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    CURSO REGULAR DE DIREITO TRIBUTRIO PARA A RECEITA FEDERAL 5TURMA TEORIA COMPLETA E QUESTES COMENTADAS AULA 3

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    Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br

    PROFESSOR EDVALDO NILOCURSO REGULAR DE DIREITO TRIBUTRIO PARA A RECEITA

    FEDERAL 5 TURMA TEORIA COMPLETA E QUESTESCOMENTADAS AULA 3 - LEGISLAO TRIBUTRIA.

    CONSTITUIO EMENDAS CONSTITUIO. LEISCOMPLEMENTARES. LEIS ORDINRIAS. LEIS DELEGADAS. MEDIDASPROVISRIAS. TRATADOS INTERNACIONAIS. DECRETOS.

    RESOLUES. DECRETOS LEGISLATIVOS CONVNIOS. NORMASCOMPLEMENTARES. VIGNCIA DA LEGISLAO TRIBUTRIA.APLICAO DA LEGISLAO TRIBUTRIA. INTERPRETAO E

    INTEGRAO DA LEGISLAO TRIBUTRIA.

    Ol.

    O sumrio da aula de hoje o seguinte:

    Captulo I Legislao Tributria1. Legislao Tributria (fontes do direito tributrio): 1.1.Constituio; 1.2. Emendas Constituio; 1.3. LeisComplementares e Leis Ordinrias; 1.4 Normas gerais dedireito tributrio; 1.5 Tratados internacionais tributrios:1.5.1 Conceito; 1.5.2 Fundamento constitucional; 1.5.3Fundamento legal: 1.5.3.1 Interpretao doutrinria;1.5.3.2 Interpretao do STF; 1.5.3.3 Interpretao do STJ:

    1.5.3.3.1 Tratados-leis e tratados-contratos; 1.5.4Competncia para instituio de iseno; 1.5.5 Funonegativa; 1.6 Medidas Provisrias e Leis Delegadas; 1.7Resolues do Senado Federal; 1.8 Convnios interestaduaisdo ICMS: concesso ou revogao de benefcios e incentivosfiscais do ICMS (Lei Complementar n 24/75); 1.9 Decretose Normas Complementares.2. Vigncia da Legislao Tributria: 2.1. Conceitos devalidade, vigncia e eficcia jurdica da norma; 2.2 Regrageral da vigncia da norma tributria; 2.3 Vigncia no

    tempo; 2.4 Vigncia no espao.3. Aplicao da Legislao Tributria: 3.1 Fato geradorfuturo, fato gerador pendente, smula 584 do STF,retroatividade prpria e retroatividade imprpria; 3.2Aplicao retroativa da legislao tributria.4. Interpretao e Integrao da Legislao Tributria: 4.1Viso clssica do CTN; 4.2 Princpios gerais de direitoprivado; 4.3. Direito tributrio como direito desobreposio; 4.4 Mtodos de interpretao: literal, lgico,histrico, sistemtico e teleolgico; 4.5 Interpretao literal

    e interpretao mais favorvel.

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    Ento, vamos nessa.

    1. LEGISLAO TRIBUTRIA (FONTES DO DIREITO

    TRIBUTRIO)O conceito de legislao tributria engloba as normas jurdicas

    que tratam de direito tributrio.

    Assim, segundo o art. 96 do CTN, o enunciado legislaotributria compreende as leis, os tratados e as convenesinternacionais, os decretos e as normas complementares que versem,no todo ou em parte, sobre tributos e relaes jurdicas a elespertinentes.

    Neste sentido, a legislao tributria abrange tanto as normasconstitucionais quanto as normas infralegais. Ou seja, o conceito delegislao tributria disposto no CTN elstico eexemplificativo, enquanto o conceito de lei no mesmo cdigo mais restritivo e no compreende as normas infralegais, tais comodecretos regulamentares e tambm as normas complementaresestabelecidas pelo art. 100 do CTN.

    Com efeito, o sistema tributrio nacional regido pelo

    disposto na Constituio Federal de 1988, em leis complementares,em resolues do Senado Federal e, nos limites das respectivascompetncias, em leis federais, nas Constituies e em leis estaduais,e em leis municipais, conforme o art. 2 do CTN adaptado aqui anossa realidade atual.

    Neste nterim, a doutrina distingue os atos normativosprimrios ou fontes primrias e os atos normativos secundrios oufontes secundrias, que so subordinadas as fontes primrias etm o papel de proporcionar uma maior eficcia na execuo das

    fontes primrias.

    So fontes primrias do direito tributrio todas as normasque tm o seu fundamento de validade retirado diretamente ouimediatamente da CF/88, a saber: (i) lei constitucional; (ii) leiscomplementares; (iii) leis ordinrias; (iv) leis delegadas; (v)medidas provisrias; (vi) tratados e convenes internacionaisratificados por decretos legislativos do Congresso Nacional; (vii)resolues do Senado Federal; (viii) convnios do ICMS (CONFAZ).

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    Estas fontes primrias so igualmente designadas deinstrumentos primrios, eis que so regras inaugurais do sistema

    jurdico, ao contrrio das fontes secundrias ou instrumentossecundrios, que tm hierarquia inferior lei e devem obedincia as

    fontes primrias.Portanto, so fontes secundrias do direito tributrio todas as

    normas que tm o seu fundamento de validade retiradoindiretamente ou mediatamente da CF/88, e diretamente das fontesprimrias, a saber: (i) decretos regulamentares e (ii) normascomplementares disciplinadas no art. 100 do CTN.

    Por sua vez, a doutrina tambm distingue as fontes do direitotributrio em fontes reais, formais e no-formais.

    As fontes reais ou materiais correspondem aos fatosgeradores in concreto, isto , a situao de fato ocorrida no mundoreal descrita na hiptese de incidncia da norma tributria.

    Podemos adiantar e fazer o seguinte quadro diferenciando fatogerador in concreto e fato gerador in abstrato (tema do captulo 2desta aula):

    Fato gerador in abstrato Fato gerador in concreto

    Hiptese de incidncia, Hiptesetributria e Pressuposto legal dotributo.

    Fato imponvel, Fato jurdicotributrio,Hiptese de incidnciarealizada e Facto tributrio.

    Previso abstrata em lei Acontecimento na vida real (fatoda vida)

    Pois bem. O fato gerador in concreto a fonte real do direitotributrio.

    As fontes formais so as normas jurdicas que compem o

    ramo do direito tributrio, tambm divididas em principais eacessrias ou complementares.

    As fontes formais principais so as normas legais tributrias(+) mais o decreto regulamentar, ou seja, Constituio, leiscomplementares, leis ordinrias, leis delegadas, medidas provisrias,tratados e convenes internacionais ratificados por decretoslegislativos do Congresso Nacional, resolues do Senado Federal,convnios do ICMS (CONFAZ) e decretos regulamentares.

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    As fontes formais acessrias so as normas complementaresestabelecidas no art. 100 do CTN, a saber: (i) os atos normativosexpedidos pelas autoridades administrativas; (ii) as decises dosrgos singulares ou coletivos de jurisdio administrativa, a que a lei

    atribua eficcia normativa; (iii) as prticas reiteradamenteobservadas pelas autoridades administrativas; (iv) os convnios queentre si celebrem a Unio, os Estados, o Distrito Federal e osMunicpios, que no se confundem como os convnios do ICMSregulados pelo CONFAZ.

    As fontes no-formais so a doutrina e a jurisprudncia.

    Passamos agora a analisar as fontes formais ou veculosintrodutores de normas no direito tributrio.

    1.1. CONSTITUIO

    A Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988(CF/88), norma das normas brasileiras, o fundamento de validadede todas as demais normas que integram o nosso ordenamento,sendo considerado um complexo de normas inteiramenterelacionadas, todas voltadas para garantir a finalidade que firmou opoder constituinte.

    Assim sendo, realamos a premissa fundamental da hierarquiasuperior da rgida Constituio brasileira e sua consequentelocalizao no topo do sistema normativo, sendo que as demaisnormas legislativas no podem subsistir validamente sem obedecerao disposto no texto constitucional. Isto , a CF/88 tem supremacia efora de lei superior em relao a todas as demais normas do sistema

    jurdico, estando s normas constitucionais localizadas no cume dapirmide legislativa.

    Com efeito, ao interpretar a lei infraconstitucional de direito

    tributrio, o intrprete deve conferir a esta um sentido compatvelcom o da Constituio, ou seja, no se pode ignorar o sentido daspalavras estabelecidas no texto constitucional.

    Nesse rumo, conforme a leitura atenta dos arts. 145 a 156 daCF/88, facilmente verificamos a normatizao constitucional dediversos temas de direito tributrio, ao ponto dos estudiososafirmarem que o texto constitucional trata a matria tributria deforma analtica, singular e exaustiva, contemplando diversas normas

    jurdicas que limitam o exerccio do poder tributrio pelo Estado.

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    Por outro lado, os arts. 157 a 162 da CF/88 disciplinam arepartio de receitas tributrias. Deste modo, apesar de integrem ocaptulo referente ao sistema tributrio nacional, os citadosdispositivos constitucionais so, na verdade, normas de direito

    financeiro, que, em concurso pblico, so cobradas em direitotributrio, em virtude desta localizao no texto constitucional.

    Aproveitamos para enfatizar novamente que o textoconstitucional no cria tributos, mas sim delineia ou delimita oexerccio da competncia tributria pelos entes federativos.

    1.2. EMENDAS CONSTITUIO

    As emendas constitucionais so de notvel relevncia no direito

    tributrio, atualizando-o e adaptando este ramo do direito realidadesocial brasileira.

