Universidade ANHANGUERA-UNIDERP

Centro de Educao a Distncia-CEAD

Curso: Administrao

Disciplina: Gesto de Negcios Internacionais5 Semestre

Plo Corumb

EMPRESA REIJERS (Importao e Exportao de Flores )

INTRODUO:

O agronegcio de flores e plantas ornamentais vem se expandindo no Pas, um

dos aspectos que contribui para a expanso so as condies climticas do Brasil que

favorece o cultivo de flores de clima temperado e tropical. Em funo dessa diversidade climtica possvel produzir internamente flores, folhagens e outros derivados, todos os dias do ano a um custo reduzido.

A floricultura vem se consolidando como uma atividade econmica relevante,

porm o principal aspecto deste segmento o seu lado social. O agronegcio de flores e plantas ornamentais uma atividade dominada por pequenos produtores rurais o que contribui para uma melhor distribuio de renda.

A capacidade de gerao de ocupao e renda da floricultura muito grande,

emprega aproximadamente 120 mil pessoas, sendo que 80% da mo de obra formada

por mulheres, alm de 18,7% do total ser de origem familiar. Entre as culturas agrcolas, a floricultura destaca-se por empregar, em mdia, de 10 a 15 funcionrios por hectare, superando em dez vezes os demais cultivos (VENCATO et. AL, 2006).

O principal mercado para a floricultura brasileira o interno, pois possui um

grande potencial de expanso devido ao baixo consumo per capita, em torno de US$

4,70 por habitante, enquanto a Sua possui um consumo per capita de

aproximadamente US$ 170 por habitante.

O mercado externo uma outra opo para floricultura brasileira, pois as

condies climticas do Brasil permitem a produo de inmeras espcies de clima temperado e tropical, o que confere aos produtos brasileiros oportunidade de conseguir uma boa fatia do mercado internacional.

A produo nacional de flores e plantas ornamentais antes concentradas na regio Sudeste, especialmente no Estado de So Paulo, hoje j est presente em todas s regies do pas, graas a trabalhos como o do Sistema SEBRAE e outras instituies que acreditam no potencial desse segmento.

Ao longo deste artigo sero apresentados os principais aspectos relacionados produo, mercado consumidor e principais dificuldades do agronegcio de flores e

plantas ornamentais, com o objetivo de contribuir para adoo de polticas pblicas para este importante segmento da nossa economia.HISTRICO DA FLORICULTURA NO BRASIL:

A floricultura no Brasil no uma atividade recente, os registros mais antigos

remontam 1870 com a produo de orqudeas em Petrpolis no Rio de Janeiro, por

Binot, filho do francs Jean Baptiste Binot, encarregado de projetar e executar os jardins do Palcio Imperial. De renome internacional, o orquidrio possui inmeras variedades de orqudeas e exporta para os Estados Unidos, Alemanha e Japo (REVISTA SEBRAE DE AGRONEGCIOS, 2005).

Depois da produo de orqudeas por Binot, em 1893 os alemes Dierberger

iniciam a produo de outras espcies de flores no Brasil, como as dlias. Da firma dos alemes Dierberger saram os irmos Boettcher, que foram os pioneiros na produo de rosas no Brasil (REVISTA SEBRAE DE AGRONEGCIOS, 2005).

A produo de rosas teve incio em 1929 em uma chcara no atual bairro de

Jabaquara na cidade de So Paulo, depois essa produo foi transferida pelos irmos

Boettcher para uma fazenda em Cotia, a qual foi batizada de Roselndia. (REVISTA

SEBRAE DE AGRONEGCIOS, 2005).

Alm do pioneirismo na produo de rosas, os irmos Bottcher tambm

iniciaram o marketing de comercializao. Desenvolveram uma srie de atividades para promoo de seus produtos tais como: exposio de flores, abertura da fazenda para visitaes pblicas, promoo da festa anual das rosas, realizao de cursos para floristas, paisagistas e outros interessados (REVISTA SEBRAE DE

AGRONEGCIOS, 2005).

A produo de flores at a metade da dcada de 1960 era conduzida ainda de

forma muito amadora. Eram cultivadas em chcaras, estavam prximas s capitais

estaduais, particularmente do Sul e do Sudeste do Pas (VENCATO et. al, 2006).

A proliferao de conjuntos habitacionais privou uma parcela significativa da

populao de espaos para o preparo dos seus prprios jardins. A partir da comea a

ampliar o mercado para comercializao de flores e plantas (VENCATO et. al, 2006).

