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    CURSO REGULAR DE DIREITO TRIBUTRIO P/ A RECEITA FEDERAL TEORIA COMPLETA E QUESTES COMENTADAS TURMA 5

    Prof.: Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br 1

    PROFESSOR EDVALDO NILOCURSO REGULAR DE DIREITO TRIBUTRIO PARA ARECEITA FEDERAL 5 TURMA TEORIA COMPLETA

    E QUESTES COMENTADAS AULA 8 (PARTE 1)

    SUSPENSO DO CRDITO TRIBUTRIO. (PARTE 2)EXTINO DO CRDITO TRIBUTRIO.

    Ol, chegamos a nossa aula 8.

    Ento, vamos l.

    1. TEORIA GERAL DA SUSPENSO, EXTINO E EXCLUSO DOCRDITO TRIBUTRIO

    certo que, na maioria das vezes, as questes de concursospblicos fazem a cobrana da literalidade dos arts. 151, 156 e 175 doCTN, tentando apenas saber do candidato o aprendizado memorizadodestas normas jurdicas. Por isso, vamos iniciar este tema tentandoapenas memorizar tais hipteses.

    So causas de suspenso da exigibilidade do crdito tributrio(art. 151, do CTN):

    Moratria; Depsito do seu montante integral; Reclamaes e os recursos, nos termos das leis reguladoras do

    processo tributrio administrativo; Concesso de medida liminar em mandado de segurana; Concesso de medida liminar ou de tutela antecipada, em

    outras espcies de ao judicial; Parcelamento.

    A doutrina utiliza das seguintes frmulas escritas para tentarauxiliar na memorizao:

    MODERECOPA (Moratria, Depsito, Reclamao, Concessode medida liminar e Parcelamento); ou

    PARCE MORDE RELA (Parcelamento, Moratria, Depsito,Recurso, Liminar e Antecipao de tutela).

    A ESAF no concurso para o MF/2009: Suspendem a exigibilidade docrdito tributrio, propiciando-se ao interessado certido positiva comefeitos de negativa, exceto: (a) a moratria; (b) a transao; (c) o

    parcelamento; (d) a concesso de medida liminar em mandado desegurana; (e) as reclamaes e os recursos, nos termos das leis

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    reguladoras do processo tributrio administrativo. A resposta aalternativa b.

    No que diz respeito extino do crdito tributrio, so asseguintes hipteses que extinguem o crdito tributrio (art. 156, doCTN):

    Pagamento; Compensao; Transao; Remisso; Prescrio e a Decadncia; Converso de depsito em renda; Pagamento antecipado e a respectiva homologao do

    lanamento; A consignao em pagamento; A deciso administrativa irreformvel, assim entendida a

    definitiva na rbita administrativa, que no mais possa serobjeto de ao anulatria;

    A deciso judicial passada em julgado ou transitada emjulgado;

    A dao em pagamento em bens imveis, na forma econdies estabelecidas em lei.

    Por outro lado, destacamos desde j que a iseno e a anistiaexcluem o crdito tributrio, de acordo com o art. 175 do CTN. Isto, com a iseno e a anistia no ocorre suspenso daexigibilidade do crdito tributrio ou a extino do crdito tributrio,mas sim a excluso do crdito tributrio.

    SuspensoMoratria;

    Depsito do montante integral;

    Reclamaes e os recursos, nos termos das leis reguladoras doprocesso tributrio administrativo;Concesso de medida liminar em mandado de segurana;

    Concesso de medida liminar ou de tutela antecipada, em outrasespcies de ao judicial;

    Parcelamento.

    ExtinoPagamento;

    Compensao;

    Transao;Remisso;

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    Prescrio e a Decadncia;Converso de depsito em renda;

    Pagamento antecipado e a respectiva homologao do lanamento;A consignao em pagamento;

    A deciso administrativa irreformvel, assim entendida a definitivana rbita administrativa, que no mais possa ser objeto de ao

    anulatria;A deciso judicial passada em julgado;

    A dao em pagamento embens imveis, na forma e condiesestabelecidas em lei.

    ExclusoIsenoAnistia

    Importante: enorme o nmero de questes objetivas de concursoque apenas requerem do candidato o conhecimento memorizado dashipteses de suspenso, extino e excluso do crdito tributrio.

    2. SUSPENSO DA EXIGIBILIDADE DO CRDITO TRIBUTRIO

    Antes de tratarmos das hipteses em si de suspenso, podemoselencar as seguintes caractersticas gerais deste tema:

    No dispensa o cumprimento das obrigaes assessriosdependentes da obrigao principal cujo crdito sejasuspenso, ou dela consequentes;

    A doutrina majoritria compreende que o art. 151 do CTN exaustivo ou taxativo, isto , so as nicas hipteses desuspenso da exigibilidade do crdito tributrio;

    Interpreta-se literalmente a legislao tributria que disponhasobre a suspenso;

    Impede o fisco de exercitar os atos de cobrana do crditotributrio (inscrio na dvida ativa e a execuo fiscal), mas

    no impede o fisco de realizar o lanamento tributrio,conforme decises reiteradas do STJ;

    No afeta a obrigao tributria que lhe deu origem (art. 140,CTN), o que significa dizer que desaparecendo ou no maisexistindo a causa suspensiva volta o crdito tributrio a serprontamente exigvel.

    2.1 MORATRIA

    A moratria a dilao ou prorrogao do prazo legal para o

    pagamento do tributo, conforme previso dos arts. 152 a 155 doCTN.

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    Com efeito, a moratria um favor legal ou benefcio fiscal deprorrogao de pagamento, isto , o fisco estabelece novo prazo parapagamento do tributo. Assim, deve ser concedida sempre por meiode lei, que no precisa tratar s sobre o tema da moratria. Isto , amoratria depende de lei, que no necessita ser especfica, talcomo no caso do parcelamento tributrio.

    A lei concessiva da moratria pode ser classificada comomoratriaindividual (subjetiva) ou moratria geral (objetiva).

    A moratria de carter individual efetivada caso a caso, pordespacho da autoridade administrativa competente, sendonecessrio, portanto, a solicitao ou postulao do potencialbeneficiado perante a autoridade fiscal.

    J a moratria de carter geral reconhecida diretamente pelalei, no dependendo de requerimento autoridade administrativacompetente.

    Neste caso, a doutrina distingue a moratria de carter geralem moratria autnoma e moratria heternoma.

    A moratria autnoma aquela concedida pela prpria

    pessoa jurdica de direito pblico competente para instituir o tributo(art. 152, I, a). Ou seja, a Unio por meio de lei concede maiorprazo para pagamento do imposto sobre produtos industrializados(IPI) para determinados contribuintes.

    A ESAF no concurso para AFTM/Natal/2008 considerou correto: Amoratria autnoma aquela em que o ente poltico, competentepara a instituio do tributo, prorroga o prazo legal.

    A moratria heternoma aquela concedida, em carter

    geral, pela Unio (lei federal), quanto a tributos de competncia dosEstados, do Distrito Federal ou dos Municpios, quandosimultaneamente concedida quanto aos tributos de competnciafederal e s obrigaes de direito privado (art. 152, I, b).

    Este ltimo tipo de moratria considerado inconstitucional porgrande parte dos estudiosos do direito tributrio (doutrina), uma vezque estes entendem que a moratria heternoma fere de morte oprincpio constitucional de federalismo e a respectiva autonomiatributria estadual e municipal.

    Todavia, o art. 152, inc. I, alnea b, do CTN, est valendo

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    para concursos pblicos, sobretudo provas objetivas, eis que o STFainda no declarou a inconstitucionalidade deste dispositivo do CTN.Nesse rumo, a ESAF e o CESPE costumam cobrar tal dispositivo.

    A ESAF no concurso para AFTM/Natal/2008 considerou correto: Amoratria heternoma aquela que pode ser instituda pela Unio,em situaes de extrema gravidade, sobre tributos da competnciade outros entes polticos, desde que tambm decretada para ostributos federais.

    De qualquer forma, a moratria heternoma deve ser consideracomo forma excepcional de concesso do benefcio fiscal, tal comouma situao de extrema gravidade, j que o aplicador do direitodeve sempre buscar preservar a autonomia dos entes federativos.

    Importante: A moratria individual fixada em lei e depende dodespacho da autoridade administrativa. A moratria geral fixadaem lei e no depende do mesmo despacho.

    A ESAF no concurso para AFTM/Natal/2008 considerou incorreto oseguinte enunciado: A moratria de carter individual restringe-ses pessoas que se enquadram em requisitos especificados em lei,independentemente de solicitao autoridade fiscal.Por outro lado, no mesmo concurso, a ESAF considerou correta a

    seguinte assertiva: A moratria de carter geral prorroga o prazopara o pagamento de tributo de forma irrestrita aos sujeitos passivos,sem necessidade de requerimento autoridade fiscal.

    A respeito do mbito territorial e pessoal de incidncia damoratria, a lei pode estabelecer expressamente a sua aplicabilidade determinada regio do territrio da pessoa jurdica de direitopblico que a expedir, ou a determinada classe ou categoria desujeitos passivos (art. 152, pargrafo nico, CTN).

    Noutro aspecto, o art. 153 do CTN fixa alguns requisitos quedevem ser especificados na lei autorizadora da concesso damoratria em carter geral ou em carter individual, sem prejuzo deoutros que tambm podem ser estabelecidos, a saber:

    O prazo de durao do favor legal: a moratria deve serconcedida por prazo legalmente definido;

    As condies da concesso da moratria em carter individual; Sendo caso: (a) os tributos a que se aplica; (b) o nmero de

    prestaes e seus vencimentos, dentro do prazo de durao da

    moratria, podendo atribuir a fixao de uns e de outros autoridade administrativa, para cada caso de concesso em

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    carter individual: a doutrina chama este caso de moratriaparcelada; (c) as garantias que devem ser fornecidas pelobeneficiado no caso de concesso em carter individual.

