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2º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO– 2018 Prof. Claudio Roisman Página 1 de 27 PORTAL SILVIO SANDE www.silviosande.com.br 2 º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO SUMÁRIO SEGUNDO SIMULADO 1 EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1 GABARITO 9 QUESTÕES COMENTADAS 10 Meus amigos, vamos ao nosso segundo simulado gratuito. Muito bom né? Aproveitem bastante esses materiais que estão à nossa disposição. Vamos em frente, os concursos estão saindo, mas não chorem, esse simulado tá PUNK. Vamos hoje falar sobre QUESTÃO 1- PREF NATAL-AUDITOR-ESAF/ 2008 Acerca dos poderes da autoridade administrativa e sobre a certidão de dívida ativa, marque a única opção correta. a) Todas as pessoas naturais e jurídicas estão sujeitas à fiscalização tributária, inclusive aquelas que gozam de imunidade tributária. b) Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal, limitado o exame aos pontos objeto da investigação. Contudo, não são sujeitos à fiscalização os livros opcionais. c) A autoridade fiscal, mesmo considerando indispensável, não pode requisitar diretamente às instituições financeiras informações protegidas pelo sigilo bancário, devendo valer-se, nessa situação, da autoridade judicial.

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2 º SIMULADO DE DIREITO TRIBUTÁRIO

SUMÁRIO

SEGUNDO SIMULADO 1

EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1

GABARITO 9

QUESTÕES COMENTADAS 10

Meus amigos, vamos ao nosso segundo simulado gratuito. Muito bom

né?

Aproveitem bastante esses materiais que estão à nossa disposição.

Vamos em frente, os concursos estão saindo, mas não chorem, esse

simulado tá PUNK.

Vamos hoje falar sobre

QUESTÃO 1- PREF NATAL-AUDITOR-ESAF/ 2008

Acerca dos poderes da autoridade administrativa e sobre a certidão de

dívida ativa, marque a única opção correta.

a) Todas as pessoas naturais e jurídicas estão sujeitas à fiscalização

tributária, inclusive aquelas que gozam de imunidade tributária.

b) Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária os livros

obrigatórios de escrituração comercial e fiscal, limitado o exame aos

pontos objeto da investigação. Contudo, não são sujeitos à

fiscalização os livros opcionais.

c) A autoridade fiscal, mesmo considerando indispensável, não pode requisitar diretamente às instituições financeiras informações

protegidas pelo sigilo bancário, devendo valer-se, nessa situação, da

autoridade judicial.

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d) É legal a requisição, pela autoridade fiscal, de força policial, na

situação em que o contribuinte nega acesso a estabelecimento

comercial em que se encontram os livros obrigatórios necessários à

fiscalização tributária.

e) O vício formal da certidão de dívida ativa que não altera o valor do

tributo devido e não traz prejuízo ao devedor acarreta a extinção da

execução.

QUESTÃO 2-RECEITA FEDERAL-ANALISTA-ESAF/2009

Sobre o sigilo fiscal, previsto no art. 198 do Código Tributário

Nacional, analise os itens a seguir, classificando-os como verdadeiros

ou falsos. Escolha, em consequência, a opção que seja adequada às

suas respostas:

I. é vedada a divulgação para qualquer fim, como regra, por parte da

Fazenda Pública e de seus funcionários, de qualquer informação

obtida em razão do ofício, sobre a situação econômica ou financeira

dos sujeitos passivos ou de terceiros;

II. não é vedado o fornecimento de informações para autoridade

judiciária, mediante requisição, no interesse da justiça;

III. é dominante o entendimento de que pode o Juiz, nos autos de uma execução fiscal, atender a pedido do exequente de oficiar à

Secretaria da Receita Federal do Brasil solicitando cópia da declaração

de bens e renda do executado, de modo a permitir a identificação de

bens penhoráveis;

IV. de outra forma, não se admite o disposto no item III no caso de

uma execução de sentença.

a) Estão corretos apenas os itens I, II e III.

b) Estão corretos apenas os itens I e II.

c) Todos os itens estão corretos.

d) Estão corretos apenas os itens II, III e IV.

e) Estão corretos apenas os itens II e III.

QUESTÃO 3 - RECEITA FEDERAL-ANALISTA-ESAF/2009

Sobre o lançamento, procedimento administrativo que faz nascer a

obrigação tributária, é correto afirmar que:

a) por meio do lançamento, constitui-se o crédito tributário,

apontando o montante devido correspondente à obrigação tributária

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principal, que abrange o tributo, mas não abrange eventuais

penalidades pecuniárias pelo descumprimento da obrigação tributária.

b) o lançamento é indispensável para o recebimento do crédito

tributário (por exemplo, nos casos de crédito consignado em

pagamento e na conversão de depósito em renda), em qualquer

situação.

c) o tributo, por força do CTN, é lançado mediante atividade

administrativa plenamente vinculada, não sendo admissíveis

impugnações de quaisquer natureza.

d) a forma do lançamento dependerá do regime de lançamento do

tributo e das circunstâncias nas quais é apurado, sendo que, por não

seguir o princípio documental, não necessariamente conterá a

totalidade dos elementos necessários à identificação da obrigação

surgida.

e) ainda quando de fato seja o lançamento feito pelo sujeito passivo,

o Código Tributário Nacional, por ficção legal, considera que a sua

feitura é privativa da autoridade administrativa, e por isto, no plano

jurídico, sua existência fica sempre dependente de homologação por

parte da autoridade competente.

QUESTÃO 4 - RECEITA FEDERAL- ANALISTA-ESAF/2009

Consoante o que dispõe o art. 111 do Código Tributário Nacional,

interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha, entre

outros, sobre a outorga de isenção. Tal artigo, embora sofra algumas

críticas de parte da doutrina, no sentido de que não se deva lançar

mão isoladamente da técnica de interpretação literal, vem tendo

acolhida em diversos julgados oriundos de tribunais superiores. Como

exemplos de aplicação de tal princípio, podemos apontar as seguintes

situações, com exceção de:

a) de modo geral, podemos afirmar que é vedada a analogia em

legislação que verse sobre a outorga de isenções.

b) requisitos estabelecidos por ato normativo infralegal, como um Ato

Declaratório Normativo expedido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, por exemplo, podem impor restrições válidas, além

daquelas contidas em textos legais, para a fruição de benefícios

fiscais.

c) não é vedada a ponderação dos elementos sistemáticos e

finalísticos da norma por parte do aplicador do direito.

d) embora o comando legal seja no sentido de que seja dada

interpretação literal à legislação que disponha sobre a outorga de

isenções, admite-se uma interpretação mais ampla da referida norma.

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e) a isenção tributária revela-se instrumento de materialização de

conveniência política, insuscetível, neste aspecto, de controle do

Poder Judiciário, na concretização de interesses econômicos e sociais,

estimulando e beneficiando determinadas situações merecedoras de

tratamento privilegiado.