Os imigrantes tiveram um papel fundamental no processo de organizao e

crescimento da floricultura brasileira,entre eles, os italianos, os alemes e,

principalmente, os japoneses (VENCATO et. al, 2006).

Em 1948 imigrantes holandeses se instalaram no leste paulista e fundaram a

Cooperativa Agropecuria de Holambra, dedicada a vrias atividades entre elas as flores. Com a Cooperativa a floricultura teve outro grande impulso(VENCATO et. al,

2006). A Cooperativa de Holambra responde atualmente por cerca de 60% da produo de flores no Brasil. Em 1991 foi criada uma empresa para se dedicar especificamente a comercializao dos produtos, a Veiling (REVISTA SEBRAE DE AGRONEGCIOS, 2005).

A partir de 2000 a floricultura passa a fazer parte da agenda de polticas

pblicas, com a implantao do Programa de Desenvolvimento de Flores e Plantas

Ornamentais do Ministrio da Agricultura(REVISTA SEBRAE DE

AGRONEGCIOS, 2005).

BRASIL EXPORTAO:

A Exportao somou US$ 39 milhes em 2009: de flores ornamentais, o que representou uma queda de 15% em relao em 2008, quando a exportao somou US$ 41 milhes. J o saldo da balana comercial do agronegcio paulista atingiu US$ 9,68 bilhes em 2009, um aumento de 5,1% em relao ao ano anterior, segundo o instituto de Economia Agrcola (IEA), rgo da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado. As exportaes caram 5,9% para US$ 19,98 bilhes, mas as importaes recuaram ainda mais 19% para US$ 6,30 bilhes.

O principal mercado para a agrofloricultura brasileira o interno. Embora o Brasil j exporte para mais de quarenta pases, no mercado externo ainda incipiente e est por ser conquistado. Holanda, Estados Unidos, Itlia, Japo, Reino Unido e Alemanha respondem pela maior parte das exportaes do setor.

Outros como Blgica, Portugal, Espanha, Canad, Chile, Coria do Sul, Venezuela e Rssia, ganham relevncia como clientes. A projeo para os prximos anos da balana comercial, com base nos dados das exportaes e importaes brasileiras de flores e plantas ornamentais dos ltimos anos, de supervit .

Os Estados Unidos e Unio Europeia (UE) continuaro sendo os principais mercados para os produtos nacionais. No entanto, o Brasil continuar importando esses produtos e os principais fornecedores so a Holanda, a Colmbia e a Costa Rica.

A expanso das exportaes de flores e plantas ornamentais revela taxas positivas, com tendncia para permanecer ao longo dos prximos anos. No mercado interno, as limitaes de renda per capita dos consumidores podem ser compensadas pela expanso da produo e preos mais acessveis desses produtos.

Fontes: Pgina Rural e Ministrio da Agricultura.

BRASIL: projees das exportaes e importaes de plantas vivas e produtos de floricultura (US$ milhes FOB).

Ano Exportaes Importaes Saldo Comercial

1995 13,9 5,3 8,6

1996 11,9 6,2 5,7

1997 11,0 5,9 5,1

1998 12,0 8,0 4,1

1999 13,1 5,5 7,6

2000 11,9 6,4 5,5

2001 13,3 7,1 6,2

2002 15,0 8,2 6,8

2003 19,5 6,9 12,7

2004 23,6 6,7 16,9

2005 25,8 5,6 20,2

2006 32,3 8,8 23,5

2007 27,4 7,7 19,7

2008 29,0 7,8 21,2

2009 30,6 8,0 22,7

2010 32,2 8,1 24,1

2011 33,9 8,3 25,6

2012 35,5 8,4 27,0

2013 37,1 8,6 28,5

2014 38,7 8,7 30,0

2015 40,3 8,9 31,4

Fonte: Autores com base em dados da Secex MDIC (2005)

Obs.: * Projees de 2007 a 20015.

Reijers: Exportao de Flores

A famlia holandesa Reijers iniciou sua produo de flores em 1971, na cidade de Holambra/SP, com o cultivo de rosas e cravos, sendo a primeira empresa do Brasil a produzir rosas em escala comercial. Ao longo dos anos, a empresa Reijers www.reijers.com.br/ conquistou credibilidade e atualmente detm 40% do mercado interno.