    Registramos que na hiptese de moratria parcelada, a leiconcessiva pode permitir a supresso da incidncia de multas e juros.Assim, o afastamento da incidncia de multas e juros no caso sempredepender da vontade de cada lei que concede este tipo de benefcio,isto , a lei pode permitir ou no o afastamento de multas e juros.

    A ESAF no concurso para AFTM/Natal/2008 considerou correto: Amoratria parcelada medida excepcional, atribuda por lei, queconfere ao contribuinte a possibilidade de cumprimento da obrigaotributria de forma gradual, permitindo-se a excluso de multas e

    juros.

    Por sua vez, salvo disposio de lei em contrrio, amoratria somente abrange os crditos definitivamente constitudos data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lanamento jtenha sido iniciado quela data por ato regularmente notificado aosujeito passivo (art. 154).

    Nesse rumo, a moratria no aproveita ou no pode acontecernos casos de atuao dolosa, fraudulenta ou simulada do sujeito

    passivo (contribuinte ou responsvel tributrio) ou do terceiro embenefcio daquele.

    Sendo assim, segundo os termos do art. 155 do CTN, aconcesso da moratria em carter individual no gera direitoadquirido e ser revogada de ofcio, sempre que se apure que obeneficiado no satisfazia ou deixou de satisfazer as condies ou nocumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concesso dofavor, cobrando-se o crdito acrescido de juros de mora:

    Com imposio da penalidade cabvel, nos casos de doloou simulao do beneficiado, ou de terceiro em benefciodaquele;

    Sem imposio de penalidade, nos demais casos.

    Destacamos que nos casos em que deve ocorrer imposio dapenalidade (dolo, simulao ou fraude), o tempo decorrido entre aconcesso da moratria e sua revogao no se computa para efeitoda prescrio do direito cobrana do crdito; nos demais casos, arevogao s pode ocorrer antes de prescrito o referido direito.

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    Decerto, quando se deve impor uma penalidade (hiptesesde dolo, simulao ou fraude) no ocorre a contagem do prazoprescricional. Por exemplo, se o contribuinte pratica algum tipo defraude para conseguir obter a moratria o prazo de prescrio para acobrana do crdito no contado.

    Ademais,nos casos de remisso (art. 172, pargrafo nico, doCTN), iseno (art. 179, 2, do CTN) e anistia (art. 182, pargrafonico, do CTN), tambm se aplicam os dois pargrafos dissertadosacima, podendo dizer que estas no geram direito adquirido esero revogados de ofcio caso o beneficiado no cumpra osrequisitos estabelecidos pelas normas autorizadoras da concesso dosrespectivos benefcios de remisso, iseno e anistia.

    A revogao disposta no art. 155 do CTN, na verdade, tecnicamente um caso de anulao, uma vez que no ato deoportunidade ou convenincia, mas sim hiptese legal obrigatria deatuao da autoridade administrativa competente.

    2.2 DEPSITO DO MONTANTE INTEGRAL DO CRDITOTRIBUTRIO

    O depsito do montante integral do crdito tributrio exigidopelo fisco modalidade suspensiva da exigibilidade do crdito

    tributrio, sendo direito subjetivo e, ao mesmo tempo, uma faculdadeque pode ser exercida ou no pelo sujeito passivo da relaotributria.

    Com efeito, o valor depositado deve ser aquele que o fiscoentende como cabvel no momento do lanamento tributrio e no oque o sujeito passivo da relao tributria acha conveniente.

    Esta modalidade de suspenso ocorre com maior frequncia navia judicial, pois, o contribuinte tem total interesse em suspender a

    exigibilidade do crdito tributrio, enquanto durar a discusso judicialsobre se ele deve ou no deve determinado tributo.

    Ento, o contribuinte deposita o valor do crdito tributrio emuma instituio financeira oficial da Unio ou do Estado. E, a partir dasuspenso da exigibilidade, no pode mais o fisco prosseguir com osatos de cobrana tributria, evitando-se, assim, o ajuizamento daexecuo fiscal, a imposio de multa pelo no pagamento dotributo, os juros de mora e a incidncia da correo monetria.

    Deste modo, neste caso, o depsito do montante integral dotributo uma garantia idnea que se concede ao fisco, no curso de

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    um processo judicial. Assim, decidida de forma definitiva a questojudicial e se o depositante (contribuinte) sucumbe (perde), o valor dodepsito levantado pelo fisco, extinguindo-se a obrigao tributria.

    J o levantamento do depsito judicial pelo contribuinte vincula-se necessariamente ao xito da ao judicial, no podendo serautorizado a qualquer tempo pelo magistrado, mas sim aps otrnsito em julgado da ao (no cabe mais recurso), eis que olevantamento do depsito judicial antes do trnsito em julgado daao acaba por esvaziar a prpria garantia estabelecida no art. 151,II, do CTN, de acordo com decises do STJ.

    Realamos que o depsito somente suspende a exigibilidade docrdito tributrio se for integral e em dinheiro (Smula 112 do STJ).Isto , o depsito do tributo deve ser integral e em dinheiro,no podendo ser feito de forma parcial ou por prestao de fianabancria ou em ttulos da dvida pblica.

    Por outro lado, registramos que inconstitucional a exigncialegal de depsito prvio para admisso de recurso administrativoou judicial, de acordo com entendimento atual do STF, eis queofende garantia de acesso ao Poder Judicirio (CF, art. 5, XXXV),bem como da ampla defesa e do contraditrio (CF, art. 5, LV).

    Importante: inconstitucional a exigncia de depsito prvio comorequisito de admissibilidade de ao judicial na qual se pretendadiscutir a exigibilidade do crdito tributrio (smula vinculante n28).

    Ademais, ressaltamos o entendimento recente do STF (ADI1933) no sentido de que o repasse de depsitos judiciais eextrajudiciais de tributos e contribuies federais Conta nica doTesouro Nacional constitucional, sendo ato de naturezaadministrativa e que no integra os recursos oramentrios do Poder

    Judicirio.

    2.3 AS RECLAMAES E OS RECURSOS ADMINISTRATIVOS

    As reclamaes e os recursos administrativos so formastambm de suspenso da exigibilidade do crdito tributrio.

    A reclamao e o recurso administrativo significam, em outraspalavras, a interposio de impugnao administrativa. Isto , olanamento regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser

    alterado em virtude de impugnao do sujeito passivo, sendo, nocaso, esta impugnao uma forma de suspenso exigibilidade do

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    crdito tributrio.

    Neste ponto, deixamos claro que o CTN no faz qualquerrestrio ao tipo de impugnao administrativa do contribuinte cobrana do tributo. Neste sentido, por exemplo, o STJ (REsp1149115) entendeu que o pedido administrativo de compensaosuspende exigibilidade do crdito tributrio e impede o ajuizamentode execuo fiscal.

    Por outro lado, destacamos que o STF entende comoinconstitucional a obrigao de arrolar bens ou a obrigatoriedadede depositar quantia em dinheiro para recorrer administrativamente.

    Por exemplo, se determinada lei dispe que o contribuinte devedepositar 30% da exigncia fiscal para recorrer administrativamente,esta lei inconstitucional, ferindo os princpios do contraditrio, daampla defesa, do devido processo legal e o direito de petio docontribuinte, que deve ser garantido independentemente dopagamento de taxas.

    Importante: inconstitucional a exigncia de depsito ouarrolamento prvios de dinheiro ou bens para admissibilidade derecurso administrativo (smula vinculante n 21).

    Por sua vez, o STF entende como constitucional o pargrafonico do art. 38 da Lei 6.830/1980 (Lei de Execuo Fiscal), dispondoque a propositura, pelo contribuinte, de aes judiciais destinadas discusso da validade de crdito tributrio, importa em renncia aopoder de recorrer na esfera administrativa e desistncia do recursoacaso interposto.

    Em outros termos, a opo do contribuinte pela propositura deao judicial implica em renncia ou desistncia do direito de recorreradministrativamente, uma vez que o direito de petio e o princpio

    constitucional da legalidade no implicam a necessidade deesgotamento da via administrativa para discusso judicial da validadede crdito tributrio.

    2.4 A CONCESSO DE MEDIDA LIMINAR EM MANDADO DESEGURANA E A CONCESSO DE MEDIDA LIMINAR OU DETUTELA ANTECIPADA EM OUTRAS AES JUDICIAIS

    O mandado de segurana uma ao constitucional que visa aproteger direito lquido e certo, no amparado por habeas corpus ou

    habeas data, contra atos ilegais ou abuso de poder cometido porautoridades administrativas.

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    O mandado de segurana uma ao especfica (art. 5, LXIXc/c a Lei 12.016/2009), que visa proteo do cidado diante daocorrncia de ato ilegal de autoridade administrativa que viole odireito lquido e certo.

    Assim, antes da LC n. 104/2001, o CTN estabelecia queapenas a concesso de medida liminar em mandado de seguranasuspendia a exigibilidade do crdito tributrio. Depois da LC n.104/2001, que reformou o CTN, a concesso de medida liminar ou detutela antecipada em outros tipos de ao judicial tambm suspendea exigibilidade do crdito tributrio.

    importante entender que o mero ingresso na esfera judicialcom pedido de medida liminar em mandado de segurana ou em aocautelar no suspende a exigibilidade do crdito tributrio, mas sima concesso da medida liminar ou da tutela antecipada pelojuiz.

    2.5 O PARCELAMENTO

    O CTN ainda dispe nos arts. 151, inc. VI, e 155-A,acrescentados pela LC 104/01, que o parcelamento causa

    suspenso da exigibilidade do crdito tributrio. As redaes dosdispositivos referentes ao parcelamento iniciaram a sua vigncia apartir de 11 de janeiro de 2001.

    O parcelamento se caracteriza pela ao do contribuinte depagar o tributo, mas no de uma vez s. Assim, ocorre quando opagamento de determinado tributo feito em vrias parcelas, sendoque no caso do contribuinte descumprir o parcelamento tributrio,por exemplo, no paga determinada parcela, o crdito tributrio voltaser imediatamente exigvel

    Portanto, o parcelamento consiste, tal como a moratria, nadilao do prazo para pagamento do tributo. Todavia, o parcelamentodeve ser concedido na forma e condio estabelecidas em leiespecfica (art. 155-A) e a moratria exige lei, mas que nonecessita ser especifica.