    O procedimento de alterao no texto constitucional previstono art. 60 da CF/88, sendo realizado pelo denominado poderconstituinte reformador. Em razo deste dispositivo constitucional,afirmamos que a CF/88 rgida, eis que exige para o seuprocedimento de reforma um quorum de votao especial e superiorao exigido no processo de reforma das demais espcies normativas.

    As limitaes constitucionais ao poder constituintereformador so expressas e implcitas.

    As limitaes expressas so divididas em circunstanciais,materiais e formais.

    As limitaes expressas circunstanciais so estabelecidas noart. 60, 1, da CF/88, dispondo que o texto constitucional nopoder ser emendado na vigncia de interveno federal, de estadode defesa ou de estado de stio.

    As limitaes expressas materiais so as chamadas clusulasptreas, dispondo a CF/88 que no ser objeto de deliberao aproposta de emenda tendente a abolir:

    A forma federativa de Estado; O voto direto, secreto, universal e peridico; A separao dos Poderes; Os direitos e garantias individuas.

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    Neste ponto, destacamos que o STF compreende que o princpioda anterioridade garantia individual do contribuinte e, porconseguinte, clusula ptrea que no poder ter seu mbito deincidncia reduzido pelo poder constituinte reformador.

    Do mesmo modo, a imunidade tributria recproca limitao ao poder de tributar concretizadora do princpio federativo,sendo inconstitucional qualquer emenda reformadora que procurerestringir tal imunidade (ADI 939).

    Ademais, cumpre afirmamos que uma emenda constitucionalpode extinguir tributos, desde que tal extino pelo poderconstituinte derivado no seja tendente a abolir a autonomiafinanceira do ente federado, o que acarretaria violao a forma

    federativa de Estado (art. 60, 4, I, da CF/88).

    De tal modo, no violou a forma federativa de Estadobrasileira a EC n. 3/1993, que extinguiu a competncia dos Estadose do Distrito Federal para instituir o Adicional ao Imposto sobre aRenda (AIR) e a competncia dos Municpios e do Distrito Federalpara criar o Imposto sobre Vendas a Varejo de Combustveis Lquidose Gasosos (IVVC), uma vez que a perda da arrecadao decorrenteda extino desses impostos no foi tendente a abolir a autonomiafinanceira dos respectivos entes federativos.

    J as limitaes expressas formais so estabelecidas nosincisos I, II e III, do art. 60, bem como nos pargrafos 2, 3 e 5 domesmo artigo, a saber:

    A Constituio poder ser emendada mediante proposta: (a) deum tero, no mnimo, dos membros da Cmara dos Deputadosou do Senado Federal; (b) do Presidente da Repblica; (c) demais da metade das Assemblias Legislativas das unidades daFederao, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria

    relativa de seus membros; A proposta de emenda ser discutida e votada em cada Casa do

    Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovadase obtiver, em ambos, trs quintos dos votos dos respectivosmembros;

    A emenda Constituio ser promulgada pelas Mesas daCmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivonmero de ordem;

    A matria constante de proposta de emenda rejeitada ouhavida por prejudicada no pode ser objeto de nova proposta

    na mesma sesso legislativa.

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    Por sua vez, o entendimento predominante que existemtambm limitaes implcitas ao poder de reforma constitucional,que so: (i) a impossibilidade de alterao do titular do poder

    constituinte originrio (o povo) e do titular do poder constituintereformador (Congresso Nacional); e a (ii) impossibilidade dasupresso das limitaes expressas ao poder de reforma.

    Realamos que diversas emendas Constituio alteraram odireito tributrio, por exemplo, as emendas constitucionais n 3/93(reserva de lei especfica para os benefcios fiscais,constitucionalizao da substituio tributria pra frente emodificaes na competncia tributria), n 29/00(constitucionalizao da progressividade fiscal do IPTU), n 33/01

    (alteraes diversas no sistema das contribuies tributrias e doICMS-combustveis), n39/02 (criao da contribuio de iluminaopblica), n 41/03 (contribuio previdenciria de competncia detodos os entes federativos) n 42/03 (anterioridade nonagesimalcomo regra, alteraes no ITR, IPVA e nas matrias da leicomplementar tributria), dentre outras.

    Ademais, registramos o entendimento atual do STF no sentidode no aceitar a denominada constitucionalidade superveniente.Nesta situao, a norma originariamente inconstitucional (invlida),

    ao tempo de sua instituio, torna-se constitucional (vlida), porexemplo, em razo de uma Emenda Constituio.

    Assim, num caso que tratava da COFINS, o STF compreendeuque a Emenda Constitucional n 20/1998 que modificou a base declculo da COFINS, no teria o condo de transformar uma normaordinria inicialmente invlida em norma ordinriasupervenientemente vlida. Em outras palavras, o STF no adota atese da convalidao de norma ordinria inconstitucional, em face damudana do parmetro constitucional.

    Neste sentido, invivel a constitucionalidade superveniente denorma tributria inconstitucional.

    Importante: Afirma o STF (RE n 357.950-9/RS, RE 586709/AL, DJEn 145, divulgado em 05/08/2010): Quanto ao entendimento de alei originariamente inconstitucional ter sido convalidada pela Emendan 20, tal concluso contraria a jurisprudncia pacificada do Plenrio.A tese da constitucionalidade superveniente conflita com a ordemnatural das coisas [...] Descabe, tambm, partir para o que seria arepristinao, a constitucionalizao de diploma que, ao nascer,

    mostrou-se em conflito com a Constituio Federal [...] A hierarquia

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    das fontes legais, a rigidez da Carta, a revel-la documentosupremo, conduz necessidade de as leis hierarquicamenteinferiores observarem-na, sob pena de transmud-la, com nefastainverso de valores. Ou bem a lei surge no cenrio jurdico em

    harmonia com a Constituio Federal, ou com ela conflita, e aafigura-se rrita, no sendo possvel o aproveitamento, consideradotexto constitucional posterior e que, portanto, poca no existia[...] A constitucionalidade de certo diploma legal deve se fazerpresente de acordo com a ordem jurdica em vigor, dajurisprudncia, no cabendo reverter a ordem natural dascoisas.

    No concurso para Promotor de Justia do RJ/2010 na segunda fase(prova discursiva): Norma que institui a cobrana de tributo

    municipal sem matriz na Constituio Federal pode ser alvo deemenda constitucional posterior que autorize sua cobrana?

    1.3 LEIS COMPLEMENTARES E LEIS ORDINRIAS

    Assunto que um dos mais cobrados e recorrentes em todas asprovas a matria tributria reservada lei complementar(funo da LC), isto , os temas de direito tributrio em que o textoconstitucional expressamente afirma que devem ser estabelecidos pormeio desta espcie legislativa. Ento, de incio, tratamos deste ponto.

    FUNES DA LEI COMPLEMENTAR TRIBUTRIA(i) dispor sobre conflitos de competncia, em matria tributria,entre a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios (art.

    146, I);(ii) regularas limitaes constitucionais ao poder de tributar (art.

    146, II);(iii) estabelecer normas gerais em matria de legislao tributria,especialmente sobre: (a) definio de tributos e de suas espcies,

    bem como, em relao aos impostos discriminados nesta

    Constituio, a dos respectivos fatos geradores, bases de clculo econtribuintes; (b) obrigao, lanamento, crdito, prescrio e

    decadncia tributrios; (c) adequado tratamento tributrio ao atocooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. (d) definio detratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para

    as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ousimplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das

    contribuies previstas no art. 195, I e 12 e 13, e da contribuioa que se refere o art. 239 (art. 146, III);

    (iv) tratar da definio de tratamento diferenciado e favorecido para

    as microempresas e para as empresas de pequeno porte, tambm

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    poder instituir um regime nico de arrecadao dos impostos econtribuies da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos

    Municpios, observado que: (a) ser opcional para o contribuinte; (b)podero ser estabelecidas condies de enquadramento

    diferenciadas por Estado; (c) o recolhimento ser unificado ecentralizado e a distribuio da parcela de recursos pertencentes aosrespectivos entes federados ser imediata, vedada qualquer retenoou condicionamento; (d) a arrecadao, a fiscalizao e a cobrana

    podero ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastronacional nico de contribuintes (art. 146, pargrafo nico);

    (v) poder estabelecer critrios especiais de tributao, com oobjetivo de prevenir desequilbrios da concorrncia, sem prejuzo da

    competncia de a Unio, por lei ordinria, estabelecer normas deigual objetivo (Art. 146-A);

    (vi) poder instituir emprstimos compulsrios: I - para atender adespesas extraordinrias, decorrentes de calamidade pblica, deguerra externa ou sua iminncia; II - no caso de investimentopblico de carter urgente e de relevante interesse nacional,

    observado o princpio da anterioridade (Art. 148);(vii) a Unio poder instituir impostos e contribuies residuais,desde que sejam no-cumulativos e no tenham fato gerador ou

    base de clculo prprios dos discriminados nesta Constituio (Art.154, I c/c art. 195, 4);