A empresa Reijers tambm produz rosas nas cidades de Pinhal e Santo Antonio da Posse em So Paulo, Minas Gerais (nos municpios de Itapeva e Andradas) e no Cear (em So Benedito e Ubajara). Conta com uma rea de mais de 100 hectares para o cultivo de rosas e 25 hectares destinados a outras flores (cravos, lrios e helicnia), gerando aproximadamente 1.300 empregos. A produo de rosas gera 15 empregos diretos por hectare e um investimento de US$ 250 mil/hectare.

Aps visitar o Cear em 2001, os dirigentes da Reijers tomaram a deciso de que todos os novos investimentos, da empresa passariam a ser aplicados no Cear, na Serra da Ibiapaba. Um dos irmos, Roberto Reijers projetou uma rea de cultivo de 20ha (sendo que 8ha j esto produzindo) no municpio de So Benedito e seu irmo Geraldo Reijers, em 2003, implantou 4ha, no total de 50 hectares adquiridos em Ubajara.

A iniciativa do Grupo em exportar veio aps vrias tentativas fracassadas de acesso ao mercado internacional, pois em So Paulo a produo no contnua devido s geadas no inverno.

Para alcanar um nvel de qualidade internacional, a empresa adotou alguns dos processos tecnolgicos mais eficientes do mundo. No cultivo das rosas so utilizadas estufas de aproximadamente um hectare e a plantao das rosas feita em vasos com substrato de coco (aproveitados de outras empresas que consideravam o substrato um lixo orgnico). A irrigao e adubao so feitas por fertirrigao, Ou seja, por meio de tubos que levam os nutrientes at a planta. Esse sistema tecnolgico chamado de hidropnico. um sistema importado, assim como a maioria dos insumos necessrios para o cultivo de rosas.

O Estado do Cear solicita uma comprovao de no agresso ao meio ambiente, para empreendimentos agrcolas. Por isso, a empresa Reijers precisou cumprir todas as normas ambientais para o cultivo de rosas. Utiliza, por exemplo, produtos para pulverizao com baixo teor de toxidade, realiza uma trplice lavagem nas embalagens vazias dos inseticidas, alm de fazer uma compostagem para adubao das flores tropicais. H tambm uma preocupao em preservar a reserva legal de mata nativa e em reflorestar o rio prximo quela regio.

As rosas Paisson e Akito apresentaram tambm uma baixa incidncia de pragas como lagarta, caro, mosca branca, cochinilha etc, e de doenas como Botrites, odio e mdio, devido a utilizao do sistema hidropnico e estrutura das estufas.

As rosas so produtos altamente perecveis e requerem cuidados especiais, principalmente, em relao embalagem, ao armazenamento e ao transporte. Todo o processo logstico, desde a colheita at o momento da comercializao, precisa ser rpido e eficiente, para que no haja desperdcio. Logo aps a colheita, as rosas so transportadas, em gua, para uma cmara refrigerada, a uma temperatura de 8C. Em seguida so classificadas por variedade, tamanho de haste e ponto de abertura do boto, em um ambiente climatizado a 18C. O passo seguinte o encaixotamento, feito dentro da cmara resfriada a uma temperatura de 2C. Na embalagem est discriminada, na lngua inglesa, o tamanho da haste e sua variedade. Essas ficam armazenadas nas cmaras refrigeradas disposio da expedio. As rosas so transportadas para Fortaleza em um caminho climatizado a 2 C. Temperatura que mantida em cmaras resfriadas no prprio aeroporto e posteriormente transportada por via area na mesma temperatura.

Uma das vantagens que a Reijers encontrou para realizar o cultivo de rosas no Cear foi a possibilidade de produzir durante todo o ano sem os problemas da sazonalidade encontrada em So Paulo e Minas Gerais. Alm disso, o ciclo de produo nestes estados se d entre 65 a 85 dias, enquanto no Cear de apenas 35 a 45 dias, at o ponto da colheita.

Fonte: Catlica virtual de Braslia: apostila do curso de especializao em comrcio exterior com nfase nas empresas de pequeno porte unidade 07.

A Rosas Reijers a primeira produtora de rosas do Brasil a possuir a Certificao da MPS Mtodo de Produo Sustentvel. O Selo atesta a qualidade das flores e de todo o processo de produo na unidade de So Benedito, que recebeu ndice de 98,8 pontos, com nota A. (A unidade de Itapeva iniciou o processo um pouco depois, por isso aguarda auditoria).

