. é dominante o entendimento de que pode o Juiz, nos autos de uma execução fiscal, atender a pedido do exequente de oficiar à
Secretaria da Receita Federal do Brasil solicitando cópia da declaração
de bens e renda do executado, de modo a permitir a identificação de
bens penhoráveis;
IV. de outra forma, não se admite o disposto no item III no caso de
uma execução de sentença.
a) Estão corretos apenas os itens I, II e III.
b) Estão corretos apenas os itens I e II.
c) Todos os itens estão corretos.
d) Estão corretos apenas os itens II, III e IV.
e) Estão corretos apenas os itens II e III.
QUESTÃO 3 - RECEITA FEDERAL-ANALISTA-ESAF/2009
Sobre o lançamento, procedimento administrativo que faz nascer a
obrigação tributária, é correto afirmar que:
a) por meio do lançamento, constitui-se o crédito tributário,
apontando o montante devido correspondente à obrigação tributária
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 3 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
principal, que abrange o tributo, mas não abrange eventuais
penalidades pecuniárias pelo descumprimento da obrigação tributária.
b) o lançamento é indispensável para o recebimento do crédito
tributário (por exemplo, nos casos de crédito consignado em
pagamento e na conversão de depósito em renda), em qualquer
situação.
c) o tributo, por força do CTN, é lançado mediante atividade
administrativa plenamente vinculada, não sendo admissíveis
impugnações de quaisquer natureza.
d) a forma do lançamento dependerá do regime de lançamento do
tributo e das circunstâncias nas quais é apurado, sendo que, por não
seguir o princípio documental, não necessariamente conterá a
totalidade dos elementos necessários à identificação da obrigação
surgida.
e) ainda quando de fato seja o lançamento feito pelo sujeito passivo,
o Código Tributário Nacional, por ficção legal, considera que a sua
feitura é privativa da autoridade administrativa, e por isto, no plano
jurídico, sua existência fica sempre dependente de homologação por
parte da autoridade competente.
QUESTÃO 4 - RECEITA FEDERAL- ANALISTA-ESAF/2009
Consoante o que dispõe o art. 111 do Código Tributário Nacional,
interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha, entre
outros, sobre a outorga de isenção. Tal artigo, embora sofra algumas
críticas de parte da doutrina, no sentido de que não se deva lançar
mão isoladamente da técnica de interpretação literal, vem tendo
acolhida em diversos julgados oriundos de tribunais superiores. Como
exemplos de aplicação de tal princípio, podemos apontar as seguintes
situações, com exceção de:
a) de modo geral, podemos afirmar que é vedada a analogia em
legislação que verse sobre a outorga de isenções.
b) requisitos estabelecidos por ato normativo infralegal, como um Ato
Declaratório Normativo expedido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, por exemplo, podem impor restrições válidas, além
daquelas contidas em textos legais, para a fruição de benefícios
fiscais.
c) não é vedada a ponderação dos elementos sistemáticos e
finalísticos da norma por parte do aplicador do direito.
d) embora o comando legal seja no sentido de que seja dada
interpretação literal à legislação que disponha sobre a outorga de
isenções, admite-se uma interpretação mais ampla da referida norma.
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 4 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
e) a isenção tributária revela-se instrumento de materialização de
conveniência política, insuscetível, neste aspecto, de controle do
Poder Judiciário, na concretização de interesses econômicos e sociais,
estimulando e beneficiando determinadas situações merecedoras de
tratamento privilegiado.
QUESTÃO 5 – RECEITA FEDERAL-ANALISTA-ESAF/2009
Entre outras limitações ao poder de tributar, que possuem os entes políticos, temos a de cobrar tributos em relação a fatos geradores
ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou
aumentado. Sobre essa limitação, analise os itens a seguir,
classificando-os como verdadeiros ou falsos. Depois, escolha a opção
que seja adequada às suas respostas:
I. a irretroatividade da lei tributária vem preservar o passado da
atribuição de novos efeitos tributários, reforçando a própria garantia
da legalidade, porquanto resulta na exigência de lei prévia,
evidenciando-se como instrumento de otimização da segurança
jurídica ao prover uma maior certeza do direito;
II. o Supremo Tribunal Federal tem como referência, para análise da
irretroatividade, o aspecto temporal da hipótese de incidência, ou seja, o momento apontado pela lei como sendo aquele em que se
deve considerar ocorrido o fato gerador;
III. a mesma lei que rege o fato é também a única apta a reger os
efeitos que ele desencadeia, como a sujeição passiva, extensão da
responsabilidade, base de cálculo, alíquotas, deduções, compensações
e correção monetária, por exemplo;
IV. a lei instituidora ou majoradora de tributos tem de ser, como
regra, prospectiva; admite-se, porém, a sua retroatividade imprópria.
a) Todos os itens estão corretos.
b) Estão corretos apenas os itens I, II e III.
c) Estão corretos apenas os itens I, III e IV.
d) Estão corretos apenas os itens I, II e IV.
e) Estão corretos apenas os itens I e III.
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 5 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
QUESTÃO 6 – SMF RJ-AUDITOR-ESAF/2010
Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre direito tributário. Com base nessa afirmativa,
julgue os itens a seguir:
I. lei que institui incentivo fiscal para as empresas que contratarem
apenados e egressos é de natureza tributária, sendo, portanto,
constitucional lei estadual com tal conteúdo;
II. lei estadual pode estabelecer alíquotas diferenciadas em razão do
tipo do veículo, já que os estados-membros estão legitimados a editar
normas gerais referentes ao IPVA, no exercício da competência
concorrente prevista no art. 24, § 3º, da Constituição;
III. é possível ao estado conceder, mediante lei, isenção de tributo de
sua competência, visto que está atuando nos limites de sua
autonomia.
Estão corretos:
a) apenas o item I
b) apenas os itens I e II
c) apenas os itens I e III.
d) apenas os itens II e III.
e) todos os itens estão corretos
QUESTÃO 7 – TJ PE-JUIZ-FCC/2015
A empresa X, substituída tributária, logrou êxito em liminar em
mandado de segurança para pagar o ICMS com alíquota de 12%, e
não mais de 17%. No curso da ordem judicial, a empresa Y,
substituta tributária, passou a recolher o valor de ICMS relativo à
substituição tributária em 12%, conforme determinação judicial.