QUESTÃO 5 – RECEITA FEDERAL-ANALISTA-ESAF/2009

Entre outras limitações ao poder de tributar, que possuem os entes políticos, temos a de cobrar tributos em relação a fatos geradores

ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou

aumentado. Sobre essa limitação, analise os itens a seguir,

classificando-os como verdadeiros ou falsos. Depois, escolha a opção

que seja adequada às suas respostas:

I. a irretroatividade da lei tributária vem preservar o passado da

atribuição de novos efeitos tributários, reforçando a própria garantia

da legalidade, porquanto resulta na exigência de lei prévia,

evidenciando-se como instrumento de otimização da segurança

jurídica ao prover uma maior certeza do direito;

II. o Supremo Tribunal Federal tem como referência, para análise da

irretroatividade, o aspecto temporal da hipótese de incidência, ou seja, o momento apontado pela lei como sendo aquele em que se

deve considerar ocorrido o fato gerador;

III. a mesma lei que rege o fato é também a única apta a reger os

efeitos que ele desencadeia, como a sujeição passiva, extensão da

responsabilidade, base de cálculo, alíquotas, deduções, compensações

e correção monetária, por exemplo;

IV. a lei instituidora ou majoradora de tributos tem de ser, como

regra, prospectiva; admite-se, porém, a sua retroatividade imprópria.

a) Todos os itens estão corretos.

b) Estão corretos apenas os itens I, II e III.

c) Estão corretos apenas os itens I, III e IV.

d) Estão corretos apenas os itens I, II e IV.

e) Estão corretos apenas os itens I e III.

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QUESTÃO 6 – SMF RJ-AUDITOR-ESAF/2010

Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar

concorrentemente sobre direito tributário. Com base nessa afirmativa,

julgue os itens a seguir:

I. lei que institui incentivo fiscal para as empresas que contratarem

apenados e egressos é de natureza tributária, sendo, portanto,

constitucional lei estadual com tal conteúdo;

II. lei estadual pode estabelecer alíquotas diferenciadas em razão do

tipo do veículo, já que os estados-membros estão legitimados a editar

normas gerais referentes ao IPVA, no exercício da competência

concorrente prevista no art. 24, § 3º, da Constituição;

III. é possível ao estado conceder, mediante lei, isenção de tributo de

sua competência, visto que está atuando nos limites de sua

autonomia.

Estão corretos:

a) apenas o item I

b) apenas os itens I e II

c) apenas os itens I e III.

d) apenas os itens II e III.

e) todos os itens estão corretos

QUESTÃO 7 – TJ PE-JUIZ-FCC/2015

A empresa X, substituída tributária, logrou êxito em liminar em

mandado de segurança para pagar o ICMS com alíquota de 12%, e

não mais de 17%. No curso da ordem judicial, a empresa Y,

substituta tributária, passou a recolher o valor de ICMS relativo à

substituição tributária em 12%, conforme determinação judicial.

Posteriormente, contudo, a liminar foi reformada pelo Tribunal,

restabelecendo a obrigatoriedade do recolhimento em 17%. Nos

termos da legislação e da jurisprudência tributárias brasileiras, a

Administração Fazendária:

a) desde que não ultrapassado o prazo decadencial, pode exigir a diferença de ICMS tanto do substituto quanto do substituído, uma vez

que o instituto da substituição tributária estabelece, em geral,

responsabilidade tributária solidária entre o responsável e o

contribuinte.

b) não pode exigir a diferença de ICMS, uma vez que o seu não

recolhimento fundou-se em decisão judicial.

c) desde que não ultrapassado o prazo decadencial, pode exigir a

diferença de ICMS apenas do substituto, uma vez que o instituto da

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substituição tributária exclui o contribuinte-substituído da relação

jurídica tributária.

d) desde que não ultrapassado o prazo decadencial, pode exigir a

diferença de ICMS apenas do substituído, uma vez que não houve

dolo ou culpa do substituto tributário e ser-lhe-ia impossível repassar

o ônus do tributo ao contribuinte-substituído.

e) desde que não ultrapassado o prazo decadencial, pode exigir a

diferença de ICMS apenas do substituído, pois ele tem relação pessoal

e direta com o fato gerador e, portanto, responde diretamente pelo ônus da tributação, em atenção ao princípio da capacidade

contributiva.

QUESTÃO 8 – PGE PR-PROCURADOR-PUC PR/2015

O Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e

sobre prestações de serviços de transporte interestadual e

intermunicipal e de comunicação – ICMS é o tributo com o maior

número de dispositivos positivados no texto da Constituição. Trata-se,

ademais disso, da maior fonte de recursos para os diversos Estados

da Federação.

Em âmbito nacional, o ICMS é regido pela Lei Complementar n. 87, de

13/09/96. No Estado do Paraná, é a Lei Estadual n. 11.580, de 14/11/96, que dispõe sobre o tributo. Sobre o assunto, assinale a

alternativa CORRETA.

a) Para fins tributários, a jurisprudência tem equiparado os serviços

de telecomunicação à indústria, admitindo o creditamento de ICMS

decorrente da entrada de energia elétrica consumida pela empresa,

vez que essencial ao desempenho de suas atividades.

b) O legislador complementar adotou o regime de crédito financeiro,

segundo o qual admite-se o creditamento incondicionado do ICMS

decorrente da entrada de mercadorias destinadas ao ativo

permanente da empresa.

c) A inclusão do montante do imposto na sua própria base de cálculo

(ICMS por dentro) viola a Constituição Federal de 1988.

d) Por força de imunidade tributária específica, não incide ICMS sobre a operação de compra e venda de álcool combustível celebrada entre

uma distribuidora sediada no Estado do Paraná e um posto de

combustível situado no Estado de Santa Catarina.

e) Nas operações de arrendamento mercantil financeiro internacional,

incide o ICMS a partir da entrada da mercadoria no território nacional,

independentemente do exercício efetivo da opção de compra.

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QUESTÃO 9 - PGE PA-PROCURADOR-PGE PA/2011

Considerando o instituto da substituição tributária, assinale a

alternativa CORRETA:

a) a Constituição garante ao contribuinte o direito de se creditar da

diferença do ICMS, recolhido sob o regime de substituição tributária

„para frente‟, quando o valor estimado para a operação final for maior

que o efetivamente praticado.

b) A restituição assegurada pelo § 7º do art. 150 da CF/1988 restringe-se apenas à hipótese de não ocorrer o fato gerador

presumido, não havendo que se falar em tributo pago a maior ou a

menor por parte do contribuinte substituído.

c) O fato gerador presumido é provisório, dando ensejo a restituição

ou complementação do imposto pago.

d) Mesmo tendo a lei complementar definido o fato gerador

presumido como sendo a saída da mercadoria do estabelecimento do

contribuinte substituto, deixou margem para cogitar-se de momento

diverso, na conformidade, aliás, do previsto no art. 114 do CTN, que

tem o fato gerador da obrigação principal como a situação definida em

lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.

e) A circunstância de ser presumido o fato gerador constitui óbice à exigência antecipada do tributo, já que indefinida a sua base de

cálculo.