Com mais de 30 anos de atuao, a Rosas Reijers oferece mais de 50 tipos de rosas em diversas cores, formatos, perfumes, tamanhos. No total, so 45 hectares de rea produtiva que abastecem todo o territrio nacional, incluindo exportao para a Holanda. As rosas so cultivadas em sistema de substrato, e na safra alta, so colhidos aproximadamente 170 mil botes ao dia.

Para manter-se na liderana do segmento, a empresa investe constantemente em novas tecnologias de produo, respeitando os conceitos da sustentabilidade, priorizando o meio ambiente e o bem-estar dos colaboradores.

A primeira unidade a Fazenda Tropical Flores, fundada em 1984. Est localizada em Itapeva, MG, na Serra da Mantiqueira.

A segunda unidade a Fazenda So Benedito, fundada em 2001. Est localizada na Serra da Ibiapaba, na cidade de So Benedito, CE.

A Rosa Reijers uma empresa sustentvel. Utiliza recursos naturais para a produo de mais de 50 tipos de rosas, aplicando aes que minimizam os impactos causados ao meio ambiente:

Cerca de 80% da produo feita em sistema hidropnico atravs de substratos (solo livre e maior controle na distribuio de adubo);

Descarte zero: compostagem dos resduos vegetais originados pela prpria produo das rosas;

O sistema de irrigao feito por gotejamento, direcionando para cada planta a quantidade de gua e adubo necessrios para o seu desenvolvimento;

Fabricao prpria de composto orgnico, utilizado como fertilizante (reduo de adubao qumica);

Estaes de reciclagem, com separao de todo o lixo produzido, e encaminhamento para os locais recicladores;

Manejo integrado de pragas, atravs do uso de predadores naturais, provenientes das prprias unidades de produo. Alm disso, a Rosas Reijers tambm utiliza produtos alternativos com o objetivo de reduzir o consumo de defensivos agrcolas, criando assim um ambiente mais equilibrado e saudvel;

Barragens de infiltrao de gua uma maneira eficiente de recolher a gua das chuvas e devolver ao lenol fretico, sem o prejuzo ao solo (eroses);

Entre as estufas h uma espcie de repelentes (ou sombreamento), que auxiliam no controle do microclima das estufas, como por exemplo, o nim.

Os resduos da lavagem de equipamentos de proteo e tanques de pulverizao passam por um processo biolgico de filtragem, possibilitando o reaproveitamento desta gua na irrigao dos jardins da empresa.

Esses projetos so um dos mais modernos do mundo com o uso da mais alta

tecnologia de produo (plsticos, mudas, sistema de irrigao e fertirrigao, ps-

colheita, hidroponia). A produo de rosas requer um investimento de 250 mil dlares e gera 15 empregos diretos por hectare.

As variedades de rosas acompanham as tendncias do mercado (cor, tamanho da

haste, durabilidade, quantidade de ptalas, produtividade) e, para isso, existem os

laboratrios que desenvolvem variedades novas e cobram royalties para que os

produtores possam plantar. O valor cobrado por muda , em mdia, um euro, sendo que cada hectare comporta 70 mil mudas.

As rosas do Cear esto sendo exportadas 3 vezes por semana para a Holanda,

que o centro de distribuio de flores do mundo, onde so movimentados 4 bilhes de euro/ano.PRODUTOS:

OPORTUNIDADES DE EXPORTAO

Para o Brasil, a atividade exportadora de Flores e Plantas Ornamentais Ornamentais muito importante, pois a balana comercial da floricultura extremamente dinmica. A continuidade do crescimento e fortalecimento do setor, principalmente no tocante ao comrcio internacional sob todos os aspectos absolutamente vital para a garantia de um grande nmero de empregos, tanto no meio rural, quanto nas cidades e, mesmo, para a sobrevivncia de inmeras propriedades e empresas agrcolas.

As extraordinrias condies de produo do Pas, dotado de diversidade de solo e clima, permitem o cultivo de um infinito nmero de espcies de flores e plantas ornamentais e conferem aos produtos brasileiros, oportunidades de abrir espaos e se firmar no mercado internacional.VANTAGENS QUE A ATIVIDADE EXPORTADORA OFERECE AOS PRODUTORES

Gerao do aumento de renda e trabalho;

Aperfeioamento do processo produtivo;

Acesso s variedades melhoradas;

Facilidade de contato e acesso s empresas internacionais de primeiro escalo;

Desenvolvimento do melhoramento gentico e tecnologias nacionais;

Reduo da carga tributria;

Promoo da entrada de dlares no Brasil;

Reduo da dependncia de mercado interno.

