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    CURSO REGULAR DE DIREITO TRIBUTRIO P/ A RECEITA FEDERAL TEORIA COMPLETA E QUESTES COMENTADAS TURMA 5

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    Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br

    PROFESSOR EDVALDO NILOCURSO REGULAR DE DIREITO TRIBUTRIO PARA A RECEITA

    FEDERAL 5 TURMA TEORIA COMPLETA E QUESTESCOMENTADAS AULA 7 Crdito Tributrio. Conceito.

    Constituio do Crdito Tributrio. Lanamento. Modalidadesde Lanamento. Hipteses de alterao do lanamento.

    Ol, amigos (as).

    A aula de hoje recheada de temas relevantes para a suaprova. Ento, vamos nessa.

    O sumrio o seguinte:

    1. Conceito de crdito tributrio:1.1 Estgios da relao jurdico-tributria;1.2 Autonomia da obrigao tributria;1.3 Legalidade e responsabilidade funcional do agente fiscal;1.4 Existncia de crdito tributrio antes do fato gerador?2. Lanamento tributrio:2.1 Conceito;2.2 Finalidades;2.3 Natureza jurdica;

    2.4 Efeitos;2.5 Competnciaedeclarao dbitos pelo contribuinte;2.6 Demais caractersticas;2.7 Aplicao temporal da taxa de cmbio;2.8 Lei aplicada ao objeto do lanamento(material/substantiva) e lei aplicvel a atividade delanamento (formal/adjetiva);2.9 Reviso e princpio da imutabilidade do lanamento;2.10 Princpio da inalterabilidade dos critrios jurdicos,princpio da confiana e distines entre erro de direito e

    erro de fato;2.11Modalidades de lanamento: 2.11.1 Lanamento deofcio, direto, exofficio ou unilateral: 2.11.1.1 Arbitramentoda base de clculo e pauta fiscal do ICMS;2.11.2Lanamento misto ou por declarao 2.11.3 Lanamentopor homologao ou autolanamento.

    Ento, vamos l.

    1. NATUREZA JURDICA, CONCEITO, FORMA DE

    CONSTITUIO, FUNO E EFEITOS DO CRDITO TRIBUTRIO

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    O crdito tributrio decorre da obrigao tributria principal etem a mesma natureza desta (art. 139, do CTN). Isto , o creditotributrio se origina da existncia do tributo ou da multa fiscal e temnatureza tributria idntica a da obrigao tributria principal.

    Nesse rumo, o crdito tributrio representa o momento daexigibilidade da relao tributria, tendo seu nascimento com aocorrncia lanamento tributrio, nos termos do art.142 do CTN.

    Entretanto, registramos desde j que existem duas hipteses jreconhecidas na jurisprudncia do STJ e do STF que constituem ocrdito tributrio ou que acarretam o nascimento ao crditotributrio, sem a necessidade de lanamento, que so:

    A constituio do crdito tributrio pelo particular com entregade declaraes tributrias, tais como a Declarao deContribuies de Tributos Federais (DCTF) ou a Guia deInformao e Apurao do ICMS (GIA);

    A constituio do crdito tributrio por ato judicial no queconcerne s contribuies previdencirias na Justia doTrabalhodecorrentes das sentenas condenatrias em pecniaque proferir e aos valores objeto de acordo homologado queintegrem o salrio de contribuio (informativo 519 do STF).

    Assim sendo, nos termos enunciados no CTN, podemos conceituar ocrdito tributrio como uma obrigao tributria lanada ouuma obrigao tributria exigvel, sendo o lanamento oinstrumento que confere a exigibilidade obrigao tributria,qualificando-a (identificao do que se deve: andebeatur) equantificando-a (aferio do quanto se deve: quantum debeatur).

    Hiptesede

    incidncia

    ouFatogerador

    inabstrato

    Fatoimponvel

    ou

    Fatogeradorinconcreto

    Obrigaotributria

    Lanamento CrditoTributrio

    Crdito TributrioLanamento

    Obrigaotributria

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    Fatoimponvel

    ouHiptese

    deincidncia

    ouFato

    geradorin

    abstratoFato geradorinconcretoObrigao

    tributriaLanamentoCrdito tributrio

    1.1 ESTGIOS DA RELAO JURDICO-TRIBUTRIA

    Nesse rumo, o lanamento tributrio transforma a obrigaotributria antes ilquida em lquida e certa que passa a serdenominada de crdito tributrio. Isto significa que o crditotributrio a obrigao tributria em um renovado momento aps o

    lanamento tributrio.

    a partir do lanamento tributrio que se pode falar em exigibilidadeda obrigao tributria principal ou acessria pela autoridade fiscal.

    Deste modo, a autoridade fiscal no pode exigir a obrigaotributria com a simples ocorrncia do fato gerador, pois secompreende que apenas com a formalizao da dvida tributriaatravs do lanamento que esta se torna lquida, certa e exigvel,podendo o Fisco exigir o cumprimento da obrigao tributria.

    Por exigibilidade no direito tributrio se entende que o Fisco podecobrar o crdito tributrio do sujeito passivo (contribuinte ouresponsvel tributrio), exigindo-se o cumprimento da obrigaotributria. A exigibilidade significa, em outras palavras, tornarpassvel de cobrana. Na interpretao do CTN, o termo exigibilidadeest umbilicalmente ligado ao lanamento tributrio.

    Por exemplo, a obrigao tributria acessria, pelo simples fato desua inobservncia, converte-se em obrigao tributria principal

    relativamente multa. E para se exigir tal multa necessrio olanamento tributrio (auto de infrao), segundo o art. 142 do CTN,

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    pois, se o contribuinte cumpre com a obrigao acessria, no hexigibilidade pela autoridade fiscal, mas sim obrigatoriedade decumprir com um dever instrumental.

    Neste sentido, podemos simplificar a relao tributria nas seguintesfases:

    Obrigao tributrio existente que corresponde lei mais ofato gerador in concreto;

    Crdito tributrio exigvel que considerado lei mais fatogerador in concreto mais lanamento;

    Crdito tributrio exequvel ou executvel que igual leimais fato gerador in concreto mais lanamento mais inscrioem dvida ativa.

    Neste sentido, visualizamos os estgios da relao tributria comseguinte esquema:

    Relao Jurdico-TributriaObrigao tributrio existente = lei + fato gerador in concretoCrdito tributrio exigvel = lei + fato gerador in concreto +

    lanamentoCrdito tributrio exequvel ou executvel = lei + fato gerador

    in concreto + lanamento + inscrio em dvida ativa.

    1.2 AUTONOMIA DA OBRIGAO TRIBUTRIA

    No direito tributrio, diferentemente do direito civil, a obrigao dodevedor (sujeito passivo) no surge simultaneamente com o direitode crdito do credor (sujeito ativo), pois a obrigao tributriasurge com a ocorrncia do fato gerador e o crdito tributriose constitui com o lanamento tributrio, evidenciando-se que hobrigao tributria antes do lanamento e independentemente dele.

    Deste modo, a autonomia entre obrigao e crdito tributrio ficaclara quando se estabelece que as circunstncias que modificam ocrdito tributrio, sua extenso ou seus efeitos, ou as garantias ou osprivilgios a ele atribudos, ou que excluem sua exigibilidade noafetam a obrigao tributria que lhe deu origem (art. 140, do CTN).

    Logo, no direito tributrio, as alteraes em relao ao crditotributrio podem afetar o lanamento tributrio, mas no aobrigao tributria, exceto na lgica hiptese de extino do

    crdito tributrio que tambm extingue a respectiva obrigaotributria.

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    Por exemplo, em regra, a anulao do lanamento tributrio emdecorrncia de vcio formal (inexistncia de assinatura do agentefiscal no auto de infrao) no altera a obrigao tributria.

    1.3 LEGALIDADE E RESPONSABILIDADE FUNCIONAL DOAGENTE FISCAL

    Em decorrncia do princpio da estrita legalidade tributria, o crditotributrio regularmente constitudo atravs do lanamento apenas semodifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluda,nos casos previstos no Cdigo Tributrio Nacional (CTN), forados quais no podem ser dispensada a sua efetivao ou asrespectivas garantias, sob pena de responsabilidade funcional naforma da lei (art. 141, do CTN).

    Ou seja, o agente fiscal deve atuar de forma vinculada e obrigatria,no podendo dispensar, modificar, extinguir, suspender ou excluir aexigibilidade do crdito tributrio e as suas respectivas garantias,exceto nas hipteses previstas no CTN,sob pena deresponsabilidade funcional,que significa responsabilizaoadministrativa ou at mesmo penal.

    1.4 EXISTNCIA DE CRDITO TRIBUTRIO ANTES DO FATO

    GERADOR?Registramos ainda que no sistema tributrio nacional existe umahiptese disciplinada pela CF/88 em que o crdito tributrio pode serexigido antes mesmo da ocorrncia do fato gerador da obrigaoprincipal: substituio tributriapara frente ou substituiotributria subseqente ou progressiva (art. 150, 7)

    2. LANAMENTO TRIBUTRIO

    O lanamento tributrio o ato documental de cobrana do tributo,por meio do qual se declara a obrigao tributria que surge como fato gerador in concreto e se constitui o crdito tributrio.

    4.1 CONCEITO

    O lanamento tributrio o procedimento administrativo tendentea verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente,determinar a matria tributvel, calcular o montante do tributodevido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicao

    da penalidade cabvel, nos termos do art. 142, caput, do CTN.

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    4.2 FINALIDADES

    As funes ou finalidades da atividade de lanamento so asseguintes:

    Verificar a ocorrncia do fato gerador in concreto; Determinar o que deve ser tributado; Calcular o montante do tributo devido, com base na

    identificao da base de clculo e da alquota; Determinar quem o sujeito passivo (contribuinte ou

    responsvel) da relao tributria e, Sendo caso, propor a aplicao da penalidade cabvel, isto , da

    multa em caso de descumprimento de obrigao tributriaprincipal ou acessria.