Posteriormente, contudo, a liminar foi reformada pelo Tribunal,
restabelecendo a obrigatoriedade do recolhimento em 17%. Nos
termos da legislação e da jurisprudência tributárias brasileiras, a
Administração Fazendária:
a) desde que não ultrapassado o prazo decadencial, pode exigir a diferença de ICMS tanto do substituto quanto do substituído, uma vez
que o instituto da substituição tributária estabelece, em geral,
responsabilidade tributária solidária entre o responsável e o
contribuinte.
b) não pode exigir a diferença de ICMS, uma vez que o seu não
recolhimento fundou-se em decisão judicial.
c) desde que não ultrapassado o prazo decadencial, pode exigir a
diferença de ICMS apenas do substituto, uma vez que o instituto da
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 6 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
substituição tributária exclui o contribuinte-substituído da relação
jurídica tributária.
d) desde que não ultrapassado o prazo decadencial, pode exigir a
diferença de ICMS apenas do substituído, uma vez que não houve
dolo ou culpa do substituto tributário e ser-lhe-ia impossível repassar
o ônus do tributo ao contribuinte-substituído.
e) desde que não ultrapassado o prazo decadencial, pode exigir a
diferença de ICMS apenas do substituído, pois ele tem relação pessoal
e direta com o fato gerador e, portanto, responde diretamente pelo ônus da tributação, em atenção ao princípio da capacidade
contributiva.
QUESTÃO 8 – PGE PR-PROCURADOR-PUC PR/2015
O Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e
sobre prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação – ICMS é o tributo com o maior
número de dispositivos positivados no texto da Constituição. Trata-se,
ademais disso, da maior fonte de recursos para os diversos Estados
da Federação.
Em âmbito nacional, o ICMS é regido pela Lei Complementar n. 87, de
13/09/96. No Estado do Paraná, é a Lei Estadual n. 11.580, de 14/11/96, que dispõe sobre o tributo. Sobre o assunto, assinale a
alternativa CORRETA.
a) Para fins tributários, a jurisprudência tem equiparado os serviços
de telecomunicação à indústria, admitindo o creditamento de ICMS
decorrente da entrada de energia elétrica consumida pela empresa,
vez que essencial ao desempenho de suas atividades.
b) O legislador complementar adotou o regime de crédito financeiro,
segundo o qual admite-se o creditamento incondicionado do ICMS
decorrente da entrada de mercadorias destinadas ao ativo
permanente da empresa.
c) A inclusão do montante do imposto na sua própria base de cálculo
(ICMS por dentro) viola a Constituição Federal de 1988.
d) Por força de imunidade tributária específica, não incide ICMS sobre a operação de compra e venda de álcool combustível celebrada entre
uma distribuidora sediada no Estado do Paraná e um posto de
combustível situado no Estado de Santa Catarina.
e) Nas operações de arrendamento mercantil financeiro internacional,
incide o ICMS a partir da entrada da mercadoria no território nacional,
independentemente do exercício efetivo da opção de compra.
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 7 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
QUESTÃO 9 - PGE PA-PROCURADOR-PGE PA/2011
Considerando o instituto da substituição tributária, assinale a
alternativa CORRETA:
a) a Constituição garante ao contribuinte o direito de se creditar da
diferença do ICMS, recolhido sob o regime de substituição tributária
„para frente‟, quando o valor estimado para a operação final for maior
que o efetivamente praticado.
b) A restituição assegurada pelo § 7º do art. 150 da CF/1988 restringe-se apenas à hipótese de não ocorrer o fato gerador
presumido, não havendo que se falar em tributo pago a maior ou a
menor por parte do contribuinte substituído.
c) O fato gerador presumido é provisório, dando ensejo a restituição
ou complementação do imposto pago.
d) Mesmo tendo a lei complementar definido o fato gerador
presumido como sendo a saída da mercadoria do estabelecimento do
contribuinte substituto, deixou margem para cogitar-se de momento
diverso, na conformidade, aliás, do previsto no art. 114 do CTN, que
tem o fato gerador da obrigação principal como a situação definida em
lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.
e) A circunstância de ser presumido o fato gerador constitui óbice à exigência antecipada do tributo, já que indefinida a sua base de
cálculo.
QUESTÃO 10 – SEFAZ RJ-AUDITOR-FCC/2014
A Comercial Importadora Esaú & Jacó, sediada em Niterói-RJ,
importou mercadorias da China e as desembaraçou no porto de
Vitória- ES. Entretanto, tais mercadorias são sujeitas à substituição
tributária das operações subsequentes, tanto pela legislação
fluminense, como pela legislação capixaba. Antes de retirar a
mercadoria da zona aduaneira, o contribuinte atentou para o artigo
12, § 2o , da Lei Complementar no 87/1996, que estabelece:
“Art. 12 - ... § 2º -- Na hipótese do inciso IX, após o desembaraço
aduaneiro, a entrega, pelo depositário, de mercadoria ou bem importados do exterior deverá ser autorizada pelo órgão responsável
pelo seu desembaraço, que somente se fará mediante a exibição do
comprovante de pagamento do imposto incidente no ato do despacho
aduaneiro, salvo disposição em contrário.”
Para retirar a mercadoria da zona aduaneira, o importador deverá
apresentar ao órgão responsável pelo desembaraço o comprovante de
pagamento do ICMS devido ao Estado do:
a) Espírito Santo, apenas, em razão da importação realizada.
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 8 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
b) Espírito Santo, em razão da importação realizada, visto que nesse
momento ocorreu o fato gerador do referido imposto, bem como o
comprovante do ICMS devido, por substituição tributária, ao Estado
do Rio de Janeiro, relativamente às operações subsequentes.
c) Espírito Santo, em razão da importação realizada, visto que nesse
momento ocorreu o fato gerador do referido imposto, bem como o
comprovante do ICMS devido, por substituição tributária, ao mesmo
Estado, relativamente às operações subsequentes
d) Rio de Janeiro, apenas, em razão da importação realizada.
e) Rio de Janeiro, em razão da importação realizada, como também o
comprovante do ICMS devido, por substituição tributária, ao mesmo
Estado, relativamente às operações subsequentes.