    Nesse rumo, salvo disposio de lei em contrrio, oparcelamento do crdito tributrio no exclui a incidncia dejuros e multas (1, do art. 155-A).

    Com efeito, aplicam-se, subsidiariamente, ao

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    parcelamento as disposies desta Lei, relativas moratria(2, do art. 155-A). Isto significa que na hiptese de omisso da leide parcelamento, o aplicador do direito pode utilizar as normas quese referem moratria, ou seja, os arts. 152 a 155 do CTN. E no ocontrrio, ou seja, as normas do parcelamento (art. 155-A, 1 a4, do CTN), em regra, no se aplicam moratria.

    Por sua vez, devemos afirmar que lei especfica dispor sobreas condies de parcelamento dos crditos tributrios do devedor emrecuperao judicial (3, do art. 155-A).

    Entretanto, a inexistncia desta lei especfica de parcelamentoimporta na aplicao das leis gerais de parcelamento do ente daFederao ao devedor em recuperao judicial, no podendo, nestecaso, ser o prazo de parcelamento inferior ao concedido pelalei federal especfica (4, do art. 155-A).

    Agora, vamos para os exerccios detalhadamentecomentados.

    1. (ESAF/MPE-GO/2007) So causas de suspenso deexigibilidade do crdito tributrio, excetoa) o depsito do seu montante integral.b) a concesso de medida liminar em mandado de

    segurana.c) o parcelamento.d) as reclamaes e os recursos, nos termos das leisreguladoras do processo tributrio administrativo.e) a decadncia.

    No causa de suspenso de exigibilidade do crdito tributrioa decadncia, uma vez que esta hiptese de extino do crditotributrio. Portanto, a resposta a letra e.

    Com efeito, so causas de suspenso de exigibilidade do crditotributrio o depsito do montante integral do tributo, a concesso demedida liminar em mandado de segurana, o parcelamento e asreclamaes e os recursos, nos termos das leis reguladoras doprocesso tributrio administrativo.

    2. (ESAF/AFTN/1994) Embora constitudo, o crdito fiscaltem a sua exigibilidade suspensa em razo dea) consignao em pagamento, deciso judicial definitiva,anistia e remisso.

    b) remisso, consignao em pagamento, anistia e liminarem mandado de segurana.

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    c) moratria, liminar em ao cautelar, consignao empagamento e compensao.d) liminar em mandado de segurana,consignao empagamento e penhora devidamente aparelhada.e) moratria, depsito do montante integral do crdito,reclamaes e recursos previstos em lei e liminar emmandado de segurana.

    Com bem afirma a questo, embora constitudo, o crdito fiscaltem a sua exigibilidade suspensa em razo de moratria, depsito domontante integral do crdito, reclamaes e recursos previstos em leie liminar em mandado de segurana. Portanto, a resposta a letra

    e.

    Na letra a, a consignao em pagamento, a deciso judicialdefinitiva e a remisso extinguem o crdito tributrio. J a anistiaexclui o crdito tributrio.

    Na letra b, a liminar em mandado de segurana suspende aexigibilidade do crdito tributrio. Entretanto, a consignao empagamento e a remisso extinguem o crdito tributrio e a anistiaexclui o crdito tributrio.

    Na letra c, a moratria e a liminar em ao cautelar

    suspendem a exigibilidade do crdito tributrio, mas a consignaoem pagamento e a compensao extinguem o crdito tributrio.

    Na letra d, a liminar em mandado de segurana suspende aexigibilidade do crdito tributrio, mas a consignao em pagamentoextingue o crdito tributrio. J a penhora devidamente aparelhadano hiptese de suspenso da exigibilidade do crdito tributria,bem como no causa de extino ou excluso do crdito tributrio.

    3. (ESAF/TRF/2002) Indique quais situaes, entre outras,

    "suspendem" a exigibilidade do crdito tributrio:a) a concesso de medida liminar em mandado desegurana; a iseno condicionada; as reclamaes e osrecursos, nos termos das leis reguladoras do processotributrio administrativo.b) o depsito do montante integral do crdito; a isenocondicionada; as reclamaes e os recursos, nos termos dasleis reguladoras do processo tributrio administrativo; aanistia fiscal.c) a moratria; o depsito do montante integral do crdito;

    as reclamaes e os recursos, nos termos das leis

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    reguladoras do processo tributrio administrativo; aconcesso de medida liminar em mandado de segurana.d) a moratria, a anistia fiscal, a remisso; as reclamaese os recursos, nos termos das leis reguladoras do processotributrio administrativo; a concesso de medida liminar emmandado de segurana.e) a concesso de medida liminar em mandado desegurana; a iseno condicionada; as reclamaes e osrecursos, nos termos das leis reguladoras do processotributrio administrativo.

    Entre outras hipteses, suspendem a exigibilidade do crditotributrio: a moratria; o depsito do montante integral do crdito;as reclamaes e os recursos, nos termos das leis reguladoras doprocesso tributrio administrativo; a concesso de medida liminar emmandado de segurana. Logo, a letra c a resposta.

    Na letra a, a iseno condicionada hiptese de excluso docrdito tributrio e no de suspenso da exigibilidade do crditotributrio.

    Na letra b, a iseno condicionada e a anistia fiscal sohipteses de excluso do crdito tributrio e no de suspenso daexigibilidade do crdito tributrio.

    Na letra d, a anistia fiscal hiptese de excluso do crditotributrio e no de suspenso da exigibilidade do crdito tributrio.

    Na letra e, a iseno condicionada hiptese de excluso docrdito tributrio e no de suspenso da exigibilidade do crditotributrio.

    4. (ESAF/AFTM/Natal/2008) Entre as opes abaixo,qual no pode ser considerada causa de extino do crdito

    tributrio.a) A transao.b) O parcelamento.c) A remisso.d) A consignao em pagamento.e) A deciso judicial passada em julgado.

    Entre as opes, no pode ser considerada causa de extinodo crdito tributrio o parcelamento, uma vez que modalidade desuspenso da exigibilidade do crdito tributrio. A transao, a

    remisso, a consignao em pagamento e a deciso judicial passada

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    em julgado so causas de extino do crdito tributrio. Logo, aresposta a letra b.

    5. (ESAF/MPE-GO/2007) No extingue o crditotributrio aa) deciso administrativa.b) converso de depsito em renda.c) prescrio.d) dao em pagamento em bens imveis, na forma econdies estabelecidas em lei.e) remisso.

    No extingue o crdito tributrio a deciso administrativa, massim a deciso administrativa irreformvel, assim entendida adefinitiva na rbita administrativa, que no mais possa ser objeto deao anulatria (art. 156, IX, do CTN).

    Por sua vez, a converso de depsito em renda, a prescrio, adao em pagamento em bens imveis, na forma e condiesestabelecidas em lei e a remisso extinguem o crdito tributrio.

    Logo, a letra a.

    6. (ESAF/Auditor/INSS/2002) No obstante o pagamento

    seja a forma mais comum de extino do crdito tributrio,o Cdigo Tributrio Nacional prev outras causas extintivas.Assim, correto afirmar que so causas ou formasextintivas do crdito tributrio, entre outras, as seguintes:a) a compensao, a transao, a anistia e a dao empagamento.b) a prescrio, a dao em pagamento e o depsito domontante integral.c) a decadncia, a novao e a deciso administrativairreformvel.

    d) a consignao em pagamento, a dao em pagamento ea concesso de medida liminar em ao direta deinconstitucionalidade.e) a dao em pagamento em bens imveis, a deciso

    judicial passada em julgado, a transao e a compensao.

    No obstante o pagamento seja a forma mais comum deextino do crdito tributrio, o Cdigo Tributrio Nacional prevoutras causas extintivas, sendo correto afirmar que so causas ouformas extintivas do crdito tributrio, entre outras, a dao em

    pagamento em bens imveis, a deciso judicial passada em julgado,a transao e a compensao. Portanto, a letra e.

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    Na letra a, a anistia hiptese de excluso do crditotributrio. E a dao em pagamento (cuidado!!!) no hiptese deextino do crdito tributrio, mas sim a dao em pagamento embens imveis.

    Na letra b, a dao em pagamento no hiptese de extinodo crdito tributrio e o depsito do montante integral causa desuspenso da exigibilidade do crdito tributrio.

    Na letra c, a novao no hiptese de extino do crditotributrio.

    Na letra d, a dao em pagamento e a concesso de medidaliminar em ao direta de inconstitucionalidade no so casos deextino do crdito tributrio.

    7. (ESAF/AFRF/2003/adaptada) Avalie o acerto dasafirmaes adiante e marque com V as verdadeiras e com Fas falsas; em seguida, marque a opo correta.( ) A dao em pagamento em bens mveis, a remisso, acompensao e a decadncia extinguem o crdito tributrio.( ) O parcelamento concedido na forma e condioestabelecidas em lei especfica, o depsito do montante

    integral do crdito tributrio, a homologao do lanamentoe a concesso de medida liminar em mandado de seguranasuspendem a exigibilidade do crdito tributrio.a) V, V.b) V, F.c) V, V.d) F, F.

    No primeiro item, o erro est na dao em pagamento em bensmveis (cuidado!!!) e no imveis.

    No segundo item, o erro est em homologao do lanamento,que no hiptese de suspenso da exigibilidade do crditotributrio.

    Lembre tambm que a homologao do lanamento no casode extino do crdito tributrio, mas sim o pagamento antecipado ea homologao do lanamento (so os dois e no apenas um!).

    Logo, a letra d (F, F).