    Nesse rumo, o lanamento tributrio segue o princpio documental,sendo documentado e seu instrumento conter os elementosindispensveis identificao da obrigao tributria surgida.

    2.3 NATUREZA JURDICA

    Apesar da polmica doutrinria, segundo os termos do CTN, anatureza jurdica do lanamento declaratria e constitutiva, ou seja, dplice, pois declara a obrigao tributria e constitui o

    crdito tributrio.2.4 EFEITOS

    Consideramos que o lanamento tributrio possui efeito e x t u n c ,pois retroage para declarar a existncia da obrigao tributriasurgida com a ocorrncia do fato gerador.

    Vejamos o seguinte quadro para nunca mais confundir efeitos extunccom efeitos ex nunc:

    Efeitos jurdicosEfeitos extunc= efeitos retroativos, a partir da origem, efeitos que

    retornam ao passado.Efeitos ex nunc= efeitos prospectivos, a partir de agora, efeitos que

    no retroagem.

    2.5 COMPETNCIA E DECLARAO DBITOS PELOCONTRIBUINTE

    A competncia para o lanamento privativa da autoridadeadministrativa (art. 142, do CTN).

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    Entretanto, de acordo com deciso atual do STF e decises reiteradasdo STJ, a formalizao ou constituio do crdito tributrio tambmpode ocorrer por (i) ato judicial na Justia do Trabalho no que dizrespeito acontribuio social referente ao salrio cujopagamento foi determinado em deciso trabalhista etambmpor (ii) declarao de dbitos do sujeito passivo em que otributo correspondente no foi pago, importando em confisso dedvida do dbito tributrio.

    Importante: Tome cuidado com as questes objetivas de concursopblico, verificando sempre se questo cobrada segundo o previstoliteralmente no art. 142 do CTN ou no.

    Por sua vez, apesar de o lanamento ser juridicamente uma atividadeadministrativa obrigatria e vinculada, sob pena de responsabilidadefuncional (art. 142, pargrafo nico), o STJ tem entendido que adeclarao de dbitos pelo contribuinte em GIA ou DCTF em que otributo correspondente no foi pago importa em confisso dedvida do dbito, tornando-se dispensvel a homologaoformal do lanamento e a prvia notificao ou a instauraode procedimento administrativo fiscal, podendo ser prontamenteinscrito em dvida ativa o tributo declarado e no pago.

    Destarte, a jurisprudncia do STJ firma posicionamento de que oreconhecimento do suposto dbito pelo sujeito passivo, mediantedeclarao de dbitos de tributos, equivale constituio formal docrdito pelo lanamento.

    Neste sentido, dispe a smula 436 do STJ, A entrega dedeclarao pelo contribuinte reconhecendo dbito fiscal constitui ocrdito tributrio, dispensada qualquer outra providncia por parte dofisco.

    A FGV no concurso para o ICMS/RJ/2009 considerou correto:Segundo jurisprudncia do STJ, tratando-se de tributo sujeito alanamento por homologao, e tendo o contribuinte declarado odbito e no pagado no vencimento, considera-se desde logoconstitudo o crdito tributrio, tornando-se dispensvel a instauraode procedimento administrativo com a finalidade de promoo dolanamento para viabilizar a posterior cobrana judicial.

    2.6 DEMAIS CARACTERSTICAS

    O lanamento tributrio uma atividadeadministrativavinculada,uma vez que esta deve ser balizada pela lei, e tambm atividade

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    obrigatria, sob pena de responsabilidade funcional da autoridadeadministrativa competente que no lanar o tributo quando este devido.

    No lanamento tributrio no h convenincia ou oportunidade, queso caractersticas da atividade administrativa discricionria, massimatividade administrativa vinculada e obrigatria decorrentedo princpio da indisponibilidade do interesse pblico.

    2.7 APLICAO TEMPORAL DA TAXA DE CMBIO

    Segundo o art. 143, do CTN, salvo disposio de lei em contrrio,quando o valor tributrio esteja expresso em moeda estrangeira,no lanamento far-se- sua converso em moeda nacional aocmbio do dia da ocorrncia do fato gerador da obrigao.

    Por exemplo, o imposto de importao, segundo o STF (RE n73.971-SP), calculado pela alquota vigente data da entrada damercadoria no territrio nacional e, por conseguinte, a taxa decmbio nesse dia.

    Noutro ponto, o CTN abre espao para atuao do legislador ordinriono que tange ao clculo do tributo cujo valor est expresso emmoeda estrangeira. Contudo, atentamos para o fato que compete

    privativamente Unio legislar sobre sistema monetrio e cmbio(art. 22, VI e VII, CF).

    2.8 LEI APLICADA AO OBJETO DO LANAMENTO(MATERIAL/SUBSTANTIVA) E LEI APLICVEL A ATIVIDADE DELANAMENTO (FORMAL/ADJETIVA)

    Em princpio, o lanamento reporta-se data da ocorrncia dofato gerador da obrigao e rege-se pela lei ento vigente,ainda que posteriormente modificada ou revogada (art.144,

    caput, do CTN), salvo as seguintes excees, em que se aplica aolanamento a legislao posterior ocorrncia do fato gerador:

    Legislao que institu novos critrios de apurao ouprocessos de fiscalizao, ampliando os poderes deinvestigao das autoridades administrativas. Porexemplo, lei nova que autoriza a quebra do sigilo bancrio parafins fiscais poder ser aplicada de forma retroativa, podendo aautoridade administrativa competente investigar umcontribuinte em perodo anterior ao advento desta nova lei e

    efetivar o lanamento tributrio com base nos novos dadosaveriguados poca do respectivo lanamento;

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    Legislao que outorgue ao crdito maiores garantias ouprivilgios, excetopara o efeito de atribuirresponsabilidade tributria a terceiros.

    Assim sendo, normalmente, a lei aplicada ao objeto dolanamento a vigente na data da ocorrncia do fato gerador, que chamada pela doutrina de lei de contedo material ousubstantiva, mesmo que seja revogada ou modificada.

    Por exemplo, imaginamos o indivduo que realizou um servio emjaneiro, quando a alquota do ISS era de 3,5%, em fevereiro foipublicada lei municipal reduzindo a alquota para 3%, e em maro efetuado um lanamento relativo prestao de servio realizada(fato gerador do ISS) no ms de janeiro, a alquota do ISS utilizadano lanamento para clculo do tributo dever ser a vigente na datada ocorrncia do fato gerador, que 3,5%.

    Por sua vez, a lei aplicvel a atividade de lanamento aquelavigente poca em que for efetuado, que so as hipteses em que alegislao tenha institudo novos critrios de apurao ouprocessos de fiscalizao, ampliado os poderes deinvestigao das autoridades administrativas, ou outorgado aocrdito maiores garantias ou privilgios, exceto, neste ltimocaso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributria a

    terceiros.Estas hipteses excepcionais de retroatividade so denominadas pelaESAF, CESPE e jurisprudncia do STJ de legislao de contedoformal ou adjetiva (processual), sendo prerrogativas instrumentaisou procedimentais do Fisco que tm aplicao imediata.

    Vejamos as seguintes decises bem didticas do STJ:

    O artigo 144, 1, do CTN prev que as normas tributrias

    procedimentais ou formaistm aplicao imediata, aocontrrio daquelas de natureza material, que somentealcanariam fatos geradores ocorridos durante a suavigncia. Os dispositivos que autorizam a utilizao dedados da CPMF pelo Fisco para apurao de eventuaiscrditos tributrios referentes a outros tributos so normasprocedimentais ou formais e, por essa razo, no sesubmetem ao princpio da irretroatividade das leis, ou seja,incidem de imediato, ainda que relativas a fato gerador ocorridoantes de sua entrada em vigor (REsp 1039364/ES).

    A norma que regula a quebra do sigilo bancrio peloFisco norma procedimental, cuja aplicao imediata,

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    luz do disposto no artigo 144, 1, do CTN. Assim sendo, asleis tributrias procedimentais ou formais so aplicveis a fatospretritos, razo pela qual a Lei Complementar 105/2001legtima a atuao fiscalizatria/investigativa da AdministraoTributria, ainda que os fatos imponveis a serem apurados lhessejam anteriores(REsp 2009/0067034-4).

    Em sntese, podemos exemplificar a lei de contedo material como caput, do art. 144, do CTN: O lanamento reporta-se data daocorrncia do fato gerador da obrigao e rege-se pela lei entovigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada; e a leide contedo formal com o 1, do art. 144, do CTN, quando serefere aos novos critrios de apurao ou processos de fiscalizao,ampliado os poderes de investigao das autoridadesadministrativas.

    Ademais, o CTN ainda dispe que no caso impostos lanados porperodos certos de tempo (IPTU, ITR, dentre outros), aplica-se aolanamento a lei vigente na data em que o fato gerador seconsidera ocorrido, sendo esta a interpretao predominante doart. 144, 2.

    2.9 REVISO EPRINCPIO DA IMUTABILIDADE DOLANAMENTO

    O princpio da imutabilidade do lanamento est fundamentado noart. 145, do CTN, que dispe que o lanamento regularmentenotificado ao sujeito passivo da relao tributria s pode seralterado em virtude de:

    Impugnao do sujeito passivo; Recurso de ofcio; Iniciativa de ofcio da autoridade administrativa, nos casos

    previstos no artigo 149 do CTN (lanamento de ofcio).

    Neste sentido, preservando a estabilidade da relao jurdico-tributria, verificamos que, salvo nas hipteses elencadas no art.145, o lanamento tributrio regularmente notificado ao sujeitopassivo administrativamente imutvel, uma vez que o sujeitopassivo no pode ficar a merc da convenincia da atuao do agentefiscal.

    2.10 PRINCPIO DA INALTERABILIDADE DOS CRITRIOSJURDICOS, PRINCPIO DA CONFIANA E DISTINES ENTRE

    ERRO DE DIREITO E ERRO DE FATO

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    Destacamos que a modificao introduzida, de ofcio ou emconseqncia de deciso administrativa ou judicial, noscritriosjurdicos adotados pela autoridade administrativa no exercciodo lanamento somente pode ser efetivada, em relao a um mesmosujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente sua introduo (art. 146, do CTN).