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 9 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
GABARITO
QUESTÃO 01 A QUESTÃO 06 E
QUESTÃO 02 A QUESTÃO 07 D
QUESTÃO 03 E QUESTÃO 08 A
QUESTÃO 04 B QUESTÃO 09 X
QUESTÃO 05 B QUESTÃO 10 D
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 10 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
QUESTÕES COMENTADAS
QUESTÃO 1- PREF NATAL-AUDITOR-ESAF/ 2008
Acerca dos poderes da autoridade administrativa e sobre a certidão de
dívida ativa, marque a única opção correta.
a) Todas as pessoas naturais e jurídicas estão sujeitas à fiscalização
tributária, inclusive aquelas que gozam de imunidade tributária.
b) Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal, limitado o exame aos
pontos objeto da investigação. Contudo, não são sujeitos à
fiscalização os livros opcionais.
c) A autoridade fiscal, mesmo considerando indispensável, não pode
requisitar diretamente às instituições financeiras informações
protegidas pelo sigilo bancário, devendo valer-se, nessa situação, da
autoridade judicial.
d) É legal a requisição, pela autoridade fiscal, de força policial, na
situação em que o contribuinte nega acesso a estabelecimento
comercial em que se encontram os livros obrigatórios necessários à
fiscalização tributária.
e) O vício formal da certidão de dívida ativa que não altera o valor do tributo devido e não traz prejuízo ao devedor acarreta a extinção da
execução.
Resposta:
Letra A: certa. CTN, art. 194. A legislação tributária, observado o
disposto nesta Lei, regulará, em caráter geral, ou especificamente em
função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os
poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização
da sua aplicação.
Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo aplica-se às
pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que
gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal.
Letra B: o final da assertiva está errado.
CTN, art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do
direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis
e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou
produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.
Letra C:
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 11 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
O STJ já julgou favoravelmente à Fazenda Nacional: “A quebra do
sigilo bancário sem prévia autorização judicial, para fins de
constituição de crédito tributário não extinto, é autorizada pela Lei
8.021/90 e pela Lei Complementar 105/2001, normas procedimentais,
cuja aplicação é imediata, à luz do disposto no artigo 144, § 1º, do
CTN”. (Resp. nº 1.134.665)
Letra D: acesso ao estabelecimento não
Letra E:
vício da certidão de dívida ativa que não altera o valor do tributo
devido nem traz prejuízo ao devedor não acarreta a extinção da
execução. (REsp 533082 PR 2003)
Gabarito: A
QUESTÃO 2-RECEITA FEDERAL-ANALISTA-ESAF/2009
Sobre o sigilo fiscal, previsto no art. 198 do Código Tributário
Nacional, analise os itens a seguir, classificando-os como verdadeiros
ou falsos. Escolha, em consequência, a opção que seja adequada às
suas respostas:
I. é vedada a divulgação para qualquer fim, como regra, por parte da
Fazenda Pública e de seus funcionários, de qualquer informação
obtida em razão do ofício, sobre a situação econômica ou financeira
dos sujeitos passivos ou de terceiros;
II. não é vedado o fornecimento de informações para autoridade
judiciária, mediante requisição, no interesse da justiça;
III. é dominante o entendimento de que pode o Juiz, nos autos de
uma execução fiscal, atender a pedido do exequente de oficiar à
Secretaria da Receita Federal do Brasil solicitando cópia da declaração
de bens e renda do executado, de modo a permitir a identificação de
bens penhoráveis;
IV. de outra forma, não se admite o disposto no item III no caso de
uma execução de sentença.
a) Estão corretos apenas os itens I, II e III.
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 12 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
b) Estão corretos apenas os itens I e II.
c) Todos os itens estão corretos.
d) Estão corretos apenas os itens II, III e IV.
e) Estão corretos apenas os itens II e III.
Resposta:
ITEM I: certo. A afirmação é verdadeira, pois nos fala sobre o sentido
geral do tema "sigilo fiscal", conforme o caput do artigo 198 do CTN,
que versa sobre a proibição de divulgação de informações por parte
da Fazenda Pública e seus funcionários, relacionadas aos contribuintes, responsáveis e terceiros, obtidas a partir do exercício
da função fiscalizatória.
ITEM lI: certo. A alternativa é verdadeira, uma vez que há exceções
em relação ao sigilo fiscal.
ITEM IlI: certo, uma vez que está sedimentada na jurisprudência em
que, para fins de identificação de bens penhoráveis, o exequente (nas
execuções fiscais e demais execuções) poderá solicitar ao juiz da
causa que oficie a Receita Federal para que esta providencie a juntada
aos autos do processo da declaração de bens do devedor.
STJ, AgRg no REsp 113S568/ PE:
"AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. PROCESSO DE
EXECUÇÃO. SIGILO FISCAL. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO A RECEITA
FEDERAL. MEDIDA EXCEPCIONAL.
1. O STJ firmou entendimento de que a quebra de sigilo fiscal ou
bancário do executado para que o exequente obtenha informações
sobre a existência de bens do devedor inadimplente é admitida
somente após terem sido esgotadas as tentativas de obtenção dos
dados na via extrajudicial."
ITEM IV: errado, pois, conforme exposto no comentário do item
anterior, as solicitações da espécie à Receita Federal podem dar-se
tanto na execução fiscal, como na execução de sentenças.
Gabarito: A
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 13 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
QUESTÃO 3 - RECEITA FEDERAL-ANALISTA-ESAF/2009
Sobre o lançamento, procedimento administrativo que faz nascer a
obrigação tributária, é correto afirmar que:
a) por meio do lançamento, constitui-se o crédito tributário,
apontando o montante devido correspondente à obrigação tributária
principal, que abrange o tributo, mas não abrange eventuais
penalidades pecuniárias pelo descumprimento da obrigação tributária.
b) o lançamento é indispensável para o recebimento do crédito
tributário (por exemplo, nos casos de crédito consignado em
pagamento e na conversão de depósito em renda), em qualquer
situação.
c) o tributo, por força do CTN, é lançado mediante atividade
administrativa plenamente vinculada, não sendo admissíveis
impugnações de quaisquer natureza.
d) a forma do lançamento dependerá do regime de lançamento do
tributo e das circunstâncias nas quais é apurado, sendo que, por não
seguir o princípio documental, não necessariamente conterá a
totalidade dos elementos necessários à identificação da obrigação
surgida.
e) ainda quando de fato seja o lançamento feito pelo sujeito passivo,
o Código Tributário Nacional, por ficção legal, considera que a sua
feitura é privativa da autoridade administrativa, e por isto, no plano
jurídico, sua existência fica sempre dependente de homologação por
parte da autoridade competente.
Resposta: essa é PUNK ao cubo. Vamos de George Firmino.