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    8. (ESAF/Auditor Fortaleza/1998) So modalidades deextino do crdito tributrio previstas no Cdigo TributrioNacional (CTN):a) a converso de depsito em renda, a transao e adeciso administrativa irreformvel.b) a prescrio, a imunidade e o pagamento.c) a coisa julgada, a dao em pagamento e acompensao.d) o pagamento antecipado e a homologao dolanamento, a remio e transao.e) a deciso judicial passada em julgado, a decadncia e aconcesso de medida liminar em mandado de segurana.

    So modalidades de extino do crdito tributrio previstas noCdigo Tributrio Nacional (CTN): a converso de depsito em renda,a transao e a deciso administrativa irreformvel. Portanto, aletra a.

    Na letra b, a prescrio e o pagamento so casos de extinodo crdito tributrio, mas no a imunidade.

    Na letra c, a compensao hiptese de extino do crditotributrio, mas a coisa julgada e a dao em pagamento no socasos de extino do crdito tributrio.

    A letra d foi criativa e possui uma grande pegadinha, uma vezque a remio no hiptese de extino do crdito tributrio.

    A remisso (perdo da dvida tributria pelo fisco) diferentede remio (vem de remir, significando que a pessoa pagou certaobrigao), que no caso extino do crdito tributrio.

    A transao, o pagamento antecipado e a respectivahomologao do lanamento so dois casos de extino do crdito

    tributrio.

    Lembre sempre que o pagamento antecipado e a respectivahomologao do lanamento apenas um caso de extino do crditotributrio, uma vez que so interligados para objetivar a extino docrdito tributrio. Ao contrrio, por exemplo, da decadncia e daprescrio que so dois casos distintos de extino do crditotributrio.

    Na letra e, a concesso de medida liminar em mandado de

    segurana no caso de extino do crdito tributrio, mas sim desuspenso da exigibilidade do crdito tributrio.

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    9. (ESAF/AFRF/2000) (so) modalidade(s) de extino docrdito tributrio, prevista(s) no Cdigo Tributrio Nacionala) a transao.b) o depsito do seu montante integral.c) a moratria.d) as reclamaes e os recursos, nos termos das leisreguladoras do processo tributrio administrativo.e) a concesso de medida liminar em mandado desegurana.

    modalidade de extino do crdito tributrio, prevista noCdigo Tributrio Nacional, a transao (art. 156, inc. III).

    O depsito do montante integral do tributo, a moratria, asreclamaes e os recursos, nos termos das leis reguladoras doprocesso tributrio administrativo e a concesso de medida liminarem mandado de segurana so casos de suspenso da exigibilidadedo crdito tributrio.

    Logo, a alternativa a.

    10. (ESAF/AFRF/1998/adaptada)(1) Suspenso da exigibilidade do crdito tributrio;

    (2) Modalidade de extino do crdito tributrio semadimplemento;Assinale a opo que corresponda, na seqncia respectiva,aos termos acima referidos.a) Moratria e Imposio de Penalidade.b) Iseno e Confuso.c) Anistia e Pagamento.d) Reclamao e Prescrio.e) Pagamento e Remio.

    Reclamao administrativa caso de suspenso da exigibilidadedo crdito tributrio.

    J a prescrio modalidade de extino do crdito tributriosem adimplemento (sem pagamento), pois decorre da inrcia do fiscoem realizar a execuo fiscal.

    Passamos agora a estudar com detalhes a suspenso daexigibilidade do crdito tributrio e a extino do crdito tributrio.

    Logo, a alternativa d.

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    11. (ESAF/ATA/MF/2009) Suspendem a exigibilidade docrdito tributrio, propiciando-se ao interessado certidopositiva com efeitos de negativa, exceto:a) a moratria.b) a transao.c) o parcelamento.d) a concesso de medida liminar em mandado desegurana.e) as reclamaes e os recursos, nos termos das leisreguladoras do processo tributrio administrativo.

    cobrado o conhecimento do art. 151, incs. I a VI, do CTN,dispondo que so causas de suspenso da exigibilidade do crditotributrio: (i) Moratria; (ii) Depsito do seu montante integral; (iii)Reclamaes e os recursos, nos termos das leis reguladoras doprocesso tributrio administrativo; (iv) Concesso de medida liminarem mandado de segurana; (v) Concesso de medida liminar ou detutela antecipada, em outras espcies de ao judicial; (vi)Parcelamento.

    Deste modo, a resposta a alternativa b, pois a transao forma de extino do crdito tributrio (art. 156, inc. III, do CTN).

    Logo, a alternativa b.

    12. (AFTE/RN/2005/ESAF) Avalie o acerto dasformulaes adiante e marque com V as verdadeiras e comF as falsas; em seguida, marque a resposta correta.( ) vedado conceder, mediante lei, moratria que abranjaobrigao tributria cujo lanamento do respectivo crditono tenha sido iniciado at a data de incio de vigncia da leiconcessiva.( ) A concesso de moratria em carter individual geradireito adquirido, vedada a sua revogao.

    ( ) O Cdigo Tributrio Nacional permite que Lei Concessivade Moratria circunscreva a sua aplicabilidade adeterminada categoria de contribuintes.a) F, F, V.b) F, V, F.c) V, F, V.d) V, V, F.e) V, V, V.

    O primeiro item falso, uma vez que o CTN (art. 154) dispe

    expressamente que, salvo disposio de lei em contrrio, amoratria pode abranger os crditos cujo lanamento j tenha sido

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    iniciado quela data por ato regularmente notificado ao sujeitopassivo.

    Ou seja, este item da questo dispe que vedado (proibido)conceder, mediante lei, moratria que abranja obrigao tributriacujo lanamento do respectivo crdito no tenha sido iniciado at adata de incio de vigncia da lei concessiva.

    Mas o prprio art. 154 do CTN faz uma ressalva, dispondo que possvel existir lei em sentido contrrio.

    Decerto, o dispositivo (art. 154) faz uma ressalva (salvodisposio de lei em contrrio), ento possvel uma leiestabelecer esta hiptese excepcional. A regra a citada no art. 154do CTN, mas uma lei pode dizer o contrrio, uma vez que o prprioart. 154 dispe assim. Portanto, no vedado (proibido) mediantelei.

    O segundo item falso, porque errado afirmar que concessode moratria em carter individual gera direito adquirido, vedada asua revogao, eis a concesso da moratria em carter individualno gera direito adquirido e ser revogado de ofcio, sempreque se apure que o beneficiado no satisfazia ou deixou de satisfazeras condies ou no cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para

    a concesso deste favor legal (art. 155, caput, do CTN).O terceiro verdadeiro, porque o CTN permite que Lei

    Concessiva de Moratria circunscreva a sua aplicabilidade adeterminada categoria de contribuintes, de acordo com o pargrafonico do art. 152.

    Assim, a lei que concede a moratria pode circunscreverexpressamente a sua aplicabilidade determinada regio do territrioda pessoa jurdica de direito pblico que a expedir, ou a determinada

    classe ou categoria de sujeitos passivos.

    Portanto, a letra a (F, F, V).

    13. (ESAF/AFTE/MS/2001) A dilao de prazo parapagamento de tributo devido, cujo crdito tributrio j seencontra com prazo vencido, :a) Concordata.b) Transao.c) Moratria.

    d) Consignao.e) Prescrio.

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    A dilao de prazo para pagamento de tributo devido, cujocrdito tributrio j se encontra com prazo vencido, a moratria,conforme art. 152 do CTN. Logo, correta a letra c.

    14.(ESAF/AFTM/Natal/2008) Sobre a moratria, comocausa de suspenso do crdito tributrio, assinale a nicaopo incorreta.a) A moratria autnoma aquela em que o ente poltico,competente para a instituio do tributo, prorroga o prazolegal.b) A moratria de carter individual restringe-se s pessoasque se enquadram em requisitos especificados em lei,independentemente de solicitao autoridade fiscal.c) A moratria de carter geral prorroga o prazo para opagamento de tributo de forma irrestrita aos sujeitospassivos, sem necessidade de requerimento autoridadefiscal.d) A moratria heternoma aquela que pode ser institudapela Unio, em situaes de extrema gravidade, sobretributos da competncia de outros entes polticos, desde quetambm decretada para os tributos federais.e) A moratria parcelada medida excepcional, atribudapor lei, que confere ao contribuinte a possibilidade de

    cumprimento da obrigao tributria de forma gradual,permitindo-se a excluso de multas e juros.

    A letra b incorreta, pois a moratria de carter individualrestringe-se s pessoas que se enquadram em requisitosespecificados em lei, mas dependente de solicitao autoridadefiscal.

    O art. 152, inc. II, do CTN, a moratria somente pode serconcedida em carter individual, por despacho da autoridade

    administrativa, desde que autorizada por lei pela pessoa jurdicacompetente para tanto. Logo, a resposta a letra b.

    A letra a verdadeira, pois realmente a moratria autnoma aquela em que o ente poltico, competente para a instituio dotributo, prorroga o prazo legal.

    A letra c correta e a questo no foi anulada pela ESAF,uma vez que a moratria de carter geral prorroga o prazo para opagamento de tributo aos sujeitos passivos, sem necessidade de

    requerimento autoridade fiscal.

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    Deste modo, a interpretao possvel que o enunciado deforma irrestrita se refere estritamente aos sujeitos passivos, sem anecessidade de requerimento individual a autoridade administrativa esem a necessidade do sujeito passivo cumprir requisitos especiais.

    Muito pelo contrrio, a lei concessiva de moratria em cartergeral ou autorize sua concesso em carter individual deveespecificar obrigatoriamente, sem prejuzo de outros requisitos: (i)o prazo de durao do favor (forma restrita e no irrestrita); (ii)as condies da concesso do favor em carter individual; (iii)sendo caso: a) os tributos a que se aplica; b) o nmero deprestaes e seus vencimentos, dentro do prazo de durao do favor,podendo atribuir a fixao de uns e de outros autoridadeadministrativa, para cada caso de concesso em carter individual; c)as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso deconcesso em carter individual (art. 153 do CTN).