    Este dispositivo fundamenta o princpio da inalterabilidade doscritrios jurdicos no que diz respeito a fatos geradores pretritos.

    Assim, o CTN consolida tambm o princpio da confiana no mbitodo direito tributrio, porque protege o contribuinte que confiou eacreditou na correta aplicao dos critrios jurdicos adotados pelaautoridade administrativa no momento do lanamento.

    Portanto, nesta hiptese do art. 146 do CTN, novos critrios jurdicossomente podem ser utilizados em relao ao mesmo contribuinte emsituaes igualmente novas, que acarretam fatos geradores inconcreto (fatos imponveis) inditos, protegendo a boa f docontribuinte contra mudanas jurdicas repentinas e de efeitosretroativos (extunc).

    Neste tema, tem pertinncia e correta a interpretao disposta naSmula 227 do extinto Tribunal Federal de Recursos (TFR), dizendo

    que a mudana de critrio jurdico adotado pelo Fisco no autoriza areviso de lanamento.

    Isto , na hiptese de erro de direito ou modificao deinterpretao jurdica pelo fisco no ser possvel alterar olanamento tributrio j realizado, sendo possvel estaalterao apenas no caso de erro de fato, desde que ainda notenha decorrido o prazo de decadncia para lanar o tributo, j que areviso do lanamento s pode ser iniciada enquanto no extinto odireito da Fazenda Pblica.

    Com efeito, podemos dizer que erro de fato se situa no mundo real,no mundo do conhecimento dos fatos, independentemente doconhecimento da norma jurdica. Por exemplo, a autoridadeadministrativa verifica que os valores registrados na nota fiscal pelocontribuinte foram transcritos de forma incorreta (R$ 100,00 ao invsde R$ 1.000,00).

    J o erro de direito acontece no mundo do direito, isto , um errona aplicao e interpretao da norma jurdica. Por exemplo, o Fisco

    compreende como adequada determinada interpretao da normatributria e depois verifica que esta interpretao equivocada.

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    Assim, registramos que se o Fisco quiser promover a modificao doentendimento por erro de direito, deve-se aplicar o art. 146 do CTN,protegendo o direito do contribuinte no que diz respeito aoslanamentos tributrios j efetivados.

    Podemos citar o seguinte exemplo doutrinrio: Imagine um fiscalque lana um tributo, aplicando uma alquota de 5% pois identificou aoperao tributada como sendo a venda de um motor eltrico, masposteriormente verifica que se trata de venda de motor a gasolina,cuja alquota de 10%, tal fiscal cometeu um erro de fato e deverever o lanamento corrigindo a alquota aplicvel dentro do prazolegal (decadncia). Entretanto, se o mesmo fiscal identificoucorretamente a operao tributada como sendo a venda de um motora gasolina, mas interpretou de forma equivocada a lei, entendendoque era caso de aplicao da alquota de 5%, no poderposteriormente modificar o lanamento, pois ocorreu aqui um errode direito ou modificao de interpretao jurdica pelo fisco.

    2.11 MODALIDADES DE LANAMENTO

    Nos termos do CTN, existem trs modalidades de lanamentotributrio, que so determinadas de acordo com caracterstica denenhum, maior ou total auxlio do sujeito passivo (contribuinte ou

    responsvel) da relao tributria no ato de lanar, que so asseguintes em ordem decrescente de auxlio:

    Lanamento de ofcio, direto, exofficio ou unilateral; Lanamento por declarao ou misto; Lanamento por homologao ou autolanamento.

    Em outras palavras, no lanamento de ofcio no h auxlio do sujeitopassivo; no lanamento por declarao h um maior auxlio do sujeitopassivo e no lanamento por homologao h total auxlio do sujeito

    passivo no ato ou procedimento de efetuar o lanamento tributrio.

    2.11.1 LANAMENTO DE OFCIO, DIRETO, EX OFFICIO OUUNILATERAL

    O lanamento de ofcio aquele em que o Fisco, dispondo de dadossuficientes para efetuar a cobrana, realiza-o, dispensando o auxliodo contribuinte ou do responsvel tributrio. Exemplos: IPTU(lanamento de ofcio, por excelncia), IPVA (em regra, mas dependesempre da legislao estadual), autos de infrao, a grande maioria

    das taxas e a contribuio municipal e distrital de iluminao pblica.

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    O art. 149, do CTN, estabelece nove (9) hipteses expressas em queautoridade administrativa deve efetuar o lanamento de ofcio ourealizar a sua reviso de ofcio, a saber:

    Quando a lei assim o determine; Quando a declarao no seja prestada, por quem de direito,

    no prazo e na forma da legislao tributria; Quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado

    declarao nos termos do inciso anterior, deixe de atender, noprazo e na forma da legislao tributria, a pedido deesclarecimento formulado pela autoridade administrativa,recuse-se a prest-lo ou no o preste satisfatoriamente, a juzodaquela autoridade;

    Quando se comprove falsidade, erro ou omisso quanto aqualquer elemento definido na legislao tributria como sendode declarao obrigatria;

    Quando se comprove omisso ou inexatido, por parte dapessoa legalmente obrigada, no exerccio da atividade a que serefere o item seguinte;

    Quando se comprove ao ou omisso do sujeito passivo, ou deterceiro legalmente obrigado, que d lugar aplicao depenalidade pecuniria;

    Quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro embenefcio daquele, agiu com dolo, fraude ou simulao;

    Quando deva ser apreciado fato no conhecido ou no provadopor ocasio do lanamento anterior; Quando se comprove que, no lanamento anterior, ocorreu

    fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ouomisso, pela mesma autoridade, de ato ou formalidadeespecial.

    Notamos da anlise de algumas hipteses do art. 149, do CTN, quetodos os tributos podem vir a ser lanados de forma direta (exofficio),uma vez que a autoridade administrativa competente obrigada a

    lanar de ofcio o tributo no caso de omisso ou incorreo do auxliopraticado pelo sujeito passivo no lanamento por declarao ou nolanamento por homologao.

    Assim, correto dizer que o lanamento de ofcio pode ser utilizadoquando da inobservncia, conforme o tributo devido, do lanamentopor homologao ou por declarao.

    Por sua vez, o lanamento de ofcio pode ser realizado, inclusive se jfoi procedido outro lanamento de ofcio, sendo o caso de reviso de

    ofcio. a hiptese, por exemplo, de comprovao que, nolanamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade

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    que o efetuou, ou omisso, pela mesma autoridade, de ato ouformalidade especial, previsto no art. 149, IX, do CTN.

    relevante saber tambm que a reviso do lanamento s pode seriniciada enquanto no extinto o direito da Fazenda Pblica (art. 149,pargrafo nico, do CTN). Isto , extinto o direito do Fisco no podemais existir o lanamento ou reviso do prprio. A extino decorredo trmino do prazo decadencial para o fisco lanar o tributo.

    2.11.1.1 ARBITRAMENTO DA BASE DE CLCULO E PAUTAFISCAL DO ICMS

    Quando o clculo do tributo tenha por base, ou tome emconsiderao, o valor ou o preo de bens, direitos, servios ou atosjurdicos, a autoridade lanadora, mediante processo regular,arbitrar aquele valor ou preo, sempre que sejam omissos ouno meream f as declaraes ou os esclarecimentos prestados, ouos documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceirolegalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestao,avaliao contraditria, administrativa ou judicial (art. 148).

    Segundo parte minoritria da doutrina e da jurisprudncia, o art. 148dispe sobre o denominado lanamento por arbitramento. Contudo,na verdade, ocorre um lanamento de ofcio e no uma modalidade

    de lanamento. O arbitramento uma tcnica para definir a basede clculo do tributo, uma vez que a atividade realizada pelosujeito passivo no foi correta (no merece f) ou o sujeito passivofoi omisso.

    Assim sendo, ressaltamos que o arbitramento medidaexcepcional que somente se verifica na hiptese de recusa ousonegao de documentos ou informaes pelo sujeito passivo, poisexistindo elementos suficientes para apurao do valor real da basede clculo do tributo (recibos, rescises contratuais, escriturao

    contbil regular etc.), ilegtimo o lanamento efetuado com baseem arbitramento.

    Realamos tambm que este contraditrio, administrativo oujudicial, significa que o contribuinte tem o direito de contestar oarbitramento, ou seja, o contribuinte pode se defender da formacomo o Auditor-Fiscal realizou o arbitramento, que no caracterizado como de presuno absoluta (no admite prova emcontrrio). Portanto, o contribuinte tem o direito de fazer prova em

    contrrio do arbitramento feito pela autoridade fiscal, procurandomostrar a real base de clculo do tributo.

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    Ademais, com fundamento no art. 148 do CTN, o STJ afirma que ilegal a cobrana de ICMS com base no valor da mercadoriasubmetido ao regime de pauta fiscal (smula 431).

    A pauta fiscal tem por base determinados valores fixados prvia ealeatoriamente para a apurao da base de clculo do tributo e ferede morte o princpio da legalidade tributria.

    Portanto, o STJ compreende que inadmissvel a fixao da base declculo do ICMS com apoio em pautas de preos ou valores (pautasfiscais), uma vez que a base de clculo do ICMS o valor daoperao de que decorrer a sada da mercadoria.

    Desta forma, o STJ afirma que o art. 148, do CTN, somente podeser invocado para estabelecimento de bases de clculo, que levamao clculo do tributo devido, quando a ocorrncia dos fatosgeradores comprovada, mas o valor ou preo de bens, direitos,servios ou atos jurdicos registrados pelo contribuinte no mereamf, ficando a Fazenda Pblica autorizada a arbitrar o preo, dentro deprocesso regular.