    (viii) No ITCMD, o Estado ou o Distrito Federal ter competncia

    para sua instituio regulada por lei complementar: (a) se o doadortiver domicilio ou residncia no exterior; (b) se o de cujus possuabens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventrio

    processado no exterior (art. 155, 1, III).(ix) Em relao ao ICMS, cabe lei complementar: (a) definir seuscontribuintes; (b) dispor sobre substituio tributria; (c) disciplinaro regime de compensao do imposto; (d) fixar, para efeito de suacobrana e definio do estabelecimento responsvel, o local das

    operaes relativas circulao de mercadorias e das prestaes deservios; (e) excluir da incidncia do imposto, nas exportaes para

    o exterior, servios e outros produtos alm dos mencionados noinciso X, a (atualmente com a EC 42/03 todas as operaes que

    destinem mercadorias para o exterior e servios prestados adestinatrios no exterior so imunes ao ICMS); (f) prever casos de

    manuteno de crdito, relativamente remessa para outro Estado eexportao para o exterior, de servios e de mercadorias; (g) regular

    a forma como, mediante deliberao dos Estados e do DistritoFederal, isenes, incentivos e benefcios fiscais sero concedidos erevogados; (h) definir os combustveis e lubrificantes sobre os quaiso imposto incidir uma nica vez, qualquer que seja a sua finalidade,

    hiptese em que no se aplicar o disposto no inciso X, b (i) fixar a

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    base de clculo, de modo que o montante do imposto a integre,tambm na importao do exterior de bem, mercadoria ou servio

    (art. 155, XII);(x) Compete aos Municpios instituir impostos sobre servios de

    qualquer natureza (ISSQN ou simplesmente ISS), nocompreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar (Art.156, III);

    (xi) Em relao ao ISS, cabe lei complementar: I - fixar as suasalquotas mximas e mnimas; II - excluir da sua incidncia

    exportaes de servios para o exterior. III - regular a forma e ascondies como isenes, incentivos e benefcios fiscais sero

    concedidos e revogados (art. 156, 3).(xii) vedada a concesso de remisso ou anistia para dbitos emmontante superior ao fixado em lei complementar das contribuies

    sociais: (a) do empregador, da empresa e da entidade a elaequiparada na forma da lei, incidentes sobre (a) a folha de salrios edemais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquerttulo, pessoa fsica que lhe preste servio, mesmo sem vnculoempregatcio (contribuio patronal); e (b) do trabalhador e dos

    demais segurados da previdncia social (art. 195, 11).

    Importante: para concursos pblicos o conhecimento memorizadodas funes ou atribuies da lei complementar tributria fundamental.

    A FGV no concurso para FR/RJ/2010: As alternativas a seguirapresentam atribuies da lei complementar tributria, exceo deuma. Assinale-a:(a) Instituir outras fontes destinadas a garantir a manuteno ouexpanso da seguridade social;(b) Dispor sobre o adequado tratamento tributrio ao ato cooperativopraticado pelas sociedades cooperativas;(c) Instituir o imposto sobre grandes fortunas;(d) Dispor sobre os requisitos para o gozo da imunidade tributria

    relativa a impostos sobre patrimnio, renda ou servios dasinstituies de educao e assistncia social, sem fins lucrativos;(e) Atribuir ao sujeito passivo de obrigao tributria a condio deresponsvel pelo pagamento de imposto ou contribuio, cujo fatogerador deva ocorrer posteriormente.A resposta correta a letra e.

    Por sua vez, a jurisprudncia atual do STF entende que s seexige lei complementar para as matrias cuja disciplina a CF/88expressamente faz tal exigncia. Nesse rumo, existe invalidade da

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    legislao ordinria, quando dispe sobre temas que o textoconstitucional reservou explicitamente lei complementar.

    Ou seja, no existe hierarquia entre lei complementar e as

    outras espcies de leis ordinrias presentes no processo legislativo,mas quando o tema constitucionalmente predeterminado e exigequorum de maioria absoluta (mais da metade dos membros da casalegislativa) se entende que s a lei complementar pode disciplinar amatria.

    Deste modo, lei complementar s exigida quando a CF/88 expressa nesse sentido, devendo ser aprovada no mbito federal seobtiver voto favorvel da maioria absoluta dos membros das duasCasas legislativas (257 deputados dos 513 e 41 senadores dos 81).

    J a lei ordinria aprovada se obtiver a maioria relativa devotos em cada Casa Legislativa federal, devendo estar presente nasesso a maioria dos seus membros.

    Neste contexto, existem duas diferenas entre a leicomplementar e a lei ordinria: (i) formal, que o quorum deaprovao; (ii) material, que o contedo da norma, pois ocontedo da lei complementar expressamente disposto no textoconstitucional e a lei ordinria tem um campo de atuao residual,

    tratando de temas no especificados para outras espciesnormativas.

    Destarte, destacamos que se o tema disciplinado por leicomplementar no seja daquele para que o texto constitucionalexpressamente exija lei complementar, verificamos que a normaaprovada considerada como lei materialmente ordinria. Isto, a norma formalmente aprovada como lei complementar pode serrevogada por lei ordinria, uma vez que no materialmentecomplementar.

    O CESPE no concurso para Juiz Federal/TRF1/2010 considerouincorretas as seguintes assertivas:

    No STN, a lei complementar deve ser observada quanto forma,no havendo exigncia de sua vinculao no que diz respeito matria veiculada;

    Apesar da discusso jurisprudencial, o STF firmou entendimento deque a concesso de benefcio tributrio somente pode ocorrer pormeio de lei complementar e que a alterao posterior h de serefetivada por essa modalidade legislativa, por ter sido opo poltica

    do legislador infraconstitucional. O entendimento do STF que a lei

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    ordinria especfica (art. 150, 6, CF) pode instituir benefcio fiscal,exceto no ICMS.

    Por exemplo, a LC 70/91 uma lei materialmente ordinria,

    uma vez que os dispositivos referentes a COFINS no tratam dematria reservada por texto expresso da CF/88 lei complementar.

    Por sua vez, no direito tributrio, ressaltamos que a leiordinria tem o papel primordial de instituir tributos, salvo nos casosde lei complementar, que so o imposto sobre grandes fortunas(IGF), emprstimos compulsrios, impostos residuais da Unioe contribuies sociais novas ou residuais.

    Assim, na interpretao do art. 97 do CTN conforme o texto

    constitucional, apenas lei pode estabelecer: (i) a instituio detributos, ou a sua extino; (ii) a majorao de tributos, ou suareduo, ressalvado o disposto no texto constitucional; (iii) adefinio do fato gerador da obrigao tributria principal e doseu sujeito passivo; (iv) a fixao da base de clculo do tributo e desua alquota, ressalvado o disposto no texto constitucional; (v) acominao de penalidades para as aes ou omisses contrrias aseus dispositivos, ou para outras infraes nela definidas; (vi) ashipteses de excluso, suspenso e extino de crditos tributrios,ou de dispensa ou reduo de penalidades, ressalvado o disposto no

    texto constitucional.

    A ressalva do texto constitucional se refere aos tributos quepodero ter suas alquotas majoradas ou reduzidas por ato do PoderExecutivo federal, por meio de decreto, atendidas as condies e oslimites estabelecidos em lei, a saber: imposto de importao (II);imposto de exportao (IE); imposto sobre produtos industrializados(IPI); impostos sobre operaes de crdito, cmbio e seguro, ourelativas a ttulos ou valores mobilirios (IOF). o que dispe o art.153, 1, da CF/88, interpretando-se em concurso como espcie de

    mitigao, exceo ou atenuao do princpio da legalidade.

    O CESPE nos concursos para Procurador/PE/2009 eAdvogado/CEF/2010 adotou como incorretos, respectivamente, osseguintes enunciados: As penalidades por descumprimento deobrigaes acessrias podem ser estabelecidas por atos infralegais;

    Somente a lei pode estabelecer a majorao de tributos ou a suareduo.

    Em relao a CIDE Combustveis (art. 177, 4, I alnea b,

    da CF/88) e o ICMS Combustveis e Lubrificantes (art. 155, 4, IV,

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    da CF/88), as alquotas podero somente ser reduzidas erestabelecidas, ou seja, o Poder Executivo reduz a alquota e, umavez reduzida, pode restabelec-la, tendo, como teto, a alquota,prevista anteriormente em lei.

    No caso do ICMS Combustveis e Lubrificantes, a exceo serefere incidncia monofsica do imposto, e as alquotas sodefinidas nacionalmente por convnios dos Executivos, ou seja, porato de deliberao do Poder Executivo.

    Outra ressalva se refere aos benefcios fiscais do ICMS (iseno- hiptese de excluso do crdito tributrio) por meio de convniointerestadual do CONFAZ.

    Salientamos, porm, que nos casos definidos por convniointerestadual do ICMS (CONFAZ), trata-se, na verdade, de fonteprimria do direito tributrio e lei em sentido amplo, isto , talconvnio interestadual do ICMS no norma infralegal. Contudo,parte da doutrina entende que tal convnio interestadual normainfralegal, entendimento com a qual no concordamos.

    Por fim, realamos que se equipara majorao do tributo amodificao da sua base de clculo, que importe em torn-lo maisoneroso e que no constituimajorao de tributo a atualizao

    do valor monetrio da respectiva base de clculo.

    O CESPE no concurso para Procurador/PE/2009 adotou como correto:A simples atualizao monetria no se confunde com majorao detributo.

    1.4 NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTRIO

    Em relao s normas gerais de direito tributrio, devemosdizer que o texto constitucional h de ser interpretado como

    meramente exemplificativo e no taxativa ou numerus clausus(sistema fechado e exaustivo).

    Deste modo, permitido a lei complementar estabeleceroutras normas gerais em matria de legislao tributria, almdas previstas na Carta Magna, que so as seguintes:

    Definio de tributos e de suas espcies, bem como, em relaoaos impostos discriminados nesta Constituio, a dosrespectivos fatos geradores, bases de clculo e contribuintes;

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    que devem ser seguidas por todos os entes federativos tributantes.Ainda tm a obrigao de advertir que uma das primordiaiscaractersticas do arqutipo federativo brasileiro o de serconstitucionalmente centralizado e com maior soma de competncias

    legislativas e tributrias outorgadas Unio.Ademais, o STF e o STJ vm reconhecendo a validade da funo

    da lei complementar de preceituar sobre normas gerais de direitotributrio da forma como est expresso no texto supremo.