QUESTÃO 10 – SEFAZ RJ-AUDITOR-FCC/2014

A Comercial Importadora Esaú & Jacó, sediada em Niterói-RJ,

importou mercadorias da China e as desembaraçou no porto de

Vitória- ES. Entretanto, tais mercadorias são sujeitas à substituição

tributária das operações subsequentes, tanto pela legislação

fluminense, como pela legislação capixaba. Antes de retirar a

mercadoria da zona aduaneira, o contribuinte atentou para o artigo

12, § 2o , da Lei Complementar no 87/1996, que estabelece:

“Art. 12 - ... § 2º -- Na hipótese do inciso IX, após o desembaraço

aduaneiro, a entrega, pelo depositário, de mercadoria ou bem importados do exterior deverá ser autorizada pelo órgão responsável

pelo seu desembaraço, que somente se fará mediante a exibição do

comprovante de pagamento do imposto incidente no ato do despacho

aduaneiro, salvo disposição em contrário.”

Para retirar a mercadoria da zona aduaneira, o importador deverá

apresentar ao órgão responsável pelo desembaraço o comprovante de

pagamento do ICMS devido ao Estado do:

a) Espírito Santo, apenas, em razão da importação realizada.

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b) Espírito Santo, em razão da importação realizada, visto que nesse

momento ocorreu o fato gerador do referido imposto, bem como o

comprovante do ICMS devido, por substituição tributária, ao Estado

do Rio de Janeiro, relativamente às operações subsequentes.

c) Espírito Santo, em razão da importação realizada, visto que nesse

momento ocorreu o fato gerador do referido imposto, bem como o

comprovante do ICMS devido, por substituição tributária, ao mesmo

Estado, relativamente às operações subsequentes

d) Rio de Janeiro, apenas, em razão da importação realizada.

e) Rio de Janeiro, em razão da importação realizada, como também o

comprovante do ICMS devido, por substituição tributária, ao mesmo

Estado, relativamente às operações subsequentes.

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GABARITO

QUESTÃO 01 A QUESTÃO 06 E

QUESTÃO 02 A QUESTÃO 07 D

QUESTÃO 03 E QUESTÃO 08 A

QUESTÃO 04 B QUESTÃO 09 X

QUESTÃO 05 B QUESTÃO 10 D

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QUESTÕES COMENTADAS

QUESTÃO 1- PREF NATAL-AUDITOR-ESAF/ 2008

Acerca dos poderes da autoridade administrativa e sobre a certidão de

dívida ativa, marque a única opção correta.

a) Todas as pessoas naturais e jurídicas estão sujeitas à fiscalização

tributária, inclusive aquelas que gozam de imunidade tributária.

b) Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal, limitado o exame aos

pontos objeto da investigação. Contudo, não são sujeitos à

fiscalização os livros opcionais.

c) A autoridade fiscal, mesmo considerando indispensável, não pode

requisitar diretamente às instituições financeiras informações

protegidas pelo sigilo bancário, devendo valer-se, nessa situação, da

autoridade judicial.

d) É legal a requisição, pela autoridade fiscal, de força policial, na

situação em que o contribuinte nega acesso a estabelecimento

comercial em que se encontram os livros obrigatórios necessários à

fiscalização tributária.

e) O vício formal da certidão de dívida ativa que não altera o valor do tributo devido e não traz prejuízo ao devedor acarreta a extinção da

execução.

Resposta:

Letra A: certa. CTN, art. 194. A legislação tributária, observado o

disposto nesta Lei, regulará, em caráter geral, ou especificamente em

função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os

poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização

da sua aplicação.

Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo aplica-se às

pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que

gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal.

Letra B: o final da assertiva está errado.

CTN, art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do

direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis

e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou

produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.

Letra C:

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O STJ já julgou favoravelmente à Fazenda Nacional: “A quebra do

sigilo bancário sem prévia autorização judicial, para fins de

constituição de crédito tributário não extinto, é autorizada pela Lei

8.021/90 e pela Lei Complementar 105/2001, normas procedimentais,

cuja aplicação é imediata, à luz do disposto no artigo 144, § 1º, do

CTN”. (Resp. nº 1.134.665)

Letra D: acesso ao estabelecimento não

Letra E:

vício da certidão de dívida ativa que não altera o valor do tributo

devido nem traz prejuízo ao devedor não acarreta a extinção da

execução. (REsp 533082 PR 2003)

Gabarito: A

QUESTÃO 2-RECEITA FEDERAL-ANALISTA-ESAF/2009

Sobre o sigilo fiscal, previsto no art. 198 do Código Tributário

Nacional, analise os itens a seguir, classificando-os como verdadeiros

ou falsos. Escolha, em consequência, a opção que seja adequada às

suas respostas:

I. é vedada a divulgação para qualquer fim, como regra, por parte da

Fazenda Pública e de seus funcionários, de qualquer informação

obtida em razão do ofício, sobre a situação econômica ou financeira

dos sujeitos passivos ou de terceiros;

II. não é vedado o fornecimento de informações para autoridade

judiciária, mediante requisição, no interesse da justiça;

III. é dominante o entendimento de que pode o Juiz, nos autos de

uma execução fiscal, atender a pedido do exequente de oficiar à

Secretaria da Receita Federal do Brasil solicitando cópia da declaração

de bens e renda do executado, de modo a permitir a identificação de

bens penhoráveis;

IV. de outra forma, não se admite o disposto no item III no caso de

uma execução de sentença.

a) Estão corretos apenas os itens I, II e III.

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b) Estão corretos apenas os itens I e II.

c) Todos os itens estão corretos.

d) Estão corretos apenas os itens II, III e IV.

e) Estão corretos apenas os itens II e III.

Resposta:

ITEM I: certo. A afirmação é verdadeira, pois nos fala sobre o sentido

geral do tema "sigilo fiscal", conforme o caput do artigo 198 do CTN,

que versa sobre a proibição de divulgação de informações por parte

da Fazenda Pública e seus funcionários, relacionadas aos contribuintes, responsáveis e terceiros, obtidas a partir do exercício

da função fiscalizatória.

ITEM lI: certo. A alternativa é verdadeira, uma vez que há exceções

em relação ao sigilo fiscal.

ITEM IlI: certo, uma vez que está sedimentada na jurisprudência em

que, para fins de identificação de bens penhoráveis, o exequente (nas

execuções fiscais e demais execuções) poderá solicitar ao juiz da

causa que oficie a Receita Federal para que esta providencie a juntada

aos autos do processo da declaração de bens do devedor.