    Exemplo de pauta fiscal:

    PAUTA FISCALREFRIGERANTE EM GARRAFA RETORNVEL DE 600 A 1250 ml (DEVIDRO)

    PRODUTO / MARCA TIPO Valor (R$)Coca-Cola Light / Diet / Zero

    1000 ml1,88

    Fanta Todos os sabores1000 ml

    1,68

    Guaran Kuat Light / Diet / Zero1000 ml

    1,68

    Pepsi-Cola Light / Diet / Zero1000 ml 1,68

    Pepsi-Cola Twist Twist Light 1000 ml 1,68Sprite Light / Diet / Zero

    1000 ml1,68

    Em resumo, ilegal a cobrana de ICMS com base em pautafiscal, uma vez que o princpio da legalidade tributria (art. 150, I,CF) h de ser respeitado como limite ao poder de tributar.

    2.11.2 LANAMENTO MISTO OU POR DECLARAO

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    O lanamento por declarao aquele representado pela aoconjugada do fisco e do sujeito passivo (contribuinte ou oresponsvel tributrio), restando ao fisco o trabalho privativo deefetuar o lanamento.

    O fisco, no dispondo de dados suficientes para realizar olanamento, conta com o auxlio do contribuinte que supre adeficincia da informao por meio da declarao prestada (art. 147).

    Os exemplos so cada vez mais raros no sistema tributrio brasileiro,tais como imposto de importao (II) sobre bagagem acompanhada eo imposto sobre transmisso de bens imveis (ITBI) de competnciamunicipal.

    Com efeito, o ato ou procedimento do lanamento por declarao oumisto efetuado com base na declarao do sujeito passivo ou deterceiro (obrigao tributria acessria), quando um ou outro, naforma da legislao tributria, presta autoridade administrativainformaes sobre matria de fato, indispensveis suaefetivao.

    Em sntese, no lanamento por declarao o fisco lana o tributo combase nas informaes prestadas pelo sujeito passivo.

    Destacamos que a retificao da declarao por iniciativa do prpriodeclarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, s admissvel mediante comprovao do erro em que se funde, eantes de notificado o lanamento (art. 147, 1, do CTN).

    Portanto, o contribuinte pode pedir a retificao de declarao jrealizada, visando a reduzir ou excluir o tributo, desde que o faaantes da notificao do lanamento e mediante comprovao do errona declarao.

    A FGV no concurso para o ICMS/RJ/2009 considerou incorreto: Aretificao da declarao por iniciativa do prprio declarante, quandovise a reduzir ou excluir tributo, pode ser feita a qualquer tempo,independentemente da constituio do crdito tributrio pelolanamento, desde que haja comprovao do erro em que se funde.

    Por sua vez, os erros contidos na declarao e apurveis pelo seuexame sero retificados de ofcio pela autoridade administrativa a quecompetir a reviso da declarao (art. 147, 2, do CTN).

    2.11.3 LANAMENTO POR HOMOLOGAO OUAUTOLANAMENTO

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    O lanamento por homologao aquele em que o sujeito passivo(contribuinte ou responsvel tributrio) auxilia ostensivamente oFisco, cabendo a este homologar e conferir a exatido da atividade dosujeito passivo (art. 150 do CTN).

    So exemplos de tributos lanados pro homologao: ICMS, IR, ITR,IPI, ISS, e a maior parte dos impostos, uma vez que tal lanamentosimplifica a vida do fisco, independendo o pagamento do tributo dequalquer providncia estatal.

    Deste modo, o lanamento tributrio por homologao ocorre quantoaos tributos cuja legislao atribua ao sujeito passivo o dever deantecipar o pagamentosem prvio exame da autoridadeadministrativa, operando-se pelo ato em que a referida autoridade,tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado,expressamente a homologa (art. 150, caput, CTN).

    O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos do lanamentopor homologao extingue o crdito, sob condio resolutria daulterior homologao ao lanamento (art. 150, 1, CTN).

    Assim, por exemplo, o imposto de renda pessoa fsica (IRPF) ou oimposto de renda pessoa jurdica (IRPJ) so tributos lanados por

    homologao, uma vez que a legislao atribui ao sujeito passivo odever de antecipar o pagamento sem prvio exame da autoridadeadministrativa, operando-se a extino do crdito tributrio sobcondio resolutria da ulterior homologao.

    Realamos que quando resolutria a condio, verifica-se os efeitostributrios desde o momento da prtica do ato ou celebrao donegcio jurdico. J quando suspensiva a condio, verifica-se osefeitos tributrios quando acontece a condio.

    Por sua vez, conforme o prprio CTN, no influem sobre a obrigaotributria quaisquer atos anteriores homologao, praticados pelosujeito passivo ou por terceiro, visando extino total ou parcial docrdito (art. 150, 2).

    Todavia, estes atos anteriores homologao, praticados pelo sujeitopassivo ou por terceiro, visando extino total ou parcial do crditosero considerados na apurao do saldo porventura devido e, sendoo caso, na imposio de penalidade, ou sua graduao (art. 150, 3, CTN).

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    b) Sim, sim, no.c) Sim, no, sim.d) No, sim, sim.e) No, sim, no.

    No primeiro item, no vedada (proibida) a aplicao ao lanamentoda legislao que, posteriormente ocorrncia do fato gerador daobrigao, tenha ampliado os poderes de investigao dasautoridades administrativas, conforme o 1, art. 144, do CTN, quedispe: Aplica-se ao lanamento a legislao que, posteriormente ocorrncia do fato gerador da obrigao, tenha institudo novoscritrios de apurao ou processos de fiscalizao, ampliado ospoderes de investigao das autoridades administrativas, ououtorgado ao crdito maiores garantias ou privilgios, exceto, nesteltimo caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributria aterceiros.

    No segundo item, o crdito tributrio tem sim a mesma natureza daobrigao tributria principal, conforme art. 139, do CTN.

    No terceiro item, a lei vigente data da ocorrncia do fato gerador daobrigao, que tenha sido posteriormente revogada, aplicvel aolanamento do crdito tributrio, conforme o art. 144, caput, do CTN,in verbis: O lanamento reporta-se data da ocorrncia do fato

    gerador da obrigao e rege-se pela lei ento vigente, ainda queposteriormente modificada ou revogada.

    Logo, a resposta a letra d (No, sim, sim).

    3. (ESAF/AFTE/PI/2002) - Aps a ocorrncia do fato gerador, nova leifoi publicada, aumentando as alquotas do tributo. Neste caso, olanamento ser regido pela lei em vigor na data Aa) da ocorrncia do fato gerador.b) da feitura do lanamento.

    c) do pagamento do tributo.d) da cobrana do tributo.e) escolhida pelo sujeito passivo.

    O lanamento ser regido pela lei em vigor na data da ocorrncia dofato gerador, mesmo que aps esta data uma nova lei seja publicadae aumente as alquotas do tributo, de acordo coma literalidade do art.144 do CTN.

    Logo, a resposta a letra a.

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    4. (ESAF/AFRFB/2005) O lanamento, a teor do art. 142 doCdigo Tributrio Nacional, o procedimento administrativo tendentea verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente,determinar a matria tributvel, calcular o montante do tributodevido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor aaplicao da penalidade cabvel. Sobre o lanamento, avalie o acertodas afirmaes adiante e marque com (V) as verdadeiras e com (F)as falsas; em seguida, marque a opo correta.( ) Trata-se de uma atividade vinculada e obrigatria, sob pena deresponsabilidade funcional.( ) No sistema tributrio brasileiro, o crdito tributrio pode serexigido antes da ocorrncia do fato gerador da obrigao principal. V( ) Salvo disposio de lei em contrrio, quando o valor tributrioesteja expresso em moeda estrangeira, no lanamento far-se- suaconverso em moeda nacional ao preo mdio do cmbio do ms daocorrncia do fato gerador da obrigao.a) F, F, Vb) V, F, Fc) V, V, Fd) F, F, Ve) V, F, V

    O primeiro item verdadeiro, eis que o lanamento tributrio uma

    atividade vinculada e obrigatria, sob pena de responsabilidadefuncional.

    O segundo item verdadeiro, pois, no sistema tributrio brasileiro, ocrdito tributrio pode ser exigido antes da ocorrncia do fatogerador da obrigao principal, no caso de substituio tributria parafrente disciplinada no art. 150, 7, da CF/88: A lei poder atribuir asujeito passivo de obrigao tributria a condio de responsvel pelopagamento de imposto ou contribuio, cujo fato gerador devaocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial

    restituio da quantia paga, caso no se realize o fato geradorpresumido.

    O terceiro item falso, porque, salvo disposio de lei em contrrio,quando o valor tributrio esteja expresso em moeda estrangeira, nolanamento far-se- sua converso em moeda nacional ao cmbiodo dia da ocorrncia do fato gerador da obrigao (art. 143 doCTN) e no ao preo mdio do cmbio do ms da ocorrncia do fatogerador da obrigao.

    Portanto, a letra c (V, V, F).

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    5. (ESAF/AFTE/PA/2002) O ato ou procedimento administrativo delanamento tem as finalidades abaixo, excetoa) identificar o sujeito passivo da obrigao tributria.b) determinar a matria tributvel.c) quantificar o montante do tributo devido.d) verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria.e) ensejar o nascimento da obrigao tributria.

    O ato ou procedimento administrativo de lanamento possui asfinalidades de identificar o sujeito passivo da obrigao tributria;determinar a matria tributvel; quantificar o montante do tributodevido; verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria,mas no tem a finalidade de ensejar o nascimento da obrigaotributria, que surge com o fato gerador e no com o lanamentotributrio (art. 142, CTN).

    Logo, a letra e.