    Destacamos, nesse rumo, o entendimento do STF no sentido deque apenas lei complementar pode disciplinar prazos de decadnciaprescrio no direito tributrio. Assim, so inconstitucionais opargrafo nico do artigo 5 do Decreto-Lei n. 1.569/1977 e os

    artigos 45 e 46 da Lei n. 8.212/1991, que tratam de prescrio edecadncia de crdito tributrio. (Smula Vinculante 8)

    O CESPE no concurso para Juiz Federal/TRF1/2010 considerouincorreta a seguinte assertiva: Haver regularidade formal sempreque a Unio editar lei ordinria regulando a fruio das imunidadestributrias estabelecidas na CF.Por sua vez, no concurso para Promotor de Justia do Paran (2009)foi cobrado na prova discursiva: Comente sobre o prazo prescricionalde 10 anos para cobrana dos crditos da Seguridade Social, bem

    como, sobre deciso do STF sobre este prazo, apontando ofundamento utilizado pelo Supremo para sua deciso (no mximo 25linhas).

    Com efeito, a Lei 5.172 de 1966, votada como lei ordinria,com base no art. 5, XV, alnea b, da Constituio de 1946, que,posteriormente, passou a chamar-se Cdigo Tributrio Nacional(CTN), com fundamento no art. 7, do Ato Complementar n 36 de1967, foi recepcionada com status de lei complementar, pelo art. 18, 1, da Constituio de 1967/69, sendo vlida juridicamente como

    lei complementar no que no se contrapor ao texto constitucional de1988.

    Nesse rumo, a competncia da Unio para estabelecer normasgerais de direito tributrio no exclui a competncia suplementar dosEstados-membros e do Distrito Federal e, inexistindo lei federal sobrenormas gerais, tais entes federativos exercero a competncialegislativa plena, para atender a suas peculiaridades (art. 24, 2 e3, da CF). E a supervenincia de lei federal sobre normas geraissuspende a eficcia da lei estadual ou distrital, no que lhe for

    contrrio (art. 24, 4, da CF).

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    1. (ESAF/Advogado/IRB/2006) A EmendaConstitucional n. 42/2003 promoveu algumasalteraes no Sistema Tributrio Nacional, objetivandodar tratamento diferenciado s pequenas e mdias

    empresas. Considerando esse dado, avalie o acerto dasafirmaes abaixo; em seguida, marque a opocorreta.I. lei complementar poder instituir regime nico dearrecadao dos impostos e contribuies da Unio, dosEstados, do Distrito Federal e dos Municpios.II. uma vez institudo o regime nico a que se refere oitem I acima, poder o contribuinte optar ou no porele.III. ainda sobre o regime mencionado no item I, se vier

    a ser adotado, nele no podero ser estabelecidascondies de enquadramento diferenciadas por Estado.IV. os entes federados podero, no regime nico,adotar cadastro nico de contribuintes.a) Todos os itens esto corretos.b) H apenas um item correto.c) H apenas dois itens corretos.d) H apenas trs itens corretos.e) Todos os itens esto errados.

    O item I est correto, pois a lei complementar poder instituirregime nico de arrecadao dos impostos e contribuies da Unio,dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, conforme pargrafonico do art. 146 da CF/88.

    O item II est correto, pois, uma vez institudo o regime nicode arrecadao dos impostos e contribuies dos entes federativos,poder o contribuinte optar ou no por ele, conforme pargrafo nico,inc. I, do art. 146 da CF/88.

    O item III est incorreto, eis que se regime nico dearrecadao dos impostos e contribuies dos entes federativos vier aser adotado, nele podero ser estabelecidas condies deenquadramento diferenciadas por Estado, segundo o pargrafo nico,inc. II, do art. 146 da CF/88.

    O item IV est correto, eis que os entes federados podero, noregime nico, adotar cadastro nacional nico de contribuintes, deacordo com o pargrafo nico, inc. IV, do art. 146 da CF/88.

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    Portanto, a resposta a letra d: h apenas trs itenscorretos.

    2. (ESAF/AFE/2006/CE) A lei complementar, de

    modo geral, em matria tributria, utilizada para,entre outras matrias, estabelecer as normas gerais. Jem relao ao ICMS Imposto sobre Circulao deMercadorias e Servios de Transporte Interestadual eIntermunicipal e de Comunicao, ela possuiatribuies especficas. Sobre estas, julgue os itensabaixo; em seguida, assinale a opo correta.Cabe lei complementar, em tema de ICMS:I. definir as suas alquotas em operaes interestaduaiscom gs natural, seus derivados, lubrificantes e

    combustveis.II. definir os combustveis e lubrificantes sobre os quaisincidir uma nica vez.III. disciplinar o regime de compensao do imposto.IV. prever casos de manuteno de crditorelativamente exportao de servios e mercadorias.a) Esto corretos apenas os itens I, II e III.b) Esto corretos apenas os itens I, III e IV.c) Esto corretos apenas os itens III e IV.d) Esto corretos apenas os itens I e II.

    e) Esto corretos apenas os itens II, III e IV.

    De acordo com as alneas h, c e f, do inc. XII, do 2, doart. 155, da CF/88, respectivamente, cabe lei complementar, emtema de ICMS: (i) definir os combustveis e lubrificantes sobre osquais incidir uma nica vez; (ii) disciplinar o regime decompensao do imposto; (iii) prever casos de manuteno decrdito relativamente exportao de servios e mercadorias.

    Portanto, a letra correta a e: esto corretos apenas os

    itens II, III e IV.

    3. (ESAF/Advogado/IRB/2004) Avalie asindagaes abaixo e em seguida assinale a respostacorreta. A Constituio Federal permite que lei complementarestabelea critrios especiais de tributao, com oobjetivo de prevenir desequilbrios da concorrncia? admissvel que lei complementar regule aslimitaes que a Constituio Federal impe ao poder

    de tributar?

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    Compete ao Distrito Federal instituir imposto sobrepropriedade predial e territorial urbana?a) No, sim, sim.b) No, sim, no.

    c) No, no, sim.d) Sim, no, sim.e) Sim, sim, sim.

    A Constituio Federal permite que lei complementarestabelea critrios especiais de tributao, com o objetivo deprevenir desequilbrios da concorrncia? Sim, conforme art. 146-A daCF/88.

    admissvel que lei complementar regule as limitaes que a

    Constituio Federal impe ao poder de tributar? Sim, conforme inc.II, do art. 146 da CF/88.

    Compete ao Distrito Federal instituir imposto sobrepropriedade predial e territorial urbana? Sim, conforme o art. 147 daCF/88.

    Portanto, a resposta certa e.

    4. (ESAF/PGDF/2007.1) Assinale a opo correta.

    As leis complementares prestam-se basicamente a trs(3) tipos de atuao em matria tributria. Emconseqncia, elas dispem sobre:a) conflitos de competncia, em matria tributria,entre a Unio, os Estados, o Distrito Federal e osMunicpios; limitaes constitucionais ao poder detributar da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicpios; normas gerais de legislao tributria.b) conflitos de competncia, em matria tributria, sentre os Estados e os Municpios; limitaes

    constitucionais ao poder de tributar da Unio e dosEstados; normas gerais de direito tributrio.c) conflitos de competncia, em matria tributria, sentre a Unio e os Estados e o Distrito Federal;limitaes constitucionais ao poder de tributar dosEstados; normas gerais de direito tributrio.d) conflitos de competncia, em matria tributria,entre a Unio, os Estados, o Distrito Federal e osMunicpios; limitaes constitucionais ao poder detributar dos Estados, do Distrito Federal e dos

    Municpios; normas gerais de legislao tributria.

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    e) conflitos de competncia, em matria tributria,entre a Unio, os Estados, o Distrito Federal e osMunicpios; limitaes constitucionais ao poder detributar da Unio e dos Estados, desdobrando as

    exigncias do princpio da legalidade, regulando asimunidades tributrias etc; normas gerais de direitotributrio material e formal.

    Conforme os incs. I, II e III, do art. 146, da CF/88, a respostacerta a letra a.

    5. (TRF/2003/ESAF) Assinale a opo correta.a) O sistema tributrio nacional regido pelo dispostona Constituio Federal de 1988, em leis

    complementares, em resolues do Congresso Nacionale, nos limites das respectivascompetncias, em leis federais, nas Constituies e emleis estaduais, e em leis municipais.b) O sistema tributrio federal regido pelo disposto naConstituio Federal de 1988, em leis complementares,em resolues do Congresso Nacional e, nos limites dasrespectivas competncias, em leis federais, nasConstituies e em leis estaduais, e em leis municipais.c)O sistema tributrio nacional regido pelo disposto

    na Constituio Federal de 1988, em leiscomplementares, em resolues do Senado e, noslimites das respectivas competncias, em leis federais,nas Constituies e em leis estaduais, e em leismunicipais.d) O sistema tributrio federal regido pelo disposto naConstituio Federal de 1988, em leis complementares,em resolues do Senado e, nos limites das respectivascompetncias, pela legislao tributria federal,estadual, e pelas leis municipais.

    e) O sistema tributrio nacional regido pelo dispostona Constituio Federal de 1988, em leiscomplementares, e, nos limites das respectivascompetncias, em leis federais, em resolues doSenado, nas Constituies, em leis estaduais e emresolues do CONFAZ e em leis municipais.

    A resposta desta questo o art. 2 do CTN, adaptado arealidade atual, a saber: O sistema tributrio nacional regido pelodisposto na Constituio Federal de 1988, em leis complementares,

    em resolues do Senado e, nos limites das respectivas

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    competncias, em leis federais, nas Constituies e em leis estaduais,e em leis municipais.