STJ, AgRg no REsp 113S568/ PE:

"AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. PROCESSO DE

EXECUÇÃO. SIGILO FISCAL. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO A RECEITA

FEDERAL. MEDIDA EXCEPCIONAL.

1. O STJ firmou entendimento de que a quebra de sigilo fiscal ou

bancário do executado para que o exequente obtenha informações

sobre a existência de bens do devedor inadimplente é admitida

somente após terem sido esgotadas as tentativas de obtenção dos

dados na via extrajudicial."

ITEM IV: errado, pois, conforme exposto no comentário do item

anterior, as solicitações da espécie à Receita Federal podem dar-se

tanto na execução fiscal, como na execução de sentenças.

Gabarito: A

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QUESTÃO 3 - RECEITA FEDERAL-ANALISTA-ESAF/2009

Sobre o lançamento, procedimento administrativo que faz nascer a

obrigação tributária, é correto afirmar que:

a) por meio do lançamento, constitui-se o crédito tributário,

apontando o montante devido correspondente à obrigação tributária

principal, que abrange o tributo, mas não abrange eventuais

penalidades pecuniárias pelo descumprimento da obrigação tributária.

b) o lançamento é indispensável para o recebimento do crédito

tributário (por exemplo, nos casos de crédito consignado em

pagamento e na conversão de depósito em renda), em qualquer

situação.

c) o tributo, por força do CTN, é lançado mediante atividade

administrativa plenamente vinculada, não sendo admissíveis

impugnações de quaisquer natureza.

d) a forma do lançamento dependerá do regime de lançamento do

tributo e das circunstâncias nas quais é apurado, sendo que, por não

seguir o princípio documental, não necessariamente conterá a

totalidade dos elementos necessários à identificação da obrigação

surgida.

e) ainda quando de fato seja o lançamento feito pelo sujeito passivo,

o Código Tributário Nacional, por ficção legal, considera que a sua

feitura é privativa da autoridade administrativa, e por isto, no plano

jurídico, sua existência fica sempre dependente de homologação por

parte da autoridade competente.

Resposta: essa é PUNK ao cubo. Vamos de George Firmino.

Letra A: errada. O lançamento deve contemplar toda a obrigação

tributária principal, ou seja, o tributo e as penalidades, caso existam.

Nesse sentido, define o art. 142 do CTN que o lançamento

compreende o procedimento administrativo tendente a verificar a

ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a

matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o

sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade

cabível.

Letra B: errada. Alternativa bastante interessante. Sabemos que o

lançamento constitui o crédito tributário, conferindo exigibilidade à

obrigação tributária. Nesse sentido, temos que o lançamento seria

indispensável para o recebimento do crédito. Essa é a regra geral,

mas comporta exceções.

Essa alternativa foi retirada da lição de Sacha Calmon, com alteração

do sentido dado pelo autor. Senão, vejamos:

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“… tirante a hipótese em que é condição de atendibilidade nos tributos

em que precede necessariamente ao pagamento a hipótese em que é

condição para a executividade do crédito, o lançamento é

absolutamente dispensável para o recebimento do crédito tributário

(tributos pagos sem prévio exame da Administração, crédito

consignado em pagamento, conversão do depósito em renda, etc.)."

(COELHO. Sacha Calmon Navarro. Liminares e Depósitos Antes do

Lançamento por Homologação – Decadência e Prescrição, 2ª ed.,

Dialética, 2002, p. 57).

A tese daqueles que defendem este entendimento é que o art. 142

estabelece que compete à autoridade administrativa constituir o

crédito tributário mediante o lançamento, no entanto, o crédito

poderia ser constituído por procedimentos diversos do lançamento.

Essa tese tem sido bastante discutida inclusive no âmbito da própria

Receita Federal. Adotando este posicionamento, teríamos que o

próprio contribuinte poderia constituir o crédito tributário (não

mediante o lançamento, pois este é ato privativo da autoridade).

Seria o caso da DCTF, Declaração de Débitos e Créditos Tributários

Federais, obrigação acessória das pessoas jurídicas. Nesta declaração,

o sujeito passivo apresenta à Receita Federal todos os débitos

apurados no período e deve proceder ao recolhimento. Ao enviar estas informações, o contribuinte está confessando a dívida. Assim,

seguindo a redação do Decreto-Lei nº 2.124, de 1984, os defensores

da referida tese, argumentam que a confissão de dívida é uma das

formas de se constituir o crédito, sendo dispensável, portanto,

procedimento de lançamento. Vejamos o que diz o Decreto-Lei 2.124:

“Art. 5º. § 1º. O documento que formalizar o cumprimento de

obrigação acessória, comunicando a existência de crédito tributário,

constituirá confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a

exigência do referido crédito.”

Assim também tem entendido o STJ:

“… a apresentação de Guia de Informação e Apuração do ICMS – GIA,

de Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais – DCTF, ou

de outra declaração dessa natureza, prevista em lei, é modo de constituição do crédito tributário, dispensando, para isso, qualquer

outra providência por parte do Fisco.”(STJ, Primeira Seção, REsp

886.462/RS, out/08).

Letra C: incorreta. O tributo é lançado mediante atividade

administrativa plenamente vinculada, qual seja: o lançamento.

Entretanto, o lançamento não tem o poder de afastar os princípios da

legalidade, do contraditório e da ampla defesa, garantias

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constitucionais conferidas ao contribuinte. Nesse sentido, o próprio

CTN prevê hipóteses em que o lançamento pode ser alterado (art.

145).

Letra D: incorreta. Esta alternativa foi extraída da seguinte lição de

Leandro Paulsen, alterando o sentido original:

“O lançamento segue o princípio documental. Sua forma dependerá

do regime de lançamento do tributo e das circunstâncias nas quais é

apurado. Certo é que estará documentado e que seu instrumento terá

de conter os elementos indispensáveis à identificação inequívoca da obrigação surgida. Os lançamentos normalmente são documentados

através de Auto de Infração (AI).” (PAULSEN, Leandro. Direito

Tributário: Constituição e Código Tributário à luz da doutrina e da

jurisprudência. 12ª ed. Livraria do Advogado, 2010, p. 1010).

Letra E: correta. Parcela da doutrina entende que, na prática, o

lançamento por homologação é efetuado pelo contribuinte e que a

homologação da autoridade administrativa apenas confirma sua

existência. Esta alternativa foi retirada dos ensinamentos de Hugo de

Brito Machado sobre o tema:

“A constituição do crédito tributário é de competência privativa da

autoridade administrativa. Só esta pode fazer o lançamento. Ainda

que ela apenas homologue o que o sujeito passivo fez, como acontece nos casos do artigo 150 do CTN, que cuida do lançamento dito por

homologação. Sem esta homologação não existirá, juridicamente, o

lançamento, e não estará por isto mesmo constituído o crédito

tributário. Ainda quando de fato seja o lançamento feito pelo sujeito

passivo, o Código Tributário Nacional, por ficção legal, considera que

a sua feitura é privativa da autoridade administrativa, e por isto, no

plano jurídico, sua existência fica sempre dependente, quando feito

pelo sujeito passivo, de homologação da autoridade competente.”

(MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. São Paulo:

Malheiros, 2007, p. 199/200)

Gabarito: E

QUESTÃO 4 - RECEITA FEDERAL- ANALISTA-ESAF/2009

Consoante o que dispõe o art. 111 do Código Tributário Nacional,

interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha, entre

outros, sobre a outorga de isenção. Tal artigo, embora sofra algumas

críticas de parte da doutrina, no sentido de que não se deva lançar

mão isoladamente da técnica de interpretação literal, vem tendo

acolhida em diversos julgados oriundos de tribunais superiores. Como

exemplos de aplicação de tal princípio, podemos apontar as seguintes

situações, com exceção de:

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a) de modo geral, podemos afirmar que é vedada a analogia em

legislação que verse sobre a outorga de isenções.

b) requisitos estabelecidos por ato normativo infralegal, como um Ato

Declaratório Normativo expedido pela Secretaria da Receita Federal

do Brasil, por exemplo, podem impor restrições válidas, além

daquelas contidas em textos legais, para a fruição de benefícios

fiscais.

c) não é vedada a ponderação dos elementos sistemáticos e

finalísticos da norma por parte do aplicador do direito.

d) embora o comando legal seja no sentido de que seja dada

interpretação literal à legislação que disponha sobre a outorga de

isenções, admite-se uma interpretação mais ampla da referida norma.

e) a isenção tributária revela-se instrumento de materialização de

conveniência política, insuscetível, neste aspecto, de controle do

Poder Judiciário, na concretização de interesses econômicos e sociais,

estimulando e beneficiando determinadas situações merecedoras de

tratamento privilegiado.

Resposta: mais celeuma.

Letra A:. correta

Segundo o STJ (EDcl REsp 8702095/PE), em regra, revela-se proibida

a interpretação das normas concessivas de isenção de forma analógica ou extensiva, restando consolidado entendimento no

sentido de ser incabível interpretação extensiva da isenção à situação

que não se enquadre no texto expresso da lei (art. 111, II, CTN).

Letra B. errada

Segundo o STJ (REsp 115823/SP), o ato normativo infralegal que

impõe restrições para fruição de benefícios fiscais, além daquelas

contidas em textos legais, fere o princípio da legalidade estrita.

Letra C: certa.

Segundo o STJ, o art. 111 do CTN não pode levar o aplicador do direito à conclusão de que esteja

ele impedido de aplicar as normas de direito, de valer-se de uma

equilibrada ponderação dos elementos lógico-sistemático, histórico e

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finalístico ou teológico, os quais integram a metodologia de

interpretação as normas jurídicas (REsp 192.531/RS

Letra D: correta

Letra E: certa.

Segundo o STF, a isenção fiscal decorre do implemento da política

fiscal e econômica, pelo estado, tendo em vista o interesse social,

sendo ato discricionário que escapa ao controle do Poder Judiciário e

envolve juízo de conveniência e oportunidade do Poder Executivo (AI

151.855-AgR).

Gabarito: B

QUESTÃO 5 – RECEITA FEDERAL-ANALISTA-ESAF/2009

Entre outras limitações ao poder de tributar, que possuem os entes

políticos, temos a de cobrar tributos em relação a fatos geradores

ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou

aumentado. Sobre essa limitação, analise os itens a seguir,

classificando-os como verdadeiros ou falsos. Depois, escolha a opção

que seja adequada às suas respostas:

I. a irretroatividade da lei tributária vem preservar o passado da

atribuição de novos efeitos tributários, reforçando a própria garantia da legalidade, porquanto resulta na exigência de lei prévia,

evidenciando-se como instrumento de otimização da segurança

jurídica ao prover uma maior certeza do direito;

II. o Supremo Tribunal Federal tem como referência, para análise da

irretroatividade, o aspecto temporal da hipótese de incidência, ou

seja, o momento apontado pela lei como sendo aquele em que se

deve considerar ocorrido o fato gerador;

III. a mesma lei que rege o fato é também a única apta a reger os

efeitos que ele desencadeia, como a sujeição passiva, extensão da

responsabilidade, base de cálculo, alíquotas, deduções, compensações

e correção monetária, por exemplo;

IV. a lei instituidora ou majoradora de tributos tem de ser, como

regra, prospectiva; admite-se, porém, a sua retroatividade imprópria.

a) Todos os itens estão corretos.

b) Estão corretos apenas os itens I, II e III.

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c) Estão corretos apenas os itens I, III e IV.

d) Estão corretos apenas os itens I, II e IV.

e) Estão corretos apenas os itens I e III.

Resposta: mais uma lambança Esafiana. Essa questão veio mais para

confundir do que para elucidar pontos da matéria.

Leiam sempre que possível o revisaço JURISPODIUM.

ITEM I: certo. Assim como a legalidade tributária, o princípio da

irretroatividade da CF constitui uma vertente tributária do princípio

geral da segurança jurídica. Enquanto aquele estabelece a exigência de lei prévia como condição para a tributação, este veicula a garantia

de que a lei tributária não retroagirá para atingir fatos geradores

regidos por lei vigente no passado, o que representa,

indubitavelmente, uma segurança às pessoas físicas e jurídicas

sujeitas às normas de tributação.

ITEM II: certo. É verdade que a referência do STF para análise da

irretroatividade é o aspecto temporal da hipótese de incidência, isto é,

o momento em que o fato gerador ocorre. Em termos mais precisos, a

norma tributária aplicável é sempre aquela vigente na data da

ocorrência do fato gerador, o que constitui a realização prática do

aspecto temporal da hipótese de incidência tributária. Daí a vedação

de se cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do

início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.

ITEM III: certo. Interpretado a contrário sensu, o princípio da

retroatividade da norma tributária enunciado na CF diz respeito à

regra de que os tributos devem ser cobrados segundo a lei vigente à

época dos referidos fatos geradores, o que torna lícito afirmar que a

mesma lei que rege o fato, no caso o fato gerador, é também a única

apta a reger os efeitos tributários que ele desencadeia.