    6. (PGE/2004/adaptada) Avalie o acerto das afirmaes adiante emarque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas; em seguida,assinale a resposta correta.(i) Considere a seguinte situao hipottica. Uma determinada leiautoriza a quebra do sigilo bancrio para fins fiscais. A autoridadeadministrativa, de acordo com essa lei em vigor, investigou um

    contribuinte e descobriu que ele sonegara tributos relativamente aoperodo anterior ao advento daquela lei e lanou o crdito tributrio.Nessa situao, a lei nova poder ser aplicada de forma retroativa,sem que haja qualquer violao s disposies do CTN ou Constituio.(ii) O lanamento regido pela lei em vigncia no momento daocorrncia do fato gerador da obrigao tributria, inclusive no quese refere definio das garantias e privilgios do crdito tributrio eaos poderes de investigao das autoridades fiscais.(iii) Lanamento o procedimento administrativo tendente a

    constituir a obrigao tributria, tendo em vista a ocorrncia do fatogerador previsto em lei.(iv) Lanamento o procedimento administrativo pelo qual seconstitui o crdito tributrio, a partir da verificao da ocorrncia dofato gerador do tributo.(v) Tendo em vista a capacidade econmica do sujeito passivo, pormotivo de eqidade, a autoridade administrativa pode deixar depromover o lanamento.a) F, V, V, F, V.b) F, F, V, V, F.

    c) F, V, F, V, F.d) V, F, F, V, F.

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    e) V, V, F, V, F.

    O primeiro item verdadeiro, porque a lei nova poder ser aplicadade forma retroativa, sem que haja qualquer violao s disposiesdo CTN ou Constituio, pois o 1, do art. 144, do CTN dispe queAplica-se ao lanamento a legislao que, posteriormente ocorrncia do fato gerador da obrigao, tenha institudo novoscritrios de apurao ou processos de fiscalizao, ampliadoos poderes de investigao das autoridades administrativas, ououtorgado ao crdito maiores garantias ou privilgios, exceto, nesteltimo caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributria aterceiros.

    O segundo item falso, uma vez que o lanamento regido pela leiem vigncia no momento da ocorrncia do fato gerador da obrigaotributria, exceto e no inclusiveno que se refere definio dasgarantias e privilgios do crdito tributrio e aos poderes deinvestigao das autoridades fiscais, como citado acima pelo 1, doart. 144, do CTN.

    O terceiro item falso, pois o lanamento no constituir a obrigaotributria. O lanamento tributrio constitui o crdito tributrio edeclara a obrigao tributria.

    O quarto item verdadeiro, porque o lanamento o procedimentoadministrativo pelo qual se constitui o crdito tributrio, a partir daverificao da ocorrncia do fato gerador do tributo.

    O quinto item falso, pois no juridicamente possvel que, tendo emvista a capacidade econmica do sujeito passivo, por motivo deeqidade, a autoridade administrativa possa deixar de promover olanamento, que atividade administrativa vinculada e obrigatria,sob pena de responsabilidade funcional.

    Logo, a letra d (V, F, F, V, F).

    7. (ESAF/TRF/2000/adaptada)1) Uma nova lei do imposto de renda,reduzindo a alquota de um imposto, entrou em vigor e h umaexigncia tributria relativa a fatos ocorridos antes dessa lei. Olanamento do imposto deve levar em considerao a lei nova?2) A modificao introduzida nos critrios jurdicos adotados pelaautoridade administrativa no exerccio do lanamento pode serefetivada, em relao a um mesmo sujeito passivo, quanto a fatosgeradores ocorridos anteriormente sua introduo?

    3) O lanamento reporta-se data da ocorrncia do fato gerador e serege pela lei vigente poca dessa ocorrncia?

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    a) no, no, no.b) sim, sim, sim.c) no, no, sim.d) no, sim, sim.e) sim, no, no.

    No primeiro item, o lanamento do imposto de renda no deve levarem considerao a lei nova, eis que, no caso, o lanamento deve sereportar data da ocorrncia do fato gerador da obrigao e rege-sepela lei ento vigente, ainda que posteriormente modificada ourevogada.

    No segundo item, a modificao introduzida nos critrios jurdicosadotados pela autoridade administrativa no exerccio do lanamentono pode ser efetivada, em relao a um mesmo sujeito passivo,quanto a fatos geradores ocorridos anteriormente sua introduo,mas somente a fatos geradores ocorridos posteriormente suaintroduo, conforme art. 146, do CTN.

    No terceiro item, o lanamento reporta-se sim data da ocorrnciado fato gerador e se rege pela lei vigente poca dessa ocorrncia(art. 144, caput, CTN).

    Portanto, a letra c (no, no, sim).

    8. (ESAF/IRB/2004) Avalie as indagaes abaixo e em seguidaassinale a resposta correta. A obrigao tributria principal nasce com o lanamento dorespectivo crdito tributrio? permitido que autoridade judiciria realize lanamento de crditotributrio, na hiptese de concluir que o contribuinte deixou derecolher tributo devido Fazenda Pblica? Considere a seguinte situao hipottica: Aps responder consulta associao de importadores de que seu produto enquadrou-se na

    alquota de 3% do IPI, a autoridade administrativa, em novoentendimento, passou a aplicar a alquota de 5%, tendo em vistadeciso judicial em processo movido por associado. Nessa situao,haver incidncia da nova alquota aos fatos geradores anteriores aonovo entendimento, cobrando-se o crdito suplementar?a) No, no, sim.b) No, sim, sim.c) No, no, no.d) Sim, no, sim.e) Sim, sim, no.

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    No primeiro item, a obrigao tributria principal no nasce com olanamento do respectivo crdito tributrio, mas sim o fato gerador.

    No segundo item, no permitido que autoridade judiciria realize olanamento de crdito tributrio, mas somente a autoridadeadministrativa competente.

    No terceiro item, no pode haver incidncia da nova alquota aosfatos geradores anteriores ao novo entendimento, cobrando-se ocrdito suplementar, porque o art. 146 do CTN dispe: Amodificao introduzida, de ofcio ou em conseqncia de decisoadministrativa ou judicial, nos critrios jurdicos adotados pelaautoridade administrativa no exerccio do lanamento somente podeser efetivada, em relao a um mesmo sujeito passivo, quanto afato gerador ocorrido posteriormente sua introduo.

    Logo, a letra c (no, no, no).

    9. (ESAF/AFM/Natal/2001) O ato administrativo tributrio que sereporta data da ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria erege-se pela lei ento vigente, constituindo atividade administrativavinculada e obrigatria, :a) notificao.b) responsabilizao.

    c) integrao.d) lanamento.e) converso.

    O ato administrativo tributrio que se reporta data da ocorrncia dofato gerador da obrigao tributria e rege-se pela lei ento vigente,constituindo atividade administrativa vinculada e obrigatria, olanamento, conforme art. 144 do CTN.

    Logo, a alternativa d.

    10. (AFRF/2003 /ESAF) O texto abaixo sobre substituio tributria reproduo do 7 do art. 150 da Constituio Federal. Assinale aopo que preenche corretamente as lacunas do texto._____[I]______ poder atribuir a sujeito passivo de obrigaotributria a condio de _____[II]_____ pelo pagamento_______[III]_____, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente,assegurada a imediata e preferencial restituio da quantia paga,caso ______[IV]_______ o fato gerador presumido.a) [I] A lei...[II] responsvel...[III] de impostos ou contribuio...[IV]

    no se realize.

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    b) [I] A legislao tributria...[II] substituto tributrio...[III] detributos...[IV] no ocorra.c) [I] Resoluo do CONFAZ...[II] responsvel...[III] do ICMS...[IV]se efetive.d) [I] Somente lei complementar...[II] substituto tributrio...[III] doICMS...[IV] no se materialize.e) [I] Medida Provisria...[II] substituto legal...[III] de impostos econtribuies...[IV] ocorra.

    Segundo a literalidade do 7 do art. 150, da CF/88, A lei poderatribuir a sujeito passivo de obrigao tributria a condio deresponsvel pelo pagamento de impostos ou contribuio, cujofato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata epreferencial restituio da quantia paga, caso no se realize o fatogerador presumido.

    Logo, a resposta a letra a.

    11.(ESAF/Auditor-Fiscal/MG/2005) Assinale a opo correta.A lei poder atribuir a sujeito passivo da obrigao tributria acondio de responsvel pelo pagamento de imposto ou contribuio,cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada aimediata restituio da quantia paga, caso no se realize o fatogerador presumido art. 150, 7 da CRFB/88. O dispositivo

    referido veicula:a) o instituto da substituio tributria para frente.b) o lanamento por homologao.c) um privilgio do crdito tributrio.d) hiptese de responsabilidade por sucesso.e) sujeio passiva extraordinria.

    A lei poder atribuir a sujeito passivo da obrigao tributria acondio de responsvel pelo pagamento de imposto ou contribuio,cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a

    imediata restituio da quantia paga, caso no se realize o fatogerador presumido, segundo o art. 150, 7, da CRFB/88. Logo, letra a, pois tal dispositivo referido veiculao instituto dasubstituio tributria para frenteou substituio tributriasubseqente ou progressiva.

    12. (ESAF/AFRFB/2010) Sobre o lanamento, com base no CdigoTributrio Nacional, assinale a opo correta.a) O lanamento um procedimento administrativo pelo qual aautoridade fiscal, entre outras coisas, declara a existncia de uma

    obrigao tributria.

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    b) Ao se estabelecer a competncia privativa da autoridadeadministrativa para efetuar o lanamento, permitiu-se a delegaodessa funo.c) No lanamento referente penalidade pecuniria, a autoridadeadministrativa deve aplicar a legislao em vigor no momento daocorrncia do fato gerador.d) A legislao posterior ocorrncia do fato gerador da obrigaoque instituir novos critrios de apurao ou processos de fiscalizao,ampliando os poderes de investigao da autoridade administrativa,no se aplica ao lanamento.e) A aplicao retroativa de legislao tributria formal pode atribuirresponsabilidade tributria a terceiros.

    Letra (A). Conforme a doutrina dominante, o lanamento tributrio o ato documental de cobrana do tributo, por meio do qual se declaraa obrigao tributria que surge com o fato gerador in concreto e seconstitui o crdito tributrio. Assim, a natureza jurdica dolanamento tributrio dplice, sendo declaratria e constitutiva,pois declara a obrigao tributria e constitui o crdito tributrio.Logo, correta.