Letra A: errada. O lançamento deve contemplar toda a obrigação
tributária principal, ou seja, o tributo e as penalidades, caso existam.
Nesse sentido, define o art. 142 do CTN que o lançamento
compreende o procedimento administrativo tendente a verificar a
ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a
matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o
sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade
cabível.
Letra B: errada. Alternativa bastante interessante. Sabemos que o
lançamento constitui o crédito tributário, conferindo exigibilidade à
obrigação tributária. Nesse sentido, temos que o lançamento seria
indispensável para o recebimento do crédito. Essa é a regra geral,
mas comporta exceções.
Essa alternativa foi retirada da lição de Sacha Calmon, com alteração
do sentido dado pelo autor. Senão, vejamos:
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 14 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
“… tirante a hipótese em que é condição de atendibilidade nos tributos
em que precede necessariamente ao pagamento a hipótese em que é
condição para a executividade do crédito, o lançamento é
absolutamente dispensável para o recebimento do crédito tributário
(tributos pagos sem prévio exame da Administração, crédito
consignado em pagamento, conversão do depósito em renda, etc.)."
(COELHO. Sacha Calmon Navarro. Liminares e Depósitos Antes do
Lançamento por Homologação – Decadência e Prescrição, 2ª ed.,
Dialética, 2002, p. 57).
A tese daqueles que defendem este entendimento é que o art. 142
estabelece que compete à autoridade administrativa constituir o
crédito tributário mediante o lançamento, no entanto, o crédito
poderia ser constituído por procedimentos diversos do lançamento.
Essa tese tem sido bastante discutida inclusive no âmbito da própria
Receita Federal. Adotando este posicionamento, teríamos que o
próprio contribuinte poderia constituir o crédito tributário (não
mediante o lançamento, pois este é ato privativo da autoridade).
Seria o caso da DCTF, Declaração de Débitos e Créditos Tributários
Federais, obrigação acessória das pessoas jurídicas. Nesta declaração,
o sujeito passivo apresenta à Receita Federal todos os débitos
apurados no período e deve proceder ao recolhimento. Ao enviar estas informações, o contribuinte está confessando a dívida. Assim,
seguindo a redação do Decreto-Lei nº 2.124, de 1984, os defensores
da referida tese, argumentam que a confissão de dívida é uma das
formas de se constituir o crédito, sendo dispensável, portanto,
procedimento de lançamento. Vejamos o que diz o Decreto-Lei 2.124:
“Art. 5º. § 1º. O documento que formalizar o cumprimento de
obrigação acessória, comunicando a existência de crédito tributário,
constituirá confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a
exigência do referido crédito.”
Assim também tem entendido o STJ:
“… a apresentação de Guia de Informação e Apuração do ICMS – GIA,
de Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais – DCTF, ou
de outra declaração dessa natureza, prevista em lei, é modo de constituição do crédito tributário, dispensando, para isso, qualquer
outra providência por parte do Fisco.”(STJ, Primeira Seção, REsp
886.462/RS, out/08).
Letra C: incorreta. O tributo é lançado mediante atividade
administrativa plenamente vinculada, qual seja: o lançamento.
Entretanto, o lançamento não tem o poder de afastar os princípios da
legalidade, do contraditório e da ampla defesa, garantias
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 15 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
constitucionais conferidas ao contribuinte. Nesse sentido, o próprio
CTN prevê hipóteses em que o lançamento pode ser alterado (art.
145).
Letra D: incorreta. Esta alternativa foi extraída da seguinte lição de
Leandro Paulsen, alterando o sentido original:
“O lançamento segue o princípio documental. Sua forma dependerá
do regime de lançamento do tributo e das circunstâncias nas quais é
apurado. Certo é que estará documentado e que seu instrumento terá
de conter os elementos indispensáveis à identificação inequívoca da obrigação surgida. Os lançamentos normalmente são documentados
através de Auto de Infração (AI).” (PAULSEN, Leandro. Direito
Tributário: Constituição e Código Tributário à luz da doutrina e da
jurisprudência. 12ª ed. Livraria do Advogado, 2010, p. 1010).
Letra E: correta. Parcela da doutrina entende que, na prática, o
lançamento por homologação é efetuado pelo contribuinte e que a
homologação da autoridade administrativa apenas confirma sua
existência. Esta alternativa foi retirada dos ensinamentos de Hugo de
Brito Machado sobre o tema:
“A constituição do crédito tributário é de competência privativa da
autoridade administrativa. Só esta pode fazer o lançamento. Ainda
que ela apenas homologue o que o sujeito passivo fez, como acontece nos casos do artigo 150 do CTN, que cuida do lançamento dito por
homologação. Sem esta homologação não existirá, juridicamente, o
lançamento, e não estará por isto mesmo constituído o crédito
tributário. Ainda quando de fato seja o lançamento feito pelo sujeito
passivo, o Código Tributário Nacional, por ficção legal, considera que
a sua feitura é privativa da autoridade administrativa, e por isto, no
plano jurídico, sua existência fica sempre dependente, quando feito
pelo sujeito passivo, de homologação da autoridade competente.”
(MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. São Paulo:
Malheiros, 2007, p. 199/200)
Gabarito: E
QUESTÃO 4 - RECEITA FEDERAL- ANALISTA-ESAF/2009
Consoante o que dispõe o art. 111 do Código Tributário Nacional,
interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha, entre
outros, sobre a outorga de isenção. Tal artigo, embora sofra algumas
críticas de parte da doutrina, no sentido de que não se deva lançar
mão isoladamente da técnica de interpretação literal, vem tendo
acolhida em diversos julgados oriundos de tribunais superiores. Como
exemplos de aplicação de tal princípio, podemos apontar as seguintes
situações, com exceção de:
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 16 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
a) de modo geral, podemos afirmar que é vedada a analogia em
legislação que verse sobre a outorga de isenções.
b) requisitos estabelecidos por ato normativo infralegal, como um Ato
Declaratório Normativo expedido pela Secretaria da Receita Federal
do Brasil, por exemplo, podem impor restrições válidas, além
daquelas contidas em textos legais, para a fruição de benefícios
fiscais.
c) não é vedada a ponderação dos elementos sistemáticos e
finalísticos da norma por parte do aplicador do direito.
d) embora o comando legal seja no sentido de que seja dada
interpretação literal à legislação que disponha sobre a outorga de
isenções, admite-se uma interpretação mais ampla da referida norma.
e) a isenção tributária revela-se instrumento de materialização de
conveniência política, insuscetível, neste aspecto, de controle do
Poder Judiciário, na concretização de interesses econômicos e sociais,
estimulando e beneficiando determinadas situações merecedoras de
tratamento privilegiado.