    A letra d correta, porque a moratria heternoma aquelaque pode ser instituda pela Unio, em situaes de extremagravidade, sobre tributos da competncia de outros entes polticos,desde que tambm decretada para os tributos federais.

    Assim, moratria somente pode ser concedida: (i) em cartergeral: a) pela pessoa jurdica de direito pblico competente para

    instituir o tributo a que se refira (moratria autnoma); b) pelaUnio, quanto a tributos de competncia dos Estados, do DistritoFederal ou dos Municpios, quando simultaneamente concedidaquanto aos tributos de competncia federal e s obrigaes de direitoprivado (moratria heternoma);

    A letra e correta, porque a moratria parcelada medidaexcepcional, atribuda por lei, que confere ao contribuinte apossibilidade de cumprimento da obrigao tributria de formagradual, permitindo-se a excluso de multas e juros, de acordo com o

    art. 153, III, b, do CTN, uma vez este dispositivo no veda estaexcluso.

    15. (ESAF/AFTN/1994) A suspenso da exigibilidade docrdito tributrioa) dispensa o cumprimento de obrigaes acessriasdependentes da obrigao principal cujo crdito sejasuspenso.b) pode ser concedida mediante moratria, instituda em lei,por prazo indefinido.

    c) quando concedida mediante moratria, retroage datade ocorrncia do fato gerador.

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    d) em face do depsito do seu montante integral, elide aincidncia de penalidade de carter moratrio.e) concedida por moratria aproveita inclusive os casos dedolo, fraude e simulao praticados pelo sujeito passivo.

    A suspenso da exigibilidade do crdito tributrio ocorre com odepsito do montante integral do crdito tributrio, elidindo(excluindo) a incidncia de penalidade de carter moratrio, isto ,com depsito integral e em dinheiro do tributo no pode a partir daincidir multa pecuniria e juros de mora. Logo, correta a letra d.

    A letra a incorreta, pois a suspenso da exigibilidade docrdito tributrio no dispensa o cumprimento de obrigaesacessrias (art. 151, pargrafo nico, do CTN)

    A letra b incorreta, porque a moratria, instituda em lei,no pode ocorrer por prazo indefinido. realmente a moratriaautnoma aquela em que o ente poltico, competente para ainstituio do tributo, prorroga o prazo legal.

    A letra c incorreta, uma vez que a moratria prorroga oprazo para o pagamento de tributo aos sujeitos passivos, sendo umacausa de suspenso da exigibilidade do crdito tributrio. Aexigibilidade do crdito se adquire com o lanamento, portanto

    projeta seus efeitos para o futuro, no tendo relao alguma com ofato gerador.

    A letra e incorreta, porque a moratria no aproveitainclusive os casos de dolo, fraude e simulao praticados pelo sujeitopassivo, de acordo com o pargrafo nico, do art. 154, do CTN.

    16. (ESAF/IRB/2004) O depsito somente suspende aexigibilidade do crdito tributrio se for integral e emdinheiro.

    O depsito somente suspende a exigibilidade do crditotributrio se for integral e em dinheiro (smula 112 do STJ). Logo,verdadeira.

    17. (ESAF/AFTE/RN/2005) O depsito em ttulos dadvida agrria suspende a exigibilidade do crdito tributrioda Unio.

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    O depsito somente suspende a exigibilidade do crditotributrio se for integral e em dinheiro (smula 112 do STJ). Logo,falsa.

    18.(ESAF/AFE/2005) A concesso de tutela antecipada,em nosso sistema tributrio,a) Suspende a exigibilidade do crdito tributrio, mas noimpede o lanamento fiscal destinado a prevenir adecadncia.b) No suspende a exigibilidade do crdito tributrio.c) Suspende a exigibilidade do crdito e o curso do prazodecadencial.d) Suspende a exigibilidade do crdito e dispensa ocumprimento das obrigaes acessrias.e) Suspende a exigibilidade, mas no a cobrana do crditotributrio.

    A resposta correta a letra a, pois a concesso de tutelaantecipada, em nosso sistema tributrio, suspende a exigibilidade docrdito tributrio, mas no impede o lanamento fiscal destinado aprevenir a decadncia.

    J estudamos no nosso resumo que a suspenso daexigibilidade do crdito tributrio impede a Administrao de praticar

    qualquer ato contra o contribuinte visando cobrana do seu crdito,tais como inscrio em dvida e ajuizar execuo fiscal, mas noimpossibilita a Fazenda de proceder sua regular constituio paraprevenir a decadncia do direito de lanar.

    19. (AFRF/2005/ESAF/adaptada) O artigo 151 doCdigo Tributrio Nacional enumera as hipteses desuspenso da exigibilidade do crdito tributrio. Sobreestas, avalie o acerto das afirmaes adiante e marque com(V) as verdadeiras e com (F) as falsas; em seguida, marque

    a opo correta.( ) A moratria pode ser concedida em carter geral ou emcarter individual, dependendo, em ambos os casos, daprvia existncia de lei autorizativa.( ) A concesso de medida liminar ou de tutela antecipada,acarretam a suspenso da exigibilidade do crdito tributrio.a) V, F.b) F, F.c) F, V.d) V, V.

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    O primeiro item verdadeiro, uma vez que a moratria podeser concedida em carter geral ou em carter individual, dependendo,em ambos os casos, da prvia existncia de lei autorizativa.

    O segundo item verdadeiro, porque a concesso de medidaliminar e a concesso de tutela antecipada em outras aes judiciaisacarretam a suspenso da exigibilidade do crdito tributrio.

    Logo, a letra d (V, F).

    20. (AFRF/2002.2/ESAF) Preencha as lacunas com asexpresses oferecidas entre as cinco opes abaixo. Se a lei atribui ao contribuinte o dever de prestardeclarao de imposto de renda e de efetuar o pagamentosem prvio exame da autoridade, o lanamento por

    _________. Segundo os termos do CTN, na redao vigente a partir de11 de janeiro de 2001 (LC 104/2001), a lei podecircunscrever a aplicabilidade do ____________ adeterminada regio ou a determinada categoria de

    __________.a) declarao/ crdito tributrio/ ocupao profissional.b) declarao/ regime aduaneiro/ mercadorias.c) homologao/ regime automotivo/ empresas, segundo

    seu porte ou procedncia.d) homologao/ parcelamento / moeda de conta ou depagamento.e) homologao/ parcelamento/ responsveis oucontribuintes.

    Se a lei atribui ao contribuinte o dever de prestar declarao deimposto de renda e de efetuar o pagamento sem prvio exame daautoridade, o lanamento por homologao (art. 150, do CTN).

    Segundo os termos do CTN, na redao vigente a partir de 11de janeiro de 2001 (LC 104/01), a lei pode circunscrever aaplicabilidade do parcelamento a determinada regio ou adeterminada categoria de responsveis ou contribuintes.

    o seguinte: aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento asdisposies desta Lei, relativas moratria, de acordo com o 2, doart. 155-A, acrescentado pela LC 104/2001.

    Ento, aplica-se ao parcelamento a regra do pargrafo nico do

    art. 152, do CTN, estabelecendo que a lei concessiva de moratriapode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade determinada

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    regio do territrio da pessoa jurdica de direito pblico que aexpedir, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos.

    Logo, a resposta a letra e.

    21. (ESAF/AFRF/2003)As disposies do Cdigo TributrioNacional, relativas ao parcelamento, aplicam-se,subsidiariamente, moratria.

    falsa, porque, aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamentoas disposies do CTN relativas moratria (arts. 152 a 155) e no ocontrrio como dispe a questo.

    A questo, em outras palavras, dispe que se aplicasubsidiariamente o art. 155-A do parcelamento ao instituto damoratria, o que incorreto.

    22. (ISS/RJ/2010) Suspendem a exigibilidade do crditotributrio:a) o depsito de seu montante integral e a concesso demedida liminar em mandado de segurana, exclusivamente.b) o depsito de seu montante integral, a compensao e aconcesso de liminar em mandado de segurana.c) a interposio de reclamaes ou recursos

    administrativos, a prescrio, a decadncia e concesso deliminar em mandado de segurana.d) o depsito de seu montante integral, o parcelamento, aconcesso de liminar em mandado de segurana ou detutela antecipada em outras espcies de ao judicial.e) a compensao, a transao, a concesso de medidaliminar em mandado de segurana e a remisso.

    De acordo com o art. 151 do CTN, suspendem a exigibilidade docrdito tributrio: o depsito do montante integral do crdito; o

    parcelamento, a concesso de liminar em mandado de segurana oude tutela antecipada em outras espcies de ao judicial. Logo, aresposta a letra d.

    Na letra a, o erro est no termo exclusivamente.

    Na letra b, a compensao hiptese de extino do crditotributrio e no de suspenso da exigibilidade do crdito tributrio.

    Na letra c, a prescrio e a decadncia so hipteses de

    extino do crdito tributrio.

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    Na letra e, a transao e a remisso so hipteses deextino do crdito tributrio.

    23. (ESAF/Procurador DF/2004) Avalie as indagaes abaixoe em seguida assinale a opo de resposta correta. Extinguem o crdito tributrio a deciso administrativairreformvel (deciso definitiva na rbita administrativa, queno mais possa ser objeto de ao anulatria), a remisso ea anistia? A remisso, a compensao, a decadncia e a dao empagamento em bens mveis extinguem o crdito tributrio? Suspendem a exigibilidade do crdito tributrio o depsitodo seu montante integral, as reclamaes e os recursos, nostermos das leis reguladoras do processo tributrioadministrativo, a iseno e a concesso de tutela antecipadaem ao judicial? O Cdigo Tributrio Nacional admite que a autoridadeadministrativa, desde que observados os procedimentos aserem estabelecidos em lei ordinria, desconsidere atos ounegcios jurdicos praticados com a finalidade de dissimulara ocorrncia do fato gerador do tributo ou a natureza doselementos constitutivos da obrigao tributria?a) No, sim, sim, no.b) No, no, no, sim.

    c) No, sim, no, sim.d) Sim, no, no, no.e) Sim, sim, sim, no.