ITEM IV:

A ESAF não poderia ter considerado essa afirmação falsa, como fez no

gabarito definitivo da prova. Que a regra instituidora ou majoradora

de tributos tem que ser prospectiva não há dúvida. Então, o que foi

considerado falso pela banca examinadora foi a assertiva de que,

excepcionalmente, admite-se a retroatividade imprópria da lei tributária, isto é, a aplicação da lei nova sobre fatos geradores

periódicos pendentes (períodos de apuração em andamento),

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consagrada pelo Supremo Tribunal Federal na sua Súmula 584, que

tem a seguinte redação: "Ao Imposto de Renda calculado sobre os

rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no exercício

financeiro em que deve ser apresentada a declaração". Verdade que,

segundo considerável parcela da doutrina, conforme jurisprudência do

Superior Tribunal de Justiça e até de acordo com recente acórdão do

STF (RE 587.008 - julg. fev. 2011), referida súmula tornou-se

ultrapassada a partir da promulgação da CF de 1988 e do advento do

princípio da irretroatividade nos moldes do seu artigo 150, inciso Ili, alínea "a". Porém, na recente jurisprudência do STF, em decisões tais

como a monocrática do ARE 640.953, datada de maio de 2011,

portanto mais recente que o RE 587.008, ainda é possível identificar a

insistência na Súmula 584 e na retroatividade imprópria, o que torna

temerário considerar falsa a assertiva IV.

Gabarito: B

QUESTÃO 6 – SMF RJ-AUDITOR-ESAF/2010

Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar

concorrentemente sobre direito tributário. Com base nessa afirmativa,

julgue os itens a seguir:

I. lei que institui incentivo fiscal para as empresas que contratarem

apenados e egressos é de natureza tributária, sendo, portanto,

constitucional lei estadual com tal conteúdo;

II. lei estadual pode estabelecer alíquotas diferenciadas em razão do

tipo do veículo, já que os estados-membros estão legitimados a editar

normas gerais referentes ao IPVA, no exercício da competência

concorrente prevista no art. 24, § 3º, da Constituição;

III. é possível ao estado conceder, mediante lei, isenção de tributo de

sua competência, visto que está atuando nos limites de sua

autonomia.

Estão corretos:

a) apenas o item I

b) apenas os itens I e II

c) apenas os itens I e III.

d) apenas os itens II e III.

e) todos os itens estão corretos

Resposta:

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ITEM I: certo. "Ação direta de inconstitucionalidade. Lei 8366, de 7-6-

2006, do estado do Espírito Santo. Lei que institui incentivo fiscal para

as empresas que contratarem apenados e egressos. Matéria de índole

tributária e não orçamentária." (ADI 3.809, Rel. Min. Eros Grau,

julgamento em 14-6-2007, Plenário, DJ de 14-9-2007.);

ITEM II: certo. "Os Estados-membros estão legitimados a editar

normas gerais referentes ao IPVA, no exercício da competência

concorrente prevista no art. 24, § 3º, da Constituição do Brasil. " (RE

576137 RS; Min. AYRES BRITTO; Julgamento: 30/08/2010)

ITEM III: certo. É possível ao estado conceder, mediante lei, isenção

de tributo de sua competência, visto que está atuando nos limites de

sua autonomia.

Gabarito: E

QUESTÃO 7 – TJ PE-JUIZ-FCC/2015

A empresa X, substituída tributária, logrou êxito em liminar em

mandado de segurança para pagar o ICMS com alíquota de 12%, e

não mais de 17%. No curso da ordem judicial, a empresa Y,

substituta tributária, passou a recolher o valor de ICMS relativo à

substituição tributária em 12%, conforme determinação judicial.

Posteriormente, contudo, a liminar foi reformada pelo Tribunal, restabelecendo a obrigatoriedade do recolhimento em 17%. Nos

termos da legislação e da jurisprudência tributárias brasileiras, a

Administração Fazendária:

a) desde que não ultrapassado o prazo decadencial, pode exigir a

diferença de ICMS tanto do substituto quanto do substituído, uma vez

que o instituto da substituição tributária estabelece, em geral,

responsabilidade tributária solidária entre o responsável e o

contribuinte.

b) não pode exigir a diferença de ICMS, uma vez que o seu não

recolhimento fundou-se em decisão judicial.

c) desde que não ultrapassado o prazo decadencial, pode exigir a

diferença de ICMS apenas do substituto, uma vez que o instituto da

substituição tributária exclui o contribuinte-substituído da relação

jurídica tributária.

d) desde que não ultrapassado o prazo decadencial, pode exigir a

diferença de ICMS apenas do substituído, uma vez que não houve

dolo ou culpa do substituto tributário e ser-lhe-ia impossível repassar

o ônus do tributo ao contribuinte-substituído.

e) desde que não ultrapassado o prazo decadencial, pode exigir a

diferença de ICMS apenas do substituído, pois ele tem relação pessoal

e direta com o fato gerador e, portanto, responde diretamente pelo

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ônus da tributação, em atenção ao princípio da capacidade

contributiva.

Resposta:

Eu sei, essa foi bem difícil.

TRIBUTÁRIO. ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. IMPOSTO NÃO

RECOLHIDO PELO SUBSTITUTO POR FORÇA DE SENTENÇA JUDICIAL

IMPEDITIVA EM AÇÃO MANDAMENTAL MOVIDA PELO SUBSTITUÍDO.

COBRANÇA DO SUBSTITUTO. INVIABILIDADE.

1. O substituto que deixe de apurar e recolher o ICMS por força de decisão mandamental favorável ao substituído não responderá pelo

tributo, quando não caracterizada culpa ou dolo. Precedente: (REsp

1028716/RS, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, DJe 03/05/2010).

2. In casu, o recorrido-substituto deixou de recolher o ICMS na

sistemática da substituição tributária por conta decisão liminar

proferida em ação movida pelo substituído. Posteriormente, a

sentença foi reformada pelo Tribunal, e o Fisco passou a cobrar o

tributo do recorrido-substituto.

3. A e. Segunda Turma, em hipótese análoga, firmou entendimento

nos seguintes termos, verbis: 2. No Direito Tributário brasileiro, nos

termos dos arts. 121 e 128 do CTN, sujeito passivo é contribuinte ou

responsável. 3. O contribuinte tem relação pessoal e direta com o fato gerador e, como regra, responde diretamente pelo ônus da tributação,

em atenção ao princípio da capacidade contributiva.

4. Na sistemática da substituição tributária, o substituto apura e

recolhe o ICMS que incidirá na operação futura a ser realizada pelo

substituído. É este último, como contribuinte, que deve suportar

diretamente o ônus do tributo, ainda que o repasse ao consumidor

final, por se tratar de imposto indireto.

5. Caso o substituto deixe de apurar e recolher o ICMS por culpa ou

dolo, responderá pelo tributo, pois descumpriu a obrigação legal

correspondente, mantendo-se como sujeito passivo.

6. Inviável exigir do recorrido-substituto o ICMS não recolhido, se

inexistiu culpa ou dolo. Ao contrário, respeitou-se determinação

judicial para não apurar e recolher o tributo. Em caso de cobrança, seria impossível ao responsável repassar o ônus do tributo ao

substituído-contribuinte.