Resposta: mais celeuma.
Letra A:. correta
Segundo o STJ (EDcl REsp 8702095/PE), em regra, revela-se proibida
a interpretação das normas concessivas de isenção de forma analógica ou extensiva, restando consolidado entendimento no
sentido de ser incabível interpretação extensiva da isenção à situação
que não se enquadre no texto expresso da lei (art. 111, II, CTN).
Letra B. errada
Segundo o STJ (REsp 115823/SP), o ato normativo infralegal que
impõe restrições para fruição de benefícios fiscais, além daquelas
contidas em textos legais, fere o princípio da legalidade estrita.
Letra C: certa.
Segundo o STJ, o art. 111 do CTN não pode levar o aplicador do direito à conclusão de que esteja
ele impedido de aplicar as normas de direito, de valer-se de uma
equilibrada ponderação dos elementos lógico-sistemático, histórico e
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 17 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
finalístico ou teológico, os quais integram a metodologia de
interpretação as normas jurídicas (REsp 192.531/RS
Letra D: correta
Letra E: certa.
Segundo o STF, a isenção fiscal decorre do implemento da política
fiscal e econômica, pelo estado, tendo em vista o interesse social,
sendo ato discricionário que escapa ao controle do Poder Judiciário e
envolve juízo de conveniência e oportunidade do Poder Executivo (AI
151.855-AgR).
Gabarito: B
QUESTÃO 5 – RECEITA FEDERAL-ANALISTA-ESAF/2009
Entre outras limitações ao poder de tributar, que possuem os entes
políticos, temos a de cobrar tributos em relação a fatos geradores
ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou
aumentado. Sobre essa limitação, analise os itens a seguir,
classificando-os como verdadeiros ou falsos. Depois, escolha a opção
que seja adequada às suas respostas:
I. a irretroatividade da lei tributária vem preservar o passado da
atribuição de novos efeitos tributários, reforçando a própria garantia da legalidade, porquanto resulta na exigência de lei prévia,
evidenciando-se como instrumento de otimização da segurança
jurídica ao prover uma maior certeza do direito;
II. o Supremo Tribunal Federal tem como referência, para análise da
irretroatividade, o aspecto temporal da hipótese de incidência, ou
seja, o momento apontado pela lei como sendo aquele em que se
deve considerar ocorrido o fato gerador;
III. a mesma lei que rege o fato é também a única apta a reger os
efeitos que ele desencadeia, como a sujeição passiva, extensão da
responsabilidade, base de cálculo, alíquotas, deduções, compensações
e correção monetária, por exemplo;
IV. a lei instituidora ou majoradora de tributos tem de ser, como
regra, prospectiva; admite-se, porém, a sua retroatividade imprópria.
a) Todos os itens estão corretos.
b) Estão corretos apenas os itens I, II e III.
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 18 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
c) Estão corretos apenas os itens I, III e IV.
d) Estão corretos apenas os itens I, II e IV.
e) Estão corretos apenas os itens I e III.
Resposta: mais uma lambança Esafiana. Essa questão veio mais para
confundir do que para elucidar pontos da matéria.
Leiam sempre que possível o revisaço JURISPODIUM.
ITEM I: certo. Assim como a legalidade tributária, o princípio da
irretroatividade da CF constitui uma vertente tributária do princípio
geral da segurança jurídica. Enquanto aquele estabelece a exigência de lei prévia como condição para a tributação, este veicula a garantia
de que a lei tributária não retroagirá para atingir fatos geradores
regidos por lei vigente no passado, o que representa,
indubitavelmente, uma segurança às pessoas físicas e jurídicas
sujeitas às normas de tributação.
ITEM II: certo. É verdade que a referência do STF para análise da
irretroatividade é o aspecto temporal da hipótese de incidência, isto é,
o momento em que o fato gerador ocorre. Em termos mais precisos, a
norma tributária aplicável é sempre aquela vigente na data da
ocorrência do fato gerador, o que constitui a realização prática do
aspecto temporal da hipótese de incidência tributária. Daí a vedação
de se cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do
início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.
ITEM III: certo. Interpretado a contrário sensu, o princípio da
retroatividade da norma tributária enunciado na CF diz respeito à
regra de que os tributos devem ser cobrados segundo a lei vigente à
época dos referidos fatos geradores, o que torna lícito afirmar que a
mesma lei que rege o fato, no caso o fato gerador, é também a única
apta a reger os efeitos tributários que ele desencadeia.
ITEM IV:
A ESAF não poderia ter considerado essa afirmação falsa, como fez no
gabarito definitivo da prova. Que a regra instituidora ou majoradora
de tributos tem que ser prospectiva não há dúvida. Então, o que foi
considerado falso pela banca examinadora foi a assertiva de que,
excepcionalmente, admite-se a retroatividade imprópria da lei tributária, isto é, a aplicação da lei nova sobre fatos geradores
periódicos pendentes (períodos de apuração em andamento),
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 19 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
consagrada pelo Supremo Tribunal Federal na sua Súmula 584, que
tem a seguinte redação: "Ao Imposto de Renda calculado sobre os
rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no exercício
financeiro em que deve ser apresentada a declaração". Verdade que,
segundo considerável parcela da doutrina, conforme jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça e até de acordo com recente acórdão do
STF (RE 587.008 - julg. fev. 2011), referida súmula tornou-se
ultrapassada a partir da promulgação da CF de 1988 e do advento do
princípio da irretroatividade nos moldes do seu artigo 150, inciso Ili, alínea "a". Porém, na recente jurisprudência do STF, em decisões tais
como a monocrática do ARE 640.953, datada de maio de 2011,
portanto mais recente que o RE 587.008, ainda é possível identificar a
insistência na Súmula 584 e na retroatividade imprópria, o que torna
temerário considerar falsa a assertiva IV.