    Portanto, a resposta c.

    6. (AFTN/94/ESAF) Normas gerais de direitotributrio precisam ser reguladas por meio dea) lei complementar federal, que ainda no foi editada,razo por que ainda no existem normas gerais vlidas,estando a Unio, os Estados e demais entes tributantesdispensados de observ-las enquanto o CongressoNacional no as edite.b) lei complementar federal que, conquanto ainda noeditada como tal, j existia sob a forma de lei ordinria

    (Cdigo Tributrio Nacional) e que, por fora de normasconstitucionais posteriores, passou a ter a rigidezprpria de lei complementar.c) lei ordinria federal que j existia (Cdigo TributrioNacional) e que deve ser obrigatoriamente observadapelas leis estaduais e municipais, porm no pelas leisordinrias federais, j que, sendo da mesma hierarquia,estas podero alterar ou revogar aquele Cdigo.d) norma constitucional apenas, pois, tratando-se dematria de importncia eminente, que diz respeito

    organizao do Estado, somente por regra de talhierarquia podem ser veiculadas.e) lei complementar de cada ente tributante, que regulea definio dos tributos de sua competncia, obrigao,lanamento, crdito, prescrio e decadncia tributriose adequado tratamento tributrio ao ato cooperativo.

    A resposta a letra b, uma vez que atualmente o CTN/66ainda faz o papel de estabelecer normas gerais de direito tributrio,de acordo com o art. 146, III, da CF/88.

    7. (AFTN/98/ESAF) A Emenda Constitucional n. 18,de 1965, aludia a leis complementares; porm somentea partir da Constituio de 1967 que passou a existira lei complementar em sentido formal, votada comquorum privilegiado. vista disto, indique, em relaoao Cdigo Tributrio Nacional (CTN, Lei n. 5.172, de1966), qual concluso e respectiva justificao sosimultaneamente corretas.a) As matrias contidas no CTN, reservadas a leis

    complementares pela Constituio hoje em vigor, foram

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    Ento, a resposta certa a, de acordo com o art. 146, III,a, eis que cabe lei complementar estabelecer normas gerais emmatria de legislao tributria, especialmente sobre definio detributos e de suas espcies, bem como, em relao aos impostos

    discriminados nesta Constituio, a dos respectivos fatos geradores,bases de clculo e contribuintes.

    9. (AFRF/2005/ESAF) Leis complementares, ou leiscomplementares Constituio, so espciesnormativas que tm a funo de complementardispositivos constitucionais que tratam genericamentede determinadas matrias, normalmente devido suacomplexidade. As leis complementares, por fora doart. 69 da Constituio, sero aprovadas pela maioria

    absoluta dos membros do Congresso Nacional.Considerando apenas o texto expresso da Constituio,pode-se concluir que as leis complementares emmatria tributria no tratam:a) da instituio de impostos residuais.b) da definio dos produtos industrializados sobre osquais o imposto incidir uma nica vez.c) da instituio de um regime nico de arrecadaodos impostos e contribuies da Unio, dos estados, doDistrito Federal e dos municpios.

    d) do estabelecimento de critrios especiais detributao com o objetivo de prevenir desequilbrios daconcorrncia.e) da regulao da forma e das condies comoisenes, incentivos e benefcios fiscais seroconcedidos e revogados, relativamente ao Impostosobre Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS).

    A resposta letra b, pois, na verdade, cabe leicomplementar definir os combustveis e lubrificantes sobre os quais o

    ICMS incidir uma nica vez, qualquer que seja a sua finalidade, deacordo com a alnea h, do inc. XII, do 2, do art. 155, da CF/88.

    10. (AFRE/MG/2005/ESAF) Considerando o dispostono art. 146 da CRFB/88, marque com (V) a assertivaverdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final aopo correspondente.( ) Somente lei complementar pode criar formas deextino do crdito tributrio.( ) Lei ordinria pode atribuir imunidade a determinado

    grupo ou conjunto de contribuintes.

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    A resposta desta questo est no art. 154, I, da CF/88,afirmando que a Unio poder instituir mediante leicomplementar, impostos no previstos no art. 153 (II, IE, IPI, IR,ITR, IOF e IGF), desde que sejam no-cumulativos e no tenham

    fato gerador ou base de clculo prprios dos discriminadosnesta Constituio.

    Portanto, a resposta a letra d.

    12. (AFRF/2000/ESAF) O estabelecimento denormas gerais em matria de legislao tributria sobreobrigao, lanamento, crdito, prescrio e decadnciatributrios, dever fazer-se, segundo norma contida naConstituio, mediante

    a) lei ordinria federal.b) lei ordinria de cada ente tributante.c) lei complementar de cada ente tributante.d) lei complementar federal.e) lei ordinria, medida provisria ou lei delegadafederal.

    De acordo com o art. 146, III, b, da CF/88, oestabelecimento de normas gerais em matria de legislao tributriasobre obrigao, lanamento, crdito, prescrio e decadncia

    tributrios, dever fazer-se mediante lei complementar federal.

    Portanto, a resposta a letra d.

    13. (FTE/PA/2002/ESAF) Prestam-se a adensar adisciplina constitucional conferida ao sistema tributrioe a criar certos tributos:a) normas complementaresb) decretosc) tratados internacionais

    d) leis ordinriase) leis complementares.

    A resposta letra e, eis que as leis complementares fazem opapel de adensar a disciplina constitucional conferida ao sistematributrio e a criar certos tributos, tais como imposto sobregrandes fortunas (IGF), emprstimos compulsrios, impostosresiduais da Unio e contribuies sociais novas ou residuais.

    14. (FTE/PA/2002/ESAF) No Brasil, persiste

    controvrsia doutrinria sobre se, por meio de leis

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    delegadas, podem ser institudos tributos. AConstituio Federal, todavia, veda expressamente autilizao de tais normas jurdicas para a criao de:a) taxas.

    b) contribuies de melhoria.c) emprstimos compulsrios.d) contribuies sociais.e) pedgios.

    A resposta a letra c, eis que a CF/88 probe a lei delegadade tratar de temas referentes a lei complementar (art. 68, 1).

    15. (ESAF/PFN/2007.2) O Cdigo TributrioNacional, embora tenha sido criado _____________,

    foi recebido pelas Constituies como _____________.Normas especiais sobre obrigao, lanamento ecrdito tributrios cabem _____________ de cadaente tributante.

    _____________, decorrente de obras pblicas, poderser instituda(o), conforme o caso, pela Unio, osEstados, o Distrito Federal e os Municpios.Examine as afirmaes e as lacunas supra. Aps,selecione, entre as expresses abaixo, as quepreenchem corretamente as lacunas, na devida

    sequncia.a) como lei ordinria/lei complementar; legislaoordinria; A contribuio de melhoria.b) como cdigo/lei complementar; lei complementar; Ataxa de obrac) como lei ordinria/cdigo; lei complementar; Acontribuio de melhoria.d) como ato complementar/cdigo; legislao ordinria;O tributo vinculado.e) como lei complementar/lei ordinria; legislao

    ordinria; A taxa de servio.

    O Cdigo Tributrio Nacional, embora tenha sido criado por leiordinria, foi recebido pelas Constituies como lei complementar.

    Normas especiais sobre obrigao, lanamento e crditotributrios cabem legislao ordinria de cada ente tributante.

    A contribuio de melhoria, decorrente de obras pblicas,poder ser instituda, conforme o caso, pela Unio, os Estados, o

    Distrito Federal e os Municpios, conforme art. 145, III, da CF/88.

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    Portanto, a resposta a letra a.

    16. (AFTN/98/ESAF/Adaptada) Escolha, das

    afirmaes abaixo, qual est de acordo com a teoria darecepo das normas gerais contidas no CdigoTributrio Nacional - CTN.a) O CTN continua com fora de lei ordinria.b) O CTN continua lei ordinria, mas com fora de leicomplementar.c) O CTN foi recebido como lei complementar, mas revogvel, em qualquer matria, por lei ordinria.d) Sua fora de lei complementar se adstringe aosconflitos de competncia tributria entre a Unio e os

    Estados.e) O CTN lei complementar em sentido formal, maslei ordinria em sentido material.

    A resposta mais adequada a b, eis que o CTN leiordinria, com fora de lei complementar, s podendo ser modificadoou alterado por lei complementar ou emenda Constituio.

    17. (TRF/2003/ESAF) Avalie a correo dasafirmaes abaixo e atribua a letra V para as

    verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque aopo que contenha a seqncia correta. A concessode subsdio ou iseno, reduo de base de clculo,crdito presumido, anistia ou remisso relativos aimpostos, taxas ou contribuies( ) depende de lei complementar especfica, que reguleexclusivamente as matrias acima enumeradas ou ocorrespondente tributo ou contribuio;( ) depende de lei federal, estadual ou municipal, noconstituindo limitao constitucional do poder de

    tributar;( ) depende de lei federal, estadual ou municipalespecfica, sendo uma limitao do poder de tributar.a) V, V, F.b) V, F, F.c) F, F, F.d) F, F, V.e) F, V, V.

    A resposta desta questo est no art. 150, 6, da CF/88, eis

    que qualquer subsdio ou iseno, reduo de base de clculo,

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    concesso de crdito presumido, anistia ou remisso, relativos aimpostos, taxas ou contribuies, s poder ser concedido mediantelei especfica, federal, estadual ou municipal, que reguleexclusivamente as matrias acima enumeradas ou o correspondente

    tributo ou contribuio, sem prejuzo do disposto nos convniosinterestaduais do CONFAZ.