    O primeiro item no, uma vez que extinguem o crditotributrio a deciso administrativa irreformvel (deciso definitiva narbita administrativa, que no mais possa ser objeto de aoanulatria) e a remisso, entretanto, a anistia exclui o crditotributrio.

    O segundo item no, porque a remisso, a compensao, adecadncia e a dao em pagamento em bens imveis extinguem ocrdito tributrio, mas no a dao em pagamento em bens mveis.

    O terceiro item no, porque suspendem a exigibilidade docrdito tributrio o depsito do seu montante integral, asreclamaes e os recursos, nos termos das leis reguladoras doprocesso tributrio administrativo e a concesso de tutela antecipadaem ao judicial. Todavia, a iseno hiptese de excluso do crditotributrio.

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    O quarto item sim, o CTN admite que a autoridadeadministrativa, desde que observados os procedimentos a seremestabelecidos em lei ordinria, desconsidere atos ou negcios

    jurdicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrncia dofato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos daobrigao tributria, de acordo com o pargrafo nico do art. 116.

    Portanto, a resposta a letra b (No, no, no, sim).

    RESUMO FUNDAMENTAL SOBRE SUSPENSO DO CRDITOTRIBUTRIO

    (I) So causas de suspenso da exigibilidade do crdito tributrio:(i) Moratria; (ii) Depsito do seu montante integral; (iii)Reclamaes e os recursos, nos termos das leis reguladoras doprocesso tributrio administrativo; (iv)Concesso de medida liminarem mandado de segurana; (v)Concesso de medida liminar ou detutela antecipada, em outras espcies de ao judicial; (vi)Parcelamento.

    (II) So causas de extino do crdito tributrio: (i) Pagamento;(ii) Compensao; (iii) Transao; (iv) Remisso; (v) Prescrio ea Decadncia; (vi) Converso de depsito em renda; (vii)

    Pagamento antecipado e a respectiva homologao do lanamento;(viii) A consignao em pagamento; (ix) A deciso administrativairreformvel, assim entendida a definitiva na rbita administrativa,que no mais possa ser objeto de ao anulatria; (x) A deciso

    judicial passada em julgado ou transitada em julgado; (xi) A daoem pagamento em bens imveis, na forma e condiesestabelecidas em lei.

    (III) So causas de excluso do crdito tributrio: (i) iseno; (ii)anistia.

    (IV) A suspenso da exigibilidade do crdito tributrio no dispensao cumprimento das obrigaes tributrias acessrias.

    (V) A moratria (causa de suspenso da exigibilidade do crditotributrio) a prorrogao do prazo legal para o pagamento dotributo. A lei concessiva da moratria pode ser classificada comomoratriaindividual (subjetiva) ou moratria geral (objetiva).

    (VI) A moratria de carter individual efetivada por despacho da

    autoridade administrativa competente, sendo necessria a solicitaodo potencial beneficiado perante a autoridade fiscal.

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    (VII) A moratria de carter geral reconhecida diretamente pelalei, no dependendo de requerimento autoridade administrativacompetente. Neste caso, distingue-se a em moratria autnoma emoratria heternoma. A moratria autnoma aquela concedidapela prpria pessoa jurdica de direito pblico competente parainstituir o tributo. A moratria heternoma aquela concedida, emcarter geral, pela Unio (lei federal), quanto a tributos decompetncia dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municpios,quando simultaneamente concedida quanto aos tributos decompetncia federal e s obrigaes de direito privado.

    (VIII) A lei concessiva de moratria pode circunscreverexpressamente a sua aplicabilidade determinada regio do territrioda pessoa jurdica de direito pblico que a expedir, ou a determinadaclasse ou categoria de sujeitos passivos.

    (IX) A lei que conceda moratria em carter geral ou autorize suaconcesso em carter individual especificar, sem prejuzo de outrosrequisitos: (i) o prazo de durao da moratria; (ii) as condies daconcesso do favor em carter individual; (iii) sendo caso: a) ostributos a que se aplica; b) o nmero de prestaes e seusvencimentos, dentro do prazo legal do favor, podendo atribuir afixao de uns e de outros autoridade administrativa, para cada

    caso de concesso em carter individual; c) as garantias que devemser fornecidas pelo beneficiado no caso de concesso em carterindividual.

    (X) Salvo disposio de lei em contrrio, a moratria somenteabrange os crditos definitivamente constitudos data da lei ou dodespacho que a conceder, ou cujo lanamento j tenha sido iniciadoquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo. Amoratria no aproveita aos casos de dolo, fraude ou simulao dosujeito passivo ou do terceiro em benefcio daquele

    (XI) A concesso da moratria em carter individual no geradireito adquirido e ser revogado de ofcio, sempre que se apureque o beneficiado no satisfazia ou deixou de satisfazer as condiesou no cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessodo favor, cobrando-se o crdito acrescido de juros de mora: (a)com imposio da penalidade cabvel, nos casos de dolo ousimulao do beneficiado, ou de terceiro em benefcio daquele; (b)sem imposio de penalidade, nos demais casos. Nos casos da letra(a) em que deve ocorrer imposio da penalidade (dolo,

    simulao ou fraude), o tempo decorrido entre a concesso damoratria e sua revogao no se computa para efeito da prescrio

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    do direito cobrana do crdito; nos demais casos, a revogao spode ocorrer antes de prescrito o referido direito.

    (XII) O depsito do montante do tributo (causa de suspenso daexigibilidade do crdito tributrio) deve ser integral e em dinheiro,no podendo ser feito de forma parcial ou por prestao de fianabancria ou em ttulos da dvida pblica.

    (XIII) O parcelamento (causa de suspenso da exigibilidade docrdito tributrio) ser concedido na forma e condio estabelecidasem lei especfica. Salvo disposio de lei em contrrio, oparcelamento do crdito tributrio no exclui a incidncia de jurose multas. Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento asdisposies desta Lei, relativas moratria.

    QUESTES TRATADAS EM AULA PARTE 1

    1.(ESAF/MPE-GO/2007) So causas de suspenso de exigibilidadedo crdito tributrio, excetoa) o depsito do seu montante integral.b) a concesso de medida liminar em mandado de segurana.c) o parcelamento.d) as reclamaes e os recursos, nos termos das leis reguladoras doprocesso tributrio administrativo.

    e) a decadncia.2. (ESAF/AFTN/1994)Embora constitudo, o crdito fiscal tem a suaexigibilidade suspensa em razo dea) consignao em pagamento, deciso judicial definitiva, anistia eremisso.b) remisso, consignao em pagamento, anistia e liminar emmandado de segurana.c) moratria, liminar em ao cautelar, consignao em pagamento ecompensao.

    d) liminar em mandado de segurana,consignao em pagamento epenhora devidamente aparelhada.e) moratria, depsito do montante integral do crdito, reclamaese recursos previstos em lei e liminar em mandado de segurana.

    3. (ESAF/TRF/2002) Indique quais situaes, entre outras,"suspendem" a exigibilidade do crdito tributrio:a) a concesso de medida liminar em mandado de segurana; aiseno condicionada; as reclamaes e os recursos, nos termos dasleis reguladoras do processo tributrio administrativo.

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    b) o depsito do montante integral do crdito; a isenocondicionada; as reclamaes e os recursos, nos termos das leisreguladoras do processo tributrio administrativo; a anistia fiscal.c) a moratria; o depsito do montante integral do crdito; asreclamaes e os recursos, nos termos das leis reguladoras doprocesso tributrio administrativo; a concesso de medida liminar emmandado de segurana.d) a moratria, a anistia fiscal, a remisso; as reclamaes e osrecursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributrioadministrativo; a concesso de medida liminar em mandado desegurana.e) a concesso de medida liminar em mandado de segurana; aiseno condicionada; as reclamaes e os recursos, nos termos dasleis reguladoras do processo tributrio administrativo.

    4. (ESAF/AFTM/Natal/2008) Entre as opes abaixo, qual nopode ser considerada causa de extino do crdito tributrio.a) A transao.b) O parcelamento.c) A remisso.d) A consignao em pagamento.e) A deciso judicial passada em julgado.

    5.(ESAF/MPE-GO/2007) No extingue o crdito tributrio a

    a) deciso administrativa.b) converso de depsito em renda.c) prescrio.d) dao em pagamento em bens imveis, na forma e condiesestabelecidas em lei.e) remisso.

    6. (ESAF/Auditor/INSS/2002) No obstante o pagamento seja aforma mais comum de extino do crdito tributrio, o CdigoTributrio Nacional prev outras causas extintivas. Assim, correto

    afirmar que so causas ou formas extintivas do crdito tributrio,entre outras, as seguintes:a) a compensao, a transao, a anistia e a dao em pagamento.b) a prescrio, a dao em pagamento e o depsito do montanteintegral.c) a decadncia, a novao e a deciso administrativa irreformvel.d) a consignao em pagamento, a dao em pagamento e aconcesso de medida liminar em ao direta de inconstitucionalidade.e) a dao em pagamento em bens imveis, a deciso judicialpassada em julgado, a transao e a compensao.

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    7. (ESAF/AFRF/2003/adaptada) Avalie o acerto das afirmaesadiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; emseguida, marque a opo correta.( ) A dao em pagamento em bens mveis, a remisso, acompensao e a decadncia extinguem o crdito tributrio.( ) O parcelamento concedido na forma e condio estabelecidas emlei especfica, o depsito do montante integral do crdito tributrio, ahomologao do lanamento e a concesso de medida liminar emmandado de segurana suspendem a exigibilidade do crditotributrio.a) V, V.b) V, F.c) V, V.d) F, F.