    Letra (B). Com base no CTN, no se permite a delegao da funode efetuar a atividade administrativa de lanamento, que vinculadae obrigatria, sob pena de responsabilidade funcional. Logo,

    incorreta.Letra (C). Em regra, no lanamento referente penalidadepecuniria, a autoridade administrativa deve aplicar a legislao emvigor no momento da ocorrncia do fato gerador (art. 144 do CTN).Contudo, conforme o art. 106, II, c, do CTN, a lei aplica-se a ato oufato pretrito tratando-se de ato no definitivamente julgado quandolhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente aotempo da sua prtica. Assim, neste caso, a lei poderia retroagir eatingir o passado. Logo, incorreta.

    Letra (D). Contrape-se ao art. 144, 1, do CTN, estabelecendo quese aplica ao lanamento tributrio a legislao que, posteriormente ocorrncia do fato gerador da obrigao, tenha institudo novoscritrios de apurao ou processos de fiscalizao, ampliando ospoderes de investigao das autoridades administrativas. Logo,incorreta.

    Letra (E). A aplicao retroativa de legislao tributria formal nopode atribuir responsabilidade tributria a terceiros, conforme o art.

    144, 1, do CTN. Logo, incorreta.

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    13. (ESAF/ATRFB/2010) Sobre o lanamento, procedimentoadministrativo que faz nascer a obrigao tributria, correto afirmarque:a) por meio do lanamento, constitui-se o crdito tributrio,apontando o montante devido correspondente obrigao tributriaprincipal, que abrange o tributo, mas no abrange eventuaispenalidades pecunirias pelo descumprimento da obrigao tributria.b) o lanamento indispensvel para o recebimento do crditotributrio (por exemplo, nos casos de crdito consignado empagamento e na converso de depsito em renda), em qualquersituao.c) o tributo, por fora do CTN, lanado mediante atividadeadministrativa plenamente vinculada, no sendo admissveisimpugnaes de quaisquer natureza.d) a forma do lanamento depender do regime de lanamento dotributo e das circunstncias nas quais apurado, sendo que, por noseguir o princpio documental, no necessariamente conter atotalidade dos elementos necessrios identificao da obrigaosurgida.e) ainda quando de fato seja o lanamento feito pelo sujeito passivo,o Cdigo Tributrio Nacional, por fico legal, considera que a suafeitura privativa da autoridade administrativa, e por isto, no planojurdico, sua existncia fica sempre dependente de homologao porparte da autoridade competente.

    Letra (A). O lanamento tributrio abrange a aplicao da penalidadecabvel em face do descumprimento da obrigao tributria (art. 142,caput, CTN). Logo, incorreta.

    Letra (B). O lanamento no indispensvel para o recebimento docrdito tributrio nos casos de crdito consignado em pagamento ena converso de depsito em renda. dispensvel o lanamentotambm, segundo a jurisprudncia do STF e STJ, nos seguintes casosde: (i) ato judicial na Justia do Trabalho no que diz respeito a

    contribuio previdenciria cujo pagamento foi determinado emdeciso trabalhista e (ii) declarao de dbitos do sujeito passivo(DCTF, GIA etc.) em que o tributo declarado no foi pago,importando em confisso de dvida do dbito tributrio, tornando-sedispensvel a homologao formal do lanamento e a prvianotificao ou a instaurao de procedimento administrativo fiscal.Logo, incorreta.

    Letra (C). O lanamento atividade administrativa plenamentevinculada. Todavia, pode ser alterado em virtude de impugnao do

    sujeito passivo (art. 145, I, CTN). Logo, incorreta.

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    Letra (D). A forma do lanamento depender do regime delanamento do tributo e das circunstncias nas quais apurado.Contudo, o lanamento segue o princpio documental, sendodocumentado e seu instrumento conter os elementos indispensveis identificao da obrigao tributria surgida. Logo, incorreta.

    Letra (E). Segundo disposio literal do CTN (art. 150, 4), nolanamento por homologao, o contribuinte, ou o responsveltributrio, deve realizar o pagamento antecipado do tributo, antes dequalquer procedimento administrativo, ficando a extino do crditocondicionada futura homologao expressa ou tcita (fico legal)pela autoridade fiscal competente. Logo, correta.

    14. (ESAF/PFN/2004) Consideradas as disposies do CdigoTributrio Nacional, correto afirmar que lcito autoridadeadministrativa rever de ofcio o lanamento j procedidoa) somente no caso de lanamento anterior por homologao.b) no caso de qualquer lanamento anterior, exceto o de ofcio.c) no caso de qualquer lanamento anterior, inclusive o de ofcio.d) somente no caso de lanamento anterior com base na declaraodo sujeito passivo.e) somente no caso de lanamento anterior relativo empresaconcordatria.

    Conforme a leitura atenta do art. 149 do CTN, correto afirmar que lcito autoridade administrativa rever de ofcio o lanamento jprocedido no caso de qualquer lanamento anterior, inclusive o deofcio.

    Deste modo, por exemplo, toda vez que o contribuinte comete umairregularidade no lanamento por declarao ou no lanamento porhomologao pode a autoridade administrativa realizar o lanamentode ofcio. E estas hipteses so previstas no art. 149, do CTN.

    Logo, a letra c.

    15. (ESAF/AFTN/1994)O ato mediante o qual o contribuinte antecipao pagamento de imposto, sem prvio exame da autoridadeadministrativa, e fica aguardando a ratificao do seu proceder, demodo expresso ou tcito, chama-sea) pagamento por consignaob) lanamento por homologaoc) lanamento por declarao ou mistod) antecipao de pagamento, sob condio suspensiva

    e) denncia espontnea de pagamento para evitar a mora fiscal eaplicao de penalidades pela fazenda pblica

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    O ato mediante o qual o contribuinte antecipa o pagamento deimposto, sem prvio exame da autoridade administrativa, e ficaaguardando a ratificao do seu proceder, de modo expresso outcito, chama-se lanamento por homologao., conforme art. 150 doCTN.

    Logo, correta a letra b.

    16. (ESAF/AFTE/MS/2001) Lanamento por homologao aqueleefetuadoa) de ofcio.b) pelo contribuinte.c) pela repartio fiscal.d) pelo sujeito passivo, com prvio exame da autoridade fiscal.e) por presuno, pelo agente fiscal.

    A resposta mais correta que o lanamento por homologao aquele efetuado pelo contribuinte, conforme o art. 150 do CTN. Logo,a letra b.

    17. (ESAF/AFRF/2002)Preencha a lacuna com a expresso oferecidaentre as cinco opes abaixo. Se a lei atribui ao contribuinte o deverde prestar declarao de imposto de renda e de efetuar o pagamentosem prvio exame da autoridade, o lanamento por _________.

    a) declarao.b) direto.c) arbitramento.d) homologao.e) misto.

    Se a lei atribui ao contribuinte o dever de prestar declarao deimposto de renda e de efetuar o pagamento sem prvio exame daautoridade, o lanamento por homologao, de acordo com o art.150 do CTN. Portanto, a letra d.

    18. (ESAF/AFTN/1996) incorreto afirmar que:a) o lanamento regularmente notificado pode ser alterado medianterecurso de ofcio;b) quando se comprove falsidade, erro ou omisso quanto a qualquerelemento definido na legislao tributria como sendo de declaraoobrigatria, o lanamento pode ser efetuado e revisto de ofcio;c) o lanamento pode ser revisto de ofcio quando se comprove aoou omisso do sujeito passivo ou de terceiro legalmente obrigado qued lugar aplicao de penalidade pecuniria;

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    d) o ato administrativo do lanamento pode ser alterado de ofcioquando se comprove que o sujeito passivo agiu com dolo, fraude ousimulao;e) a impugnao do sujeito passivo no pode alterar lanamentotributrio regularmente notificado.

    A letra a verdadeira, eis que o lanamento regularmentenotificado pode ser alterado mediante recurso de ofcio (art. 145, inc.II, do CTN).

    A letra b verdadeira, pois quando se comprove falsidade, erro ouomisso quanto a qualquer elemento definido na legislao tributriacomo sendo de declarao obrigatria, o lanamento pode serefetuado e revisto de ofcio (art. 149, inc. IV, do CTN).

    A letra c verdadeira, eis que o lanamento pode ser revisto deofcio quando se comprove ao ou omisso do sujeito passivo ou deterceiro legalmente obrigado que d lugar aplicao de penalidadepecuniria (art. 149, inc. VI, do CTN).

    A letra d verdadeira, eis que o ato administrativo do lanamentopode ser alterado de ofcio quando se comprove que o sujeito passivoagiu com dolo, fraude ou simulao (art. 149, inc. VII, do CTN).

    A letra e incorreta, uma vez que a impugnao do sujeito passivopode alterar lanamento tributrio regularmente notificado (art.145, inc. I, do CTN).

    19. (ESAF/AFTE-MG/2005)Considerando o tema crditotributrio, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa,assinalando ao final a opo correspondente.( ) O lanamento regularmente notificado ao sujeito passivo somentepoder ser alterado por iniciativa de ofcio da autoridadeadministrativa.

    ( ) A utilizao de pauta fiscal pela administrao tributria umaforma de arbitramento da base de clculo para o pagamento dotributo.( ) O lanamento pode ser revisto de ofcio, mesmo se efetuado emqualquer modalidade.a) V, F, V.b) V, V, V.c) F, F, F.d) F, V, F.e) F, V, V.

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    O primeiro item falso, porque o lanamento regularmente notificadoao sujeito passivo poder ser alterado por iniciativa de ofcio daautoridade administrativa, mas no este o nico caso, conformeprev o art. 145 do CTN, a saber: O lanamento regularmentenotificado ao sujeito passivo s pode ser alterado em virtude de: I -impugnao do sujeito passivo; II - recurso de ofcio; III - iniciativade ofcio da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo149.

    O segundo item verdadeiro, uma vez que a utilizao de pautafiscal pela administrao tributria uma forma de arbitramento dabase de clculo para o pagamento do tributo e no nova modalidadede lanamento tributrio.

    O terceiro item verdadeiro, pois o lanamento tributrio pode serrevisto de ofcio, mesmo se efetuado em qualquer modalidade delanamento (de ofcio ou direto, por declarao ou misto, porhomologao ou autolanamento).

    Logo, a letra e (F, V, V).