7. Entender de maneira diversa seria subverter o disposto nos arts.

121 e 128 do CTN, interpretados à luz do princípio da capacidade

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contributiva, para exonerar o contribuinte e onerar exclusivamente o

responsável tributário, um despropósito e uma injustiça.

8. Recurso Especial não provido. (Resp. 887585/RS, Rel. Min. Herman

Benjamin, DJ, 13.03.2009).

4. Recurso especial a que se nega provimento, nos termos da

uniforme jurisprudência desta E. Corte. (REsp 1090414/RS, Rel.

Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 23/02/2011, DJe

11/05/2011)

Em resumo:

TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO

ESPECIAL. ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. IMPOSTO NÃO

RECOLHIDO PELO SUBSTITUTO, POR FORÇA DE SENTENÇA JUDICIAL

IMPEDITIVA, EM AÇÃO MANDAMENTAL MOVIDA PELO SUBSTITUÍDO.

COBRANÇA DO SUBSTITUTO. INVIABILIDADE. I. A Primeira Seção do

STJ, ao julgar, como recurso repetitivo, o REsp 1.090.414/RS (Rel.

Ministro LUIZ FUX, DJe de 11/05/2011), proclamou o entendimento

de que, salvo nos casos de dolo ou culpa, o substituto não responde

pelo débito tributário que deixou de recolher, em face de decisão

liminar obtida pelo substituído, em ação mandamental, ainda que tal

provimento não venha a se confirmar, por ocasião do julgamento

definitivo daquela demanda. Precedentes. II. Agravo Regimental improvido.(STJ , Relator: Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, Data de

Julgamento: 07/08/2014, T2 - SEGUNDA TURMA)

Gabarito: D

QUESTÃO 8 – PGE PR-PROCURADOR-PUC PR/2015

O Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e

sobre prestações de serviços de transporte interestadual e

intermunicipal e de comunicação – ICMS é o tributo com o maior

número de dispositivos positivados no texto da Constituição. Trata-se,

ademais disso, da maior fonte de recursos para os diversos Estados

da Federação.

Em âmbito nacional, o ICMS é regido pela Lei Complementar n. 87, de

13/09/96. No Estado do Paraná, é a Lei Estadual n. 11.580, de 14/11/96, que dispõe sobre o tributo. Sobre o assunto, assinale a

alternativa CORRETA.

a) Para fins tributários, a jurisprudência tem equiparado os serviços

de telecomunicação à indústria, admitindo o creditamento de ICMS

decorrente da entrada de energia elétrica consumida pela empresa,

vez que essencial ao desempenho de suas atividades.

b) O legislador complementar adotou o regime de crédito financeiro,

segundo o qual admite-se o creditamento incondicionado do ICMS

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decorrente da entrada de mercadorias destinadas ao ativo

permanente da empresa.

c) A inclusão do montante do imposto na sua própria base de cálculo

(ICMS por dentro) viola a Constituição Federal de 1988.

d) Por força de imunidade tributária específica, não incide ICMS sobre

a operação de compra e venda de álcool combustível celebrada entre

uma distribuidora sediada no Estado do Paraná e um posto de

combustível situado no Estado de Santa Catarina.

e) Nas operações de arrendamento mercantil financeiro internacional, incide o ICMS a partir da entrada da mercadoria no território nacional,

independentemente do exercício efetivo da opção de compra.

Resposta: mais Jurisprudência

Processo:AgRg no AREsp 500410 SC 2014/0082269-

3Relator(a):Ministro HUMBERTO

MARTINSJulgamento:18/06/2014Órgão Julgador:T2 - SEGUNDA

TURMAPublicação:DJe 27/06/2014

Ementa

TRIBUTÁRIO. ENERGIA ELÉTRICA. CREDITAMENTO DE ICMS.

EMPRESA DE TELECOMUNICAÇÃO. POSSIBILIDADE. RESP

1.201.635/MG. PRIMEIRA SEÇÃO. MATÉRIA JULGADA NO RITO DOS

PROCESSOS REPETITIVOS. ART. 543-C DO CPC.

A Primeira Seção desta Corte, na assentada de 12.6.2013, ao julgar o

REsp 1.201.635/MG, de relatoria do Ministro Sérgio Kukina,

submetido ao regime do art. 543-C do CPC (recursos repetitivos),

firmou entendimento no sentido de que "em virtude da essencialidade

da energia elétrica, enquanto insumo, para o exercício da atividade de

telecomunicações, induvidoso se revela o direito ao creditamento de

ICMS, em atendimento ao princípio da não-cumulatividade". Agravo

regimental improvido.

Letra A: certa conforme exposto acima.

Letra B: creditamento incondicionado ?????????

Letra C: não viola

Letra D: incide sim.

TRIBUTÁRIO E CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL NO

RECURSO ESPECIAL.

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EMBARGOS À EXECUÇÃO. ICMS. IMUNIDADE DO PETRÓLEO E SEUS

DERIVADOS.

EXTENSÃO AO ÁLCOOL ANIDRO. FUNDAMENTO EMINENTEMENTE

CONSTITUCIONAL.

REVISÃO NA VIA ELEITA. IMPOSSIBILIDADE.

1. A controvérsia do recurso especial reside no direito de estorno de

crédito de ICMS decorrente da entrada de álcool anidro adicionado à

gasolina, tendo em vista a imunidade concedida aos derivados de

petróleo. Ocorre que o Tribunal local negou provimento ao apelo com fundamentação eminentemente constitucional, haja vista a

interpretação dada ao artigo 155, § 2º, X, "b", da Constituição Federal

no sentido de excluir os combustíveis de origem vegetal (álcool

anidro) da imunidade constitucional do petróleo, lubrificantes,

combustíveis líquidos e gasosos e energia elétrica.

2. O fundamento constitucional assentado pelo acórdão recorrido

afasta a possibilidade de revisão do julgado na via do recurso

especial, por sua competência ser restrita à uniformização do direito

infraconstitucional. No contrário, estar-se-ia usurpando a atribuição

exclusiva do Supremo Tribunal Federal disciplinada no art. 102, III, da

Carta Política de 1988.

3. Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp 1185691/PI, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em

27/09/2011, DJe 30/09/2011)

Letra E: vai depender da opção de compra.

Decisão publicada no informativo 761 do STF:

"O ICMS — tributo próprio à circulação de mercadorias qualificada

pela compra e venda — não incide na importação de bem móvel

realizada mediante operação de arrendamento mercantil quando não

exercida a opção de compra (ou seja, o leasing financeiro) e, por

consequência, suscetível de devolução ao arrendador.

O Colegiado, ao reafirmar jurisprudência do tema, aplicou o que fora

decidido no julgamento do RE 540.829/SP (j. em 26.9.2014, acórdão

pendente de publicação, v. Informativo 758), com repercussão geral

reconhecida. Isto confirma o disposto na LC 87/96, art.3º, VIII.