Informaes Disponveis de Alta Importncia

TRANSPORTE:

A empresa Reijers freta uma carreta a cada dois meses, pelo valor de R$ 6.500,00, onde so transportados os insumos do primeiro bloco de So Paulo at a fazenda em So Benedito. O modo de transporte da Reijers mais vantajoso, por levar o produto porta-a-porta, desde o produtor de insumo at a fazenda e, tambm, menos oneroso. s empresas, pode-se observar que ambas possuem procedimentos de ps-colheita semelhantes, diferenciando-se, como j destacado, pelo tamanho das produes. A ps-colheita considerada a partir do corte das hastes, exigindo habilidade e rapidez,

por tratar-se de um produto sensvel ao tempo. Depois de cortadas, as rosas so transportadas at galpes refrigerados de ps-colheita, onde so tratadas, selecionadas, classificadas, embaladas e acondicionadas para o transporte. As rosas so classificadas de acordo com a espcie e tamanho das hastes, variando de 40 a 70 centmetros. Aps a embalagem, os pacotes so acondicionados em caixas de papelo que seguem o padro internacional (102 x 25 x 16 cm) e possuem algumas informaes como o tipo de rosas. Cada caixa contm 26 pacotes, totalizando 520 rosas por caixa. No se observou o uso de paletizao das caixas, tornando o manuseio menos gil. Tambm, para o produto flor, no se utiliza o cdigo de barras.

O custo estimado da embalagem ara a Reijers, R$ 3,20 a caixa e R$ 0,04 o pacote.

O tempo de vida das hastes, desde a poda varia de 11 a 20 dias, no mximo, de

acordo com a espcie e cuidados dispensados. O tempo de transporte para o mercado

interno varia de seis a doze horas, dependendo do destino. Devido aos procedimentos de controle de qualidade, as perdas na produo e no transporte so pequenas, entre 0,5% a 2,5%. As reclamaes mais freqentes recebidas pelas empresas esto relacionadas ao transporte, onde so causados danos mecnicos nas hastes e, algumas vezes, h demora no embarque no aeroporto, tornando as caixas midas e o aspecto das rosas envelhecido. O transporte das rosas das unidades de So Benedito at Fortaleza realizado, em ambas as empresas, por meio de caminho-ba refrigerado prprio e segue para outros destinos por via area.

O fluxo da Reijers tambm inicia com o transporte rodovirio at a capital do Estado. Porm, pode permanecer na prpria cidade, seguir de avio para outras cidades brasileiras, ou embarcar para Amsterd, Holanda, onde as rosas so comercializadas via leilo. Custo de instalao das estufas muito elevado, em torno de 250 mil dlares por hectares. .Cliente PotencialPrincipais produtores e exportadores de rosas : Holanda, Colmbia, Equador, Qunia e Zimbbue. As rosas do Cear esto sendo exportadas 3 vezes por

semana para a Holanda que o centro de distribuio de flores no mundo movimentando 4 bilhes de euro/ano. A empresa Reijers exporta 80% de sua produo para a Holanda e o restante permanece no mercado nacional.

A comercializao atravs da FloraNet pertencente ao Grupo Reijers fornece seus produtos para o mundo atravs do leilo de Aalsmeee, na Alemanha.Os clientes da Reijers so sempre distribuidores, e no, varejistas.

LOGSTICA/DISTRIBUIO

EMBALAGEMA preparao da mercadoria para a exportao merece ateno especial do produtor de flores e plantas ornamentais. Quando no embalada corretamente, a mercadoria exportada, normalmente, chega ao seu destino com as mais diversas avarias, gerando prejuzos para o produtor e para o cliente, podendo, inclusive, inviabilizar outros negcios com produtores brasileiros. Objetivo bsico de qualquer embalagem o de garantir ao produto a proteo necessria, a fim de preserv-lo de todos os estragos e diferentes riscos a que ficar exposto durante a estocagem, transporte e distribuio. Flores e plantas ornamentais so produtos delicados e de rpida deteriorao, devem, portanto, ser embalados de forma a garantir um transporte que assegure a qualidade do produto. Segundo artigo retirado da revista Embalagens & Cia, julho 200, p.36-37 as funes bsicas das embalagens para flores e plantas ornamentais so: controle do microclima (temperatura, umidade, etileno, luz, gua);

1. proteo contra danos mecnicos;

2. eficincia no manuseio;

3. apresentao;

4. informao.