    20. (TTN/98/ESAF) No que diz respeito ao lanamento tributrio,pode afirmar-se que, de acordo com o Cdigo Tributrio Nacional,a) apesar de decorrente de lei, a atividade fiscal que culmina com o

    lanamento tem carter discricionrio, a ser sopesado pelo agentefiscal.b) as modalidades de lanamento so: direto, por homologao e deofcio, somente.c) ele somente pode ser efetuado de ofcio quando se comprove aoou omisso do sujeito passivo que d lugar aplicao de penalidadepecuniria.d) pagamento antecipado pelo obrigado, nos tributos sujeitos alanamento por homologao, extingue o crdito tributrio, sobcondio resolutria.

    e) a alterao do lanamento regularmente notificado ao sujeitopassivo somente pode dar-se por meio de impugnao deste ltimo.

    A letra a falsa, pois a atividade fiscal que culmina com olanamento no tem carter discricionrio, a ser sopesado peloagente fiscal, mas sim carter vinculado e obrigatrio. Sopesado querdizer ponderado, o que caracterstica da atividade discricionria eno da atividade vinculada, tal como o lanamento tributrio.

    A letra b falsa, pois as modalidades de lanamento no so

    somente: direto, por homologao e de ofcio. De ofcio a mesmahiptese que direto.

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    Assim as modalidades de lanamento so trs, a saber: lanamentode ofcio, direto, exofficio ou ainda unilateral; lanamento pordeclarao ou misto; lanamento por homologao ouautolanamento.

    A letra c falsa, eis que o lanamento pode ser efetuado de ofcioquando se comprove ao ou omisso do sujeito passivo que d lugar aplicao de penalidade pecuniria (art. 149, inc. VI, do CTN) etodas as outras oito hipteses previstas no art. 149, do CTN.

    A letra d verdadeira, eis que o pagamento antecipado peloobrigado, nos tributos sujeitos a lanamento por homologao,extingue o crdito tributrio, sob condio resolutria da ulteriorhomologao ao lanamento (art. 150, 1, do CTN).

    A letra e falsa, uma vez que a alterao do lanamentoregularmente notificado ao sujeito passivo pode dar-se por meio deimpugnao deste ltimo e nos outros caos previstos no art. 145, doCTN.

    21. (TRF/2005/ESAF) Sobre as modalidades de lanamento docrdito tributrio, podemos afirmar quea) lanamento por homologao feito quanto aos tributos cuja

    legislao atribua ao sujeito passivo o dever de calcular o tributo,submet-lo ao prvio exame da autoridade administrativa, e realizarseu pagamento.b) o lanamento por declarao aquele feito em face da declaraoprestada pelo prprio contribuinte ou por terceiro.c) o lanamento de ofcio aquele feito pela autoridadeadministrativa, com base nas informaes prestadas pelocontribuinte.d) a reviso do lanamento, em quaisquer de suas modalidades, podeser iniciada mesmo aps a extino do direito da Fazenda Pblica,

    nos casos de erro por parte do contribuinte.e) na hiptese do lanamento por homologao, no fixando a lei ouo regulamento prazo diverso para homologao, seu prazo ser decinco anos, contados do fato gerador.

    A letra a falsa, pois o lanamento por homologao, que ocorrequanto aos tributos cuja legislao atribua ao sujeito passivo o deverde antecipar o pagamento sem prvio exame da autoridadeadministrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade,tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado,

    expressamente a homologa (art. 150, caput, do CTN).

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    J o lanamento por declarao aquele feito em face da declaraoprestada pelo prprio contribuinte ou por terceiro, conforme art. 147do CTN. Logo, correta a letra b..

    A letra c falsa, eis que o lanamento por declarao e no o deofcio aquele feito pela autoridade administrativa, com base nasinformaes prestadas pelo contribuinte.

    A letra d falsa, eis que a reviso do lanamento, em quaisquer desuas modalidades, no pode ser iniciada mesmo aps a extino dodireito da Fazenda Pblica, mesmo nos casos de erro por parte docontribuinte, uma vez que a reviso do lanamento s pode seriniciada enquanto no extinto o direito da Fazenda Pblica (art. 149,pargrafo nico, do CTN).

    A letra e falsa, uma vez que na hiptese do lanamento porhomologao, no fixando a lei e no o regulamento prazo diversopara homologao, seu prazo ser de cinco anos, contados do fatogerador. Somente a lei pode fixar este prazo (art. 150, 4, doCTN).

    22. (AFTE/PI/2001/ESAF) Escolha o tipo de imposto em que adotado o lanamento de ofcio, unilateral ou direto.a) imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza.

    b) imposto sobre produtos industrializados.c) imposto sobre a propriedade territorial rural.d) imposto sobre a propriedade de veculos automotores.e) imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias esobre prestao de servios de transporte interestadual eintermunicipal e de comunicao.

    O IPVA o tipo de imposto em que adotado o lanamento de ofcio,unilateral ou direto.Logo, a alternativa d.

    O IR, o IPI, o ITR e o ICMS so impostos em que adotado olanamento por homologao.

    23.(ESAF/Auditor/TCE/GO/2008) Em relao ao crditotributrio, assinale a opo correta.a) O lanamento de ofcio somente utilizado quando dainobservncia, conforme o tributo devido, do lanamento porhomologao ou por declarao.b) O lanamento por homologao ocorre quando existedeterminao legal para que o sujeito passivo verifique a ocorrncia

    do fato gerador e antecipe o pagamento do tributo, ficando a extino

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    do crdito tributrio sob condio resolutria da posteriorhomologao pelo fisco.c) Quando o fisco tem responsabilidade pela verificao da ocorrnciado fato gerador, do montante do tributo e da identificao enotificao do sujeito passivo, diz-se ocorrer lanamento de ofcio,que ocorre, por exemplo, quanto ao IPTU e ao IR.d) As circunstncias que modificam o crdito tributrio, sua extenso,efeitos, garantias ou privilgios a ele atribudos afetam igualmente aobrigao tributria que lhe deu origem, eis que o crdito tributriodecorre da obrigao principal e tem a sua mesma natureza.e) A atividade administrativa de lanamento discricionria quandopropicia Administrao Tributria verificar o melhor momento deaferio do fato gerador.

    correto afirmar que o lanamento por homologao ocorre quandoexiste determinao legal para que o sujeito passivo verifique aocorrncia do fato gerador e antecipe o pagamento do tributo,ficando a extino do crdito tributrio sob condio resolutria daposterior homologao pelo fisco (art. 150, caput e 1, do CTN).Logo, a letra b.

    A letra a falsa, pois o lanamento de ofcio no somenteutilizado quando da inobservncia, conforme o tributo devido, dolanamento por homologao ou por declarao, mas sim em todas

    as nove hipteses estabelecidas pelo art. 149, do CTN. O lanamentode ofcio somente utilizado quando da inobservncia, conforme otributo devido, do lanamento por homologao ou por declarao.

    A letra c falsa, uma vez que quando o fisco tem responsabilidadepela verificao da ocorrncia do fato gerador, do montante dotributo e da identificao e notificao do sujeito passivo, diz-seocorrer lanamento de ofcio, que ocorre, por exemplo, quanto aoIPTU. Todavia, o imposto de renda (IR) lanamento porhomologao.

    A letra d falsa, eis que as circunstncias que modificam o crditotributrio, sua extenso ou seus efeitos, ou as garantias ou osprivilgios a ele atribudos, ou que excluem sua exigibilidade noafetam a obrigao tributria que lhe deu origem.

    A letra e falsa, uma vez quea atividade administrativa delanamento vinculada e obrigatria, no propiciando Administrao Tributria verificar o melhor momento de aferio dofato gerador. A Administrao Tributria deve atuar de acordo com o

    que est fixado em lei.

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    24. (ESAF/AFRE/CE/2006) Sobre o lanamento tributrio,procedimento administrativo tendente a verificar, entre outras coisas,a ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente edeterminar a matria tributvel, pode-se afirmar quea) a sua reviso s pode ser iniciada enquanto no extinto o direitoda Fazenda Pblica.b) o CTN no admite hiptese em que a legislao a ele aplicvel sejaaquela vigente poca em que for efetuado.c) s pode ser alterado por impugnao do sujeito passivo.d) se o clculo do tributo tiver por base valor de bens ou direitos, eestes no forem corretamente informados pelo sujeito passivo, aautoridade que efetivar o lanamento arbitrar estes valores, nopodendo mais o sujeito passivo contradit-los.e) trata-se de uma atividade administrativa vinculada e obrigatria,mas que pode ser postergada, a critrio da autoridade lanadora, porrazes de convenincia e oportunidade.

    A reviso do lanamento s pode ser iniciada enquanto no extinto odireito da Fazenda Pblica (art. 149, pargrafo nico, do CTN). Logo,correta a letra a.

    A letra b falsa, pois o CTN admite hiptese em que a legislaoaplicvel ao lanamento seja aquela vigente poca em que forefetuado, de acordo com o art. 144, 1, que dispe: Aplica-se ao

    lanamento a legislao que, posteriormente ocorrncia do fatogerador da obrigao, tenha institudo novos critrios de apurao ouprocessos de fiscalizao, ampliado os poderes de investigao dasautoridades administrativas, ou outorgado ao crdito maioresgarantias ou privilgios, exceto, neste ltimo caso, para o efeito deatribuir responsabilidade tributria a terceiros.

    A letra c falsa, uma vez que impugnao pelo sujeito passivo no a nica hiptese de alterao do lanamento, conforme prev o art.145 do CTN: O lanamento regularmente notificado ao sujeito

    passivo s pode ser alterado em virtude de: I - impugnao dosujeito passivo; II - recurso de ofcio; III - iniciativa de ofcio daautoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149.

    A letra d falsa, eis que quando o clculo do tributo tenha porbase, ou tome em considerao, o valor ou o preo de bens, direitos,servios ou atos jurdicos, a autoridade lanadora, mediante processoregular, arbitrar aquele valor ou preo, sempre que sejam omissosou no meream f as declaraes ou os esclarecimentos prestados,ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro

    legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestao,

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    avaliao contraditria, administrativa ou judicial (art. 148, doCTN).