    E a citada reserva de lei especfica para os benefcios fiscaisconcedidos pelas pessoas polticas de direito pblico uma limitaoconstitucional ao poder de tributar, eis que est localizada entre osarts. 150 a 152 da CF/88, que a seo das limitaes do poder detributar.

    Portanto, a resposta a letra d.

    18. (AFRF/2000/ESAF) O Cdigo Tributrio Nacional,editado como uma lei ordinria (Lei n. 5.172, de1966), foi recebido pelo regime inaugurado pelaConstituio de 1988 como:a) lei ordinria, do modo como se encontra, maspodendo ser revogado ou alterado por lei, lei delegadaou medida provisria, pois tm a mesma hierarquia.b) lei ordinria, apesar de ter sido alterada sua ementae denominao, que passou a ser Cdigo Tributrio

    Nacional.c) lei complementar, porque foi alterado por atoscomplementares, nos anos de 1966 e 1967, comopermitiam os Atos Institucionais ento em vigor.d) lei complementar, por ser um Cdigo e, pelasnormas constitucionais em vigor data de sua edio,os projetos de Cdigo tinham tramitao especial.e) lei complementar, porque essa Constituio exigiutal espcie de lei para dispor sobre as normas de quetrata, inclusive normas gerais em matria de legislao

    tributria.

    O CTN, editado como uma lei ordinria (Lei n. 5.172, de1966), foi recebido pelo regime inaugurado pela CF/88 como leicomplementar, porque essa Constituio exigiu tal espcie de lei paradispor sobre as normas de que trata, inclusive normas gerais emmatria de legislao tributria.

    Portanto, a resposta a letra e.

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    19. (TTN/94/ESAF) Na forma da Constituio, aiseno do imposto sobre a propriedade territorialurbana pode ser concedida somentea) por lei federal.

    b) por lei especfica estadual.c) por lei especfica municipal.d) por lei federal, estadual ou municipal.e) por lei complementar federal, ou lei municipal.

    A resposta letra c, conforme interpretao do art. 150,6, da CF/88, uma vez que o IPTU imposto municipal.

    20. (AFTN/94/ESAF) Pela nova disciplina daconcesso dos chamados favores tributrios,

    estabelecida no art. 150. 6 da Constituio pelaEmenda Constitucional n. 3, de 1993,a) nenhuma iseno do imposto de importao podeser concedida sem tratado ou conveno internacionalque assegure reciprocidade aos produtos brasileiros.b) a compensao do crdito tributrio somente podeser disciplinada por lei especfica federal, estadual oumunicipal, que regule exclusivamente esta matria.c) no pode ser concedida a remisso de um impostoem lei que trate de outros aspectos deste imposto.

    d) no pode ser concedida reduo de base de clculode imposto sobre produtos industrializados por lei quetrate exclusivamente deste imposto, porm no cuidede outros favores fiscais.e) uma anistia de imposto de renda somente pode serconcedida em lei que trate exclusivamente de anistia ouexclusivamente de imposto de renda.

    A resposta letra e, conforme interpretao do art. 150,6, da CF/88, eis que este dispositivo exige lei especfica do ente

    federativo competente para tratar do respectivo tributo.

    21. (FGV/Fiscal de Rendas/RJ/2009) A LeiComplementar desempenha papel de grande relevnciaem matria tributria. Conforme se infere do artigo 146da Constituio Federal, cabe Lei Complementar:(A) fixar uma alquota nica do Imposto Sobre Serviosde Qualquer Natureza (2%) em todo o territrionacional, com o fim de debelar a guerra fiscal travadaentre os Municpios.

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    Nesse rumo, citamos o conceito de tratado internacionalestabelecido na Conveno de Viena sobre Direito dos Tratados de1969, que dispe: significa um acordo internacional celebrado entre

    Estados em forma escrita e regido pelo direito internacional, queconste, ou de um instrumento nico ou de dois ou mais instrumentosconexos, qualquer que seja sua denominao especfica (art. 2, 1,

    a).

    1.5.3 FUNDAMENTO LEGAL

    Nos termos do art. 98, do CTN, os tratados e as convenesinternacionais revogam ou modificam a legislao tributriainterna, e sero observados pela que lhes sobrevenha. A

    interpretao literal desta norma que a legislao tributria internabrasileira no pode modificar ou revogar norma tributriaestabelecida em tratado internacional.

    De qualquer sorte, os tratados internacionais tributrios devemobedincia as normas constitucionais.

    1.5.2 FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL

    Os tratados ou convenes internacionais so atos normativos

    de competncia privativa do Presidente da Repblica, sujeitos areferendo do Congresso Nacional (CF, art. 84, VIII). Assim, segundoo art. 49, I, da CF/88, da competncia exclusiva do CongressoNacional resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atosinternacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos aopatrimnio nacional.

    Deste modo, no que se refere integrao do tratadointernacional no ordenamento jurdico interno brasileiro, faz-senecessrio que haja aprovao pordecreto legislativo emanado

    do Congresso Nacional para que adquira fora de lei.

    Aps a aprovao do tratado internacional pelo decretolegislativo do Congresso Nacional(veculo introdutor de normastributrias internacionais), h a promulgao por meio dedecreto do Presidente da Repblica, promovendo, ento, aexecutoriedade da norma internacional no mbito do direito positivointerno.

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    Com efeito, o tratado internacional passa a vigorar no Brasil nadata de incio da vigncia do decreto do Chefe do Poder Executivofederal.

    O CESPE no concurso para o Ministrio Pblico/ES/2010 consideroucorreto: No ordenamento jurdico interno brasileiro, tratadointernacional acerca de matria tributria celebrado entre a RepblicaFederativa do Brasil e outro Estado da sociedade internacional passaa vigorar na data de incio da vigncia do decreto que o promulgar.Por outro lado, a FGV no concurso para Fiscal de Rendas/RJ/2010considerou incorreto que os tratados internacionais no dependemde referendo do Congresso Nacional, sendo prerrogativa exclusiva dochefe do Executivo.

    Por sua vez, realamos tambm o 3, do art. 5, da CF/88,estabelecendo que os tratados e as convenes internacionais sobredireitos humanos que forem aprovados, em cada casa doCongresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dosvotos dos respectivos membros, sero equivalentes semendas constitucionais.

    A ESAF no concurso para AFRFB/2010 considerou incorreto: Com oadvento da Emenda Constitucional n. 45/2004, os tratados econvenes internacionais, que visam ao estabelecimento de regras

    para coibir a evaso fiscal, ao serem aprovados pelo CongressoNacional, sero equivalentes s emendas constitucionais.

    1.5.3.1 INTERPRETAO DOUTRINRIA

    Por sua vez, a interpretao doutrinria predominante queos tratados suspendem (no revogam) ou modificam a legislaotributria interna, salvo s normas constitucionais, e seroobservados pelas normas infraconstitucionais que lhes sobrevenha.Neste sentido, a prevalncia dos tratados internacionais tributrios

    sobre a legislao ordinria decorre de sua relao de especialidadepara com a legislao interna e no de sua superioridade hierrquica.

    Importante: O art. 85-A, da Lei 8.212/91, de acordo com ainterpretao doutrinria majoritria, dispe que os tratados,convenes e outros acordos internacionais de que Estadoestrangeiro ou organismo internacional e o Brasil sejam partes, e queversem sobre matria previdenciria, sero interpretados como leiespecial.

    1.5.3.2 INTERPRETAO DO STF

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    28. (ESAF/Auditor/TCE/GO/2007) e tambm(ESAF/Analista Jurdico/2006/CE) Segundodefinio contida no art. 3 do Cdigo TributrioNacional, tributo uma prestao pecuniria que, entre

    outras caractersticas, instituda em lei. A partir da, econsiderando os dispositivos constitucionais sobre asespcies normativas, podemos concluira) que, a fim de que se compatibilizem com aslimitaes constitucionais ao poder de tributar, asmedidas provisrias somente podero cuidar de normasgerais em matria tributria, mas no da instituio detributos.b) que as medidas provisrias, por veicularemnecessariamente matria relevante e urgente, so

    incompatveis com o princpio constitucional daanterioridade, razo pela qual no podem cuidar dematria tributria.c) que medidas provisrias so aptas a instituir, masno a aumentar tributos.d) que as medidas provisrias podem, emdeterminadas situaes, versar sobre matriatributria.e) que as medidas provisrias, assim como as leisdelegadas, no podem cuidar de matria provisria, em

    nenhuma situao.

    Esta questo foi repetida nas duas provas citadas.

    A resposta a d, pois as medidas provisrias podem cuidarde matria tributria, conforme o 2, do art. 62, da CF/88, que diz:

    29. (ESAF/Analista Jurdico/2006/CE) As leiscomplementares so diplomas legais que tm porobjetivo complementar dispositivos constitucionais que

    tratam genericamente de determinadas matrias, emgeral devido a sua complexidade. Sobre elas, emmatria tributria, podemos afirmar que seroutilizadas paraI. estabelecer critrios especiais de tributao, com oobjetivo de prevenir desequilbrios da concorrncia.II. instituir determinados tributos, como osemprstimos compulsrios, a contribuio deinterveno no domnio econmico sobre oscombustveis e os impostos residuais.

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    III. estabelecer regras para a resoluo de conflitos decompetncia entre os entes federativos.IV. definir tratamento diferenciado e favorecido para asmicroempresas e empresas de pequeno porte.

    V. regular as limitaes constitucionais ao poder detributar.Esto corretos apenas os itensa) I, III e V.b) I, III, IV e V.c) II, III, IV e V.d) I, II, III e V.e) I, IV e V.

    O primeiro item correto, em razo do art. 146-A da CF/88.