Gabarito: A

QUESTÃO 9 - PGE PA-PROCURADOR-PGE PA/2011

Considerando o instituto da substituição tributária, assinale a

alternativa CORRETA:

a) a Constituição garante ao contribuinte o direito de se creditar da

diferença do ICMS, recolhido sob o regime de substituição tributária

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„para frente‟, quando o valor estimado para a operação final for maior

que o efetivamente praticado.

b) A restituição assegurada pelo § 7º do art. 150 da CF/1988

restringe-se apenas à hipótese de não ocorrer o fato gerador

presumido, não havendo que se falar em tributo pago a maior ou a

menor por parte do contribuinte substituído.

c) O fato gerador presumido é provisório, dando ensejo a restituição

ou complementação do imposto pago.

d) Mesmo tendo a lei complementar definido o fato gerador presumido como sendo a saída da mercadoria do estabelecimento do

contribuinte substituto, deixou margem para cogitar-se de momento

diverso, na conformidade, aliás, do previsto no art. 114 do CTN, que

tem o fato gerador da obrigação principal como a situação definida em

lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.

e) A circunstância de ser presumido o fato gerador constitui óbice à

exigência antecipada do tributo, já que indefinida a sua base de

cálculo.

Resposta:

Letra A: errada. O § 7º do art. 150 da Constituição não garante ao

contribuinte o direito de se creditar da diferença do ICMS, recolhido sob o regime de substituição tributária "para frente", quando o valor

estimado para a operação final for maior que o efetivamente praticado

(STF ADI 1.851)

Letra B: tava certa, agora tá errada.

Contribuinte tem direito a diferenças em regime de substituição

tributária, decide STF

(RE) 593849 - "Foi concluído pelo Supremo Tribunal Federal (STF) o

julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 593849 , com repercussão

geral reconhecida, no qual foi alterado entendimento do STF sobre o

regime de substituição tributária do Imposto sobre Circulação de

Mercadorias e Serviços (ICMS). O Tribunal entendeu que o

contribuinte tem direito à diferença entre o valor do tributo recolhido

previamente e aquele realmente devido no momento da venda. O tributo só se torna efetivamente devido com a ocorrência do fato

gerador, e a inocorrência total ou parcial exige a devolução, sob pena

de ocorrência de confisco ou enriquecimento sem causa do Estado."

Modulação e tese

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"Também foi definida a modulação dos efeitos do julgamento, de

forma que o entendimento passa a valer para os casos futuros e

somente deve atingir casos pretéritos que já estejam em trâmite

judicial. Segundo o ministro Edson Fachin, a medida é necessária para

se atender ao interesse público, evitando surpresas, como o

ajuizamento de ações rescisórias e de novas ações sobre casos até

agora não questionados.

Foi fixada também a tese do julgamento para fim de repercussão

geral:

“É devida a restituição da diferença do Imposto sobre Circulação de

Mercadorias e Serviços (ICMS) pago a mais no regime de substituição

tributária para a frente se a base de cálculo efetiva da operação for

inferior à presumida.”

http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=

327683

Letra C: errada. O fato gerador presumido, por isso mesmo, não é

provisório, mas definitivo, não dando ensejo a restituição ou

complementação do imposto pago, senão, no primeiro caso, na

hipótese de sua não-realização final (STF ADI 1.851)

Letra D: errada A lei complementar, por igual, definiu o aspecto

temporal do fato gerador presumido como sendo a saída da mercadoria do estabelecimento do contribuinte substituto, não

deixando margem para cogitar-se de momento diverso, no futuro, na

conformidade, aliás, do previsto no art. 114 do CTN, que tem o fato

gerador da obrigação principal como a situação definida em lei como

necessária e suficiente à sua ocorrência (STF ADI 1.851)

Letra E: errada. A circunstância de ser presumido o fato gerador não

constitui óbice à exigência antecipada do tributo, dado tratar-se de

sistema instituído pela própria Constituição, encontrando-se

regulamentado por lei complementar que, para definir a base de

cálculo, se valeu de critério de estimativa que a aproxima o mais

possível da realidade. (STF ADI 1.851)

Gabarito: atualmente tudo errado. Era originalmente B.

QUESTÃO 10 – SEFAZ RJ-AUDITOR-FCC/2014

A Comercial Importadora Esaú & Jacó, sediada em Niterói-RJ,

importou mercadorias da China e as desembaraçou no porto de

Vitória- ES. Entretanto, tais mercadorias são sujeitas à substituição

tributária das operações subsequentes, tanto pela legislação

fluminense, como pela legislação capixaba. Antes de retirar a

mercadoria da zona aduaneira, o contribuinte atentou para o artigo

12, § 2o , da Lei Complementar no 87/1996, que estabelece:

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“Art. 12 - ... § 2º -- Na hipótese do inciso IX, após o desembaraço

aduaneiro, a entrega, pelo depositário, de mercadoria ou bem

importados do exterior deverá ser autorizada pelo órgão responsável

pelo seu desembaraço, que somente se fará mediante a exibição do

comprovante de pagamento do imposto incidente no ato do despacho

aduaneiro, salvo disposição em contrário.”

Para retirar a mercadoria da zona aduaneira, o importador deverá

apresentar ao órgão responsável pelo desembaraço o comprovante de

pagamento do ICMS devido ao Estado do:

a) Espírito Santo, apenas, em razão da importação realizada.

b) Espírito Santo, em razão da importação realizada, visto que nesse

momento ocorreu o fato gerador do referido imposto, bem como o

comprovante do ICMS devido, por substituição tributária, ao Estado

do Rio de Janeiro, relativamente às operações subsequentes.

c) Espírito Santo, em razão da importação realizada, visto que nesse

momento ocorreu o fato gerador do referido imposto, bem como o

comprovante do ICMS devido, por substituição tributária, ao mesmo

Estado, relativamente às operações subsequentes

d) Rio de Janeiro, apenas, em razão da importação realizada.

e) Rio de Janeiro, em razão da importação realizada, como também o

comprovante do ICMS devido, por substituição tributária, ao mesmo

Estado, relativamente às operações subsequentes.

Resposta:

Superior Tribunal de Justiça STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO

RECURSO ESPECIAL : AgRg no REsp 1141691 MG 2009/0177586-5

Ementa

DIREITO TRIBUTÁRIO. ICMS. IMPORTAÇÃO. TRIBUTO DEVIDO AO

ESTADO ONDESE LOCALIZA O DESTINATÁRIO FINAL DA

MERCADORIA.

1. O ICMS, no caso de importação, deverá ser recolhido no Estado

onde se localiza o destinatário final da mercadoria, a despeito

deter sido esta desembaraçada em outra Unidade da Federação.

Precedentes.

O ICMS ST será recolhido depois.

Gabarito: D