Gabarito: B
QUESTÃO 6 – SMF RJ-AUDITOR-ESAF/2010
Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre direito tributário. Com base nessa afirmativa,
julgue os itens a seguir:
I. lei que institui incentivo fiscal para as empresas que contratarem
apenados e egressos é de natureza tributária, sendo, portanto,
constitucional lei estadual com tal conteúdo;
II. lei estadual pode estabelecer alíquotas diferenciadas em razão do
tipo do veículo, já que os estados-membros estão legitimados a editar
normas gerais referentes ao IPVA, no exercício da competência
concorrente prevista no art. 24, § 3º, da Constituição;
III. é possível ao estado conceder, mediante lei, isenção de tributo de
sua competência, visto que está atuando nos limites de sua
autonomia.
Estão corretos:
a) apenas o item I
b) apenas os itens I e II
c) apenas os itens I e III.
d) apenas os itens II e III.
e) todos os itens estão corretos
Resposta:
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 20 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
ITEM I: certo. "Ação direta de inconstitucionalidade. Lei 8366, de 7-6-
2006, do estado do Espírito Santo. Lei que institui incentivo fiscal para
as empresas que contratarem apenados e egressos. Matéria de índole
tributária e não orçamentária." (ADI 3.809, Rel. Min. Eros Grau,
julgamento em 14-6-2007, Plenário, DJ de 14-9-2007.);
ITEM II: certo. "Os Estados-membros estão legitimados a editar
normas gerais referentes ao IPVA, no exercício da competência
concorrente prevista no art. 24, § 3º, da Constituição do Brasil. " (RE
576137 RS; Min. AYRES BRITTO; Julgamento: 30/08/2010)
ITEM III: certo. É possível ao estado conceder, mediante lei, isenção
de tributo de sua competência, visto que está atuando nos limites de
sua autonomia.
Gabarito: E
QUESTÃO 7 – TJ PE-JUIZ-FCC/2015
A empresa X, substituída tributária, logrou êxito em liminar em
mandado de segurança para pagar o ICMS com alíquota de 12%, e
não mais de 17%. No curso da ordem judicial, a empresa Y,
substituta tributária, passou a recolher o valor de ICMS relativo à
substituição tributária em 12%, conforme determinação judicial.
Posteriormente, contudo, a liminar foi reformada pelo Tribunal, restabelecendo a obrigatoriedade do recolhimento em 17%. Nos
termos da legislação e da jurisprudência tributárias brasileiras, a
Administração Fazendária:
a) desde que não ultrapassado o prazo decadencial, pode exigir a
diferença de ICMS tanto do substituto quanto do substituído, uma vez
que o instituto da substituição tributária estabelece, em geral,
responsabilidade tributária solidária entre o responsável e o
contribuinte.
b) não pode exigir a diferença de ICMS, uma vez que o seu não
recolhimento fundou-se em decisão judicial.
c) desde que não ultrapassado o prazo decadencial, pode exigir a
diferença de ICMS apenas do substituto, uma vez que o instituto da
substituição tributária exclui o contribuinte-substituído da relação
jurídica tributária.
d) desde que não ultrapassado o prazo decadencial, pode exigir a
diferença de ICMS apenas do substituído, uma vez que não houve
dolo ou culpa do substituto tributário e ser-lhe-ia impossível repassar
o ônus do tributo ao contribuinte-substituído.
e) desde que não ultrapassado o prazo decadencial, pode exigir a
diferença de ICMS apenas do substituído, pois ele tem relação pessoal
e direta com o fato gerador e, portanto, responde diretamente pelo
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 21 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
ônus da tributação, em atenção ao princípio da capacidade
contributiva.
Resposta:
Eu sei, essa foi bem difícil.
TRIBUTÁRIO. ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. IMPOSTO NÃO
RECOLHIDO PELO SUBSTITUTO POR FORÇA DE SENTENÇA JUDICIAL
IMPEDITIVA EM AÇÃO MANDAMENTAL MOVIDA PELO SUBSTITUÍDO.
COBRANÇA DO SUBSTITUTO. INVIABILIDADE.
1. O substituto que deixe de apurar e recolher o ICMS por força de decisão mandamental favorável ao substituído não responderá pelo
tributo, quando não caracterizada culpa ou dolo. Precedente: (REsp
1028716/RS, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, DJe 03/05/2010).
2. In casu, o recorrido-substituto deixou de recolher o ICMS na
sistemática da substituição tributária por conta decisão liminar
proferida em ação movida pelo substituído. Posteriormente, a
sentença foi reformada pelo Tribunal, e o Fisco passou a cobrar o
tributo do recorrido-substituto.
3. A e. Segunda Turma, em hipótese análoga, firmou entendimento
nos seguintes termos, verbis: 2. No Direito Tributário brasileiro, nos
termos dos arts. 121 e 128 do CTN, sujeito passivo é contribuinte ou
responsável. 3. O contribuinte tem relação pessoal e direta com o fato gerador e, como regra, responde diretamente pelo ônus da tributação,
em atenção ao princípio da capacidade contributiva.
4. Na sistemática da substituição tributária, o substituto apura e
recolhe o ICMS que incidirá na operação futura a ser realizada pelo
substituído. É este último, como contribuinte, que deve suportar
diretamente o ônus do tributo, ainda que o repasse ao consumidor
final, por se tratar de imposto indireto.
5. Caso o substituto deixe de apurar e recolher o ICMS por culpa ou
dolo, responderá pelo tributo, pois descumpriu a obrigação legal
correspondente, mantendo-se como sujeito passivo.
6. Inviável exigir do recorrido-substituto o ICMS não recolhido, se
inexistiu culpa ou dolo. Ao contrário, respeitou-se determinação
judicial para não apurar e recolher o tributo. Em caso de cobrança, seria impossível ao responsável repassar o ônus do tributo ao
substituído-contribuinte.
7. Entender de maneira diversa seria subverter o disposto nos arts.
121 e 128 do CTN, interpretados à luz do princípio da capacidade
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 22 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
contributiva, para exonerar o contribuinte e onerar exclusivamente o
responsável tributário, um despropósito e uma injustiça.
8. Recurso Especial não provido. (Resp. 887585/RS, Rel. Min. Herman
Benjamin, DJ, 13.03.2009).
4. Recurso especial a que se nega provimento, nos termos da
uniforme jurisprudência desta E. Corte. (REsp 1090414/RS, Rel.
Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 23/02/2011, DJe
11/05/2011)
Em resumo:
TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO
ESPECIAL. ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. IMPOSTO NÃO
RECOLHIDO PELO SUBSTITUTO, POR FORÇA DE SENTENÇA JUDICIAL
IMPEDITIVA, EM AÇÃO MANDAMENTAL MOVIDA PELO SUBSTITUÍDO.