    O segundo item incorreto, pois a instituio (criao) dacontribuio de interveno no domnio econmico sobre oscombustveis pode ser feita por lei ordinria, porque a CF/88, nestecaso, no exige lei complementar.

    O terceiro item correto, em razo do art. 146, I, da CF/88.

    O quarto item correto, em razo do art. 146, III, d, daCF/88.

    O quinto item correto, em razo do art. 146, II, da CF/88.

    Portanto, a resposta certa a b.

    30. (PFN/98/ESAF) Alquota da contribuio sobrelucro lquido, majorado por medida provisriaconvertida em lei posteriormente, pode ser aplicadaa) aps decorridos noventa dias da publicao da lei.b) a partir de 10 de janeiro do ano subseqente ao da

    publicao da lei.c) aps decorridos noventa dias da publicao damedida provisria.d) a partir de 10 de janeiro do ano subseqente ao dapublicao da medida provisria.e) aps decorridos noventa dias da sano da lei.

    A resposta correta a c, conforme entendimentojurispudencial, eis a majorao da alquota da contribuio sobrelucro lquido (CSLL) deve obedecer a noventena e a questo no fala

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    em alteraes substanciais no momento da converso da medidaprovisria em lei.

    31. (AFRF/2003/ESAF) Responda com base na

    Constituio Federal.(i) Medida Provisria publicada em 10 de dezembro de2002 que majorou, a partir de 1 de janeiro de 2003, oimposto sobre a renda e proventos de qualquernatureza de pessoas fsicas, mas no convertida em leiat 31 de dezembro de 2002, continuou a produzirefeitos a partir de 1 de janeiro de 2003?(ii) admitida a edio de medida provisria paraestabelecer, em matria de legislao tributria,normas gerais sobre a definio de base de clculo do

    imposto de competncia da Unio sobre propriedadeterritorial rural?(iii) No tocante ao imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes deservios de transporte interestadual e intermunicipal ede comunicao (ICMS), cabe lei complementarestabelecer as alquotas aplicveis s operaes eprestaes, interestaduais e de exportao?a) No, no, no.b) No, sim, no.

    c) No, no, sim.d) Sim, no, sim.e) Sim, sim, no.

    A Medida Provisria publicada em 10 de dezembro de 2002que majorou, a partir de 1 de janeiro de 2003, o imposto sobre arenda e proventos de qualquer natureza de pessoas fsicas, mas noconvertida em lei at 31 de dezembro de 2002, continuou a produzirefeitos a partir de 1 de janeiro de 2003? No, pois era necessria asua converso em lei at 31 de dezembro de 2002, em face do 2,

    do art. 62, da CF/88.

    admitida a edio de medida provisria para estabelecer, emmatria de legislao tributria, normas gerais sobre a definio debase de clculo do imposto de competncia da Unio sobrepropriedade territorial rural? No, pois medida provisria no podeestabelecer matria reservada lei complementar (CF, art. 62, 1,III).

    No tocante ao imposto sobre operaes relativas circulao

    de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte

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    interestadual e intermunicipal e de comunicao (ICMS), cabe leicomplementar estabelecer as alquotas aplicveis s operaes eprestaes, interestaduais e de exportao? No, cabe a resoluo decompetncia do Senado Federal este papel (CF, art. 155, 2, IV).

    Portanto, a resposta certa a a.

    32. (AFRF/2002.1/ESAF) Segundo decorre daConstituio, especialmente depois da redao dadapela Emenda Constitucional n 32, de 2001, pode(m)ser objeto de medida provisriaa) normas sobre limitaes constitucionais ao poder detributar.b) matria tributria disciplinada em projeto de lei

    aprovado pelo Congresso Nacional e pendente desano ou veto do Presidente da Repblica.c) majorao de imposto de renda, quando, emboraconvertida em lei no ms de janeiro seguinte, tenhasido aprovada antes do incio do exerccio em que sercobrada.d) aquela que constitua reedio, na mesma sessolegislativa, de outra que no tenha sido rejeitada, masapenas perdido sua eficcia por decurso de prazo.e) matria tributria no sujeita a restrio em razo

    do processo legislativo.

    A resposta est no art. 62, da CF, que trata da medidaprovisria (MP), a saber:

    Art. 62. Em caso de relevncia e urgncia, o Presidenteda Repblica poder adotar medidas provisrias, comfora de lei, devendo submet-las de imediato aoCongresso Nacional. 1 vedada (proibida) a edio de medidas

    provisrias sobre matria:I - relativa a:a) nacionalidade, cidadania, direitos polticos, partidospolticos e direito eleitoral;b) direito penal, processual penal e processual civil;c) organizao do Poder Judicirio e do MinistrioPblico, a carreira e a garantia de seus membros;d) planos plurianuais, diretrizes oramentrias,oramento e crditos adicionais e suplementares,ressalvado o previsto no art. 167, 3;

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    Em razo do 2, do art. 62, da CF/88, a resposta a b.

    1.7 RESOLUES DO SENADO FEDERAL

    Inicialmente, lembramos que o Senado Federal uma CasaLegislativa que representa os Estados e o Distrito Federal.

    Ento, as resolues senatoriais tratam de impostos estaduais edistritais (na esfera de competncia estadual), ou seja, imposto sobretransmisso causa mortis e doao (ITCMD), imposto sobreoperaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaesde servios de transporte interestadual e intermunicipal e decomunicao (ICMS) e imposto sobre propriedade de veculos

    automotores (IPVA).

    Logo, destacam-se os temas em que o texto constitucionalestabelece como de competncia de Resoluo do Senado Federal.

    RESOLUES DO SENADO FEDERAL(i) Alquotas mximas do ITCMD (art. 155, 1, IV);(ii) No ICMS, resoluo do Senado Federal, de iniciativa doPresidente da Repblica ou de um tero (1/3) dos Senadores,aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecer as

    alquotas aplicveis s operaes e prestaes, interestaduaise de exportao (art. 155, 2, IV);(iii) No ICMS, facultado ao Senado Federal: (a) estabelecer

    alquotas mnimas nas operaes internas, mediante resoluode iniciativa de um tero (1/3) e aprovada pela maioria

    absoluta de seus membros; (b) fixar alquotas mximas nasmesmas operaes para resolver conflito especfico que envolvainteresse de Estados, mediante resoluo de iniciativa da maioriaabsoluta e aprovada por dois teros (2/3) de seus membros (art.

    155, 2, V);

    (iv) Alquotas mnimas do IPVA (art. 155, 6, I).

    Decore estas regras, pois quase sempre so cobradas emconcurso pblico.

    34. (Analista Contbil-Financeiro/2006/CE) AConstituio Federal de 1988 incumbiu determinadaespcie normativa de dispor especificamente sobrematrias de interesse dos Estados-Membros e doDistrito Federal, tais como a fixao de alquotasmnimas e mximas do ICMS nas operaes internas, e

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    tambm de fixar alquotas mximas do ITCMD. Aespcie normativa que cuida dessas matrias :a) decreto presidencial.b) decreto legislativo.

    c) medida provisria.d) lei complementar.e) resoluo do Senado Federal.

    A resposta correta a letra e, de acordo com art. 155, 2,V e art. 155, 1, IV, todos da CF/88.

    35. (AFTN/94/ESAF/Adaptada) (i) Oestabelecimento de alquotas mximas do ICMS nasoperaes internas para resolver conflito especfico que

    envolva interesse dos Estados; (ii) o estabelecimentode alquotas do ICMS aplicveis no caso da prestaode servios interestaduais de transporte; (iii) a fixaoda alquota mximas do ISS na prestao de serviosde transporte de mbito exclusivamente municipal; (iv)o estabelecimento das alquotas mnimas, no caso deoperaes internas de ICMS; (v) a fixao de alquotas,no caso de ISS; cabem, respectivamente,a) lei complementar; ao Senado Federal; ao SenadoFederal; lei complementar; lei complementar.

    b) ao Senado Federal; ao Senado Federal; leimunicipal; ao Senado Federal; lei complementar.c) lei complementar; lei complementar; leimunicipal; ao Senado Federal; lei municipal.d) ao Senado Federal; ao Senado Federal; leicomplementar; ao Senado Federal; lei municipal.e) ao Senado Federal; ao Senado Federal; leicomplementar; lei complementar; lei municipal.

    (i) O estabelecimento de alquotas mximas do ICMS nas

    operaes internas para resolver conflito especfico que envolvainteresse dos Estados; (ii) o estabelecimento de alquotas do ICMSaplicveis no caso da prestao de servios interestaduais detransporte; (iii) a fixao da alquota mximas do ISS na prestaode servios de transporte de mbito exclusivamente municipal; (iv) oestabelecimento das alquotas mnimas, no caso de operaesinternas de ICMS; (v) a fixao de alquotas, no caso de ISS; cabem,respectivamente,ao Senado Federal (art. 155, 2, V); ao SenadoFederal (art. 155, 2, IV); lei complementar (art. 156, 3, I ;ao Senado Federal (art. 155, 2, V); lei municipal (art. 156,

    III).

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    41. (UFRS/ICMS/RS/2006) Cabe ao CongressoNacional, mediante lei, estabelecer alquotas mnimasdo ICMS nas operaes internas.

    falsa, pois cabe ao Senado Federal fixaralquotas mnimasnas operaes internas, mediante resoluo de iniciativa de um teroe aprovada pela maioria absoluta de seus membros, de acordo com oart.155, 2, V, a, da CF/88.

    A CF/88 estabelece que facultado, isto , pode ou no oSenado Federal estabelecer tais alquotas internas, mas, emhiptese alguma, pode o Congresso Nacional atuar nesta esfera doart.155, 2, V, a.