    A letra e falsa, uma vez quea atividade administrativa delanamento vinculada e obrigatria, que no pode ser postergada,a critrio da autoridade lanadora, por razes de convenincia eoportunidade.

    25.(ESAF/MPE/GO/2008) Sobre a constituio do crditotributrio pode-se afirmar, excetoa) que a atividade administrativa de lanamento vinculada eobrigatria.b) que o lanamento regularmente notificado ao sujeito passivo podeser alterado no caso de recurso de ofcio.c) que o lanamento reporta-se data da ocorrncia do fato geradorda obrigao e rege-se pela lei ento vigente, salvo seposteriormente modificada ou revogada.d) que compete privativamente autoridade administrativa constituiro crdito tributrio pelo lanamento.e) que, salvo disposio legal em contrrio, quando o valor tributrioestiver expresso em moeda estrangeira, no lanamento se far suaconverso em moeda nacional ao cmbio do dia da ocorrncia do fatogerador da obrigao.

    Em princpio, o lanamento reporta-se data da ocorrncia do fatogerador da obrigao e rege-se pela lei ento vigente, mesmo ouainda que posteriormente modificada ou revogada (art. 144, caput,do CTN). Logo, correta a letra c.

    A letra a verdadeira, eis que a atividade administrativa delanamento vinculada e obrigatria (art. 142, pargrafo nico, doCTN).

    A letra b verdadeira, poiso lanamento regularmente notificado ao

    sujeito passivo pode ser alterado no caso de recurso de ofcio (art.145, inc. II, do CTN).

    A letra d verdadeira, eis quecompete privativamente autoridadeadministrativa constituir o crdito tributrio pelo lanamento (art.142, caput, do CTN).

    A letra e verdadeira, eis que, salvo disposio legal em contrrio,quando o valor tributrio estiver expresso em moeda estrangeira, nolanamento se far sua converso em moeda nacional ao cmbio do

    dia da ocorrncia do fato gerador da obrigao (art. 143, caput, doCTN).

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    26. (ESAF/TTN/1997) No que diz respeito ao lanamento tributrio, correto afirmar quea) o lanamento reporta-se data da ocorrncia do fato gerador daobrigao e rege-se pela lei ento vigente, ainda que posteriormentemodificada ou revogada.b) no permitida retificao da declarao por iniciativa do prpriodeclarante.c) o lanamento regularmente notificado ao sujeito passivo no podeser alterado.d) o Cdigo Tributrio Nacional diz haver duas modalidades delanamento: por declarao e exofficio.e) quando o valor tributrio estiver expresso em moeda estrangeira,far-se- a sua converso em moeda nacional ao cmbio do dia dolanamento.

    No que diz respeito ao lanamento tributrio, correto afirmar que olanamento reporta-se data da ocorrncia do fato gerador daobrigao e rege-se pela lei ento vigente, ainda que posteriormentemodificada ou revogada (art. 144, caput, do CTN). Logo, correta aletra a.

    A letra b falsa, eis que permitida retificao da declarao poriniciativa do prprio declarante (art. 147, 1, do CTN).

    A letra c falsa, uma vez que o lanamento regularmentenotificado ao sujeito passivo pode ser alterado, conforme dispe oart. 145 do CTN: O lanamento regularmente notificado ao sujeitopassivo s pode ser alterado em virtude de: I - impugnao dosujeito passivo; II - recurso de ofcio; III - iniciativa de ofcio daautoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149.

    A letra d falsa, eis queo Cdigo Tributrio Nacional diz haver trsmodalidades de lanamento: lanamento de ofcio, direto, exofficio ou

    ainda unilateral; lanamento por declarao ou misto; lanamentopor homologao ou autolanamento.

    A letra e falsa, uma vez que, salvo disposio legal em contrrio,quando o valor tributrio estiver expresso em moeda estrangeira, nolanamento se far sua converso em moeda nacional ao cmbio dodia da ocorrncia do fato gerador da obrigao (art. 143, caput,do CTN) e no ao cmbio do dia do lanamento.

    27.(ESAF/AFTM/Natal/2008) Sobre o crdito tributrio e o

    lanamento, assinale a nica opo correta.

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    a) O lanamento o ato administrativo declaratrio do crditotributrio e constitutivo da obrigao tributria. Sua finalidade a detornar lquido e certo o crdito tributrio j existente e constitudo porocasio da ocorrncia do fato gerador.b) A competncia atribuda autoridade administrativa para efetuar olanamento no exclusiva, podendo a autoridade judiciria, quandoconstatado vcio formal, promover as devidas retificaes.c) A atividade administrativa de lanamento vinculada e obrigatria,no restando autoridade administrativa possibilidade de anlisequanto convenincia e oportunidade do ato.d) Sobrevindo lei de contedo material mais benfica ao contribuinte,aps a ocorrncia do fato gerador e antes de efetuado o lanamentodo tributo, deve a autoridade administrativa aplic-la.e) O lanamento por arbitramento constitui uma das modalidades delanamento. Ocorre nas situaes em que a autoridade fiscal rejeita ovalor de um bem declarado pelo contribuinte e aplica as pautasfiscais.

    correto dizer que a atividade administrativa de lanamento vinculada e obrigatria (art. 142, pargrafo nico, do CTN), norestando autoridade administrativa possibilidade de anlise quanto convenincia e oportunidade do ato. Logo, a letra c.

    A letra a falsa, eis que o lanamento o ato ou procedimento

    administrativo declaratrio da obrigao tributria econstitutivo do crdito tributrio. Sua finalidade a de tornarlquida e certa a obrigao tributria j existente, que surge porocasio da ocorrncia do fato gerador.

    A letra b falsa, uma vez que a competncia atribuda autoridadeadministrativa para efetuar o lanamento privativa, no podendoa autoridade judiciria, quando constatado vcio formal, promover asdevidas retificaes.

    A letra d falsa, eis que sobrevindo lei de contedo material maisbenfica ao contribuinte, aps a ocorrncia do fato gerador e antesde efetuado o lanamento do tributo, no deve a autoridadeadministrativa aplic-la.

    Podemos exemplificar a lei de contedo material com o caput, do art.144, do CTN: O lanamento reporta-se data da ocorrncia do fatogerador da obrigao e rege-se pela lei ento vigente, ainda queposteriormente modificada ou revogada. E lei de contedo formalcom o 1, do art. 144, do CTN, quando se refere aos novos critrios

    de apurao ou processos de fiscalizao, ampliado os poderes deinvestigao das autoridades administrativas.

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    A letra e falsa, uma vez que o lanamento por arbitramento noconstitui uma das modalidades de lanamento, mas sim uma tcnicade arrecadao tributria prevista no art. 148 do CTN: Quando oclculo do tributo tenha por base, ou tome em considerao, o valorou o preo de bens, direitos, servios ou atos jurdicos, a autoridadelanadora, mediante processo regular, arbitrar aquele valor oupreo, sempre que sejam omissos ou no meream f as declaraesou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelosujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, emcaso de contestao, avaliao contraditria, administrativa oujudicial.

    28. (AFTN/ ESAF/1994)I - D-se o nome de crdito tributrio ao valor que o sujeito ativo daobrigao tributria tem o direito de receber de sujeito passivodeterminado, relativo a certo tributo, fixado consoante procedimentoadministrativo plenamente vinculado denominado lanamento.II - Deve a autoridade administrativa ter em considerao a lei que,no perodo entre a data do fato gerador e a do lanamento, for maisfavorvel ao contribuinte.III - Quando o lanamento efetuado pelo Fisco em razo de ocontribuinte obrigado a declarar no ter apresentado sua declarao,diz-se que se trata de lanamento por declarao substitutiva.

    a) A primeira afirmao verdadeira. As demais so falsas.b) A primeira e a segunda afirmaes so verdadeiras. A terceira falsa.c) A segunda afirmao verdadeira. As demais so falsas.d) A terceira afirmao verdadeira. As demais so falsas.e) A primeira afirmao falsa. A segunda e a terceira soverdadeiras.

    A primeira afirmao verdadeira, porque se d o nome de crditotributrio ao valor que o sujeito ativo da obrigao tributria tem o

    direito de receber de sujeito passivo determinado, relativo a certotributo, fixado consoante procedimento administrativo plenamentevinculado denominado lanamento.

    A segunda afirmao falsa, porque, em regra, a autoridadeadministrativa deve ter em considerao data da ocorrncia do fatogerador da obrigao, pois o lanamento rege-se pela lei entovigente nesta data, ainda que posteriormente modificada ourevogada.

    A terceira afirmao falsa, porque quando o lanamento efetuadopelo Fisco em razo de o contribuinte obrigado a declarar no ter

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    apresentado sua declarao, diz-se que se trata de lanamento deofcio, direto, exofficio ou ainda unilateral.Logo, a letra a. A primeira afirmao verdadeira. As demais sofalsas.

    29. (AFTN/94/ESAF) O lanamento por declarao no pode seralteradoa) mediante recurso de ofcio.b) quando se comprove falsidade, erro ou omisso quanto a qualquerelemento definido na legislao tributria como sendo de declaraoobrigatria.c) quando se comprove ao ou omisso do sujeito passivo, ou deterceiro legalmente obrigado, que d lugar aplicao de penalidadepecuniria.d) aps a extino do direito do Fisco.e) em conseqncia de deciso administrativa.

    O lanamento tributrio por declarao ou misto no pode seralterado aps a extino do direito do Fisco (art. 149, pargrafonico, do CTN). Logo, a letra d,

    30. (AFTE/PA/2002/ESAF) O lanamento regularmente notificado aosujeito passivo poder ser alterado em decorrncia de

    a) transferncia da sujeio passiva a pessoa isenta.b) majorao superveniente das alquotas do tributo.c) modificao posterior da lei tributria.d) interposio de recurso de ofcio.e) decurso do prazo decadencial.

    O lanamento regularmente notificado ao sujeito passivo poder seralterado em decorrnc