    8. (ESAF/Auditor Fortaleza/1998) So modalidades de extino docrdito tributrio previstas no Cdigo Tributrio Nacional (CTN):a) a converso de depsito em renda, a transao e a decisoadministrativa irreformvel.b) a prescrio, a imunidade e o pagamento.c) a coisa julgada, a dao em pagamento e a compensao.d) o pagamento antecipado e a homologao do lanamento, aremio e transao.e) a deciso judicial passada em julgado, a decadncia e a concesso

    de medida liminar em mandado de segurana.9. (ESAF/AFRF/2000) (so) modalidade(s) de extino do crditotributrio, prevista(s) no Cdigo Tributrio Nacionala) a transao.b) o depsito do seu montante integral.c) a moratria.d) as reclamaes e os recursos, nos termos das leis reguladoras doprocesso tributrio administrativo.e) a concesso de medida liminar em mandado de segurana.

    10. (ESAF/AFRF/1998/adaptada)(1) Suspenso da exigibilidade do crdito tributrio;(2) Modalidade de extino do crdito tributrio sem adimplemento;Assinale a opo que corresponda, na seqncia respectiva, aostermos acima referidos.a) Moratria e Imposio de Penalidade.b) Iseno e Confuso.c) Anistia e Pagamento.d) Reclamao e Prescrio.

    e) Pagamento e Remio.

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    d) A moratria heternoma aquela que pode ser instituda pelaUnio, em situaes de extrema gravidade, sobre tributos dacompetncia de outros entes polticos, desde que tambm decretadapara os tributos federais.e) A moratria parcelada medida excepcional, atribuda por lei, queconfere ao contribuinte a possibilidade de cumprimento da obrigaotributria de forma gradual, permitindo-se a excluso de multas e

    juros.

    15. (ESAF/AFTN/1994) A suspenso da exigibilidade do crditotributrioa) dispensa o cumprimento de obrigaes acessrias dependentes daobrigao principal cujo crdito seja suspenso.b) pode ser concedida mediante moratria, instituda em lei, porprazo indefinido.c) quando concedida mediante moratria, retroage data deocorrncia do fato gerador.d) em face do depsito do seu montante integral, elide a incidnciade penalidade de carter moratrio.e) concedida por moratria aproveita inclusive os casos de dolo,fraude e simulao praticados pelo sujeito passivo.

    16.(ESAF/IRB/2004) O depsito somente suspende a exigibilidadedo crdito tributrio se for integral e em dinheiro.

    17.(ESAF/AFTE/RN/2005) O depsito em ttulos da dvida agrriasuspende a exigibilidade do crdito tributrio da Unio.

    18. (AFE/2005) A concesso de tutela antecipada, em nossosistema tributrio,a) Suspende a exigibilidade do crdito tributrio, mas no impede olanamento fiscal destinado a prevenir a decadncia.b) No suspende a exigibilidade do crdito tributrio.c) Suspende a exigibilidade do crdito e o curso do prazo decadencial.

    d) Suspende a exigibilidade do crdito e dispensa o cumprimento dasobrigaes acessrias.e) Suspende a exigibilidade, mas no a cobrana do crditotributrio.

    19. (AFRF/2005/ESAF/adaptada) O artigo 151 do CdigoTributrio Nacional enumera as hipteses de suspenso daexigibilidade do crdito tributrio. Sobre estas, avalie o acerto dasafirmaes adiante e marque com (V) as verdadeiras e com (F) asfalsas; em seguida, marque a opo correta.

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    ( ) A moratria pode ser concedida em carter geral ou em carterindividual, dependendo, em ambos os casos, da prvia existncia delei autorizativa.( ) A concesso de medida liminar ou de tutela antecipada, acarretama suspenso da exigibilidade do crdito tributrio.a) V, F.b) F, F.c) F, V.d) V, V.

    20. (AFRF/2002.2/ESAF) Preencha as lacunas com as expressesoferecidas entre as cinco opes abaixo. Se a lei atribui ao contribuinte o dever de prestar declarao deimposto de renda e de efetuar o pagamento sem prvio exame daautoridade, o lanamento por _________. Segundo os termos do CTN, na redao vigente a partir de 11 de

    janeiro de 2001 (LC 104/2001), a lei pode circunscrever aaplicabilidade do ____________ a determinada regio ou adeterminada categoria de __________.a) declarao/ crdito tributrio/ ocupao profissional.b) declarao/ regime aduaneiro/ mercadorias.c) homologao/ regime automotivo/ empresas, segundo seu porteou procedncia.d) homologao/ parcelamento / moeda de conta ou de pagamento.

    e) homologao/ parcelamento/ responsveis ou contribuintes.21. (ESAF/AFRF/2003)As disposies do Cdigo Tributrio Nacional,relativas ao parcelamento, aplicam-se, subsidiariamente, moratria.

    22. (ISS/RJ/2010) Suspendem a exigibilidade do crdito tributrio:a) o depsito de seu montante integral e a concesso de medidaliminar em mandado de segurana, exclusivamente.b) o depsito de seu montante integral, a compensao e aconcesso de liminar em mandado de segurana.

    c) a interposio de reclamaes ou recursos administrativos, aprescrio, a decadncia e concesso de liminar em mandado desegurana.d) o depsito de seu montante integral, o parcelamento, a concessode liminar em mandado de segurana ou de tutela antecipada emoutras espcies de ao judicial.e) a compensao, a transao, a concesso de medida liminar emmandado de segurana e a remisso.

    23. (ESAF/Procurador DF/2004) Avalie as indagaes abaixo e em

    seguida assinale a opo de resposta correta.

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    Extinguem o crdito tributrio a deciso administrativa irreformvel(deciso definitiva na rbita administrativa, que no mais possa serobjeto de ao anulatria), a remisso e a anistia? A remisso, a compensao, a decadncia e a dao em pagamentoem bens mveis extinguem o crdito tributrio? Suspendem a exigibilidade do crdito tributrio o depsito do seumontante integral, as reclamaes e os recursos, nos termos das leisreguladoras do processo tributrio administrativo, a iseno e aconcesso de tutela antecipada em ao judicial? O Cdigo Tributrio Nacional admite que a autoridadeadministrativa, desde que observados os procedimentos a seremestabelecidos em lei ordinria, desconsidere atos ou negcios

    jurdicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrncia dofato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos daobrigao tributria?a) No, sim, sim, no.b) No, no, no, sim.c) No, sim, no, sim.d) Sim, no, no, no.e) Sim, sim, sim, no.

    GABARITO

    1. E 2. E 3. C 4. B 5. A 6. E 7. D 8. A 9. A 10. D 11. B12. A 13. C 14. B 15. D 16. Verdadeiro 17. Falso 18. A 19. D 20. E

    21. Falso 22. D 23. B

    PARTE 2 - EXTINO DO CRDITO TRIBUTRIO.

    A parte 2 continuao da aula anterior e vamos tratarespecificadamente dos arts. 156 a 174 do CTN.

    Ento, vamos l.

    3. EXTINO DO CRDITO TRIBUTRIO

    A extino do crdito tributrio, ao contrrio da suspenso daexigibilidade do crdito tributrio, resolve a relao jurdico-tributria.Isto , as hipteses de extino do crdito tributrio no s impedema cobrana do crdito tributrio, mas tambm liberamdefinitivamente o sujeito passivo de qualquer relao de dvida com o

    fisco.

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    Assim, as hipteses de extino do crdito tributrio tambmdevem ter previso legal (art. 97, VI, CTN). Nesse rumo, a doutrinasepara duas formas de extino do crdito tributrio, que a formadireta, normal, que o pagamento, at mesmo o pagamento porconsignao; e a forma indireta, imprpria, que so as hipteses decompensao, transao, remisso, decadncia, prescrio,converso de depsito em renda, deciso administrativairreformvel, deciso judicial passada em julgado e dao empagamentoembens imveis.

    Por sua vez, registramos a jurisprudncia do STF no sentido dapossibilidade do Estado-membro estabelecer regras especficas dequitao de seus prprios crditos tributrios, podendo criar novamodalidade de extino de crdito tributrio por lei estadual (ADI2405 MC, DJ 17/02/2006). Neste sentido, o CESPE adotou comogabarito definitivo tal entendimento em 2010 em prova para juizfederal.

    Contudo, ressaltamos que, em 2007, o STF julgouinconstitucional Lei distrital 1.624/97 que dispe sobre opagamento de dbitos das microempresas, das empresas depequeno porte e das mdias empresas, mediante dao empagamento de materiais destinados a atender a programas deGoverno do DF. Deste modo, o STF compreendeu que a citada Lei

    viola o art. 37, XXI, da CF, uma vez que afasta a incidncia doprocesso licitatrio, por ele exigido, para aquisio de materiais pelaAdministrao Pblica, bem como o art. 146, III, da CF, que prevcaber lei complementar o estabelecimento de normas gerais emmatria de legislao tributria, eis que cria nova causa de extinode crdito tributrio (ADI 1917/DF, DJ24/08/2007).

    Ademais, o STF, em 2009, tambm compreendeu comoinconstitucional norma que estabelece hiptese de extino docrdito tributrio por transcurso de prazo para apreciao de recurso

    administrativo fiscal, uma vez que a extino do crdito tributrio oudo direito de constituir o crdito tributrio por decurso de prazo,combinado a qualquer outro critrio, corresponde decadncia, que matria reservada lei complementar federal (ADI 124, DJE de17/04/2009).

    3.1 PAGAMENTO

    O pagamento a modalidade mais comum de extino docrdito tributrio, sendo regulado nos arts. 157 a 163 do CTN. O

    pagamento do tributo significa o cumprimento ou o adimplementovoluntrio da obrigao tributria.

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    O pagamento do tributo efetuado, em regra, em moedacorrente, cheque ou vale postal, mas, tambm, nos casos previstosem lei, os tributos podem ser pagos em estampilha, em papel seladoou por processo mecnico (art. 162, incs. I e II).

    Assim sendo, a legislao tributria pode exigir garantias para opagamento do tributo por cheque ou vale postal, desde que no otorne impossvel ou mais oneroso que o pagamento em moedacorrente (1, do art. 162). Evidenciamos que o crdito tributriopago por cheque somente deve ser considero extinto com o resgatedeste pelo sacado (2, do art. 162).