COBRANÇA DO SUBSTITUTO. INVIABILIDADE. I. A Primeira Seção do
STJ, ao julgar, como recurso repetitivo, o REsp 1.090.414/RS (Rel.
Ministro LUIZ FUX, DJe de 11/05/2011), proclamou o entendimento
de que, salvo nos casos de dolo ou culpa, o substituto não responde
pelo débito tributário que deixou de recolher, em face de decisão
liminar obtida pelo substituído, em ação mandamental, ainda que tal
provimento não venha a se confirmar, por ocasião do julgamento
definitivo daquela demanda. Precedentes. II. Agravo Regimental improvido.(STJ , Relator: Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, Data de
Julgamento: 07/08/2014, T2 - SEGUNDA TURMA)
Gabarito: D
QUESTÃO 8 – PGE PR-PROCURADOR-PUC PR/2015
O Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e
sobre prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação – ICMS é o tributo com o maior
número de dispositivos positivados no texto da Constituição. Trata-se,
ademais disso, da maior fonte de recursos para os diversos Estados
da Federação.
Em âmbito nacional, o ICMS é regido pela Lei Complementar n. 87, de
13/09/96. No Estado do Paraná, é a Lei Estadual n. 11.580, de 14/11/96, que dispõe sobre o tributo. Sobre o assunto, assinale a
alternativa CORRETA.
a) Para fins tributários, a jurisprudência tem equiparado os serviços
de telecomunicação à indústria, admitindo o creditamento de ICMS
decorrente da entrada de energia elétrica consumida pela empresa,
vez que essencial ao desempenho de suas atividades.
b) O legislador complementar adotou o regime de crédito financeiro,
segundo o qual admite-se o creditamento incondicionado do ICMS
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 23 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
decorrente da entrada de mercadorias destinadas ao ativo
permanente da empresa.
c) A inclusão do montante do imposto na sua própria base de cálculo
(ICMS por dentro) viola a Constituição Federal de 1988.
d) Por força de imunidade tributária específica, não incide ICMS sobre
a operação de compra e venda de álcool combustível celebrada entre
uma distribuidora sediada no Estado do Paraná e um posto de
combustível situado no Estado de Santa Catarina.
e) Nas operações de arrendamento mercantil financeiro internacional, incide o ICMS a partir da entrada da mercadoria no território nacional,
independentemente do exercício efetivo da opção de compra.
Resposta: mais Jurisprudência
Processo:AgRg no AREsp 500410 SC 2014/0082269-
3Relator(a):Ministro HUMBERTO
MARTINSJulgamento:18/06/2014Órgão Julgador:T2 - SEGUNDA
TURMAPublicação:DJe 27/06/2014
Ementa
TRIBUTÁRIO. ENERGIA ELÉTRICA. CREDITAMENTO DE ICMS.
EMPRESA DE TELECOMUNICAÇÃO. POSSIBILIDADE. RESP
1.201.635/MG. PRIMEIRA SEÇÃO. MATÉRIA JULGADA NO RITO DOS
PROCESSOS REPETITIVOS. ART. 543-C DO CPC.
A Primeira Seção desta Corte, na assentada de 12.6.2013, ao julgar o
REsp 1.201.635/MG, de relatoria do Ministro Sérgio Kukina,
submetido ao regime do art. 543-C do CPC (recursos repetitivos),
firmou entendimento no sentido de que "em virtude da essencialidade
da energia elétrica, enquanto insumo, para o exercício da atividade de
telecomunicações, induvidoso se revela o direito ao creditamento de
ICMS, em atendimento ao princípio da não-cumulatividade". Agravo
regimental improvido.
Letra A: certa conforme exposto acima.
Letra B: creditamento incondicionado ?????????
Letra C: não viola
Letra D: incide sim.
TRIBUTÁRIO E CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL NO
RECURSO ESPECIAL.
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 24 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
EMBARGOS À EXECUÇÃO. ICMS. IMUNIDADE DO PETRÓLEO E SEUS
DERIVADOS.
EXTENSÃO AO ÁLCOOL ANIDRO. FUNDAMENTO EMINENTEMENTE
CONSTITUCIONAL.
REVISÃO NA VIA ELEITA. IMPOSSIBILIDADE.
1. A controvérsia do recurso especial reside no direito de estorno de
crédito de ICMS decorrente da entrada de álcool anidro adicionado à
gasolina, tendo em vista a imunidade concedida aos derivados de
petróleo. Ocorre que o Tribunal local negou provimento ao apelo com fundamentação eminentemente constitucional, haja vista a
interpretação dada ao artigo 155, § 2º, X, "b", da Constituição Federal
no sentido de excluir os combustíveis de origem vegetal (álcool
anidro) da imunidade constitucional do petróleo, lubrificantes,
combustíveis líquidos e gasosos e energia elétrica.
2. O fundamento constitucional assentado pelo acórdão recorrido
afasta a possibilidade de revisão do julgado na via do recurso
especial, por sua competência ser restrita à uniformização do direito
infraconstitucional. No contrário, estar-se-ia usurpando a atribuição
exclusiva do Supremo Tribunal Federal disciplinada no art. 102, III, da
Carta Política de 1988.
3. Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp 1185691/PI, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em
27/09/2011, DJe 30/09/2011)
Letra E: vai depender da opção de compra.
Decisão publicada no informativo 761 do STF:
"O ICMS — tributo próprio à circulação de mercadorias qualificada
pela compra e venda — não incide na importação de bem móvel
realizada mediante operação de arrendamento mercantil quando não
exercida a opção de compra (ou seja, o leasing financeiro) e, por
consequência, suscetível de devolução ao arrendador.
O Colegiado, ao reafirmar jurisprudência do tema, aplicou o que fora
decidido no julgamento do RE 540.829/SP (j. em 26.9.2014, acórdão
pendente de publicação, v. Informativo 758), com repercussão geral
reconhecida. Isto confirma o disposto na LC 87/96, art.3º, VIII.