Todas estas funes devem ser observadas sob a nova legislao de poltica ambiental europia, o que significa que todos os materiais devem ser reciclveis e estar livre de substncias externas.

REQUISITOS DAS EMBALAGENSTEMPERATURAIgualmente a todos os outros produtos frescos, as flores e plantas tambm exigem baixa temperatura durante a armazenagem e transporte para atingir um shelf-life razovel. Para flores e plantas, uma variao geral de temperatura de 5-10?C necessria; para folhagens, uma variao de 10-20?C.

Durante a operao de resfriamento, a desidratao deve ser evitada. recomendvel o resfriamento com ar saturado (100% umidade relativa).PROBLEMAS DE UMIDADE

O principal problema ligado manuteno e ao bom equilbrio da umidade a natureza contraditria de objetivos que uma pessoa tente alcanar: de um lado a meta conservar o contedo da umidade do ar circundante o mais alto possvel e do outro o desejo limitar a quantidade de gua lquida devido ao risco de dano causado por micrbios.

Este risco existe quando a condensao ocorre resultante da alta umidade relativa do ar e da variao de temperaturas. sabido que alguns tipos de fungos, tais como botritis, podem germinar somente em gua parada.

Um ataque de botritis pode resultar na queda de ptalas e quebra de troncos e caules. No h soluo simples para o problema da umidade. Pode-se aplicar materiais base de papis para absorver a umidade e prevenir a condensao. Outra possibilidade usar filmes plsticos perfurados e embalar com venturas de ventilao.

EtilenoO etileno um gs produzido em baixa concentrao por todas as flores e plantas. Sua funo importante no crescimento e desenvolvimento, processo de florao, etc. Se h muito etileno no ar circundante (gases de exausto, frutas maduras), as flores e plantas sensveis ao etileno sofrero queda, murchamento, secagem do boto, folhas amareladas, entre outros.

Portanto, pode ser muito perigoso misturar cargas de flores e frutas num mesmo continer, uma vez que os etilenos produzidos pelas frutas danificam as flores. Alm disso, a produo de etileno estimulada por altas temperaturas e luzes baixas.

Problemas podem ser superados pelo uso de inibidores de etileno, tais como tiosulfato prata para corte de flores e manter em baixa temperatura.

gua parte a umidade relativa do ar, pode haver uma necessidade de regar o caule para prevenir a sua secagem e das folhas. Isso pode ser feito com copos plsticos na base do caule ou utilizando certos tipos de materiais esponjosos que garantem o fornecimento de gua durante vrios dias.

Danos MecnicosO manuseio de caixas de papelo e vibraes durante o transporte podem causar danos mecnicos. A maneira mais efetiva de prevenir tais danificaes a embalagem compacta, mais firme para flores e plantas em mangas, cilindros, etc. Quando caixas de papelo so usadas, as flores podem ser pressionadas com interiores (madeira, espuma) para prevenir movimento durante a distribuio.

Flores sensveis podem ser separadas por pedaos de papelo dobrados, especialmente desenhados. Quando materiais plsticos ou de borracha so usados para imobilizar caules de flores, o grau de frico deste material e do caule deve ser medido (teste de queda da caixa).

Caixas de PapeloQuando se refere s especificaes de caixa, construo e design grfico, sugere-se consultar o arquivo sobre embalagens para frutas e verduras. Mas, duas observaes podem ser feitas particularmente para a embalagem das flores.

A primeira, que deve-se levar em considerao que a fora de empilhamento de uma caixa de papelo depende do comprimento das pontas horizontais que mostram fluting vertical. A segunda, que a caixa de papelo entrega sua fora mxima quando compressada a uma profundidade de 1-2 cm.

Portanto, encher completamente uma caixa, resulta numa situao onde as flores suportam toda a carga e a caixa, nenhuma fora. O super enchimento da caixa de papelo de flores tem, portanto, um efeito bastante negativo e deve ser evitado. . Este o erro mais cometido na prtica atual.

DimensesAs dimenses das caixas dependem das dimenses padronizadas de paletes. Para transporte intercontinental, prevalece a dimenso do palete 120 x 100 cm. Para flores de corte com hastes longas, deve-se levar em conta tamanhos padronizados de caixas com um comprimento de 100 cm. Os tamanhos mais populares so: 100x20 cm, 100x30, 100x40 e 100x60. Para flores extras longas, a dimenso de 120 x 50 cm pode ser usada.