    1.8 CONVNIOS INTERESTADUAIS DO ICMS: CONCESSO OUREVOGAO DE BENEFCIOS E INCENTIVOS FISCAIS DO ICMS(LEI COMPLEMENTAR N 24/75)

    Cabe lei complementar regular a forma como, mediantedeliberao dos Estados e do Distrito Federal, isenes, incentivos ebenefcios fiscais sero concedidos e revogados em relao ao ICMS(CF, art. 155, 2, XII, g).

    Ademais, salientamos igualmente que, segundo o art. 150, 6,

    da CF/88, qualquer subsdio ou iseno, reduo de base de clculo,concesso de crdito presumido, anistia ou remisso, relativos aimpostos, taxas ou contribuies, s poder ser concedidomediante lei especfica, federal, estadual ou municipal, queregule exclusivamente as matrias acima enumeradas ou ocorrespondente tributo ou contribuio.

    Contudo, tal regra ressalva apenas o disposto nos convniosinterestaduais do ICMS celebrados no mbito do ConselhoNacional de Poltica Fazendria (CONFAZ), que devem atuar

    exatamente de acordo com a lei complementar.

    Neste sentido, a referida lei complementar a de n 24/75 (LC24/75), ainda vigente no Pas, dispondo logo no seu art. 1 que asisenes do ICMS sero concedidas ou revogadas nos termos deconvnios celebrados e ratificados pelos Estados e peloDistrito Federal, segundo esta Lei.

    O CESPE no concurso para Promotor de Justia/RN/2009: Leicomplementar estadual, de forma autnoma e sem outro fundamento

    anterior, instituiu benefcio fiscal para os contribuintes do ICMS, em

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    virtude da necessidade de se aumentar as receitas desse estado, oque ocasionou a reduo da alquota abaixo da alquota mnima jestabelecida e cobrada nas operaes geradoras do referido tributo ea diminuio da arrecadao de ICMS nos estados vizinhos. Com

    relao a essa lei, assinale a opo correta:(a) A lei inconstitucional, pois no pode o estado legislar a respeitode nenhum aspecto do ICMS;(b) O ICMS um tributo que tem importncia nacional e, por isso,deve seguir regulamentao estabelecida na CF, o que no ocorreuno referido caso;(c) Lei estadual poderia ter institudo o benefcio fiscal descrito nahiptese, caso se tratasse de lei ordinria estadual;(d) O ICMS um imposto de competncia estadual e, portanto, podeo estado instituir benefcio fiscal na sua cobrana,

    independentemente de acordo feito com os estados e o DF;(e) A lei constitucional e vlida, pois a diminuio da arrecadaode estados vizinhos com a concesso de benefcio fiscal ao ICMS nogera a chamada guerra fiscal.A letra b a verdadeira. A letra a falsa, pois afirma que nopode o estado legislar a respeito de nenhum aspecto do ICMS.

    Nesse rumo, destacamos que o estabelecido na LC 24/75tambm se aplica:

    reduo da base de clculo; devoluo total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou

    no, do tributo, ao contribuinte, a responsvel ou a terceiros; concesso de crditos presumidos; quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-

    fiscais, concedidos com base no ICMS, dos quais resultereduo ou eliminao, direta ou indireta, do respectivo nus;

    s prorrogaes e s extenses das isenes vigentes nestadata.

    Importante: A disciplina legal em exame apresenta peculiaridadesa merecerem reflexo para concluir estar configurada, ou no, adenominada guerra fiscal. (...) Ao lado da imunidade, h a isenoe, quanto ao ICMS, visando a editar verdadeira autofagia, a alnea gdo inciso XII do 2 do art. 155 da Carta da Repblica remete a leicomplementar regular a forma como, mediante deliberao dosestados e do Distrito Federal, isenes, incentivos e benefcios fiscaissero concedidos e revogados. A lei complementar relativa disciplina da matria a nmero 24/1975. Nela est disposto que,ante as peculiaridades do ICMS, benefcios fiscais ho de estar

    previstos em instrumento formalizado por todas as unidades da

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    contrrio, os convnios entraro em vigor no trigsimo dia aps areferida publicao.

    Sequncia para vigncia do convnio:

    (1) Dentro de 10 dias, contados da data final da reunio, serpublicada no DOU.(2) Dentro do prazo de 15 dias contados da publicao dos

    convnios no DOU, o Poder Executivo de cada Unidade da Federaopublicar decreto ratificando ou no os convnios celebrados,

    considerando-se ratificao tcita a falta de manifestao no citadoprazo de 15 dias.

    (3) At 10 dias depois de findo o prazo de ratificao dos convnios,promover-se- a publicao no DOU.

    (4) Salvo disposio em contrrio, os convnios entraro em vigor

    no trigsimo dia aps a publicao de sua ratificao nacional.Prazos mximos: 10 + 15 + 10 + 30 (salvo regra em contrrio) =

    65 dias.

    Neste sentido, reala-se que o STF j decidiu que qualquerregra que subordina a celebrao de acordos ou convnios firmadospor rgos do Poder Executivo autorizao prvia ou ratificao daAssemblia Legislativa, fere o princpio da independncia eharmonia dos poderes (art. 2, CF) e, por conseguinte, inconstitucional (ADI 342PR).

    Ademais, os convnios ratificados obrigam todas as Unidadesda Federao inclusive as que, regularmente convocadas, no setenham feito representar na reunio.

    Destacamos, por outro lado, que tais convnios podem disporque a aplicao de qualquer de suas clusulas seja limitada a umaou a algumas Unidades da Federao e que s indstriasinstaladas ou que vierem a instalar-se na Zona Franca de Manaus noEstado do Amazonas esto excludas das disposies dos convnioscelebrados no mbito do CONFAZ (LC 24/75, arts. 3 e 15).

    Nesse rumo, veda-se aos Municpios concederem benefcio fiscalno que se refere sua parcela na receita do ICMS, sob pena deviolao do princpio federativo e da competncia tributriaestabelecida na CF/88.

    O CESPE no concurso para Procurador/PE/2009: Assinale a opocorreta acerca da concesso de isenes do ICMS:

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    reservada Lei Complementar Nacional, em razo de aConstituio determinar que somente ela podeestabelecer normas gerais sobre crdito tributrio.c) Lei Complementar Nacional no poder instituir um

    regime nico de arrecadao dos impostos econtribuies da Unio, dos Estados, do Distrito Federale dos Municpios.d) A Unio s poder instituir emprstimo compulsrio,com vinculao obrigatria da aplicao dos recursosarrecadados despesa que fundamentou suainstituio, por Lei Complementar.e) As contribuies sociais e de interveno no domnioeconmico, como instrumento de atuao da Unio nasrespectivas reas, podero incidir sobre as receitas

    decorrentes de exportao e no podero ter alquotasespecficas, tendo por base a unidade de medidaadotada.

    A letra a falsa, pois, segundo o art. 155, 2, XII, g, daCF/88, cabe Lei Complementar Nacional (n 24/75) regular o modoe a forma dos Estados-membros e o Distrito Federal, sempre apsdeliberao conjunta (Convnio), expedirem, por ato prprio,concesso e/ou revogao de isenes, incentivos e benefcios fiscais.

    A letra b falsa, A atualizao do crdito tributriodecorrente de ICMS, para preservao de seu valor, no matriareservada Lei Complementar Nacional, pois, segundo o 2, do art.98, do CTN, tal atualizao monetria pode ser feita at por Decreto.

    A letra c falsa, eis que Lei Complementar Nacional poderinstituir um regime nico de arrecadao dos impostos econtribuies da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicpios (CF, art. 146, III, d, pargrafo nico).

    A letra d verdadeira, uma vez que a Unio s poderinstituir emprstimo compulsrio, com vinculao obrigatria daaplicao dos recursos arrecadados despesa que fundamentou suainstituio, por Lei Complementar (CF, art. 148).

    A letra e falsa, porque as contribuies sociais e deinterveno no domnio econmico, como instrumento de atuao daUnio nas respectivas reas, no podero incidir sobre as receitasdecorrentes de exportao e podero ter alquotas especficas, tendopor base a unidade de medida adotada (CF, art. 149, 2, I e III,

    b).

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    43. (ESAF/PGDF/2007.1) O art. 151, III, da CFestipula que vedado Unio instituir isenes detributos da competncia dos Estados, do Distrito

    Federal e dos Municpios. Com base na interpretao eaplicao do mencionado dispositivo, assinale, entre asopes abaixo enumeradas, a que est correta.a) A legislao federal, quando no inclui o IPI na basede clculo do ICMS no est isentando o contribuintedo pagamento desse tributo.b) Iseno concedida mediante convnio celebrado porEstados-membros, por receber apoio da legislaofederal, incide em violao regra constitucional queveda Unio instituir isenes de tributos da

    competncia dos Estados e do Distrito Federal.c) A iseno heternoma , em regra, admitida peloart. 151, III, da Constituio Federal.d) O constituinte derivado pode outorgar competncia Unio para instituir iseno de imposto estadual, semferir a regra do art. 151, III, da CF.e) Os Estados-membros, mediante convnio, podemautorizar a Unio a conceder iseno de ICMS para acirculao de mercadorias em determinadas regies doPas, por perodo certo.

    A letra a verdadeira, pois alegislao federal, quando noinclui o IPI na base de clculo do ICMS no est isentando ocontribuinte do pagamento desse tributo, pois o art. 155, 2, XI, daCF/88, j estabelece que o ICMS no compreender, em sua base declculo, o montante do IPI, quando a operao, realizada entrecontribuintes e relativa a produto destinado industrializao o