Gabarito: A
QUESTÃO 9 - PGE PA-PROCURADOR-PGE PA/2011
Considerando o instituto da substituição tributária, assinale a
alternativa CORRETA:
a) a Constituição garante ao contribuinte o direito de se creditar da
diferença do ICMS, recolhido sob o regime de substituição tributária
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 25 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
„para frente‟, quando o valor estimado para a operação final for maior
que o efetivamente praticado.
b) A restituição assegurada pelo § 7º do art. 150 da CF/1988
restringe-se apenas à hipótese de não ocorrer o fato gerador
presumido, não havendo que se falar em tributo pago a maior ou a
menor por parte do contribuinte substituído.
c) O fato gerador presumido é provisório, dando ensejo a restituição
ou complementação do imposto pago.
d) Mesmo tendo a lei complementar definido o fato gerador presumido como sendo a saída da mercadoria do estabelecimento do
contribuinte substituto, deixou margem para cogitar-se de momento
diverso, na conformidade, aliás, do previsto no art. 114 do CTN, que
tem o fato gerador da obrigação principal como a situação definida em
lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.
e) A circunstância de ser presumido o fato gerador constitui óbice à
exigência antecipada do tributo, já que indefinida a sua base de
cálculo.
Resposta:
Letra A: errada. O § 7º do art. 150 da Constituição não garante ao
contribuinte o direito de se creditar da diferença do ICMS, recolhido sob o regime de substituição tributária "para frente", quando o valor
estimado para a operação final for maior que o efetivamente praticado
(STF ADI 1.851)
Letra B: tava certa, agora tá errada.
Contribuinte tem direito a diferenças em regime de substituição
tributária, decide STF
(RE) 593849 - "Foi concluído pelo Supremo Tribunal Federal (STF) o
julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 593849 , com repercussão
geral reconhecida, no qual foi alterado entendimento do STF sobre o
regime de substituição tributária do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS). O Tribunal entendeu que o
contribuinte tem direito à diferença entre o valor do tributo recolhido
previamente e aquele realmente devido no momento da venda. O tributo só se torna efetivamente devido com a ocorrência do fato
gerador, e a inocorrência total ou parcial exige a devolução, sob pena
de ocorrência de confisco ou enriquecimento sem causa do Estado."
Modulação e tese
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 26 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
"Também foi definida a modulação dos efeitos do julgamento, de
forma que o entendimento passa a valer para os casos futuros e
somente deve atingir casos pretéritos que já estejam em trâmite
judicial. Segundo o ministro Edson Fachin, a medida é necessária para
se atender ao interesse público, evitando surpresas, como o
ajuizamento de ações rescisórias e de novas ações sobre casos até
agora não questionados.
Foi fixada também a tese do julgamento para fim de repercussão
geral:
“É devida a restituição da diferença do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) pago a mais no regime de substituição
tributária para a frente se a base de cálculo efetiva da operação for
inferior à presumida.”
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=
327683
Letra C: errada. O fato gerador presumido, por isso mesmo, não é
provisório, mas definitivo, não dando ensejo a restituição ou
complementação do imposto pago, senão, no primeiro caso, na
hipótese de sua não-realização final (STF ADI 1.851)
Letra D: errada A lei complementar, por igual, definiu o aspecto
temporal do fato gerador presumido como sendo a saída da mercadoria do estabelecimento do contribuinte substituto, não
deixando margem para cogitar-se de momento diverso, no futuro, na
conformidade, aliás, do previsto no art. 114 do CTN, que tem o fato
gerador da obrigação principal como a situação definida em lei como
necessária e suficiente à sua ocorrência (STF ADI 1.851)
Letra E: errada. A circunstância de ser presumido o fato gerador não
constitui óbice à exigência antecipada do tributo, dado tratar-se de
sistema instituído pela própria Constituição, encontrando-se
regulamentado por lei complementar que, para definir a base de
cálculo, se valeu de critério de estimativa que a aproxima o mais
possível da realidade. (STF ADI 1.851)
Gabarito: atualmente tudo errado. Era originalmente B.
QUESTÃO 10 – SEFAZ RJ-AUDITOR-FCC/2014
A Comercial Importadora Esaú & Jacó, sediada em Niterói-RJ,
importou mercadorias da China e as desembaraçou no porto de
Vitória- ES. Entretanto, tais mercadorias são sujeitas à substituição
tributária das operações subsequentes, tanto pela legislação
fluminense, como pela legislação capixaba. Antes de retirar a
mercadoria da zona aduaneira, o contribuinte atentou para o artigo
12, § 2o , da Lei Complementar no 87/1996, que estabelece:
2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018
Prof. Claudio Roisman
Página 27 de 27
PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br
“Art. 12 - ... § 2º -- Na hipótese do inciso IX, após o desembaraço
aduaneiro, a entrega, pelo depositário, de mercadoria ou bem
importados do exterior deverá ser autorizada pelo órgão responsável
pelo seu desembaraço, que somente se fará mediante a exibição do
comprovante de pagamento do imposto incidente no ato do despacho
aduaneiro, salvo disposição em contrário.”
Para retirar a mercadoria da zona aduaneira, o importador deverá
apresentar ao órgão responsável pelo desembaraço o comprovante de
pagamento do ICMS devido ao Estado do:
a) Espírito Santo, apenas, em razão da importação realizada.
b) Espírito Santo, em razão da importação realizada, visto que nesse
momento ocorreu o fato gerador do referido imposto, bem como o
comprovante do ICMS devido, por substituição tributária, ao Estado
do Rio de Janeiro, relativamente às operações subsequentes.
c) Espírito Santo, em razão da importação realizada, visto que nesse
momento ocorreu o fato gerador do referido imposto, bem como o
comprovante do ICMS devido, por substituição tributária, ao mesmo
Estado, relativamente às operações subsequentes
d) Rio de Janeiro, apenas, em razão da importação realizada.
e) Rio de Janeiro, em razão da importação realizada, como também o
comprovante do ICMS devido, por substituição tributária, ao mesmo
Estado, relativamente às operações subsequentes.
Resposta:
Superior Tribunal de Justiça STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO
RECURSO ESPECIAL : AgRg no REsp 1141691 MG 2009/0177586-5
Ementa
DIREITO TRIBUTÁRIO. ICMS. IMPORTAÇÃO. TRIBUTO DEVIDO AO
ESTADO ONDESE LOCALIZA O DESTINATÁRIO FINAL DA
MERCADORIA.
1. O ICMS, no caso de importação, deverá ser recolhido no Estado
onde se localiza o destinatário final da mercadoria, a despeito
deter sido esta desembaraçada em outra Unidade da Federação.
Precedentes.
O ICMS ST será recolhido depois.
Gabarito: D