Escolha da embalagemA escolha da embalagem mais apropriada para o transporte da mercadoria depende de fatores como o custo, percentual de perdas por danos e o prmio cobrado pela seguradora, alm, claro, das exigncias do importador ou das normas vigentes no pas do destino.

A escolha da embalagem deve considerar os seguintes elementos: Meio de transporte a ser utilizado;

A forma de transporte (se em contineres comuns ou refrigerados, caixas de madeira ou papelo, etc);

Peso dos materiais utilizados no empacotamento;

As orientaes recebidas do importador quanto s condies de desembarque da mercadoria no porto de destino.

roteiro de viagem que o produto seguir, de sua origem at seu destino final;

riscos a que estar sujeito seu produto:

Compresso;

Impacto e choques;

Vibraes;

Variaes climticas. Embalagem da mercadoria Embalagem de prateleiraIntegra o preo e tem finalidade esttica e de proteo simples.

Embalagem de transporte (acondicionamento)Proporciona maior proteo e facilitao do manuseio e deslocamento. UnitizaoCorresponde alocao de um conjunto de mercadorias em uma nica unidade comdimenses padronizadas, o que facilita as operaes de armazenamento e movimentao da carga sob forma mecanizada. No constitui propriamente uma embalagem, um acessrio para o deslocamento ou tranporte de carga, no integrando o produto ou o conjunto de produtos armazenados.

VISO DE MERCADO Acesso das MPE do ramo de floricultura ao sistema financeiroO setor de floricultura no Estado do Cear, no que tange a atuao dos agentes

financeiros, limita-se basicamente, participao de dois bancos pblicos, sendo eles o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste. Este ltimo, por ser um banco de

desenvolvimento, tem apoiado um pouco mais o setor, embora, em relao ao segmento das MPE, sua atuao ainda seja muito tmida.

Apenas para ilustrar o que comentamos, apresentamos alguns dados referentes aos

crditos concedidos, a saber: no ano de 2005, considerando-se todas as fontes de

recursos utilizadas, o BNB contratou apenas 10 operaes de crdito, no montante total de R$ 852.235,00. Desse total, duas operaes foram realizadas com duas grandes empresas instaladas no Cear, que, juntas, receberam a quantia de R$ 712.577,00, representando aproximadamente 84% do total de crdito concedido. As 08 operaes restantes, realizadas com as micro e pequenas empresas, somaram a quantia de R$ 139.658,00, ou 16% do total financiado. No ano de 2006, at o ms de julho, o BNB havia contratado apenas 06 operaes de crdito, perfazendo o montante total de R$ 82.588,00, todas realizadas com micro e pequenas empresas. Portanto, nestes dois anos, o BNB aplicou o montante de R$ 934.823,00, direcionando apenas, R$ 222.246,00, ou 24% desse total para as MPE. Em relao ao Banco do Brasil, no ano de 2005 no foi realizada nenhuma operao de crdito, e em 2006, at o ms de setembro, considerando-se todas as fontes de recursos utilizadas, apenas 01 operao havia sido contratada, no valor de R$ 90.000,00, e ainda assim, no foi direcionada para nenhuma MPE.De acordo com Hrtica Consultoria e Treinamento, apenas em 2011 foram comercializadas 285 milhes de unidades de rosas e o principal motivo so as vendas em supermercados. Segundo a Cmara Setorial de Flores e Plantas Ornamentais do Cear, no mundo, 70% das rosas so vendidas em supermercados.

exatamente por isso que a Rosas Reijers tem investido nesse segmento, que representa hoje 25% do seu faturamento. "Estamos bastante otimistas com essa nova lacuna aberta no mercado, temos boas perspectivas de crescimento econmico, tanto empresarial quanto regional.Informaes No-Disponveis

As informaes abaixo relacionadas no foram obtidas durante a coleta de

dados, sendo no repassado as informaes pela empresa Reijers, sobre o custo de exportao do produto e forma de pagamento dos produtos.

BIBLIOGRAFIA:

www.rosasreijers.com.brwww.reijers.com.braprendendoaexportar.gov.br

Panorama do agronegcio de flores e plantas ornamentais no Brasil.

PLT Manual de Economia e Negcios Internacionais