    Por sua vez, o crdito pagvel em estampilha considera-seextinto com a inutilizao regular daquela, ressalvado no caso dolanamento por homologao (3, do art. 162). Portanto, a perda oudestruio da estampilha, ou o erro no pagamento por estamodalidade, no do direito a restituio, salvo nos casosexpressamente previstos na legislao tributria, ou naquelas em queo erro seja imputvel autoridade administrativa (4, do art. 162).J o pagamento em papel selado ou por processo mecnico equipara-se ao pagamento em estampilha (5, do art. 162).

    Na prtica, no existe mais o pagamento de tributo com

    estampilha, em papel selado ou por processo mecnico, mas cita-seporque so regras ainda vigentes no CTN.

    Por outro lado, a imposio de penalidade pecuniria no exclui(ilide) o pagamento integral do crdito tributrio (art. 157).

    Com efeito, o pagamento de um crdito tributrio no importaem presuno de pagamento, quando parcial, das prestaes emque se decomponha e, quando total, de outros crditos referentesao mesmo ou a outros tributos (art. 158, inc. I e II).

    Assim, quando a legislao tributria no dispuser a respeito, opagamento do tributo efetuado na repartio competente dodomiclio do sujeito passivo (art. 159), sendo que a legislaotributria pode conceder desconto pela antecipao do pagamento,nas condies que estabelea.

    Este tipo de desconto citado aquele que todo anonormalmente utilizado pelo poder tributante, dando a possibilidadede desconto para o contribuinte que efetuar o pagamento antes de

    determinada data de vencimento do IPVA de competncia estadual edistrital ou do IPTU de competncia distrital e municipal.

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    Por sua vez, quando a legislao tributria no fixar o tempodo pagamento, o vencimento do crdito ocorre trinta diasdepois da data em que se considera o sujeito passivo notificado dolanamento (art. 160 do CTN).

    3.1.1 JUROS DE MORA, MULTA DE MORA, CORREOMONETRIA

    Os juros de mora significam um percentual cobrado em cimado valor da dvida, em razo do no pagamento na data dovencimento ou pela utilizao indevida do capital de terceiro.

    A multa de mora uma penalidade ou sano tributriapecuniria por causa do atraso no cumprimento da obrigao.

    J a correo monetria corresponde a mera atualizao dadvida em face do tempo. Decerto, segundo o STF, a correomonetria, em matria fiscal, sempre dependente de lei que apreveja, no sendo facultado ao Poder Judicirio aplic-la onde a leino a determina, sob pena de substituir-se ao legislador. (RE452.930-AgR, DJE de 1-8-2008, RE 572.664-AgR, DJE de 25-9-2009).

    Alm disso, os ndices de correo monetria dos dbitostributrios estaduais institudos por lei estadual so constitucionais,mas no podem ser superiores (exceder) ao ndice da correo dostributos federais (ADI 442).

    Nesse rumo, o crdito tributrio no integralmente pago novencimento obrigatoriamente acrescido de juros de mora, sejaqual for o motivo determinante da falta, sem prejuzo daimposio das penalidades cabveis e da aplicao de quaisquermedidas de garantia previstas no CTN ou em lei tributria (art. 161).

    Salvo disposio de lei em contrrio, os juros de mora serocalculados taxa de um por cento ao ms (1, do art. 161).

    Por conseguinte, registramos jurisprudncia amplamentepredominante no STJ no sentido de que a taxa SELIC legtimacomo ndice de correo monetria e de juros de mora, naatualizao dos dbitos tributrios pagos em atraso, diante daexistncia de Lei Estadual que determina a adoo dosmesmos critrios adotados na correo dos dbitos fiscais

    federais (RESP 879844).

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    O STJ compreende que raciocnio diverso importariatratamento anti-isonmico, porquanto a Fazenda restaria obrigada areembolsar os contribuintes por esta taxa SELIC, ao passo que, nodesembolso, os cidados exonerar-se-iam desse critrio, gerandodesequilbrio nas receitas fazendrias.

    3.1.2 CONSULTA TRIBUTRIA

    Segundo os termos do 2, do art. 161 do CTN, os juros demora no se aplicam na pendncia de consulta formulada pelodevedordentro do prazo legal para pagamento do crdito.

    A consulta tributria um procedimento administrativo desatisfao de dvida referente legislao tributria, formulada pelosujeito passivo ao Fisco dentro do prazo legal para pagamento docrdito tributrio. Isto , a consulta deve ser formulada antes dovencimento do prazo legal para pagamento do tributo.

    O sujeito passivo que faz determinada consulta sobre alegislao tributria pratica conduta de boa-f, respondendo, apenas,pelo tributo + correo monetria, se for o caso. Ou seja, aconsulta eficaz impede a cobrana de juros de mora ou de multa demora sobre a matria consultada. Em outros termos, apenas

    cobrado do sujeito passivo o tributo com correo monetria, semmulta e juros.

    3.1.3 IMPUTAO DE PAGAMENTO

    O instituto jurdico da imputao de pagamento ocorrequando existe simultaneamente dois ou mais dbitos vencidos domesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa jurdica dedireito pblico, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ouprovenientes de penalidade pecuniria ou juros de mora (art. 163).

    Neste caso, a autoridade administrativa competente parareceber o pagamento do tributo determinar a respectiva imputao,obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas:

    Em primeiro lugar, aos dbitos por obrigao prpria, e emsegundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributria;

    Primeiramente, s contribuies de melhoria, depois staxas e por fim aos impostos;

    Na ordem crescente dos prazos de prescrio; Na ordem decrescente dos montantes.

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    Ademais, ressaltamos a aprovao de smula 464 do STJ nosentido de que a regra de imputao de pagamentos estabelecida noartigo 354 do Cdigo Civil (CC) no se aplica s hipteses decompensao tributria.

    O art. 354 do CC determina que, em regra, havendo capital ejuros, o pagamento imputar-se- primeiro nos juros vencidos, edepois, no capital. Contudo, tal entedimento no se aplica nodireito tributrio, em face da inexistncia de normas tributriasneste sentido. Em outras palavras, o art. 354 do CC inaplicvel aosdbitos de natureza tributria, que regido por normas cogentes eespecficas, no se admitindo aplicao subsidiria de normasdispositivas de direito civil.

    Importante: A norma cogente obriga ou probe terminada conduta,impondo-se em grau mximo as partes da relao jurdica (normatributria). Ao contrrio, a norma dispositiva (norma de direitoprivado) se impe em grau menor de imperatividade, pois permite aspartes da relao estabelecer regra diversa, ou seja, a normadispositiva tem aplicao subsidiria s convenes particulares.

    3.1.4 CONSIGNAO EM PAGAMENTO

    A consignao em pagamento permite que o sujeito passivoexera seu direito de pagar o tributo, sendo que quando julgadaprocedente a consignao, o pagamento se reputa efetuado e aimportncia consignada convertida em renda, extinguindo o crditotributrio.

    Ou seja, um instrumento processual de quem quer pagar otributo e no consegue. Na verdade, na consignao em pagamento,apenas efetivamente se extingue o crdito tributrio no momento dotrnsito em julgado da sentena de procedncia da ao, eis que a

    partir deste momento, em princpio, fica imodificvel a consignao eo pagamento se reputa definitivamente efetuado com a tambmconverso da importncia consignada em renda.

    Portanto, a importncia de crdito tributrio pode serconsignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos seguintes casosespecificados no art. 164 do CTN:

    De recusa de recebimento, ou subordinao deste aopagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao

    cumprimento de obrigao acessria; De subordinao do recebimento ao cumprimento de exigncias

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    administrativas sem fundamento legal; De exigncia, por mais de uma pessoa jurdica de direito

    pblico, de tributo idntico sobre um mesmo fato gerador.

    A consignao s pode versar sobre o crdito que oconsignante se prope pagar (1, do art. 164, do CTN).

    Destacamos novamente que julgada procedente aconsignao, o pagamento se reputa efetuado e a importnciaconsignada convertida em renda, extinguindo o crditotributrio. Na hiptese de ser julgada improcedente aconsignao no todo ou em parte, cobra-se o crdito acrescido dejuros de mora, sem prejuzo das penalidades cabveis (2, doart. 164, do CTN).

    3.2 COMPENSAO

    A compensao modalidade de extino do crdito tributrioprevista nos arts. 156, II, 170 e 170-A do CTN.

    No direito tributrio, a compensao deve ser prevista em lei,tratando-se de modalidade indireta de extino do crdito, por meio

    do confronto entre dbitos e crditos. Ou seja, a compensao oconfronto de contas dos dbitos e dos crditos na hiptese de duaspessoas serem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra.

    O sujeito passivo possui um crdito com o fisco, por exemplo,quando efetua um pagamento indevido de tributo. Assim, acompensao modalidade extintiva do crdito tributrio, quando osujeito passivo devedor e credor do fisco, concomitantemente. Acompensao no pode ser feita ao bel-prazer do contribuinte,devendo ser feita sempre com respaldo na lei.

    Portanto, a lei pode, nas condies e sob as garantias queestipular, ou cuja estipulao em cada caso atribuir autoridadeadministrativa, autorizar a compensao de crditos tributrios comcrditos lquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeitopassivo contra a Fazenda Pblica (art. 170 do CTN).

    Destarte, a doutrina aponta como requisitos necessrios para acompensao tributria:

    Fungibilidade, significando que as obrigaes no podempossuir natureza personalssima, sendo fungvel o bem que

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    pode ser trocado ou substitudo por outro da mesma espcie evalor, como o dinheiro;

    Crditos lquidos e certos, vencidos ou vincendos; Reciprocidade das obrigaes, significando equivalncia

    entre os dbitos e crditos; Lei autorizativa.

    Ressaltamos que sendo o crdito do sujeito passivo vincendo(ainda no ocorreu o vencimento), a lei determinarobrigatoriamente a apurao do seu montante, no podendo, porm,cominar reduo maior que a correspondente ao abatimentode 1% (um por cento) ao ms